FUNDAMENTOS EM
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS
DE TI
SUMÁRIO

Visão Geral ....................................................................................................................... 5
1.Introdução....................................................................................................................... 6
   Introdução ao Cenário..................................................................................................... 6
   Introdução a ITIL ............................................................................................................. 8
   Organizações envolvidas com a ITIL............................................................................... 9
   Os Livros da ITIL............................................................................................................ 12
   Por que a ITIL é importante? ........................................................................................ 18
   Possíveis resultados com a adoção da ITIL .................................................................. 19
   Possíveis Problemas..................................................................................................... 19
2.Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI................................................ 20
   Introdução ..................................................................................................................... 20
   Conceito de Serviço ...................................................................................................... 21
   Conceito de Processo.................................................................................................... 21
   Diferença entre Cliente e Usuário ................................................................................. 22
   Melhoria contínua ......................................................................................................... 22
3. Central de Serviços..................................................................................................... 24
   Introdução...................................................................................................................... 24
   Objetivos........................................................................................................................ 25
   Descrição do Processo.................................................................................................. 25
   Atividades...................................................................................................................... 26
   Qualificações do Pessoal .............................................................................................. 26
   Tipos de Centrais de Serviço ........................................................................................ 27
   Estruturas de Central de Serviços ................................................................................. 27
   Relacionamentos........................................................................................................... 30
   Principais Benefícios...................................................................................................... 31
   Problemas Comuns ...................................................................................................... 32
4.Gerenciamento de Incidentes..................................................................................... 33
   Introdução ..................................................................................................................... 33
   Objetivos ....................................................................................................................... 33
   Descrição do Processo.................................................................................................. 34
   ....................................................................................................................................... 34
   Atividades...................................................................................................................... 34
   Regras de suporte......................................................................................................... 37
   Relacionamentos........................................................................................................... 38
   Benefícios...................................................................................................................... 39
   Problemas Comuns....................................................................................................... 39
   KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 40
5.Gerenciamento de Problemas .................................................................................... 41
   Introdução...................................................................................................................... 41
   Objetivo.......................................................................................................................... 41
   Descrição do Processo ................................................................................................. 42
   Atividades...................................................................................................................... 44
   Ferramentas.................................................................................................................. 48
   Relacionamentos........................................................................................................... 50
   Benefícios ..................................................................................................................... 50
   Problemas Comuns....................................................................................................... 51
   KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 51
6.Gerenciamento de Mudanças...................................................................................... 52
   Introdução ..................................................................................................................... 52


                                                                                                                                           2
Objetivo ......................................................................................................................... 52
  Descrição do Processo.................................................................................................. 53
  Atividades ..................................................................................................................... 54
  Comitê de Controle de Mudanças (CCM) ..................................................................... 56
  Relacionamentos........................................................................................................... 57
  Benefícios...................................................................................................................... 57
  Problemas Comuns....................................................................................................... 58
  KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 58
7.Gerenciamento de Liberação...................................................................................... 59
  Introdução...................................................................................................................... 59
  Objetivo.......................................................................................................................... 59
  Descrição do Processo.................................................................................................. 60
  Atividades...................................................................................................................... 61
  Funções......................................................................................................................... 64
  Relacionamentos........................................................................................................... 64
  Benefícios...................................................................................................................... 65
  Problemas Comuns....................................................................................................... 65
  KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 66
8.Gerenciamento da Configuração................................................................................ 67
  Introdução...................................................................................................................... 67
  Objetivos ....................................................................................................................... 67
  Descrição do Processo.................................................................................................. 67
  Atividades...................................................................................................................... 68
  Funções ........................................................................................................................ 71
  Relacionamentos........................................................................................................... 71
  Benefícios...................................................................................................................... 72
  Problemas Comuns....................................................................................................... 72
  KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 73
  Melhores Práticas.......................................................................................................... 74
9.Gerenciamento do Nível de Serviço........................................................................... 75
  Introdução...................................................................................................................... 75
  Objetivo.......................................................................................................................... 76
  Descrição do Processo ................................................................................................. 76
  Atividades...................................................................................................................... 79
  Funções......................................................................................................................... 82
  Relacionamentos .......................................................................................................... 82
  Benefícios...................................................................................................................... 82
  Problemas Comuns ...................................................................................................... 83
  KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 83
10.Gerenciamento da Disponibilidade........................................................................... 84
  Introdução...................................................................................................................... 84
  Objetivo.......................................................................................................................... 84
  Descrição do Processo.................................................................................................. 84
  Atividades...................................................................................................................... 87
  Planejamento................................................................................................................. 87
  Funções ........................................................................................................................ 89
  Relacionamentos .......................................................................................................... 90
  Benefícios...................................................................................................................... 90
  Problemas Comuns ...................................................................................................... 90
  KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 91
11.Gerenciamento da Capacidade................................................................................. 92


                                                                                                                                     3
Introdução...................................................................................................................... 92
  Objetivo.......................................................................................................................... 92
  Descrição do Processo.................................................................................................. 92
  Atividades...................................................................................................................... 93
  Funções......................................................................................................................... 95
  Relacionamentos .......................................................................................................... 96
  Benefícios...................................................................................................................... 97
  Problemas Comuns ...................................................................................................... 97
  KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 98
12.Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI.............................................. 99
  Introdução...................................................................................................................... 99
  Objetivo.......................................................................................................................... 99
  Descrição do Processo................................................................................................ 100
  Atividades.................................................................................................................... 101
  Funções....................................................................................................................... 105
  Relacionamentos......................................................................................................... 106
  Benefícios.................................................................................................................... 106
  Problemas Comuns..................................................................................................... 107
  KPI – Key Performance Indicators............................................................................... 107
13.Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI..................................................... 108
  Introdução.................................................................................................................... 108
  Objetivo........................................................................................................................ 109
  Descrição do Processo................................................................................................ 109
  Atividades.................................................................................................................... 111
  Funções....................................................................................................................... 114
  Relacionamentos......................................................................................................... 114
  Benefícios.................................................................................................................... 114
  Problemas Comuns..................................................................................................... 115
  KPI – Key Performance Indicators .............................................................................. 116
Apêndice: Gerenciamento de Qualidade..................................................................... 117
  Aperfeiçoamento de Qualidade contínua: O Ciclo de Deming..................................... 117
  Padrões de Qualidade................................................................................................. 119
  Sistemas de Qualidade Total: EFQM........................................................................... 121
Bibliografia ................................................................................................................... 123




                                                                                                                                     4
Visão Geral
Este material foi desenvolvido para profissionais da TI que desejam ter o primeiro contato
com a Biblioteca da ITIL. O conteúdo abordado aqui pode ser utilizado para se preparar
para a certificação ITIL Foundation. Este material não é reconhecido pela OGC ou
qualquer órgão relacionado, serve apenas para estudos para o entendimento básico da
proposta da ITIL e preparação para a Certificação ITIL Foundation.

Esta apostila contém textos referenciados de livros e artigos em inglês, cujas referências
originais constam no final deste material, além de conter conteúdo próprio com
comentários e críticas. Todos os termos da ITIL foram traduzidos para o idioma
português-br com o auxílio de referências disponíveis no ITSMF Brasil.



Direitos de Cópia

A ITIL® é uma marca registrada do OGC
O OGC® é uma marca registrada do Office of Government Commerce
IT Infrastructure Library® é uma marca registra pela CCTA que agora faz parte do OGC
O itSMF é uma marca registrada do IT Service Management Forum Ltd




                                                                                        5
1. Introdução
Introdução ao Cenário

Por muitos anos, algumas organizações puderam continuar seus negócios, ainda que
tivessem pouco apoio da TI. Hoje a realidade é diferente, a Tecnologia da Informação é
um fator crítico de sucesso para a organização, e em até muitos casos acaba sendo seu
diferencial competitivo no mercado. Existem determinados ramos de negócio que é
quase impossível hoje imagina-los sem o apoio da TI, por exemplo, o sistema bancário,
seria impossível tentar controlar as contas dos clientes sem o apoio de um sistema de
banco de dados.

A TI hoje para muitas empresas se tornou um parceiro estratégico, faz parte do negócio.
Atualmente as decisões sobre os investimentos em TI são tratadas nas reuniões de
planejamento estratégico pelo conselho administrativo da empresa, não é mais possível
tratar a TI isoladamente. A TI deixou de ser tratada por técnicos e passou a ser
incorporada na estratégia da empresa para alcançar seus objetivos.

Com o aumento do peso de importância dentro da organização, a TI passou a ter vários
desafios, vejamos alguns:

      Alinhamento dos serviços de TI com as necessidades atuais e futuras do
       negócio. A TI precisa começar a entender de negócios para poder participar junto
       do plano estratégico da empresa. As decisões de investimentos de TI devem levar
       em conta os objetivos da empresa a longo prazo. Os esforços nos investimentos
       em tecnologia devem ser orientados a trazer resultados para os negócios da
       empresa.
      Ambientes de TI cada vez mais complexos. O número de tecnologias e
       fornecedores aumentou, fazendo com que a vida do gestor de TI se complicasse
       mais ainda. Em muitas empresas a área de TI passou por terceirizações, se
       preocupando em gerir contratos, entender as demandas dos clientes e usuários e
       manter o relacionamento com fornecedores. As empresas também expandiram
       seus negócios, possuem unidades no Brasil e em diversos países, e para cada
       unidade a área de TI deve prover suporte.
        Dependência da TI para o Negócio. A dependência tão grande sobre os
       serviços de TI também fez com que a empresa desse maior atenção, chegamos a
       um ponto que se os serviços de TI pararem todas as outras operações da
       empresa também param. Os serviços de TI devem buscar arranjos, fórmulas para
       manter sua disponibilidade máxima com o melhor custo, trazendo o menor
       prejuízo para o negócio em suas paradas.
      Redução de custos e riscos. Devido a grande dependência da TI para o negócio
       e também aos altos investimentos feitos nos projetos, a administração tem
       buscado minimizar os custos através de uma melhor gestão por projetos, tratando
       também os riscos relacionados a novas mudanças. Além disto, a cada ano que
       passa os orçamentos estão cada vez mais apertados, é preciso buscar formas
       para reduzir custos.
      Justificativa para Retorno sobre os investimentos em TI, os investimentos em
       TI devem trazer retorno para empresa através de melhorias para os processos
       administrativos e agregação de valor para o negócio.


                                                                                     6
   Conformidade com leis e regulamentos. Instituições financeiras e empresas
       com ações em bolsas internacionais são obrigadas agora a cumprir regulamentos
       impostos pelo Governo e outras entidades. A TI está totalmente relacionada ao
       cumprimento destas leis, buscando adequação dos seus sistemas e processos
       para atender aos requisitos impostos.
      Manter a segurança sobre as Informações. A necessidade por informação em
       qualquer lugar fez com que os sistemas e bancos dados fossem expostos a
       vulnerabilidade de ataques de hacker e vírus. A segurança é um ponto de grande
       relevância para os gestores de TI, a empresa não pode correr o risco de perder
       suas informações, pois isto pode trazer prejuízos financeiros e até mesmo
       prejudicar a reputação da empresa no mercado.


Em virtude deste cenário, onde a TI aparece com grande importância para o negócio da
empresa, buscando por otimização de seus processos, redução de custos e riscos, vários
frameworks de processos e melhores práticas foram criados. A figura abaixo mostra a
evolução destes frameworks e seus níveis de maturidade em termos de Gerenciamento
de Serviços.




Atualmente temos a ITIL (IT Infrastructure Lybrary), que é uma biblioteca composta das
melhores práticas para Gerenciamento de Serviços de TI. Criada pelo Governo Britânico
em 1980, se tornou padrão de fato no mercado em 1990. Trata-se de uma biblioteca
composta de 7 livros principais. Não se trata de uma metodologia e sim de um conjunto
de melhores práticas adotadas em várias empresas. Atualmente é o framework mais
adequado para o Gerenciamento de serviços para os departamentos de TI, sendo
utilizado por mais de 10.000 empresas no mundo todo.
Podemos tratar a ITIL apenas como um consenso de como devem ser tratados os
processos dentro de um departamento de TI. Os processos propostos são genéricos,
podendo ser utilizados por qualquer empresa, seja pública ou privada, de grande ou
pequeno porte. Estes processos devem ser adotados e adaptados ao seu negócio,
tenha em mente que não existe receita de bolo pronta.



                                                                                    7
Não é correto afirmar que um processo é “compatível com a ITIL”, nem mesmo falar em
implantar a ITIL. O objetivo é implementar o Gerenciamento de Serviços de TI, e para isto
pode ser utilizado a ITIL como base das melhores práticas.

Os processos e organizações podem ser avaliados se estão compatíveis com a norma BS
15.000 ou ISO 20.000 (criada em dezembro de 2005), que são padrões de
Gerenciamento de Serviços de TI. Entretanto, nem ferramentas ou pessoas podem ser
certificadas em BS 15.000 ou ISOs. A ISO 20.000 é voltada para empresas prestadoras
de serviços, que tem como foco avaliar a conformidade dos processos da empresa com
as práticas sugeridas, o padrão ISO substitui o padrão BS 15.000.


Introdução a ITIL

A ITIL foi desenvolvida inicialmente pela CCTA (Central Computing and
Telecommunications Agency) atual OGC (Office of Government Commerce). O OGC é
órgão do Governo britânico que tem como objetivo desenvolver metodologias e criar
padrões dentro dos departamentos do governo britânico, buscando otimizar e melhorar os
processos internos. A biblioteca da ITIL foi desenvolvida pela CCTA, e tinha como objetivo
melhorar os processos dos departamentos de TI do governo britânico. Desde o seu
surgimento em 1980, as empresas e outras entidades do governo perceberam que as
práticas sugeridas poderiam ser aplicadas em seus processos de TI também. Em 1990 a
ITIL acabou se tornando um padrão de fato em todo o mundo, e a partir dela houve várias
adaptações de outros fornecedores, como a Microsoft, IBM e HP.

A ITIL atualmente desperta grande interesse no mercado, pois há uma preocupação com
o Gerenciamento de Serviços de TI nas empresas. Como falamos anteriormente, a
grande dependência da TI para os negócios faz com que os gestores de TI busquem a
adoção da melhores práticas com o objetivo de trazer resultados positivos, como redução
de custos e agilidade em seus processos.

Mais de 10.000 empresas no mundo todo já adotaram as melhores práticas da ITIL, isto
comprova sua maturidade e aceitação pelo mercado. O Brasil e EUA estão na fase inicial
de implementação destas práticas, muitas empresas aqui já adotaram e já temos vários
cases de sucesso.

A ITIL oferece um framework comum para todas as atividades do departamento de TI,
como a parte da provisão dos serviços, baseada na infra-estrutura de TI. Estas atividades
são divididas em processos, que fornecem um framework eficaz para um futuro
Gerenciamento de Serviços de TI aprimorado. Cada um destes processos cobre uma ou
mais tarefas do departamento de TI, tais como desenvolvimento de serviços,
gerenciamento da infra-estrutura, fornecimento de serviços e suporte a serviços.

Estes processos propiciam o uso das melhores práticas, fazendo com que o
departamento de TI possa adotar independente da estrutura da organização.

As melhores práticas da ITIL têm como objetivos:
    Servir de inspiração para melhorar seus processos de TI;



                                                                                        8
   Sugerir onde é possível chegar, pois outras empresas já conseguiram resultados
       positivos;
      Sugerir para que servem os processos e práticas;
      Sugerir por que adotar os processos e práticas.

Muitas destas melhores práticas são claramente identificáveis e na verdade são utilizadas
na maioria das organizações de TI, talvez muitos dos conceitos que você vai ver aqui
você já utiliza ou conheça.

A ITIL apresenta as melhores práticas de forma coesa. Os livros da ITIL descrevem como
estas podem ser otimizadas e como a coordenação das atividades pode ser aperfeiçoada.
Os livros também explicam como os processos podem ser formalizados dentro de uma
organização. Fornecem uma referência dentro da organização para uma terminologia
padronizada, e ajudam a definir os objetivos e determinar o esforço requerido.

A ITIL não pode ser vista como uma metodologia, pois as melhores práticas são flexíveis
a ponto de você adaptar aos seus processos, já uma metodologia possui uma
implementação mais rígida, com regras bem definidas. “Na ITIL tudo pode nada deve.”

A vantagem da adoção das melhores práticas está no fato de não ter que “reinventar a
roda”, adotar práticas já testadas propicia um ganho de tempo e retorno mais rápido sobre
o projeto de implementação de uma Gestão de Serviços.


Organizações envolvidas com a ITIL

A figura abaixo apresenta as organizações que estão envolvidas na manutenção e
disseminação da ITIL:




                                                                                       9
OGC (Antigo CCTA)

A ITIL era originalmente um produto da CCTA. A CCTA era a Agência de Processamento
de Dados e Telecomunicações do governo britânico. No dia 1 abril de 2001, o CCTA foi
fundido com o OGC (Office of Government Commerce), que é agora o novo "proprietário"
da ITIL. O objetivo do OGC é ajudar seus clientes no setor público britânico a atualizar
suas atividades de procurement(obtenção) e melhorar seus serviços fazendo o melhor
uso possível da TI e de outros instrumentos. O OGC busca modernizar a forma de
procurement (licitações) no governo, e agregar valor substancial para o uso do dinheiro
público. O OGC promove o uso das melhores práticas em muitas áreas (por exemplo,
gestão de projetos, procurement e Gerenciamento de Serviços de TI). O OGC publica
diversas séries (bibliotecas) dos livros escritos por especialistas Britânicos e outros
internacionais de várias empresas.

A Biblioteca consiste em um número claro de “Código de Práticas” para promover e
fornecer Serviços de TI de forma eficiente e eficaz.

ITSMF

O Fórum de Gerenciamento de Serviços de Tecnologia da Informação (ITSMF),
originalmente ficou conhecido como o fórum do Gerenciamento da Infra-estrutura de TI
(ITIMF), foi criado no Reino Unido em 1991. O ITSMF holandês foi o primeiro
chapter(capítulo), criado em novembro de 1993. Em 2001 mais de 500 empresas
tornaram-se membros, entre fornecedores e grupos de usuários. Atualmente existem
chapters do ITSMF em vários países tais como África sul, Bélgica, Alemanha, Áustria,
Suíça, EUA, Austrália, e Brasil, que participam no grupo internacional do ITSMF.

O ITSMF promove a troca de informações e experiências que permitem às organizações
melhorarem os serviços que fornecem. Organiza congressos, encontros especiais, e
outros eventos sobre assuntos ligados a Gerenciamento de Serviços de TI.

Os associados contribuem também com o desenvolvimento do assunto. A associação
publica um boletim de notícias e fornece um website com informações sobre suas
atividades (http://www.itsmf.com.br).

EXIN e ISEB

O “Examination Institute for Information Science” (EXIN) e o “Information Systems
Examinations Board” (ISEB), juntos desenvolveram uma certificação profissional para a
ITIL. Isto foi feito em cooperação com o OCG e ITSMF. O EXIN e ISEB são organizações
sem fins lucrativos que cooperam para oferecer uma escala de qualificação ITIL em três
níveis:

   •    Certificado Foundation em Gerenciamento de Serviços de TI
   •    Certificado Practitioner em Gerenciamento de Serviços de TI
   •    Certificado Manager em Gerenciamento de Serviços de TI




                                                                                     10
O sistema de certificação é baseado nas exigências para cumprir o papel relevante dentro
de uma organização de TI. Até agora, os certificados foram concedidos para mais
170.000 profissionais de TI em mais de 30 países.

Certificações para os Profissionais de TI

                     Para obter a certificação Foundation não é necessário participar de
                     um curso oficial, nem mesmo comprovar experiência na área. É
                     importante que o candidato já atue na área de serviços de TI, isto
                     facilita os estudos. Com o apoio de livros e simulados é possível
                     obter a certificação de maneira fácil. A prova é composta de 40
                     questões, sendo que é necessário você obter um acerto de 65% (26
                     questões apenas). As questões são objetivas e de múltipla escolha.
                     As provas podem ser feitas em qualquer lugar do Brasil através de
                     centros de testes VUE (www.vue.com) ou PROMETRIC
                     (www.prometric.com). As provas eletrônicas estão disponíveis
                     apenas no idioma inglês. É possível fazer a prova em português,
                     mas neste caso é obrigatório ser feito em um centro de testes
                     creditado pela EXIN. Pelo fato da prova ser em papel com um
                     supervisor o custo é 3 vezes mais do que a prova eletrônica.

                     Na certificação Practitioner o candidato deve realizar um curso
                     oficial reconhecido pela EXIN ou ISEB. Este curso será focado em 2
                     ou 3 processos da ITIL, dando ao aluno um conhecimento mais
                     profundo sobre os processos estudados. É ideal para as pessoas
                     que vão trabalhar na parte operacional do projeto de implementação
                     da Gestão de Serviços de TI. O curso normalmente tem a duração
                     de 3 dias, a avaliação do candidato acaba sendo feita durante o
                     próprio treinamento. É pré-requisito já possuir a certificação
                     Foundation para este nível.

                     A certificação Manager é voltada para os gestores de TI que terão
                     uma visão ampla e aprofundada de todos os processos da ITIL.
                     Para realizar esta certificação também é necessário realizar um
                     curso oficial, e é pré-requisito ter a certificação Foundation, mas não
                     é necessário realizar a Practitioner. A certificação é extramente
                     cara, pois o curso tem duração de 2 semanas, além de workshops
                     de preparação. O exame é composto de 2 provas, realizadas em 2
                     dias. Cada exame foca um livro da ITIL. Esta certificação também é
                     muito indicada para quem busca desenvolver carreira na área de
                     consultoria.




                                                                                         11
Os Livros da ITIL

ITIL (IT Infrastructure Library)

ITIL é uma série de livros. Assim como o nome já sugere é uma biblioteca (IT
Infrastructure Library). Esta seção descreverá os vários componentes da biblioteca. Os
livros oficiais da OGC estão disponíveis para compra nas livrarias. É de domínio público a
utilização destas práticas na sua empresa, entretanto todo o material da ITIL possui
direitos de cópia da coroa inglesa.

Cada um dos livros da ITIL faz parte do framework completo da ITIL. A ITIL na verdade é
uma biblioteca de muitos livros. Esta apostila é focada na entrega do serviço e nos livros
de Suporte a Serviços e Entrega de Serviços. Nós descrevemos a ITIL conforme esses
dois livros durante toda a apostila.

A ITIL define os objetivos e atividades, as entradas e saídas de cada um dos processos
encontrados em uma organização de TI. Entretanto, a ITIL não dá uma descrição
específica de como estas atividades devem ser executadas, porque em cada organização
estas são diferentes, ou seja, não existe receita de bolo pronta para você implementar a
ITIL. A ênfase está em sugestões que foram provadas na prática, mas (dependendo das
circunstâncias) pode ser implementada de várias formas. ITIL não é um método, ao invés
disto oferece um framework para planejar os processos mais comuns, papéis e
atividades, indicando as ligações entre elas e que linhas de comunicação são
necessárias.

A ITIL é baseada na necessidade de fornecer os serviços de alta qualidade, com uma
ênfase no serviço e no relacionamento com cliente. A organização tem que cumprir
exigências do "cliente", o que significa um bom relacionamento com ele, com os parceiros
e com os fornecedores.

Parte da filosofia da ITIL é baseada nos sistemas de qualidade, tais como a série ISO-
9000, Qualidade Total. A ITIL suporta tais sistemas de qualidade com uma descrição clara
dos processos e das melhores práticas em Gerenciamento de Serviços de TI. Isto pode
significativamente reduzir o tempo necessário para obter a certificação da ISO.

Originalmente, a ITIL era consistida por um grande conjunto de livros, cada um deles
descrevia uma área específica de manutenção e operação da Infra-estrutura de TI. Os
dez livros que descreviam o Suporte de Serviços e Entrega de Serviços eram
considerados o núcleo da ITIL. Havia aproximadamente outros 40 livros nos assuntos
complementares relacionados ao Gerenciamento de Serviços de TI, desde mandar um
telegrama ao cliente a relacionar-se com o cliente. Entretanto, a série original dos livros
da biblioteca de Infra-estrutura focou-se mais no Gerenciamento de Serviços de TI a partir
da perspectiva de TI.

O conjunto de Perspectiva de Negócios foi introduzido para construir uma ponte entre o
negócio e a organização de TI.




                                                                                        12
O núcleo dos livros da ITIL foi revisado e publicado apenas como dois livros, um Suporte
a Serviços e outro Entrega de Serviços. Isto eliminou sobreposições e inconsistências da
séria anterior.

O quebra-cabeça da ITIL mostra os principais elementos localizados nos seus livros.
Cada um destes elementos se relaciona entre si, e se sobrepõem em alguns tópicos.

Estes elementos são:

   •   Perspectiva de Negócio
   •   Entrega de Serviço

   •   Suporte à Serviço

   •   Gerenciamento da Segurança

   •   Gerenciamento da Infra-estrutura

   •   Gerenciamento de Aplicações

   •   Planejamento da implementação do Gerenciamento de Serviços

Principais livros que compõem a biblioteca da ITIL:



                       PLANEJAMENTO PARA IMPLEMENTAR O                            A
   O                      GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS
   N                                                                              T
   E                            Gerenciamento de Serviços
                                                                                  E
   G                                                                              C
             A                                              GERENCIAMENTO         N
   Ó         PERSPECTIVA         SUPORTE AO SERVIÇO         DA INFRA-
             DO NEGÓCIO                                     ESTRUTURA DA          O
   C                                                        TIC                   L
   I                                                                              O
   O                             ENTREGA DO SERVIÇO
                                                                                  G
                                                         GERENCIAMENTO
                                                         DA SEGURANÇA
                                                                                  I
                                                                                  A
              GERENCIAMENTO DE APLICAÇÕES


Fonte: baseado no livro Service Support da OGC
Estes sete módulos constituem o corpo da ITIL. Abaixo você terá uma descrição resumida
do propósito de cada livro:

Suporte a Serviços: descreve os processos associados ao suporte do dia-a-dia e
atividades de manutenção associadas com a provisão de Serviços de TI.


                                                                                      13
Entrega de Serviços: cobre os processos necessários para o planejamento e entrega de
Serviços de TI com qualidade e se preocupa ao longo do tempo com o aperfeiçoamento
desta qualidade.

ICT - Gerenciamento da Infra-estrutura: cobre todos os aspectos do Gerenciamento da
Infra-estrutura como a identificação dos requisitos do negócio, testes, instalação, entrega,
e otimização das operações normais dos componentes que fazem parte dos Serviços de
TI.

Planejamento para Implementação do Gerenciamento de Serviços: examina questões
e tarefas envolvidas no planejamento, implementação e aperfeiçoamento dos processos
do Gerenciamento de Serviços dentro de uma organização. Também foca em questões
relacionadas à Cultura e Mudança Organizacional.

Gerenciamento de Aplicações: descreve como gerenciar as aplicações a partir das
necessidades iniciais dos negócios, passando por todos os estágios do ciclo de vida de
uma aplicação, incluindo até a sua saída do ambiente de produção (quando o sistema é
aposentado). Este processo dá ênfase em assegurar que os projetos de TI e as
estratégias estejam corretamente alinhados com o ciclo de vida da aplicação,
assegurando que o negócio consiga obter o retorno do valor investido.

Perspectiva de Negócio: fornece um conselho e guia para ajudar o pessoal de TI a
entender como eles podem contribuir para os objetivos do negócio e como suas funções e
serviços podem estar mais bem alinhados e aproveitados para maximizar sua
contribuição para a organização.

Gerenciamento da Segurança: detalha o processo de planejamento e gerenciamento a
um nível mais detalhado da segurança da informação e Serviços de TI, incluindo todos os
aspectos associados com a reação da segurança dos incidentes. Também inclui uma
avaliação e gerenciamento dos riscos e vulnerabilidade, e implementação de custos
justificáveis para a implementação de contra-recursos (estratégia de segurança).


Esta apostila irá descrever apenas os 2 livros principais da ITIL: Suporte a Serviços e
Entrega de Serviços, considerados o coração do framework.

Suporte a Serviços




                                                                                         14
O livro Suporte a Serviços   •   Gerenciamento de Incidentes
descreve como um cliente     •   Gerenciamento de Problemas
consegue acesso aos          •   Gerenciamento da Configuração
serviços para suportar
                             •   Gerenciamento de Mudanças
seus negócios.
                             •   Gerenciamento de Liberação
Este livro    cobre    os
seguintes assuntos:
   • Central           de
       Serviços




                                                                 15
A figura abaixo apresenta o relacionamento entre os processos do livro Suporte a
Serviços.

                                                 CLIENTES & USUÁRIOS

 Suporte a
  Serviços

                              SERVICE-DESK
                                                           Inform.
                                                          Mudanças         Inform.
                                                                         Liberações




                       Gerenciam.
        Ferramentas    Incidentes
       Monitoramento                Gerenciam.
                                    Problemas
                                                    Gerenciam.
                                                    Mudanças
                                                                     Gerenciam.
                                                                     Liberações
                                                                                       Gerenciam.
                                                                                      Configuração


          BDGC         Incidentes
                                       Problemas
                                    Erros Conhecidos Mudanças         Liberações
                                                                                      Relacionamento
                                                                                         Entre ICs




Entrega de Serviços

                           O livro Entrega de Serviços descreve os serviços que o
                           cliente necessita, e o que é necessário para fornecer estes
                           serviços.

                           Este livro cobre os seguintes assuntos:
                              • Gerenciamento do Nível de Serviços
                              • Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI
                              • Gerenciamento da Capacidade
                              • Gerenciamento da Disponibilidade
                              • Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI
                              • Gerenciamento da Segurança (com referência ao
                                   livro Gerenciamento da Segurança)
17
A figura abaixo apresenta o relacionamento entre os processos do livro Entrega de
Serviços.
                                                     CLIENTES & USUÁRIOS
  Entrega de
   Serviços
                              Informação
                                Plano de
                              Capacidade



                                                                 Níveis de
                                                                 Serviço &
                                                                 Relatórios   Orçamento,
                                                                              Informações
                                                                              de cobrança    Informação
                                                                                               Plano de
                                                                                             Continuidade

                                       Open
                                       Hrs 9-5
                     Gerenciam.
                     Capacidade
                                     Gerenciam.
                                   Disponibilidade

                                                        Gerenciam.
                                                     Nível de Serviços

                                                                         Gerenciam.
                                                                          Finanças     Gerenciam.
                                                                                      Continuidade
                                                                                      Serviços de TI




                    Ferramentas
                    Monitoração



Por que a ITIL é importante?

Como visto no capítulo de Introdução ao Cenário, a área de TI tem ganhado grande
importância dentro do negócio, tem servido como meio para alcançar os objetivos da
empresa. Em virtude da necessidade de um Gerenciamento de Serviço de TI mais
robusto, a biblioteca da ITIL tem ganhado destaque, servindo como apoio para melhorar
os processos de TI.

Entre os principais objetivos da adoção da melhores práticas da ITIL podemos destacar
os seguintes:

      Alinhar os Serviços de TI com as necessidades atuais e futuras do negócio e seus
       clientes. Todos os processos da ITIL falam que a TI precisa entender os requisitos
       de negócio da empresa para poder planejar e prover seus serviços para atender
       as expectativas.
      Melhorar a qualidade dos serviços de TI. Através de um programa de melhoria
       contínua deve se buscar a consistência na entrega dos serviços, atendendo as
       necessidades de negócio.
      Reduzir custos na provisão de serviços. Este é um dos motivos chaves que levam
       os gestores de TI a adotarem as melhores práticas, já existem vários casos de
       sucesso onde houve grande redução dos custos operacionais e investimentos em
       TI.



                                                                                                            18
   Processos mais eficientes e eficazes, buscando rapidez e resultados nos
        processos.
       Adoção das melhores práticas, evitando reinventar a roda.


Possíveis resultados com a adoção da ITIL

       Falhas: ò30% quantidade, ò50% tempo resolução;
       Mudanças: ò25% tempo de conclusão, ò50% mudanças urgentes e caras;
       Capacidade: ò15% capacidade ociosa;
       CTP (TCO): ò10%;
       Disponibilidade: ñ10%;
       ñConfiabilidade;
       òTempo de lançamento no mercado.

Fonte: ITIL Forum 2003

Abaixo temos alguns exemplos de resultados alcançados em algumas empresas e
setores de TI que foram pesquisados.

       Redução do custo total até 48% - Gartner
       6-8% de redução de custos operacionais. $ 125 milhões de economia (10% do
        budget). Procter e Gamble
       Aumento da satisfação do cliente
       Aumento de resolução de incidentes de 5% para 30% com o uso de uma base de
        conhecimento - IS Organizations
       Redução de 50% no tempo médio de resolução. Redução de 30% no tempo para
        realizar novas mudanças. Redução de 50% dos recursos – Utility Provider


Possíveis Problemas

Um projeto de implementação das práticas da ITIL pode ter vários problemas, é
importante que você esteja ciente e busque contornar alguns obstáculos já conhecidos:

       Falta de patrocínio, comprometimento e entendimento. É importante que todas
        as pessoas relacionadas com o projeto estejam conscientes das melhorias que a
        mudança poderá trazer. O comprometimento de todos é fundamental para fazer
        com que os processos sejam implementados.
       Cultura da empresa. Se a empresa não tiver cultura para a gestão de serviços se
        torna muito complicado a TI obter a colaboração dos demais departamentos.
       Excesso de expectativa. Tenha em mente que a adoção das melhores práticas
        não se faz em dias, é necessário planejamento, insistência, acompanhamento e
        adaptações ao longo do projeto.
       Problemas na Gestão do Projeto. A implementação de um Programa de
        Gerenciamentos de TI deve ser encarado como um projeto, com responsáveis por
        cada etapa, prazos para implementação e recursos necessários.
       Falhas de Comunicação.



                                                                                    19
   Objetivos não alcançados: melhoria de qualidade, redução de custo, satisfação do
       usuário, alinhamento de TI com a estratégia de negócio.

2. Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI

Introdução

O Gerenciamento de Serviços de TI é um conjunto formado por pessoas, processos e
ferramentas que cooperam para assegurar a qualidade dos serviços, com suporte a níveis
de serviços acordados previamente com o cliente.

                                               Agrupando as atividades em processos se
                                               torna mais fácil o seu controle,
                                               possibilitando a criação de métricas para
                                               acompanhamento de performance. Os
                                               processos devem ser bem definidos para
                                               buscar a eficiência e eficácia. Lembre-se:
                                               processos que não são possíveis de
                                               monitorar através de indicadores não são
                                               viáveis. De nada vale se você não puder
                                               medir o processo, ou seja, não há controle
                                               sobre ele.

                                               Tecnologia se faz necessário para prover
                                               serviços com maior automação das
                                               atividades.

                                               As pessoas tem tanta importância quanto
                                               os outros elementos, pois dependemos
delas para a execução das atividades.


Por que Adotar o Gerenciamento de Serviços?

É preciso levar em conta que a maioria dos benefícios de um programa de
Gerenciamento de Serviços pode levar um tempo para serem obtidos, entretanto há
também benefícios em curto prazo. Vejamos abaixo os principais benefícios para a
empresa ao implementar uma metodologia para o Gerenciamento de Serviços:
   1   Melhor qualidade no serviço, com um suporte mais confiável.
   2   Segurança e confiança da continuidade dos serviços de TI, aumentando a
       habilidade para restaurar os serviços quando houver necessidade.
   3   Visão mais clara da capacidade atual.
   4   Fornecimento de informações gerenciais para acompanhamento de desempenho,
       possibilitando traçar melhorias.
   5   Equipe de TI mais motivada: conhecendo a carga de trabalho é possível gerenciar
       melhor as expectativas.


                                                                                      20
6   Maior satisfação para os clientes e usuários, entregando o serviço com mais
       qualidade e rapidez.
   7   (Em alguns casos) Redução de custos: a partir do melhor planejamento e controle
       dos processos internos é possível otimizar os custos operacionais.
   8   Maior agilidade e segurança para realizar as mudanças propostas pelo negócio.
       Com processos definidos e controlados é mais fácil implementar várias mudanças
       simultaneamente.

Conceito de Serviço

É definido como um conjunto de componentes relacionados fornecidos para suporte a um
ou mais processo de negócios.

Exemplo:
    Um sistema de faturamento é fornecido usando uma base Oracle e uma rede;
    E-mail utiliza recurso de rede, servidor e link internet.

DICA: para não dar confusão sobre o que é serviço e o que é recurso de TI, tenha em
mente que serviço é sempre o que o usuário interage diretamente.


Conceito de Processo

Processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas com um objetivo especifico.
Possui entradas de dados, informações e produtos para, através da identificação dos
recursos necessários ao processo, transformar estas entradas nos objetivos previstos.

Vejamos a seguir a figura que ilustra a estrutura de um processo:
   • Cada processo pode ser quebrado em uma série de tarefas
   • Cada tarefa terá Entradas e Saídas
   • Cada tarefa será executada por uma função. Pode ser humana ou executada por
      software.
   • A execução das funções é controlada por regras (definições de como deve ser)
   • Cada processo tem que ter um proprietário, ele define o processo em si.




                                                                                   21
Diferença entre Cliente e Usuário

Dentro do cenário de Gerenciamento de Serviços de TI temos dois elementos: Cliente e
Usuário. Vejamos abaixo a principal diferença entre eles.

                         CLIENTE: é aquele que paga pelos serviços de TI. Se a TI for
                         um departamento interno de uma empresa, os clientes serão
                         as unidades de negócio da empresa. No caso de um prestador
                         de serviços, os clientes são as empresas atendidas.



                         USUÁRIO: Pessoa que usa os serviços de TI no dia-dia. Um
                         departamento de contabilidade, por exemplo, poderá ter vários
                         usuários dos serviços de TI.




Melhoria contínua

Para que uma organização de TI possa funcionar como um negócio dentro de um
negócio, é preciso traçar uma visão que inclua objetivos, metas e métricas. O
gerenciamento de serviços deve ter um programa de melhoria contínua. A cada ciclo
devem ser traçados os objetivos que se espera atingir em determinado prazo, sendo
avaliados continuamente os processos e adaptando-os para obter a melhor eficiência e
eficácia nos resultados.




                                                                                   22
23
3. Central de Serviços

Introdução

A Central de Serviços, também conhecida em inglês como Service-Desk (nome-original),
é uma função dentro da TI que tem como objetivo ser o ponto único de contato entre os
usuários/clientes e o departamento de TI.

A proposta sugerida é separar dentro das operações de TI quem faz parte do suporte aos
usuários de quem vai realizar atividades de resolução de problemas e desenvolvimento.
Ter uma área específica para o suporte traz vantagens para os usuários, propiciando um
suporte com maior agilidade e qualidade, e para a equipe de TI mais eficiência, pois o
técnico especialista acaba não sendo mais interrompido pelas chamadas diretas dos
usuários.

Não há nada mais aborrecedor do que você ligar para um número de suporte e passar por
várias pessoas e departamentos para conseguir resolver o seu problema. Com a Central
de Serviços haverá pessoas focadas em resolver as solicitações dos usuários, evitando
colocar os usuários em contato direto com as equipes de suporte ou desenvolvimento.




Fonte: www.piada.com

Você certamente já conhece o funcionamento de um Help Desk, a Central de Serviços é
uma evolução deste conceito. Um Help Desk tradicionalmente atende problemas de
hardware e softwares básicos, já a Central de Serviços assume todas as solicitações dos
usuários relacionadas a qualquer serviço prestado pela a área de TI.




                                                                                    24
Objetivos

A implementação da Central de Serviços tem como principais objetivos:

   •   Funcionar como o ponto central de contato (SPOC – Single Point of Contact) entre
       os usuários e departamento de TI. A Central de serviços funciona como o 1º. nível
       de suporte aos usuários.
   •   Restaurar os serviços sempre que possível. A equipe de suporte deve estar
       equipada com ferramentas e informações, tais como Erros Conhecidos, Base de
       Conhecimento, para que possa oferecer soluções o mais rápido possível.
   •   Prover suporte com qualidade para atender os objetivos do negócio. É necessário
       que a equipe esteja bem treinada para ter conhecimento de todos os serviços que
       serão fornecidos e entender o impacto que eles têm para o negócio.
   •   Gerenciar todos os incidentes até o seu encerramento. A central de serviço será
       responsável pelo processo de Gerenciamento de Incidentes, e será responsável
       pelo tratamento de todos os incidentes. É de responsabilidade também da Central
       de Serviços monitorar o cumprimento dos acordos estabelecidos nas ANS (SLA-
       Acordos de Níveis de Serviços)
   •   Dar suporte a mudanças, fornecendo comunicação aos usuários sobre o
       agendamento de mudanças.
   •   Aumentar a satisfação do usuário, provendo suporte com maior qualidade,
       estando sempre de prontidão para o atendimento, buscando solucionar os
       incidentes de forma mais rápida.
   •   Maximizar a disponibilidade do serviço.


Descrição do Processo

A Central de Serviços não é um processo da ITIL é uma função.

O Gerenciamento de Serviços de TI está criado em torno da entrega de níveis de serviços
estabelecidos aos usuários finais, e para isto é necessário ter uma área com o foco de:

   •   Dar suporte aos usuários à medida que eles requerem ajuda para o uso dos
       serviços de TI.
   •   Monitorar o cumprimento dos níveis de serviços estabelecidos nas ANS’s (em
       inglês SLA). O Gerenciamento de Nível de Serviços é um habilitador de negócio
       primordial para esta função.




                                                                                     25
Atividades

A Central de Serviços tem várias responsabilidades primárias. São elas:

   •   Receber e gravar TODAS as chamadas dos usuários
   •   Gravar e acompanhar incidentes e reclamações
   •   Prover uma avaliação inicial dos incidentes
   •   Monitorar / escalar incidentes por ANS (SLA em inglês)
   •   Comunicar mudanças planejadas nos níveis de serviço
   •   Encerrar os incidentes com confirmação
   •   Manter os usuários informados sobre o progresso de suas requisições
   •   Produzir relatórios de gerenciamento
   •   Coordenar os grupos de suporte de 2º e 3º nível
   •   Prover informações gerenciais
   •   Identificar necessidades de treinamento dos usuários
   •   Contribuir na identificação de problemas


Controle de Incidentes

A Central de Serviços é responsável por registrar todos os incidentes e controlá-los. A
Central de Serviços pode usar diferentes origens para registrar os incidentes:
   • Telefone
   • E-mail
   • Internet
   • Fax
   • Visita pessoal


Qualificações do Pessoal

A equipe de suporte que fará parte da Central de Serviços deverá ter algumas
qualificações mínimas como:

   •   Habilidades inter-pessoais:
          o Paciente
          o Comunicativo
          o Amigo
          o Entusiasmado
          o Assertivo
          o Empático
          o Honesto
   •   Entendimento dos serviços utilizados pelo negócio;
   •   Conhecimento técnico necessário para fornecer o suporte.




                                                                                    26
Quanto ao conhecimento técnico podemos ter 3 tipos de qualificação, a decisão pela
escolha do nível dependerá do tipo de suporte e clientes que serão atendidos:

   •   Skilled (hábil) – qualificado tecnicamente.
   •   Unskilled – pouco conhecimento técnico
   •   Expert (perito) - especialista




Tipos de Centrais de Serviço

Central de Atendimento (Call Center)
Voltada para grandes volumes de chamadas e transações por telefone, neste caso esta
central não atua sobre as transações e encaminha para a área devida dentro da
organização.

Central de Suporte (Help Desk)
O principal objetivo é que nenhuma requisição seja perdida ou não atendida, mesmo
depois de cadastrada, tem também como função resolver e coordenar incidentes,
propiciando a interface (ou comunicação) com o Gerenciamento da Configuração.

Central de Serviços (Service Desk)
A característica principal é a abrangência dos serviços, pois o processo de negócio neste
caso está integrado, não resolvendo só incidentes, mas também problemas, dúvidas e
fazendo interface com as requisições de mudanças.




Estruturas de Central de Serviços

Em geral as empresas preferem manter centrais de atendimentos locais, ou seja, por
regiões. Isso ocorre devido ao regionalismo. Esta forma de atendimento gera um custo
maior e dificuldade de padronização.

Existem três possíveis formas de realizar o atendimento:
    • Local
    • Centralizado
    • Virtual

Vamos ver a seguir como cada uma destas possibilidades funciona.


Central de Serviços Local

Centrais de Serviço Local são criadas para atender necessidades locais de cada unidade
de negócio. Este tipo de estrutura é escolhido quando há necessidades especificas para
cada unidade de negócio, onde o atendimento é facilitado devido ao fato da equipe de
suporte já estar implantada no local. Normalmente neste tipo de estrutura o custo



                                                                                      27
operacional é maior, devido a fato de manter várias estruturas físicas, com recursos como
hardware e software específicos para cada uma.




                                                          Suporte
                                                          Interno
                   Usuário 3




                                                           Manutenção
                                    Central de Serviços
                   Usuário 2




                                                           ERP
                                                           Redes
                   Usuário 1




                                                           Terceiros




Figura: Central de Serviços Local



Central de Serviços Centralizada

Uma Central de Serviços Centralizada tem como objetivo centralizar todas as solicitações
de suporte em um único local. Este modelo leva a redução de custos operacionais,
melhora o Gerenciamento de Serviços de TI e otimiza a utilização dos recursos.




                                                                                      28
Cliente 1                   Cliente 2              Cliente 3




                                       Central de Serviços


                                      Suporte Segundo Nível




                                                                              Suporte
   Terceiros               Redes               ERP            Manutenção
                                                                              Interno

Figura: Central de Serviços Centralizada


Central de Serviços Virtual

Com o avanço das tecnologias de tele-comunicações é possível ter uma Central de
Serviços que não tenha nenhuma posição física próxima ao usuário. Com isto é possível
ter uma Central de Serviços que funcione 24 horas por dia, atendendo a diversos clientes
em diversos locais distintos.




                                                                                        29
Relacionamentos

Sendo um ponto único de contato para o Serviço de TI, a Central de Serviço deve ter um
vínculo com todos os processos da ITIL. Com alguns processos este vínculo é mais claro
do que com outros.


                               Gerenciamento
                               da Configuração




     Gerenciamento
      de Incidentes               Central de              Gerenciamento
                                                           de Mudanças
                                   Serviços




               Gerenciamento                 Gerenciamento do
                de Liberação                  Nível de Serviço




A Central de Serviços é, de fato, um aspecto operacional importante do processo do
Gerenciamento de Incidentes, por exemplo, controle de incidentes. A Central de Serviços
registra e controla os incidentes.

Os incidentes podem ser relacionados aos Itens de Configuração. Se este vínculo for
suportado por um software, teremos condições de futuramente fazer todo o rastreamento
de problemas ocasionados com determinado equipamento na infra-estrutura.

Isto também permitirá a equipe da Central de Serviços resolver rapidamente os incidentes
buscando soluções relacionadas ao Item de Configuração ou ao problema relacionado.

Em alguns casos a Central de Serviços realiza mudanças pequenas e tem um vínculo
com o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento de Liberações.

O vínculo entre a Central de Serviços e o Gerenciamento do Nível de Serviço pode ser
ilustrado como o resultado da Central de Serviços monitorando os níveis de suporte e
reportando se o serviço de TI foi restaurado dentro dos limites definidos nos Acordos de
Nível de Serviços (ANS). A Central de Serviços reportará ao Gerenciamento do Nível de
Serviços se os serviços não estiverem restaurados dentro do prazo e se procedimentos
de escalonamento não estiverem corretamente definidos para alcançar os prazos
determinados.




