Este documento fornece informações sobre os cursos e recursos educacionais oferecidos pela Caelum e descreve brevemente o conteúdo de uma apostila sobre desenvolvimento de software.
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3. Sobre esta apostila
Esta apostila daCaelumvisa ensinar deumamaneira elegante,mostrando apenas o que é necessário e quando
é necessário, no momento certo, poupando o leitor de assuntos que não costumam ser de seu interesse em
determinadas fases do aprendizado.
A Caelum espera que você aproveite esse material. Todos os comentários, críticas e sugestões serão muito
bem-vindos.
Essa apostila é constantemente atualizada e disponibilizada no site da Caelum. Sempre consulte o site para
novas versões e, ao invés de anexar o PDF para enviar a um amigo, indique o site para que ele possa sempre
baixar as últimas versões. Você pode conferir o código de versão da apostila logo no nal do índice.
Baixe sempre a versão mais nova em: www.caelum.com.br/apostilas
Esse material é parte integrante do treinamento Laboratório Java com Testes, JSF, Web Services e Design
Patterns e distribuído gratuitamente exclusivamente pelo site da Caelum. Todos os direitos são reservados à
Caelum. A distribuição, cópia, revenda e utilização para ministrar treinamentos são absolutamente vedadas.
Para uso comercial deste material, por favor, consulte a Caelum previamente.
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Õ
7. CZ£i±¶™ Õ
Tornando-se um desenvolvedor pragmático
“Na maioria dos casos, as pessoas, inclusive os facínoras, são muito mais ingênuas e simples do que
costumamos achar. Aliás, nós também.”
– Fiodór Dostoiévski, em Irmãos Karamazov
Por que fazer esse curso?
Õ.Õ O ¤¶u e §uZ“u•±u †“£™§±Z•±u¥
Você já passou pelo FJ-ÕÕ e, quem sabe, até pelo FJ-óÕ. Agora chegou a hora de codicar bastante para pegar
os truques e hábitos que são os grandes diferenciais do programador Java experiente.
Pragmático é aquele que se preocupa com as questões práticas, menos focado em ideologias e tentando
colocar a teoria pra andar.
Esse curso tem como objetivo trazer uma visãomais prática do desenvolvimento Java através de uma experi-ência
rica em código, onde exercitaremos diversas APIS e recursos do Java. Vale salientar que as bibliotecas
em si não são os pontosmais importantes do aprendizado nestemomento,mas sim as boas práticas, a cultura
e um olhar mais amplo sobre o design da sua aplicação.
Os design patterns, as boas práticas, a refatoração, a preocupação com o baixo acoplamento, os testes de uni-dade
(também conhecidos como testes unitários) e as técnicas de programação (idiomismos) são passados
com anco.
Para atingir tal objetivo, esse curso baseia-se fortemente em artigos, blogs e, em especial, na literatura que se
consagrou como fundamental para os desenvolvedores Java. Aqui citamos alguns desses livros:
http://blog.caelum.com.br/óþþä/þÉ/óó/livros-escolhendo-a-trindade-do-desenvolvedor-java/
8. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Somamos a esses mais dois livros, que serão citados no decorrer do curso, e inžuenciaram muito na elabo-ração
do conteúdo que queremos transmitir a vocês. Todos os cinco são:
• Ešective Java, Joshua Bloch
Livro de um dos principais autores das maiores bibliotecas do Java SE (como o java.io e o java.util),
arquiteto chefe Java na Google atualmente. Aqui ele mostra como enfrentar os principais problemas e
limitações da linguagem. Uma excelente leitura, dividido em mais de ßþ tópicos de ó a ¦ páginas cada,
em média. Entre os casos interessantes está o uso de factory methods, os problemas da herança e do
protected, uso de coleções, objetos imutáveis e serialização, muitos desses abordados e citados aqui
no curso.
• Design Patterns, Erich Gamma et al
Livro de Erich Gamma, por muito tempo líder do projeto Eclipse na IBM, e mais outros três autores,
o que justica terem o apelido de Gang of Four (GoF). Uma excelente leitura, mas cuidado: não saia
lendo o catálogo dos patterns decorando-os, mas concentre-se especialmente em ler toda a primeira
parte, onde eles revelam um dos princípios fundamentais da programação orientada a objetos:
“Evite herança, prera composição” e “Programe voltado às interfaces e não à implementação”.
• Refactoring,Martin Fowler
Livro do cientista chefe daoughtWorks. Um excelente catálogo de como consertar pequenas falhas
do seu código de maneira sensata. Exemplos clássicos são o uso de herança apenas por preguiça,
uso do switch em vez de polimorsmo, entre dezenas de outros. Durante o curso, faremos diversos
refactoring clássicos utilizando do Eclipse, muito mais que o básico rename.
• Pragmatic Programmer, Andrew Hunt
As melhores práticas para ser um bom desenvolvedor: desde o uso de versionamento, ao bom uso do
logging, debug, nomenclaturas, como consertar bugs, etc.
• e mythical man-month, Frederick Brooks
Umlivro que fala dos problemas que encontramos no dia a dia do desenvolvimento de soŸware, numa
abordagemmais gerencial. Aqui há, inclusive, o clássico artigo “No Silver Bullet”, que arma que nunca
haverá uma solução única (uma linguagem, ummétodo de desenvolvimento, um sistema operacional)
que se adeque sempre a todos os tipos de problema.
Õ.ó A †“£™§±a•h†Z o™« uìu§hih†™«
É um tanto desnecessário debater sobre a importância de fazer exercícios, porém neste curso especíco eles
são vitais: como ele é focado em boas práticas, alguma parte da teoria não está no texto - e é passado no
decorrer de exercícios.
Capítulo Õ - Tornando-se um desenvolvedor pragmático - A importância dos exercícios - Página ó
9. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Não se assuste, há muito código aqui nesse curso, onde vamos construir uma pequena aplicação que lê um
XML com dados da bolsa de valores e plota o gráco de candlesticks, utilizando diversas APIs do Java SE e
até mesmo bibliotecas externas.
Õ.ì T†§Z•o™ ouê†oZ« u §u€u§e•h†Z«
Para tirar dúvidas dos exercícios, ou de Java em geral, recomendamos o fórum do site do GUJ (http://www.
guj.com.br/) , onde sua dúvida será respondida prontamente.
Fora isso, sinta-se à vontade para entrar em contato com seu instrutor e tirar todas as dúvidas que tiver
durante o curso.
Você pode estar interessado no livro TDD no mundo real, da editora Casa do Código:
http://www.tddnomundoreal.com.br/
Õ.¦ PZ§Z ™•ou †§ ou£™†«¥
Se você se interessou pelos testes, design e automação, recomendamos os cursos online de testes da Caelum:
http://www.caelum.com.br/curso/online/testes-automatizados/
O FJ-óÕ é indicado para ser feito antes ou depois deste curso, dependendo das suas necessidades e do seu
conhecimento. Ele é o curso que apresenta o desenvolvimento Web com Java e seus principais ferramentas
e frameworks.
Depois destes cursos, que constituem a Formação Java da Caelum, indicamos dois outros cursos, da Forma-ção
Avançada:
http://www.caelum.com.br/formacao-java-avancada/
O FJ-ó¢ aborda Hibernate e JPA ó e o FJ-óä envolve JSF ó, Facelets e CDI. Ambos vão passar por tecnologias
hoje bastante utilizadas no desenvolvimento server side para web, e já na versão do Java EE ä.
Capítulo Õ - Tornando-se um desenvolvedor pragmático - Tirando dúvidas e referências - Página ì
10. CZ£i±¶™ ó
O modelo da bolsa de valores, datas e objetos
imutáveis
“Primeiro aprenda ciência da computação e toda a teoria. Depois desenvolva um estilo de programação. E aí
esqueça tudo e apenas ‘hackeie’.
– George Carrette
O objetivo do FJ-óó é aprender boas práticas da orientação a objetos, do design de classes, uso correto dos
design patterns, princípios de práticas ágeis de programação e a importância dos testes de unidade.
Dois livros que são seminais na área serão referenciados por diversas vezes pelo instrutor e pelo material:
Ešective Java, do Joshua Bloch, e Design Patterns: Elements of Reusable Object-Oriented SoŸware, de Erich
Gamma e outros (conhecido Gang of Four).
ó.Õ A f™«Z ou êZ™§u«
Poucas atividades humanas exercem tanto fascínio quanto o mercado de ações, assunto abordado exaus-tivamente
em lmes, livros e em toda a cultura contemporânea. Somente em novembro de óþþß, o total
movimentado pela BOVESPA foi de Rg Õó˜,ß bilhões. Destes, o volume movimentado por aplicações home
broker foi de Rg óó,ó bilhões.
Neste curso, abordaremos esse assunto que, hoje em dia, chega a ser cotidiano desenvolvendo uma aplicação
que interpreta os dados de um XML, trata e modela eles em Java e mostra grácos pertinentes.
11. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ó.ó CZ•ou«±†hŽ«: O JZ£a™ u ™ Z§§™ñ
Yodoya Keian era um mercador japonês do século Õß. Ele se tornou rapidamente muito rico, dadas as suas
habilidades de transporte e precicação do arroz, uma mercadoria em crescente produção em consumo no
país. Sua situação social demercador não permitia que ele fosse tão rico dado o sistema de castas da época e,
logo, o governo conscou todo seu dinheiro e suas posses. Depois dele, outros vieram e tentaram esconder
suas origens como mercadores: muitos tiveram seus lhos executados e seu dinheiro conscado.
Apesar da triste história, foi em Dojima, no jardim do próprio Yodoya Keian, que nasceu a bolsa de arroz
do Japão. Lá eram negociados, precicados e categorizados vários tipos de arroz. Para anotar os preços do
arroz, desenhava-se guras no papel. Essas guras parecem muito com velas -- daí a analogia candlestick.
Esses desenhos eram feitos em um papel feito de... arroz! Apesar de usado a séculos, o mercado ocidental só
se interessou pela técnica dos candlesticks recentemente, no último quarto de século.
Um candlestick indica ¦ valores: o maior preço do dia, o menor preço do dia (as pontas), o primeiro preço
do dia e o último preço do dia (conhecidos como abertura e fechamento, respectivamente).
Os preços de abertura e fechamento são as linhas horizontais e dependem do tipo de candle: se for de alta, o
preço de abertura é embaixo; se for de baixa, é em cima. Um candle de alta costuma ter cor azul ou branca
e os de baixa costumam ser vermelhos ou pretos. Caso o preço não tenha se movimentado, o candle tem a
mesma cor que a do dia anterior.
Para calcular as informações necessárias para a construção de um Candlestick, são necessários os dados de
todos as negociações (trades) de um dia. Uma Negociação possui três informações: o preço pelo qual foi
comprado, a quantidade de ativos e a data em que ele foi executado.
Você pode ler mais sobre a história dos candles em: http://www.candlestickforum.com/PPF/Parameters/Õ_
óßÉ_/candlestick.asp
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Candlesticks: O Japão e o arroz - Página ¢
12. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Apesar de falarmos que o Candlestick representa os principais valores de um dia, ele pode ser usado para
os mais variados intervalos de tempo: um candlestick pode representar Õ¢ minutos, ou uma semana, depen-dendo
se você está analisando o ativo para curto, médio ou longo prazo.
ó.ì O £§™u±™ TZ†
A ideia do projeto Tail (Technical Analysis Indicator Library) nasceu quando um grupo de alunos da Uni-versidade
de São Paulo procurou o professor doutor Alfredo Goldman para orientá-los no desenvolvimento
de um soŸware para o projeto de conclusão de curso.
Ele então teve a ideia de juntar ao grupo alguns alunos do mestrado através de um sistema de coorientação,
onde os mestrandos auxiliariam os graduandos na implementação, modelagem e metodologia do projeto.
Somente então o grupo deniu o tema: o desenvolvimento de um soŸware open source de análise técnica
grasta (veremos o que é a análise técnica em capítulos posteriores).
O soŸware está disponível no SourceForge:
http://sourceforge.net/projects/tail/
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - O projeto Tail - Página ä
13. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Essa ideia, ainda vaga, foi gradativamente tomando a forma do projeto desenvolvido. O grupo se reunia
semanalmente adaptando o projeto, atribuindo novas tarefas e objetivos. Os graduandos tiveram a oportu-nidade
de trabalhar em conjunto com os mestrandos, que compartilharam suas experiências anteriores.
Objetivos do projeto Tail:
• Implementar os componentes básicos da análise técnica grasta: série temporal, operações de compra
e venda e indicadores técnicos;
• Implementar as estratégias de compra e venda mais utilizadas no mercado, assim como permitir o
rápido desenvolvimento de novas estratégias;
• Implementar um algoritmo genérico para determinar ummomento apropriado de compra e venda de
um ativo, através da escolha da melhor estratégia aplicada a uma série temporal;
• Permitir que o critério de escolha da melhor estratégia seja trocado e desenvolvido facilmente;
• Criar relatórios que facilitem o estudo e a compreensão dos resultados obtidos pelo algoritmo;
• Criar uma interface gráca, permitindo o uso das ferramentas implementadas de forma fácil, rápida e
de simples entendimento, mas que não limite os recursos da biblioteca;
• Arquitetura orientada a objetos, como objetivo de ser facilmente escalável e de simples entendimento;
• Utilizar práticas de XP, adaptando-as conforme as necessidades do grupo.
• Manter a cobertura de testes superior a ÉþÛ;
• Analisar o funcionamento do sistema de coorientação, como objetivo estendê-lo para projetos futuros.
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - O projeto Tail - Página ß
14. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O Tail foi desenvolvido por Alexandre Oki Takinami, Carlos Eduardo Mansur, Márcio Vinicius dos San-tos,
iago Garuttiies, Paulo Silveira (mestre em Geometria Computacional pela USP e diretor da Cae-lum),
JulianMonteiro (mestre em sistemas distribuídos pela USP e doutor pelo INRIA, em Sophia Antipolis,
França) e Danilo Sato (mestre em Metodologias Ágeis pela USP e Lead Consultant naoughtWorks).
Esse projeto foi a primeira parceria entre a Caelum e a USP, onde a Caelum patrocinou o trabalho de con-clusão
de curso dos ¦ graduandos, hoje todos formados.
Caso tenha curiosidade você pode acessar o CVS do projeto, utilizando o seguinte repositório:
http://tail.cvs.sourceforge.net/viewvc/tail/
ó.¦ O £§™u±™ A§u•±¶“: “™ouZ•o™ ™ «†«±u“Z
Oprojeto Tail é bastante ambicioso. Tem centenas de recursos, em especial o de sugestão de quando comprar
e de quando vender ações. O interessante durante o desenvolvimento do projeto Tail foi que muitos dos
bons princípios de orientação a objetos, engenharia de soŸware, design patterns e Programação eXtrema se
encaixaram muito bem - por isso, nos inspiramos fortemente nele como base para o FJ-óó.
Queremos modelar diversos objetos do nosso sistema, entre eles teremos:
• Negociação - guardando preço, quantidade e data;
• Candlestick - guardando as informações do Candle, além do volume de dinheiro negociado;
• SerieTemporal - que guarda um conjunto de candles.
Essas classes formarão a base do projeto que criaremos durante o treinamento, o Argentum (do latim, di-nheiro
ou prata). As funcionalidades do sistema serão as seguintes:
• Resumir Negociacoes em Candlesticks.
Nossa base serão as negociações. Precisamos converter uma lista de negociações em uma lista de
Candles.
• Converter Candlesticks em SerieTemporal.
Dada uma lista de Candle, precisamos criar uma série temporal.
• Utilizar indicadores técnicos
Para isso, implementar um pequeno framework de indicadores e criar alguns deles de forma a facilitar
o desenvolvimento de novos.
• Gerar grácos
Embutíveis e interativos na interface gráca em Java, dos indicadores que criamos.
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - O projeto Argentum: modelando o sistema - Página ˜
15. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Para começar a modelar nosso sistema, precisamos entender alguns recursos de design de classes que ainda
não foram discutidos no FJ-ÕÕ. Entre eles podemos citar o uso da imutabilidade de objetos, uso de anotações
e aprender a trabalhar e manipular datas usando a API do Java.
ó.¢ T§ZfZ„Z•o™ h™“ o†•„u†§™
Até agora, não paramos muito para pensar nos tipos das nossas variáveis e já ganhamos o costume de auto-maticamente
atribuir valores a variáveis double. Essa é, contudo, uma prática bastante perigosa!
O problema do double é que não é possível especicar a precisão mínima que ele vai guardar e, dessa forma,
estamos sujeitos a problemas de arredondamento ao fracionar valores e voltar a somá-los. Por exemplo:
double cem = 100.0;
double tres = 3.0;
double resultado = cem / tres;
System.out.println(resultado);
// 33.333?
// 33.333333?
// 33.3?
Se não queremos correr o risco de acontecer um arredondamento sem que percebamos, a alternativa é usar
a classe BigDecimal, que lança exceção quando tentamos fazer uma operação cujo resultado é inexato.
Leia mais sobre ela na própria documentação do Java.
ó.ä PZZê§Z h„Zêu €†•Z
A palavra chave final tem várias utilidades. Em uma classe, dene que a classe nunca poderá ter uma lha,
isso é, não pode ser estendida. A classe String, por exemplo, é final.
Como modicador de método, final indica que aquele método não pode ser reescrito. Métodos muito
importantes costumam ser denidos assim. Claro que isso não é necessário declarar caso sua classe já seja
final.
Ao usarmos como modicador na declaração de variável, indica que o valor daquela variável nunca poderá
ser alterado, uma vez atribuído. Se a variável for um atributo, você tem que inicializar seu valor durante a
construção do objeto - caso contrário, ocorre um erro de compilação, pois atributos final não são iniciali-zados
com valores default.
Imagine que, quando criamos um objeto Negociacao, não queremos que seu valor seja modicado:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Trabalhando com dinheiro - Página É
16. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
class Negociacao {
private final double valor;
// getters e setters?
}
Esse código não compila, nem mesmo com um setter, pois o valor nal deveria já ter sido inicializado. Para
resolver isso, ou declaramos o valor da Negociacao direto na declaração do atributo (o que não faz muito
sentido nesse caso), ou então populamos pelo construtor:
class Negociacao {
private final double valor;
public Negociacao(double valor) {
this.valor = valor;
}
// podemos ter um getter, mas nao um setter aqui!
}
Uma variável static final tem uma cara de constante daquela classe e, se for public static final, aí pa-rece
uma constante global! Por exemplo, na classe Collections do java.util existe uma constante public
static final chamada EMPTY_LIST. É convenção que constantes sejamdeclaradas letrasmaiúsculas e sepa-radas
por travessão (underscore) em vez de usar o padrão camel case. Outros bons exemplos são o PI e o E,
dentro da java.lang.Math.
Isso é muito utilizado, mas hoje no java ¢ para criarmos constantes costuma ser muito mais interessante
utilizarmos o recurso de enumerações que, além de tipadas, já possuem diversos métodos auxiliares.
No caso da classe Negociacao, no entanto, bastará usarmos atributos nais e também marcarmos a própria
classe como nal para que ela crie apenas objetos imutáveis.
ó.ß I“¶±Zf††oZou ou ™fu±™«
E€€uh±†êu JZêZ
Item Õ¢: Minimize mutabilidade
Para que uma classe seja imutável, ela precisa ter algumas características:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Imutabilidade de objetos - Página Õþ
17. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
• Nenhum método pode modicar seu estado;
• A classe deve ser final;
• Os atributos devem ser privados;
• Os atributos devem ser final, apenas para legibilidade de código, já que não há métodos que modi-
cam o estado do objeto;
• Caso sua classe tenha composições com objetos mutáveis, eles devem ter acesso exclusivo pela sua
classe.
Diversas classes no Java são imutáveis, como a String e todas as classes wrapper. Outro excelente exemplo
de imutabilidade são as classes BigInteger e BigDecimal:
Qual seria a motivação de criar uma classe de tal maneira?
Ofu±™« £™ou“ h™“£Z§±†„Z§ «¶Z« h™“£™«†cou«
Como o objeto é imutável, a composição interna de cada um pode ser compartilhada entre eles, já que não
há chances de algum deles mudar tais atributos. Esse compartilhamento educado possibilita fazer cache de
suas partes internas, além de facilitar a manipulação desses objetos.
Isso pode ser encarado como o famoso design pattern Flyweight.
É fácil entender os benefícios dessa prática quando olhamos para o caso da String: objetos do tipo String
que contêm exatamente o mesmo texto ou partes exatas do texto original (como no caso de usarmos o
substring) compartilham a array privada de chars!
Na prática, o que isso quer dizer é que se você tem uma String muito longa e cria várias outras com trechos
da original, você não terá que armazenar os caracteres de novo para cada trecho: eles utilizarão o array de
chars da String original!
String palavra = supercalifragilisticexpialidocious;
String inicio = palavra.substring(0, 5);
String proximas = palavra.substring(5, 10);
String outras = palavra.substring(10, 15);
String resto = palavra.substring(15);
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Imutabilidade de objetos - Página ÕÕ
18. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Esses objetos também são ideais para usar como chave de tabelas de hash.
T„§uZo «Z€u±í
Uma das principais vantagens da imutabilidade é em relação a concorrência. Simplesmente não precisamos
nos preocupar em relação a isso: como não há método que mude o estado do objeto, então não há como
fazer duas modicações acontecerem concorrentemente!
Ofu±™« “Z†« «†“£u«
Uma classe imutável émais simples de darmanutenção. Como não há chances de seu objeto sermodicado,
você tem uma série de garantias sobre o uso daquela classe.
Se os construtores já abrangem todas as regras necessárias para validar o estado do objeto, não há preocupa-ção
em relação a manter o estado consistente, já que não há chances de modicação.
Uma boa prática de programação é evitar tocar em variáveis parâmetros de um método. Com objetos imu-táveis
nem existe esse risco quando você os recebe como parâmetro.
Se nossa classe Negociacao é imutável, isso remove muitas dúvidas e medos que poderíamos ter durante o
desenvolvimento do nosso projeto: saberemos em todos os pontos que os valores da negociação são sempre
os mesmos, não corremos o risco de um método que constrói o candlestick mexer nos nossos atributos
(deixando ou não num estado inconsistente), além de a imutabilidade também garantir que não haverá pro-blemas
no caso de acesso concorrente ao objeto.
ó.˜ T§ZfZ„Z•o™ h™“ oZ±Z«: DZ±u u CZu•oZ§
Se você fez o FJ-óÕ conosco, já teve que lidar com as conversões entre Date e Calendar para pegar a entrada
de data de um texto digitado pelo usuário e convertê-lo para um objeto que representa datas em Java.
A classe mais antiga que representa uma data dentro do Java é a Date. Ela armazena a data de forma cada
momento do tempo seja representado por um número - isso quer dizer, que o Date guarda todas as datas
como milissegundos que se passaram desde þÕ/þÕ/ÕÉßþ.
O armazenamento dessa forma não é de todo ruim, mas o problema é que a API não traz métodos que
ajudem muito a lidar com situações do dia como, por exemplo, adicionar dias ou meses a uma data.
A classe Date não mais é recomendada porque a maior parte de seus métodos estão marcados como
deprecated, porém ela tem amplo uso legado nas bibliotecas do java. Ela foi substituída no Java Õ.Õ pelo
Calendar, para haver suporte correto à internacionalização e à localização do sistema de datas.
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Trabalhando com datas: Date e Calendar - Página Õó
19. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
CZu•oZ§: uê™¶ca™ o™ DZ±u
A classe abstrata Calendar também encapsula um instante em milissegundos, como a Date, mas ela provê
métodos para manipulação desse momento em termos mais cotidianos como dias, meses e anos. Por ser
abstrata, no entanto, não podemos criar objetos que são simplesmente Calendars.
Asubclasse concreta de Calendarmais usada é a GregorianCalendar, que representa o calendário usado pela
maior parte dos países -- outras implementações existem, como a do calendário budista BuddhistCalendar,
mas estas são bem menos usadas e devolvidas de acordo com seu Locale.
Há ainda a API nova do Java ˜, chamada java.time, desenvolvida com base no Joda Time. Trabalharemos
aqui com Calendar por ser ainda muito mais difundida, dado que o Java ˜ é muito recente. Caso você tenha
a possibilidade de trabalhar com Java ˜, favoreça o uso da API nova.
Para obter um Calendar que encapsula o instante atual (data e hora), usamos o método estático
getInstance() de Calendar.
Calendar agora = Calendar.getInstance();
Porque não damos new diretamente em GregorianCalendar? A API do Java fornece esse método estático
que fabrica um objeto Calendar de acordo com uma série de regras que estão encapsuladas dentro de
getInstance. Esse é o padrão de projeto factory, que utilizamos quando queremos esconder a maneira em
que um objeto é instanciado. Dessa maneira podemos trocar implementações devolvidas como retorno a
medida que nossas necessidades mudem.
Nesse caso algum país que use calendários diferente do gregoriano pode implementar esse método de ma-neira
adequada, retornando o que for necessário de acordo com o Locale congurado na máquina.
E€€uh±†êu JZêZ
Item Õ: Considere utilizar Factory com métodos estáticos em vez de construtores
Repare ainda que há uma sobrecarga desse método que recebe Locale ou Timezone como argumento, caso
você queira que essa factory trabalhe com valores diferentes dos valores que a JVM descobrir em relação ao
seu ambiente.
Um outro excelente exemplo de factory é o DriverManager do java.sql que fabrica Connection de acordo
com os argumentos passados.
A partir de um Calendar, podemos saber o valor de seus campos, como ano, mês, dia, hora, minuto, etc.
Para isso, usamos ométodo get que recebe um inteiro representando o campo; os valores possíveis estão em
constantes na classe Calendar.
No exemplo abaixo, imprimimos o dia de hoje e o dia da semana correspondente. Note que o dia da semana
devolvido é um inteiro que representa o dia da semana (Calendar.MONDAY etc):
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Trabalhando com datas: Date e Calendar - Página Õì
20. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Calendar c = Calendar.getInstance();
System.out.println(Dia do Mês: + c.get(Calendar.DAY_OF_MONTH));
System.out.println(Dia da Semana: + c.get(Calendar.DAY_OF_WEEK));
Um possível resultado é:
Dia do Mês: 4
Dia da Semana: 5
No exemplo acima, o dia da semana ¢ representa a quinta-feira.
Damesma forma que podemos pegar os valores dos campos, podemos atribuir novos valores a esses campos
por meio dos métodos set.
Há diversosmétodos set em Calendar. Omais geral é o que recebe dois argumentos: o primeiro indica qual
é o campo (usando aquelas constantes de Calendar) e, o segundo, o novo valor. Além desse método, outros
métodos set recebem valores de determinados campos; o set de três argumentos, por exemplo, recebe ano,
mês e dia. Vejamos um exemplo de como alterar a data de hoje:
Calendar c = Calendar.getInstance();
c.set(2011, Calendar.DECEMBER, 25, 10, 30);
// mudamos a data para as 10:30am do Natal
Outrométodo bastante usado é add, que adiciona uma certa quantidade a qualquer campo do Calendar. Por
exemplo, para uma aplicação de agenda, queremos adicionar um ano à data de hoje:
Calendar c = Calendar.getInstance();
c.add(Calendar.YEAR, 1); // adiciona 1 ao ano
Note que, embora o método se chame add, você pode usá-lo para subtrair valores também; basta colocar
uma quantidade negativa no segundo argumento.
Os métodos after e before são usados para comparar o objeto Calendar em questão a outro Calendar. O
método after devolverá true quando o objeto atual do Calendar representar um momento posterior ao do
Calendar passado como argumento. Por exemplo, after devolverá false se compararmos o dia das crianças
com o Natal, pois o dia das crianças não vem depois do Natal:
Calendar c1 = new GregorianCalendar(2005, Calendar.OCTOBER, 12);
Calendar c2 = new GregorianCalendar(2005, Calendar.DECEMBER, 25);
System.out.println(c1.after(c2));
Analogamente, o método before verica se o momento em questão vem antes do momento do Calendar
que foi passado como argumento. No exemplo acima, c1.before(c2) devolverá true, pois o dia das crianças
vem antes do Natal.
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Trabalhando com datas: Date e Calendar - Página Õ¦
21. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Note que Calendar implementa Comparable. Isso quer dizer que você pode usar o método compareTo para
comparar dois calendários. No fundo, after e before usam o compareTo para dar suas respostas - apenas,
fazem tal comparação de uma forma mais elegante e encapsulada.
Por último, um dos problemas mais comuns quando lidamos com datas é vericar o intervalo de dias entre
duas datas que podem ser até de anos diferentes. O método abaixo devolve o número de dias entre dois
objetos Calendar. O cálculo é feito pegando a diferença entre as datas em milissegundos e dividindo esse
valor pelo número de milissegundos em um dia:
public int diferencaEmDias(Calendar c1, Calendar c2) {
long m1 = c1.getTimeInMillis();
long m2 = c2.getTimeInMillis();
return (int) ((m2 - m1) / (24*60*60*1000));
}
RuZh†™•Z•o™ DZ±u u CZu•oZ§
Você pode pegar um Date de um Calendar e vice-versa através dosmétodos getTime e setTime presentes na
classe Calendar:
Calendar c = new GregorianCalendar(2005, Calendar.OCTOBER, 12);
Date d = c.getTime();
c.setTime(d);
Isso faz com que você possa operar com datas da maneira nova, mesmo que as APIs ainda usem objetos do
tipo Date (como é o caso de java.sql).
PZ§Z «Zfu§ “Z†«: CZ««u« Du£§uhZ±uo u ™ J™oZT†“u
O que fazer quando descobrimos que algum método ou alguma classe não saiu bem do jeito que deveria?
Simplesmente apagá-la e criar uma nova?
Essa é uma alternativa possível quando apenas o seu programa usa tal classe, mas denitivamente não é uma
boa alternativa se sua classe já foi usada por milhões de pessoas no mundo todo.
É o caso das classes do Java. Algumas delas (Date, por exemplo) são repensadas anos depois de serem lança-das
e soluçõesmelhores aparecem (Calendar). Mas, para não quebrar compatibilidade comcódigos existen-tes,
o Java mantém as funcionalidades problemáticas ainda na plataforma, mesmo que uma solução melhor
exista.
Mas como desencorajar códigos novos a usarem funcionalidades antigas e nãomais recomendadas? Aprática
no Java para isso émarcá-las como deprecated. Isso indica aos programadores que não devemosmais usá-las
e que futuramente, em uma versãomais nova do Java, podem sair da API (embora isso nunca tenha ocorrido
na prática).
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Trabalhando com datas: Date e Calendar - Página Õ¢
22. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Antes do Java ¢, para falar que algo era deprecated, usava-se um comentário especial no Javadoc. A partir
do Java ¢, a anotação @Deprecated foi adicionada à plataforma e garante vericações do próprio compilador
(que gera um warning). Olhe o Javadoc da classe Date para ver tudo que foi deprecated.
A API de datas do Java, mesmo considerando algumas melhorias da Calendar em relação a Date, ainda é
muito pobre. Numa próxima versão novas classes para facilitar ainda mais o trabalho com datas e horários
devem entrar na especicação do Java, baseadas na excelente biblioteca JodaTime.
Paramais informações: http://blog.caelum.com.br/óþþß/þì/Õ¢/jsr-ìÕþ-date-and-time-api/ http://jcp.org/en/
jsr/detail?id=ìÕþ
ó.É Eìu§hih†™«: ™ “™ou™ o™ A§u•±¶“
Õ) Vamos criar o projeto fj22-argentum no Eclipse, já com o foco em usar a IDE melhor: use o atalho ctrl
+ N, que cria novo... e comece a digitar Java Project:
ó) Na janela que abrirá em sequência, preencha o nome do projeto como 9óó-argentum e clique em Next:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página Õä
23. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì) Na próxima tela, podemos denir uma série de congurações do projeto (que também podem ser feitas
depois, através do menu Build path - Congure build path, clicando com o botão da direita no projeto.
Queremos mudar o diretório que conterá nosso código fonte. Faremos isso para organizar melhor nosso
projeto e utilizar convenções amplamente utilizadas no mercado.
Nessa tela, remova o diretório src da lista de diretórios fonte:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página Õß
24. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Agora, na mesma tela, adicione um novo diretório fonte, chamado src/main/java. Para isso, clique em
Create new source folder e preencha com src/main/java:
¦) Agora basta clicar em Finish. A estrutura nal de seu projeto deve estar parecida com isso:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página Õ˜
25. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
¢) Crie a classe usando ctrl + N Class, chamada Negociacao e dentro do pacote
br.com.caelum.argentum.modelo:
ä) Transforme a classe em nal e já declare os três atributos que fazem parte de uma negociação da bolsa de
valores (também como nal):
public final class Negociacao {
private final double preco;
private final int quantidade;
private final Calendar data;
}
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página ÕÉ
26. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Não esqueça de importar o Calendar!
