Atendimento das mulheres e crianças vítimas da violência sexual Msc. Arnildo Hackenhaar
Estruturação de um serviço de saúde no atendimento a vítimas de violência sexual NORMA TÉCNICA Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes Ministério da Saúde (2002)
Violência A violência representa hoje uma das principais causas de morbimortalidade, especialmente na população jovem. Atinge crianças, adolescentes, homens e mulheres. Homicídios - em sua maioria atingem os homens.  Violência sexual  - afeta as mulheres e ocorre no espaço doméstico.
Em particular o estupro – atinge sobretudo meninas, adolescentes e mulheres jovens. Os estudos sobre o tema indicam que a maior parte da violência é praticada por  parentes,  pessoas próximas ou  conhecidas,  (tornando o crime mais difícil de ser denunciado)  Menos de 10% dos casos chegam às delegacias. Violência sexual
A vítima está exposta a diferentes riscos que podem comprometer sua saúde física e mental: os traumas físicos e ginecológicos,  a gravidez,  as conseqüências psicológicas e  a possibilidade de adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST)  A  gravidez  geralmente é percebida como uma segunda violência, intolerável para a maioria das mulheres.  Violência sexual
O código penal brasileiro prever o aborto nestes casos há mais de 50 anos  A interrupção dessas gestações tem sido feita de forma  excepcional  pelos serviços públicos de saúde,  (agravando sobremaneira a situação dessas mulheres) Como lidar com a questão do aborto?????????????????? Aborto
Qualquer disfunção psicossocial na infância pode ser indicativa de abuso sexual.  As conseqüências psicológicas da violência sexual tendem a se tornar mais graves após os 7 anos. Na  mulher adulta , a violência sexual tem sido associada à desordem do estresse pós-traumático: (angústia, medo, ansiedade, culpa, vergonha e depressão)  As repercussões...
Podem ocorrer reações somáticas como  fadiga, tensão, cefaléia, insônia, pesadelos, anorexia e náuseas.  Como repercussões tardias pode-se estabelecer o  vaginismo,  dispareunia,  uso de drogas e álcool,  depressão,  tentativa de suicídio e  outros sintomas. Repercussões físicas...
Os traumatismos físicos podem variar desde pequenos hematomas até traumas graves que podem resultar na morte da vítima.  Os exames periciais evidenciam a presença de traumas em cerca de apenas 10% dos casos de estupro. Repercussões físicas
Enfrentamento da violência sexual Exige a efetiva articulação de diferentes setores, tais como:  saúde,  segurança pública,  justiça,  bem como o envolvimento da sociedade civil organizada,  configurando redes integradas de atendimento.
Requer a observância de determinadas condições e providências no âmbito da instituição. Não havendo necessidade de criação de um serviço específico para este fim.  Todas as unidades de saúde que tenham serviços de ginecologia e obstetrícia deverão estar capacitadas para o atendimento a esses casos.  Assistência – os serviços
Instalação e Área Física Para a avaliação médica e ginecológica, é necessário espaço físico correspondente a um consultório ginecológico.  Os procedimentos para o esvaziamento da cavidade uterina deverão ser realizados em ambiente cirúrgico.
Equipamentos e instrumental É importante que a unidade esteja equipada de tal modo a conferir-lhe autonomia e resolutividade.  Além do material rotineiro nos consultórios de ginecologia, os materiais e equipamentos necessários são: _ papel filtro _ espátula ou swab para secreção vaginal
  Aparelhos adicionais sugeridos:  _ colposcópio _ aparelho de ultra-sonografia _ máquina fotográfica simples e filme (para fotografar possíveis lesões) Além dos equipamentos próprios de um centro cirúrgico: _ caixas de material para curetagem _ jogo de velas de Hegar _ conjunto de materiais para aspiração uterina – manual ou elétrica Equipamentos e instrumental
Apoio laboratorial Auxiliar no estabelecimento do diagnóstico e no rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis.  Justificada pelo fato de que estudos demonstraram que das vítimas: 16% a 53% podem apresentar algum tipo de DST  0,8% a 1,6% transmissão do HIV
Registro de dados Deve-se manter um sistema padronizado de registro dos dados Uniformização de informações dos vários serviços - bancos de dados do SUS/MS.  Esse registro pode ser feito a partir do prontuário regular de cada serviço.  Formulário sugerido pelo Manual do Ministério da Saúde.