                                                                                     30
A figura acima ilustra os diferentes níveis de suporte para a resolução de um incidente.


Principais Benefícios

A implementação de uma Central de Serviços poderá trazer vários benefícios para a TI e
para o negócio:
      Aumento de acessibilidade: Ponto único de contato e suporte sempre disponível.
      Produtividade: a equipe de 2º. Nível não é interrompida por chamadas de usuários.
      Redução de impacto: rapidez na restauração dos serviços.
      Disponibilidade do atendimento.
      Percepção de qualidade e satisfação dos clientes.
      Melhor trabalho em equipe.
      Melhor comunicação: a equipe da Central de Serviços terá habilidades para o
       relacionamento com o usuário, e será focada em dar o feedback de suas
       solicitações.
      Indicadores para gestão e suporte à decisão.




                                                                                           31
Problemas Comuns

Não existe dúvida que a implantação da Central de Serviços terá barreiras de sucesso.
Algumas barreiras típicas que poderão ocorrer:

   1. Usuários não ligarem para Central de Serviços, mas tentarem buscar uma solução
      diretamente com uma pessoa que conhece, ou que a ajudou da última vez.
   2. A equipe técnica não estar preparada para atender as necessidades do negócio
      ou usuários.
   3. Nem todas as partes estão informadas sobre os serviços fornecidos e os níveis de
      serviços acordados, resultando em frustração por parte dos usuários.




                                                                                   32
4. Gerenciamento de Incidentes

Introdução

Vimos no capítulo anterior que a Central de Serviços é uma função dentro da área de TI
que tem como objetivo prestar suporte aos usuários em relação ao uso dos serviços de
TI. Iremos ver agora o Processo de Gerenciamento de Incidentes, que normalmente é
executado pela Central de Serviços.

Um Gerenciamento de Serviços de TI está orientado a entrega de níveis de serviços com
qualidade e com a rapidez que o negócio exige, para isto é necessário ter um processo de
tratamento de incidentes eficaz e eficiente, capaz de monitorar os níveis de serviços,
escalando os incidentes quando necessário.

Este é um dos processos mais reativos, pois entrará em atuação a partir dos incidentes
levantados por usuários ou ferramentas de monitoramento. Entretanto este processo é
vital para manter a agilidade dos serviços de TI. É importante considerar também que as
informações dos incidentes levantadas neste processo serão de grande importância para
o processo de Gerenciamento de Problemas.

Objetivos

O processo de Gerenciamento de Incidentes tem como missão restaurar os serviços o
mais rápido possível com o mínimo de interrupção, minimizando os impactos negativos
nas áreas de negócio.

O Processo de Gerenciamento de Incidentes tem como objetivos:

   •   Resolver os incidentes o mais rápido possível, restabelecendo o serviço normal
       dentro do prazo acordado nos ANS’s (Acordo de Nível de Serviço - SLA);
   •   Manter a comunicação dos status dos incidentes aos usuários.
   •   Escalonar os incidentes para os grupos de atendimento para que seja cumprido o
       prazo de resolução.
   •   Fazer avaliação dos incidentes e as possíveis causas informando ao processo de
       Gerenciamento de Problemas. Este processo não é responsável por fazer o
       diagnóstico identificando a causa raiz, apenas auxiliará o processo de
       Gerenciamento de Problemas que tem este foco.

O escopo do gerenciamento de incidentes é muito amplo e pode incluir aspectos que
afetem os serviços ao cliente tais como:

   •   Falha de hardware
   •   Erro de software
   •   Solicitações de informações
   •   Solicitação de mudança de equipamento
   •   Troca de senha



                                                                                     33
•     Novos funcionários
   •     Solicitação de suprimentos
   •     Problemas de desempenho


Descrição do Processo

A figura abaixo mostra as principais entradas e saídas deste processo:



Incidentes entram no processo           Procedimentos de
                                       Requisição de Serviço

        Central de                                 Roteamento
        Serviços
                                                                        RDM
                                Processo de Gestão de Incidentes                  Gestão de
        Operações               Detecção e Registro de Incidentes                 Mudanças
                                Classificação e Suporte Inicial
                                Diagnóstico e Resolução
          Redes
                                Recuperação
                                Encerramento
                                Propriedade, Monitoração,
                                Acompanhamento e Comunicação                   BD de Problemas
       Outras fontes                                                          e Erros conhecidos
       De incidentes
                                                               Soluções de contorno
                        Detalhes Configuração



                                             BDGC

Como em todo processo, existem entradas e Saídas. A entrada principal deste processo
são os incidentes. Como mostrado acima os Incidentes podem vir de muitas fontes como
usuários, equipes de operações, redes ou ferramentas de monitoramento que identificam
irregularidades nos serviços. Soluções de contornos podem ser buscadas a partir de uma
Base de Erros Conhecidos, ajudando a resolver o incidente mais rápido. A Base de Dados
do Gerenciamento da Configuração (BDGC) auxiliará na identificação do item de
configuração relacionado ao incidente, incidentes anteriores, mudanças já registradas,
problemas abertos e o possível impacto e itens relacionados ao incidente. Determinadas
solicitações de usuários podem necessitar de um Registro de Mudança, como por
exemplo, uma nova regra de negócio ou instalação de um novo componente.


Atividades

As atividades do Gerenciamento de Incidentes incluem:

• Detecção de incidentes e registro
• Classificação e suporte inicial


                                                                                              34
•   Investigação e diagnóstico
•   Resolução e restauração
•   Fechamento do incidente
•   Responsabilidade pelo incidente, monitoração, acompanhamento e comunicação.

O diagrama abaixo mostra as atividades durante o processo de Gerenciamento de
Incidentes.



                        Detecção e Registro do Incidente


                         Classificação e Suporte Inicial
  ar
unic
Com
                                                           S
                                                                  Procedimento de
   ,
nhar                                Requisição                     requisição de
mpa                                 de Serviço?                       serviços
 Aco
  r,
itora                                         N
Mon
 gar,                      Investigação e Diagnóstico
Dele

                             Solução e Restauração


                            Fechamento do Incidente



Detecção de Incidentes e registro
Os incidentes na maioria das vezes são oriundos de necessidades de suporte dos
usuários. O contato com a Central de Serviços poderá acontecer por telefone ou e-mail.
Atualmente a maioria das empresas está adotando sistemas web que permitem que o
usuário abra um chamado de suporte diretamente da Intranet ou website, criando menos
gargalo para a central, facilitando também a vida dos analistas de suporte que tem mais
tempo para resolver os incidentes ao invés de gastar o tempo no registro do chamado via
telefone.
É importante que todos os incidentes sejam registrados, mesmo que resolvidos por
telefone. O histórico de incidentes registrados ajudará no processo de identificação de
tendências de problemas e também para a extração de informações gerenciais úteis.




                                                                                    35
Classificação e suporte inicial
Os incidentes devem ser classificados de tal forma que permita a identificação de erros
conhecidos e gere informações gerenciais que permitam a identificação dos tipos de
incidentes mais freqüentes.
Exemplos de Classificação de Incidentes:
•   Software
         •   Microsoft Office
•   Hardware
         •   CD ROM
         •   Impressoras


É importante determinar o Impacto e Urgência de cada incidente para determinar a sua
prioridade. A prioridade determina qual será a ordem de execução para resolver os
incidentes. Para determinar a prioridade utilize como boa prática a combinação entre
Impacto e Urgência do incidente. O Impacto será considerado quantas pessoas ou
sistemas serão prejudicados pelo incidente. Já a urgência determina a velocidade em que
o incidente precisa ser resolvido.




Impacto = criticidade para o negócio
Urgência = velocidade

A prioridade poderá ser utilizada para determinar o prazo para resolução dos incidentes.

Prioridade Descrição Tempo para atendimento
     1         Crítica     1 hora
     2         Alta        4 horas
     3         Média       24 horas
     4         Baixa       48 horas
     5         Planejada -




                                                                                       36
Investigação e Diagnóstico

Uma vez registrado o incidente a atividade de investigação e de diagnóstico será iniciada.
Se a Central de Serviços não puder resolver um incidente, ele será atribuído a outros
níveis de suporte que irão investigar o incidente usando um conjunto de habilidades e
ferramentas disponíveis tais como uma base de conhecimento de Erros Conhecidos. É
importante que todas as partes que trabalham com os Incidentes mantenham o registro
de suas ações, atualizando o registro do incidente.

Resolução e Restauração

Uma vez que uma solução de contorno ou definitiva para o incidente é encontrada, esta
será implementada. Se uma mudança for necessária, uma RMD (Requisição de
Mudança) será submetida ao Gerenciamento de Mudanças.


Fechamento do Incidente

A etapa de fechamento do incidente inclui:
   •   Atualização dos detalhes do incidente
   •   Comunicação ao usuário sobre a solução


Responsabilidade pelo Incidente, monitoração, acompanhamento e comunicação

É importante que durante todo o ciclo de vida do incidente a Central de Serviços
permaneça proprietária do incidente, sendo ela responsável pelo seu fechamento. Desta
forma teremos um comprometimento maior da Central de Serviços para o cumprimento
dos prazos, escalando o incidente para o grupo disponível quando necessário. Sendo
assim, sempre que o usuário entrar em contato com a Central de Serviços terá uma
pronta resposta sobre a situação de suas chamadas. Não é conveniente que os usuários
tenham contato direto com os solucionadores finais do incidente, isto fará com que os
usuários comecem a manter o contato direto com eles.


Regras de suporte

O primeiro nível de suporte irá ser feito pela Central de Serviços e inclui o registro,
classificação, roteamento, resolução e fechamento dos incidentes.

O segundo e terceiro nível de suporte é responsável pela investigação, diagnóstico, e
recuperação dos incidentes. Os grupos de segundo níveis terão conhecimento técnico
mais profundo sobre o assunto, tais como programadores, consultores, analistas de
negócio, administradores de rede. O grupo de terceiro nível poderá ser formado pelos
fornecedores de Softwares ou Hardware. Obviamente que estes níveis podem variar
dependendo do tamanho do departamento de TI.




                                                                                       37
Diferentes tipos de escalonamento


                                     Diretor
                                     Diretor

o
ic              Gerente 1
                Gerente 1                         Gerente 2
                                                  Gerente 2
qu
ár
er        Desktop
          Desktop      Aplicações
                        Aplicações         Operações
                                           Operações          Rede
                                                              Rede
Hi

                                                         Funcional

Os incidentes podem ter dois tipos de escalonamento: funcional ou hierárquico. No
funcional os incidentes são escalonados para grupos com conhecimentos mais
específicos sobre o assunto. No hierárquico o incidente pode ser escalonado para um
chefe ou gerente da Central de Serviços, quando a situação exigir aprovação de custos
ou maior poder de decisão.


Relacionamentos

O Gerenciamento de Incidentes tem um relacionamento muito próximo com outros
processos da ITIL. Alguns destes relacionamentos são descritos aqui.


                                                                                  38
Gerenciamento da Configuração:

Cada incidente está conectado com um Item de Configuração (IC) armazenado no BDGC.
Um incidente tipicamente irá envolver mais de um IC.

O BDGC fornece informações sobre os IC's e os relacionamentos de dependência entre
eles. Isto ajuda a determinar a causa, a solução e o roteamento de um incidente,
rastreando as falhas anteriores ao mesmo IC. Por exemplo, se um usuário não puder
acessar a Internet, verificando os relacionamentos de dependência daquele PC irá se
descobrir que um Hub utilizado pelo usuário para se conectar a rede, é um IC potencial
que deve ser investigado.

Gerenciamento de Problemas

Os incidentes com causa não conhecidas são roteados para o Gerenciamento de
Problemas onde eles serão processados.

Erros Conhecidos, Soluções de contorno, quick fixes(reparos rápidos) são fornecidos ao
Gerenciamento de Incidentes pelo Gerenciamento de Problemas.

Gerenciamento de Mudanças

Este processo pode ser a causa dos incidentes se uma mudança não foi executada
corretamente. Conseqüentemente é muito importante que o Gerenciamento de Incidentes
saiba de todas as mudanças planejadas, assim poderá relacionar os incidentes a uma
mudança e notificar o processo de Gerenciamento de Mudanças para que o processo de
retrocesso (back out) seja executado. De outra forma, alguns incidentes serão resolvidos
por meio de uma mudança, no caso de um equipamento defeituoso ser substituído, por
exemplo.

Benefícios

Principais benefícios que a implementação deste processo pode trazer:

    •   Impacto dos incidentes reduzidos (devido ao tempo de resolução);
    •   Suporte ao cumprimento dos ANS’s (SLA’s em inglês);
    •   Eliminação de incidentes perdidos;
    •   Melhor utilização da equipe de suporte, atingindo uma eficiência melhor;
    •   O BDGC será mais preciso – a cada incidente serão verificados os dados dos
        itens de configuração relacionados;
    •   Exportação de dados para o Gerenciamento de Problemas;
    •   Melhora a satisfação do usuário;
    •   Menos interrupção da equipe de suporte.


Problemas Comuns




                                                                                     39
•   Para a execução deste processo é necessária a aquisição de um software que
       possa auxiliar no registro de informações de incidentes. É inviável registrar os
       incidentes em papel ou em planilhas. Um software que possua todos os processos
       do Gerenciamento de Serviços de TI poderá agilizar o atendimento, auxiliando no
       cumprimento dos prazos acordados.
   •   Um sistema de BDGC precisa ser criado antes do Gerenciamento de Incidentes
       ser implementado. Isto faz com que a determinação de impacto e urgência seja
       mais rápida.
   •   Uma base de conhecimento. Esta base irá armazenar erros conhecidos, soluções
       de contorno e resoluções. Isto irá ajudar a resolver os incidentes de forma mais
       rápida.
   •   A equipe da Central de Serviços deve ter um nível de conhecimento suficiente
       para dar o suporte inicial não sobrecarregando os níveis de atendimento mais
       técnicos.
   •   É importante estabelecer níveis hierárquicos, fazendo com que o Gerente da
       Central de Serviços possa coordenar todos os níveis de suporte, desta forma será
       mais fácil exigir o cumprimento dos prazos estabelecidos nos ANS’s (Acordos de
       Nível de Serviço).

KPI – Key Performance Indicators

Todo processo deve ter uma forma de avaliação da sua performance, na ITIL são
sugeridos vários KPIs (Key Performance Indicators).

Principais indicadores deste processo:

   •   Número total de incidentes, por área de negócio, departamento, natureza, etc.
   •   Tempo médio entre falhas (MTBF) (mesmo IC ?)
   •   Tempo médio para reparo (MTTR)
   •   Número de incidentes resolvidos por operador
   •   Redução do tempo médio de solução
   •   Distribuição de solução entre os níveis de suporte
   •   Porcentagem de incidentes resolvidos com a Base de Conhecimento




                                                                                       40
5. Gerenciamento de Problemas

Introdução

A maioria dos departamentos de TI tem como tarefa diária apagar incêndios. O grande
volume de chamados com erros em sistemas, mau funcionamento dos componentes de
hardware acabam criando um gargalo para a equipe de suporte. O dia-a-dia corrido da
equipe acaba fazendo com que os problemas não sejam resolvidos definitivamente,
utilizando apenas soluções paliativas para contornar a pressão dos usuários. É como se
colocasse a poeira em baixo do tapete.

O problema da qualidade da solução faz com que o incidente volte a acontecer
novamente, ocupando o tempo da equipe de suporte para resolver o incidente. O que
acaba acontecendo é que a equipe de suporte quase nunca resolve o problema de forma
definitiva devido à falta de tempo.

Uma forma de reduzir a quantidade de incidentes é evitando a sua recorrência. Através do
processo de Gerenciamento de Incidentes os problemas com causas não identificadas
serão analisados e corrigidos para que não voltem a repetir.

Este processo terá outra preocupação: registrar todos os Erros Conhecidos e Soluções de
Contorno, com isto será possível fazer uma melhor gestão do conhecimento, fazendo com
que a maioria dos incidentes seja resolvida no 1º nível de suporte. Dependendo do ramo
de negócio, algumas empresas conseguem fazer com que 80% dos incidentes sejam
resolvidos diretamente no 1º nível através do uso de uma Base de Conhecimento.

É importante que o Processo de Gerenciamento de Problemas venha acompanhado do
Gerenciamento de Mudanças, fazendo com que a correção dos erros seja previamente
analisada em relação aos riscos. Muitas vezes a correção de um erro acaba gerando mais
incidentes e criando impacto para os usuários.


Objetivo

Este processo tem como missão minimizar a interrupção nos serviços de TI através da
organização dos recursos para solucionar problemas de acordo com as necessidades de
negócio, prevenindo a recorrência dos mesmos e registrando informações que melhorem
a maneira pela qual a organização de TI trata os problemas, resultando em níveis mais
altos de disponibilidade e produtividade.

Principais objetivos:
    • Minimizar os efeitos adversos nos negócios;
    • Tratar incidentes e problemas causados por erros na infra-estrutura;
    • Prevenir proativamente a ocorrência dos incidentes, problemas e erros;
    • Reduzir o número geral de incidentes;




                                                                                     41
Este processo terá como escopo:
    • Problemas que afetam os serviços de TI;
    • Problemas recorrentes;
    • Gerenciamento proativo de problemas;
    • Incidentes de maior importância;
    • Relacionamento com os fornecedores;

Principais conceitos envolvidos neste processo:

    •   Problema: é a causa desconhecida de um ou mais incidentes
    •   Solução de Contorno: solução não definitiva (em inglês Workaround)
    •   Causa: é um erro em um Item de configuração
    •   Erro Conhecido (Known Error): É um problema cuja causa foi diagnosticada e
        para qual existe uma solução
    •   Solução: solução definitiva
    •   Gestão de Incidentes X Problemas: foco na Solução rápida x foco na introdução
        de melhorias confiáveis e robustas na infra-estrutura.


Descrição do Processo

O processo é focado em encontrar relacionamentos entre os incidentes, problemas e
erros conhecidos. Estas três áreas são chaves a compreender a "análise da causa raiz".
O princípio básico está em começar com muitas possibilidades e ir estreitando até
encontrar a causa raiz final.




                                                                                   42
A figura abaixo mostra as principais entradas e saídas deste processo:


                       Banco de Dados do             Base de Dados de
                       Gerenciamento da              Erros Conhecidos e
                       Configuração (BDGC)           Problemas

  Incidentes
  Graves

                             Controle de Problemas
                             Suporte inicial, classificação e controle de
                              erros
                             Apoio no tratamento de incidentes graves
                             Prevenção Proativa de Problemas                        Requisição de
                             Obtenção de informações gerenciais a partir            Mudança (RDM)
                             dos dados de problemas
                             Revisão dos principais problemas
  Incidentes
  correlacionados




                         Gerenciamento de
                            Mudanças            Gerenciamento da            Gerenciamento de
                                                  Configuração                 Liberações


O processo de Gerenciamento de Problemas requer as seguintes entradas:
   • Registros de incidentes e detalhes sobre eles
   • Erros conhecidos
   • Informação sobre os IC’s a partir do BDGC
   • Informação de outros processos (por exemplo: Gerenciamento do Nível de Serviço
      provê informação sobre os prazos a serem cumpridos, o Gerenciamento de
      Mudanças provê informação sobre as mudanças recentes que podem ser parte do
      erro conhecido).

As saídas do processo são:

   •   RMD’s (Requisições de Mudança) para começar o processo de mudança para
       resolver os Erros Conhecidos.
   •   Informação Gerencial
   •   Soluções de Contorno
   •   Erros Conhecidos
   •   Atualização dos registros de problemas e registro de problemas resolvidos quando
       o erro conhecido for resolvido.




                                                                                               43
Atividades

O Gerenciamento de Problemas na ITIL tem quatro atividades primárias:
   • Controle de Problemas
   • Controle de Erros
   • Gerenciamento Proativo de Problemas
   • Finalização da revisão dos Problemas Graves

Basicamente as duas atividades principais Controle de Problemas e Controle de Erros
têm como finalidade, a primeira identificar a causa raiz e a solução definitiva, a segunda
acompanhar a remoção do erro passando por uma gestão de mudanças.

Controle de Problemas

Este sub-processo é responsável pela identificação da causa raiz dos problemas,
identificando uma solução definitiva.

As principais atividades do Controle de Problemas são:

   •   Identificação e registro de problemas

           o   Alguns problemas podem ser identificados por processos que não sejam o
               Gerenciamento de Problemas (exemplo Gerenciamento da Capacidade).

   •   Classificação dos problemas:

           o   Esta atividade centra em entender o impacto sobre os níveis acordados de
               serviços relacionados ao problema. A classificação do problema é similar
               ao Incidente (impacto, urgência, prioridade).

   •   Investigação e diagnóstico de problemas
           o Este é o passo onde entendemos qual é a causa do problema. Este passo
               é diferente do Gerenciamento de Incidentes, onde lá o foco é na
               restauração rápida do serviço.
   •   Requisição de mudança, solução e fechamento dos problemas.




                                                                                       44
A figura abaixo apresenta o fluxo de atividades dentro do Controle de Problemas.




Controle de Erros

O Controle de Erros é um processo pelo qual os Erros Conhecidos são pesquisados e
corrigidos. A requisição de mudança vem como uma sub-atividade e é submetida ao
Gerenciamento de Mudanças onde a aprovação da mudança é acionada.




                                                                                   45
Uma Solução estruturada para a remoção de um erro da Infra-estrutura deverá passar
     pelas seguintes etapas:

Erro na           Incidentes Problema Erro Conhecido RFC
Infra-estrutura                                                           Solução
                                                                          Estruturada

Conforme já mencionamos anteriormente, a partir do momento em que é registrado o Erro
Conhecido deve ser aberta uma Requisição de Mudança para filtrar, analisar e
acompanhar a mudança na infra-estrutura, com menor impacto e risco para o ambiente de
produção.


Gerenciamento Proativo de Problemas

O Gerenciamento Proativo de Problemas foca na análise de dados coletados de outros
processos e seu objetivo é definir quais são os possíveis “problemas”. Estes problemas
são passados para o Controle de Problemas e Erros, se eles já aconteceram.

As atividades incluem:

   •   Análise das tendências
        Ex.: ocorrência de problemas específicos após determinada mudança.
        Ex.: pequenas falhas de um mesmo tipo.
        Ex.: falhas recorrentes com determinado equipamento.
        Ex.: necessidade de melhor treinamento dos usuários e documentação.




                                                                                   46
•   Ações preventivas
        Ex. utilizar o “pain factor” (fator da dor) dos incidentes para direcionar recursos.
        Realização das revisões dos maiores problemas.

O foco principal do Gerenciamento de Problemas Proativo é redirecionar os esforços que
estão atuando sempre em ações reativas, para prevenção proativa de incidentes que
poderão ocorrer. O ideal é que a equipe tenha condições de trabalhar 80% em atividades
reativas e pelo menos 20% em atividades proativas. Caso haja muita carga de trabalho
não será possível conseguir as vantagens da proatividade, para isto é muito importante
que se faça o dimensionamento da carga, pois, caso contrário, não serão obtidas todas as
vantagens deste processo.




                                                                                          47
A figura abaixo apresenta as atividades da fase reativa para a fase proativa.

 REATIVO                                                                PROATIVO




                                                          Prevenção de problemas em
                                                             outros sistemas e aplicações

                                             Monitoramento do Gerenciamento de
                                               Mudanças

                                 Iniciação de mudanças para combater:
                                         Ocorrência de incidentes
                                         Repetição de incidentes


                    Identificação de tendência


          Identificação do Problema e Diagnóstico do Problema

Fornecer suporte para 2º/3º nível




Revisão dos Problemas Graves

Ao final do ciclo de um problema grave, deve haver uma revisão para poder aprender:
   1. O que deu certo?
   2. O que fizemos de forma diferente?
   3. Que lições podemos tirar da resolução deste problema?

Ferramentas

Para a identificação da causa raiz dos problemas são sugeridas algumas ferramentas da
área de gestão da qualidade, entre elas o diagrama de Ishikawa e a Análise de Kepner e
Trogoe.




                                                                                            48
Diagrama de Ishikawa




O diagrama de Ishikawa, também conhecido como o diagrama de causa-efeito ou
diagrama da espinha de peixe, apresenta os fatores que podem afetar a qualidade,
resultando em um Problema. O diagrama ganhou o nome do seu autor, Kaoru Ishikawa
(1915 – 1989), um expert japonês em controle de qualidade.

O diagrama de Ishikawa é tipicamente o resultado de uma sessão de brainstorming, na
qual os membros de um grupo jogam idéias de como melhorar um produto, processo ou
serviço. É também muito utilizado para a identificação da causa raiz do problema. Na
ponta da espinha é colocado o problema identificado, em cada ponta são colocadas as
possíveis áreas que estão resultando no problema. Cada causa possível é testada, até
chegar à raiz, desta forma identificando qual é o motivo ou o Erro que gerou o problema.



Análise de Kepner e Tregoe
É um método desenvolvido por Charles Kepner e Benjamin Tregoe, que tem uma
sistemática para resolver problemas e usar o máximo de vantagem do conhecimento das
experiências anteriores:

Os passos sugeridos para a identificação do problema são:

      Definir o problema
      Descrever o problema relacionando identidade, localização, tempo e tamanho.
      Estabilizar possíveis causas.
      Testar a causa mais provável.
      Verificar a verdadeira causa.




                                                                                     49
Relacionamentos

O processo de Gerenciamento de Problemas tem conexões muito próximas com outros
processos da ITIL.

Gerenciamento de Incidentes:

Há um vínculo muito próximo conforme nós já aprendemos. O Gerenciamento de
Problemas se preocupa em resolver a causa raiz dos incidentes que são registrados pelo
Gerenciamento de Incidentes. É importante que o controle de incidentes forneça uma
informação precisa para que então o controle de problemas possa identificar a causa raiz
e propor uma solução de contorno o mais rápido possível.

O Gerenciamento de Problemas irá suprir o Gerenciamento de Incidentes com soluções
de contorno e quick fixes (reparos rápidos) quando possível.)

Gerenciamento de Mudanças:

Quando o Gerenciamento de Problemas encontrar uma solução para o Erro Conhecido
ele então submete uma RDM para a Mudança. O Gerenciamento de Mudanças é
responsável pela implementação da Mudança. Quando este implementar uma mudança,
ele em conjunto com o Gerenciamento de Problemas, irá revisar o Problema para verificar
se a Mudança o resolveu totalmente. Isto é chamado de Revisão Pós Implementação
(RPI), após esta o Gerenciamento de Problemas fechará o registro do problema.

Gerenciamento da Configuração:

A informação que é fornecida pelo Gerenciamento da Configuração é importante no
diagnóstico de problemas. Inclui informação sobre os IC’s e os relacionamentos entre
eles.

Outros processos:

Gerenciamento do Nível de Serviço, gerenciamento da Capacidade e Gerenciamento da
Disponibilidade fornecem ao Gerenciamento de Problemas informações, as quais ajudam
a definir e a determinar o impacto dos problemas. Em contrapartida, o Gerenciamento de
Problemas fornece a esses e a outros processos informações relevantes, como por
exemplo, ao Gerenciamento do Nível de Serviço se a causa do problema foi resolvida
dentro dos padrões acordados (ANS) e ao Gerenciamento da Capacidade se o HD é a
causa do Problema.

Benefícios

O Gerenciamento de Problemas melhora a qualidade dos Serviços de TI resolvendo a
causa raiz dos incidentes. Isto leva a redução do número de incidentes – beneficiando
usuários, clientes, organização e o departamento de TI.




                                                                                     50
As principias vantagens são:
    Melhoria nos Serviços de TI.
    Redução da quantidade de incidentes.
    Soluções Permanentes, evitando ficar apenas na solução de contorno fazendo
       com que os mesmos incidentes continuem aparecendo novamente.
    Melhora o aprendizado da organização através dos registros de Erro Conhecidos e
       Soluções de Contorno documentadas.
    Aumento da taxa de resolução da Central de Serviços no primeiro contato com o
       usuário, evitando sobrecarregar o segundo nível. Este aumento deve-se ao fato de
       ter soluções de contorno já documentadas.

A maior vantagem acaba sendo é a redução da quantidade de incidentes ao longo do
tempo, isto poderá trazer a longo prazo a redução de custos, visto que haverá menor
número de atendentes pela quantidade de incidentes abertos.

Problemas Comuns
Os problemas comuns no Gerenciamento de Problemas incluem:

   1. O Gerenciamento de Incidentes e Problemas não terem interface bem definidas
      entre si. A qualidade das informações geradas nos incidentes será decisiva para a
      agilidade do processo de identificação da causa raiz.
   2. Os erros conhecidos não são comunicados a Central de Serviços / Gerenciamento
      de Incidentes. É importante que a Central de Serviços conheça os erros
      conhecidos para aplicar uma solução de contorno.
   3. Falta de comprometimento no gerenciamento.
   4. Expectativas não realistas do processo de Gerenciamento de Incidentes.

KPI – Key Performance Indicators
Um Gerenciamento de Problemas com sucesso pode ser medido por:

   •   Número de Problemas por status, serviços, impacto e classificação;
   •   Número e impacto dos Incidentes durante a operação do processo;
   •   Percentual de esforço reativo x proativo;
   •   Esforço, custo e prazo dos diagnósticos;
   •   Número de Requisições de Mudança geradas pelo processo de Controle de Erros;
   •   Tempo para Solução de Problemas x Tempo Estimado




                                                                                    51
6. Gerenciamento de Mudanças

Introdução

Como já visto anteriormente a área de TI tem se tornado crítica para as operações das
empresas em virtude das dependências que o negócio tem sobre a TI para continuar
funcionando. Cada vez mais os usuários exigem níveis de serviços mais altos para
alcançar os objetivos do negócio. Percebemos ainda que a área de TI está em constante
mudança para atender a demanda da evolução do cenário de negócios, realizando
implementações nos sistemas, aumentando a capacidade para os serviços, criando novas
políticas de segurança, entre outras.

É sabido também que a maioria dos problemas relacionados com a qualidade dos
serviços normalmente está relacionada a alguma mudança já realizada anteriormente.
Mudanças mal feitas, sem planejamento e testes adequados podem resultar em mais
problemas, muitas vezes desastrosos, trazendo prejuízos ao negócio. Há também
pesquisas no mercado que indicam que quase 60% dos problemas de indisponibilidade
dos serviços são devidos a uma falha de configuração do operador. Como estamos tão
dependentes dos serviços de TI, não podemos mais aceitar falhas brutais nas mudanças
realizadas.

Através do processo de Gerenciamento de Mudanças todas as implementações e
alterações na infra-estrutura de TI serão analisadas e planejadas para que se tenha o
menor risco e impacto.

Este é um processo considerado pela equipe um tanto quanto burocrático, pois é
aconselhável que a maioria dos erros identificados antes de serem corrigidos sejam
filtrados, analisados e testados, para depois serem implementadas as correções no
ambiente de produção. É necessário que haja uma mudança de cultura e um
comprometimento de todos para que o processo funcione, evitando formas de burlar o
processo.

Normalmente o Gerenciamento de Mudanças é aplicado em departamentos de TI que já
tenham certa maturidade no Gerenciamento de Serviços de TI. Este processo pode ser
implementado isoladamente, mas é importante o apoio do Gerenciamento de
Configuração para dar suporte à avaliação de impacto, indicando os itens de configuração
envolvidos na mudança.

Objetivo

Este processo tem como missão gerenciar todas as mudanças que possam causar
impacto na habilidade da área de TI em entregar serviços, através de um processo único
e centralizado de aprovação, programação e controle de mudança, para assegurar que a
infra-estrutura de TI permaneça alinhada aos requisitos do negócio, com o menor risco
possível.




                                                                                     52
Principais objetivos deste processo:
    • Assegurar que os métodos padronizados estão sendo usados para o tratamento
       eficiente de todas as mudanças, reduzindo seus riscos e impactos;
    • Minimizar incidentes relacionados com mudanças;
    • Balanço entre necessidade e impacto.

Este processo tem foco nas mudanças que afetam:
   • Hardware, software, equipamentos e software de comunicação;
   • Aplicações em produção;
   • Toda a documentação e procedimentos associados com a operação, suporte e
       manutenção da Infra-estrutura de TI.

Ficam fora do escopo, mas relacionados:
    • Mudanças em projetos, por exemplo, um projeto de implantação de um
       ERP(Enterprise Resource Planning) pode exigir mudanças na capacidade dos
       servidores;
    • Identificação de componentes afetados na mudança ou atualização de registro
       (domínio da Gestão de Configuração);
    • Liberação de novos componentes (foco do Gerenciamento de Liberações).


Descrição do Processo

O Processo de Gerenciamento de Mudanças é responsável por DECIDIR e
COORDENAR as mudanças, não tem como objetivo executar a implementação das
mudanças. A implementação será realizada por uma equipe técnica responsável pela
área da mudança, como a área de redes, sistemas, hardware. O processo de controlará
as mudanças para que elas sejam implementadas de forma eficiente e eficaz, no que se
refere ao custo com um mínimo de riscos para os serviços mantidos. Para que se possa
fazer uma análise de riscos adequada é importante o uso de uma Base de Gerenciamento
da Configuração (BDGC), que forneça todos os serviços e recursos relacionados ao item
de configuração que sofrerá a mudança.

Não é necessário que todas as mudanças sejam controladas pelo processo de
Gerenciamento de Mudanças. Por exemplo, mudanças sem importância, tais como alterar
uma senha, etc., podem ser feitas pela Central de Serviços (seguindo procedimentos
definidos), não sendo necessário ser controlado pelo Gerenciamento de Mudanças.
Fazendo desta forma, reduzem-se a carga de trabalho, frustração e boicote ao processo.




                                                                                   53
BCO de DADOS do
                                   Gerenciamento da
                                   Configuração (BDGC)
  Requisições de
  Mudanças                                                           Programação
  (RDMs)                                                             futura de
                                                                     Mudanças(PFM)

                            Registro e Classificação                  Requisições de
                            Aprovação                                 Mudança
                                                                      Aprovadas
                            Coordenação do desenvolvimento
                            Autorização e Implementação               Atas de reunião
                            Avaliação                                 do CCM e
  Programação                                                         Ações
  Futura de
  Mudanças (PFM)
                                                                      Relatórios do
                                                                      Gerenciamento
                                                                      de Mudanças




                   Gerenciamento          Gerenciamento          Gerenciamento
                   da Capacidade                da               de Liberações
                                           Configuração


Principais entradas para este processo:

   •   Requisições de Mudanças (RDM).
   •   Programação Futura de Mudanças (PFM): é o agendamento das próximas
       mudanças.
   •   Informações do processo de Gerenciamento de Capacidade, Configuração e
       Liberações para realizar a análise de riscos, planejamento e custos.

Principais saídas:

   •   Programação Futura de Mudanças (FPM).
   •   Requisições de Mudanças Aprovadas.
   •   Atas da reunião do Conselho de Controle de Mudanças (CCM).
   •   Informações gerenciais do processo.


Atividades

O processo do Gerenciamento de Mudanças inclui as seguintes atividades:

   •   Registro e classificação
   •   Aprovação
   •   Coordenação do desenvolvimento
   •   Autorização e implementação
   •   Avaliação



                                                                                    54
Projeto                         Gerenciamento de Mudanças


                Monitoração e                                                      RDM
                                                     Registro e Classificação
                Planejamento



                                                                                Recusa
              Desenvolvimento                              Aprovação



                                                          Autorização e         Recusa
                   Teste
                                                         Implementação


               Implementação
Backout
                                                            Avaliação




O processo de Gerenciamento de Mudanças tem ligação muito próxima com o
Gerenciamento de Projetos, que é uma outra disciplina não tratada pela ITIL.
Dependendo da complexidade da mudança o desenvolvimento da mudança será tratado
como um projeto dentro da organização. A figura acima ilustra as atividades que fazem
parte do Gerenciamento de Mudanças e as atividades que fazem parte do Gerenciamento
de Projetos.

Para as melhores práticas no Gerenciamento de Projetos é recomendável utilizar outros
frameworks, a OGC criou o PRINCE2 www. prince2.com e o PMI (Project Management
Institute) criou o PMBOK. O padrão PMI é americano e é adotado como padrão no mundo
todo, mais informação consulte o site www.pmi.org.


Registro de Requisição de Mudanças – RDM
Uma RDM pode ser levantada a partir de uma necessidade do cliente ou surgir a partir de
um erro identificado no processo de Gerenciamento de Problemas. A RDM poderá ser em
papel ou eletrônica, através de um software de Gerenciamento de Serviços.

Registro e Classificação
Uma RDM deve ter várias informações para a tomada de decisão, tais como categoria,
impacto, custo. Estas informações serão utilizadas para extrair o relatório gerencial.
Também é importante alocar a prioridade para cada mudança para definir a agenda de
mudanças programadas.



                                                                                     55
Aprovação
As RDMs são filtradas e aprovadas. Alguns fatores podem determinar que uma mudança
seja recusada, por exemplo, o custo da mudança é muito alto pelo benefício que ela vai
trazer para o negócio.

Coordenação do Desenvolvimento
Aprovada a Mudança a RDM deve ser passada para o grupo técnico que será
responsável pelo desenvolvimento da mudança. O Gerenciamento de Mudanças deve
coordenar este processo assegurando que existam os recursos necessários, monitorando
os riscos e acompanhando os testes.

Autorização e Implementação
Após passar pela fase de desenvolvimento as mudanças devem ser testadas antes de ir
para o ambiente de produção. É aconselhável que exista um grupo de testes
independente neste processo que tenha condições técnicas de elaborar o plano de testes
avaliando todos os requisitos para o funcionamento da mudança no ambiente de
produção. Após o resultado dos testes a mudança será autorizada para ser implantada.
Dependendo da urgência e do impacto da mudança a fase de testes poderá ser ignorada.

Implementação
O Gerenciamento de Mudanças devem garantir que as mudanças sejam implementadas
seguindo um programa definido. A execução da implementação não é de
responsabilidade deste processo, ele apenas irá coordenar. O processo de
Gerenciamento de Liberações poderá ser coordenado pelo processo de Gerenciamento
de Mudanças, pois as mudanças acabam gerando novos releases de software ou de
hardware.

Avaliação
O Gerenciamento de Mudanças deve avaliar todas as mudanças implementadas após
determinado período. Esta revisão se chama Revisão Pós Implementação (RPI). O
processo de Gerenciamento de Problemas também poderá acompanhar este processo,
visto que o Controle de Erros tem esta atividade no seu escopo. Esta revisão serve para
verificar se a mudança trouxe os resultados esperados, ou se houver algum problema ou
ineficiência, ações devem ser tomadas para a correção.


Comitê de Controle de Mudanças (CCM)

É um grupo responsável pela avaliação do impacto das mudanças. Este grupo será
composto de várias pessoas técnicas e até mesmo clientes, que fornecerão assessoria ao
Gerente de Mudanças sobre quais mudanças devem ser aprovadas e auxiliarão na
programação das mudanças. Normalmente o CCM se reúne como uma determina
freqüência para discutir todas as mudanças novas e em andamento.

Possíveis membros do CCM:
   • O Gerente de Mudanças
   • Cliente(s)
   • Gerente(s) Usuário(s)
   • Representante(s) de Grupo de Usuários
   • Pessoal de desenvolvimento/manutenção de aplicações (quando apropriado)


                                                                                    56
•   Consultores, especialistas e técnicos
   •   Equipe de serviços (se necessário)
   •   Equipe de serviços administrativos (quando as mudanças afetam as instalações)
   •   Representantes dos contratantes ou de terceiros (se necessário - por exemplo, em
       situações de outsourcing)

CCM/CE (Comitê de Emergência)
Quando surgem problemas mais graves, pode não haver tempo para se criar um CCM
completo e é, portanto, necessário identificar uma configuração menor com autoridade
para tomar decisões emergenciais. Este comitê sempre será formado pelo Gerente de
Mudanças e os técnicos responsáveis pela implementação da Mudança.



Relacionamentos

O processo de Gerenciamento de Mudanças depende da precisão dos dados de
configuração para assegurar o conhecimento sobre o impacto completo de se aplicar a
mudança. Existe um relacionamento muito próximo com o Gerenciamento da
Configuração, Gerenciamento de Liberações e o Gerenciamento de Mudanças.

Avisar a Central de Serviços sobre mudanças é crucial. Mudanças precisam ser
divulgadas para o processo de Gerenciamento de Incidentes.

Também o processo de Gerenciamento de Problemas pode submeter uma RDM para
resolver Erros Conhecidos e algumas vezes podem causar um efeito bola de neve, se o
processo de Gerenciamento da Configuração não tiver habilidade para informar quais
componentes irão ser afetados (incluindo hardware, software, ANS’s).

Outros processos podem estar vinculados com Gerenciamento de Mudanças no sentido
de que eles podem também requisitar mudanças (Gerenciamento da Disponibilidade) ou
eles serão consultados para determinar o impacto da mudança (Gerenciamento da
Continuidade dos Serviços de TI, Gerenciamento do Nível de Serviço e Gerenciamento da
Capacidade).

Benefícios

Principais benefícios deste processo:

   •   Melhor alinhamento dos serviços de TI com os negócios. As mudanças serão
       filtradas e priorizadas conforme a sua necessidade para o negócio.
   •   Aumento da visibilidade dentro das mudanças. Há um controle maior sobre a
       execução da mudança.
   •   Redução de impacto negativo da mudança. A análise de riscos permite evitar que
       o serviço fique indisponível devido às falhas.
   •   Melhor avaliação do custo da mudança. Antes de a mudança ser implementada
       deve ser avaliado o seu custo x benefício.
   •   Habilidade de absorver um volume maior de mudanças. Como a implementação
       do processo haverá um Gerente de Mudanças que deverá coordenar todas as


                                                                                    57
mudanças. Além disto, para cada área de mudança haverá uma equipe que será
       convocada para a reunião. Com um processo definido ficará mais fácil ter o
       controle de várias mudanças ao mesmo tempo.




Problemas Comuns

Assim como todo processo que tem benefícios, nós temos que reconhecer que existem
problemas também. O Gerenciamento de Mudanças é um processo importante, tanto
para o Departamento de TI como para os usuários e clientes.

Principais problemas relacionados a este processo:

   •   Falta de informação para análise de riscos. Se não houver uma base de
       configuração atualizada com as informações necessárias para fazer a análise de
       impacto, poderá haver falhas na implementação devido ao surgimento de riscos
       que não foram previstos.
   •   Falta de ferramenta integrada aos demais processos. O auxílio de uma ferramenta
       adequada ajudará no controle das mudanças. A integração aos demais processos
       ajudará no planejamento da mudança.
   •   Falta de comprometimento da equipe. A equipe de TI pode ser relutante em aderir
       aos procedimentos devido ao Gerenciamento de Mudanças envolver muitos
       aspectos. É importante fazer com que a equipe esteja consciente dos efeitos
       positivos do processo como um todo. A cultura da empresa influenciará na adesão
       a este processo. Uma empresa que não é organizada, não tem controle sobre as
       decisões tomadas dentro dos seus departamentos, provavelmente encontrará na
       equipe de TI a mesma desorganização.
   •   Priorização de todas as mudanças. É importante que sejam definidas as
       prioridades das mudanças conforme as necessidades do negócio. As mudanças
       devem ser planejadas e agendadas no seu tempo correto. Devem ser tratadas
       apenas como mudanças urgentes aquelas que implicam na indisponibilidade atual
       ou imediata de um serviço.


KPI – Key Performance Indicators

Principais KPIs deste processo:

   •   Número de mudanças autorizadas
   •   Número de incidentes relacionados com uma mudança
   •   Relação de mudanças urgentes x normais
   •   Distribuição de mudanças por motivo (tratamento de incidente, correção de erro,
       melhoria, etc.).




                                                                                   58
7. Gerenciamento de Liberação

Introdução

Com o aumento da complexidade dos sistemas e a maior necessidade das organizações
de TI em fornecer um ambiente estável, a liberação de um novo software ou hardware
precisa ser controlada com mais atenção.

Este processo dentro da ITIL se preocupa em fornecer um meio estruturado para o
Gerenciamento de Liberação na infra-estrutura a partir do planejamento da liberação
(release) até a instalação de fato. Os relacionamentos com o Gerenciamento de
Mudanças e Configuração são chaves para este processo, os três estão intimamente
ligados.

O Gerenciamento de Liberação fornece um gerenciamento físico de softwares e
hardwares. Informações sobre os componentes de hardware e software da TI e seus
relacionamentos com outros são armazenados no Banco de Dados do Gerenciamento da
Configuração (BDGC). O Gerenciamento de Liberação gerencia mudanças planejadas e
aplicadas a software e hardware na infra-estrutura de TI.

Para suportar o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento da Configuração, o
Gerenciamento de Liberação utiliza a Biblioteca Definitiva de Software (BDS) e o Depósito
de Hardware Definitivo (DHD).

Estas bibliotecas seguras fornecem um local de armazenamento físico de todos os itens
de configuração de software (BDS) e peças de hardware (DHD).

Os softwares vêm de diversas formas tais como códigos-fonte, pacotes, bibliotecas e
executáveis. As diferentes versões do mesmo software são mantidas na BDS e, através
de autorização e controles de qualidade, são usadas para construção e implementação
das liberações.

Peças de hardware guardadas necessitam da avaliação de riscos (procurar por ativos
dentro da organização e depois ameaças e vulnerabilidades), assim como o envolvimento
de terceiros em contratos de suporte (Contratos de Apoio). Mudanças no ambiente de
produção precisam passar antes pelo DHD a fim de garantir que qualquer peça guardada
seja compatível com o último hardware em produção.


Objetivo

O Gerenciamento de Liberação é o processo que “protege” o ambiente de produção. A
proteção vem em forma de procedimentos formais ou testes extensivos relacionados a
mudanças de software ou hardware que estão sendo propostas dentro do ambiente de
produção.




                                                                                      59
Objetivos do processo de Gerenciamento de Liberação incluem:
       •    Gerenciar, distribuir e implementar itens de software e hardware aprovados.
       •   Prover o armazenamento físico e seguro de itens de hardware e software no
           Depósito de Hardware Definitivo (DHD) e na Biblioteca Definitiva de Software
           (BDS).
       •   Assegurar que apenas versões de software autorizadas e com processo de
           qualidade controlado sejam usados nos ambientes de teste e produção.

                    Observação: ainda o ambiente de teste pode ser assunto do processo de
                    Gerenciamento de Liberação.

    Descrição do Processo

    Os principais componentes controlados pelo processo de Gerenciamento de Liberação
    incluem:
       •    Aplicações desenvolvidas internamente;
       •    Softwares comprados;
       •    Aplicações utilitárias (winzip, acrobat, etc);
       •    Softwares fornecidos para o uso em sistemas especializados;
       •    Implementação de hardware e software,
       •    Instruções e manuais do usuário.

    O Gerenciamento de Liberação gerencia todos os softwares e hardwares desde a compra
    ou desenvolvimento até o teste e eventual implantação em ambiente de produção.

    O processo começa com o planejamento de uma nova liberação, seja de um software ou
    hardware e termina com uma liberação documentada, armazenada com segurança, com
    o menor impacto possível nas atividades do dia-a-dia da organização.

    O diagrama seguinte ilustra algumas das situações básicas antes e depois que envolvem
    o processo de Gerenciamento de Liberação.

