Capítulo 3  Visão Geral da Evolução da Macroeconomia
Aula Anterior CAPÍTULO  2 – Revisão de alguns tópicos de Contabilidade Social 2.1 O Conceito de Produto;  2.2 Taxa de Desemprego;  2.3 Nível Geral de Preços e Taxa de Inflação;  2.4 Déficit orçamentário;  2.5 Déficit comercial;  2.6 Relação entre os agregados econômicos.
Nesta Aula CAPÍTULO  3 – Visão geral da evolução da macroeconomia   3.1 A macroeconomia antes da Teoria Geral; 3.2 A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda;  3.3 Da Teoria Keynesiana à Síntese Neoclássica;  3.4 Os Monetaristas;  3.5 Os Novos Clássicos e os Novos-Keynesianos;  3.6 Os Pós-Keynesianos;  3.7 A Teoria do Desequilíbrio;  3.8 A Nova Teoria do Crescimento;  3.9 Os Modelos que serão desenvolvidos.
O marco A obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de John Maynard Keynes, publicada em 1936, é considerada um marco na evolução da macroeconomia. Pode-se, assim, dividir a evolução da macroeconomia em duas fases: Antes da TGEJM Após a TGEJM
A Macroeconomia antes da Teoria Geral Antes da década de 1930 não havia a divisão entre microeconomia e macroeconomia. O que existia era a Análise Econômica e a Teoria Econômica. Os livros sobre esses tópicos tratavam das variáveis que hoje fazem parte da microeconomia e da macroeconomia.
A Macroeconomia antes da Teoria Geral Antes da TGEJM, dois pilares do pensamento macroeconômico eram a Lei de Say e a Teoria Quantitativa da Moeda.
A Macroeconomia antes da Teoria Geral A Lei de Say diz que “a oferta cria a sua própria procura”. A conseq ü ência dessa afirmativa é que o nível de produto de uma nação se equilibraria no nível de produto potencial (ou nível de produto de pleno emprego) se essa economia não fosse afetada por políticas econômicas discricionárias.
A Macroeconomia antes da Teoria Geral Políticas econômicas discricionárias são aquelas que impactam a economia por tomarem os agentes econômicos de surpresa. Ou seja, os agentes econômicos não podem se contrapor aos efeitos imediatos das políticas econômicas.
Efeitos da Lei de Say De acordo com o pensamento da Lei de Say:    produto       renda       demanda  Assim, todo o aumento de produto geraria o aumento equivalente de renda. Quando deveria parar o aumento do produto? Quando esse atingisse o seu nível potencial.
Efeitos da Lei de Say Aceitando a Lei de Say, duas variáveis macroecômicas ficam determinadas: y = nível de produto real N = nível de emprego
Teoria Quantitativa da Moeda A Teoria Quantitativa da Moeda aceita a seguinte fórmula: M  V = P   y Em que: M = estoque de moeda V = velocidade de circulação da moeda P = nível de preços y = produto (nacional ou interno) real
Efeitos da TQM Se y é fixo no nível de pleno emprego e V é constante: variações na quantidade de moeda geram variações de preços. Ou seja:    M       P A inflação passa a ser apenas um fenômeno monetário. Por que mais moeda gera aumento de preços?
A Macroeconomia antes da Teoria Geral Através da Lei de Say se determinava y e N. Pela Teoria Quantitativa da Moeda se determinava P. A quantidade de moeda era uma variável exógena. Outras construções: o mercado de trabalho, o mercado de títulos (representativos de poupança) e o Sistema Padrão-Ouro.
O mercado de trabalho A oferta e a demanda de trabalho são colocadas em função do salário real. O salário real é gerador de renda para o trabalhador. Quanto maior é o salário real, maior é a oferta de trabalho. O salário real é visto como custo para as empresas. Quanto maior é o salário real, menor é a demanda de trabalho. Equilíbrio: determina-se W/P Sabendo-se P, determina-se W.
Salário real Quantidade de trabalho Oferta de trabalho Demanda de trabalho Determinação dos salários segundo os economistas clássicos N 0 E W P  0
O mercado de títulos Para os economistas antes de Keynes, a taxa de juros equilibrava a oferta de poupança e a demanda por ela. Qual é o significado da taxa de juros?  A curva de oferta de poupança A curva de demanda de poupança (empréstimos) O equilíbrio no mercado de títulos.
Taxa de juros Quantidade de títulos Oferta de poupança Demanda de empréstimos Determinação da taxa de juros segundo os economistas clássicos B 0 E r 0
Ajuste do balanço de pagamentos O balanço de pagamentos sempre estará em equilíbrio (o saldo da conta VIII = 0), a uma taxa de câmbio nominal fixa, se o país adotar o sistema padrão-ouro. O sistema padrão-ouro baseia-se em uma moeda lastreada em ouro e em uma série de condições, que são as hipóteses desse sistema.
