METODOLOGIA DO TRABALHO
CIENTÍFICO
2021
ENGENHARIA CIVIL
AULA 01
PROF: MÁRCIO SOUZA
1
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ
CAMPUS MACAPÁ
2
3
INTRODUÇÃO
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA OBJETIVO GERAL DA
DISCIPLINA
Levar o aluno a compreender os conceitos básicos sobre a
ciência, o método científico para a elaboração de textos e
pesquisa, obedecendo ao que rezam as normas da ABNT.
Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que
"estuda os caminhos do saber", se entendermos que:
"método" quer dizer caminho,
"logia" quer dizer estudo e
"ciência" que dizer saber.
4
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Despertar no aluno, desde o começo de seu curso, o
interesse pela pesquisa e, assim, educá-lo a pensar e raciocinar
de forma crítica.
• Habilitar o aluno para a leitura crítica da realidade e a
produção do
conhecimento.
• Instrumentalizar o aluno para que, a partir do estudo, possa
elaborar trabalhos acadêmicos inseridos nas normas técnicas.
• Oportunizar ao aluno assumir um comportamento científico,
para que seja
capaz de construir textos por meio da pesquisa.
5
No geral : “Formatação de um Trabalho acadêmico”
* Organização das idéias.
TRABALHO ACADÊMICO:
- Cunho científico;
- Vulgar opinativo;
RACIONALIDADE - OBJETIVIDADE
6
COMO PENSAR METODOLOGICAMENTE?
•Um projeto de pesquisa metodologicamente adequado
precisa responder sempre as perguntas.
-QUEM;
-O QUE;
-ONDE;
-QUANDO;
-POR QUE;
7
O QUE É UMA PESQUISA CIENTÍFICA?
1- Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo
encontrar respostas aos problemas que são propostos.
2- A pesquisa é necessária quando não há respostas para o
problema e/ou quando as respostas estão despesas, sendo
necessária sua junção em um corpo científico sistemático e
coerente.
8
O QUE É NECESSÁRIO À APESQUISA CIENTÍFICA:
1- QUALIDADES PESSOAIS DO PESQUISADOR;
2- IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS;
3- NOÇÃO CLARA DO TEMPO;
PROJETO PESQUISA
9
IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA
Incentivar os alunos a se interessarem pela pesquisa
científica é fundamental para o crescimento e
desenvolvimento social, tecnológico e profissional de um
país.
O conhecimento para ser feito precisa de uma
ordem e a metodologia te dá essa ordem, fazendo
com que você consiga chegar ao fim de uma forma
mais organizada. ... O objetivo da metodologia é a
organização do pensamento científico.
10
Iniciar uma pesquisa científica levará o
acadêmico ao amadurecimento de suas
ideias e conceitos, estimulando sua
criticidade e promovendo uma maior
responsabilidade em relação a sua vida
acadêmica e profissional. Engajado em uma
pesquisa científica será conduzido a levantar
hipóteses, a formular ideias, a questionar, a
testar teorias e a criar suas próprias
conclusões.
11
Ao iniciar um trabalho científico o
estudante inicia uma nova etapa em sua
vida acadêmica, passando a ser observado
e avaliado pela comunidade acadêmica,
científica e por empresas, sendo um dos
fatores motivacionais para o início de uma
pesquisa científica. Ao ser observado e
avaliado, o estudante-pesquisador terá o
reconhecimento pelo seu trabalho e, com
isto, crescerão suas chances de obter
sucesso no mercado de trabalho.
12
O que é ciência?
Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos os
tipos de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento
vulgar e outros.
Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que:
A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico,
envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento
científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador
a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.
13
A ciência demonstra que é capaz de fornecer
respostas dignas de confiança sujeitas a críticas; é uma
forma de entender, compreender os fenômenos que
ocorrem.
Na verdade, a ciência é constituída pela
observação sistemática dos fatos; por intermédio da
análise e da experimentação, extraímos resultados que
passam a ser avaliados universalmente.
14
1- Ciência e Conhecimento Científico
Ao se falar de conhecimento científico , deve-se pensar os tipos de
conhecimento existente.