    Antes do                           Implementação do             Após o
    Gerenciamento de                   Gerenciamento de             Gerenciamento de
    Liberação                          Liberação                    Liberação


•    Alto risco a vírus
                                                                •   Redução do risco a vírus
•    Problemas devido à
     fragilidade do planejamento                                •   Redução de problemas
     de liberação de software                                       devido a liberações de
                                                                    softwares mais
•    Aumento na carga de                                            consistentes
     trabalho com múltiplas                                     •   Melhor aproveitamento dos
     versões em produção
                                                                    recursos (Equipe de TI,
•    Perda dos softwares                                            software e hardware)
     originais que foram
     comprados

                                                                                               60
Atividades

O diagrama abaixo mostra as atividades do Gerenciamento de Liberação e seus
relacionamentos com o Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC):




As atividades descritas na figura acima incluem:
   •   Planejamento e descrição da Política de Liberação.
   •   O projeto, desenvolvimento e configuração das liberações.
   •   Teste e aprovação das novas liberações.
   •   Planejamento de implantação das liberações (roll out).
   •   Comunicação, preparação e treinamento.
   •   Liberação, distribuição e instalação.

Planejamento e descrição da Política de Liberação

A Política de Liberação documenta como a organização irá implementar a liberação de
um novo hardware ou software dentro da infra-estrutura. Serão especificados nesta
política itens como:

   •   A freqüência das liberações que serão aceitas no negócio.
   •   Uma política de como emitir uma liberação de emergência.
   •   Uma política de teste e a liberação subseqüente dentro do ambiente de produção.
   •   O escopo do processo de Gerenciamento de Liberação. Exemplo: qual o nível de
       controle e quais partes da infra-estrutura que estarão sobre o controle do
       processo.


                                                                                    61
•   Convenções de nomes das liberações

A preparação de qualquer liberação requer um planejamento estruturado para conseguir
sucesso. O uso de uma metodologia formal para o gerenciamento de projetos como o
PMBOK irá ajudar a definir itens como:
   •   Conteúdos da liberação
   •   Uma agenda de liberação
   •   Recursos necessários
   •   Funções e responsabilidades
   •   Desenho de um projeto
   •   Definição dos componentes da liberação
   •   Plano de back out (retrocesso)
   •   Plano de qualidade
   •   Plano de aceite

       Observação: o PMBOK é um framework para o gerenciamento de Projetos mantido pelo
       PMI (www.pmi.org).

O Projeto, desenvolvimento e configuração das liberações

Esta atividade dentro do Gerenciamento de Liberação pode ser considerada o estágio
técnico do processo. Todas as ações associadas com o projeto, configuração e
desenvolvimento são completadas por uma equipe adequada, de uma maneira
“controlada”.

Ao final deste estágio um Plano de Retrocesso (back out) deverá ser criado. Os planos de
retrocesso podem ser focados em restaurar todos os serviços em seu estado anterior a
qualquer mudança ou restaurar o mais aproximado à mudança.

A qualidade e conteúdo do Plano de Retrocesso serão avaliados durante o processo de
Gerenciamento de Mudanças.

A saída desta atividade deverá ser uma liberação completa com instruções sobre sua
instalação, um plano de testes e um plano de retrocesso.

Teste e aprovação das novas liberações

A falta de teste adequado é o caso mais comum da falha das liberações.

O teste não deve apenas ser realizado como resultado final da liberação, mas também
nas atividades de implementação e procedimentos de retrocesso (back out).

Representantes de Negócio (usuários dos departamentos da empresa) devem testar para
confirmar a funcionalidade esperada. Isto se refere ao “Teste de Aceite do Usuário”. A
equipe de TI deve realizar testes técnicos incluindo o teste de instalação.


                                                                                     62
Cada um destes estágios deve ser aprovado separadamente.

O aceite da liberação deve ser realizado em um ambiente de teste controlado que pode
ser resetado para voltar às configurações tanto de software como de hardware. Estas
configurações devem ser descritas nas definições da Liberação e armazenadas no
BDGC, assim como qualquer outro IC relacionado.

Planejamento da implantação da liberação

O plano completo da liberação que foi originalmente criado, precisa ser enriquecido com
informações dos detalhes da implantação da liberação (roll out). Este irá incluir:

   •   Lista de tarefas e recursos necessários para cada tarefa.
   •   Uma lista de todos os IC’s que serão instalados e retirados do serviço.
   •   Em caso de múltiplos sites: plano de ação para sites separados levando em
       consideração as diferenças de cada um.
   •   Comunicação para todos envolvidos (usuários e equipe de TI).
   •   Plano para a implantação da liberação comprada (se houver).
   •   Adquirir hardware e software. O plano de implantação deve incluir os
       procedimentos a serem seguidos para armazenamento seguro antes da
       implantação e mecanismos para acompanhar sua instalação.
   •   Agenda de reuniões para gerenciamento da equipe e grupos envolvidos na
       Liberação.


Comunicação, preparação e treinamento.

É importante comunicar-se com todas as partes envolvidas para aumentar a adesão e o
sucesso da liberação. Isto deve envolver várias sessões de reuniões e treinamentos com
grupos de usuários, equipes de TI e gerentes.

O momento de qualquer treinamento e/ou comunicação deve ser planejado de acordo
com a data da liberação esperada.

A Central de Serviços é uma área chave que precisa ser informada da liberação, qualquer
situação conhecida (ou solução de contorno) que pode ser necessária durante os testes e
geralmente como deve ser dado suporte à nova liberação.

O plano da liberação deve ser público, no caso de uma liberação importante os usuários
saberão o que irá acontecer e quando.




                                                                                    63
Liberação, distribuição e instalação.

O Gerenciamento de Liberação será responsável pelo                processo    de   compra,
armazenamento, transporte e entrega de hardware ou software.

A distribuição e instalação são vistas como atividades diferentes. Freqüentemente uma
liberação será distribuída e (no caso de um software) não irá ser executada enquanto um
script de login for mudado e a liberação ativada.

Após a distribuição da liberação, a sua instalação será iniciada tornando-a disponível para
a comunidade de usuários.

O Gerenciamento de Liberação precisa trabalhar em conjunto com outros processos
(principalmente como Gerenciamento de Mudanças e Configuração) para maximizar o
sucesso da liberação.

O BDGC deve ser atualizado com os detalhes da nova liberação e todos os IC’s antigos
devem ser inativados e marcados de forma apropriada no BDGC (aposentado, fora de
serviço, etc.).


Funções

A função principal dentro do processo de Gerenciamento de Liberação é a do Gerente de
Liberação.

Esta é a pessoa responsável por definir e manter a Política de Liberação e controlar as
atividades dentro do processo. O Gerente de Liberação precisará ter uma boa
fundamentação técnica e um bom conhecimento sobre as ferramentas de suporte.

As combinações das funções são permitidas dentro de certos processos da ITIL. Em uma
organização de TI a combinação do Gerente de Liberação, de Mudanças e da
Configuração é comum.

A equipe de Gerenciamento de Liberação precisará receber treinamento técnico para
desenvolvimento da liberação e manutenção de software e hardware.

O conhecimento em Gerenciamento de Projetos é uma outra característica essencial para
o ambiente de Gerenciamento da Liberação.


Relacionamentos

O Gerenciamento de Liberação tem um vínculo muito próximo com o Gerenciamento de
Mudanças e o Gerenciamento da Configuração. O Gerenciamento de Mudanças controla
todas as mudanças e determina quando uma nova liberação será implantada e quais
mudanças estarão em cada liberação. Em grandes organizações um representante do
processo de Gerenciamento de Liberação participará do Comitê de Controle de
Mudanças.


                                                                                        64
O Gerenciamento da Configuração precisa ser informado pelo Gerenciamento da
Liberação sobre cada mudança no Item de Configuração (IC), então eles poderão
atualizar o BDGC. Eles precisam também certificar-se que as novas versões de software
ou hardware estão sendo armazenadas na BDS ou DHD. O Gerenciamento de Liberação
irá usar o Gerenciamento da Configuração para conseguir informações sobre cada IC que
será afetado pela nova liberação e a o relacionamento com outros IC’s.

Benefícios

A implantação do processo de Gerenciamento de Liberação da ITIL provê as seguintes
vantagens:

   •   O software está sendo liberado para teste e produção de uma maneira controlada,
       reduzindo as chances de erros.
   •   Os softwares da organização estão sendo mantidos em um lugar seguro
       (Biblioteca Definitiva de Software).
   •   Possibilidade de implantar várias mudanças concorrentes no software que está
       sendo utilizado no ambiente de produção sem afetar a qualidade do ambiente de
       TI.
   •   Os softwares em localizações remotas podem ser gerenciados de forma eficiente
       e econômica a partir de um ponto central.
   •   A possibilidade de uso de cópias ilegais é reduzida drasticamente.
   •   O impacto de um novo hardware é avaliado antes da sua instalação na infra-
       estrutura.
   •   Usuários finais mais informados sobre as liberações e envolvidos no ambiente de
       teste. O risco da resistência de novas liberações irá reduzir significativamente.


Problemas Comuns

Para que o processo de Gerenciamento de Liberação possa ter sucesso é necessário
levar em consideração alguns problemas:

   •   Falta de Comprometimento: usuários finais podem ser relutantes na primeira vez
       que você comunicá-los como devem agir no caso de uma nova liberação. A
       vantagem deste processo precisa estar clara antes do processo ser implantado.
   •   Consertos urgentes. Procedimentos precisam estar definidos para assegurar que
       estes não iram comprometer a exatidão do BDGC, BDS ou DHD.
   •   Teste. Um ambiente de testes apropriado deve estar disponível para avaliar o
       impacto e reduzir os riscos de uma nova liberação. Criar um ambiente de testes
       pode ter custos e é comum a realização de testes direto no ambiente de produção,
       o que deve ser evitado.



                                                                                     65
•   Boicotar o processo pode causar a instalação de software ilegal ou a entrada de
       vírus na infra-estrutura de TI. Auditorias regulares devem ajudar a minimizar esta
       questão.

KPI – Key Performance Indicators

Para avaliar a eficiência do processo de Gerenciamento de Liberação um número de
indicadores deve ser monitorado.

Exemplos de possíveis indicadores:

   •   Liberações desenvolvidas, implantadas no prazo e dentro do orçamento.
   •   Número de liberações que resultaram em retrocesso (back out) devido a erros
       inaceitáveis.
   •   Número de Incidentes causados pela liberação.
   •   Resultado de auditorias feitas na BDS e DHD.
   •   Precisão e tempo gasto para registrar todas as atividades de desenvolvimento,
       distribuição e implantação no BDGC.




                                                                                      66
8. Gerenciamento da Configuração

Introdução

Através do armazenamento e gerenciamento de dados relacionados à infra-estrutura de
TI, o processo de Gerenciamento da Configuração dá a organização um controle maior
sobre todos os ativos de TI. Quanto mais dependentes dos sistemas de TI as
organizações são, mais importante se torna o Gerenciamento da Configuração.

É, entretanto, necessário manter um registro de todos os Itens de Configuração (IC’s)
dentro da infra-estrutura de TI. O Gerenciamento da Configuração tem como objetivo
fornecer um “modelo lógico” da infra-estrutura de TI, identificando, controlando, mantendo
e verificando versões de todos os IC’s.


Objetivos

Os principais objetivos do processo do Gerenciamento da Configuração são:

   •   Fornecer gerenciamento da TI com maior controle sobre os IC’s da organização;
   •   Fornecer informação precisa a outros processos da ITIL;
   •   Criar e manter uma Base de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC).

       Observação: A diferença básica entre o Gerenciamento de Ativos e
       Gerenciamento da Configuração são os “relacionamentos”. O
       gerenciamento de ativos tradicional fornece uma lista de itens (tipicamente
       hardware e software). O Gerenciamento da Configuração define o
       relacionamento entre os IC’s.

Descrição do Processo

O processo de Gerenciamento da Configuração quase poderia ser considerado um
processo pivô para todos os outros (especialmente para os de Suporte a Serviços). O
Gerenciamento da Configuração é considerado o processo central que suporta outros
processos da ITIL fornecendo informações sobre a infra-estrutura de TI.

Lembrete:

   •   Processos de Suporte a Serviços = Incidentes, Problemas, Mudanças, Configuração e
       Liberação.
   •   Processos de Entrega de Serviços = Gerenciamento do Nível de Serviços, Disponibilidade,
       Capacidade, Financeiro e Continuidade.
   •   Central de Serviços é uma função e o Gerenciamento da Segurança tem uma parte ativa
       em todos os processos.




                                                                                           67
A principal entrada no processo vem do Gerenciamento de Mudanças, requisitando
informações sobre itens que serão afetados ou reportando o status dos itens mudados.

O processo inicia com o projeto, população e implantação do BDGC (Banco de Dados do
Gerenciamento da Configuração).

É responsabilidade do Gerenciamento da Configuração manter o BDGC. A população do
BDGC pode ser cara e um exercício prolongado dependendo do escopo da infra-estrutura
de TI que está sendo gerenciado e do nível de detalhes sobre cada item requisitado.
Ferramentas de auditoria automática podem ajudar em grande parte nesse aspecto.

As Saídas do Processo são relatórios para o gerenciamento de TI e também a constante
disponibilidade de informação que podem ser fornecidas a partir do BDGC a outros
processos.




Atividades

As atividades do processo de Gerenciamento da Configuração são:
   •   Planejamento
   •   Identificação
   •   Controle
   •   Acompanhamento do status
   •   Verificação e auditoria




                                                                                 68
Planejamento:

Esta atividade inclui a configuração dos “limites” do processo como: objetivos, escopo,
políticas, procedimentos e interação esperada com outros processos.

Esta é a tarefa do Gerente de Configuração: determinar o que deve ser alcançado, e em
que custo – balanceando com as necessidades do negócio. Esta combinação afeta o
nível de detalhes e como muitos IC’s deverão ser especificados.

Escopo:

O escopo do processo precisa ser definido. Ele irá responder uma questão essencial: O
que será e não será incluído no processo? Por exemplo, algumas organizações de TI irão
gerenciar sistemas de PABX e telefones, neste caso estes itens da infra-estrutura deverão
estar dentro do escopo deste processo.

Nível do IC:

O nível do IC se refere à quantidade de detalhes que serão capturados para cada IC. Por
exemplo, se um PC é um detalhe considerado suficiente ou se é necessário capturar
detalhes do HD, placa de rede, e memória. Esta decisão sobre o nível de detalhes
necessários depende da informação que será usada. Uma porção de detalhes requer
trabalho extra para manter a atualização, enquanto que poucos detalhes destroem o
propósito do processo e não contribuem para as tomadas de decisões.




Identificação:

A atividade de identificação envolve a coleta de todas as informações do IC dentro do
escopo do processo. A informação do IC é coletada manualmente e/ou pelo uso de




                                                                                      69
ferramentas automatizadas. Na hora de coletar estes dados cada IC deverá ser
etiquetado para referência e propósitos de controle.

       Observação: pôr etiquetas nos itens da infra-estrutura de TI pode ser incorporado no
       processo do Gerenciamento da Segurança. As técnicas para etiquetar incluem etiquetas
       visíveis, que incluem números de contato (exemplo Central de Serviços), número de
       referência e ainda etiquetas escondidas (pinturas de segurança que mostram
       identificadores apenas com luz noturna que não são visíveis a olho nu).

A informação coletada será determinada pelo escopo, nível do IC e atributos que foram
definidos.

       Observação: os atributos do IC são “coisas” que nós podemos registrar (exemplo atributos
       de um PC pode ser o tamanho do HD, tipo do processador, velocidade do processador,
       sistema operacional, etc.). Os valores são medidas quantificáveis dos atributos (exemplo
       do tamanho do HD pode ser 3 GB ou 8 GB, o valor da velocidade do processador por ser 1
       GHz ou 10 GHz).

Antes de coletar qualquer informação, procedimentos de controle o processo de
Gerenciamento de Mudanças deve já existir, só então a informação é coletada e carregada
no BDGC, evitando que as mudanças na infra-estrutura criem registros redundantes.

       Observação: a coleta de dados pode levar várias semanas ou meses.

Controle

Antes de o BDGC ser populado, procedimentos de controle já devem existir. É vital que as
mudanças dentro do BDGC sejam feitas apenas com autorização. Procedimentos
necessários precisam ser estabelecidos para que todas as mudanças sejam
documentadas.

Acompanhamento do Status

O acompanhamento do status é uma atividade que registra o estado atual e anteriores de
um IC, podendo desta forma um IC ser rastreável. Os níveis de status podem ser
definidos como parte do processo de planejamento (exemplo: em compra, em uso, fora de
uso, em reparo, aposentado).

       IC em                                       Ciclo de vida de um IC
  desenvolvimento



                       Teste



                                  Agendado para
                                   implantação


              IC fora para
              manutenção                            IC em Uso




                                                                  IC desativado
                                                                                            70
Verificação e auditoria

Ao conduzir auditorias regulares na organização pode-se verificar que todos os IC’s estão
registrados corretamente.

A primeira auditoria deve ser agendada logo após o BDGC ser implantado para certificar
que se tem uma representação correta da infra-estrutura de TI atual.

Outras auditorias podem ocorrer ser após acidentes e mudanças graves.

A freqüência de auditorias dependerá do resultado ou valor que ela pode agregar nas
informações e o gasto que ela irá gerar. Auditorias parciais, auditorias em pontos
específicos são estratégias que podem ser mais rápidas e baratas.


Funções

O Gerente de Configuração irá ajudar na definição do escopo e os níveis de detalhes
necessários no processo, implantado procedimentos de interação com outros processos e
assumindo a responsabilidade pelo planejamento e população do BDGC.

O Bibliotecário da Configuração é a pessoa que controla o acesso às copias mestres
de softwares e documentações. O foco é nos itens físicos. Estes itens serão armazenados
na “Biblioteca Definitiva de Software” (BDS)

       Observação: em pequenas organizações as funções do Gerente de Configuração e do
       Gerente de Mudanças podem ser combinadas.

Relacionamentos

Conforme já indicado, a infra-estrutura de TI forma o fundamento de uma organização de
TI. Todos os processos dentro da ITIL conseqüentemente terão vínculos com o
Gerenciamento da Configuração ou buscarão informações dentro do Banco de Dados do
Gerenciamento da Configuração.

Entretanto o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento de Liberação têm um
relacionamento muito próximo com o Gerenciamento da Configuração e poderiam ainda
ser considerados parte integral deste. O gráfico de fluxo seguinte mostra o
relacionamento entre os 3 processos e como o fluxo ocorre entre os processos em cada
estágio.




                                                                                      71
Benefícios

Alguns dos benefícios que decorrem da implantação do Gerenciamento da Configuração
incluem:
   •   Disponibilidade para fornecer informações para outros processos sobre IC’s e o
       relacionamento entre eles.
   •   Contribuição para o planejamento da Continuidade dos Serviços de TI.
   •   Controle da Infra-estrutura de TI. Sabendo onde o IC está e quem é responsável
       por ele.
   •   Gerenciamento de Problemas eficiente e eficaz.
   •   Processamento de Mudanças eficiente e eficaz.
   •   Segurança que as obrigações legais estão sendo executadas.
   •   Questões de suporte à segurança otimizadas.

Problemas Comuns

Problemas que podem evitar uma implantação eficiente do Gerenciamento da
Configuração são:

   •   O nível de detalhes dos IC’s não está correto. Se o nível de detalhes for muito
       profundo, muita informação será registrada e irá tomar muito tempo, dinheiro e
       esforço para manter. Entretanto se o nível de detalhes não for suficiente, poderá


                                                                                     72
prejudicar a tomada de decisões para outros processos, gerando mais problemas
       e incidentes.
   •   Mudanças Emergenciais normalmente acontecem fora do horário normal de
       operação. Pode ser que nenhuma pessoa tenha sido autorizada para registrar as
       mudanças no BDGC. Isto pode ser evitado através de um procedimento de
       atualização pós-mudança. De outra forma a confiança do BDGC pode ser
       comprometida.
   •   Comprometimento: precisa haver um comprometimento firme da equipe de TI com
       este processo. A disciplina será necessária para assegurar que mudanças na
       infra-estrutura devem seguir procedimentos para manter o BDGC preciso.
   •   Interação com outros processos. Como o Gerenciamento da Configuração se
       baseia no Gerenciamento de Mudanças e Liberação, seria recomendável implantar
       estes processos ao mesmo tempo.
   •   Controle: precisa haver um processo implantado que assegure a validade do
       BDGC. Por exemplo, usuários que compram softwares sozinhos pela Internet
       podem criar incidentes que são difíceis de resolver devido ao desconhecimento
       das mudanças de configuração (tipicamente você houve “Eu não mudei nada!!”).




KPI – Key Performance Indicators

A mensuração do processo de Gerenciamento da Configuração pode ter muitos IPD’s
(Indicadores Principais de Desempenho) que podem ser analisados. Para medir a eficácia
do Gerenciamento da Configuração são necessários objetivos realísticos. Os objetivos
podem ser mudados durante o tempo para assegurar a melhoria do processo.

   •   Resultado das auditorias. Número de IC’s não autorizados, IC’s que não estão em
       uso.
   •   Número de mudanças que ocorreram devido à informação errada de Configuração
       causando incidentes ou problemas.
   •   RDM’s que não foram completadas com sucesso devido à avaliação pobre de
       impacto, dados incorretos no BDGC ou fraco controle de versão.
   •   O tempo que uma mudança leva para iniciar e acabar.
   •   Licenças de softwares que não foram aproveitadas ou não estão em uso.

Outros Indicadores podem incluir:

   •   A quantidade de chamadas por mês que foram resolvidas pelo telefone usando
       informações do BDGC.
   •   Redução de incidentes e problemas ao longo do tempo e a mudança no impacto
       que eles tiveram no negócio.




                                                                                   73
•   Melhoria do prazo necessário para resolver incidentes e problemas que não
       podiam ser resolvidos imediatamente.
   •   Número de mudanças no BDGC por mês devido à identificação de erros no
       BDGC.
   •   Tempo necessário para registrar um IC.



Melhores Práticas
O BDGC

Muitas organizações já usam algum tipo de BDGC, em planilhas ou em papel. Em muitos
casos o BDGC é baseado em tecnologia de banco de dados, o qual coleta informações
do usuário de forma mais amigável. Informações que podem ser coletadas a partir do
BDGC incluem:

   •   Informação sobre os IC’s.
   •   Lista de IC’s afetados após o agendamento da mudança.
   •   Todas as requisições para mudança relacionadas ao mesmo IC.
   •   O histórico de um IC em particular.
   •   Lista de mudanças e problemas associados com o IC.
   •   Lista de IC’s afetados por um problema.

Um BDGC também contém informações de relacionamentos entre incidentes, problemas,
erros conhecidos, mudanças, liberações e IC’s. O BDGC pode ajudar como sendo uma
ferramenta de suporte na criação e manutenção de contratos com fornecedores.

Alguns exemplos de “relacionamentos” que podem ser definidos:
   • Depende de:
          o ANS “Provisão de Serviços Bancários” depende do Servidor 2
          o ANS “Provisão de Serviços Bancários” depende da Impressora 9
   • É parte de:
          o ANS “Provisão de Serviços Bancários” afeta o Cliente 11
   • É vinculado a:
          o O sistema bancário é vinculado ao sistema administrativo
   • Tem:
          o Impressora 9 tem a RDM 0019 aplicada

O BDGC ainda pode ser usado para armazenar aspectos legais associados à
manutenção de licenças e contratos.




                                                                                74
9. Gerenciamento do Nível de Serviço

Introdução

Imagine a seguinte situação:

       O Supervisor de TI avisa ao CIO (Chief Information Officer) que a empresa está
       pensando em terceirizar o Departamento de TI. Durante os 2 últimos anos tem
       havido muitas reclamações sobres os Serviços de TI. Os clientes dizem que não
       se faz o que deveria ser feito ou que não está funcionando corretamente.

       O CIO fica sem ação, não sabendo o que dizer. Ele não tinha idéia porque a sua
       área estava indo tão mal. Pensavam que estava indo bem. Os serviços estavam
       sempre disponíveis e funcionando na maioria do tempo. Eles resolviam os
       incidentes rapidamente e nunca recebiam nenhuma reclamação dos usuários. Sua
       equipe tem feito um esforço enorme para fazer um upgrade no servidor que roda a
       aplicação da folha de pagamento. O que nós ainda poderíamos fazer para
       melhorar?

Viu o problema deste cenário?

   1. O Departamento de TI pensa que está entregando os serviços em alto padrão,
      mas não têm nenhum número que demonstre isto. A forma imprecisa de dizer “o
      sistema está sempre disponível na maioria do tempo” não diz quantas vezes ficou
      fora nas horas críticas.
   2. O esforço para fazer o upgrade no servidor foi recomendável, mas não trouxe
      nenhum benefício que evitasse a empresa terceirizar as atividades da folha de
      pagamento.
   3. Não existe certamente nenhum procedimento oficial formalizado para perguntar a
      opinião dos clientes ou como fazer uma reclamação, então como eles têm
      informação sobre a percepção do cliente em relação àqueles serviços?
A implantação do processo de Gerenciamento do Nível de Serviço irá resolver a maioria
dos problemas nesta situação. Um dos elementos mais conhecidos no Gerenciamento do
Nível de Serviços são os Acordos de Nível de Serviços (ANS) (em inglês SLA). Os ANS’s
permitem que o departamento de TI e o cliente decidam juntos sobre quais serviços
devem ser fornecidos, a disponibilidade necessária e seus custos. Estes níveis devem ser
mensuráveis para ambos os lados poderem verificar se estão sendo atendidos.

O Gerenciamento de Nível de Serviços é o processo que forma o vínculo entre o
departamento de TI e os clientes. Para implantar este processo com sucesso é
necessário que os outros processos da ITIL já tenham sido implantados.

O foco principal deste processo é assegurar a qualidade dos Serviços de TI que são
fornecidos, ao um custo aceitável ao negócio.




                                                                                     75
Observação: Alguns dizem que o Gerenciamento do Nível de Serviço é o mais importante
       dentro da ITIL. Isto é difícil de argumentar, pois todos os processos têm a mesma
       importância. É verdade que o Gerenciamento de Nível de Serviço tem um foco maior no
       cliente se comparado com os outros processos, mas sem os outros processos é
       impossível atender o cliente.

Objetivo

O processo de Gerenciamento do Nível de Serviço gerencia a qualidade dos Serviços de
TI conforme os acordos firmados entre os usuários e o departamento de TI chamados
Acordos de Nível de Serviço (ANS).

O objetivo do Gerenciamento do Nível de Serviço é manter e melhorar a qualidade dos
serviços através de um ciclo constante de acordos, monitoração, relatórios e melhoria dos
níveis de serviços. Ele é estrategicamente focado no negócio, mantendo o alinhamento
entre o negócio e a TI.


Descrição do Processo

                                               Provisão de Serviços
    Cliente                                           de TI

                                               Catálogo de Serviços
                       dirige         dirige
   Demanda                                       Lista de Preços               Entrada de
                                                                                 outros
                                                                               processos

                                                                               Entrada de
                                                                                terceiros
                          Combina &
                          Customiza
            Por que?                            Como?




  reporta                       SLA                 reporta
                   guarda                  guarda


Para entender o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço é necessário entender
alguns conceitos básicos que são usados. Serão explicados aqui para que o processo se
torne mais fácil de entender.

Requisitos de Nível de Serviços (RNS)

Este é um documento que contém todos os requisitos do cliente relacionados aos
Serviços de TI. Define a disponibilidade e desempenho que os clientes precisam para
estes serviços. É o ponto inicial para traçar os Acordos de Nível de Serviço.


                                                                                        76
Especificações de Serviço

A organização de TI rascunha as Especificações dos Serviços baseadas no RNS. É uma
transcrição dos requisitos do cliente e “como” a organização de TI irá fornecer estes
serviços. Quais são as necessidades técnicas? Ele irá mostrar os relacionamentos entre
os ANS’s, fornecedores e a própria organização de TI.

Acordo de Nível de Serviço (ANS)

O ANS é um documento que define níveis de serviços acordados entre o cliente e o
provedor de serviços, por exemplo, entre TI e o negócio. O ANS deve ser escrito em
linguagem que o negócio entenda, clara, concisa e livre de jargões. O ANS não deve
incluir diagramas de procedimentos detalhados para outros processos ou informações
técnicas que o negócio entenda.

Contratos de Apoio (CA)

Com um fornecedor externo ou terceiro que está sendo envolvido na entrega de Serviços
de TI haverá um contrato que garanta que ele fornecerá o serviço dentro de um prazo,
custo, nível, etc. A organização de TI passa os requisitos do negócio para os
fornecedores externos.

Este documento será reflexo dos níveis de serviços definidos nos ANS’s. Por exemplo, se
o ANS apresenta um conserto de uma impressora em 5 dias, então o CA com o terceiro
deverá dar suporte a esta necessidade. Por exemplo, o conserto da impressora e o
retorno para a organização em 3 dias.

Acordo de Nível Operacional (ANO)

Alguns serviços de TI dependem de outros serviços providos dentro da própria
organização de TI. Por exemplo, um sistema que é executado via rede depende da
disponibilidade da rede. Acordos sobre a disponibilidade da rede serão desenhados em
um Acordo de Nível Operacional (ANO). Assim como a CA, estes “contratos” internos irão
dar suporte aos ANS’s da mesma maneira. A diferença é que o foco é voltado para dentro
da organização de TI.

A figura abaixo ilustra o relacionamento entre o cliente, a organização de TI e provedores
externos de serviços:




                                                                                       77
Plano de Qualidade de Serviço

Este plano irá conter informação sobre indicadores de performance para a organização de
TI medir os serviços. Ele irá conter indicadores de desempenho para cada um dos
processos que estão sendo implantados na organização. É importante também incluir
indicadores de desempenho nos CA’s e ANO’s, assim eles contribuirão para o serviço de
TI como um todo.

Catálogo de Serviço

Este é um documento que contem todos os serviços que estão sendo fornecidos,
descrição, níveis, custo, cliente e a pessoa/departamento responsável pela manutenção
do serviço. O conteúdo do Catálogo de Serviço irá variar de acordos com os requisitos da
organização de TI.

As folhas de Especificação de Serviço freqüentemente formam parte do Catálogo de
Serviço.

       Observação: Certifique-se que você entendeu as diferenças principais entre um Contrato
       de Apoio e um Acordo de Nível Operacional.


                         Relacionamentos entre os documentos

                                         Negócio                         RNS

                                                               ANS
                                      TI representado
                                      por um Gerente                     Catálogo
                                         de Nível de                     de Serviço
                                           Serviço




                     ANO                                            CA
             (Acordo com grupos                          (Acordo com fornecedores
                de TI internos)                             de serviço externo)




                                                                                          78
Atividades

    Clientes            demanda      Identificação               Requisitos de Nível
                                                                    de Serviços



                                       Definição                     Especificação de
                                                                         Serviço


                                                                 Plano de Qualidade
                                                                     de Serviço


                                                                 Acordos de Nível de
                                                                      Serviços


                                     Negociação                      Acordos de Nível
                                                                       Operacional


                                                                 Catálogo de Serviço



                                                                 Contratos de Apoio



                                     Monitoração                 Realizações de Nível
                                                                     de Serviços



                                       Relatório                Relatório de Níveis de
                                                                       Serviço



                                       Revisão                      Programa de
                                                                 Aperfeiçoamento de
                                                                      Serviços




As principais atividades do Gerenciamento do Nível de Serviço consistem de:
   •    Compor o Catálogo de Serviço
   •    Negociar com os clientes baseado nas possibilidades e preços
   •    Assegurar e manter o Acordo de Nível Serviço (ANS)

Isto será feito através de um ciclo constante das seguintes ações:

    •   Identificação
    •   Definição
    •   Negociação



                                                                                         79
•   Monitoração
    •   Relatório
    •   Revisão

Identificação

Dentro desta atividade a organização de TI precisará definir os serviços que ela fornece
dentro do Catálogo de Serviço. O Catálogo de Serviço é como se fosse um menu de
serviços que a TI oferece e os componentes destes serviços.

Neste estágio o relacionamento entre a organização de TI e o cliente é criado ou mantido.
O foco é identificar os requisitos do cliente em relação aos Serviços de TI. Como parte
desta atividade, o documento de RNS é escrito. Este documento será assinado por
ambas as partes para assegurar que esteja claro o entendimento do que será realizado
pela TI e os requisitos relacionados ao negócio.

Definição

O primeiro resultado desta atividade será a entrega do RNS, da folha de especificação de
serviço e o Plano de Qualidade de Serviço.

A partir dos RNS’s e do Catálogo de Serviço será feito uma proposta do ANS que alinha
ambos em níveis de serviços aceitáveis. Durante a criação deste documento a elaboração
de CA´s e ANO’s é critica para dar suporte à ANS.

As necessidades do cliente podem ser alteradas devido à mudança nos procedimentos do
negócio. Nesse caso as especificações e os serviços precisam ser mudados ou
tecnologias mais avançadas precisem ser implantadas.

Negociação

Uma vez que a proposta do ANS é formulada é hora de fazer o acordo, aceite e
assinatura para os seguintes documentos:

   •    Acordo de Nível de Serviço
   •    Contratos de Apoio
   •    Acordos de Nível Operacional


É necessário que os documentos acima sejam negociados e assinados.




                                                                                      80
Monitoração

Se os níveis não podem ser medidos ou monitorados seus valores serão reduzidos
significativamente. Por que criar níveis de serviço se você não sabe se eles estão sendo
alcançados?

Para que os níveis de serviços possam ser medidos eles precisam ser claros e ter um
objetivo.

Não é suficiente definir por quanto tempo um serviço pode estar indisponível, é
necessário também definir quando o serviço estará disponível novamente. É considerado
disponível quando a organização de TI restaurar o serviço ou quando os usuários forem
notificados que ele já se encontra disponível?

Para monitorar o desempenho, disponibilidade e dar suporte aos níveis de serviço, outros
processos tais como Gerenciamento da Capacidade, Disponibilidade e Incidentes já
devem existir. Estes processos irão gerenciar e reportar sobre os níveis de serviços para
o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço.

Relatório

Os relatórios devem mostrar números sobre os níveis de serviços que são necessários e
os níveis de serviços medidos de fato.

Itens que podem ser incluídos aqui:

   •   Tempo necessário para resolver os incidentes
   •   Downtime da rede e qualquer outra situação onde os níveis de serviço não estão
       sendo atingidos
   •   Tempo necessário para uma mudança
   •   Todas as interrupções graves no serviço em detalhes
   •   Uso da capacidade (mínimo e máximo)
   •   Quantidade de interações com vários serviços

Revisão

Revisar regularmente os serviços com os clientes irá ajudar a descobrir oportunidades
para melhorar o que está sendo fornecido. Com a ajuda do Programa de Aperfeiçoamento
de Serviço (PAS) isto poderá ser alcançado.

Uma vez que os Acordos de Nível de Serviço estejam documentados não é o final do
processo, é apenas o começo. É também importante revisar regularmente como os
processos estão sendo operados e atualizá-los quando necessário.




                                                                                      81
Funções

Função do Gerente de Nível de Serviços

O Gerente de Nível de Serviço é responsável pela implantação dos processos,
manutenção e melhoria dos níveis de serviços através das ações de melhoria. A função
requer uma posição que permita à pessoa negociar os níveis de serviços com os clientes
em nome da organização de TI.

O Gerente de Nível de Serviço fiscaliza os passos que resultam nos seguintes
documentos oficiais:

   •   Requisitos de Nível de Serviço (RNS)
   •   Especificações de Serviços
   •   Acordo de Nível de Serviço (ANS)
   •   Contratos de Apoio (CA)
   •   Plano de Qualidade de Serviço
   •   Programa de Aperfeiçoamento de Serviço (PAS)



Relacionamentos

O Gerenciamento do Nível de serviço é o resultado da implantação dos processos de
Gerenciamento de Serviço. O Gerenciamento do Nível de Serviço está relacionado com
cada um dos processos da ITIL. Você não pode implantar este processo com o objetivo
de alcançar a maturidade completa sem os outros nove processos e a função da Central
de Serviço, devido à aproximação holística com o Gerenciamento de Serviços.

Os processos de Suporte a Serviços – Incidentes e Problemas e a Central de Serviços –
focam em restaurar os serviços o mais breve possível quando existir alguma falha nos
níveis de serviços. Eles fornecem ao Gerenciamento do Nível de Serviços informações
valiosas como percepção do cliente em relação aos níveis de serviço.

Os processos de Entrega de Serviços são mais focados em manter os serviços
executando dentro dos parâmetros definidos no ANS. Eles coletam informação a partir do
Gerenciamento do Nível de Serviço sobre quais são os níveis necessários e dão
informação sobre os níveis atuais e avisam sobre o impacto de novos serviços ou
mudanças em serviços.

Benefícios

Implantar o Gerenciamento do Nível de Serviços trará os seguintes benefícios para o
negócio e para a organização de TI:




                                                                                   82
•   O serviço em TI terá uma qualidade maior e irá causar menos interrupção. Por
       conseqüência a produtividade dos clientes da TI será aperfeiçoada.
   •   Os recursos da equipe de TI serão usados de forma mais eficiente.
   •   A organização de TI fornecerá serviços que satisfaçam as expectativas dos
       clientes.
   •   O serviço fornecido poderá ser medido.
   •   A percepção da organização de TI será melhorada.
   •   Redução de custo.
   •   Os serviços fornecidos por fornecedores são mais bem gerenciados com contratos
       de apoio, reduzindo a possibilidade de influência negativa no serviço de TI
       fornecido.
   •   O monitoramento do serviço se torna possível identificando os pontos fracos que
       podem ser melhorados.



Problemas Comuns

As seguintes questões podem ser aplicadas para assegurar o sucesso do processo de
Gerenciamento do Nível de Serviço:

   •   Os níveis de serviços previstos no ANS precisam ser alcançáveis pela organização
       de TI em primeiro lugar.
   •   OS CA’s e ANO’s precisam ser escritos corretamente para que os fornecedores ou
       grupos internos não criem inadvertidamente brechas (falhas) nos níveis de
       serviços acordados.
   •   Os serviços precisam ser mensuráveis.
   •   Os Acordos de Nível de Serviços precisam regularmente ser revisados e
       negociados para que estes não se tornem obsoletos.



KPI – Key Performance Indicators

As seguintes questões irão ajudar a determinar se o processo de Gerenciamento do Nível
de Serviço é eficaz e eficiente:

   •   Todos os serviços estão sendo cobertos por ANS’s?
   •   Os serviços dentro do ANS têm CA’s ou ANO’s necessários?
   •   Existe alguma melhoria nos níveis de serviço?
   •   Os níveis de serviço são medidos?
   •   A percepção sobre a melhoria na organização de TI está melhorando?



                                                                                    83
10. Gerenciamento da Disponibilidade

    Introdução

    As organizações estão se tornando cada vez mais dependentes dos Serviços de TI.
    Quando eles ficam indisponíveis, na maioria dos casos o negócio também para. Cresce
    também a demanda por disponibilidade de serviços em 24/7 (7 dias por semana, 24 horas
    por dia).

    É vital para a organização de TI gerenciar e controlar a disponibilidade dos seus serviços.
    Isto é feito a partir da combinação dos requisitos de negócio com a disponibilidade dos
    serviços.


    Objetivo

    O objetivo do Gerenciamento da Disponibilidade é conseguir um mapeamento claro dos
    requisitos do negócio relacionados com a disponibilidade dos Serviços de TI e aperfeiçoar
    a capacidade da infra-estrutura para se alinhar a estas necessidades.

    Em outras palavras, assegurar a mais alta disponibilidade possível dos serviços de TI
    para que o negócio consiga alcançar seus objetivos.


    Descrição do Processo
                                            Gerenciamento da
                                             Disponibilidade
• Requisitos inseridos                                                                 • Recomendações
  nos ANS’s
                                                                                       • Relatório sobre
• Incidentes                                                                             Disponibilidade
• Problemas                                                                            • Procedimentos
                         Entrada                                          Saída          para serviços de TI
                                            Disponibilidade
• Níveis de Serviço                                                                      novos ou
                                            Confiabilidade
  alcançados                                                                             aperfeiçoados
                                            Sustentabilidade
• Informação sobre os                       Oficiosidade
                                                                                       • Programas de
  IC’s                                      Segurança
                                                                                         melhoria
 o Sustentabilidade                                                                    • Plano de
 o Capacidade de                                                                         disponibilidade
   Recuperação
 o Oficiosidade




                                                                                            84
O Gerenciamento da Disponibilidade depende de muitas entradas para funcionar
corretamente.

Entre as entradas temos:

    •     Os requisitos relacionados à disponibilidade do negócio
    •     Informações relacionadas à confiabilidade, sustentabilidade, capacidade de
          recuperação e oficiosidade dos IC’s.
    •     Informações de outros processos, incidentes, problemas, ANS’s e níveis de
          serviços alcançados.

As saídas do processo são:

   •     Recomendações relacionadas à infra-estrutura de TI para assegurar a resiliência
         da infra-estrutura de TI.
   •     Relatórios sobre a disponibilidade dos serviços.
   •     Procedimentos para assegurar a disponibilidade e recuperação de cada serviço de
         TI novo ou aperfeiçoado.
   •     Planos para aperfeiçoar a Disponibilidade dos Serviços de TI.


A terminologia chave e ações que formam a base deste processo são:


Disponibilidade:
A disponibilidade e flexibilidade dos componentes da infra-estrutura. Isto é expresso na
seguinte fórmula:
        D = (TS – DT) / DT x 100, onde:
        D = Disponibilidade, TS = Tempo de Serviço acordado e DT = Downtime.
A Disponibilidade é definida como:
“Disponibilidade de um Serviço de TI ou componente usado para executar sua função
requisitada em determinado instante ou durante um período” (ITIL Service Delivery Book,
OGC,2001).

Confiabilidade:
A confiabilidade dos componentes da infra-estrutura. Neste caso o tempo médio entre
falhas (TMEF) pode ser usado como ferramenta de medida.

A confiabilidade é definida como:
“...livre de falhas operacionais” (ITIL Service Delivery Book, OGC, 2001)




                                                                                     85
A resiliência é um aspecto chave da confiabilidade e é definida como:

“A habilidade de um componente de TI continuar a operar mesmo que um ou mais de
seus sub-componentes tenham falhado”.

Sustentabilidade:
A capacidade de manter ou restaurar um serviço ou componente da infra-estrutura em
certo nível, de forma que a funcionalidade requisitada possa ser entregue. Alguns
serviços ou componentes de infra-estrutura são mais fáceis de manter e/ou restaurar no
evento de uma falha. Por exemplo, uma aplicação que foi desenvolvida requer uma
manutenção diária para garantir sua operação e só um Administrador de Banco de Dados
altamente qualificado pode fazer isto. Esta é uma aplicação que não é fácil de manter. É
importante considerar a sustentabilidade dos IC’s dentro da infra-estrutura assim como a
rapidez da recuperação. A facilidade de manutenção irá impactar no uptime (tempo
disponível de um IC) e por seguinte na disponibilidade dos serviços.

Acordos de Nível Operacional (ANO’s) do processo de Gerenciamento do Nível de
Serviço são necessários aqui.

Oficiosidade:
A oficiosidade refere-se aos acordos que são mantidos com os terceiros que estão
fornecendo serviços para a organização de TI. Estes contratos definem como os terceiros
irão fazer para assegurar a disponibilidade dos serviços que são fornecidos. Por exemplo,
como irão assegurar a resiliência, como irão manter a infra-estrutura que são
responsáveis.

Contratos de Apoio do Gerenciamento do Nível de Serviços são necessários aqui.

Segurança:
Esta é dividida em confidencialidade, integridade e disponibilidade (CID). Ela pode ser
desejável (por razões de segurança, a qual pode pôr em risco a disponibilidade) não
somente para fazer certos componentes da infra-estrutura disponíveis, fisicamente ou
logicamente.

A segurança é uma das grandes preocupações na maioria das organizações nos dias de
hoje. É importante para assegurar que os Serviços de TI ficarão disponíveis para a
organização de uma forma segura. Isto significa que os serviços e informações ficam
disponíveis apenas para as pessoas certas. É também importante assegurar que os
serviços que não são tão seguros sejam impedidos de ser utilizados pela a organização.




                                                                                      86
Atividades

                                Atividades do Gerenciamento da Disponibilidade

                                         Determinar os requisitos da disponibilidade


                                                  Projetar a disponibilidade

                    Planejamento
 Gerenciamento                                     Projetar a recuperação
       da
 Disponibilidade
                                                  Questões sobre segurança


                                               Gerenciamento da Manutenção
                   Aperfeiçoamento
                                      Desenvolvimento de um plano de disponibilidade
                   Medição &
                   Relatório
                                               Medição e emissão de relatórios


Estas atividades dentro do processo podem ser divididas em três atividades principais, as
quais serão discutidas em detalhes durante este capítulo:

   •   Planejamento
   •   Aperfeiçoamento
   •   Medição & Relatório



Planejamento

O planejamento envolve as seguintes atividades:
Determinar os Requisitos da Disponibilidade
É importante não apenas identificar os requisitos, mas também identificar se e como a
organização de TI pode atender a estes requisitos. O processo de Gerenciamento do
Nível de Serviço mantém contato com o negócio e possibilita atender as expectativas do
cliente por meio do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. O cliente pode ter
uma expectativa realística com respeito à disponibilidade sem entender o que isto
significa na verdade. Por exemplo, o cliente pode querer uma disponibilidade de 99,9%
sem perceber que isto irá custar cinco vezes mais do fornecer a uma disponibilidade de
98%. É responsabilidade do Gerenciamento do Nível de Serviço e do processo de
Gerenciamento da Disponibilidade gerenciar essas expectativas.




                                                                                       87
Planos

Quando estiver considerando o arranjo da infra-estrutura da organização de TI pode-se
ainda levar em conta um plano de “disponibilidade” e “recuperação”.

Plano de Disponibilidade

Quando o negócio não puder arcar com os prejuízos de um serviço particular estar “fora
do ar” (downtime) por um período de tempo, um plano para a disponibilidade, fazendo um
arranjo na infra-estrutura será necessário. Neste momento a organização de TI irá
precisar construir resiliência dentro da infra-estrutura e assegurar que a manutenção
preventiva possa ser executada para manter os serviços em operação. Em muitos casos
criar uma “disponibilidade extra” dentro da infra-estrutura é uma tarefa cara que precisa
ser justificada pela necessidade do negócio.

Fazer um Plano para a Disponibilidade é considerado uma tarefa proativa para evitar o
downtime nos Serviços de TI.

Plano de Recuperação

Quando o negócio puder tolerar algum downtime do serviço ou a justificativa do custo não
puder ser feita para construir uma resiliência adicional dentro da infra-estrutura, então um
plano para a recuperação será mais apropriado. Neste caso a infra-estrutura será
projetada de tal forma que no evento de uma falha a recuperação do serviço seja a mais
rápida possível.

Planejar a recuperação pode ser visto como uma tarefa mais reativa do Gerenciamento
da Disponibilidade.

Os processos (como o Gerenciamento de Incidentes) precisam já estar definidos para
recuperar o mais rápido possível no caso de uma interrupção do serviço.

Outras Considerações

    •    Questões sobre Segurança

Defina as áreas de segurança e o impacto que elas podem ter na disponibilidade dos
serviços. Certifique-se que esteja claro quem tem acesso ao que e onde.

    •    Gerenciamento da Manutenção

Defina uma “janela de manutenção” acordada e conhecida pelos clientes na qual a
organização de TI possa fazer manutenção e reparos. Desta forma o impacto sobre os
Serviços de TI será reduzido.




                                                                                         88
Aperfeiçoamento

Desenvolvimento de um Plano de Disponibilidade. O Plano de Disponibilidade irá visar o
futuro (normalmente 12 meses) e documentará que medidas serão utilizadas para
assegurar que a infra-estrutura e Serviços de TI estarão disponíveis para alcançar os
requisitos do negócio.