O  SISTEMA  PADRÃO-OURO Baseado em 5 hipóteses: 1)  A quantidade de moeda é  lastreada  no estoque de ouro. 2) Os preços são  proporcionais  à quantidade de meios de pagamento. M      P    e  M      P    3) os  pagamentos internacionais  são feitos em ouro déficit do BP    saída de ouro do país superávit do BP    entrada de ouro no país
O  SISTEMA  PADRÃO-OURO hipóteses: 4) Relação entre  preços internos  e fluxos de X, M e capitais: P       exportações   P       importações   P       há saída líquida de capitais do país P       exportações   P       importações   P       há entrada líquida de capitais no país
O  SISTEMA  PADRÃO-OURO hipóteses: 5) há um nível interno de preços que  equilibra  o Balanço de Pagamentos, ou seja, há um nível interno de preços que faz o saldo da conta VIII ser nulo.
O  SISTEMA  PADRÃO-OURO Superávit do BP Hipótese 3 Entrada de ouro no país A quantidade de moeda aumenta Preços internos sobem X  , M  , há saída líquida de capitais Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 4 O superávit diminui e o processo continua até STBP = 0
O  SISTEMA  PADRÃO-OURO Déficit do BP Hipótese 3 Saída de ouro no país A quantidade de moeda diminui Preços internos caem X  , M  , há entrada líquida de capitais Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 4 O déficit diminui e o processo continua até STBP = 0
Balanço da Macroeconomia antes da TGEJM Lei de Say    y e N Teoria Quantitativa da moeda    P Mercado de Trabalho    W Mercado de Títulos    r e B Sistema Padrão-Ouro    saldo do BP A quantidade de moeda era exógena ao modelo e a taxa de câmbio nominal era fixa.
A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda A TGEJM é considerada um marco na evolução da macroeconomia, pois ela surgiu em um momento onde a teoria convencional não conseguia propor medidas para a solução da crise pela qual vivia a economia. A Grande Depressão do começo dos anos 30: recessão, deflação e desemprego.
“ A Grande Depressão da década 1930 foi o maior choque econômico dos tempos modernos. Entre 1929 e 1932,  a produção industrial sofreu um a contração mundial, caindo quase 50% nos Estados Unidos, cerca de 40% na Alemanha, quase 30% na França e apenas 10% na Inglaterra, onde o declínio econômico havia começado na década de vinte ...” Sachs e Larrain (1995, p.13)
“ As nações industrializadas também presenciaram uma  deflação  sem paralelos, com preços despencando em quase 25% no Reino Unido um pouco mais de 30% na Alemanha e nos Estados Unidos, e mais de 40% na França. O maior custo humano refletiu-se no desemprego, que chegou a níveis espantosos, até trágicos. Em 1933 a taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a um quarto de toda a força de trabalho. A Alemanha também sofreu um aumento catastrófico de desemprego na década de 1930” Sachs e Larrain (1995, p.13)
As propostas da Teoria Ortodoxa Mesmo com as economias capitalistas vivendo em uma Depressão Econômica, os economistas ortodoxos propunham: Estabilidade do poder de compra da moeda Orçamento público equilibrado Deixar ao mercado a determinação dos preços Mas essas medidas não diminuíam a Depressão Econômica.
As propostas da TGEJM O Princípio da Demanda Efetiva. Quem determina a produção é a demanda agregada e não o contrário. Componentes da demanda efetiva.  (DA = C + I + G + X – M) O investimento do setor privado depende das expectativas de lucros e da taxa de juros. A oferta de moeda afeta a taxa de juros. Assim, a oferta de moeda afeta o lado real da economia.  (M  r  I  DA  y  )
As propostas da TGEJM A armadilha da liquidez. Situação onde as expectativas de lucros são muito baixas e não é possível mais reduzir a taxa de juros. O papel dos gastos do governo em afetar a demanda agregada.  (G  DA  y  ) A função consumo depende da renda e o efeito multiplicador. A ilusão monetária dos trabalhadores.
Características do modelo da TGEJM Não são formulações matemáticas. Não é um texto de fácil leitura. Apresenta argumentos que mostram que a economia pode estar em equilíbrio abaixo do pleno emprego. Para aumentar o nível de produto é necessário aumentar a demanda efetiva.
TGEJM e Políticas Econômicas Como aumentar a demanda efetiva? De acordo com a TGEJM esse aumento pode ser feito através de política fiscal expansionista: Aumento dos gastos do governo    G       DA       y Redução da carga tributária    T       C       DA       y
Os desdobramentos da TGEJM Vários trabalhos surgiram após a TGEJM tentando interpretar suas contribuições. Destacam-se dois grupos: Keynes e seus seguidores O modelo da IS/LM que deu origem à Teoria Keynesiana.
A Teoria Keynesiana A Teoria Keynesiana reuniu trabalhos que procuraram verificar o que Keynes rompeu com a teoria econômica até então existente e o que ele conservou desta teoria. As curvas IS/LM surgem como interpretação geométrica do Princípio da Demanda Efetiva.
A Teoria Keynesiana Também foram elaboradas novas construções das funções consumo, investimento e demanda de moeda, bem como teorias sobre o crescimento econômico.