Para Pensar:
A ciência é uma apresentação da realidade, mas uma apresentação
típica diferente do mito e do conhecimento ordinário
a) Conhecimento Ordinário (vulgar, popular...)
b) Conhecimento Científico ( racionalidade e objetividade)
15
No conhecimento científico, o pensar deve ser sistemático,
verificando uma hipótese (ou conjunto de hipóteses), atribuindo
o rigor na utilização de métodos científicos. Dessa forma, o
trabalho científico configura-se na produção elaborada a partir
de questões específicas de estudo.
Segundo Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato, o
conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas
também busca descobrir suas relações com outros fatos e
explicá-los.”
16
• Conhecimento filosófico: não é passível de observações
sensoriais, utiliza o método racional, no qual prevalece o
método dedutivo antecedendo a experiência; não exige
comparação experimental, mas coerência lógica, a fim de
procurar conclusões sobre o universo e as indagações do
espírito humano.
• Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em
suas verdades, por tratar de revelações divinas; não é
colocado à prova e nem pode ser verificado.
• Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do
senso comum, geralmente passado de geração em geração,
disseminado pela cultura baseada na imitação e experiência
pessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia,
sem crítica.
17
• Conhecimento científico: por meio da ciência, busca um
conhecimento sistematizado dos fenômenos, obtido
segundo determinado método, que aponta a verdade dos
fatos experimentados e sua aplicação prática.
O conhecimento científico pode ser: contingente (hipóteses
traduzem resultado através da experimentação); sistemático
(procedimento ordenado forma um sistema encadeado de
idéias); verificável (afirmações podem ser comprovadas); falível
(novas proposições podem mudar as teorias existentes); real
(lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que
enfatiza Oliveira (2003, p. 39- 40
18
SENSO COMUM, não se distingue do conhecimento CIENTÍFICO
nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido;
O que os diferencia é a FORMA, MODO ou o MÉTODO e os
instrumentos do conhecer.
Exemplo: Ordinário: A planta necessita de água para crescer
Científico: Reações fisiológicas entre a planta e água
Mesmo assim, a ciência não é o único caminho de acesso
ao conhecimento e à verdade.
19
Para BUNGE (1976), existe uma descontinuidade radical
existente entre a CIÊNCIA e o CONHECIMENTO
popular, em vários aspectos, mas principalmente ao
MÉTODO
BOM SENSO RACIONAL e OBJETIVO
Ordinário Científico
A unidade de cada ciência baseia-se na unidade do seu objeto. O
número possível de disciplinas científicas é igual ao número de
objetos.
20
Características do conhecimento
Ordinário
Emocional
Reflexivo
Inexato
Verificável
Assistemático
Científico
Racional
Objetivo
Factual
Analítico
Comunicável
21
PENSAMENTO LÓGICO
Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade
têm influências significativas na educação e no pensamento
ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador
do pensamento lógico.
Suas obras influenciaram também na teologia medieval da
cristandade. Seus estudos filosóficos baseavam-se em
experimentações para comprovar fenômenos da natureza.
22
Filosofia e Ciência
Filosofia é o estudo de problemas fundamentais
relacionados a existência, ao conhecimento, à verdade, aos
valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, filosofia é
uma palavra grega, que significa "amor à sabedoria"
A Filosofia é uma atividade racional, com base em
ARGUMENTOS e na critica das evidências.
23
A filosofia é uma espécie de conhecimento
geral e fundamental sobre a racionalidade. Ela
tenta entender, questionar e fundamentar as mais
diversas áreas do saber, tanto de maneira ampla e
geral quanto de maneira mais específica,
debruçando-se, às vezes, ao fornecer
fundamentos para uma determinada ciência.
A filosofia pode ser dividido em vários ramos. A
filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica,
ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas.
24
A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia,
enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões como a
ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história
mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e
condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são
Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant,
Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez
suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica,
metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
25
ÉTICA NA FILOSOFIA
É o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos
seres humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A
ética na filosofia procura descobrir o que motiva cada indivíduo
de agir de um determinado jeito, diferencia também o que
significa o bom e o mau, e o mal e o bem.