Recursos Humanos O ideal é que esse tipo de um atendimento seja prestado por equipe multiprofissional, composta por:  - médicos/as,  - psicólogos/as,  - enfermeiras/os e  - assistentes sociais. Entretanto, a falta de um dos profissionais na equipe – com exceção de médico/a – não inviabiliza atendimento.
Sensibilização e treinamento das equipes multidisciplinares Realização de atividades para favorer a reflexão coletiva sobre:  o problema da violência sexual,  as dificuldades que as vítimas enfrentam para denunciar este tipo de crime,  os direitos assegurados pelas leis brasileiras,  o papel do setor saúde, em sua condição de co-responsável na garantia desses direitos.  Essas atividades podem incluir reuniões de esclarecimentos sobre aspectos médicos, jurídicos e éticos.
Treinamento das equipes Para:  atendimento de emergência estabelecimento de medidas protetoras (contracepção de emergência, profilaxias de DST, e a própria profilaxia do HIV)  decisão de interrupção da gravidez.  Treinamento dos médicos para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.
Normas gerais de atendimento Os hospitais de referência deverão estabelecer o fluxo de atendimento – o exame clínico e o acompanhamento psicológico.  Necessidade de tratamento de emergência ou internação. Todas as mulheres devem ser informadas sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a importância de cada conduta.
O Atendimento   É recomendado que toda mulher vítima de violência sexual seja orientada a  registrar a ocorrência .  Em determinadas circunstâncias, é muito  difícil  para ela apresentar  queixa  à polícia e ela não pode ser obrigada a realizá-la em nenhuma circunstância . Caso a mulher não aceite ser atendida por um profissional do  sexo masculino , deve-se compreender a dificuldade que ela apresenta nesse momento.
O Atendimento A primeira entrevista da mulher tem por objetivo a investigação e o levantamento de dados sobre: _ quem, quando, onde e como aconteceu; As providências já tomadas pela mulher ou por sua família, tais como:  Atendimento médico de urgência  Obtenção do Boletim de Ocorrência Policial  Exame de Corpo de Delito e Conjunção Carnal
Atendimento clínico Esse atendimento compreenderá: _ abertura de prontuário médico; _ anamnese clínica e tocoginecológica, (data da última menstruação); _ exame físico e ginecológico,  _ coleta de material para identificação do agressor _ contracepção de emergência  _ coleta de amostras para diagnóstico de infecções  _ medicações profiláticas
Coleta de material para identificação do agressor O material deve ser colhido utilizando-se swabs e conservado em papel filtro estéril (secá-lo e guardá-lo em envelope)  O material não deve ser acondicionado em sacos plásticos – umidade que facilita a proliferação de bactérias que podem destruir as células e o DNA.
Coleta de material para identificação do agressor O material deve ser identificado e anexado ao prontuário.  Nos serviços em que houver possibilidade de congelamento do material (tecido embrionário ou ovular), tal providência poderá ser adotada.  O uso de fixadores como álcool ou formol podem desnaturar o DNA.
ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
Apenas para os casos de estupro até 72 horas de ocorrido Progestogênios de alta dosagem - levonorgestrel 0,75mg,  duas doses, com intervalo de 12 horas, sendo a primeira ingestão até 72 horas  (POZATO – POSTINOR 2) Anticoncepcionais orais, contendo 0,05mg de etinil-estradiol por comprimido + 0,25mg de levonorgestrel:  02 comprimidos de 12 em 12 horas (02 doses)  Anticoncepcionais orais de média dosagem, contendo 0,03mg de etinil-estradiol + 0,15mg de levonorgestrel por comprimido:  4 comprimidos de 12 em 12 horas (02 doses).  “30”
Se já estiver grávida... Deve-se identificar claramente a demanda trazida por ela, focalizada nos seguintes aspectos: _ identificação do desejo de interrupção da gravidez _ discussão a respeito dos direitos legais já garantidos à mulher _ existência de valores morais e religiosos que possam determinar ou influenciar a decisão da mulher  _ discussão de alternativas à interrupção da gravidez, como a entrega da criança para adoção
Atendimento à mulher com  gravidez  decorrente de estupro Se solicitam a interrupção: Documentos e procedimentos obrigatórios _ Solicitação da mulher grávida firmada em documento de seu próprio punho, na presença de duas testemunhas que será anexada ao prontuário médico. _ Informação à mulher de que ela poderá ser responsabilizada criminalmente caso as declarações constantes no Boletim de Ocorrência Policial (BOP) forem falsas.
Documentos e procedimentos obrigatórios  _ Registro em prontuário médico, e de forma separada, das consultas, da equipe multidisciplinar e da decisão por ela adotada, assim como dos resultados de exames clínicos ou laboratoriais. _ Cópia do Boletim de Ocorrência Policial. Recomendados _ Cópia do Registro de Atendimento Médico à época da violência sofrida. _ Cópia do Laudo do Instituto de Medicina Legal, quando se dispuser. Atendimento à mulher com  gravidez  decorrente de estupro
Procedimentos para a interrupção da gravidez Idade Gestacional até 12 semanas  ( dois métodos) 1. Dilatação do colo uterino e curetagem Um comprimido de misoprostol 200mcg (Cytotec) intravaginal, 12 horas antes do procedimento. 2. Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU) Compreende um jogo de cânulas plásticas flexíveis, um jogo de dilatadores, seringas de vácuo e um jogo de adaptadores para conectar a cânula à seringa.
Procedimentos para a interrupção da gravidez Idade Gestacional entre 13 e 20 semanas Indução com misoprostol na dose de 100 a 200mcg no fundo de saco vaginal a cada 6 horas. Poderá ser associado o uso de misoprostol oral ou ocitocina endovenosa.  Se necessário, complementação do esvaziamento uterino com curetagem.  Risco de complicações, que varia de 3 a 5%.
Idade Gestacional acima de 20 semanas Não se recomenda a interrupção da gravidez.  Deve-se oferecer acompanhamento pré-natal e psicológico, procurando-se facilitar os mecanismos de adoção, se a mulher assim o desejar. Procedimentos para a interrupção da gravidez
Aspectos médicos Os procedimentos recomendados no exame são: _ Examinar a genitália externa  _ Introduzir o espéculo  _ Inspecionar períneo e ânus _ Coletar material para a realização da bacterioscopia, cultura e biologia molecular (ex: cultura de gonococo e para a pesquisa de clamídia e HPV), quando houver suporte laboratorial.
Exames laboratoriais de rotina Coleta imediata de sangue para sorologia para: - Beta-HCG (quando apropriado) - sorologia para sífilis (VDRL) - sorologias para hepatites do tipo B (HBsAg) e C (anti-HCV) - sorologia anti-HIV.
Aspectos médicos Esses exames são para avaliação do estado sorológico anterior ao episódio de violência.  A solicitação da sorologia anti-HIV deve ser feita após aconselhamento e o consentimento verbal. Os exames devem ser repetidos com 1,5 e 3 meses para sífilis e com 1,5, 3, e 6 meses para HIV. Coleta de sangue para realização de hemograma e transaminases nos casos de início de quimioprofilaxia com anti-retrovirais
Aspectos médicos _ Para hepatite B: HBsAg e anti-HBc IgM - no momento inicial e após 6 meses  _ Hepatite C: _ Anti-HCV – no momento inicial e após 6 meses. _ TGP – no momento inicial, 6 semanas e após 6 meses. _ A possibilidade de gravidez prévia deve ser sempre considerada na abordagem da paciente.
