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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
    ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS




 Desenvolvimento Sustentável
  da Tentativa de Definição do Conceito
     às Experiências de Mensuração

             Oc. Raquel Dezidério Souto
      Prof. Dr. Nelson de Castro Senra (orientador)




                     Rio de Janeiro
                      março/2011
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


Estrutura da Dissertação

Introdução

Capítulo 1 – Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

Capítulo 2 – A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

Capítulo 3 – Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de

                indicadores de desenvolvimento sustentável

Considerações finais

Referências bibliográficas

Anexo I – Listas de indicadores das iniciativas de instituições nacionais e multinacionais

Anexo II – Matriz de indicadores

Anexo III – Sistema de registro de referências bibliográficas comentadas
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.1. Atenções voltadas para o impacto das atividades humanas (1800-1900)


                       - Século XVIII – um marco de mudança
                       - Correntes preservacionista e conservacionista
                       - Brasileiros de destaque no período




                 John Muir               Gifford Pinchot          José Bonifácio


                                                                                                   3/29
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1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.2. Ambientalismo Pré-Estocolmo (1900-1970)


  - Primeiras conferências sobre conservação da natureza
  - Fundação de grupos para conservação da natureza
  - Livros enfocando a poluição industrial e seus efeitos no
    ambiente e na saúde humana




   Comissários da primeira conferência   Livro “Silent Spring”, de 1962, que já      Boletim do Museu Nacional,
    internacional sobre conservação       alertava sobre o acúmulo do DDT         reportando a Primeira Conferência
           da natureza, 1909.             na cadeia alimentar e nos tecidos.      Brasileira de Proteção à Natureza,
                                                                                          realizada em 1934.


                                                                                                                       4/29
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1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010)

                    As três fases tomadas como referência na dissertação
- 1970 a 1990 - Emergência dos paradigmas de desenvolvimento
- 1990 a 2000 - Implementação de ações para o desenvolvimento sustentável
- 2000 a 2010 - Acompanhamento das ações para o desenvolvimento sustentável




Conferência de Estocolmo, 1972.   Conferência das Nações Unidas em Ambiente e       Sessão de abertura
Maurice Strong (à esquerda) e o     Desenvolvimento, 1992. Discurso do então    da Cúpula do Milênio, 2000.
  presidente da conferência,          presidente da Bulgária, Zhelyu Zhelev.
     Ingemund Bengtsson.
                                                                                                        5/29
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1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010)

1.3.1. Emergência dos paradigmas de desenvolvimento (1970-1990)
                                   correntes                                                                correntes
                                  econômicas                                                                ecologistas
                                                                                                             modernas


      fundamento nas leis da economia;       fundamento nas leis da física;
            dimensão ambiental                   dimensão econômica                             ecocêntrica           antropocêntrica
          subordinada à econômica               subordinada à ambiental                       (ou biocêntrica)


                                                   economia ecológica
          economia           economia               (ou bioeconomia)                                             evangelho da
         neoclássica         ambiental
                                                                                                                 ecoeficiência
      (ou convencional)
                                         abordagem biofísica     abordagem                                                  ecologismo
                                         (ou termodinâmica)      monetária                                                  dos pobres


                                                    sustentabilidade        sustentabilidade
                                                         forte           fraca (capital natural
                                                                        totalmente substituível
                                                                        pelo capital construído)


                                                                capital natural substituível
                                     capital natural
                                                           parcialmente pelo capital construído
                                     insubstituível
                                                              (capital natural crítico - CNC)
                                      pelo capital
                                       construído


                                                                                                                                         6/29
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1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010)

1.3.2. Implementação de ações para o desenvolvimento sustentável (1990-2000)


        - Grande intensificação na realização de conferências internacionais,
           algumas tornando-se marcos. Destaque para a Conferência das
          Nações      Unidas      em     Meio Ambiente           e   Desenvolvimento
          (CNUMAD), Rio de Janeiro, 1992

        - Intensificação dos movimentos sociais. Destaque para o Ação
          Global dos Povos
        - Grande proliferação de iniciativas para mensuração de aspectos
          relacionados ao desenvolvimento sustentável



                                                                                                   7/29
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1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável

1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010)

1.3.3. Acompanhamento das ações para o desenvolvimento sustentável (2000-2010)


        -   Realização       de     conferências       internacionais      voltadas      ao
            acompanhamento do progresso dos países em relação ao
            desenvolvimento sustentável. Destaque para a Cúpula do
            Milênio de 2000