A ética na filosofia estuda os valores que regem os
relacionamentos interpessoais, como as pessoas se
posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em
harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e
significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se
de moral, uma vez que, a moral é relacionada a regras e
normas, costumes de cada cultura, e a ética é o modo de agir
das pessoas.
Segundo SOCRATES:
O verdadeiro filósofo sabe que sabe muito pouco, e
ele se autodenominava assim. O personagem Sócrates de
Platão faz uma brilhante defesa da filosofia no
diálogo Górgias. A palavra filosofia significa amor à
sabedoria.
As etapas do saber seriam: ignorar sua ignorância,
conhecer sua ignorância, ignorar seu saber e conhecer seu
saber. As opiniões (doxa) não são verdades pois não
resistem ao diálogo crítico. Conversar com Sócrates podia
levar alguém a expor-se ao ridículo, e ser apanhado numa
complexa linha de pensamento exposta através de palavras,
ficar totalmente envolvido ou perplexo.
26
27
É no diálogo Teeteto de Platão que Sócrates compara sua
atividade à de uma parteira (como sua mãe), que embora não
desse a luz à um bebê, ajudava no parto. Ele diz que ajudava as
pessoas a parirem suas próprias idéias.
Diz que Atenas era uma égua preguiçosa, e ele um
pequeno mosquito que lhe mordia os flancos para provar que
estava viva. Achava que a principal tarefa da existência humana
era aperfeiçoar seu espírito. Acreditava ouvir uma voz interior, de
natureza divina (um daimon), que lhe apontava a verdade e como
agir.
28
A Lógica é um instrumento, uma introdução para as
ciências e para o conhecimento e baseia-se no silogismo, o
raciocínio formalmente estruturado que supõe certas
premissas colocadas previamente para que haja uma
conclusão necessária. O silogismo é dedutivo, parte do
universal para o particular; a indução, ao contrário, parte do
particular para o universal.
Dessa forma, se forem verdadeiras as premissas, a
conclusão, logicamente, também será.
29
Ao usarmos as palavras lógico e lógica estamos
participando de uma tradição de pensamento que se origina
da Filosofia grega, quando a palavra logos – significando
linguagem-discurso e pensamento-conhecimento – conduziu
os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras,
possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e
funcionamento.
A disciplina filosófica que se ocupa com essas questões
chama-se lógica.
30
Para Aristóteles, a lógica é a ciência da
demonstração; (...) para Lyard é a ‘ciência das regras
do pensamento’.
Poderíamos ainda acrescentar: (...) é a ciência das
leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las
corretamente na procura e demonstração da verdade."
31
O conhecimento filosófico:
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de
partida consiste em HIPÓTESES, não poderão ser
submetidas à observação .
O conhecimento filosófico é não verificável.
“Pensar” : Subjetividade
A diferença entre o conhecimento filosófico e o científico está no
momento chamado de REPRESENTAÇÃO do real.
A representação é uma forma ( um sistema) onde a inteligência
questiona o real (BUZZI, 1973).
32
Finalmente....
CONCEITO DE CIÊNCIA
Entende-se por ciência uma sistematização de
conhecimento, um conjunto de proposições logicamente
correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos
de se deseja estudar:
“A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo
limitado, capaz de ser submetido à verificação” (FERRARI,
1974)
Conseqüentemente ....
As ciências possuem: Objetivo
Função
Objeto
33
Evolução da ciência
A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia
(sóphos) = saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o
porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar.
Os primeiros filósofos-cientistas .
O primeiro, e tímido, passo na direção da ciência só foi dado
no início do séc. VI a. C. na cidade grega de Mileto, por aquele
que é apontado como o primeiro filósofo, Tales de Mileto.
Dizia Tales que o princípio de todas as coisas era algo que por
todos podia ser diretamente observado na natureza: a água.
34
Evolução da ciência
Tendo observado que a água tudo fazia crescer e viver,
enquanto que a sua falta levava os seres a secar e morrer;
tendo, talvez, reparado que na natureza há mais água do que
terra e que grande parte do próprio corpo humano era formado
por água;
verificando que esse elemento se podia encontrar em
diferentes estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foi assim levado
a concluir que tudo surgiu a partir da água.