Quimioprofilaxia das DSTs de natureza não viral Indicada nas situações de exposição, independentemente da gravidade das lesões, sexo ou idade da vítima. Doenças: Cancro Mole, Clamidiose, Gonorréia, Sífilis e Tricomoníase Em Adultos e Adolescentes com mais de 45 kg: Penicilina Benzatina (IM) + Azitromicina (VO) + Ofloxacina (VO) + Metronidazol (VO) Em Gestantes, Crianças e Adolescentes com menos de 45 kg: Substituir Ofloxacina (VO) por Ceftriaxona (IM)
Imunoprofilaxia para hepatite B Indivíduos já imunizadas contra hepatite B, com esquema vacinal completo (três doses) - OK Indivíduos não imunizados, ou com esquema vacinal incompleto, devem receber: uma dose da vacina, por via IM, e completar o esquema posteriormente (0, 1 e 6 meses). uma dose única de imunoglobulina humana antihepatite B (IGHAHB), na dosagem de 0,06 ml/kg, por via IM.
Imunoglobulina anti hepatite B (IGHAHB) Devido à dificuldade prática de se comprovar o se o agressor tem hepatite B aguda, o PNI e o Programa Nacional de Hepatites Virais recomendam o uso de IGHAHB em todos os indivíduos vítimas de violência sexual não imunizados ou com esquema incompleto.
Quimioprofilaxia para infecção pelo HIV após violência sexual Não pode ser feita como rotina e aplicada a todas as situações.  Ela exige uma avaliação cuidadosa quanto  ao tipo e grau de risco da agressão,  tempo decorrido até a chegada da pessoa agredida ao serviço de referência após o delito,  (aconselhamento adequado nas diferentes situações)
No caso do HIV, poucos estudos não controlados relatam prevalência variando de 0,8 a 1,6%  O risco biológico de transmissão do HIV pode ser influenciado por diversos fatores: tipo de exposição sexual (anal, vaginal ou oral) presença concomitante de outras DSTs exposição da vítima a secreções sexuais (esperma) e/ou  sangue.  A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual
A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual Também pode estar associado à intensidade do trauma subjacente. As meninas podem ser mais suscetíveis à infecção pelo HIV, devido a imaturidade da mucosa vaginal.
Não existem dados comprovados que possam estabelecer a eficácia (ou a não eficácia) da administração profilática de anti-retrovirais  Justificam essa conduta na analogia com a quimioprofilaxia recomendada nos casos de  acidentes ocupacionais , especialmente quando pérfuro-cortantes nas situações de exposição mais grave.   A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual
HIV Nos casos elegíveis, a recomendação de início da quimioprofilaxia tem sido feita, dentro das primeiras 72 horas após o contato sexual,  Quanto mais cedo for iniciada, mais efetiva poderá ser.  Em um estudo no Estado de São Paulo, de 62 mulheres que receberam quimioprofilaxia antiretroviral dentro das primeiras 72 horas da violência,  77% foram aderentes ao tratamento completo,  nenhuma soroconversão após 6 meses de seguimento.
Esquemas anti-retrovirais que devem ser utilizados na Quimioprofilaxia para HIV em Situações de Violência Sexual? Embora não exista nenhum esquema anti-retroviral devidamente avaliado nessas situações utiliza-se:  drogas potentes do ponto de vista virológico,  baixo potencial de toxicidade, boa capacidade de adesão.  Primeira escolha: o uso de esquemas três drogas em duas tomadas diárias .
