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O Oráculo Sagrado
       de


      Ifá




            Tr adução par a o po rt ug uê s: Ò s unlé k è




                                                       1
Or ác ulo 1



Èjìogbè-8

        O O dù Èjì o g be fala de ilumina ção , be m e st ar g er al, v it ór ia so br e o s inimigo s,
        de spe rt ar e spir it ual, vida lo ng a e paz me nt al.


        O bse rv ação        o cide nt al:     Nov o s     neg ó cio s       ou      int e nsi ficaçõ e s    no s   ne gó cio s
        ex ist e nt e s,   no vo s    re lacio name nt o s,         ou     e x per iê ncia s   e spir it uais   po de m     se r
        e spe r adas. Ex ist e uma po ssi bilidade de co mpor t ame nto supe r ze lo so que r e quer
        bo m se nso par a se r supe r ado .


Ejio g be é o Odù mais impor t ant e . Ele si mbo liza o pr in cí pio mascu lino e , po r t ant o é
co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r de m fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a pr ime ir a
po sição .
Em Ejio g be , o s do is lado s do Odù são idê nt ico s: O g be e st á e m ambo s o s lado s dir e ito e
e sque r do .   O   Odù       de v er ia     ser   chamado          “Og be me j i”,     mas     e le   é    univ er salme nt e
co nhe c ido co mo Ejiog be por que e ji tam bé m sig nifica “do is”. Há um e quilí br io de
fo r ças e m Ejiog be , que é se mpr e uma bo a pr o fe cia.
D ur ant e uma se ssão div inató r ia, o clie nt e par a que m Ejio g be é div inado e st á b usca ndo
por paz e pr o spe r idade . O clie nt e co n sult o u I fá por que e le o u e la que r filho s o u de se ja
se e ng ajar e m um nov o pr o je to . I fá           diz que se o clie nt e fize r uma o fe r e nda, to das as
s uas   e x ig ê ncias     ser ão    sat isfe it as   e   to do s     os    se u s   e mpr e e ndime nt o s      se r ão   be m
s uce dido s. É ne ce ssár io o sacr ifí cio par a o bt e r v it ó r ia so br e o s inimig o s que po de r iam
e st ar blo que ando o s caminho s do clie nt e . Se e le o u e la te m tr abalhado se m pr og r e sso
o u fe ito neg ó cio s se m lucr o , I fá          pr ev ê pr o spe r idade o u r ique za se a pe sso a fizer o s
sa cr ifí cio s ne ce ssár io s. Em Ej iog be , I fá         pr ev ê v ida lo ng a de sde que o clie nt e cuide
muit o be m de sua sa úde .
Pe sso as e ncar nadas pe lo O dù Ejio g be de v e m se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá ant e s
de t o mar qualque r de ci são impor t ant e na vida.




                                                                                                                              2
1 – 1 (t r adução do ve r so )


A s mão s per t e nce m ao co r po ,
o s pé s per t e nce m ao co r po ,
O tar at ar a co nsu lto u o o rácu lo de I fá par a Ele r e mo ju,
a mãe de A g bo nnir eg un.
F o i pe dido par a e la sacr ifi car
D uas g alinhas, duas po m bas, e t r int a e do is mil búzio s,
a se r e m u sadas par a sat isfaze r o I fá de sua cr iança.
Di sse r am que sua v ida se r ia pr ó spe r a.
Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .


O wo t’ ar a, Ese t ’ar a, e Ot ar at ar a são o s no me s do s t rê s div inado re s que co ns ult ar am o
o rác ulo de I fá par a Eler e mo ju, a mãe de A g bo nnir e g un (um do s tí t ulo s de lo uv ação de
Ò r únmì là). Eler e mo ju e st av a e nfr e nt ando pro ble ma s. Ela co ncor do u e m faze r o
sa cr ifí cio e sat isfaze r o I fá de sua cr iança ( ikin I f á - dezesse is f r uto s de palm eir a ).
Ela se to r no u pr ó spe r a po r que sacr ifi co u as co isas que I fá pr e s cr ev e u.
O sa cr ifí cio de se mpe nha um pape l e sse ncia l no sist e ma Yo r ùbá de cr e nça s e t radição
r e lig io sa. De mo do a v iv e r lo ng a e paci ficame nt e na te rr a, e spe r a-se que o s se r e s
hu mano s façam o s sacr ifí cio s ne ce ssár io s que atr air ão bo a so r te e afa st ar ão as
de sg r aças.


1 – 2 (t r adução do ve r so )


O t it o o mifi-nt e le -isa co nsult o u I fá par a Ele re mo j u,
a mãe de A g bo nnir eg un.
I fá dis se que o ik in de sua cr iança ir ia ajudá -la.
Po rt ant o fo i pe dido a e la que sacr ifi casse
um rat o awo sin , uma galinha o u cabr a,
e fo lhas de I fá (fo lhas eg be e , e m núme ro de de ze s se is,
de v e m se r e smag adas na ág ua e u sadas
par a lav ar a cabe ça do clie nt e ).
Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .




                                                                                                         3
O utr o   div inador ,    chamado        Ot ito l   o mifi- nt e   le -isa   t ambé m   co nsult o u   I fá       par a
Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o de
palma sagr ado ) a aju dar ia se e la co nt inuas se a faze r se us sacr ifí cio s.
O s div inado r e s de I fá são t ambé m e spe cial ist as e m er v as. S upõ e -se que e le s e ste ja m
be m fu ndame nt ado s na me di cina tr adicio nal. A cr e dit a- se que t odas as plant as, e rv as, e
fo lhas do mundo per t e nce m a I fá. O s co nhe cime nt o s so br e se u s v alo r e s e spir it uais e
me di cinais po de m se r e nco ntr ado s no s e nsiname nt o s de I fá. A ssim, e m muit as
o casiõ e s, o s div inado r e s de I fá    pr e scr ev e m er vas e plant as par a a cur a o u pr e v e nção
de do e nças e e nfe r midade s. Em se u v er so O dù, fo lhas eg be e são re co me ndadas par a
lav ar a ca be ça do clie nt e ( Or í ), a q ual se acr e dit a co nt ro lar o de st ino da pe s so a.


1 – 3 (t r adução do ve r so )


O to to ot o
O ro ro or o
Se par adame nt e nó s co me mo s fr uto s da te rr a.
Se par adame nt e nó s co me mo s imum u (fr ut o e spe cial).
Nó s e st amo s co m a cabe ça acima do s calcanhar e s e m amor co m Oba ‘ M ak in.
To do s e le s div inar am par a Ag bo nnir eg un.
F o i dit o que se e le fize sse sa cr ifí cio , e le se r ia
abe n ço ado co m filho s; e le ne m sabe r ia
o núme r o de se us filho s
dur ant e e apó s sua vida.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
uma cabr a e fo lhas de I fá .
Se e le o fe r e ce s se o sacr ifí cio , e le de ve r ia co zinhar fo lhas de I fá        par a sua s        e spo sa s
co me r e m.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá : F olhas mo í das y e nmey e nme (ag bo ny in),
ir ug ba, o u o gir i (co ndime nt o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s.
C o zinhe -o s j unt ame nt e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a.
C o lo que o po te de so pa e m fre nt e ao tr o no de I fá
e de ix e que sua s e spo sa s a co mam ali.
Q uando e las t er minar am de to mar a so pa, e las t iv e r am
muit o s filho s.


                                                                                                                      4
A s e spo sas de Ag bo nnir eg un e st av am te ndo dif iculda de e m e ngr av idar e dar a luz. O s
cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir e g un e nfat izar am a impo rt ância do sacr ifí cio .
Ele s dis se r am que se e le co n cor das se e m faze r o sa cr ifí cio , e le te r ia muito s filho s
dur ant e sua vida e apó s a s ua mor t e . A dicio nalme nt e , o s sace r dot e s tiv er am que faze r
u so de se u co nhe c ime nt o so br e me di cina t radic io nal par a co zinhar fo lhas de ag bo ny in
co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e re mé dio fo i co ns umido pe las
e spo sa s de A g bo nnir e g un ant e s que e le pude sse te r o s filho s pr e dito s po r I fá .


1 – 4 (t r adução do ve r so )


O k unk un-bir imu bir imu co nsult o u I fá par a Eniunk ok un ju.
Di sse r am que não hav ia ning ué m que lhe t iv e sse fe ito uma ge nt ile za
que e le não r et r ibuiu co m mal.
Nó s pe dimo s a e le par a sa cr ificar
uma alfanje e uma e s cada.
Ele se re cu so u à sa cr ificar ,
Eniu nko k unj u - o no me co m o qual cha mamo s o faze nde iro .
To das as bo as co isa s que Og e de (a banana) for ne ce u
par a o faze nde ir o não for am apr e ciadas.
O faze nde iro po r fim de capit o u O ge de .


I fá muit as ve ze s fala por par ábo las. Est a e st ór ia apr e se nt a um re lacio name nt o e ntr e a
banana (Og e de ) e , per so nifi cada co mo alg ué m que fo i ge nt il co m o faze nde iro (ag be ),
um ing r at o que r et r ibuiu a ge nt ile za co m o mal. Não impo r t a o quão gr ande se ja o
r e lacio name nt o , a banana é de st r uí da ao fina l.
No s te mpo s ant igo s, qualque r um e ncar nado por e st e O dù po de r ia se r de capit ado ao
fim de sua v ida na t er r a. Em te mpo s mo de r no s, ist o se r e fer e mais à “per de r -se a
ca be ça” e pag ar u m alto c ust o .




                                                                                                       5
Or ác ulo 2



Oyekumeji-2

        O O dù Oy e k u Me ji sig nifi ca e sc ur idão e infe li cidade , e adv er t e so br e mor t e ,
        do e nças, pr e o cupa çõ e s e um mau pr e ssag io , mas t ambé m carr e g a co m t udo isso
        a so lu ção de to do s e sse s pro ble ma s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m má sor t e e nco ntr a blo que io ; o clie nt e co m
        bo a so rt e po ss ui fo rt e supo r te an ce str al.


O ye k ume ji é o se g undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio fe mini no . O s
o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji de r am nas cime nt o ao s quato r ze odùs pr incipais re st ant e s.
No O dù Oy e k ume ji, há um Oy e k u no lado dire it o , que é a for ça mas culina, e o ut ro
O ye k u no lado e sque r do , que é a for ça fe minina.
A s pe sso as par a que m e st e Odù é div inado dev e r iam fo r mar um hábit o de o fer e ce r
sa cr ifí cio s e sat is fazer s uas cabe ça s (o r i) de te mpo s e m te mpo s de mo do à e v it ar
e st ado s de de pr e ssão . A dicio nalme nt e , de v er iam o uv ir e re spe it ar as o piniõ e s de se u s
mai s v e lho s. Elas ne ce ssit am ho nr ar se us an ce str ais re g ular me nt e .
No O dù Oy e k ume ji, I fá          adv er t e co ntr a o per ig o de mant er re lacio name nt o s co m
muit as m ulhe r e s. A s mul her e s se t or nar ão ciume nt as, e o s pro ble ma s ge r ado s
impe dir ão o pr og r e sso do clie nt e . De st e O dù, nó s apr e nde mo s que é me lhor te r um
mar ido , uma e spo sa.


2 – 1 (t r adução do ve r so )
O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin.
Nó s pe dimo s par a e le o fe r e cer
um te cido pr e to , uma cabr a, e fo lhas e se me nt e s de bije .
Nó s dis se mo s a e le que e st a mo r te imi ne nt e
não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar se u s fil ho s
se e le fize sse a o fe r e nda.
Ele o be de ce u e fe z sacr ifí c io .




                                                                                                           6
Se e st e Odù é lan çado , a famí lia do clie nt e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana ) so br e
s uas face s e co br ir o I fá      do s me smo s co m te cido pr e to e fo lhas de bije . Ele s e st ão
as se g ur ado s de que mo rt e , do e nça s, e t odo s o s o utr o s male s não se r ão capaze s de
r e co nhe cê - lo s, uma v e z que a mor t e não re co nhe ce Onibi je (alg ué m que faz uso do
r e mé dio bije pr e scr ito pe lo div inador ).


2 – 2 (t r adução do ve r so )


Ee sin g bo na l’ e we t ut u l’ e g bo
co ns ulto u I fá par a 165 árv or e s.
A palme ir a e a ár vo r e Ay inr e
sa cr ificar am uma galinha e ntr e as árv o re s.
Ent ão , se um to rnado e st iv e sse de v ast ando ,
a jo v e m fo lhag e m de palma afir mar ia:
e u fiz sacr ifí cio par a e scapar do pe r ig o .


 A fo lhag e m de palme ir a nu nca é afe t ada por v e nto s o u to rnado s po r que e la re alizo u o
               sa cr ifí cio re que r ido ne st e Odù. To do s o s per igo s são de sv iado s da palme ir a.




2 – 3 (t r adução do ve r so )


Vo cê é o ye
Eu so u o ye
Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin.
Ele s disse r am
do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as,
mas e le não dev e r ia ficar pre o cupado
por que e le s se r iam be m suce di do s na v ida.
F o i pe dido à e le que sacr ifica sse te cido k e lek u,
par a se r usado co mo uma pr ot e ção par a as cr iança s.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .




                                                                                                          7
I fá   pr e disse que o acide nt e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr e r não impe dir ia o
s uce s so de st e s na vida. Tudo o que e le ne ce s sit av a faze r e r a r ealizar um sacr ifí cio e
fo r ne ce r o t e cido e spe ci ficado co mo co be rt ur a pro t et o r a.


2 – 4 (t r adução do ve r so )


Q uando e u aco r de i de manhã,
e u vi uma gr ande quant idade de cr iança s.
Eu per g unt e i pe lo re ino da te rr a.
Eu e nco ntr e i o s ant ig o s e m gr ande e sple ndo r .
Eu per g unt e i pe lo re ino do cé u.
O risa -nla e st av a indo visit ar Òr únmì là
Ele pe rg unt o u: C o mo e st ão se u s fil ho s
que e st o u le v ando co migo par a o mu ndo ?
C aso haja re sfr iado ,
C aso haja do r de cabe ça,
C aso haja malár ia e o ut r as e nfe r midade s,
O que e u po de r ia fazer po r e le s ?
Ò r únmì là or de no u a e le que mar cas se O dù O ye k ume ji
so br e pó de iy e - ir o sun.
A panhe alg uma s fo lhas fr e s cas de per e g un e as t r it ur e .
M ist ur e -as j unt ame nt e co m banha de Òr í
e use isso par a e sfr e g ar e m se u s co r po s.
Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e
a mo rt e de v ast ado r a.
Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e
as do e nça s de v ast ado r as.




                                                                                                     8
Or ác ulo 3



Iworimeji-12

        Est e O dù fala das pe s so as pr e se nt e adas co m a habil idade de v er co isas co m sua s
        pró pr ias per spe ct iv as. Ela s muit as ve ze s so nha m, t ê m visõ e s clar as, cr e sce m e
        t or nam- se "adiv inho s" o u e spir it uali st as. C lie nte s co m e sse O dù dev e m se r
        aco nse l hado s a cult uar I fá. I sso ir á lhe s tr azer bo as pe r spe ct iv as, v ida lo ng a (ir e
        aik u), pr o spe r idade (ir e aje ), uma e spo sa (ir e ay a) e filho s (ir e omo ).


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á cui dado same nt e ex amina ndo e re av aliando
        t anto o s cami nho s t e mpor ais co mo e spir it uai s/ e mo cio nai s.


O dù I wor ime ji o cupa o t er ce ir o lug ar na o r de m do s odù s. C o mo um o lo du, I wo r ime ji
co nsi st e de I wor i no lado dir e it o (o pr in cí pio mas culino ) e I wo r i no lado e sque r do (o
pr incí pio fe mini no ).
I fá diz que se alg uma co isa fo i per dida, o clie nt e se r á asse g ur ado de que a co isa se r á
v ist a o u re cu per ada. A s chance s par a uma pr o mo ção no t rabalho são bo as, mas o
clie nt e ne ce s sit a o fe r e cer sacr ifí cio par a e v it ar que calun iador e s cau se m sua de mis são .
Se o clie nt e de se ja v iajar par a fo r a da cidade o nde r e side ou ir par a o utr o s paí se s, e le
de v e faze r sa cr ifí cio de mo do que se us o lho s não ve ja m qualque r mal. Q uando o
sa cr ifí cio cor r et o é re alizado , uma pe sso a e nfe r ma se g ur ame nt e ir á fi car be m de nov o .
I fá co nfir ma no O dù I wor ime ji que o s de ze s se is fr ut o s da palma sagr ada (ik in I fá ) são
a re pr e se nt ação de Òr únmì là e se u obje t o de ador ação na t er r a. Eis o po r que do
sa ce r do t e de I fá (Babalawo ) as ut iliza par a r ev e lar o s mi st ér io s da v ida.


3 – 1 (t r adução do ve r so )


M ujim uwa, Babalawo de O pak e r e , co nsult o u par a e le .
Par a e v it ar que e le ado e ce sse ,
fo i o rie nt ado a e le que sacr ifi cas se
v int e anzó is de pe sca e vint e po m bas.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e le




                                                                                                               9
par a se r e m usada s par a lav ar sua cabe ça (or i),
par a se r e m usada s par a lav ar se u I fá .
O pake r e nunca ficar ia do e nt e .


Par a afast ar uma do e nça imine nt e , M uji muwa aco nse l ho u Opak er e a faze r um
sa cr ifí cio . A dicio nalme nt e , fo lhas de I fá dev er iam se r pr e par adas par a e le par a lav ar
s ua cabe ça e se u I fá .


3 – 2 (t r adução do ve r so )


Gbe g i je be t e fo i aque le que co ns ulto u par a O de
quando A wa sa e ra se u inimig o .
F o i pe dido a e le (O de ) par a o fer e ce r
um bor dão e uma car g a de inhame .
O de at e nde u ao co n se lho e fe z sacr ifí cio .
O inhame fo i pilado .
To do o inha me pilado fo i co mido à no it e .
Ele s for am do r mir .
Q uando v e io a e sc ur idão , A wa sa v e io .
O de uso u se u bo r dão par a mat ar A wasa.
No dia se g uint e , pe la manhã,
o cadáv er de A wasa fo i e nco ntr ado do lado de fo r a.


O de co ns ult o u I fá   a re spe it o do que e le po de r ia fazer par a se liv r ar de se u inimigo
A wasa. Ele se g uiu o co nse lho do div inador e o fe re ce u alg uns inhame s e um bo r dão ,
que fo i usado par a mat ar se u inimigo .


3 – 3 (t r adução do ve r so )


Ò g ún-r ibit i co nsult o u par a I wor ime ji
quando I wo r ime ji e st av a par a se casar co m a filha de O pe Olo fin.
F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio .
S ua e spo sa jamais se r ia e sté r il.
U ma g alinha fo i o sacr ifí cio .
F o i dit o que amba s as palme ir as macho e fê me a


                                                                                                       10
jama is se r iam e sté r e is.
Po r que I wor ime ji re alizo u o sacr ifí c io ne ce ssár io , as pe s so as nas cidas por e st e O dù
jama is se r iam infé rt e is o u e st é r e is. Elas se r iam se mpr e abe nço ada s co m filho s.


3 – 4 (t r adução do ve r so )


Ti jot ayo fo i aque le que co nsult o u par a O de .
F o i dit o que e le de ve r ia v ir e sacr ifi car
uma pe dr a de mo inho e uma e st e ir a,
par a faze r co m que t odo s que tiv e sse m vindo r eg o zijar co m e le
se mpr e fi cas se m co m e le .
O de re c uso u e ne g lig e ncio u o sacr ifí cio .
Ele falo u que e st av a sat is fe ito
se e le pude sse ape nas se liv r ar de A wasa.


As   pe s so as     v ir iam   se mpr e   re go zijar   ou   ce le br ar   co m   O de .    Mas        po r que   O de
ne g lig e ncio u     o    sacr ifí cio    ne ce ssár io ,   ning ué m      jama is        fi car ia     co m     e le .
C o nse que nt e me nt e , as pe s so as que são e ncar nadas por e st e O dù t e m ape nas suce sso
t e mpor ár io . Nada par e ce dur ar muit o . Suas rique za s e pr azer e s t e m se mpr e cur t a
dur ação .




                                                                                                                    11
Or ác ulo 4



Idimeji

        Est e Odù fala do s que te m inimig o s se cr et o s t e nt ando lan çar e ncant ame nto s
        so br e e le s o u o s que tê m so nho s ruin s a maio r part e do te mpo . Ele s pr e ci sam
        apazig uar I fá par a po der e m v e nce r e ssas o bstr u çõ e s mundana s.


        O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo aume nto de pr e ssõ e s t anto nas
        que st õ e s te mpo r ais co mo e mo cio nais.


I dime ji é o quar to O dù na o r de m fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundame nt al po r que
e le co mple t a o s quatr o po nto s car de ais do univ e r so : Ejiog be (Le st e ), O ye k ume ji
(O e st e ), I wo r ime ji (No rt e ), e I dime ji (Su l). O dù I dime ji simbo liza a mat e r nidade . A
int e r ação de um I di mas culi no no lado dir e ito co m um I di fe minino no lado e sq uer do
r e sult a e m r e pr o dução — o nasci me nto de u ma cr iança.
Se uma pe s so a e st iv er e nco nt r and o difi culdade e m se e st abe le ce r na v ida e e st iv er se
muda ndo de casa e m casa se m r e sidê ncia per mane nt e , I dime ji diz que a pe sso a de v e
r et or nar à cidade o u paí s de se u nasc ime nt o . C o m o sa cr ifí cio apr o pr iado ao or i
( cabe ça ) o u e le da (cr iador ) da pe sso a, a v ida po der á faci lme nt e re to r nar ao nor ma l.
Em Odù Odime j i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a um ho me m o u uma mul her . M as o
clie nt e ne ce s sit a c ult uar I fá par a e v it ar mo rt e súbit a. O clie nt e po de r á se e le v ar à uma
bo a po si ção na v ida mas de v er á se r cui dado so co m calun iador e s. É po s sív e l tr abalhar
dur o no co me ço da vida e pe r der t udo no final. Par a pr o spe r ar , dev e m se r fe it as
co nst ant e s o fer e ndas ao s ance st r ais do clie nt e . Se alg ué m plane ja viajar , dev e se r fe ito
sa cr ifí cio a Ò g ún par a as se g ur ar uma jor nada se g ur a e fe liz. Q uando uma mulhe r
e st iv er de se spe r ada par a te r um filho , e la é aco nse lhada a sat isfaze r Ò r únmì là. I fá diz
que e la te r á uma cr iança e que e st a cr iança se r á uma me nina.
Par a se r e m be m suce di das na vida, as pe sso as e ncar nadas por O dù I dime ji de v er ão se r
co nfiáv e is, ho ne st as, e fr ancas e m se u s ne gó cio s co m o s o utr o s. Elas dev e r ão t er o s pé s
no chão e se r e m pr át ica s e m s ua at it ude co m re lação à v ida.




                                                                                                             12
4 – 1 (t r adução do ve r so )


A t e le wo -abinut e lu co nsult o u I fá par a It er e .
F o i dit o que sua s idé ias ir iam se mpr e se mat er ializar ;
por t anto e le de v e sacr ificar
pr eg o s, t rê s bo de s, e t rê s g alo s.
I te r e o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F or am pr e par adas fo lhas de I fá par a e le be be r .


Ent r e o s mat e r iais pr e scr ito s par a o sacr ifí c io e st av am o s pr eg o s. Pr e go s, que t e m
ca be ças, capa cit ar iam o s so nho s de I te r e a se r e alizare m o u suas idé ias a se
co ncr e t izar e m.


4 – 2 (t r adução do ve r so )


O pa-aro abidi je g e leg e co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m I fe .
F o i dit o que uma ve z que a mo rt e e st av a mat ando as pe sso as ali,
e las dev e r iam sacr ifi car
uma cor r e nte e um car ne iro .
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.
O Babalawo dis se : U m úni co e lo nu nca que br a.
A ssi m, as mão s da mor t e não po de m mai s t o cá-lo s.


A mor t e per so nif icada e st av a mat ando a to do s e m I le -I fe . I fá        fo i co ns ult ado . O
Babala wo aco nse l ho u o s re side nt e s a faze r um sa cr ifí cio que incl uí a u ma simple s
co rr e nt e que nun ca po de se r que br ada. Eis co mo a mão malé vo la da mo r te po de se r
de t ida.


4 – 3 (t r adução do ve r so )


O didi- afidit i co nsult o u I fá par a O didimade .
F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio :
do is ag bo n o lo du (gr ande s co co s), do is car acó is, e t rê s mil e duze nto s búzio s.
Ele se re cu so u à o fe re ce r o sacr ifí cio .


                                                                                                         13
O Babalawo dis se : I fá diz, “Se u filho nu nca
falar á ao lo ng o de sua vida.”
I dime ji div ino u par a Odidimade , ma s e le se re cu so u a o fe r e cer o sacr ifí cio r equi sit ado .
Po rt ant o , co nfor me o I fá , se u filho per mane ce r ia mudo ao lo ng o de sua v ida.


4 – 4 (t r adução do ve r so )


Eu so u e ni- odi
Vo cê é e ni- o di
Do is e ni-o di div inar am par a o o di (for t ale za)
dur ant e ho st ilidade s po lít ica s.
F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade .
Po rt ant o e le dev e o fer e ce r do is t e cido s de e mbalar .
E as sim e le fe z.


D ur ant e ho st ilidade s po lí t icas e ntr e duas cidade s, é de incum bê ncia do s re side nt e s
co nst r uir uma fo rt ale za, que o s pr ot e g er á de se us ini migo s. I sso també m de v er ia se
aplicar à u m indiv í duo o u uma famí lia que e st e ja se ndo ame aça da de alg uma fo r ma.




                                                                                                         14
Or ác ulo 5



Irosumeji

                Es se Odù fala do s que são se mpr e po pular e s e que são tido s e m gr ande
        e st ima pê lo s amigo s. Ele s pr e cisam t o mar cuidado co m s ua saúde , t ant o
        aplaca ndo sua s cabe ça s ( Or í ), co mo o casio nalme nt e apazig uando Ès ù, o u o
        co r po de as sist e nt e s de I fá. Se e le s se se nt e m de sanimado s e co me çam a pe r der
        int e re s se e m qualq ue r co isa que façam, I fá dev e se r co nsu lt ado e apazig uado
        par a e le s. Es se O dù de not a difi culdade s e mo cio nais e finance ir o s. M as não
        impo rt a o quant o difí cil a v ida po ssa par e cer , o clie nt e po de tr iunfar pe lo
        o fe r e cime nt o do s sacr ifí cio s co rr e to s e pe la r e cusa e m g uar dar o mal no cor ação
        e m pe n same nt o s e idé ias.


        O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo fa cilme nt e — is so re que r mais
        t rabalho que o no r mal par a se re alizar qualque r co isa.


I ro su me ji é o quint o Odù na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Ele pe de po r uma
c uidado sa r e fle x ão so br e no sso fut ur o . Nó s não po de mo s falhar e m per ce be r que “O
ho me m pr o põ e , De u s dispõ e .”
Em Odù Ir o sume ji , I fá       pe de que um rit ual famil iar se ja r e alizado anualme nt e . O
clie nt e dev e r ia co nt inuar a pr át ica e tam bé m ho nr ar e re spe it ar o s ance st r ais,
part ic ular me nt e o pai, e st e ja vivo o u mo rt o .
A que le s nas cido s por Ir o sume ji de v er iam faze r [a s co isas urg e nt e s] de v ag ar , apr e nder
[a t er ] paciê n cia, e a ag uar dar que o s mo me nt o s difí ce is se diss ipe m. Ele s dev e r iam
se mpr e se le mbr ar que ne nhuma co ndição é per mane nt e .
O sa cr ifí cio apr o pr iado de v er á se r e x e cut ado por uma mulhe r que e st e ja ansio sa par a
t er um be bê . I ro su me ji diz que e la e ng r av idar á e te r á um be bê . A cr iança se r á um
me nino , que dev e r ia se t or nar um Babalawo .


5 – 1 (t r adução do ve r so )


O liy e be co nsult o u I fá par a I na (fo go ).




                                                                                                         15
O liy e be co nsult o u I fá par a Ey in (fr uto da palme ir a).
O liy e be co nsult o u I fá par a Ik o (r áfia).
A cada um de le s fo i pe dido par a sacr ifi car
uma e st e ir a (e ni -ifi) e um t e cido amar e lo .
A pe nas Ik o fe z o sa cr ifí cio .
Q uando o pai de le s (u m che fe ) mo rr e u,
I ná fo i inst alado co mo che fe .
Ve io a ch uv a e de st r uiu I na.
Ey in fo i e nt ão in st alado co mo che fe .
Ve io a ch uv a par a de st r uir Ey in t ambé m.
I ko fo i final me nt e inst alado co mo c he fe .
Q uando cho v e u, Ik o se co br iu co m sua e st e ir a.
Q uando a chuv a ce sso u, Ik o r e mov e u a e st e ir a
e , co mo r e sult ado , não mo rr e u.


A chuv a não po de r ia de st r uir I ko (r áfia) po r que e le e r a o úni co e ntr e o s t rê s ir mão s
que ofe r e ce u a e st e ir a co mo sacr ifí cio . I ko usav a a e st e ir a co mo pr ot e ção co nt r a a
ch uv a. Ik o fo i po rt ant o capaz de mant e r o t ít ulo de se u pai por um lo ng o te mpo .


5 – 2 (t r adução do ve r so )


O kak ar ak a-afo wo t ik u, I dase g ber e g be r e w’ ak o
co ns ulto u par a I ro su
quando I ro su e st av a par a dar a luz.
F o i dit o que a v ida da cr iança se r ia dur a
e que se r ia difí cil g anhar dinhe iro
par a a manut e nção da cr iança.
M as se Ir o su de se ja sse re ve r te r a sit uação ,
I ro su dev e r ia sacr ifi car do is car acó is.
I ro su se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio .


F ilho s de I ro su me ji se mpr e achar ão a v ida difí ci l po r que I ro su ne st e ve r so de O dù se
r e cuso u a faze r o sacr ifí cio re quis it ado .




                                                                                                        16
5 – 3 (t r adução do ve r so )


I se se r e fo g be se ’y e co ns ult o u I fá par a A k uko adiy e (g alo ).
F o i pe dido à e le par a o fer e ce r se u go rr o v er me lho ( cr ist a de galo )
e do is mil e duze nto s búzio s co mo sa cr ifí cio .
Ele se re cu so u à o fe re ce r se u go rr o ve r me lho .
O Babalawo dis se que o g alo se r ia mo rt o .
O galo dis se , “Q ue assi m se ja.”




O g alo se re c uso u à sa cr ificar se u go rr o v er me lho po r que e le t inha ace it ado a mor t e
co mo uma o br ig ação da vida


5 – 4 (t r adução do ve r so )


A de isi co nsult o u I fá par a At apar i (cabe ça).
A t apar i ia r e ce be r um g or ro do Or isa.
F o i dit o que ning ué m po de r ia ar r ancar o go rr o de le
se m sang r ame nt o ;
é impo s sív e l t er do is g or ro s.
Eis o po r que as pe s so as nas cidas po r Ir o sume ji
se mpr e achar ão a v ida difí cil.




                                                                                                    17
Or ác ulo 6



Owonrinmeji

        Na o r de m e st abe le cida de Ò r unmì lá, e st e é o se x t o Odù. Esse O dù pe de pe la
        mo de r ação e m to das as co isas. Est e Odù pr e diz dua s g rande s bê nção s par a
        qualq uer u m que se e nco nt r a na misé r ia, pr ov e ndo e le o u e la o s cor r et o s
        sa cr ifí cio s. A pe sso a se r á be ne f iciada co m dinhe iro e uma e spo sa ao me smo
        t e mpo . I fá ne st e Odù e nfat iza a impor t ância do sa cr ifí cio . Q uando um sacr ifí cio
        é o fer e cido , e le não de v e se r so me nt e de st inado ao s Òr ì sà ou par a o s ance st r ais,
        mas t ambé m u sado par a alime nt ar a bo ca de div er sa s pe sso as. Essa é uma
        mane ir a de faze r sacr ifí cio s ace it áv e is.


        O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s clar o s são ne ce ssár io s par a o bt e nção de
        s uce s so .


O c ult iv o da t er r a é a o po rt unida de mai s gr at ifi cant e par a o s filho s de O wo nr inme ji.
C ult ivo s be m s uce dido s e co lhe it as co m g anho s e m dinhe ir o aux iliar ão à pro mov e r
s uas fi nança s. Par a su ce sso na vida, o s filho s de O wo nr inme ji dev e m apr e nde r a
pro pi ciar sua s cabe ça s (or i) de te mpo s e m te mpo s, o uv ir se us pais, r e spe it ar o s mais
v e lho s, e re v er e nciar se u s ance str ais (e g ung un).
Se uma pe s so a plane ja v iajar , I fá      diz que sa cr ifí cio dev e se r r e alizado par a g ar ant ir
se g ur ança e uma viaje m pr azer o sa. Par a lo ng a v ida, é ne ce ssár io o fe r e ce r sa cr ifí cio a
I fá e t ambé m sat isfaze r o e le da ( cr iado r ).


6 – 1 (t r adução do ve r so )


(...)
A div inação de I fá fo i re alizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ),
que ia visit ar a cidade das br ux as (A je ).
F o i dit o a e le que e le re t or nar ia co m se g ur ança se e le pude sse sacr ifi car
uma ov e lha, duas po mbas, e fo lha s de I fá
(t r it ur e alg uns file t e s de me t al bro nze e ch umbo co m se me nt e s de we r e je je ,




                                                                                                          18
e e sfr e g ue ist o so br e uma inci são fe it a so b as pálpe br as).
Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io .
O re mé dio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima,
de po is de e le t er sa cr ificado .


6 – 2 (t r adução do ve r so )


Go or o maafiy un Goo ro maafi bo
co ns ulto u I fá par a 165 animai s
quando e le s e st av am e m uma jo r nada.
F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m um te cido pr e to .
O log bo (o g at o ) fo i o único
que re alizo u o sacr ifí cio .
C he g ando ao se u de st ino ,
e le s se e nco ntr ar am co m as br ux as (aje ),
que dev or ar am to do s o s animai s
que se re c usar am à sa cr ificar o te cido pr et o .
O gat o fo i vist o à dist ância
se co br indo co m o t e cido pr e t o .
Ele t inha quat ro o lho s co mo as br ux as,
que de cidir am não mat á-lo po r que e le er a uma de las.
O gat o vo lt o u par a casa cant ando :
Go or o maafiy un, Goo ro maafi bo ...


Do s 165 animais que for am na viaje m, o gato fo i o úni co que v olt o u par a ca sa sadio e
be m dispo st o . I sso po r que e le r ealizo u to do s o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s por I fá .


6 – 3 (t r adução do ve r so )


O lo ir e ko ir e Olo or unk oo r un,
co ns ulto u I fá par a O pak et e
quando e la e st av a se dir ig indo à sala de part o .
Ela fo i aco n se lhada à sa cr ificar
duze nt o s I ko t i, duze nt as ag ulhas, duze nt o s r at o s,
e duze nt o s pe ix e s.


                                                                                                          19
O pake t e o be de ce u e fe z o sa cr ifí cio .
Ela se to r no u fér t il co mo I fá pr e dis se .


O pake t e fo i co nsult ar I fá       dev ido à falt a de filho s. Fo i dit o à e la que r e alizasse
sa cr ifí cio . Ela o fer e ce u o sacr ifí cio e t ev e muit o s filho s co mo pr e dit o po r I fá .




                                                                                                         20
Or ác ulo 7



Obarameji

        Est e Odù de no t a [que a pe sso a e st á e m] um e st ado de ince rt e za o u su spe nse ,
        inca paz de t omar de cisõ e s. O s filho s de st e O dù t ê m uma te ndê nc ia e m co mpr ar
        por impul so e muit as ve ze s t or nam- se v ít imas de ilusõ e s. Ele s lame nt am a
        maio r ia   de    suas   de ci sõ e s   po r   t o ma-las    ne rv o same nt e   e   às   pre s sas.   Par a
        pro spe r ar na v ida, o s filho s de st e O dù ir ão pr e cisar aplacar s uas cabe ça s ( Or í )
        de t e mpo s e m t e mpo s.


        O bse r v ação      o cide nt al:       Blo que io s    ou       dif iculda de s      te mpo r ais       ou
        e spir it uais/ e mo cio nais dev e m ser dis cur sada s.


O dù O bar ame ji o cupa o sé t imo lug ar na or de m fix ada por Ò r únmì là. Par a um clie nt e
que e st e ja lidando co m ne gó cio s, I fá diz que par a t er uma casa che ia de clie nt e s e
amig o s, e le o u e la t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s e t ambé m se g uir Ò r únmì là.
Se o O dù O bar ame ji fo r apar e ce r no jo go par a alg ué m, e le diz que à part e das
difi culdade s finan ce ir as, o clie nt e e st á ro de ado de inimig o s que que r e m faze r uma
t o caia co nt r a e le o u faze r um at aque de sur pr e sa e m sua vida o u na sua ca sa. A
difi culdade fina nce ir a se ame nizar á e o s inimigo s se r ão de rr ot ado s quando o clie nt e
co nco r dar e m re alizar to do s o s sacr ifí c io s pr e scr ito s po r I fá. Por fim, a pe sso a
de s co br ir á que m são se u s inimig o s e se r á capaz de ide nt ificar o que g er o u se us
pro ble mas.


7 – 1 (t r adução do ve r so )


O t unwe sin (“a mão dir e it a lav a a e sque r da”).
O sinwe t un (“a mão e sque r da lav a a dire it a”).
Eis o que limpa as mão s.
Elas for am as que r e alizar am div inaçõ e s de I fá
par a a ár vo r e A wun
quando A wu n ia lav ar a ca be ça (o r i) de O nder o .




                                                                                                                 21
F o i dit o que e le pro spe r ar ia.
Ele de v er ia po rt anto o fe r e ce r
uma ov e lha, uma po mba, e co nt as de co r al.
Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
F o i pe dido à e le que amar r asse as co nt as
na e spo n ja que e le usar ia par a se lav ar .




7 – 2 (t r adução do ve r so )


O t unwe sin, O sinwe t un, e is o que limpa as mão s.
F or am e las que re alizar am a div inação de I fá par a
O nde ro
quando a árv o re A wu n ia lav ar s ua cabe ça (o r i).
F o i pe dido à e le que sacr ifica sse
de fo r ma à te r uma bo a pe s so a que lav asse s ua cabe ça.
O nde ro dis se , “Q ual é o sacr ifí cio ?“
O Babalawo dis se que e le de v er ia o fe r e ce r te cido br anco e uma
po mba.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .


Po rt ant o , qualque r um que re ce be r e st e O dù se r á or ie nt ado a u sar ro upas br anca s.




7 – 3 (t r adução do ve r so )


O jik ut uk ut u Bar ag e nde ng e nde n- bi-ig bá- e le po
fo i que m re alizo u div inação de I fá par a Eji- O bar a,
que e st av a v indo par a I fe .
F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se
uma ov e lha par a ev it ar do e nça.
Ele se re cu so u a o fe re ce r o sacr ifí cio .
Q uando Eji- O bar a che g o u e m I fe ,
e le e st av a e nt r et ido co m a car ne de uma ov e lha.


                                                                                                       22
Ele a co me u e fico u tão te rr iv e lme nt e do e nt e que se u tó rax
por fi m e st av a gr ande de uma fo r ma anor mal.
De sde e nt ão , aque le s que são nas cido s par a e st e I fá se mpr e te r ão
o tó r ax e xt r ao r dinar iame nt e gr ande .


T abu : A que le s que são nasc ido s por O dù O bar ame ji não de ve m co mer car ne de o ve lha.




7 – 4 (t r adução do ve r so )


O g ig if’ o ju- ir an-wo ’ le co nsult o u I fá par a At ape r e ,
a filha de O wa-O lo fin.
F o i pe dido à e la par a faze r um sa cr ifí cio de
o g i-or i (ban ha de ò rí pur a), o jo -o wu (m uit a lã de algo dão ), e uma
o ve lha.
Ela o be de ce u e sacr ifi co u.
F o i e nt ão asse g ur ado à e la que e la te r ia muit o s filho s.
Ela e st av a te ndo se i sce nt as cr ian ças to do s o s dias
apó s e la t er co mido o re mé dio de I fá co zinhado par a e la.
F o lhas de I fá: C o zinhe og i- or i co m fo lhas biye nme , cr av o s, e ir ug ba;
t rit ur e junt o co m o utr o s ingr e die nt e s par a faze r uma so pa
par a se r co mida por e la.


Do me s mo mo do , e st e r e mé dio po de se r co zinhado par a clie nt e s par a que m e st e I fá
se ja lançado e que já te nha m r ealizado o sacr ifí cio pr e scr it o po r I fá .