Entradas a partir da monitoração e outros processos, como o Gerenciamento do Nível de
Serviço, irão fornecer embasamento para decisões sobre quais medidas de
disponibilidade serão utilizadas. Todos os planos precisam ter custos justificáveis e
estarem alinhados às necessidades do negócio.

Medição e Relatório

Este envolve relatórios sobre a disponibilidade de cada serviço, os tempos de downtime e
tempos para recuperação. Estes relatórios irão freqüentemente para o processo de
Gerenciamento do Nível de Serviços para serem usados em comparações (planejado
versus realizado) sobre os níveis de serviços entregues ao cliente.

É também importante medir e reportar a percepção dos clientes sobre a disponibilidade
dos Serviços de TI.

Você pode usar muitas formas para identificar a disponibilidade e problemas potenciais.
Os seguintes métodos são mencionados pelo OGC:
    • AIFIC: Análise de Impacto em Falhas de Componentes podem ser usados para
       predizer e avaliar o impacto sobre os Serviços de TI que surgem a partir de falhas
       de componentes dentro da infra-estrutura de TI.
    • ATF: Análise de Tolerância a Falha é uma técnica que pode ser usada para
       determinar a cadeia de eventos que causa uma interrupção dos Serviços de TI.
    • AIS: Análise de Interrupções de Sistemas é uma técnica desenhada para fornecer
       uma visão estruturada e identificar as causas bases da interrupção do serviço ao
       usuário.

Funções

Gerente de Disponibilidade

O Gerente de Disponibilidade tem uma função que orienta e tem uma visão geral sobre a
infra-estrutura de TI. Irá se reunir e analisar dados a partir dos processos como
Gerenciamento de Problemas, Gerenciamento de Mudanças, Central de Serviços e
Gerenciamento da Capacidade para assistir no gerenciamento e planejamento
relacionado à disponibilidade.

Usando os resultados destes dados ele pode dirigir os processos de Gerenciamento de
Serviços para assegurar a disponibilidade acordada, desta forma ajudando a prevenir
problemas. Por exemplo, ele pode estar presente nas reuniões do Comitê de Controle de
Mudanças dentro do Gerenciamento de Mudanças.

O Gerente de Disponibilidade comunica suas descobertas para o Gerente de Nível de
Serviço e, desta forma, faz uma contribuição importante para o estabelecimento dos


                                                                                      89
ANS’s. Ele implanta políticas do Gerenciamento de Segurança em relação à segurança
dos dados.


Relacionamentos

A introdução do Gerenciamento de Disponibilidade sem os outros processos já definidos
tende a ter falhas, sem o suporte dos outros processos ele não pode prover a
disponibilidade acordada.

O Gerenciamento de Incidentes e Problemas fornecem uma entrada chave para
assegurar ações corretivas apropriadas. As medidas e relatórios da disponibilidade de TI
garantem que o nível de disponibilidade entregue atenda o Acordo de Nível de Serviço. O
Gerenciamento da Disponibilidade dá suporte ao processo de Gerenciamento do Nível de
Serviços fornecendo medidas e relatórios para a revisão de serviços.


Benefícios

O principal benefício é o uso eficiente da capacidade da infra-estrutura de TI e
atendimento da disponibilidade dos Serviços de TI de acordo com os requisitos acordados
com os clientes.

Outros benefícios incluem:
    • Constante empenho para aperfeiçoar a disponibilidade
    •   Aumento da satisfação do cliente
    •   Em caso de interrupção uma ação corretiva será tomada
    •   Aumento da Disponibilidade dos Serviços de TI



Problemas Comuns

Como em todo processo, existe algumas questões que precisam ser levadas em
consideração para que o se tenha sucesso.

Para o gerenciamento da Disponibilidade estas questões são:
   • Requisitos do negócio em relação à disponibilidade esperada do serviço de TI não
       são levantados de forma clara.
   •    Nenhum contrato oficial é elaborado para especificar a disponibilidade acordada
        de cada serviço.
   •    Falta de comprometimento com o processo.


O negócio e a organização de TI precisam compartilhar um entendimento comum sobre a
disponibilidade e definição do downtime.



                                                                                     90
KPI – Key Performance Indicators

Através de relatórios os seguintes itens de eficiência e eficácia do processo podem ser
medidos:
   •   O tempo total de downtime por serviço
   •   Tempo de recuperação após um incidente
   •   A disponibilidade dos serviços
   •   O aperfeiçoamento da disponibilidade dos Serviços de TI


O gráfico a seguir mostra as principais medidas de desempenho.




TMPR – Tempo Médio Para Reparar  DOWNTIME  Sustentabilidade
TMEF – Tempo Médio Entre Falhas  UPTIME  Disponibilidade (Oficiosidade)
TMIS – Tempo Médio Entre Incidentes do Sistema  Média de Confiabilidade (Confiabilidade)




                                                                                            91
11. Gerenciamento da Capacidade

Introdução

O processo de Gerenciamento da Capacidade foi desenhado para assegurar que a
capacidade da infra-estrutura de TI esteja alinhada com as necessidades do negócio.

O propósito principal do Gerenciamento da Capacidade é entender e manter os níveis de
entrega de serviços requisitados a um custo aceitável.

Através da investigação sobre as necessidades de capacidade técnicas e do negócio,
este processo irá planejar a capacidade necessária para que a infra-estrutura de TI
cumpra os requisitos do negócio. O plano de capacidade é o documento principal que
descreve as necessidades previstas para o próximo período.


Objetivo

O objetivo principal do Gerenciamento da Capacidade é entender os requisitos de
capacidade do negócio e controlar a entrega desta capacidade no presente e no futuro.

O Gerenciamento da Capacidade é também responsável por entender as vantagens
potenciais que as novas tecnologias podem trazer para a organização.


Descrição do Processo

O processo de Gerenciamento da Capacidade é dividido em três sub-processos listados
abaixo:

Gerenciamento da Capacidade de Negócio

Este sub-processo tem foco no longo prazo. Ele é responsável por assegurar que os
requisitos futuros do negócio sejam levados em consideração, estejam sendo planejados
e implantados quando necessário.

Gerenciamento da Capacidade de Serviço

É responsável por assegurar que a performance de todos os Serviços de TI atuais
estejam dentro dos parâmetros definidos nos ANS’s.

Gerenciamento da Capacidade de Recursos

É responsável pelo gerenciamento de componentes individuais dentro da infra-estrutura.
Este processo tem foco mais técnico.




                                                                                   92
Gerenciamento
                                                 da Capacidade
  •      Tecnologia                                                                   •     Planos de
  •      ANS, RNS e                                                                       Capacidade
       Catálogo de Serviço                                                            •     Banco de Dados da
  •      Plano de Negócio e                    Gerenciamento da                           Capacidade
       estratégia                                                                     •     Referências e perfis
                                                Capacidade de
  •      Agenda                Entrada                                        Saída   •     Alarmes
                                                Negócio
       operacional                                                                    •     Recomendações
                                               Gerenciamento da
  •      Plano de                                                                         sobre ANS e RNS
                                                Capacidade de
       desenvolvimento                                                                •     Relatórios de
  •      Programação das
                                                Serviço
                                                                                          Capacidade
                                               Gerenciamento da
       Futuras Mudanças
                                                Capacidade de                         •     Mudanças proativas
  •      Incidentes e                                                                 •     Aperfeiçoamento de
       Problemas                                Recursos
                                                                                          serviços
  •      Revisão de                                                                   •     Relatórios de
       Serviços                                                                           Auditoria
  •      Brechas no ANS                                                               •     Revisão de
  •      Plano Financeiro




Atividades

 Gerenciamento da
 Capacidade de Negócio
                          Atividades
 Gerenciamento da         Interativas
 Capacidade de Serviço                                                                       Armazenamento
                          Monitoração     Gerenciamento                                      dos dados do
                          Análise         da Demanda                                         Gerenciamento
 Gerenciamento da         Ajuste                          Dimensionamento
                                                                                             da Capacidade
 Capacidade de Recursos   Implementação                   de Aplicação
                                                                            Modelagem




                                        Planejamento da Capacidade



                                                                                                 BDGC
                                                Relatórios




Cada um dos sub-processos mencionados acima envolve, em um grau maior ou menor,
as seguintes atividades:

   •     Atividades interativas
   •     Armazenamento dos dados do Gerenciamento da Capacidade
   •     Gerenciamento da demanda


                                                                                                  93
•   Dimensionamento de aplicação
   •   Modelagem
   •   Plano de Capacidade
   •   Relatórios


Atividades Interativas




As seguintes atividades interativas fazem parte do Gerenciamento da Capacidade:

   •   Monitoração: verifica se todos os níveis de serviços estão sendo alcançados.
   •   Análise: os dados coletados através da monitoração precisam ser analisados e
       poderá ser feita predições para o futuro.
   •   Ajuste: implementa o resultado dos dois passos anteriores para assegurar o uso
       otimizado da infra-estrutura para o presente e futuro.
   •   Implementação: implementa a nova capacidade ou mudança de capacidade
       através do Gerenciamento de Mudanças.

Armazenamento de dados do Gerenciamento da Capacidade

O Banco de Dados da Capacidade (BDC) é a pedra fundamental do processo. Ele é
usado para formar a base dos relatórios para este processo e contem informações
técnicas relevantes para o Gerenciamento da Capacidade. Desta forma a informação
contida aqui fornece para os outros processos os dados necessários para as suas
análises.




                                                                                      94
Gerenciamento da Demanda

O Gerenciamento da Demanda é responsável pelo gerenciamento ou carga de trabalho
na infra-estrutura com o objetivo de utilizar melhor a capacidade atual ao invés de
aumentá-la. O comportamento do usuário é influenciado para que se use uma carga de
trabalho diferente, por exemplo, usar determinado recurso da TI em outro horário do dia
para aliviar a falta de capacidade.

Dimensionamento de Aplicação

O Dimensionamento de Aplicação está relacionado à avaliação dos requisitos de
capacidade das aplicações durante seu planejamento e desenvolvimento. Os requisitos
de capacidade de uma nova aplicação precisam ser entendidos e a infra-estrutura pode
ser ajustada para atender estes novos requisitos.

Modelagem

Através de simulação ou com auxílio de modelos matemáticos é possível a predição dos
requisitos futuros da capacidade. Os resultados desta atividade podem ser usados como
uma entrada no Plano de Capacidade.

Plano de Capacidade

O Plano de Capacidade é desenhado a partir da base dos dados do BDC (banco de
dados da capacidade), dados financeiros, dados do negócio, dados técnicos, etc. O plano
é orientado para o futuro, tendo como base um período de pelo menos 12 meses.

Relatórios

Os relatórios conferem o desempenho da capacidade durante um determinado período.
Os relatórios, por exemplo, podem trazer números que sirvam para comparar os índices
dos ANS’s.


Funções
Gerente de Capacidade

As principais responsabilidades do gerente de capacidade são:

   •   Desenvolver e manter o Plano de Capacidade
   •   Gerenciar o processo
   •   Certificar que o banco de dados da capacidade está atualizado.

Para fazer isto, o gerente precisa estar envolvido na avaliação de todas as mudanças,
estabelecer os efeitos sobre a capacidade e desempenho. Isto deve acontecer tanto
quando as mudanças são propostas como depois de implantadas. Ele deve prestar
atenção em particular nos efeitos cumulativos das mudanças durante um período de
tempo. Os efeitos cumulativos de uma única mudança podem freqüentemente causar



                                                                                    95
problemas nos tempos de resposta, problemas de armazenamento de arquivos, excesso
de demanda para processamento, etc.

Outras funções dentro do Gerenciamento de Capacidade são as funções do
Administrador de Redes e Gerente de Aplicações e Sistemas. Eles são responsáveis por
traduzir os requisitos do negócio para uma capacidade necessária que consiga satisfaze-
los e aperfeiçoar o desempenho.



Relacionamentos

O Gerenciamento da Capacidade é parte da Entrega de Serviços e está diretamente
relacionado com os requisitos do negócio. Não é simplesmente preocupado com a
performance dos componentes dos sistemas, individualmente ou coletivamente.

Central de Serviços, Gerenciamento de Incidentes e Problemas

Estes processos irão fornecer ao Gerenciamento da Capacidade informações sobre
incidentes e problemas relacionados à Capacidade. O Gerenciamento da Capacidade irá
suportar estes processos resolvendo incidentes e problemas e também fornecendo a eles
informações sobre desempenho.

Gerenciamento de Mudanças e Liberações

As atividades do Gerenciamento de Capacidade irão abrir Requisições de Mudanças
(RDM’s) para assegurar que a capacidade apropriada esteja disponível. Este é um
assunto do processo de Gerenciamento de Mudanças. As implantações podem afetar
muitos Itens de Configuração (IC’s), incluindo hardware, software e documentação, desta
forma será necessário um Gerenciamento de Liberação eficiente.

Gerenciamento da Disponibilidade

O vínculo entre o Gerenciamento de Capacidade e o Gerenciamento da Disponibilidade é
muito forte, para que se tenha certo nível de disponibilidade será necessária certa
capacidade relacionada aos itens de configuração. Sem a capacidade necessária, você
jamais vai conseguir a disponibilidade necessária. Além disto, os valores medidos pelo
Gerenciamento da Capacidade são importantes para o Gerenciamento da Disponibilidade
em relação à disponibilidade e confiabilidade.

Gerenciamento do Nível de Serviço

Tanto o Gerenciamento da Capacidade como o Gerenciamento de Disponibilidade
precisam fornecer ao gerente de nível de serviço informações para que ele faça
negociações de ANS’s. O Gerenciamento da Capacidade informa ao Gerenciamento do
Nível de Serviço sobre os níveis que podem ser fornecidos ao cliente.




                                                                                    96
Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI

O Plano de Capacidade fornece uma importante entrada para o Gerenciamento
Financeiro, o qual dá uma visão mais precisa sobre o plano de investimento para a
capacidade.

Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI (GCSTI)

O Gerenciamento da Capacidade fornece ao GCSTI informações sobre a capacidade
mínima necessária para a recuperação. É importante considerar o impacto (para a
capacidade necessária) de mudanças para os Serviços de TI nos procedimentos do
GCSTI.


Benefícios

O Gerenciamento da Capacidade oferece os seguintes benefícios:
   •   Uma visão geral sobre a capacidade atual existente na infra-estrutura
   •   A possibilidade de planejar a capacidade antecipadamente
   •   Possibilita estimar o impacto de novas aplicações ou modificações
   •   Economias de custos
   •   Melhores serviços em harmonia com os requisitos do negócio.

Problemas Comuns

Alguns problemas comuns que podem ser encontrados após o processo já estar
implantado:

   •   Informações sobre capacidade vinda de fornecedores podem não estar
       disponíveis, serem muito genéricas ou estar equivocadas.
   •   A expectativa sobre o que o Gerenciamento da Capacidade pode trazer ser super
       estimada. Se uma aplicação for projetada de maneira errada, a capacidade não irá
       resolver o problema.
   •   Os detalhes da monitoração podem ser muitos detalhados fazendo com que o
       processo seja muito caro.
   •   A informação pode ser difícil de ser obtida. Não é fácil sempre predizer que a
       capacidade futura será necessária antes de desenvolver uma aplicação.




                                                                                    97
KPI – Key Performance Indicators
Para verificar se o processo está operando dentro dos objetivos deve-se verificar:

   •   Se a linha da demanda prevista está alinhada com a do realizado.
   •   Se o plano de capacidade está correto.
   •   Se os requisitos estão sendo atendidos.
   •   Se a capacidade é a causa nas falhas dos Níveis de Serviços, Incidentes ou
       Problemas.
   •   Se os gastos estão sendo reduzidos pelo fato de haver um planejamento melhor
       para a capacidade.
   •   Desempenho dos ANS’s.




                                                                                     98
12. Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI

Introdução


Ainda existem alguns gerentes que o vêem o Gerenciamento da Continuidade dos
Serviços de TI (GCSTI) como uma luxúria para a qual não se direciona nenhum recurso.
Entretanto, as estatísticas mostram que os desastres ocorrem freqüentemente. As causas
de tais desastres são eventos como o incêndio, queda de raio, enchente, roubo,
vandalismo, falta de energia ou ainda ataques terroristas. Um Plano de Continuidade para
o Negócio poderia salvar muitas empresas que foram afetadas por uma série de
problemas ou ainda seus próprios negócios.

Os negócios estão tornando-se cada vez mais dependentes da TI, o impacto da
indisponibilidade dos Serviços de TI tem aumentado drasticamente. Cada vez que a
disponibilidade ou desempenho de um serviço é reduzida, os usuários têm dificuldade de
continuar a trabalhar normalmente. Esta tendência continuará fazendo com que a
dependência da TI continue aumentando as exigências dos usuários, gerentes e
executivos. É por isto que é importante estimar o impacto sobre a perda dos Serviços de
TI e fazer um Plano de Continuidade, que assegure a continuidade das operações.

Riscos de Eventos que podem causar um desastre

Evento                                      Percentual
Roubo                                          36%
Vírus                                           20%
Ataque de hackers                               16%
Falha de Hardware e Comunicação                 11%
Ambiente                                        7%
Falhas de Software                              4%
Incêndio/ Enchentes / Forças Maiores            3%
Outros                                          3%

Fonte: Gartner Study 2001

Objetivo

O objetivo do processo de GCSTI é dar suporte ao Gerenciamento da Continuidade de
Negócio (GCN), assegurando que os requisitos técnicos da TI e facilidades de
determinados serviços possam ser recuperados dentro de prazos requeridos e acordados.




                                                                                     99
Descrição do Processo

O GCSTI está preocupado em gerenciar a capacidade da organização em continuar a
fornecer níveis de Serviços de TI pré-determinados e acordados para suportar os
requisitos mínimos do negócio, após uma interrupção. Isto inclui:

   •   Assegurar a sobrevivência do negócio reduzindo o impacto do desastre ou falha
       grave.
   •   Reduzir a vulnerabilidade e o risco para o negócio através de uma análise de
       riscos eficaz e um gerenciamento de riscos.
   •   Prevenir perda de segurança para o cliente e usuário.
   •   Produzir planos de recuperação para TI que serão integrados e darão suporte
       completo ao Plano de Gerenciamento da Continuidade de Negócio (GCN).


O GCSTI pode estar intimamente ligado e dirigido pelo processo de GCN, sendo um sub-
processo deste. O GCN gerencia os riscos para assegurar que a organização possa
continuar a operar com o nível mínimo especificado em caso de um desastre. O GCSI é
focado nos Serviços de TI e assegura que o mínimo de Serviços de TI possa ser
fornecido em caso de desastre. Um não funciona sem o outro.

Se o processo de GCN tem um plano sólido para evacuar parte do prédio e continuar a
trabalhar em um prédio separado, mas lá não existir nenhuma infra-estrutura de TI
disponível, o plano não terá utilidade nenhuma. O mesmo se aplica se você tiver planos
que possibilitem a organização de TI fornecer Serviços de TI em outro local, mas o
negócio da empresa não pode continuar por que não existe nenhum plano de
contingência definido para isto.

O processo pode ser dividido em 4 estágios, os quais serão descritos neste capítulo em
detalhes:

   •   Iniciação
   •   Requisitos e estratégia
   •   Implementação
   •   Gerenciamento Operacional




                                                                                  100
Atividades




Cada um dos estágios tem suas próprias atividades, as quais serão descritas em mais
detalhes durante este capítulo.

Iniciação

   •   Inicia o GCN

O processo de iniciação contempla a organização como um todo. As políticas ao redor do
GCN e do GCSI são identificadas, o escopo do processo e os termos de referências são
determinados, recursos alocados e um plano de projeto estabelecido.

Requisitos e estratégia

   •   Análise de Impacto no Negócio (AIN)

O impacto de um desastre no negócio será investigado. Questões que podem ser feitas:
O negócio poderá continuar operando em caso de um desastre? Por quanto tempo ele
poderá se manter? Ele se baseia nos Serviços de TI para continuar a operar?



                                                                                  101
O quanto a empresa agüenta perder com o resultado de um desastre ou outra interrupção
    de serviço e a velocidade do escalonamento destas perdas será avaliada através de:

                o   Identificação dos processos críticos do negócio.
                o   Identificação do estrago potencial ou perda que pode ser causada para a
                    organização com o resultado da interrupção do processo crítico do
                    negócio.


       •    Avaliação de Riscos
    Esta atividade analisa a probabilidade de um desastre ou outra interrupção séria no
    serviço possa ocorrer. Esta é uma avaliação do nível de perigo e extensão da
    vulnerabilidade da organização. A Avaliação de Riscos consiste de duas partes:
                o   A Análise de Riscos é focada em identificar os riscos analisando as
                    vulnerabilidades e as ameaças para todos os ativos críticos.
                o   O Gerenciamento de Riscos se preocupa em identificar os contra-recursos
                    para manter os riscos sob controle. Estes ainda podem ser ações para
                    reduzir o impacto ou a probabilidade do risco, ou desenvolver planos
                    (Plano de Recovery ou Recuperação), os quais detalham como agir
                    quando o risco acontecer.

                                                            Gerenciamento da
                                                            Disponibilidade
     Ameaças                    Importância da TI para                         Ameaças
     Externas                   o Cliente                                      Internas



                                                                          Pegue alguns riscos:
Pegue os riscos:                         Riscos                           - risco mínimo ao negócio
- irá diminuir as vendas?                                                 - planejamento da
- trará perda de clientes?                                                continuidade do negócio
- custo?                                              Opções de
                                                                          - custo?
-                                                     medidas
                                                                          -


                                      Decisão do cliente
                                      Custo – benefício



           Testa                      Plano                     ANS
           Avalia
           Ajusta




                                                                                          102
•   Estratégia de Continuidade do Negócio

Uma estratégia apropriada precisa ser desenvolvida, contendo um equilíbrio ideal da
redução dos riscos e opções de recuperação. O equilíbrio irá depender muito da natureza
do negócio e a dependência dos Serviços de TI (exemplo: um corretor de ações irá focar
na redução de riscos, já uma padaria local provavelmente irá arcar com o tempo envolvido
na recuperação de uma falha no sistema).

Em caso de um Plano de Recuperação as decisões devem ser feitas sobre como
recuperar. Estas opções são:

          o   Nenhuma contingência.
              Esta escolha pode ser feita se a análise de riscos sugerir que a falha do
              serviço em TI não afeta o negócio de forma irreparável. Isto pode ser
              razoável, de qualquer forma confirme por escrito que em caso de uma
              calamidade nenhum plano de contingência estará disponível.
          o   Procedimentos Administrativos.
              Se a infra-estrutura não estiver disponível por muito tempo, uma opção é
              utilizar procedimentos administrativos. Um destes procedimentos poderá
              ser voltar a utilizar formulários em papel.
          o   Estratégia de fortificação.
              Neste caso a escolha será o método de segurança onde, de fato, nada
              pode acontecer de errado. Os custos são muito altos e se alguma coisa der
              errado nenhuma alternativa estará disponível.
          o   Arranjos recíprocos.
              Em caso de um desastre, organizações disponibilizam suas infra-estruturas
              uma para a outra. Ou seja, é feito um acordo entre empresas que
              possuírem infra-estruturas semelhantes, sendo que uma emprestará sua
              infra-estrutura para a outra. É possível também que empresas em conjunto
              desenvolvam uma infra-estrutura de contingência (redundância) e rateiem
              os custos entre si. A desvantagem desta opção é a confidencialidade dos
              dados.
          o   Recuperação Gradual (Cold stand-by) permanente ou portável.
              Nesta estratégia a própria organização tem um espaço disponível com uma
              infra-estrutura que contenha eletricidade, conexões telefônicas, ar
              condicionado, para onde as aplicações possam ser migradas e os níveis de
              serviços restaurados. Este espaço pode ser alugado ou fazer parte da
              estrutura da empresa.
          o   Recuperação Intermediária (Warm stand-by) interna / externa / móvel.
              Neste cenário existe uma local para evacuação disponível, alugado ou
              comprado. Exemplos são o Centro de Computação para evacuação ou o
              IBM truck. A última opção é apenas possível para sistemas de porte médio.
          o   Recuperação Imediata (Hot stand-by).




                                                                                     103
Esta é normalmente uma extensão das opções de Recuperação
               Intermediária através de fornecedores. Esta cobre normalmente serviços
               que são extremamente críticos que podem afetar a sobrevivência da
               empresa ou pelo menos um impacto que possa impedir a empresa de gerar
               receitas. É comum neste caso ter um site de redundância funcionando em
               local paralelo, se um sistema cair o link é redirecionado para o site de
               cópia.


Implementação
   •   Organização e plano de implementação
Vários planos precisam ser criados para poder implantar o processo de GCSTI. Estes
planos se referem a questões como, procedimentos de emergência, avaliação de danos,
o que fazer com os dados, planos de recuperação, etc.
   •   Implantadas arranjos stand-by e medidas de redução de riscos
As medidas de redução de riscos precisam ser implantadas. Na maioria dos casos estas
são feitas com a ajuda do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. Também
procedimentos de stand-by precisam existir. Por exemplo, criar um acordo com um
terceiro para fornecer equipamentos em caso de um desastre.
   •   Desenvolver planos e procedimentos de GCSTI
O Plano de Recuperação (Plano de Recovery ou ainda Continuidade) precisa ser definido.
Este plano deve conter os seguintes itens:
           o   Quando ele será atualizado
           o   Lista de responsáveis por definir qual ação deve ir para determinado grupo
           o   Iniciação da Recuperação
           o   Grupo de especialistas para cobrir as ações e responsabilidade destes
               setores individualmente. Estes setores são os de Administração, Pessoal
               da Infra-estrutura de TI, segurança, sites de recuperação e restauração.
   •   Executar os testes iniciais

O teste é a parte crítica de todo o processo de GCSTI e a única forma de garantir que a
estratégia escolhida, os arranjos stand-by, logísticas, planos de recuperação de negócio e
procedimentos irão funcionar na prática.

Gerenciamento Operacional

   •   Educação, treinamento e conscientização

Estas são ações essenciais que devem ser tomadas para que o processo de GCSTI
tenha sucesso. Isto assegura que toda a equipe esteja ciente das implicações da
Continuidade de Negócio e Continuidade dos Serviços de TI e as considere como parte
da sua rotina de trabalho normal.




                                                                                      104
•   Revisão e auditoria

É necessário revisar e auditar os planos regularmente para certificar que eles estão ainda
atualizados.

   •   Testes

Através de testes regulares não apenas a eficácia do plano pode ser testada, mas
também as pessoas irão saber o que irá acontecer, onde fica o plano e o que ele contém.

   •   Gerenciamento de Mudanças

Em virtude das mudanças do dia-a-dia na área de TI, é necessário que os planos de
GCSTI estejam atualizados. O GCSTI precisa ser incluído como parte do processo de
Gerenciamento de Mudanças para assegurar que qualquer mudança na infra-estrutura de
TI seja refletida nos arranjos de contingência fornecidos pela TI ou terceiros.

   •   Garantia

A qualidade do processo é verificada para assegurar que os requisitos do negócio
possam ser alcançados e que os processos de gerenciamento operacional estejam
funcionando de forma satisfatória.


Funções

A distinção pode ser feita nas funções e responsabilidades dentro e fora dos períodos de
crise. Diferentes níveis dentro deste processo podem ser definidos, começando pelo
comitê, seguido pelo gerente sênior, gerente, líderes de equipe e seus membros. É vital
documentar as responsabilidades e funções de cada um.

As principais responsabilidades do gerente de GCSTI incluem:

   •   Desenvolver e gerenciar o Plano de GCSTI para assegurar que, em todas às
       vezes, os objetivos de recuperação do negócio possam ser alcançados.
   •   Assegurar que todas as áreas dos Serviços de TI estejam preparadas e prontas
       para responder a uma necessidade dos Planos de Continuidade.
   •   Manter uma agenda de testes.
   •   Comunicar e manter uma campanha de conscientização sobre os objetivos do
       GCSTI dentro das áreas de negócio suportadas e áreas de TI.
   •   Gerenciar o serviço em TI entregue durante o período de crise.




                                                                                      105
Relacionamentos

O GCSTI tem um relacionamento muito próximo com todos os outros processos da ITIL e
o negócio de forma geral. Estes relacionamentos com alguns dos processos são descritos
abaixo em mais detalhes.

Gerenciamento do Nível de Serviço

O Gerenciamento de Nível de Serviço fornece informações ao processo de GCSTI sobre
os níveis de serviços requisitados.

Gerenciamento da Disponibilidade

O Gerenciamento da Disponibilidade tem uma função mais de suporte e ajuda ao
processo de GCSTI para prevenir e reduzir os riscos de desastres, entregando e
implantando medidas de redução de riscos.

Gerenciamento da Configuração

O Gerenciamento da Configuração fornece informações sobre os Itens de Configuração
que são necessários para restaurar os serviços de TI após um desastre.

Gerenciamento de Mudanças

O Gerenciamento de Mudanças precisa certificar que o GCSTI esteja ciente do impacto
das mudanças nos Planos de Continuidade e Recuperação, permitindo que os planos
sejam atualizados quando necessário.

Gerenciamento da Capacidade

O Gerenciamento da Capacidade certifica que a infra-estrutura pode suportar os
requisitos do negócio.

Central de Serviços e Gerenciamento de Incidentes

A Central de Serviços em conjunto com o Gerenciamento de Incidentes fornece ao
processo de GCSTI dados históricos (estatísticas).


Benefícios

O GCSTI suporta o processo do GCN e a infra-estrutura de TI necessária para fazer com
o que o negócio continue a operar após uma interrupção de serviço. Os principais
benefícios de se implantar o processo de GCSTI são:

   •   O gerenciamento de riscos e conseqüente redução de impacto das falhas.
   •   Redução dos prêmios pagos aos contratos de seguro.
   •   Cumprimento de requisitos obrigatórios ou regulamentares (acordos, leis).


                                                                                   106
•    Melhor relacionamento entre o negócio e a TI, fazendo com que a TI se torne mais
        focada no negócio, e mais ciente sobre os impactos e prioridades.
   •    Aumento da confiança do cliente, possível vantagem competitiva e aumento da
        credibilidade da organização.

No caso de um desastre o processo irá ter os seguintes benefícios:

    •   Redução de interrupções no negócio, com a possibilidade de recuperar os
        serviços de forma eficiente na prioridade que o negócio exigir.
    •   O tempo de recuperação menor.
    •   Infra-estrutura de TI mais estável e alta disponibilidade dos Serviços de TI.



Problemas Comuns

Alguns problemas podem ser encontrados ao implantar o processo de GCSTI:

    •   Insuficiência de recursos para implantar o processo.
    •   O GCSTI não ser baseado no GCN.
    •   Falta de comprometimento do gerente de TI e gerentes de negócio.
    •   Análise superficial dos componentes críticos causando má interpretação nos
        impactos do negócio.
    •   A recuperação não funcionar como deveria por falta de testes.
    •   Faltar conscientização e suporte dos usuários e equipe de TI fazendo com que o
        processo falhe quando ocorrer o desastre.



KPI – Key Performance Indicators
Durante a operação normal pode se reportar:

   •    Os resultados dos testes feitos no plano
   •    Custo do processo

Durante / após um desastre pode se reportar:

   •    Pontos fracos no plano
   •    Tempo que se levou para recuperar x tempo estimado
   •    Perdas devidas ao desastre




                                                                                        107
13. Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI

Introdução

Como nos últimos anos os negócios se tornaram mais dependentes da TI para realizar
suas operações, conseqüentemente o número de usuários aumentou e também
aumentou o volume de gastos com TI (orçamento de TI).

Desta forma os clientes das organizações de TI e seus diretores perceberam que está se
gastando muito dinheiro na área de TI. Ainda, leva-se em conta que estes investimentos
precisam trazer um aumento da qualidade dos serviços prestados e ter um custo-
benefício melhor.

De outro lado, a organização de TI acha que está fazendo um bom trabalho, mas acha
muito difícil explicar na linguagem do negócio os custos reais e benefícios dos serviços de
TI fornecidos.

Organizações (clientes e diretores) são relutantes em gastar dinheiro para melhorar os
serviços de TI se eles não tiverem uma idéia clara dos custos envolvidos e os benefícios
que podem trazer para o negócio. O Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI pode
tornar os custos mais claros, criando um método de cobrança e dando aos clientes uma
idéia sobre a relação qualidade e preço. Em outras palavras, o Gerenciamento Financeiro
promove a execução dos Serviços de TI como se fosse uma operação de negócio.

A figura abaixo mostra alguns questionamentos e observações que são ouvidas nas
organizações pelo mundo afora.


 Questionamentos feitos pelos Clientes



 •   A organização de TI deve entregar um serviço melhor pelo tamanho
     do gasto que ela realiza.
 •   Por que nós não compramos um novo sistema? Por que custa tudo
     isto?


       Sem o Gerenciamento Financeiro não existem respostas para estas perguntas.




                                                                                       108
Objetivo

O objetivo do processo de Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI em um
departamento de TI interno deve ser:

   •   Fornecer um custo efetivo para os gastos aplicados nos ativos de TI e recursos
       usados para fornecer os serviços de TI.

Em um ambiente comercial, pode haver premissas que irão refletir no lucro e ações de
marketing da organização, mas para qualquer serviço de TI os objetivos deverão incluir:

   •   Contabilização completa dos gastos com serviços de TI e atribuição destes custos
       aos serviços entregue aos clientes.
   •   Assistência às decisões da gerência sobre os investimentos de TI, fornecendo
       planos de negócios para mudanças nos serviços de TI.


O foco principal deste processo é o entendimento dos custos envolvidos na entrega de
serviços de TI (atribuindo os custos para cada serviço e cliente específico). Esta
consciência dos custos melhora a qualidade de todas as decisões tomadas em relação
aos gastos de TI. A cobrança dos custos do cliente é opcional.


Descrição do Processo

O Gerenciamento Financeiro consiste de três sub-processos:

Elaboração do Orçamento (obrigatório)

A Elaboração do Orçamento é o processo de predizer e controlar os gastos em dinheiro
dentro da organização e consiste de um ciclo de negociação periódico para criar
orçamentos (normalmente anuais) e monitoração diária dos gastos.

A Elaboração do Orçamento assegura que os recursos em dinheiro necessários estão
disponíveis para o fornecimento de serviços de TI e que durante o período do orçamento
eles não serão extrapolados. Todas as organizações têm uma rodada de negociações
periódica (normalmente anual) entre os departamentos de negócio e a organização de TI
cobrindo os planos de despesas e programas de investimentos acordados, o qual no final
das contas acaba criando o orçamento para a TI.

Contabilidade de TI (obrigatório)

A Contabilidade de TI é um conjunto de processos que possibilita à organização de TI
acompanhar de que forma o dinheiro é gasto (particularmente alocando os custos por
cliente, serviço e atividade).




                                                                                   109
Cobrança (opcional)

A Cobrança é um conjunto de processos necessários para emitir as contas aos clientes
pelos serviços fornecidos a eles. É necessário ter o apoio da Contabilidade de TI para que
isto possa ser feito de forma simples, clara e correta.

Dentro das organizações existem dois tipos de ciclos associados com a Elaboração de
Orçamento, Contabilidade de TI e Cobrança:

   •   Um ciclo de planejamento (anual) onde as projeções de custos e previsão de
       carga de trabalho formam a base para o cálculo de custos e formação de preços.
   •   Um ciclo operacional (mensal ou trimestral) onde os custos são monitorados e
       comparados com os orçamentos, faturas emitidas e as receitas geradas.
Todos estes processos serão discutidos em mais detalhes durante este capítulo.


Ciclo do Processo




                                                                                      110
Atividades

Cada um dos três sub-processos do Gerenciamento Financeiro consiste de um conjunto
de atividades, as quais serão discutidas neste capítulo.


Elaboração do Orçamento

   •   Determinar o método de orçamento:

            o   Orçamento incremental: Os números dos últimos anos são usados como
                base para o orçamento do próximo ano.
            o   Orçamento base-zero: Inicia o orçamento do zero. O propósito e as
                necessidades de cada despesa precisam ser determinados.


   •   Determinar o período do orçamento

       Na maioria dos casos este período será de um ano financeiro (fiscal) o qual pode
       ser subdividido em períodos menores.

   •   Elaborar o orçamento

       Determine todas as categorias disponíveis e estime os custos para o orçamento do
       próximo período. Leve em consideração que a demanda pode aumentar durante o
       período. Alguns custos precisam ser estimados.


Contabilidade de TI

 Contabilidade           Capital – Operacional
                         Direto – Indireto       Tipos de Custos
                         Fixo – variável



Materiais        Custos de Equipamentos

                 Custos de Software



Trabalho         Custos da Organização

                 Custos de Acomodação
Adicionais
                 Custos Transferíveis

                  Custos Administrativos

                                                                                   111
A Contabilidade TI se preocupa em fornecer informações sobre onde está sendo gasto o
dinheiro. Todo o item de configuração necessário para entregar um serviço de TI para o
cliente gera um custo. Estes custos juntos somam-se aos custos necessários para a
entrega dos serviços de TI. Para que possamos entender os custos é necessário discutir
sobre os custos de maneira geral.

Custos Diretos ou Indiretos

Os custos diretos são custos que podem ser associados a um serviço específico. Por
exemplo, o custo de uma impressora que é usada por um departamento pode ser vista
com um custo direto, pois ela é usada somente por aquele departamento. Os custos
indiretos são custos que não podem ser relacionados a um serviço. Por exemplo, a
energia elétrica do departamento TI é um custo que é compartilhado com todos os
clientes que ele atende não sendo possível associá-lo a um só cliente ou serviço.

Custos de Capital x Custos Operacionais

Os custos de capital são custos envolvidos com a compra de itens que serão usados
durante alguns anos e irão depreciar (exemplo: computadores, storages, impressoras). Os
custos operacionais são aqueles resultados do uso do dia-a-dia dos serviços de TI da
organização (exemplo, custos de equipe, eletricidade, manutenção de hardware) e
relacionam-se a pagamentos repetitivos, cujos efeitos podem ser medidos dentro de um
curto espaço de tempo (normalmente menos de 12 meses).

Custos Fixos ou Variáveis

Os custos fixos são custos que permanecem os mesmo sem mudanças em curto prazo. O
aluguel de um prédio é um exemplo de um custo fixo. Custos variáveis mudam de acordo
com uso do serviço. O serviço de telefone, por exemplo, a assinatura mensal é fixa, será
o mesmo nos meses seguintes independente das ligações que você fizer. O custo das
ligações é variável, ele depende da quantidade de ligações que você realizar.

Tipos de Custos

Os tipos de custos precisam ser determinados (eles também são usados nas atividades
de elaboração do orçamento). Os principais custos são de hardware, software, pessoal,
acomodações, transferência e serviços externos.

Métodos de Depreciação

Os custos de capital são depreciados durante o tempo de vida útil do ativo (exemplo:
desktops em 3 anos, mainframe em 10 anos). Existem três métodos de depreciação:

       Método Linear

       Um montante igual do valor do ativo é depreciado a cada ano.

       Método Redução Percentual

       Um percentual do custo do capital é deduzido a cada ano.


                                                                                    112
Depreciação por uso

       A depreciação é feita pelo tempo de uso de um equipamento.

Cobrança

Em um centro de lucro (quando a TI é a área-fim do negócio) o objetivo é recuperar
através de cobrança os custos decorridos. Para um departamento de TI interno o foco
poderia ser recuperar de volta os custos de uma forma simples e clara. A cobrança pode
ser usada também para influenciar o comportamento do cliente e seus usuários,
influenciando desta forma a demanda e uso dos serviços de TI que são fornecidos.

Antes da cobrança devem ser tomadas algumas decisões de como será a Política de
Cobrança, Custos Unitários e Preço.

A política de Cobrança precisa ser escolhida:

       Comunicação da Informação
       Apenas os custos atuais serão calculados, reportados e cobrados do cliente.

       Flexibilidade de Preço
       Estabelecer e cobrar os preços a cada ano. Este método dá a opção de influenciar
       o uso excessivo.

       Cobrança Nocional
       Todos os custos são emitidos, mas o cliente não precisa pagar em dinheiro real.
       Este método é usado para fazer experiências e eliminar erros.

Para poder realizar as cobranças os custos para as unidades de custos dos clientes de TI
(também conhecidos como centro de custos) ou itens cobráveis precisam ser criados. Isto
deve estar claro para que o Cliente também possa entender o funcionamento da
cobrança. Exemplo pode ser um PC que o cliente usa, ou a quantidade de impressões
requisitadas por ele.

Alguns dos métodos para formação do preço podem ser utilizados para realizar a
cobrança:

   •   Preço por Custo (para cobrir despesas com P&D e despesas adicionais)
   •   Preço de Mercado: preço que é cobrado pelo serviço no mercado.
   •   Taxas Existentes: taxas que são usadas também em organizações similares ou
       outros departamentos internos.
   •   Preço Fixo: o preço é negociado com o cliente antecipadamente.




                                                                                     113
Funções

O Gerente de Finanças de TI pode ser uma pessoa da organização de TI ou do
Departamento Financeiro. Uma alternativa seria que as tarefas associadas a esta função
fossem compartilhadas entre ambos. As principais responsabilidades são:

   •   Fiscalizar a implantação do processo de Gerenciamento Financeiro para os
       Serviços de TI e seus sub-processos (Elaboração de Orçamentos, Contabilidade
       de TI e Cobrança).
   •   Apoia na elaboração dos orçamentos e planos de contabilidade.
   •   Trabalhar, em um nível apropriado, com os diretores da empresa e departamento
       financeiro, para desenvolver as políticas de orçamento, contabilidade de TI e
       cobrança.



Relacionamentos

O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI fornece informações importantes
para o Gerenciamento do Nível de Serviço sobre as estratégias de custos, preços e
cobranças introduzidas.

Este processo de Gerenciamento Financeiro analisa o se nível de serviço entregue possui
um custo real para o negócio.

O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI pode, junto com o Gerenciamento de
Mudanças e Gerenciamento da Disponibilidade desenvolver estratégias de preço. Estas
estratégias podem realizar uma distribuição otimizada da carga de trabalho dentro de uma
organização, na qual irá resultar no uso otimizado dos recursos. Ele ainda pode usar os
ativos e informações de custos a partir do Gerenciamento da Configuração para analisar
diferentes cenários de equipamentos (custos diferentes para diferentes configurações).


Benefícios

Os benefícios de implantar o processo de Gerenciamento Financeiro para os Serviços de
TI incluem:

   •   Aumento da segurança em elaborar e gerenciar orçamentos.
   •   Uso mais eficiente dos recursos de TI na organização.
   •   Aumento da satisfação dos clientes a partir do momento em que eles souberem
       pelo que eles estão pagando.
   •   Decisões de investimentos podem ser feitas através de informações mais
       precisas.
   •   Aumento do profissionalismo da equipe dentro da organização de TI.



                                                                                    114
Os benefícios podem ser divididos por sub-processo:

Para a Elaboração de Orçamento:

   •   Possibilita estimar os custos totais necessários para manter a organização de TI.
   •   Redução do risco de se gastar mais dinheiro do que o disponível.
   •   Possibilita comparar os custos previstos versus o realizado.
   •   Garantia que os recursos financeiros estão disponíveis para manter a organização
       de TI dentro dos Níveis de Serviços acordados.

Para a Contabilidade de TI:

   •   Disponibilidade de informação gerencial sobre os custos do fornecimento de
       Serviços de TI.
   •   Gerentes de TI e de negócio podem tomar decisões melhores, as quais
       asseguram que os serviços de TI estão sendo executados dentro de um custo-
       efetivo.
   •   Possibilidade de contabilizar de maneira precisa todas as despesas feitas pela
       organização de TI.
   •   Demonstrar o consumo dos serviços em termos financeiros.
   •   Maximização do valor do dinheiro gasto no fornecimento dos serviços de TI.
   •   Possibilidade de determinar os custos de NÃO fazer um investimento específico.
   •   Formar um fundamento para implantar uma forma de cobrança.

Para a Cobrança:

   •   Possibilita recuperar os cursos da TI de uma maneira mais bem elaborada.
   •   Influencia a demanda dos serviços de TI fornecidos e o comportamento do cliente.

Problemas Comuns

Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente as seguintes questões devem
ser levadas em conta para evitar problemas nesta área:

   •   Os modelos que são usados para a Contabilidade de TI podem ser muito
       detalhados, criando um sobrecarga de trabalho administrativo.
   •   Não há comprometimento dos gerentes de TI e de negócio.
   •   O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI não estão alinhados com os
       procedimentos financeiros da organização.




                                                                                      115
•   Políticas de cobrança não são comunicadas corretamente aos clientes causando
       um comportamento indesejável (exemplo são as ações dos usuários e clientes
       para tentar evitar cobranças emitidas).

KPI – Key Performance Indicators

Os indicadores de performance que podem ser usados neste processo:

   •   Análise de custo-benefício dos serviços fornecidos de forma mais precisa.
   •   Os clientes consideram os métodos de cobranças adequados?
   •   A organização de TI consegue atingir os objetivos financeiros?
   •   O uso dos serviços pelos clientes sofre modificações?




                                                                                   116
Apêndice: Gerenciamento de Qualidade
O Gerenciamento de Qualidade para os Serviços de TI é forma sistemática de assegura
que todas as atividades para desenhar, desenvolver e implantar os Serviços de TI que
satisfaçam os requisitos da organização e dos usuários, e que sejam planejadas e
comprometidas com a otimização do custo.

A forma pela qual a organização planeja gerenciar suas operações, na qual ela entrega
serviços com qualidade, é especificado pelo sistema de gerenciamento de qualidade. O
sistema de gerenciamento de qualidade define a estrutura organizacional,
responsabilidades, políticas, procedimentos, processo, padrões e recursos necessários
para entregar Serviços de TI com qualidade. Entretanto, um sistema de gerenciamento de
qualidade irá apenas funcionar como pretendido se a equipe e a parte gerencial estiverem
comprometidas com seus objetivos.

Aperfeiçoamento de Qualidade contínua: O Ciclo de Deming

       ‘Nós aprendemos a viver em um mundo de erros e produtos defeituosos ainda que
       eles são necessários para a vida. É hora de adotar uma nova filosofia.’
       (W.Edwards Deming, 1900-93)

W. Edwards Deming ficou conhecido pela sua filosofia de gestão que estabelece
qualidade, produtividade, e uma posição competitiva. Como parte desta filosofia, ele
formulou 14 pontos de atenção para os gerentes. Alguns destes pontos são mais
apropriados para o Gerenciamento de Serviços do que outros, por exemplo:


Resumo dos 15 pontos relevantes para o Gerenciamento de Serviços:

   •   Quebra de barreiras entre departamentos (melhorar comunicações e
       gerenciamento) .
   •   Os gerentes devem aprender suas responsabilidades, e tomar a liderança
       (aperfeiçoamento do processo requer comprometimento da alta direção;
       bons líderes para motivar as pessoas a se aprimorarem e também a
       imagem da organização).

   •   Melhorar constantemente (um tema central para os Gerentes de Serviço é
       o aperfeiçoamento contínuo, que também é um tema para o
       gerenciamento de qualidade).

   •   Instituir um programa de educação e auto-aperfeiçoamento (aprendendo e
       melhorando as habilidades tem sido o foco do Gerenciamento de Serviços
       por muitos anos).

   •   Treinamento durante o trabalho (vinculado com o aperfeiçoamento
       contínuo).