ß) Vamos criar um construtor que recebe esses dados, já que são obrigatórios para nosso domínio. Em vez
de fazer isso na mão, na edição da classe, use o atalho ctrl + ì e comece a digitar constructor. Ele vai
mostrar uma lista das opções que contêm essa palavra: escolha a Generate constructor using elds.
Alternativamente, tecle ctrl + ì e digite GCUF, que são as iniciais do menu que queremos acessar.
Agora, selecione todos os campos e marque para omitir a invocação ao super, como na tela abaixo.
Atenção para deixar os campos na ordem ‘preco, quantidade, data’. Você pode usar os botões Up e
Down para mudar a ordem.
Pronto! Mande gerar. O seguinte código que será gerado:
public Negociacao(double preco, int quantidade, Calendar data) {
this.preco = preco;
this.quantidade = quantidade;
this.data = data;
}
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página óþ
27. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
˜) Agora, vamos gerar os getters dessa classe. Faça ctrl + ì e comece a digitar getter, as opções aparecerão e
basta você escolher generate getters and setters. É sempre bom praticar os atalhos do ctrl + ì.
Selecione os getters e depois Finish:
É) Verique sua classe. Ela deve estar assim:
public final class Negociacao {
private final double preco;
private final int quantidade;
private final Calendar data;
public Negociacao(double preco, int quantidade, Calendar data) {
this.preco = preco;
this.quantidade = quantidade;
this.data = data;
}
public double getPreco() {
return preco;
}
public int getQuantidade() {
return quantidade;
}
public Calendar getData() {
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página óÕ
28. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
return data;
}
}
Õþ) Um dado importante para termos noção da estabilidade de uma ação na bolsa de valores é o volume de
dinheiro negociado em um período.
Vamos fazer nossa classe Negociacao devolver o volume de dinheiro transferido naquela negociação.
Na prática, é só multiplicar o preco pago pela quantidade de ações negociadas, resultando no total de
dinheiro que aquela negociação realizou.
Adicione o método getVolume na classe Negociacao:
public double getVolume() {
return preco * quantidade;
}
Repare que um método que parece ser um simples getter pode (e deve muitas vezes) encapsular regras de
negócio e não necessariamente režetem um atributo da classe.
ÕÕ) Siga o mesmo procedimento para criar a classe Candlestick. Use o ctrl + N Class para isso, marque-a
como nal e adicione os seguintes atributos nais, nessa ordem:
public final class Candlestick {
private final double abertura;
private final double fechamento;
private final double minimo;
private final double maximo;
private final double volume;
private final Calendar data;
}
Õó) Use o ctrl + ì para gerar o construtor com os seis atributos. Atenção à ordem dos parâmetros no cons-trutor:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página óó
29. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Õì) Gere também os seis respectivos getters, usando o ctrl + ì.
A classe nal deve car parecida com a que segue:
public final class Candlestick {
private final double abertura;
private final double fechamento;
private final double minimo;
private final double maximo;
private final double volume;
private final Calendar data;
public Candlestick(double abertura,double fechamento,double minimo,
double maximo, double volume, Calendar data) {
this.abertura = abertura;
this.fechamento = fechamento;
this.minimo = minimo;
this.maximo = maximo;
this.volume = volume;
this.data = data;
}
public double getAbertura() {
return abertura;
}
public double getFechamento() {
return fechamento;
}
public double getMinimo() {
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: o modelo do Argentum - Página óì
30. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
return minimo;
}
public double getMaximo() {
return maximo;
}
public double getVolume() {
return volume;
}
public Calendar getData() {
return data;
}
}
Õ¦) (opcional) Vamos adicionar doismétodos de negócio, para que o Candlestick possa nos dizer se ele é do
tipo de alta, ou se é de baixa:
public boolean isAlta() {
return this.abertura this.fechamento;
}
public boolean isBaixa() {
return this.abertura this.fechamento;
}
ó.Õþ Ru«¶“™ o†a§†™ oZ« Nu™h†Zcou«
Agora que temos as classes que representamnegociações na bolsa de valores (Negociacao) e resumos diários
dessas negociações (Candlestick), falta apenas fazer a ação de resumir as negociações de um dia em uma
candle.
A regra é um tanto simples: dentre uma lista de negociações, precisamos descobrir quais são os valores a
preencher na Candlestick:
• Abertura: preço da primeira negociação do dia;
• Fechamento: preço da última negociação do dia;
• Mínimo: preço da negociação mais barata do dia;
• Máximo: preço da negociação mais cara do dia;
• Volume: quantidade de dinheiro que passou em todas as negociações nesse dia;
• Data: a qual dia o resumo se refere.
Algumas dessas informações são fáceis de encontrar por que temos uma convenção no sistema: quando va-mos
criar a candle, a lista de negociações já vem ordenada por tempo. Dessa forma, a abertura e o fechamento
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Resumo diário das Negociações - Página ó¦
31. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
são triviais: basta recuperar o preço , respectivamente, da primeira e da última negociações do dia!
Já mínimo, máximo e volume precisam que todos os valores sejam vericados. Dessa forma, precisamos
passar por cada negociação da lista vericando se aquele valor é menor do que todos os outros que já vi-mos,
maior que nosso máximo atual. Aproveitando esse processo de passar por cada negociação, já vamos
somando o volume de cada negociação.
O algoritmo, agora, está completamente especicado! Basta passarmos essas ideias para código. Para isso,
lembremos, você pode usar alguns atalhos que já vimos antes:
• Ctrl + N: cria novo(a)...
• Ctrl + espaço: autocompleta
• Ctrl + Õ: resolve pequenos problemas de compilação e atribui objetos a variáveis.
E“ ¤¶u hZ««u h™™hZ§¥
Falta apenas, antes de pôr em prática o que aprendemos, decidirmos onde vai esse código de criação de
Candlestick. Pense bem a respeito disso: será que uma negociação deveria saber resumir vários de si em
uma candle? Ou será que uma Candlestick deveria saber gerar um objeto do próprio tipo Candlestick a
partir de uma lista de negociações.
Em ambos os cenários, nossos modelos têm que ter informações a mais que, na realidade, são responsabili-dades
que não cabem a eles!
Criaremos, então, uma classe que: dado a matéria-prima, nos constrói uma candle. E uma classe com esse
comportamento, que recebem o necessário para criar um objeto e encapsulam o algoritmo para tal criação,
costuma ser chamadas de Factory.
No nosso caso particular, essa é uma fábrica que cria Candlesticks, então, seu nome ca
CandlestickFactory.
Perceba que esse nome, apesar de ser um tal Design Pattern nada mais faz do que encapsular uma lógica um
pouco mais complexa, isto é, apenas aplica boas práticas de orientação a objetos que você já vem estudando
desde o FJ-ÕÕ.
ó.ÕÕ Eìu§hih†™«: €af§†hZ ou CZ•ou«±†hŽ
Õ) Como o resumo de Negociacoes em um Candlestick é um processo complicado, vamos encapsular sua
construção através de uma fábrica, assim como vimos a classe Calendar, porém o método de fabricação
cará numa classe a parte, o que também é muito comum. Vamos criar a classe CandlestickFactory
dentro do pacote br.com.caelum.argentum.modelo:
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: fábrica de Candlestick - Página ó¢
32. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Depois de criá-la, adicione a assinatura do método constroiCandleParaData como abaixo:
public class CandlestickFactory {
// ctrl + 1 para adicionar o return automaticamente
public Candlestick constroiCandleParaData(Calendar data,
ListNegociacao negociacoes) {
}
}
ó) Calcularemos o preço máximo e mínimo percorrendo todas as negociações e achando os valores corre-tos.
Para isso, usaremos variáveis temporárias e, dentro do for, vericaremos se o preço da negociação
atual bate ou máximo. Se não bater, veremos se ele é menor que o mínimo. Calculamos o volume so-mando
o volume de cada negociação em uma variável. Podemos pegar o preço de abertura através de
negociacoes.get(0) e o de fechamento por negociacoes.get(negociacoes.size() - 1).
public class CandlestickFactory {
public Candlestick constroiCandleParaData(Calendar data,
ListNegociacao negociacoes) {
double maximo = negociacoes.get(0).getPreco();
double minimo = negociacoes.get(0).getPreco();
double volume = 0;
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: fábrica de Candlestick - Página óä
33. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
// digite foreach e dê um ctrl + espaço para ajudar a
// criar o bloco abaixo!
for (Negociacao negociacao : negociacoes) {
volume += negociacao.getVolume();
if (negociacao.getPreco() maximo) {
maximo = negociacao.getPreco();
} else if (negociacao.getPreco() minimo) {
minimo = negociacao.getPreco();
}
}
double abertura = negociacoes.get(0).getPreco();
double fechamento = negociacoes.get(negociacoes.size()-1).getPreco();
return new Candlestick(abertura, fechamento, minimo, maximo,
volume, data);
}
}
ì) Vamos testar nosso código, criando ¦ negociações e calculando o Candlestick, nalmente. Crie a classe
TestaCandlestickFactory no pacote br.com.caelum.argentum.testes
public class TestaCandlestickFactory {
public static void main(String[] args) {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(39.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(42.3, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1, negociacao2,
negociacao3, negociacao4);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(
hoje, negociacoes);
System.out.println(candle.getAbertura());
System.out.println(candle.getFechamento());
System.out.println(candle.getMinimo());
System.out.println(candle.getMaximo());
System.out.println(candle.getVolume());
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios: fábrica de Candlestick - Página óß
34. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
}
}
O método asList da classe java.util.Arrays cria uma lista dada uma array. Mas não passamos ne-nhuma
array como argumento! Isso acontece porque esse método aceita varargs, possibilitando que
invoquemos esse método separando a array por vírgula. Algo parecido com um autoboxing de arrays.
E€€uh±†êu JZêZ
Item ¦ß: Conheça e use as bibliotecas!
A saída deve ser parecida com:
40.5
42.3
39.8
45.0
16760.0
ó.Õó Eìu§hih†™« ™£h†™•Z†«
Õ)
E€€uh±†êu JZêZ
Item Õþ: Sempre reescreva o toString
Reescreva o toString da classe Candlestick. Como o toString da classe Calendar retorna uma
String bastante complexa, faça com que a data seja corretamente visualizada, usando para isso o
SimpleDateFormat. Procure sobre essa classe na API do Java.
Ao imprimir um candlestick, por exemplo, a saída deve ser algo como segue:
[Abertura 40.5, Fechamento 42.3, Mínima 39.8, Máxima 45.0,
Volume 145234.20, Data 12/07/2008]
Para reescrever um método e tirar proveito do Eclipse, a maneira mais direta é de dentro da classe
Candlestick, fora de qualquer método, pressionar ctrl + espaço.
Uma lista com todas as opções de métodos que você pode reescrever vai aparecer. Escolha o toString, e
ao pressionar enter o esqueleto da reescrita será montado.
ó) Umdouble segueuma regra bem denida em relação a contas e arredondamento, e para ser rápido e caber
em ä¦ bits, não tem precisão innita. A classe BigDecimal pode oferecer recursos mais interessantes em
um ambiente onde as casas decimais são valiosas, como um sistema nanceiro. Pesquise a respeito.
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios opcionais - Página ó˜
35. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì) O construtor da classe Candlestick é simplesmentemuito grande. Poderíamos usar uma factory, porém
continuaríamos passando muitos argumentos para um determinado método.
Quando construir um objeto é complicado, ou confuso, costumamos usar o padrão Builder para resolver
isso. Builder é uma classe que ajudar você a construir um determinado objeto em uma série de passos,
independente de ordem.
E€€uh±†êu JZêZ
Item ó: Considere usar um builder se o construtor tiver muitos parâmetros!
A ideia é que possamos criar um candle da seguinte maneira:
CandleBuilder builder = new CandleBuilder();
builder.comAbertura(40.5);
builder.comFechamento(42.3);
builder.comMinimo(39.8);
builder.comMaximo(45.0);
builder.comVolume(145234.20);
builder.comData(new GregorianCalendar(2012, 8, 12, 0, 0, 0));
Candlestick candle = builder.geraCandle();
Os setters aqui possuem nomes mais curtos e expressivos. Mais ainda: utilizando o padrão de projeto
žuent interface, podemos tornar o código acima mais conciso, sem perder a legibilidade:
Candlestick candle = new CandleBuilder().comAbertura(40.5)
.comFechamento(42.3).comMinimo(39.8).comMaximo(45.0)
.comVolume(145234.20).comData(
new GregorianCalendar(2008, 8, 12, 0, 0, 0)).geraCandle();
Para isso, a classe CandleBuilder deve usar o seguinte idiomismo:
public class CandleBuilder {
private double abertura;
// outros 5 atributos
public CandleBuilder comAbertura(double abertura) {
this.abertura = abertura;
return this;
}
// outros 5 setters que retornam this
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios opcionais - Página óÉ
36. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public Candlestick geraCandle() {
return new Candlestick(abertura, fechamento, minimo, maximo,
volume, data);
}
}
Escreva um código com main que teste essa sua nova classe. Repare como o builder parece bastante com
a StringBuilder, que é uma classe builder que ajuda a construir Strings através de žuent interface e
métodos auxiliares.
U«™« €Z“™«™« ou F¶u•± I•±u§€Zhu u DSL«
Fluent interfaces são muito usadas no Hibernate, por exemplo. O jQuery, uma famosa biblioteca
de efeitos javascript, popularizou-se por causa de sua žuent interface. O JodaTime e o JMock são
dois excelentes exemplos.
Sãomuito usadas (e recomendadas) na construção de DSLs, Domain Specic Languages. Martin
Fowler fala bastante sobre žuent interfaces nesse ótimo artigo:
http://martinfowler.com/bliki/FluentInterface.html
Capítulo ó - O modelo da bolsa de valores, datas e objetos imutáveis - Exercícios opcionais - Página ìþ
37. CZ£i±¶™ ì
Testes Automatizados
“Apenas duas coisas são innitas: o universo e a estupidez humana. E eu não tenho certeza do primeiro.”
– Albert Einstein
ì.Õ N™««™ hoo†™ u«±a €¶•h†™•Z•o™ h™§§u±Z“u•±u¥
Escrevemos uma quantidade razoável de código no capítulo anterior, meia dúzia de classes. Elas funcionam
corretamente? Tudo indica que sim, até criamos um pequeno main para vericar isso e fazer as perguntas
corretas.
Pode parecer que o código funciona, mas ele tem muitas falhas. Olhemos com mais cuidado.
ì.ó Eìu§hih†™«: ±u«±Z•o™ •™««™ “™ou™ «u“ €§Z“uë™§Ž«
Õ) Será que nosso programa funciona para um determinado dia que ocorrer apenas uma única negociação?
Vamos escrever o teste, e ver o que acontece:
public class TestaCandlestickFactoryComUmaNegociacaoApenas {
public static void main(String[] args) {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
38. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
System.out.println(candle.getAbertura());
System.out.println(candle.getFechamento());
System.out.println(candle.getMinimo());
System.out.println(candle.getMaximo());
System.out.println(candle.getVolume());
}
}
A saída deve indicar 40.5 como todos os valores, e 4050.0 como volume. Tudo parece bem?
ó) Mais um teste: as ações menos negociadas podem car dias sem nenhuma operação acontecer. O que
nosso sistema gera nesse caso?
Vamos ao teste:
public class TestaCandlestickFactorySemNegociacoes {
public static void main(String[] args) {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList();
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
System.out.println(candle.getAbertura());
System.out.println(candle.getFechamento());
System.out.println(candle.getMinimo());
System.out.println(candle.getMaximo());
System.out.println(candle.getVolume());
}
}
Rodando o que acontece? Você acha essa saída satisfatória? Indica bem o problema?
ì) ArrayIndexOutOfBoundsException certamente é uma péssima exceção para indicar que não teremos
Candle.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: testando nosso modelo sem frameworks - Página ìó
39. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Qual decisão vamos tomar? Podemos lançar nossa própria exception, podemos retornar null ou ainda
podemos devolver um Candlestick que possui um signicado especial. Devolver null deve ser sempre
a última opção.
Vamos retornar um Candlestick que possui um volume zero. Para corrigir o erro, vamos alterar o código
do nosso CandlestickFactory.
Poderíamos usar um if logo de cara para vericar se negociacoes.isEmpty(), porém podemos tentar
algo mais sutil, sem ter que criar vários pontos de return.
Vamos então iniciar os valores de minimo e maximo sem usar a lista, que pode estar vazia. Mas, para nosso
algoritmo funcionar, precisaríamos iniciar o maximo com um valor bempequeno, isto é, menor do que o
da ação mais barata. Assim, quando percorrermos o for, qualquer valor que encontremos vai substituir
o maximo.
No caso do máximo, é fácil pensar nesse valor! Qual é o limite inferior para o preço de uma ação? Será
que ele chega a ser negativo? A resposta é não. Ninguém vai vender uma ação por um preço negativo!
Portanto, se inicializarmos omáximo comzero, é certeza que ele será substituido na primeira iteração do
for.
Similarmente, queremos inicializar o minimo com um valor bem grande, maior do que o maior valor
possível para o valor de uma ação. Esse é um problema mais complexo, já que não existe um limitante
superior tão claro para o preço de uma ação!
Qual valor colocaremos, então? Quanto é um número grande o suciente? Podemos apelar para a limi-tação
do tipo que estamos usando! Se o preço é um double, certamente não poderemos colocar nenhum
valor que estoure o tamanho do double. Felizmente, a classe Double conta coma constante que representa
o maior double válido! É o Double.MAX_VALUE.
Altere o método constroiCandleParaData da classe CandlestickFactory:
double maximo = 0;
double minimo = Double.MAX_VALUE;
Além disso, devemos vericar se negociacoes está vazia na hora de calcular o preço de abertura e
fechamento. Altere novamente o método:
double abertura = negociacoes.isEmpty() ? 0 : negociacoes.get(0).getPreco();
double fechamento = negociacoes.isEmpty() ? 0 :
negociacoes.get(negociacoes.size() - 1).getPreco();
Pronto! Rode o teste, deve vir tudo zero e números estranhos para máximo e mínimo!
¦) Será que tudo está bem? Rode novamente os outros dois testes, o que acontece?
Incrível! Consertamos um bug, mas adicionamos outro. A situação lhe parece familiar? Nós desenvolve-dores
vivemos com isso o tempo todo: tentando fugir dos velhos bugs que continuam a reaparecer!
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: testando nosso modelo sem frameworks - Página ìì
40. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O teste com apenas uma negociação retorna Õ.ßÉßäÉìÕ즘äóìÕ¢ßEìþ˜ como valor mínimo agora! Mas
deveria ser ¦þ.¢. Ainda bem que lembramos de rodar essa classe, e que percebemos que esse número está
diferente do que deveria ser.
Vamos sempre conar em nossa memória?
¢) (opcional) Será que esse erro está ligado a ter apenas uma negociação? Vamos tentar com mais negocia-ções?
Crie e rode um teste com as seguintes negociações:
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(49.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(53.3, 100, hoje);
E com uma sequência decrescente, funciona? Por quê?
ì.ì Du€†•†•o™ “u„™§ ™ «†«±u“Z u ou«h™f§†•o™ “Z†« f¶«
Segue uma lista de dúvidas pertinentes ao Argentum. Algumas dessas perguntas você não saberá respon-der,
porque não denimos muito bem o comportamento de alguns métodos e classes. Outras você saberá
responder.
De qualquer maneira, crie um código curto para testar cada uma das situações, em um main apropriado.
Õ) Uma negociação da Petrobras a ìþ reais, com uma quantidade negativa de negociações é válida? E com
número zero de negociações?
Em outras palavras, posso dar new em uma Negociacao com esses dados?
ó) Uma negociação com data nula é válida? Posso dar new Negociacao(10, 5, null)? Deveria poder?
ì) Um candle é realmente imutável? Não podemos mudar a data de um candle de maneira alguma?
¦) Um candle em que o preço de abertura é igual ao preço de fechamento, é um candle de alta ou de baixa?
O que o sistema diz? O que o sistema deveria dizer?
¢) Como geramos um candle de um dia que não houve negociação? O que acontece?
ä) E se a ordem das negociações passadas ao CandlestickFactory não estiver na ordem crescente das datas?
Devemos aceitar? Não devemos?
ß) E se essas Negociações forem de dias diferentes que a data passada como argumento para a factory?
ì.¦ Tu«±u« ou U•†oZou
Testes de unidade são testes que testam apenas uma classe ou método, vericando se seu comportamento
está de acordo com o desejado. Em testes de unidade, vericamos a funcionalidade da classe e/ou método
Capítulo ì - Testes Automatizados - Denindo melhor o sistema e descobrindo mais bugs - Página ì¦
41. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
em questão passando o mínimo possível por outras classes ou dependências do nosso sistema.
U•†oZou
Unidade é a menor parte testável de uma aplicação. Em uma linguagem de programação orien-tada
a objetos como o Java, a menor unidade é um método.
O termo correto para esses testes é testes de unidade, porém o termo teste unitário propagou-se
e é o mais encontrado nas traduções.
Em testes de unidade, não estamos interessados no comportamento real das dependências da classe,mas em
como a classe em questão se comporta diante das possíveis respostas das dependências, ou então se a classe
modicou as dependências da maneira esperada.
Para isso, quando criamos um teste de unidade, simulamos a execução de métodos da classe a ser testada.
Fazemos isso passando parâmetros (no caso de ser necessário) ao método testado e denimos o resultado
que esperamos. Se o resultado for igual ao que denimos como esperado, o teste passa. Caso contrário, falha.
A±u•ca™
Muitas vezes, principalmente quando estamos iniciando nomundo dos testes, é comumcriarmos
alguns testes que testam muito mais do que o necessário, mais do que apenas a unidade. Tais
testes se transformamem verdadeiros testes de integração (esses sim são responsáveis por testar
o sistemas como um todo).
Portanto, lembre-se sempre: testes de unidade testam apenas unidades!
ì.¢ JU•†±
O JUnit (junit.org) é um framework muito simples para facilitar a criação destes testes de unidade e em
especial sua execução. Ele possui alguns métodos que tornam seu código de teste bem legível e fácil de fazer
as asserções.
Uma asserção é uma armação: alguma invariante que em determinado ponto de execução você quer ga-rantir
que é verdadeira. Se aquilo não for verdade, o teste deve indicar uma falha, a ser reportada para o
programador, indicando um possível bug.
Àmedida que vocêmexe no seu código, você roda novamente toda aquela bateria de testes comum comando
apenas. Com isso você ganha a conança de que novos bugs não estão sendo introduzidos (ou reintrodu-zidos)
conforme você cria novas funcionalidades e conserta antigos bugs. Mais fácil do que ocorre quando
fazemos os testes dentro do main, executando um por vez.
O JUnit possui integração com todas as grandes IDEs, além das ferramentas de build, que vamos conhecer
Capítulo ì - Testes Automatizados - JUnit - Página ì¢
42. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
mais a frente. Vamos agora entender um pouco mais sobre anotações e o import estático, que vão facilitar
muito o nosso trabalho com o JUnit.
U«Z•o™ ™ JU•†± - h™•€†¶§Z•o™ CZ««£Z±„ u «u¶ JAR •™ Eh†£«u
O JUnit é uma biblioteca escrita por terceiros que vamos usar no nosso projeto. Precisamos das classes do
JUnit para escrever nossos testes. E, como sabemos, o formato de distribuição de bibliotecas Java é o JAR,
muito similar a um ZIP com as classes daquela biblioteca.
Precisamos então do JAR do JUnit no nosso projeto. Mas quando rodarmos nossa aplicação, como o Java vai
saber que deve incluir as classes daquele determinado JAR junto com nosso programa? (dependência)
É aqui que o Classpath entra história: é nele que denimos qual o “caminho para buscar as classes que vamos
usar”. Temos que indicar onde a JVM deve buscar as classes para compilar e rodar nossa aplicação.
Há algumas formas de congurarmos o classpath:
• Congurando uma variável de ambiente (desaconselhado);
• Passando como argumento em linha de comando (trabalhoso);
• Utilizando ferramentas como Ant e Maven (veremos mais a frente);
• Deixando o eclipse congurar por você.
No Eclipse, é muito simples:
Õ) Clique com o botão direito em cima do nome do seu projeto.
ó) Escolha a opção Properties.
ì) Na parte esquerda da tela, selecione a opção “Java Build Path”.
E, nessa tela:
Õ) “Java Build Path” é onde você congura o classpath do seu projeto: lista de locais denidos que, por
padrão, só vêm com a máquina virtual congurada;
ó) Opções para adicionar mais caminhos, “Add JARs...” adiciona Jar’s que estejam no seu projeto; “Add
External JARs” adiciona Jar’s que estejam em qualquer outro lugar da máquina, porém guardará uma
referência para aquele caminho (então seu projeto poderá não funcionar corretamente quando colocado
em outro micro, mas existe como utilizar variáveis para isso);
No caso do JUnit, por existir integração direta com Eclipse, o processo é ainda mais fácil, como veremos no
exercício. Mas para todas as outras bibliotecas que formos usar, basta copiar o JAR e adicioná-lo ao Build
Path. Vamos ver esse procedimento com detalhes quando usarmos as bibliotecas que trabalham com XML
e grácos em capítulos posteriores.
Capítulo ì - Testes Automatizados - JUnit - Página ìä
43. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì.ä A•™±Zcou«
Anotação é a maneira de escrever metadados na própria classe, isto é, congurações ou outras informações
pertinentes a essa classe. Esse recurso foi introduzido no Java ¢.þ. Algumas anotações podem ser mantidas
(retained) no .class, permitindo que possamos reaver essas informações, se necessário.
É utilizada, por exemplo, para indicar que determinada classe deve ser processada por um framework de
uma certa maneira, evitando assim as clássicas congurações através de centenas de linhas de XML.
Apesar dessa propriedade interessante, algumas anotações servem apenas para indicar algo ao compilador.
@Override é o exemplo disso. Caso você use essa anotação em um método que não foi reescrito, vai haver
um erro de compilação! A vantagem de usá-la é apenas para facilitar a legibilidade.
@Deprecated indica que ummétodo não deve sermais utilizado por algummotivo e decidiramnão retirá-lo
da API para não quebrar programas que já funcionavam anteriormente.
@SurpressWarnings indica para o compilador que ele não deve dar warnings a respeito de determinado
problema, indicando que o programador sabe o que está fazendo. Umexemplo é o warning que o compilador
do Eclipse dá quando você não usa determinada variável. Você vai ver que um dos quick xes é a sugestão
de usar o @SupressWarnings.
Anotações podem receber parâmetros. Existem muitas delas na API do java ¢, mas realmente é ainda mais
utilizada em frameworks, como o Hibernate ì, o EJB ì e o JUnit¦.
ì.ß JU•†±¦, h™•êu•cou« u Z•™±Zca™
Para cada classe, teremos uma classe correspondente (por convenção, com o suxo Test) que contará todos
os testes relativos aos métodos dessa classe. Essa classe cará no pacote de mesmo nome, mas na Source
Folder de testes (src/test/java).
Por exemplo, para a nossa CandlestickFactory, teremos a CandlestickFactoryTest:
package br.com.caelum.argentum.modelo;
public class CandlestickFactoryTest {
public void sequenciaSimplesDeNegociacoes() {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(39.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(42.3, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1, negociacao2,
Capítulo ì - Testes Automatizados - Anotações - Página ìß
44. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
negociacao3, negociacao4);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
}
}
Emvez deummain, criamosummétodo comnome expressivo para descrever a situação que ele está testando.
Mas... como o JUnit saberá que deve executar aquele método? Para isso anotamos este método com @Test,
que fará com que o JUnit saiba no momento de execução, por režection, de que aquele método deva ser
executado:
public class CandlestickFactoryTest {
@Test
public void sequenciaSimplesDeNegociacoes() {
// ...
}
}
Pronto! Quando rodarmos essa classe como sendo um teste do JUnit, esse método será executado e a View
do JUnit no Eclipse mostrará se tudo ocorreu bem. Tudo ocorre bem quando o método é executado sem
lançar exceções inesperadas e se todas as asserções passarem.
Uma asserção é uma vericação. Ela é realizada através dos métodos estáticos da classe Assert, importada
do org.junit. Por exemplo, podemos vericar se o valor de abertura desse candle é ¦þ.¢:
Assert.assertEquals(40.5, candle.getAbertura(), 0.00001);
Oprimeiro argumento é o que chamamos de expected, e ele representa o valor que esperamos para argumento
seguinte (chamado de actual). Se o valor real for diferente do esperado, o teste não passará e uma barrinha
vermelha será mostrada, juntamente com uma mensagem que diz:
expected valor esperado but was o que realmente deu
D™¶fu e †•uìZ±™
Logo na primeira discussão desse curso, conversamos sobre a inexatidão do double ao trabalhar com arre-dondamentos.
Porém, diversas vezes, gostaríamos de comparar o double esperado e o valor real, sem nos
preocupar com diferenças de arredondamento quando elas são muito pequenas.
OJUnit trata esse caso adicionando um terceiro argumento, que só é necessário quando comparamos valores
double ou žoat. Ele é um delta que se aceita para o erro de comparação entre o valor esperado e o real.
Capítulo ì - Testes Automatizados - JUnit¦, convenções e anotação - Página ì˜
45. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Por exemplo, quando lidamos com dinheiro, o que nos importa são as duas primeiras casas decimais e,
portanto, não há problemas se o erro for na quinta casa decimal. Em soŸwares de engenharia, no entanto,
um erro na quarta casa decimal pode ser um grande problema e, portanto, o delta deve ser ainda menor.
Nosso código nal do teste, agora com as devidas asserções, cará assim:
public class CandlestickFactoryTest {
@Test
public void sequenciaSimplesDeNegociacoes() {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(39.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(42.3, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1, negociacao2,
negociacao3, negociacao4);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(42.3, candle.getFechamento(), 0.00001);
Assert.assertEquals(39.8, candle.getMinimo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(45.0, candle.getMaximo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(1676.0, candle.getVolume(), 0.00001);
}
}
Existem ainda outras anotações principais e métodos importantes da classe Assert, que conheceremos no
decorrer da construção do projeto.
ì.˜ Eìu§hih†™«: “†§Z•o™ ™« ±u«±u« o™ “Z†• £Z§Z JU•†±
Õ) É considerada boa prática separar as classes de testes das classes principais. Para isso, normalmente se
cria um novo source folder apenas para os testes. Vamos fazer isso:
a) Ctrl + N e comece a digitar “Source Folder” até que o ltro a encontre:
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ìÉ
46. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
b) Preencha com src/test/java e clique Finish:
É nesse novo diretório em que você colocará todos seus testes de unidade.
ó) Vamos criar um novo unit test em cima da classe CandlestickFactory. O Eclipse já ajuda bastante: com
o editor na CandlestickFactory, crie um novo (ctrl + N) JUnit Test Case.
Na janela seguinte, selecione o source folder como src/test/java. Não esqueça, também, de selecionar
JUnit¦.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ¦þ
47. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Ao clicar em Finish, o Eclipse te perguntará se pode adicionar os jars do JUnit no projeto.
A anotação @Test indica que aquelemétodo deve ser executado na bateria de testes, e a classe Assert pos-sui
uma série de métodos estáticos que realizam comparações, e no caso de algum problema um exceção
é lançada.
Vamos colocar primeiro o teste inicial:
public class CandlestickFactoryTest {
@Test
public void sequenciaSimplesDeNegociacoes() {
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ¦Õ
48. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(39.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(42.3, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1, negociacao2,
negociacao3, negociacao4);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(42.3, candle.getFechamento(), 0.00001);
Assert.assertEquals(39.8, candle.getMinimo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(45.0, candle.getMaximo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(1676.0, candle.getVolume(), 0.00001);
}
}
Para rodar, use qualquer um dos seguintes atalhos:
• ctrl + FÕÕ: roda o que estiver aberto no editor;
• alt + shiŸ + X (solte) T: roda testes do JUnit.
Não se assuste! Houve a falha porque o número esperado do volume está errado no teste. Repare que
o Eclipse já associa a falha para a linha exata da asserção e explica porque falhou:
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ¦ó
49. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O número correto é mesmo Õäßäþ.þ. Adicione esse zero na classe de teste e rode-o novamente:
É comum digitarmos errado no teste e o teste falhar, por isso, é importante sempre vericar a corretude
do teste, também!