                                                                                                 23
Or ác ulo 8



Okanranmeji

         Est e Odù sig nif ica pro ble ma s, caso s tr ibuna is, so fr ime nto s e más vibr açõ e s.
         F ilho s de s se O dù, ir ão se mpr e ace r t ar e m che io po r fazer e m ou dize r e m o que é
         e x at ame nt e ce r to . A s pe s so as pe nsa m fr e qüe nt e me nt e que o s filho s de s se O dù
         são agr e s sivo s e mando nas de v ido a e le s te nt ar e m pr e v ale ce r ape sar de to do s as
         pro ba bilidade s. Em muit as sit ua çõ e s e le s ir ão se r e be lar co ntr a as co nve n çõ e s
         da so cie dade e co nse q ue nt e me nt e cr iam pr o ble mas par a e le s me s mo s. Pro pe nso s
         a infe c çõ e s, o s filho s de s se O dù dev e m t o mar cuidado co m s ua saúde de fo r ma a
         não se t or nar e m doe n ças cr ô nica s.


         O bse r v ação o cide nt al: É ho r a de co mpro me t er - se a aliv iar pro ble mas.


O kanr anme ji é o oit avo Odù na or de m inalte r áv e l de Ò r únmì là. Se O kanr anme ji é
lança do par a um clie nt e , I fá          diz que o cl ie nt e e st á so fr e ndo po r falt a de filho s,
dinhe ir o , e o ut r as co isa s bo as da vida. M as se o clie nt e cr e r e m Òr únmì là e c ult uar I fá ,
t o do s o s se us pro ble ma s se r ão re so lv ido s. Par a ve nce r o s inimig o s e t er co ntr o le so br e
t o das as difi culdade s, o clie nt e t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s à Sà ngó e Ès ù.


8 – 1 (t r adução do ve r so )


O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je
fo r am aque le s que co nsult ar am I fá
par a o po vo na cida de de O wá.
F o i dit o a e le s que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a que
um e str anho fo sse fe ito r e i.
Q ualque r co isa que o Babala wo quise sse se r ia o sacr ifí cio .
Ele s at e nde r am o co nse lho e o fer e ce r am o sacr ifí cio .




                                                                                                             24
8 – 2 (t r adução do ve r so )


O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je fo r am aque le s que div inar am I fá par a Sak ot o
quando e le ia par a a cidade de O wa.
F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov e lha e tr ê s bo lo s de fe ijão .
Ele at e nde u ao co n se lho e fe z o sacr ifí cio . O s Babala wo o aco nse lhar am ainda a co mer
o s bo lo s de fe ijão e não dá- lo s par a Ès ù. Enquant o e le par t ia e m sua jo r nada, e le
le v av a o s bo lo s de fe i jão co nsigo . Ele e nco nt ro u o pr ime iro Èsù e disse , “Se e u de s se a
v o cê e st e bo lo de fe ijão , vo cê far ia a chuv a me at ing ir at é que e u che g as se à cidade de
O wa.” Ent ão e le me smo co me u o bo lo de fe ijão e pro sse g ui u.
Ele pas so u pe lo se g undo Ès ù, e st ico u sua mão co m u m bo lo de fe ijão par a Èsù , e
r e pet iu o que hav ia dit o par a o pr ime iro . Ent ão e le co me u o bo lo de fe ijão . Ele fe z a
me s ma co isa co m o t er ce ir o Èsù .
Enf ur e cido , o t er ce ir o Ès ù fe z co m que a chuv a at ing is se Sako t o at é que e le che g as se à
cidade de O wa.
O s Babala wo hav iam pr e dit o que e pr ó x ima pe sso a a se r inst alada co mo r e i da cidade
de O wa che g ar ia bast ant e mo lhada pe la ch uv a. O s habit ante s de O wa fize r am de st e
e st r anho e nchar cado [pe la ch uv a] se u re i.


8 – 3 (t r adução do ve r so )


M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- ig bo (r e i da flo r e st a).
M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- odan
quando e le s iam se duzir Ew u, a e spo sa de I ná (fog o ).
F o i or ie nt ado à e le s que sacr ifica sse m um fe ix e de g ie st a e fo lhas de I fá       (e smag ar
fo lhas re nr e n na ág ua), u ma g alinha e um te cido pr et o .
O lu- odan se re cu so u a faze r o sacr ifí cio .
Ele disse : não na pr e se nça de se u Esu su o ni’ g ba- o fo n, War iwa o ni’ g ba, e Iy or e oni- g ba-
it er e (ba st ão mág ico ).
O lu- ig bo fo i o único que re alizo u o sacr ifí cio .
U m dia, Ew u, e spo sa de I ná, de ix o u a casa de se u e spo so par a ir na casa de Olu -o dan.
I ná se pr e paro u e fo i par a a casa de Olu -o dan par a re sg at ar sua e spo sa.
Q uando che g o u lá, e le g rito u alt o o no me de s ua e spo sa: Ewu, Ew u, Ew u.


                                                                                                         25
I ná que imo u Esus u o ni’g ba -o fo n, War iwa oni’ g ba- ida, e Iy or e o ni’ g ba- it e r e .
Ew u e nt ão co rr e u par a O lu- ig bo , que t inha r e alizado o sa cr ifí cio .
I ná fo i at é lá e gr it o u: Ew u, Ewu, Ewu.
O lu- ig bo e nt ão aspe r g iu o re mé dio de I fá so br e I ná tal co mo in str uí do pe lo Babalawo .
Ele r e cito u tr ê s v e ze s: Mo daa pe r e o se per e .
O fog o (I ná) se ex t ing uiu, de fo r ma que Ew u e st av a dispo nív e l par a O lu-ig bo .
O lu- ig bo , a flo r e st a de nsa, ainda ho je re t é m a e scur idão que e le sa cr ifico u.


8 – 4 (t r adução do ve r so )


O k it ibir ik it i fo i que m co nsu lto u I fá par a O lu
quando e le t inha ape nas um filho .
F o i or ie nt ado a e le par a sacr ificar
uma ov e lha br anca se m qualque r po nto ne gr o ,
uma cabr a nov a, e um bo de .
F o i asse g ur ado a e le que se u filho ún ico se t or nar ia do is.
Ele at e nde u ao co nse lho e r e alizo u e sacr ifí cio .
Em br e v e , se us filho s se to r nar am do is.
De sde e nt ão , e st e O dù t e m sido chamado Ok anr anme ji.
Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r lançado se mpr e
t er á um filho a mais.




                                                                                                     26
Or ác ulo 9



Ogundameji

        Est e O dù adv e rt e co ntr a br ig as, disput as e ho st ilidade s imine nt e s. Dur ant e uma
        se ssão de div inação , se e sse O dù apar e ce par a uma pe sso a e la de v e se r av isada
        par a te r c uidado co m t raido re s o u amigo s e ng anador e s. I fá diz que a pe s so a
        dev e te r co nfiado e m alg ué m indig no de co nfian ça. Se o clie nt e e st á e m bat alha
        co m pr o ble mas finan ce iro s e opo sição de inimigo s, e st e Odù diz que a pe sso a
        dev e o fer e ce r o sa cr ifí cio ce r to a Ò g ún e t ambé m aplacar a sua cabe ça ( Or í ) par a
        que t e nha êx it o e pr o spe r idade .


        O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á so br e car r eg ado co m t rabalho e pr o ble mas
        pe sso ais de o ut r as pe sso as.


Na or de m de Ò r únmì là, o O dù Og undame ji o cupa o no no lug ar . Ele é o O dù que
e ncar na Òg ún, o de us do fe r ro e da g ue rr a. A maio r part e do s filho s de Og undame ji
são ador ado r e s de Òg ún, que sã o re co nhe cido s po r se u po de r , cor ag e m e t ale nt o s
cr iat iv o s. C o m sua s habi lidade s imag inat iv as in co muns e le s abr e m por t as e cr iam
o por t unidade s de e mpr e g o par a o s o ut ro s. Pe s so as e ncar nadas por O g undame ji são
se mpr e abe n ço adas co m muito s filho s.


9 – 1 (t r adução do ve r so )


A lag bar a ni nso k un A de fo i que m co ns ulto u I fá par a Ò g ún.
F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car um alfan je , um galo e um inhame assa do .
I fá dis se que o alfan je se r ia a chav e par a a pr o spe r idade de Òg ún.
Ele de v er á se mpr e ca minhar co m e le ju nto .
F o i pe dido à e le que co me sse o inhame .
Ele o co me u.
Q uando e le fico u co m se de , e le fo i be be r ág ua do rio .
A pó s be be r a ág ua, e le v iu duas pe sso as




                                                                                                        27
br ig ando po r causa de um pe ix e que e las hav iam pe scado .
Ò g ún o s aco nse lho u a se r e m pac ie nt e s e disse
que e le s dev e r iam ir par a ca sa e div idir o pe ix e .
Ele s se r e cusar am.
O pr ime ir o ho me m dis se que e le v e io do le st e
e o se g undo ho me m dis se que e le v e io do oe st e .
A pó s o uv ir as sua s de scul pas, Ò g ún pe go u o alfan je o qual lhe fo i or ie nt ado par a
se mpr e po rt ar co nsigo e par t iu o pe ix e e m do is par a e le s.
O pr ime iro ho me m o ag r ade ce u e pe diu a e le que abr isse uma t rilha de lá at é a cidade
o nde r e sidia.
O ho me m pro me t e u e nr ique ce r a v ida de Òg ún se e le at e nde s se o se u de se jo .
O ho me m g ar ant iu a Ò g ún que e le t ambé m r e ce be r ia co isas valio sas que ir iam e lev ar
s ua co nfian ça.
O se g undo ho me m ig ualme nt e agr ade ce u a Òg ún e fe z u m pe dido similar .
Ò g ún co ncor do u e m fazer t al co mo e le s pe dir am.
Ò g ún te m sido se mpr e chamado de Og undame ji de sde o dia e m que e le div idi u um
pe ix e par a dua s pe s so as que e st av am br ig ando .


9 – 2 (t r adução do ve r so )


A go go - o wo - ko se if’ apo ko si co nsult o u I fá par a Olo fin
quando O lo fin A jalo r un e st av a pr o po ndo e nv iar se u filho ,
Ò g ún, ao mu ndo par a abr ir o ca minho da v ida.
Ò g ún fo i av isado de que e le ser ia incapaz de c umpr ir
a t ar e fa dev ido à po sição infle x ív e l do mundo .
M as e le de v er ia r e alizar sa cr ifí cio co ntr a a saúde pr e cár ia
e a mo rt e sú bit a: um car ne ir o e u m úni co e lo de co rr e nt e .
Ele fe z o sa cr ifí cio .
Ele s disse r am: U m ún ico e lo nunca que br a.




9 – 3 (t r adução do ve r so )


O ke le g bo ng bo -as’ o fun- kilo co ns ulto u I fá par a Ò g ún.
À e le fo i g ar ant ido que se e le pude s se r e alizar


                                                                                                  28
sa cr ifí cio , e le jamais mor r er ia.
O mundo int e iro se mpr e ir ia pe dir
à e le par a ajudá- lo s à r e par ar se us mo do s de vida.
M as ne nh um de le s ficar ia a se u lado par a r e so lv e r
o s se u s pr ó pr io s pro ble ma s.
Q uatr o car ne ir o s, quat ro bo de s, e quatr o cabaça s co be r t as de ve m
se r o fer e cido s e m sacr ifí cio .
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio e m cada um do s quat ro cant o s
do mundo .


9 – 4 (t r adução do ve r so )


I ko ko - I di-s’ ak un- ber e co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là.
F o i pr e dito que sua e spo sa dar ia
a luz à tant o s filho s que e le não
o s co nhe ce r ia a t o do s.
Ele fo i po rt anto o r ie nt ado a sacr ifi car uma
Galin ha d’ A ng o la e duas mil búz io s.
Ò r únmì là fe z o sacr ifí cio .
A lar e é o no me pe lo qual chama mo s o pr imo g ê nito de Ò r únmì là.
A inda ho je , nó s o uv imo s as pe sso as dizer e m: o mo A lar e (o filho de
A lar e — pr o pr ie t ár io ).
Q ualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado dev e r á te r muit o s filho s.




                                                                                         29
Or ác ulo 10



Osameji

        Est e é um O dù que sig nifica falt a de co r ag e m e f ug a de br ig as o u o po siçõ e s.
        F ilho s de sse O dù r e alizam uma gr ande quant idade de viag e ns, o u a ne gó cio s o u
        por pr aze r . Ele s cr e s ce m e t or nam- se bo ns admi nist r ado r e s se e le s g e st am o s
        ne g ó cio s do s o utr o s. C o mo e le s são facilme nt e ame dr o nt ado s, e le s não ir ão
        co rr e r ris co s.


        O bse r v ação        o cide nt al:   O   clie nt e   e ncar a   mudança    ine spe r adame nte    em

        t ranst o r no s tant o no se r v iço quant o no s re lacio name nt o s .


O same ji é o dé ci mo Odù na or de m fix a de Ò r únmì là.
O dù O same ji re it er a a ne ce ssidade por aux í lio e spir it ual co nt r a mau s so nho s e
fe it ice ir as que int er fir am co m o so no da pe sso a. De v e r ão se r r ealizado s sacr ifí cio s
apro pr iado s par a sat isfaze r o s fe it ice ir as (a je ) e par a asse g ur ar a pr ot e ção ne ce ssár ia.
A dicio nalme nt e , se O same ji é lançado par a um clie nt e , I fá               diz que o clie nt e t e m
inimig o s que e st ão plane ja ndo pr e j udicá- lo . Se o clie nt e re alizar sacr ifí cio a Sàng ó , e le
g anhar á for ça aume nt ada e ev e nt ualme nt e v e nce r á o s inimigo s.
A que le s e ncar nado s por e st e O dù te nde m a se de s co nt ro lar o u lhe s falt am limit e s.
M uito e s for ço é e x ig ido par a capacit á- lo s a se co nce nt r ar no que e st ão faze ndo o u par a
que e le s se aplique m dilig e nte me nt e e m se u t rabalho .


10 – 1 (t r adução do ve r so )


K asa k aja- kat et e sa co nsult o u I fá par a Eji- O sa.
Eji -O sa e st av a indo à I fe par a um pro je t o .
F o i dit o à e le s que e st e s se r iam ame dro nt ado s por
alg o que po de r ia e v it ar sua r e alização do pr o je to .
Po r e st e mo t ivo e le s dev er iam sacr ifi car
um car ne ir o e uma pe dr a de r aio .



                                                                                                            30
Ele s se r e cusar am a faze r o sacr ifí cio .
Q uando e le s che g ar am a I fe , uma lut a aco nt e ce u.
Ele s te nt ar am re si st ir mas não pude r am e tiv er am que fug ir .
De sde aque le dia, as duas pe sso as que
fug ir am t e m sido cha madas de O same ji.


10 – 2 (t r adução do ve r so )


I g bin k o y a palak a e sse co ns ulto u I fá par a uma O sa
quando e la e st av a per amb ulando pe lo mundo so zinha.
F o i dit o à e la que e la e nco ntr ar ia um par se e la fize sse sacr ifí cio :
dua s po mbas, do is car acó is, e r e mé dio de I fá
(mo e r fo lhas de biy e nme e co zinhá-las co m o vo s de g alinha) par a e la
co me r .
Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio .
Q ualque r um par a que m e st e I fá é div inado t er á muit o s filho s.


10 – 3 (t r adução do ve r so )


O kan- ate g un- ko se - ir o de ’ le
co ns ulto u I fá par a
Ò r únmì là quando e le e st av a pr o po ndo se ca sar co m O luy e mi,
a filha de O lo fin.
F o i dit o que se e le ca sas se ape nas co m Oluy e mi, sua ho nr a se r ia
   g rande .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as e t rê s mil e duze nt o s búzio s.


É aco nse l háv e l a qualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado se casar co m uma e
ape nas uma m ulhe r .


10 – 4 (t r adução do ve r so )


O liy e nmey e nme co nsult o u I fá par a A ja.
F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car
do is car acó is e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de t et e r eg un


                                                                                            31
na ág ua, e nt ão que br ar a po nt a da co ncha do car aco l e de ix ar o lí quido fluir de ntr o do
pr e par ado ).
Ele de v er ia se banhar co m o re mé dio par a se acalmar .
A ja se re cu so u a sa cr ificar .
Ele dis se que sua saliv a e r a sufi cie nt e par a saciar sua se de .
I fá dis se : O clie nt e par a que m e st e I fá é lançado não e st á go zando de bo a saúde .




                                                                                                  32
Or ác ulo 11



Ikameji

            Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ e s e por t anto pe de po r mo der ação . Co m o
            co rr e to sa cr ifí cio é po ssí v e l ex e r cer co nt ro le . F ilho s de sse O dù e st ão se m pre
            ce r cado s por pe sso as que são pr e dispo st as a impor do r ao s o ut ro s o u que t e m
            pr azer no so fr ime nto do s out ro s. Ele s t ê m que e st ar co n st ant e me nt e pr ev e nido s
            de v ido a e le s não po de r e m co nt ar co m fa mí lia o u amigo s par a aj udar .


            O bse r v ação o cide nt al: Es se é um bo m mo me nto par a co nce pção .


O dù Ik ame ji o cupa o dé ci mo pr ime iro lug ar na o rde m fix a de Ò r únmì là. U ma pe sso a
ir á se m pre co lhe r o que planto u. O s filho s de I k ame ji ne ce s sit am pr o piciar s uas
ca be ças (or i) fr e qüe nt e me nt e de fo r ma a faze r as e sco lhas cor r et as.
Se I k ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que e st e e nfr e nt a difi culdade s. O clie nt e
t e m inimigo s ci ume nt o s que e st ão t e nt ando blo que ar sua s opo rt unidade s. Ele o u e la
e st á so fr e ndo co m a falt a de filho s co nfiáv e is e co m ne ce ssidade s finan ce ir as. M as se o
clie nt e     re alizar   os   sacr ifí c io s   apr o pr iado s   par a   I fá   e   Òg ún,   e le   ou   e la   t er á
o por t unidade s ilimit adas par a se t or nar pr o dut iv o (a) e be m su ce dido (a).


11 – 1 (t r adução do ve r so )


O dan-g e je awo A t a-nde co ns ulto u I fá par a Ey in (fr ut o da palme ir a).
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio por ca usa de abo rr e ci me nto s:
um galo e qualque r co isa
que o Babala wo e sco lhe s se t er co mo sacr ifí cio .
Ey in dis se que , co m a mag ní fi ca co ro a e m s ua cabe ça,
e le jamai s admit ir ia ir à qualque r Babalawo par a faze r sacr ifí cio .
Ele se re cu so u abr upt ame nt e a faze r sacr ifí cio .
I fá diz: Q ualque r um par a que m e st e
I fá fo r div inado e st ar á co m pro ble ma s.




                                                                                                                     33
11 – 2 (t r adução do ve r so )


Et use se fi’ nu- ig bo se ’ le , Oniwak awak afi’ n u-isa se ‘ budo
quando aque le s que co ns ult ar am I fá par a Bar a Ag bo nnir e g un,
que e st av a indo a I fe par a co me çar u m part o .
F o i dit o a e le par a sa cr ificar do is g rão s de milho e dua s g alinhas.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
Ele plant o u o milho , o qual
e le co lhe u quando fico u maduro par a pro piciar s ua cabe ça (o r i).
Ele s disse r am: A que le que cor to u duas fo lha s (palha s) de milho par a
de ifi car sua ca be ça dev er ia ser cha mado Ik ame ji .
Q ualque r um par a que m e st e Odù é div inado t er á muit o s filho s.
o u se to rnar á be m s uce dido no mundo .


11 – 3 (t r adução do ve r so )


O jo jo se - idibe re co n sult o u I fá par a Òr únmì là
quando s ua e spo sa e st av a pr e ste s a co me t er adult é r io .
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car
dua s cabe ças de co br a e uma cor da de e scalar
par a ev it ar que as pe sso as se duzi sse m sua e spo sa.
Ele se g ui u o co nse lho e re alizo u o sacr ifí cio .
O ye e O wor e e r am r iv ais de Òr únmì là.
Ele s er am in capaze s de se duzir a e spo sa de Ò r únmì là por que
Ò r únmì là t inha re alizado o sacr ifí cio .
A e spo sa de Ò r únmì là se c hama O pe .


11 – 4 (t r adução do ve r so )


O mipe nse n -ako dun -k or o co nsult o u I fá par a Òg ún
quando e le ia at acar a cidade de se u inimig o .
F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car
um pe que no barr il de v inho de palme ir a, um inha me assado , e aze it e -de - de ndê .


                                                                                              34
Ò g ún se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio .
O s Babala wo s dis se r am: I fá diz que e le se r á
e nv e ne nado lá ante s de vo lt ar par a casa po r que
e le se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e scr ito .
Ele fo i lá, lut o u, e v e nce u a bat alha.
Em se u cam inho de vo lt a par a ca sa,
um de se us ho me ns lhe o fe r e ce u um pe daço de
inhame assado , que e le co me u.
O inhame g r udo u e m
s ua g ar g ant a e e le fi co u incapa cit ado de e ng o li-lo .
Po r fim, e le não co nse g uia falar .
Se vo cê falar co m e le ,
e le usar á s ua cabe ça e sua s mão s par a
art ic ular suas re spo st as at é ho je .




                                                                    35
Or ác ulo 12



Oturuponmeji (Ologbonmeji)

         A    car act e r í st ica   mais    impor t ant e   das   pe sso as   na scida s   ne st e    O dù   é    a
         pe r sist ê ncia. Ele s são v igo ro so s e re so lut o s e ir ão mo str ar det e r minação ape sar
         de t rat ame nto r ude .


         O bse r v ação o cide nt al: Q ue st õ e s r e lacio nadas ao s fil ho s e st ão na me sa .


O t ur upo nme ji, també m chamado de O lo g bo nme ji, é o dé cimo seg un do O dù pr inci pal
na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Est e O dù simbo liza a cr iação de filho s. Par a t er
filho s saudáv e is e be m co mpo rt ado s, O t ur upo nme ji diz que é ne ce ssár io o fer e ce r
sa cr ifí cio s ao s e g ung un (ant e pas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de Ot ur upo nme ji
t e nde m a se to rnar e m co mplace nt e s. Par a to mar de cisõ e s sábias, e le s de v e m o uv ir e
r e spe it ar as opiniõ e s de se us pais e o s po nto s de vist a do s mai s v e lho s e m ge r al.
O s filho s de O t ur upo nme ji tê m for ça par a s upor t ar as ne ce s sidade s o u a dor .
C o nse que nt e me nt e , e le s se to r nam de masiado impr ude nt e s, te imo so s, e fa cilme nt e
co nf uso s. Se for par a e le s per mane cer e m co nce nt r ado s e não pe r der e m suas po si çõ e s
na v ida, de v er ão se r fe it o s e sfo r ço s per sist e nt e s par a pro piciar sua s cabe ça s (or i) e
sa cr ifí cio s a I fá r eg ular me nt e .


12 – 1 (t r adução do ve r so )


O kar ag ba co nsult o u I fá par a Eji- Og e
quando e le s e st av am pr e st e s a de s ce r par a I fe .
F o i pr e dito que ambo s
ir iam se so br e s sair e m I fe .
F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar de ze sse i s car acó is, de ze sse is tart ar ug as,
de ze s se is pe dr a de r aio s (do is de cada é sufi cie nt e ),
e fo lhas de I fá (fo lhas de ok unpale e abo - ig bo o u ag bo sawa e
o utr o s co ndime nt o s, par a se r e m mo í do s e co zinhado s co mo so pa e
dado s ao clie nt e par a co mer ; qualq ue r um que de se jas se usar


                                                                                                                  36
o re mé dio par a pr o spe r idade t ambé m po de r ia co mê -lo ).
A pó s co me r o r e mé dio ,
o clie nt e de ve r á de po sit ar o s
e dun -aar a (pe dr a de raio s) so br e se u I fá .




12 – 2 (t r adução do ve r so )


Elul use ’ dibe r e co ns ulto u I fá par a O lo fi n,
Q ue ia se casar co m Pupay e mi,
uma jov e m garo t a do le st e .
F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car duas cabr as.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
F o i dit o a e le que e le te r ia ape nas do is filho s
do casa me nto mas que o s do is de v er iam ser be m tr at ado s
por que e le s se r iam g rande s na v ida.
Tam bé m fo i de clar ado que o s do is fil ho s que fo r am be m t r at ado s e m I fe
de v er iam ser cha mado s de O ge - me ji.




12 – 3 (t r adução do ve r so )


A g ba-ig bin- f’ idije lu co nsult o u I fá par a O do .
F o i dit o a e le que e st e se mpr e e nco ntr ar ia um as se nt o (lug ar )
o nde que r que e le fo sse mas que sua impr udê n cia o mat ar ia.
O sacr ifí cio : u m car aco l, uma se me nt e de pime nt a-da- co st a,
Do is mil e duze nt o s búzio s, e fo lhas de I fá
(mo e r fo lhas de g be g i co m a pime nt a- da-co st a,
fe r ve r o car aco l, e co zinhá -lo s j unto s;
e st e r e mé dio de v e se r dado ao clie nt e par a co mer o u par a
qualq uer o utr o que que ir a usá -lo ).
O do seg ui u o co nse lho e fe z o sacr ifí cio .
O re mé dio de I fá fo i co zinhado par a e le tal co mo de s cr it o acima,
de fo r ma que e le pude s se e st ar se g ur ame nt e as se nt ado .


                                                                                          37
C o mo o g be g i é pr o fundame nt e e nr aizado , O do se mpr e
e st ar á fir me me nt e asse nt ado e m qualque r lug ar .


12 – 4 (t r adução do ve r so )


K asak aja K at e t e sa co ns ulto u I fá par a O ge .
F o i pe dido à e le faze r sacr ifí c io de mo do a
se r cui dado so .
Banha de òr í e aze it e -de - de ndê
de v er iam ser o fe r e cido s co mo sacr ifí c io .
Ele se re cu so u a faze r sacr ifí cio .
Se e le tiv e sse fe it o o sacr ifí cio , o re mé dio de I fá
(mi st ur a de banha de ò rí e aze it e -de -de ndê )
t er ia sido pr e par ado par a e le e sfr eg ar e m
se u cor po por que : “A o me io dia o aze it e -de - de ndê e st á aler t a.
Est a é a r azão de s ua v ida lo ng a.
A o me io dia a banha de ò rí e st á v ig ilant e .
Est a é a r azão da s ua habili dade de v iv e r at é a v e lhice .”
O ge é o no me de Odo (pilão ).




                                                                                38
O rác ulo 13


Oturameji

        Est e O dù s ug er e paz me nt al e libe r dade de to das as inquie t açõ e s (ansie dade s ).
        F ilho s de st e O dù são me ig o s e mo der ado s e m car át er .


        O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nto par a nov o s su ce s so s e m ne gó cio s e
        r e lacio name nt o s.


O t ur ame ji é o dé ci mo te r ce iro O dù na o rde m fix a de Òr únmì là.
A s pe s so as nas cidas so b Ot ur ame ji se r ão be m su ce didas no s ne gó cio s, par t icular me nt e
na ar te de co mpr ar e ve nde r . É impor t ant e sat isfaze r Ès ù fr e qüe nt e me nt e po r cau sa
daque le s que t rair ão sua co nfia nça o u plane jar ão e ng anar s ua famí lia. O s filho s de
O t ur ame ji pr e ci sam apr e nde r a re se rv ar um t e mpo par a de s cansar e não dis sipar suas
e ne rg ias at é o ex t re mo de so fr e r um co lapso fí si co o u ner vo so .
Se Odù O t ur ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e te m inimig o s que o
t or nar am uma pe s so a impr ude nt e . Da me s ma mane ir a que e le é po bre , e le não t e m
e spo sa ne m r e lacio name nto s familiar e s. Ele de v er ia t ão rápido quant o po s sív e l
o fe r e cer sa cr ifí cio . O t ur ame ji diz que e le de v er ia faze r sacr ifí cio à Ò g ún, Ye mo nja, e
I fá. Ele de v er ia e nt ão ser capaz de ve nce r se us ini migo s, ganhar alg um dinhe ir o , e
final me nt e te r uma e spo sa e filho s.


13 – 1 (t r adução do ve r so )


A r ug bo - nla niise or i fe g unfe g un co n sult o u I fá par a Ot u
quando e le ia par a I fe faze r t rabalho de div inação .
F o i dit o a e le par a sa cr ificar
dua s be ng alas [de camin hada] e dua s o ve lhas.
F o i dit o a e le que e le não re to r nar ia lo go .
O t u re alizo u o sacr ifí cio
e pe r mane ce u po r um lo ngo t e mpo .




                                                                                                          39
13 – 2 (t r adução do ve r so )


(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là
quando e le ia de s co br ir e e st abe le ce r uma cidade .
F o i dit o a e le par a sa cr ificar
um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro ,
quar e nt a búzio s já pre par ado s e m um cor dão no e scur o ,
um pe daço de pano br anco , e uma árv or e o dan.
Ò r únmì là ate nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .
O s Babala wo s aco nse lhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan
nu m mat ag al e amar r ar as búzio s ne la.
Ele de v er ia lav ar se u co r po co m o sabão ne g ro pr e par ado co m fo lhas de Odan e
car r e ir as de for mig as.
Ele de v er ia u sar o pano br anco par a se co br ir .
Se e st e I fá e ncar na alg ué m, dev e se r dito à e st e alg ué m par a faze r da me sma for ma.
O s Babala wo s dir iam a e le co m se g ur ança que o lug ar
o nde e le planto u a ár vo r e odan tal co mo de scr it o acima
e v e nt ual me nt e se to r nar ia um me r cado .




13 – 3 (t r adução do ve r so )


O k it i- og an-af’ idij’ ag o co nsult o u I fá par a Ot u.
F o i dit o a e le par a o fe r e cer
dua s t ar t ar ug as de mo do a se t or nar rico .
O t u o uv iu e fe z o sa cr ifí cio .
O s Babala wo s adv er t ir am Ot u par a não mat ar as t ar t ar ug as
mas par a ve ndê -las. Por me io de um sor t e io , e le de v er ia
de cidir o nde ir par a v e ndê -las.
Q uando e le che g o u na cidade , fo i o fer e cido à e le o it e nt a bo lsas
de dinhe ir o pe las t ar t ar ug as.
Ès ù aco nse l ho u Ot u à não ace it ar o pr e ço .
Ès ù e st á se mpr e a fav or de qualque r pe s so a que r ealize sacr ifí cio s.
Q uando o pr e ço fo i e le v ado par a vár ias ce nt e nas de bo lsas


                                                                                                      40
de dinhe ir o , Èsù o aco nse l ho u a ace it ar a ofe rt a.
Eis co mo Ot u se to rno u r ico .
O s Babala wo s dis se r am: O dia que Ot u co mpr o u duas t ar t ar ug as
de v er ia se r chama do Ot ur ame ji.


13 – 4 (t r adução do ve r so )


(...)
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i dit o a e le par a r e alizar sa cr ifí cio de mo do
que e le pude sse go ve r nar s ua cidade ade quadame nt e .
Ò r únmì là disse : “Q ual é o sa cr ifí cio ?”
O s Babala wo s dis se r am: Se is e st e ir as, se is pe na s de papag aio , se i s ca br as,
e mil e duze nto s búzio s.
F o i dit o a e le que pe sso as de to da part e do mundo v ir iam
par a ho nr á- lo so br e a e st e ir a.
Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí ve l,
e pe s so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a
e st e ir a tal co mo pr e dit o .
De sde aque le dia, o s Babala wo s t e m se se nt ado so br e a e st e ir a par a
r e alizar div inação de I fá .




                                                                                                 41
Or ác ulo 14



Iretemeji


        Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma
        v ir t ude muit o impo rt ant e . Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que e st ão
        t e nt ando de spa char pro nt ame nt e no s sas chance s de su ce s so na vida.


        O bse r v ação o cide nt al: Est a pe sso a mar cha pe lo se u pró pr io t ambor e t e m
        pro ble ma e m su bme t er - se .


Na o r de m fix a de Òr únmì là, O dù I re t e me ji o cupa a dé cima -quar t a po si ção . Est e O dù
pe de por t ot al de dica ção a I fá. To do s o s filho s de Ir et e me j i de v e m se r dev ot o s de
Ò r únmì là. A s cr iança s do se xo masc ulino dev e m se r inicia das par a se to r nar e m
Babala wo s. Se as cr iança s cr er e m e m I fá , Òr únmì là co nce de r á a e las bo a sor t e par a
dinhe ir o , e spo sas, filho s, v ida lo ng a, e fe li cidade .
De t e mpo s e m t e mpo s e le s de v er ão pro pi ciar sua s cabe ça s (or i) de mo do a e v it ar
e st r e sse e mo cio nal o u humilha ção po r fo r ças malé fica s. Se Ir et e me j i for lançado par a
um clie nt e que e st iv e r do e nte , I fá diz que par a uma r ápida r e cupe r ação o clie nt e
de v er á r e alizar o s sa cr ifí cio s co rr e to s a O baluwaiy e (Sa npo nna) e ao s fe it ice ir o s (a je ).
O s filho s de I re t e me ji de v er iam apr e nder a r e lax ar , por que é fácil par a e le s ficar am
fat ig ado s, abor r e cido s, e impa cie nt e s quando e st ão so b pr e ssão .




14 – 1 (t r adução do ve r so )




O kan awo Oluig bo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là
quando e le e st av a indo par a I fe .
F o i dit o a e le que qualque r pe s so a que e le inicia sse não mor r er ia jo v e m.
F o lhas de t et e e duas po mbas dev e m se r sacr ifi cadas.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O te t e fo i amassa do na ág ua par a se r usado par a lav ar sua



                                                                                                                 42
ca be ça.




14 – 2 (t r adução do ve r so )


A da-ile - o -muk ank an co nsult o u I fá par a Ir e n
quando e le ia ini ciar do is filho s de Olo fin.
F o i dit o a e le par a faze r sacr ifí cio .
Ele se g ui u o co nse lho e fe z sacr ifí cio .
F o i asse g ur ado a e le que qualque r pe sso a que e le ini ciasse não mo rr e r ia
jo v e m.
O dia que I re n inicio u dua s pe sso as que não mor r er am de v e se r
cha mado Ir e -t e -me ji.




14 – 3 (t r adução do ve r so )


O dan-ab’ o r ipeg unpe g un co nsult o u I fá par a Ak o n (o car ang ue jo ).
F o i dit o a e le que e le nun ca ir ia se aco st umar co m as pe sso as
no me r cado mas se e le quise s se co rr ig ir e st a falha e m si me smo , e le
de v er ia sa cr ificar um po t e de aze it e (at a- e po ) e um x ale .
A ko n se re cu so u a faze r o sacr ifí cio num dia de me r cado .
A ko n e quili bro u se u po te de aze it e -de - de ndê na sua cabe ça.
Q uando e le te nt o u se e mbr ul har co m se u x ale ,
o pot e caiu de sua cabe ça e
o aze it e man cho u s uas r o upas.
O aze it e - de -de ndê que man cho u o cor po
de A ko n naque le dia per mane ce u na s sua s co st as at é ho je .
Se qualque r um na sce r por e st e I fá,
e st e de v er ia se r adve r t ido a nun ca u sar um x ale
par a co br ir se u cor po .




                                                                                         43
14 – 4 (t r adução do ve r so )


A dilu- abidis umu sum u co ns ulto u I fá par a O luwe r i,
que e st av a indo co mpr ar A ko n (o car ang ue jo ) co mo um e scr avo .
F o i dit o a e le que se e le co mpr asse o e s cr av o e le jamais
pr e cisar ia das pe sso as.
U ma ba cia nov a, uma cabr a, e e fun dev e r iam se r usado s
co mo sacr ifí cio .
O luwe r i o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio .
A ko n t ev e muit o s filho s.
O luwe r i co mpr o u inicial me nt e e scr av o s hu mano s.
Ele s o de st r at ar am e o abando nar am.
A pe nas o car ang ue jo (A ko n) per mane ce u co m e le .
C o lo que o e fu n na bac ia nov a e o fe re ça a cabr a à e la.




                                                                              44
45
Or ác ulo 15



Osemeji

         Est e O dù impli ca e m v itó r ia so br e inimigo s e co nt r o le so br e difi culdade s.


         O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nto de ince r t e za o u de mudan ça de
         co ndi çõ e s e m ne gó cio s e re lacio name nt o s. É um bo m mo me nt o par a amo r e
         dinhe ir o .


O se me ji é o dé ci mo -quint o Odù na or de m inalt e r áv e l de Ò rúnmì là. Se o s sacr ifí cio s
co rr e to s fo r e m e x e cut ado s, o s filho s de O se me ji viv er ão at é uma idade lo ng a, de sde
que e le s cuide m de sua saúde . Ele s t ambé m de v e m for t ale ce r sua cr e nça e m I fá e sua s
pró pr ias capacidade s de mo do a pr o spe r ar na v ida. Par a amor , um casame nt o fe liz, e
pro spe r idade finance ir a, sa cr ifí cio s ade quado s dev e m se r r e alizado s à O sun.
Se O se me ji é lançado par a um clie nt e , I fá        diz que o clie nt e te m muit o s inimigo s e ,
par a v e nce r o s inimig o s, dev e o fe r e ce r sacr ifí c io s a Sàng ó e Ò r únmì là. A cr e dit a-se que
Ò r únmì là te m e no r me s po de r e s par a ve nce r to do s o s inimig o s t anto na te rr a co mo no
cé u.
Em O se me ji , I fá no s e nsina que ape nas sacr ifí c io s po de m salv ar o s se r e s huma no s. A
v ida é de sagr adáv e l se m sacr ifí cio . F alt a de fé o u aut o -co nfia nça é se mpr e uma
t rag é dia.


15 – 1 (t r adução do ve r so )


Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s).
F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar e m
uma galinha, uma gaio la che ia de alg o dão , e de ze s se is pe daço s de g iz (e fun )
de mo do que e le s pude sse m alcançar uma idade av ançada e ntr e o s o dùs.
Ele s se g uir am o co n se lho e sacr ificar am.
Ele s viv er am at é e nv e lhe ce re m co m cabe lo s gr isalho s.
Q ualque r um que e nv e lhe ça co m cabe lo s gr isalho s
e ntr e o s o dùs dev e se r chamado Ag bame ji (o s do is anc iõ e s).




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15 – 2 (t r adução do ve r so )


O se k e se k e (aleg r ia) co ns ult o u I fá par a A je (r ique za ).
F o i dit o a e la que o mundo int e ir o e st ar ia se mpr e e m sua bus ca.
Ela pe r g unto u, “Q ual é o sacr ifí c io ?”
F o i dit o a e la par a sa cr ificar t oda co isa co me st ív e l.
A je se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u.
O mundo int e iro e st á fe liz po r e st ar e m bu sca de A je .


15 – 3 (t r adução do ve r so )


A k uko fi Og be o ri r e se ina co n sult o u I fá par a A je (r ique za ).
F o i dit o a e la par a sa cr ificar
qualq uer anima l mor t o se m [u so de ] uma faca (e k ir i apadafa)
de mo do a co nduzir uma vida t ranquila.
A je se re cu so u a sa cr ificar .
Po r causa de sua re cu sa, at é o dia de ho je
A je nu nca se fix a e m um lug ar .




15 – 4 (t r adução do ve r so )


O luwe we g be ’ nu-ig bo -t e fa co ns ulto u I fá par a Eji -o se quando
e le e st av a indo par a a t er r a de I fe .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
160 r olo s de lã de alg o dão e de ze s se is be ng alas [de ca minhada].
Ele sa cr ifico u ape nas do is de cada it e m.
Enqua nto e le pro s se g uia, e m se u caminho , as duas be ng alas que e le sa cr ifico u
se que br ar am, ma s e le não mor r e u.
O Babalawo dis se : De to do s o s odù s, qualque r um que que br o u dua s
be ng alas e não mo rr e u dev er ia ser cha mado de O se me ji.
Po rt ant o , qualque r um na scido por e st e I fá car e ce de fé .
I sso é , e le v ai se mpr e que st io nar o s Babala wo s.
Est a pe s so a acha difí cil acr e dit ar na v er dade .


                                                                                              47
Or ác ulo 16



Ofunmeji (Orangunmeji)

         Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pe de po r paciê n cia e t ransig ê n cia — uma
         v ida de dar e r e ce be r . Co m ce rt o s sacr ifí cio s, su ce s so é gar ant ido .


         O bse r v ação o cide nt al: A s co isas e st ão flui ndo .


O funme ji, també m co nhe cido po r O rang unme ji, é o dé cimo - se xt o O dù na or de m
r e co nhe cida de Òr únmì là. Par a mulhe r e s jov e ns, O funme ji impli ca na po ss ibilida de de
e ngr av idar e dar a luz.
O s filho s de O funme ji são g e ner o so s. Ele s po de m não ser r ico s [de dinhe iro ] mas e le s
são se mpr e r ico s e m sabe dor ia. Ele s não po de m viv er o nde o ar é abafado por que e le s
po de m su fo car facilme nt e . A maio r ia de le s t e m dific uldade e m re spir ar .
Par a bo a pro spe r idade fina nce ir a, o s filho s de O funme ji te r ão que re alizar sacr ifí cio s
par a a A je o u par a O lok un.
É impo rt ant e par a e le s de mo nst r ar g e nt ile za t anto par a e str anho s quanto par a
me m bro s de sua famí lia, e e spe cialme nt e par a o s ne ce s sit ado s e o s po br e s. Se O funme ji
fo r lançado par a um clie nt e , o clie nt e po de e st ar as se g ur ado de que t udo dar á ce r to na
v iag e m se e le o u e la re alizar o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s po r I fá .