 
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C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2

  • 1. Atendimento das mulheres e crianças vítimas da violência sexual Msc. Arnildo Hackenhaar
  • 2. Estruturação de um serviço de saúde no atendimento a vítimas de violência sexual NORMA TÉCNICA Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes Ministério da Saúde (2002)
  • 3. Violência A violência representa hoje uma das principais causas de morbimortalidade, especialmente na população jovem. Atinge crianças, adolescentes, homens e mulheres. Homicídios - em sua maioria atingem os homens. Violência sexual - afeta as mulheres e ocorre no espaço doméstico.
  • 4. Em particular o estupro – atinge sobretudo meninas, adolescentes e mulheres jovens. Os estudos sobre o tema indicam que a maior parte da violência é praticada por parentes, pessoas próximas ou conhecidas, (tornando o crime mais difícil de ser denunciado) Menos de 10% dos casos chegam às delegacias. Violência sexual
  • 5. A vítima está exposta a diferentes riscos que podem comprometer sua saúde física e mental: os traumas físicos e ginecológicos, a gravidez, as conseqüências psicológicas e a possibilidade de adquirir doenças sexualmente transmissíveis (DST) A gravidez geralmente é percebida como uma segunda violência, intolerável para a maioria das mulheres. Violência sexual
  • 6. O código penal brasileiro prever o aborto nestes casos há mais de 50 anos A interrupção dessas gestações tem sido feita de forma excepcional pelos serviços públicos de saúde, (agravando sobremaneira a situação dessas mulheres) Como lidar com a questão do aborto?????????????????? Aborto
  • 7. Qualquer disfunção psicossocial na infância pode ser indicativa de abuso sexual. As conseqüências psicológicas da violência sexual tendem a se tornar mais graves após os 7 anos. Na mulher adulta , a violência sexual tem sido associada à desordem do estresse pós-traumático: (angústia, medo, ansiedade, culpa, vergonha e depressão) As repercussões...
  • 8. Podem ocorrer reações somáticas como fadiga, tensão, cefaléia, insônia, pesadelos, anorexia e náuseas. Como repercussões tardias pode-se estabelecer o vaginismo, dispareunia, uso de drogas e álcool, depressão, tentativa de suicídio e outros sintomas. Repercussões físicas...
  • 9. Os traumatismos físicos podem variar desde pequenos hematomas até traumas graves que podem resultar na morte da vítima. Os exames periciais evidenciam a presença de traumas em cerca de apenas 10% dos casos de estupro. Repercussões físicas
  • 10. Enfrentamento da violência sexual Exige a efetiva articulação de diferentes setores, tais como: saúde, segurança pública, justiça, bem como o envolvimento da sociedade civil organizada, configurando redes integradas de atendimento.
  • 11. Requer a observância de determinadas condições e providências no âmbito da instituição. Não havendo necessidade de criação de um serviço específico para este fim. Todas as unidades de saúde que tenham serviços de ginecologia e obstetrícia deverão estar capacitadas para o atendimento a esses casos. Assistência – os serviços
  • 12. Instalação e Área Física Para a avaliação médica e ginecológica, é necessário espaço físico correspondente a um consultório ginecológico. Os procedimentos para o esvaziamento da cavidade uterina deverão ser realizados em ambiente cirúrgico.
  • 13. Equipamentos e instrumental É importante que a unidade esteja equipada de tal modo a conferir-lhe autonomia e resolutividade. Além do material rotineiro nos consultórios de ginecologia, os materiais e equipamentos necessários são: _ papel filtro _ espátula ou swab para secreção vaginal
  • 14. Aparelhos adicionais sugeridos: _ colposcópio _ aparelho de ultra-sonografia _ máquina fotográfica simples e filme (para fotografar possíveis lesões) Além dos equipamentos próprios de um centro cirúrgico: _ caixas de material para curetagem _ jogo de velas de Hegar _ conjunto de materiais para aspiração uterina – manual ou elétrica Equipamentos e instrumental
  • 15. Apoio laboratorial Auxiliar no estabelecimento do diagnóstico e no rastreamento de doenças sexualmente transmissíveis. Justificada pelo fato de que estudos demonstraram que das vítimas: 16% a 53% podem apresentar algum tipo de DST 0,8% a 1,6% transmissão do HIV
  • 16. Registro de dados Deve-se manter um sistema padronizado de registro dos dados Uniformização de informações dos vários serviços - bancos de dados do SUS/MS. Esse registro pode ser feito a partir do prontuário regular de cada serviço. Formulário sugerido pelo Manual do Ministério da Saúde.