Os primeiros manuais de macroeconomia Nas décadas de 1950 e 1960 surgiram vários manuais de macroeconomia sintetizando as construções da Teoria Keynesiana. A ênfase dessa teoria nesse período era na construção da curva de demanda agregada e na formulação de políticas econômicas que levassem ao aumento do produto. Sugiu um conflito: aumento de gastos do governo aumentavam o PIB, mas isto se associava com inflação.
Teoria Keynesiana e suas críticas A oposição que surgiu aos keynesianos das décadas de 1950 e 1960 foi feita pelos monetaristas.
Monetaristas Denomina-se de Monetaristas o grupo de economistas que desenvolveu suas idéias a partir do final da década de 1950 e que aceita a construção da curva de demanda agregada e que atribui à moeda um papel primordial na determinação da taxa de inflação e do nível de produto real da economia.
Propostas (monetaristas) Política monetária é mais ativa na alteração do PIB do que a política fiscal. Variações na quantidade de moeda só afetam o PIB no curto prazo. No longo-prazo, variações de M só causam inflação. A curva de Phillips modificada só é válida no curto prazo. Defendem regras de política econômica simples e estáveis.
Síntese Neoclássica e Novos Clássicos Na década de 70  surgiu um grupo de economistas criticando as formulações da teoria keynesiana quanto a falta de fundamentos microeconômicos explícitos para as suas construções teóricas e a não consideração de expectativas nessas construções.  Fruto dessas críticas da década de 1970 surgiram dois grupos: A Síntese Neoclássica Os Novos Clássicos
Síntese Neoclássica É um modelo que considera firmas em concorrência perfeita ou em monopólio que procuram maximizar a massa de lucros e trabalhadores que decidem o quanto ofertar de trabalho a partir de suas decisões racionais de alocação do tempo. Baseia-se nas construções da microeconomia convencional. Divide a economia em cinco mercados, onde os equilíbrios são atingidos simultaneamente. Os mercados são de bens e serviços, moedas, títulos, trabalho e divisas.
Síntese Neoclássica Desenvolve diversos modelos da curva de oferta agregada, que são compatibilizados com as curvas IS/LM, que definem a demanda agregada. As funções consumo, investimento e demanda de moeda, originárias das curvas IS/LM, passaram a ser tratadas com fundamentos microeconômicos. Recupera as propostas da Teoria Keynesiana, mas se distancia das propostas originais de Keynes. Dominou os manuais de macroeconomia na década de 1970.
Novos Clássicos Desenvolveram modelos macroeconômicos que se baseiam em: Fundamentos microeconômicos explícitos; Adoção de expectativas racionais; Realçam o papel limitado das políticas econômicas discricionárias
Modelos dos Novos Clássicos Entre os resultados dos trabalhos dos autores novos-clássicos se destacam: o Modelo de Informação Imperfeita (também denominado de Modelo de Informação Incompleta), do qual se deriva a curva de oferta de Lucas; e o Modelo de Ciclo Econômico Real.
Modelo de Informação Incompleta O Modelo de Informação Incompleta surgiu no início da década de 70 do século XX e demonstrava que a política monetária só tinha efeitos sobre a atividade econômica quando aquela política não fosse previamente antecipada pelos agentes econômicos.  Tal situação só ocorria no curto prazo. No longo prazo, a política monetária não tinha efeitos reais sobre a economia.  As conclusões do Modelo da Informação Incompleta coincidem com a argumentação dos Monetaristas.
Modelo do Ciclo Real Os novos clássicos assumem que o produto efetivo está em seu nível natural, ou potencial.  Assim, todas as flutuações do produto constituem em alterações do próprio nível natural do produto.   Este cresce em função de novas inovações tecnológicas que causam o aumento da produtividade.  Para os Novos Clássicos, a recessão econômica surge de um regresso tecnológico. O Modelo do Ciclo Real não atribui às variações de moeda efeitos sobre o produto.
Modelo do Ciclo Real Três legados importantes: A necessidade de se modelar com fundamentos microeconômicos as construções macroeconômicas; O uso de expectativas racionais ao se modelar as previsões dos agentes econômicos; e, A importância da credibilidade do setor privado nas políticas econômicas, para que estas atinjam o seu objetivo.
Novos Keynesianos Os Novos Keynesianos surgiram na década de 80, como uma reação aos modelos dos Novos Clássicos e com novos fundamentos para a curva de oferta agregada, alternativos às construções da Síntese Neoclássica. Os Novos Keynesianos recuperam a curva de demanda agregada da Teoria Keynesiana, incorporam as expectativas e os fundamentos microeconômicos.
Novos Keynesianos Consideram firmas em concorrência monopolística e em oligopólio que têm a capacidade de determinar o preço e salário na economia. Seus Modelos são:  Multiplicidade de equilíbrio no longo prazo Modelos que explicam a rigidez real de certas variáveis Modelos que explicam a rigidez nominal de certas variáveis Modelos que explicam o processo inflacionário.