16 – 1 (t r adução do ve r so )


O g bar ag ada co nsult o u I fá par a O dù
quando e le ia cr iar to do s o s dife r e nt e s t ipo s no mundo .
F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car
quat ro pilar e s e uma gr ande caba ça co nt e ndo uma t ampa e uma cor r e nt e .
Ele se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u.
F o i gar ant ido a e le que ning ué m que st io nar ia s ua aut or idade .
A ssi m e le de v er ia ar mar o s quat ro pilar e s no so lo
unido s, co lo car a cabaça so bre e le s, e usar a cor r e nt e par a




                                                                                                       48
at ar o s pilar e s às sua s mão s.
Ele o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio t al co mo inst r uí do .
O dia e m que O dù cr io u t o do s o s tipo s no mundo
t e m sido cha mado de sde e nt ão O dudua
(O dù cr io u tudo o que ex ist e , O o dua, O lo dumar e ).
Ele cr io u t udo o que ex ist ia na cabaça.
Nó s ( se re s humano s ) e st amo s t o do s viv e ndo de nt ro da ca baça.


16 – 2 (t r adução do ve r so )


A r ug bo - ile -fi- ir e - sa-k e je k e je co ns ulto u I fá par a O lo fi n
quando e le ia faze r nas ce r o s de ze sse is Ir únmale
(o dù s pr incipais ).
F o i pr e dito que o s filho s se r iam po br e s.
Se e le quise s se que e le s co nse g uis se m dinhe ir o , e le te r ia que
sa cr ificar de ze sse i s caba ças de far inha de milho , de ze sse i s ca baças
de e k ur u, de ze sse i s o le le (fe it o de fe ijõ e s v er me lho s), e de ze sse is ov e lhas.
O lo fin se r e cu so u à re alizar o sacr ifí cio .
Ele dis se que e st av a sat isfe it o ape nas po r fazer na sce r as cr iança s.
Ele sa cr ifico u ape nas par a si me s mo e ig nor o u as cr ianças.
Po rt ant o , o s Babalawo nun ca de v e m ficar ans io so s por
j unt ar dinhe ir o ao inv é s de adquir ir sabe do r ia e po der ao lo ng o de
s uas v idas.


16 – 3 (...)
co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r e st ant e s de ze sse is o dùs
pr incipai s.
F o i pe dido a e le s par a pag ar e m o dé bit o de sacr ifí cio de v ido po r sua
mãe .
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .
Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s,
e mbo r a e le s se ja m r ico s e m sa be dor ia.


16 - 4




                                                                                                      49
A g bag ba-ilu f’ idiko di co nsult o u par a Or ang unme ji, à que m fo i pe dido sacr ifi car uma
o ve lha, de ze s se is po mba s, e t rê s mil duze nt o s búzio s. Ele se g uiu o co nse l ho e
sa cr ifico u. O Babala wo div idiu o s mat e r iais de sa cr ifí cio e m duas par t e s, r e se rv ando
me t ade par a si pró pr io e dando a o utr a me t ade par a Or ang unme ji par a u sar par a
pro pi ciar sua ca be ça (o r i) quando e le r et or na sse par a casa.
A o che g ar e m ca sa, fo i dit o a Or ang un me ji que sua mãe go st ar ia de v ê -lo e a se us
ir mão s mais ve lho s na faze nda. A ssi m, e le e st av a in capacit ado de re alizar o sacr ifí cio
de pr o piciar se u or i e m casa. C arr e g ando o s mate r iais co m e le , e le se j unt o u à se us
ir mão s mais ve lho s de fo r ma que t o do s pude sse m v isit ar sua mãe co mo dito . Q uando
e le s che g ar am na fr o nt e ir a, o f uncio nár io da alfânde g a pe diu a e le s par a pag ar e m uma
t ax a de alfâ nde g a. Ejiog be , o lí de r do s odù s, não tinha o s duze nto s búzio s ex ig ido s, e
ne nh um o utr o do s quato r ze o dùs t inha dinhe ir o par a pag ar . Ape nas Or ang unme ji, o
dé ci mo -se xt o Odù, t inha o dinhe iro , que e le pago u por to do s e le s ant e s que e le s
pude sse m atr av e ssar [a fr o nte ir a] par a ir à faze nda. A ssim, quando e le s c he g ar am à
faze nda, o s quato r ze odù s r e st ant e s de cidir am t or nar a ambo s Ejio g be e Or ang unme ji
o s che fe s da famí lia. De sde aque le dia, nó s se m pre chama mo s Or ang un me ji de
“O funme ji”. De sde aque le dia, fala mo s, “Ne nhum I fá                é maio r do que Ejio g be , e
ne nh um I fá é maio r do que O funme ji .”
Po r e st a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funme ji
fo r e m lançado s, nó s se mpr e de cidimo s a sor t e e m favo r de le s.




                                                                                                       50
Or ác ulo 17



Ogbe‘Yeku

        Ne s se Odù so mo s aco nse lhado s a usar a int e lig ê ncia ao co nt r ár io da for ça o u
        co nfr o nt ação   par a   su per ar     o bst ác ulo s   ou   inimig o s.   Não   impo rt a   quanto
        impo rt ant e alg ué m se ja, e st a pe sso a ne ce s sit a o bt er e se g uir o co n se lho s de um
        Babala wo . Cr e nça inabaláv e l e m I fá ir á se mpr e re co mpe nsar o "clie nt e ".


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á g er alme nt e de dicando m uit a e ner g ia a
        que st õ e s t e mpor ais e pr e ci sa se "abr ir " e spir it ualme nt e e e mo cio nalme nt e .


No O dù O g be’ Y ek u, O g be e st á na dir e it a, r e pr e se nt ando o pr incí pio masc ulino , e
O ye k u e st á na e sque r da, re pre se nt ando o pr incí pio fe min ino . Q uando Og be vai visit ar
co m O ye k u, as t r ansfo r maçõ e s re sult ant e s de st e mo v ime nto são si mbo lizadas por O dù
O g be’ Y ek u. (C o mo ant e r io r me nt e discut ido , e x ist e m 256 o dùs no si st e ma I fá         de
div inação : de ze sse is o dùs pr incipai s e 240 ramifi caçõ e s o u co mbinaçõ e s de Odù. O dù
O g be’ Y ek u é o pr ime iro das co mbina çõ e s de o dùs e e le o cupa o dé cimo - sé t imo lug ar na
o rde m fix a de Òr únmì là.)


17 – 1 (t r adução do ve r so )


Ek umini, Ek umini co n sult o u I fá par a Oluk ot un A jamlo lo ,
o pai de O it o lu. F o i pr e v isto que e le
se r ia g rande me nt e fav or e cido por I fá e st e ano .
Po u co de po is, Olo fin pr o cur o u por O luko t un
par a que v ie sse e co ns ult asse I fá par a e le . O luko t un pe diu
que disse s se m a O lo fin que e le e st av a incapa cit ado de v ir
ime diat ame nt e por que e le e st av a cult uando se u I fá naque le
mo me nt o . Olo fin c hamo u por O luk ot un pe la
se g unda ve z.
O luko t un re spo nde u re pe t indo o que e le hav ia dito




                                                                                                           51
ant e s. Ele ainda e st av a cu lt uando se u I fá .
O lo fin r e spo nde u e dis se , “Q ual I fá O luko t un
A jamlo lo e st á cult uando ? O I fá fav or e ce u a e le ?”
M ais t ar de , O luk ot un A jamlo lo c he go u par a r ealizar
div inação de I fá par a Olo fin. I fá disse que não hav ia nada de
e rr ado co m O lo fin; e le ape nas e st av a se nt indo dific uldade par a dor mir à no it e .
Po rt ant o , co mo par t e do sa cr ifí cio , e le dev e r ia
co nce de r à O luko t un: sua filha mais ve lha ado r nada co m
co nt as e m se us pulso s e to rno ze lo s, uma cabr a gr ande ,
e quat ro mil e quat r o ce nto s búzio s.
O lo fin r e alizo u o sa cr ifí cio .
A ssi m que O luk ot un e st av a indo par a casa co m o s mate r iais do sa cr ifí cio ,
as pe sso as co me çar am a ridi cular izá-lo e a O lo fin, per g unt ando ,
“C o mo po de O lo fin co nce de r sua filha à e st e
po br e Oluk ot un ?”. Ele s ar r ancar am a be la garo t a de
O luko t un e a de r am par a um o ba (r e i).
Ela se to r no u a e spo sa do re i.
O o ba també m não po dia do r mir be m e fo i fo r çado
a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar
I fá par a e le . Oluk o t un v e io e dis se ao oba que
e le e st av a incapacit ado de dor mir pro fu ndame nt e à no it e . Po rt ant o ,
se e le quise s se afast ar a mor t e súbit a, e le t er ia que co nce de r
ao Babalawo que co nsult o u I fá par a e le : sua
jo v e m rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro ce nt o s b úzio s.
O o ba re alizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo
car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a
se g uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, e is co mo I fá
po de se r favo r áv e l, e ass im por diant e .
C o m e st e O dù nó s apr e nde mo s co mo Oluk o t un A jamlo lo fo i be lame nt e re co mpe n sado e
fav or e cido de v ido à sua inabaláv e l cr e nça e m I fá .


17 – 2 (t r adução do ve r so )


(...)




                                                                                                    52
(...) co nsult o u I fá   par a A lag e mo (ca male ão ) quando e le ia ce le br ar as fe st iv idade s
anuai s co m Olok un.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car vint e mil búz io s,
duze nt o s po mbo s, e uma v ar ie dade de t e cido s. Ele se g ui u o
co nse l ho . O s div inado r e s pr e par ar am re mé dio de I fá par a e le .
A lag e mo e nt ão e nv io u uma me nsag e m par a O lo k un dize ndo que
e le ia part ic ipar das fe st iv idade s.
Ele g o st ar ia de co mpe t ir co m Olo k un ao usar
r o upas idê nt icas. O lo k un r e spo nde u, “Tudo be m! Co mo v o cê
se at r ev e , A lag e mo ?” Ele disse que ag uar dar ia a che g ada
de A lag e mo . A lag e mo che go u no dia pr o po st o . O lo k un
ini cio u a co mpe t ição . Q ualque r ro upa que O lok un
u sasse , A lag e mo usar ia a me s ma e as ig ualar ia.
A pó s um cur to t e mpo , Olok un fico u zang ado e de cidiu
que e le t e nt ar ia blo que ar o caminho de fo r ma que A lag e mo
achar ia impo s sí ve l re to r nar par a casa. Ele fo i
bu scar o aux í lio do s fe it ice ir o s e br ux as par a co lo car
o bst ácu lo s no caminho de A lag e mo . Alag e mo po r sua ve z fo i
co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que e le dev e r ia fazer par a e v it ar
qualq uer impe di me nto e m se u cam inho par a casa. Ele fo i o r ie nt ado a
sa cr ificar e ni- ag bafi (uma e st e ir a de r áfia), ig ba- e wo (uma cabaça [co m]
inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas.
Ele se g ui u o co nse lho . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a
e le . F oi e ns inado a e le a se g uint e canção :
O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ e bo
a jo o eg ba. (Po ssa m as fe it ice ir as aqui me de ix ar e m paz
Po s sam as br ux as aqui me de ix ar e m e m paz
Se um abut r e co me o sacr ifí cio , e le de ix a a caba ça aqui).
F o i ainda pe dido a e le que e st icas se a e st e ir a
no r io e se se nt as se so br e e la. A lag e mo fe z co mo fo i dit o
por se us Babalawo e e le fo i capaz de vo lt ar par a ca sa.
A lag e mo re alizo u o s sa cr ifí cio s pre s cr it o s por se us Babala wo e fo i por t anto capaz de
s upe r ar o s o bst áculo s que O lo k un ame aço u co lo car e m se u cam inho .




                                                                                                     53
O rác ulo 18


Oyekulogbe

        Est e Odù s ug er e que o clie nt e ir á e nco ntr ar um co nf lito . Ao inv é s de e nv o lv e r -
        se , o clie nt e de v e se r um me diado r . E assim faze ndo , e le o u e la ir á t er v ant ag e m.
        Est e O dù t ambé m no s pr e v ine par a ser mo s cuidado so s co m amigo s que po ssam
        ca usar    de st r uição   da   ca sa/ famí lia.    Um     ca minho     de    t rabalho    ou     car r e ir a
        apar e ce m blo que ado s o u dificu lto so s.


Na filo so fia Yo r ùbá , não há ida se m vo lt a. Odù O ye k ulo g be , o dé ci mo -o it avo O dù na
o rde m fix a de Òr únmì là, r e pr e se nt a a v isit a de re t or no de Oy ek u, no lado dir e ito do
O dù, à Og be , ago r a na e sque r da. Po rt ant o e st e Odù co mplet a o cic lo de mo v ime nt o s de
O g be a Oy ek u e de Oy ek u de vo lt a a O g be .


18 – 1 (t r adução do ve r so )


A g ila A wo , Ag ila A wo , Opa g ilag ila A wo co nsult o u I fá par a alade
me r indilo g un (de ze s se is re is) e Òr únmì là.
I fá pr ev iu a che g ada de alg uns e st r anho s que ir iam
lut ar um co nt r a o o utr o . Fo i por t anto o rie nt ado a e le s par a ofe r e ce r sacr ifí cio s
de fo r ma a te r paz apó s a part ida do s e st r anho s.
O sacr ifí cio : de ze s se is car acó is, duas cabr as, e t r int a e do is
mil búzio s.
Ò r únmì là fo i o único que r e alizo u o sa cr ifí cio .
Q uando o s e str anho s che g ar am, e le s e ntr ar am na casa de A lar a
e co me çar am a bat e r um no o utr o . A lar a o s co lo co u par a for a. O s
e st r anho s t ambé m v ier am par a a ca sa de A je ro e par a as [ca sas ] do s quat or ze
r e is r e st ant e s. To do s e le s puse r am o s e st r anho s par a for a. M as quando o s
e st r anho s che g ar am à casa de Òr únmì là e co me çar am a bate r um
no o utr o , Òr únmì là t e nto u pac ificá -lo s. Din he iro e co nt as
e st av am caindo de st e s e str anho s e m lut a. Òr únmì là e st av a



                                                                                                                   54
o cupado r e co lhe ndo to do o dinhe ir o e co nt as e jó ias pr e cio sas.
A lut a e ntr e o s e st r anho s co nt inuo u por dias, at é que
a ca sa de Ò r únmì là e st av a r e plet a de dinhe ir o e to das as co isas bo as.
O ye k ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no me s do s de ze s se is
r e is pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un,
Ewi, A laafin- Oy o, O wor e , Ele pe , O ba- A dada, Alaajo g un, Olu-
O y inbo , Olu- Sabe , Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle .
O s r e is po ss ue m r ique zas e t o das as bo as co isas, mas não t e m paz.
Ò r únmì là, o único a r e alizar o sacr ifí cio , t ev e paz
co mple t a.
Est a é a r azão po r que to do s o s r e is dev e m mant er Babala wo co mo
co nse l he iro s, e spe cialme nt e quando e le s se co nfr o nt am co m pro ble ma s o u
pr eo c upaçõ e s.




18 – 2 (t r adução do ve r so )


A r un-po se - ir e k e co nsult o u I fá par a O mo - nle (lag ar t ix a)
quando e le ia mo r ar co m Or o (par e de de barr o ).
O mo -nle fo i o rie nt ado a sacr ificar
quat ro po mbas de mo do a as se g ur ar um lug ar co nfo rt áv e l par a mo r ar .
Ele fe z o sa cr ifí cio .
O ro fo i aco nse lhada a sacr ifi car
de mo do a não ace it ar amizade co m qualque r um
que a e scav asse .
U m g alo fo i pe dido par a e st e sacr ifí cio .
O ro se r e cuso u a sacr ifi car .
Po r que Or o se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e s cr it o po r I fá, e la t ev e que fo r ne ce r
alo jame nt o par a O mo -nle . Em o ut r as palavr as, as lag ar t ix as ago r a viv e m e m par e de s
de bar ro .




                                                                                                          55
O rác ulo 19


Ogbewehin


         Est e O dù fala de co nfusão e mo cio nal. També m asse g ur a co nclu sõ e s be m
         s uce dida s. Ele no s fala par a co nfiar e m ex pe r iê ncias ant e r io r e s.


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fr e qüe nt e me nt e co me çando o u te r minando
         um re lacio name nt o .


19 – 1 (t r adução do ve r so )


(...)
r e alizo u div ina ção de I fá par a O g be
quando e le ia v isit ar co m I wor i.
F o i pe dido a e le par a sacr ifi car
t rê s bo de s, t rê s g alo s, a r o upa que e le e st av a v e st indo ,
e um rato do mat o (o r ato de v e ser mant ido e m pé atr ás de Èsù ).
Po r que e le re t or nar ia co m r ique zas, e le de v er ia se asse g ur ar que
a r ique za não e scapar ia de le .
Ele fe z o sa cr ifí cio .


Q ualque r pe sso a par a que m e st e O dù é lançado dev e se mpr e o fer e ce r sacr ifí cio par a
g ar ant ir um final fe liz o u be m suce d ido .




19 – 2 (t r adução do ve r so )


O g be ho faa faa co ns ulto u I fá par a A luk unr in (o co rv o ).




                                                                                                        56
F o i dito a e le par a sacr ifi car as duas única s ro upas que e le po ss uí a ( uma pr e t a, u ma
br anca ), um bo de , e u m car ne ir o de mo do à não e nlo uque ce r , e se e le de se jas se se r
t rat ado pe lo s Babalawo .
O re mé dio de I fá (se e le fize sse o sa cr ifí cio ) :
De r r amar o sang ue do bo de de nt ro de um po t e g rande ante s de co lo car masin win
(o g bo e fo lhas de e su su) de ntr o do po t e . Adic io ne ág ua par a e le se lav ar .
A luk unr in se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio .
A que le s nascido s por e st e O dù ge r alme nt e e nlo uque ce m.




                                                                                                  57
Or ác ulo 20



Iworibogbe

        Est e Odù fala pr ime ir ame nte de fil ho s e e nco r aja uma at mo sfe r a so cial po sit iv a
        par a mant er o be m e st ar da famí lia.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é muit o sé r io e pr e cisa de "r e cr e io " — Te r
        alg uma div e r são simple s e pue r il par a r e st aur ar o e quilí br io .


20 – 1 (t r adução do ve r so )


(...)
Ele dis se que alg o dev e r ia se r o fe r e cido à
cr iança de for ma que a cr iança não v ie sse a mo rr e r :
inhame amassa do , uma g alinha, e t rê s mil e duze nt o s búzio s.
I fá dis se que e le s dev e r iam co zinhar a co mida e a g alinha
pr e scr ito s, re unir t o das as cr iança s,
e pe r mit ir que o s co mpan he iro s de re cr e ação da cr iança do e nt e co mam
da co mida o fer e cida. I fá disse que a cr iança do e nt e ir ia
fi car be m se u ma fe st a fo s se fe it a par a se us co mpanhe iro de r e cr e ação .


20 – 2 (t r adução do ve r so )


(...)
co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko
(po mba ).
A mbo s e st av am so fr e ndo por falt a de filho t e s.
F o i pe dido a e le s par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me , u m fe ix e de v ar e t as, um pot e
g rande , e t rê s mil e duze nt o s búz io s.




                                                                                                         58
O po mbo re alizo u o sacr ifí cio
mas a po mba se re cu so u.
A po mba t ev e do is fil hot e s e o po mbo te v e do is filho t e s.
A po mba dis se que e la não sa cr ifico u e ainda assim te v e do is filho t e s.
Ela fo i co n str uir se u ninho na árv or e e g ung un.
Ve io uma te mpe st ade , a árv o re e g ung un fo i ar r ancada co m r aí ze s, e o s filho t e s da
po mba mo rr e r am.
Ela g r it o u, “O pr ime ir o e o se g undo e u não v i.”
O po mbo gr it o u, “Eu fique i de co st as par a o pot e e não
mo rr i.”


O pot e e ra u m do s mat er iais que o po m bo tinha sacr ificado . Ele fo i capaz de pro t eg e r
se u s fil hot e s co m o po t e . Ele s so br ev iv er am.




                                                                                                        59
Or ác ulo 21



Ogbedi

        Est e O dù fala da ne ce ssidade de ex e cut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se ev it e
        co nfu sõ e s o u zo m bar ia.


        O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo o u e st á co m me do de pr e ssõ e s
        e mo cio nais. Po ssi bilidade s pr at ica s não po de m ser re alizadas at é que e st a
        pr e s são    se ja   aliv iada.     A       pr e ssão   ve m   muit as   v e ze s   de   que st õ e s   de
        re lacio name nt o s.




21 – 1 (t r adução do ve r so )


K uk ut e -ag bo n Ko ro jiji co nsult o u I fá par a Og be
Q uando O g be fo i ca çar e m uma ex pe dição .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
De mane ir a que e le não e nco nt r asse obst ác ulo s ali;
Tr ê s ca br it o s, t rê s fr ang o s e 6 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .
Q uando e le che g o u à flor e st a, a ch uv a caiu
Enqua nto e le co rr ia, v iu um bur aco lar g o
que pe nso u e le e st ar e m uma árv or e o u e m um for mig ue ir o
Ele e nt ro u no bur aco e não so ube que er a
um e le fant e que t inha abe rt o se u â nus.
O e le fant e fe cho u se u ânu s co m e le de nt ro .
Ele não pô de de sco br ir uma saí da.
Se us co mpan he iro s co me çar am a pro cur a- lo .
De po is de um t e mpo , quando e le s não o pude r am achar , e le s de cidir am
e x e cut ar o sacr ifí cio que e le t inha ne g lig e nciado .
Ele fo i e x cr et ado e nt ão pe lo e le fant e .




                                                                                                                 60
Po r é m, e le s dis se r am: O Og be que sai u de um ânus
de v er ia se r chama do Og be di.


21 – 2 (t r adução do ve r so )


O g be dik ak a, O g be dile le co nsult ar am I fá par a Èsù quando e le e st av a sat is faze ndo
um per í o do de t rabal ho duro co m Ò r únmì là, O risa- nla, O risa -o ko , e Òg ún. A Ès ù fo i
pe dido que o fe r e ce sse Ee san, no ve po mbo s e o it o mil b úzio s. O re mé dio de I fá dev er ia
se r pr e par ado par a pe r mit i-lo pag ar se u s dé bit o s.
Ès ù se re cu so u a sacr ifi car .
Ès ù fo i um pe s cador naque le s t e mpo s. Se mpr e que e le pe g av a muit o pe ix e e m sua
ar madilha, o s I r unmo le (as quatr o ce nt as de idade s ) se nt iam inv e ja de le . Ele s pe nsar am
que log o Ès ù ganhar ia dinhe iro suf icie nt e par a se afiançar de ste s dile ma s finance ir o s.
Po r e st a razão , e le s de cidir am e nv ia- lo e m mi ssão a lug ar e s dist ant e s no me smo dia.
A pó s o e nv io da me nsag e m Ò rúnmì là pe nso u e m co nsult ar o or áculo de I fá so br e o
as sunt o . Ele chamo u o s babalawo que co nsult ar am I fá e dis se r am Og be dik ak a.
Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar se i s co e lho s, se i s po mbo s e do ze mil búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le amar r ando o s se is co e lho s na bo lsa. Ele s o
adv er t ir am a se mpr e le v ar a bo lsa co m e le . O r isa-nla pe diu a Èsù ir a at é Ì r ànje e tr azer
se u bo r dão (o pa-o sor o ) e s ua saco la. Òr ì sà-o ko e nv io u Ès ù a Ò de -I rawo . Òg ún pe diu a
Ès ù ir à Ò de - Ir e e tr azer se u g bamdar i (um alfanje lar go ). R apidame nt e Èsù se
le v anto u e fo i at é um ar b ust o pe rt o o nde e le supl ico u e o bt ev e to das as co isas pe didas.
Lo go apó s Ès ù part ir , t odo s o s I r unmo le for am co le t ar o s pe ix e s da ar madilha de le .
A ssi m que e le r et or no u, e nco nt ro u e le s part ilhando se us pe ix e s. Quando e le apar e ce u
ine spe r adame nt e , t o do o mundo e mbo lso u o pe ix e . Ele e ntr e go u t o do s o s it e ns que e le s
pe dir am par a e le ir bu scar . Èsù e nt ão co me ço u a que st io nar t odo mundo , “O nde v o ce s
o bt iv e r am o pe ix e que e st av am r e par t indo ?”. A lg un s e st av am se de s culpando ; out ro s
não so ube r am o que dize r . Ent ão implo r ando o pe r dão de le , de cid ir am abr ir mão do
se u s dire it o s so br e dinhe iro e le o s dev ia. Ele não dev e r ia de ix ar ning ué m o uv ir que
e le s o t inham ro ubado . Er a co st ume e m I fe naque le s t e mpo s que ning ué m de v ia
r o ubar . Ò rúnmì là dis se que e le não r oubo u o pe ix e de Èsù . Ès ù disse que Òr únmì là
de v ia te r ro ubado o pe ixe que fo i co lo cado na bo lsa que e le e st av a se g ur ando . Ès ù
pe nso u que o nar iz do pe ix e e st av a saindo par a for a da bo lsa. Ele s le v ar am o as sunt o
par a cor t e na cidade de I fe . Ele s dis cut ir am. O t r ibunal de ci diu pe dir par a Òr únmì là


                                                                                                           61
que de sv e lasse o co nt e údo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e e le s v ir am o s se is co e lho s
que e le jo g o u par a fo r a. Ele s co me çar am a culpar Ès ù. Èsù implo ro u pe r dão a
Ò r únmì là. Òr únmì là se re c uso u a de s culpa -lo . Ès ù e mpe nho u sua ca sa e o utr as
po sse ssõ e s par a Ò rúnmì là. Òr únmì là ainda re cu so u ace it ar o arg ume nto de le . O s O t u
I fe (o s anciõ e s de I fe ) pe rg unt ar am par a Ès ù o que e le pr et e ndia faze r . Èsù re spo nde u
que e le ir ia par a casa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe se r v indo par a se mpr e . Ele s
e ntr e g ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando e le s che g ar am à casa de Òr únmì là, Èsù quis
e ntr ar co m Ò r únmì là. Ò r únmì là re cu so u e pe diu par a Ès ù que se se nt as se do lado de
fo r a. Òr únmì là dis se que o que e le co me s se de ntr o da casa, e le co mpart ilhar ia do lado
de fo r a co m Èsù .
Ès ù t e m v iv ido e nt ão de sde aque le dia do lado de fo r a.




                                                                                                        62
Or ác ulo 22



Idigbe


        Est e O dù fala do pr e se nt e o u pr o ble ma imine nt e e det e r mina o sacr ifí cio
        ne ce ssár io par a v e nce r .


        O bse r v ação o cide nt al: M e do s t e mpo r ais, m uit as v e ze s re lacio nado s a se rv iço s ou
        part e mo net ár ia, de v e m ser tr at ado s. M uit as ve ze s re lacio name nto s e mo cio nais
        e st ão causa ndo inquie t ação e de se quilí br io .


22 – 1 (t r adução do ve r so )


Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando
Tant o a Mo rt e (I k u) quant o a Mo lé st ia (À r ùn)
ame açar am visit ar sua casa.
Ele fo i o r ie nt ado a pr e par ar do is sig idi amo nu (u ma fo r ma de Èsù -Ele g bar a)
co m do is mil e er u (t ipo de e rv a) fix ado s ne le s:
Lhe s dê alfanje s de made ir a par a ser e m co nt ido s po r suas as mão s e po nha pe daço s de
o bì nas suas bo cas.
Ent ão mate u m cabr it o e v er t a o sang ue de le so br e e le s.
C o lo que um na po rt a da fr e nt e da casa e o o utr o na por t a de tr ás.
Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io .
Ele ag iu de aco r do co m as inst r uçõ e s de I fá.
I k ú ve io até a po rt a da fr e nt e da casa e saudo u o sig idi da se g uint e mane ir a:
Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i,
por fav or dê pas sag e m, que o A wo at r av e sse
Sig idi nada re spo nde u. Ik u de u me ia—vo lt a.
Ele fo i par a tr ás da casa e r e pet iu a me sma co isa.


                                                                                                            63
À r ùn v e io e dis se as me s mas palav r as. Sig idi nada re spo nde u
Foi   isto    que    Ò r únmì là     fe z   par a   pre v e nir   que   Ik ú   (M or t e )   e   À r ùn   (Mo lé st ia)
ade nt r asse m sua ca sa.


22 – 2 (t r adução do ve r so )


Ì dig ba, Ì díg be co ns ult o u I fá par a Sà ngó
quando e le e st av a ro de ado po r inimig o s.
I fá as se g ur o u a e le v it ó r ia do br e o s inimig o s.
U m car ne iro e 6 600 b úzio s fo r am o fer e cido s e m sacr ifí cio .
Sàng ó r e alizo u o sa cr ifí cio
e fo i v it or io so do br e se us inimigo s.




                                                                                                                    64
Or ác ulo 23



Ogbe’rosu

        Est e Odù de t er mina a so lução par a a ame aça de mor t e , do e nça, caso s ju diciai s,
        pe r das e infe r t ilidade .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se mpr e me t ido e m alg um tipo de pro ble ma.
        So me nt e ação e spir it ual po de re st aur ar o e quilí br io .




23 – 1 (t r adução do ve r so )


Ò nag bo nr ang o ndo n- nt i-I fe -wa co nsult o u I fá par a A bat i,
o filho de À ramfè , que fo i co nfr o nt ado por t o do s o s male s.
Ele fo i as se g ur ado que a mo rt e (ik ú) não ir ia de rr o t a-lo ,
que a mo lé st ia (àr ùn ) ir ia der ro t a-lo ,
que caso s j udiciai s (e jo ) não ir ia de rr ot a- lo ,
que pr e juí zo (o fo ) não ir ia der ro t a-lo .
A e le fo i pe dido sacr ifi car um car ne iro e fo lhas de I fá.
Ele o be de ce u e ex e cut o u o sacr ifí c io .




                                                                                                     65
Or ác ulo 24



Irosu-ogbe

        Est e O dù e nfat iza que re lacio name nt o s e spir it uais pe sso ais são co nt r ár io s
        àque le s mo net ár io s o u co me r ciais.


        O bse r v ação o cide nt al: Emo çõ e s t ê m pr e fe r ê ncia e nquant o t rabalho pe sado
        cam inha a paço s le nto s.




24 – 1 (t r adução do ve r so )


O hun tio se báalé ilé ti k o ni ko ng ar a ide , o un li o se iy ale
ile t i k o ni’ bu sun ala
F o i aque le que co nsu lto u I fá par a A g be -I mor imo dor i
quando e le fo i t o mar Bio je la, a fil ha de O ló fin,
co mo sua e spo sa.
O sacr ifí cio :
Do is rato s, do is pe ix e s, uma galinha e 3 200 búzio s.
I fá diz: A jo v e m dev e r ia se r dada a um ba balawo co mo e spo sa.




24 – 2 (t r a dução do ve r so )


A ig bo niwo nr an awo Olú -O je
C o nsult o u I fá par a O dùg be m i, que fo i um ho me m bast ant e r ico
e po pular na Te rr a.
O dùg be mi fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a ev it ar se to r nar
um ho me m bast ant e r ico e po pular no Par aí so .




                                                                                                 66
U m po mbo de v er ia se r sacr ifi cado se o Odù fo sse div inado no
e se nt ay e de um r e cé m- nascido .
U ma o ve lha dev er ia ser sa cr ificada se o Odù fo sse div inado no
I te fa.


No t a: Ese nt ay e (o pr ime iro paço na Te r r a) é re alizado no te r ce iro dia apó s o
nas cime nt o da cr iança. It e fá (I nicia ção e m I fá) po de se r re alizado e m qualque r é po ca
e x ce to se a cr iança é su sce t ív e l à do e nça s o u e nfr e nt a out ro s pr o ble mas.




                                                                                                  67
Or ác ulo 25



Ogbewonri (Ogbèwúnlé)

        Est e Odù fala da e sco lha e ntr e mar ido s o u e spo sa s po t e nciais. Sa cr ifí cio s
        as se g ur am a e sco lha co rr e t a e a asso cia ção be m su ce dida.


        O bse r v ação o cide nt al: U m gr ande mo me nt o par a capit alizar , t ant o co me r cial
        co mo e mo cio nalme nt e , no s atr at iv o s do s clie nt e s par a o s o ut ro s.


25 – 1 (t r a dução do ve r so )


A jaje co nsult o u I fá par a Ko ko
quando e la e st av a po nder ando casar o u co m Apat a o u co m A k ur o .
Ela fo i aco n se lhada a o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s e quat ro pe daço s de
t e cido no do so .
Ela o uv iu e at e nde u o co nse lho .
Lhe fo i falado que Ak ur o ser ia o mar ido fav or e cido .
Se Ko ko t iv e sse êx it o , Ak uro t ambé m te r ia êx it o .


25 – 2 (t r a dução do ve r so )


O k it i- bamba- tiipe k un- o po po co nsult o u I fá par a O lo fin.
Ele fo i o r ie nt ado o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que Og bè dar ia
a e le bo as co mapnias.
Tr ê s g alo s, t rê s bo las de inhame pilado ,
e so pa de v er ia se r o fer e cido .
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .




                                                                                                  68
Or ác ulo 26



Owonrinsogbe

        Est e Odù fala de fe it içar ia o u vibr açõ e s ne g at iv as int e r fe r indo          co m a paz
        me nt al do clie nt e .


        O bse r v ação   o cide nt al:   O    clie nt e   e st á   muit as   ve ze s   e nv o lv ido   em   um
        r e lacio name nt o e mo cio nal que te m nublado se u julg ame nt o .




26 – 1 (t r a dução do ve r so )


Bo nro ny in awo Ò de -I do , O go ro nbi awo Ò de - Esa, Er ig idúdú awo .
I lú Sak o n fo i que co n sult o u I fá par a Olo fin O be le je
quando e le fo i do r mir e de spe r to u co m más vibr açõ e s.
F o i dit o a e le do r mir for a de ca sa e de sua s r e do nde zas,
mat ar um cabr it o so bre o lixo , e le v ar t udo isso
par a a flor e st a.
Di sse r am a e le que se uma pe s so a lev as se o mal par a a flor e st a,
e le v olt ar ia par a casa co m o be m.
A fo lha se mo st ro u se r olo wo nr an-nsan -san.
Ho je A lade e x pulso u o mal par a a flo re st a.
Sa cr ifí cio par a Pr o spe r idade (A jé ): 2 po mbo s — um de le s de v e ser u sado par a
apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e .
Sa cr ifí cio par a uma e spo sa (ay a): 2 galinha s — uma de las de v e se r usada usado par a
apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e , co nt anto que e le te nha sa cr ificado um cabr ito .
O clie nt e de ve varr e r s ua casa co m fo lhas de o lo wo nr an- nsan- san (o sok o t u) co mo
pr e scr ito aci ma.




                                                                                                            69
26 – 2 (t r a dução do ve r so )


Èsì - per e we , Eg ba- per e we co nsult o u I fá par a Olú Og e ,
Q ue é e xt r e mame nt e amar g o co m a fo lha jo g bo .


O sacr ifí cio : 3 g alo s, 2 600 búzio s e
fo lha de Jo g bo (amar go ).
Se a pe sso a par a que m e st e I fá é div inado re alizar o sa cr ifí cio ,
e nt ão e smag ue as fo lhas amarg as na ág ua e adicio ne iy è —ir ò su (pó )
de st e O dù na so lu ção , e pe ça ao clie nt e par a be ber .
I fá r ev e la que o clie nt e não te m paz me nt al o u e ncar a opo sição das pe sso as.




                                                                                             70
Or ác ulo 27



Ogbe’bara

        Est e O dù fala de e nfe r midade s t al co mo aler g ias pe r ió dicas.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m se e sfo r çado muit o no se rv iço .


27 – 1 (t r a dução do ve r so )


K uo mi, o div inado r par a a g alinha (adiy e ),
A e le s pe diu par a o fe r e ce r sacr ifí cio co mo uma fo r ma de pr ev e nção
a uma doe n ça que o s as so lo u dur ant e a e st ação de se ca.
De z o bì e 20 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s.
A lg uns de le s r ealizar am o sacr ifí cio ; out ro s não .


27 – 2 (t r a dução do ve r so )


I pale ro -ab’ e nu mog imo g imamo ’ nilo wo co nsult o u I fá par a Òr únmì là
quando a mo rt e (k awo k awo ) v e io faze r uma visit a v indo do Par aiso .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car uma cabr a e de ze s se is Ik in.
A cabr a de v er ia se r mor t a do lado de fo r a de mane ir a que a mor t e não e st ar ia apt a a
apr isio na- lo co m o utr o s.
Ò r únmì là pre st o u at e nção ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio .




                                                                                                 71
Or ác ulo 28



Obarabogbe

        Est e Odù fala de gr ande r e spe it o e po de r par a o clie nt e que fie lme nt e se g uir as
        pr ev isõ e s de I fá.


        O bse r v ação o cide nt al: O ce pt ici smo ge r al do clie nt e e st á blo que ando o s uce s so .


28 – 1 (t r a dução do ve r so )


O bar abo bo awo Ek o co nsult o u I fá
par a Eko , o filho de A jalor un.
F o i pr e dito que as palavr as de Ek o se r iam se mpr e r e spe it adas
co mo se ndo a palavr a fi nal.
U ma o ve lha fo i ofe r e cida co mo sa cr ifí cio .
I fá diz que par a qualq uer um que e st e I fá é div inado , e x er ce r á uma g r ande infl uê ncia
no mundo .
Ele v iv e r á muit o te mpo .




28 – 2 (t r adução do ve r so )


I ro fá- abe e nújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i que m co nsult o u I fá par a A difala, que
e st av a indo div inar par a O sin. A difala pe diu a O sin faze r sacr ifí cio de mane ir a a
afa st ar mo r te re pe nt ina de ntr o do s se t e dias se g uint e s. Se t e car ne ir o s e 1 000 búzio s
de v er iam ser o fe r e cido s. O sin não r e alizo u o sa cr ifí cio mas ag arr o u A difala e o
amar ro u. A difala cant o u a se g uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr e diçõ e s de I fá




                                                                                                           72
pas sar ão   ime diat ame nt e     na   t ábua   de   adiv inha ção     (o po n),   I bar at ie le ,   I bar at ie le .
C e rt ame nt e O sin mo rr e r á amanhã, I bar at ie le , I bar at ie le . O sin pe g ar á um po t e e ir á at é
o r io , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão , I bar at ie le ,
I bar at ie le . Ele pe g ar á uma e scada e sub ir á no t e lhado , e assim po r diant e .
O babala wo canto u e ssa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando e le s e st av am
t raze ndo uma no iv a nov a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e . O sin disse que e le
v ar r er ia a ca sa r apidame nt e ant e s da che g ada da no iv a. Ele peg o u a v asso ur a e varr e u
a casa. A ssi m que t er mino u, de cidi u subir no t e lhado par a e spia- lo s. Ele pe go u uma
e s cada e fo i ao te lhado par a ve r a no iv a que v inha ao lo ng e . Ele caiu e a par e de
de smo r o no u so bre e le . Ele s e nv iar am pe s so as par a libe rt ar e tr azer A difala. A difala
dis se que e le s dev e r iam o fer e ce r r apidame nt e um sa cr ifí cio de de z ov e lhas, de z galo s,
de z v acas, e a e spo sa nov a que e st av a vindo a O sin. O sin de spe rt o u e nquant o e le s
e st av am ex e c ut ando o sacr ifí cio .
I fá diz que nó s nunca dev e mo s duv idar das pr e diçõ e s de um baba lawo .




                                                                                                                    73
Or ác ulo 29



Ogbe’kanran


        Est e Odù fala de po s sív e l per da de lucro s ant e r io r e s dev ido à falha ao ex e c ut ar
        um co mple to sa cr ifí cio . Me ias me didas se mpr e re s ult ar ão e m per das.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á co m mu it a pr e ssa, e le pr e cisa cam inhar
        mai s de v ag ar e co m cuidado .




29 – 1 (t r adução do ve r so )


O k it ibam ba-t ii- pek un- o po po co nsult o u I fá fo r Og bè quando O g bè fo i a Òt uufè . A e le
fo i pe dido que sacr ifi casse quat ro pr e g o s ( Se r in) e 8 000 búzio s. Ele sacr ifi co u ape nas
t rê s pr eg o s e 6 000 búzio s. O babalawo disse que e le de v er ia cr av ar o s pr e go s no chão
da r ua pr incipal, um por v e z. Ele se dir ig iu à r ua pr in cipal e pr eg o u o pr ime ir o pr e g o
no chão . U ma por ção de dinhe ir o apare ce u e e le a pe go u. Ele pr e go u o se g undo pr eg o
no chão . U m pe que no g r upo de g ar o t as apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u r e do r . Ele
e nt ão e sper o u por u m cur to pe r ío do de te mpo e pr eg o u o te r ce iro pr eg o no chão .
Vár ias cr ian ças apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u re do r . Ele disse : Há! O que
aco nt e ce r ia se e u t iv e sse r e alizado o sacr ifí cio co mple t ame nt e ? Eu te r ia t ido muit o
mai s. Ele v olto u e re t ir o u o pr ime ir o pr e go . Ele e nt ão o cr avo u de fro nt e a e le e caso s
j udiciai s (e jo ), pr e j uí zo s (o fo ) e o ut ro s male s apar e ce r am par a e le .
A part ir de st e dia Og be e nco nt ro u dificul dade s, e e st e o dù t e m sido chama do de
O g be’ K anr an.