  • 17. Recursos Humanos O ideal é que esse tipo de um atendimento seja prestado por equipe multiprofissional, composta por: - médicos/as, - psicólogos/as, - enfermeiras/os e - assistentes sociais. Entretanto, a falta de um dos profissionais na equipe – com exceção de médico/a – não inviabiliza atendimento.
  • 18. Sensibilização e treinamento das equipes multidisciplinares Realização de atividades para favorer a reflexão coletiva sobre: o problema da violência sexual, as dificuldades que as vítimas enfrentam para denunciar este tipo de crime, os direitos assegurados pelas leis brasileiras, o papel do setor saúde, em sua condição de co-responsável na garantia desses direitos. Essas atividades podem incluir reuniões de esclarecimentos sobre aspectos médicos, jurídicos e éticos.
  • 19. Treinamento das equipes Para: atendimento de emergência estabelecimento de medidas protetoras (contracepção de emergência, profilaxias de DST, e a própria profilaxia do HIV) decisão de interrupção da gravidez. Treinamento dos médicos para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.
  • 20. Normas gerais de atendimento Os hospitais de referência deverão estabelecer o fluxo de atendimento – o exame clínico e o acompanhamento psicológico. Necessidade de tratamento de emergência ou internação. Todas as mulheres devem ser informadas sobre o que será realizado em cada etapa do atendimento e a importância de cada conduta.
  • 21. O Atendimento É recomendado que toda mulher vítima de violência sexual seja orientada a registrar a ocorrência . Em determinadas circunstâncias, é muito difícil para ela apresentar queixa à polícia e ela não pode ser obrigada a realizá-la em nenhuma circunstância . Caso a mulher não aceite ser atendida por um profissional do sexo masculino , deve-se compreender a dificuldade que ela apresenta nesse momento.
  • 22. O Atendimento A primeira entrevista da mulher tem por objetivo a investigação e o levantamento de dados sobre: _ quem, quando, onde e como aconteceu; As providências já tomadas pela mulher ou por sua família, tais como: Atendimento médico de urgência Obtenção do Boletim de Ocorrência Policial Exame de Corpo de Delito e Conjunção Carnal
  • 23. Atendimento clínico Esse atendimento compreenderá: _ abertura de prontuário médico; _ anamnese clínica e tocoginecológica, (data da última menstruação); _ exame físico e ginecológico, _ coleta de material para identificação do agressor _ contracepção de emergência _ coleta de amostras para diagnóstico de infecções _ medicações profiláticas
  • 24. Coleta de material para identificação do agressor O material deve ser colhido utilizando-se swabs e conservado em papel filtro estéril (secá-lo e guardá-lo em envelope) O material não deve ser acondicionado em sacos plásticos – umidade que facilita a proliferação de bactérias que podem destruir as células e o DNA.
  • 25. Coleta de material para identificação do agressor O material deve ser identificado e anexado ao prontuário. Nos serviços em que houver possibilidade de congelamento do material (tecido embrionário ou ovular), tal providência poderá ser adotada. O uso de fixadores como álcool ou formol podem desnaturar o DNA.