Modelos que mostram múltiplos equilíbrio no longo prazo A multiplicidade de equilíbrios de longo prazo surge da complementariedade estratégica dos agentes econômicos, por meio dos quais o maior nível de ação de um agente faz com que outro agente também procure maior nível de ação.
Modelos de rigidez real O modelo Insider-Ousider (rigidez do desemprego). Os insiders são trabalhadores ocupados, recebendo salários maiores do que os desempregados aceitariam. Por que não substituir os empregados (insiders)?  O modelo do Salário Eficiência (rigidez do salário real).  O salário real pago é maior do que o que o mercado aceita. Isto garante o nível de produtividade.
Modelos de rigidez nominal Modelo do Menu Cost. Alterar preços tem custo. Quais são esses custos? Se esse custo for maior do que o aumento de receitas, não se altera os preços.  Modelos de contratos de salários e prestação de bens e serviços.  Os preços são fixos.
Os Pós-Keynesianos Vários autores retomaram a leitura dos trabalhos de Keynes e de seus discípulos, observando pontos que a Teoria Keynesiana e a Síntese Neoclássica perderam. Esses autores, conhecidos como pós-keynesianos, se caracterizam por: dar grande ênfase ao Princípio da Demanda Efetiva ressaltar o papel da moeda, definindo nova função de produção e ligando o presente ao futuro. Ressaltar as expectativas na explicação do comportamento das economias, em especial as expectativas sobre lucros na determinação do investimento.
Teoria do Desequilíbrio Autores que surgiram na década de 1970 e consideram preços fixos e determinados fora do modelo macroeconômico. Realça as restrições de quantidade nas decisões das famílias e empresas. O ponto central é que salários e preços não conseguem equilibrar os mercados rapidamente, o que é feito pelos ajustes de quantidades.
A Nova Teoria do Crescimento São autores que surgiram em meados da década de 1980 e que destacam o papel do progresso tecnológico e dos rendimentos crescentes à escala na determinação do crescimento do produto potencial. Foram, inicialmente, classificados como novos clássicos e, posteriormente, reclassificados em novo grupo. Esses modelos destacam o papel do capital humano no crescimento do produto e o modo com a inovação tecnológica se propaga na economia.
Os modelos a serem desenvolvidos Em nossa disciplina, serão desenvolvidos oito modelos macroeconômicos, considerando a curva de demanda agregada elaborada a partir do modelo IS/LM e combinada com oito diferentes tipos de curvas de oferta agregada advindas da Síntese Neoclássica, dos novos clássicos e dos novos keynesianos.
Esquema da evolução da macroeconomia   A MACROECONOMIA ANTES DA TEORIA GERAL Até 1935   A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda  193 6 Keynes e os seus discípulos decifrando a Teoria Geral Os Monetaristas Teoria Keynesiana com ênfase na demanda agregada Décadas de 1940, 1950 e 1960 Novos Clássicos Novos Keynesianos Pós Keynesianos Nova Teoria do Crescimento Teoria do Desequilíbrio Síntese Neoclássica Décadas de 1970, 1980 e 1990
Próxima Aula CAPÍTULO  4 – Modelos macroeconômicos simplificados de determinação de renda   4.1 A identidade dispêndio-renda;  4.2 A identidade dispêndio renda em valores reais;  4.3 A distinção entre investimento planejado e realizado;  4.4 1º Modelo macroeconômico simplificado;  4.5 2º Modelo macroeconômico simplificado;  4.6 Limitações dos modelos macroeconômicos discutidos até agora.
Referências Bibliográficas BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S.  Macroeconomia : Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006 BARRO, R.J.  Novos-Clássicos e Keynesianos, ou os mocinhos e os bandidos. In:  Literatura Econômica,  número especial, junho de 1992. Pág. 1 a 15. BLANCHARD, O.  Macroeconomia : teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001.  BONOMO, M.A.  Teoria Macroeconômica Novo-Keynesiana. In:  Literatura Econômica , número especial, junho de 1992. Pág. 67 a 72. BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M.   Macroeconomia , São Paulo: Habra, 1978. CARVALHO, F. C.  O Paradigma Pós-Keynesiano em Macroeconomia. In:  Literatura Econômica , número especial, junho de 1992. Pág. 78 a 86. DORNBUSCH, R. & FISCHER, S.  Macroeconomia .  5 a  edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991. DORNBUSCH, R.  Novos-Clássicos e Novos Keynesianos. In:  Literatura Econômica , número especial , junho d MANKIW, N.G.  Macroeconomia : Rio de Janeiro: LTC, 2004.  SACHS.  J.D.; LARRAIN, F.B.  Macroeconomia . São Paulo: Makron Books, 1995

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Cap3 macro

  • 1. Capítulo 3 Visão Geral da Evolução da Macroeconomia
  • 2. Aula Anterior CAPÍTULO 2 – Revisão de alguns tópicos de Contabilidade Social 2.1 O Conceito de Produto; 2.2 Taxa de Desemprego; 2.3 Nível Geral de Preços e Taxa de Inflação; 2.4 Déficit orçamentário; 2.5 Déficit comercial; 2.6 Relação entre os agregados econômicos.