ì) Vamos adicionar outro método de teste à mesma classe CandlestickFactoryTest, dessa vez para testar
o método no caso de não haver nenhuma negociação:
@Test
public void semNegociacoesGeraCandleComZeros() {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList();
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ¦ì
50. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
Assert.assertEquals(0.0, candle.getVolume(), 0.00001);
}
Rode o teste com o mesmo atalho.
¦) E, agora, vamos para o que tem apenas uma negociação e estava falhando. Ainda na classe
CandlestickFactoryTest adicione o método: (repare que cada classe de teste possui vários métodos
com vários casos diferentes)
@Test
public void apenasUmaNegociacaoGeraCandleComValoresIguais() {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Candlestick candle = fabrica.constroiCandleParaData(hoje, negociacoes);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getFechamento(), 0.00001);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getMinimo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(40.5, candle.getMaximo(), 0.00001);
Assert.assertEquals(4050.0, candle.getVolume(), 0.00001);
}
Rode o teste. Repare no erro:
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: migrando os testes do main para JUnit - Página ¦¦
51. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Como consertar?
ì.É VZu Z £u•Z ±u«±Z§ hZ««u« ou “™ou™¥
Faz todo sentido testar classes como a CandlestickFactory, já que existe um algoritmo nela, alguma lógica
que deve ser executada e há uma grande chance de termos esquecido algum comportamento para casos
incomuns - como vimos nos testes anteriores.
Mas as classes de modelo, Negociacao e Candlestick, também precisam ser testadas?
A resposta para essa pergunta é um grande e sonoro sim! Apesar de serem classes mais simples elas também
têm comportamentos especícos como:
Õ) as classes Negociacao e Candlestick devem ser imutáveis, isto é, não devemos ser capazes de alterar
nenhuma de suas informações depois que o objeto é criado;
ó) valores negativos também não deveriam estar presentes nas negociações e candles;
ì) se você fez o opcional CandleBuilder, ele não deveria gerar a candle se os valores não tiverem sido preen-chidos;
¦) etc...
Por essa razão, ainda que sejam classes mais simples, elas merecem ter sua integridade testada - mesmo
porque são os objetos que representam nosso modelo de negócios, o coração do sistema que estamos desen-volvendo.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Vale a pena testar classes de modelo? - Página ¦¢
52. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì.Õþ Eìu§hih†™«: •™ê™« ±u«±u«
Õ) A classe Negociacao é realmente imutável?
Vamos criar um novo Unit Test para a classe Negociacao. O processo é o mesmo que zemos para o teste
da CandlestickFactory: abra a classe Negociacao no editor e faça Ctrl + N JUnit Test Case.
Lembre-se de alterar a Source Folder para src/test/java e selecionar o JUnit ¦.
public class NegociacaoTest {
@Test
public void dataDaNegociacaoEhImutavel() {
// se criar um negocio no dia 15...
Calendar c = Calendar.getInstance();
c.set(Calendar.DAY_OF_MONTH, 15);
Negociacao n = new Negociacao(10, 5, c);
// ainda que eu tente mudar a data para 20...
n.getData().set(Calendar.DAY_OF_MONTH, 20);
// ele continua no dia 15.
Assert.assertEquals(15, n.getData().get(Calendar.DAY_OF_MONTH));
}
}
Você pode rodar esse teste apenas, usando o atalho (alt + shiŸ + X T) ou pode fazermelhor e o que émais
comum, rodar todos os testes de unidade de um projeto.
Basta selecionar o projeto na View Package Explorer e mandar rodar os testes: para essa ação, o único
atalho possível é o alt + shift + X T.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: novos testes - Página ¦ä
53. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Esse teste falha porque devolvemos um objeto mutável através de um getter. Deveríamos ter retornado
uma cópia desse objeto para nos assegurarmos que o original permanece intacto.
E€€uh±†êu JZêZ
Item ìÉ: Faça cópias defensivas quando necessário.
Basta alterar a classe Negociacao e utilizar o método clone que todos os objetos têm (mas só quem
implementa Cloneable executará com êxito):
public Calendar getData() {
return (Calendar) this.data.clone();
}
Sem clone, precisaríamos fazer esse processo na mão. Com Calendar é relativamente fácil:
public Calendar getData() {
Calendar copia = Calendar.getInstance();
copia.setTimeInMillis(this.data.getTimeInMillis());
return copia;
}
Com outras classes, em especial as que tem vários objetos conectados, isso pode ser mais complicado.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: novos testes - Página ¦ß
54. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
L†«±Z« u Z§§Zí«
Esse também é um problema que ocorre muito com coleções e arrays: se você retorna uma List
que é um atributo seu, qualquer um pode adicionar ou remover um elemento de lá, causando
estrago nos seus atributos internos.
Os métodos Collections.unmodifiableList(List) e outros ajudam bastante nesse trabalho.
ó) Podemos criar uma Negociacao com data nula? Por enquanto, podemos, mas não deveríamos. Para que
outras partes domeu sistema não se surpreendammais tarde, vamos impedir que aNegociacao seja criada
se sua data estiver nula, isto é, vamos lançar uma exceção.
Mas qual exceção? Vale a pena criar uma nova exceção para isso?
A exceção padrão no Java para cuidar de parâmetros indesejáveis é a IllegalArgumentException então,
em vez de criar uma nova com a mesma semântica, vamos usá-la para isso.
E€€uh±†êu JZêZ
Item äþ: Favoreça o uso das exceções padrões!
Antes de fazer a modicação na classe, vamos preparar o teste. Mas o que queremos testar? Queremos
saber se nossa classe Negociacao não permite a criação do objeto e lançauma IllegalArgumentException
quando passamos null no construtor.
Ou seja, esperamos que uma exceção aconteça! Para o teste passar, ele precisa dar a exceção (parece meio
contraditório). É fácil fazer isso com JUnit.
Adicione um novo método naoCriaNegociacaoComDataNula na classe NegociacaoTest. Repare que
agora temos um argumento na anotação expected=IllegalArgumentException.class. Isso indica que,
para esse teste ser considerado um sucesso, uma exceção deve ser lançada daquele tipo. Caso contrário
será uma falha:
@Test(expected=IllegalArgumentException.class)
public void naoCriaNegociacaoComDataNula() {
new Negociacao(10, 5, null);
}
Rode os testes. Barrinha vermelha! Já que ainda não vericamos o argumento na classe Negociacao e
ainda não lançamos a exceção:
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: novos testes - Página ¦˜
55. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Vamos alterar a classe Negociacao, para que ela lance a exceção no caso de data nula. No construtor,
adicione o seguinte if:
public Negociacao(double preco, int quantidade, Calendar data) {
if (data == null) {
throw new IllegalArgumentException(data nao pode ser nula);
}
this.preco = preco;
this.quantidade = quantidade;
this.data = data;
}
Rode novamente os testes.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: novos testes - Página ¦É
56. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì) (opcional) Nosso teste para quando não há negociações na CandlestickFactory está vericando apenas
se o volume é zero. Ele também poderia vericar que os outros valores dessa candle são zero.
Modique o método semNegociacoesGeraCandleComZeros e adicione os asserts faltantes de abertura,
fechamento, mínimo e máximo.
O teste vai parar de passar!
Corrija ele da mesma forma que resolvemos o problema para as variáveis abertura e fechamento.
¦) (opcional) Um Candlestick pode ter preço máximo menor que o preço mínimo? Não deveria.
Crie um novo teste, o CandlestickTest, da maneira que zemos com o Negociacao. É boa prática que
todos os testes da classe X se encontrem em XTest.
Dentro dele, crie o precoMaximoNaoPodeSerMenorQueMinimo e faça um new passando argumentos que
quebrem isso. O teste deve esperar pela IllegalArgumentException.
A ideia é testar se o construtor de Candlestick faz as validações necessárias. Lembre-se que o constru-tor
recebe como argumento Candlestick(abertura, fechamento, minimo, maximo, volume, data),
portanto queremos testar se algo assim gera uma exceção (e deveria gerar):
new Candlestick(10, 20, 20, 10, 10000, Calendar.getInstance());
¢) (opcional) Um Candlestick pode ter data nula? Pode ter algum valor negativo?
Teste, verique o que está errado, altere código para que os testes passem! Pegue o ritmo, essa será sua
rotina daqui para a frente.
Capítulo ì - Testes Automatizados - Exercícios: novos testes - Página ¢þ
57. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä) (opcional) Criemais dois testes na CandlestickFactoryTest: o negociacoesEmOrdemCrescenteDeValor
e negociacoesEmOrdemDecrescenteDeValor, que devem fazer o que o próprio nome diz.
Agora eles funcionam?
ì.ÕÕ PZ§Z «Zfu§ “Z†«: I“£™§± E«±a±†h™
Algumas vezes, escrevemos classes que contém muitos métodos e atributos estáticos (nais, como constan-tes).
Essas classes são classes utilitárias e precisamos sempre nos referir a elas antes de chamar um método
ou utilizar um atributo:
import pacote.ClasseComMetodosEstaticos;
class UsandoMetodosEstaticos {
void metodo() {
ClasseComMetodosEstaticos.metodo1();
ClasseComMetodosEstaticos.metodo2();
}
}
Começa a car muito chato escrever, toda hora, o nome da classe. Para resolver esse problema, no Java ¢.þ
foi introduzido o static import, que importamétodos e atributos estáticos de qualquer classe. Usando essa
nova técnica, você pode importar os métodos do exemplo anterior e usá-los diretamente:
import static pacote.ClasseComMetodosEstaticos.*;
class UsandoMetodosEstaticos {
void metodo() {
metodo1();
metodo2();
}
}
Apesar de você ter importado todos osmétodos e atributos estáticos da classe ClasseComMetodosEstaticos,
a classe em si não foi importada e, se você tentasse dar new, por exemplo, ele não conseguiria encontrá-la,
precisando de um import normal à parte.
Um bom exemplo de uso são os métodos e atributos estáticos da classe Assert do JUnit:
import static org.junit.Assert.*;
class TesteMatematico {
@Test
void doisMaisDois() {
Capítulo ì - Testes Automatizados - Para saber mais: Import Estático - Página ¢Õ
58. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
assertEquals(4, 2 + 2);
}
}
Use os imports estáticos dos métodos de Assert nos testes de unidade que você escreveu.
ì.Õó MZ†« uìu§hih†™« ™£h†™•Z†«
Õ) Crie um teste para o CandleBuilder. Ele possui um grande erro: se só chamarmos alguns dos métodos,
e não todos, ele construirá um Candle inválido, com data nula, ou algum número zerado.
Façaumteste geracaoDeCandleDeveTerTodosOsDadosNecessarios que tente isso. Ométodo geraCandle
deveria lançar outra exception conhecida da biblioteca Java, a IllegalStateException, quando invocado
antes dos seus outros seis métodos já terem sido.
O teste deve falhar. Corrija-o criando booleans que indicam se cada método setter foi invocado, ou utili-zando
alguma outra forma de vericação.
ó) Se você fez os opcionais do primeiro exercício do capítulo anterior (criação do projeto e dos modelos)
você tem os métodos isAlta e isBaixa na classe Candlestick. Contudo, temos um comportamento não
especicado nesses métodos: e quando o preço de abertura for igual ao de fechamento?
Perguntando para nosso cliente, ele nos informou que, nesse caso, o candle deve ser considerado de alta.
Crie o teste quandoAberturaIgualFechamentoEhAlta dentro de CandlestickTest, verique se isso está
ocorrendo. Se o teste falhar, faça mudanças no seu código para que a barra volte a car verde!
ì) O que mais pode ser testado? Testar é viciante, e aumentar o número de testes do nosso sistema começa
a virar um hábito divertido e contagioso. Isso não ocorre de imediato, é necessário um tempo para se
apaixonar por testes.
ì.Õì D†«h¶««a™ u“ Z¶Z: ±u«±u« «a™ †“£™§±Z•±u«¥
Capítulo ì - Testes Automatizados - Mais exercícios opcionais - Página ¢ó
59. CZ£i±¶™ ¦
Trabalhando com XML
“Se eu enxerguei longe, foi por ter subido nos ombros de gigantes.
– Isaac Newton
¦.Õ O« oZo™« oZ f™«Z ou êZ™§u«
Como vamos puxar os dados da bolsa de valores para popular nossos candles?
Existem inúmeros formatos para se trabalhar com diversas bolsas. Sem dúvida XML é um formato comu-mente
encontrado em diversas indústrias, inclusive na bolsa de valores.
Utilizaremos esse tal de XML. Para isso, precisamos conhecê-lo mais a fundo, seus objetivos, e como
manipulá-lo. Considere que vamos consumir um arquivo XML como o que segue:
list
negociacao
preco43.5/preco
quantidade1000/quantidade
data
time1222333777999/time
/data
/negociacao
negociacao
preco44.1/preco
quantidade700/quantidade
data
time1222444777999/time
/data
60. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
/negociacao
negociacao
preco42.3/preco
quantidade1200/quantidade
data
time1222333999777/time
/data
/negociacao
/list
Uma lista de negociações! Cada negociação informa o preço, quantidade e uma data. Essa data é composta
por um horário dado no formato de Timestamp, e opcionalmente um Timezone.
¦.ó O €™§“Z±™ XML
XML (eXtensible Markup Language) é uma formalização da WìC para gerar linguagens de marcação que
podem se adaptar a quase qualquer tipo de necessidade. Algo bem extensível, žexível, de fácil leitura e
hierarquização. Sua denição formal pode ser encontrada em:
http://www.wì.org/XML/
Exemplo de dados que são armazenados em XMLs e que não conhecemos tão bem, é o formato aberto de
grácos vetoriais, o SVG(usado peloCorel Draw, Firefox, Inkscape, etc), e oOpenDocument Format (ODF),
formato usado pelo OpenO›ce, e hoje em dia um padrão ISO de extrema importância. (na verdade o ODF
é um ZIP que contém XMLs internamente).
A ideia era criar uma linguagem de marcação que fosse muito fácil de ser lida e gerada por soŸwares, e
pudesse ser integrada as outras linguagens. Entre seus princípios básicos, denidos pelo WìC:
• Separação do conteúdo da formatação
• Simplicidade e Legibilidade
• Possibilidade de criação de tags novas
• Criação de arquivos para validação (DTDs e schemas)
O XML é uma excelente opção para documentos que precisam ter seus dados organizados com uma certa
hierarquia (uma árvore), com relação de pai-lho entre seus elementos. Esse tipo de arquivo é dicilmente
organizado com CSVs ou properties. Como a própria imagem do wikipedia nos trás e mostra o uso estrutu-rado
e encadeado de maneira hierárquica do XML:
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - O formato XML - Página ¢¦
61. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O cabeçalho opcional de todo XML é o que se segue:
?xml version=1.0 encoding=ISO-8859-1?
Esses caracteres não devem ser usados como elemento, e devem ser “escapados:
• , use amp;
• ‘, use apos;
• “, use quot;
• , use lt;
• , use gt;
Você pode, em Java, utilizar a classe String e as regex do pacote java.util.regex para criar um programa
que lê um arquivo XML. Isso é uma grande perda de tempo, visto que o Java, assim como quase toda e
qualquer linguagem existente, possui uma oumais formas de ler um XML. O Java possui diversas, vamos ver
algumas delas, suas vantagens e suas desvantagens.
¦.ì Lu•o™ XML h™“ JZêZ ou “Z•u†§Z o†€ih†, ™ SAX
OSAX (SimpleAPI forXML) é uma API para ler dados em XML, também conhecido como Parser deXML.
Um parser serve para analisar uma estrutura de dados e geralmente o que fazemos é transformá-la em uma
outra.
Neste processo de análise também podemos ler o arquivo XML para procurar algum determinado elemento
e manipular seu conteúdo.
O parser lê os dados XML como um žuxo ou uma sequência de dados. Baseado no conteúdo lido, o parser
vai disparando eventos. É o mesmo que dizer que o parser SAX funciona orientado a eventos.
Existem vários tipos de eventos, por exemplo:
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Lendo XML com Java de maneira difícil, o SAX - Página ¢¢
62. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
• início do documento XML;
• início de um novo elemento;
• novo atributo;
• início do conteúdo dentro de um elemento.
Para tratar estes eventos, o programador deve passar um objeto listener ao parser que será noticado auto-maticamente
pelo parser quandoumdesses eventos ocorrer. Comumente, este objeto é chamado deHandler,
Observer, ou Listener e é quem faz o trabalho necessário de processamento do XML.
public class NegociacaoHandler extends DefaultHandler {
@Override
public void startDocument() throws SAXException {
}
@Override
public void startElement(String uri, String localName,
String name, Attributes attributes) throws SAXException {
// aqui você é avisado, por exemplo
// do inicio da tag preco
}
@Override
public void characters(char[] chars, int offset, int len)
throws SAXException {
// aqui você seria avisado do inicio
// do conteúdo que fica entre as tags, como por exemplo 30
// de dentro de preco30/preco
// para saber o que fazer com esses dados, você precisa antes ter
// guardado em algum atributo qual era a negociação que estava
// sendo percorrida
}
@Override
public void endElement(String uri, String localName, String name)
throws SAXException {
// aviso de fechamento de tag
}
}
Aclasse DefaultHandler permite que você reescrevamétodos que vão te noticar sobre quandoumelemento
(tag) está sendo aberto, quando está sendo fechado, quando caracteres estão sendo parseados (conteúdo de
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Lendo XML com Java de maneira difícil, o SAX - Página ¢ä
63. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
uma tag), etc.. Você é o responsável por saber em que posição do object model (árvore) está, e que atitude
deve ser tomada. A interface ContentHandler dene mais alguns outros métodos.
C¶§†™«†oZou «™f§u ™ SAX
Originalmente o SAX foi escrito só para Java e vem de um projeto da comunidade (http://www.
saxproject.org) , mas existem outras implementações em C++, Perl e Python.
O SAX está atualmente na versão ó e faz parte do JAX-P (Java API for XML Processing).
O SAX somente sabe ler dados e nunca modicá-los e só consegue ler para frente, nunca para trás. Quando
passou um determinado pedaço do XML que já foi lido, não há mais como voltar. O parser SAX não guarda
a estrutura do documento XML na memória.
Também não há como fazer acesso aleatório aos itens do documento XML, somente sequencial.
Por outro lado, como os dados vão sendo analisados e transformados (pelo Handler) na hora da leitura, o
SAX ocupa pouca memória, principalmente porque nunca vai conhecer o documento inteiro e sim somente
um pequeno pedaço. Devido também a leitura sequencial, ele émuito rápido comparado comos parsers que
analisam a árvore do documento XML completo.
Quando for necessário ler um documento em partes ou só determinado pedaço e apenas uma vez, o SAX
parser é uma excelente opção.
S±AX - S±§uZ“†• API €™§ XML
StAX é um projeto que foi desenvolvido pela empresa BEA e padronizado pela JSR-Õßì. Ele é
mais novo do que o SAX e foi criado para facilitar o trabalho com XML. StAX faz parte do Java
SE ä e JAX-P.
Como o SAX, o StAX também lê os dados de maneira sequencial. A diferença entre os dois é a
forma como é noticada a ocorrência de um evento.
No SAX temos que registrar um Handler. É o SAX que avisa o Handler e chama osmétodos dele.
Ele empurra os dados para o Handler e por isso ele é um parser do tipo push, .
O StAX, ao contrário, não precisa deste Handler. Podemos usar a API do StAX para chamar seus
métodos, quando e onde é preciso. O cliente decide, e não o parser. É ele quem pega/tira os
dados do StAX e por isso é um parser do tipo pull.
O site http://www.xmlpull.org fornece mais informações sobre a técnica de Pull Parsing, que
tem sido considerada por muitos como a forma mais eciente de processar documentos xml.
A biblioteca XPPì é a implementação em Javamais conhecida deste conceito. É usada por outras
bibliotecas de processamento de xml, como o CodeHaus XStream.
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Lendo XML com Java de maneira difícil, o SAX - Página ¢ß
64. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
¦.¦ XS±§uZ“
O XStream é uma alternativa perfeita para os casos de uso de XML em persistência, transmissão de dados e
conguração. Sua facilidade de uso e performance elevada são os seus principais atrativos.
É um projeto hospedado na Codehaus, um repositório de código open source focado em Java, que foi for-mado
por desenvolvedores de famosos projetos como o XDoclet, PicoContainer eMaven. Ogrupo é patroci-nado
por empresas como aoughWorks, BEA e Atlassian. Entre os desenvolvedores do projeto, Guilherme
Silveira da Caelum está também presente.
http://xstream.codehaus.org
Diversos projetos opensource, como o container de inversão de controle NanoContainer, o framework de
redes neurais Joone, dentre outros, passaram a usar XStream depois de experiências com outras bibliotecas.
O XStream é conhecido pela sua extrema facilidade de uso. Repare que raramente precisaremos fazer con-
gurações ou mapeamentos, como é extremamente comum nas outras bibliotecas mesmo para os casos mais
básicos.
Como gerar o XML de uma negociação? Primeiramente devemos ter uma referência para o objeto. Podemos
simplesmente criá-lo e populá-lo ou então deixar que o Hibernate faça isso.
Com a referência negociacao em mãos, basta agora pedirmos ao XStream que gera o XML correspondente:
Negociacao negociacao = new Negociacao(42.3, 100, Calendar.getInstance());
XStream stream = new XStream(new DomDriver());
System.out.println(stream.toXML(negociacao));
E o resultado é:
br.com.caelum.argentum.Negociacao
preco42.3/preco
quantidade100/quantidade
data
time1220009639873/time
timezoneAmerica/Sao_Paulo/timezone
/data
/br.com.caelum.argentum.Negociacao
A classe XStream atua como façade de acesso para os principais recursos da biblioteca. O construtor da
classe XStream recebe como argumento um Driver, que é a engine que vai gerar/consumir o XML. Aqui
você pode denir se quer usar SAX, DOM, DOM¦J dentre outros, e com isso o XStream será mais rápido,
mais lento, usar mais ou menos memória, etc.
Odefault do XStreamé usarumdriver chamado XPPì, desenvolvido na universidade de Indiana e conhecido
por ser extremamente rápido (leia mais no box de pull parsers). Para usá-lo você precisa de um outro JAR
no classpath do seu projeto.
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - XStream - Página ¢˜
65. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O método toXML retorna uma String. Isso pode gastar muita memória no caso de você serializar uma lista
grande de objetos. Ainda existe um overload do toXML, que além de um Object recebe um OutputStream
como argumento para você poder gravar diretamente num arquivo, socket, etc.
Diferentemente de outros parsers do Java, o XStreamserializa por default os objetos através de seus atributos
(sejam privados ou não), e não através de getters e setters.
Repare que o XStream gerou a tag raiz com o nome de br.com.caelum.argentum.Negociacao. Isso porque
não existe um conversor para ela, então ele usa o próprio nome da classe e gera o XML recursivamente para
cada atributo não transiente daquela classe.
Porém, muitas vezes temos um esquema de XML já muito bem denido, ou simplesmente não queremos
gerar um XML com cara de java. Para isso podemos utilizar um alias. Vamos modicar nosso código que
gera o XML:
XStream stream = new XStream(new DomDriver());
stream.alias(negociacao, Negociacao.class);
Essa conguração também pode ser feita através da anotação @XStreamAlias(negociacao) em cima da
classe Negociacao.
Podemos agora fazer o processo inverso. DadoumXMLque representa umbean da nossa classe Negociacao,
queremos popular esse bean. O código é novamente extremamente simples:
XStream stream = new XStream(new DomDriver());
stream.alias(negociacao, Negociacao.class);
Negociacao n = (Negociacao) stream.fromXML(negociacao +
preco42.3/preco +
quantidade100/quantidade +
/negociacao);
System.out.println(negociacao.getPreco());
Obviamente não teremos um XML dentro de um código Java. O exemplo aqui é meramente ilustrativo (útil
em um teste!). Os atributos não existentes carão como null no objeto, como é o caso aqui do atributo data,
ausente no XML.
O XStreampossui uma sobrecarga dométodo fromXML que recebe um InputStream como argumento, outro
que recebe um Reader.
JAXB ™¶ XS±§uZ“¥
Avantagem do JAXB é seruma especicação do Java, e a do XStreamé sermais žexível e permitir
trabalhar com classes imutáveis.
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - XStream - Página ¢É
66. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
@XS±§uZ“A†Z«
Em vez de chamar stream.alias(negociacao, Negociacao.class);, podemos fazer essa
conguração direto na classe Negociacao com uma anotação:
@XStreamAlias(negociacao)
public class Negociacao {
}
Para habilitar o suporte a anotações, precisamos chamar no xstream:
stream.autodetectAnnotations(true);
Ou então, se precisarmos processar as anotações de apenas uma única classe, basta indicá-la,
como abaixo:
stream.processAnnotations(Negociacao.class);
Note que trabalhar com as anotações, portanto, não nos economiza linhas de código. Sua prin-cipal
vantagem é manter as congurações centralizadas e, assim, se houver mais de uma parte
na sua aplicação responsável por gerar XMLs de ummesmomodelo, não corremos o risco de ter
XMLs incompatíveis.
¦.¢ Eìu§hih†™«: Lu•o™ ™ XML
Õ) Para usarmos o XStream, precisamos copiar seus JARs para o nosso projeto e adicioná-los ao Build Path.
Para facilitar, vamos criar uma pasta lib para colocar todos os JARs que necessitarmos.
Crie uma nova pasta usando ctrl + N e começando a digitar Folder:
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Exercícios: Lendo o XML - Página äþ
67. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Coloque o nome de lib e clique OK:
ó) Vamos pôr o XStream no nosso projeto. Vá na pasta Caelum no seu Desktop e entre em óó. Localize o
arquivo do XStream:
Esse é o mesmo arquivo que você encontra para download no site do XStream, na versão minimal.
ì) Copie o JAR do XStreamÕ.¦ para a pasta lib/ do Argentum e, pelo Eclipse, entre na pasta lib e dê refresh
(F¢) nela.
Então, selecione o JAR, clique com o botão direito e vá em Build Path, Add to build path. A partir de
agora o Eclipse considerará as classes do XStream para esse nosso projeto.
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Exercícios: Lendo o XML - Página äÕ
68. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
¦) Vamos, nalmente, implementar a leitura do XML, delegando o trabalho para o XStream. Criamos a
classe LeitorXML dentro do pacote br.com.caelum.argentum.reader:
package br.com.caelum.argentum.reader;
// imports...
public class LeitorXML {
public ListNegociacao carrega(InputStream inputStream) {
XStream stream = new XStream(new DomDriver());
stream.alias(negociacao, Negociacao.class);
return (ListNegociacao) stream.fromXML(inputStream);
}
}
¢) Crie um teste de unidade LeitorXMLTest pelo Eclipse para testarmos a leitura do XML. Com o cursor na
classe LeitorXML, faça Ctrl + N e digite JUnit Test Case:
Lembre-se de colocá-lo na source folder src/test/java.
Para não ter de criar um arquivo XML no sistema de arquivos, podemos usar um truque interessante:
coloque o trecho do XML em uma String Java, e passe um ByteArrayInputStream, convertendo nossa
String para byte através do método getBytes():
@Test
public void carregaXmlComUmaNegociacaoEmListaUnitaria() {
String xmlDeTeste = ...; // o XML vai aqui!
LeitorXML leitor = new LeitorXML();
InputStream xml = new ByteArrayInputStream(xmlDeTeste.getBytes());
ListNegociacao negociacoes = leitor.carrega(xml);
}
Use o seguinte XML de teste, substituindo a linha em negrito acima:
String xmlDeTeste = list +
negociacao +
preco43.5/preco +
quantidade1000/quantidade +
data +
time1322233344455/time +
/data +
/negociacao +
/list;
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Exercícios: Lendo o XML - Página äó
69. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä) Um teste de nada serve se não tiver suas vericações. Assim, não esqueça de vericar valores esperados
como:
• a lista devolvida deve ter tamanho Õ;
• a negociação deve ter preço ¦ì.¢;
• a quantidade deve ser Õþþþ.
ß) (Opcional) Crie mais alguns testes para casos excepcionais, como:
• Zero negociações;
• Preço ou quantidade faltando;
• Outras quantidades de negociações (ì, por exemplo).
˜) (importante, conceitual) E o que falta agora? Testar nosso código com um XML real?
É muito comum sentirmos a vontade de fazer um teste “maior: um teste que realmente abre um
InputStreamReader, passa o XML para o LeitorXML e depois chama a CandlestickFactory para que-brar
as negociações em candles.
Esse teste seria um chamado teste de integração - não de unidade. Se criássemos esse teste e ele falhasse,
seria muito mais difícil detectar o ponto de falha!
Pensar em sempre testar asmenores unidades possíveis nos força a pensar em classesmenos dependentes
entre si, isto é, com baixo acoplamento. Por exemplo: poderíamos ter criado um LeitorXML que interna-mente
chamasse a fábrica e devolvesse diretamente uma ListCandlestick. Mas isso faria com que o
nosso teste do leitor de XML testasse muito mais que apenas a leitura de XML (já que estaria passando
pela CandlestickFactory).
¦.ä D†«h¶««a™ u“ Z¶Z: O•ou ¶«Z§ XML u ™ Zf¶«™ o™ “u«“™
Capítulo ¦ - Trabalhando com XML - Discussão em aula: Onde usar XML e o abuso do mesmo - Página äì
70. CZ£i±¶™ ¢
Test Driven Design - TDD
“Experiência sem teoria é cegueira, mas teoria sem experiência é mero jogo intelectual.
– Immanuel Kant
¢.Õ Su£Z§Z•o™ Z« hZ•ou«
Agora que temos nosso leitor de XML que cria uma lista com as negociações representadas no arquivo pas-sado,
um novo problema surge: a BOVESPA permite fazer download de um arquivo XML contendo todas
as negociações de um ativo desde a data especicada. Entretanto, nossa CandlestickFactory está preparada
apenas para construir candles de uma data especíca.
Dessa forma, precisamos ainda quebrar a lista que contém todas as negociações em partes menores, com
negociações de um dia apenas, e usar o outro método para gerar cada Candlestick. Essas, devem ser arma-zenadas
em uma nova lista para serem devolvidas.
Para fazer tal lógica, então, precisamos:
• passar por cada negociações da lista original;
• vericar se continua no mesmo dia e...
• ...se sim, adiciona na lista do dia;
• ...caso contrário:
– gera a candle;
– guarda numa lista de Candlesticks;
– zera a lista de negociações do dia;
71. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
– indica que vai olhar o próximo dia, agora;
• ao nal, devolver a lista de candles;
O algoritmo não é trivial e, ainda, ele depende de uma vericação que o Java não nos dá prontamente: se
continua no mesmo dia. Isto é, dado que eu sei qual a dataAtual, quero vericar se a negociação pertence a
esse mesmo dia.
Vericar uma negociação é do mesmo dia que um Calendar qualquer exige algumas linhas de código, mas
veja que, mesmo antes de implementá-lo, já sabemos como o método isMesmoDia deverá se comportar em
diversas situações:
• se for exatamente o mesmo milissegundo = true;
• se for no mesmo dia, mas em horários diferentes = true;
• se for no mesmo dia, mas em meses diferentes = false;
• se for no mesmo dia e mês, mas em anos diferentes = false.
Sempre que vamos começar a desenvolver uma lógica, intuitivamente, já pensamos em seu comportamento.
Fazer os testes automatizados para tais casos é, portanto, apenas colocar nosso pensamento em forma de
código. Mas fazê-lo incrementalmente, mesmo antes de seguir com a implementação é o princípio do que
chamamos de Test Driven Design (TDD).
¢.ó VZ•±Zu•« o™ TDD
TDD é uma técnica que consiste em pequenas iterações, em que novos casos de testes de funcionalidades
desejadas são criados antes mesmo da implementação. Nesse momento, o teste escrito deve falhar, já que
a funcionalidade implementada não existe. Então, o código necessário para que os testes passem, deve ser
escrito e o teste deve passar. O ciclo se repete para o próximo teste mais simples que ainda não passa.
Um dos principais benefício dessa técnica é que, como os testes são escritos antes da implementação do
trecho a ser testado, o programador não é inžuenciado pelo código já feito - assim, ele tende a escrever testes
melhores, pensando no comportamento em vez da implementação.
Lembremos: os testes devem mostrar (e documentar) o comportamento do sistema, e não o que uma im-plementação
faz.
Além disso, nota-se que TDD traz baixo acoplamento, o que é ótimo já que classes muito acopladas são
difíceis de testar. Como criaremos os testes antes, desenvolveremos classes menos acopladas, isto é, menos
dependentes de outras muitas, separando melhor as responsabilidades.