  • 27. Apenas para os casos de estupro até 72 horas de ocorrido Progestogênios de alta dosagem - levonorgestrel 0,75mg, duas doses, com intervalo de 12 horas, sendo a primeira ingestão até 72 horas (POZATO – POSTINOR 2) Anticoncepcionais orais, contendo 0,05mg de etinil-estradiol por comprimido + 0,25mg de levonorgestrel: 02 comprimidos de 12 em 12 horas (02 doses) Anticoncepcionais orais de média dosagem, contendo 0,03mg de etinil-estradiol + 0,15mg de levonorgestrel por comprimido: 4 comprimidos de 12 em 12 horas (02 doses). “30”
  • 28. Se já estiver grávida... Deve-se identificar claramente a demanda trazida por ela, focalizada nos seguintes aspectos: _ identificação do desejo de interrupção da gravidez _ discussão a respeito dos direitos legais já garantidos à mulher _ existência de valores morais e religiosos que possam determinar ou influenciar a decisão da mulher _ discussão de alternativas à interrupção da gravidez, como a entrega da criança para adoção
  • 29. Atendimento à mulher com gravidez decorrente de estupro Se solicitam a interrupção: Documentos e procedimentos obrigatórios _ Solicitação da mulher grávida firmada em documento de seu próprio punho, na presença de duas testemunhas que será anexada ao prontuário médico. _ Informação à mulher de que ela poderá ser responsabilizada criminalmente caso as declarações constantes no Boletim de Ocorrência Policial (BOP) forem falsas.
  • 30. Documentos e procedimentos obrigatórios _ Registro em prontuário médico, e de forma separada, das consultas, da equipe multidisciplinar e da decisão por ela adotada, assim como dos resultados de exames clínicos ou laboratoriais. _ Cópia do Boletim de Ocorrência Policial. Recomendados _ Cópia do Registro de Atendimento Médico à época da violência sofrida. _ Cópia do Laudo do Instituto de Medicina Legal, quando se dispuser. Atendimento à mulher com gravidez decorrente de estupro
  • 31. Procedimentos para a interrupção da gravidez Idade Gestacional até 12 semanas ( dois métodos) 1. Dilatação do colo uterino e curetagem Um comprimido de misoprostol 200mcg (Cytotec) intravaginal, 12 horas antes do procedimento. 2. Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU) Compreende um jogo de cânulas plásticas flexíveis, um jogo de dilatadores, seringas de vácuo e um jogo de adaptadores para conectar a cânula à seringa.
  • 32. Procedimentos para a interrupção da gravidez Idade Gestacional entre 13 e 20 semanas Indução com misoprostol na dose de 100 a 200mcg no fundo de saco vaginal a cada 6 horas. Poderá ser associado o uso de misoprostol oral ou ocitocina endovenosa. Se necessário, complementação do esvaziamento uterino com curetagem. Risco de complicações, que varia de 3 a 5%.
  • 33. Idade Gestacional acima de 20 semanas Não se recomenda a interrupção da gravidez. Deve-se oferecer acompanhamento pré-natal e psicológico, procurando-se facilitar os mecanismos de adoção, se a mulher assim o desejar. Procedimentos para a interrupção da gravidez
  • 34. Aspectos médicos Os procedimentos recomendados no exame são: _ Examinar a genitália externa _ Introduzir o espéculo _ Inspecionar períneo e ânus _ Coletar material para a realização da bacterioscopia, cultura e biologia molecular (ex: cultura de gonococo e para a pesquisa de clamídia e HPV), quando houver suporte laboratorial.
  • 35. Exames laboratoriais de rotina Coleta imediata de sangue para sorologia para: - Beta-HCG (quando apropriado) - sorologia para sífilis (VDRL) - sorologias para hepatites do tipo B (HBsAg) e C (anti-HCV) - sorologia anti-HIV.
  • 36. Aspectos médicos Esses exames são para avaliação do estado sorológico anterior ao episódio de violência. A solicitação da sorologia anti-HIV deve ser feita após aconselhamento e o consentimento verbal. Os exames devem ser repetidos com 1,5 e 3 meses para sífilis e com 1,5, 3, e 6 meses para HIV. Coleta de sangue para realização de hemograma e transaminases nos casos de início de quimioprofilaxia com anti-retrovirais
  • 37. Aspectos médicos _ Para hepatite B: HBsAg e anti-HBc IgM - no momento inicial e após 6 meses _ Hepatite C: _ Anti-HCV – no momento inicial e após 6 meses. _ TGP – no momento inicial, 6 semanas e após 6 meses. _ A possibilidade de gravidez prévia deve ser sempre considerada na abordagem da paciente.