  • 3. Nesta Aula CAPÍTULO 3 – Visão geral da evolução da macroeconomia 3.1 A macroeconomia antes da Teoria Geral; 3.2 A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda; 3.3 Da Teoria Keynesiana à Síntese Neoclássica; 3.4 Os Monetaristas; 3.5 Os Novos Clássicos e os Novos-Keynesianos; 3.6 Os Pós-Keynesianos; 3.7 A Teoria do Desequilíbrio; 3.8 A Nova Teoria do Crescimento; 3.9 Os Modelos que serão desenvolvidos.
  • 4. O marco A obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de John Maynard Keynes, publicada em 1936, é considerada um marco na evolução da macroeconomia. Pode-se, assim, dividir a evolução da macroeconomia em duas fases: Antes da TGEJM Após a TGEJM
  • 5. A Macroeconomia antes da Teoria Geral Antes da década de 1930 não havia a divisão entre microeconomia e macroeconomia. O que existia era a Análise Econômica e a Teoria Econômica. Os livros sobre esses tópicos tratavam das variáveis que hoje fazem parte da microeconomia e da macroeconomia.
  • 6. A Macroeconomia antes da Teoria Geral Antes da TGEJM, dois pilares do pensamento macroeconômico eram a Lei de Say e a Teoria Quantitativa da Moeda.
  • 7. A Macroeconomia antes da Teoria Geral A Lei de Say diz que “a oferta cria a sua própria procura”. A conseq ü ência dessa afirmativa é que o nível de produto de uma nação se equilibraria no nível de produto potencial (ou nível de produto de pleno emprego) se essa economia não fosse afetada por políticas econômicas discricionárias.
  • 8. A Macroeconomia antes da Teoria Geral Políticas econômicas discricionárias são aquelas que impactam a economia por tomarem os agentes econômicos de surpresa. Ou seja, os agentes econômicos não podem se contrapor aos efeitos imediatos das políticas econômicas.
  • 9. Efeitos da Lei de Say De acordo com o pensamento da Lei de Say:  produto   renda   demanda Assim, todo o aumento de produto geraria o aumento equivalente de renda. Quando deveria parar o aumento do produto? Quando esse atingisse o seu nível potencial.
  • 10. Efeitos da Lei de Say Aceitando a Lei de Say, duas variáveis macroecômicas ficam determinadas: y = nível de produto real N = nível de emprego
  • 11. Teoria Quantitativa da Moeda A Teoria Quantitativa da Moeda aceita a seguinte fórmula: M  V = P  y Em que: M = estoque de moeda V = velocidade de circulação da moeda P = nível de preços y = produto (nacional ou interno) real
  • 12. Efeitos da TQM Se y é fixo no nível de pleno emprego e V é constante: variações na quantidade de moeda geram variações de preços. Ou seja:  M   P A inflação passa a ser apenas um fenômeno monetário. Por que mais moeda gera aumento de preços?
  • 13. A Macroeconomia antes da Teoria Geral Através da Lei de Say se determinava y e N. Pela Teoria Quantitativa da Moeda se determinava P. A quantidade de moeda era uma variável exógena. Outras construções: o mercado de trabalho, o mercado de títulos (representativos de poupança) e o Sistema Padrão-Ouro.
  • 14. O mercado de trabalho A oferta e a demanda de trabalho são colocadas em função do salário real. O salário real é gerador de renda para o trabalhador. Quanto maior é o salário real, maior é a oferta de trabalho. O salário real é visto como custo para as empresas. Quanto maior é o salário real, menor é a demanda de trabalho. Equilíbrio: determina-se W/P Sabendo-se P, determina-se W.
  • 15. Salário real Quantidade de trabalho Oferta de trabalho Demanda de trabalho Determinação dos salários segundo os economistas clássicos N 0 E W P 0
  • 16. O mercado de títulos Para os economistas antes de Keynes, a taxa de juros equilibrava a oferta de poupança e a demanda por ela. Qual é o significado da taxa de juros? A curva de oferta de poupança A curva de demanda de poupança (empréstimos) O equilíbrio no mercado de títulos.
  • 17. Taxa de juros Quantidade de títulos Oferta de poupança Demanda de empréstimos Determinação da taxa de juros segundo os economistas clássicos B 0 E r 0
  • 18. Ajuste do balanço de pagamentos O balanço de pagamentos sempre estará em equilíbrio (o saldo da conta VIII = 0), a uma taxa de câmbio nominal fixa, se o país adotar o sistema padrão-ouro. O sistema padrão-ouro baseia-se em uma moeda lastreada em ouro e em uma série de condições, que são as hipóteses desse sistema.