O TDD também é uma espécie de guia: como o teste é escrito antes, nenhum código do sistema é escrito
por “acharmos” que vamos precisar dele. Em sistemas sem testes, é comum encontrarmos centenas de linhas
que jamais serão invocadas, simplesmente porque o desenvolvedor “achou” que alguém um dia precisaria
daquele determinado método.
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Vantagens do TDD - Página ä¢
72. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Imagine que você já tenha um sistema com muitas classes e nenhum teste: provavelmente, para iniciar a
criação de testes,muitas refatorações terão de ser feitas,mas comomodicar seu sistema garantindo o funci-onamento
dele após as mudanças quando não existem testes que garantam que seu sistema tenha o compor-tamento
desejado? Por isso, crie testes sempre e, de preferência, antes da implementação da funcionalidade.
TDD é uma disciplina difícil de se implantar, mas depois que você pega o jeito e o hábito é adquirido, pode-mos
ver claramente as diversas vantagens dessa técnica.
¢.ì Eìu§hih†™«: Iou•±†€†hZ•o™ •u™h†Zcou« o™ “u«“™ o†Z
Poderíamos criar uma classe LeitorXML que pega todo o XML e converte em candles, mas ela teria muita
responsabilidade. Vamos cuidar da lógica que separa as negociações em vários candles por datas em outro
lugar.
Õ) Queremos então, em nossa classe de factory, pegar uma série de negociações e transformar em uma lista
de candles. Para isso vamos precisar que uma negociação saiba identicar se é do mesmo dia que a
dataAtual.
Para saber, conforme percorremos todas as negociações, se a negociação atual ainda aconteceu namesma
data que estamos procurando, vamos usar um método na classe Negociacao que faz tal vericação.
Seguindo os princípios do TDD, começamos escrevendo um teste na classe NegociacaoTest:
@Test
public void mesmoMilissegundoEhDoMesmoDia() {
Calendar agora = Calendar.getInstance();
Calendar mesmoMomento = (Calendar) agora.clone();
Negociacao negociacao = new Negociacao(40.0, 100, agora);
Assert.assertTrue(negociacao.isMesmoDia(mesmoMomento));
}
Esse código não vai compilar de imediato, já que não temos esse método na nossa classe. No Eclipse,
aperte Ctrl + Õ em cima do erro e escolha Create method isMesmoDia.
E qual será uma implementação interessante? Que tal simplicar usando o método equals de Calendar?
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios: Identicando negociações do mesmo dia - Página ää
73. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public boolean isMesmoDia(Calendar outraData) {
return this.data.equals(outraData);
}
Rode o teste! Passa?
ó) Nosso teste passou de primeira! Vamos tentar mais algum teste? Vamos testar datas iguais em horas
diferentes, crie o método a seguir na classe NegociacaoTest:
@Test
public void comHorariosDiferentesEhNoMesmoDia() {
// usando GregorianCalendar(ano, mes, dia, hora, minuto)
Calendar manha = new GregorianCalendar(2011, 10, 20, 8, 30);
Calendar tarde = new GregorianCalendar(2011, 10, 20, 15, 30);
Negociacao negociacao = new Negociacao(40.0, 100, manha);
Assert.assertTrue(negociacao.isMesmoDia(tarde));
}
Rode o teste. Não passa!
Infelizmente, usar o equals não resolve nosso problema de comparação.
Lembre que um Calendar possui um timestamp, isso quer dizer que além do dia, do mês e do ano, há
também informações de hora, segundos etc. A implementação que compara os dias será:
public boolean isMesmoDia(Calendar outraData) {
return
data.get(Calendar.DAY_OF_MONTH) == outraData.get(Calendar.DAY_OF_MONTH);
}
Altere o método isMesmoDia na classe Negociacao e rode os testes anteriores. Passamos agora?
ì) O próximo teste a implementarmos será o que garante que para dia igual, mas mês diferente, a data não
é a mesma. Quer dizer: não basta comparar o campo referente ao dia do mês, ainda é necessário que seja
o mesmo mês!
Crie o mesmoDiaMasMesesDiferentesNaoSaoDoMesmoDia na classe de testes do Negociacao, veja o teste
falhar e, então, implemente o necessário para que ele passe. Note que, dessa vez, o valor esperado é o
false e, portanto, utilizaremos o Assert.assertFalse.
¦) Finalmente, o último teste a implementarmos será o que garante que para dia e meses iguais, mas anos
diferentes, a data não é a mesma. Siga o mesmo procedimento para desenvolver com TDD:
• Escreva o teste mesmoDiaEMesMasAnosDiferentesNaoSaoDoMesmoDia;
• Rode e veja que falhou;
• Implemente o necessário para fazê-lo passar.
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios: Identicando negociações do mesmo dia - Página äß
74. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Feito esse processo, seumétodo isMesmoDia na classe Negociacao deve ter cado bem parecido comisso:
public boolean isMesmoDia(Calendar outraData) {
return
this.data.get(Calendar.DAY_OF_MONTH) == outraData.get(Calendar.DAY_OF_MONTH)
this.data.get(Calendar.MONTH) == outraData.get(Calendar.MONTH)
this.data.get(Calendar.YEAR) == outraData.get(Calendar.YEAR);
}
¢.¦ Eìu§hih†™«: Su£Z§Z•o™ ™« hZ•ou«
Õ) Próximo passo: dada uma lista de negociações de várias datas diferentes mas ordenada por data, quebrar
em uma lista de candles, uma para cada data.
Seguindo a disciplina do TDD: começamos pelo teste!
Adicione o método paraNegociacoesDeTresDiasDistintosGeraTresCandles na classe
CandlestickFactoryTest:
@Test
public void paraNegociacoesDeTresDiasDistintosGeraTresCandles() {
Calendar hoje = Calendar.getInstance();
Negociacao negociacao1 = new Negociacao(40.5, 100, hoje);
Negociacao negociacao2 = new Negociacao(45.0, 100, hoje);
Negociacao negociacao3 = new Negociacao(39.8, 100, hoje);
Negociacao negociacao4 = new Negociacao(42.3, 100, hoje);
Calendar amanha = (Calendar) hoje.clone();
amanha.add(Calendar.DAY_OF_MONTH, 1);
Negociacao negociacao5 = new Negociacao(48.8, 100, amanha);
Negociacao negociacao6 = new Negociacao(49.3, 100, amanha);
Calendar depois = (Calendar) amanha.clone();
depois.add(Calendar.DAY_OF_MONTH, 1);
Negociacao negociacao7 = new Negociacao(51.8, 100, depois);
Negociacao negociacao8 = new Negociacao(52.3, 100, depois);
ListNegociacao negociacoes = Arrays.asList(negociacao1, negociacao2,
negociacao3, negociacao4, negociacao5, negociacao6, negociacao7,
negociacao8);
CandlestickFactory fabrica = new CandlestickFactory();
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios: Separando os candles - Página ä˜
75. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ListCandlestick candles = fabrica.constroiCandles(negociacoes);
Assert.assertEquals(3, candles.size());
Assert.assertEquals(40.5, candles.get(0).getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(42.3, candles.get(0).getFechamento(), 0.00001);
Assert.assertEquals(48.8, candles.get(1).getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(49.3, candles.get(1).getFechamento(), 0.00001);
Assert.assertEquals(51.8, candles.get(2).getAbertura(), 0.00001);
Assert.assertEquals(52.3, candles.get(2).getFechamento(), 0.00001);
}
A chamada ao método constroiCandles não compila pois o método não existe ainda. Ctrl + Õ e Create
method.
Como implementamos? Precisamos:
• Criar a ListCandlestick;
• Percorrer a ListNegociacao adicionando cada negociacão no Candlestick atual;
• Quando achar uma negociação de um novo dia, cria um Candlestick novo e adiciona;
• Devolve a lista de candles;
O código talvez que um pouco grande. Ainda bem que temos nosso teste!
public ListCandlestick constroiCandles(ListNegociacao todasNegociacoes) {
ListCandlestick candles = new ArrayListCandlestick();
ListNegociacao negociacoesDoDia = new ArrayListNegociacao();
Calendar dataAtual = todasNegociacoes.get(0).getData();
for (Negociacao negociacao : todasNegociacoes) {
// se não for mesmo dia, fecha candle e reinicia variáveis
if (!negociacao.isMesmoDia(dataAtual)) {
Candlestick candleDoDia = constroiCandleParaData(dataAtual,
negociacoesDoDia);
candles.add(candleDoDia);
negociacoesDoDia = new ArrayListNegociacao();
dataAtual = negociacao.getData();
}
negociacoesDoDia.add(negociacao);
}
// adiciona último candle
Candlestick candleDoDia = constroiCandleParaData(dataAtual,
negociacoesDoDia);
candles.add(candleDoDia);
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios: Separando os candles - Página äÉ
76. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
return candles;
}
Rode o teste!
¢.¢ Eìu§hih†™« ™£h†™•Z†«
Õ) E se passarmos para o método constroiCandles da fábrica uma lista de negociações que não está na
ordem crescente? O resultado vai ser candles em ordem diferentes, e provavelmente com valores erra-dos.
Apesar da especicação dizer que os negociações vem ordenados pela data, é boa prática programar
defensivamente em relação aos parâmetros recebidos.
Aqui temos diversas opções. Uma delas é, caso alguma Negociacao venha em ordem diferente da cres-cente,
lançamos uma exception, a IllegalStateException.
Crie o naoPermiteConstruirCandlesComNegociacoesForaDeOrdem e congure o teste para vericar que
uma IllegalStateException foi lançada. Basta usar como base o mesmo teste que tínhamos antes, mas
adicionar as negociações com datas não crescentes.
Rode o teste e o veja falhar.
Pra isso, modicamos o código adicionando as linhas em negrito ao método constroiCandles:
for (Negociacao negociacao : todasNegociacoes) {
if (negociacao.getData().before(dataAtual)) {
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios opcionais - Página ßþ
77. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
throw new IllegalStateException(negociações em ordem errada);
}
// se não for mesmo dia, fecha candle e reinicia variáveis
...
ó) Vamos criar um gerador automático de arquivos para testes da bolsa. Ele vai gerar ìþ dias de candle e
cada candle pode ser composto de þ a ÕÉ negociações. Esses preços podem variar.
public class GeradorAleatorioDeXML {
public static void main(String[] args) throws IOException {
Calendar data = Calendar.getInstance();
Random random = new Random(123);
ListNegociacao negociacoes = new ArrayListNegociacao();
double valor = 40;
int quantidade = 1000;
for (int dias = 0; dias 30; dias++) {
int quantidadeNegociacoesDoDia = random.nextInt(20);
for (int negociacao = 0; negociacao quantidadeNegociacoesDoDia;
negociacao++){
// no máximo sobe ou cai R$1,00 e nao baixa além de R$5,00
valor += (random.nextInt(200) - 100) / 100.0;
if (valor 5.0) {
valor = 5.0;
}
// quantidade: entre 500 e 1500
quantidade += 1000 - random.nextInt(500);
Negociacao n = new Negociacao(valor, quantidade, data);
negociacoes.add(n);
}
data = (Calendar) data.clone();
data.add(Calendar.DAY_OF_YEAR, 1);
}
XStream stream = new XStream(new DomDriver());
stream.alias(negociacao, Negociacao.class);
stream.setMode(XStream.NO_REFERENCES);
PrintStream out = new PrintStream(new File(negociacao.xml));
out.println(stream.toXML(negociacoes));
}
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios opcionais - Página ßÕ
78. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
}
Se você olhar o resultado do XML, verá que, por usarmos o mesmo objeto Calendar em vários lugares, o
XStream coloca referências no próprio XML evitando a cópia do mesmo dado. Mas talvez isso não seja
tão interessante na prática, pois émais comum na hora de integrar sistemas, passar um XML simples com
todos os dados.
Aopção XStream.NO_REFERENCES serve para indicar aoXStreamque não queremos que ele crie referências
a tags que já foramserializadas iguaizinhas. Você pode passar esse argumento para ométodo setMode do
XStream. Faça o teste sem e com essa opção para entender a diferença.
Du«Z€†™ - O§ou•u Z †«±Z ™• ou“Z•o
Õ) Faça com que uma lista de Negociacao seja ordenável pela data das negociações.
Então poderemos, logo no início dométodo, ordenar todas as negociações comCollections.sort e não
precisamos mais vericar se os negociações estão vindo em ordem crescente!
Perceba que mudamos uma regra de negócio, então teremos de režetir isso no nosso teste unitário que
estava comexpected=IllegalStateException.class no caso de vir em ordem errada. Oresultado agora
com essa modicação tem de dar o mesmo que com as datas crescentes.
Capítulo ¢ - Test Driven Design - TDD - Exercícios opcionais - Página ßó
79. CZ£i±¶™ ä
Acessando umWeb Service
“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra”
– John Donne
ä.Õ I•±u§Zca™ u•±§u «†«±u“Z«
No capítulo anterior resolvemos o problema de como interpretar os dados oriundos de um arquivo XML,
apesar disso, no mundo real, dados são gerados dinamicamente a todo instante das mais diversas fontes.
No mercado de bolsa de valores é comum o uso de aplicações que permitem aos seus usuários analisar o
mercado, e até mesmo comprar e vender ações em tempo real. Mas como é possível analisar o mercado se
não temos acesso aos dados da Bovespa?
A integração e a comunicação com o sistema da Bovespa se faz necessária para que possamos receber dados
sempre atualizados. Geralmente essa comunicação se dá pelo próprio protocolo da web, o HTTP, com o
formato difundido e já estudado XML. Essa integração e comunicação entre aplicações possui o nome de
Web Service.
ä.ó C™•«¶“†•o™ oZo™« ou ¶“Wuf Su§ê†hu
Para consumir dados vindos de outra aplicação, a primeira coisa importante é saber onde essa aplicação se
encontra. Emtermos técnicos, qual a URL desseweb service. Emnosso projeto a URL especíca da aplicação
será http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes.
Podemos testar essa URL facilmente dentro do navegador, basta copiar e colar na barra de endereço. Ao
executar, o navegador recebe como resposta o XML de negócios que já conhecemos, por exemplo:
80. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä.ì C§†Z•o™ ™ h†u•±u JZêZ
Já sabemos de onde consumir, resta saber como consumir esses dados pela web. Nomundo web trabalhamos
com o conceito de requisição e resposta. Se queremos os dados precisamos realizar uma requisição para
aquela URL, mas como?
Na própria API do Java temos classes que tornam possível essa tarefa. Como é o caso da classe URL que nos
permite referenciar um recurso naWeb, seja ele um arquivo ou até mesmo um diretório.
URL url = new URL(http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes);
Conhecendo a URL falta agora que uma requisição HTTP seja feita para ela. Faremos isso através do mé-todo
openConnection que nos devolve um URLConnection. Entretanto, como uma requisição HTTP se faz
necessária, usaremos uma subclasse de URLConnection que é a HttpURLConnection.
URL url = new URL(http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes);
HttpURLConnection connection = (HttpURLConnection) url.openConnection();
Dessa conexão pediremos um InputStream que será usado pelo nosso LeitorXML.
URL url = new URL(http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes);
HttpURLConnection connection = (HttpURLConnection) url.openConnection();
InputStream content = connection.getInputStream();
ListNegociacao negociacoes = new LeitorXML().carrega(content);
Capítulo ä - Acessando umWeb Service - Criando o cliente Java - Página ߦ
81. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Dessa forma já temos em mãos a lista de negociações que era o nosso objetivo principal. Resta agora en-capsularmos
este código em alguma classe, para que não seja necessário repeti-lo toda vez que precisamos
receber os dados da negociação. Vamos implementar a classe ClienteWebService e nela deixar explícito qual
o caminho da aplicação que a conexão será feita.
public class ClienteWebService {
private static final String URL_WEBSERVICE =
http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes;
}
Por último, e não menos importante, declararemos um método que retorna uma lista de negociações, justa-mente
o que usaremos no projeto.
public class ClienteWebService {
private static final String URL_WEBSERVICE =
http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes;
public ListNegociacao getNegociacoes() {
URL url = new URL(URL_WEBSERVICE);
HttpURLConnection connection = (HttpURLConnection)url.openConnection();
InputStream content = connection.getInputStream();
return new LeitorXML().carrega(content);
}
}
Nossa classe ainda não compila, pois tanto o construtor de URL quanto os métodos de HttpURLConnection
lançam exceções que são do tipo IOException. Vamos tratar o erro e fechar a conexão que foi aberta pelo
método getInputStream, em um bloco finally.
...
public ListNegociacao getNegociacoes() {
HttpURLConnection connection = null;
try {
URL url = new URL(URL_WEBSERVICE);
connection = (HttpURLConnection)url.openConnection();
InputStream content = connection.getInputStream();
return new LeitorXML().carrega(content);
} catch (IOException e) {
throw new RuntimeException(e);
Capítulo ä - Acessando umWeb Service - Criando o cliente Java - Página ߢ
82. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
} finally {
connection.disconnect();
}
}
...
Dessa forma conseguimos nos comunicar com um Web Service e consumir os dados disponibilizados por
ele através de um XML. Esta é uma prática bastante utilizada pelo mercado e estudada com mais aprofunda-mento
no curso FJ-ìÕ | Curso Java EE avançado eWeb Services.
H±±£C†u•±
Existe uma biblioteca capaz de lidar com dados de uma forma simples e mais especíca do que
utilizar diretamente a API do Java. Para trabalhar com o protocolo HTTP há a biblioteca Http-
Client que faz parte do Apache SoŸware Foundation:
http://hc.apache.org/httpcomponents-client-ga/index.html
Com ela ganhamos uma API que fornece toda funcionalidade do protocolo HTTP e podería-mos
usá-la para chamar o Web Service. Segue um pequeno exemplo usando o HttpClient para
executar uma requisição do tipo GET:
HttpClient client = new DefaultHttpClient();
HttpGet request = new HttpGet(URL_DO_WEBSERVICE);
HttpResponse response = client.execute(request);
InputStream content = response.getEntity().getContent();
Capítulo ä - Acessando umWeb Service - Criando o cliente Java - Página ßä
83. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Wuf Su§ê†hu - SOAP, JSON u ™¶±§™«
Por denição um Web Service é alguma lógica de negócio acessível usando padrões da Inter-net.
O mais comum é usar HTTP como protocolo de comunicação e XML para o formato que
apresenta os dados - justamente o que praticaremos aqui. Mas nada impede o uso de outros
formatos.
Uma tentativa de especicarmais ainda o XML dosWeb Services são os padrões SOAP eWSDL.
Junto com o protocolo HTTP, eles denem a base para comunicação de vários serviços no
mundo de aplicações Enterprise. O SOAP e WSDL tentam esconder toda comunicação e ge-ração
do XML, facilitando assim o uso para quem não conhece os padrõesWeb. No treinamento
FJ-ìÕ veremos os detalhes sobre publicação e a criação de clientes baseados no Web Services
SOAP/WSDL.
Outro formato bastante popular nos Web Services é o JSON. JSON é parecido com XML, mas
um poucomenos verboso e fácil de usar comJavaScript. JSON ganhou popularidade através das
requisições AJAX e conquistou o seu espaço nos Web Services também. Além de ser bastante
difundido no desenvolvimento mobile por ser mais leve no tráfego via rede.
ä.¦ Eìu§hih†™«: N™««™ h†u•±uWuf Su§ê†hu
Õ) Vamos agora implementar o cliente do Web Service, primeiramente criaremos a classe
ClienteWebService, dentro do pacote br.com.caelum.argentum.ws na pasta src/main/java. Va-mos
criar também uma constante com a URL para onde será feita a requisição.
public class ClienteWebService {
private static final String URL_WEBSERVICE =
http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes;
}
ó) Agora vamos criar o método getNegociacoes(), que retorna a nossa lista de negociações:
public class ClienteWebService {
private static final String URL_WEBSERVICE =
http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes;
public ListNegociacao getNegociacoes() {
HttpURLConnection connection = null;
URL url = new URL(URL_WEBSERVICE);
Capítulo ä - Acessando umWeb Service - Exercícios: Nosso clienteWeb Service - Página ßß
84. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
connection = (HttpURLConnection)url.openConnection();
InputStream content = connection.getInputStream();
return new LeitorXML().carrega(content);
}
}
ì) Não podemos esquecer de colocar o try/catch para tratar possíveis erros e logo em seguida fechar a
conexão:
public class ClienteWebService {
private static final String URL_WEBSERVICE =
http://argentumws.caelum.com.br/negociacoes;
public ListNegociacao getNegociacoes() {
HttpURLConnection connection = null;
try {
URL url = new URL(URL_WEBSERVICE);
connection = (HttpURLConnection)url.openConnection();
InputStream content = connection.getInputStream();
return new LeitorXML().carrega(content);
} catch (IOException e) {
throw new RuntimeException(e);
} finally {
connection.disconnect();
}
}
}
ä.¢ D†«h¶««a™ u“ Z¶Z: C™“™ ±u«±Z§ ™ h†u•±u o™ ëuf «u§ê†hu¥
Capítulo ä - Acessando umWeb Service - Discussão em aula: Como testar o cliente do web service? - Página ߘ
85. CZ£i±¶™ ß
Introdução ao JSF e Primefaces
“Eu não temo computadores, eu temo é a falta deles”
– Isaac Asimov
Durante muitos anos, os usuários se habituaram com aplicações Desktop. Este tipo de aplicação é instalada
no computador local e acessa diretamente um banco de dados ou gerenciador de arquivos. As tecnologias
típicas para criar uma aplicação Desktop são Delphi, VB (Visual Basic) ou, no mundo Java, Swing.
Para o desenvolvedor, a aplicação Desktop é construída com uma série de componentes que a plataforma de
desenvolvimento oferece para cada sistema operacional. Esses componentes ricos emuitas vezes sosticados
estão associados a eventos ou procedimentos que executam lógicas de negócio.
Problemas de validação de dados são indicados na própria tela sem que qualquer informação do formulário
seja perdida. De uma forma natural, esses componentes lembram-se dos dados do usuário, inclusive entre
telas e ações diferentes.
Nesse tipo de desenvolvimento são utilizados diversos componentes ricos, como por exemplo, calendários,
menus diversos ou componentes drag and drop (arrastar e soltar). Eles cam associados a eventos, ou ações,
e guardam automaticamente seu estado, já que mantêm os valores digitados pelo usuário.
86. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Esses componentes não estão, contudo, associados exclusivamente ao desenvolvimento de aplicações Desk-top.
Podemos criar a mesma sensação confortável para o cliente em uma aplicação web, também usando
componentes ricos e reaproveitáveis.
ß.Õ Du«u•ê™ê†“u•±™ ou«Ž±™£ ™¶ ëuf¥
Existem algumas desvantagens no desenvolvimento desktop. Como cada usuário tem uma cópia integral da
aplicação, qualquer alteração precisaria ser propagada para todas as outras máquinas. Estamos usando um
cliente gordo, isto é, com muita responsabilidade no lado do cliente.
Note que, aqui, estamos chamando de cliente a aplicação que está rodando na máquina do usuário.
Para piorar, as regras de negócio rodam no computador do usuário. Isso faz com que seja muito mais difícil
depurar a aplicação, já que não costumamos ter acesso tão fácil à maquina onde a aplicação está instalada.
Em geral, enfrentamos problemas de manutenção e gerenciabilidade.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Desenvolvimento desktop ou web? - Página ˜þ
87. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O ou«u•ê™ê†“u•±™Wuf u ™ £§™±™h™™ HTTP
Para resolver problemas como esse, surgiram as aplicações baseadas na web. Nessa abordagem há um ser-vidor
central onde a aplicação é executada e processada e todos os usuários podem acessá-la através de um
cliente simples e do protocolo HTTP.
Um navegador web, como Firefox ou Chrome, que fará o papel da aplicação cliente, interpretando HTML,
CSS e JavaScript -- que são as tecnologias que ele entende.
Enquanto o usuário usa o sistema, o navegador envia requisições (requests) para o lado do servidor (server
side), que responde para o computador do cliente (client side). Em nenhum momento a aplicação está salva
no cliente: todas as regras da aplicação estão no lado do servidor. Por isso, essa abordagem também foi
chamada de cliente magro (thin client).
Isso facilita bastante a manutenção e a gerenciabilidade, pois temos um lugar central e acessível onde a apli-cação
é executada. Contudo, note que será preciso conhecer HTML, CSS e JavaScript, para fazer a interface
com o usuário, e o protocolo HTTP para entender a comunicação pela web. E, mais importante ainda, não
há mais eventos, mas sim um modelo bem diferente orientado a requisições e respostas. Toda essa base
precisará ser conhecida pelo desenvolvedor.
Comparando as duas abordagens, podemos ver vantagens e desvantagens em ambas. No lado da aplicação
puramente Desktop, temos um estilo de desenvolvimento orientado a eventos, usando componentes ricos,
porém com problemas de manutenção e gerenciamento. Do outro lado, as aplicações web são mais fáceis
de gerenciar e manter, mas precisamos lidar com HTML, conhecer o protocolo HTTP e seguir o modelo
requisição/resposta.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Desenvolvimento desktop ou web? - Página ˜Õ
88. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Mu«hZ•o™ ou«u•ê™ê†“u•±™ Du«Ž±™£ uWuf
Emvez de desenvolver puramente para desktop, éuma tendênciamesclar os dois estilos, aproveitando as van-tagens
de cada um. Seria um desenvolvimento Desktop para a web, tanto central quanto com componentes
ricos, aproveitando o melhor dos dois mundos e abstraindo o protocolo de comunicação. Essa é justamente
a ideia dos frameworks web baseados em componentes.
Nomundo Java há algumas opções como JavaServer Faces (JSF), ApacheWicket, Vaadin, Tapestry ouGWT
da Google. Todos eles são frameworks web baseados em componentes.
ß.ó CZ§Zh±u§i«±†hZ« o™ JSF
JSF é uma tecnologia que nos permite criar aplicações Java para Web utilizando componentes visuais pré-prontos,
de forma que o desenvolvedor não se preocupe com Javascript e HTML. Basta adicionarmos os
componentes (calendários, tabelas, formulários) e eles serão renderizados e exibidos em formato html.
G¶Z§oZ ™ u«±Zo™ o™« h™“£™•u•±u«
Além disso o estado dos componentes é sempre guardado automaticamente (como veremos mais à frente),
criando a característica Stateful. Isso nos permite, por exemplo, criar formulários de várias páginas e navegar
nos vários passos dele com o estado das telas sendo mantidos.
Su£Z§Z Z« hZ“ZoZ«
Outra característica marcante na arquitetura do JSF é a separação que fazemos entre as camadas de apresen-tação
e de aplicação. Pensando nomodelo MVC, o JSF possui uma camada de visualização bem separada do
conjunto de classes de modelo.
E«£uh†€†hZca™: êa§†Z« †“£u“u•±Zcou«
O JSF ainda tem a vantagem de ser uma especicação do Java EE, isto é, todo servidor de aplicações Java tem
que vir com uma implementação dela e há diversas outras disponíveis.
A implementação mais famosa do JSF e também a implementação de referência, é a Oracle Mojarra dis-ponível
em http://javaserverfaces.java.net/. Outra implementação famosa é a MyFaces da Apache SoŸware
Foundation em http://myfaces.apache.org/.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Características do JSF - Página ˜ó
89. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
P§†“u†§™« £Z««™« h™“ JSF
Nosso projeto utilizará a implementaçãoMojarra do JSF. Ela já dene omodelo de desenvolvimento e oferece
alguns componentes bem básicos. Nada além de inputs, botões e ComboBoxes simples.
Não há componentes sosticados dentro da especicação e isso é proposital: uma especicação tem que ser
estável e as possibilidades das interfaces como usuário crescemmuito rapidamente. A especicação trata do
que é fundamental, mas outros projetos suprem o que falta.
Para atender a demanda dos desenvolvedores por componentes mais sosticados, há várias extensões do
JSF que seguem o mesmo ciclo e modelo da especicação. Exemplos dessas bibliotecas são PrimeFaces,
RichFaces e IceFaces. Todas elas denem componentes JSF que vão muito além da especicação.
Cada biblioteca oferece ShowCases na web para mostrar seus componentes e suas funcionalidades. Você
pode ver o showcase do PrimeFaces no endereço http://www.primefaces.org.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Características do JSF - Página ˜ì
90. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Na sua demo online, podemos ver uma lista de componentes disponíveis, como inputs, painéis, botões diver-sos,
menus, grácos e componentes drag drop, que vão muito além das especicações, ainda mantendo a
facilidade de uso:
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Características do JSF - Página ˜¦
91. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Para a denição da interface do projeto Argentum usaremos OracleMojarra com PrimeFaces, uma combi-nação
muito comum no mercado.
P§u£Z§Zca™ o™ Z“f†u•±u
Nossa aplicaçãoArgentumprecisa deuma interfaceweb. Para isso vamos prepararuma aplicaçãoweb comum
que roda dentro de um Servlet Container. Qualquer implementação de servlet container seria válida e, no
curso, usaremos o Apache Tomcat ß. Uma outra boa opção seria o Jetty.
C™•€†¶§Zca™ o™ h™•±§™Zo™§ o™ JSF
OJSF segue o padrão arquiteturalMVC(Model-View-Controller) e faz o papel doController da aplicação. Para
começar a usá-lo, é preciso congurar a servlet do JSF no web.xml da aplicação. Esse Servlet é responsável
por receber as requisições e delegá-las ao JSF. Para congurá-lo basta adicionar as seguintes congurações
no web.xml:
servlet
servlet-nameFacesServlet/servlet-name
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Características do JSF - Página ˜¢
92. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
servlet-classjavax.faces.webapp.FacesServlet/servlet-class
load-on-startup1/load-on-startup
/servlet
servlet-mapping
servlet-nameFacesServlet/servlet-name
url-pattern*.xhtml/url-pattern
/servlet-mapping
Ao usar o Eclipse com suporte a JSF ó essa conguração no web.xml já é feita automaticamente durante a
criação de um projeto.
FZhu«-h™•€†: ™ Z§¤¶†ê™ ou h™•€†¶§Zca™ o™ “¶•o™ JSF
Além disso, há um segundo XML que é o arquivo de conguração relacionado com o mundo JSF, o
faces-config.xml.
Como o JSF na versão dois encoraja o uso de anotações em vez de congurações no XML, este arquivo torna-se
pouco usado. Ele era muito mais importante na primeira versão do JSF. Neste treinamento, deixaremos
ele vazio:
faces-config
xmlns=http://java.sun.com/xml/ns/javaee
xmlns:xsi=http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance
xsi:schemaLocation=http://java.sun.com/xml/ns/javaee
http://java.sun.com/xml/ns/javaee/web-facesconfig_2_0.xsd
version=2.0
/faces-config
Agora já temos as informações necessárias para criar nosso primeiro projeto utilizando JSF.
ß.ì Eìu§hih†™«: I•«±ZZ•o™ ™ T™“hZ± u h§†Z•o™ ™ £§™u±™
Õ) Primeiramente, precisamos instalar o Tomcat. Usaremos a versão ß.x:
a) Vá no Desktop e entre na pasta Caelum e em seguida na pasta óó.
b) Copie o arquivo zip do TomCat e cole ele na sua pasta Home.
c) Clique com o botão direito e escolha Extract here.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página ˜ä
93. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
d) O Tomcat já está pronto para o uso!
ó) O próximo passo é criar o nosso projeto no Eclipse.
a) Crie um novo projeto web usando o ctrl + ì DynamicWeb Project.
b) Em Project name coloque fj22-argentum-web.
c) Na seção Conguration clique em Modify para acrescentarmos suporte ao JSF.
d) Na tela que abre, marque o checkbox com JavaServer Faces ó.þ e clique dê ok:
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página ˜ß
94. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
e) De volta à tela de criação do projeto, clique em Next. Nessa tela, faremos como no início do curso: re-moveremos
a source folder padrão (src) e adicione as source folders src/main/java e src/test/java.
f) Dê Next mais duas vezes até chegar à tela de JSF Capabilities. Nessa tela, escolha a opção Disable
Library Conguration para indicarmos para o Eclipse que nós mesmos copiaremos os JARs do JSF.
Ainda nessa tela, na parte URLMapping Patterns, remova omapeamento /faces/* e adicione um novo
mapeamento como *.xhtml
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página ˜˜
95. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
g) Clique em Finish e o projeto está criado.