  • 38. Quimioprofilaxia das DSTs de natureza não viral Indicada nas situações de exposição, independentemente da gravidade das lesões, sexo ou idade da vítima. Doenças: Cancro Mole, Clamidiose, Gonorréia, Sífilis e Tricomoníase Em Adultos e Adolescentes com mais de 45 kg: Penicilina Benzatina (IM) + Azitromicina (VO) + Ofloxacina (VO) + Metronidazol (VO) Em Gestantes, Crianças e Adolescentes com menos de 45 kg: Substituir Ofloxacina (VO) por Ceftriaxona (IM)
  • 39. Imunoprofilaxia para hepatite B Indivíduos já imunizadas contra hepatite B, com esquema vacinal completo (três doses) - OK Indivíduos não imunizados, ou com esquema vacinal incompleto, devem receber: uma dose da vacina, por via IM, e completar o esquema posteriormente (0, 1 e 6 meses). uma dose única de imunoglobulina humana antihepatite B (IGHAHB), na dosagem de 0,06 ml/kg, por via IM.
  • 40. Imunoglobulina anti hepatite B (IGHAHB) Devido à dificuldade prática de se comprovar o se o agressor tem hepatite B aguda, o PNI e o Programa Nacional de Hepatites Virais recomendam o uso de IGHAHB em todos os indivíduos vítimas de violência sexual não imunizados ou com esquema incompleto.
  • 41. Quimioprofilaxia para infecção pelo HIV após violência sexual Não pode ser feita como rotina e aplicada a todas as situações. Ela exige uma avaliação cuidadosa quanto ao tipo e grau de risco da agressão, tempo decorrido até a chegada da pessoa agredida ao serviço de referência após o delito, (aconselhamento adequado nas diferentes situações)
  • 42. No caso do HIV, poucos estudos não controlados relatam prevalência variando de 0,8 a 1,6% O risco biológico de transmissão do HIV pode ser influenciado por diversos fatores: tipo de exposição sexual (anal, vaginal ou oral) presença concomitante de outras DSTs exposição da vítima a secreções sexuais (esperma) e/ou sangue. A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual
  • 43. A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual Também pode estar associado à intensidade do trauma subjacente. As meninas podem ser mais suscetíveis à infecção pelo HIV, devido a imaturidade da mucosa vaginal.
  • 44. Não existem dados comprovados que possam estabelecer a eficácia (ou a não eficácia) da administração profilática de anti-retrovirais Justificam essa conduta na analogia com a quimioprofilaxia recomendada nos casos de acidentes ocupacionais , especialmente quando pérfuro-cortantes nas situações de exposição mais grave. A infecção pelo HIV no contexto da violência sexual
  • 45. HIV Nos casos elegíveis, a recomendação de início da quimioprofilaxia tem sido feita, dentro das primeiras 72 horas após o contato sexual, Quanto mais cedo for iniciada, mais efetiva poderá ser. Em um estudo no Estado de São Paulo, de 62 mulheres que receberam quimioprofilaxia antiretroviral dentro das primeiras 72 horas da violência, 77% foram aderentes ao tratamento completo, nenhuma soroconversão após 6 meses de seguimento.
  • 46. Esquemas anti-retrovirais que devem ser utilizados na Quimioprofilaxia para HIV em Situações de Violência Sexual? Embora não exista nenhum esquema anti-retroviral devidamente avaliado nessas situações utiliza-se: drogas potentes do ponto de vista virológico, baixo potencial de toxicidade, boa capacidade de adesão. Primeira escolha: o uso de esquemas três drogas em duas tomadas diárias .
  • 47.