        -   Questionamento          intensificado      do    papel      das     instituições
            internacionais pertencentes ao sistema ONU




                     Quadro síntese dos resultados do capítulo 1

                                                                                                   8/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens



   2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices

   2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos

   2.3. Marcos referenciais

   2.4. Marcos ordenadores




                                                                                                   9/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices


                     Três visões na avaliação da sustentabilidade

             - Visão analítica → situação de risco

             - Visão normativa → situação de complexidade

             - Visão holística (ou sistêmica) → situação de incerteza

                                                     (KAMMERBAUER, 2001)

               Princípios de Bellagio para avaliação do progresso na

                        direção do desenvolvimento sustentável

                                  (HARDI e ZDAN, 1997)

                                                                                                   10/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices

                        Dimensões do desenvolvimento sustentável

 - Sachs (1990) → econômica, social, ecológica, geográfica, cultural
 - ECLAC (1997) → econômica, social, ambiental
 - Sachs (2002) → econômica, social, ecológica, territorial, cultural, ambiental,
    política nacional e política internacional
 - Guimarães (2003) → social, ecológica, ambiental, cultural, demográfica, política
    e institucional

                       Subsistemas do desenvolvimento sustentável
 - Bossel (1999) → econômico, social, individual, recursos e ambiente, governo,
    infra-estrutura

                                                                                                   11/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices

       O que é relevante levar em conta em relação aos Indicadores ?

     - Motivação internacional para formulação de indicadores → Agenda 21

     - As três gerações de indicadores (QUIROGA, 2001)

     - Cuidados no uso de indicadores

     - Propriedades desejáveis dos indicadores (JANNUZZI, 2001)

                                                            Sistema de indicadores
     - Expressão dos conjuntos de indicadores
                                                            Indicadores sintéticos

                                               Função (descritivo, de performance)
     - Classificação dos indicadores           Natureza da medida (qualitativo, quantitativo)
                                               Abrangência geográfica (local, regional, global)
                                                                                                   12/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices


                               Classificação das abordagens
                            para mensuração da sustentabilidade

                  - Índices síntese

                  - Marcos referenciais

                  - Marcos ordenadores

                  - Contas ambientais (contas verdes, green accounts)
                                                  (BARCELLOS et al., 2010)




                                                                                                   13/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos


                    Classificação das abordagens para avaliação da
                   sustentabilidade de acordo com o meio mensurável

                  - Meio humano/social

                  - Meio econômico

                  - Meio biofísico
                                                           (HARDI et al., 1997)




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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos


   Meio humano/social

   • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Mahbud ul Haq, Amartya Sen e
       colaboradores (UNDP, 1990)

   Meio econômico

   ●   Indicador de Poupança Verdadeira (IPV, GSI) – David Pearce, Giles Atkinson
       e Kirk Hamilton (World Bank, 1999)

   ●   Índice de Bem-estar Econômico (IBE, IEW) – Lars Osberg (OSBERG, 1985)




                                                                                                   15/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos


   Meio biofísico

   • Pegada ecológica (PE, EF) – Wackernagel e Rees, 1996

   • Índice Planeta Vivo (IPV, LPI) – WWF, 1998

   • Índice de Desempenho Ambiental (IDA, EPI) – Univ. Yale e
     Univ. Colúmbia, 2006




                                                                                                   16/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos

Abordagens mistas

• Índice de Bem-estar Econômico Sustentável (IBES, ISEW) – Daly e Cobb, 1989

• Avaliação Bem-estar das Nações – IDRC e IUCN, 1994

• Barômetro de Sustentabilidade – IDRC e IUCN, Prescott-Allen

• Índice de Vulnerabilidade Ambiental (IVA, EVI) – SOPAC e UNEP, 1999

• Índice de Progresso Genuíno (IPG, GPI) – Redefining Progress, 1995

• Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA, ESI) – Univ. Yale e Univ. Columbia, 2000

• Painel da Sustentabilidade – CGSDI

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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.3. Marcos referenciais
    ●   Marco simples de componentes ambientais;
    ●   Marco da Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas1;
    ●   Marco do capital natural;
    ●   Marcos sistêmicos da relação sociedade-natureza2.