ì) O próximo passo é congurar o Tomcat no Eclipse, para que possamos controlá-lo mais facilmente.
a) Dentro do Eclipse, abra a view Servers. Para isso, pressione ctrl + ì, digite Servers e escolha a view. Ela
será aberta na parte inferior do seu Eclipse.
b) Dentro da aba Servers clique com o botão direito do mouse e escolha New - Server. Se não quiser
usar o mouse, você pode fazer ctrl+ì New server.
c) Dentro da Janela New Server escolha Apache Tomcat vß.þ Server e clique em Next.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página ˜É
96. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
d) O próximo passo é dizermos ao Eclipse em qual diretório instalamos o Tomcat. Clique no botão
Browse... e escolha a pasta na qual você descompactou o Tomcat.
e) Clique em Next e, na próxima tela, selecione o projeto 9óó-argentum-web no box Available (da es-querda),
pressione o botão Add (moverá para o box Congured da direita) e depois Finish.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página Éþ
97. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
f) Clique em Finish.
¦) Por m, precisamos importar do projeto anterior as classes como Negociacao ou Candlestick. Já o te-mos
pronto na pasta /caelum/cursos/22/, com o nome de modelo-argentum.zip. Precisamos apenas
importá-lo:
• Para importá-lo, use ctrl + ì Archive File e escolha a opção Import (Archive le).
• Em Browse..., selecione o nosso arquivo modelo-argentum.zip e nalize-o.
• Note que, com esse import, trouxemos também os jars da implementação Mojarra do JSF e do Pri-mefaces,
que usaremos daqui pra frente.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Instalando o Tomcat e criando o projeto - Página ÉÕ
98. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
PZ§Z hZ«Z...
Se você está fazendo esse exercício em casa, certique-se que seu projeto anterior está funcio-nando
corretamente e simplesmente copie os pacotes dele para o novo.
Não esqueça de copiar também o jar do XStream para a pasta WebContent/WEB-INF/lib/.
Além disso, no zip da aula ainda há os jars do JSF e do PrimeFaces, que usaremos a seguir. Nesta
versão da apostila estamos usando as versões ó.x.x e ì.¢.x, respectivamente. Links para o down-load:
• JSF: https://javaserverfaces.java.net/download.html
• Primefaces: http://primefaces.org/downloads.html
¢) Nossas classes de teste (src/test/java) ainda apresentamproblemas relacionados ao JUnit. Falta adicioná-lo
ao Build Path.
Abra a classe CandlestickFactoryTest e dê ctrl + Õ na anotação @Test. Escolha a opção Add JUnit ¦ library
to the build path.
ä) Finalmente, para evitar confusõesmais para a frente, feche o projeto que zemos nos outros dias de curso.
Clique com o botão direito no 9óó-argentum-base e escolha a opção Close project
ß.¦ A £§†“u†§Z £a†•Z h™“ JSF
Como conguramos, na criação do projeto, que o JSF será responsável por responder às requisições com
extensão .xhtml. Dessa forma, tabalharemos com arquivos xhtml no restante do curso.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - A primeira página com JSF - Página Éó
99. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Vale relembrar uma diferença fundamental entre as duas formas de desenvolvimento para a web. A aborda-gem
action based, como no SpringMVC e no VRaptor, focam seu funcionamento nas classes que contêm as
lógicas. A view é meramente uma camada de apresentação do que foi processado no modelo.
Enquanto isso, o pensamento component based adotado pelo JSF leva a view como a peça mais importante
-- é a partir das necessidades apontadas pelos componentes da view que o modelo é chamado e populado
com dados.
As tags que representam os componentes do JSF estão em duas taglibs principais (bibliotecas de tags): a core
e a html.
A taglib html contém os componentes necessários para montarmos nossa tela gerando o HTML adequado.
Já a core possui diversos componentes não visuais, como tratadores de eventos ou validadores. Por ora,
usaremos apenas os componentes da h:html
I“£™§±Z•o™ Z« ±Z« u“ •™««Z £a†•Z
Diferente da forma importação de taglibs em JSPs que vimos no curso de Java para a web (FJ-óÕ), para im-portar
as tags no JSF basta declararmos seus namespaces no arquivo .xhtml. Dessa forma, teremos:
!DOCTYPE html PUBLIC -//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN
http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
!-- aqui usaremos as tags do JSF --
/html
Du€†•†•o™ Z †•±u§€Zhu oZ Z£†hZca™
Como qualquer outro aprendizado de tecnologia, vamos começar a explorar o JSF criando nossa primeira
tela com uma mensagem de boas vindas para o usuário.
Como todo arquivo HTML, todo o cabeçalho deve estar dentro da tag head e o que será renderizado no
navegador deve car dentro da tag body. Uma página padrão para nós seria algo como:
html ...
head
!-- cabeçalho aqui --
/head
body
!-- informações a serem mostradas --
/body
/html
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - A primeira página com JSF - Página Éì
100. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Quando estamos lidando com o JSF, no entanto, precisamos nos lembrar de utilizar preferencialmente as
tags do próprio framework, já que, à medida que utilizarmos componentes mais avançados, o JSF preci-sará
gerenciar os próprios body e head para, por exemplo, adicionar CSS e javascript que um componente
requisitar.
Assim, usando JSF preferiremos utilizar as tags estruturais do HTML que vêm da taglib http://java.sun.com/
jsf/html, nosso html vai car mais parecido com esse:
html ...
h:head
!-- cabeçalho aqui --
/h:head
h:body
!-- informações a serem mostradas --
/h:body
/html
M™«±§Z•o™ †•€™§“Zcou« h™“ „:™¶±£¶±Tuì±
Como queremosmostrar uma saudação para o visitante da nossa página, podemos usar a tag h:outputText.
É através do seu atributo value que denimos o texto que será apresentado na página.
Juntando tudo, nosso primeiro exemplo é uma tela simples com um texto:
!DOCTYPE html PUBLIC -//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN
http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
h:head
titleArgentum Web/title
/h:head
h:body
h:outputText value =Olá JSF! /
/h:body
/html
ß.¢ I•±u§Z†•o™ h™“ ™ “™ou™: MZ•Zuo BuZ•«
Oh:outputText é uma tag comum propósito aparentementemuito bobo e, no exemplo acima, é exatamente
equivalente a simplesmente escrevermos “Olá JSF!” diretamente. E, de fato, para textos xos, não há problema
em escrevê-lo diretamente!
Contudo, se um pedaço de texto tiver que interagir com o modelo, uma lógica ou mesmo com outros com-ponentes
visuais, será necessário que ele também esteja guardado em um componente.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Interagindo com o modelo: Managed Beans - Página ɦ
101. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Exemplos dessas interações, no caso do h:outputText: mostrar informações vindas de um banco de dados,
informações do sistema, horário de acesso, etc.
Para mostrar tais informações, precisaremos executar um código Java e certamente não faremos isso na
camada de visualização: esse código cará separado da view, em uma classe de modelo. Essas classes de
modelo que interagem com os componentes do JSF são os Managed Beans.
Estes, são apenas classezinhas simples que com as quais o JSF consegue interagir através do acesso a seus
métodos. Nada mais são do que POJOs anotados com @ManagedBean.
POJO (PZ†• Oo JZêZ Ofuh±)
POJO é um termo criado por Martin Fowler, Rebecca Parsons e Josh Mackenzie que serve para
denir um objeto simples. Segundo eles, o termo foi criado pois ninguém usaria objetos simples
nos seus projetos pois não existia um nome extravagante para ele.
Se quisermos, por exemplo, mostrar quando foi o acesso do usuário a essa página, podemos criar a seguinte
classe:
@ManagedBean
public class OlaMundoBean {
public String getHorario() {
SimpleDateFormat sdf = new SimpleDateFormat(hh:mm:ss);
return Atualizado em + sdf.format(new Date());
}
}
E, bem semelhantemente à forma padrão nas JSPs vistas no treinamento de Java para aWeb, acessaremos o
getter através da Expression Language. Existe apenas uma pequena diferença: para chamar os métodos no
JSF, em vez do cifrão ($), usaremos a cerquilha (#).
h:outputText value=#{olaMundoBean.horario} /
Ao fazer colocar o código acima, estamos dizendo que há uma classe gerenciada pelo JSF chamada OlaMun-doBean
que tem um método getHorario -- e que o retorno desse método será mostrado na página. É uma
forma extremamente simples e elegante de ligar a view a métodos do model.
ß.ä Ruhufu•o™ †•€™§“Zcou« o™ ¶«¶a§†™
Agora que já sabemos conectar a página à camada de modelo, ca fácil obter dados do usuário! Por nossa
vivência com aplicações web, até mesmo como usuários, sabemos que a forma mais comum de trazer tais
dados para dentro da aplicação é através de formulários.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Recebendo informações do usuário - Página É¢
102. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
A boa notícia é que no JSF não será muito diferente! Se para mostrar dados na página usamos a tag
h:outputText, para trazer dados do usuário para dentro da aplicação, usaremos a tag h:inputText. Ela
fará a ligação entre o atributo do seu bean e o valor digitado no campo.
Note que a ideia é a mesma de antes: como o JSF precisará interagir com os dados desse componente, não
podemos usar a tag HTML que faria o mesmo trabalho. Em vez disso, usaremos a taglib de HTML provida
pelo próprio JSF, indicando como a informação digitada será guardada no bean.
h:outputLabel value=Digite seu nome:/
h:inputText value=#{olaMundoBean.nome}/
Apenas com esse código, já podemos ver o texto Digite seu nome e o campo de texto onde o usuário digitará.
Sabemos, no entanto, que não faz sentido ter apenas um campo de texto! É preciso ter também um botão
para o usuário conrmar que acabou de digitar o nome e um formulário para agrupar todas essas tags.
B™±a™ u ™ €™§“¶a§†™ u“ JSF
Esse é um pequeno ponto de divergência entre o HTML puro e o JSF. Em um simples formulário HTML,
conguramos a action dele na própria tag form e o papel do botão é apenas o de mandar executar a ação já
congurada.
Para formulários extremamente simples, isso é o bastante. Mas quando queremos colocar dois botões com
ações diferentes dentro de um mesmo formulário, temos que recorrer a um JavaScript que fará a chamada
correta.
Como dito antes, no entanto, o JSF tem a proposta de abstrair todo o protocolo HTTP, o JavaScript e o CSS.
Para ter uma estrutura em que o formulário é marcado apenas como um agregador de campos e cada um
dos botões internos pode ter funções diferentes, a estratégia do JSF foi a de deixar seu form como uma tag
simples e adicionar a conguração da ação ao próprio botão.
h:form
h:outputLabel for=nome value=Digite seu nome:/
h:inputText id=nome value=#{olaMundoBean.nome}/
h:commandButton value=Ok action=#{olaMundoBean.digaOi}/
/h:form
Quando o usuário clica no botão Ok, o JSF chama o setter do atributo nome do OlaMundoBean e, logo em
seguida, chama ométodo digaOi. Repare que esta ordem é importante: ométodo provavelmente dependerá
dos dados inseridos pelo usuário.
Note, também, que teremos um novo método no managed bean chamado digaOi. Os botões sempre estão
atrelados a métodos porque, na maior parte dos casos, realmente queremos executar alguma ação além da
chamada do setter. Essa ação pode ser a de disparar um processo interno, salvar no banco ou qualquer outra
necessidade.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Recebendo informações do usuário - Página Éä
103. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O ¤¶u €Zñu§ u•¤¶Z•±™ •a™ Z†•oZ „™¶êu§ †•€™§“Zca™¥
Sabendo que, antes de chamar o método correspondente à ação do botão, o JSF preenche os
atributos através dos setters, sabemos que teremos a informação a ser mostrada para o usuário.
No entanto, muitas vezes não gostaríamos de mostrar um campo enquanto ele não estiver pre-enchido
e, felizmente, o JSF tem uma forma bastante simples de só mostrar um h:outputText
na tela apenas se a informação estiver preenchida! Basta usar o atributo rendered:
h:outputText value=Oi #{olaMundoBean.nome}
rendered=#{not empty olaMundoBean.nome}/
ß.ß Eìu§hih†™«: O« £§†“u†§™« h™“£™•u•±u« JSF
Õ) Use ctrl + N HTML para criar o arquivo olaMundo.xhtml na pasta WebContent da sua aplicação. Escolha
Next e, na próxima tela, escolha o template xhtml Õ.þ transitional, usualmente a última opção da lista:
Selecione a mesma opção da imagem acima e pressione Finish.
Implemente nosso primeiro código JSF com apenas uma saída de texto:
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Os primeiros componentes JSF - Página Éß
104. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
!DOCTYPE html PUBLIC -//W3C//DTD XHTML 1.0 Transitional//EN
http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-transitional.dtd
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
h:head
titleArgentum/title
/h:head
h:body
h:outputText value=Ola Mundo /
/h:body
/html
ó) Inicie o Tomcat e acesse a URL: http://localhost:˜þ˜þ/9óó-argentum-web/olaMundo.xhtml
ì) Verique o código fonte gerado pela página. Repare que ele não é nada mais que simples HTML. Para
isso, na maior parte dos navegadores, use ctrl + U.
Repare no uso das tags h:head, h:body e h:outputText: elas não aparecem no html gerado! Sua
função é apenas indicar para o JSF como gerar o código HTML necessário para o exemplo funcionar.
¦) Além de usar mensagens xas, poderíamos fazer com que a mensagem seja devolvida de uma classe
responsável por prover objetos para uma view: um dos chamados ManagedBeans. Vamos começar criando
essa classe contendo apenas a mensagem inicial.
Crie uma classe chamada OlaMundoBean, com apenas o atributo mensagem já inicializada, seu getter e não
esqueça de anotar a classe com Û@ManagedBean
@ManagedBean
public class OlaMundoBean {
private String mensagem = Quem é você?;
public String getMensagem() {
return mensagem;
}
}
¢) Alteremos o arquivo xhtml, então, para que ele use amensagem Quem é você? que escrevemos hard-coded
na classe OlaMundoBean. Usaremos a Expression Language especíca do JSF para isso, que é capaz de pegar
informações de qualquer classe congurada como um ManagedBean.
Basta alterar o value da tag h:outputText:
...
h:body
h:outputText value=#{olaMundoBean.mensagem} /
/h:body
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Os primeiros componentes JSF - Página ɘ
105. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä) Agora, se quisermos pegar a resposta do usuário e cumprimentá-lo propriamente, podemos adicionar à
nossa página um campo de texto para que o usuário digite seu nome. Então, trocaremos a mensagem
cumprimentando ele. Comecemos pelas alterações no olaMundo.xhtml, adicionando um h:inputText e
um botão para o usuário enviar seu nome, como abaixo.
Atenção! Não esqueça da tag h:form em volta do formulário. Lembre-se que, sem ela, os botões não
funcionam.
...
h:body
h:form
h:outputText value=#{olaMundoBean.mensagem} /br /
h:inputText value=#{olaMundoBean.nome} /
h:commandButton action=#{olaMundoBean.nomeFoiDigitado}
value=Ok/
/h:form
/h:body
ß) Essa alteração, no entanto, não é suciente. Se você rodar o servidor agora, notará que a página, que
antes funcionava, agora lança uma ServletException informando que Property ‘nome’ not found on type
br.com.caelum.argentum.bean.OlaMundoBean.
Isto é, falta adicionarmos o atributo nome e seu getter à página, como zemos comamensagem, no outro
exercício. Adicione à classe OlaMundoBean o atributo e seu getter.
@ManagedBean
public class OlaMundoBean {
...
private String nome;
public String getNome() {
return nome;
}
...
}
˜) Agora sim podemos ver a mensagem, o campo de texto e o botão. Contudo, ao apertar o botão, levamos
uma javax.el.PropertyNotFoundException informando que nome é um atributo não alterável.
Faltou adicionarmos o setter do atributo à OlaMundoBean, para que o JSF possa preenchê-lo! Além disso,
o botão chamará o método nomeFoiDigitado, que também não existe ainda.
Complete a classe com o setter faltante e o método nomeFoiDigitado, reinicie o servidor e teste!
@ManagedBean
public class OlaMundoBean {
// ...tudo o que já existia aqui
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: Os primeiros componentes JSF - Página ÉÉ
106. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public void setNome(String nome) {
this.nome = nome;
}
public void nomeFoiDigitado() {
System.out.println(nChamou o botão);
}
}
É) (Opcional) Para entender melhor o ciclo de execução de cada chamada ao JSF, adicione
System.out.println(nome do método) a cada um dos métodos da sua aplicação e veja a ordem das
chamadas pelo console do Eclipse.
ß.˜ A †«±Z ou •u™h†Zcou«
Agora que já aprendemos o básico do JSF, nosso objetivo é listar emuma página as negociações doweb service
que o Argentum consome. Nessa listagem, queremosmostrar as informações das negociações carregadas --
isto é, queremos uma forma demostrar preço, quantidade e data de cada negociação. E a formamais natural
de apresentar dados desse tipo é, certamente, uma tabela.
Até poderíamos usar a tabela que vem na taglib padrão do JSF, mas ela é bastante limitada e não tem pré-de
nições de estilo. Isto é, usando a taglib padrão, teremos sim uma tabela no HTML,mas ela serámostrada
da forma mais feia e simples possível.
Já falamos, contudo, que a proposta do JSF é abstrair toda a complexidade relativa à web -- e isso inclui CSS,
formatações, JavaScript e tudo o mais. Então, em apoio às tags básicas, algumas bibliotecas mais sosticadas
surgiram. As mais conhecidas delas são PrimeFaces, RichFaces e IceFaces.
Taglibs como essas oferecem um visualmais bacana já pré-pronto e, também, diversas outras facilidades. Por
exemplo, uma tabela que utilize as tags do Primefaces já vem com um estilo bonito, possibilidade de colocar
cabeçalhos nas colunas e até recursos mais avançados como paginação dos registros.
O componente responsável por produzir uma tabela baseada em um modelo se chama dataTable. Ele fun-ciona
de forma bem semelhante ao for do Java ¢ ou o forEach da JSTL: itera em uma lista de elementos
atribuindo cada item na variável denida.
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
xmlns:p=http://primefaces.org/ui
h:head
titleArgentum/title
/h:head
h:body
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - A lista de negociações - Página Õþþ
107. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
/p:dataTable
/h:body
/html
O código acima chamará o método getNegociacoes da classe ArgentumBean e iterará pela lista devolvida
atribuindo o objeto à variável negociacao. Então, para cada coluna que quisermos mostrar, será necessário
apenas manipular a negociação do momento.
E, intuitivamente o bastante, cada coluna da tabela será representada pela tag p:column. Para mostrar o
valor, você pode usar a tag que já vimos antes, o h:outputText. Note que as tags do Primefaces se integram
perfeitamente com as básicas do JSF.
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
p:column headerText=Preço
h:outputText value=#{negociacao.preco}/
/p:column
... outras colunas
/p:dataTable
Falta ainda implementar a classe que cuidará de devolver essa lista de negociações. O código acima sugere
que tenhamos uma classe chamada ArgentumBean, gerenciada pelo JSF, que tenha um getter de negociações
que pode, por exemplo, trazer essa lista direto do ClienteWebService que zemos anteriormente:
@ManagedBean
public class ArgentumBean {
public ListNegociacao getNegociacoes() {
return new ClienteWebService().getNegociacoes();
}
}
Da forma acima, o exemplo já funciona e você verá a lista na página. No entanto, nesse exemplo simples o JSF
chamará o método getNegociacoes duas vezes durante uma mesma requisição. Isso não seria um problema
se ele fosse um getter padrão, que devolve uma referência local, mas note como nosso getNegociacoes vai
buscar a lista diretamente no web service. Isso faz com que, para construir uma simples página, tenhamos
que esperar a resposta do serviço... duas vezes!
Esse comportamento não é interessante. Nós gostaríamos que o Argentum batesse no serviço em busca
dos dados apenas uma vez por requisição, e não a cada vez que o JSF chame o getter. Isso signica que o
acesso ao serviço não pode estar diretamente no método getNegociacoes, que deve apenas devolver a lista
pré-carregada.
No JSF, o comportamento padrão diz que um objeto do ManagedBean dura por uma requisição. Em outras
palavras, o escopo padrão dos beans no JSF é o de requisição. Isso signica que um novo ArgentumBean
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - A lista de negociações - Página ÕþÕ
108. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
será criado a cada vez que um usuário chamar a página da listagem. E, para cada chamada a essa página,
precisamos buscar a lista de negociações no serviço apenas uma vez. A resposta para esse problema, então,
é bastante simples e apareceu logo no início do aprendizado do Java orientado a objetos.
Basta colocar a chamada do web service naquele bloco de código que é chamado apenas na criação do objeto,
isto é, no construtor. Ao armazenar a listagem em um atributo, o getter de negociações passa a simplesmente
devolver a referência, evitando as múltiplas chamadas a cada requisição.
@ManagedBean
public class ArgentumBean {
private ListNegociacao negociacoes;
public ArgentumBean() {
ClienteWebService cliente = new ClienteWebService();
this.negociacoes = cliente.getNegociacoes();
}
public ListNegociacao getNegociacoes() {
return this.negociacoes;
}
}
Juntando as informações dessa seção, já conseguimosmontar a listagem de negociações comos dados vindos
do web service. E o processo será muito frequentemente o mesmo para as diversas outras telas: criamos a
página usando as tags do Primefaces em complemento às básicas do JSF, implementamos a classe que cuidará
da lógica por trás da tela e a anotamos com @ManagedBean.
ß.É F™§“Z±Zca™ ou DZ±Z h™“ JSF
A tabela já é funcional, mas com a data mal formatada. O componente não sabe como gostaríamos de for-matar
a data e chama por de baixo dos planos o método toString da data para receber uma apresentação
como String.
A forma clássica de resolver esse problema seria através de um getter que traria a data formatada por um
SimpleDateFormat. Mas, assim como a JSTL vista no curso de Java para aWeb, o JSF também tem uma tag
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Formatação de Data com JSF - Página Õþó
109. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
para formatar valores, números e, claro, datas. Essas tags emuitas outras, são parte da biblioteca fundamental
de tags lógicas do JSF e, para usá-las, será necessário importar tal taglib.
Assim como as bibliotecas de tags de HTML e do Primefaces, para utilizar essas será necessário declará-las
no namespace da sua página.
Daí, podemos facilmente mudar a forma padrão de exibição usando o componente de formatação
f:convertDateTime que dene um pattern para a data. É importante lembrar que, internamente, o
f:convertDateTime acaba fazendo uma chamada ao SimpleDateFormat e, assim, só podemos formatar ob-jetos
do tipo java.util.Date com ele. Por essa razão, chamaremos o método getTime que devolve a repre-sentação
em Date do Calendar em questão. Mais uma vez podemos omitir a palavra “get” com expression
language. Segue a tabela completa:
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:f=http://java.sun.com/jsf/core
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
xmlns:p=http://primefaces.org/ui
h:body
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
... outras colunas, e então:
p:column headerText=Data
h:outputText value=#{negociacao.data.time}
f:convertDateTime pattern=dd/MM/yyyy/
/h:outputText
/p:column
/p:dataTable
/h:body
/html
ß.Õþ Eìu§hih†™«: £:oZ±ZTZfu £Z§Z †«±Z§ Z« Nu™h†Zcou« o™
Wuf Su§ê†hu
Õ) Use ctrl + N HTML para criar um novo arquivo na pasta WebContent chamado olaMundo.xhtml. Como
já zemos antes, clique em Next e, na tela seguinte, escolha o template xhtml Õ.þ transitional.
O Eclipse vai gerar um arquivo com um pouco de informações a mais, mas ainda muito parecido com o
seguinte, onde mudamos o title:
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
head
titleArgentum Web/title
/head
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: p:dataTable para listar as Negociações doWeb Service - Página Õþì
110. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
body
/body
/html
ó) Como vamos usar o JSF nesse arquivo e já temos até mesmo o JAR primefaces-ì.x.jar adicionado ao pro-jeto
(veja em WebContent/WEB-INF/lib) basta declarar os namespaces das taglibs do JSF e do Primefaces,
que usaremos no exercício.
Além disso, para que os componentes consigamincluir seu CSS à nossa página, altere as tags head e body
de forma a usar suas versões gerenciadas pelo JSF:
html xmlns=http://www.w3.org/1999/xhtml
xmlns:h=http://java.sun.com/jsf/html
xmlns:p=http://primefaces.org/ui
h:head
titleArgentum Web/title
/h:head
h:body
/h:body
/html
ì) Agora, dentro do h:body, vamos começar a montar nossa tabela de negociações. O componente que
usaremos para isso é o p:datatable, do Primefaces. Ele precisará da lista de negociações e, assim como
um forEach, uma variável para que cada coluna seja preenchida.
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
/p:dataTable
¦) Esse código acima diz que o componente dataTable do Primefaces chamará ométodo getNegociacoes()
da classe ArgentumBean e, para cada linha da tabela, disponibilizará a negociação da vez na variável
negociacao.
O problema é que o managed bean ArgentumBean ainda não existe e, claro, nem o método
getNegociacoes() dela. E como cada vez que a página index.xhtml for requisitada ela fará algumas
chamadas ao getNegociacoes, faremos a chamada ao webservice no construtor e, a cada chamada ao
getter, apenas devolveremos a referência à mesma lista.
a) Crie a classe ArgentumBean com ctrl + N Class, no pacote br.com.caelum.argentum.bean e anote ela
com @ManagedBean.
@ManagedBean
public class ArgentumBean {
}
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: p:dataTable para listar as Negociações doWeb Service - Página Õþ¦
111. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
b) Adicione o construtor que faça a chamada ao webservice através do ClienteWebservice, guarde a lista
em um atributo e crie o getter que o componente chamará.
@ManagedBean
public class ArgentumBean {
private ListNegociacao negociacoes;
public ArgentumBean() {
negociacoes = new ClienteWebService().getNegociacoes();
}
public ListNegociacao getNegociacoes() {
return negociacoes;
}
}
¢) Agora, nossa página já não dá erro, mas nada é mostrado na tela, quando a acessamos. Falta indicarmos
quais colunas queremos na nossa tabela -- no nosso caso: preço, quantidade, volume e data. Em cada
coluna, adicionaremos um título e cada uma delas também mostrará o valor de texto.
Para criar a coluna como título, usaremos o componente p:column e, como já zemos antes, paramostrar
o valor necessário, usaremos a h:outputText.
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
p:column headerText=Preço
h:outputText value=#{negociacao.preco}/
/p:column
p:column headerText=Quantidade
h:outputText value=#{negociacao.quantidade}/
/p:column
p:column headerText=Volume
h:outputText value=#{negociacao.volume}/
/p:column
p:column headerText=Data
h:outputText value=#{negociacao.data}/
/p:column
/p:dataTable
ä) Reinicie o Tomcat e acesse em seu navegador o endereço http://localhost:˜þ˜þ/9óó-argentum-web/index.
xhtml . O resultado deve ser algo parecido com:
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercícios: p:dataTable para listar as Negociações doWeb Service - Página Õþ¢
112. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ß) As informações de preço, quantidade e volume estão legíveis, mas a data das negociações está mostrando
um monte de informações que não nos interessam. Na verdades, o que precisamos na coluna data é de
informações de dia, mês, ano e, no máximo, horário de cada movimentação.
Adicione a tag f:convertDateTime à coluna da data. Essa tag modicará o comportamento da
h:outputText para mostrá-lo formatado de acordo com o padrão passado. Note que a tag h:outputText
passará a ser fechada depois da formatação da data:
...
p:column headerText=Data
h:outputText value=#{negociacao.data.time}
f:convertDateTime pattern=dd/MM/yyyy/
/h:outputText
/p:column
...
ß.ÕÕ PZ§Z «Zfu§ “Z†«: £Z†•Zca™ u ™§ou•Zca™
O componente p:dataTable sabe listar items, mas não pára por aí. Ele já vem com várias outras funcionali-dades
frequentemente necessárias em tabelas já prontas e fáceis de usar.
M¶†±™« oZo™«
Por exemplo, quando um programa traz uma quantidade muito grande de dados, isso pode causar uma
página pesada demais para o usuário que provavelmente nem olhará com atenção todos esses dados.
Uma solução clássica para resultados demais é mostrá-los aos poucos, apenas conforme o usuário indicar
que quer ver os próximos resultados. Estamos, é claro, falando da paginação dos resultados e o componente
de tabelas do Primefaces já a disponibiliza!
Para habilitar a paginação automática, basta adicionar o atributo paginator=true à sua p:dataTable e
denir a quantidade de linhas por página pelo atributo rows. A denição da tabela de negociações para
paginação de Õ¢ em Õ¢ resultados cará assim:
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
paginator=true rows=15
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Para saber mais: paginação e ordenação - Página Õþä
113. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
!-- colunas omitidas --
/p:dataTable
Essa pequena mudança já traz uma visualização mais legal para o usuário, mas estamos causando um pro-blema
silencioso no servidor. A cada vez que você chama uma página de resultados, a cada requisição, o
ArgentumBean é recriado e perdemos a lista anterior. Assim, na criação da nova instância de ArgentumBean,
seu construtor é chamado e acessamos novamente o webservice.
Como recebemos a lista completa do webservice, podíamos aproveitar a mesma lista para todas as páginas
de resultado e, felizmente, isso também é bastante simples.
O comportamento padrão de um ManagedBean é durar apenas uma requisição. Em outras palavras, o escopo
padrão de um ManagedBean é de request. Com apenas uma anotação podemos alterar essa duração. Os três
principais escopos do JSF são:
• RequestScoped: é o escopo padrão. A cada requisição um novo objeto do bean será criado;
• ViewScoped: escopo da página. Enquanto o usuário estiver na mesma página, o bean é mantido. Ele
só é recriado quando acontece uma navegação em sí, isto é, um botão abre uma página diferente ou
ainda quando acessamos novamente a página atual.
• SessionScoped: escopo de sessão. Enquanto a sessão com o servidor não expirar, o mesmo objeto do
ArgentumBean atenderá o mesmo cliente. Esse escopo é bastante usado, por exemplo, para manter o
usuário logado em aplicações.
No nosso caso, o escopo da página resolve plenamente o problema: enquanto o usuário não recarregar a
página usaremos a mesma listagem. Para utilizá-lo, basta adicionar ao bean a anotação @ViewScoped. No
exemplo do Argentum:
@ManagedBean
@ViewScoped
public class ArgentumBean {
...
T†§Z•o™ †•€™§“Zcou« “Z†« €Zh†“u•±u
Outra situação clássica que aparece quando lidamos com diversos dados é precisarmos vê-los de diferentes
formas em situações diversas.
Considere um sistema que apresenta uma tabela de contatos. Se quisermos encontrar um contato especíco
nela, émelhor que ela esteja ordenada pelo nome. Mas caso precisemos pegar os contatos de todas as pessoas
de uma região, é melhor que a tabela esteja ordenada, por exemplo, pelo DDD.
Essa ideia de ordenação é extremamente útil e muito presente em aplicações. Como tal, essa funcionali-dade
também está disponível para tabelas do Primefaces. Apenas, como podemos tornar diversar colunas
ordenáveis, essa conguração ca na tag da coluna.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Para saber mais: paginação e ordenação - Página Õþß
114. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Para tornar uma coluna ordenável, é preciso adicionar um simples atributo sortBy à tag h:column corres-pondente.
Esse atributo torna o cabeçalho dessa coluna em um elemento clicável e, quando clicarmos nele,
chamará a ordenação.
Contudo, exatamente pela presença de elementos clicáveis, será necessário colocar a tabela dentro de uma
estrutura que comporte botões em HTML: um formulário. E, como quem congurará o que cada clique vai
disparar é o JSF, será necessário usar o formulário da taglib de HTML dele. Resumidamente, precisamos
colocar a tabela inteira dentro do componente h:form.
Se quiséssemos tornar ordenáveis as colunas da tabela de negociações, o resultado nal seria algo como:
h:form id=listaNegociacao
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
p:column sortBy=#{negociacao.preco} headerText=Preço
h:outputText value=#{negociacao.preco} /
/p:column
!-- outras colunas omitidas --
/p:dataTable
h:form
Se permitirmos ordenar por qualquer coluna do modelo Negociacao, teremos um resultado bem atraente:
Note que não foi necessário adicionar código algum à classe ArgentumBean! Note também que é até possível
usar ambas as funcionalidades na mesma tabela. E essas são apenas algumas das muitas facilidades que o
p:dataTable oferece. Vale a pena vericar o showcase e documentação no site do Primefaces.
ß.Õó Eìu§hih†™ ™£h†™•Z: Zo†h†™•u £Z†•Zca™ u ™§ou•Zca™ a
±ZfuZ
Õ) Vamos colocar paginação na tabela. Adicione os atributos paginator=true e rows=15. Adicione os
atributos paginator e rows:
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercício opcional: adicione paginação e ordenação à tabela - Página Õþ˜
115. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
p:dataTable var=negociacao value=#{argentumBean.negociacoes}
paginator=true rows=15
Salve a página, suba o servidor e acesse no seu navegador o endereço http://localhost:˜þ˜þ/
9óó-argentum-web/index.xhtml . Agora você já consegue ver resultados paginados de Õ¢ em Õ¢ negociações:
ó) Para evitar chamar o webservice a cada vez que pedimos os próximos resultados paginados, adicione a
anotação @ViewScoped à classe ArgentumBean:
@ManagedBean
@ViewScoped
public class ArgentumBean {
...