  • 19. O SISTEMA PADRÃO-OURO Baseado em 5 hipóteses: 1) A quantidade de moeda é lastreada no estoque de ouro. 2) Os preços são proporcionais à quantidade de meios de pagamento. M   P  e M   P  3) os pagamentos internacionais são feitos em ouro déficit do BP  saída de ouro do país superávit do BP  entrada de ouro no país
  • 20. O SISTEMA PADRÃO-OURO hipóteses: 4) Relação entre preços internos e fluxos de X, M e capitais: P   exportações  P   importações  P   há saída líquida de capitais do país P   exportações  P   importações  P   há entrada líquida de capitais no país
  • 21. O SISTEMA PADRÃO-OURO hipóteses: 5) há um nível interno de preços que equilibra o Balanço de Pagamentos, ou seja, há um nível interno de preços que faz o saldo da conta VIII ser nulo.
  • 22. O SISTEMA PADRÃO-OURO Superávit do BP Hipótese 3 Entrada de ouro no país A quantidade de moeda aumenta Preços internos sobem X  , M  , há saída líquida de capitais Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 4 O superávit diminui e o processo continua até STBP = 0
  • 23. O SISTEMA PADRÃO-OURO Déficit do BP Hipótese 3 Saída de ouro no país A quantidade de moeda diminui Preços internos caem X  , M  , há entrada líquida de capitais Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 4 O déficit diminui e o processo continua até STBP = 0
  • 24. Balanço da Macroeconomia antes da TGEJM Lei de Say  y e N Teoria Quantitativa da moeda  P Mercado de Trabalho  W Mercado de Títulos  r e B Sistema Padrão-Ouro  saldo do BP A quantidade de moeda era exógena ao modelo e a taxa de câmbio nominal era fixa.
  • 25. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda A TGEJM é considerada um marco na evolução da macroeconomia, pois ela surgiu em um momento onde a teoria convencional não conseguia propor medidas para a solução da crise pela qual vivia a economia. A Grande Depressão do começo dos anos 30: recessão, deflação e desemprego.
  • 26. “ A Grande Depressão da década 1930 foi o maior choque econômico dos tempos modernos. Entre 1929 e 1932, a produção industrial sofreu um a contração mundial, caindo quase 50% nos Estados Unidos, cerca de 40% na Alemanha, quase 30% na França e apenas 10% na Inglaterra, onde o declínio econômico havia começado na década de vinte ...” Sachs e Larrain (1995, p.13)
  • 27. “ As nações industrializadas também presenciaram uma deflação sem paralelos, com preços despencando em quase 25% no Reino Unido um pouco mais de 30% na Alemanha e nos Estados Unidos, e mais de 40% na França. O maior custo humano refletiu-se no desemprego, que chegou a níveis espantosos, até trágicos. Em 1933 a taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a um quarto de toda a força de trabalho. A Alemanha também sofreu um aumento catastrófico de desemprego na década de 1930” Sachs e Larrain (1995, p.13)
  • 28. As propostas da Teoria Ortodoxa Mesmo com as economias capitalistas vivendo em uma Depressão Econômica, os economistas ortodoxos propunham: Estabilidade do poder de compra da moeda Orçamento público equilibrado Deixar ao mercado a determinação dos preços Mas essas medidas não diminuíam a Depressão Econômica.
  • 29. As propostas da TGEJM O Princípio da Demanda Efetiva. Quem determina a produção é a demanda agregada e não o contrário. Componentes da demanda efetiva. (DA = C + I + G + X – M) O investimento do setor privado depende das expectativas de lucros e da taxa de juros. A oferta de moeda afeta a taxa de juros. Assim, a oferta de moeda afeta o lado real da economia. (M  r  I  DA  y  )
  • 30. As propostas da TGEJM A armadilha da liquidez. Situação onde as expectativas de lucros são muito baixas e não é possível mais reduzir a taxa de juros. O papel dos gastos do governo em afetar a demanda agregada. (G  DA  y  ) A função consumo depende da renda e o efeito multiplicador. A ilusão monetária dos trabalhadores.
  • 31. Características do modelo da TGEJM Não são formulações matemáticas. Não é um texto de fácil leitura. Apresenta argumentos que mostram que a economia pode estar em equilíbrio abaixo do pleno emprego. Para aumentar o nível de produto é necessário aumentar a demanda efetiva.
  • 32. TGEJM e Políticas Econômicas Como aumentar a demanda efetiva? De acordo com a TGEJM esse aumento pode ser feito através de política fiscal expansionista: Aumento dos gastos do governo  G   DA   y Redução da carga tributária  T   C   DA   y
  • 33. Os desdobramentos da TGEJM Vários trabalhos surgiram após a TGEJM tentando interpretar suas contribuições. Destacam-se dois grupos: Keynes e seus seguidores O modelo da IS/LM que deu origem à Teoria Keynesiana.
  • 34. A Teoria Keynesiana A Teoria Keynesiana reuniu trabalhos que procuraram verificar o que Keynes rompeu com a teoria econômica até então existente e o que ele conservou desta teoria. As curvas IS/LM surgem como interpretação geométrica do Princípio da Demanda Efetiva.
  • 35. A Teoria Keynesiana Também foram elaboradas novas construções das funções consumo, investimento e demanda de moeda, bem como teorias sobre o crescimento econômico.