A explicação de Tales ainda não é científica; mas também já não é
inteiramente mítica. Têm características da ciência e características do
mito.
35
Evolução da ciência
Não é baseada na observação sistemática do mundo, mas
também não se baseia em entidades míticas. Não recorre a
métodos adequados de prova, mas também não recorre à
autoridade religiosa e mítica.
Assim apareceram na Grécia, entre outros, Anaximandro (séc. VI a.
C.), Heraclito (séc. VI/V a. C.), Pitágoras (séc. VI a. C.), Parménides
(séc. VI/V a. C.) e Demócrito (séc. V/IV a. C.).
Este último viria mesmo a defender que tudo quanto existia era
composto de pequeníssimas partículas indivisíveis (atomoi), unidas entre
si de diferentes formas, e que na realidade nada mais havia do que
átomos e o vazio onde eles se deslocavam.
Foi o primeiro grande filósofo naturalista, que achava que não havia
deuses e que a natureza tinha as suas próprias leis.
36
Evolução da ciência
Platão (428-348 a.C.) foi distinguir a verdadeira ciência e o
verdadeiro conhecimento da mera opinião ou crença.
Um dos problemas que atormentaram os filósofos gregos em
geral e Platão em particular, foi o problema do fluxo da natureza.
Na natureza verificamos que muitas coisas estão em
mudança constante: as estações sucedem-se, as sementes
transformam-se em árvores, os planetas e estrelas percorrem o
céu noturno.
Mas como poderemos nós ter a esperança de conseguir
explicar os fenômenos naturais, se eles estão em permanente
mudança?
37
Evolução da ciência
Para os gregos, isto representava um problema por alguns
dos motivos que já vimos: não tinham instrumentos para medir de
forma exata, por exemplo, a velocidade; e assim a matemática,
que constituía o modelo básico de pensamento científico, era inútil
para estudar a natureza
A matemática parecia aplicar-se apenas a domínios estáticos
e eternos. Como o mundo estava em constante mudança, parecia
a alguns filósofos que o mundo não poderia jamais ser objeto de
conhecimento científico.

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  • 1. METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 2021 ENGENHARIA CIVIL AULA 01 PROF: MÁRCIO SOUZA 1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAPÁ CAMPUS MACAPÁ
  • 2. 2
  • 3. 3 INTRODUÇÃO OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Levar o aluno a compreender os conceitos básicos sobre a ciência, o método científico para a elaboração de textos e pesquisa, obedecendo ao que rezam as normas da ABNT. Metodologia Científica nada mais é do que a disciplina que "estuda os caminhos do saber", se entendermos que: "método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" que dizer saber.
  • 4. 4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Despertar no aluno, desde o começo de seu curso, o interesse pela pesquisa e, assim, educá-lo a pensar e raciocinar de forma crítica. • Habilitar o aluno para a leitura crítica da realidade e a produção do conhecimento. • Instrumentalizar o aluno para que, a partir do estudo, possa elaborar trabalhos acadêmicos inseridos nas normas técnicas. • Oportunizar ao aluno assumir um comportamento científico, para que seja capaz de construir textos por meio da pesquisa.
  • 5. 5 No geral : “Formatação de um Trabalho acadêmico” * Organização das idéias. TRABALHO ACADÊMICO: - Cunho científico; - Vulgar opinativo; RACIONALIDADE - OBJETIVIDADE
  • 6. 6 COMO PENSAR METODOLOGICAMENTE? •Um projeto de pesquisa metodologicamente adequado precisa responder sempre as perguntas. -QUEM; -O QUE; -ONDE; -QUANDO; -POR QUE;
  • 7. 7 O QUE É UMA PESQUISA CIENTÍFICA? 1- Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo encontrar respostas aos problemas que são propostos. 2- A pesquisa é necessária quando não há respostas para o problema e/ou quando as respostas estão despesas, sendo necessária sua junção em um corpo científico sistemático e coerente.