}
ì) Deixe as colunas ordenáveis, use o atributo sortBy em cada atributo. Por exemplo, para a coluna que
mostra o preço da negociação:
p:column sortBy=#{negociacao.preco} headerText=Preço
h:outputText value=#{negociacao.preco} /
/p:column
Repare que usamos a expression language #{negociacao.preco} do JSF dentro do sortBy para denir o
valor a ordenar.
Salve a página e veja o resultado recarregando a página (F¢) no seu navegador.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercício opcional: adicione paginação e ordenação à tabela - Página ÕþÉ
116. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
„:€™§“ «u“£§u ¶«Z§a HTTP POST
É importante saber que diferente da tag form no HTML, o h:form sempre envia uma requisição
HTTP do tipo POST. Ele nem nos dá a possibilidade de escolher usar requisições GET.
Isso ocorre porque o JSF tenta abstrair o mundo HTTP e assim ca mais perto do desenvolvi-mento
Desktop tradicional. Ele esconde do desenvolvedor o fato de que uma URL está sendo
chamada. Em vez disso, para o desenvolvedor, é como se botões efetivamente chamassem méto-dos
ou eventos dentro de um Managed Bean.
A decisão automática pelo POST foi a forma encontrada para abstrair o HTTP.
Capítulo ß - Introdução ao JSF e Primefaces - Exercício opcional: adicione paginação e ordenação à tabela - Página ÕÕþ
117. CZ£i±¶™ ˜
Refatoração: os Indicadores da bolsa
“Nunca cone em um computador que você não pode jogar pela janela.”
– SteveWozniak
˜.Õ A•a†«u Teh•†hZ oZ f™«Z ou êZ™§u«
Munehisa Homna, no século Õ˜, foi quem começou a pesquisar os preços antigos do arroz para reconhecer
padrões. Ele fez isso e começou a criar um catálogo grande de guras que se repetiam.
A estrela da manhã, Doji, da gura abaixo, é um exemplo de gura sempre muito buscada pelos analistas:
Ela indica um padrão de reversão. Dizem que quando o preço de abertura e fechamento é praticamente igual
(a estrela), essa é uma forte indicação de que o mercado se inverta, isto é, se estava em uma grande baixa,
tenderá a subir e, se estava em uma grande alta, tenderá a cair.
Baseada nessas ideias, surgiu a Análise Técnica Grasta: uma escola econômica que tem como objetivo
avaliar o melhor momento para compra e venda de ações através da análise histórica e comportamental do
118. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ativo na bolsa.
Essa forma de análise dos dados gerados sobre dados das negociações (preço, volume, etc), usa grácos na
busca de padrões e faz análise de tendências para tentar prever o comportamento futuro de uma ação.
A análise técnica surgiu no início do século óþ, como trabalho de Charles Dow e Edward Jones. Eles criaram
a empresa Dow Jones Company e foramos primeiros a inventarem índices para tentar prever o comporta-mento
domercado de ações. Oprimeiro índice era simplesmente umamédia ponderada de ÕÕ ativos famosos
da época, que deu origem ao que hoje é conhecido como Dow-Jones.
A busca de padrões nos candlesticks é uma arte. Através de critérios subjetivos e formação de guras, ana-listas
podem determinar, com algum grau de acerto, como o mercado se comportará dali para a frente.
˜.ó I•o†hZo™§u« Teh•†h™«
Uma das várias formas de aplicar as premissas da análise técnica grasta é através do uso de indicadores
técnicos. Indicadores são fórmulas que manipulam dados das negociações e tiram valores deles em busca
de informações interessantes para recomendar as próximas ações para um ativo. Esse novo número, é deter-minístico
e de fácil cálculo por um computador. É até de praxe que analistas nanceiros programem diversas
dessas fórmulas em macros VBScript, para vê-las dentro do Excel.
É comum, na mesma visualização, termos uma combinação de grácos, indicadores e até dos candles:
Diversos livros são publicados sobre o assunto e os principais homebrokers fornecem soŸwares que traçam
esses indicadores e muitos outros. Além disso, você encontra uma lista com os indicadores mais usados e
como calculá-los em: http://stockcharts.com/school/doku.php?id=chart_school:technical_indicators
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Indicadores Técnicos - Página ÕÕó
119. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
˜.ì A« “eo†Z« “oêu†«
Há diversos tipos de médias móveis usadas em análises técnicas e elas são frequentemente usadas para in-vestidores
que fazem compras/vendas em intervalos muito maiores do que o intervalo de recolhimento de
dados para as candles. As médias mais famosas são a simples, a ponderada, a exponencial e aWellesWilder.
Vamos ver as duas primeiras, a média móvel simples e a média móvel ponderada.
Meo†Z “oêu «†“£u«
A média móvel simples calcula a média aritmética de algum dos valores das candlesticks do papel para um
determinado intervalo de tempo -- em geral, o valor de fechamento. Basta pegar todos os valores, somar e
dividir pelo número de dias.
A gura a seguir mostra duas médias móveis simples: uma calculando a média dos últimos ¢þ dias e outra
dos últimos óþþ dias. O gráco é do valor das ações da antiga Sun Microsystems em óþþÕ.
Repare que a média móvel mais ‘curta’, a de ¢þ dias, responde mais rápido aos movimentos atuais da ação,
mas pode gerar sinais pouco relevantes a médio prazo.
Usualmente, estamos interessados namédiamóvel dos últimos N dias e queremos denir esse dia inicial. Por
exemplo, para os dados de fechamento abaixo:
DIA FECHAMENTO
dia 1: 31
dia 2: 32
dia 3: 33
dia 4: 34
dia 5: 33
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - As médias móveis - Página ÕÕì
120. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
dia 6: 35
dia 7: 34
dia 8: 33
Vamos fazer as contas para que o indicador calcule a média para os ì dias anteriores ao dia que estamos
interessados. Por exemplo: se pegamos o dia ä, a média móvel simples para os últimos ì dias é a soma do
dia ¦ ao dia ä: (ì¦ + ìì + ì¢) / ì = ì¦. A média móvel do dia ì para os últimos ì dias é ó: (ìÕ + ìó + ìì) / ì. E
assim por diante.
O gráco anterior das médias móveis da Sun pega, para cada dia do gráco, a média dos ¢þ dias anteriores.
Meo†Z “oêu £™•ou§ZoZ
Outramédiamóvelmuito famosa é a ponderada. Ela também leva em conta os últimos N dias a partir da data
a ser calculada. Mas, em vez de uma média aritmética simples, faz-se uma média ponderada onde damos
mais peso para o valormais recente e vamos diminuindo o peso dos valores conformemovemos para valores
mais antigos.
Por exemplo, para os dias a seguir:
DIA FECHAMENTO
dia 1: 11
dia 2: 12
dia 3: 14
dia 4: 18
dia 5: 15
dia 6: 13
dia 7: 12
dia 8: 16
Vamos calcular a média móvel para os últimos ì dias, onde hoje tem peso ì, ontem tem peso ó e anteontem
tem peso Õ. Se calcularmos a média móvel ponderada para o dia ä temos: (Õì*ì + Õ¢*ó + Õ˜*Õ) / ä = Õ¦.¢þ.
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - As médias móveis - Página ÕÕ¦
121. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Amédia ponderada nos dá uma visãomelhor do que está acontecendo nomomento coma cotação da minha
ação, mostrando com menos importância os resultados “atrasados”, portanto menos relevantes para minhas
decisões de compra e venda atuais. Essa média, contudo, não é tão eciente quando estudamos uma série a
longo prazo.
˜.¦ Eìu§hih†™«: h§†Z•o™ †•o†hZo™§u«
Õ) O cálculo de uma média móvel é feito a partir de uma lista de resumos do papel na bolsa. No nosso caso,
vamos pegar vários Candlesticks, um para cada dia, e usar seus valores de fechamento.
Para encapsular a lista de candles e aproximar a nomenclatura do código à utilizada pelo cliente no dia a
dia, vamos criar a classe SerieTemporal no pacote br.com.caelum.argentum.modelo:
public class SerieTemporal {
private final ListCandlestick candles;
public SerieTemporal(ListCandlestick candles) {
this.candles = candles;
}
public Candlestick getCandle(int i) {
return this.candles.get(i);
}
public int getUltimaPosicao() {
return this.candles.size() - 1;
}
}
ó) Vamos criar a classe MediaMovelSimples, dentro do novo pacote
br.com.caelum.argentum.indicadores. Essa classe terá o método calcula que recebe a posição
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: criando indicadores - Página ÕÕ¢
122. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
a ser calculada e a SerieTemporal que proverá os candles. Então, o método devolverá a média simples
dos fechamentos dos dois dias anteriores e o atual.
Comece fazendo apenas o cabeçalho desse método:
public class MediaMovelSimples {
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
return 0;
}
}
Aideia é passarmos para ométodo calcula a SerieTemporal e o dia para o qual queremos calcular amédia
móvel simples. Por exemplo, se passarmos que queremos a média do dia ä da série, ele deve calcular a
média dos valores de fechamento dos dias ä, ¢ e ¦ (já que nosso intervalo é de ì dias).
Como essa é uma lógica um pouco mais complexa, começaremos essa implementação pelos testes.
ì) Seguindo a ideia do TDD, faremos o teste antes mesmo de implementar a lógica da média. Assim como
você já vem fazendo, use o ctrl + N - JUnit Test Case para criar a classe de teste MediaMovelSimplesTest
na source folder src/test/java, pacote br.com.caelum.argentum.indicadores.
Então, crie um teste para vericar que amédia é calculada corretamente para a sequência de fechamentos
1, 2, 3, 4, 3, 4, 5, 4, 3.
Note que, para fazer tal teste, será necessário criar uma série temporal com candles cujo fechamento
tenha tais valores. Criaremos uma outra classe para auxiliar nesses testes logo em seguida. Por hora, não
se preocupe com o erro de compilação da ¢a. linha do código abaixo:
Õ public class MediaMovelSimplesTest {
ó
ì @Test
¦ public void sequenciaSimplesDeCandles() throws Exception {
¢ SerieTemporal serie =
ä GeradorDeSerie.criaSerie(1, 2, 3, 4, 3, 4, 5, 4, 3);
ß MediaMovelSimples mms = new MediaMovelSimples();
˜
É Assert.assertEquals(2.0, mms.calcula(2, serie), 0.00001);
Õþ Assert.assertEquals(3.0, mms.calcula(3, serie), 0.00001);
ÕÕ Assert.assertEquals(10.0/3, mms.calcula(4, serie), 0.00001);
Õó Assert.assertEquals(11.0/3, mms.calcula(5, serie), 0.00001);
Õì Assert.assertEquals(4.0, mms.calcula(6, serie), 0.00001);
Õ¦ Assert.assertEquals(13.0/3, mms.calcula(7, serie), 0.00001);
Õ¢ Assert.assertEquals(4.0, mms.calcula(8, serie), 0.00001);
Õä }
Õß }
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: criando indicadores - Página ÕÕä
123. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
¦) Ainda é necessário fazer esse código compilar! Note que, pelo que escrevemos, queremos chamar um
método estático na classe GeradorDeSerie que receberá diversos valores e devolverá a série com Candles
respectivas.
Deixe que o Eclipse o ajude a criar essa classe: use o ctrl + 1 e deixe que ele crie a classe para você
e, então, adicione a ela o método criaSerie, usando o recurso de varargs do Java para receber diversos
doubles.
VZ§Z§«
A notação double... valores (com os três pontinhos mesmo!) que usaremos no método a
seguir é indicação do uso de varargs. Esse recurso está presente desde o Java ¢ e permite que
chamemos o método passando de zero a quantos doubles quisermos! Dentro do método, esses
argumentos serão interpretados como um array.
Varargs vieram para oferecer uma sintaxe mais amigável nesses casos. Antigamente, quando
queríamos passar um número variável de parâmetros de um mesmo tipo para um método, era
necessário construir um array com esses parâmetros e passá-lo como parâmetro.
Leia mais sobre esse recurso em: http://docs.oracle.com/javase/Õ.¢.þ/docs/guide/language/
varargs.html
Na classe GeradorDeSerie, faça o seguinte método:
Atenção: não é necessário copiar o JavaDoc.
Õ /**
ó * Serve para ajudar a fazer os testes.
ì *
¦ * Recebe uma sequência de valores e cria candles com abertura, fechamento,
¢ * minimo e maximo iguais, mil de volume e data de hoje. Finalmente, devolve
ä * tais candles encapsuladas em uma Serie Temporal.
ß **/
˜ public static SerieTemporal criaSerie(double... valores) {
É ListCandlestick candles = new ArrayListCandlestick();
Õþ for (double d : valores) {
ÕÕ candles.add(new Candlestick(d, d, d, d, 1000,
Õó Calendar.getInstance()));
Õì }
Õ¦ return new SerieTemporal(candles);
Õ¢ }
Agora que ele compila, rode a classe de teste. Ele falha, já que a implementação padrão simplesmente
devolve zero!
¢) Volte à classe principal MediaMovelSimples e implemente agora a lógica de negócio dométodo calcula,
que já existe. O método deve car parecido com o que segue:
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: criando indicadores - Página ÕÕß
124. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Õ public class MediaMovelSimples {
ó
ì public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
¦ double soma = 0.0;
¢ for (int i = posicao; i posicao - 3; i--) {
ä Candlestick c = serie.getCandle(i);
ß soma += c.getFechamento();
˜ }
É return soma / 3;
Õþ }
ÕÕ }
Repare que iniciamos o for com posicao e iteramos com i--, retrocedendo nas posições enquanto elas
forem maiores que os três dias de intervalo. Isso signica que estamos calculando a média móvel apenas
dos últimos ì dias.
Mais para frente, existe um exercício opcional para parametrizar esse valor.
ä) Crie a classe MediaMovelPonderada análoga a MediaMovelSimples. Essa classe dá peso ì para o dia atual,
peso ó para o dia anterior e o peso Õ para o dia antes desse. O código interno é muito parecido com o da
média móvel simples, só precisamos multiplicar sempre pela quantidade de dias passados.
A implementação do método calcula deve car bem parecida com isso:
Õ public class MediaMovelPonderada {
ó
ì public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
¦ double soma = 0.0;
¢ int peso = 3;
ä
ß for (int i = posicao; i posicao - 3; i--) {
˜ Candlestick c = serie.getCandle(i);
É soma += c.getFechamento() * peso;
Õþ peso--;
ÕÕ }
Õó return soma / 6;
Õì }
Õ¦ }
Repare que o peso começa valendo 3, o tamanho do nosso intervalo, para o dia atual e vai reduzindo
conforme nos afastamos do dia atual, demonstrando a maior importância dos valores mais recentes.
A divisão por 6 no nal é a soma dos pesos para o intervalo de 3 dias: (ì + ó + Õ = ä).
ß) Depois a classe MediaMovelPonderada deve passar pelo seguinte teste:
public class MediaMovelPonderadaTest {
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: criando indicadores - Página ÕÕ˜
125. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
@Test
public void sequenciaSimplesDeCandles() {
SerieTemporal serie =
GeradorDeSerie.criaSerie(1, 2, 3, 4, 5, 6);
MediaMovelPonderada mmp = new MediaMovelPonderada();
//ex: calcula(2): 1*1 + 2*2 +3*3 = 14. Divide por 6, da 14/6
Assert.assertEquals(14.0/6, mmp.calcula(2, serie), 0.00001);
Assert.assertEquals(20.0/6, mmp.calcula(3, serie), 0.00001);
Assert.assertEquals(26.0/6, mmp.calcula(4, serie), 0.00001);
Assert.assertEquals(32.0/6, mmp.calcula(5, serie), 0.00001);
}
}
Rode o teste e veja se passamos!
˜) (opcional) Crie um teste de unidade em uma nova classe SerieTemporalTest, que verique se essa classe
pode receber uma lista nula. O que não deveria poder.
Aproveite o momento para pensar quais outros testes poderiam ser feitos para essa classe.
˜.¢ Ru€Z±™§Zca™
Refatoração é uma técnica controlada para reestruturar um trecho de código existente, alterando sua estrutura
interna sem modicar seu comportamento externo. Consiste em uma série de pequenas transformações que
preservam o comportamento inicial. Cada transformação (chamada de refatoração) režete em uma pequena
mudança, mas uma sequência de transformações pode produzir uma signicante reestruturação. Como cada
refatoração é pequena, é menos provável que se introduza um erro. Além disso, o sistema continua em pleno
funcionamento depois de cada pequena refatoração, reduzindo as chances do sistema ser seriamente danicado
durante a reestruturação. -- Martin Fowler
Em outras palavras, refatoração é o processo demodicar um trecho de código já escrito, executando peque-nos
passos (baby-steps) semmodicar o comportamento do sistema. É uma técnica utilizada paramelhorar
a clareza do código, facilitando a leitura ou melhorando o design do sistema.
Note que para garantir que erros não serão introduzidos nas refatorações, bem como para ter certeza de
que o sistema continua se comportando da mesma maneira que antes, a presença de testes é fundamental.
Com eles, qualquer erro introduzido será imediatamente apontado, facilitando a correção a cada passo da
refatoração imediatamente.
Algumas das refatoraçõesmais recorrentes ganharamnomes que identicamsua utilidade (veremos algumas
nas próximas seções). Além disso, Martin Fowler escreveu o livro Refactoring: Improving the Design of
Existing Code, onde descreve em detalhes as principais.
Algumas são tão corriqueiras, que o próprio Eclipse inclui um menu com diversas refatorações que ele é
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Refatoração - Página ÕÕÉ
126. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
capaz de fazer por você:
˜.ä Eìu§hih†™«: P§†“u†§Z« §u€Z±™§Zcou«
Õ) Temos usado no texto sempre o termo candle em vez de Candlestick. Essa nomenclatura se propagou
no nosso dia-a-dia, tornando-se parte do nosso modelo. Refatore o nome da classe Candlestick para
Candle no pacote br.com.caelum.argentum.modelo.
Use ctrl + shift + T para localizar e abrir a classe Candlestick.
Seja no Package Explorer ou na classe aberta no editor, coloque o cursor sobre o nome da classe e use
o atalho alt + shift + R, que renomeia. Esse atalho funciona para classes e também para métodos,
variáveis, etc.
ó) No método calcula da classe MediaMovelSimples, temos uma variável do tipo Candle que só serve para
que peguemos o fechamento desse objeto. Podemos, então, deixar essemétodo uma linhamenor fazendo
o inline dessa variável!
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: Primeiras refatorações - Página Õóþ
127. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Na linha ¦ dométodo abaixo, coloque o cursor na variável c e use o alt + shift + I. (Alternativamente,
use ctrl + 1 Inline local variable)
Õ public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
ó double soma = 0.0;
ì for (int i = posicao - 2; i = posicao; i++) {
¦ Candle c = serie.getCandle(i);
¢ soma += c.getFechamento();
ä }
ß return soma / 3;
˜ }
O novo código, então cará assim:
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
double soma = 0.0;
for (int i = posicao - 2; i = posicao; i++) {
soma += serie.getCandle(i).getFechamento();
}
return soma / 3;
}
Não esqueça de tirar os imports desnecessários (ctrl + shift + O)!
ì) Finalmente, abra a classe CandlestickFactory e observe o método constroiCandles. Escrevemos esse
método no capítulo de XML com um algoritmo para separar todos os negócios em vários candles.
No meio desse código, contudo, há um pequeno bloco de código que se repete duas vezes, dentro e fora
do for:
Candle candleDoDia = constroiCandleParaData(dataAtual, negociacoesDoDia);
candles.add(candleDoDia);
Se encontramos códigos iguais pelo nosso código, as boas práticas de orientação a objetos nos dizem para
isolar então essa parte repetida em um novo método que, além de poder ser chamado várias vezes, ainda
tem um nome que ajuda a compreender o algoritmo nal.
No Eclipse, podemos aplicar a refatoração Extract Method. Basta ir até a classe CandlestickFactory e
selecionar essas linhas de código dentro do método constroiCandles e usar o atalho alt + shift + M,
nomeando o novo método de criaEGuardaCandle e clique em OK.
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: Primeiras refatorações - Página ÕóÕ
128. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Repare como a IDE resolve os parâmetros e ainda substitui as chamadas ao código repetido pela chamada
ao novo método.
¦) No método constroiCandleParaData, observe que no bloco de código dentro do for invocamos
negociacao.getPreco() quatro vezes.
// ...
for (Negociacao negociacao : negociacoes) {
volume += negociacao.getVolume();
if (negociacao.getPreco() maximo) {
maximo = negociacao.getPreco();
}
if (negociacao.getPreco() minimo) {
minimo = negociacao.getPreco();
}
}
// ...
Uma forma de deixar o códigomais limpo e evitar chamadas desnecessárias seria extrair parauma variável
local.
Para isso, usaremos a refatoração Extract LocalVariable através do Eclipse. Selecione a primeira chamada
para negociacao.getPreco() e pressione alt + shift + L.
Um box vai aparecer perguntando o nome da variável que será criada, mantenha o nome aconselhado
pelo Eclipse e pressione OK.
O Eclipse vai alterar o código de forma que que parecido com:
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Exercícios: Primeiras refatorações - Página Õóó
129. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
// ...
for (Negociacao negociacao : negociacoes) {
volume += negociacao.getVolume();
double preco = negociacao.getPreco();
if (preco maximo) {
maximo = preco;
}
if (preco minimo) {
minimo = preco;
}
}
// ...
Observe que o Eclipse automaticamente substituiu as outras chamadas à negociacoes.getPreco() por
preco.
¢) (Opcional) Aproveite e mude os nomes das outras classes que usam a palavra Candlestick: a Factory e
os Testes.
Ru€Z±™§Zcou« o†«£™•iêu†«
Para quem está começando com a usar o Eclipse, a quantidade de atalhos pode assustar. Note,
contudo, que os atalhos de refatoração começam sempre com alt + shift!
Para ajudar um pouco, comece memorizando apenas o atalho que mostra as refatorações dispo-níveis
dado o trecho de código selecionado: alt + shift + T.
˜.ß Ru€Z±™§Zcou« “Z†™§u«
As refatorações que zemos até agora são bastante simples e, por conta disso, o Eclipse pôde fazer todo o
trabalho para nós!
Há, contudo, refatorações bem mais complexas que afetam diversas classes e podem mudar o design da
aplicação. Algumas refatorações aindamais complexas chegamamodicar até a arquitetura do sistema! Mas,
quantomais complexa amudança para chegar ao resultado nal,mais importante é quebrar essa refatoração
em pedaços pequenos e rodar os testes a cada passo.
Nos próximos capítulos faremos refatorações que žexibilizam nosso sistema e tornam muito mais fácil tra-balhar
com os indicadores técnicos que vimos mais cedo.
Exemplos de refatorações maiores são:
• Adicionar uma camada a um sistema;
• Tirar uma camada do sistema;
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Refatorações maiores - Página Õóì
130. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
• Trocar uma implementação doméstica por uma biblioteca;
• Extrair uma biblioteca de dentro de um projeto;
• etc...
˜.˜ D†«h¶««a™ u“ Z¶Z: ¤¶Z•o™ §u€Z±™§Z§¥
Capítulo ˜ - Refatoração: os Indicadores da bolsa - Discussão em aula: quando refatorar? - Página Õó¦
131. CZ£i±¶™ É
Grácos interativos com Primefaces
“A única pessoa educada é aquela que aprendeu a aprender e a mudar.”
– Carl Rogers
É.Õ P™§ ¤¶u ¶«Z§ §a€†h™«¥
Nossa aplicação apresenta os dados das negociações tabularmente através do componente p:dataTable. Essa
forma de mostrar informações é interessante para analisarmos dados um a um, mas não ajudam muito
quando queremos ter uma ideia do que acontece com dados coletivamente.
Grácos comprovadamente ajudamno entendimentomais abrangente dos dados e sãomais fáceis de analisar
do que números dentro de uma tabela. É simples reconhecer padrões de imagens, por exemplo na análise
técnica de valores da bolsa.
Para o projeto Argentum, apresentaremos os valores da SerieTemporal em um gráco de linha, aplicando
algum indicador como abertura ou fechamento. Continuaremos com a biblioteca Primefaces que já vem
com suporte para vários tipos de grácos.
Eìu“£™« ou §a€†h™«
O Primefaces já possui diversos componentes para grácos: é possível utilizá-lo para desenhar grácos de
linha, de barra, de pizza, de área, grácos para atualização dinâmica e até paraCandles, entre outros. Também
é possível exportar e animar grácos.
132. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
É.ó G§a€†h™« h™“ ™ P§†“u€Zhu«
Vamos usar o Primefaces para gerar um gráco que mostra a evolução dos valores da série.
Nosso projeto está congurado e já podemos decidir qual gráco utilizar. Para facilitar a decisão e aomesmo
tempo ver as possibilidades e tipos de grácos disponíveis, o showcase do Primefaces nos ajudará muito:
http://www.primefaces.org/showcase/ui/home.jsf
Nele encontramos o resultado nal e também o código utilizado para a renderização. Vamos progra-mar
usando o componente p:lineChart que deve mostrar os valores de abertura ou de fechamento da
SerieTemporal.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Grácos com o Primefaces - Página Õóä
133. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
O uso de componente é simples, veja o código de exemplo do showcase:
p:lineChart id=category value=#{chartBean.categoryModel} legendPosition=e
title=Category Chart minY=0 maxY=200 style=height:300px;margin-top:20px/
Além dos atributos para denir o layout (maxY e style) em forma de propriedades CSS, o título (title) e a
posição da legenda (legendPosition), podemos ver que o componente recebe os dados (value) através da
Expression Language que chama o Managed Bean #{chartBean.categoryModel}.
É.ì P§™£§†uoZou« £Z§Z £u§«™•Z†ñZ§ ™ §a€†h™
Já vimos algumas propriedades do componente p:lineChart, mas existem outras bastante utilizadas, são
elas:
• legendPosition - a posição da legenda - west (w), east (e), south (s), north (n)
• xaxisLabel - nome do eixo X
• yaxisLabel - nome do eixo y
• minX, maxX - mínimo e máximo do valor no eixo X
• minY, maxY - mínimo e máximo do valor no eixo X
• title - o título do gráco
• fill - true ou false, preenche o gráco, não renderiza uma linha apenas
• showMarkers - true ou false, habilita detalhes em cada ponto do gráco
• zoom - true ou false, habilita a funcionalidade de zoom no navegador
Todas as propriedades são opcionais. Na documentação do Primefaces há uma seção dedicada aos grácos
no qual podemos ver as classes relacionadas, atributos do componentes com exemplos de utilização. Segue
uma parte da documentação ocial do Primefaces:
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Propriedades para personalizar o gráco - Página Õóß
134. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
A documentação do Primefaces está disponível na internet e na forma de um guia do usuário em PDF. Ela
fará parte do dia-a-dia do desenvolvedor, que a consultará sempre que necessário:
http://www.primefaces.org/documentation.html
Também há o tradicional Javadoc disponível em: http://www.primefaces.org/docs/api/ì.¢/. Devemos usar
ambos para descobrir funcionalidades e propriedades dos componentes.
No showcase também há um exemplo do uso do Managed Bean, porém para maiores informações é funda-mental
ter acesso ao Javadoc e à documentação da biblioteca para saber quais classes, atributos e métodos
utilizar.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Propriedades para personalizar o gráco - Página Õó˜
135. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
JSF u CSS
O Primefaces ajuda o desenvolvedor através de seu suporte a temas, mas nem sempre ele é su-
ciente, inclusive quando há uma equipe de designers responsável em determinar a apresentação
da aplicação.
Apesar de trabalharmos comcomponentes, no nal o que é enviado para o cliente é puro HTML.
Assim, quem conhece CSS pode aplicar estilos para sobrescrever o visual da aplicação.
A Caelum oferece o curso Desenvolvimento Web com HTML, CSS e JavaScript, para aque-les
que querem aprender a criar interfaces Web com experiência rica do usuário, estruturação
correta e otimizações SEO.
A£†hZ•o™ Z™ •™««™ £§™u±™
Para mostrarmos o gráco no Argentum, usaremos a tag do Primefaces vista acima, colocando o título In-dicadores
e a legenda de quais indicadores estão sendo traçados à esquerda do gráco.
No p:lineChart, passaremos essas informações pelos atributos title, que recebe o título como texto, e
legendPosition, que usa direções geográcas para denir a posição da legenda. Isto é, se queremos que ela
que à esquerda indicaremos que a legenda vai na porção oeste (west) do gráco.
p:lineChart legendPosition=w title=Indicadores/
Da forma como está, no entanto, não há nada a ser mostrado no gráco. Ainda falta indicarmos para o
componente que os dados, o modelo do gráco, será disponibilizado por nosso ManagedBean. Em outras
palavras, faltou indicarmos que o value desse gráco será produzido em argentumBean.modeloGrafico.
Nossa adição ao index.xhtml será, portanto:
p:lineChart value=#{argentumBean.modeloGrafico}
legendPosition=w title=Indicadores/
É.¦ Du€†•†ca™ o™ “™ou™ o™ §a€†h™
Já temos uma noção de como renderizar grácos através de componentes do Primefaces. O desenvolvedor
não precisa se preocupar como detalhes de JavaScript, imagem ou animações. Tudo isso é encapsulado no
próprio componente, seguindo boas práticas do mundo orientado a objetos.
Apenas, será necessário informar ao componente quais são os dados a serem plotados no gráco em questão.
Esses dados representamomodelo do gráco e devem ser disponibilizados como o value para o p:lineChart
em um objeto do tipo org.primefaces.model.chart.ChartModel.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Denição do modelo do gráco - Página ÕóÉ
136. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Essa é a classe principal do modelo e há classes lhas especializadas dela como CartesianChartModel,
PieChartModel ou BubbleChartModel. No JavaDoc podemos ver todas as lhas da ChartModel e ainda no
showcase é possível ver o ManagedBean responsável por cadamodelo de gráco. Assim, saberemos qual delas
devemos usar de acordo com o gráco escolhido:
Javadoc: http://www.primefaces.org/docs/api/ì.¢/org/primefaces/model/chart/ChartModel.html
No nosso projeto, utilizaremos o CartesianChartModel, já que queremos plotar pontos em um gráco de
linha. Um CartesianChartModel recebe uma ou mais ChartSeries e cada ChartSeries representa uma
linha no gráco do componente p:lineChart. Uma ChartSeries, por sua vez, contém todos os pontos de
uma linha do gráco, isto é, os valores X e Y que serão ligados pela linha do gráco.
Vejo como ca o código fácil de usar:
ChartSeries serieGrafico = new ChartSeries(Abertura);
serieGrafico.set(dia 1, 20.9);
serieGrafico.set(dia 2, 25.1);
serieGrafico.set(dia 3, 22.6);
serieGrafico.set(dia 4, 24.6);
CartesianChartModel modeloGrafico = new CartesianChartModel();
modeloGrafico.addSeries(serieGrafico);
Uma ChartSeries recebe no construtor a legenda da linha que ela representa (label) e, através dométodo set,
passamos os valores de cada ponto nos eixos horizontal e vertical, respectivamente. No exemplo acima, os va-lores
colocados são xos,mas na nossa implementação doArgentum, é claro, iteraremos pela SeriaTemporal
calculando os indicadores sobre ela.
Isto é, uma vez que temos a SerieTemporal, nosso código para plotar a média móvel simples do fechamento
em uma ChartSeries será semelhante a este:
SerieTemporal serie = ...
ChartSeries chartSeries = new ChartSeries(MMS do Fechamento);
MediaMovelSimples indicador = new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento());
for (int i = 2; i serie.getUltimaPosicao(); i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSeries.set(i, valor);
}
CartesianChartModel modeloGrafico = new CartesianChartModel();
modeloGrafico.addSeries(chartSeries);
Conseguir a série temporal é um problema pelo qual já passamos antes. Relembre que a SerieTemporal
é apenas um wrapper de uma lista de Candles. E a lista de Candles é gerada pelo CandlestickFactory
resumindo uma lista com muitas Negociacoes.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Denição do modelo do gráco - Página Õìþ
137. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Se procurarmos o local no nosso código onde pegamos a lista de negociações do web service, vamos notar
que isso acontece no construtor da ArgentumBean. Seu código completo caria assim;
public ArgentumBean() {
this.negociacoes = new ClienteWebService().getNegociacoes();
ListCandle candles = new CandleFactory().constroiCandles(negociacoes);
SerieTemporal serie = new SerieTemporal(candles);
ChartSeries chartSeries = new ChartSeries(MMS do Fechamento);
MediaMovelSimples indicador = new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento());
for (int i = 2; i serie.getUltimaPosicao(); i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSeries.set(i, valor);
}
this.modeloGrafico = new CartesianChartModel();
modeloGrafico.addSeries(chartSeries);
}
Note, no entanto, que esse trecho de código está com responsabilidades demais: ele busca as negociações no
web service, cria a série temporal, plota um indicador e disponibiliza o modelo do gráco. E, pior ainda, esse
código ainda está no construtor do ArgentumBean!