  • 36. Os primeiros manuais de macroeconomia Nas décadas de 1950 e 1960 surgiram vários manuais de macroeconomia sintetizando as construções da Teoria Keynesiana. A ênfase dessa teoria nesse período era na construção da curva de demanda agregada e na formulação de políticas econômicas que levassem ao aumento do produto. Sugiu um conflito: aumento de gastos do governo aumentavam o PIB, mas isto se associava com inflação.
  • 37. Teoria Keynesiana e suas críticas A oposição que surgiu aos keynesianos das décadas de 1950 e 1960 foi feita pelos monetaristas.
  • 38. Monetaristas Denomina-se de Monetaristas o grupo de economistas que desenvolveu suas idéias a partir do final da década de 1950 e que aceita a construção da curva de demanda agregada e que atribui à moeda um papel primordial na determinação da taxa de inflação e do nível de produto real da economia.
  • 39. Propostas (monetaristas) Política monetária é mais ativa na alteração do PIB do que a política fiscal. Variações na quantidade de moeda só afetam o PIB no curto prazo. No longo-prazo, variações de M só causam inflação. A curva de Phillips modificada só é válida no curto prazo. Defendem regras de política econômica simples e estáveis.
  • 40. Síntese Neoclássica e Novos Clássicos Na década de 70 surgiu um grupo de economistas criticando as formulações da teoria keynesiana quanto a falta de fundamentos microeconômicos explícitos para as suas construções teóricas e a não consideração de expectativas nessas construções. Fruto dessas críticas da década de 1970 surgiram dois grupos: A Síntese Neoclássica Os Novos Clássicos
  • 41. Síntese Neoclássica É um modelo que considera firmas em concorrência perfeita ou em monopólio que procuram maximizar a massa de lucros e trabalhadores que decidem o quanto ofertar de trabalho a partir de suas decisões racionais de alocação do tempo. Baseia-se nas construções da microeconomia convencional. Divide a economia em cinco mercados, onde os equilíbrios são atingidos simultaneamente. Os mercados são de bens e serviços, moedas, títulos, trabalho e divisas.
  • 42. Síntese Neoclássica Desenvolve diversos modelos da curva de oferta agregada, que são compatibilizados com as curvas IS/LM, que definem a demanda agregada. As funções consumo, investimento e demanda de moeda, originárias das curvas IS/LM, passaram a ser tratadas com fundamentos microeconômicos. Recupera as propostas da Teoria Keynesiana, mas se distancia das propostas originais de Keynes. Dominou os manuais de macroeconomia na década de 1970.
  • 43. Novos Clássicos Desenvolveram modelos macroeconômicos que se baseiam em: Fundamentos microeconômicos explícitos; Adoção de expectativas racionais; Realçam o papel limitado das políticas econômicas discricionárias
  • 44. Modelos dos Novos Clássicos Entre os resultados dos trabalhos dos autores novos-clássicos se destacam: o Modelo de Informação Imperfeita (também denominado de Modelo de Informação Incompleta), do qual se deriva a curva de oferta de Lucas; e o Modelo de Ciclo Econômico Real.
  • 45. Modelo de Informação Incompleta O Modelo de Informação Incompleta surgiu no início da década de 70 do século XX e demonstrava que a política monetária só tinha efeitos sobre a atividade econômica quando aquela política não fosse previamente antecipada pelos agentes econômicos. Tal situação só ocorria no curto prazo. No longo prazo, a política monetária não tinha efeitos reais sobre a economia. As conclusões do Modelo da Informação Incompleta coincidem com a argumentação dos Monetaristas.
  • 46. Modelo do Ciclo Real Os novos clássicos assumem que o produto efetivo está em seu nível natural, ou potencial. Assim, todas as flutuações do produto constituem em alterações do próprio nível natural do produto. Este cresce em função de novas inovações tecnológicas que causam o aumento da produtividade. Para os Novos Clássicos, a recessão econômica surge de um regresso tecnológico. O Modelo do Ciclo Real não atribui às variações de moeda efeitos sobre o produto.
  • 47. Modelo do Ciclo Real Três legados importantes: A necessidade de se modelar com fundamentos microeconômicos as construções macroeconômicas; O uso de expectativas racionais ao se modelar as previsões dos agentes econômicos; e, A importância da credibilidade do setor privado nas políticas econômicas, para que estas atinjam o seu objetivo.
  • 48. Novos Keynesianos Os Novos Keynesianos surgiram na década de 80, como uma reação aos modelos dos Novos Clássicos e com novos fundamentos para a curva de oferta agregada, alternativos às construções da Síntese Neoclássica. Os Novos Keynesianos recuperam a curva de demanda agregada da Teoria Keynesiana, incorporam as expectativas e os fundamentos microeconômicos.
  • 49. Novos Keynesianos Consideram firmas em concorrência monopolística e em oligopólio que têm a capacidade de determinar o preço e salário na economia. Seus Modelos são: Multiplicidade de equilíbrio no longo prazo Modelos que explicam a rigidez real de certas variáveis Modelos que explicam a rigidez nominal de certas variáveis Modelos que explicam o processo inflacionário.