                      1
                                                                         2
                                                                                                   18/29
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2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens

2.3. Marcos ordenadores
    ●   Marco Pressão-Estado-Resposta (PER);
    ●   Marcos ordenadores variantes do marco PER (FER, PEIR, FPEIR1);
    ●   Esquema de elaboração de estatísticas do meio ambiente (EEEMA);
    ●   Marco para o desenvolvimento de estatísticas ambientais (FDES) .

                1




                                                                                                   19/29
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3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável
3.1. Iniciativas de instituições multinacionais
- Projeto Global Environment Outlook (ProjetoGEO)
- Rede de Instituições e Especialistas em Estatísticas Sociais e Ambientais da América Latina
 e Caribe (REDESA)
- Iniciativa Latino-americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável (ILAC)

3.2. Iniciativas de instituições nacionais

SayDS (Argentina), IBGE (Brasil), Statistics Canada (Canadá), INE (Espanha), INEGI (México),
APA (Portugal), DEFRA (Reino Unido)

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas

- Categorias de análise dos sistemas
  objetivo, modelo conceitual, modo de desenvolvimento, tipo de arquitetura e forma de divulgação

- Categorias de análise dos indicadores
  critérios de seleção, cobertura geográfica e forma de apresentação

- Matriz de indicadores

                                                                                                   20/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas




                                                                                                   21/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas




                                                                                                   22/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas




                                                                                                   23/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas




                                                                                                   24/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de
   indicadores de desenvolvimento sustentável

3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas




     Forma de divulgação dos sistemas e abrangência espacial dos indicadores




                                                                                                   25/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ?

– Século XVIII → marco de mudança na concepção intelectual da relação sociedade-
  natureza;

– Século XIX → florescimento de inúmeros estudos que denunciavam a                   degradação
  ambiental devido a atividades humanas;

– Passagem do século XIX ao XX → início da profusão de conferências e de
  movimentos ambientalistas;

–     Ambientalismo Pré-Estocolmo (1900-1970) → realização de conferências
    internacionais pelas Nações Unidas e fortalecimento dos movimentos sociais;


– Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) → intensificação das discussões dos
  problemas ambientais e dos impactos socioeconômicos derivados;




                                                                                                   26/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ?

– A operacionalização da sustentabilidade e do DS → modelos de avaliação, marcos
  referenciais e ordenadores, conjuntos de indicadores, indicadores sintéticos e contas
  econômico-ambientais (contas verdes);


– Análise comparativa envolvendo a iniciativa do IBGE de produção de um sistema de
  indicadores de DS para o Brasil e outras nove iniciativas →


●    Os sistemas analisados são heterogêneos e poucos indicadores são utilizados
    simultaneamente por mais de um país → os indicadores tem sido escolhidos de acordo
    com as especificidades e necessidades dos países;


●    Seria difícil utilizar tais indicadores em um estudo comparativo acerca da situação dos
    países, o que motiva a solicitação periódica das instituições multinacionais (formação de
    um repositório central).


                                                                                                   27/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ?

– Ao longo do tempo, a publicação do IBGE ganhou corpo, com a adesão de mais
  instituições nacionais colaboradoras;


– Nota-se ainda um aperfeiçoamento da publicação, com a disponibilização de mais mapas
  ilustrativos e anexos, com destaque para a matriz de relacionamento entre indicadores,
  fundamental em pesquisas que levam em conta o caráter sistêmico do DS;


– A iniciativa do IBGE apresenta-se em estágio avançado de desenvolvimento, constituindo
  uma publicação robusta, que contempla informações potencialmente valiosas para a
  gestão pública eficaz no país;


– A partir da divulgação dos resultados dessa análise comparativa, espera-se contribuir para
  o aperfeiçoamento dos sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável vigentes
  no país, tanto em nível nacional, quanto em níveis inferiores.


                                                                                                   28/29
Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração


Considerações finais

O que ainda pode ser feito ?

 – Levantamento histórico sobre a trajetória brasileira para consolidação de um caminho
   intelectual voltado ao alcance da sustentabilidade ou do desenvolvimento sustentável
   (DS) – utilizando-se a ótica da “Sociologia das Estatísticas” ou da “História Ambiental”;

 – Recuperação da trajetória do IBGE na construção das estatísticas ambientais do Brasil,
   ressaltando suas riquezas e limitações, os conceitos subjacentes (marco referencial) e a
   forma de organização (marco ordenador), a principal motivação para sua elaboração – se
   atendendo a uma convocatória internacional ou se por reconhecimento interno de sua
   necessidade –;

 – Recuperação da trajetória que preconizou a incorporação das estatísticas ambientais no
   Sistema de Contas Nacionais brasileiro, elencando-se as vantagens e limitações
   encontradas na incorporação de tais estatísticas e os atores que participaram mais
   ativamente desse processo.