  • 8. 8 O QUE É NECESSÁRIO À APESQUISA CIENTÍFICA: 1- QUALIDADES PESSOAIS DO PESQUISADOR; 2- IDENTIFICAÇÃO DE RECURSOS; 3- NOÇÃO CLARA DO TEMPO; PROJETO PESQUISA
  • 9. 9 IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA Incentivar os alunos a se interessarem pela pesquisa científica é fundamental para o crescimento e desenvolvimento social, tecnológico e profissional de um país. O conhecimento para ser feito precisa de uma ordem e a metodologia te dá essa ordem, fazendo com que você consiga chegar ao fim de uma forma mais organizada. ... O objetivo da metodologia é a organização do pensamento científico.
  • 10. 10 Iniciar uma pesquisa científica levará o acadêmico ao amadurecimento de suas ideias e conceitos, estimulando sua criticidade e promovendo uma maior responsabilidade em relação a sua vida acadêmica e profissional. Engajado em uma pesquisa científica será conduzido a levantar hipóteses, a formular ideias, a questionar, a testar teorias e a criar suas próprias conclusões.
  • 11. 11 Ao iniciar um trabalho científico o estudante inicia uma nova etapa em sua vida acadêmica, passando a ser observado e avaliado pela comunidade acadêmica, científica e por empresas, sendo um dos fatores motivacionais para o início de uma pesquisa científica. Ao ser observado e avaliado, o estudante-pesquisador terá o reconhecimento pelo seu trabalho e, com isto, crescerão suas chances de obter sucesso no mercado de trabalho.
  • 12. 12 O que é ciência? Etimologicamente, ciência significa conhecimento. Mas, nem todos os tipos de conhecimento pertencem à ciência, como o conhecimento vulgar e outros. Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmam que: A ciência é um modo de compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto de procedimentos e a busca do conhecimento científico através do uso da consciência crítica que levará o pesquisador a distinguir o essencial do superficial e o principal do secundário.
  • 13. 13 A ciência demonstra que é capaz de fornecer respostas dignas de confiança sujeitas a críticas; é uma forma de entender, compreender os fenômenos que ocorrem. Na verdade, a ciência é constituída pela observação sistemática dos fatos; por intermédio da análise e da experimentação, extraímos resultados que passam a ser avaliados universalmente.
  • 14. 14 1- Ciência e Conhecimento Científico Ao se falar de conhecimento científico , deve-se pensar os tipos de conhecimento existente. Para Pensar: A ciência é uma apresentação da realidade, mas uma apresentação típica diferente do mito e do conhecimento ordinário a) Conhecimento Ordinário (vulgar, popular...) b) Conhecimento Científico ( racionalidade e objetividade)
  • 15. 15 No conhecimento científico, o pensar deve ser sistemático, verificando uma hipótese (ou conjunto de hipóteses), atribuindo o rigor na utilização de métodos científicos. Dessa forma, o trabalho científico configura-se na produção elaborada a partir de questões específicas de estudo. Segundo Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato, o conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir suas relações com outros fatos e explicá-los.”
  • 16. 16 • Conhecimento filosófico: não é passível de observações sensoriais, utiliza o método racional, no qual prevalece o método dedutivo antecedendo a experiência; não exige comparação experimental, mas coerência lógica, a fim de procurar conclusões sobre o universo e as indagações do espírito humano. • Conhecimento religioso ou teológico: é incontestável em suas verdades, por tratar de revelações divinas; não é colocado à prova e nem pode ser verificado. • Conhecimento vulgar ou popular: é utilizado por meio do senso comum, geralmente passado de geração em geração, disseminado pela cultura baseada na imitação e experiência pessoal; é empregado pela experiência pessoal do dia-a-dia, sem crítica.