  • 50. Modelos que mostram múltiplos equilíbrio no longo prazo A multiplicidade de equilíbrios de longo prazo surge da complementariedade estratégica dos agentes econômicos, por meio dos quais o maior nível de ação de um agente faz com que outro agente também procure maior nível de ação.
  • 51. Modelos de rigidez real O modelo Insider-Ousider (rigidez do desemprego). Os insiders são trabalhadores ocupados, recebendo salários maiores do que os desempregados aceitariam. Por que não substituir os empregados (insiders)? O modelo do Salário Eficiência (rigidez do salário real). O salário real pago é maior do que o que o mercado aceita. Isto garante o nível de produtividade.
  • 52. Modelos de rigidez nominal Modelo do Menu Cost. Alterar preços tem custo. Quais são esses custos? Se esse custo for maior do que o aumento de receitas, não se altera os preços. Modelos de contratos de salários e prestação de bens e serviços. Os preços são fixos.
  • 53. Os Pós-Keynesianos Vários autores retomaram a leitura dos trabalhos de Keynes e de seus discípulos, observando pontos que a Teoria Keynesiana e a Síntese Neoclássica perderam. Esses autores, conhecidos como pós-keynesianos, se caracterizam por: dar grande ênfase ao Princípio da Demanda Efetiva ressaltar o papel da moeda, definindo nova função de produção e ligando o presente ao futuro. Ressaltar as expectativas na explicação do comportamento das economias, em especial as expectativas sobre lucros na determinação do investimento.
  • 54. Teoria do Desequilíbrio Autores que surgiram na década de 1970 e consideram preços fixos e determinados fora do modelo macroeconômico. Realça as restrições de quantidade nas decisões das famílias e empresas. O ponto central é que salários e preços não conseguem equilibrar os mercados rapidamente, o que é feito pelos ajustes de quantidades.
  • 55. A Nova Teoria do Crescimento São autores que surgiram em meados da década de 1980 e que destacam o papel do progresso tecnológico e dos rendimentos crescentes à escala na determinação do crescimento do produto potencial. Foram, inicialmente, classificados como novos clássicos e, posteriormente, reclassificados em novo grupo. Esses modelos destacam o papel do capital humano no crescimento do produto e o modo com a inovação tecnológica se propaga na economia.
  • 56. Os modelos a serem desenvolvidos Em nossa disciplina, serão desenvolvidos oito modelos macroeconômicos, considerando a curva de demanda agregada elaborada a partir do modelo IS/LM e combinada com oito diferentes tipos de curvas de oferta agregada advindas da Síntese Neoclássica, dos novos clássicos e dos novos keynesianos.
  • 57. Esquema da evolução da macroeconomia A MACROECONOMIA ANTES DA TEORIA GERAL Até 1935 A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda 193 6 Keynes e os seus discípulos decifrando a Teoria Geral Os Monetaristas Teoria Keynesiana com ênfase na demanda agregada Décadas de 1940, 1950 e 1960 Novos Clássicos Novos Keynesianos Pós Keynesianos Nova Teoria do Crescimento Teoria do Desequilíbrio Síntese Neoclássica Décadas de 1970, 1980 e 1990
  • 58. Próxima Aula CAPÍTULO 4 – Modelos macroeconômicos simplificados de determinação de renda 4.1 A identidade dispêndio-renda; 4.2 A identidade dispêndio renda em valores reais; 4.3 A distinção entre investimento planejado e realizado; 4.4 1º Modelo macroeconômico simplificado; 4.5 2º Modelo macroeconômico simplificado; 4.6 Limitações dos modelos macroeconômicos discutidos até agora.
  • 59. Referências Bibliográficas BACHA, C.J.C.; LIMA, R.A.S. Macroeconomia : Teorias e Aplicações à Economia Brasileira. Campinas: Alínea, 2006 BARRO, R.J. Novos-Clássicos e Keynesianos, ou os mocinhos e os bandidos. In: Literatura Econômica, número especial, junho de 1992. Pág. 1 a 15. BLANCHARD, O. Macroeconomia : teoria e política econômica. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. BONOMO, M.A. Teoria Macroeconômica Novo-Keynesiana. In: Literatura Econômica , número especial, junho de 1992. Pág. 67 a 72. BRANSON , W.H. e LITVACK, J.M. Macroeconomia , São Paulo: Habra, 1978. CARVALHO, F. C. O Paradigma Pós-Keynesiano em Macroeconomia. In: Literatura Econômica , número especial, junho de 1992. Pág. 78 a 86. DORNBUSCH, R. & FISCHER, S. Macroeconomia . 5 a edição. São Paulo: Makron/Mcgraw-Hill, 1991. DORNBUSCH, R. Novos-Clássicos e Novos Keynesianos. In: Literatura Econômica , número especial , junho d MANKIW, N.G. Macroeconomia : Rio de Janeiro: LTC, 2004. SACHS. J.D.; LARRAIN, F.B. Macroeconomia . São Paulo: Makron Books, 1995