                                                                                                         74
Or ác ulo 30



Okanransode

        Est e O dù fala de so bre pu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r e s par a co nse g uir
        uma po sição de pro e minê n cia.


        O bse r v ação o cide nt al: U m nov o t rabalho , uma pro mo ção o u um aume nt o e st ão
        e m u m fut ur o pr óx imo .


30 – 1 (t r adução do ve r so )


Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un,
o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do .
A e le fo i pe dido distr ib uir 180 ak ar a de mane ir a a
o bt er v it ór ia so br e o s inimig o s.
U m ca br it o e 3 200 búzio s fo r am t ambé m sa cr ificado s.
O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio .




30 – 2 (t r adução do ve r so )


Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un
o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do .
Se i s g alo s e 12 000 búzio s dev er iam se r o fe r e cido s co mo sa cr ifí cio .
O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio .
Ele fo i in st alado co mo o T’ e wise (por t a—v o z de Èwi).




                                                                                                  75
Or ác ulo 31



Ogbe’gunda (Ogbeyonu)

        Est e O dù fala de e mine nt e suce sso mo ne t ár io o u mat er ial.


        O bse r v ação o cide nt al: U ma o por t unidade de ne g ó cio s ir á se apr e se nt ar . A
        pr incí pio    o clie nt e ir á r e je it ar   co mo se    não v ale sse   a pe na.   U ma   sér ia
        co nsi der ação da opor t unidade lev ar á a gr ande suce sso .




31 – 1 (t r adução do ve r so )


K uk u-nd uk un, Pe t e -ino k i
F or am o s que co n sult ar am I fá par a as pe sso as de Eg ún Majo .
F o i pr e dito que e le s se r iam r ico s.
Q uatr o por co s, 80 000 b úzio s e quat ro barr is de v inho
de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio .




31 – 2 (t r adução do ve r so )


I binu, o adv inho de A lár á, co ns ult o u I fá par a A lár á.
Edo fu fu, o adv inho de A jer ò , co nsult o u I fá par a A jer ò .
Pe le t ur u, o adv inho de Òr àng ún, co nsult o u I fá par a Òr àng ún.
I fá pr ev e niu que alg uma co isa se r ia e nv iada a e le s
e que e le s não dev er iam re cu sar . A pó s alg um te mpo ,
a mãe de le s e nv io u a A lár á um pr e se nt e e mbr ulhado co m fo lhas se ca s de K ok o.




                                                                                                        76
A lár á fico u irr it ado e e spant ado de co mo sua mãe po de r ia e nv iar algo e mbr ulhado e m
fo lhas se cas de Ko ko ; Ele re c uso u ace it a-lo . A mãe de le s fe z a me sma co isa co m A jer ò e
e le t ambé m re cu so u ace it a-lo . A bor r e cido s, e le s o le v ar am a Ò ràng ún, que ace it o u o
e mbr ulho . Ele o de se m br ulho u e e nco ntr o u co nt as. Ò ràng ún já t inha r e alizado o
sa cr ifí cio pr e scr ito pe lo babala wo . Ò ràng ún o fe re ce u: te cido de v e ado 1 , um po mbo e 16
000 búz io s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e e nv io u o co lar par a A lár á por que e le
se nt iu que isso o sat isfar ia. Alár á co mpro u o co lar de Òr àng ún. Ò ràng ún fio u o ut ro
co lar e o e nv io u par a A je rò , que t ambé m pag o u a Òr àng ún po r e le . Òr àng ún fo i capaz
de v e nder o s co lar e s por que e le o s e mbr ulho u e le g ant e me nt e . Ò ràng ún fi co u co m as
co nt as r e st ant e s par a si.




1
  N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m
e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) .



                                                                                                                                                                           77
Or ác ulo 32



Ògúndábèdé

        Est e Odù e nfat iza a ne ce s sidade de ho ne st idade e int e gr idade .


        O bse rv ação    o cide nt al:   A   que st ão   de    infide lidade     mat r imo nial   em   um
        re lacio name nt o muit as ve ze s apar e ce .




32 – 1 (t r adução do ve r so )


O me nt ir o so v iajo u por v int e ano s e não fo i capaz de re to r nar .
O me nt ir o so v iajo u por mais se is me se s e não fo i capaz de re to r nar .
A Ho ne st idade -é - a-me lhor - dir e tr iz co nsult o u I fá par a Baba Ì màle ,
que e st av a tr ajado e m r o upõ e s. Fo i dito par a e le que e le se r ia um me nt ir o so po r to da
s ua v ida. Par a e le fo i pe dido sa cr ificar mas e le se r e cuso u. At é ho je , o s ì màle
(M uç ulmano s ) ainda e st ão me nt indo . Ele s e st ão se mpr e dize ndo que anualme nt e
je juam por De us. U m dia, Ès ù o s que st io no u do por que diziam e le s que je juav am a
De u s anualme nt e . Vo cê s e st ão dize ndo que De u s e st á mor t o ? O u e st á De u s tr ist e ?
Vo cê s não co mpr e e nde m que De u s é a ve r dade co ng ê nit a? Ele ( Èsù ) dis se : He n! v o cê s
je juam por De us; De us jamai s mo rr e r á. Edù mar e nun ca ado e ce r á. Oló dùnmar è nunca
fi car á tr ist e . Ès ù fo i fo r çado a dispe r sa- lo s. A ca nção que Èsù cant o u naque le dia fo i:
Nó s nunca o uv imo s falar so br e a mor t e de Oló dùnmar è , se não aquilo que pr ov e m da
bo ca do s me nt ir o so s, e ass im por diant e .




32 – 2 (t r adução do ve r so )




                                                                                                       78
K anr ang bada -À kàr à-ng bada!
Est o u na ca sa de O wá.
Q ue dinhe ir o no v o me pr o cur e .
Q ue e spo sas nov as me pr o cur e m.
Q ue cr iança s nov as me pro cur e m.
Se uma cr iança vê A làk àr à, e la jo g ar á fo r a se u pe daço de inha me .
Ò g úndáso rí ir e f’O g bè , t rag a-me bo a so rt e .
R e mé dio de I fá: Co ma se is àk àr à fr e s co s co m pó de iy è -irò sù no qual
o o dù Òg úndá sor í ir e f’ O g bè te nha sido mar cado e re zado co mo mo st r ado acima.




                                                                                              79
Or ác ulo 33



Ogbèsá

        Est e O dù fala de falsidade de amigo s e da ne ce ssi dade de t er minar qualque r
        co isa co me çada.


        O bse r v ação o cide nt al: É uma sit uação difí cil que ago r a e st á che g ando , mas se
        v o cê não se e nt r eg ar ne m de si st ir t r iunfar á no final.




33 – 1 (t r adução do ve r so )


Le k e lek e , o adv inho de O g bè , co nsult o u I fá par a Og bè ,
Q ue e st av a viajando par a A lahusa.
Ele pr ev iu que e le pro spe r ar ia ali.
Po r e ssa razão , e le dev er ia ofe r e ce r um sa cr ifí cio de de ze sse is po mbo s e
3 200 búz io s.
Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io .




33 – 2 (t r adução do ve r so )


A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i,
que fo i pr e ve nido ace r ca de um amig o




                                                                                                 80
t ão gr ande quanto um car ne iro . Ele fo i or ie nt ado a o fe re ce r um sacr ifí cio de mane ir a a
pr ev e nir que se u amigo o e ng anasse e o fix asse par a se r mo rt o .
uma por ção de o bì , br ace let e s de fe rr o , 2 200 búzio s e um gr ande r e cipie nt e de made ir a
co m tampa o nde se r á co lo cada a o fe re nda.
I k i fe z o sa cr ifí cio .
U m dia; o car ne iro fo i v isit ar O lo fin e r e par o u que o sant uár io do e g úng ún de le e st av a
v azio . Ele per g unto u a Olo fin o que e le usav a e m se u c ulto de e g úng ún. O lo fin
r e spo nde u que e le ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car ne ir o r iu e disse que e mbo r a isso
fo s se bo m, e le t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . Olo fin o agr ade ce u. U m dia, o car ne ir o fo i
v isit ar Ik i. O car ne ir o per g unto u a Ik i se o pai de le se mpr e co nt av a par a e le so br e um
jo go que e le e o car ne ir o co st umav am jo g ar . Ik i per g unto u que jog o que e r a. O car ne iro
dis se a I k i que o jo g o er a dar vo lt as uma car r eg ando o o ut ro por quat ro pé e nquant o
um e st av a o cult o de nt ro de um r e cipie nt e de made ir a. I k i dis se que se u pai nun ca
t inha falado so br e o jog o ape sar de par e ce r div er t ido . O car ne iro co lo co u um
r e cipie nt e de made ir a no chão e e nt ro u de nt r o . Ele pe diu a I ki que tampa sse e e nt ão o
car r eg as se por quat ro pé s. Per co rr ida a dist ância, o car ne iro dis se que e r a a sua v e z. O
car ne iro e nt ão carr e go u I ki por quat r o pé s co lo co u-o no chão e ao se u t ur no e nt ro u no
r e cipie nt e . E fo i a v ez de I k i e ntr ar no re cipie nt e . O car ne iro o carr e go u por quatr o
pé s, po r é m quando I k i pe diu que o co lo casse no c hão , o car ne iro o ig no ro u e co nt in uo u
cam inhando . I k i implor o u mas o car ne iro t or no u a não dar ouv ido s a e le . I ki co me ço u
a cant ar a cant ig a que o babalawo e nsi no u-lhe quando re alizo u o sacr ifí cio :
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o .
O car ne ir o e st á me le v ando par a O lo fin par a se r mo rt o .
Eu não sa bia que e st av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car ne ir o .
A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a,
Ef ufule le , o adv inho do Cé u,
Ve nha m po der o same nt e libe r t ar I ki do r e cipie nt e .
A pó s alg un s mo me nt o s, o car ne iro sacud iu p r e cipie nt e e o uv iu o so m do s br ace le te s
de fe rr o e pe nso u que fo s se I k i. Q uando e le che g o u na casa de O lo fin e st e o fe r e ce u
aj uda co m o re cip ie nt e . Ele re cu so u e dis se que pr e cisav a ir at é o quint al do s fu ndo s.
Q uando e le s fo r am par a o s fundo s, e le s ajudar am o car ne iro co m o r e cipie nt e .




                                                                                                            81
A br indo o r e cipie nt e , e le de sco br iu que ik i não e st av a de ntr o . Olo fin di sse que dev ido
o car ne ir o t e nt ar e ng ana-lo , e le se r ia sa cr ificado a Ee g un. De sde e sse dia, um car ne iro
se mpr e é o fe r e cido a Eeg un co mo sacr ifí cio .




Or ác ulo 34



Oságbè

        Est e Odù fala da ne ce s sidade to mar o se u t e mpo e do uso da pe r ce pção
        e spir it ual par a se apr e ciar o s pr aze r e s da v ida.


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   e st á   ar r iscando   t udo   pôr   e st ar   se ndo
        de mas iadame nt e te mpo r al e per de ndo se u e quilí br io e spir it ual.




34 – 1 (t r adução do ve r so )


Ele dis se O sa, e u disse O sa’ Gbe .
Ele dis se que o r at o que v e m de O sa se r ia pr ot e g ido po r O sa.
Ele dis se que o pe ix e que ve m de O sa ser ia pr ot e g ido po r O sa.
Pe sso as pr ov e nie nt e s de O sa se r iam pr ot e g ido po r O sa.




34 – 2 (t r adução do ve r so )


A t iba mato u um cão ma s não te v e te mpo par a co me -lo .
A t iba mato u um car ne ir o mas não te v e te mpo par a co me -lo .
A t imumu mato u um cabr it o mas não t ev e t e mpo par a co me - lo .
Ès ù-Ò dàr à per mit ir ia-me le v ar me u s t e so ur o s de ca sa.
Pr o piciação par a e st e I fá: Ve rt a aze it e -de -de ndê no so lo
de nt ro o u for a de ca sa o u e m Ès ù.




                                                                                                             82
Or ác ulo 35



Ogbèká

        Est e O dù fala de te r que supe r ar ciúme e inv e ja par a alcan çar fama e r e spe ito .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa inje t ar mai s se nso co mum e me no s
        imag inação na s at iv idade s cot idiana s.




35 – 1 (t r adução do ve r so )


Es umar e co m um lindo do r so
co ns ulto u I fá par a a C huv a t or re nc ial.
A e la fo i pe dido que o fer e ce sse u m sacr ifí c io
de uma e nx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar
que as pe sso as a lev as se m par a de ntr o da flor e st a.
Q uando e la finalme nt e ve io a re alizar o sa cr ifí cio , as pe s so as
co me çar am a dar at e nção a e la.




35 – 2 (t r adução do ve r so )


O wó ni pe be , Esè ni pe be co ns ulto u I fá par a A r inwak a,
que fo i o mé dico de O wo ni..
A e le fo i dito que te r ia fama pe lo mundo int e iro .
Ent ão , e le dev e r ia sacr ificar um rat o , um pe ix e e uma g alinha.




                                                                                                      83
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




Or ác ulo 36



Ikagbè

        Est e O dù fala e m te r que de fe nde r no sso s dir e ito s e ex ig ir re spe it o .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e apr e nder a mo de r ar suas palavr as e açõ e s
        quando e x por um po nt o de vist a.




36 – 1 (t r adução do ve r so )


Ele disse g ro sse r ia, e u disse inso lê ncia. Ele disse que nun ca é po ssí v e l r o lar pano se co
no fo g o . Eu dis se que não é po ssí v e l ut ilizar uma co br a co mo cint o . Ele s não dev e m se r
t ão r ude quant o o go lpe do fil ho do che fe na ca be ça. que e u se ja re spe it ado e nt ão at é
ho je . I nv o que e st e I fá no iy è - ir ò sù   que t e nha sido mar cado co m o O dù Ìk ág bè e
e sfr e g ue na s ua cabe ça (o rí ).




36 – 2 (t r adução do ve r so )


O rir ot e er e , o adv inho da flor e st a, co nsu lto u I fá par a A de iloy e ,
que e st av a lame nt ando sua falt a de filho s.
O sacr ifí cio : do is car ne ir o s e 44 000 o u 120 000 búzio s.
Ela pr e st o u at e não nas palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .
Ela fi co u muit o r ica e te v e filho s.
C ant ig a: De iloy e , d’ o pag un.




                                                                                                     84
Ve ja um mo nt e de cr ianças atr ás de mi m / ve ja u m mo nt e de cr ian ças at r ás de mim, e
as sim po r diante .




Or ác ulo 37



Ogbètúrúpòn

        Est e Odù fala so br e o clie nt e fi car par a t rás e m uma co mpe t ição . Ele po de
        v e nce r at r av é s do sa cr ifí cio .


        O bse r v ação o cide nt al: U m no vo r e lacio name nt o ou de spe r t ar e spir it ual ir á
        aliv iar o fo co t e mpo r al co rr e nt e do clie nt e .




37 – 1 (t r adução do ve r so )


Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e també m par a a v aca (e r anla).
A v aca fo i aco nse lhada a o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que a e la ser ia dada a po si ção
so cial do cav alo .
Tr ê s e nx adas e 6 600 b úzio s de v er iam se r u sado s co m sa cr ifí cio .
A v aca o uv iu po r é m não re alizo u o sacr ifí cio .
O cav alo o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
No s t e mpo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s upe r io r ao cav alo .
Ès ù pe r suadiu as pe s so as a t rat ar e m o cav alo co mo u m bo m co mpanhe ir o
por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq ue r um que r e aliza se u s sacr ifí cio s.
I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) e st á no pe sco ço do cav alo / e st á no pe sco ço do
cav alo .


37 – 2 (t r adução do ve r so )




                                                                                                     85
Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e -iy á-r e -ni-aag be fu n.
co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà,
que e st av a so fr e ndo co m falt a de filho s e e st av a saindo co m o abut r e .
Ela fo i aco n se lhada a faze r sacr ifí c io
um pe daço de te ci do br an co co lo cado no Ò rì sà,
3 200 búz io s e duas galinha s.
Ela pr e st o u at e nção nas palavr as e re alizo u o sacr ifí cio .
Or ác ulo 38



Òtúrúpòngbè

        Es se O dù fala de pr o ble mas que e st ão po r vir o u inquie t ação e m casa causa da
        pôr cr ian ças.


        O bse r v ação o cide nt al: Est e é um bo m mo me nto par a co nce p ção .




38 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Do ’ nido ni- o-g bo do        fo r i-ok o -ba- iná,    O so ro -o -g bo doy i- wo’ nu -e g un-so r o ,   O
jo pur ut upar at aniile mok ur o -l’ ale de co n sult ar am I fá par a o cr iado de Olo fin, um famo so
acr o bat a (at ak it i-g ba- eg be wá ). Dis se r am que pro ble mas de spo nt av am mais adiant e ;
lo go , de v er ia sacr ifi car do is g alo s, 12 000 búzio s e uma cor da.
Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio .
A mãe do rapaz r e alizo u o sacr ifí cio quando se u filho t ev e pro ble ma s.
A histo r ia de I fá: Er a uma ve z, um ho me m e ntr o u na casa do O lo fin e do r miu co m as
e spo sa de le . Est e ato cr ue l sur pr e e nde u o O lo fin que de se jo u sabe r co mo alg ué m
po der ia ser t ão cor ajo so a po nt o de e ntr ar no apar t ame nto de sua e spo sa, de sde que
hav ia ape nas um por t ão que lev av a at é a s ua áre a. Po r isso , e le ini cio u uma
inv e st ig ação . A inv e st ig ação fr acasso u e m re v e lar a pe s so a mal int e ncio nada. Ele
co nv o co u t o do s o s habit ante s da cidade , co lo co u no chão 20 000 b úzio s e um cabr it o , e
o fe r e ce u e nt ão u m pr ê mio par a a pe sso a que pude sse pular por sua par e de e che g ar at é
a sua áre a. A S pe sso as te nt ar am e fal har am; por é m um r apaz da casa de Olo fin t omo u
a fr e nt e e faci lme nt e pulo u at é a ár e a. O Olo fin ag ar ro u o r apaz, que fo i co nside r ado


                                                                                                          86
co mo se ndo o se u ofe nso r , e o amar ro u. Q uando a mãe do r apaz so ube do aco nt e cido ,
r apidame nt e re alizo u o sacr ifí cio que se u fil ho hav ia ne g lig e nciado . Tão rápido quant o
e la r e alizo u o sa cr ifí cio , Èsù    co lo co u as se g uint e s palav r as na bo ca do s filho s de
O lo fin: Vo cê . O lo fin, fo i o úni co que dor miu co m sua e spo sa. Po r que amarr ar ia o fil ho
de alg ué m e de se jar ia mat a-lo ? O lo fin Q uando e le de sa marr o u o rapaz e final me nt e lhe
de u o cabr it o e o s 20 000 búzio s.




Or ác ulo 39



Ogbètúrá

        Es se O dù fala de sacr ifí cio g ar ant indo paz e fe licidade .


        O bse r v ação o cide nt al: U m co nf lito no se rv iço se r á r e so lv ido a favo r do clie nt e .




39 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Par a, o amigo da e nx ada (ok o ), e O de be , o amig o do fo ice (àdá ), co nsult ar am I fá par a
Ò r únmì là e nquant o e le e st av a v indo par a o mundo . Ele [I fá] disse que Òr únmì là nunca
cair ia e m de sgr aça. U ma ca br a, um r at o e um pe ix e de ve r iam se r sacr ifi cado s.
Ò r únmì là o uv iu e re alizo u o sacr ifí cio .
Ent ão , de sde a cr iação do mu ndo at é o s dias at uai s, Òr únmì là nunca cai u e m de sg r aça.
Ele fo i que m pr ime iro ne le [ mundo ] piso u. Ele tr e ino u o s A dv inho s de I fá e sit uo u o s
o dù   em    s uas   re spe ct iv as   po si çõ e s.   A pe sar   de   to das   e s sas   co isa s,   e le   nun ca
ne g lig e nciar ia o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s par a e le , por que e le de mo nst ro u ao s ser e s
hu mano s que "não po de hav er paz alg uma se m sacr ifí cio ". Est a clar ame nt e ex pr e sso e m
v ár ias liçõ e s e m I fá que “o s se re s hu mano s não v iv e m e m paz se m o fer e ce r sacr ifí cio s”.
A lé m do mais, pe que no s sacr ifí cio s pr e v ine m a mor t e pr e mat ur a. Q ualque r pe s so a que
de se ja t er bo a sor t e se mpr e o fer e ce r á sacr ifí cio s. Q ualque r um que cult iv a o hábit o de
faze r o be m, e spe cia lme nt e ao po br e , se mpr e se r á fe liz.




39 – 2 (Tr adu ção do v er so )


                                                                                                                 87
A jiwo y e -o de de co nsult o u I fá par a O lo mo -A g be t i.
F o i pr e dito que to das as suas aquisi çõ e s v ir iam facilme nt e a e le ne s sa v ar anda.
U m r at o , um pe ix e e duas imag e ns de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




Or ác ulo 40



Òtùrà-Oríkò

        Est e O dù fala que o clie nt e e st á ne ce ssit ando de aut o co nfian ça, po is e le t e m
        so fr ido per das.


        O bse r v ação o cide nt al: Se a clie nt e e st á gr av ida, uma o fe r e nda par a g ar ant ir uma
        cr iança saudáv e l de v e ser fe it a.




40 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Pe nr e nmiy e nmi, Pe nr e nmiy e nmi, Ò ràn mi d’e t e , Òr àn mi d’ e ro
C o nsult o u I fá par a o mil ho (Àg bàdo )
Q uando e le e st av a v indo ao mu ndo pe la pr ime ir a v e z.
F o i dit o a e le que o fer e ce sse sa cr ifí cio de mane ir a a pr e v e nir que as pe s so as
v ie sse m co mer se us der iv ado s.
um te cido no vo e um cabr ito de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .


Est á é a r azão pe la qual as pe s so as co me m milho e se us der iv ado s.




40 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                         88
A luk er e se -f’ ir ak or or in co nsult o u I fá par a Oló k un-So nde ,
Q ue se nt o u-se pacie nt e me nt e e fico u o lhando a v ida passar .
F o i pe dido a e la que o fe r e ce s se sacr ifí cio quando par e ce u -lhe inút il a sua v ida. F oi
pr e dito que e la se to r nar ia g rande .
De ze s se is po t e s d’ ág ua, duas ov e lhas e 3 200 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s.
Ela se to r no u a rainha de t o das as cor re nt e zas.




Or ác ulo 41



Ogbèatè

         Est e O dù fala so bre e v it ar pro ble ma s e pot e ncia l cr iat iv o e m v iag e ns e e sfor ço s
         que e st ão pôr v ir .


         O bse r v ação    o cide nt al:   O    clie nt e   e ncar a   po s sív e l   per da   de   e mpr e go   ou
         r e lacio name nt o .




41 –1 (Tr adu ção do v er so )


I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ewo n.
I y alet ajaja co nsult o u I fá par a I ro .
I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ì gè dè , o filho de A g bo nnir e g un.
Ele s for am adv er t ido s a não ire m par a a r o ça. Se fo sse m at é lá ir iam e nco nt r ar I k ú (a
mo rt e ).
Ele s não ouv ir am.
Na manhã se g uint e e le s fo r am at é a ro ça e e nco nt r ar am Ik ú, que mato u Ewo n e I ro . Ele
t rag o u Ì g è dè , o filho de A g bo nnire g un. Q uando as no tí cia s che g ar am ao s ouv ido s de
A g bo nnir e g un, e le fo i at é se u babalawo , que co nsult o u I fá par a e le . A e le fo i pe dido
as cr ificar pe nas de papag aio , co nt as t ut u-o po n, tr ê s g rande s bo las de inhame pilado e
se t e po mbo s. Ele t ambé m fo i or ie nt ado a le v ar o sacr ifí cio à r o ça ao amanhe ce r .
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
C he g ando à ro ça, e le e nco ntr o u o cor po de Ewo n, no chão .




                                                                                                                 89
Ele e nco nt ro u o co r po de I ro no chão .
I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gè dè nas mão s de A g bo nnir e g un e pe diu par a
que e le e ng o lisse Ìg è dè . Ele disse : Ag bo nnir eg un se mpr e de ve r ia v omit ar Ìg è dè e m
dias te rr iv e lme nt e tr ist e s.




41 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A saig bo ro , A rinnig bo ro , O bur in- bur in bu -o mi bo ’ ju
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
F o i pr e dito que Òr únmì là se r ia e nr ique cido na ci dade .
Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r um sa cr ifí cio : um r ato , um pe ix e e uma galinha.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
O rat o , o pe ix e e a galinha for am ut ilizado s par a sat is fazer I fá.




                                                                                                   90
Or ác ulo 42



Ireteogbe

        Est e O dù fala de pr o spe r idade , fe licida de e sat isfa ção se x ual.


        O bse r v ação o cide nt al: U m nov o r e lacio name nt o o u u m aume nto na int e nsi dade
        do re lacio name nto co rr e nt e é pr ov áv e l.




42 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A t eg be , A t eg be , o A dv inho de O lok un, co nsult o u I fá par a Olo k un.
U ma o ve lha e 18 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s co mo sacr ifí cio .
F o i pr e dito que e le ser ia r ico e te r ia muit o s filho s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio
Ele fi co u r ico e te v e muito s filho s.




42 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I re - nt e g be , o A dv inho de A k isa,
co ns ulto u I fá par a A k isa quando e st e e st av a a po nt o de dar me l ao I fá de le .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car me l, aadun ( milho e aze it e ) e o bi.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
I fá e nt ão de u-lhe dinhe ir o




                                                                                                  91
Or ác ulo 43



Ogbese

          Est e O dù fala de bo as not í cia s e re alizaçõ e s que chama m por ce le br açõe s.


          O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar muda nças po sit iv as e m se u
          r e lacio name nt o e mo cio nal.


43 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ero - ilé -k o mo pe t ’o na- nbo co nsult o u I fá par a Olo ide ,
que e st av a indo se ca sar co m A mi. Lhe fo i falado que o mundo sair ia par a ce le br ar co m
e le s quando e le s fica sse m muit o pr ó spe ro s e m v ida. U ma cabr a dev e r ia se r usada e m
sa cr ifí cio .
Ele o uv iu a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí c io .
A hist or ia de I fá: U m dia to do s o s pássar o s se junt ar am par a pe dir a O lo ide que
apr e se nt asse sua no iv a A mi. Olo ide co nco r do u e or de no u que e le s se re uni sse m no
me r cado , pr ov ide ncia sse m v inho de palma e o utr as be bida s alco ó licas e as sim pôr
diant e . No dia apo nt ado , t odo s o s pás saro s da flor e st a se junt ar am co m o v inho de
palma re quis it ado . De po is de te r e m te r minado de be be r e de co me r , o papag aio
(O dide r e ) pô s -se de pé e mo st ro u a mar ca e m sua cauda (a mi) par a t odo s o s pás saro s.
Ele cant o u e dan ço u: Eu v im par a lhe mo str ar ami, O lo ide . Eu vim par a lhe mo st r ar
ami, Olo ide . Eu v im par a lhe mo str ar ami ao s pás saro s da flor e st a. F icar am to do s e le s
fe lize s e junt ar am- se a e le a cant ar e dan çar .




                                                                                                    92
43 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Se e se Woo wo co ns ulto u I fá par a I re s u-e le ,
Q ue e st av a vindo v isit ar O de A jalaye .
F o i dit o que Ò g ún se r ia o úni co a re par ar s ua cabe ça (o rí ).
Lo go , de v er ia sacr ifi car uma ce st a de iwe n [ ing . palm ke r ne l she ll ],
t rê s galo s, um inhame assado e 6 600 búzio s.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
Or ác ulo 44



Oso-Ogbe (Osomina)


         Est e O dù pr ev ine co nt r a asso cia çõ e s co m pe s so as más. U m lig e ir o so fr ime nt o
         se r á su bst it uí do pô r pr o spe r idade .


         O bse r v ação o cide nt al: A tr açõ e s e mo cio nai s r e sult am e m r ev o lt a te mpor ár ia.


44 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A r innaper an je -Ese , Olo g bo f’ o si’ or un -o -njar e g e .
Ò r únmì là disse que e le se r ia e nsinado a so fr e r no iní cio e pr o sper ar no final.
U ma ca br a dev er ia ser dada a Èdú (Òr ún mì là).
Ele dis se que e le s co me r am, e le s não der am nada a Ig aliy er e co me r .
Ele s be be r am, e le s não de r am nada a I galiy e re be ber .
I g aliy e r e o fusco u o s olho s de le s.
I g aliy e r e é o no me que nó s c hamamo s a Èsù.




44 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I re - y ue co nsult o u I fá par a Olo ja- er u.
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car
um cabr ito e 6 600 búz io s de mane ir a a ev it ar pe sso as
que re tr ibuir iam a e le co m o mal.


                                                                                                               93
Ele se re cu so u a o fe re ce r sa cr ifí cio .
Ele aj udo u a car re g ar pe so at é a fe ir a e a sua ge ne ro sidade fo i re tr ib uí da co m mal.




Or ác ulo 45



Ogbèfún


        Est e O dù fala de instr u me nto s que quando so am af ug e nt am a mo rt e e o s mau s
        e spí r ito s.


        O bse r v ação o cide nt al: C o mpor t ame nto não mo nóg amo po de cau sar gr ande dano .


45 – 1 (Tr adu ção do v er so )


M o saa-li- o -ni-o pa, Er o g bo nr e -o -me se co nsult ar am I fá par a Og bè .
O g bè e st a indo se duzir a e spo sa de Ò fún.
Ele fo i as se g ur ado do su ce sso .
U ma g alinha, um rat o , e 4 400 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




45 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O liwo wo ji, Oliwo wo ji wo . Ele s co ns ult ar am I fá par a a mo rt e I k ú (a mor t e ).
Ele co ns ult ar am I fá par a À r ùn (do e nça). A mbo s que r iam de spo sar Las unwo nt an, a
filha de Òr ì sà. Ò rì sà di sse que dar ia s ua filha par a qualq uer jo v e m que pude sse cr iar
201 nov as cabe ças (or í ). Ele s part ir am e for am pe nsar no que fazer . Ik ú fo i at é a ro ça
pro c ur ar 201 pe s so as, que fo r am mo rt as ime diat ame nt e . Suas ca be ças fo r am peg as,




                                                                                                        94
amar r adas junt as e le v adas pôr e le . A ssim que e le fo i par a o cami nho que le v av a à casa
de O risa, e le o uv iu alg ué m cant ando o se g uint e cant o :
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo .
Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr e ndo , e spant ado que alg ué m
se r ia su ficie nt e me nt e co r ajo so par a ame açar a e le e a A r un. Ele não sabia que Ar un
e st av a pô r tr ás de st e ato diabó li co . Ar un t inha aca bado de ir v er um babala wo par a
e st e o aux iliasse imag inar uma mane ir a de co nse g uir que Lasu nwo nt an filha de Or isa
se t or nasse sua e spo sa. O ba balawo disse a e le par a que co nse g uis se 200 co ncha s de
car amu jo , o s quais e le pr ov ide ncio u. O ba balawo fio u as co ncha s, co lo co u-as ao r e dor
do pe sco ço de A r un e dis se e nsino u a e le a cant ig a que e le dev er ia cant ar . Q uando Ik ú
jo go u as 201 cabe ça s for a e fug iu, A r un j unt o u as 201 cabe ça s e as le vo u par a O risa.
O risa por sua ve z de u Lasunwo nt an, s ua filha, a Ar un. Ent ão nó s t e mo s um dit ad o que
diz: “A M or te t inha sa cr ificado par a a doe n ça par a te r suce sso ”. Est a hist o r ia no s co nt a
que qualque r instr u me nto so no ro afug e nt ar á a mo rt e o u o utr o s e spí r ito s malig no s.
Est a é a razão pe la qual a me di cina tr adicio nal as pe sso as co lo cam inst r ume nt o s de st a
nat ur e za no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do e nt e s.




                                                                                                         95
Or ác ulo 46



Òfún’gbè

         Est e O dù fala de um po der o so inimig o . U ma br ig a o u pro ble ma é e st á par a
         aco nt e ce r .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e e ncar a co nflit o s le g ais e /o u
         g ov er name nt ais.




46 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I g i-re r e , Ig i-ig bo , I gi- re r e , Ig i-o dan,
Pe r e g un nwani ni, o A dv inho de Esu me r i, co nsult o u I fá par a Ò fún
quando Ò fún e st av a indo sur r ar O g bè at é a mo rt e .
O fun fo i or ie nt ado a sa cr ificar , de mane ir a que O g be so br e v iv e s se à sur r a.
U m car ne iro de v er ia se r sa cr ificado .
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Est e I fá mo st r a que uma br ig a o u pr o ble ma e st á par a aco nt e ce r .




46 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún no ’ r a, aja no ’r a
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá)
quando e le e st av a indo ao me r cado co m o s mo nst ro s (e we le ).
Ele fo i o r int ado a o fer e ce r sacr ifí c io de mane ir a a re to r nar a salv o .


                                                                                                          96
Tr ê s g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (e de ) dev er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




Or ác ulo 47



Oyekubiworilodo

        Est e O dù o fe r e ce so luçõ e s par a e st e r ilidade e impot ê ncia se x ual.


        O bse r v ação o cide nt al: É um mo me nto pe r fe ito par a g rav ide z.




47 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ye k ubir i co ns ulto u I fá par a o po mbo .
F o i pr e dito que o po mbo se r ia fé rt il.
Ent ão e le dev e r ia sacr ificar
2 000 fe i jõ e s e 20 000 búzio s
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .
O po mbo se t or no u fé rt il.
O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a a po mba (ada ba)
F o i pe dida a e la que fize s se um sacr ifí cio .
A po mba r e alizo u o sa cr ifí cio
Ela se tr o no u fér t il.


47 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O ye k u- awo -o mo de , I wo r i-awo -ag balag ba
co ns ulto u I fá par a o Pê nis (Or o mina),
que e st av a indo lut ar e m uma bat alha na ci dade A jat ir i.




                                                                                             97
Di sse r am que e le não pe ne tr ar ia se falha sse e m re alizar sacr ifí cio .
O sacr ifí cio : Tr ê s car ne ir o s, t rê s cabr it o s, t rê s cãe s macho s, t rê s galo s,
t rê s tart ar ug as mac ho e 6 600 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Ele pe ne t ro u.
O ro mina é o no me pe lo qual chama mo s o pê nis (o kó ).


Or ác ulo 48



Iwori-Yeku

        Es se    O dù     fala   so br e   pe r ig o s   imi ne nt e s   e   co mo   ev it ar   ou   mini mizar   as
        co nse q üê ncia s.


        O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s e mo cio nai s pr e cisam se r e liminado s atr av é s do
        C ult o A nce st r al o u ofe r e ndas.




48 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O g un-ag bot e le k iip’ ar o co nsult o u I fá par a Ì wòr ì .
A e le fo i pe dido e st ar pr e par ado . A Mo rt e e st av a che g ando .
M as, se e le sacr ifica sse ,
e la se r ia afast ada.
O sacr ifí cio : u ma caba ça co nt e ndo inhame s co zido s co m ó leo (e wo ),
uma por ção de o bì par a se r e m dist r ibuí do s às pe sso as,
um fr ang o , uma ov e lha e 240 000 búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




48 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O hun- t iy oo se nik iig bai se ’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A ye k un- o mo
co ns ulto u I fá par a O lo fin.




                                                                                                                  98
Ele s disse r am que um r e cé m- nascido ado e ce r ia. A pó s um pe r ío do pr o lo ng ado de
t rat ame nto , e le t er ia me lho r as ma s ficar ia ale ija do .
Ele s aco nse l har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se e le o fer e ce s se sacr ifí cio , o
be bê ainda pro spe r ar ia.
O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, 440 000 búz io s, e o r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de ir oy in e
de e wur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pe s so a par a que m I fá fo i co nsult ado ).


Or ác ulo 49



Oyekuf’oworadi

        Em ir e e sse O dù fala de su ce s so pe s so al e finance ir o co m mulhe r e s. M as e m ibi
        e le pe de sa cr ifí cio par a e v it ar mor t e .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á dando muit a impor t ância e m at iv idade
        se x ual ame açando o be m e st ar .




49 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Bi o y in bi A do co nsult o u I fá par a Òr únmì là.
I fá e st av a indo e m uma v iage m de div ina çaõ par a a cidade das mul he re s.
F o i pr e dito que Òr únmì là t er ia mu ito su ce s so ali.
Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r co mo sacr ifí cio
de ze s se is po mbo s e 3 200 búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




49 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O g ido l’ Eg ba, Sag amo o Adv inho de Esa.
A mbo s co nsult ar am I fá par a Òr únmì là
no dia e m que a mo r te e st av a per g unt ando pôr sua casa;
a do e nça e st av a per g unt ado pô r sua casa.




                                                                                                       99
Ele s disse r am que se Ò rúnmì là falhas se e m r e alizar o sacr ifí cio , mo rr e r ia.
O sacr ifí cio : do is cãe s ne g ro s e 4 400 b úzio s.
Ele e s cut o u e re alizo u o sacr ifí cio .




Or ác ulo 50



Idiyeku

         Em ir e , e sse Odù fala de su ce s so finance ir o atr avé s da pro picia ção do O rí . Em
         ibi, e spe cif ica sa cr ifí cio par a ev it ar mo rt e .


         O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io se co mu nicar co m o s A nce st r ais par a aux iliar
         o s ne g ó cio s o u aliv iar pr e ssõ e s quo t idianas.


50 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I diy ek uy e k et e co nsu lto u I fá par a O lo r i-o ga.
A e le fo i pe dido que o fer e ce sse um pe daço de t e cido br anca que e le t inha e m s ua ca sa,
uma o ve lha e 3 200 búzio s de mane ir a que se u cor po não ser ia e nvo lv ido co m o te cido
aque le ano .
Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio pr e scr ito .
C ant ing a de I fá: Edi-o ye y e , Edi- oy ey e / Olor i- og a co br iu a si me smo co m se u t e cido /
Edi- oy e ye , Edi -o ye y e .




50 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A wo -ir e -ir e -niit fi- e hin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su,
que se dir ig ia à cidade de I fe . Ele fo i or ie nt ado a ade nt r ar à cidade pe la no it e , apó s
Te r o fer e cido um sacr ifí cio — um r at o , um pe ix e e uma g alinha — par a pro piciar s ua
ca be ça. I fá dis se que e le se r ia mu ito be m suce di do ali.




                                                                                                         100
Hist o r ia de I fá:
C he g ando na cidade à no it e , Ès ù co me ço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a
che g ada de O k unk unsu e dizer que um baba lawo hav ia acabado de che g ar . Ele não ir ia
na casa d e ning ué m. A s pe s so as dev e r iam se e s for çar par a ir e v ê -lo o nde e le
pe r mane ce r ia, por que se ja o que for que fize sse pe la pe sso a ir ia faze r co m que e la
e st iv e sse be m, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande . I st o fo i o que Ès ù
de s cr ev e u par a as pe sso as. O k unk un su final me nt e r et or no u par a casa co m muit o
dinhe ir o e po s se s.
Or ác ulo 51



Oyeku’rosu

         Es se Odù fala da impor t ância de se o be de ce r I fá par a o bt e r s uce s so e ev it ar
         mo rt e .


         O bse r v ação o cide nt al: Bo m pe nsame nt o de v e m ser tr aduzido s e m bo as açõ e s
         par a ev it ar pr o ble mas.


51 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A jawe so la, At e -iy e -ir o su- se -o la
co ns ulto u I fá par a G ber e f u, o filho mais ve lho de Òr únmì là.
Ele s disse r am que se us ik in o e nr ique ce r ia.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse um r at o , um pe ix e e uma ca br a.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .




51 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A wo k ek e re - ilé -e ni- ko t n’ ni je co nsult o u I fá par a O lo fin.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cão , um inhame assado . vinho de palma e 6 600
búz io s de mane ir a a ev it ar o de spr aze r de Òg ún.
Ele o uv iu e se r e cu so u a sacr ifi car . Òg ún o mato u.




                                                                                                 101
I fá adv e rt iu que ne nhu m babalawo dev e r ia se r de sre spe it ado , ne m me smo u m jov e m
A wo .




Or ác ulo 52



Irosu Takeleku

          Es se O dù fala de inv e ja e se dução e pe de pôr sa cr ifí cio s par a ev it ar gr av e s
          co nse q üê ncia s.


          O bse r v ação o cide nt al: U ma m udança de se rv iço ir á tr azer me lho r ame nto .


52 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ro dudu awo inú ig bó co nsult o u I fá par a A mur e ,
quando A mur e e st av a indo lev ar a e spo sa de Sang o par a ca sa.
Ele s disse r am que se e le falhas se e m sa cr ificar , a mo rt e o lev ar ia.
O sacr ifí cio :
t rê s cabr ito s e 6 600 búzio s.
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




52 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I t ak ut ali- ait a- aso , Ir ik ur ili- air i- o fi
co ns ult ar am I fá par a Ò r únmì là, que se dir ig ia à casa de
O lok in- sande .
F o i dit o que a casa de O lo k in-san de se r ia muit o pr o mis sor a a e le ;
lo go , de v er ia e le sacr ifi car quatr o po m bo s, iy e -iro su, 8 800 búzio s.