  • 17. 17 • Conhecimento científico: por meio da ciência, busca um conhecimento sistematizado dos fenômenos, obtido segundo determinado método, que aponta a verdade dos fatos experimentados e sua aplicação prática. O conhecimento científico pode ser: contingente (hipóteses traduzem resultado através da experimentação); sistemático (procedimento ordenado forma um sistema encadeado de idéias); verificável (afirmações podem ser comprovadas); falível (novas proposições podem mudar as teorias existentes); real (lida com o real, conforme ocorrência dos fatos) isso é o que enfatiza Oliveira (2003, p. 39- 40
  • 18. 18 SENSO COMUM, não se distingue do conhecimento CIENTÍFICO nem pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido; O que os diferencia é a FORMA, MODO ou o MÉTODO e os instrumentos do conhecer. Exemplo: Ordinário: A planta necessita de água para crescer Científico: Reações fisiológicas entre a planta e água Mesmo assim, a ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade.
  • 19. 19 Para BUNGE (1976), existe uma descontinuidade radical existente entre a CIÊNCIA e o CONHECIMENTO popular, em vários aspectos, mas principalmente ao MÉTODO BOM SENSO RACIONAL e OBJETIVO Ordinário Científico A unidade de cada ciência baseia-se na unidade do seu objeto. O número possível de disciplinas científicas é igual ao número de objetos.
  • 21. 21 PENSAMENTO LÓGICO Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade têm influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza.
  • 22. 22 Filosofia e Ciência Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados a existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, filosofia é uma palavra grega, que significa "amor à sabedoria" A Filosofia é uma atividade racional, com base em ARGUMENTOS e na critica das evidências.
  • 23. 23 A filosofia é uma espécie de conhecimento geral e fundamental sobre a racionalidade. Ela tenta entender, questionar e fundamentar as mais diversas áreas do saber, tanto de maneira ampla e geral quanto de maneira mais específica, debruçando-se, às vezes, ao fornecer fundamentos para uma determinada ciência. A filosofia pode ser dividido em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas.
  • 24. 24 A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões como a ética. Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
  • 25. 25 ÉTICA NA FILOSOFIA É o estudo dos assuntos morais, do modo de ser e agir dos seres humanos, além dos seus comportamentos e caráter. A ética na filosofia procura descobrir o que motiva cada indivíduo de agir de um determinado jeito, diferencia também o que significa o bom e o mau, e o mal e o bem. A ética na filosofia estuda os valores que regem os relacionamentos interpessoais, como as pessoas se posicionam na vida, e de que maneira elas convivem em harmonia com as demais. O termo ética é oriundo do grego, e significa “aquilo que pertence ao caráter”. A ética diferencia-se de moral, uma vez que, a moral é relacionada a regras e normas, costumes de cada cultura, e a ética é o modo de agir das pessoas.
  • 26. Segundo SOCRATES: O verdadeiro filósofo sabe que sabe muito pouco, e ele se autodenominava assim. O personagem Sócrates de Platão faz uma brilhante defesa da filosofia no diálogo Górgias. A palavra filosofia significa amor à sabedoria. As etapas do saber seriam: ignorar sua ignorância, conhecer sua ignorância, ignorar seu saber e conhecer seu saber. As opiniões (doxa) não são verdades pois não resistem ao diálogo crítico. Conversar com Sócrates podia levar alguém a expor-se ao ridículo, e ser apanhado numa complexa linha de pensamento exposta através de palavras, ficar totalmente envolvido ou perplexo. 26
  • 27. 27 É no diálogo Teeteto de Platão que Sócrates compara sua atividade à de uma parteira (como sua mãe), que embora não desse a luz à um bebê, ajudava no parto. Ele diz que ajudava as pessoas a parirem suas próprias idéias. Diz que Atenas era uma égua preguiçosa, e ele um pequeno mosquito que lhe mordia os flancos para provar que estava viva. Achava que a principal tarefa da existência humana era aperfeiçoar seu espírito. Acreditava ouvir uma voz interior, de natureza divina (um daimon), que lhe apontava a verdade e como agir.
  • 28. 28 A Lógica é um instrumento, uma introdução para as ciências e para o conhecimento e baseia-se no silogismo, o raciocínio formalmente estruturado que supõe certas premissas colocadas previamente para que haja uma conclusão necessária. O silogismo é dedutivo, parte do universal para o particular; a indução, ao contrário, parte do particular para o universal. Dessa forma, se forem verdadeiras as premissas, a conclusão, logicamente, também será.