Com todo esse código no construtor do bean, teríamos um código mais sujo, pouco coeso e muito difícil de
testar. O que acontece aqui é que não estamos separando responsabilidades o bastante e nem encapsulando
a lógica de geração de gráco corretamente.
É.¢ I«™Z•o™ Z API o™ P§†“u€Zhu«: fZ†ì™ Zh™£Z“u•±™
O que acontecerá se precisarmos criar dois grácos de indicadores diferentes? Vamos copiar e colar todo
aquele código emodicar apenas as partes quemudam? E se precisarmos alterar algo na geração domodelo?
Essas mudanças não serão fáceis se tivermos o código todo espalhado pelo nosso programa.
Os princípios de orientação a objetos e as boas práticas de programação vêm ao nosso socorro aqui. Vamos
encapsular a maneira como o modelo do gráco é criado na classe GeradorModeloGrafico.
Essa classe deve ser capaz de gerar o ChartModel para nosso gráco de linhas, com os pontos plotados pelos
indicadores combase nos valores deuma série temporal. Isto é, nosso GeradorModeloGrafico precisa receber
a SerieTemporal sobre a qual plotar os indicadores.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Isolando a API do Primefaces: baixo acoplamento - Página ÕìÕ
138. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Se quisermos restringir o gráco a um período menor do que o devolvido pelo web service, é uma boa re-cebermos
as posições de início e m que devem ser plotadas. Esse intervalo também serve para que não
tentemos calcular a média da posição zero, por exemplo -- note que, como a média é dos três últimos valo-res,
tentaríamos pegar as posições 0, -1 e -2, o que causaria uma IndexOutOfBoundsException.
Como essas informações são fundamentais para qualquer gráco que plotemos, o gerador do mo-delo
do gráco receberá tais informações no construtor. Além delas, teremos também o objeto do
CartesianChartModel, que guardará as informações do gráco.
public class GeradorModeloGrafico {
private SerieTemporal serie;
private int comeco;
private int fim;
private CartesianChartModel modeloGrafico;
public GeradorModeloGrafico(SerieTemporal serie, int comeco, int fim) {
this.serie = serie;
this.comeco = comeco;
this.fim = fim;
this.modeloGrafico = new CartesianChartModel();
}
}
E, quem for usar essa classe, fará:
SerieTemporal serie = //...
GeradorModeloGrafico g = new GeradorModeloGrafico(serie, inicio, fim);
Repare como o código que usa o GeradorModeloGrafico não possui nada que o ligue ao ChartModel especi-
camente. Odia em que precisarmosmudar o gráco a ser plotado oumesmomudar a tecnologia que gerará
o gráco, só precisaremos alterar a classe GeradorModeloGrafico. Relembre o conceito: esse é o poder do
encapsulamento!
E nossa classe não se limitará a isso: ela encapsulará tudo o que for relacionado ao gráco. Por exemplo, para
criar o gráco, precisamos ainda de um método que plote os pontos calculados por um indicador, como
o plotaMediaMovelSimples abaixo. Ele passa por cada posição do comeco ao fim da serie, chamando o
cálculo da média móvel simples.
public void plotaMediaMovelSimples() {
MediaMovelSimples indicador = new MediaMovelSimples();
LineChartSeries chartSerie = new LineChartSeries(MMS - Fechamento);
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Isolando a API do Primefaces: baixo acoplamento - Página Õìó
139. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSerie.set(i, valor);
}
this.modeloGrafico.addSeries(chartSerie);
}
O método plotaMediaMovelSimples cria um objeto da MediaMovelSimples e varre a SerieTemporal rece-bida
para calcular o conjunto de dados para o modelo do gráco.
Por m, ainda precisaremos deummétodo getModeloGrafico que devolverá omodelo para o ArgentumBean,
já que o componente p:lineChart é que precisará desse objeto preenchido. Repare que o retorno é do tipo
ChartModel, super classe do CartesianChartModel. É boa prática deixar nossa classe amais genérica possível
para funcionar com qualquer tipo de método.
E€€uh±†êu JZêZ: §u€†§Z-«u Z ™fu±™« £uZ «¶Z †•±u§€Zhu
O item ì¦ do Ešective Java discorre sobre preferir referenciar objetos pela sua interface, em vez
de pelo seu próprio exato, sempre que este for relevante para o restante do sistema.
O livro também menciona que, na falta de uma interface adequada, uma superclasse pode ser
utilizada, o que é nosso caso com a superclasse abstrata ChartModel. Referir-se a um objeto da
formamais genérica possível é uma boa ideia, já que isso faz comque futurasmudanças limitem-se
ao máximo à classe que as encapsula.
Veja como ca o programa dentro do ArgentumBean e note que essa classe apenas delega para a outra toda
a parte de criação do gráco:
public class ArgentumBean {
private ListNegociacao negociacoes;
private String indicadorBase;
private String media;
private ChartModel modeloGrafico;
public ArgentumBean() {
this.negociacoes = new ClienteWebService().getNegociacoes();
ListCandle candles = new CandleFactory().constroiCandles(negociacoes);
SerieTemporal serie = new SerieTemporal(candles);
GeradorModeloGrafico geradorGrafico =
new GeradorModeloGrafico(serie, 2, serie.getUltimaPosicao());
geradorGrafico.plotaMediaMovelSimples();
this.modeloGrafico = geradorGrafico.getModeloGrafico();
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Isolando a API do Primefaces: baixo acoplamento - Página Õìì
140. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
}
public ListNegociacao getNegociacoes() {
return negociacoes;
}
public ChartModel getModeloGrafico() {
return modeloGrafico;
}
}
Note que, para quem usa o GeradorModeloGrafico nem dá para saber como ele gera omodelo. É um código
encapsulado, žexível, pouco acoplado e elegante: usa boas práticas da Orientação a Objetos.
É.ä PZ§Z «Zfu§ “Z†«: Du«†• PZ±±u§•« FZh±™§íMu±„™o u B¶†-
ou§
Dois famosos design patterns do GoF são o Factory Method e o Builder -- e estamos usando ambos. Eles
são chamados de padrões de criação (creational patterns), pois nos ajudam a criar objetos complicados.
A factory é usada pelo GeradorDeSerie dos testes. A ideia é que criar um objeto SerieTemporal diretamente
é complicado. Então criaram um método de fábrica que encapsula essas complicações e já devolve o objeto
prontinho para uso.
O padrão Builder é o que estamos usando na classe GeradorModeloGrafico. Queremos encapsular a criação
complicada do modelo e que pode mudar depois com o tempo. Entra aí o objeto construtor da nossa classe
Builder: seu único objetivo é descrever os passos para criação do nosso objeto nal (o gráco) e encapsular
a complexidade disso.
Leia mais sobre esses e outros Design Patterns no livro do GoF.
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Para saber mais: Design Patterns Factory Method e Builder - Página Õì¦
141. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
JF§uuC„Z§±
O JFreeChart é uma biblioteca famosa para desenho de grácos, independente da tecnologia
JSF. É um projeto de soŸware livre iniciado em óþþþ e que tem ampla aceitação pelo mercado,
funcionando até em ambientes antigos que rodam Java Õ.ì.
Além do fato de ser livre, possui a vantagem de ser bastante robusta e žexível. É possível usá-la
para desenhar grácos de pontos, de barra, de torta, de linha, grácos nanceiros, gantt charts,
em óD ou ìD e muitos outros. Consegue dar saída em JPG, PNG, SVG, EPS e até mesmo exibir
em componentes Swing.
O site ocial possui links para download, demos e documentação:
http://www.jfree.org/jfreechart/
Existe um livro ocial do JFreeChart escrito pelos desenvolvedores com exemplos e explicações
detalhadas de vários grácos diferentes. Ele é pago e pode ser obtido no site ocial. Além disso,
há muitos tutoriais gratuitos na internet.
É.ß Eìu§hih†™«: G§a€†h™« h™“ P§†“u€Zhu«
Õ) Dentro da pasta src/main/java crie a classe GeradorModeloGrafico no pacote
br.com.caelum.argentum.grafico para encapsular a criação do modelo do gráco.
Use os recursos do Eclipse para escrever esse código! Abuse do ctrl + espaço, do ctrl + 1 e do ctrl
+ shift + O.
public class GeradorModeloGrafico {
// atributos: serie, comeco, fim e grafico
// (todos gerados com ctrl + 1, conforme você criar o construtor)
// importe as classes com ctrl + shift + O
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Exercícios: Grácos com Primefaces - Página Õì¢
142. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public GeradorModeloGrafico(SerieTemporal serie, int comeco, int fim) {
this.serie = serie;
this.comeco = comeco;
this.fim = fim;
this.modeloGrafico = new CartesianChartModel();
}
public void plotaMediaMovelSimples() {
MediaMovelSimples indicador = new MediaMovelSimples();
LineChartSeries chartSerie = new LineChartSeries(MMS - Fechamento);
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSerie.set(i, valor);
}
this.modeloGrafico.addSeries(chartSerie);
}
public ChartModel getModeloGrafico() {
return this.modeloGrafico;
}
}
ó) Agora que já temos uma classe que criará o modelo do gráco, falta usá-la para renderizar o gráco na
tela usando a tag do Primefaces. Abra a página index.xhtml que se encontra na pasta WebContent.
Na página procure o componente h:body. Logo depois da abertura da tag h:body e antes do h:form da
lista de negociações, adicione o componente p:lineChart:
p:lineChart value=#{argentumBean.modeloGrafico}
legendPosition=w title=Indicadores/
Salve a página. Reinicie o Tomcat e acesse em seu navegador: http://localhost:˜þ˜þ/9óó-argentum-web/index.
xhtml
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Exercícios: Grácos com Primefaces - Página Õìä
143. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ì) Na classe ArgentumBean, procure o construtor. É nele que criaremos uma SerieTemporal baseada na lista
de negociações doWeb Service. Depois usaremos o GeradorModeloGrafico para criar o modelo gráco:
public ArgentumBean() {
this.negociacoes = new ClienteWebService().getNegociacoes();
ListCandle candles = new CandleFactory().constroiCandles(negociacoes);
SerieTemporal serie = new SerieTemporal(candles);
GeradorModeloGrafico geradorGrafico =
new GeradorModeloGrafico(serie, 2, serie.getUltimaPosicao());
geradorGrafico.plotaMediaMovelSimples();
this.modeloGrafico = geradorGrafico.getModeloGrafico();
}
¦) Você deve estar vendo um erro de compilação na última linha do seu construtor. Ele acontece porque
faltou criarmos um novo atributo que representa o modelo do gráco. Use o ctrl + Õ para criar o atributo
e, ao mesmo tempo, fazer o import da classe.
private ChartModel modeloGrafico;
Gere também o getter para este atributo, para que o componente p:lineChart consiga pegar o modelo
do gráco quando necessitar.
Para isso, na classe ArgentumBean, escreva getM e aperte ctrl + espaço. O Eclipse sugerirá o getter para o
atributo modeloGrafico.::
Capítulo É - Grácos interativos com Primefaces - Exercícios: Grácos com Primefaces - Página Õìß
144. CZ£i±¶™ Õþ
Aplicando Padrões de projeto
“Estamos todos na sarjeta, mas alguns de nós estão olhando para as estrelas.”
– OscarWilde
Õþ.Õ N™««™« †•o†hZo™§u« u ™ ou«†• £Z±±u§• S±§Z±uí
Nosso gerador de grácos já está interessante,mas nomomento ele só consegue plotar aMédiaMóvel Simples
do fechamento da série. Nosso cliente certamente precisará de outros indicadores técnicos como o deMédia
Móvel Ponderada ou ainda indicadores mais simples como os de Abertura ou de Fechamento.
Esses indicadores, similarmente à MediaMovelSimples, devem calcular o valor de uma posição do gráco
baseado na SerieTemporal que ele atende.
Se tivermos esses indicadores todos, precisaremos que o GeradorModeloGrafico consiga plotar cada um des-ses
grácos. Terminaremos com uma crescente classe GeradorModeloGrafico com métodos extremamente
parecidos:
public class GeradorModeloGrafico {
//...
public void plotaMediaMovelSimples() {
MediaMovelSimples indicador = new MediaMovelSimples();
LineChartSeries chartSerie = new LineChartSeries(MMS - Fechamento);
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSerie.set(i, valor);
}
145. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
this.modeloGrafico.addSeries(chartSerie);
}
public void plotaMediaMovelPonderada() {
MediaMovelPonderada indicador = new MediaMovelPonderada();
LineChartSeries chartSerie = new LineChartSeries(MMP - Fechamento);
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSerie.set(i, valor);
}
this.modeloGrafico.addSeries(chartSerie);
}
//...
}
O problema é que cada vez que criarmos um indicador técnico diferente, um novométodo deverá ser criado
na classe GeradorModeloGrafico. Isso é uma indicação clássica de acoplamento no sistema.
Como resolver esses problemas de acoplamento e de código parecidíssimo nosmétodos? Será que consegui-mos
criar um único método para plotar e passar como argumento qual indicador técnico queremos plotar
naquele momento?
Note que a diferença entre os métodos está apenas no new do indicador escolhido e na legenda do gráco. O
restante é precisamente igual.
A orientação a objetos nos dá a resposta: polimorsmo! Repare que nossos dois indicadores possuem a
mesma assinatura de método, parece até que eles assinaram o mesmo contrato. Vamos denir então a inter-face
Indicador:
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Nossos indicadores e o design pattern Strategy - Página ÕìÉ
146. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public interface Indicador {
public abstract double calcula(int posicao, SerieTemporal serie);
}
Podemos fazer as classes MediaMovelSimples e MediaMovelPonderada implementarem a interface
Indicador. Com isso, podemos criar apenas um método na classe do gráco que recebe um Indicador
qualquer. O objeto do indicador será responsável por calcular o valor no ponto pedido (método calcula) e,
também, pela legenda do gráco (método toString)
public class GeradorModeloGrafico {
public void plotaIndicador(Indicador indicador) {
LineChartSeries chartSerie = new LineChartSeries(indicador.toString());
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSeries.set(i, valor);
}
this.modeloGrafico.addSeries(chartSeries);
}
}
Na hora de desenhar os grácos, chamaremos sempre o plotaIndicador, passando como parâmetro qual-quer
classe que seja um Indicador:
GeradorModeloGrafico gerador = new GeradorModeloGrafico(serie, 2, 40);
gerador.plotaIndicador(new MediaMovelSimples());
gerador.plotaIndicador(new MediaMovelPonderada());
A ideia de usar uma interface comum é ganhar polimorsmo e poder trocar os indicadores. Nosso método
plota qualquer Indicador, isto é, quando criarmos ou removermos uma implementação de indicador, não
precisaremos mexer no GeradorModeloGrafico: ganhamos žexibilidade e aumentamos a coesão. Podemos
ainda criar novos indicadores que implementem a interface e passá-los para o gráco sem que nunca mais
mexamos na classe GeradorModeloGrafico.
Por exemplo, imagine que queremos um gráco simples que mostre apenas os preços de fechamento. Pode-mos
considerar a evolução dos preços de fechamento como um Indicador:
public class IndicadorFechamento implements Indicador {
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
return serie.getCandle(posicao).getFechamento();
}
}
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Nossos indicadores e o design pattern Strategy - Página Õ¦þ
147. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Ou criar ainda classes como IndicadorAbertura, IndicadorMaximo, etc.
Temos agora vários indicadores diferentes, cada um com sua própria estratégia de cálculo do valor, mas
todos obedecendo a mesma interface: dada uma série temporal e a posição a ser calculada, eles devolvem
o valor do indicador. Note que o plotaIndicador não recebe dados, mas sim a forma de manipular esses
dados, a estratégia para tratá-los. Esse é o design pattern chamado de Strategy.
Du«†• PZ±±u§•«
Design Patterns são aquelas soluções catalogadas para problemas clássicos de orientação a ob-jetos,
como este que temos no momento: encapsular e ter žexibilidade.
A fábrica de Candles apresentada em outro capítulo e o método que nos auxilia a criar séries
para testes na GeradorDeSerie são exemplos, respectivamente, dos padrões Abstract Factory e
Factory Method. No caso que estamos estudando agora, o Strategy está nos ajudando a deixar a
classe GeradorModeloGrafico isolada das diferentes formas de cálculo dos indicadores.
Õþ.ó Eìu§hih†™«: §u€Z±™§Z•o™ £Z§Z ¶“Z †•±u§€Zhu u ¶«Z•o™
fu“ ™« ±u«±u«
Õ) Já que nossas classes de médias móveis são indicadores técnicos, começaremos extraindo a interface de
um Indicador a partir dessas classes.
Abra a classe MediaMovelSimples e use o ctrl + ì Extract interface. Selecione o método calcula e dê o
nome da interface de Indicador:
Atenção: A interface deve car dentro do pacote br.com.caelum.argentum.indicadores:
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: refatorando para uma interface e usando bem os testes - Página Õ¦Õ
148. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
E€€uh±†êu JZêZ
Item ¢ó: Rera a objetos pelas suas interfaces
ó) Na classe MediaMovelPonderada coloque agora o implements Indicador nela.
public class MediaMovelPonderada implements Indicador {
...
}
ì) Vamos criar também uma classe para, por exemplo, ser o indicador do preço de fechamento, o
IndicadorFechamento, no pacote br.com.caelum.argentum.indicadores, que implementa a interface
Indicador.
Note que, ao adicionar o trecho implements Indicador à classe, o Eclipsemostra um erro de compilação.
Usando o ctrl + Õ, escolha a opção Add unimplemented methods para que ele crie toda a assinatura do
método calcula.
No nal, faltará preencher apenas a linha destacada:
public class IndicadorFechamento implements Indicador {
@Override
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
return serie.getCandle(posicao).getFechamento();
}
}
¦) De maneira análoga vamos criar o IndicadorAbertura, também no pacote
br.com.caelum.argentum.indicadores, que implementa a interface Indicador:
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: refatorando para uma interface e usando bem os testes - Página Õ¦ó
149. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public class IndicadorAbertura implements Indicador {
@Override
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
return serie.getCandle(posicao).getAbertura();
}
}
¢) Volte para a classe GeradorModeloGrafico e altere o método plotaMediaMovelSimples usando o atalho
alt + shiŸ + C. Você precisará alterar o nome para plotaIndicador e adicionar um parâmetro. Veja com
atenção o screenshot abaixo:
Ignore o erro e, quando essa refatoração terminar, remova a linha que declarava o indicador. Seu método
terminará assim:
public void plotaIndicador(Indicador indicador) {
LineChartSeries chartSeries = new LineChartSeries(indicador.toString());
for (int i = comeco; i = fim; i++) {
double valor = indicador.calcula(i, serie);
chartSeries.set(i, valor);
}
modeloGrafico.addSeries(chartSeries);
}
ä) Repare que estamos chamando o método toString() do indicador no método plotaIndicador(). Va-mos
sobrescrevê-lo em todos os indicadores criados.
Sobrescreva na classe MediaMovelSimples:
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: refatorando para uma interface e usando bem os testes - Página Õ¦ì
150. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
public class MediaMovelSimples implements Indicador{
// método calcula
public String toString() {
return MMS de Fechamento;
}
}
Sobrescreva na classe MediaMovelPonderada:
public class MediaMovelPonderada implements Indicador{
// método calcula
public String toString() {
return MMP de Fechamento;
}
}
Também na classe IndicadorFechamento:
public class IndicadorFechamento implements Indicador {
// método calcula
public String toString() {
return Fechamento;
}
}
E por último na classe IndicadorAbertura:
public class IndicadorAbertura implements Indicador {
// método calcula
public String toString() {
return Abertura;
}
}
Õþ.ì Eìu§hih†™« ™£h†™•Z†«
Õ) Nossos cálculos de médias móveis são sempre para o intervalo de ì dias. Faça com que o intervalo seja
parametrizável. As classes devem receber o tamanho desse intervalo no construtor e usar esse valor no
algoritmo de cálculo.
Não esqueça de fazer os testes para essa nova versão e alterar os testes já existentes para usar esse cálculo
novo. Os testes já existentes que carem desatualizados aparecerão com erros de compilação.
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios opcionais - Página Õ¦¦
151. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ó) Toda refatoração deve ser acompanhada dos testes para garantir que não quebramos nada! Rode os testes
e veja se as mudanças feitas até agora mudaram o comportamento do programa.
Se você julgar necessário, acrescente mais testes à sua aplicação refatorada.
Õþ.¦ I•o†hZo™§u« “Z†« uZf™§Zo™« u ™ Du«†• PZ±±u§• Duh™-
§Z±™§
Vimos no capítulo de refatoração que os analistas nanceiros fazem suas análises sobre indicadoresmais ela-borados,
como por exemploMédiasMóveis, que são calculadas a partir de outros indicadores. Nomomento,
nossos algoritmos de médias móveis sempre calculam seus valores sobre o preço de fechamento. Mas, e se
quisermos calculá-las a partir de outros indicadores? Por exemplo, o que faríamos se precisássemos damédia
móvel simples do preço máximo, da abertura ou de outro indicador qualquer?
Criaríamos classes como MediaMovelSimplesAbertura e MediaMovelSimplesMaximo? Que código colo-caríamos
lá? Provavelmente, copiaríamos o código que já temos e apenas trocaríamos a chamada do
getFechamento pelo getAbertura e getMaximo.
A maior parte do código seria a mesma e não estamos reaproveitando código - copiar e colar código não é
reaproveitamento, é uma forma de nos dar dor de cabeça no futuro ao ter quemanter ó códigos idênticos em
lugares diferentes.
Queremos calcularmédiasmóveis de fechamento, abertura, volume, etc, sem precisar copiar essas classes de
média. Na verdade, o que queremos é calcular a média móvel baseado em algum outro indicador. Já temos
a classe IndicadorFechamento e é trivial implementar outros como IndicadorAbertura, IndicadorMinimo,
etc.
A MediaMovelSimples é um Indicador que vai depender de algum outro Indicador para ser calculada (por
exemplo o IndicadorFechamento). Queremos chegar em algo assim:
MediaMovelSimples mms = new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento());
// ou...
MediaMovelSimples mms = new MediaMovelPonderada(new IndicadorFechamento());
Repare na žexibilidade desse código. Ocálculo demédia ca totalmente independente do dado usado e, toda
vez que criarmos um novo indicador, já ganhamos a média móvel desse novo indicador de brinde. Vamos
fazer então nossa classe de média receber algum outro Indicador:
public class MediaMovelSimples implements Indicador {
private final Indicador outroIndicador;
public MediaMovelSimples(Indicador outroIndicador) {
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Indicadores mais elaborados e o Design Pattern Decorator - Página Õ¦¢
152. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
this.outroIndicador = outroIndicador;
}
// ... calcula ...
}
E, dentro do método calcula, em vez de chamarmos o getFechamento, delegamos a chamada para o
outroIndicador:
@Override
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
double soma = 0.0;
for (int i = posicao; i posicao - 3; i--) {
soma += outroIndicador.calcula(i, serie);
}
return soma / 3;
}
Nossa classe MediaMovelSimples recebe um outro indicador que modica um pouco os valores de saída -
ele complementa o algoritmo da média! Passar um objeto que modica um pouco o comportamento do seu
é uma solução clássica para ganhar em žexibilidade e, como muitas soluções clássicas, ganhou um nome
nos design patterns de Decorator.
TZ“fe“ e ¶“ h™“£™«†±u~
Note que, agora, nossa MediaMovelSimples éumIndicador e também temumoutro Indicador.
Já vimos antes outro tipo que se comporta da mesma forma, você se lembra?
Assim como os componentes do Swing, nossa MediaMovelSimples se tornou tambémum exem-plo
de Composite.
Õþ.¢ Eìu§hih†™«: I•o†hZo™§u« “Z†« u«£u§±™« u ™Du«†• PZ±±u§•
Duh™§Z±™§
Õ) Faremosuma grandemudança agora: nossasmédias devemreceber como argumentoumoutro indicador,
formando o design pattern Decorator, como visto na explicação.
Para isso, crie o construtor padrão (sem parâmetros) da MediaMovelSimples usando o atalho de sua pre-ferência:
a) Comece a escrever o nome da classe e mande autocompletar: Medctrl + espaço;
b) Use o criador automático de construtores: ctrl + ì Constructor.
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: Indicadores mais espertos e o Design Pattern Decorator - Página Õ¦ä
153. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ó) Modique o construtor usando o atalho alt + shiŸ + C para adicionar o parâmetro do tipo Indicador
chamado outroIndicador e com valor padrão new IndicadorFechamento().
Agora, com o cursor sobre o parâmetro outroIndicador, faça ctrl + Õ e guarde esse valor em um novo
atributo, selecionando assign parameter to new eld.
ì) Troque a implementação do método calcula para chamar o calcula do outroIndicador:
public double calcula(int posicao, SerieTemporal serie) {
double soma = 0.0;
for (int i = posicao; i posicao - 3; i--) {
soma += outroIndicador.calcula(i, serie);
}
return soma / 3;
}
¦) Lembre que toda refatoração deve ser acompanhada dos testes correspondentes. Mas ao usar a refatoração
do Eclipse no construtor da nossa classe MediaMovelSimples, a IDE evitou que quebrássemos os testes já
passando o IndicadorFechamento como parâmetro padrão para todos eles!
Agora, rode os testes novamente e tudo deve continuar se comportando exatamente como antes da refa-toração.
Caso contrário, nossa refatoração não foi bem sucedida e seria bom reverter o processo todo.
¢) Modique também a classe MediaMovelPonderada para também ter um Decorator.
Isto é, faça ela também receber um outroIndicador no construtor e delegar a chamada a esse indicador
no seu método calcula, assim como zemos com a MediaMovelSimples.
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: Indicadores mais espertos e o Design Pattern Decorator - Página Õ¦ß
154. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä) (opcional)Faça um teste de unidade na classe MediaMovelSimplesTest que use receba um
IndicadorAbertura vez do de fechamento. Faça também para quaisquer outros indicadores que
você crie.
Capítulo Õþ - Aplicando Padrões de projeto - Exercícios: Indicadores mais espertos e o Design Pattern Decorator - Página Õ¦˜
155. CZ£i±¶™ ÕÕ
A API de Režection
Até agora, ao acessar a aplicação pelo navegador, o gráco e a tabela de negociações serão gerados automa-ticamente.
Não há nenhuma forma de personalizar o gráco, como por exemplo a opção de ver apenas um
dos indicadores por vez.
Vamos melhorar a interface e adicionar um formulário que oferece para o usuário as seguintes opções:
• Tipo de indicador (abertura ou fechamento)
• Tipo de média (móvel simples ou móvel ponderada)
ÕÕ.Õ E«h™„u•o™ ¤¶Z §a€†h™ £™±Z§
Nesse momento, apesar de conseguirmos compor diversos indicadores e plotar seus grácos, o Argentum
apenas consegue mostrar o gráco daMédiaMóvel Simples do Fechamento. No entanto, nós já preparamos
diversos outros indicadores e poderíamos plotar todos eles naquele mesmo gráco. O resultado disso seria
algo assim:
Há informação demais nesse gráco e isso o torna menos útil. Seria muito mais interessante se o usuário
pudesse escolher quais indicadores ele quer ver e mandar plotar apenas estes no gráco. Uma das formas
156. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
possíveis para isso seria colocarmos as opções para que ele decida e um botão que disparará a geração do
gráco. Nossa tela cará parecida com:
Parece bom? Felizmente, colocar tais botões na tela é uma tarefa bastante simples! Como diversas aplicações
têm a necessidade desses botões, esses componentes já existem e usá-los será bem semelhante ao que já
vínhamos fazendo desde nossos primeiros exemplos com JSF.
Tais componentes são, inclusive, tão comuns que existem tanto na implementação do JSF quanto no Prime-faces
e nas outras bibliotecas semelhantes. Esse é um dilema comum quando trabalhamos com JSF: usar a
implementação padrão ou a do Primefaces.
Essa escolha usualmente cai para a utilização da biblioteca, já que seus componentes já vêm com um estilo
uniforme e, como já vimos antes, frequentemente adicionamfuncionalidades interessantes aos componentes.
Sabendo disso, daremos preferência para os componentes do Primefaces, embora isso traga alguns efeitos
colaterais. Fique atento às particularidades em destaque no decorrer desse capítulo.
C™“£™•u•±u« £Z§Z u«h™„u§ ™ §a€†h™
Para que o usuário escolha qual gráco ele quer plotar, será necessário que ele consiga interagir com a tela,
isto é, precisamos de um componente de input de dados. Há diversos deles disponíveis no Primefaces: http:
//www.primefaces.org/showcase/ui/home.jsf
Como temos opções pré-denidas para as médias e para os indicadores básicos, usaremos um componente
de select. Você pode descobrí-los até de dentro do Eclipse, no index.xhtml: basta abrir a tag p:select e
usar o ctrl + espaço!
Para replicar a tela do screenshot acima, usaremos o componente com cara de botão que permite escolher
apenas uma opção, o p:selectOneButton. E, como qualquer select, precisamos também indicar quais são
os itens que servirão de opção.
h:outputLabel value=Media Móvel: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.nomeMedia}
f:selectItem itemLabel=Simples itemValue=MediaMovelSimples /
f:selectItem itemLabel=Ponderada itemValue=MediaMovelPonderada /
/p:selectOneButton
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Escolhendo qual gráco plotar - Página Õ¢þ
157. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Marcamos, através do value, que esse componente está ligado ao atributo nomeMedia da classe ArgentumBean.
Quando o usuário escolher o botão desejado, o itemValue será atribuído a esse atributo.
Semelhantemente, queremos outra listagem de indicadores possíveis, mas agora com nossos indicadores
básicos:
h:outputLabel value=Indicador base: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.indicadorBase}
f:selectItem itemLabel=Abertura itemValue=IndicadorAbertura /
f:selectItem itemLabel=Fechamento itemValue=IndicadorFechamento /
/p:selectOneButton
Finalmente, também precisamos que o usuário indique que terminou de escolher emande efetivamente gerar
tal gráco. E a forma mais natural de fazer isso é através de um botão com uma determinada ação -- em
outras palavras, a action desse componente indica o método que será chamado quando o usuário apertar o
botão:
p:commandButton value=Gerar gráfico
action=#{argentumBean.geraGrafico}/
Note que esse botão do Primefaces é muito mais atraente do que o botão padrão que usamos no
olaMundo.xhtml. A folha de estilos do Primefaces é realmente superior, mas não é só isso que muda!
P™•±™ ou Z±u•ca™: P§†“u€Zhu« u ™ AJAX
Os botões do Primefaces não são apenas bonitos. Eles também trabalham por padrão com cha-madas
via AJAX, em vez de recarregar a tela toda. Isso é interessante quando temos telas com-plexas,
com diversas informações e o apertar de um botão altera somente um pedaço dela.
Contudo, exatamente porque nossa chamada será executada via AJAX, não haverá navegação e
os outros componentes da tela não serão recarregados, a menos que explicitamente indiquemos
que tal botão deve recarregar um componente.