                                                                                                    102
por que e le ser ia inv e jado as sim que re co lhe s se se u s ho nor ár io s.
Ele o fe r e ce u o sacr ifí cio .
F o i pe dido par a sacr ifi car mais a fr e nt e tr ê s ca br it o s e 6 600 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e apr e se nt o u o sacr ifí cio . Ele fo i inv e jado quando
r e co lhe u se u s ho nor ár io s.
Ele cant o u a se g uint e ca nt ig a:
A wo e st á indo par a ca sa par a se r e abast e ce r co m pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.
o pó de iy e do A wo acabo u.
A wo e st á indo par a ca sa par a to r nar a e nche r se u pó de iy è
o pó de iy e do A wo acabo u.




                                                                                              103
Or ác ulo 53



Oyeku Wonrin

        Es se Odù o fer e ce cur a par a po ssí v e is co nse qüê n cias sé r ias de adult é r io e pe r igo
        de v iag e ns dist ant e s.


        O bse r v ação    o cide nt al:   A çõ e s   impe nsa das   ir ão     re sult ar   em   blo que io s   no s
        ne g ó cio s.




53 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O k it ibi- ake t e k iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Lawe ni bu.
F o i pe dido a e la que co nfe ssa sse se u adult é r io se não quise s se mor r er .
U ma ca br a dev er ia ser o fe r e cida co mo sacr ifí c io , se e la não quise s se mo rr er
de v ido ao adult é r io .
Ela apr e se nt o u o sacr ifí cio .
I fá diz que a mulhe r par a que m e st e o dù é div inado e st á co me t e ndo adult ér io .


53 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Jaf ir ijafi K e mk e jade , A gadag idiwo nu -o do - e f’ ar abo - omi
co ns ulto u I fá par a o caçado r (o de ), co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
O caçado r se dir ig ia à flor e st a de O lik or o bo jo .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse :




                                                                                                               104
se t e g alo s e 14 400 búzio s.
O caçado r re alizo u o sacr ifí cio .
Ò r únmì là e st av a e m jor nada a um lo cal dist ant e .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse :
um barr il de aze it e -de - de ndê , no v e galo s, no v e cabr ito s, no v e rato s, nov e pe ix e s e
po mbo s.
Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e fe z o sa cr ifí cio .


Or ác ulo 54



Owonrin Yeku

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la e m no s sas at iv idade s.


        O bse r v ação    o cide nt al:   Pe n same nt o s   irr acio nai s   r e sult ar ão   em   r e per cu ssõ e s
        e mo cio nais sé r ias.


54 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je , Dug be dug be - li-anlu -a- g be e - Ye ba,
A k iilu ag be e Y e ba k io madun ke r e dudu ke r e dudu
co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua e spo sa Y e mo wo , e st av a indo
par a a ro ça co me t er adult ér io . Par a que e la não mor r e sse de v ido a s ua infide lidade , e la
de v er ia o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro car amu jo s.
Ela r e alizo u o sacr ifí cio .
O me smo I fá fo i div inado par a A janaa -We re pe , que er a o amant e de Ye mo wo .
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse tr ê s cabr ito s e se is mil búzio s par a e v it ar sua mor t e .
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .




54 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A jalo r um I k uk ut e k u awo e ba’ no
co ns ulto u I fá par a K ut er un be , quando e st e se dir ig ia à




                                                                                                                  105
r o ça de A lo ro par a o fe st iv al anual.
Ele fo i adv er t ido que se e le não to mas se pr e cauçõ e s aque le ano , e le ser ia mo rt o pe lo
pro dut o de sua ro ça.
O sacr ifí cio : t o do o pr o dut o da ro ça. se t e g alo s e 14 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




Or ác ulo 55



Oyekubara

         Es se O dù pe de por sa cr ifí cio s par a ev it ar as co nse qüê n cias de at iv idade s
         no r mais do dia-a- dia.


         O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e a opor t unidade de ev it ar as
         co nse q üê ncia s de más açõ e s ant er ior e s.


55 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ye k u- pabala, O ye k u-pabala co nsult o u I fá par a a t ar t ar ug a (aw un)
quando e la e st av a se rv indo Esi pô r dinhe iro que a e le dev ia.
Ele s dis se r am que se e la ofe r e ce sse sa cr ifí cio — 3 600 búzio s e uma cabr a de v er iam se r
o fe r e cido s — e la e v it ar ia o r e e mbo lso de st e e mpr é st imo . Ela se g uiu a o rie nt ação e fe z
o sacr ifí cio .
A hist or ia de I fá:
Pô r lo ng o te mpo , a t ar t ar ug a t e m e st ado a ser v iço de se u co nt r ato de r ee m bo lso de
dí v ida. e la de cidiu fi car e m casa e falt ar co m se u cr e dor pôr cinco dias. Ela e mbr ulho u
um paco t e de pe dr as co m uma co nt a e spe cial e o le v o u at é a casa de Esi. Q uando Esi
che g o u e m ca sa, o paco te fo i dado a e le , o qual e le jo go u for a e m um ar bu sto . A wun
pe rg unt o u se e le v iu o pacot e que e le t inha de ix ado e m sua casa. Es i disse que viu e
que o jo go u for a e m um ar bu st o . A wun dis se , “Há! v o cê jo g o u for a co nt as de cor al
(iy un ) e m um ar b ust o ?”. Par a e ncur t ar a hi sto r ia, o hi sto r ia viro u caso ju dicial. Ele s
fo r am até o s an ciõ e s na cidade que ag ir am e m juí zo . Esi fo i j ulg ado c ulpado . Fo i




                                                                                                            106
pe dido a e le que u sasse as co nt as co mo r e e mbo lso pe lo dinhe ir o que e le e mpr e sto u a
A wo n.




55 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O ye k u- pabala, O ye k u-pabala, o Adv inho de Esin (cav alo ),
co ns ulto u I fá par a Esi n. F oi pe dido que e la o fe r e ce sse um sa cr ifí cio
par a que e v it as se puni ção apó s Ter um be bê ; 2 000 v ar as, um ca br it o e 2 600 búzio s.
Esi n o uv iu. Esin se re c uso u a sa cr ificar .
S ua hist or ia:
Esi n fo i v isit ar O yo quando e le t ev e um be bê . Èsù pe siu par a as pe sso as a cav alg ar .
Ele s dis se r am, “Há! e la aca bo u de t er um be bê ”. Èsù disse que is so não sig ni ficav a q
e la não pude s se andar . Ele dis se que e le s dev er iam usar uma var a par a aço it ar . Ele s a
mo nt ar am. Ela ando u. To da ve z que e la não andas se cor r et ame nt e , e la e r a aço it ada.
Esi n lame nto u não Te r fe it o o sa cr ifí cio pr e scr it o pôr Oy ek u -pabala, O ye k u-pabala,
O ye k u- pabala, pabala, e assim po r diant e .




                                                                                                     107
Or ác ulo 56



Obara Yeku

         Es se O dù pr ev ine co nt r a insubo r dinação no lar e no t rabalho .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é e ncar ado co mo se ndo o par ce iro do minant e .




56 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A luk o so O ba (r e i) disse que e le pr ov av e lme nt e não ser v ir ia ao r e i.
I bar a-O ye k u, v o cê alg uma ve z o uv iu co isa assim ?
A lu’ lu- O ba (o per c ussio ni st a do r e i) dis se que e le po ssiv e lme nt e não
se r v ir ia ao re i.
O bar a-O ye k u v o cê alg uma ve z o uv iu co isa as sim ?
Er ú (u m e scr avo ) disse que e la po ssiv e lme nt e não ser v ir ia se u me st r e .
I fá de v er ia se r pro picia do co m uma g alinha.
Se nó s apazig uásse mo s I fá co m uma galinha,
I fá ace it ar ia no ssa o fe r e nda.




56 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là
quando se us clie nt e s se r e cu sar am a pat r o cina- lo .




                                                                                                         108
De z rato s (e k u-awo sin ), fo lhas de ir e e sabão fo r am sa cr ificadas.
Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O babala wo pilo u to do s o mat e r ial junt o par a e le se banhar co m o pre par ado .




Or ác ulo 57



Oyekupelekan

         Es se Odù fala de co mo o sacr ifí cio po de no s pr o t eg e r co ntr a más int e nçõ e s e
         pe r da de pr e st í g io .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t e imo so e r e cu sa bo ns co nse lho s.




57 – 1 (Tr adu ção do v er so )


K abe k uk ute k uro lo na- kar ibipade - ijape k ipek i
co ns ulto u I fá par a A k ibo la quando e st e se dir ig ia à ro ça par a
o fe st iv al anual mat ar o filho de Oy i (maca co ).
Ele plane jo u ex ibir s ua pe le .
F o i pe dido que Oy i o fer e ce s se um sacr ifí cio :
t rê s lanças, tr ê s g alo s e 6 600 búzio s.
Ele se re cu so u a faze r o sacr ifí cio .
Ele fo i mo rt o .




57 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A to r ir or ay o -I le laba-I ro ko - ng be
co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, e s cr av o de Olo dunmar e .




                                                                                                 109
F o i pr e dito que se e le falhas se e m se g uir o caminho de O luwa,
s ua r e put ação se r ia bani da.
U ma ca br a e 2 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s e m sa cr ifí cio .
I rawo (a e str e la) se re c uso u a sa cr ificar .
Ent ão , o dia que Olo dunmar e r e fle t ir ia na v aidade de uma e str e la, nó s v er í amo s uma
e st r e la re pe nt iname nt e cair do cé u par a de ntr o da e scur idão .




Or ác ulo 58



Okanran Yeku

         Es se O dù fala de sacr ifí cio s pr o po r cio nando r ique zas e sacr ifí cio não r e alizado s
         t raze ndo de st r uição .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g o st a de co rr e r ris co s o u "cami nhar po r
         e xt r e mo s" e de ve t r abalhar co m se us ance st r ais par a e v it ar dificu ldade s.




58 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Te k ut u, o A dv inho faz cr ian ças,
Te k at a o A dv inho do s adulto s,
O k u ik a k an k io di Eji- Oy e
co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Ig be y in-o do , e també m na casa
de I to r i.
F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m de z g alo s e 20 000 búzio s.
A s pe s so as de ò de It or i não sacr ifi car am.
A g uer r a que t er ia mat ado as pe sso as de Ig be y in- odo fo i par a a ca sa de I to r i.


58 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O kanr an’ Y ek u disse r ique zas.
Eu disse mais r ique zas.




                                                                                                       110
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de de ndê ,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de ban ha de ò rí ,
A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin,
o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do
banhe ir o e e m v olt a de um po t e d’ ág ua.
Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s.
Se o clie nt e r e alizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á be m co m e le .


Or ác ulo 59



Oyeku-Eguntan

        Es se O dù o fer e ce pr ot e ção co nt r a mo r te imi ne nt e .


        O bse r v ação o cide nt al: U m se rv iço o u r e lacio name nt o pe r ig a te r minar de v ido a
        bat alhas e mo cio nais.




59 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Eni l’ o ja Ewo n, Ola l’ o ja O we
co ns ulto u I fá par a O ye k u, c uja a mo rt e fo i pr e dit a e m quatr o dias.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse um car ne iro .
Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio .
O dia pr e d it o não ve io passar .
A r ev o lt a so br e a mor t e de Oy ek u não se mat er ializo u.




                                                                                                      111
Or ác ulo 60



Ogunda’Yeku

        Es se O dù fala de bo ndade e ge ne ro sidade tr aze ndo co nfor to , cr e s cime nt o e
        pro spe r idade .


        O bse r v ação o cide nt al: U m for t e aux ilio ance st r al pro po r cio na um fi m par a
        difi culdade s.




60 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Po ro k ipor ok i mo le hun’ so ,
K ek e k e mo le r’ er ù,
M o t a mo je r e ,
I di e ni li aiwo biot i l’ aro si.
I fá fo i co ns ult ado par a Te t er e g un
quando e le e st av a par a e nt re g ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un.
F o i pe dido a e le que sacr ifica sse
banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u as in str uçõ e s e re alizo u o sacr ifí cio
e le e ntr e go u a ág ua a Olo k un.
O lok un disse Vo cê , Tet e r eg un! de ag or a e m diant e , v o cê se mpr e e st ar á
e m co nfo r to . Vo cê nu nca se nt ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar e i a abe n ço a-lo .
C ant ig a de I fá: Tet e r eg un pr o spe ro u / e le e ntr e g o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un.




                                                                                                              112
60 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ek ik an-ilé - abar ag bar ado do g bar ado do
co ns ulto u I fá par a Enu -o na-ilé , A r in-k er e - kan’ bi.
F o i pe dido a e le que ofe r e ce sse sacr ifí cio
[de mane ir a] que e le nun ca t iv e s se falt a de pe sso as:
quat ro po mbo s e 3 200 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .




                                                                   113
Or ác ulo 61



Oyeku Gasa

         Es se O dù sug e r e co mpro mis so par a ev it ar pe r da to tal.


         O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù muit as ve ze s de no t a co nflit o na so cie dade ou
         no r e lacio name nto .


61 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I le -e wu -ab’ o ju sok ot o
co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Og er e - eg be .
F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m de mane ir a
a e v it ar pe sar e s e m s uas v idas.
O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s
e 8 000 búzio s.
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .




61 – 2 (Tr adu ção do v er so )


U m e le fant e mo rr e u na r o ça de O lije de , mas sua cal da fico u
na r o ça de O nit iy o . O s habit ante s da cidade de Onit iyo dis se r am que o e le fant e
pe rt e ncia a e le s. O s habit ant e s da cidade de O lije de dis se r am que o e le fant e per t e ncia
a e le s. O e le fant e que mo rr e u so br e as duas t er r as admin ist r adas sim bo liza a g uer r a.


                                                                                                      114
Ele s fo r am adv er t ido s a r e alizar e m sacr ifí cio , po is ir iam lut ar por alg u ma co isa. U m
ca br it o e 12 000 búzio s dev e r iam se r o fer e cido s e m sacr ifí c io . A pó s t rê s me se s, e le s
r e alizar am o sa cr ifí cio que hav iam ig no r ado . O e le fant e se de co mpô s. Èsù e nt ão
div idiu o mar fim e nt r e as duas par t e s e o s aco nse l ho u a de sist ir e m da g ue rr a.




Or ác ulo 62



Osa Yeku

        Es se Odù pe de sacr ifí cio par a asse g ur ar lo ng e v idade e par a ev it ar po ssí v e is
        t ur bulê nc ias.


        O bse r v ação o cide nt al: Pr o ce s so s judic iais o u se r v iço s duv ido so s co mb inam co m
        blo que io s e mo cio nai s cr iando sit uaçõ e s caót ica s.




62 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O say ek u co nsult o u I fá par a O nat oo ro .
O say ek u co nsult o u I fá par a O nag bo or o .
F o i pr e dito que o s dias de e st r ada da vida se r iam pr o lo ng ado s.
Lo go de v er ia o fer e ce r sa cr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 4 200 búzio s.
e le s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio .




62 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O say ek u: I sak u sa-I y ak uy a niim uniiy e ’k un
co ns ulto u I fá par a o g alho de uma ár v or e .
F o i pe dido que o fe r e ce s se sacr ifí cio par a asse g ur ar sua seg ur ança
no dia e m que um t or nado vie s se .




                                                                                                         115
F o i pe dido que o fe r e ce s se uma tart ar ug a, um po mbo e 2 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




Or ác ulo 63



Oyekubeka

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade do babalawo div idir se us sacr ifí cio s co m Es u e
        o utr o s. Sa cr ifí cio s g ar ant indo se g ur ança.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa dar mais ê nfa se e m s ua nat ur e za
        e spir it ual e me no s nas "co isa s" o u dinhe ir o .




63 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Gb ing bin e r ek e , A div inho do lado do cór r eg o , co nsult o u I fá par a
O ye k u e Ek a. Fo i pe dido que sa cr ificas se m dua s g alinha, milho e
3 200 búz io s.
O ye k u não r ealizo u o sacr ifí cio .
A hist or ia de I fá:
Tant o Oy e k u quant o Ek a fo r am e m uma per e gr inação div inató r ia.
Ek a te v e su ce sso ma s O ye k u não . Ek a di sse , “Vamo s par a ca sa”. A ssi m que e le s
e st av am re t or nando , e le s co nt r at ar am um bar que ir o . Oy ek u, o pr ime iro e m che g ar lá,
pe diu par a o bar que iro que aj udas se a e mpur r ar Ek a no rio . A pr ime ir a pe sso a pag o u
ao bar que ir o 2 000 búzio s. Q ue m or de no u Er inwo I fè fo s se jog ado na ág ua? A ág ua
nun ca lev ar ia u m car ang ue jo e mbo r a. Ele nadar ia par a se g ur ança. Oy e k u in st ig o u o
bar que ir o a de ix ar Ek a cair na ág ua. Edu n (ma caco ) fo i aque le que m r e sg at o u Ek a.




                                                                                                       116
63 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A de ro mo k un o Adv inho de I je sa.
A de bor i o A dv inho de Eg ba.
K ok o fako ko y er e - o-ba wo n-pin- er u -l’o g bo og ba- or un- niit ii-wa que é
o no me dado a Èsù- Òdàr à.
O ye k u e Ek a co nsult ar am I fá par a O wá, que ut ilizo u
cin co búzio s par a co ns ult ar e m no me das mulhe r e s infe cun das na casa. De v ido a
fr acas sar e m int er pr et ar cor r et ame nt e , O wa mat o u a ambo s na e ncr uzilhada.
K ok o fako ko y er e de s ce u do C é u par a o lo cal do aco nt e cime nt o .
e le pux o u uma fo lha e e sfr eg o u no s olho s e nas cabe ça s de le s. Ele cant o u:
Er ir ug ale - g be nde , g be nde o. Gbe nde . Er ir ug ale -g be nde . Ele s de spe rt ar am. E le o s
e s co lt o u at é O wa. Ele pr e s cr ev e u sacr ifí cio par a O wa e m 2 000. Ele s dis se r am, “o
pro pó sit o de sua co nsult a a I fá fo i a infe r t ilidade das mulhe r e s e m s ua casa. Vo cê
pr e fe r ir ia que e las fo s se m fé rt e is”.   Fo i pe dido que e le sacr ifi casse se não qui se sse
mo rr e r naque le me smo dia. O wá fe z o sa cr ifí cio . Ele s div idir am o mate r ial do
sa cr ifí cio e der am a Èsù sua pró pr ia par t e . Èsù dis se que e le não sab ia que e r a pôr isso
que o s babalawo e st iv er am so fr e ndo . Ele t o mo u s ua por ção , e e le dis se que e le fi car ia
part ic ular me nt e no cé u ze lando por e le s. M as e le s dev e r iam se par ar pr ime iro s ua
pró pr ia por ção de t o das as co isa s sa cr ificada s.
Ès ù fo i bo m par a o s ba balawo . De sde aque le dia, o s babalawo r e so lv er am r e par t ir se us
pr iv ilé g io s sa cr ificiai s co m Ès ù.




                                                                                                      117
Or ác ulo 64



Ika yeku

       Es se O dù o fer e ce       uma so lu ção par a e st e r ilidade mas culina       e pe de mais
       po sit iv idade na nat ure za do clie nt e .


       O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á acabando o u acabo u. Ele po de
       se r r e st abe le cido .




64 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A k usaba -I yanda, o A dv inho de O nime r i-apala, co nsult o u I fá par a Onime r i- apala
quando e le e st av a e st é r il e to das me no s uma de s uas 1 440 mulhe r e s o hav ia
abando nado .      F o i pe dido um sa cr ifí cio de de ze sse i s po mbo s, de ze s se is car amu jo s,
de ze s se is g alinhas e fo lhas de I fá ( co m 12 000 búzio s pr e ço do sabão , vá e t ambé m
co le t e as fo r mig as de A ladin e uma par t e do fo r mig ue iro ; pile j unto co m as fo lhas de
o luse saju, sa we re pe pe e o r iji; po nha sabão e m uma cabaça que t e nha uma t ampa; mat e
uma galinha e ve rt a se u sang ue ni sto , par a to mar banho ). I sso pe r mit ir á que to das s uas
mul he re s que o abando nar am re to r nar par a e le ,       co nt inue m fé rt e is e dê e m a luz a
cr iança s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . O r e mé dio de I fá cit ado acima
fo i pr e par ado par a e le banhar -se . Num inst ant e , a única m ulhe r que per mane ce u co m
e le e ngr av ido u e te v e um be bê . A que las que o hav iam de ix ado re to r nar am à casa de
O nime r i quando o uv ir am as bo as nov as. Elas t ambé m e ng r av idar am e t iv e r am filho s.




                                                                                                      118
64 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A r isa-iná, Ak ot a-g ir i-e jo co nsult o u I fá par a a co br a e par a um animal da flor e st a
e spe cial (aik a) quando as pe sso as o s r idicular izar am pe la falt a de cor ag e m de le s.
fo s se m de saf iado s par a um co mbat e , e le s fug iam par a ev it ar de sg r aça, in jur ias e mo rt e .
Se fo sse m ame açado s pe las pe sso as e pe la mor t e , e le s se e nco lhe r iam. er a assim que
e le s pro t eg iam a si me smo co nt r a at aque s e mo rt e . De v ido a e s sa co ndut a e le s e r am
de spr e zado s pe las pe sso as. De po is de alg um t e mpo , e le s co me çar am a se nt ir -se
insat i sfe it o s e muit o infe lize s co m a sit uação . e le s co nv idar am o s A dv inho s par a
co ns ult ar o or áculo par a e le s. O s A dv inho s dis se r am que se e le s de se jas se m se r e m
r e spe it ado s na v ida. de v er iam o fer e ce r sacr ifí cio s e r e ce be r o re mé dio de I fá. Ele s
pe rg unt ar a, “qual é o sacr ifí cio ?”. O s A dv inho s dis se r am que e le s dev e r iam o fe r e ce r
uma fle cha, uma faca, uma pe dr a de raio , u m galo , pime nt a- da-co st a, 2 400 búzio s e
r e mé dio de I fá (pulv er izar limalha de fer ro co m pime nt a-da- co st a que se r ia to mado
co m um ming au; a pe dr a de r aio aque c ida at é ficar ve r me lha, de v e se r co lo cada no
ming au, que dev e se r co be r to co m k ok o – fo lhas de inhame na caba ça; o re mé dio dev e
se r be bido pe lo clie nt e . A pe nas a co br a re alizo u o sacr ifí c io , por é m se m a fle cha. C er to
dia t ev e e la lut o u co m alg uma s pe s so as. U ma de las ag arr o u a co br a de mane ir a a
de rr uba -la co mo de co st ume . Èsù pe rg unt o u à co br a, “Po r que v o cê sacr ifi ca a fa ca?”.
Se alg ué m ia der r uba- lo o u to car sua calda, e le dev ia co nt inuar o at aque se us
as salt ante s co m a faca que e le sacr ifi co u. A co br a at aco u e nt ão . Q uando dua s das
pe s so as caír am ao so lo , o s de mais fug ir am. O animal da flo r e st a (aik a), apó s
pro lo ng ado so fr ime nto , fo i ao fim par a re alizar par te do sacr ifí cio pr e scr ito . Ele
o fe r e ce u um caco de lo uça e out r as co isas. Se u cor po fo i co be rt o co m e scama s dur as
que t or nar am impo ssí v e l às pe sso as infr ing ir alg um punime nt o a e le . Não hav ia
ne nh um pe r ig o par a aik a no passa do .




                                                                                                          119
Or ác ulo 65



Oyeku Batutu


         Es se Odù o fer e ce fug a de ca st igo po r más açõ e s mas in sist e no co mpor t ame nto
         mo r al no f ut uro .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a pr o ble mas le g ais, po ssiv e lme nt e co m o
         g ov er no .




65 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò r únmì là me pe r do ar á. O C le me nt e per do ar á. Se a ág ua mat a uma pe sso a, e la se r á
pe r do ada. Se um re i mat a uma pe s so a, e le se r á per do ado .
Ò r únmì là! que po ssa e u se r pe r do ado ne st e caso . Em to do s o s caso s, a chuv a (e e ji) fo i
pe r do ada pe la co munidade . Do is g alo s e 12 000 búzio s de v e m se r o fer e ci so e m
sa cr ifí cio . R e mé dio de I fá: pilar fo lhas de t ude e mist ur ar co m iy e -iro su de st e I fá.
Po nha a mist ur a e m do is búzio s, e mbr ulhe co m fio de alg o dão e ut ilize co mo co lar de
pro t e ção .


65 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, junt o co m I bar ajuba. I bar aj uba
co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov e m pr ov e nie nt e de Ok e -A pa. Ele fo i aco nse lhado a



                                                                                                       120
nun ca faze r aco r do s se cr e t o s co m r e lação a dinhe iro o u o utr o s assu nto s par a se mpr e .
C ada acor do mo ne t ár io dev e ser fe ito abe rt ame nt e e e m público . U m cabr it o , um rato ,
um pe ixe dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s dev e m se r sacr ifi cado s.




Or ác ulo 66



Oturupon yeku

        Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias e m s ua bu sca pô r dinhe iro .


        O bse r v ação o cide nt al: F ix ação po r ne gó cio s re sult am e m de sav e nça fami liar .




66 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ke be e be e , o A dv inho do mu ndo , co nsult o u par a o jo g o ay o e par a as cr ianças. e le s
fo r am aco nse lhado s a se mpr e jog ar e m o jog o ay o . Jo g ando co m as cr iança s a pe sso a
po de par t ilhar de s ua aleg r ia. F o i is so que fo i div inado po r I fá, a um ho me m rico que
e r a muit o infe liz.
O sacr ifí cio : U ma ca baça de inhame pilado , um po t e de so pa, vár io s it e ns de co me r ,
2 000 búz io s e se me nt e s de ay o e m sua s bande jas. C o nv ide v ar ias pe sso as par a uma
fe st a par a jo g ar ayo co m vo cê e m sua casa par a banir a t r ist e za e e v it ar a mor t e .




                                                                                                          121
Or ác ulo 67



Oyeku Batuye

        Es se O dù fala so br e r e mo ção de culpa e r e st aur ação da libe r dade de at iv idade s.


        O bse r v ação   o cide nt al:   Q ue st õ e s   le g ais   são    r e so lv idas   e   suce d idas   po r
        div er t ime nt o so cial.


67 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ro pot o co nsult o u I fá par a Sor ang un.
e le fo i o rie nt ado a fazer sa cr ifí cio de mane ir a a se r ex o ner ado .
O sacr ifí cio : do is galo s, r at o s ig bé g bé , 2 600 búzio s e re mé dio de I fá (e mbr ul he um rato
ig bé g bé co m o ito fo lhas de g bég bé e e nt er r e na flor e st a).




67 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I y an-bi- at ung un, O be -bi- at un se , O ke le g bo ng bo -di-at unb u-baale
co ns ulto u I fá par a O ni- alak an- e sur u,
Q ue se r ia afor t unado e m Te r duas e spo sas um dia.
fo i pe dido que e le sa cr ificas se dua s g alinhas e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




                                                                                                              122
Or ác ulo 68



Òtúrá-àikú

        Es se Odù no s pr e v ine co nt r a a te nt ação de e ntr ar e m um re lacio name nt o
        de st r ut iv o .


        O bse r v ação      o cide nt al:   A par e nt e me nt e   opor t unidade s   at r at iv as   dev e m   se r
        e v it adas.




68 – 1 (Tr adu ção do v er so )


F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Òt ú um bar que iro . Fo i pr e dito que uma mulhe r , j unt o co m
se u s pas sag e ir o s, v ir ia a bo r do . A mu lhe r er a muit o bo nit a e e le qui s de spo sa -la. Se e le
fize sse uma pro po st a a e le , e st a a ace it ar ia. A mulhe r se chamav a Oy e . Ele de ve r ia
e x e cut ar sacr ifí cio t ão de pr e ssa quanto po ssí v e l par a impe dir Èsù de in st ig a- lo a falar
à mul he r que po de r ia cau sar a mor t e de le . O sacr ifí cio : De ndê à v ont ade , 2 400 búzio s
e r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de oluse saj u e e so na ág ua e mist ur a-las co m sabão
par a ban har -se ). Ò t ú se re c uso u a sa cr ificar . e le acr e dito u que se us sa cr ifí cio s pr é v io s
fo r am ace it o s. Ele não pô de faze r se m casar co m uma mulhe r bo nit a.




                                                                                                                123
Or ác ulo 69



Oyeku-Irete

        Est e o dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á o u ficar á do e nt e .




69 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A fin juy e le , Ok unr un- ko je k e wafuy i, e A wo wo nsa n, o Adv inho da casa de K use r u,
fo r am o s tr ê s A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K use r u. O s A dv inho s dis se r am que
e m sua ca sa hav ia um jov e m que e st ev e fr aco . Ele fo i at acado por uma doe n ça que fe z
s uas mão s, per nas, olho s e nar iz inc hasse m. F oi pe dido a K use r u que ofe r e ce sse um
sa cr ifí cio por que I fá pr e disse que aque le r apaz ir ia se re st abe le ce r .
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r e mé dio de I fá (ág ua de chuv a e m casca de
uma árv or e ay e , fo lha de       asunr un, um po uco de sal e alg uma s pime nt as ve r me lhas
pe que na s; co zinhe e m uma pane la e u se o re mé dio co mo banho e t ambé m par a be be r ).




                                                                                                    124
Or ác ulo 70



Irete’yeku

        Es se O dù pe de pôr ini ciação e r ig or o so co mpor t ame nto mo r al.


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   pro v av e lme nt e   co mpo rt o u-se   de   mane ir a
        aut o me dit at iv a que ago r a ame aça de st r uir se u ne g ó cio .




70 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O rif usi, o pai de Elu, disse que e le e st av a pr o cur ando um me io par a pr e v e nir que a
mo rt e le v asse e le , se u s fil ho s e sua e spo sa de sur pr e sa, ao paço que e le s e st av am se
t or nando famo so s e r e no mado s. M ujimu wa o A dv inho de O pake r e , Bo nr o ny in o
A dv inho do Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o
A dv inho de Ilu jumo k e , K uy inmi nu o A dv inho da palme ir a, co ns ult ar am I fá par a
O rif usi e Per e g un, ambo s que r e ndo e s capar da mor t e . O s A dv inho s di sse r am: Se vo cê
de se ja e scapar da mo rt e de v e o fer e ce r sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio co nsi st e de
de z po mbo s, de z galinha s, 20 000 búzio s e aze it e - de -de ndê e m g rande quant idade ao
lado de Èsù.
I fá ir á se mpr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê .
A lé m disso , vo cê re alizar á o sa cr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito de sfaze r o
be m co mo nunca t e nha fe it o ant e s. Se r ia inút il se apó s vo cê Ter re alizado o s sa cr ifí cio s




                                                                                                            125
r e duzis se s ua be ne vo lê ncia; v o cê mo rr er ia. Vo cê dev e peg ar o s po mbo s e as galinha s, e
so lt a-lo s e se abst e nha do s mat a-lo s, mas lhe s dê co mida se mpr e que e le s v o lt ar e m à
s ua casa. Co me ça ndo po r ho je , v o cê de v e se abst e r de mat ar qualq uer co isa, po is
qualq uer um que não de se ja se r lev ado pe la mor t e , não de v e le v ar a mo rt e a ning ué m,
co m ex ce ção das co br as v e ne no sa s. Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o sacr ifí cio .
A cant ig a de I fá:
M or te , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Doe n ça, não lev e minha
ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu não
pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m Ak e , me apie de i e
o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m
O ko , me apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. Lit ig io , não le v e minha ca sa à
r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu e nco nt r e i dua s pe sso as br ig ando ; me apie de i e o s
aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Misé r ia, não le v e minha ca sa à r uí na. Eu nun ca fu i
pr eg ui ço so . Èsù- Ò dàr à não co me pime nt a. Èsù -Ò dàr à não co me adin. Eu de i aze it e -de -
de ndê par a o mo le st ador da huma nidade . Eu não pr at ique i o mal. Pr e juí zo , não lev e
minha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar e i.




                                                                                                            126
Or ác ulo 71



Oyeku-Ise

        Es se O dù e x plica a ne ce ssid ade da mor t e co mo par t e da or de m nat ur al.


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   e st á   re lut ant e   em   ace it ar   o   fim   de   um
        r e lacio name nt o ou so cie da de .




71 – 1 (Tr adu ção do v er so )


K ’ amat e t ek u, o A dv inho da casa da aleg r ia,
A it et e k u-ise o A dv inho da casa da tr ist e za,
Bi- ik u -ba- de -k a-y in-O luwa- log o , o A dv inho de Ig boy a e wa A lo g bo n-o n-mak u- ninu,
M asimale ninme y e niy i, Adv inho de A finj u-mak u- mase - baje O y ek e se niy i, co ns ulto u I fá
par a o s sábio s que co nv idar am o s babalawo a co nsi der ar e m so br e o s pr o ble mas da
M or te per g unt ando : Po r que a mo rt e dev e mat ar as pe s so as e ning ué m alg uma ve z a
s upe ro u? O s babala wo dis se r am: I fá indico u que A muniway é cr io u a mor t e par a o be m
da hu manidade . A ág ua que não flui se t rans for ma e m açude — um açude co m ág ua
po luí da; um açude co m ág ua que po de cau sar do e nças. A ág ua carr e g a as pe s so as
fa cilme nt e e ág ua o s dev o lve facil me nt e . Q ue o do e nt e r et or ne à casa par a cur a e
r e no v ação do cor po , e o mau par a re no v ação do car át er . O lo u co se pr eo cu po u co m sua
famí lia. O s babalawo pe rg unt ar am: O que é de sagr adáv e l so br e isto ? O s sábio s se




                                                                                                                 127
c urv ar am par a I fá dize ndo : Ò r únmì là! I bo r u, I bo y e , I bo sise . To do s e le s se dispe r sar am
e nunca mai s co nside r ar am mais a mor t e co mo um pr o ble ma. Òr ì sà-nla é aque le
cha mado A muniway é .




Or ác ulo 72



Ose-Yeku

        Es se O dù o fer e ce pr o spe r idade e po pular idade .


        O bse r v ação o cide nt al: O dia- a-dia na v ida do clie nt e e st á fluindo .


72 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A jise g ir i, A nik anse k o sun wo n co n sult o u I fá par a O se , que pe diu par a e le sacr ificar de
mane ir a a t or nar -se po pular e não po br e .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car :
U ma ca baça co m aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e re mé dio
de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er io r do ar idan); mi st ur ar o
co mpo st o co m sabão - da-co st a; co lo que um ping o de de ndê e de ò rí na base do sabão na
ca baça). O r e mé dio dev e se r ut ilizado par a ban har -se .
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                            128
Or ác ulo 73



Oyeku’fuu

        Es se O dù pr ev ine de uma e nfe r midade imine nt e e o fe re ce pr o te ção co nt r a e la.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um o bst áculo ine spe r ado no dia-a-dia
        no s ne g ó cio s.




73 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A dur og ang an o Adv inho do bor dão ,
A y eg ir idanu o A dv inho da pr ate le ir a.
A mbo s co nsult ar am I fá par a A bar ile - o sise -o sabo ,
que nunca ado e ce u.
Ele fo i pr ev e nido so br e um do e nça que e st av a po r vir ,
uma doe n ça impr ev ist a que o de ix ar ia ale ijado .
Ele pe rg unt o u, “Q ual é o sacr ifí cio ?”
F o i dit o : um car amu jo , um pe ix e , aze it e -de -de ndê , 20 000 b úzio s e r e mé dio de I fá.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
A do e nça o cor r e u por é m não de mane ir a se v er a. Ele se re cupe r o u.




                                                                                                          129
Or ác ulo 74



Ofun’yeku

        Es se O dù asse g ur a lo ng ev idade , r e spe ito e bo ns re lacio name nt o s co m o s
        sa cr ifí cio s e co mpo rt ame nt o s apro pr iado s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de ag uar dar um pe r ío do de calma e de
        r e alização .




74 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O A dv inho de A moo se mat e , A mul udun I simibak ale co ns ulto u I fá par a
I simi bak ale ,   A nimasa wu,    A fo joo j umo     f unnini jije mi mu,   O re o nile ,   O re - ale jo ,   Eni-
ale jik an- ko -g bo dok i. Ele dis se : Se vo cê e st á co m fo me , v e nha e co ma; se vo cê e st á co m
se de , ve nha e be ba.
A pó s r e alizar o sacr ifí cio , e le fo i o rie nt ado par a que te nt asse ev it ar as pe sso as
part indo par a a ro ça e v iajando r ar ame nt e . Ele de v e ser se m pre bo m co m o s po br e s. Ele
o uv iu as palav r as e r ealizo u o sacr ifí cio .




                                                                                                                130
Or ác ulo 75



Iwori wo’di

        Est e O dù de t er mina o co nce it o de r e nascime nt o e imor t alidade e m I fá.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa de filho s par a e nco ntr ar e quilí br io
        e spir it ual.




75 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Não ex ist e u ma só mulhe r g ráv ida que não que ir a dar a luz a um sa ce r do t e de I fá. Não
e x ist e uma só gr áv ida que não que ir a dar a luz a Ò r únmì là. No s so pai, se e le de u- no s o
nas cime nt o , ine v it av e lme nt e ao se u te mpo nó s e m tr o ca dar e mo s nas cime nt o a e le .
No ssa mãe , se e la de u- no s o nasci me nto , ine v it av e lme nt e ao se u t e mpo nó s e m tr o ca
dar e mo s nascime nt o a e la. O or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a Ò rúnmì là, que afir mo u
que e le de v er ia t r aze r o s cé u s par a a te rr a, que e le de v er ia le v ar a t er r a de vo lt a ao s
cé u s. A fim de cumpr ir co m sua mi ssão , fo i pe dido a e le que o fe re ce sse t udo e m par e s,
um macho e uma fê me a — um car ne ir o e uma o ve lha, um ca br it o e uma ca br it a, um
g alo e u ma g alinha e assi m por diant e . Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o
sa cr ifí cio . A ssim a te rr a t or no u-se fér t il se mult iplico u g r ande me nt e .




                                                                                                            131
Or ác ulo 76



Idi’wori

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv e r no s so int e le cto e pr ev ine co ntr a
        as so ciaçõ e s co m malfe it or e s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ig nor ando o s riv ais po t e nciais e m ne gó cio s
        o u e m uma re lação .




76 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì dí awo e jur i, Ì dí awo e jumo , O k unk un de ’ nimo le -bi- or u,
o A dv inho da ca sa de Edu.
I fá e st á faze ndo alg o alé m do int e le ct o humano ?
É ne ce ssár io re alizar sacr ifí cio de mane ir a a não se r
r e leg ado a uma po si ção de me nor impo rt ância.
sa cr ifí cio : quatr o po mbo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá
(fo lha s de o mo e awun pilada s ju nt as; mist ur ar co m sabão )
Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .




76 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                         132
Se nó s te mo s sabe dor ia e fal hamo s e m apli ca-la,
no s t or namo s ig nor ant e s.
Se nó s te mo s po de r e falhamo s e m aplica- lo ,
no s t or namo s indo le nt e s.
I fá fo i co ns ult ado par a as pe sso as do su bmundo
que não e st ão asso ciando co m o s ho me ns sá bio s e t rabalhado r e s.
I fá adv er t e , vo cê não e st á se r e lacio nando co m pe sso as de bo m car áte r .
.I st o fr e qüe nt e me nt e t rás má sor t e par a a pe s so a.
O sacr ifí cio : dua s g alinhas e 4 400 búzio s.
Or ác ulo 77



Iwori’rosu

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de paciê n cia par a o bt e r so luçõ e s e alca nçar
        o bje t ivo s.


        O bse r v ação o cide nt al: Ge r alme nt e o clie nt e e st á "e ncalhado ", in capaz de se g uir
        e m fr e nt e na v ida.


77 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Bi o ju mo -banmo - ak o niiy’ o g ber ibi -o jo -ano co nsult o u I fá
par a Ko mo , que e st av a pe nsando e m co mo faze r alg o o nt e m.
Ele me dit o u e dor miu. No dia se g uint e e le ainda não sabia o que faze r .
Par a r e so lv e r o pro ble ma, vo cê de v e po nde r ar dia-a-dia, se po ssí v e l, mê s- a-mê s,
at é que finalme nt e saiba o que faze r .
O sacr ifí cio : quat ro g alo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (co lo que quat ro car amu jo s e m
ág ua fr ia par a be be r ).
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .
e le as se g ur o u que suas idé ias se mpr e v ir iam à sua cabe ça).




77 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                       133
I fá pr ev iu que e la se t or nar ia mãe .
Eu co mpr ar ia um po u co de sândalo (o sù 2 ) par a e sfr eg ar e m me u be bê .
U ma mãe não pô de ajudar co mpr ando sândalo por t er c uidado co m o cor po de se u
be bê ?
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là,
que disse que sua e spo sa e ngr av idar ia e t er ia um be bê .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, o sù e 4 400 búzio s.
Dê a ar vo r e o sù par a mante r a e spe r ança que e la a usar á par a pas sar no be bê .
Or ác ulo 78



Irosu wori

          Es se O dù fala so br e não e x ist ir pr azer , paz o u g anho ge nuí no pro v e nie nt e de
          más açõ e s. Di ficu ldade s e m udança s são part e do cr e scime nt o e co nhe ci me nto .