  • 29. 29 Ao usarmos as palavras lógico e lógica estamos participando de uma tradição de pensamento que se origina da Filosofia grega, quando a palavra logos – significando linguagem-discurso e pensamento-conhecimento – conduziu os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento. A disciplina filosófica que se ocupa com essas questões chama-se lógica.
  • 30. 30 Para Aristóteles, a lógica é a ciência da demonstração; (...) para Lyard é a ‘ciência das regras do pensamento’. Poderíamos ainda acrescentar: (...) é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte de aplicá-las corretamente na procura e demonstração da verdade."
  • 31. 31 O conhecimento filosófico: O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em HIPÓTESES, não poderão ser submetidas à observação . O conhecimento filosófico é não verificável. “Pensar” : Subjetividade A diferença entre o conhecimento filosófico e o científico está no momento chamado de REPRESENTAÇÃO do real. A representação é uma forma ( um sistema) onde a inteligência questiona o real (BUZZI, 1973).
  • 32. 32 Finalmente.... CONCEITO DE CIÊNCIA Entende-se por ciência uma sistematização de conhecimento, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos de se deseja estudar: “A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação” (FERRARI, 1974) Conseqüentemente .... As ciências possuem: Objetivo Função Objeto
  • 33. 33 Evolução da ciência A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar. Os primeiros filósofos-cientistas . O primeiro, e tímido, passo na direção da ciência só foi dado no início do séc. VI a. C. na cidade grega de Mileto, por aquele que é apontado como o primeiro filósofo, Tales de Mileto. Dizia Tales que o princípio de todas as coisas era algo que por todos podia ser diretamente observado na natureza: a água.
  • 34. 34 Evolução da ciência Tendo observado que a água tudo fazia crescer e viver, enquanto que a sua falta levava os seres a secar e morrer; tendo, talvez, reparado que na natureza há mais água do que terra e que grande parte do próprio corpo humano era formado por água; verificando que esse elemento se podia encontrar em diferentes estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foi assim levado a concluir que tudo surgiu a partir da água. A explicação de Tales ainda não é científica; mas também já não é inteiramente mítica. Têm características da ciência e características do mito.
  • 35. 35 Evolução da ciência Não é baseada na observação sistemática do mundo, mas também não se baseia em entidades míticas. Não recorre a métodos adequados de prova, mas também não recorre à autoridade religiosa e mítica. Assim apareceram na Grécia, entre outros, Anaximandro (séc. VI a. C.), Heraclito (séc. VI/V a. C.), Pitágoras (séc. VI a. C.), Parménides (séc. VI/V a. C.) e Demócrito (séc. V/IV a. C.). Este último viria mesmo a defender que tudo quanto existia era composto de pequeníssimas partículas indivisíveis (atomoi), unidas entre si de diferentes formas, e que na realidade nada mais havia do que átomos e o vazio onde eles se deslocavam. Foi o primeiro grande filósofo naturalista, que achava que não havia deuses e que a natureza tinha as suas próprias leis.
  • 36. 36 Evolução da ciência Platão (428-348 a.C.) foi distinguir a verdadeira ciência e o verdadeiro conhecimento da mera opinião ou crença. Um dos problemas que atormentaram os filósofos gregos em geral e Platão em particular, foi o problema do fluxo da natureza. Na natureza verificamos que muitas coisas estão em mudança constante: as estações sucedem-se, as sementes transformam-se em árvores, os planetas e estrelas percorrem o céu noturno. Mas como poderemos nós ter a esperança de conseguir explicar os fenômenos naturais, se eles estão em permanente mudança?
  • 37. 37 Evolução da ciência Para os gregos, isto representava um problema por alguns dos motivos que já vimos: não tinham instrumentos para medir de forma exata, por exemplo, a velocidade; e assim a matemática, que constituía o modelo básico de pensamento científico, era inútil para estudar a natureza A matemática parecia aplicar-se apenas a domínios estáticos e eternos. Como o mundo estava em constante mudança, parecia a alguns filósofos que o mundo não poderia jamais ser objeto de conhecimento científico.