                                                                                    117
•   Transformação é dever de todos (ênfase no time de trabalho e
       entendimento)



Para a melhoria de qualidade, Deming propôs o Ciclo de Deming (ou círculo). Os quatro
estágios chaves são: planejar, fazer, verificar e agir (em inglês plan, do, check, act –
PDCA), após cada fase consolidada é usado um círculo que irá girando sobre a rampa
conforme ilustrado na figura abaixo. A consolidação de cada fase possibilita a
organização tomar as lições aprendidas de cada fase e assegurar que o aperfeiçoamento
continuará embutido no processo. Freqüentemente, uma série de aperfeiçoamentos tem
sido realizada nos processos que irão requerer documentação (tanto para permitir que o
processo se torne repetível como para facilitar o alcance de alguma forma de um padrão
de qualidade).




                                                                                    118
Check (Auditar)
                        Plan (Planejar)
                        Do (Executar)

                        Act (Agir)




                                                                              Escala de tempo
     Alinhamento


       Negócio
        com o
         da TI




                                          Aperfeiçoamento
                                          contínudo de
                                          Qualidade
    Melhoria contínua




                                                            Consolidação do
    Passo-a-passo




                                                            Nível alçado
                                          D
                               P
                               A

                                          C




                                                                     ad
                                                                     de
                                                                     ve




                                                                     ur
                                                                     Ní




                                                                     at

                                                                     id
                                                                     M




                                                                     e
                                                                     l




Figura: Ciclo de Deming

Padrões de Qualidade

International Standards Organisation ISO 9000

As ISO 9000 é um conjunto de Padrões Internacionais para garantir a qualidade, sendo
composto de cinco padrões universais para um sistema de Garantia de Qualidade que é
aceito no mundo todo. Na virada do milênio, a partir da década de 90 os países
começaram a adotar a ISO 9000 como pedra fundamental para seus padrões nacionais.
Quando você compra um produto ou serviço de uma empresa que possui o selo de
qualidade ISO 9000, você se assegura que a qualidade do que você irá receber é o que
você espera.


                                                                                                119
Um dos padrões mais utilizados é o ISO 9001. Ele é aplicado às indústrias envolvidas no
projeto, desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica de produtos ou
serviços. Os padrões se aplicam uniformemente a qualquer empresa de qualquer
tamanho.

Um guia mais detalhado da ITIL pode ser obtido a partir do livro Quality Management for
IT Services – ISBN 0 -11-330555-9. Este livro tem como foco primário adequar os serviço
em TI em conformidade com a ISO 9001.




                                                                                   120
Sistemas de Qualidade Total: EFQM

      “... a batalha pela qualidade é um dos pré-requisitos para o sucesso de suas
      empresas e para o nosso sucesso coletivo.” (Jacques Delors)

O EFQM - modelo de excelência

O EFQM (European Foundation for Quality Management) foi fundado em 1988 por
Presidentes das 14 maiores empresas, sendo endossado pela Comissão Européia. O
grupo de associados atual excede mais de 600 organizações das mais respeitadas, desde
multinacionais a empresas nacionais importantes até institutos de pesquisas de
universidades Européias com renome.

O EFQM fornece um modelo para aqueles que desejam alcançar a excelência nos
negócios através de um programa de aperfeiçoamento contínuo.

Missão do EFQM

      Estimular e assistir organizações por toda a Europa a participar em atividades de
      aperfeiçoamento que levam a excelência em satisfação do Cliente, satisfação dos
      colaboradores, impacto dos resultados na sociedade e nos negócios; e dar
      suporte aos diretores das organizações Européias para acelerar o processo de
      fazer o Gerenciamento de Qualidade Total um fator decisivo para obter uma
      vantagem global competitiva.

Descrição do modelo de excelência do EFQM

O Modelo de Excelência do EFQM consiste de 9 critérios e 32 sub-critérios. Estes são
ilustrados                 na                     figura                      abaixo.




                                                                                   121
Neste modelo existe um foco explícito no valor para os usuários do ciclo PDCA (Plan-Do-
Check-Act) em suas operações de negócio.


Auto-avaliação e maturidade: a escala de maturidade do EFQM

Umas das ferramentas fornecidas pelo EFQM é o questionário de auto-avaliação. Este
processo de auto-avaliação permite a organização discernir claramente seus pontos
fortes, e também quaisquer áreas onde melhorias podem ser feitas. O processo do
questionário termina quando ações de melhorias são planejadas, as quais então são
monitoradas por progresso.

Nesta avaliação, o progresso pode ser verificado através de 5 pontos da escala de
maturidade:

   1. orientação ao produto
   2. orientação ao processo (o estágio de maturidade focado originalmente pelo ITIL)
   3. orientação ao sistema (o target da maturidade para organizações aderentes ao
      ITIL no novo milênio)
   4. orientação à cadeia (de relacionamentos)
   5. qualidade total




                                                                                   122
Bibliografia

BON, JAN VON. Foundations of IT Service Management, based on ITIL. Lunteren -
Holanda: Van Haren Publishing, 2005.

Service Delivery. Londres – Inglaterra: The Stationary Office, 2000.

Service Support. Londres – Inglaterra: The Stationary Office, 2000.




                                                                         123

Mais conteúdo relacionado

PDF
Apostila itil
PDF
Apostila Itil
PDF
Apostila tga i sem
PDF
Relatório Pestana Porto Santo Eduardo Duarte
PDF
PDF
Apostila teoria contabilidade_geral
PDF
Exame de Suficiência em Contabilidade – 5ª edição | IOB e-Store
PDF
Controladoria para Gestão Empresarial - IOB e-Store
Apostila itil
Apostila Itil
Apostila tga i sem
Relatório Pestana Porto Santo Eduardo Duarte
Apostila teoria contabilidade_geral
Exame de Suficiência em Contabilidade – 5ª edição | IOB e-Store
Controladoria para Gestão Empresarial - IOB e-Store

Mais procurados (18)

PDF
Manual de procedimentos-v7
PDF
Excel para Contadores – 8ª edição
PDF
ISS - Como definir local de incidência do imposto sobre serviços – 2ª ed. | I...
PDF
Guia de Instrumentos Financeiros – 2ª edição - IOB e-Store
PDF
Itur Manual
DOC
Apostila Itil
PDF
Modelos De Contabilidade - Resumo das Regras Contábeis Internacionais - IOB e...
PDF
ICMS e Obrigações Acessórias para empresas de telecom (Telecomunicação) - IOB...
PDF
Processo Tributário Administrativo - 4ª ed. | IOB e-Store
PDF
Apostila UML
PDF
Manual de orientação para atuação em redes sociais - Governo Federal
PDF
Processo Tributário Administrativo - 5° Edição
PDF
Zeramento2
PDF
Ciesa.tecnologia design moda.projeto político pedagógico.2010
PDF
Exame de Suficiência em Contabilidade - 3ª edição - IOB e-Store
PDF
Emissão e Escrituração de Documentos Fiscais e seus Reflexos na EFD – Escritu...
PDF
PDF
Exemplo / Modelo de um Plano de Negócios (Template Business Case)
Manual de procedimentos-v7
Excel para Contadores – 8ª edição
ISS - Como definir local de incidência do imposto sobre serviços – 2ª ed. | I...
Guia de Instrumentos Financeiros – 2ª edição - IOB e-Store
Itur Manual
Apostila Itil
Modelos De Contabilidade - Resumo das Regras Contábeis Internacionais - IOB e...
ICMS e Obrigações Acessórias para empresas de telecom (Telecomunicação) - IOB...
Processo Tributário Administrativo - 4ª ed. | IOB e-Store
Apostila UML
Manual de orientação para atuação em redes sociais - Governo Federal
Processo Tributário Administrativo - 5° Edição
Zeramento2
Ciesa.tecnologia design moda.projeto político pedagógico.2010
Exame de Suficiência em Contabilidade - 3ª edição - IOB e-Store
Emissão e Escrituração de Documentos Fiscais e seus Reflexos na EFD – Escritu...
Exemplo / Modelo de um Plano de Negócios (Template Business Case)
Anúncio

Destaque (7)

PDF
Etherchannel
PDF
Conceitos básicos de internetworking completo
PDF
Servico dns
PDF
PPTX
08 comunicação pitagoras
PDF
Walking dead 51 59
PDF
Servico ad
Etherchannel
Conceitos básicos de internetworking completo
Servico dns
08 comunicação pitagoras
Walking dead 51 59
Servico ad
Anúncio

Semelhante a Apostila itil (20)

PDF
1300579454645 livro adm proc operacionais
 
PDF
Tutorial sistema vendas_em_java_com_swing
PDF
Manual de orientação para atuação em redes sociais - Governo Federal
PDF
Implantação de um Sistema de Gestão ERPFLEX WEB
PDF
Manual Renast saúde do trabalhador enfermagem
PDF
Indice Provisorio
PDF
terraplanagem
PDF
Apostila tre.rs2014 administracao_ravazolo(1)
PDF
Lean nos serviços
PDF
AgenteAdministrativopdfconcursosparaprefe
PDF
2011 demonstracoes contabeis[1]
PDF
Contabilidade
PDF
Cartilha cnm sebrae_desenvolv
PDF
Aprenda a fazer temas wordpress
PDF
livro-administracao-aplicada-a-enfermagem-2
PDF
51274331 apostila-gpo1-2011-1
PDF
PDF
Pontes Ferroviárias
1300579454645 livro adm proc operacionais
 
Tutorial sistema vendas_em_java_com_swing
Manual de orientação para atuação em redes sociais - Governo Federal
Implantação de um Sistema de Gestão ERPFLEX WEB
Manual Renast saúde do trabalhador enfermagem
Indice Provisorio
terraplanagem
Apostila tre.rs2014 administracao_ravazolo(1)
Lean nos serviços
AgenteAdministrativopdfconcursosparaprefe
2011 demonstracoes contabeis[1]
Contabilidade
Cartilha cnm sebrae_desenvolv
Aprenda a fazer temas wordpress
livro-administracao-aplicada-a-enfermagem-2
51274331 apostila-gpo1-2011-1
Pontes Ferroviárias

Mais de fernandao777 (20)

PDF
Walking dead 97
PDF
Walking dead 96
PDF
Walking dead 95
PDF
Walking dead 94
PDF
Walking dead 90 93
PDF
Walking dead 85 89
PDF
Walking dead 80 84
PDF
Walking dead 75 79
PDF
Walking dead 70 74
PDF
Walking dead 66 69
PDF
Walking dead 61 65
PDF
Walking dead 60
PDF
Walking dead 41 50
PDF
Walking dead 31 40
PDF
Walking dead 21 30
PDF
Walking dead 11 20
PDF
Walking dead 1 10
PDF
Walking dead 98 100
PDF
Handbook de ti_para_concursos
PDF
Linux training
Walking dead 97
Walking dead 96
Walking dead 95
Walking dead 94
Walking dead 90 93
Walking dead 85 89
Walking dead 80 84
Walking dead 75 79
Walking dead 70 74
Walking dead 66 69
Walking dead 61 65
Walking dead 60
Walking dead 41 50
Walking dead 31 40
Walking dead 21 30
Walking dead 11 20
Walking dead 1 10
Walking dead 98 100
Handbook de ti_para_concursos
Linux training