          O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa co nce nt r ar - se no s o bje t ivo s e de se jo s de
          lo ngo pr azo do que nas sat isfa çõ e s de cur t o pr azo .


78 – 1 (Tr adu ção do v er so )


F açamo s as co isas co m ale gr ia. A quilo que de se ja que se vá, ir á. A quilo que de se ja que
r et or ne , re t or nar á. De fi nit iv ame nt e o s se r e s humano s t e m e sco lhido t raze r bo a sor t e ao
mu ndo . O nisciê ncia o A dv inho de Ò r únmì là, co nsult o u I fá par a Ò r únmì là, que dis se
que o s ser e s huma no s vir iam e far iam uma per g unt a a e le . Ele fo i aco nse l hado a
o fe r e cer um sacr ifí cio de pe ix e s e de 2 000 g r ão s de far inha de milho (ag idi). Ò r únmì là
se g uiu a or ie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
C e rt o dia to do tipo de pe sso as, incl uindo ladrõ e s e o utr o malfe it or e s, se r e unir am e
fo r am te r co m Ò r únmì là par a r e clamar e m que e le s e st av am “cansado s de dar e m
ca be çadas pe la te rr a; Ò r únmì là! Pe r mit a-no s r e fug iar mo s no s C é us”.
Ò r únmì là di sse que não po dia e v it ar que de sse m cabe çada s pe la t er r a at é que e le s
co nqui st asse m a bo a po si ção que O dudua or de no u par a cada indiv í duo ; só e nt ão
po der iam e le s r e sidir e m no s cé u s. Ele s per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”. Òr únmì là


2
    osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea.



                                                                                                               134
pe diu a e le s que co nfe ssa sse m sua ig nor ê ncia. Ele s dis se r am, “nó s so mo s ig nor ant e s e
g o st ar í amo s de o bt e r co nhe cime nt o de O lo dun mar e ”.
Ò r únmì là disse : A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhe c ime nt o
co mple t o de to das as co isas, ale gr ia e m to do s lug ar e s, vida se m ansie dade o u me do de
inimig o s, at aque de se r pe nt e s o u o ut ro s animai s per igo so s. Se m me do da mo rt e ,
do e nça, lit í g io , pe r das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acide nt e s co m ág ua o u fo go ,
se m o me do da mi sé r ia o u po br e za, de v ido ao se u po de r int er no , bo m car át er e
sa be dor ia. Q uando vo cê se abst é m de r o ubar po r causa do so fr ime nt o pe lo qual o do no
pas sa e a de so nr a co m e st e co mpor t ame nto é t rat ado na pr e se n ça de O dudua e out ro s
e spí r ito s bo ns no cé u que são se mpr e amig áv e is e fr e qüe nt e me nt e no s de se jam o be m.
Est as fo r ças po de m r et o r nar so br e v o cê s e pe r mit ir co m que r et or ne m à e scur idão do
mu ndo . Te nham e m me nt e que v o cê s não re ce be m ne nhum favo r e t udo que é r o ubado
se r á re e mbo lsado . To do s ato s malig no s te m sua s re pe r cusõ e s. I ndiv idualme nt e o que
se r á   ne ce ssár io   par a   alcançar   a   bo a   po si ção   é:   sabe do r ia   que   po de   g ov er nar
ade quadame nt e o mundo co mo um t o do ; sacr ifique o u cult iv e o hábit o de faze r co isa s
bo as par a o s po br e s o u par a àq ue le s que ne ce ssit am de sua ajuda; um de se jo de
alme nt ar a pr o spe r idade do mundo maio r do que de st r ui- lo .
A s pe s so as co nt inuar ão a ir ao s cé u s e v ir par a a te rr a apó s a mo rt e at é que t odo s
alcan ce m a bo a po sição . Há uma g rande quant idade de co isa s bo as no par aiso que
ainda não e st ão dis po nív e is na te rr a e se r ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s o s
filho s de O dudua e st iv er e m r e unido s, aque le s se le c io nado s par a t r ansfe r ir as bo as
co isa s par a o mu ndo se r ão cha mado s de è niy àn o u se r e s huma no s.




78 – 2 (Tr adu ção do v er so )


U ma v ida de do çur a se m amar g ur a é massant e . Q ualque r um que não te nha
e spe r ime nt ado pr iv ação nun ca apr e ciar á a pr o spe r idade .
Est as fo r am as palav r as de I fá ao s faze nde ir o s, que dis se r am que se to das as e st açõ e s
fo s se e st açõ e s de chuv a, o mundo ser ia agr adáv e l. Di sse r am e le s que o fe r e cer iam
as cr ifí cio e clamar iam a Bar a Ag bo nnir e g um por aux í lio .
Ò r únmì là di sse que e le s de v er iam r e alizar sacr ifí cio de av ido à lo ucur a de le s e que o
mu ndo per mane ce r ia inalt e r ado co mo o rde nado por O ò dua: a e st ação chuv o sa e a
e st ação se ca.




                                                                                                            135
O sacr ifí cio : quat ro ca br as, 8 00 0 búzio s e assim por diant e . Ele s se re cu sar am a
sa cr ificar .
Ò r únmì là fe z co m que chov e s se pe sado dur ant e o ano int e r io se m ne nhu ma luz d o so l.
A s pe s so as ado e ce r am e vár ias mo rr e r am aque le ano ; as co lhe it as não v ing ar am. Ele
fo r am de vo lt a a Òr únmì là par a se de s culpar e m e r e alizar o sacr ifí cio . Ò r únmì là dis se
que o mat er ial de sacr ifí cio for am do br ado s. O sacr ifí cio t or no u -se o it o ca br as e 16 000
búz io s.




Or ác ulo 79



Iwori’wonrin

         Es se O dù fala de pr ot e ção co ntr a de sa str e s nat ur ais e re cupe r ação de qualq ue r
         co isa que se t e nha pe r dido .


         O bse r v ação o cide nt al: U m v e lho re lacio name nt o po de ser r e ace ndido .




79 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O lug be mir o , o A dv inho de O k e -I lè ,
Emi bajo , o Adv inho de O ju- omi.
I fá v oi co n sult ado par a Jo wo ro ,
que e st a indo e m uma v iag e m.
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car
camar õ e s, uma ov e lha e 4 000 búzio s.
Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio .
O s A dv inho s dis ser am que Jo wor o nun ca se r ia mor to pe la ág ua; e le se m pre nadar á e
se mpr e fl ut uar á.




                                                                                                      136
79 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I wor i’ wo nr in
fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè
quando pr o cur av am po r ce rt a pe s so a.
Ele s e st av am se g ur o s de si que e le s so rr ir iam no final,
po is a pe s so a se r ia e nco ntr ada.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s.
Ele s re alizar am o sacr ifí cio .




Or ác ulo 80



Owonrin’wori

         Es se Odù fala de tr abalho ár duo co mo o re mé dio que c ur a a po br e za. Ele
         t ambé m o fe r e ce r e mé dio s par a e nfer midade s e mo cio nais.


         O bse r v ação o cide nt al: F re que nt e me nt e o clie nt e é pr e g uiço so co mo r e sult ado da
         inquie t ação e spir it ual.




80 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I nhame s er am car o s, de ndê er a car o , milho e o ut r as co midas er am car o s.
F o i re alizado um jo g o div inat ór io par a I wo r i,
F o i obse r v ado que to do s o s it e ns e r am caro s.
Lhe fo i r e co me ndado que o fe re ce sse sacr ifí c io de for ma que o s it e ns se to rnas se m
ace ssí v e is.
O sacr ifí cio : 2 000 e nx adas, 2 000 fo ice s, r at o s, pe ix e s e 12 000 b úzio s.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
O babala wo disse que to do s o s ho me ns dev er iam peg ar sua s e nx adas e fo ice s e ir
t rabalhar na ro ça de fo r ma que o s it e ns se to rnas se m ace ssí v e is.
A pe nas tr abalho ár duo po de mo der ar a indig ê ncia.


                                                                                                          137
80 – 2 (Tr adu ção do v er so )


We r e -nse - e ley ak a’ de -wo nnr er in
co ns ulto u I fá par a O juo g be bik an,
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car par a pr ot e g er sua e spo sa co ntr a lo uc ur a o u se e la já fo s se
lo uca, re cupe r ar sua sanidade .
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, 8 000 b úzio s e r e mé dio de I fá.




Or ác ulo 81



Iwori’bara

        Es se O dù insi st e na bo a co ndut a e o fer e ce so luçõ e s par a a e duca ção de cr ianças
        co nfiáv e is.


        O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e dev e r ia se r que stõ e s pr át icas.




81 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I wor ibar abar a, I wor ibar abar a.
co ns ulto u I fá par a o s ladr õ e s e par a o s me nt ir o so s.
e le s for am aco nse l hasdo s a re alize r sacr ifí cio e abr ir mão
de mal co mpor t ame nto de mane ir a a e v it ar te rr ív e is pr o ble mas.
O sacr ifí cio : u ma por ção de o bì , de ndê , 44 000 búzio s, po m bo s, e assi m por diant e .
O s o bì e o s búzio s dev e r iam se r do ado s.
Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio .




81 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                           138
I ná-k uf’ e e r ub’ o jú, Og be de k uf’ o mo r er o ’ po
co ns ulto u I fá par a A bo wo aba, o filho de A fe so say e .
F o i pr e dito que e le viv er ia por muit o t e mpo e se r ia
capaz de co nt ar hist ór ias so br e sua famí lia.
M as de ma ne ir a a t er filho s re spo nsáv e is. dev e r ia sacr ifi car se is po mbo s, 12 000 búzio s
e r e mé dio de I fá.
Ele o uv iu as po alavr as e re alizo u o sacr ifí cio .




Or ác ulo 82



Obara’wori

         Es se O dù e st abe le ce o co nce it o de dinhe ir o co mo se ndo impor t ant e , mas nun ca
         t ão impo r t ant e quant o a sabe do r ia, co nhe cime nt o , saúde e bo m car át e r .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a pôr mai s ê nfase no de se nvo lv ime nto
         e spir it ual e e quilí br io e mo cio nal.




82 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia e m que as pe sso as do
mu ndo de clar ar am que o dinhe ir o é a co isa mai s impo rt ant e no mundo . e le ir iam
de si st ir de t udo e co nt inuar iam cor re ndo at r ás do dinhe ir o . Ò rúnmì là dis se : Suas
idé ias ace r ca do dinhe iro e st ão cor r et as e não e st ão . I fá é o que nó s dev e mo s ho nr ar .
Nó s dev e r í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Dinhe ir o e x aut a uma pe s so a; dinhe ir o
po de co rr o mpe r o car at er da pe s so a. Se alg ué m muit o apr e ço pe lo dinhe ir o , se u car at e r
se r á co nrr o mpido . Bo m car át e r é a e ssê cia da be le za. Te m dinhe iro não que r dizer que
a pe s so a e st á ise nt a de ficar ce g a, lo uca, ale ija da o u do e nt e . Vo cê s po de m se r
infe ct ado s por e nfe r midade s. Vo cê s de v er iam ir e aume nt ar vo ssa sabe do r ia, re aju st ar




                                                                                                        139
v o sso s pe nsa me nto s. C ult iv ar o bo m car at er , adquir ir sabe do r ia, re alizr sacr ifí cio de
mane ir a que v o cê s po ssa m e st ar t r anquilo s. Ele pe rg unt ar am, “qual é o sacr ifí cio ?”. O
sa cr ifí cio inclue rat o s, pe ix e s, cabr ito s, uma ca baça de far inha de milho (e wo ;
co r nme al), uma caba ça de e k ur u e 20 000 búzio s. e le s se re cu sar am a sacr ifi car . Ele s
ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e o utr o s pr at icant e s da me dicina tr adicio nal.
A pó s alg uns mo me nt o se le s co me çar am a pas sar mal. Ele s e st av am do e nt e s e tr ist e s e
não tiv er a m ning ué m par a cuidar de le s. Ele s for am mor r e ndo a cada dia. Ele s se
de fr o nt ar am co m pr o ble mas fí sico s e não pude r am pe dir aux í lio ao s babalawo e par a
o s o ut ro s. Q uando não pude r am ma si supo rt ar a aflição , for am se de scul par co m o s
baba lawo . De sde aque le dia, o s babala wo te m sido se mpr e tr at ado s co m ho nr a no
mu ndo .




Or ác ulo 83



Iwori-Okanran

        Es se Odù e st abe le ce a ne ce ssi dade de pr iv acidade e ntr e o babala wo e o clie nt e .
        I sso ê nfat isa a impor t ância de plane jame nt o pr é v io .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e muit as ve ze s não é sin ce ro co m o babala wo .


83 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A r imasako k a-I wo g be o A dv inho de Òr únmì là,
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car par a e v it ar se me t er e m pr o ble mas co m as pe sso as que
v e m a e le se co ns ult ar . C o nv e r sa de s cuidada no r malme nt e mat a uma pe sso a ig no r ant e .
Não há nada que um babala wo não po s sa v er .
Não há nada que um babala wo não po s sa sabe r .
U m baba lawo não po de se r t ag ar e la.
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, uma cabr a e 3 200 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                         140
83 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O be le wo be le wo , se uma ca br a do r misse e la ex aminar ia o so lo ,
co ns ulto u I fá par a M ak anju- huwa Ir in-g be r e -o la.
F o i pr e dito que o que e le e st av a plane jando ini ciar não cr iar ia dific uldade par a e le se
e le e x e cut asse sacr ifí cio .
O sa cr ifí cio : u ma cabr a, uma g alinha, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá ( co lo que quat ro
car amu jo s e m ág ua limpa par a o clie nt e be be r e dig a a e le que se us pe nsame nt o s
se mpr e v ir ão à cabe ça).
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




Or ác ulo 84



Okanran-Iwori

         Es se Odù av isa o clie nt e par a div idir se us pro ble ma s co m o s o ut ro s. Tam bé m
         fala de um v isit ant e imine nt e .


         O bse r v ação     o cide nt al:   M e do s   e   uma   incapa cidade       de   div idi- lo s   e st ão
         blo que ando o camin ho do clie nt e .




84 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Bi a dak e t ’ar a e ni a bani dak e . Bi a k o wi t ’e nu e ni f’ Ay e g bo a kiin’ ag bor and un
co ns ulto u I fá par a o lag ar to e par a t o do s o s de mais ré pt e is. Ele [o lag ar to ] que não
e x pr e s sar ia se u s pr o ble mas a ning ué m. Ele bat e u co m a ca be ça co ntr a a palme ir a e
co nt r a a par e de . F oi dit o e nt ão que ning ué m simpat izar ia co m e le .
O sacr ifí cio : u m cabr it o , um g alo , um po mbo e 8 000 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




                                                                                                             141
84 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A y unbo li- o wo -ny un -e nu co n sult o u I fá Mo y e bo .
M oy e bo fo i e m uma viag e m e não co nse g uiu v o lt ar a te mpo .
S ua mãe e st av a e spe r ando po r e le . Se u pai e st av a e spe r ando po r e le .
F o i dit o que M oy e bo re to r nar ia se e le s fize s se m sacr ifí cio :
uma galinha, um po mbo , uma lago st a e 12 000 búzio s.
Ele s o uv ir am as palav r as e re alizar am o sacr ifí cio .




Or ác ulo 85



Iwori-Eguntan

         Es se O dù fala so br e ação ade quada co mo se ndo impor t ante par a uma mudança
         po sit iv a na sor t e .


         O bse r v ação o cide nt al: A incapaci bilidade do cle nt e e m "pux ar o gat ilho " e st á
         ca usando pe r da da dir e ção .


85 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O g un t án, ot è tán, Eni-nbam iija- o -siwo - ija
co ns ulto u I fá par a O lúlat e ja A bat ase k er e k er e g b’o k o .
F o i pr e v isto que o de safo rt una do se to r nar ia afo rt unado .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um pe daço de te cido br anco e 80 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .


85 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I wo wo t ir iwo co ns ulto u I fá par a O lo ba, cu jo dia de anive r sár io fo i a cinco dias.




                                                                                                   142
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car de z rato s, de z pe ix e s e 2 000 búzio s de mane ir a a t er
t e mpo par a ce le br ar se u fe st iv al. Olo ba se r e cu so u a sacr ifi car . Ele de cidiu ir
r apidame nt e à flor e st a e mat ar o s rato s re que r ido s.
Q uando O lo ba ade nt ro u à flor e st a, Ès ù o bstr ui u sua v isão e e le não pô de e nco ntr ar o
cam inho de r et o r no par a casa. No dia ant er ior ao fe st iv al, se us filho s v ier am re alizar
o sacr ifí cio . na manhã do dia do fe st iv al, e le s se r e unir am e mar char am par a par a a
flo r e st a I male Olo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de O lo ba. A cida de
int e ir a o uv iu a cant ig a e junt ar am-se à pr o cis são e m dire ção à flo r e st a. F o i quando Èsù
r e mov e u a e s cur idão do s olho s de Olo ba. Ele e nt ão po de se g uir o so m da cant ig a at é
che g ar na flo re st a I male .




Or ác ulo 86



Ògúndá’wòrì

        Es se Odù fala de e nfer midade s e mo cio nai s e me nt ais cau sadas por e spí r it o s
        malig no s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de limpe za e spir it ual.




86 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O lo uco e st á se g ur ando uma faca, uma fo ice , pr ag ue jando e
pe r se g uindo as pe s so as.
Nó s não g o st amo s da lo u cur a. Òg ún e st á lo uco .
O que po de mo s nó s faze r por Ò g ún?
Vamo s à casa de Òr únmì là e pe rg unt ar .
Q uando che g amo s `a casa de Òr únmì là, Ò r únmì là co nsult o u
o Or áculo de I fá e dis se Ò g úndá Wòr ì .
Ò r únmì là di sse : Òg úndá Wòr ì ! e st a é uma v ibr ação ne g at iv a. U ma vibr ação neg at iv a
nun ca po de t er a chan ce arr ancar a fr ut a de Ir ók ò . O m undo é re ple to de v ibr açõ e s




                                                                                                       143
ne g at iv as, um t ipo de v ibr ação ne g at iv a. Nada é me lhor do que se r mais fo rt e que t o da
v ibr ação neg at iv a. Dev e mo s nó s se r tão for t e s quant o Òg ún e t ão sá bio s quant o I fá.
I fá diz: Tr ag a o lo uco par a se r tr at ado , po is se r á cur ado .
O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.




Or ác ulo 87



Iwori-Osa

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se t er r e spo nsabil idade pe las no s sas at iv idade s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m o co nhe cime nt o o u habilidade de re so lve r
        se u pro ble ma mas se re cu sa a v er o u a ut ilizar isso .




87 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Eni a Sa, O la a Sa
co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa )
que fug iu par a a flor e st a de v ido à s ua má co nd ut a.
F o i de cidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada
se r ia e la pr e sa le v ada de vo lt a par a casa.
Ela fo i aco n se lhada a sa cr ificar de mane ir a que se r pr e sa e
le v ada de vo lt a par a ca sa.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por é m não fe z o sa cr ifí cio .




                                                                                                         144
87 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A t ik ar e se t e o adv inho do C é u,
co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo
quando as pe sso as cor r er am at é O lo dunmar e pe dir co nse lho
so br e v ár io s pro ble ma s, cho r ando , “Papai, Papai, e u v im. Salv e -me po r favo r ”.
Ele dis se , “qual o pro ble ma?”
“A que le s que Eu de i po de r não u sam o po der . A que le s que Eu de i sa be dor ia não usam
s ua sabe do r ia int er na que Eu lhe de i”.
O sacr ifí cio : Te cido pr e to , o ve lha pr e t a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio .
F o i assum ido que se uma cr iança não v ê se u pai, e la se de fe nde r á po r si só .




                                                                                                  145
Or ác ulo 88



Osa’wòrì

        Es se O dù fala de bo a so r te e x ce pcio nal. E també m e x plica a po sição sag r ada do
        I g ún e m I fá.


        O se rv ação o cide nt al: O clie nt e ir á e nco nt r ar s uce s so mat er ial atr av é s de ação
        e spir it ual.




88 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Te mig b usi, o A dv inho de A je t unmo bi, pr e dice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a
A je t unmo bi. Dinhe ir o , vir ia par a s ua casa.
So rr indo , e le o lho u par a o babalawo e dis se , “Vo cê não sabe que é por isso que t e nho
me e s for çado ?. Fo i pe dido que e le sacr ifí cio par a o bt er a co mple t a fe licida de : uma
o ve lha, po mbo s, banana mad ur a e 4 400 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o
sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que e le o fe re ce u e fo i pe dido que e le as
co me ce . Fo i-lhe re co me ndado a co me r bananas fr e que nte me nt e .




                                                                                                      146
88 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O sa woo , I wor i woo co nsult o u I fá par a o ab utr e . O mundo int e iro ve io e sper ando par a
co me r I g ún. O ho me m sá bio fo i e nv iado ao C é u par a que st io nar , Ig ún fo i aco nse l hado
a sacr ifi car um paco t e de o bì uma ov e lha e 86 000 búzio s par a e v it ar que se u s inimig o s
o co me s se tal qual o s o utr o s pássar o s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .
Q uando Omo c he go u ao C é u, e le e ntr e go u a Olo dumar e as me n sag e m sa s pe sso as.
O lo dunmar e dis se que não e st av a ápt o a re spo nde r po r e st ar muit o o cupado e que
ne ce ssit av a de alg um o bì par a te r minar sua t are fa. Ele e nt ã o rde no u a O mo que fo sse
pro c ur ar por o bì . Q uando che go u à e ncr uzilhada e nt r e o s Cé u s e a Te rr a, ao lado de
Ès ù e le e nco ntr o alg uns obì que I g ún hav ia o fer e cido e m sacr ifí cio . Ele le vo u o s o bì
par a O lo dunmar e . A pó s alg uns inst ant e s, o pr ó pr io I g ún fo i at é o par aiso visit ar
O lo dunmar e , que o r e ce pcio no u co m alg uns do s o bì que O mo t inha t razido . Ig ún
e x amino u o o bì e dis se que e st e se par e cia co m o que e le hav ia o fe r e cido no o ut ro dia.
Ent ão e le nar r ao u a Olo dunmar e a se g uint e hist ór ia: Ele fo i ao babalawo par a uma
co ns ult a quando o uv iu que as pe sso as e st av am dis cut indo se I g ún dev e r ia se r mor to e
co mido co mo o s de mais pássar o s. Ele dis se , “De v ido à co ntr ov e r cia que se se g uiu, as
pe s so as for am for çada s a e nv iar O mo ao C é u pe r g unt ar a v o cê se Ig ún de v er iaco mido
o u mant ido int acto . A pó s e u re a lizar o sacr ifí cio , Èsù me intr uiu a vir ao par aiso
v isit a-lo .”. O lo dumar e pe diu que I g ún r et or nas se à Te rr a. Ele disse , “Se as pe sso as
fr acas sar am e m v er O mo , não são capaze r de mat ar vo cê . Se u sacr ifí cio fo i ace it o . O mo
e ntr e g o u a me nsag e m de le s mas não hav er á ne nh uma r e spo st a. O mo pe r mane ce r á no
C é u. Vo cê po de re to r nar à Ter r a”. Enquant o as pe sso as e spe r av am e m vão pe lo r et or no
de O mo , Èsù o rg ulho same nt e fo i anun ciando que “ning ué m co me r ia Ig ún na Ter r a”.
Ès ù aux ilia t o do aque le que o fe r e ce sa cr ifí cio . Fo i por is so que Èsù fo i at r ás de I g ún
pro t e ge ndo - lhe . De sde aque le dia, o seg ui nt e pr ov é r bio te m sido usado : Se nó s não
v e mo s O lumo , nó s não co me mo s I g ún; Ig ún e st á na te rr a, O lumo no C é u.




                                                                                                       147
Or ác ulo 89



Iworioka

         Es se O dù adv er t e co nt r a ro ubo e v io lê ncia.


         O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e é mo net ár io e m um mo me nto e m que
         no vo s re lacio name nt o s o u ní ve is de um re lacio name nt o cor r e nt e o fe r e ce m
         g rande opor t unidade .




89 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A nik anja- ole - e jo , A jumo ja- ole - e jo , I jo t iabam’ o le
O le -a’ -k a´r awo n co nsult o u I fá par a K usik a e se u bando ,
que tinhao o hábito de f urt ar à no it e so b o mant o da e scur idão .
Ele s for am adv er t ido s que e m br e v e se r iam pre so s.
Se e le s não de se jas se m ser e m pr e so s,
t er iam que sacr ifi car to do s o s be ns furt ado s que tinha m e m sua s ca sas,
uma gr ande cabr a e 8 000 búz io s.
Se e le s r ealiza sse o sacr ifí cio , ser iam or ie nt ado s a de po sit ar to do s o s be ns fur t ado s
na e ncr uzil hada à me ia no it e .




                                                                                                              148
De v e r iam e le s abr ir mão de pr at icar at o s maldo so s.




Or ác ulo 90



Ika’wori

          Es se O dù adv er t e so br e as re pe r cus sõ e s de ato s malé vo lo s. Tam bé m fala so br e
          pro t e ção do s e nt e s famí liar e s co nt r a a dissim inação de e nfe r midade .


          O bse r v ação o cide nt al: O camin ho mundano do clie nt e e st á blo que ado por có le r a.




90 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Se r ar e -Se r ar e .
A que le que jog a fo r a as cinza s é per se g uido pe las cinza s.
Se r ar e -Se r ar e .
U m malfe it o r ar r uina a si me smo pe la me t ade do s se u s cr ime s.
I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un,
que pr ane jav a pr at icar o mal.
Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ e s plane jada s t rar iam
r e per cu sõ e s dano sas a e le .
Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio e abr ir mão de se u fe it o malig no .
O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá.




                                                                                                      149
90 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O kak ar ak a-af’ o wo -t i-ik ú
co ns ulto u I fá par a Ì k à
e le e st av a pr o cur ando por uma pe sso a de ficie nt e e m sua ca sa.
A pe sso a de fi cie nt e ce rt ame nt e ir ia mor r er .
Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio par a e v it ar que o ut r as pe s so as
e m s ua ca sa fo sse m infe ct ado s pe la do e nça: uma ca br a, uma g alinha,
um po uco de be b ida e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de ce bo la e mist ur ar co m de nde ;
ut ilizar o cr e me re sult ant e par a e sfr eg ar pe lo co r po ).




                                                                                                150
Or ác ulo 91



Ìwòrì’túrúpòn

        Es se Odù fala so br e g rav ide z be m s uce dida e da t rans for ma ção de sit uaçõ e s
        no civ as e m suce sso atr av é s de sacr ifí c io .


        O bse r v ação o cide nt al: O "nascime nto " e spir it ual o u e mo cio nal ir á t r aze r fi m a
        me do s mundano s.




91 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì wòr ì [fo i] o mar ido de Ò t úr úpò n, que te v e um be bê que mor r e u. I fá dis se que e st a
mul he r e ng r av idar ia nov ame nt e e que car r eg ar ia o be bê e m sua s co st as. Ì wò rì fo i
o rie nt ado a o fer e ce r sa cr ifí cio par a ev it ar que se u filho mo rr e sse pr e mat ur ame nt e : uma
g alinha, uma cabr a, pe ix e ar o , 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar de z fo lha s de e la
co m um po uco de se me nt e s iy e r é ; co zinhe e m uma so pa junt o co m o pe ix e ; a so pa de v e
se r co ns umida ao alvo r e cer daí a g rav idê s v ir á e m cinco me se s). e le v o uv iu as palavr as
e r e alizo u o sa cr ifí cio . Fo i o bse rv ado que e la jama is de ix ar ia cair suas fo lhas, qua n do a
o utr as [plant as] sim.




91 – 2 (Tr adu ção do v er so )


                                                                                                          151
Ek it ibababa co ns ulto u I fá par a Òr únmì là quando e le e st av a e co no mizando dinhe ir o
par a co mpr ar um e s cr av o . Ele fo i o rie nt ado a sacr ificar uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele
se re cu so u a sacr ifi car . Òr únmì là co mpr o u o e scr avo se m re alizar o sa cr ifí cio pr e scr ito .
O e scr avo e r a uma mul her . Ela mo rr e u tr ê s dias apó s a aquisi ção . A s pe sso as da casa
de Ò r únmì là co me çar am a cho r ar . Ès ù v e io at é a casa e o uv iu a lame nt ação .
Ele pe rg unt o u, “po r que vo cê s e st ão cho r ando de st a mane ir a?”.
Ò r únmì là disse , “a e scr av a que co mpr e i tr ê s dias at r ás acabo u de mor r er ”.
Ès ù dis se , “me u se nhor , v o cê co nsult o u o Or áculo de I fá ant e s de co mpr ar ?.




Ò r únmì là re spo nde u que e le co ns ulto u I fá.
Ès ù dis se , “me u se nhor , À bik újig bo ! Vo cê e x e cut o u o sacr ifí cio ce r to ?
Ò r únmì là disse , “ainda não re alize i o sacr ifí cio ”.
Ès ù disse , “Vo cê não fe z o que se e r a e spe r ado que fize s se e nt ão . Vo cê de ve ir e
r e alizar o sacr ifí cio se não quise r per de r o dinhe ir o que g asto u co m a e scr av a”.
Ò r únmì là fe z o sa cr ifí cio . Ès ù peg o u o cadáv er da e s cr av a e o lavo u e o ve st iu
e le g ante me nt e . Ele le vo u o co r po par a o me r cado e o se nt o u e m um e ncr uzilhada.
C o lo co u e m sua mão um gr av e to de mast ig ar e e m s ua fr e nt e co lo co u um t abule iro
co nt e ndo pe que na s mer cado r ias. O dia er a um dia de ,e ir a. Co m muit as pe s so as indo
ao me r cado . Elas saudav am e st a mul her co mo se e la e st iv e sse v iv a. Co mo e la não
r e spo ndia, rapidame nt e as pe sso as fug iam de la. Èsù se e sco nde u e m um ar b ust o . M ais
t ar de ,   A jé   se   apr o x imo u   do   me r cado   co m   se us   200   e scr av o s   ,que   usualme nt e
car r eg av am as me r cado r ias que e la co mpr av a. Ela che g o u at é o cor po mor t o e par o u
par a co mpr ar alg uma me r cado r ia. A po s de falar co m o co r po po r alg un s inst ant e s se m
o bt er re spo st a, A jé fi co u zang ada. Ela to mo u uma v ar a que e st aco m co m um de se us
e s cr av o s e bat e u co m a me s ma no cor po , o qual fo i ao so lo . Ès ù pulo u par a fo r a do
ar bust o que e le e st av a e sco ndido .
Ele dis se , Há! A jé o que fo i que v o cê fe z? mat o u a e scr av a de Òr únmì là! .
A jé co me ço u a implor ar a Èsù, que r e cuso u sua ale g ação . Ele disse que A jé de v ia peg ar
t o do s o s se us e scr avo s e ir co m e le at é a casa de Ò r únmì là. A jé co me ço u a pr o po r a Èsù
que e la ir ia re por o e scr avo de Ò r únmì là co m um de se us pró pr io s e scr av o s. Èsù não
ace it o u. Ela o fe r e ce u mai s um par a que fo s se m do is e scr av o s se u s a r e ssar cir
Ò r únmì là. Ès ù insist iu par a que A jé fo sse junt o co m o s e scr avo s. A jé finalme nt e




                                                                                                             152
co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r e po r a e scr av a mor t a. Fo i
as sim que A jé se t or no u e scr av a de Òr únmì là.




Or ác ulo 92



Òtúrúpòn’wòrì

        Es se O dù fala de mo rt e r e sult ant e da falt a de cum pr ime nto do sacr ifí cio
        pr e scr ito .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr e o cupando de mais ace r ca de um no vo
        filho ou ne g ó cio .




92 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A bamo - ni-ng be hin- or an, Ig bá li-a- nmu- re -e r i, A k imu- awo -r e -er i fo i o I fá div inado
par a as pe s so as e m O t u-I fe no dia e m que e le s iam lev ar um pot e de ce r âmica par a o
r io . Ele s for am aco nse lhado s a le v ar de pr e fe r ê ncia uma caba ça do que um po t e de
ce r âmica que ir ia cair . Ele s ig no r ar am o co nse lho e le v ar am um pot e . Q uando e le s
e st av a apanhando ág ua, um de le s de ixo u cair o pot e . No de se jo de salv a- lo , e le caiu no
r io e af undo u. Ele s disse r am, “Há! Nó s sa bia- mo s que de ve r iamo s t er t razido uma
ca baça par a apanhar ág ua! ”. De sde aque le dia uma ca baça t e m sido ut ilizada par a
apanhar ág ua. Ele s sacr ifi car am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; e le s nun ca dev iam t er
fe it o lame t áv e l co isa. A s fo lhas de I fá dev e m se r pr e par adas: Tr it ur ar fo lhas de e so e m




                                                                                                         153
ág ua e que br ar um car amu jo ne la. To das as pe sso as da cidade de v er iam e s fr eg ar se us
co r po s co m a mist ur a par a ev it ar alg o que e le s v ie sse m a lame nt ar .




92 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A g ber upo n co nsult o u I fá par a Àg bàdo (milho ). Ela fo i or ie nt ada a o fer e ce r um
sa cr ifí cio de mane ir a a te r um par to se g uro .
O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s, um cint ur ão (o ja- ik ale ) e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu e se re cu so u a sacr ifi car .




Or ác ulo 93



Ìwòrì Wotúrá

        Es se O dù fala so br e de sar mo nia fami liar .


        O bse r v ação o cide nt al: O s cl ie nt e s e st ão te ndo pr o ble ma s co m se u s fil ho s.
        Pe r ce be ndo e le s isso o u não .




93 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U ma árv or e t or t a dispe r sa o fog o .
U ma pe s so a lo u ca se di spe r sa e m sua pr ó pr ia casa.
Est e fo i o I fá div inado par a pai co br a e se u s filho s.
Lhe fo i falado que se us filho sn unca co ncor dar iam e m r e pe lir u m at aque junt o s.
Se o pai co br a de se jasse uni- lo s, dev e r ia o fer e ce r um sa cr ifí cio : de ze sse i s car amu jo s,
po mbo s. ve ne no e de ze sse i b úzio s.
Es se se r e cu so u a sacr ifi car .




                                                                                                          154
Or ác ulo 94



Òtúrá’wòrì

        Es se Odù fala de não ag ir impe t uo same nt e , co mo se t odas as co isa s bo as e st e ja m
        e m no s so caminho .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não dev e ace it ar de car a a pr ime ir a o fe rt a.




94 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Lu cro na ca sa, lu cro na faze nda per t e nce m a Ar uko .
A cr iança dev e r ia co mer de t udo . A cr iança de v er ia t er uma
mul he r liv r e de carg a.
I fá fo u co nsult ado po r Òr únmì là.
F o i dit o que e le t er ia t odas as co isa s livr e s de carg a.
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




94 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                         155
Nó s náo de v e mo s lambe r uma so pa quant e po r causa da fo me .
Se nó s lambe s se mo s so pa que nte de v ido a fo me , que imar í amo s a bo ca.
I fá fo i co ns ult ado par a A k insuy i.
F o i dit o a e le , “e st e é um ano de pr o spe r idade ”.
Ele de v e sacr ifi car uma cabr a, uma g alinha, um rato , um pe ixe e 18 000 b úzio s.
Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio .




Or ác ulo 95



Ìwòrì-Ate

        Es se O dù so br e inicia ção e m I fá co mo um mo do de me lhor ar a vida.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nside r ar se r iame nt e sua inicia ção .




95 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s inicie cuida do same nt e , o s inicie cui dado same nt e de for ma que as pe sso as do
mu ndo não se por t e m mal. Qualque r um que faz o be m, o faz po r si só . Q ualquer um
que faz o mal, o faz po r si só .. Est e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cê s ladrõ e s
de v e m pr iv ar -se do fur to . Ele s disse r am que não po de m se abst er do fur to . Q ualque r
um que r o ube se r á tr at ado co m zo mbar ia. Q ualque r um que ro ube um mil pe r der á do is
mil e m sua v ida. Q ualque r um que v er um me nding o de v er ia dar - lhe e smo las.
Q ualque r um que fa ça mil bo as açõ e s o bt er á duas mil. Oò duà At e rí g be ji, me u se nho r ,
r e co mpe nsar á bo as açõ e s. Ele s fo r am aco nse lhado s a sacr ificar e m car amujo s, bag r e e 3
200 búz io s.




                                                                                                        156
95 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
Se vo cê fo r iniciado e m I fá, v o cê d ev e r e iniciar se u pr ó pr io e spí r it o .
Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
A wo ! Não e s cale a palme ir a co m uma cor da de fe it uo sa.
Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
A wo ! não mer g ulhe na a´g ua se não sabe nadar .
Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
A wo ! Náo de se mbainhe uma fa ca co m r aiv a.
Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
A wo ! não use o av e nt al de A wo .
Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni.
Ele s pe dir am que sa cr ifica sse bagr e , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (co zinhe o bagr e co m
fo las de e so faze ndo uma so pa e dando ao clint e par a que to me ).




                                                                                                 157
Or ác ulo 96



Irete’wòrì

        Es se Odù adv er t e co ntr a intr ig as e fala da pr at ica de I fá par a uma v ida
        pró spe r a.


        O bse r v ação o cide nt al: Pa ciê ncia ao inv é s de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir
        s uce s so mat er ial.




96 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A g uer r a pr e j udica o mu ndo . I nt r ig as ar uina m as pe s so as.
Est e fo i o I fá div inado par a O lo fin I wat uk a.
O lo fin fo i adv er t ido que a g uer r a er a imine nt e . Se Olo fin de se jasse
se r v it or io so , e le dev e r ia sacr ifi car de ze sse is ov o s, um car ne ir o ,
um cabr ito , um g alo e 2 200 búzio s e fo lhas de I fá.
O lo fin o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u.




                                                                                                   158
96 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Pr ime ir o , e u o uv i um bar ulho re s so nant e .
Eu per g unt e i o que e st ar ia aco nt e ce ndo .
Ele s disse r am que Ir et e e st av a iniciando I wo r i.
I fá é o Pro po ne nt e . Or isa é o Co mandant e .
A g be ne gr o usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
A luk o ve r me lho usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s.
I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là Bar a Ag bo nnir e g un.
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car 2 000 pime nt as-da- co st a, o bì e 20 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Lhe fo i as se g ur ado que e le se r ia um co mandant e .
De sde e nt ão I fá se to rno u Pr o po ne nt e e o Co mandant e .
Gbe r e fu dev e se to r nar um A wo (A dv inho de I fá) par a se t or nar rico . A wo !




                                                                                              159
Or ác ulo 97



Iwori-Ose

        Es se O dù so br e tr ansfo r mar de sgr aça e m suce sso .


        O bse r v ação o cide nt al: M ulhe r de me ia idade po de e ngr av idar .




97 – 1 (Tr adu ção do v er so )


So fr ime r nto não v e m se m se u s bo ns aspe ct o s..
O be m e o mal se mpr e e st ão junt o s.
I fá fo i co ns ult ado par a O wok o si- e ny ian- ko su nwo n.
Lhe aco n se lhar am que não fica sse abat ido por que e le e st av a na po br e za.
e le dev e r ia mant e r se u bo m no me . Do ç ur a nor malme nt e t er mina o g o st o de uma fo lha
amar g a.
F o i falado par a e le o fer e ce r sa cr ifí cio de mane ir a que sua de sgr aça pude sse se
t rans for mar e m pro spe r idade : po mbo s, 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar as fo lhas
amar g as de o luse aj u; adicio nar ao sabão ).




                                                                                                  160
97 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A uma mulhe r bo nit a que não me nstr ua, co mo po de t er filho s ?
Est e fo i o I fá div inado par a O ju- o je de usa da be le za.
Ela fo i o r ie nt ada a sa cr ificar de mane ir a a po der t er filho s.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, uma cabr a, 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.




Or ác ulo 98



Ose’wori

        Es se Odù fala de po de r e gr ande za, po ré m adv er t e que o mau e mpr eg o de s se s
        po de de str uir o lar ou fa mí lia.


        O bse r v ação o cide nt al: M uit o te mpo o u ê nfase no t r abalho e st á ame açando o
        r e lacio name nt o e a fa mí lia do clie nt e .




98 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Te mi -a-se t iwo n co nsult o u I fá par a O se e par a I wor i.
Q ualque r um que de safia sse A pa se r ia mo rt o po r A pa.
Q ualque r um que de safia sse I ro ko se r ia co nfr o nt ado co m Ir ok o.
F o i pr e dito que O se’ wo r i se t or nar ia um g rande ho me m.
Ele t er ia co nt ro le so br a as dificul dade s e v itó r ia so bre o s ini migo s.
O sacr ifí cio : u m car ne iro , 2 000 pe dr as, 2 200 búzio s,
e fo lhas de I fá (mo er g ranit o e pime nt a-da- co st a at é v ir ar pó par a se r to mado no
ming al)




                                                                                              161
Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio .




98 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Tule t ule -Eg a co nstr ui u e de st r uiu s ua pró pr ia te nda.
I fá fo i co ns ult ado par a O lufija bi A bin ut anfi- og bung bun -t u- ile -k a.
F o i pe dido que sacr ifica sse de mane ir a que sua casa não fo sse de str uida:
um car amujo , ban ha de ò rí , aze it e - de -de nê , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.
Se e le tiv e sse fe ito o sacr ifí c io , de v er iam te r -lhe aco nse lhado a co me r fr e qüe nt e me nt e
baba nas madur as, v er t er aze it e -de -de ndê e m Eleg bar a, e dev e r ia te r sido po sto ban ha
de ò rí e m I fá.
Or ác ulo 99



Iwori-Ofun

        Es se O dù fala so br e me lho r ias no s ne g ó cio s e su ce s so .


        O bse r v ação o cide nt al: A s pr e o cupaçõ e s mo net ár ias o u co me r ciais do clie nt e ir ão
        lo go de sapar e ce r .




99 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U m bo m A wo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
I fá se g uia e m uma pe r eg r inação div inató r ia par a a lag o a e par a o mar .
F o i pr e v isto que I fá co nt inuar ia adquir indo pr e st íg io e ho nr a. Ele r et or nar ia a
s ua casa co m finan ce ir ame nt e be m.
Ele de v er ia sa cr ificar o ve lha br anca, po m bo s br anco s e 8 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio .




                                                                                                          162
Or ác ulo 100



Ofun’wori

        Es se O dù e x plica que o uso co rr e t o do dinhe ir o asse g ur a re alização na vida.


        O bse r v ação    o cide nt al:   Q ue st õ e s   mo ne t ár ias   po de m   causar   co nt ro v er sia
        e mo cio nal.




100 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O lak anmi co nsu lto u I fá par a A jé .
A jé fo i o r ie nt ada a o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as do mundo co nt inuar iam
a pro c ur ar por e la pr a cima e pr a baix o .
F e ijõ e s br anco s, sal, me l e 2 000 búz io s se r iam o fe re ci do s.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
U m dia, A jé irr it ada fo i at é o r io e as pe sso as ze lo same nt e pr o cur ar am por e la no
fu ndo do r io .




                                                                                                           163
100 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Se te mo s bo m cor ação no s po de mo s adot ar o s filho s de o ut r as pe sso as co nsult o u par a
O bo nhunbo nh un, que fo i rico mas de spro v ido de filho s, e por e st a r azão fi co u mal-
afamado . F oi pe dido que e le sa cr ificas se de z r at o s, de z pe ix e s, de z po mbo s e 2 000
búz io s. A ssim e le fe z. M asi tar de , Ès ù que se m pre apo ia aque le s que r e alizam o
sa cr ifí cio , o e nco nt ro u no ca minho da r o ça e disse a Obo nhun bo nhun (be so ur o ) que
pe g asse qualque r um do s jo v e ns in se to s que e le at r aiu at é sua casa e co br is se co m
ar e ia. Ele disse que O dudua o s t r ansfo r mar iam e m cr ianças par a e le . O bo nhu nbo nhun
se g uiu e st e co nse lho e isso é o que e le ainda faz at é ho je .




Or ác ulo 101



Ìdí-Rosù

         Es se Odù adv er t e co ntr a uma e nfe r midade na ár e a da cint ur a o u náde g a.
         Tam bé m pro g no st ica um incr e me nto no s neg ó cio s.


         O bse r v açaõ o cide nt al: U ma clie nt e fr e que nt e me nt e e nco nt r ar á dific uldade s
         me n str uais o u ut er inas.




101 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ela pi ca, me dó i— a náde g a do anc ião lhe causa dific uldade s.
F o i co nsu lt ado par a Ag ba K uo mi, que t e m alg um t ipo de e nfe r midade e m sua s
náde g as.
Ele fo i o r ie nt ado que se sa cr ifica sse e r e ce be r fo lhas de I fá e le fi car ia cur ado .
O sacr ifí cio : no v e car amujo s, 18 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele fe z o sa cr ifí cio .




                                                                                                       164
101 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Est a é a c sa do babalawo .
Est a é a v ar anda do babala wo .
O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande ,
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar .
O sù o far ia po pular no mundo .
O papag aio é co nhe ci do po r sua calda v er me lha. U ma g alinha,
aze it e -de -de ndê , um r at o , um pe ix e , 20 000 búzio s e um o sù (bor dão de o fí cio de I fá)
de v er iam ser sa cr ificado s.
Ele r e alizo u o sa cr ifí cio .
O o sù fo i plant ado de fro nt e À casa de Ò r únmì là. O utr o s mat er iais de sacr ifí cio fo r am
co lo cado s ali, no s quais o aze it e -de -de ndê er a ve rt ido .




                                                                                                     165
Or ác ulo 102



Ìrosù’dí

        Es se Odù fala de uma pe sso a que t e m um tale nt o par a cur a e o fe r e ce so lu çõ e s
        par a co nce pção .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e me dit ar so br e uma car r e ir a dife r e nt e .


102 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as fer idas
e nfaix adas po r e le ci catr izar iam. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se bandag e m, u m pe ix e
ar a, quat or ze mil búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de Ì ro sù e m ág ua; ut ilizar a
mi st ur a par a lav ar o s ik in do clie nt e ). e le se t or nar ia mé dico . Se e sse I fá é div inado e m
um e se nt ay e o u It e fá, o clie nt e o clie nt e s se to rnar á um e spe cialist a e m cur ar
mac hucado s.




102 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O ja- abiamo -adit u co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.


                                                                                                             166
F o i pe dido a e le a sa cr ifí cio de mo do que e la se to r nasse mãe .
do is r ato s, do is po r quinho s da ind ia e 20 000 búzio s.
Ela sa cr ifico u.




Or ác ulo 103



Ìdí’owonrin

         Es se Odù fala da che g ada do r e co nhe cime nt o e da impor t ância da car r e ir a do
         clie nt e .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e ssio nado no tr abalho .




103 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pe dido a e la que
sa cr ificas se de mane ir a de fo r ma que e le fo s se ho nr ado e m to do lug ar que fo sse t o car .
O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fe z o sacr ifí c io .
O bahun       se       t or no u   um   impor t ant e   t o cador .   Ele   sacr ifi co u   co r al   dev ido   ao
int e rt e nime nt o .




103 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                                167
Emik o maak u-Y iy e nninmaay e          co nsult o u I fá par a Ope , que fo i or ie nt ado a faze r
sa cr ifí cio
de fo r ma que e le pude s se t er t er uma base fir me e ev it asse a mo rt e . O sacr ifí cio : uma
o ve lha, um ago go , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. Ope
fo i as se g ur aco co m um ba se fir me e v ida lo ng a. F olhas de I fá: Lav e o s ik in I fá co m
fo lhas de k ut i e co lo que o ag o go no ik in de I fá. C ant ig a de I fá: Eu e st o u e nv er g o nhado
da mo rt e ; e m lug ar de mor r er e u me tr ansfo r me i na fo lha k ut i (r e pet ir quatr o ve z). O
ago g o dev e aco mpanhar e st a cant ig a




Or ác ulo 104



Owonrin’di

         Es se O dù fala da ge ne ro sidade e ho ne st idade co mo fór mula de suce sso e amor .


         O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s apar e nt am e st ar de "pe r nas par a o ar ".




104 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O wor in- dimo wo , O wo nr in-dime se fo i aco nse lhado a pr at icar a car idade de for ma a
r e ce be r bê nsão s. Ele não ag ir ia assim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i
o rie nt ada a sa cr ificar de for ma que e la não ficas se de sampar ada: uma pacot e de o bì ,
uma g rande t ig e la de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2 000
búz io s.




104 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                         168
Se g ur e e st a co isa, mant e nha se g ur o . Se v o cê é que st io nado , a co isa dev er ia se r
pro duzi da e m de manda. I fá fo i co ns ult ado par a ce st as e saco las. C ada uma de las fo i
o rie ndada a dar sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as co nt inuar iam as amando . O
sa cr ifí cio : do is po mbo s e 2 400 búzio s. Elas sacr ificar am. Fo i de clar ado que qualque r
um que de vo lv e sse co isa s a se us pr o pr ie t ár io s ir ia se mpr e pro spe r ar .




Or ác ulo 105



Ìdí’bàrà

        Es se Odù fala so br e a ne ce s sidade de r e mo v er o bst áculo s e mau e nt e ndido s
        atr av é s de sa cr ifí cio .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m pr o ble mas no r e lacio name nt o .
        C o mpro mis s é ne ce ssár io par a salv a- lo .




105 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Edidi o s at r apalha, O bar a o s dá co ber t ur a fo i div inado par a a árv o re e m um ar bu sto
e spin ho so que fo i aco nse lhado par a sacr ifi car o s se g uint e s mat er iais de for ma que et i
(di ficu ldade s) se r iam r e mo v idas de se u camin ho . També m fo i div inado pr a O pe e fo i
pe dido que sa cr ifique : u ma fo ice , um machado , u m cint o par a s upor t e (ig ba), uma
pr e á, um pe ix e ar o , po mbo s e 18 000 búzio s. Ela[a árv o re e m um ar bust o e spinho so ] se
r e cuso u a re alizar o sa cr ifí cio de st as co isa s, mas O pe sacr ifi co u. Fo lhas de I fá fo r am
pr e par adas par a O pe e fo i dito que e le não se r ia atr asado pe lo s ar bust o s. Èsù e st á




                                                                                                     169
se mpr e ao lado de que m sa cr ifica. U m dia, Èsù di sse ao faze nde ir o peg ar se us
ape tr e cho s e ir a O pe e ve st ir O pe , po r que Èsù de ag or a e m diant e t or nar ia Ope
be né f ico ao faze nde iro . O faze nde iro se g ui u a o rie nt ação e ve st iu Ope . O pe ao se u
t e mpo se t or no u be né fico às pe sso as.




105 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Edidi o A dv inho de Ok o (o ar bust o ), O bar a o A dv inho de Ilé (a casa). I fá fo i
co ns ult ado par a ambo s e fo i pe dido par a sacr ificar e m de fo r ma a e v it ar e m mal -
e nt e ndido s e nt r e e le s par a se mpr e . O sacr ifí cio : duas av e s(u m galo e uma galinha ),
uma cabr a, um cabr ito e 20 000 búzio s. Edidi se re cu so u a sacr ifi car , mas Obar a não .
C o mo de co st ume , Edidi fo i a casa de se us pare nt e s, na casa de Olo fin, par a
c umpr ime nt a-lo s apó s um dia de tr abalho na r o ça. Ev e nt ualme nt e e le fo i aco nse lhado a
v ir e pe dir s ua no iv a e m ca same nt o , assi m que e la pude s se casar . S ua pr o me t ida,
O bar a, não g o st a de Edidi, o qual e la r idicular iza co mo se ndo um le nhador . Ela
pe rg unt o u, “o que dev o e u faze r co m um le nhado r ?”. Em se g uida, e le co me ço u a
s uplicar O bar a par a e ncar a-lo co m bo ns o lho s. O bar a não qui s vê - lo . Edidi, finalme nt e
r e alizo u o sa cr ifí cio que lhe fo i pe dido , po is de o utr a mane ir a pe r der ia s ua e spo sa.




                                                                                                           170
Or ác ulo 106



Obara’di

        Es se O dù adv er t e co nt r a per da de no s sa inde pe nde n cia e int eg r idade .


        O bse r v ação o cide nt al: O re lacio name nt o do cl ie nt e e st á se de se q uilibr ando
        de v ido a re clama çõ e s do par ce ir o .




106 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ee sin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv e rt ido que alg um e xt r ange ir o s
e st av am po r v ir . Ele s pr e nde r iam as pe sso as nas casa s e na faze nda e o s lev ar ia pr a
cidade s e xt r ang e ir as. Fo i pe dido que O lo fin sacr ifica sse aze it e - de de ndê a se r ve r it do
so br e Èsù, e de ze s se is po mbo s, um de le s par a se r usado par a a pr o piciação da cabe ça
do clie nt e . Esmag ue as fo lhas de olu se saj u e o riji e m ág ua;       per mit a que o sang ue do
po mbo g ot e je na mi st ur a; le v e e st e po t e de re mé dio de I fá ao mer caado de fo r ma que
t o das as pe s so as da cidade po ssam e sfr eg a- la e m se us cor po s.




                                                                                                        171
106 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I g bá o rí - ami, o A dv inho das mul he re s, co ns ult o u I fá par a uma pro st it ut a que e st av a
indo pr a cama co m to do s o s ho me ns. Ela fo i adv e rt ida que e st av a faze ndo uma co isa
arr is cada. U ma pro st it ut a per de o re spe it o . Ne nhu ma mulhe r po de pr o spe r ar pr a
se mpr e na pr o st it ui ção . Ela fo i aco n se lhada a co nfe ssar sua ig no r ância e a sacr ifi car
do is po mbo s, do is car amu jo s, banha de ò rí , 8 000 búzio s, e fo lha s de I fá (e smag ue
fo lhas de e so co m iyr e ; co zinhe a mi st ur a co m um car amu jo faze ndo uma so pa par a e la
co me r ; vo cê t ambé m po de mi st ur ar e so mo ido co m banha de ò rí par a e sfr e g ar na
v ag ina; as fo lhas de e so po de m se r pilada s co m sa bão par a banhar - se ).




Or ác ulo 107



Idi-Okanran

        Es se Odù adv er t e que qualque r um que pr at ica at o s de so ne sto s ir á ce r t ame nt e
        se r pe go e punido .


        O bse r v ação o cide nt al: Tr aição por aque le s que o clie nt e co nfia lev ar á a
        pro ble mas.




107 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I diko nr andiko nr an, I diko nr an amarr o u do is inha me s j unt o s div ino u par a do is ladr õ e s
que se dir ig iam à sua r o nda no r mal. Ele s for am aco nse l hado s a sa cr ificar e m par a
e v it ar se r e m pr e so s po r for t e cor da e nqua nto pro c ur av am s ua av e nt ur a. A te rr a pr e nde
o ladr ão e m no me do do no . R o ubo é um ato de so nr o so . Ele s falar am, ‘ qual é o
sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de
e so e o luse sa ju e m ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ e s se                 r e cu sar am a




                                                                                                            172
sa cr ificar . e le for am capt ur ado s e amarr ado s co m cor das e lame nt ar am po r não t er e m
fe it o o sa cr ifí cio .




Or ác ulo 108



Okanran-Di

         Es se O dù fala de um r e lacio name nto que ir á e v e nt ualme nt e dar a ce r to .


         O bse r v ação o cide nt al: U ma so cie da de o u re lacio name nt o ant er ior é r e ace so .




108 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U ma pane la pr e t a to ma cuida do co m to do o mu ndo alé m de si me sma.                          I fá fo i
co ns ult ado par a Ò r únmì là, que e st av a indo de spo sar Ehinmo la. To das as de idade s
(I r únmale ) te nt ar am se duzir Ehinmo la se m su ce s so . Òr únmì là fo i aco nse l hado a
sa cr ificar po mbo s e 12 000 búzio s.            Òr únmì là    o uv iu at e nt ame nt e o co nse lho e
sa cr ifico u. Ele mais a diant e fo i aco nse lhado a não pe r der a paciê n cia se a mulhe r não
lhe de sse at e nção ime diat ame nt e . Ela b uscar ia por e le o nde que r que e le pude sse e st ar .
Ela amaldiço ar á o dia e m re c uso u a pr o po st a de Ò r únmì là. Ò r únmì là par t iu par a A do
A y iwo . U m ano de po is de po is que Ò rúnmì là part iu, Ehin mo la mudo u s ua opinião . Ela




                                                                                                           173
de se jo u se ca sar . Ela fo i por to da par t e co m as de idade s, mas ning ué m co nse g ui u a
maldi ção que Ò rúnmì là jo go u so br e e la. To do s o s e sfo r ço s se mo st r ar am inút e is.
Ehin mo la ev e nt ualme nt e arr umo u suas malas e se dir ig iu à ca sa de Ò r únmì là e m A do .
Ò r únmì là e st av a fe st e jando o F e st iv al do I nhame No vo quando Ehin mo la che go u. O
aze it e -de -de ndê e o sal de Ò r únmì là t inham se e sgo t ado , o que Ehinmo la pr o ve u
ale gr e me nt e quando e la de s fe z sua s malas. Q uando Òr únmì là t er mino u a o fer e nda, e le
pe rg unt o u a Ehin mo la, “o que v o cê faz aqui?”. Ehinmo la r e spo nde u, “é v o cê ”. Ent ão
Ò r únmì là apanho u dua s fat ias de inhame que e le sa cr ifico u. Ele e sfr eg o u uma na o ut r a
e as de u a Ehinmo la dize ndo , “e le e st á pro nt o par a se r co mido , Ehinmo la. Ele e st á
pro nt o par a se r be bido , Ehinmo la”.
F o i assim que Ehinmo la se to r no u e spo sa de Òr únmì là. De sde e nt ão , se que st io namo s
ace r ca de que m co nhe ce o fut ur o , e le s dir iam, “Òr ún mì là co nhe ce o fut ur o ”.




Or ác ulo 109



Ìdí-Ògúndá

        Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sabe do r ia e car át e r par a e quili br ar a fo r ça
        fí si ca.


        O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade se x ual lev ar ão ao de sast r e .




109 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò r únmì là disse Ì dì - Òg ún- dá
Eu disse Ìdì -Ò g ún-dá.
Ò r únmì là aco nse lho u Òg ún a sa cr ificar uma ov e lha, um po mbo ,
4 400 búz io s e fo lhas de I fá de fo r ma que s ua cabe ça fo s se t ão bo a
quant o o re st o do co r po .
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Tudo e st av am be m co m e le .




                                                                                                  174
109 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò r únmì là disse que a r e sidê cia de Òg ún e st av a abando nada,
Eu disse que a re sidê n cia de Ò g ún e st av a abando nada.
Po r que nó s che g amo s à re sidê n cia de Ò g ún e não e nco nt r amo s ning ué m?
A casa fo i to t alme nt e abando nada.
Ele s disse r am que o car át er de Ò g ún e st av a apavo r ando [to do mundo ].
Ent ão se nó s de se já sse mo s que a ca sa de Ò g ún fo sse abar ro t ada [de pe s so as]
co mo e spe r amo s, e le de v er ia sacr ifi car uma ca br a, 20 000 búzio s, e fo lhas de I fá.




Or ác ulo 110



Ògúndá’Dí

        Es se O dù fala de uma jo r nada be m s uce dida, po r é m adv er t e so br e po ssí v e l
        de s co nfor to int e st inal.


        O bse r v ação    o cide nt al:   U ma   clie nt e   gr áv ida   te m   fr e qüe nt e me nt e   alg uma
        he mo rr ag ia place nt al. Sa cr ifí cio ir á c ur ar o pr o ble ma.




110 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g ún e st a indo viajar . Ele fe z suas malas.
Ò r únmì là disse que a v iaje m de Ò g ún se r ia dive r t ida e
que e le r et o r nar ia co m seg ur ança.
O sacr ifí cio : u m g alo , aze it e -de -de ndê . o bì e 4 400 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                            175
110 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O jo -sur u sur u (v azame nt o s co nst ant e s), A dv inho do par aí so ,
co ns ulto u I fá par a uma caba ça nov a (k e r eg be ).
F o i pr e dito que a cabaça ir ia v azar .
Par a blo que ar o vazame nt o , e la fo i or ie nt ada a sa cr ificar past a de cale fação (at e ),
e spin ho s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de dag ur o e co zinhe co m pe ix e
aro par a o clie nt e co mer ).
I fá diz: se e sse o dù fo r div inado , o clie nt e so fr e de dise nt e r ia.




Or ác ulo 111



Ìdí’sá

        Es se O dù fala de inquie t ação e de se jo de fug ir de suas re spo n sabilidade s.


        O bse r v ação o cide nt al: Pr e s sõ e s diár ias e st ão causa ndo tr anst or no e mo cio nal.




111 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì dí (a s nádeg as ) e nt ro u, Ì dí fo i se nt ar - se , Ì dí não po de se nt ar - se , Ìdí se le v anto u, Ì dí
não pô de de scan sar . Fo i pe dido a Ìdí sa cr ificas se par a po de r de scan sar . O sa cr ifí cio :
um po mbo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de e sò e jo ko je e mist ur e co m
sa bão -da-co st a; par a o clie nt e usar se mpr e par a lav ar se u co r po ).




111 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                             176
Ò r únmì là disse Ì dí - Ò sá, e u disse Ì dí - Ò sá. Ìdí co rr e u par a t ão lo ng e que e la e st av a
se ndo pr o cur ada par a se to r nar uma che fe . Ìdí (as náde g as) par a lo ng e ; ning ué m a
pro c uro u mais. Ela se to r no u mo t iv o de de so nr a e de ve rg o nha. Ìdí fo i aco nse lha da a
sa cr ificar de z fo lhas de o wa, de z po mbo s, de z ov e lhas, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá
que e la dev er ia pro cur ar . Ela fe z co mo fo i aco nse lhado . É por isso que to do mundo
e st a a pro c ur a de Ìdí .




Or ác ulo 112



Osa’di

        Es se O dù so br e re mo ção de blo que io s par a o bte r um re lacio name nt o be m
        s uce dido .


        O bse r v ação    o cide nt al:   O   me do   da   car ê cia   de   re lacio name nt o   do   clie nt e
        t er minar á co m o apar e cime nt o de uma nov a pe s so a.




112 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s cam inho s de Ò sá não e st ão aber t o s. O s camin ho s de Ò sá e st ão blo que ado s.
Ò r únmì là di sse que um sacr ifí cio te m que se r e x e cut ado par a abr ir o s caminho s par a
Ò sá. U ma lampar ina de              barr o , aze it e -de - de ndê , 8 000 búzio s e fo lhas de I fá
(p ulv er izar fo lhas de quiabo e mist ur ar co m são par a ban har -se ). A lampada de v e se r
ace sa no mo me nto do sacr ifí cio .




                                                                                                           177
112 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de ale gr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r
fav or diag a a ot do mundo que a pe s so a que e st áv amo s pr o cur ando che g o u. O bì ,
o ro g bo , pime nt a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s de v e m se r sacr ifi cado s. O s
co mpo ne nt e s do sacr ifí c io dev e m se r ut ilizado s par a intr e t er a pe s so a.




Or ác ulo 113



Ìdí’ká

        Es se O dù adv er t e co nt r a punime nt o s se v e ro s po r más façanha s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m po ssí v e is tr aiçõ e s e m ne gó cio s o u
        se g r e do s pe sso ais.




113 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Nó s inv e st ig amo s fe it ice iro s, br ux as e que m ca usa dano s a o ut r e m; A i da for mig a que
t e m fer r ão e fe r ro a quando fo r pê g a. I st o fo i div inado par a A bat e nije , O sik apa-adiy e -
adug bo - run, At ’ e niy an- at ’ e r ank o -k o n’ e e wo , que di sse que se u fim e st av a pr óx imo . O
sa cr ifí cio : Q ualque r co isa que o babala wo pe ça e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de or iji
e olu se saj u e m ág ua; ut ilize uma e spo n ja kanr ink an no v a e sa bão -da- co st a par a lav ar o
co r po do clie nt e ). O clie nt e t ambé m tê m que at e nde r a a adv e rt ê nc ia e dar a maio r ia de
s uas po sse s co mo e smo las o u se iniciar e m I fá.




                                                                                                           178
113 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A sir ibo mo mo co ns ulto u I fá par a Olo k un e O lo sa. F or am or ie nt ado s a cada um de le s
sa cr ificar quat r o pot e s de bar r o , de ze sse i s po mbo s, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
A ssi m fize r am. Ele s fo r am as se g ur ado s de que ning ué m v er ia o u co nhe cer ia o s
se g r e do s de le s.




Or ác ulo 114



Ìká’dí

         Es se O dù fala so br e mo st r ar r e spe ito par a ev it ar pr o ble mas na vida.


         O bse r v ação o cide nt al: A falt a de e spir it ualida de do clie nt e e st á blo que ando as
         at iv idade s munda nas.




114 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Biaba -r o -li-aro ju,   Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni,   I ya   K iig bai je ’ ni co n sult o u I fá   par a
K o dunmi- Ag ba. F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que não so fr e sse punição nã
v ida.
O sacr ifí cio : de z o vo s ce galinha, banha de òr í, pe dr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas de
I fá (t r it ur ar or iji e o luse saju co m pime nt a do re ino ; faze r uma so pa co m e ssa mi st ur a
co m um o vo ; co lo que as pe dr as de r aio na so pa apó s e la e st ar pro nt a; A cor dar aao
r o mper do dia e to mar e sse r e mé dio ). A g ba se r e cuso u a sacr ificar .




                                                                                                              179
114 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Se um jo v e m ho me m que é de s car ado e nco nt r a um v e lho awo , e le o bo fe t e ar á. Se e le
e nco nt r a um v e lho he r bo lár io , e le o cast ig ar á se v e r ame nt e . Se e le e nco ntr a um ve lho
sa ce r do t e que se ajo e lha e m pr e ce , aci de nt alme nt e e le o lançar á ao so lo . I fá fo i
co ns ult ado par a o s de so be die nt e s, que disse que ning ué m po de r ia re fo r ma-lo s. “Po r
quê ? Vo cê não sabe que uma cr iança que bat e e m um sace r dot e que e st á r e zando e st á
pro c ur ando po r sua pr ó pr ia mo rt e ? Ver me s mor r e m rapidame nt e , mu ito r apidame nt e ”.




Or ác ulo 115



Idi-Oturupon

        Es se Odù fala de so luçõ e s par a pr o ble ma s mé dico s que impo ssibil it am a
        g rav ide z.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de ex pe r ime nt ar um de spe rt ar e mo cio nal o u
        e spir it ual.




115 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an,
Q ue fo i o rie nt ada a sacr ifi car de ze sse is se me nt e s de ok or o, de ze s se is inhame s fê me a
(e w ur a), quat ro cabr as e 3 200 búzio s de mo do que e la po ssa par ir muit o s filho s.
Ela fe z o que fo i pe dido .




                                                                                                           180
115 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O sun sun, o awo de O lúig bo ,
co ns ulto u I fá par a O dung be ,
que fo i pe diu par a sacr ificar
de mo do que e le não se ja at acado por do e nças nas náde g as.
O sacr ifí cio : do is galo s, um cão , 6 600 búzio s e fo lha s de I fá.
E, se e le já t iv e sse sido at acado , que e le po der ia se r cur ado .




O rác ulo 116



Oturupon’Di

        Es se O dù fala de uma pe sso a que e st á e spir it ual me nt e abando nada e e m
        ne ce ssidade de uma r e no v ação e spir it ual.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se aut o co nsu mindo e so fr e ndo de v ido a
        ist o .




116 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O mundo é be lo . O par aiso é mar av ilho so . O dùdùa a or ie nto u as pe sso as do mundo
v olt are m a e le atr av é s da r ee n car nação . as cr iança s se r e cu sar am a ir . A s pe sso as
ido sas tam bé m se re cu sar am a ir . e le pe rg unt o u a r azão . Ele s dis ser am, “Não é fá cil ir
ao par aiso e v o lt ar ”. Òr únmì là said, “O par aiso é g racio so e é o lar da be le za”. Odùd ùa
jama is v ive r ia e m um lug ar de spr e zív e l.O O risa é se mpr e e nco nt r ado e m lug ar e s
de s ce nt e s. Q ualque r um que é chamado de v e re spo nde r ao cha mado .. Ne nhuma mãe




                                                                                                    181
cha mar ia se u fil ho par a so fr er . A s pe sso as do mundo ainda e st av am e sit ant e s. Ele s
fo r am or ie nt ado s a sacr ifi car de mo do que se us v é us de e cur idão pude sse m se r
r e mov ido s. Se e le s e st ão t r abalhando , e le s de v e m se mpr e o lhar par a o par aiso . O
sa cr ifí cio : Ef un, um pe daço de te ci do br anco , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Se o
sa cr ifí cio pr e s cr it o fo sse re alizado , e le s se abst er iam de sang ue . Ele s se re c usar am a
sa cr ificar .




116 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ho je vo cê re clama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r e clamar á que Èlà não
e st á administ r ando o mu ndo co rr e t ame nt e . Ele fe z O dundu n o re i do to das as fo lhas e
Te t e se u re pr e se nt ant e . Vo cê ainda e st á re clama ndo que Èlà não administ r a o mundo
co rr e t ame nt e . No fim., Èlà e st iro u a sua co r da e asce nde u ao s C é us. Èlà e st ir ar ia a sua
co r da e de sce r ia par a re ce be r bê n ção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo , um pe ix e ar o e
fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas de or iji co m sabão e dar ao clie nt e ao qual e st e I fá fo i
div inado ; e le dev e r á se lav ar co m e s sa mist ur a apó s re alizar o sacr ifí cio de mo do que
s uas bo as façanha s no mundo não se ja m v ist as co mo más ).




                                                                                                        182
O rác ulo 117



Ìdí-Òtúrá

        Es se O dù fala de re str içõ e s die té t icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia
        fami liar .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e t e m pr o ble mas de saúde tal
        co mo pr e ssão alt a o u co le st er o l.




117 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U m pai de se ja o be m ao se u filho . U ma mãe de se ja o be m ao se u filho . Lo ng ev idade e
idade av ançada de pe nde de Èdú. I fá fo i co ns ult ado par a O luy e mi, que fo i o rie nt ado a
sa cr ificar par a pr e v e nir do e nça na s nádeg as. O sa cr ifí cio : um po mbo , uma galinha, u m
g alo , um pe ix e ar o , 18 000 búzio s e fo lha s de I fá. No e se nt ay e o u it e fá, e ssa cr iança não
de v e se unir e m mat r imô nio se m o co nse nt ime nt o de se u pai o u de sua mãe . Ee wo : O




                                                                                                        183
clie nt e não de v e co mer no z de co la o u car ne mas dev e ut ilizar pixe o u car amu jo s e m
s ua so pa.




117 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O ko (a pá), o úni co que pro c ur a o be m -e st ar da te rr a,
co ns ulto u par a A lár á,
que fo i or ie nt e ado a sacr ifi car par a que sua famí lia se uni sse ao inv é s de se di spe r sar .
O sacr ifí cio : u m fe ix e de vas so ur as, um par de po mbo s jo v e ns e 16 000 b úzio s.
A lár á fe z o sa cr ifí cio .
Lhe fo i as se g ur ado que ser ia fe liz par a se mpr e .
A lár a se to r no u be m su ce dido .




O rác ulo 118



Òtúra’dí

         Es se O dù fala so br e uma cr iança s uce de ndo se u pai e um re lacio name nt o co m
         um par ce ir o do minant e .


         O bse r v ação o cide nt al: O out ro par ce ir o no r e lacio name nt o é co nt ro lado r e m
         de mas ia.




118 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A r iba de náde g as v er me lhas
co ns ulto u I fá par a O rí - A wo , que fo i saudado por O muk o -eg i.
F o i pr e dito que e le usar ia a cor o a de se u pai, lo g o dev e r ia
sa cr ificar uma ov e lha par a t er v ida lo ng a.




                                                                                                      184
118 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O A lv or e ce r (iji mjik ut u) co nsult o u I fá par a A di.
A di e st av a indo de spo sar o Nas cer - do - so l (iy alet a).
Ele s disse r am que e le se mpr e tr e mer ia à v ist a de sua e spo sa.
O sacr ifpi cio : tr ê s g alo s e 6 600 búzio s.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




O rác ulo 119



Ìdí-Irete

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de t rabalho ár duo par a alca nçar uma po si ção
        e le v ada.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m u ma pr o mo ção o u no vo tr abalho e m se u
        cam inho por é m o me do po de blo que a- lo .




119 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O moy in, o A dv inho de bo m cor ação , lavo u o ut r a cabe ça do ho me m.
A cabe ça fico u limpa.
O moy in lav o u o utr o cor po do ho me m. O co r po fi co u br ilhando .
I fá fo i co ns ult ado par a A we ro ro g bo la.
F o i pr e dito que Ade g bit e se t or nar ia re i no fut ur o . De z po mbo s,




                                                                                                185
pe nas de papag aio e 2 000 búzio s
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




119 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I jime r e , o Adv inho da apt idão fí s ica e da be le za,
co ns ulto u I fá par a A r ise mase Ìdí r et e re t e .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mane ir a a tr abalhar e não
t er me do de t rabalhar .
O sacr ifí cio : u m car ne iro , uma e nx ada, uma fo ice e um cão .
Nó s pe rg unt amo s a razão .
I fá dis se : U ma e nx ada nun ca falt a ao tr abalho . U ma fo ice nun ca ado e ce .
U m cão pe g a no tr abalho dur ame nt e . U m car ne ir o não te me ne nhu ma o po si ção .




O rác ulo 120



Irete’di

        Es se O dù ala de r e sist ê ncia à mudança, mas da ne ce ss idade da me s ma.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa re av aliar um re lacio name nt o que não
        e st á dando mais ce rt o .




120 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I jo ko -ag ba- biik ’e ni -ma- dide -mo , Ag ba- m’ o pa-l’o wo .
co ns ulto u I fá par a a M ó (o lo ) .
O lo não que r ia se le v ant ar do lug ar o nde e la e st av a.
F o i pe dido que e la sacr ifica sse do is po m bo s, 4 400 búzio s e fo lhas de g bé g bé .
Ela o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u.
O lo se mpr e te r ia alg ué m par a car r eg a- la.




                                                                                                186
O rác ulo 121



Ìdí-Ose

       Es se    O dù   fala   so br e   po ssí v e is   pr o ble mas   pr ov e nie nt e s   de   o rg anis mo s
       mi cro scó pi co s.


       O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade ir á r e sult ar e m do e nça.




121 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s o lho s pro t eg e m a cabe ça; uma pe que na co isa po de causar co nf usão inca lculáv e l. I fá
fo i co ns ult ado par a 165 árv or e s. Elas fo r am or ie nt adas a faze r sacr ifí cio par a e v it ar
r e ce be r um e st r anho per igo so s. Q uat ro fa cas, aze it e -de - de ndê , banha de òr í e 18 000
búz io s dev er iam se r sacr ificado s. Ela s ouv ir am o co nse l ho , por é m não sa cr ificar am.
O pe sacr ifi co u me t ade do que fo i pe dido e Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e re alizo u
ple name nt e o sacr ifí cio . À que le s que sacr ificar am fo r am dadas fo lha s de I fá. Ent ão fo i




                                                                                                           187
de clar ado que par asit as nunca arr uinar iam O pe e ne m Per e g un. Par asit as te imo so s que
t e nt am at acar Pe r e g un não so br ev iv e m.




121 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ele s so fr er am um de sast r e e quise r am sabe r qual fo i a causa, mas ning ué m so ube co mo
e la v e io at é que r e alizar am sa cr ifí cio pr ev ist o po r Baale -e ro , que aco nse lho u a
sa cr ificar quatr o g alinhas, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá par a pe r mit ir a de s cov e rt a.




O rác ulo 122



Ose’dí

        Es se O dù adv er t e co nt r a se r muit o amáv e l, par a que um inimig o der ro t ado não
        r et or ne .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um co nflit o ao qual e le dev e se
        co mpo rt ar ag r e ssiv ame nt e .




122 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Nó s não apanhamo s um g at uno e o de ix amo s se m uma úni ca mar ca. Se nó s so mo s
v it o r io so s, nó s dev e mo s pre nde r o tr aidor . Se nó s não pr e nde r mo s o t raido r , a pe sso a
que nó s co quist amo s, de po is de de scançar u m po uco , clamar á v it ó r ia so br e nó s. I fá fo i
co ns ult ado par a Saan u-o t e , que fo i or ie nt ado a sa cr ificar par a ev it ar de t rat ar uma




                                                                                                         188
falt a co m co mpaix ão . De us ama a t o das as co isas não e m ex ce sso . O sacr ifí cio : quatr o
g rande s saco las, 3 200 búzio s e Fo lhas de I fá; U ma sa co la pr e nde se u co nt e udo .




O rác ulo 123



Ìdí-Òfún

        Es se O dù fala re mo ção de blo que io s e de uma viag e m ine spe r ada.


        O bse r v ação o cide nt al: O s ne gó cio s do clie nt e e st ão indo mal; é re co me ndado a
        t o mada de uma no v a linha de ação .




123 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O jiji fir i co nsult o u I fá par a Ì dí e Ò fún.
F o i dit o a e le s que u ma ine spe r ada v iaje m e st av a po r v ir e que de v er iam sa cr ificar
de mane ir a que t iv e sse m suce sso ne ssa jor nada.




                                                                                                          189
O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, um po mbo , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá ( faze r uma so pa co m
fo lhas de aik uje g unr e tr it ur adas, um po mbo e um pe ix e aro ; te v e se r co mida be m ce do
pe la manha pe la pe sso a o u po r qualque r um na ca sa).




123 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Edidi o s se g ur a e m casa. Ò fún o s blo que ia na flo r e st a.
Q ue m ir á salv a-lo s?
A pe nas Òr únmì là o s libe r t ar á;
A pe nas Òr únmì là.
I st o fo i div inado às pe sso as de I fe - Oo ye no dia que e le s
fo r am sit iado s.
Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar um pe nt e , um po mbo e 2 400 búzio s po que
so o cabe lo e st á e mbar açado , ape nas um pe nt e po de ar r uma- lo .




O rác ulo 124



Òfún’dí

        Es se O dù adv er t e co nt r a g ula e eg o í smo .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr o cupando de mai s co m se u s ne g ó cio s;
        is so re su lt a e m dific uldade s de re lacio name nt o .




124 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún limit a sua bo ndade , Wàr àg bà ag e de pr e ssa de for ma que Ò fún não po ssa no s
mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se : Q ualque r um que limit e a
be ne v alê ncia e m sua casa nunca re ce be r á bo ndade da o utr a par te . Ele fo i or ie nt ado a




                                                                                                      190
sa cr ificar um po mbo , uma o ve lha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a pe r mit ir que
a bo ndade fl ua par a de ntr o da casa.




O rác ulo 125



Ìrosù’wonrin

       Es se Odù adv er t e par a de sfr ut ar a pr o spe r idade que che g a, dev e mo s co nse r v ar a
       paz e har mo nia.


       O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso que che g a po de causar pro ble ma s fam iliar e s o u
       de par ce r ia.




125 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì ro sù wó nr í n, Ì ro sù wór in wo n co nsult o u I fá par a as pe s so as de A le de -O wa. F oi
pe dido a a e le s que sacr ifica sse m de ze sse i s po mbo s, uma ov e lha, de ze sse i s car amu jo s e




                                                                                                      191
16 000 o u 160 000 búzio s de mo do que pude sse m apazig uar a me nt e e e v it ar e m g uer r a
civ il.




125 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Er int unde , nó s e st amo s pr o spe r ando . I fá fo i co n sult ado par a as pe sso as de I fe - Oo ye .
Ele disse : Est e é um ano de dinhe ir o e filho s. U ma o ve lhas, um po mbo e 16 000 búzio s
de v er iam ser sa cr ificado s. A ssim e le s fize r am.




O rác ulo 126



Oworin’rosu

          Es se O dù fala da impor t ância do s so nho s.


          O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de co nt at o int imo co m sua e ner g ia
          ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas.




126 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , co nsult o u I fá par a O lawun mi quando O lawu nmi
dor mi u e so nho u. Pe la manhã, pe diu que um sace r dot e de I fá v isse div inar par a e le .
Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , ve io , co ns ult o u I fá e e nco nt ro u O wo nr in’ ro s u.




                                                                                                        192
A pó s curt a re fle x ão , e le disse : O lawun mi! v o cê t ev e um so nho na ult ima no it e . Est a é a
r azão de t er co nv idado um babala wo . No so nho vo cê o uv iu o so m de si no s de dança e
v iu alg ué m so rr ido par a vo cê . O so nho que vo cê t ev e t rás bo ns aug úr io s. Log o , vo ê
de v e sacr ificar : do is po mbo s, duas galinha s, do is paco t e s de o bì , 2 400 búzio s. Ele
se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. S ua cabe ça fo i cult uada co m um po mbo . F o i de clar ado
que “O lawu mi se mpr e se r ia r e spe it ado ”.




O rác ulo 127



Ìrosù-Obara

        Es se O dù fala de div idir co m o s o utr o s de mane ir a a g ar ant ir pr o spe r idade e
        fe li cidade .


        O bse r v ação o cide nt al: U m e nco nt ro de ne g ó cio s o u o po rt uni dade que e st á por
        v ir se r á be m suce di do .




127 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U ma v ida de pe g ar —e —lev ar far ia o m undo um lug ar pr aze ir o so par a se viv er .
I fá fo i div inado par a Ò r únmì là, que se dig ir ia a O t u-I fe par a e ns inar as pe sso as a
co nv ive r e m be m tant o e m casa quanto na r o ça.




                                                                                                       193
F o i pr e dito que Òr únmì là e st ar ia apt o a intr ui -lo s. Ele s ace it ar iam se us e nsiname nt o s.
M as ante s de e mbar car e m sua jo r nada, e le dev e r ia sa cr ificar uma po r ção de or og bo ,
fo lhas de og bo , banana s e 16 000 búzio s.
A ssi m fe z Ò r únmì là.




127 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O mo ko A lajé , o ta nt a wàr à
co ns ulto u I fápar a O y inbo .
O y inbo fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a
co me r ciar abunda nt e me nt e .
O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal e quiv ale nt e ao valo r de 200 búzio s,
uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s.
O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spe ro .