No nosso caso, queremos que apertar botão Gerar gráco regere o modelo do gráco e recarregue tal com-ponente
na tela, então ainda é necessário alterar o p:commandButton para que ele atualize o gráco. Para isso,
precisamos indicar ao botão que ele será também responsável por atualizar o componente do gráco. Para
ligar um componente ao outro, usaremos um id.
p:commandButton value=Gerar gráfico update=:grafico
action=#{argentumBean.geraGrafico}/
Note o “:” (dois pontos). Isso indica para o botão que ele partirá da tag raiz da página procurando algum
componente com id grafico. E, para que isso funcione, também é necessário que o componente do gráco
tenha tal id.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Escolhendo qual gráco plotar - Página Õ¢Õ
158. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
p:lineChart value=#{argentumBean.modeloGrafico} id=grafico
legendPosition=w title=Indicadores/
Lembre-se também que sempre que temos botões, precisamos que eles estejam dentro de um componente
h:form. Fora deste componente, os botões não funcionam. Outro detalhe aqui é que, por padrão, o Pri-mefaces
coloca cada label, select e botão em uma linha. Esse comportamento é ótimo para formulários mais
padrão,mas se quisermosmostrar tudo emuma linha só ainda podemos utilizarumpanelGrid com¢ colunas
para acomodar os ¢ componentes desse menu.
h:form
h:panelGrid columns=5
h:outputLabel value=Media Móvel: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.nomeMedia}
f:selectItem itemLabel=Simples itemValue=MediaMovelSimples /
f:selectItem itemLabel=Ponderada itemValue=MediaMovelPonderada /
/p:selectOneButton
h:outputLabel value=Indicador base: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.nomeIndicadorBase}
f:selectItem itemLabel=Abertura itemValue=IndicadorAbertura /
f:selectItem itemLabel=Fechamento itemValue=IndicadorFechamento/
/p:selectOneButton
p:commandButton value=Gerar gráfico update=:grafico
action=#{argentumBean.geraGrafico}/
/h:panelGrid
/h:form
E ™MZ•ZuoBuZ•¥
Semelhantemente à proposta do JSF, focamos apenas nos novos componentes e todas as alterações propostas
nesse capítulo estão limitadas a alterações no index.xhtml.
Se repararmos bem, contudo, os novos componentes exigirão mudanças consideráveis ao ArgentumBean:
• Atributo nomeMedia, seu getter e setter;
• Atributo nomeIndicadorBase, seu getter e setter;
• Método geraGrafico, que será o novo responsável pelo modelo do gráco.
Faremos tais alterações no decorrer do próximo exercício.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Escolhendo qual gráco plotar - Página Õ¢ó
159. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ÕÕ.ó Eìu§hih†™«: £u§“†±†•o™ ¤¶u ™ ¶«¶a§†™ u«h™„Z ™ §a€†h™
Õ) No index.html e logo após a tag h:body, adicione o formulário que permitirá que o usuário escolha
qual indicador ele gostaria de ver plotado e também o panelGrid que fará com que seu formulário ocupe
apenas uma linha.
h:form
h:panelGrid columns=5
/h:panelGrid
/h:form
ó) Agora, dentro do h:panelGrid, precisamos colocar nossos selects das médias e dos indicadores básicos,
juntamente com as respectivas legendas dos campos:
h:outputLabel value=Media Móvel: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.nomeMedia}
f:selectItem itemLabel=Simples itemValue=MediaMovelSimples /
f:selectItem itemLabel=Ponderada itemValue=MediaMovelPonderada /
/p:selectOneButton
h:outputLabel value=Indicador base: /
p:selectOneButton value=#{argentumBean.nomeIndicadorBase}
f:selectItem itemLabel=Abertura itemValue=IndicadorAbertura /
f:selectItem itemLabel=Fechamento itemValue=IndicadorFechamento/
/p:selectOneButton
ì) Suba o TomCat agora e verique que recebemos uma ServletException. Ela nos informa que ainda não
temos a propriedade nomeMedia no ArgentumBean. Precisamos criar os atributos necessários para que
esses componentes funcionem corretamente.
Na classe ArgentumBean crie os atributos nomeMedia e nomeIndicadorBase e seus respectivos getters e
setters. Lembre-se de usar o ctrl + ì getter para isso!
@ManagedBean
@ViewScoped
public class ArgentumBean {
private ListNegociacao negociacoes;
private ChartModel modeloGrafico;
private String nomeMedia;
private String nomeIndicadorBase;
// agora crie os getters e setters com o ctrl+3
Atenção: se seu ArgentumBean não estiver anotado com@ViewScoped, anote-o. A explicação dos escopos
está no exercício opcional de paginação e ordenação, no capítulo de Introdução ao JSF.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Exercícios: permitindo que o usuário escolha o gráco - Página Õ¢ì
160. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
¦) Reinicie o TomCat e veja os selects na tela. Falta pouco! De volta ao index.xhtml coloque o botão no
mesmo formulário, logo após os selects. Coloque também o id=grafico no componente p:lineChart
que já existe, para fazer com que o clique no botão atualize também esse componente.
p:commandButton value=Gerar gráfico update=:grafico
action=#{argentumBean.geraGrafico}/
/h:panelGrid
/h:form
p:lineChart value=#{argentumBean.modeloGrafico} id=grafico
legendPosition=w title=Indicadores/
¢) Já é possível ver a tela,mas ao clicar no botão de gerar o gráco, nada acontece. Na verdade, no Console do
Eclipse é possível ver que uma exceção foi lançada porque o método que o botão chama, o geraGrafico,
ainda não existe.
Esse método terá que, a partir da lista de negociações, criar as Candles, a Série Temporal, mandar plotar
um indicador ao gráco e disponibilizar o modelo atualizado para o gráco. Note, no entanto, que nosso
construtor já faz todo esse trabalho!
Basta fazermos uma simples refatoração Extractmethod nessas linhas! Selecione tais linhas do construtor
da ArgentumBean e use ctrl + ì extractmethod indicando que o novométodo deve se chamar geraGrafico
e deve ser público.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Exercícios: permitindo que o usuário escolha o gráco - Página Õ¢¦
161. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ä) Finalmente, para vericarmos que estamos recebendo informações corretas sobre qual indicador plotar
no momento que o método geraGrafico é chamado, vamos imprimir essas informações no console com
um simples syso.
Altere o recém-criado geraGrafico, adicionando o syso:
public void geraGrafico() {
System.out.println(PLOTANDO: + nomeMedia + de + nomeIndicadorBase);
ListCandle candles = new CandleFactory().constroiCandles(negociacoes);
//...
ß) Reinicie o TomCat e volte a acessar a URL do projeto: http://localhost:˜þ˜þ/9óó-argentum-web/index.xhtml
Teste os botões e mande gerar o gráco. Atenção! O gráco ainda não será gerado corretamente! Falta
implementarmos essa parte no bean. Olhando no Console do Eclipse, contudo, note que nosso syso já
mostra que os atributos que escolherão qual indicador plotar já foi escolhido corretamente!
Faça o teste para algumas combinações de média e indicador, observando o console.
ÕÕ.ì M™•±Z•o™ ™« †•o†hZo™§u« o†•Z“†hZ“u•±u
No nosso formulário criamos dois select buttons, um para a média e outro para o indicador base. Nós até já
vericamos que essas informações estão sendo preenchidas corretamente quando o usuário clica no botão.
No entanto, ainda não estamos usando essa informação para plotar o indicador escolhido pelo usuário -
ainda estamos plotando a média móvel simples do fechamento em todos os casos. Essa informação está
hard-coded no geraGrafico
public void geraGrafico() {
System.out.println(PLOTANDO: + nomeMedia + de + nomeIndicadorBase);
ListCandle candles = new CandleFactory().constroiCandles(negociacoes);
SerieTemporal serie = new SerieTemporal(candles);
GeradorModeloGrafico geradorGrafico =
new GeradorModeloGrafico(serie, 2, serie.getUltimaPosicao());
geradorGrafico.plotaIndicador(
new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento()));
this.modeloGrafico = geradorGrafico.getModeloGrafico();
}
Note que as informações de qual indicador o usuário quer plotar já estão preenchidas nos atributos nomeMedia
e nomeIndicadorBase, mas esses atributos são meramente Strings passadas pelo componente de select.
Poderíamos, então, usar um conjunto de if/else para decidir qual indicador usar:
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Montando os indicadores dinamicamente - Página Õ¢¢
162. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
private Indicador defineIndicador() {
if (MediaMovelSimples.equals(nomeMedia)) {
if (IndicadorAbertura.equals(nomeIndicadorBase))
return new MediaMovelSimples(new IndicadorAbertura());
if (IndicadorFechamento.equals(nomeIndicadorBase))
return new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento());
} else if (MediaMovelPonderada.equals(nomeMedia)) {
// varios outros ifs
É fácil ver que essa é uma solução extremamente deselegante. Nesse pequeno trecho escrevemos quatro ifs
e isso é um sinal de mal design. Pense agora no teste para esse trecho de código: esse método sozinho tem
quatro caminhos possíveis de se percorrer. Esse número também é chamado de complexidade ciclomática.
Quatro não é um número ruim, mas note que, ao adicionar um novo indicador básico ou uma nova
média, esse número aumentará de forma multiplicativa. O número de caminhos será sempre igual à
quantidadeDeMedias * quantidadeDeIndicadoresBase.
C™“£uì†oZou C†h™“a±†hZ
Essa métrica expõe o número de caminhos diferentes que uma execução pode percorrer em um
método. O problema de uma complexidade ciclomática alta é que: quanto maior esse número
for, mais testes serão necessários para garantir o funcionamento esperado.
Para maiores detalhes sobre essa métrica consulte no blog da caelum esse artigo: http://blog.
caelum.com.br/medindo-a-complexidade-do-seu-codigo/
CZoZ êuñ “Z†« †•o†hZo™§u«
Por vantagem competitiva, nosso cliente pode pedir mais indicadores (mínimo e máximo) e outras médias
(exponencial e adaptativa). É sensível que o código nunca parará de crescer e estará sempre sujeito a alteração.
Embora seja aceitável para um número bem pequeno de indicadores, conforme nosso sistema evolui é fun-damental
que encontremos um jeito melhor de conseguir um objeto de Indicador a partir das Strings que já
temos.
Nesse caso a API de režection cai com uma luva. Com ela podemos escrever o código que cria objetos ou
chamar métodos sem conhecer as classes antecipadamente, justamente o que precisamos para montar as
indicadores.
ÕÕ.¦ I•±§™o¶ca™ Z Ru€uh±†™•
Por ser uma linguagem compilada, Java permite que, enquanto escrevemos nosso código, tenhamos total
controle sobre o que será executado, de tudo que faz parte do nosso sistema. Em tempo de desenvolvimento,
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Introdução a Režection - Página Õ¢ä
163. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
olhando nosso código, sabemos quantos atributos uma classe tem, quais construtores e métodos ela possui,
qual chamada de método está sendo feita e assim por diante.
Mas existem algumas raras situações onde essa garantia do compilador não nos ajuda. Isto é, existem situ-ações
em que precisamos de características dinâmicas. Por exemplo, imagine permitir que, dado um nome
demétodo que o usuário passar, nós o invocaremos em um objeto. Ou ainda, que, ao recebermos o nome de
uma classe enquanto executando o programa, possamos criar um objeto dela!
Nas próximas seções, você vai conhecer um pouco desse recurso avançado e muito poderoso que, embora
possua diversas qualidades, aumenta bastante a complexidade do nosso código e por essa razão deve ser
usado de forma sensata.
ÕÕ.¢ P™§ ¤¶u §u€uh±†™•¥
Um aluno que já cursou o FJ-óÕ pode notar uma incrível semelhança com a discussão em aula sobre MVC,
onde, dado um parâmetro da requisição, criamos um objeto das classes de lógica. Outro exemplo, já visto,
é o do XStream: dado um XML, ele consegue criar objetos para nós e colocar os dados nos atributos dele.
Como ele faz isso? Será que no código-fonte do XStream acharíamos algo assim:
Negociacao n = new Negociacao(...);
OXStreamfoi construído para funcionar comqualquer tipo deXMLe objeto. Comumpouco de ponderação
ca óbvio que não há um new para cada objeto possível e imaginável dentro do código do XStream. Mas
como ele consegue instanciar um objeto da minha classe e popular os atributos, tudo sem precisar ter new
Negociacao() escrito dentro dele?
O java.lang.režect é um pacote do Java que permite criar instâncias e chamadas em tempo de execução,
sem precisar conhecer as classes e objetos envolvidos no momento em que escrevemos nosso código (tempo
de compilação). Esse dinamismo é necessário para resolvermos determinadas tarefas que só descobrimos
serem necessárias ao receber dados, isto é, em tempo de execução.
De volta ao exemplo do XStream, ele só descobre o nome da nossa classe Negociacao quando rodamos o
programa e selecionamos o XML a ser lido. Enquanto escreviam essa biblioteca, os desenvolvedores do
XStream não tinham a menor ideia de que um dia o usaríamos com a classe Negociacao.
Apenas para citar algumas possibilidades com režection:
• Listar todos os atributos de uma classe e pegar seus valores em um objeto;
• Instanciar classes cujo nome só vamos conhecer em tempo de execução;
• Invocar um construtor especico baseado no tipo de atributo
• Invocar métodos dinamicamente baseado no nome do método como String;
• Descobrir se determinados pedaços do código têm annotations.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Por que režection? - Página Õ¢ß
164. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ÕÕ.ä C™•«±§¶h±™§, F†uo uMu±„™o
O ponto de partida da režection é a classe Class. Esta, é uma classe da própria API do Java que representa
cadamodelo presente no sistema: nossas classes, as que estão em JARs e também as do próprio Java. Através
da Class conseguimos obter informações sobre qualquer classe do sistema, como seus atributos, métodos,
construtores, etc.
Todo objeto tem um jeito fácil pegar o Class dele:
Negociacao n = new Negociacao();
// chamamos o getClass de Object
ClassNegociacao classe = n.getClass();
Mas nem mesmo precisamos de um objeto para conseguir as informações da sua classe. Diretamente com o
nome da classe também podemos fazer o seguinte:
ClassNegociacao classe = Negociacao.class;
Ou ainda, se tivermos o caminho completo da classe, conseguimos recuperar tal classe até através de uma
String:
Class classe = Class.forName(br.com.caelum.argentum.model.Negociacao);
JZêZ ¢ u Gu•u§†h«
A partir do Java ¢, a classe Class é tipada e recebe o tipo da classe que estamos trabalhando. Isso
melhora algunsmétodos, que antes recebiamObject e agora trabalhamcomum tipo T qualquer,
parametrizado pela classe.
A partir de um Class podemos listar, por exemplo, os nomes e valores dos seus atributos:
ClassNegociacao classe = Negociacao.class;
for (Field atributo : classe.getDeclaredFields()) {
System.out.println(atributo.getName());
}
A saída será:
preco
quantidade
data
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Constructor, Field e Method - Página Õ¢˜
165. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Fazendo similarmente para os métodos é possível conseguir a lista:
ClassNegociacao classe = Negociacao.class;
for (Method metodo : classe.getDeclaredMethods()) {
System.out.println(metodo.getName());
}
Cuja saída será:
getPreco
getQuantidade
getData
getVolume
isMesmoDia
Assim como podemos descobrir métodos e atributos, o mesmo aplica para construtores. Para, por exemplo,
descobrir o construtor da classe MediaMovelSimples:
ClassMediaMovelSimples classe = MediaMovelSimples.class;
Constructor?[] construtores = classe.getConstructors();
for (Constructor? constructor : construtores) {
System.out.println(Arrays.toString(constructor.getParameterTypes()));
}
Imprime o tipo do parâmetro do único construtor:
interface br.com.caelum.argentum.indicadores.Indicador
É possível fazer muito mais. Investigue a API de režection usando ctrl + espaço a partir das classesMethod,
Constructor e Fields no Eclipse e pelo JavaDoc.
ÕÕ.ß Mu„™§Z•o™ •™««™ A§u•±¶“BuZ•
Já temos os conhecimentos necessários paramelhorar nossométodo defineIndicador(), que será chamado
pelo geraGrafico. A primeira necessidade é instanciar um Indicador a partir da String recebida. Mas antes
é preciso descobrir a classe pela String e através do método newInstance() instanciar um objeto da classe.
Isso se torna bastante fácil se convencionarmos que todo indicador estará no pacote
br.com.caelum.argentum.indicadores. Assim, instanciar o indicador base é muito simples.
String pacote = br.com.caelum.argentum.indicadores.;
Class? classeIndicadorBase = Class.forName(pacote + nomeIndicadorBase);
Indicador indicadorBase = (Indicador) classeIndicadorBase.newInstance();
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Melhorando nosso ArgentumBean - Página Õ¢É
166. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Para a média o trabalho é um pouco maior, já que precisamos passar um Indicador como parâmetro na
instanciação do objeto. Isso pode ser até mais complexo se houver outros indicadores na classe em questão.
Nesse caso, não basta fazer a chamada ao método newInstance(), já que este só consegue instanciar objetos
quando o construtor padrão existe.
Por outro lado, já sabemos como descobrir o construtor a partir de um Class. A boa notícia é que existe
como criarmos uma instância a partir de um Constructor, pelo mesmo método newInstance() que passa a
receber parâmetros.
Veja o código:
Class? classeMedia = Class.forName(pacote + nomeMedia);
Constructor? construtorMedia = classeMedia.getConstructor(Indicador.class);
Indicador indicador = (Indicador) construtorMedia.newInstance(indicadorBase);
Repare que esse código funciona com qualquer indicador ou média que siga a convenção de passar o nome
da classe no itemValue do select e a convenção de pacote.
Se errarmos alguma dessas informações, no entanto, diversos erros podem acontecer e é por isso que
o código acima pode lançar diversas exceções: InstantiationException, IllegalAccessException,
ClassNotFoundException, NoSuchMethodException, InvocationTargetException.
Como essas exceções são todas checked, seria necessário declará-las todas com um throws na assinatura do
método defineIndicador, o que pode não ser desejável. Podemos, então, apelar para um try/catch que
encapsule tais exceções em uma unchecked para que ela continue sendo lançada, mas não suje a assinatura
do método com as tantas exceções. Essa é uma prática um tanto comum, hoje em dia, e linguagens mais
novas chegam a nem ter mais as checked exceptions.
Nosso método, portanto, cará assim:
private Indicador defineIndicador() {
try {
String pacote = br.com.caelum.argentum.indicadores.;
// instancia indicador base
// instancia a média, passando o indicador base
return indicador;
} catch (Exception e) {
throw new RuntimeException(e);
}
}
ÕÕ.˜ Eìu§hih†™«: †•o†hZo™§u« u“ ±u“£™ ou uìuh¶ca™
Õ) Na classe ArgentumBean, ache ométodo geraGrafico e identique a linha que plota o indicador. Ela deve
ser algo como:
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Exercícios: indicadores em tempo de execução - Página Õäþ
167. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
geradorGrafico.plotaIndicador(new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento()));
Troque o parâmetro do plotaIndicador por uma chamada a um novo método defineIndicador():
geradorGrafico.plotaIndicador(defineIndicador());
ó) Use o ctrl + Õ e escolha a opção Create method deneIndicador. O Eclipse gerará o esqueleto do método
para nós e, agora, falta preenchê-lo.
private Indicador defineIndicador() {
String pacote = br.com.caelum.argentum.indicadores.;
Class? classeIndicadorBase = Class.forName(pacote + nomeIndicadorBase);
Indicador indicadorBase = (Indicador) classeIndicadorBase.newInstance();
Class? classeMedia = Class.forName(pacote + nomeMedia);
Constructor? construtorMedia = classeMedia.getConstructor(Indicador.class);
Indicador indicador = (Indicador) construtorMedia.newInstance(indicadorBase);
return indicador;
}
ì) O código acima ainda não compila! As diversas exceções que a API de režection lança ainda precisam
ser tratadas. Com a ajuda do Eclipse, envolva todo esse trecho de código com um try/catch que pega
qualquer Exception e a encapsula em uma RuntimeException.
private Indicador defineIndicador() {
try {
String pacote = br.com.caelum.argentum.indicadores.;
Class? classeIndicadorBase = Class.forName(pacote + nomeIndicadorBase);
Indicador indicadorBase = (Indicador) classeIndicadorBase.newInstance();
Class? classeMedia = Class.forName(pacote + nomeMedia);
Constructor? construtorMedia = classeMedia.getConstructor(Indicador.class);
Indicador indicador = (Indicador) construtorMedia.newInstance(indicadorBase);
return indicador;
} catch (Exception e) {
throw new RuntimeException(e);
}
}
¦) Vamos aproveitar e adicionar um comportamento padrão para quando o usuário não tiver escolhido
qual gráco ele quer ainda. Antes mesmo do bloco de try/catch, podemos adicionar o comportamento
padrão de, se os indicadores não estiverem escolhidos, devolvemos por padrão a Média Móvel Simples
do Fechamento.
private Indicador defineIndicador() {
if (nomeIndicadorBase == null || nomeMedia == null)
return new MediaMovelSimples(new IndicadorFechamento());
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Exercícios: indicadores em tempo de execução - Página ÕäÕ
168. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
try {
//...
¢) Reinicie o TomCat e acesse o Argentum para testar o funcionamento dessa nova modicação no sistema.
Tudo deve estar funcionando!
ÕÕ.É Mu„™§Z•o™ Z ™§†u•±Zca™ Z ™fu±™«
O design do código do exercício anterior tem muito espaço para melhorias. Note que acabamos colocando
muitas responsabilidades diferentes na classe ArgentumBean - justamente nela, que deveria servir apenas para
prover objetos para os componentes da nossa página.
Além disso, nossométodo defineIndicador é ummétodo privado na ArgentumBean e isso o torna extrema-mente
difícil de testar.
Podemos, por exemplo, extrair essa lógica de denição do indicador para uma classe completamente
nova, que tivesse essa única responsabilidade. Assim, nosso método geraGrafico instanciaria um
IndicadorFactory, que devolveria o indicador correto:
public void geraGrafico() {
// outras linhas de código
IndicadorFactory fabrica = new IndicadorFactory(nomeMedia, nomeIndicadorBase);
geradorGrafico.plotaIndicador(fabrica.defineIndicador());
this.modeloGrafico = geradorGrafico.getModeloGrafico();
}
Assim, o método defineIndicador() passará a ser público e, portanto, muito mais facilmente testável e
muito mais coeso - seguindo um dos princípios SOLID: mais especicamente, o princípio da responsabili-dade
única
Eìu§hih†™« O£h†™•Z†«: §u€Z±™§Zca™ £Z§Z “u„™§Z§ Z h™u«a™
Õ) (Opcional) Crie a classe IndicadorFactory e faça com que ela receba no construtor os parâmetros
nomeMediaÛ e nomeIndicadorBaseÛ. Esses valores são obrigatórios e não serão alterados, portanto eles
podem ser final.
ó) (Opcional) Traga para essa classe o método defineIndicador, alterando ele para público, agora que
ele está em outra classe. Lembre-se, também, de arrumar erros de compilação que surgirem na classe
ArgentumBean.
ì) (Opcional) Crie testes para a IndicadorFactory. Um desses testes deve vericar o comportamento
quando não passamos o nome de uma das classes. Outro, poderia motivar a melhoria do tratamento
das exceções para algo mais descritivo.
Capítulo ÕÕ - A API de Režection - Melhorando a orientação a objetos - Página Õäó
169. CZ£i±¶™ Õó
Apêndice Testes de interface com Selenium
“Além da magia negra, há apenas automação e mecanização”
– Federico Garcia Lorca
Õó.Õ I•±§™o¶ca™ Z™ ±u«±u ou Zhu†±Zca™
Nos capítulos anteriores zemos uso dos testes de unidade, será que eles são sucientes para garantir que
a aplicação funcione da maneira esperada? Em um projeto web, uma das partes mais importantes para o
funcionamento desejado é a parte de apresentação, já que é a partir dela que toda a comunicação do cliente
com o nosso sistema será feita.
Vericar se as funcionalidades de um sistema estão se comportando corretamente sem que tenhamos de
testar manualmente a aplicação, abrindo um navegador, navegando por ele e visualizando os resultados são
tarefas que são realizadas pelos Acceptance Testing (ou Testes de Aceitação).
Temos que testar o nosso código, mas em uma aplicação web ca difícil testar a camada de apresentação,
o resultado nal. Como testar a compatibilidade entre browsers diferentes de maneira automatizada? Em
geral, como testar se a página renderizada tem o resultado desejado?
Para isso ser possível, existem algumas ferramentas que permitem tal trabalho, simulando a interação de um
usuário coma aplicação. Esse é o caso do Selenium que, coma assistência do JUnit, pode facilitar o trabalho
de escrever tais testes.
Õó.ó C™“™ €¶•h†™•Z¥
Para demonstrar como o Selenium funciona, testaremos se a validação do campo titulo funciona correta-mente,
isto é, o formulário não poderá ser submetido caso ele esteja em branco.
170. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
A primeira coisa que uma pessoa faz para testar a aplicação é abrir um browser. Com Selenium, precisamos
apenas da linha abaixo:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
Nesse caso, abrimos o Firefox. A ideia aqui é igual ao mundo JDBC onde o Driver abstrai detalhes sobre o
funcionamento do banco de dados. Em nosso caso o driver se preocupa com a comunicação com o navega-dor.
Há outros drivers disponíveis para Chrome, Internet Explorer, Safari e até para Android ou iPhone. O que
precisa mudar é apenas a implementação concreta da interface WebDriver, por exemplo:
WebDriver driver = new InternetExplorerDriver();
H±“U•†±D§†êu§
Há uma outra implementação do WebDriver disponível que nem precisa abrir um navegador.
Ela se chama HtmlUnitDriver e simula o navegador em memória. Isso é muito mais rápido mas
não testa a compatibilidade do navegador dedignamente:
WebDriver driver = new HtmlUnitDriver();
Essa alternativa é bastante utilizada em ambientes de integração que fazem uso de um cloud, já
que não temos disponíveis um browser para teste.
O próximo passo é indicar qual página queremos abrir através do navegador. O driver possui um método
get que recebe a URL:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
Com a página aberta, faremos a inserção de um valor em branco no campo titulo. Para isso, precisamos da
referência deste elemento em nosso código, o que é feito pelo método findElement.
Estemétodo recebe como parâmetro um critério de busca. A classe By possui uma série demétodos estáticos.
Pesquisaremos pelo id:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Como funciona? - Página Õä¦
171. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Agora que temos o elemento, podemos preenchê-lo como texto que quisermos através dométodo sendKeys.
Em nosso caso, deixaremos o campo em branco passando uma string vazia:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
titulo.sendKeys();
Quando o formulário for submetido e o campo titulo estiver em branco, esperamos que o sistema mostre
a mensagem Erro de Validação.
Antes de testarmos se tudo esta correto, precisamos submeter o formulário. O objeto WebElement possui o
método submit que faz exatamente isso:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
Para termos certeza de que o sistema esta validando, pediremos ao Selenium que procure pelo texto “Erro
de Validação”. Primeiro, precisamos evocar ométodo getPageSource, que nos permite procurar por algo no
código da página, e logo em seguida o método contains, que retorna true ou false:
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
boolean existeMensagem = driver.getPageSource().contains(Erro de validação);
Por m, após o formulário ter sido submetido, precisamos saber se tudo saiu conforme o planejado, o que
pode ser feito através do método estático assertTrue da classe Assert, que recebe como parâmetro um
boolean que indica a presença ou não do texto procurado pelo método contains:
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Como funciona? - Página Õä¢
172. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
boolean existeMensagem = driver.getPageSource().contains(Erro de validação);
Assert.assertTrue(existeMensagem);
Pronto, podemos vericar no próprio Eclipse se o teste passou se ele estiver verde. Se algo der errado, como
de costume, a cor vermelha será utilizada.
Podemos usar agora o método driver.close() para fechar a janela do navegador.
WebDriver driver = new FirefoxDriver();
driver.get(http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
boolean existeMensagem = driver.getPageSource().contains(Erro de validação);
Assert.assertTrue(existeMensagem);
driver.close();
Õó.ì T§ZfZ„Z•o™ h™“ o†êu§«™« ±u«±u« ou Zhu†±Zca™
É comum termos dois ou mais testes de aceitação em nossa bateria de testes. Teríamos então que abrir uma
janela do navegador em cada método, e, após os testes, fechá-la. Com isso, estaríamos repetindo muito
código! O Selenium nos permite fazer isso de uma forma mais fácil. Primeiro, criaremos o método setUp, e
o anotaremos com @Before.
@Before
public void setUp() {
driver = new FirefoxDriver();
}
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Trabalhando com diversos testes de aceitação - Página Õää
173. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Este método será invocado antes de cada teste, sempre abrindo uma nova janela. Analogamente, existe a
anotação @After, que indica que o método será invocado após cada teste. Agora, precisamos fechar essas
janelas:
@After
public void tearDown() {
driver.close();
}
Õó.¦ PZ§Z «Zfu§ “Z†«: C™•€†¶§Z•o™ ™ Suu•†¶“ u“ hZ«Z
Caso você esteja fazendo esse passo de casa, é preciso baixar algumas JARs para o funcionamento dessa
aplicação, usaremos as seguintes versões:
• commons-exec-Õ.Õ.jar
• commons-logging-Õ.Õ.Õ.jar
• guava-Õ¦.þ.jar
• httpclient-¦.ó.Õ.jar
• httpcore-¦.ó.Õ.jar
• json-óþþ˜þßþÕ.jar
• selenium-java-ó.ìÕ.þ.jar
Para mais informações, você pode consultar o site http://docs.seleniumhq.org/
Õó.¢ Eìu§hih†™«: Tu«±u h™“ Suu•†¶“
Vamos criar nosso primeiro teste com Selenium:
Õ) Antes de tudo vamos colocar as jars do Selenium no nosso projeto, elas se encontram na pasta
Desktop/caelum/22/selenium-jars/:
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Para saber mais: Congurando o Selenium em casa - Página Õäß
174. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
Para adicioná-las ao projeto, crie uma nova pasta chamada lib-teste na raiz do projeto e copie as jars
para dentro dela.
Logo em seguida adicione-as ao Build Path:
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Exercícios: Teste com Selenium - Página Õä˜
175. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
ó) Crie a classe usando ctrl + N Class, chamada GeraGraficoTest no source folder src/test/java e dentro do
pacote br.com.caelum.argentum.aceitacao:
ì) A classe terá dois atributos. O primeiro com a URL da página que queremos testar e o segundo o Web-
Driver, o objeto que nos permite manipular o navegador.
public class GeraGraficoTest {
private static final String URL =
http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml;
private WebDriver driver;
}
¦) Vamos criar o método testeAoGerarGraficoSemTituloUmaMensagemEhApresentada e anotá-lo com
@Test para indicar que ele deve ser chamado quando o teste for executado:
public class GeraGraficoTest {
private static final String URL =
http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml;
private WebDriver driver;
@Test
public void testeAoGerarGraficoSemTituloUmaMensagemEhApresentada() {
}
}
¢) Usaremos o WebDriver para abrir uma nova janela do Firefox e acessar a URL do projeto, e usaremos o
método driver.close() para fechar a janela
public class GeraGraficoTest {
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Exercícios: Teste com Selenium - Página ÕäÉ
176. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
private static final String URL =
http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml;
private WebDriver driver;
@Test
public void testeAoGerarGraficoSemTituloUmaMensagemEhApresentada() {
driver = new FirefoxDriver();
driver.get(URL);
driver.close();
}
}
ä) Estamos testando se a mensagem de erro aparece quando submetemos um formulário com o título. Para
isso, primeiro precisamos capturar o elemento do título em um WebElement. Como estamos trabalhando
com JSF, devemos lembrar que ele concatena o id do formulário com o id dos inputs. Por conseguinte,
devemos procurar o elemento pelo id dadosGrafico:titulo
public class GeraGraficoTest {
private static final String URL =
http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml;
private WebDriver driver;
@Test
public void testeAoGerarGraficoSemTituloUmaMensagemEhApresentada() {
driver = new FirefoxDriver();
driver.get(URL);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(dadosGrafico:titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
boolean existeMensagem = driver.getPageSource().contains(Erro de validação);
Assert.assertTrue(existeMensagem);
driver.close();
}
}
ß) Vemos que usamos driver = new FirefoxDriver() para abrir uma janela (umWebDriver) do navega-dor,
e driver.close() para fechar a janela. Caso formos escrevermais testes, precisaremos abrir e fechar
o navegador novamente. Para podermos reaproveitar esse código, podemos colocá-los em blocos sepa-
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Exercícios: Teste com Selenium - Página Õßþ
177. Material do Treinamento Laboratório Java com Testes, JSF,Web Services e Design Patterns
rados e usar as anotações @Before, para executá-lo antes de cada método, e @After, para executá-lo após
cada método.
public class GeraGraficoTest {
private static final String URL =
http://localhost:8080/fj22-argentum-web/index.xhtml;
private WebDriver driver;
@Before
public void setUp() {
driver = new FirefoxDriver();
}
@After
public void tearDown() {
driver.close();
}
@Test
public void testeAoGerarGraficoSemTituloUmaMensagemEhApresentada() {
driver.get(URL);
WebElement titulo = driver.findElement(By.id(dadosGrafico:titulo));
titulo.sendKeys();
titulo.submit();
boolean existeMensagem = driver.getPageSource().contains(Erro de validação);
Assert.assertTrue(existeMensagem);
}
}
Capítulo Õó - Apêndice Testes de interface com Selenium - Exercícios: Teste com Selenium - Página ÕßÕ