                                                                                                   29/29

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Apresentação dissertação mestrado em Desenvolvimento Sustentável

  • 1. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA ESCOLA NACIONAL DE CIÊNCIAS ESTATÍSTICAS Desenvolvimento Sustentável da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Oc. Raquel Dezidério Souto Prof. Dr. Nelson de Castro Senra (orientador) Rio de Janeiro março/2011
  • 2. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Estrutura da Dissertação Introdução Capítulo 1 – Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável Capítulo 2 – A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens Capítulo 3 – Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável Considerações finais Referências bibliográficas Anexo I – Listas de indicadores das iniciativas de instituições nacionais e multinacionais Anexo II – Matriz de indicadores Anexo III – Sistema de registro de referências bibliográficas comentadas
  • 3. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.1. Atenções voltadas para o impacto das atividades humanas (1800-1900) - Século XVIII – um marco de mudança - Correntes preservacionista e conservacionista - Brasileiros de destaque no período John Muir Gifford Pinchot José Bonifácio 3/29
  • 4. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.2. Ambientalismo Pré-Estocolmo (1900-1970) - Primeiras conferências sobre conservação da natureza - Fundação de grupos para conservação da natureza - Livros enfocando a poluição industrial e seus efeitos no ambiente e na saúde humana Comissários da primeira conferência Livro “Silent Spring”, de 1962, que já Boletim do Museu Nacional, internacional sobre conservação alertava sobre o acúmulo do DDT reportando a Primeira Conferência da natureza, 1909. na cadeia alimentar e nos tecidos. Brasileira de Proteção à Natureza, realizada em 1934. 4/29
  • 5. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) As três fases tomadas como referência na dissertação - 1970 a 1990 - Emergência dos paradigmas de desenvolvimento - 1990 a 2000 - Implementação de ações para o desenvolvimento sustentável - 2000 a 2010 - Acompanhamento das ações para o desenvolvimento sustentável Conferência de Estocolmo, 1972. Conferência das Nações Unidas em Ambiente e Sessão de abertura Maurice Strong (à esquerda) e o Desenvolvimento, 1992. Discurso do então da Cúpula do Milênio, 2000. presidente da conferência, presidente da Bulgária, Zhelyu Zhelev. Ingemund Bengtsson. 5/29
  • 6. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) 1.3.1. Emergência dos paradigmas de desenvolvimento (1970-1990) correntes correntes econômicas ecologistas modernas fundamento nas leis da economia; fundamento nas leis da física; dimensão ambiental dimensão econômica ecocêntrica antropocêntrica subordinada à econômica subordinada à ambiental (ou biocêntrica) economia ecológica economia economia (ou bioeconomia) evangelho da neoclássica ambiental ecoeficiência (ou convencional) abordagem biofísica abordagem ecologismo (ou termodinâmica) monetária dos pobres sustentabilidade sustentabilidade forte fraca (capital natural totalmente substituível pelo capital construído) capital natural substituível capital natural parcialmente pelo capital construído insubstituível (capital natural crítico - CNC) pelo capital construído 6/29
  • 7. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) 1.3.2. Implementação de ações para o desenvolvimento sustentável (1990-2000) - Grande intensificação na realização de conferências internacionais, algumas tornando-se marcos. Destaque para a Conferência das Nações Unidas em Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), Rio de Janeiro, 1992 - Intensificação dos movimentos sociais. Destaque para o Ação Global dos Povos - Grande proliferação de iniciativas para mensuração de aspectos relacionados ao desenvolvimento sustentável 7/29
  • 8. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 1. Da consciência da influência antrópica ao desenvolvimento sustentável 1.3. Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) 1.3.3. Acompanhamento das ações para o desenvolvimento sustentável (2000-2010) - Realização de conferências internacionais voltadas ao acompanhamento do progresso dos países em relação ao desenvolvimento sustentável. Destaque para a Cúpula do Milênio de 2000 - Questionamento intensificado do papel das instituições internacionais pertencentes ao sistema ONU Quadro síntese dos resultados do capítulo 1 8/29