Apostila itil

  • 2. SUMÁRIO Visão Geral ....................................................................................................................... 5 1.Introdução....................................................................................................................... 6 Introdução ao Cenário..................................................................................................... 6 Introdução a ITIL ............................................................................................................. 8 Organizações envolvidas com a ITIL............................................................................... 9 Os Livros da ITIL............................................................................................................ 12 Por que a ITIL é importante? ........................................................................................ 18 Possíveis resultados com a adoção da ITIL .................................................................. 19 Possíveis Problemas..................................................................................................... 19 2.Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI................................................ 20 Introdução ..................................................................................................................... 20 Conceito de Serviço ...................................................................................................... 21 Conceito de Processo.................................................................................................... 21 Diferença entre Cliente e Usuário ................................................................................. 22 Melhoria contínua ......................................................................................................... 22 3. Central de Serviços..................................................................................................... 24 Introdução...................................................................................................................... 24 Objetivos........................................................................................................................ 25 Descrição do Processo.................................................................................................. 25 Atividades...................................................................................................................... 26 Qualificações do Pessoal .............................................................................................. 26 Tipos de Centrais de Serviço ........................................................................................ 27 Estruturas de Central de Serviços ................................................................................. 27 Relacionamentos........................................................................................................... 30 Principais Benefícios...................................................................................................... 31 Problemas Comuns ...................................................................................................... 32 4.Gerenciamento de Incidentes..................................................................................... 33 Introdução ..................................................................................................................... 33 Objetivos ....................................................................................................................... 33 Descrição do Processo.................................................................................................. 34 ....................................................................................................................................... 34 Atividades...................................................................................................................... 34 Regras de suporte......................................................................................................... 37 Relacionamentos........................................................................................................... 38 Benefícios...................................................................................................................... 39 Problemas Comuns....................................................................................................... 39 KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 40 5.Gerenciamento de Problemas .................................................................................... 41 Introdução...................................................................................................................... 41 Objetivo.......................................................................................................................... 41 Descrição do Processo ................................................................................................. 42 Atividades...................................................................................................................... 44 Ferramentas.................................................................................................................. 48 Relacionamentos........................................................................................................... 50 Benefícios ..................................................................................................................... 50 Problemas Comuns....................................................................................................... 51 KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 51 6.Gerenciamento de Mudanças...................................................................................... 52 Introdução ..................................................................................................................... 52 2
  • 3. Objetivo ......................................................................................................................... 52 Descrição do Processo.................................................................................................. 53 Atividades ..................................................................................................................... 54 Comitê de Controle de Mudanças (CCM) ..................................................................... 56 Relacionamentos........................................................................................................... 57 Benefícios...................................................................................................................... 57 Problemas Comuns....................................................................................................... 58 KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 58 7.Gerenciamento de Liberação...................................................................................... 59 Introdução...................................................................................................................... 59 Objetivo.......................................................................................................................... 59 Descrição do Processo.................................................................................................. 60 Atividades...................................................................................................................... 61 Funções......................................................................................................................... 64 Relacionamentos........................................................................................................... 64 Benefícios...................................................................................................................... 65 Problemas Comuns....................................................................................................... 65 KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 66 8.Gerenciamento da Configuração................................................................................ 67 Introdução...................................................................................................................... 67 Objetivos ....................................................................................................................... 67 Descrição do Processo.................................................................................................. 67 Atividades...................................................................................................................... 68 Funções ........................................................................................................................ 71 Relacionamentos........................................................................................................... 71 Benefícios...................................................................................................................... 72 Problemas Comuns....................................................................................................... 72 KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 73 Melhores Práticas.......................................................................................................... 74 9.Gerenciamento do Nível de Serviço........................................................................... 75 Introdução...................................................................................................................... 75 Objetivo.......................................................................................................................... 76 Descrição do Processo ................................................................................................. 76 Atividades...................................................................................................................... 79 Funções......................................................................................................................... 82 Relacionamentos .......................................................................................................... 82 Benefícios...................................................................................................................... 82 Problemas Comuns ...................................................................................................... 83 KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 83 10.Gerenciamento da Disponibilidade........................................................................... 84 Introdução...................................................................................................................... 84 Objetivo.......................................................................................................................... 84 Descrição do Processo.................................................................................................. 84 Atividades...................................................................................................................... 87 Planejamento................................................................................................................. 87 Funções ........................................................................................................................ 89 Relacionamentos .......................................................................................................... 90 Benefícios...................................................................................................................... 90 Problemas Comuns ...................................................................................................... 90 KPI – Key Performance Indicators................................................................................. 91 11.Gerenciamento da Capacidade................................................................................. 92 3
  • 4. Introdução...................................................................................................................... 92 Objetivo.......................................................................................................................... 92 Descrição do Processo.................................................................................................. 92 Atividades...................................................................................................................... 93 Funções......................................................................................................................... 95 Relacionamentos .......................................................................................................... 96 Benefícios...................................................................................................................... 97 Problemas Comuns ...................................................................................................... 97 KPI – Key Performance Indicators ................................................................................ 98 12.Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI.............................................. 99 Introdução...................................................................................................................... 99 Objetivo.......................................................................................................................... 99 Descrição do Processo................................................................................................ 100 Atividades.................................................................................................................... 101 Funções....................................................................................................................... 105 Relacionamentos......................................................................................................... 106 Benefícios.................................................................................................................... 106 Problemas Comuns..................................................................................................... 107 KPI – Key Performance Indicators............................................................................... 107 13.Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI..................................................... 108 Introdução.................................................................................................................... 108 Objetivo........................................................................................................................ 109 Descrição do Processo................................................................................................ 109 Atividades.................................................................................................................... 111 Funções....................................................................................................................... 114 Relacionamentos......................................................................................................... 114 Benefícios.................................................................................................................... 114 Problemas Comuns..................................................................................................... 115 KPI – Key Performance Indicators .............................................................................. 116 Apêndice: Gerenciamento de Qualidade..................................................................... 117 Aperfeiçoamento de Qualidade contínua: O Ciclo de Deming..................................... 117 Padrões de Qualidade................................................................................................. 119 Sistemas de Qualidade Total: EFQM........................................................................... 121 Bibliografia ................................................................................................................... 123 4
  • 5. Visão Geral Este material foi desenvolvido para profissionais da TI que desejam ter o primeiro contato com a Biblioteca da ITIL. O conteúdo abordado aqui pode ser utilizado para se preparar para a certificação ITIL Foundation. Este material não é reconhecido pela OGC ou qualquer órgão relacionado, serve apenas para estudos para o entendimento básico da proposta da ITIL e preparação para a Certificação ITIL Foundation. Esta apostila contém textos referenciados de livros e artigos em inglês, cujas referências originais constam no final deste material, além de conter conteúdo próprio com comentários e críticas. Todos os termos da ITIL foram traduzidos para o idioma português-br com o auxílio de referências disponíveis no ITSMF Brasil. Direitos de Cópia A ITIL® é uma marca registrada do OGC O OGC® é uma marca registrada do Office of Government Commerce IT Infrastructure Library® é uma marca registra pela CCTA que agora faz parte do OGC O itSMF é uma marca registrada do IT Service Management Forum Ltd 5
  • 6. 1. Introdução Introdução ao Cenário Por muitos anos, algumas organizações puderam continuar seus negócios, ainda que tivessem pouco apoio da TI. Hoje a realidade é diferente, a Tecnologia da Informação é um fator crítico de sucesso para a organização, e em até muitos casos acaba sendo seu diferencial competitivo no mercado. Existem determinados ramos de negócio que é quase impossível hoje imagina-los sem o apoio da TI, por exemplo, o sistema bancário, seria impossível tentar controlar as contas dos clientes sem o apoio de um sistema de banco de dados. A TI hoje para muitas empresas se tornou um parceiro estratégico, faz parte do negócio. Atualmente as decisões sobre os investimentos em TI são tratadas nas reuniões de planejamento estratégico pelo conselho administrativo da empresa, não é mais possível tratar a TI isoladamente. A TI deixou de ser tratada por técnicos e passou a ser incorporada na estratégia da empresa para alcançar seus objetivos. Com o aumento do peso de importância dentro da organização, a TI passou a ter vários desafios, vejamos alguns:  Alinhamento dos serviços de TI com as necessidades atuais e futuras do negócio. A TI precisa começar a entender de negócios para poder participar junto do plano estratégico da empresa. As decisões de investimentos de TI devem levar em conta os objetivos da empresa a longo prazo. Os esforços nos investimentos em tecnologia devem ser orientados a trazer resultados para os negócios da empresa.  Ambientes de TI cada vez mais complexos. O número de tecnologias e fornecedores aumentou, fazendo com que a vida do gestor de TI se complicasse mais ainda. Em muitas empresas a área de TI passou por terceirizações, se preocupando em gerir contratos, entender as demandas dos clientes e usuários e manter o relacionamento com fornecedores. As empresas também expandiram seus negócios, possuem unidades no Brasil e em diversos países, e para cada unidade a área de TI deve prover suporte.  Dependência da TI para o Negócio. A dependência tão grande sobre os serviços de TI também fez com que a empresa desse maior atenção, chegamos a um ponto que se os serviços de TI pararem todas as outras operações da empresa também param. Os serviços de TI devem buscar arranjos, fórmulas para manter sua disponibilidade máxima com o melhor custo, trazendo o menor prejuízo para o negócio em suas paradas.  Redução de custos e riscos. Devido a grande dependência da TI para o negócio e também aos altos investimentos feitos nos projetos, a administração tem buscado minimizar os custos através de uma melhor gestão por projetos, tratando também os riscos relacionados a novas mudanças. Além disto, a cada ano que passa os orçamentos estão cada vez mais apertados, é preciso buscar formas para reduzir custos.  Justificativa para Retorno sobre os investimentos em TI, os investimentos em TI devem trazer retorno para empresa através de melhorias para os processos administrativos e agregação de valor para o negócio. 6
  • 7. Conformidade com leis e regulamentos. Instituições financeiras e empresas com ações em bolsas internacionais são obrigadas agora a cumprir regulamentos impostos pelo Governo e outras entidades. A TI está totalmente relacionada ao cumprimento destas leis, buscando adequação dos seus sistemas e processos para atender aos requisitos impostos.  Manter a segurança sobre as Informações. A necessidade por informação em qualquer lugar fez com que os sistemas e bancos dados fossem expostos a vulnerabilidade de ataques de hacker e vírus. A segurança é um ponto de grande relevância para os gestores de TI, a empresa não pode correr o risco de perder suas informações, pois isto pode trazer prejuízos financeiros e até mesmo prejudicar a reputação da empresa no mercado. Em virtude deste cenário, onde a TI aparece com grande importância para o negócio da empresa, buscando por otimização de seus processos, redução de custos e riscos, vários frameworks de processos e melhores práticas foram criados. A figura abaixo mostra a evolução destes frameworks e seus níveis de maturidade em termos de Gerenciamento de Serviços. Atualmente temos a ITIL (IT Infrastructure Lybrary), que é uma biblioteca composta das melhores práticas para Gerenciamento de Serviços de TI. Criada pelo Governo Britânico em 1980, se tornou padrão de fato no mercado em 1990. Trata-se de uma biblioteca composta de 7 livros principais. Não se trata de uma metodologia e sim de um conjunto de melhores práticas adotadas em várias empresas. Atualmente é o framework mais adequado para o Gerenciamento de serviços para os departamentos de TI, sendo utilizado por mais de 10.000 empresas no mundo todo. Podemos tratar a ITIL apenas como um consenso de como devem ser tratados os processos dentro de um departamento de TI. Os processos propostos são genéricos, podendo ser utilizados por qualquer empresa, seja pública ou privada, de grande ou pequeno porte. Estes processos devem ser adotados e adaptados ao seu negócio, tenha em mente que não existe receita de bolo pronta. 7
  • 8. Não é correto afirmar que um processo é “compatível com a ITIL”, nem mesmo falar em implantar a ITIL. O objetivo é implementar o Gerenciamento de Serviços de TI, e para isto pode ser utilizado a ITIL como base das melhores práticas. Os processos e organizações podem ser avaliados se estão compatíveis com a norma BS 15.000 ou ISO 20.000 (criada em dezembro de 2005), que são padrões de Gerenciamento de Serviços de TI. Entretanto, nem ferramentas ou pessoas podem ser certificadas em BS 15.000 ou ISOs. A ISO 20.000 é voltada para empresas prestadoras de serviços, que tem como foco avaliar a conformidade dos processos da empresa com as práticas sugeridas, o padrão ISO substitui o padrão BS 15.000. Introdução a ITIL A ITIL foi desenvolvida inicialmente pela CCTA (Central Computing and Telecommunications Agency) atual OGC (Office of Government Commerce). O OGC é órgão do Governo britânico que tem como objetivo desenvolver metodologias e criar padrões dentro dos departamentos do governo britânico, buscando otimizar e melhorar os processos internos. A biblioteca da ITIL foi desenvolvida pela CCTA, e tinha como objetivo melhorar os processos dos departamentos de TI do governo britânico. Desde o seu surgimento em 1980, as empresas e outras entidades do governo perceberam que as práticas sugeridas poderiam ser aplicadas em seus processos de TI também. Em 1990 a ITIL acabou se tornando um padrão de fato em todo o mundo, e a partir dela houve várias adaptações de outros fornecedores, como a Microsoft, IBM e HP. A ITIL atualmente desperta grande interesse no mercado, pois há uma preocupação com o Gerenciamento de Serviços de TI nas empresas. Como falamos anteriormente, a grande dependência da TI para os negócios faz com que os gestores de TI busquem a adoção da melhores práticas com o objetivo de trazer resultados positivos, como redução de custos e agilidade em seus processos. Mais de 10.000 empresas no mundo todo já adotaram as melhores práticas da ITIL, isto comprova sua maturidade e aceitação pelo mercado. O Brasil e EUA estão na fase inicial de implementação destas práticas, muitas empresas aqui já adotaram e já temos vários cases de sucesso. A ITIL oferece um framework comum para todas as atividades do departamento de TI, como a parte da provisão dos serviços, baseada na infra-estrutura de TI. Estas atividades são divididas em processos, que fornecem um framework eficaz para um futuro Gerenciamento de Serviços de TI aprimorado. Cada um destes processos cobre uma ou mais tarefas do departamento de TI, tais como desenvolvimento de serviços, gerenciamento da infra-estrutura, fornecimento de serviços e suporte a serviços. Estes processos propiciam o uso das melhores práticas, fazendo com que o departamento de TI possa adotar independente da estrutura da organização. As melhores práticas da ITIL têm como objetivos:  Servir de inspiração para melhorar seus processos de TI; 8
  • 9. Sugerir onde é possível chegar, pois outras empresas já conseguiram resultados positivos;  Sugerir para que servem os processos e práticas;  Sugerir por que adotar os processos e práticas. Muitas destas melhores práticas são claramente identificáveis e na verdade são utilizadas na maioria das organizações de TI, talvez muitos dos conceitos que você vai ver aqui você já utiliza ou conheça. A ITIL apresenta as melhores práticas de forma coesa. Os livros da ITIL descrevem como estas podem ser otimizadas e como a coordenação das atividades pode ser aperfeiçoada. Os livros também explicam como os processos podem ser formalizados dentro de uma organização. Fornecem uma referência dentro da organização para uma terminologia padronizada, e ajudam a definir os objetivos e determinar o esforço requerido. A ITIL não pode ser vista como uma metodologia, pois as melhores práticas são flexíveis a ponto de você adaptar aos seus processos, já uma metodologia possui uma implementação mais rígida, com regras bem definidas. “Na ITIL tudo pode nada deve.” A vantagem da adoção das melhores práticas está no fato de não ter que “reinventar a roda”, adotar práticas já testadas propicia um ganho de tempo e retorno mais rápido sobre o projeto de implementação de uma Gestão de Serviços. Organizações envolvidas com a ITIL A figura abaixo apresenta as organizações que estão envolvidas na manutenção e disseminação da ITIL: 9
  • 10. OGC (Antigo CCTA) A ITIL era originalmente um produto da CCTA. A CCTA era a Agência de Processamento de Dados e Telecomunicações do governo britânico. No dia 1 abril de 2001, o CCTA foi fundido com o OGC (Office of Government Commerce), que é agora o novo "proprietário" da ITIL. O objetivo do OGC é ajudar seus clientes no setor público britânico a atualizar suas atividades de procurement(obtenção) e melhorar seus serviços fazendo o melhor uso possível da TI e de outros instrumentos. O OGC busca modernizar a forma de procurement (licitações) no governo, e agregar valor substancial para o uso do dinheiro público. O OGC promove o uso das melhores práticas em muitas áreas (por exemplo, gestão de projetos, procurement e Gerenciamento de Serviços de TI). O OGC publica diversas séries (bibliotecas) dos livros escritos por especialistas Britânicos e outros internacionais de várias empresas. A Biblioteca consiste em um número claro de “Código de Práticas” para promover e fornecer Serviços de TI de forma eficiente e eficaz. ITSMF O Fórum de Gerenciamento de Serviços de Tecnologia da Informação (ITSMF), originalmente ficou conhecido como o fórum do Gerenciamento da Infra-estrutura de TI (ITIMF), foi criado no Reino Unido em 1991. O ITSMF holandês foi o primeiro chapter(capítulo), criado em novembro de 1993. Em 2001 mais de 500 empresas tornaram-se membros, entre fornecedores e grupos de usuários. Atualmente existem chapters do ITSMF em vários países tais como África sul, Bélgica, Alemanha, Áustria, Suíça, EUA, Austrália, e Brasil, que participam no grupo internacional do ITSMF. O ITSMF promove a troca de informações e experiências que permitem às organizações melhorarem os serviços que fornecem. Organiza congressos, encontros especiais, e outros eventos sobre assuntos ligados a Gerenciamento de Serviços de TI. Os associados contribuem também com o desenvolvimento do assunto. A associação publica um boletim de notícias e fornece um website com informações sobre suas atividades (http://www.itsmf.com.br). EXIN e ISEB O “Examination Institute for Information Science” (EXIN) e o “Information Systems Examinations Board” (ISEB), juntos desenvolveram uma certificação profissional para a ITIL. Isto foi feito em cooperação com o OCG e ITSMF. O EXIN e ISEB são organizações sem fins lucrativos que cooperam para oferecer uma escala de qualificação ITIL em três níveis: • Certificado Foundation em Gerenciamento de Serviços de TI • Certificado Practitioner em Gerenciamento de Serviços de TI • Certificado Manager em Gerenciamento de Serviços de TI 10
  • 11. O sistema de certificação é baseado nas exigências para cumprir o papel relevante dentro de uma organização de TI. Até agora, os certificados foram concedidos para mais 170.000 profissionais de TI em mais de 30 países. Certificações para os Profissionais de TI Para obter a certificação Foundation não é necessário participar de um curso oficial, nem mesmo comprovar experiência na área. É importante que o candidato já atue na área de serviços de TI, isto facilita os estudos. Com o apoio de livros e simulados é possível obter a certificação de maneira fácil. A prova é composta de 40 questões, sendo que é necessário você obter um acerto de 65% (26 questões apenas). As questões são objetivas e de múltipla escolha. As provas podem ser feitas em qualquer lugar do Brasil através de centros de testes VUE (www.vue.com) ou PROMETRIC (www.prometric.com). As provas eletrônicas estão disponíveis apenas no idioma inglês. É possível fazer a prova em português, mas neste caso é obrigatório ser feito em um centro de testes creditado pela EXIN. Pelo fato da prova ser em papel com um supervisor o custo é 3 vezes mais do que a prova eletrônica. Na certificação Practitioner o candidato deve realizar um curso oficial reconhecido pela EXIN ou ISEB. Este curso será focado em 2 ou 3 processos da ITIL, dando ao aluno um conhecimento mais profundo sobre os processos estudados. É ideal para as pessoas que vão trabalhar na parte operacional do projeto de implementação da Gestão de Serviços de TI. O curso normalmente tem a duração de 3 dias, a avaliação do candidato acaba sendo feita durante o próprio treinamento. É pré-requisito já possuir a certificação Foundation para este nível. A certificação Manager é voltada para os gestores de TI que terão uma visão ampla e aprofundada de todos os processos da ITIL. Para realizar esta certificação também é necessário realizar um curso oficial, e é pré-requisito ter a certificação Foundation, mas não é necessário realizar a Practitioner. A certificação é extramente cara, pois o curso tem duração de 2 semanas, além de workshops de preparação. O exame é composto de 2 provas, realizadas em 2 dias. Cada exame foca um livro da ITIL. Esta certificação também é muito indicada para quem busca desenvolver carreira na área de consultoria. 11
  • 12. Os Livros da ITIL ITIL (IT Infrastructure Library) ITIL é uma série de livros. Assim como o nome já sugere é uma biblioteca (IT Infrastructure Library). Esta seção descreverá os vários componentes da biblioteca. Os livros oficiais da OGC estão disponíveis para compra nas livrarias. É de domínio público a utilização destas práticas na sua empresa, entretanto todo o material da ITIL possui direitos de cópia da coroa inglesa. Cada um dos livros da ITIL faz parte do framework completo da ITIL. A ITIL na verdade é uma biblioteca de muitos livros. Esta apostila é focada na entrega do serviço e nos livros de Suporte a Serviços e Entrega de Serviços. Nós descrevemos a ITIL conforme esses dois livros durante toda a apostila. A ITIL define os objetivos e atividades, as entradas e saídas de cada um dos processos encontrados em uma organização de TI. Entretanto, a ITIL não dá uma descrição específica de como estas atividades devem ser executadas, porque em cada organização estas são diferentes, ou seja, não existe receita de bolo pronta para você implementar a ITIL. A ênfase está em sugestões que foram provadas na prática, mas (dependendo das circunstâncias) pode ser implementada de várias formas. ITIL não é um método, ao invés disto oferece um framework para planejar os processos mais comuns, papéis e atividades, indicando as ligações entre elas e que linhas de comunicação são necessárias. A ITIL é baseada na necessidade de fornecer os serviços de alta qualidade, com uma ênfase no serviço e no relacionamento com cliente. A organização tem que cumprir exigências do "cliente", o que significa um bom relacionamento com ele, com os parceiros e com os fornecedores. Parte da filosofia da ITIL é baseada nos sistemas de qualidade, tais como a série ISO- 9000, Qualidade Total. A ITIL suporta tais sistemas de qualidade com uma descrição clara dos processos e das melhores práticas em Gerenciamento de Serviços de TI. Isto pode significativamente reduzir o tempo necessário para obter a certificação da ISO. Originalmente, a ITIL era consistida por um grande conjunto de livros, cada um deles descrevia uma área específica de manutenção e operação da Infra-estrutura de TI. Os dez livros que descreviam o Suporte de Serviços e Entrega de Serviços eram considerados o núcleo da ITIL. Havia aproximadamente outros 40 livros nos assuntos complementares relacionados ao Gerenciamento de Serviços de TI, desde mandar um telegrama ao cliente a relacionar-se com o cliente. Entretanto, a série original dos livros da biblioteca de Infra-estrutura focou-se mais no Gerenciamento de Serviços de TI a partir da perspectiva de TI. O conjunto de Perspectiva de Negócios foi introduzido para construir uma ponte entre o negócio e a organização de TI. 12
  • 13. O núcleo dos livros da ITIL foi revisado e publicado apenas como dois livros, um Suporte a Serviços e outro Entrega de Serviços. Isto eliminou sobreposições e inconsistências da séria anterior. O quebra-cabeça da ITIL mostra os principais elementos localizados nos seus livros. Cada um destes elementos se relaciona entre si, e se sobrepõem em alguns tópicos. Estes elementos são: • Perspectiva de Negócio • Entrega de Serviço • Suporte à Serviço • Gerenciamento da Segurança • Gerenciamento da Infra-estrutura • Gerenciamento de Aplicações • Planejamento da implementação do Gerenciamento de Serviços Principais livros que compõem a biblioteca da ITIL: PLANEJAMENTO PARA IMPLEMENTAR O A O GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS N T E Gerenciamento de Serviços E G C A GERENCIAMENTO N Ó PERSPECTIVA SUPORTE AO SERVIÇO DA INFRA- DO NEGÓCIO ESTRUTURA DA O C TIC L I O O ENTREGA DO SERVIÇO G GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA I A GERENCIAMENTO DE APLICAÇÕES Fonte: baseado no livro Service Support da OGC Estes sete módulos constituem o corpo da ITIL. Abaixo você terá uma descrição resumida do propósito de cada livro: Suporte a Serviços: descreve os processos associados ao suporte do dia-a-dia e atividades de manutenção associadas com a provisão de Serviços de TI. 13
  • 14. Entrega de Serviços: cobre os processos necessários para o planejamento e entrega de Serviços de TI com qualidade e se preocupa ao longo do tempo com o aperfeiçoamento desta qualidade. ICT - Gerenciamento da Infra-estrutura: cobre todos os aspectos do Gerenciamento da Infra-estrutura como a identificação dos requisitos do negócio, testes, instalação, entrega, e otimização das operações normais dos componentes que fazem parte dos Serviços de TI. Planejamento para Implementação do Gerenciamento de Serviços: examina questões e tarefas envolvidas no planejamento, implementação e aperfeiçoamento dos processos do Gerenciamento de Serviços dentro de uma organização. Também foca em questões relacionadas à Cultura e Mudança Organizacional. Gerenciamento de Aplicações: descreve como gerenciar as aplicações a partir das necessidades iniciais dos negócios, passando por todos os estágios do ciclo de vida de uma aplicação, incluindo até a sua saída do ambiente de produção (quando o sistema é aposentado). Este processo dá ênfase em assegurar que os projetos de TI e as estratégias estejam corretamente alinhados com o ciclo de vida da aplicação, assegurando que o negócio consiga obter o retorno do valor investido. Perspectiva de Negócio: fornece um conselho e guia para ajudar o pessoal de TI a entender como eles podem contribuir para os objetivos do negócio e como suas funções e serviços podem estar mais bem alinhados e aproveitados para maximizar sua contribuição para a organização. Gerenciamento da Segurança: detalha o processo de planejamento e gerenciamento a um nível mais detalhado da segurança da informação e Serviços de TI, incluindo todos os aspectos associados com a reação da segurança dos incidentes. Também inclui uma avaliação e gerenciamento dos riscos e vulnerabilidade, e implementação de custos justificáveis para a implementação de contra-recursos (estratégia de segurança). Esta apostila irá descrever apenas os 2 livros principais da ITIL: Suporte a Serviços e Entrega de Serviços, considerados o coração do framework. Suporte a Serviços 14
  • 15. O livro Suporte a Serviços • Gerenciamento de Incidentes descreve como um cliente • Gerenciamento de Problemas consegue acesso aos • Gerenciamento da Configuração serviços para suportar • Gerenciamento de Mudanças seus negócios. • Gerenciamento de Liberação Este livro cobre os seguintes assuntos: • Central de Serviços 15
  • 16. A figura abaixo apresenta o relacionamento entre os processos do livro Suporte a Serviços. CLIENTES & USUÁRIOS Suporte a Serviços SERVICE-DESK Inform. Mudanças Inform. Liberações Gerenciam. Ferramentas Incidentes Monitoramento Gerenciam. Problemas Gerenciam. Mudanças Gerenciam. Liberações Gerenciam. Configuração BDGC Incidentes Problemas Erros Conhecidos Mudanças Liberações Relacionamento Entre ICs Entrega de Serviços O livro Entrega de Serviços descreve os serviços que o cliente necessita, e o que é necessário para fornecer estes serviços. Este livro cobre os seguintes assuntos: • Gerenciamento do Nível de Serviços • Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI • Gerenciamento da Capacidade • Gerenciamento da Disponibilidade • Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI • Gerenciamento da Segurança (com referência ao livro Gerenciamento da Segurança)
  • 17. 17
  • 18. A figura abaixo apresenta o relacionamento entre os processos do livro Entrega de Serviços. CLIENTES & USUÁRIOS Entrega de Serviços Informação Plano de Capacidade Níveis de Serviço & Relatórios Orçamento, Informações de cobrança Informação Plano de Continuidade Open Hrs 9-5 Gerenciam. Capacidade Gerenciam. Disponibilidade Gerenciam. Nível de Serviços Gerenciam. Finanças Gerenciam. Continuidade Serviços de TI Ferramentas Monitoração Por que a ITIL é importante? Como visto no capítulo de Introdução ao Cenário, a área de TI tem ganhado grande importância dentro do negócio, tem servido como meio para alcançar os objetivos da empresa. Em virtude da necessidade de um Gerenciamento de Serviço de TI mais robusto, a biblioteca da ITIL tem ganhado destaque, servindo como apoio para melhorar os processos de TI. Entre os principais objetivos da adoção da melhores práticas da ITIL podemos destacar os seguintes:  Alinhar os Serviços de TI com as necessidades atuais e futuras do negócio e seus clientes. Todos os processos da ITIL falam que a TI precisa entender os requisitos de negócio da empresa para poder planejar e prover seus serviços para atender as expectativas.  Melhorar a qualidade dos serviços de TI. Através de um programa de melhoria contínua deve se buscar a consistência na entrega dos serviços, atendendo as necessidades de negócio.  Reduzir custos na provisão de serviços. Este é um dos motivos chaves que levam os gestores de TI a adotarem as melhores práticas, já existem vários casos de sucesso onde houve grande redução dos custos operacionais e investimentos em TI. 18
  • 19. Processos mais eficientes e eficazes, buscando rapidez e resultados nos processos.  Adoção das melhores práticas, evitando reinventar a roda. Possíveis resultados com a adoção da ITIL  Falhas: ò30% quantidade, ò50% tempo resolução;  Mudanças: ò25% tempo de conclusão, ò50% mudanças urgentes e caras;  Capacidade: ò15% capacidade ociosa;  CTP (TCO): ò10%;  Disponibilidade: ñ10%;  ñConfiabilidade;  òTempo de lançamento no mercado. Fonte: ITIL Forum 2003 Abaixo temos alguns exemplos de resultados alcançados em algumas empresas e setores de TI que foram pesquisados.  Redução do custo total até 48% - Gartner  6-8% de redução de custos operacionais. $ 125 milhões de economia (10% do budget). Procter e Gamble  Aumento da satisfação do cliente  Aumento de resolução de incidentes de 5% para 30% com o uso de uma base de conhecimento - IS Organizations  Redução de 50% no tempo médio de resolução. Redução de 30% no tempo para realizar novas mudanças. Redução de 50% dos recursos – Utility Provider Possíveis Problemas Um projeto de implementação das práticas da ITIL pode ter vários problemas, é importante que você esteja ciente e busque contornar alguns obstáculos já conhecidos:  Falta de patrocínio, comprometimento e entendimento. É importante que todas as pessoas relacionadas com o projeto estejam conscientes das melhorias que a mudança poderá trazer. O comprometimento de todos é fundamental para fazer com que os processos sejam implementados.  Cultura da empresa. Se a empresa não tiver cultura para a gestão de serviços se torna muito complicado a TI obter a colaboração dos demais departamentos.  Excesso de expectativa. Tenha em mente que a adoção das melhores práticas não se faz em dias, é necessário planejamento, insistência, acompanhamento e adaptações ao longo do projeto.  Problemas na Gestão do Projeto. A implementação de um Programa de Gerenciamentos de TI deve ser encarado como um projeto, com responsáveis por cada etapa, prazos para implementação e recursos necessários.  Falhas de Comunicação. 19
  • 20. Objetivos não alcançados: melhoria de qualidade, redução de custo, satisfação do usuário, alinhamento de TI com a estratégia de negócio. 2. Fundamentos em Gerenciamento de Serviços de TI Introdução O Gerenciamento de Serviços de TI é um conjunto formado por pessoas, processos e ferramentas que cooperam para assegurar a qualidade dos serviços, com suporte a níveis de serviços acordados previamente com o cliente. Agrupando as atividades em processos se torna mais fácil o seu controle, possibilitando a criação de métricas para acompanhamento de performance. Os processos devem ser bem definidos para buscar a eficiência e eficácia. Lembre-se: processos que não são possíveis de monitorar através de indicadores não são viáveis. De nada vale se você não puder medir o processo, ou seja, não há controle sobre ele. Tecnologia se faz necessário para prover serviços com maior automação das atividades. As pessoas tem tanta importância quanto os outros elementos, pois dependemos delas para a execução das atividades. Por que Adotar o Gerenciamento de Serviços? É preciso levar em conta que a maioria dos benefícios de um programa de Gerenciamento de Serviços pode levar um tempo para serem obtidos, entretanto há também benefícios em curto prazo. Vejamos abaixo os principais benefícios para a empresa ao implementar uma metodologia para o Gerenciamento de Serviços: 1 Melhor qualidade no serviço, com um suporte mais confiável. 2 Segurança e confiança da continuidade dos serviços de TI, aumentando a habilidade para restaurar os serviços quando houver necessidade. 3 Visão mais clara da capacidade atual. 4 Fornecimento de informações gerenciais para acompanhamento de desempenho, possibilitando traçar melhorias. 5 Equipe de TI mais motivada: conhecendo a carga de trabalho é possível gerenciar melhor as expectativas. 20
  • 21. 6 Maior satisfação para os clientes e usuários, entregando o serviço com mais qualidade e rapidez. 7 (Em alguns casos) Redução de custos: a partir do melhor planejamento e controle dos processos internos é possível otimizar os custos operacionais. 8 Maior agilidade e segurança para realizar as mudanças propostas pelo negócio. Com processos definidos e controlados é mais fácil implementar várias mudanças simultaneamente. Conceito de Serviço É definido como um conjunto de componentes relacionados fornecidos para suporte a um ou mais processo de negócios. Exemplo:  Um sistema de faturamento é fornecido usando uma base Oracle e uma rede;  E-mail utiliza recurso de rede, servidor e link internet. DICA: para não dar confusão sobre o que é serviço e o que é recurso de TI, tenha em mente que serviço é sempre o que o usuário interage diretamente. Conceito de Processo Processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas com um objetivo especifico. Possui entradas de dados, informações e produtos para, através da identificação dos recursos necessários ao processo, transformar estas entradas nos objetivos previstos. Vejamos a seguir a figura que ilustra a estrutura de um processo: • Cada processo pode ser quebrado em uma série de tarefas • Cada tarefa terá Entradas e Saídas • Cada tarefa será executada por uma função. Pode ser humana ou executada por software. • A execução das funções é controlada por regras (definições de como deve ser) • Cada processo tem que ter um proprietário, ele define o processo em si. 21
  • 22. Diferença entre Cliente e Usuário Dentro do cenário de Gerenciamento de Serviços de TI temos dois elementos: Cliente e Usuário. Vejamos abaixo a principal diferença entre eles. CLIENTE: é aquele que paga pelos serviços de TI. Se a TI for um departamento interno de uma empresa, os clientes serão as unidades de negócio da empresa. No caso de um prestador de serviços, os clientes são as empresas atendidas. USUÁRIO: Pessoa que usa os serviços de TI no dia-dia. Um departamento de contabilidade, por exemplo, poderá ter vários usuários dos serviços de TI. Melhoria contínua Para que uma organização de TI possa funcionar como um negócio dentro de um negócio, é preciso traçar uma visão que inclua objetivos, metas e métricas. O gerenciamento de serviços deve ter um programa de melhoria contínua. A cada ciclo devem ser traçados os objetivos que se espera atingir em determinado prazo, sendo avaliados continuamente os processos e adaptando-os para obter a melhor eficiência e eficácia nos resultados. 22
  • 23. 23
  • 24. 3. Central de Serviços Introdução A Central de Serviços, também conhecida em inglês como Service-Desk (nome-original), é uma função dentro da TI que tem como objetivo ser o ponto único de contato entre os usuários/clientes e o departamento de TI. A proposta sugerida é separar dentro das operações de TI quem faz parte do suporte aos usuários de quem vai realizar atividades de resolução de problemas e desenvolvimento. Ter uma área específica para o suporte traz vantagens para os usuários, propiciando um suporte com maior agilidade e qualidade, e para a equipe de TI mais eficiência, pois o técnico especialista acaba não sendo mais interrompido pelas chamadas diretas dos usuários. Não há nada mais aborrecedor do que você ligar para um número de suporte e passar por várias pessoas e departamentos para conseguir resolver o seu problema. Com a Central de Serviços haverá pessoas focadas em resolver as solicitações dos usuários, evitando colocar os usuários em contato direto com as equipes de suporte ou desenvolvimento. Fonte: www.piada.com Você certamente já conhece o funcionamento de um Help Desk, a Central de Serviços é uma evolução deste conceito. Um Help Desk tradicionalmente atende problemas de hardware e softwares básicos, já a Central de Serviços assume todas as solicitações dos usuários relacionadas a qualquer serviço prestado pela a área de TI. 24
  • 25. Objetivos A implementação da Central de Serviços tem como principais objetivos: • Funcionar como o ponto central de contato (SPOC – Single Point of Contact) entre os usuários e departamento de TI. A Central de serviços funciona como o 1º. nível de suporte aos usuários. • Restaurar os serviços sempre que possível. A equipe de suporte deve estar equipada com ferramentas e informações, tais como Erros Conhecidos, Base de Conhecimento, para que possa oferecer soluções o mais rápido possível. • Prover suporte com qualidade para atender os objetivos do negócio. É necessário que a equipe esteja bem treinada para ter conhecimento de todos os serviços que serão fornecidos e entender o impacto que eles têm para o negócio. • Gerenciar todos os incidentes até o seu encerramento. A central de serviço será responsável pelo processo de Gerenciamento de Incidentes, e será responsável pelo tratamento de todos os incidentes. É de responsabilidade também da Central de Serviços monitorar o cumprimento dos acordos estabelecidos nas ANS (SLA- Acordos de Níveis de Serviços) • Dar suporte a mudanças, fornecendo comunicação aos usuários sobre o agendamento de mudanças. • Aumentar a satisfação do usuário, provendo suporte com maior qualidade, estando sempre de prontidão para o atendimento, buscando solucionar os incidentes de forma mais rápida. • Maximizar a disponibilidade do serviço. Descrição do Processo A Central de Serviços não é um processo da ITIL é uma função. O Gerenciamento de Serviços de TI está criado em torno da entrega de níveis de serviços estabelecidos aos usuários finais, e para isto é necessário ter uma área com o foco de: • Dar suporte aos usuários à medida que eles requerem ajuda para o uso dos serviços de TI. • Monitorar o cumprimento dos níveis de serviços estabelecidos nas ANS’s (em inglês SLA). O Gerenciamento de Nível de Serviços é um habilitador de negócio primordial para esta função. 25
  • 26. Atividades A Central de Serviços tem várias responsabilidades primárias. São elas: • Receber e gravar TODAS as chamadas dos usuários • Gravar e acompanhar incidentes e reclamações • Prover uma avaliação inicial dos incidentes • Monitorar / escalar incidentes por ANS (SLA em inglês) • Comunicar mudanças planejadas nos níveis de serviço • Encerrar os incidentes com confirmação • Manter os usuários informados sobre o progresso de suas requisições • Produzir relatórios de gerenciamento • Coordenar os grupos de suporte de 2º e 3º nível • Prover informações gerenciais • Identificar necessidades de treinamento dos usuários • Contribuir na identificação de problemas Controle de Incidentes A Central de Serviços é responsável por registrar todos os incidentes e controlá-los. A Central de Serviços pode usar diferentes origens para registrar os incidentes: • Telefone • E-mail • Internet • Fax • Visita pessoal Qualificações do Pessoal A equipe de suporte que fará parte da Central de Serviços deverá ter algumas qualificações mínimas como: • Habilidades inter-pessoais: o Paciente o Comunicativo o Amigo o Entusiasmado o Assertivo o Empático o Honesto • Entendimento dos serviços utilizados pelo negócio; • Conhecimento técnico necessário para fornecer o suporte. 26
  • 27. Quanto ao conhecimento técnico podemos ter 3 tipos de qualificação, a decisão pela escolha do nível dependerá do tipo de suporte e clientes que serão atendidos: • Skilled (hábil) – qualificado tecnicamente. • Unskilled – pouco conhecimento técnico • Expert (perito) - especialista Tipos de Centrais de Serviço Central de Atendimento (Call Center) Voltada para grandes volumes de chamadas e transações por telefone, neste caso esta central não atua sobre as transações e encaminha para a área devida dentro da organização. Central de Suporte (Help Desk) O principal objetivo é que nenhuma requisição seja perdida ou não atendida, mesmo depois de cadastrada, tem também como função resolver e coordenar incidentes, propiciando a interface (ou comunicação) com o Gerenciamento da Configuração. Central de Serviços (Service Desk) A característica principal é a abrangência dos serviços, pois o processo de negócio neste caso está integrado, não resolvendo só incidentes, mas também problemas, dúvidas e fazendo interface com as requisições de mudanças. Estruturas de Central de Serviços Em geral as empresas preferem manter centrais de atendimentos locais, ou seja, por regiões. Isso ocorre devido ao regionalismo. Esta forma de atendimento gera um custo maior e dificuldade de padronização. Existem três possíveis formas de realizar o atendimento: • Local • Centralizado • Virtual Vamos ver a seguir como cada uma destas possibilidades funciona. Central de Serviços Local Centrais de Serviço Local são criadas para atender necessidades locais de cada unidade de negócio. Este tipo de estrutura é escolhido quando há necessidades especificas para cada unidade de negócio, onde o atendimento é facilitado devido ao fato da equipe de suporte já estar implantada no local. Normalmente neste tipo de estrutura o custo 27
  • 28. operacional é maior, devido a fato de manter várias estruturas físicas, com recursos como hardware e software específicos para cada uma. Suporte Interno Usuário 3 Manutenção Central de Serviços Usuário 2 ERP Redes Usuário 1 Terceiros Figura: Central de Serviços Local Central de Serviços Centralizada Uma Central de Serviços Centralizada tem como objetivo centralizar todas as solicitações de suporte em um único local. Este modelo leva a redução de custos operacionais, melhora o Gerenciamento de Serviços de TI e otimiza a utilização dos recursos. 28
  • 29. Cliente 1 Cliente 2 Cliente 3 Central de Serviços Suporte Segundo Nível Suporte Terceiros Redes ERP Manutenção Interno Figura: Central de Serviços Centralizada Central de Serviços Virtual Com o avanço das tecnologias de tele-comunicações é possível ter uma Central de Serviços que não tenha nenhuma posição física próxima ao usuário. Com isto é possível ter uma Central de Serviços que funcione 24 horas por dia, atendendo a diversos clientes em diversos locais distintos. 29
  • 30. Relacionamentos Sendo um ponto único de contato para o Serviço de TI, a Central de Serviço deve ter um vínculo com todos os processos da ITIL. Com alguns processos este vínculo é mais claro do que com outros. Gerenciamento da Configuração Gerenciamento de Incidentes Central de Gerenciamento de Mudanças Serviços Gerenciamento Gerenciamento do de Liberação Nível de Serviço A Central de Serviços é, de fato, um aspecto operacional importante do processo do Gerenciamento de Incidentes, por exemplo, controle de incidentes. A Central de Serviços registra e controla os incidentes. Os incidentes podem ser relacionados aos Itens de Configuração. Se este vínculo for suportado por um software, teremos condições de futuramente fazer todo o rastreamento de problemas ocasionados com determinado equipamento na infra-estrutura. Isto também permitirá a equipe da Central de Serviços resolver rapidamente os incidentes buscando soluções relacionadas ao Item de Configuração ou ao problema relacionado. Em alguns casos a Central de Serviços realiza mudanças pequenas e tem um vínculo com o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento de Liberações. O vínculo entre a Central de Serviços e o Gerenciamento do Nível de Serviço pode ser ilustrado como o resultado da Central de Serviços monitorando os níveis de suporte e reportando se o serviço de TI foi restaurado dentro dos limites definidos nos Acordos de Nível de Serviços (ANS). A Central de Serviços reportará ao Gerenciamento do Nível de Serviços se os serviços não estiverem restaurados dentro do prazo e se procedimentos de escalonamento não estiverem corretamente definidos para alcançar os prazos determinados. 30
  • 31. A figura acima ilustra os diferentes níveis de suporte para a resolução de um incidente. Principais Benefícios A implementação de uma Central de Serviços poderá trazer vários benefícios para a TI e para o negócio:  Aumento de acessibilidade: Ponto único de contato e suporte sempre disponível.  Produtividade: a equipe de 2º. Nível não é interrompida por chamadas de usuários.  Redução de impacto: rapidez na restauração dos serviços.  Disponibilidade do atendimento.  Percepção de qualidade e satisfação dos clientes.  Melhor trabalho em equipe.  Melhor comunicação: a equipe da Central de Serviços terá habilidades para o relacionamento com o usuário, e será focada em dar o feedback de suas solicitações.  Indicadores para gestão e suporte à decisão. 31
  • 32. Problemas Comuns Não existe dúvida que a implantação da Central de Serviços terá barreiras de sucesso. Algumas barreiras típicas que poderão ocorrer: 1. Usuários não ligarem para Central de Serviços, mas tentarem buscar uma solução diretamente com uma pessoa que conhece, ou que a ajudou da última vez. 2. A equipe técnica não estar preparada para atender as necessidades do negócio ou usuários. 3. Nem todas as partes estão informadas sobre os serviços fornecidos e os níveis de serviços acordados, resultando em frustração por parte dos usuários. 32
  • 33. 4. Gerenciamento de Incidentes Introdução Vimos no capítulo anterior que a Central de Serviços é uma função dentro da área de TI que tem como objetivo prestar suporte aos usuários em relação ao uso dos serviços de TI. Iremos ver agora o Processo de Gerenciamento de Incidentes, que normalmente é executado pela Central de Serviços. Um Gerenciamento de Serviços de TI está orientado a entrega de níveis de serviços com qualidade e com a rapidez que o negócio exige, para isto é necessário ter um processo de tratamento de incidentes eficaz e eficiente, capaz de monitorar os níveis de serviços, escalando os incidentes quando necessário. Este é um dos processos mais reativos, pois entrará em atuação a partir dos incidentes levantados por usuários ou ferramentas de monitoramento. Entretanto este processo é vital para manter a agilidade dos serviços de TI. É importante considerar também que as informações dos incidentes levantadas neste processo serão de grande importância para o processo de Gerenciamento de Problemas. Objetivos O processo de Gerenciamento de Incidentes tem como missão restaurar os serviços o mais rápido possível com o mínimo de interrupção, minimizando os impactos negativos nas áreas de negócio. O Processo de Gerenciamento de Incidentes tem como objetivos: • Resolver os incidentes o mais rápido possível, restabelecendo o serviço normal dentro do prazo acordado nos ANS’s (Acordo de Nível de Serviço - SLA); • Manter a comunicação dos status dos incidentes aos usuários. • Escalonar os incidentes para os grupos de atendimento para que seja cumprido o prazo de resolução. • Fazer avaliação dos incidentes e as possíveis causas informando ao processo de Gerenciamento de Problemas. Este processo não é responsável por fazer o diagnóstico identificando a causa raiz, apenas auxiliará o processo de Gerenciamento de Problemas que tem este foco. O escopo do gerenciamento de incidentes é muito amplo e pode incluir aspectos que afetem os serviços ao cliente tais como: • Falha de hardware • Erro de software • Solicitações de informações • Solicitação de mudança de equipamento • Troca de senha 33
  • 34. Novos funcionários • Solicitação de suprimentos • Problemas de desempenho Descrição do Processo A figura abaixo mostra as principais entradas e saídas deste processo: Incidentes entram no processo Procedimentos de Requisição de Serviço Central de Roteamento Serviços RDM Processo de Gestão de Incidentes Gestão de Operações Detecção e Registro de Incidentes Mudanças Classificação e Suporte Inicial Diagnóstico e Resolução Redes Recuperação Encerramento Propriedade, Monitoração, Acompanhamento e Comunicação BD de Problemas Outras fontes e Erros conhecidos De incidentes Soluções de contorno Detalhes Configuração BDGC Como em todo processo, existem entradas e Saídas. A entrada principal deste processo são os incidentes. Como mostrado acima os Incidentes podem vir de muitas fontes como usuários, equipes de operações, redes ou ferramentas de monitoramento que identificam irregularidades nos serviços. Soluções de contornos podem ser buscadas a partir de uma Base de Erros Conhecidos, ajudando a resolver o incidente mais rápido. A Base de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC) auxiliará na identificação do item de configuração relacionado ao incidente, incidentes anteriores, mudanças já registradas, problemas abertos e o possível impacto e itens relacionados ao incidente. Determinadas solicitações de usuários podem necessitar de um Registro de Mudança, como por exemplo, uma nova regra de negócio ou instalação de um novo componente. Atividades As atividades do Gerenciamento de Incidentes incluem: • Detecção de incidentes e registro • Classificação e suporte inicial 34
  • 35. Investigação e diagnóstico • Resolução e restauração • Fechamento do incidente • Responsabilidade pelo incidente, monitoração, acompanhamento e comunicação. O diagrama abaixo mostra as atividades durante o processo de Gerenciamento de Incidentes. Detecção e Registro do Incidente Classificação e Suporte Inicial ar unic Com S Procedimento de , nhar Requisição requisição de mpa de Serviço? serviços Aco r, itora N Mon gar, Investigação e Diagnóstico Dele Solução e Restauração Fechamento do Incidente Detecção de Incidentes e registro Os incidentes na maioria das vezes são oriundos de necessidades de suporte dos usuários. O contato com a Central de Serviços poderá acontecer por telefone ou e-mail. Atualmente a maioria das empresas está adotando sistemas web que permitem que o usuário abra um chamado de suporte diretamente da Intranet ou website, criando menos gargalo para a central, facilitando também a vida dos analistas de suporte que tem mais tempo para resolver os incidentes ao invés de gastar o tempo no registro do chamado via telefone. É importante que todos os incidentes sejam registrados, mesmo que resolvidos por telefone. O histórico de incidentes registrados ajudará no processo de identificação de tendências de problemas e também para a extração de informações gerenciais úteis. 35
  • 36. Classificação e suporte inicial Os incidentes devem ser classificados de tal forma que permita a identificação de erros conhecidos e gere informações gerenciais que permitam a identificação dos tipos de incidentes mais freqüentes. Exemplos de Classificação de Incidentes: • Software • Microsoft Office • Hardware • CD ROM • Impressoras É importante determinar o Impacto e Urgência de cada incidente para determinar a sua prioridade. A prioridade determina qual será a ordem de execução para resolver os incidentes. Para determinar a prioridade utilize como boa prática a combinação entre Impacto e Urgência do incidente. O Impacto será considerado quantas pessoas ou sistemas serão prejudicados pelo incidente. Já a urgência determina a velocidade em que o incidente precisa ser resolvido. Impacto = criticidade para o negócio Urgência = velocidade A prioridade poderá ser utilizada para determinar o prazo para resolução dos incidentes. Prioridade Descrição Tempo para atendimento 1 Crítica 1 hora 2 Alta 4 horas 3 Média 24 horas 4 Baixa 48 horas 5 Planejada - 36
  • 37. Investigação e Diagnóstico Uma vez registrado o incidente a atividade de investigação e de diagnóstico será iniciada. Se a Central de Serviços não puder resolver um incidente, ele será atribuído a outros níveis de suporte que irão investigar o incidente usando um conjunto de habilidades e ferramentas disponíveis tais como uma base de conhecimento de Erros Conhecidos. É importante que todas as partes que trabalham com os Incidentes mantenham o registro de suas ações, atualizando o registro do incidente. Resolução e Restauração Uma vez que uma solução de contorno ou definitiva para o incidente é encontrada, esta será implementada. Se uma mudança for necessária, uma RMD (Requisição de Mudança) será submetida ao Gerenciamento de Mudanças. Fechamento do Incidente A etapa de fechamento do incidente inclui: • Atualização dos detalhes do incidente • Comunicação ao usuário sobre a solução Responsabilidade pelo Incidente, monitoração, acompanhamento e comunicação É importante que durante todo o ciclo de vida do incidente a Central de Serviços permaneça proprietária do incidente, sendo ela responsável pelo seu fechamento. Desta forma teremos um comprometimento maior da Central de Serviços para o cumprimento dos prazos, escalando o incidente para o grupo disponível quando necessário. Sendo assim, sempre que o usuário entrar em contato com a Central de Serviços terá uma pronta resposta sobre a situação de suas chamadas. Não é conveniente que os usuários tenham contato direto com os solucionadores finais do incidente, isto fará com que os usuários comecem a manter o contato direto com eles. Regras de suporte O primeiro nível de suporte irá ser feito pela Central de Serviços e inclui o registro, classificação, roteamento, resolução e fechamento dos incidentes. O segundo e terceiro nível de suporte é responsável pela investigação, diagnóstico, e recuperação dos incidentes. Os grupos de segundo níveis terão conhecimento técnico mais profundo sobre o assunto, tais como programadores, consultores, analistas de negócio, administradores de rede. O grupo de terceiro nível poderá ser formado pelos fornecedores de Softwares ou Hardware. Obviamente que estes níveis podem variar dependendo do tamanho do departamento de TI. 37
  • 38. Diferentes tipos de escalonamento Diretor Diretor o ic Gerente 1 Gerente 1 Gerente 2 Gerente 2 qu ár er Desktop Desktop Aplicações Aplicações Operações Operações Rede Rede Hi Funcional Os incidentes podem ter dois tipos de escalonamento: funcional ou hierárquico. No funcional os incidentes são escalonados para grupos com conhecimentos mais específicos sobre o assunto. No hierárquico o incidente pode ser escalonado para um chefe ou gerente da Central de Serviços, quando a situação exigir aprovação de custos ou maior poder de decisão. Relacionamentos O Gerenciamento de Incidentes tem um relacionamento muito próximo com outros processos da ITIL. Alguns destes relacionamentos são descritos aqui. 38