  • 9. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices 2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos 2.3. Marcos referenciais 2.4. Marcos ordenadores 9/29
  • 10. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices Três visões na avaliação da sustentabilidade - Visão analítica → situação de risco - Visão normativa → situação de complexidade - Visão holística (ou sistêmica) → situação de incerteza (KAMMERBAUER, 2001) Princípios de Bellagio para avaliação do progresso na direção do desenvolvimento sustentável (HARDI e ZDAN, 1997) 10/29
  • 11. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices Dimensões do desenvolvimento sustentável - Sachs (1990) → econômica, social, ecológica, geográfica, cultural - ECLAC (1997) → econômica, social, ambiental - Sachs (2002) → econômica, social, ecológica, territorial, cultural, ambiental, política nacional e política internacional - Guimarães (2003) → social, ecológica, ambiental, cultural, demográfica, política e institucional Subsistemas do desenvolvimento sustentável - Bossel (1999) → econômico, social, individual, recursos e ambiente, governo, infra-estrutura 11/29
  • 12. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices O que é relevante levar em conta em relação aos Indicadores ? - Motivação internacional para formulação de indicadores → Agenda 21 - As três gerações de indicadores (QUIROGA, 2001) - Cuidados no uso de indicadores - Propriedades desejáveis dos indicadores (JANNUZZI, 2001) Sistema de indicadores - Expressão dos conjuntos de indicadores Indicadores sintéticos Função (descritivo, de performance) - Classificação dos indicadores Natureza da medida (qualitativo, quantitativo) Abrangência geográfica (local, regional, global) 12/29
  • 13. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.1. Sustentabilidade, modelos de avaliação, indicadores e índices Classificação das abordagens para mensuração da sustentabilidade - Índices síntese - Marcos referenciais - Marcos ordenadores - Contas ambientais (contas verdes, green accounts) (BARCELLOS et al., 2010) 13/29
  • 14. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos Classificação das abordagens para avaliação da sustentabilidade de acordo com o meio mensurável - Meio humano/social - Meio econômico - Meio biofísico (HARDI et al., 1997) 14/29
  • 15. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos Meio humano/social • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – Mahbud ul Haq, Amartya Sen e colaboradores (UNDP, 1990) Meio econômico ● Indicador de Poupança Verdadeira (IPV, GSI) – David Pearce, Giles Atkinson e Kirk Hamilton (World Bank, 1999) ● Índice de Bem-estar Econômico (IBE, IEW) – Lars Osberg (OSBERG, 1985) 15/29
  • 16. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos Meio biofísico • Pegada ecológica (PE, EF) – Wackernagel e Rees, 1996 • Índice Planeta Vivo (IPV, LPI) – WWF, 1998 • Índice de Desempenho Ambiental (IDA, EPI) – Univ. Yale e Univ. Colúmbia, 2006 16/29
  • 17. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.2. Métodos que fazem uso de indicadores síntéticos Abordagens mistas • Índice de Bem-estar Econômico Sustentável (IBES, ISEW) – Daly e Cobb, 1989 • Avaliação Bem-estar das Nações – IDRC e IUCN, 1994 • Barômetro de Sustentabilidade – IDRC e IUCN, Prescott-Allen • Índice de Vulnerabilidade Ambiental (IVA, EVI) – SOPAC e UNEP, 1999 • Índice de Progresso Genuíno (IPG, GPI) – Redefining Progress, 1995 • Índice de Sustentabilidade Ambiental (ISA, ESI) – Univ. Yale e Univ. Columbia, 2000 • Painel da Sustentabilidade – CGSDI 17/29
  • 18. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.3. Marcos referenciais ● Marco simples de componentes ambientais; ● Marco da Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas1; ● Marco do capital natural; ● Marcos sistêmicos da relação sociedade-natureza2. 1 2 18/29
  • 19. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 2. A mensuração da sustentabilidade: principais abordagens 2.3. Marcos ordenadores ● Marco Pressão-Estado-Resposta (PER); ● Marcos ordenadores variantes do marco PER (FER, PEIR, FPEIR1); ● Esquema de elaboração de estatísticas do meio ambiente (EEEMA); ● Marco para o desenvolvimento de estatísticas ambientais (FDES) . 1 19/29