  • 39. Gerenciamento da Configuração: Cada incidente está conectado com um Item de Configuração (IC) armazenado no BDGC. Um incidente tipicamente irá envolver mais de um IC. O BDGC fornece informações sobre os IC's e os relacionamentos de dependência entre eles. Isto ajuda a determinar a causa, a solução e o roteamento de um incidente, rastreando as falhas anteriores ao mesmo IC. Por exemplo, se um usuário não puder acessar a Internet, verificando os relacionamentos de dependência daquele PC irá se descobrir que um Hub utilizado pelo usuário para se conectar a rede, é um IC potencial que deve ser investigado. Gerenciamento de Problemas Os incidentes com causa não conhecidas são roteados para o Gerenciamento de Problemas onde eles serão processados. Erros Conhecidos, Soluções de contorno, quick fixes(reparos rápidos) são fornecidos ao Gerenciamento de Incidentes pelo Gerenciamento de Problemas. Gerenciamento de Mudanças Este processo pode ser a causa dos incidentes se uma mudança não foi executada corretamente. Conseqüentemente é muito importante que o Gerenciamento de Incidentes saiba de todas as mudanças planejadas, assim poderá relacionar os incidentes a uma mudança e notificar o processo de Gerenciamento de Mudanças para que o processo de retrocesso (back out) seja executado. De outra forma, alguns incidentes serão resolvidos por meio de uma mudança, no caso de um equipamento defeituoso ser substituído, por exemplo. Benefícios Principais benefícios que a implementação deste processo pode trazer: • Impacto dos incidentes reduzidos (devido ao tempo de resolução); • Suporte ao cumprimento dos ANS’s (SLA’s em inglês); • Eliminação de incidentes perdidos; • Melhor utilização da equipe de suporte, atingindo uma eficiência melhor; • O BDGC será mais preciso – a cada incidente serão verificados os dados dos itens de configuração relacionados; • Exportação de dados para o Gerenciamento de Problemas; • Melhora a satisfação do usuário; • Menos interrupção da equipe de suporte. Problemas Comuns 39
  • 40. Para a execução deste processo é necessária a aquisição de um software que possa auxiliar no registro de informações de incidentes. É inviável registrar os incidentes em papel ou em planilhas. Um software que possua todos os processos do Gerenciamento de Serviços de TI poderá agilizar o atendimento, auxiliando no cumprimento dos prazos acordados. • Um sistema de BDGC precisa ser criado antes do Gerenciamento de Incidentes ser implementado. Isto faz com que a determinação de impacto e urgência seja mais rápida. • Uma base de conhecimento. Esta base irá armazenar erros conhecidos, soluções de contorno e resoluções. Isto irá ajudar a resolver os incidentes de forma mais rápida. • A equipe da Central de Serviços deve ter um nível de conhecimento suficiente para dar o suporte inicial não sobrecarregando os níveis de atendimento mais técnicos. • É importante estabelecer níveis hierárquicos, fazendo com que o Gerente da Central de Serviços possa coordenar todos os níveis de suporte, desta forma será mais fácil exigir o cumprimento dos prazos estabelecidos nos ANS’s (Acordos de Nível de Serviço). KPI – Key Performance Indicators Todo processo deve ter uma forma de avaliação da sua performance, na ITIL são sugeridos vários KPIs (Key Performance Indicators). Principais indicadores deste processo: • Número total de incidentes, por área de negócio, departamento, natureza, etc. • Tempo médio entre falhas (MTBF) (mesmo IC ?) • Tempo médio para reparo (MTTR) • Número de incidentes resolvidos por operador • Redução do tempo médio de solução • Distribuição de solução entre os níveis de suporte • Porcentagem de incidentes resolvidos com a Base de Conhecimento 40
  • 41. 5. Gerenciamento de Problemas Introdução A maioria dos departamentos de TI tem como tarefa diária apagar incêndios. O grande volume de chamados com erros em sistemas, mau funcionamento dos componentes de hardware acabam criando um gargalo para a equipe de suporte. O dia-a-dia corrido da equipe acaba fazendo com que os problemas não sejam resolvidos definitivamente, utilizando apenas soluções paliativas para contornar a pressão dos usuários. É como se colocasse a poeira em baixo do tapete. O problema da qualidade da solução faz com que o incidente volte a acontecer novamente, ocupando o tempo da equipe de suporte para resolver o incidente. O que acaba acontecendo é que a equipe de suporte quase nunca resolve o problema de forma definitiva devido à falta de tempo. Uma forma de reduzir a quantidade de incidentes é evitando a sua recorrência. Através do processo de Gerenciamento de Incidentes os problemas com causas não identificadas serão analisados e corrigidos para que não voltem a repetir. Este processo terá outra preocupação: registrar todos os Erros Conhecidos e Soluções de Contorno, com isto será possível fazer uma melhor gestão do conhecimento, fazendo com que a maioria dos incidentes seja resolvida no 1º nível de suporte. Dependendo do ramo de negócio, algumas empresas conseguem fazer com que 80% dos incidentes sejam resolvidos diretamente no 1º nível através do uso de uma Base de Conhecimento. É importante que o Processo de Gerenciamento de Problemas venha acompanhado do Gerenciamento de Mudanças, fazendo com que a correção dos erros seja previamente analisada em relação aos riscos. Muitas vezes a correção de um erro acaba gerando mais incidentes e criando impacto para os usuários. Objetivo Este processo tem como missão minimizar a interrupção nos serviços de TI através da organização dos recursos para solucionar problemas de acordo com as necessidades de negócio, prevenindo a recorrência dos mesmos e registrando informações que melhorem a maneira pela qual a organização de TI trata os problemas, resultando em níveis mais altos de disponibilidade e produtividade. Principais objetivos: • Minimizar os efeitos adversos nos negócios; • Tratar incidentes e problemas causados por erros na infra-estrutura; • Prevenir proativamente a ocorrência dos incidentes, problemas e erros; • Reduzir o número geral de incidentes; 41
  • 42. Este processo terá como escopo: • Problemas que afetam os serviços de TI; • Problemas recorrentes; • Gerenciamento proativo de problemas; • Incidentes de maior importância; • Relacionamento com os fornecedores; Principais conceitos envolvidos neste processo: • Problema: é a causa desconhecida de um ou mais incidentes • Solução de Contorno: solução não definitiva (em inglês Workaround) • Causa: é um erro em um Item de configuração • Erro Conhecido (Known Error): É um problema cuja causa foi diagnosticada e para qual existe uma solução • Solução: solução definitiva • Gestão de Incidentes X Problemas: foco na Solução rápida x foco na introdução de melhorias confiáveis e robustas na infra-estrutura. Descrição do Processo O processo é focado em encontrar relacionamentos entre os incidentes, problemas e erros conhecidos. Estas três áreas são chaves a compreender a "análise da causa raiz". O princípio básico está em começar com muitas possibilidades e ir estreitando até encontrar a causa raiz final. 42
  • 43. A figura abaixo mostra as principais entradas e saídas deste processo: Banco de Dados do Base de Dados de Gerenciamento da Erros Conhecidos e Configuração (BDGC) Problemas Incidentes Graves Controle de Problemas Suporte inicial, classificação e controle de erros Apoio no tratamento de incidentes graves Prevenção Proativa de Problemas Requisição de Obtenção de informações gerenciais a partir Mudança (RDM) dos dados de problemas Revisão dos principais problemas Incidentes correlacionados Gerenciamento de Mudanças Gerenciamento da Gerenciamento de Configuração Liberações O processo de Gerenciamento de Problemas requer as seguintes entradas: • Registros de incidentes e detalhes sobre eles • Erros conhecidos • Informação sobre os IC’s a partir do BDGC • Informação de outros processos (por exemplo: Gerenciamento do Nível de Serviço provê informação sobre os prazos a serem cumpridos, o Gerenciamento de Mudanças provê informação sobre as mudanças recentes que podem ser parte do erro conhecido). As saídas do processo são: • RMD’s (Requisições de Mudança) para começar o processo de mudança para resolver os Erros Conhecidos. • Informação Gerencial • Soluções de Contorno • Erros Conhecidos • Atualização dos registros de problemas e registro de problemas resolvidos quando o erro conhecido for resolvido. 43
  • 44. Atividades O Gerenciamento de Problemas na ITIL tem quatro atividades primárias: • Controle de Problemas • Controle de Erros • Gerenciamento Proativo de Problemas • Finalização da revisão dos Problemas Graves Basicamente as duas atividades principais Controle de Problemas e Controle de Erros têm como finalidade, a primeira identificar a causa raiz e a solução definitiva, a segunda acompanhar a remoção do erro passando por uma gestão de mudanças. Controle de Problemas Este sub-processo é responsável pela identificação da causa raiz dos problemas, identificando uma solução definitiva. As principais atividades do Controle de Problemas são: • Identificação e registro de problemas o Alguns problemas podem ser identificados por processos que não sejam o Gerenciamento de Problemas (exemplo Gerenciamento da Capacidade). • Classificação dos problemas: o Esta atividade centra em entender o impacto sobre os níveis acordados de serviços relacionados ao problema. A classificação do problema é similar ao Incidente (impacto, urgência, prioridade). • Investigação e diagnóstico de problemas o Este é o passo onde entendemos qual é a causa do problema. Este passo é diferente do Gerenciamento de Incidentes, onde lá o foco é na restauração rápida do serviço. • Requisição de mudança, solução e fechamento dos problemas. 44
  • 45. A figura abaixo apresenta o fluxo de atividades dentro do Controle de Problemas. Controle de Erros O Controle de Erros é um processo pelo qual os Erros Conhecidos são pesquisados e corrigidos. A requisição de mudança vem como uma sub-atividade e é submetida ao Gerenciamento de Mudanças onde a aprovação da mudança é acionada. 45
  • 46. Uma Solução estruturada para a remoção de um erro da Infra-estrutura deverá passar pelas seguintes etapas: Erro na Incidentes Problema Erro Conhecido RFC Infra-estrutura Solução Estruturada Conforme já mencionamos anteriormente, a partir do momento em que é registrado o Erro Conhecido deve ser aberta uma Requisição de Mudança para filtrar, analisar e acompanhar a mudança na infra-estrutura, com menor impacto e risco para o ambiente de produção. Gerenciamento Proativo de Problemas O Gerenciamento Proativo de Problemas foca na análise de dados coletados de outros processos e seu objetivo é definir quais são os possíveis “problemas”. Estes problemas são passados para o Controle de Problemas e Erros, se eles já aconteceram. As atividades incluem: • Análise das tendências  Ex.: ocorrência de problemas específicos após determinada mudança.  Ex.: pequenas falhas de um mesmo tipo.  Ex.: falhas recorrentes com determinado equipamento.  Ex.: necessidade de melhor treinamento dos usuários e documentação. 46
  • 47. Ações preventivas  Ex. utilizar o “pain factor” (fator da dor) dos incidentes para direcionar recursos.  Realização das revisões dos maiores problemas. O foco principal do Gerenciamento de Problemas Proativo é redirecionar os esforços que estão atuando sempre em ações reativas, para prevenção proativa de incidentes que poderão ocorrer. O ideal é que a equipe tenha condições de trabalhar 80% em atividades reativas e pelo menos 20% em atividades proativas. Caso haja muita carga de trabalho não será possível conseguir as vantagens da proatividade, para isto é muito importante que se faça o dimensionamento da carga, pois, caso contrário, não serão obtidas todas as vantagens deste processo. 47
  • 48. A figura abaixo apresenta as atividades da fase reativa para a fase proativa. REATIVO PROATIVO Prevenção de problemas em outros sistemas e aplicações Monitoramento do Gerenciamento de Mudanças Iniciação de mudanças para combater: Ocorrência de incidentes Repetição de incidentes Identificação de tendência Identificação do Problema e Diagnóstico do Problema Fornecer suporte para 2º/3º nível Revisão dos Problemas Graves Ao final do ciclo de um problema grave, deve haver uma revisão para poder aprender: 1. O que deu certo? 2. O que fizemos de forma diferente? 3. Que lições podemos tirar da resolução deste problema? Ferramentas Para a identificação da causa raiz dos problemas são sugeridas algumas ferramentas da área de gestão da qualidade, entre elas o diagrama de Ishikawa e a Análise de Kepner e Trogoe. 48
  • 49. Diagrama de Ishikawa O diagrama de Ishikawa, também conhecido como o diagrama de causa-efeito ou diagrama da espinha de peixe, apresenta os fatores que podem afetar a qualidade, resultando em um Problema. O diagrama ganhou o nome do seu autor, Kaoru Ishikawa (1915 – 1989), um expert japonês em controle de qualidade. O diagrama de Ishikawa é tipicamente o resultado de uma sessão de brainstorming, na qual os membros de um grupo jogam idéias de como melhorar um produto, processo ou serviço. É também muito utilizado para a identificação da causa raiz do problema. Na ponta da espinha é colocado o problema identificado, em cada ponta são colocadas as possíveis áreas que estão resultando no problema. Cada causa possível é testada, até chegar à raiz, desta forma identificando qual é o motivo ou o Erro que gerou o problema. Análise de Kepner e Tregoe É um método desenvolvido por Charles Kepner e Benjamin Tregoe, que tem uma sistemática para resolver problemas e usar o máximo de vantagem do conhecimento das experiências anteriores: Os passos sugeridos para a identificação do problema são:  Definir o problema  Descrever o problema relacionando identidade, localização, tempo e tamanho.  Estabilizar possíveis causas.  Testar a causa mais provável.  Verificar a verdadeira causa. 49
  • 50. Relacionamentos O processo de Gerenciamento de Problemas tem conexões muito próximas com outros processos da ITIL. Gerenciamento de Incidentes: Há um vínculo muito próximo conforme nós já aprendemos. O Gerenciamento de Problemas se preocupa em resolver a causa raiz dos incidentes que são registrados pelo Gerenciamento de Incidentes. É importante que o controle de incidentes forneça uma informação precisa para que então o controle de problemas possa identificar a causa raiz e propor uma solução de contorno o mais rápido possível. O Gerenciamento de Problemas irá suprir o Gerenciamento de Incidentes com soluções de contorno e quick fixes (reparos rápidos) quando possível.) Gerenciamento de Mudanças: Quando o Gerenciamento de Problemas encontrar uma solução para o Erro Conhecido ele então submete uma RDM para a Mudança. O Gerenciamento de Mudanças é responsável pela implementação da Mudança. Quando este implementar uma mudança, ele em conjunto com o Gerenciamento de Problemas, irá revisar o Problema para verificar se a Mudança o resolveu totalmente. Isto é chamado de Revisão Pós Implementação (RPI), após esta o Gerenciamento de Problemas fechará o registro do problema. Gerenciamento da Configuração: A informação que é fornecida pelo Gerenciamento da Configuração é importante no diagnóstico de problemas. Inclui informação sobre os IC’s e os relacionamentos entre eles. Outros processos: Gerenciamento do Nível de Serviço, gerenciamento da Capacidade e Gerenciamento da Disponibilidade fornecem ao Gerenciamento de Problemas informações, as quais ajudam a definir e a determinar o impacto dos problemas. Em contrapartida, o Gerenciamento de Problemas fornece a esses e a outros processos informações relevantes, como por exemplo, ao Gerenciamento do Nível de Serviço se a causa do problema foi resolvida dentro dos padrões acordados (ANS) e ao Gerenciamento da Capacidade se o HD é a causa do Problema. Benefícios O Gerenciamento de Problemas melhora a qualidade dos Serviços de TI resolvendo a causa raiz dos incidentes. Isto leva a redução do número de incidentes – beneficiando usuários, clientes, organização e o departamento de TI. 50
  • 51. As principias vantagens são:  Melhoria nos Serviços de TI.  Redução da quantidade de incidentes.  Soluções Permanentes, evitando ficar apenas na solução de contorno fazendo com que os mesmos incidentes continuem aparecendo novamente.  Melhora o aprendizado da organização através dos registros de Erro Conhecidos e Soluções de Contorno documentadas.  Aumento da taxa de resolução da Central de Serviços no primeiro contato com o usuário, evitando sobrecarregar o segundo nível. Este aumento deve-se ao fato de ter soluções de contorno já documentadas. A maior vantagem acaba sendo é a redução da quantidade de incidentes ao longo do tempo, isto poderá trazer a longo prazo a redução de custos, visto que haverá menor número de atendentes pela quantidade de incidentes abertos. Problemas Comuns Os problemas comuns no Gerenciamento de Problemas incluem: 1. O Gerenciamento de Incidentes e Problemas não terem interface bem definidas entre si. A qualidade das informações geradas nos incidentes será decisiva para a agilidade do processo de identificação da causa raiz. 2. Os erros conhecidos não são comunicados a Central de Serviços / Gerenciamento de Incidentes. É importante que a Central de Serviços conheça os erros conhecidos para aplicar uma solução de contorno. 3. Falta de comprometimento no gerenciamento. 4. Expectativas não realistas do processo de Gerenciamento de Incidentes. KPI – Key Performance Indicators Um Gerenciamento de Problemas com sucesso pode ser medido por: • Número de Problemas por status, serviços, impacto e classificação; • Número e impacto dos Incidentes durante a operação do processo; • Percentual de esforço reativo x proativo; • Esforço, custo e prazo dos diagnósticos; • Número de Requisições de Mudança geradas pelo processo de Controle de Erros; • Tempo para Solução de Problemas x Tempo Estimado 51
  • 52. 6. Gerenciamento de Mudanças Introdução Como já visto anteriormente a área de TI tem se tornado crítica para as operações das empresas em virtude das dependências que o negócio tem sobre a TI para continuar funcionando. Cada vez mais os usuários exigem níveis de serviços mais altos para alcançar os objetivos do negócio. Percebemos ainda que a área de TI está em constante mudança para atender a demanda da evolução do cenário de negócios, realizando implementações nos sistemas, aumentando a capacidade para os serviços, criando novas políticas de segurança, entre outras. É sabido também que a maioria dos problemas relacionados com a qualidade dos serviços normalmente está relacionada a alguma mudança já realizada anteriormente. Mudanças mal feitas, sem planejamento e testes adequados podem resultar em mais problemas, muitas vezes desastrosos, trazendo prejuízos ao negócio. Há também pesquisas no mercado que indicam que quase 60% dos problemas de indisponibilidade dos serviços são devidos a uma falha de configuração do operador. Como estamos tão dependentes dos serviços de TI, não podemos mais aceitar falhas brutais nas mudanças realizadas. Através do processo de Gerenciamento de Mudanças todas as implementações e alterações na infra-estrutura de TI serão analisadas e planejadas para que se tenha o menor risco e impacto. Este é um processo considerado pela equipe um tanto quanto burocrático, pois é aconselhável que a maioria dos erros identificados antes de serem corrigidos sejam filtrados, analisados e testados, para depois serem implementadas as correções no ambiente de produção. É necessário que haja uma mudança de cultura e um comprometimento de todos para que o processo funcione, evitando formas de burlar o processo. Normalmente o Gerenciamento de Mudanças é aplicado em departamentos de TI que já tenham certa maturidade no Gerenciamento de Serviços de TI. Este processo pode ser implementado isoladamente, mas é importante o apoio do Gerenciamento de Configuração para dar suporte à avaliação de impacto, indicando os itens de configuração envolvidos na mudança. Objetivo Este processo tem como missão gerenciar todas as mudanças que possam causar impacto na habilidade da área de TI em entregar serviços, através de um processo único e centralizado de aprovação, programação e controle de mudança, para assegurar que a infra-estrutura de TI permaneça alinhada aos requisitos do negócio, com o menor risco possível. 52
  • 53. Principais objetivos deste processo: • Assegurar que os métodos padronizados estão sendo usados para o tratamento eficiente de todas as mudanças, reduzindo seus riscos e impactos; • Minimizar incidentes relacionados com mudanças; • Balanço entre necessidade e impacto. Este processo tem foco nas mudanças que afetam: • Hardware, software, equipamentos e software de comunicação; • Aplicações em produção; • Toda a documentação e procedimentos associados com a operação, suporte e manutenção da Infra-estrutura de TI. Ficam fora do escopo, mas relacionados: • Mudanças em projetos, por exemplo, um projeto de implantação de um ERP(Enterprise Resource Planning) pode exigir mudanças na capacidade dos servidores; • Identificação de componentes afetados na mudança ou atualização de registro (domínio da Gestão de Configuração); • Liberação de novos componentes (foco do Gerenciamento de Liberações). Descrição do Processo O Processo de Gerenciamento de Mudanças é responsável por DECIDIR e COORDENAR as mudanças, não tem como objetivo executar a implementação das mudanças. A implementação será realizada por uma equipe técnica responsável pela área da mudança, como a área de redes, sistemas, hardware. O processo de controlará as mudanças para que elas sejam implementadas de forma eficiente e eficaz, no que se refere ao custo com um mínimo de riscos para os serviços mantidos. Para que se possa fazer uma análise de riscos adequada é importante o uso de uma Base de Gerenciamento da Configuração (BDGC), que forneça todos os serviços e recursos relacionados ao item de configuração que sofrerá a mudança. Não é necessário que todas as mudanças sejam controladas pelo processo de Gerenciamento de Mudanças. Por exemplo, mudanças sem importância, tais como alterar uma senha, etc., podem ser feitas pela Central de Serviços (seguindo procedimentos definidos), não sendo necessário ser controlado pelo Gerenciamento de Mudanças. Fazendo desta forma, reduzem-se a carga de trabalho, frustração e boicote ao processo. 53
  • 54. BCO de DADOS do Gerenciamento da Configuração (BDGC) Requisições de Mudanças Programação (RDMs) futura de Mudanças(PFM) Registro e Classificação Requisições de Aprovação Mudança Aprovadas Coordenação do desenvolvimento Autorização e Implementação Atas de reunião Avaliação do CCM e Programação Ações Futura de Mudanças (PFM) Relatórios do Gerenciamento de Mudanças Gerenciamento Gerenciamento Gerenciamento da Capacidade da de Liberações Configuração Principais entradas para este processo: • Requisições de Mudanças (RDM). • Programação Futura de Mudanças (PFM): é o agendamento das próximas mudanças. • Informações do processo de Gerenciamento de Capacidade, Configuração e Liberações para realizar a análise de riscos, planejamento e custos. Principais saídas: • Programação Futura de Mudanças (FPM). • Requisições de Mudanças Aprovadas. • Atas da reunião do Conselho de Controle de Mudanças (CCM). • Informações gerenciais do processo. Atividades O processo do Gerenciamento de Mudanças inclui as seguintes atividades: • Registro e classificação • Aprovação • Coordenação do desenvolvimento • Autorização e implementação • Avaliação 54
  • 55. Projeto Gerenciamento de Mudanças Monitoração e RDM Registro e Classificação Planejamento Recusa Desenvolvimento Aprovação Autorização e Recusa Teste Implementação Implementação Backout Avaliação O processo de Gerenciamento de Mudanças tem ligação muito próxima com o Gerenciamento de Projetos, que é uma outra disciplina não tratada pela ITIL. Dependendo da complexidade da mudança o desenvolvimento da mudança será tratado como um projeto dentro da organização. A figura acima ilustra as atividades que fazem parte do Gerenciamento de Mudanças e as atividades que fazem parte do Gerenciamento de Projetos. Para as melhores práticas no Gerenciamento de Projetos é recomendável utilizar outros frameworks, a OGC criou o PRINCE2 www. prince2.com e o PMI (Project Management Institute) criou o PMBOK. O padrão PMI é americano e é adotado como padrão no mundo todo, mais informação consulte o site www.pmi.org. Registro de Requisição de Mudanças – RDM Uma RDM pode ser levantada a partir de uma necessidade do cliente ou surgir a partir de um erro identificado no processo de Gerenciamento de Problemas. A RDM poderá ser em papel ou eletrônica, através de um software de Gerenciamento de Serviços. Registro e Classificação Uma RDM deve ter várias informações para a tomada de decisão, tais como categoria, impacto, custo. Estas informações serão utilizadas para extrair o relatório gerencial. Também é importante alocar a prioridade para cada mudança para definir a agenda de mudanças programadas. 55
  • 56. Aprovação As RDMs são filtradas e aprovadas. Alguns fatores podem determinar que uma mudança seja recusada, por exemplo, o custo da mudança é muito alto pelo benefício que ela vai trazer para o negócio. Coordenação do Desenvolvimento Aprovada a Mudança a RDM deve ser passada para o grupo técnico que será responsável pelo desenvolvimento da mudança. O Gerenciamento de Mudanças deve coordenar este processo assegurando que existam os recursos necessários, monitorando os riscos e acompanhando os testes. Autorização e Implementação Após passar pela fase de desenvolvimento as mudanças devem ser testadas antes de ir para o ambiente de produção. É aconselhável que exista um grupo de testes independente neste processo que tenha condições técnicas de elaborar o plano de testes avaliando todos os requisitos para o funcionamento da mudança no ambiente de produção. Após o resultado dos testes a mudança será autorizada para ser implantada. Dependendo da urgência e do impacto da mudança a fase de testes poderá ser ignorada. Implementação O Gerenciamento de Mudanças devem garantir que as mudanças sejam implementadas seguindo um programa definido. A execução da implementação não é de responsabilidade deste processo, ele apenas irá coordenar. O processo de Gerenciamento de Liberações poderá ser coordenado pelo processo de Gerenciamento de Mudanças, pois as mudanças acabam gerando novos releases de software ou de hardware. Avaliação O Gerenciamento de Mudanças deve avaliar todas as mudanças implementadas após determinado período. Esta revisão se chama Revisão Pós Implementação (RPI). O processo de Gerenciamento de Problemas também poderá acompanhar este processo, visto que o Controle de Erros tem esta atividade no seu escopo. Esta revisão serve para verificar se a mudança trouxe os resultados esperados, ou se houver algum problema ou ineficiência, ações devem ser tomadas para a correção. Comitê de Controle de Mudanças (CCM) É um grupo responsável pela avaliação do impacto das mudanças. Este grupo será composto de várias pessoas técnicas e até mesmo clientes, que fornecerão assessoria ao Gerente de Mudanças sobre quais mudanças devem ser aprovadas e auxiliarão na programação das mudanças. Normalmente o CCM se reúne como uma determina freqüência para discutir todas as mudanças novas e em andamento. Possíveis membros do CCM: • O Gerente de Mudanças • Cliente(s) • Gerente(s) Usuário(s) • Representante(s) de Grupo de Usuários • Pessoal de desenvolvimento/manutenção de aplicações (quando apropriado) 56
  • 57. Consultores, especialistas e técnicos • Equipe de serviços (se necessário) • Equipe de serviços administrativos (quando as mudanças afetam as instalações) • Representantes dos contratantes ou de terceiros (se necessário - por exemplo, em situações de outsourcing) CCM/CE (Comitê de Emergência) Quando surgem problemas mais graves, pode não haver tempo para se criar um CCM completo e é, portanto, necessário identificar uma configuração menor com autoridade para tomar decisões emergenciais. Este comitê sempre será formado pelo Gerente de Mudanças e os técnicos responsáveis pela implementação da Mudança. Relacionamentos O processo de Gerenciamento de Mudanças depende da precisão dos dados de configuração para assegurar o conhecimento sobre o impacto completo de se aplicar a mudança. Existe um relacionamento muito próximo com o Gerenciamento da Configuração, Gerenciamento de Liberações e o Gerenciamento de Mudanças. Avisar a Central de Serviços sobre mudanças é crucial. Mudanças precisam ser divulgadas para o processo de Gerenciamento de Incidentes. Também o processo de Gerenciamento de Problemas pode submeter uma RDM para resolver Erros Conhecidos e algumas vezes podem causar um efeito bola de neve, se o processo de Gerenciamento da Configuração não tiver habilidade para informar quais componentes irão ser afetados (incluindo hardware, software, ANS’s). Outros processos podem estar vinculados com Gerenciamento de Mudanças no sentido de que eles podem também requisitar mudanças (Gerenciamento da Disponibilidade) ou eles serão consultados para determinar o impacto da mudança (Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI, Gerenciamento do Nível de Serviço e Gerenciamento da Capacidade). Benefícios Principais benefícios deste processo: • Melhor alinhamento dos serviços de TI com os negócios. As mudanças serão filtradas e priorizadas conforme a sua necessidade para o negócio. • Aumento da visibilidade dentro das mudanças. Há um controle maior sobre a execução da mudança. • Redução de impacto negativo da mudança. A análise de riscos permite evitar que o serviço fique indisponível devido às falhas. • Melhor avaliação do custo da mudança. Antes de a mudança ser implementada deve ser avaliado o seu custo x benefício. • Habilidade de absorver um volume maior de mudanças. Como a implementação do processo haverá um Gerente de Mudanças que deverá coordenar todas as 57
  • 58. mudanças. Além disto, para cada área de mudança haverá uma equipe que será convocada para a reunião. Com um processo definido ficará mais fácil ter o controle de várias mudanças ao mesmo tempo. Problemas Comuns Assim como todo processo que tem benefícios, nós temos que reconhecer que existem problemas também. O Gerenciamento de Mudanças é um processo importante, tanto para o Departamento de TI como para os usuários e clientes. Principais problemas relacionados a este processo: • Falta de informação para análise de riscos. Se não houver uma base de configuração atualizada com as informações necessárias para fazer a análise de impacto, poderá haver falhas na implementação devido ao surgimento de riscos que não foram previstos. • Falta de ferramenta integrada aos demais processos. O auxílio de uma ferramenta adequada ajudará no controle das mudanças. A integração aos demais processos ajudará no planejamento da mudança. • Falta de comprometimento da equipe. A equipe de TI pode ser relutante em aderir aos procedimentos devido ao Gerenciamento de Mudanças envolver muitos aspectos. É importante fazer com que a equipe esteja consciente dos efeitos positivos do processo como um todo. A cultura da empresa influenciará na adesão a este processo. Uma empresa que não é organizada, não tem controle sobre as decisões tomadas dentro dos seus departamentos, provavelmente encontrará na equipe de TI a mesma desorganização. • Priorização de todas as mudanças. É importante que sejam definidas as prioridades das mudanças conforme as necessidades do negócio. As mudanças devem ser planejadas e agendadas no seu tempo correto. Devem ser tratadas apenas como mudanças urgentes aquelas que implicam na indisponibilidade atual ou imediata de um serviço. KPI – Key Performance Indicators Principais KPIs deste processo: • Número de mudanças autorizadas • Número de incidentes relacionados com uma mudança • Relação de mudanças urgentes x normais • Distribuição de mudanças por motivo (tratamento de incidente, correção de erro, melhoria, etc.). 58
  • 59. 7. Gerenciamento de Liberação Introdução Com o aumento da complexidade dos sistemas e a maior necessidade das organizações de TI em fornecer um ambiente estável, a liberação de um novo software ou hardware precisa ser controlada com mais atenção. Este processo dentro da ITIL se preocupa em fornecer um meio estruturado para o Gerenciamento de Liberação na infra-estrutura a partir do planejamento da liberação (release) até a instalação de fato. Os relacionamentos com o Gerenciamento de Mudanças e Configuração são chaves para este processo, os três estão intimamente ligados. O Gerenciamento de Liberação fornece um gerenciamento físico de softwares e hardwares. Informações sobre os componentes de hardware e software da TI e seus relacionamentos com outros são armazenados no Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC). O Gerenciamento de Liberação gerencia mudanças planejadas e aplicadas a software e hardware na infra-estrutura de TI. Para suportar o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento da Configuração, o Gerenciamento de Liberação utiliza a Biblioteca Definitiva de Software (BDS) e o Depósito de Hardware Definitivo (DHD). Estas bibliotecas seguras fornecem um local de armazenamento físico de todos os itens de configuração de software (BDS) e peças de hardware (DHD). Os softwares vêm de diversas formas tais como códigos-fonte, pacotes, bibliotecas e executáveis. As diferentes versões do mesmo software são mantidas na BDS e, através de autorização e controles de qualidade, são usadas para construção e implementação das liberações. Peças de hardware guardadas necessitam da avaliação de riscos (procurar por ativos dentro da organização e depois ameaças e vulnerabilidades), assim como o envolvimento de terceiros em contratos de suporte (Contratos de Apoio). Mudanças no ambiente de produção precisam passar antes pelo DHD a fim de garantir que qualquer peça guardada seja compatível com o último hardware em produção. Objetivo O Gerenciamento de Liberação é o processo que “protege” o ambiente de produção. A proteção vem em forma de procedimentos formais ou testes extensivos relacionados a mudanças de software ou hardware que estão sendo propostas dentro do ambiente de produção. 59
  • 60. Objetivos do processo de Gerenciamento de Liberação incluem: • Gerenciar, distribuir e implementar itens de software e hardware aprovados. • Prover o armazenamento físico e seguro de itens de hardware e software no Depósito de Hardware Definitivo (DHD) e na Biblioteca Definitiva de Software (BDS). • Assegurar que apenas versões de software autorizadas e com processo de qualidade controlado sejam usados nos ambientes de teste e produção. Observação: ainda o ambiente de teste pode ser assunto do processo de Gerenciamento de Liberação. Descrição do Processo Os principais componentes controlados pelo processo de Gerenciamento de Liberação incluem: • Aplicações desenvolvidas internamente; • Softwares comprados; • Aplicações utilitárias (winzip, acrobat, etc); • Softwares fornecidos para o uso em sistemas especializados; • Implementação de hardware e software, • Instruções e manuais do usuário. O Gerenciamento de Liberação gerencia todos os softwares e hardwares desde a compra ou desenvolvimento até o teste e eventual implantação em ambiente de produção. O processo começa com o planejamento de uma nova liberação, seja de um software ou hardware e termina com uma liberação documentada, armazenada com segurança, com o menor impacto possível nas atividades do dia-a-dia da organização. O diagrama seguinte ilustra algumas das situações básicas antes e depois que envolvem o processo de Gerenciamento de Liberação. Antes do Implementação do Após o Gerenciamento de Gerenciamento de Gerenciamento de Liberação Liberação Liberação • Alto risco a vírus • Redução do risco a vírus • Problemas devido à fragilidade do planejamento • Redução de problemas de liberação de software devido a liberações de softwares mais • Aumento na carga de consistentes trabalho com múltiplas • Melhor aproveitamento dos versões em produção recursos (Equipe de TI, • Perda dos softwares software e hardware) originais que foram comprados 60
  • 61. Atividades O diagrama abaixo mostra as atividades do Gerenciamento de Liberação e seus relacionamentos com o Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC): As atividades descritas na figura acima incluem: • Planejamento e descrição da Política de Liberação. • O projeto, desenvolvimento e configuração das liberações. • Teste e aprovação das novas liberações. • Planejamento de implantação das liberações (roll out). • Comunicação, preparação e treinamento. • Liberação, distribuição e instalação. Planejamento e descrição da Política de Liberação A Política de Liberação documenta como a organização irá implementar a liberação de um novo hardware ou software dentro da infra-estrutura. Serão especificados nesta política itens como: • A freqüência das liberações que serão aceitas no negócio. • Uma política de como emitir uma liberação de emergência. • Uma política de teste e a liberação subseqüente dentro do ambiente de produção. • O escopo do processo de Gerenciamento de Liberação. Exemplo: qual o nível de controle e quais partes da infra-estrutura que estarão sobre o controle do processo. 61
  • 62. Convenções de nomes das liberações A preparação de qualquer liberação requer um planejamento estruturado para conseguir sucesso. O uso de uma metodologia formal para o gerenciamento de projetos como o PMBOK irá ajudar a definir itens como: • Conteúdos da liberação • Uma agenda de liberação • Recursos necessários • Funções e responsabilidades • Desenho de um projeto • Definição dos componentes da liberação • Plano de back out (retrocesso) • Plano de qualidade • Plano de aceite Observação: o PMBOK é um framework para o gerenciamento de Projetos mantido pelo PMI (www.pmi.org). O Projeto, desenvolvimento e configuração das liberações Esta atividade dentro do Gerenciamento de Liberação pode ser considerada o estágio técnico do processo. Todas as ações associadas com o projeto, configuração e desenvolvimento são completadas por uma equipe adequada, de uma maneira “controlada”. Ao final deste estágio um Plano de Retrocesso (back out) deverá ser criado. Os planos de retrocesso podem ser focados em restaurar todos os serviços em seu estado anterior a qualquer mudança ou restaurar o mais aproximado à mudança. A qualidade e conteúdo do Plano de Retrocesso serão avaliados durante o processo de Gerenciamento de Mudanças. A saída desta atividade deverá ser uma liberação completa com instruções sobre sua instalação, um plano de testes e um plano de retrocesso. Teste e aprovação das novas liberações A falta de teste adequado é o caso mais comum da falha das liberações. O teste não deve apenas ser realizado como resultado final da liberação, mas também nas atividades de implementação e procedimentos de retrocesso (back out). Representantes de Negócio (usuários dos departamentos da empresa) devem testar para confirmar a funcionalidade esperada. Isto se refere ao “Teste de Aceite do Usuário”. A equipe de TI deve realizar testes técnicos incluindo o teste de instalação. 62
  • 63. Cada um destes estágios deve ser aprovado separadamente. O aceite da liberação deve ser realizado em um ambiente de teste controlado que pode ser resetado para voltar às configurações tanto de software como de hardware. Estas configurações devem ser descritas nas definições da Liberação e armazenadas no BDGC, assim como qualquer outro IC relacionado. Planejamento da implantação da liberação O plano completo da liberação que foi originalmente criado, precisa ser enriquecido com informações dos detalhes da implantação da liberação (roll out). Este irá incluir: • Lista de tarefas e recursos necessários para cada tarefa. • Uma lista de todos os IC’s que serão instalados e retirados do serviço. • Em caso de múltiplos sites: plano de ação para sites separados levando em consideração as diferenças de cada um. • Comunicação para todos envolvidos (usuários e equipe de TI). • Plano para a implantação da liberação comprada (se houver). • Adquirir hardware e software. O plano de implantação deve incluir os procedimentos a serem seguidos para armazenamento seguro antes da implantação e mecanismos para acompanhar sua instalação. • Agenda de reuniões para gerenciamento da equipe e grupos envolvidos na Liberação. Comunicação, preparação e treinamento. É importante comunicar-se com todas as partes envolvidas para aumentar a adesão e o sucesso da liberação. Isto deve envolver várias sessões de reuniões e treinamentos com grupos de usuários, equipes de TI e gerentes. O momento de qualquer treinamento e/ou comunicação deve ser planejado de acordo com a data da liberação esperada. A Central de Serviços é uma área chave que precisa ser informada da liberação, qualquer situação conhecida (ou solução de contorno) que pode ser necessária durante os testes e geralmente como deve ser dado suporte à nova liberação. O plano da liberação deve ser público, no caso de uma liberação importante os usuários saberão o que irá acontecer e quando. 63
  • 64. Liberação, distribuição e instalação. O Gerenciamento de Liberação será responsável pelo processo de compra, armazenamento, transporte e entrega de hardware ou software. A distribuição e instalação são vistas como atividades diferentes. Freqüentemente uma liberação será distribuída e (no caso de um software) não irá ser executada enquanto um script de login for mudado e a liberação ativada. Após a distribuição da liberação, a sua instalação será iniciada tornando-a disponível para a comunidade de usuários. O Gerenciamento de Liberação precisa trabalhar em conjunto com outros processos (principalmente como Gerenciamento de Mudanças e Configuração) para maximizar o sucesso da liberação. O BDGC deve ser atualizado com os detalhes da nova liberação e todos os IC’s antigos devem ser inativados e marcados de forma apropriada no BDGC (aposentado, fora de serviço, etc.). Funções A função principal dentro do processo de Gerenciamento de Liberação é a do Gerente de Liberação. Esta é a pessoa responsável por definir e manter a Política de Liberação e controlar as atividades dentro do processo. O Gerente de Liberação precisará ter uma boa fundamentação técnica e um bom conhecimento sobre as ferramentas de suporte. As combinações das funções são permitidas dentro de certos processos da ITIL. Em uma organização de TI a combinação do Gerente de Liberação, de Mudanças e da Configuração é comum. A equipe de Gerenciamento de Liberação precisará receber treinamento técnico para desenvolvimento da liberação e manutenção de software e hardware. O conhecimento em Gerenciamento de Projetos é uma outra característica essencial para o ambiente de Gerenciamento da Liberação. Relacionamentos O Gerenciamento de Liberação tem um vínculo muito próximo com o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento da Configuração. O Gerenciamento de Mudanças controla todas as mudanças e determina quando uma nova liberação será implantada e quais mudanças estarão em cada liberação. Em grandes organizações um representante do processo de Gerenciamento de Liberação participará do Comitê de Controle de Mudanças. 64
  • 65. O Gerenciamento da Configuração precisa ser informado pelo Gerenciamento da Liberação sobre cada mudança no Item de Configuração (IC), então eles poderão atualizar o BDGC. Eles precisam também certificar-se que as novas versões de software ou hardware estão sendo armazenadas na BDS ou DHD. O Gerenciamento de Liberação irá usar o Gerenciamento da Configuração para conseguir informações sobre cada IC que será afetado pela nova liberação e a o relacionamento com outros IC’s. Benefícios A implantação do processo de Gerenciamento de Liberação da ITIL provê as seguintes vantagens: • O software está sendo liberado para teste e produção de uma maneira controlada, reduzindo as chances de erros. • Os softwares da organização estão sendo mantidos em um lugar seguro (Biblioteca Definitiva de Software). • Possibilidade de implantar várias mudanças concorrentes no software que está sendo utilizado no ambiente de produção sem afetar a qualidade do ambiente de TI. • Os softwares em localizações remotas podem ser gerenciados de forma eficiente e econômica a partir de um ponto central. • A possibilidade de uso de cópias ilegais é reduzida drasticamente. • O impacto de um novo hardware é avaliado antes da sua instalação na infra- estrutura. • Usuários finais mais informados sobre as liberações e envolvidos no ambiente de teste. O risco da resistência de novas liberações irá reduzir significativamente. Problemas Comuns Para que o processo de Gerenciamento de Liberação possa ter sucesso é necessário levar em consideração alguns problemas: • Falta de Comprometimento: usuários finais podem ser relutantes na primeira vez que você comunicá-los como devem agir no caso de uma nova liberação. A vantagem deste processo precisa estar clara antes do processo ser implantado. • Consertos urgentes. Procedimentos precisam estar definidos para assegurar que estes não iram comprometer a exatidão do BDGC, BDS ou DHD. • Teste. Um ambiente de testes apropriado deve estar disponível para avaliar o impacto e reduzir os riscos de uma nova liberação. Criar um ambiente de testes pode ter custos e é comum a realização de testes direto no ambiente de produção, o que deve ser evitado. 65
  • 66. Boicotar o processo pode causar a instalação de software ilegal ou a entrada de vírus na infra-estrutura de TI. Auditorias regulares devem ajudar a minimizar esta questão. KPI – Key Performance Indicators Para avaliar a eficiência do processo de Gerenciamento de Liberação um número de indicadores deve ser monitorado. Exemplos de possíveis indicadores: • Liberações desenvolvidas, implantadas no prazo e dentro do orçamento. • Número de liberações que resultaram em retrocesso (back out) devido a erros inaceitáveis. • Número de Incidentes causados pela liberação. • Resultado de auditorias feitas na BDS e DHD. • Precisão e tempo gasto para registrar todas as atividades de desenvolvimento, distribuição e implantação no BDGC. 66
  • 67. 8. Gerenciamento da Configuração Introdução Através do armazenamento e gerenciamento de dados relacionados à infra-estrutura de TI, o processo de Gerenciamento da Configuração dá a organização um controle maior sobre todos os ativos de TI. Quanto mais dependentes dos sistemas de TI as organizações são, mais importante se torna o Gerenciamento da Configuração. É, entretanto, necessário manter um registro de todos os Itens de Configuração (IC’s) dentro da infra-estrutura de TI. O Gerenciamento da Configuração tem como objetivo fornecer um “modelo lógico” da infra-estrutura de TI, identificando, controlando, mantendo e verificando versões de todos os IC’s. Objetivos Os principais objetivos do processo do Gerenciamento da Configuração são: • Fornecer gerenciamento da TI com maior controle sobre os IC’s da organização; • Fornecer informação precisa a outros processos da ITIL; • Criar e manter uma Base de Dados do Gerenciamento da Configuração (BDGC). Observação: A diferença básica entre o Gerenciamento de Ativos e Gerenciamento da Configuração são os “relacionamentos”. O gerenciamento de ativos tradicional fornece uma lista de itens (tipicamente hardware e software). O Gerenciamento da Configuração define o relacionamento entre os IC’s. Descrição do Processo O processo de Gerenciamento da Configuração quase poderia ser considerado um processo pivô para todos os outros (especialmente para os de Suporte a Serviços). O Gerenciamento da Configuração é considerado o processo central que suporta outros processos da ITIL fornecendo informações sobre a infra-estrutura de TI. Lembrete: • Processos de Suporte a Serviços = Incidentes, Problemas, Mudanças, Configuração e Liberação. • Processos de Entrega de Serviços = Gerenciamento do Nível de Serviços, Disponibilidade, Capacidade, Financeiro e Continuidade. • Central de Serviços é uma função e o Gerenciamento da Segurança tem uma parte ativa em todos os processos. 67
  • 68. A principal entrada no processo vem do Gerenciamento de Mudanças, requisitando informações sobre itens que serão afetados ou reportando o status dos itens mudados. O processo inicia com o projeto, população e implantação do BDGC (Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração). É responsabilidade do Gerenciamento da Configuração manter o BDGC. A população do BDGC pode ser cara e um exercício prolongado dependendo do escopo da infra-estrutura de TI que está sendo gerenciado e do nível de detalhes sobre cada item requisitado. Ferramentas de auditoria automática podem ajudar em grande parte nesse aspecto. As Saídas do Processo são relatórios para o gerenciamento de TI e também a constante disponibilidade de informação que podem ser fornecidas a partir do BDGC a outros processos. Atividades As atividades do processo de Gerenciamento da Configuração são: • Planejamento • Identificação • Controle • Acompanhamento do status • Verificação e auditoria 68
  • 69. Planejamento: Esta atividade inclui a configuração dos “limites” do processo como: objetivos, escopo, políticas, procedimentos e interação esperada com outros processos. Esta é a tarefa do Gerente de Configuração: determinar o que deve ser alcançado, e em que custo – balanceando com as necessidades do negócio. Esta combinação afeta o nível de detalhes e como muitos IC’s deverão ser especificados. Escopo: O escopo do processo precisa ser definido. Ele irá responder uma questão essencial: O que será e não será incluído no processo? Por exemplo, algumas organizações de TI irão gerenciar sistemas de PABX e telefones, neste caso estes itens da infra-estrutura deverão estar dentro do escopo deste processo. Nível do IC: O nível do IC se refere à quantidade de detalhes que serão capturados para cada IC. Por exemplo, se um PC é um detalhe considerado suficiente ou se é necessário capturar detalhes do HD, placa de rede, e memória. Esta decisão sobre o nível de detalhes necessários depende da informação que será usada. Uma porção de detalhes requer trabalho extra para manter a atualização, enquanto que poucos detalhes destroem o propósito do processo e não contribuem para as tomadas de decisões. Identificação: A atividade de identificação envolve a coleta de todas as informações do IC dentro do escopo do processo. A informação do IC é coletada manualmente e/ou pelo uso de 69
  • 70. ferramentas automatizadas. Na hora de coletar estes dados cada IC deverá ser etiquetado para referência e propósitos de controle. Observação: pôr etiquetas nos itens da infra-estrutura de TI pode ser incorporado no processo do Gerenciamento da Segurança. As técnicas para etiquetar incluem etiquetas visíveis, que incluem números de contato (exemplo Central de Serviços), número de referência e ainda etiquetas escondidas (pinturas de segurança que mostram identificadores apenas com luz noturna que não são visíveis a olho nu). A informação coletada será determinada pelo escopo, nível do IC e atributos que foram definidos. Observação: os atributos do IC são “coisas” que nós podemos registrar (exemplo atributos de um PC pode ser o tamanho do HD, tipo do processador, velocidade do processador, sistema operacional, etc.). Os valores são medidas quantificáveis dos atributos (exemplo do tamanho do HD pode ser 3 GB ou 8 GB, o valor da velocidade do processador por ser 1 GHz ou 10 GHz). Antes de coletar qualquer informação, procedimentos de controle o processo de Gerenciamento de Mudanças deve já existir, só então a informação é coletada e carregada no BDGC, evitando que as mudanças na infra-estrutura criem registros redundantes. Observação: a coleta de dados pode levar várias semanas ou meses. Controle Antes de o BDGC ser populado, procedimentos de controle já devem existir. É vital que as mudanças dentro do BDGC sejam feitas apenas com autorização. Procedimentos necessários precisam ser estabelecidos para que todas as mudanças sejam documentadas. Acompanhamento do Status O acompanhamento do status é uma atividade que registra o estado atual e anteriores de um IC, podendo desta forma um IC ser rastreável. Os níveis de status podem ser definidos como parte do processo de planejamento (exemplo: em compra, em uso, fora de uso, em reparo, aposentado). IC em Ciclo de vida de um IC desenvolvimento Teste Agendado para implantação IC fora para manutenção IC em Uso IC desativado 70
  • 71. Verificação e auditoria Ao conduzir auditorias regulares na organização pode-se verificar que todos os IC’s estão registrados corretamente. A primeira auditoria deve ser agendada logo após o BDGC ser implantado para certificar que se tem uma representação correta da infra-estrutura de TI atual. Outras auditorias podem ocorrer ser após acidentes e mudanças graves. A freqüência de auditorias dependerá do resultado ou valor que ela pode agregar nas informações e o gasto que ela irá gerar. Auditorias parciais, auditorias em pontos específicos são estratégias que podem ser mais rápidas e baratas. Funções O Gerente de Configuração irá ajudar na definição do escopo e os níveis de detalhes necessários no processo, implantado procedimentos de interação com outros processos e assumindo a responsabilidade pelo planejamento e população do BDGC. O Bibliotecário da Configuração é a pessoa que controla o acesso às copias mestres de softwares e documentações. O foco é nos itens físicos. Estes itens serão armazenados na “Biblioteca Definitiva de Software” (BDS) Observação: em pequenas organizações as funções do Gerente de Configuração e do Gerente de Mudanças podem ser combinadas. Relacionamentos Conforme já indicado, a infra-estrutura de TI forma o fundamento de uma organização de TI. Todos os processos dentro da ITIL conseqüentemente terão vínculos com o Gerenciamento da Configuração ou buscarão informações dentro do Banco de Dados do Gerenciamento da Configuração. Entretanto o Gerenciamento de Mudanças e o Gerenciamento de Liberação têm um relacionamento muito próximo com o Gerenciamento da Configuração e poderiam ainda ser considerados parte integral deste. O gráfico de fluxo seguinte mostra o relacionamento entre os 3 processos e como o fluxo ocorre entre os processos em cada estágio. 71
  • 72. Benefícios Alguns dos benefícios que decorrem da implantação do Gerenciamento da Configuração incluem: • Disponibilidade para fornecer informações para outros processos sobre IC’s e o relacionamento entre eles. • Contribuição para o planejamento da Continuidade dos Serviços de TI. • Controle da Infra-estrutura de TI. Sabendo onde o IC está e quem é responsável por ele. • Gerenciamento de Problemas eficiente e eficaz. • Processamento de Mudanças eficiente e eficaz. • Segurança que as obrigações legais estão sendo executadas. • Questões de suporte à segurança otimizadas. Problemas Comuns Problemas que podem evitar uma implantação eficiente do Gerenciamento da Configuração são: • O nível de detalhes dos IC’s não está correto. Se o nível de detalhes for muito profundo, muita informação será registrada e irá tomar muito tempo, dinheiro e esforço para manter. Entretanto se o nível de detalhes não for suficiente, poderá 72
  • 73. prejudicar a tomada de decisões para outros processos, gerando mais problemas e incidentes. • Mudanças Emergenciais normalmente acontecem fora do horário normal de operação. Pode ser que nenhuma pessoa tenha sido autorizada para registrar as mudanças no BDGC. Isto pode ser evitado através de um procedimento de atualização pós-mudança. De outra forma a confiança do BDGC pode ser comprometida. • Comprometimento: precisa haver um comprometimento firme da equipe de TI com este processo. A disciplina será necessária para assegurar que mudanças na infra-estrutura devem seguir procedimentos para manter o BDGC preciso. • Interação com outros processos. Como o Gerenciamento da Configuração se baseia no Gerenciamento de Mudanças e Liberação, seria recomendável implantar estes processos ao mesmo tempo. • Controle: precisa haver um processo implantado que assegure a validade do BDGC. Por exemplo, usuários que compram softwares sozinhos pela Internet podem criar incidentes que são difíceis de resolver devido ao desconhecimento das mudanças de configuração (tipicamente você houve “Eu não mudei nada!!”). KPI – Key Performance Indicators A mensuração do processo de Gerenciamento da Configuração pode ter muitos IPD’s (Indicadores Principais de Desempenho) que podem ser analisados. Para medir a eficácia do Gerenciamento da Configuração são necessários objetivos realísticos. Os objetivos podem ser mudados durante o tempo para assegurar a melhoria do processo. • Resultado das auditorias. Número de IC’s não autorizados, IC’s que não estão em uso. • Número de mudanças que ocorreram devido à informação errada de Configuração causando incidentes ou problemas. • RDM’s que não foram completadas com sucesso devido à avaliação pobre de impacto, dados incorretos no BDGC ou fraco controle de versão. • O tempo que uma mudança leva para iniciar e acabar. • Licenças de softwares que não foram aproveitadas ou não estão em uso. Outros Indicadores podem incluir: • A quantidade de chamadas por mês que foram resolvidas pelo telefone usando informações do BDGC. • Redução de incidentes e problemas ao longo do tempo e a mudança no impacto que eles tiveram no negócio. 73
  • 74. Melhoria do prazo necessário para resolver incidentes e problemas que não podiam ser resolvidos imediatamente. • Número de mudanças no BDGC por mês devido à identificação de erros no BDGC. • Tempo necessário para registrar um IC. Melhores Práticas O BDGC Muitas organizações já usam algum tipo de BDGC, em planilhas ou em papel. Em muitos casos o BDGC é baseado em tecnologia de banco de dados, o qual coleta informações do usuário de forma mais amigável. Informações que podem ser coletadas a partir do BDGC incluem: • Informação sobre os IC’s. • Lista de IC’s afetados após o agendamento da mudança. • Todas as requisições para mudança relacionadas ao mesmo IC. • O histórico de um IC em particular. • Lista de mudanças e problemas associados com o IC. • Lista de IC’s afetados por um problema. Um BDGC também contém informações de relacionamentos entre incidentes, problemas, erros conhecidos, mudanças, liberações e IC’s. O BDGC pode ajudar como sendo uma ferramenta de suporte na criação e manutenção de contratos com fornecedores. Alguns exemplos de “relacionamentos” que podem ser definidos: • Depende de: o ANS “Provisão de Serviços Bancários” depende do Servidor 2 o ANS “Provisão de Serviços Bancários” depende da Impressora 9 • É parte de: o ANS “Provisão de Serviços Bancários” afeta o Cliente 11 • É vinculado a: o O sistema bancário é vinculado ao sistema administrativo • Tem: o Impressora 9 tem a RDM 0019 aplicada O BDGC ainda pode ser usado para armazenar aspectos legais associados à manutenção de licenças e contratos. 74
  • 75. 9. Gerenciamento do Nível de Serviço Introdução Imagine a seguinte situação: O Supervisor de TI avisa ao CIO (Chief Information Officer) que a empresa está pensando em terceirizar o Departamento de TI. Durante os 2 últimos anos tem havido muitas reclamações sobres os Serviços de TI. Os clientes dizem que não se faz o que deveria ser feito ou que não está funcionando corretamente. O CIO fica sem ação, não sabendo o que dizer. Ele não tinha idéia porque a sua área estava indo tão mal. Pensavam que estava indo bem. Os serviços estavam sempre disponíveis e funcionando na maioria do tempo. Eles resolviam os incidentes rapidamente e nunca recebiam nenhuma reclamação dos usuários. Sua equipe tem feito um esforço enorme para fazer um upgrade no servidor que roda a aplicação da folha de pagamento. O que nós ainda poderíamos fazer para melhorar? Viu o problema deste cenário? 1. O Departamento de TI pensa que está entregando os serviços em alto padrão, mas não têm nenhum número que demonstre isto. A forma imprecisa de dizer “o sistema está sempre disponível na maioria do tempo” não diz quantas vezes ficou fora nas horas críticas. 2. O esforço para fazer o upgrade no servidor foi recomendável, mas não trouxe nenhum benefício que evitasse a empresa terceirizar as atividades da folha de pagamento. 3. Não existe certamente nenhum procedimento oficial formalizado para perguntar a opinião dos clientes ou como fazer uma reclamação, então como eles têm informação sobre a percepção do cliente em relação àqueles serviços? A implantação do processo de Gerenciamento do Nível de Serviço irá resolver a maioria dos problemas nesta situação. Um dos elementos mais conhecidos no Gerenciamento do Nível de Serviços são os Acordos de Nível de Serviços (ANS) (em inglês SLA). Os ANS’s permitem que o departamento de TI e o cliente decidam juntos sobre quais serviços devem ser fornecidos, a disponibilidade necessária e seus custos. Estes níveis devem ser mensuráveis para ambos os lados poderem verificar se estão sendo atendidos. O Gerenciamento de Nível de Serviços é o processo que forma o vínculo entre o departamento de TI e os clientes. Para implantar este processo com sucesso é necessário que os outros processos da ITIL já tenham sido implantados. O foco principal deste processo é assegurar a qualidade dos Serviços de TI que são fornecidos, ao um custo aceitável ao negócio. 75
  • 76. Observação: Alguns dizem que o Gerenciamento do Nível de Serviço é o mais importante dentro da ITIL. Isto é difícil de argumentar, pois todos os processos têm a mesma importância. É verdade que o Gerenciamento de Nível de Serviço tem um foco maior no cliente se comparado com os outros processos, mas sem os outros processos é impossível atender o cliente. Objetivo O processo de Gerenciamento do Nível de Serviço gerencia a qualidade dos Serviços de TI conforme os acordos firmados entre os usuários e o departamento de TI chamados Acordos de Nível de Serviço (ANS). O objetivo do Gerenciamento do Nível de Serviço é manter e melhorar a qualidade dos serviços através de um ciclo constante de acordos, monitoração, relatórios e melhoria dos níveis de serviços. Ele é estrategicamente focado no negócio, mantendo o alinhamento entre o negócio e a TI. Descrição do Processo Provisão de Serviços Cliente de TI Catálogo de Serviços dirige dirige Demanda Lista de Preços Entrada de outros processos Entrada de terceiros Combina & Customiza Por que? Como? reporta SLA reporta guarda guarda Para entender o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço é necessário entender alguns conceitos básicos que são usados. Serão explicados aqui para que o processo se torne mais fácil de entender. Requisitos de Nível de Serviços (RNS) Este é um documento que contém todos os requisitos do cliente relacionados aos Serviços de TI. Define a disponibilidade e desempenho que os clientes precisam para estes serviços. É o ponto inicial para traçar os Acordos de Nível de Serviço. 76
  • 77. Especificações de Serviço A organização de TI rascunha as Especificações dos Serviços baseadas no RNS. É uma transcrição dos requisitos do cliente e “como” a organização de TI irá fornecer estes serviços. Quais são as necessidades técnicas? Ele irá mostrar os relacionamentos entre os ANS’s, fornecedores e a própria organização de TI. Acordo de Nível de Serviço (ANS) O ANS é um documento que define níveis de serviços acordados entre o cliente e o provedor de serviços, por exemplo, entre TI e o negócio. O ANS deve ser escrito em linguagem que o negócio entenda, clara, concisa e livre de jargões. O ANS não deve incluir diagramas de procedimentos detalhados para outros processos ou informações técnicas que o negócio entenda. Contratos de Apoio (CA) Com um fornecedor externo ou terceiro que está sendo envolvido na entrega de Serviços de TI haverá um contrato que garanta que ele fornecerá o serviço dentro de um prazo, custo, nível, etc. A organização de TI passa os requisitos do negócio para os fornecedores externos. Este documento será reflexo dos níveis de serviços definidos nos ANS’s. Por exemplo, se o ANS apresenta um conserto de uma impressora em 5 dias, então o CA com o terceiro deverá dar suporte a esta necessidade. Por exemplo, o conserto da impressora e o retorno para a organização em 3 dias. Acordo de Nível Operacional (ANO) Alguns serviços de TI dependem de outros serviços providos dentro da própria organização de TI. Por exemplo, um sistema que é executado via rede depende da disponibilidade da rede. Acordos sobre a disponibilidade da rede serão desenhados em um Acordo de Nível Operacional (ANO). Assim como a CA, estes “contratos” internos irão dar suporte aos ANS’s da mesma maneira. A diferença é que o foco é voltado para dentro da organização de TI. A figura abaixo ilustra o relacionamento entre o cliente, a organização de TI e provedores externos de serviços: 77
  • 78. Plano de Qualidade de Serviço Este plano irá conter informação sobre indicadores de performance para a organização de TI medir os serviços. Ele irá conter indicadores de desempenho para cada um dos processos que estão sendo implantados na organização. É importante também incluir indicadores de desempenho nos CA’s e ANO’s, assim eles contribuirão para o serviço de TI como um todo. Catálogo de Serviço Este é um documento que contem todos os serviços que estão sendo fornecidos, descrição, níveis, custo, cliente e a pessoa/departamento responsável pela manutenção do serviço. O conteúdo do Catálogo de Serviço irá variar de acordos com os requisitos da organização de TI. As folhas de Especificação de Serviço freqüentemente formam parte do Catálogo de Serviço. Observação: Certifique-se que você entendeu as diferenças principais entre um Contrato de Apoio e um Acordo de Nível Operacional. Relacionamentos entre os documentos Negócio RNS ANS TI representado por um Gerente Catálogo de Nível de de Serviço Serviço ANO CA (Acordo com grupos (Acordo com fornecedores de TI internos) de serviço externo) 78
  • 79. Atividades Clientes demanda Identificação Requisitos de Nível de Serviços Definição Especificação de Serviço Plano de Qualidade de Serviço Acordos de Nível de Serviços Negociação Acordos de Nível Operacional Catálogo de Serviço Contratos de Apoio Monitoração Realizações de Nível de Serviços Relatório Relatório de Níveis de Serviço Revisão Programa de Aperfeiçoamento de Serviços As principais atividades do Gerenciamento do Nível de Serviço consistem de: • Compor o Catálogo de Serviço • Negociar com os clientes baseado nas possibilidades e preços • Assegurar e manter o Acordo de Nível Serviço (ANS) Isto será feito através de um ciclo constante das seguintes ações: • Identificação • Definição • Negociação 79
  • 80. Monitoração • Relatório • Revisão Identificação Dentro desta atividade a organização de TI precisará definir os serviços que ela fornece dentro do Catálogo de Serviço. O Catálogo de Serviço é como se fosse um menu de serviços que a TI oferece e os componentes destes serviços. Neste estágio o relacionamento entre a organização de TI e o cliente é criado ou mantido. O foco é identificar os requisitos do cliente em relação aos Serviços de TI. Como parte desta atividade, o documento de RNS é escrito. Este documento será assinado por ambas as partes para assegurar que esteja claro o entendimento do que será realizado pela TI e os requisitos relacionados ao negócio. Definição O primeiro resultado desta atividade será a entrega do RNS, da folha de especificação de serviço e o Plano de Qualidade de Serviço. A partir dos RNS’s e do Catálogo de Serviço será feito uma proposta do ANS que alinha ambos em níveis de serviços aceitáveis. Durante a criação deste documento a elaboração de CA´s e ANO’s é critica para dar suporte à ANS. As necessidades do cliente podem ser alteradas devido à mudança nos procedimentos do negócio. Nesse caso as especificações e os serviços precisam ser mudados ou tecnologias mais avançadas precisem ser implantadas. Negociação Uma vez que a proposta do ANS é formulada é hora de fazer o acordo, aceite e assinatura para os seguintes documentos: • Acordo de Nível de Serviço • Contratos de Apoio • Acordos de Nível Operacional É necessário que os documentos acima sejam negociados e assinados. 80
  • 81. Monitoração Se os níveis não podem ser medidos ou monitorados seus valores serão reduzidos significativamente. Por que criar níveis de serviço se você não sabe se eles estão sendo alcançados? Para que os níveis de serviços possam ser medidos eles precisam ser claros e ter um objetivo. Não é suficiente definir por quanto tempo um serviço pode estar indisponível, é necessário também definir quando o serviço estará disponível novamente. É considerado disponível quando a organização de TI restaurar o serviço ou quando os usuários forem notificados que ele já se encontra disponível? Para monitorar o desempenho, disponibilidade e dar suporte aos níveis de serviço, outros processos tais como Gerenciamento da Capacidade, Disponibilidade e Incidentes já devem existir. Estes processos irão gerenciar e reportar sobre os níveis de serviços para o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço. Relatório Os relatórios devem mostrar números sobre os níveis de serviços que são necessários e os níveis de serviços medidos de fato. Itens que podem ser incluídos aqui: • Tempo necessário para resolver os incidentes • Downtime da rede e qualquer outra situação onde os níveis de serviço não estão sendo atingidos • Tempo necessário para uma mudança • Todas as interrupções graves no serviço em detalhes • Uso da capacidade (mínimo e máximo) • Quantidade de interações com vários serviços Revisão Revisar regularmente os serviços com os clientes irá ajudar a descobrir oportunidades para melhorar o que está sendo fornecido. Com a ajuda do Programa de Aperfeiçoamento de Serviço (PAS) isto poderá ser alcançado. Uma vez que os Acordos de Nível de Serviço estejam documentados não é o final do processo, é apenas o começo. É também importante revisar regularmente como os processos estão sendo operados e atualizá-los quando necessário. 81
  • 82. Funções Função do Gerente de Nível de Serviços O Gerente de Nível de Serviço é responsável pela implantação dos processos, manutenção e melhoria dos níveis de serviços através das ações de melhoria. A função requer uma posição que permita à pessoa negociar os níveis de serviços com os clientes em nome da organização de TI. O Gerente de Nível de Serviço fiscaliza os passos que resultam nos seguintes documentos oficiais: • Requisitos de Nível de Serviço (RNS) • Especificações de Serviços • Acordo de Nível de Serviço (ANS) • Contratos de Apoio (CA) • Plano de Qualidade de Serviço • Programa de Aperfeiçoamento de Serviço (PAS) Relacionamentos O Gerenciamento do Nível de serviço é o resultado da implantação dos processos de Gerenciamento de Serviço. O Gerenciamento do Nível de Serviço está relacionado com cada um dos processos da ITIL. Você não pode implantar este processo com o objetivo de alcançar a maturidade completa sem os outros nove processos e a função da Central de Serviço, devido à aproximação holística com o Gerenciamento de Serviços. Os processos de Suporte a Serviços – Incidentes e Problemas e a Central de Serviços – focam em restaurar os serviços o mais breve possível quando existir alguma falha nos níveis de serviços. Eles fornecem ao Gerenciamento do Nível de Serviços informações valiosas como percepção do cliente em relação aos níveis de serviço. Os processos de Entrega de Serviços são mais focados em manter os serviços executando dentro dos parâmetros definidos no ANS. Eles coletam informação a partir do Gerenciamento do Nível de Serviço sobre quais são os níveis necessários e dão informação sobre os níveis atuais e avisam sobre o impacto de novos serviços ou mudanças em serviços. Benefícios Implantar o Gerenciamento do Nível de Serviços trará os seguintes benefícios para o negócio e para a organização de TI: 82
  • 83. O serviço em TI terá uma qualidade maior e irá causar menos interrupção. Por conseqüência a produtividade dos clientes da TI será aperfeiçoada. • Os recursos da equipe de TI serão usados de forma mais eficiente. • A organização de TI fornecerá serviços que satisfaçam as expectativas dos clientes. • O serviço fornecido poderá ser medido. • A percepção da organização de TI será melhorada. • Redução de custo. • Os serviços fornecidos por fornecedores são mais bem gerenciados com contratos de apoio, reduzindo a possibilidade de influência negativa no serviço de TI fornecido. • O monitoramento do serviço se torna possível identificando os pontos fracos que podem ser melhorados. Problemas Comuns As seguintes questões podem ser aplicadas para assegurar o sucesso do processo de Gerenciamento do Nível de Serviço: • Os níveis de serviços previstos no ANS precisam ser alcançáveis pela organização de TI em primeiro lugar. • OS CA’s e ANO’s precisam ser escritos corretamente para que os fornecedores ou grupos internos não criem inadvertidamente brechas (falhas) nos níveis de serviços acordados. • Os serviços precisam ser mensuráveis. • Os Acordos de Nível de Serviços precisam regularmente ser revisados e negociados para que estes não se tornem obsoletos. KPI – Key Performance Indicators As seguintes questões irão ajudar a determinar se o processo de Gerenciamento do Nível de Serviço é eficaz e eficiente: • Todos os serviços estão sendo cobertos por ANS’s? • Os serviços dentro do ANS têm CA’s ou ANO’s necessários? • Existe alguma melhoria nos níveis de serviço? • Os níveis de serviço são medidos? • A percepção sobre a melhoria na organização de TI está melhorando? 83
  • 84. 10. Gerenciamento da Disponibilidade Introdução As organizações estão se tornando cada vez mais dependentes dos Serviços de TI. Quando eles ficam indisponíveis, na maioria dos casos o negócio também para. Cresce também a demanda por disponibilidade de serviços em 24/7 (7 dias por semana, 24 horas por dia). É vital para a organização de TI gerenciar e controlar a disponibilidade dos seus serviços. Isto é feito a partir da combinação dos requisitos de negócio com a disponibilidade dos serviços. Objetivo O objetivo do Gerenciamento da Disponibilidade é conseguir um mapeamento claro dos requisitos do negócio relacionados com a disponibilidade dos Serviços de TI e aperfeiçoar a capacidade da infra-estrutura para se alinhar a estas necessidades. Em outras palavras, assegurar a mais alta disponibilidade possível dos serviços de TI para que o negócio consiga alcançar seus objetivos. Descrição do Processo Gerenciamento da Disponibilidade • Requisitos inseridos • Recomendações nos ANS’s • Relatório sobre • Incidentes Disponibilidade • Problemas • Procedimentos Entrada Saída para serviços de TI Disponibilidade • Níveis de Serviço novos ou Confiabilidade alcançados aperfeiçoados Sustentabilidade • Informação sobre os Oficiosidade • Programas de IC’s Segurança melhoria o Sustentabilidade • Plano de o Capacidade de disponibilidade Recuperação o Oficiosidade 84
  • 85. O Gerenciamento da Disponibilidade depende de muitas entradas para funcionar corretamente. Entre as entradas temos: • Os requisitos relacionados à disponibilidade do negócio • Informações relacionadas à confiabilidade, sustentabilidade, capacidade de recuperação e oficiosidade dos IC’s. • Informações de outros processos, incidentes, problemas, ANS’s e níveis de serviços alcançados. As saídas do processo são: • Recomendações relacionadas à infra-estrutura de TI para assegurar a resiliência da infra-estrutura de TI. • Relatórios sobre a disponibilidade dos serviços. • Procedimentos para assegurar a disponibilidade e recuperação de cada serviço de TI novo ou aperfeiçoado. • Planos para aperfeiçoar a Disponibilidade dos Serviços de TI. A terminologia chave e ações que formam a base deste processo são: Disponibilidade: A disponibilidade e flexibilidade dos componentes da infra-estrutura. Isto é expresso na seguinte fórmula: D = (TS – DT) / DT x 100, onde: D = Disponibilidade, TS = Tempo de Serviço acordado e DT = Downtime. A Disponibilidade é definida como: “Disponibilidade de um Serviço de TI ou componente usado para executar sua função requisitada em determinado instante ou durante um período” (ITIL Service Delivery Book, OGC,2001). Confiabilidade: A confiabilidade dos componentes da infra-estrutura. Neste caso o tempo médio entre falhas (TMEF) pode ser usado como ferramenta de medida. A confiabilidade é definida como: “...livre de falhas operacionais” (ITIL Service Delivery Book, OGC, 2001) 85
  • 86. A resiliência é um aspecto chave da confiabilidade e é definida como: “A habilidade de um componente de TI continuar a operar mesmo que um ou mais de seus sub-componentes tenham falhado”. Sustentabilidade: A capacidade de manter ou restaurar um serviço ou componente da infra-estrutura em certo nível, de forma que a funcionalidade requisitada possa ser entregue. Alguns serviços ou componentes de infra-estrutura são mais fáceis de manter e/ou restaurar no evento de uma falha. Por exemplo, uma aplicação que foi desenvolvida requer uma manutenção diária para garantir sua operação e só um Administrador de Banco de Dados altamente qualificado pode fazer isto. Esta é uma aplicação que não é fácil de manter. É importante considerar a sustentabilidade dos IC’s dentro da infra-estrutura assim como a rapidez da recuperação. A facilidade de manutenção irá impactar no uptime (tempo disponível de um IC) e por seguinte na disponibilidade dos serviços. Acordos de Nível Operacional (ANO’s) do processo de Gerenciamento do Nível de Serviço são necessários aqui. Oficiosidade: A oficiosidade refere-se aos acordos que são mantidos com os terceiros que estão fornecendo serviços para a organização de TI. Estes contratos definem como os terceiros irão fazer para assegurar a disponibilidade dos serviços que são fornecidos. Por exemplo, como irão assegurar a resiliência, como irão manter a infra-estrutura que são responsáveis. Contratos de Apoio do Gerenciamento do Nível de Serviços são necessários aqui. Segurança: Esta é dividida em confidencialidade, integridade e disponibilidade (CID). Ela pode ser desejável (por razões de segurança, a qual pode pôr em risco a disponibilidade) não somente para fazer certos componentes da infra-estrutura disponíveis, fisicamente ou logicamente. A segurança é uma das grandes preocupações na maioria das organizações nos dias de hoje. É importante para assegurar que os Serviços de TI ficarão disponíveis para a organização de uma forma segura. Isto significa que os serviços e informações ficam disponíveis apenas para as pessoas certas. É também importante assegurar que os serviços que não são tão seguros sejam impedidos de ser utilizados pela a organização. 86
  • 87. Atividades Atividades do Gerenciamento da Disponibilidade Determinar os requisitos da disponibilidade Projetar a disponibilidade Planejamento Gerenciamento Projetar a recuperação da Disponibilidade Questões sobre segurança Gerenciamento da Manutenção Aperfeiçoamento Desenvolvimento de um plano de disponibilidade Medição & Relatório Medição e emissão de relatórios Estas atividades dentro do processo podem ser divididas em três atividades principais, as quais serão discutidas em detalhes durante este capítulo: • Planejamento • Aperfeiçoamento • Medição & Relatório Planejamento O planejamento envolve as seguintes atividades: Determinar os Requisitos da Disponibilidade É importante não apenas identificar os requisitos, mas também identificar se e como a organização de TI pode atender a estes requisitos. O processo de Gerenciamento do Nível de Serviço mantém contato com o negócio e possibilita atender as expectativas do cliente por meio do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. O cliente pode ter uma expectativa realística com respeito à disponibilidade sem entender o que isto significa na verdade. Por exemplo, o cliente pode querer uma disponibilidade de 99,9% sem perceber que isto irá custar cinco vezes mais do fornecer a uma disponibilidade de 98%. É responsabilidade do Gerenciamento do Nível de Serviço e do processo de Gerenciamento da Disponibilidade gerenciar essas expectativas. 87
  • 88. Planos Quando estiver considerando o arranjo da infra-estrutura da organização de TI pode-se ainda levar em conta um plano de “disponibilidade” e “recuperação”. Plano de Disponibilidade Quando o negócio não puder arcar com os prejuízos de um serviço particular estar “fora do ar” (downtime) por um período de tempo, um plano para a disponibilidade, fazendo um arranjo na infra-estrutura será necessário. Neste momento a organização de TI irá precisar construir resiliência dentro da infra-estrutura e assegurar que a manutenção preventiva possa ser executada para manter os serviços em operação. Em muitos casos criar uma “disponibilidade extra” dentro da infra-estrutura é uma tarefa cara que precisa ser justificada pela necessidade do negócio. Fazer um Plano para a Disponibilidade é considerado uma tarefa proativa para evitar o downtime nos Serviços de TI. Plano de Recuperação Quando o negócio puder tolerar algum downtime do serviço ou a justificativa do custo não puder ser feita para construir uma resiliência adicional dentro da infra-estrutura, então um plano para a recuperação será mais apropriado. Neste caso a infra-estrutura será projetada de tal forma que no evento de uma falha a recuperação do serviço seja a mais rápida possível. Planejar a recuperação pode ser visto como uma tarefa mais reativa do Gerenciamento da Disponibilidade. Os processos (como o Gerenciamento de Incidentes) precisam já estar definidos para recuperar o mais rápido possível no caso de uma interrupção do serviço. Outras Considerações • Questões sobre Segurança Defina as áreas de segurança e o impacto que elas podem ter na disponibilidade dos serviços. Certifique-se que esteja claro quem tem acesso ao que e onde. • Gerenciamento da Manutenção Defina uma “janela de manutenção” acordada e conhecida pelos clientes na qual a organização de TI possa fazer manutenção e reparos. Desta forma o impacto sobre os Serviços de TI será reduzido. 88
  • 89. Aperfeiçoamento Desenvolvimento de um Plano de Disponibilidade. O Plano de Disponibilidade irá visar o futuro (normalmente 12 meses) e documentará que medidas serão utilizadas para assegurar que a infra-estrutura e Serviços de TI estarão disponíveis para alcançar os requisitos do negócio. Entradas a partir da monitoração e outros processos, como o Gerenciamento do Nível de Serviço, irão fornecer embasamento para decisões sobre quais medidas de disponibilidade serão utilizadas. Todos os planos precisam ter custos justificáveis e estarem alinhados às necessidades do negócio. Medição e Relatório Este envolve relatórios sobre a disponibilidade de cada serviço, os tempos de downtime e tempos para recuperação. Estes relatórios irão freqüentemente para o processo de Gerenciamento do Nível de Serviços para serem usados em comparações (planejado versus realizado) sobre os níveis de serviços entregues ao cliente. É também importante medir e reportar a percepção dos clientes sobre a disponibilidade dos Serviços de TI. Você pode usar muitas formas para identificar a disponibilidade e problemas potenciais. Os seguintes métodos são mencionados pelo OGC: • AIFIC: Análise de Impacto em Falhas de Componentes podem ser usados para predizer e avaliar o impacto sobre os Serviços de TI que surgem a partir de falhas de componentes dentro da infra-estrutura de TI. • ATF: Análise de Tolerância a Falha é uma técnica que pode ser usada para determinar a cadeia de eventos que causa uma interrupção dos Serviços de TI. • AIS: Análise de Interrupções de Sistemas é uma técnica desenhada para fornecer uma visão estruturada e identificar as causas bases da interrupção do serviço ao usuário. Funções Gerente de Disponibilidade O Gerente de Disponibilidade tem uma função que orienta e tem uma visão geral sobre a infra-estrutura de TI. Irá se reunir e analisar dados a partir dos processos como Gerenciamento de Problemas, Gerenciamento de Mudanças, Central de Serviços e Gerenciamento da Capacidade para assistir no gerenciamento e planejamento relacionado à disponibilidade. Usando os resultados destes dados ele pode dirigir os processos de Gerenciamento de Serviços para assegurar a disponibilidade acordada, desta forma ajudando a prevenir problemas. Por exemplo, ele pode estar presente nas reuniões do Comitê de Controle de Mudanças dentro do Gerenciamento de Mudanças. O Gerente de Disponibilidade comunica suas descobertas para o Gerente de Nível de Serviço e, desta forma, faz uma contribuição importante para o estabelecimento dos 89
  • 90. ANS’s. Ele implanta políticas do Gerenciamento de Segurança em relação à segurança dos dados. Relacionamentos A introdução do Gerenciamento de Disponibilidade sem os outros processos já definidos tende a ter falhas, sem o suporte dos outros processos ele não pode prover a disponibilidade acordada. O Gerenciamento de Incidentes e Problemas fornecem uma entrada chave para assegurar ações corretivas apropriadas. As medidas e relatórios da disponibilidade de TI garantem que o nível de disponibilidade entregue atenda o Acordo de Nível de Serviço. O Gerenciamento da Disponibilidade dá suporte ao processo de Gerenciamento do Nível de Serviços fornecendo medidas e relatórios para a revisão de serviços. Benefícios O principal benefício é o uso eficiente da capacidade da infra-estrutura de TI e atendimento da disponibilidade dos Serviços de TI de acordo com os requisitos acordados com os clientes. Outros benefícios incluem: • Constante empenho para aperfeiçoar a disponibilidade • Aumento da satisfação do cliente • Em caso de interrupção uma ação corretiva será tomada • Aumento da Disponibilidade dos Serviços de TI Problemas Comuns Como em todo processo, existe algumas questões que precisam ser levadas em consideração para que o se tenha sucesso. Para o gerenciamento da Disponibilidade estas questões são: • Requisitos do negócio em relação à disponibilidade esperada do serviço de TI não são levantados de forma clara. • Nenhum contrato oficial é elaborado para especificar a disponibilidade acordada de cada serviço. • Falta de comprometimento com o processo. O negócio e a organização de TI precisam compartilhar um entendimento comum sobre a disponibilidade e definição do downtime. 90
  • 91. KPI – Key Performance Indicators Através de relatórios os seguintes itens de eficiência e eficácia do processo podem ser medidos: • O tempo total de downtime por serviço • Tempo de recuperação após um incidente • A disponibilidade dos serviços • O aperfeiçoamento da disponibilidade dos Serviços de TI O gráfico a seguir mostra as principais medidas de desempenho. TMPR – Tempo Médio Para Reparar  DOWNTIME  Sustentabilidade TMEF – Tempo Médio Entre Falhas  UPTIME  Disponibilidade (Oficiosidade) TMIS – Tempo Médio Entre Incidentes do Sistema  Média de Confiabilidade (Confiabilidade) 91
  • 92. 11. Gerenciamento da Capacidade Introdução O processo de Gerenciamento da Capacidade foi desenhado para assegurar que a capacidade da infra-estrutura de TI esteja alinhada com as necessidades do negócio. O propósito principal do Gerenciamento da Capacidade é entender e manter os níveis de entrega de serviços requisitados a um custo aceitável. Através da investigação sobre as necessidades de capacidade técnicas e do negócio, este processo irá planejar a capacidade necessária para que a infra-estrutura de TI cumpra os requisitos do negócio. O plano de capacidade é o documento principal que descreve as necessidades previstas para o próximo período. Objetivo O objetivo principal do Gerenciamento da Capacidade é entender os requisitos de capacidade do negócio e controlar a entrega desta capacidade no presente e no futuro. O Gerenciamento da Capacidade é também responsável por entender as vantagens potenciais que as novas tecnologias podem trazer para a organização. Descrição do Processo O processo de Gerenciamento da Capacidade é dividido em três sub-processos listados abaixo: Gerenciamento da Capacidade de Negócio Este sub-processo tem foco no longo prazo. Ele é responsável por assegurar que os requisitos futuros do negócio sejam levados em consideração, estejam sendo planejados e implantados quando necessário. Gerenciamento da Capacidade de Serviço É responsável por assegurar que a performance de todos os Serviços de TI atuais estejam dentro dos parâmetros definidos nos ANS’s. Gerenciamento da Capacidade de Recursos É responsável pelo gerenciamento de componentes individuais dentro da infra-estrutura. Este processo tem foco mais técnico. 92
  • 93. Gerenciamento da Capacidade • Tecnologia • Planos de • ANS, RNS e Capacidade Catálogo de Serviço • Banco de Dados da • Plano de Negócio e Gerenciamento da Capacidade estratégia • Referências e perfis Capacidade de • Agenda Entrada Saída • Alarmes Negócio operacional • Recomendações Gerenciamento da • Plano de sobre ANS e RNS Capacidade de desenvolvimento • Relatórios de • Programação das Serviço Capacidade Gerenciamento da Futuras Mudanças Capacidade de • Mudanças proativas • Incidentes e • Aperfeiçoamento de Problemas Recursos serviços • Revisão de • Relatórios de Serviços Auditoria • Brechas no ANS • Revisão de • Plano Financeiro Atividades Gerenciamento da Capacidade de Negócio Atividades Gerenciamento da Interativas Capacidade de Serviço Armazenamento Monitoração Gerenciamento dos dados do Análise da Demanda Gerenciamento Gerenciamento da Ajuste Dimensionamento da Capacidade Capacidade de Recursos Implementação de Aplicação Modelagem Planejamento da Capacidade BDGC Relatórios Cada um dos sub-processos mencionados acima envolve, em um grau maior ou menor, as seguintes atividades: • Atividades interativas • Armazenamento dos dados do Gerenciamento da Capacidade • Gerenciamento da demanda 93
  • 94. Dimensionamento de aplicação • Modelagem • Plano de Capacidade • Relatórios Atividades Interativas As seguintes atividades interativas fazem parte do Gerenciamento da Capacidade: • Monitoração: verifica se todos os níveis de serviços estão sendo alcançados. • Análise: os dados coletados através da monitoração precisam ser analisados e poderá ser feita predições para o futuro. • Ajuste: implementa o resultado dos dois passos anteriores para assegurar o uso otimizado da infra-estrutura para o presente e futuro. • Implementação: implementa a nova capacidade ou mudança de capacidade através do Gerenciamento de Mudanças. Armazenamento de dados do Gerenciamento da Capacidade O Banco de Dados da Capacidade (BDC) é a pedra fundamental do processo. Ele é usado para formar a base dos relatórios para este processo e contem informações técnicas relevantes para o Gerenciamento da Capacidade. Desta forma a informação contida aqui fornece para os outros processos os dados necessários para as suas análises. 94
  • 95. Gerenciamento da Demanda O Gerenciamento da Demanda é responsável pelo gerenciamento ou carga de trabalho na infra-estrutura com o objetivo de utilizar melhor a capacidade atual ao invés de aumentá-la. O comportamento do usuário é influenciado para que se use uma carga de trabalho diferente, por exemplo, usar determinado recurso da TI em outro horário do dia para aliviar a falta de capacidade. Dimensionamento de Aplicação O Dimensionamento de Aplicação está relacionado à avaliação dos requisitos de capacidade das aplicações durante seu planejamento e desenvolvimento. Os requisitos de capacidade de uma nova aplicação precisam ser entendidos e a infra-estrutura pode ser ajustada para atender estes novos requisitos. Modelagem Através de simulação ou com auxílio de modelos matemáticos é possível a predição dos requisitos futuros da capacidade. Os resultados desta atividade podem ser usados como uma entrada no Plano de Capacidade. Plano de Capacidade O Plano de Capacidade é desenhado a partir da base dos dados do BDC (banco de dados da capacidade), dados financeiros, dados do negócio, dados técnicos, etc. O plano é orientado para o futuro, tendo como base um período de pelo menos 12 meses. Relatórios Os relatórios conferem o desempenho da capacidade durante um determinado período. Os relatórios, por exemplo, podem trazer números que sirvam para comparar os índices dos ANS’s. Funções Gerente de Capacidade As principais responsabilidades do gerente de capacidade são: • Desenvolver e manter o Plano de Capacidade • Gerenciar o processo • Certificar que o banco de dados da capacidade está atualizado. Para fazer isto, o gerente precisa estar envolvido na avaliação de todas as mudanças, estabelecer os efeitos sobre a capacidade e desempenho. Isto deve acontecer tanto quando as mudanças são propostas como depois de implantadas. Ele deve prestar atenção em particular nos efeitos cumulativos das mudanças durante um período de tempo. Os efeitos cumulativos de uma única mudança podem freqüentemente causar 95
  • 96. problemas nos tempos de resposta, problemas de armazenamento de arquivos, excesso de demanda para processamento, etc. Outras funções dentro do Gerenciamento de Capacidade são as funções do Administrador de Redes e Gerente de Aplicações e Sistemas. Eles são responsáveis por traduzir os requisitos do negócio para uma capacidade necessária que consiga satisfaze- los e aperfeiçoar o desempenho. Relacionamentos O Gerenciamento da Capacidade é parte da Entrega de Serviços e está diretamente relacionado com os requisitos do negócio. Não é simplesmente preocupado com a performance dos componentes dos sistemas, individualmente ou coletivamente. Central de Serviços, Gerenciamento de Incidentes e Problemas Estes processos irão fornecer ao Gerenciamento da Capacidade informações sobre incidentes e problemas relacionados à Capacidade. O Gerenciamento da Capacidade irá suportar estes processos resolvendo incidentes e problemas e também fornecendo a eles informações sobre desempenho. Gerenciamento de Mudanças e Liberações As atividades do Gerenciamento de Capacidade irão abrir Requisições de Mudanças (RDM’s) para assegurar que a capacidade apropriada esteja disponível. Este é um assunto do processo de Gerenciamento de Mudanças. As implantações podem afetar muitos Itens de Configuração (IC’s), incluindo hardware, software e documentação, desta forma será necessário um Gerenciamento de Liberação eficiente. Gerenciamento da Disponibilidade O vínculo entre o Gerenciamento de Capacidade e o Gerenciamento da Disponibilidade é muito forte, para que se tenha certo nível de disponibilidade será necessária certa capacidade relacionada aos itens de configuração. Sem a capacidade necessária, você jamais vai conseguir a disponibilidade necessária. Além disto, os valores medidos pelo Gerenciamento da Capacidade são importantes para o Gerenciamento da Disponibilidade em relação à disponibilidade e confiabilidade. Gerenciamento do Nível de Serviço Tanto o Gerenciamento da Capacidade como o Gerenciamento de Disponibilidade precisam fornecer ao gerente de nível de serviço informações para que ele faça negociações de ANS’s. O Gerenciamento da Capacidade informa ao Gerenciamento do Nível de Serviço sobre os níveis que podem ser fornecidos ao cliente. 96
  • 97. Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI O Plano de Capacidade fornece uma importante entrada para o Gerenciamento Financeiro, o qual dá uma visão mais precisa sobre o plano de investimento para a capacidade. Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI (GCSTI) O Gerenciamento da Capacidade fornece ao GCSTI informações sobre a capacidade mínima necessária para a recuperação. É importante considerar o impacto (para a capacidade necessária) de mudanças para os Serviços de TI nos procedimentos do GCSTI. Benefícios O Gerenciamento da Capacidade oferece os seguintes benefícios: • Uma visão geral sobre a capacidade atual existente na infra-estrutura • A possibilidade de planejar a capacidade antecipadamente • Possibilita estimar o impacto de novas aplicações ou modificações • Economias de custos • Melhores serviços em harmonia com os requisitos do negócio. Problemas Comuns Alguns problemas comuns que podem ser encontrados após o processo já estar implantado: • Informações sobre capacidade vinda de fornecedores podem não estar disponíveis, serem muito genéricas ou estar equivocadas. • A expectativa sobre o que o Gerenciamento da Capacidade pode trazer ser super estimada. Se uma aplicação for projetada de maneira errada, a capacidade não irá resolver o problema. • Os detalhes da monitoração podem ser muitos detalhados fazendo com que o processo seja muito caro. • A informação pode ser difícil de ser obtida. Não é fácil sempre predizer que a capacidade futura será necessária antes de desenvolver uma aplicação. 97
  • 98. KPI – Key Performance Indicators Para verificar se o processo está operando dentro dos objetivos deve-se verificar: • Se a linha da demanda prevista está alinhada com a do realizado. • Se o plano de capacidade está correto. • Se os requisitos estão sendo atendidos. • Se a capacidade é a causa nas falhas dos Níveis de Serviços, Incidentes ou Problemas. • Se os gastos estão sendo reduzidos pelo fato de haver um planejamento melhor para a capacidade. • Desempenho dos ANS’s. 98
  • 99. 12. Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI Introdução Ainda existem alguns gerentes que o vêem o Gerenciamento da Continuidade dos Serviços de TI (GCSTI) como uma luxúria para a qual não se direciona nenhum recurso. Entretanto, as estatísticas mostram que os desastres ocorrem freqüentemente. As causas de tais desastres são eventos como o incêndio, queda de raio, enchente, roubo, vandalismo, falta de energia ou ainda ataques terroristas. Um Plano de Continuidade para o Negócio poderia salvar muitas empresas que foram afetadas por uma série de problemas ou ainda seus próprios negócios. Os negócios estão tornando-se cada vez mais dependentes da TI, o impacto da indisponibilidade dos Serviços de TI tem aumentado drasticamente. Cada vez que a disponibilidade ou desempenho de um serviço é reduzida, os usuários têm dificuldade de continuar a trabalhar normalmente. Esta tendência continuará fazendo com que a dependência da TI continue aumentando as exigências dos usuários, gerentes e executivos. É por isto que é importante estimar o impacto sobre a perda dos Serviços de TI e fazer um Plano de Continuidade, que assegure a continuidade das operações. Riscos de Eventos que podem causar um desastre Evento Percentual Roubo 36% Vírus 20% Ataque de hackers 16% Falha de Hardware e Comunicação 11% Ambiente 7% Falhas de Software 4% Incêndio/ Enchentes / Forças Maiores 3% Outros 3% Fonte: Gartner Study 2001 Objetivo O objetivo do processo de GCSTI é dar suporte ao Gerenciamento da Continuidade de Negócio (GCN), assegurando que os requisitos técnicos da TI e facilidades de determinados serviços possam ser recuperados dentro de prazos requeridos e acordados. 99
  • 100. Descrição do Processo O GCSTI está preocupado em gerenciar a capacidade da organização em continuar a fornecer níveis de Serviços de TI pré-determinados e acordados para suportar os requisitos mínimos do negócio, após uma interrupção. Isto inclui: • Assegurar a sobrevivência do negócio reduzindo o impacto do desastre ou falha grave. • Reduzir a vulnerabilidade e o risco para o negócio através de uma análise de riscos eficaz e um gerenciamento de riscos. • Prevenir perda de segurança para o cliente e usuário. • Produzir planos de recuperação para TI que serão integrados e darão suporte completo ao Plano de Gerenciamento da Continuidade de Negócio (GCN). O GCSTI pode estar intimamente ligado e dirigido pelo processo de GCN, sendo um sub- processo deste. O GCN gerencia os riscos para assegurar que a organização possa continuar a operar com o nível mínimo especificado em caso de um desastre. O GCSI é focado nos Serviços de TI e assegura que o mínimo de Serviços de TI possa ser fornecido em caso de desastre. Um não funciona sem o outro. Se o processo de GCN tem um plano sólido para evacuar parte do prédio e continuar a trabalhar em um prédio separado, mas lá não existir nenhuma infra-estrutura de TI disponível, o plano não terá utilidade nenhuma. O mesmo se aplica se você tiver planos que possibilitem a organização de TI fornecer Serviços de TI em outro local, mas o negócio da empresa não pode continuar por que não existe nenhum plano de contingência definido para isto. O processo pode ser dividido em 4 estágios, os quais serão descritos neste capítulo em detalhes: • Iniciação • Requisitos e estratégia • Implementação • Gerenciamento Operacional 100
  • 101. Atividades Cada um dos estágios tem suas próprias atividades, as quais serão descritas em mais detalhes durante este capítulo. Iniciação • Inicia o GCN O processo de iniciação contempla a organização como um todo. As políticas ao redor do GCN e do GCSI são identificadas, o escopo do processo e os termos de referências são determinados, recursos alocados e um plano de projeto estabelecido. Requisitos e estratégia • Análise de Impacto no Negócio (AIN) O impacto de um desastre no negócio será investigado. Questões que podem ser feitas: O negócio poderá continuar operando em caso de um desastre? Por quanto tempo ele poderá se manter? Ele se baseia nos Serviços de TI para continuar a operar? 101
  • 102. O quanto a empresa agüenta perder com o resultado de um desastre ou outra interrupção de serviço e a velocidade do escalonamento destas perdas será avaliada através de: o Identificação dos processos críticos do negócio. o Identificação do estrago potencial ou perda que pode ser causada para a organização com o resultado da interrupção do processo crítico do negócio. • Avaliação de Riscos Esta atividade analisa a probabilidade de um desastre ou outra interrupção séria no serviço possa ocorrer. Esta é uma avaliação do nível de perigo e extensão da vulnerabilidade da organização. A Avaliação de Riscos consiste de duas partes: o A Análise de Riscos é focada em identificar os riscos analisando as vulnerabilidades e as ameaças para todos os ativos críticos. o O Gerenciamento de Riscos se preocupa em identificar os contra-recursos para manter os riscos sob controle. Estes ainda podem ser ações para reduzir o impacto ou a probabilidade do risco, ou desenvolver planos (Plano de Recovery ou Recuperação), os quais detalham como agir quando o risco acontecer. Gerenciamento da Disponibilidade Ameaças Importância da TI para Ameaças Externas o Cliente Internas Pegue alguns riscos: Pegue os riscos: Riscos - risco mínimo ao negócio - irá diminuir as vendas? - planejamento da - trará perda de clientes? continuidade do negócio - custo? Opções de - custo? - medidas - Decisão do cliente Custo – benefício Testa Plano ANS Avalia Ajusta 102
  • 103. Estratégia de Continuidade do Negócio Uma estratégia apropriada precisa ser desenvolvida, contendo um equilíbrio ideal da redução dos riscos e opções de recuperação. O equilíbrio irá depender muito da natureza do negócio e a dependência dos Serviços de TI (exemplo: um corretor de ações irá focar na redução de riscos, já uma padaria local provavelmente irá arcar com o tempo envolvido na recuperação de uma falha no sistema). Em caso de um Plano de Recuperação as decisões devem ser feitas sobre como recuperar. Estas opções são: o Nenhuma contingência. Esta escolha pode ser feita se a análise de riscos sugerir que a falha do serviço em TI não afeta o negócio de forma irreparável. Isto pode ser razoável, de qualquer forma confirme por escrito que em caso de uma calamidade nenhum plano de contingência estará disponível. o Procedimentos Administrativos. Se a infra-estrutura não estiver disponível por muito tempo, uma opção é utilizar procedimentos administrativos. Um destes procedimentos poderá ser voltar a utilizar formulários em papel. o Estratégia de fortificação. Neste caso a escolha será o método de segurança onde, de fato, nada pode acontecer de errado. Os custos são muito altos e se alguma coisa der errado nenhuma alternativa estará disponível. o Arranjos recíprocos. Em caso de um desastre, organizações disponibilizam suas infra-estruturas uma para a outra. Ou seja, é feito um acordo entre empresas que possuírem infra-estruturas semelhantes, sendo que uma emprestará sua infra-estrutura para a outra. É possível também que empresas em conjunto desenvolvam uma infra-estrutura de contingência (redundância) e rateiem os custos entre si. A desvantagem desta opção é a confidencialidade dos dados. o Recuperação Gradual (Cold stand-by) permanente ou portável. Nesta estratégia a própria organização tem um espaço disponível com uma infra-estrutura que contenha eletricidade, conexões telefônicas, ar condicionado, para onde as aplicações possam ser migradas e os níveis de serviços restaurados. Este espaço pode ser alugado ou fazer parte da estrutura da empresa. o Recuperação Intermediária (Warm stand-by) interna / externa / móvel. Neste cenário existe uma local para evacuação disponível, alugado ou comprado. Exemplos são o Centro de Computação para evacuação ou o IBM truck. A última opção é apenas possível para sistemas de porte médio. o Recuperação Imediata (Hot stand-by). 103
  • 104. Esta é normalmente uma extensão das opções de Recuperação Intermediária através de fornecedores. Esta cobre normalmente serviços que são extremamente críticos que podem afetar a sobrevivência da empresa ou pelo menos um impacto que possa impedir a empresa de gerar receitas. É comum neste caso ter um site de redundância funcionando em local paralelo, se um sistema cair o link é redirecionado para o site de cópia. Implementação • Organização e plano de implementação Vários planos precisam ser criados para poder implantar o processo de GCSTI. Estes planos se referem a questões como, procedimentos de emergência, avaliação de danos, o que fazer com os dados, planos de recuperação, etc. • Implantadas arranjos stand-by e medidas de redução de riscos As medidas de redução de riscos precisam ser implantadas. Na maioria dos casos estas são feitas com a ajuda do processo de Gerenciamento da Disponibilidade. Também procedimentos de stand-by precisam existir. Por exemplo, criar um acordo com um terceiro para fornecer equipamentos em caso de um desastre. • Desenvolver planos e procedimentos de GCSTI O Plano de Recuperação (Plano de Recovery ou ainda Continuidade) precisa ser definido. Este plano deve conter os seguintes itens: o Quando ele será atualizado o Lista de responsáveis por definir qual ação deve ir para determinado grupo o Iniciação da Recuperação o Grupo de especialistas para cobrir as ações e responsabilidade destes setores individualmente. Estes setores são os de Administração, Pessoal da Infra-estrutura de TI, segurança, sites de recuperação e restauração. • Executar os testes iniciais O teste é a parte crítica de todo o processo de GCSTI e a única forma de garantir que a estratégia escolhida, os arranjos stand-by, logísticas, planos de recuperação de negócio e procedimentos irão funcionar na prática. Gerenciamento Operacional • Educação, treinamento e conscientização Estas são ações essenciais que devem ser tomadas para que o processo de GCSTI tenha sucesso. Isto assegura que toda a equipe esteja ciente das implicações da Continuidade de Negócio e Continuidade dos Serviços de TI e as considere como parte da sua rotina de trabalho normal. 104
  • 105. Revisão e auditoria É necessário revisar e auditar os planos regularmente para certificar que eles estão ainda atualizados. • Testes Através de testes regulares não apenas a eficácia do plano pode ser testada, mas também as pessoas irão saber o que irá acontecer, onde fica o plano e o que ele contém. • Gerenciamento de Mudanças Em virtude das mudanças do dia-a-dia na área de TI, é necessário que os planos de GCSTI estejam atualizados. O GCSTI precisa ser incluído como parte do processo de Gerenciamento de Mudanças para assegurar que qualquer mudança na infra-estrutura de TI seja refletida nos arranjos de contingência fornecidos pela TI ou terceiros. • Garantia A qualidade do processo é verificada para assegurar que os requisitos do negócio possam ser alcançados e que os processos de gerenciamento operacional estejam funcionando de forma satisfatória. Funções A distinção pode ser feita nas funções e responsabilidades dentro e fora dos períodos de crise. Diferentes níveis dentro deste processo podem ser definidos, começando pelo comitê, seguido pelo gerente sênior, gerente, líderes de equipe e seus membros. É vital documentar as responsabilidades e funções de cada um. As principais responsabilidades do gerente de GCSTI incluem: • Desenvolver e gerenciar o Plano de GCSTI para assegurar que, em todas às vezes, os objetivos de recuperação do negócio possam ser alcançados. • Assegurar que todas as áreas dos Serviços de TI estejam preparadas e prontas para responder a uma necessidade dos Planos de Continuidade. • Manter uma agenda de testes. • Comunicar e manter uma campanha de conscientização sobre os objetivos do GCSTI dentro das áreas de negócio suportadas e áreas de TI. • Gerenciar o serviço em TI entregue durante o período de crise. 105
  • 106. Relacionamentos O GCSTI tem um relacionamento muito próximo com todos os outros processos da ITIL e o negócio de forma geral. Estes relacionamentos com alguns dos processos são descritos abaixo em mais detalhes. Gerenciamento do Nível de Serviço O Gerenciamento de Nível de Serviço fornece informações ao processo de GCSTI sobre os níveis de serviços requisitados. Gerenciamento da Disponibilidade O Gerenciamento da Disponibilidade tem uma função mais de suporte e ajuda ao processo de GCSTI para prevenir e reduzir os riscos de desastres, entregando e implantando medidas de redução de riscos. Gerenciamento da Configuração O Gerenciamento da Configuração fornece informações sobre os Itens de Configuração que são necessários para restaurar os serviços de TI após um desastre. Gerenciamento de Mudanças O Gerenciamento de Mudanças precisa certificar que o GCSTI esteja ciente do impacto das mudanças nos Planos de Continuidade e Recuperação, permitindo que os planos sejam atualizados quando necessário. Gerenciamento da Capacidade O Gerenciamento da Capacidade certifica que a infra-estrutura pode suportar os requisitos do negócio. Central de Serviços e Gerenciamento de Incidentes A Central de Serviços em conjunto com o Gerenciamento de Incidentes fornece ao processo de GCSTI dados históricos (estatísticas). Benefícios O GCSTI suporta o processo do GCN e a infra-estrutura de TI necessária para fazer com o que o negócio continue a operar após uma interrupção de serviço. Os principais benefícios de se implantar o processo de GCSTI são: • O gerenciamento de riscos e conseqüente redução de impacto das falhas. • Redução dos prêmios pagos aos contratos de seguro. • Cumprimento de requisitos obrigatórios ou regulamentares (acordos, leis). 106
  • 107. Melhor relacionamento entre o negócio e a TI, fazendo com que a TI se torne mais focada no negócio, e mais ciente sobre os impactos e prioridades. • Aumento da confiança do cliente, possível vantagem competitiva e aumento da credibilidade da organização. No caso de um desastre o processo irá ter os seguintes benefícios: • Redução de interrupções no negócio, com a possibilidade de recuperar os serviços de forma eficiente na prioridade que o negócio exigir. • O tempo de recuperação menor. • Infra-estrutura de TI mais estável e alta disponibilidade dos Serviços de TI. Problemas Comuns Alguns problemas podem ser encontrados ao implantar o processo de GCSTI: • Insuficiência de recursos para implantar o processo. • O GCSTI não ser baseado no GCN. • Falta de comprometimento do gerente de TI e gerentes de negócio. • Análise superficial dos componentes críticos causando má interpretação nos impactos do negócio. • A recuperação não funcionar como deveria por falta de testes. • Faltar conscientização e suporte dos usuários e equipe de TI fazendo com que o processo falhe quando ocorrer o desastre. KPI – Key Performance Indicators Durante a operação normal pode se reportar: • Os resultados dos testes feitos no plano • Custo do processo Durante / após um desastre pode se reportar: • Pontos fracos no plano • Tempo que se levou para recuperar x tempo estimado • Perdas devidas ao desastre 107
  • 108. 13. Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI Introdução Como nos últimos anos os negócios se tornaram mais dependentes da TI para realizar suas operações, conseqüentemente o número de usuários aumentou e também aumentou o volume de gastos com TI (orçamento de TI). Desta forma os clientes das organizações de TI e seus diretores perceberam que está se gastando muito dinheiro na área de TI. Ainda, leva-se em conta que estes investimentos precisam trazer um aumento da qualidade dos serviços prestados e ter um custo- benefício melhor. De outro lado, a organização de TI acha que está fazendo um bom trabalho, mas acha muito difícil explicar na linguagem do negócio os custos reais e benefícios dos serviços de TI fornecidos. Organizações (clientes e diretores) são relutantes em gastar dinheiro para melhorar os serviços de TI se eles não tiverem uma idéia clara dos custos envolvidos e os benefícios que podem trazer para o negócio. O Gerenciamento Financeiro para Serviços de TI pode tornar os custos mais claros, criando um método de cobrança e dando aos clientes uma idéia sobre a relação qualidade e preço. Em outras palavras, o Gerenciamento Financeiro promove a execução dos Serviços de TI como se fosse uma operação de negócio. A figura abaixo mostra alguns questionamentos e observações que são ouvidas nas organizações pelo mundo afora. Questionamentos feitos pelos Clientes • A organização de TI deve entregar um serviço melhor pelo tamanho do gasto que ela realiza. • Por que nós não compramos um novo sistema? Por que custa tudo isto? Sem o Gerenciamento Financeiro não existem respostas para estas perguntas. 108
  • 109. Objetivo O objetivo do processo de Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI em um departamento de TI interno deve ser: • Fornecer um custo efetivo para os gastos aplicados nos ativos de TI e recursos usados para fornecer os serviços de TI. Em um ambiente comercial, pode haver premissas que irão refletir no lucro e ações de marketing da organização, mas para qualquer serviço de TI os objetivos deverão incluir: • Contabilização completa dos gastos com serviços de TI e atribuição destes custos aos serviços entregue aos clientes. • Assistência às decisões da gerência sobre os investimentos de TI, fornecendo planos de negócios para mudanças nos serviços de TI. O foco principal deste processo é o entendimento dos custos envolvidos na entrega de serviços de TI (atribuindo os custos para cada serviço e cliente específico). Esta consciência dos custos melhora a qualidade de todas as decisões tomadas em relação aos gastos de TI. A cobrança dos custos do cliente é opcional. Descrição do Processo O Gerenciamento Financeiro consiste de três sub-processos: Elaboração do Orçamento (obrigatório) A Elaboração do Orçamento é o processo de predizer e controlar os gastos em dinheiro dentro da organização e consiste de um ciclo de negociação periódico para criar orçamentos (normalmente anuais) e monitoração diária dos gastos. A Elaboração do Orçamento assegura que os recursos em dinheiro necessários estão disponíveis para o fornecimento de serviços de TI e que durante o período do orçamento eles não serão extrapolados. Todas as organizações têm uma rodada de negociações periódica (normalmente anual) entre os departamentos de negócio e a organização de TI cobrindo os planos de despesas e programas de investimentos acordados, o qual no final das contas acaba criando o orçamento para a TI. Contabilidade de TI (obrigatório) A Contabilidade de TI é um conjunto de processos que possibilita à organização de TI acompanhar de que forma o dinheiro é gasto (particularmente alocando os custos por cliente, serviço e atividade). 109
  • 110. Cobrança (opcional) A Cobrança é um conjunto de processos necessários para emitir as contas aos clientes pelos serviços fornecidos a eles. É necessário ter o apoio da Contabilidade de TI para que isto possa ser feito de forma simples, clara e correta. Dentro das organizações existem dois tipos de ciclos associados com a Elaboração de Orçamento, Contabilidade de TI e Cobrança: • Um ciclo de planejamento (anual) onde as projeções de custos e previsão de carga de trabalho formam a base para o cálculo de custos e formação de preços. • Um ciclo operacional (mensal ou trimestral) onde os custos são monitorados e comparados com os orçamentos, faturas emitidas e as receitas geradas. Todos estes processos serão discutidos em mais detalhes durante este capítulo. Ciclo do Processo 110
  • 111. Atividades Cada um dos três sub-processos do Gerenciamento Financeiro consiste de um conjunto de atividades, as quais serão discutidas neste capítulo. Elaboração do Orçamento • Determinar o método de orçamento: o Orçamento incremental: Os números dos últimos anos são usados como base para o orçamento do próximo ano. o Orçamento base-zero: Inicia o orçamento do zero. O propósito e as necessidades de cada despesa precisam ser determinados. • Determinar o período do orçamento Na maioria dos casos este período será de um ano financeiro (fiscal) o qual pode ser subdividido em períodos menores. • Elaborar o orçamento Determine todas as categorias disponíveis e estime os custos para o orçamento do próximo período. Leve em consideração que a demanda pode aumentar durante o período. Alguns custos precisam ser estimados. Contabilidade de TI Contabilidade Capital – Operacional Direto – Indireto Tipos de Custos Fixo – variável Materiais Custos de Equipamentos Custos de Software Trabalho Custos da Organização Custos de Acomodação Adicionais Custos Transferíveis Custos Administrativos 111
  • 112. A Contabilidade TI se preocupa em fornecer informações sobre onde está sendo gasto o dinheiro. Todo o item de configuração necessário para entregar um serviço de TI para o cliente gera um custo. Estes custos juntos somam-se aos custos necessários para a entrega dos serviços de TI. Para que possamos entender os custos é necessário discutir sobre os custos de maneira geral. Custos Diretos ou Indiretos Os custos diretos são custos que podem ser associados a um serviço específico. Por exemplo, o custo de uma impressora que é usada por um departamento pode ser vista com um custo direto, pois ela é usada somente por aquele departamento. Os custos indiretos são custos que não podem ser relacionados a um serviço. Por exemplo, a energia elétrica do departamento TI é um custo que é compartilhado com todos os clientes que ele atende não sendo possível associá-lo a um só cliente ou serviço. Custos de Capital x Custos Operacionais Os custos de capital são custos envolvidos com a compra de itens que serão usados durante alguns anos e irão depreciar (exemplo: computadores, storages, impressoras). Os custos operacionais são aqueles resultados do uso do dia-a-dia dos serviços de TI da organização (exemplo, custos de equipe, eletricidade, manutenção de hardware) e relacionam-se a pagamentos repetitivos, cujos efeitos podem ser medidos dentro de um curto espaço de tempo (normalmente menos de 12 meses). Custos Fixos ou Variáveis Os custos fixos são custos que permanecem os mesmo sem mudanças em curto prazo. O aluguel de um prédio é um exemplo de um custo fixo. Custos variáveis mudam de acordo com uso do serviço. O serviço de telefone, por exemplo, a assinatura mensal é fixa, será o mesmo nos meses seguintes independente das ligações que você fizer. O custo das ligações é variável, ele depende da quantidade de ligações que você realizar. Tipos de Custos Os tipos de custos precisam ser determinados (eles também são usados nas atividades de elaboração do orçamento). Os principais custos são de hardware, software, pessoal, acomodações, transferência e serviços externos. Métodos de Depreciação Os custos de capital são depreciados durante o tempo de vida útil do ativo (exemplo: desktops em 3 anos, mainframe em 10 anos). Existem três métodos de depreciação: Método Linear Um montante igual do valor do ativo é depreciado a cada ano. Método Redução Percentual Um percentual do custo do capital é deduzido a cada ano. 112
  • 113. Depreciação por uso A depreciação é feita pelo tempo de uso de um equipamento. Cobrança Em um centro de lucro (quando a TI é a área-fim do negócio) o objetivo é recuperar através de cobrança os custos decorridos. Para um departamento de TI interno o foco poderia ser recuperar de volta os custos de uma forma simples e clara. A cobrança pode ser usada também para influenciar o comportamento do cliente e seus usuários, influenciando desta forma a demanda e uso dos serviços de TI que são fornecidos. Antes da cobrança devem ser tomadas algumas decisões de como será a Política de Cobrança, Custos Unitários e Preço. A política de Cobrança precisa ser escolhida: Comunicação da Informação Apenas os custos atuais serão calculados, reportados e cobrados do cliente. Flexibilidade de Preço Estabelecer e cobrar os preços a cada ano. Este método dá a opção de influenciar o uso excessivo. Cobrança Nocional Todos os custos são emitidos, mas o cliente não precisa pagar em dinheiro real. Este método é usado para fazer experiências e eliminar erros. Para poder realizar as cobranças os custos para as unidades de custos dos clientes de TI (também conhecidos como centro de custos) ou itens cobráveis precisam ser criados. Isto deve estar claro para que o Cliente também possa entender o funcionamento da cobrança. Exemplo pode ser um PC que o cliente usa, ou a quantidade de impressões requisitadas por ele. Alguns dos métodos para formação do preço podem ser utilizados para realizar a cobrança: • Preço por Custo (para cobrir despesas com P&D e despesas adicionais) • Preço de Mercado: preço que é cobrado pelo serviço no mercado. • Taxas Existentes: taxas que são usadas também em organizações similares ou outros departamentos internos. • Preço Fixo: o preço é negociado com o cliente antecipadamente. 113
  • 114. Funções O Gerente de Finanças de TI pode ser uma pessoa da organização de TI ou do Departamento Financeiro. Uma alternativa seria que as tarefas associadas a esta função fossem compartilhadas entre ambos. As principais responsabilidades são: • Fiscalizar a implantação do processo de Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI e seus sub-processos (Elaboração de Orçamentos, Contabilidade de TI e Cobrança). • Apoia na elaboração dos orçamentos e planos de contabilidade. • Trabalhar, em um nível apropriado, com os diretores da empresa e departamento financeiro, para desenvolver as políticas de orçamento, contabilidade de TI e cobrança. Relacionamentos O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI fornece informações importantes para o Gerenciamento do Nível de Serviço sobre as estratégias de custos, preços e cobranças introduzidas. Este processo de Gerenciamento Financeiro analisa o se nível de serviço entregue possui um custo real para o negócio. O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI pode, junto com o Gerenciamento de Mudanças e Gerenciamento da Disponibilidade desenvolver estratégias de preço. Estas estratégias podem realizar uma distribuição otimizada da carga de trabalho dentro de uma organização, na qual irá resultar no uso otimizado dos recursos. Ele ainda pode usar os ativos e informações de custos a partir do Gerenciamento da Configuração para analisar diferentes cenários de equipamentos (custos diferentes para diferentes configurações). Benefícios Os benefícios de implantar o processo de Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI incluem: • Aumento da segurança em elaborar e gerenciar orçamentos. • Uso mais eficiente dos recursos de TI na organização. • Aumento da satisfação dos clientes a partir do momento em que eles souberem pelo que eles estão pagando. • Decisões de investimentos podem ser feitas através de informações mais precisas. • Aumento do profissionalismo da equipe dentro da organização de TI. 114
  • 115. Os benefícios podem ser divididos por sub-processo: Para a Elaboração de Orçamento: • Possibilita estimar os custos totais necessários para manter a organização de TI. • Redução do risco de se gastar mais dinheiro do que o disponível. • Possibilita comparar os custos previstos versus o realizado. • Garantia que os recursos financeiros estão disponíveis para manter a organização de TI dentro dos Níveis de Serviços acordados. Para a Contabilidade de TI: • Disponibilidade de informação gerencial sobre os custos do fornecimento de Serviços de TI. • Gerentes de TI e de negócio podem tomar decisões melhores, as quais asseguram que os serviços de TI estão sendo executados dentro de um custo- efetivo. • Possibilidade de contabilizar de maneira precisa todas as despesas feitas pela organização de TI. • Demonstrar o consumo dos serviços em termos financeiros. • Maximização do valor do dinheiro gasto no fornecimento dos serviços de TI. • Possibilidade de determinar os custos de NÃO fazer um investimento específico. • Formar um fundamento para implantar uma forma de cobrança. Para a Cobrança: • Possibilita recuperar os cursos da TI de uma maneira mais bem elaborada. • Influencia a demanda dos serviços de TI fornecidos e o comportamento do cliente. Problemas Comuns Para que o processo funcione de forma eficaz e eficiente as seguintes questões devem ser levadas em conta para evitar problemas nesta área: • Os modelos que são usados para a Contabilidade de TI podem ser muito detalhados, criando um sobrecarga de trabalho administrativo. • Não há comprometimento dos gerentes de TI e de negócio. • O Gerenciamento Financeiro para os Serviços de TI não estão alinhados com os procedimentos financeiros da organização. 115
  • 116. Políticas de cobrança não são comunicadas corretamente aos clientes causando um comportamento indesejável (exemplo são as ações dos usuários e clientes para tentar evitar cobranças emitidas). KPI – Key Performance Indicators Os indicadores de performance que podem ser usados neste processo: • Análise de custo-benefício dos serviços fornecidos de forma mais precisa. • Os clientes consideram os métodos de cobranças adequados? • A organização de TI consegue atingir os objetivos financeiros? • O uso dos serviços pelos clientes sofre modificações? 116
  • 117. Apêndice: Gerenciamento de Qualidade O Gerenciamento de Qualidade para os Serviços de TI é forma sistemática de assegura que todas as atividades para desenhar, desenvolver e implantar os Serviços de TI que satisfaçam os requisitos da organização e dos usuários, e que sejam planejadas e comprometidas com a otimização do custo. A forma pela qual a organização planeja gerenciar suas operações, na qual ela entrega serviços com qualidade, é especificado pelo sistema de gerenciamento de qualidade. O sistema de gerenciamento de qualidade define a estrutura organizacional, responsabilidades, políticas, procedimentos, processo, padrões e recursos necessários para entregar Serviços de TI com qualidade. Entretanto, um sistema de gerenciamento de qualidade irá apenas funcionar como pretendido se a equipe e a parte gerencial estiverem comprometidas com seus objetivos. Aperfeiçoamento de Qualidade contínua: O Ciclo de Deming ‘Nós aprendemos a viver em um mundo de erros e produtos defeituosos ainda que eles são necessários para a vida. É hora de adotar uma nova filosofia.’ (W.Edwards Deming, 1900-93) W. Edwards Deming ficou conhecido pela sua filosofia de gestão que estabelece qualidade, produtividade, e uma posição competitiva. Como parte desta filosofia, ele formulou 14 pontos de atenção para os gerentes. Alguns destes pontos são mais apropriados para o Gerenciamento de Serviços do que outros, por exemplo: Resumo dos 15 pontos relevantes para o Gerenciamento de Serviços: • Quebra de barreiras entre departamentos (melhorar comunicações e gerenciamento) . • Os gerentes devem aprender suas responsabilidades, e tomar a liderança (aperfeiçoamento do processo requer comprometimento da alta direção; bons líderes para motivar as pessoas a se aprimorarem e também a imagem da organização). • Melhorar constantemente (um tema central para os Gerentes de Serviço é o aperfeiçoamento contínuo, que também é um tema para o gerenciamento de qualidade). • Instituir um programa de educação e auto-aperfeiçoamento (aprendendo e melhorando as habilidades tem sido o foco do Gerenciamento de Serviços por muitos anos). • Treinamento durante o trabalho (vinculado com o aperfeiçoamento contínuo). 117
  • 118. Transformação é dever de todos (ênfase no time de trabalho e entendimento) Para a melhoria de qualidade, Deming propôs o Ciclo de Deming (ou círculo). Os quatro estágios chaves são: planejar, fazer, verificar e agir (em inglês plan, do, check, act – PDCA), após cada fase consolidada é usado um círculo que irá girando sobre a rampa conforme ilustrado na figura abaixo. A consolidação de cada fase possibilita a organização tomar as lições aprendidas de cada fase e assegurar que o aperfeiçoamento continuará embutido no processo. Freqüentemente, uma série de aperfeiçoamentos tem sido realizada nos processos que irão requerer documentação (tanto para permitir que o processo se torne repetível como para facilitar o alcance de alguma forma de um padrão de qualidade). 118
  • 119. Check (Auditar) Plan (Planejar) Do (Executar) Act (Agir) Escala de tempo Alinhamento Negócio com o da TI Aperfeiçoamento contínudo de Qualidade Melhoria contínua Consolidação do Passo-a-passo Nível alçado D P A C ad de ve ur Ní at id M e l Figura: Ciclo de Deming Padrões de Qualidade International Standards Organisation ISO 9000 As ISO 9000 é um conjunto de Padrões Internacionais para garantir a qualidade, sendo composto de cinco padrões universais para um sistema de Garantia de Qualidade que é aceito no mundo todo. Na virada do milênio, a partir da década de 90 os países começaram a adotar a ISO 9000 como pedra fundamental para seus padrões nacionais. Quando você compra um produto ou serviço de uma empresa que possui o selo de qualidade ISO 9000, você se assegura que a qualidade do que você irá receber é o que você espera. 119
  • 120. Um dos padrões mais utilizados é o ISO 9001. Ele é aplicado às indústrias envolvidas no projeto, desenvolvimento, produção, instalação e assistência técnica de produtos ou serviços. Os padrões se aplicam uniformemente a qualquer empresa de qualquer tamanho. Um guia mais detalhado da ITIL pode ser obtido a partir do livro Quality Management for IT Services – ISBN 0 -11-330555-9. Este livro tem como foco primário adequar os serviço em TI em conformidade com a ISO 9001. 120
  • 121. Sistemas de Qualidade Total: EFQM “... a batalha pela qualidade é um dos pré-requisitos para o sucesso de suas empresas e para o nosso sucesso coletivo.” (Jacques Delors) O EFQM - modelo de excelência O EFQM (European Foundation for Quality Management) foi fundado em 1988 por Presidentes das 14 maiores empresas, sendo endossado pela Comissão Européia. O grupo de associados atual excede mais de 600 organizações das mais respeitadas, desde multinacionais a empresas nacionais importantes até institutos de pesquisas de universidades Européias com renome. O EFQM fornece um modelo para aqueles que desejam alcançar a excelência nos negócios através de um programa de aperfeiçoamento contínuo. Missão do EFQM Estimular e assistir organizações por toda a Europa a participar em atividades de aperfeiçoamento que levam a excelência em satisfação do Cliente, satisfação dos colaboradores, impacto dos resultados na sociedade e nos negócios; e dar suporte aos diretores das organizações Européias para acelerar o processo de fazer o Gerenciamento de Qualidade Total um fator decisivo para obter uma vantagem global competitiva. Descrição do modelo de excelência do EFQM O Modelo de Excelência do EFQM consiste de 9 critérios e 32 sub-critérios. Estes são ilustrados na figura abaixo. 121
  • 122. Neste modelo existe um foco explícito no valor para os usuários do ciclo PDCA (Plan-Do- Check-Act) em suas operações de negócio. Auto-avaliação e maturidade: a escala de maturidade do EFQM Umas das ferramentas fornecidas pelo EFQM é o questionário de auto-avaliação. Este processo de auto-avaliação permite a organização discernir claramente seus pontos fortes, e também quaisquer áreas onde melhorias podem ser feitas. O processo do questionário termina quando ações de melhorias são planejadas, as quais então são monitoradas por progresso. Nesta avaliação, o progresso pode ser verificado através de 5 pontos da escala de maturidade: 1. orientação ao produto 2. orientação ao processo (o estágio de maturidade focado originalmente pelo ITIL) 3. orientação ao sistema (o target da maturidade para organizações aderentes ao ITIL no novo milênio) 4. orientação à cadeia (de relacionamentos) 5. qualidade total 122
  • 123. Bibliografia BON, JAN VON. Foundations of IT Service Management, based on ITIL. Lunteren - Holanda: Van Haren Publishing, 2005. Service Delivery. Londres – Inglaterra: The Stationary Office, 2000. Service Support. Londres – Inglaterra: The Stationary Office, 2000. 123