  • 20. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.1. Iniciativas de instituições multinacionais - Projeto Global Environment Outlook (ProjetoGEO) - Rede de Instituições e Especialistas em Estatísticas Sociais e Ambientais da América Latina e Caribe (REDESA) - Iniciativa Latino-americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável (ILAC) 3.2. Iniciativas de instituições nacionais SayDS (Argentina), IBGE (Brasil), Statistics Canada (Canadá), INE (Espanha), INEGI (México), APA (Portugal), DEFRA (Reino Unido) 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas - Categorias de análise dos sistemas objetivo, modelo conceitual, modo de desenvolvimento, tipo de arquitetura e forma de divulgação - Categorias de análise dos indicadores critérios de seleção, cobertura geográfica e forma de apresentação - Matriz de indicadores 20/29
  • 21. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas 21/29
  • 22. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas 22/29
  • 23. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas 23/29
  • 24. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas 24/29
  • 25. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração 3. Algumas experiências institucionais em produção de sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável 3.3. Análise comparativa entre a iniciativa do IBGE e as de outras fontes observadas Forma de divulgação dos sistemas e abrangência espacial dos indicadores 25/29
  • 26. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ? – Século XVIII → marco de mudança na concepção intelectual da relação sociedade- natureza; – Século XIX → florescimento de inúmeros estudos que denunciavam a degradação ambiental devido a atividades humanas; – Passagem do século XIX ao XX → início da profusão de conferências e de movimentos ambientalistas; – Ambientalismo Pré-Estocolmo (1900-1970) → realização de conferências internacionais pelas Nações Unidas e fortalecimento dos movimentos sociais; – Ecologismo Pós-Estocolmo (1970-2010) → intensificação das discussões dos problemas ambientais e dos impactos socioeconômicos derivados; 26/29
  • 27. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ? – A operacionalização da sustentabilidade e do DS → modelos de avaliação, marcos referenciais e ordenadores, conjuntos de indicadores, indicadores sintéticos e contas econômico-ambientais (contas verdes); – Análise comparativa envolvendo a iniciativa do IBGE de produção de um sistema de indicadores de DS para o Brasil e outras nove iniciativas → ● Os sistemas analisados são heterogêneos e poucos indicadores são utilizados simultaneamente por mais de um país → os indicadores tem sido escolhidos de acordo com as especificidades e necessidades dos países; ● Seria difícil utilizar tais indicadores em um estudo comparativo acerca da situação dos países, o que motiva a solicitação periódica das instituições multinacionais (formação de um repositório central). 27/29
  • 28. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Considerações finais: o que pode ser apreendido a partir desse trabalho ? – Ao longo do tempo, a publicação do IBGE ganhou corpo, com a adesão de mais instituições nacionais colaboradoras; – Nota-se ainda um aperfeiçoamento da publicação, com a disponibilização de mais mapas ilustrativos e anexos, com destaque para a matriz de relacionamento entre indicadores, fundamental em pesquisas que levam em conta o caráter sistêmico do DS; – A iniciativa do IBGE apresenta-se em estágio avançado de desenvolvimento, constituindo uma publicação robusta, que contempla informações potencialmente valiosas para a gestão pública eficaz no país; – A partir da divulgação dos resultados dessa análise comparativa, espera-se contribuir para o aperfeiçoamento dos sistemas de indicadores de desenvolvimento sustentável vigentes no país, tanto em nível nacional, quanto em níveis inferiores. 28/29
  • 29. Desenvolvimento Sustentável: da Tentativa de Definição do Conceito às Experiências de Mensuração Considerações finais O que ainda pode ser feito ? – Levantamento histórico sobre a trajetória brasileira para consolidação de um caminho intelectual voltado ao alcance da sustentabilidade ou do desenvolvimento sustentável (DS) – utilizando-se a ótica da “Sociologia das Estatísticas” ou da “História Ambiental”; – Recuperação da trajetória do IBGE na construção das estatísticas ambientais do Brasil, ressaltando suas riquezas e limitações, os conceitos subjacentes (marco referencial) e a forma de organização (marco ordenador), a principal motivação para sua elaboração – se atendendo a uma convocatória internacional ou se por reconhecimento interno de sua necessidade –; – Recuperação da trajetória que preconizou a incorporação das estatísticas ambientais no Sistema de Contas Nacionais brasileiro, elencando-se as vantagens e limitações encontradas na incorporação de tais estatísticas e os atores que participaram mais ativamente desse processo. 29/29