O rác ulo 128



Obara-Ìrosù

        Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a asse g ur ar be nção .


        O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso do clie nt e de pe nde de cr e s cime nt o e spir it ual.




128 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O r e i t ev e um filho ; e le o chamo u de A de (a cor o a). O r ico t ev e u m filho ; o cha mo u de
A jé (di nhe iro ). Nó s olhamo s e m no sso quint al ant e s de no me ar mo s uma cr iança. Vo cê
não sabe que o filho de O bar a- Ìr o sù é um babala wo ? Est e fo i o I fá div inado ár a as
pe s so as no dia que nó s v imo s O bar a-Ì ro sù no sant uár io de I fá. Fo i pe dido que
sa cr ificas se m de z rato s, de a pe ix e s, o sùn e 20 000 búzio s. O clie nt e dev e sr iniciado e m




                                                                                                          194
I fá. Enquant o e le se t or na to t alme nte ve r sado e m I fá, um o sùn dev e ser plant ado par a
e le .




128 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I fá no s fav or e ce u, que cu lt ue mo s e nt ão a I fá.
O risa no s favo r e ce u, que cult ue mo s e nt ão Or isa.
O risa -nla no s fav o re ce u co m fil ho s.
I fá fo i co ns ult ado par a Esu su.
F o i pr e dito que Esus u se r ia fav or e cido co m fil ho s.
Lo go e le de ve r ia sacr ifi car uma ca br a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá.




O rác ulo 129


Ìrosù’kanran

         Es se O dù chama pôr aut o -afir mação .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t imido e facilme nt e do minado no t rabalho .




129 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O luko nr an- iwo si, O luko y a-iwo si.
Q ualque r um que lev ar insult o s par a casa co nt inuar á so fr e ndo .
I fá fo i co ns ult ado par a O lo g bo , o fil ho de um sa ce r do t e .
F o i det e r minado que O lo g bo supe r ar ia to do s o s o bst áculo s e
co nqui st ar ia se us inimigo s.


                                                                                                      195
F o i pe dido que sacr ifica sse uma faca, pime nt a-da- co st a, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá.




O rác ulo 130



Okanran’rosù

        Es se O dù adv er t e so br e o s pe r igo s de açõe s ir r e spo nsáv e is e de clar a que
        arr e pe ndime nt o g e nuí no se mpr e ser á pe r do ado ..


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   fr e que nt e me nt e   tem   pr o ble mas   co m   se u
        co mpanhe ir o o u filho s.




130 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ran- k iiba’ nik iay e -o r i, Enibar i-o ran- He e pa-o nada,
O naniy iadur it iwo n co nsult o u I fá par a a galinha e se us pinto s




                                                                                                             196
quando e le s e st av am pe r ambula nd o liv r e me nt e .
F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m se de se jas se m co nt inuar
se mo v e ndo liv r e me nt e se m mo rr er .
O sacr ifí cio : u m o sùn, um r at o , um pe ix e , 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.




130 – 2 (Tr adu ção do v er so )


M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pe sso a má se de scul pa, não hav e r á ne nhum
pro ble ma.       As   pe s so as   se mpr e    pe r do ar ão   o   ig no r ant e .   I mor an- se -ibik o su nwo n
co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Me be lu fe . To do o mu ndo e st av a se que ix ando de le .
Se e le se de sc ulpas se se r ia per do a do . A s br ux as, o s fe it ice ir o s e Èsù o pai de le s e st av a
blo que ando sua bo a sor t e pro v e nie nte de O lo dunmar e . e le fo i co nt udo or ie nt ado a
sa cr ificar quat r o po mbo s, uma ov e lha, no ze s de co la, 3 200 búz io s e fo lhas de I fá (pilar
fo lhas de o luse sa ju e o riji co m sabão - da-co st a; u sar e st e r e mé dio par a banho ). Ele
r e aliso u o sacr ifí cio . Lhe fo i asse g ur ado que Olo dunmar e pe diar ia a Èsù que o
pe r do as se .




O rác ulo 131



Ìrosù-Egúntán

         Es se Odù e nfat iza a ne ce ssidade de sacr ifí cio e do u so da me dicina he r bal. Pe de
         par a que a pe sso a se co nt e nha e m fazer mal e se de dicar ao cult ivo do bo m
         car át er .


         O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo par a o clie nt e .




131 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                               197
U m ca chor ro é agr adáv e l at é o s de nt e s e m sua bo ca. U m car ne ir o é agr adáv e l at é se u s
chi fr e s. I fá fo i co ns ult ado par a a pe sso a malv ada. De u s in str uiu às pe s so as do mundo a
r e alizar e m sacr ifí c io . Ò r únmì là inst r uiu no uso da me dicina. Ele dis se que se as
pe s so as r e alizam sacr ifi cio e o fer e ndas, e las de v er iam implo r ar a Ele g bar a par a que
e st e le v e o s sacr ifí cio s at é O lo dun mar e . De us não t or na o sacr ifí cio o br ig at ór io .
Q ualque r um que de se ja te r suce sso far á o sacr ifí cio . O risa -nla inst r uiu as pe s so as a
pr iv ar -se de e nv iar a Èsù me nsag e ns malig na s, dev ido às sua s re pe r cusõ e s. Q uatr o
po mbo s, sabão -da- co st a, o sùn e 3 200 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. Elas re alizar am
o sacr ifí cio e de sde e nt ão . Ò rúnmì là te m falado às pe sso as o hábit o de t o mar e m se u s
banho s a cada quat ro dia s e o uso de o sùn par a e sfr e g ar no cor po .




131 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ek it ipet e co ns ulto u I fá par a O de -ay e e par a O de -O r un, que for am or ie nt ado s a
sa cr ificar quatr o po mbo s e 8 000 búzio s de mo do que a caçada de le s t er iam s uce s so .
O de -ay e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio , O de -Or un re alizo u o sacr ifí c io . A Hi stó r ia de
I fá: U m dia e nqua nto ca çav am, Ode - Or un de u de car a co mcinco g r ande s o vo s so b
alg umas fo lhas. e le o s pe g o u. Q uando e le alcanço u uma e ncr uzilhada, e le chamo u po r
por se u co le g a e disse , “O de -ay e , ve nha e peg ue o que e u de ix e i par a vo cê aqui”. Ele
e nt ão r et or no u à sua ca çada. O de - ay e não co nse g uiu nada aque le dia. Quando e le
r et or no u à e ncr uzil hada e e nco ntr o u do is gr ande s ov o s, e le o s pe go u co m ale gr ia.
I me diat ame nt e apó s e le vo lt ar à caçada, e le co zinho o s ov o s e o s co me u. No dia
se g uint e , Ode - Or un fo i par a o lo cal que e le hav ia co let ado o s ov o s. Par a sua g rande
s ur pr e sa, e le e nco nt ro u 20 000 búzio s de baix o de cada ov o . Ele rapidame nt e e mbo lso u
as t rê s por çõ e s de dinhe iro no pr ime ir o , se g undo e t er ce ir o dia. Ent ão e le e nco nt ro u
O de -ay e e per g unto u a e le , “o que v o cê fe z co m o s o vo o s do o ut ro dia?”
O de -ay e re spo nde u, “e u o s co zi e co mi”.
“C o mo ?”
“Ele s e st av am de li cio so s”.
Ent ão Ode - Or un dis se , “Há! e st á te r minado . Vo cê e st á mo rt o .
Vo cê O de -ay e nunca pro spe r ar á”.
Ho je no s dize mo s: “Òr ún mì là”, que sig nif ica “Só De us po ssu i pr o spe r idade . Ele é
aque le que po de r ia dar a qualque r pe sso a de aco r do co m sua v o nt ade ".




                                                                                                       198
O rác ulo 132



Ògúndá-Rosù

       Es se O dù fala do fim das difi culdade s e o co me ço da bo a sor t e .


       O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a um no vo ne gó cio , u m nov o
       r e lacio name nt o e no vo s uce s so .




132 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.




                                                                                         199
Eu fui po br e , ag o r a so u rico .
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu e st av a só , ago r a e sto u casado .
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu nunca tiv e um fil ho , ag or a e u te nho v ár io s.
A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz.
Eu e st av a do e nt e , ag or a e st o u cur ado .
I fá fo i co ns ult adso par a a ov e lha, que fo i amaldiço ada pe lo s
mut ilado s e ale ijado s.
F o i pe dido que sacr ifica sse de mo d o que as maldiçõ e s so br e s ua cabe ça
fo s se m banida s.
O sacr ifí cio : po mbo s, o bì , pime nt a- as- co st a, or og bo e 2 800 búzio s.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




132 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò g ún e st av a pr o cur ando po r sua e spo sa. Ele a e nco ntr ar ia.
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là.
Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar e lhe fo i g ar ant ido que
e nco nt r ar ia sua e spo sa que e st av a de sapar e cida.
O sacr ifí cio : u m r at o , um camar ão . um car amujo e 2 000 búzio s.
F o i de cr e t ado que , da me sma mane ir a que a pe sso a bat e e m um car aco l,
Ede t rar ia de v olt a a se spo sa de Òr únmì là.




                                                                                       200
O rác ulo 133



Ìrosù-Osa

         Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a ve nce r o bst áculo s e inimig o s.


         O bse r v ação o cide nt al: Há pe sso as que e st ão co nst ant e me nt e co nspir ando par a
         atr apalhar o clie nt e .




133 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A fe fe se -o ri- ig i- her e he r e , Efun funle le niit i- e wé -ag bo n-nik or o niko ro
co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là.


                                                                                                       201
F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cabr it o de mo do a se r v ito r io so so br e se u s inimig o s
e v e nce r to do s o s o bst áculo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio .




O rác ulo 134



Osa-Rosù

        Es se O dù fala de paz e dinhe iro co mo se ndo o s ingr e die nt e s e sse nciai s par a o
        s uce s so e pr o spe r idade .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m uma mudan ça r e pe nt ina e m casa
        o u no s ne g o cio s.




134 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                      202
Paz per fe it a, O sa’ Ro s u.
O car amujo v iv e uma v ida pací fica.
O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag e mo .
F o i pe dido a e le que viv e sse uma vida pací fica e quiet a.
A v ida de A lag e mo se r ia calma.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse aze it e -de - de ndê , banha de òr í, um gr ande pe ix e ar o e
18 000 búz io s.
Ele fe z o sa cr ifí cio .




134 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Q ualque r um que te m dinhe iro e st á apto a co mpr ar co isas bo as.
I fá fo i co ns ult ado par a Ee k a-A laje .
Ek ik a fo i asse g ur ado que se t or nar ia pr ó spe ro . Ele t ev e muit o s fil ho s.
Q uatr o galinha s e 3 200 búz io s se r iam sa cr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




O rác ulo 135



Ìrosù’Ká

         Es se O dù fala de paz me nt al e sacr ifí cio par a ev it ar do e nça- do - so no .


         O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s e st ão mais difí ce is do que de v er iam se r .
         M iuto t r abalho par a co nse g uir r e sult ado s mini mo s.




135 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O so m de um sino é o uv ido mundia lme nt e .




                                                                                                         203
I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là.
fo i pr e dito que o no me de Òr únmì là ser ia o uv ido mundialme nt e
e t odo mundo asp ir ar ia co nhe ce -lo .
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a apazig uar se u e spí r it o .
O sacr ifí cio : u m pe ix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




135 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A ro k a-A g bo k a co nsult o u I fá par a O sù.
O sù fo i or ie nt ado a sacr ifi car pr a se pr e v e nir co nt r a a do e nça do so no
que po de r e sult ar e m mor t e .
O sacr ifí cio : u ma fle cha e m se u e sto jo , uma ov e lha e 4 400 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
F o i de cr e t ado que “uma fle cha nu nca do r me e m se u e sto jo ”.




O rác ulo 136



Ìká’rosù

        Es se O dù fala de vida lo ng a e po pular idade .


        O bse r v ação o cide nt al: C o mpe t ição e m um r e lacio name nto po de se r r e so lv ido a
        fav or do clie nt e .




136 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A y ink a, o A div inho de Ì ro sù,




                                                                                                    204
co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.
F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que e la fo sse
apo nt ada co mo a mais po pular das ár vo r e s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha br anca e 12 000 búzio s.
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




136 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A y ink a, o A div inho de Ì ro sù,
co ns ulto u I fá par a Ì ro sù.
F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que t iv e sse vida lo ng a.
O sacr ifí cio : o ve lha, pe per e k u e 3 200 búzio s.
Ela sa cr ifico u.
F o i de cr e t ado : “Pe per e k u v iv e r á lo ng ame nt e ”.




O rác ulo 137



Ìrosù’Túrúpòn

         Es se Odù adv er t e co ntr a mal car at e r e ofe r e ce uma saida par a se te r filho s
         sa udáv e is.


         O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù aj uda as mulhe r e s a e v it ar abor to s.




137 – 1 (Tr adu ção do v er so )


P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u,




                                                                                                205
c ujo car áte r não de ix av a que as pe sso as fala sse m de se u no me . F o i pe dido a e le que
sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pude s se ajuda -lo a ame nizar se u car at er .
O sacr ifí cio : u m po mbo (se m mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se
r e cuso u a sacr ifi car . Se e le t ive s se fe iro o sacr ifí cio , Òr únmì là te r ia ame nizado se u
car át er de fo r ma que se u no me fo sse be m falado no mundo .




137 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ie nt dado a faze r sacr ifí c io .
A bimo k u se mpr e dar ia a luz a cr inaça s que so br e v iv e r iam. O sacr ifí cio : uma t ar t ar ug a
e 16 000 búzio s. Ela sacr ifico u. F o i aco nse lhado que o no me de la fo sse mudado par a
M o la (uma cr ian ça so br ev iv e ). "É pro ibi do . U ma tart ar ug a jov e m nu nca mo rr e ".




O rác ulo 138



Oturupon’Rosù

        Es se O dù adv er t e co nt r a de sar mo nia e m um re lacio name nt o .


        O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù pe de por maio r int imidade , r e lação aber t a co m
        o co mpanhe ir o da pe sso a.




138 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                         206
O t ur upo n’ R o su, A r iwo ni
co ns ulto u I fá par a De l umo .
Ela fo i pr ev e nida de que se u mar ido a pe rt ubar ia.
Po r é m, se e la fize ssa sa cr ifí cio , se u mar ido lhe dar ia paz me nt al.
O sacr ifí cio : do is car amujo s e 4 400 b úzio s.
Ela sa cr ifico u.
F o i de clar ado : “do is car amu jo s nun ca se cho cam”.




138 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Es ur u awo Ir e
co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando e st e e st av a indo de spo sar Ìr o sù.
Lhe fo i as se g ur ado que e le t er ia muito s filho s e ne t o s pe lo casame nt o .
U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s de v er iam se r sacr ificado s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




O rác ulo 139



Ìrosù’Túrá

        Es se O dù fala de co isas que são -no s bo as me smo que não go st e mo s de las.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m u ma de sagr adáv e l por é m ne ce s sár ia t ar e fa a
        c umpr ir .




139 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                           207
Há dias e m que nó s lo uv amo s as pe s so as más. I fá fo i co nsult ado par a Olo dunmar e , que
fo i aco nse l hado a sacr ificar par a asse g ur ar que a pe sso a que e le plane jav a e nv iar e m
mi ssão não re cu sas se a t ar e fa de faze r do mundo um lo cal pací fico . Duas t ar t ar ug as,
fo lhas de og bo e 6 600 búzio s for am sa cr ificado s. Apó s o sacr ifí c io , e le e nv io u
Ì ro sù’ T úr á ao mun do . A s pe sso as que ix ar am- se que o car át e r de Ìr o sù’ Túr á não er a
bo m. O dùdùa disse que e le e nv io u Ìr o sù’ Túr á par a o be m da humanidade ; e nt ão e le
não o sub st it uir ia por out ro qualque r . Ele disse : Se um g r upo de pe s so as se re une ,
apó s alg um te mpo o me smo se dis per sa. Q ual impr e ssão dar ia se as pe sso as se
r e unis se m dur ant e um t e mpo muit o lo ng o , at é fi care m impo ssib ilit ado s de se dispe r sar
e ir par a s uas re spe ct iv as ca sas ?




O rác ulo 140



Òtúrá-Ìrosù

        Es se O dù fala de a ho ne st idade ser o único caminho par a se co nse g uir paz- de -
        e spí r ito e har mo nia.


        O bse r v ação o cide nt al: F re qüe nt e me nt e , as re laçõ e s co me r ciais do clie nt e e st ão
        e m pe r igo .




140 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Gba sidig bar a co nsu lto u I fá par a O niko y i.


                                                                                                          208
O niko y i to mar ia a pro pr ie dade de alg ué m.
O niko y i se de cidir ia a ut ilizar a pro pr ie dade par a si.
F o i pr e dito que o ca so ge r ar ia calo ro sa disc ussão .
Ent ão e le dev e r ia fazer um sacr ifí cio de de z car am ujo s e 3 200 b úzio s.
F o i pe dido que dev o lv e s se t udo que não lhe per t e nce s se .




140 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr á de s canço u, Ìr o sù dis canço u: e la co nsult o u I fá
par a O lú-I wo .
O lú- I wo e sua e spo sa fo r am asse g ur ado s da paz- de -e spí r it o .
U m po mbo e 4 400 búzio s se r iam o fer e cido s e m sacr ifí cio .
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




O rác ulo 141



Irosu-Ate

        Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a co nse g uir su ce sso e v ida lo ng a.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se g uir u m camin ho e spir it ual.




141 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì ro sù -A te co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là.
fo i pr e dito que Ò r únmì là iniciar ia pe s so as por t o do o mundo .




                                                                                                  209
F o i pe dido que sacr ifica sse uma g alinha, fo lhas de te t e , 3 200 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




141 – 2 (Tr adu ção do v er so )


À ik ú-e g bo n-Ì wa co ns ult o u I fá par a Ì ro sù e Ìr e te ,
que fo r am av isado s a sa cr ificar par a que co nt inuas se m a se r e m fav or e cido s
por Ò r únmì là e não per e ce r e m.
U ma ca br a e 20 000 b úzio s se r iam sa cr ificado s.
Ele s sacr ifi car am.
F o i de clar ado que Ò r únmì là se mpr e v iv e r ia no iy è -ir ò sù.




O rác ulo 142



Irete’Rosù

        Es se O dù fala de e mpe cilho s e difi culdade s ine spe r adas.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m fr e qüê n cia e st á se nt indo pr e ssão — se m
        uma cau sa facil me nt e ide nt ificáv e l.




142 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I re t e ’R o su co nsult o u I fá par a O lo fin.




                                                                                                   210
O lo fin fo i aco nse lhado a ofe r e ce r sacr ifí cio de v ido pr o ble mas ine spe r ado s.
U m po mbo br anco , uma galinha br anca e 20 000 búzio s. dev e r iam se r sacr ifi cado s.




O rác ulo 143



Irosu-Ose

        Es se O dù fala de ve nce r dific uldade s e me lhor ar o s neg ó cio s.


        O bse r v ação o cide nt al: C amin ho s nov o s o u apro x imaçõ e s re sult am e m su ce sso .




143 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Nó s o uv imo s o so m do o sù de O se saudando as pe sso as.
Nó s pe rg unt amo s o que O se e st av a faze ndo , so ando se u o sù.




                                                                                                       211
O se e st av a co nquist ando se us inimig o s. O se e st ar ia pr eo c upado co m se u t rabalho de
div inhação .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um r ato , um pe ix e e 2 800 búzio s.
Ele o be de ce u e sacr ifi co u.




O rác ulo 144



Ose-Rosù

        Es se O dù fala da re mo çaõ da dor e da t rist e za.


        O bse r v ação     o cide nt al:   A t iv idade   mundana   caót ica   e st á   re sult ando   em
        infe li cidade .




144 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A bat alha é do lo r o sa, a cidade é mi se r áv e l.




                                                                                                       212
I fá fo i co ns ult ado po r O se .
O se fo i aco nse lha do a sacr ificar de fo r ma que e le e st ar ia se mpr e fe liz.
O sa cr ifí cio : u m sino , uma po r ção de obì , uma gr ande tije la de inhame pilado , uma
t ije la de so pa, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




144 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O biy e nme y e nme
co ns ulto u I fá par a o g alo e par a a galinha.
A s av e s co nt inuar iam a se r pro dut iv as.
F o i pe dido que sacr ifica sse m uma ca br a e 20 000 búzio s.
Ele s sacr ifi car am.




O rác ulo 145


Ìrosù’fún

        Est e O dù fala de pr ot e ção co nt r a e nfer midade s de fo r ma a te r bo a sor t e .


        O bse r v ação     o cide nt al:   O   clie nt e   e st á   se   pr e o cupando    de mais   co m
        r e lacio name nt o s pre j udican do o s neg ó cio s.




145 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì ro sù’ f ún, o so m da ch uv a é o uv ido e m to do lug ar .
I fá fo i co ns ult ado par a Ek un (o le o par do ). Lhe fo i pe dido que


                                                                                                      213
sa cr ificas se de fo r ma que não pude s se se r at acado po r Sò npò nná.
O sacr ifí cio : v er t a aze ite - de -de ndê e m u ma t ije la, milho t or rado e e ko mist ur ado co m
ág ua e m uma caba ça.
Ek un sa cr ifico u mas não fe z co rr e t ame nt e .
Ele se gabo u que não tinha cer t e za que alg ué m po der ia der ro t a-lo e m co mbat e .
Ele fo i info r mado que Sò npò nná o at acar ia mas não po der ia mat a-lo .




145 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì ro sù’ f ún, uma ino ce nt e cr iança nas ce u.
Ì ro sù’ f ún, nó s dev e mo s lav ar a ca be ça do clie nt e .
I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là.
Ele fo i as se g ur ado que bo a so rt e e st av a e m se u caminho .
U m po mbo e 2 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s.
Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio .




O rác ulo 146



Òfún’Rosù

        Es se O dù fala de sacr ifí cio par a re mov e r tr ist e za par a uma v ida lo ng a e fe liz.


        O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù é uma bo a indicação par a nov o s e int imo s
        r e lacio name nt o s.




146 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún’ R o sùn co nsult o u I fá par a Ewa- olú.




                                                                                                         214
F o i pr e dito que Ewa-o lú se r ia t er ia u ma v ida fe liz.
O sacr ifí cio : U ma g arr afa de me l e 14 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




146 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún e st á distr ib uindo bo ndade .
Ò fún não faz ne nhum alar de so br e is so .
Pe sso as co mo Ò fún são difí ce is de se e nco ntr ar na t er r a.
Q ualque r um que de se ja re alizar mar av ilhas dev e o lhar par a o par aiso . O Par aiso é o
lar da ho nr a.
I fá fo i co ns ult ado par a o s ser e s hu mano s, que falar am que a mo rt e se mpr e o s lev ar iam
a v er as mar av ilhas e m cé u.
F o i pe dido que sacr ifi cas se m de mane ir a que a e sc ur idão e a tr ist e za fo s se m banidas
de se u s ca minho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, quatr o t ar t ar ug as, quat ro pe daço s de te ci do br an co e
quat ro paco t e s de o bì .
Ele s o uv ir am mas não sa cr ificar am.




O rác ulo 147



Owonrin’Bara

        Es se O dù pe de par a olhar mo s de nt ro de nó s me s mo s par a o bt e r mo s re spo st as
        par a no sso s pr o ble mas.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e .




147 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ele me ve , Eu não o ve jo .




                                                                                                          215
O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa.
F o i dit o que o que pro cur amo s e st á per to de nó s,
mas por cir cu nst ancia s ine spe r ada s.
F o i pe dido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnire g un
po ssa mo str ar -no s.
Ò r únmì là, Te st e munha do De st ino , Se g undo Se r Supr e mo de
O lo dunmar e disse :
O que e st amo s pro c ur ando e st á pe r to de nó s; nada no s impe de de v er
que e le salv a da ig nor ân cia.
O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e re mé dio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n).
Ele sa cr ifico u.
F o i dit o e nt ão que O o wa se mpr e e nco ntr ar ia o que e le pr o cur asse .




147 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A s r e de s abu ndam par a o pe scado r I bada div ino u par a De ’ do .
F o i pr e dito que e le dev er ia ser um pe scado r .
F o i pe dido que fize sse sacr ifí cio par a vida lo ng a e saúde .
O sacr ifí cio : pe pe r ek u, uma o ve lha, um po mbo e 2 800 búzio s.
Ele fe z o sa cr ifí cio .
O rác ulo 148



Obara’Wonrin

         Em ibi, e sse Odù fala de uma pe sso a ag indo ir r acio nalme nt e ; e m ir é fala de
         pro spe r idade po t e ncial.


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se tr anquilizar - se par a obt er s uce s so .




148 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                              216
A g be te m a vo z de jog o . A luko t e m a vo z de v e ne no , O bar a’ Wo nr in te m a vo z de
maso r o masor o (e u far e i o mal, e u far e i o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r un- go go ro ,
que e st av a indo se e nco nt r ar par a dançar e lhe fo i pe dido que sacr ifi cas se duas
g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin o uv iu e sa cr ifico u. quando e le che go u ao lo cal, e le
ult r apasso u t odo s o s o utr o s na dança co mo pr e dit o . Se us co mpanhe ir o s ficar am
fur io so s e e nv iar am Esin par a bu scar um ve ne no que e le s pude sse m ut ilizar par mat ar
Eg bin. Q uando Esi n e st av a r et o r nando , co me ço u a chov e r e a r oda de dançar ino s
dispe r so u -se . A ch uv a ume de ce u a dr og a no co r po do cav alo (e sin). O v e ne no fe z Esin
fi car fur io so e co rr e r . De sde e nt ão , o v e ne no fe z e sin f ug ir r e pe nt iname nt e co m me do e
co rr e r se m ning ué m o g uiar .




148 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O que sabe m v o cê s so br e isto ?
Nó s co nhe ce mo s ist o co mo aleg r ia.
I st o fo i div inado par a Òr únmì là A lade quando
e st av a e le e m dific uldade .
Ele s disse r am: O ano de rique za s che g o u.
F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo , sal e 2 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.


O rác ulo 149



Owonrun’Konran

        Em ibi e sse Odù fala da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar ac usa çõ e s co ntr a o
        clie nt e . Em ir é fala de mo me nt o s de pr azer par a o clie nt e .


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   ne ce ssit a   se r   mais   re alist a   co m   re spe it o
        as sunt o s co t idiano s.




149 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                                 217
Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.
Q ual dia é e st e ? Disse r am e le s que e st e é um dia de tr ist e za.
I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ e r in.
Ele s disse r am: Ho je é dia de acusa çõ e s inj ust as. Ent ão e la fo i aco nse lhada a
sa cr ificar e fun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do e ir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as
palavr as ma s ná fe z o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist e za
pude sse r e cair so br e se us o mbr o s que e la não pude sse mante r o sor r iso e m se us lábio s.
Ela sa cr ifico u de po is, quando falsa s acu saçõ e s se t or nar am muito s pe sadas par a e la.
A nt e s que fo lhas de I fá fo sse m pr e par adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a o fe r e nda
do bro u. Ela o uv iu e sacr ifico u. Lhe for am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as fo lhas co m
o utr o s ing r e die nt e s me ncio nado s aci ma co m sa bão par a o clie nt e ut ilizar no ban ho ).


149 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas.
I st o fo i div inado par a Eg ase se , o pássar o no alg o do e iro .
Ele pe rg unt o u, “que dia é e sse ?’ .
Lhe fo i dit o que é o dia de aleg r ia e de fo lg ue do .
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um po mbo , uma cabaça co nt e ndo inhame pilado ,
uma t ije la de so pa, v inho de palma e 3 200 búzio s.
Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u.
O rác ulo 150



 Okanra’wonrin

        Es se Odù fala so br e pro ble mas judi ciais e de s uas re pe r cu ssõ e s. Cr ime s se r ão
        puni do s.


        O bse r v ação o cide nt al: C o m fr e quê ncia, o cl ie nt e e ncar a pr o ble mas judi ciais —
        co m o g ov er no o u co m a R e ce it a Fe de r al, por e x e mplo .




150 – 1 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                          218
So fr ime nt o pr o lo ng ado fo i div inado par a O kanr an co ntr a que m pro ce s so s j udiciai s
fo r am inst ig ado s. Ele s di sse r am que sa cr ifí cio dev e r ia se r fe ito de fo r ma que O kanr an
não fale ce sse dur ant e o pr o ce sso . O sacr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 2 200 búzio s.
Ele sacr ifi co u. Fo i dit o que : Ok anr an de s cançar á. Po mbo s junt am bê nção s a to rt o e a
dir e ito e m ca sa.Lo ngo é o t e mpo de vida da o ve lha; e la re ce be u a bê nção de uma
e x ist ê ncia pací fi ca. O mundo int e iro go st a de dinhe ir o . Not a: A maio r part e do
dinhe ir o de sacr ifí cio dev e se r dada ao s o utr o s; ape nas uma pe que na por ção ser á do
baba lawo .


150 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Je k o se k a (lhe de ix e fazer mal ) apo ia O sik a;
Je k o se bi (l he de ix e pr at icar cr ue ldade ) apo ia A se bi.
I fá fo i co ns ult ado par a o pet ulant e , que diz que Ò rúnmì là é che io de adv e rt ê ncia s ma s
que far á o que lhe der na te lha. Ele s e st ão pr at icando o mal; e le s e st ão faze ndo
maldade ; as co isa s mundanas são bo as par a e le s. I st o fo i re lat ado a Òr únmì là, que
dis se , “Por é m, quant o t e mpo po ssa lev ar , v ing ança e st á por v ir , da me sma mane ir a que
as ondas d’o ce ano que br am, suav e me nt e ar r uí na a car g a e o s ne g o cio s e nquant o
t rabalha. Q uando a ho r a che g ar , e le s fug ir ão ". U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o par a
impe dir Je k o se k a e Jek o se bi   ade nt r ar e m e m nó s, de for ma que se me lhant e s não no s
e s car ne ça no fim.
O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, aze it e -de - de ndê e 18 000 búzio s.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.




                                                                                                      219
220
O rác ulo 151



Oworin-Egúntán


           Es se O dù fala de co nflito s e dific uldade s no s neg ó cio s e no lar .


           O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido e m um co nfl ito que não po de
           v e nce r . De ve co r t ar g asto s.




151 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in-Eg únt án div ino u par a O dan
que e st av a e m me io a inimo go s (o u se ja, to das as ár vo r e s da faze nda
e r am ho st is à árv or e Edan).
Ele s co ntr at ar am um mo nstr o que po der ia bat e r e m O dan que e st á dia e no ite ao ar
livr e .
F o i pe dido a O dan sa cr ificar de mane ir a que o mo nstr o náo pude sse peg a- lo .
O sacr ifí cio : u m r at o , um pe ix e ar o , de ndê , banha de òr í , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ele s disse r am: “o mo nst ro não po de peg ar Odan ao ar liv r e . Odan se mpr e ser á
r e spe it ado ”.




151 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Pe r e g un-s usu co nsult o u par a O wo n e Eg únt án. Fo i pe dido
que sacr ifica sse m de mane ir a que e st ar ia be m co m O wo n e Eg únt án sua e spo sa.
O sa cr ifí cio : u m po mbo , uma ov e lha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. ( e smag ar fo lha s
o loy inwi n e m ág ua par a o clie nt e lav ar sua ca be ça co m sabão ). Ele sa cr ifico u.




                                                                                                        221
O rác ulo 152



Ogunda Wonrin

        Es se O dù fala de po s sív e l inv e ja, ci úme s e co nflit o s dev ido ao suce sso do clie nt e .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e v it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação de v e
        se re alizar .




152 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U ma pe s so a pr e g uiço sa do r me e nquant o um o per ár io tr abalha; o tr abalhado r finda s ua
jo r nada e o ut r o s co me çam a inv e ja- lo . I sto fo i div inado par a Ò g ún. F o i pe dido que e le
sa cr ificas se de mo do que aque le s que o inv e jav am fo s se m de str uido s. O sa cr ifí cio : u m
po te d’ ág ua, um car ne iro , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. Fo i dit o que “A
ca baça que faz do po t e d’ ág ua um inimig o , que br ar á a caminho do r io ; aque le s que te m
av er são por v o cê mor r er ão ”.




152 – 2 (Tr adu ção do v er so )


M ar que o O dù Ò g úndá Wo nr in no iy e -ì ro sù e inv o que I fá de st e mo do :
“Òg ún dá Wo nr in! Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja par a minha ho nr a. Vitó r ia apó s a
lut a pe rt e nce ao le ão . Vitó r ia apó s a lut a pe rt e nce a Ààr á. Òg úndá! Vo cê o s jog a ao
chão no co mbat e to do s o s dias, e m to do s o s lug are s. Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja
par a minha ho nr a. A jag buy i”. Po nha o iy e -ìr o sù no de ndê e lambe ist o ant e s de sair
par a o ca mpo de bat alha. O u mo a junt o co m ipe -e le (li malha de fe r ro ), iy i- ek un (pe le
de leo par do ) e pime nt a-da- co st a d e aija co m e dun -ààr á, mar que o O dù Ò g úndá Wo nr in
ne le , e inv o que co mo assima. Esfr e g ue na cabe ça ant e s de lut ar .




                                                                                                        222
O rác ulo 153


Owonrin-Osa

        Es se Odù fala da ne ce ssi dade de co r ag e m e m co nf lito s que e st ão por vir e te r
        ca ut e la co m nov o s r e lacio name nto s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e t o mar cuidado no re lacio name nt o co m uma
        pe s so a ”po br e ”.




153 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in-O sa: Ele g bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a
Ele g bar a. À àr á não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a À àr á .
Ek un (o le ão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ek un. Eu
não fug ir e i no dia de uma bat alha; que me us so ldado s não fu jam no dia de u ma
bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e -ì ro sù mar cado co m O wo nr in-
O sa. Tr it ure ipe - e le , co lo que e m uma ca baça e mist ur e co m ag idi (fu bá) e be ba co m
se u s so ldado s.




153 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I k un, o A wo da e st r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulhe r fug it iv a
v ir ia a se r s ua e spo sa. F o i pe dido que sacr ifi casse par a que e la pude sse ade ntr ar à sua
ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amu jo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá (co zinhar um
caldo co m fo lhas de è so co m car amu jo s par a se r t o mado pe lo clie nt e ). e le o uv iu e
as cr ifico u.




                                                                                                   223
O rác ulo 154



Osawonrin

        Es se Odù fala so br e a inut ilidade de se fug ir de pro ble ma s e que st õ e s
        v er go nho sa s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e nco nt r ar mudança s sub it as de sagr adáv e is
        no s r e lacio name nt o s.




154 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ewé O mo div ino u par a O sa, aler t ando - o que fug ir se r ia inút il po r que o mundo o ve r ia
e r ir ia de le . Lhe fo i aco nse lhado faze r sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s ve rg o nho so s
não pude sse m so br e v ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200 búzio s. Ele fe z
co mo aco nse lhado . Apó s o sacr ifí cio , o babala wo o uv iu a se g uint e cant ig a de I fá: O sa
não r oubo u, he n! O sa não ut ilizo u fe it iço s malé fi co s, he n! O sa não co nto u o s se g r e do s
de se us amig o s, he ! O sa não me nt iu, he n! M inha que st ão se to r no u ho nr ada; Eu o fer e ci
um pás saro e m sacr ifí cio (tr ê s ve ze s). M inha que st ão se t or no u ho nr ada, e assim po r
diant e . To das as pe sso as que e st av am ali cant ar am e m cor o .




154 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A t e wog ba ( co nse nt ime nt o ) div ino u par a A so le (se nt ine la; cão ). A so le fo i or ie nt ado a
sa cr ificar de mane ir a que se u car át e r pude s se se r ace it áv e l pe las pe sso as do mu ndo . O
sa cr ifí cio : me l, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                         224
O rác ulo 155



Owonrin’Ká (Erinsija)

        Es se Odù g ar ant e s uce s so atr av é s da mo de r ação . Em ibi, e le pr ev ê so luçõ e s
        atr av é s de sa cr ifí cio s, par a mor t e e ho st ilidade .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e pe nsar cuidado same nt e ant e s de ag ir .




155 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò r únmì là disse O wo nr in’ K á, e u disse O wo nr in’ K á. Eu pe rg unt e i por que O wo n e st á
r indo animada me nt e . Ò r únmì là dis se : Há dinhe ir o , u ma e spo sa, fil ho s e co isas bo as e m
s ua casa. A v ida de O wo n é pe r fe it a. O wo n co lo co u t udo e m e quilí br io . O wo n não
co me se m ant e sav aliar aquilo que co me . O wo n não be be ág ua se m ante s av aliar aquilo
que be be . O wo n não usa ro upas se m ant e s av aliar aquilo que ve st e . O wo n não co nst ro i
uma ca sa se m ante sav aliar aquilo que co nst ro i. I st o fo i div inado por A fiwo n-se -o hun-
g bog bo e m I fe - Oo ye , e t ambé m par a O yinbo . F oi pe dido que e le s sacr ifica sse m par a
que nun ca per de sse o e quilí br io . O sacr ifí cio : quatr o pime nt as -da- co st a, quatr o bo lsa s,
fo lhas de me u, quat ro mo r ce go s e 4 200 búzio s. Ele s sacr ifi car am. Lhe s fo r am dadas
fo lhas de I fá co m a gar ant ia que qualque r co isa que e le s se g ur asse m, não de ix ar iam
cair . U ma mo r ce go não se pr e nde e m uma ár vo r e par a de po is de si st ir e cair .




155 – 2 (Tr adu ção do v er so )


K ar inlo , K ar im bo wale . Se u ma cr iança não ca minha, não par e ce r á ex pe rt a. I sto fo i
div inado par a par a Ade mo or in Ay ank ale . Lhe fo i pe dido que sacr ifi casse de mane ir a a
não t ro pe çar nas mão da mor t e , o u se e le se se nt i sse nas mão s da mo rt e , que e st a não
pude sse le v a-lo . O sacr ifí cio : uma tart ar ug a, e so -ik u (um t ipo de se me nt e ) e 2 0 000
búz io s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u.




                                                                                                       225
155 – 3 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in’K á div ino u par a Òr únmì là, que e st ar ia camin hando ao r e dor do mundo . F oi
pe dido que sa cr ifica sse par a que as mão s daque le s que o me no spr e za não t iv e sse m
po der so br e e le . O sacr ifí cio : no ze s de k o la se cas, or og bo , o mo - ay o (um tipo de
se me nt e ), um po mbo , uma galinha, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e
sa cr ifico u. Ele s disse r am: as unha s do s ho me ns não in fe ct am as no ze s de ko la, or og bo ,
o mo -ayo ; as mão s do s que me no spr e zam a t i não te afe t ar ão .




                                                                                                    226
O rác ulo 156



Ìká’wonrin

       Es se O dù pe de par a ev it ar açõ e s pr e cipit adas par a que se e v it ar de sgo st o s.


       O bse r v ação o cide nt al: De se quilí br io e mo cio nal cau sar á per das a tr abalho .




156 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A pe sso a má não pe sa sua s açõ e s. I st o fo i div inado par a A labamo (aque le que pe sa),
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a que
e le po ssa fazer co isa s bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sacr ifi co u.




156 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-npoy ink a’ wo n (mal fe ito r e s são dando vo lt as e m t or no de si); Ò wo n e st av a
g ar g alhando . I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e . Elas fo r am or ie nt adas a
sa cr ificar de mane ir a que se u s inimig o s não as re t ir as se m de s ua po sição o u as
r e leg as se m a t ar e fa s se c undár ias. O sacr ifí cio : e fun, o sùn, um po mbo , uma ov e lha e 2
400 búzio s. Ele s o uv ir am e sa cr ificar am. O babalawo dis se : F o i A bar iwo n que dis se que
I fe não dev e r ia se e x pandir na te rr a po is ser ia de st r uí da. Ò r únmì là! Nó s não dis se mo s
que I fe não se ex pandir ia. Q ue viv amo s lo ng a vida. Q ue no ssa s pe g adas no mundo não
se jam apag adas.




                                                                                                       227
O rác ulo 157



Owonrin-Oturupon

        Es se Odù pro põ e t anto so luçõ e s par a mor t e s pr e mat ur as de cr ian ças, quant o
        par a o s uce s so de uma viag e m que e st á por v ir .


        O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e pr e v e nção co nt r a abor t o .




157 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Si mpat izant e s div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada)
de v ido `mor t e pr e mat ur a de se u filho .
Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as
mo rt e s pr e mat ur as de se u s filho s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá.




157 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O wor in e st av a indo e m uma jor nada; e le e nco nt ro u Ot ur upo n pe lo ca minho .
I st o fo i div inado por Ò r únmì là.
Ele s disse r am: Ò r únmì là r et r ibuir á co m bo ndade .
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 4 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                               228
O rác ulo 158



Oturupon-Owonrin

        Es se O dù fala de aleg r ia que e st á por v ir e da ne ce s sidade de pr ot e g er sua
        r e put ação .


        O bse r v ação   o cide nt al:   Um   r e lacio name nt o   não   mo no g âmico     po de   causar
        pro ble mas.




158 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O t ur upo n- O wo nr in, nó s e st amo s dançando , nó s e st amo s no s re go zijando .
O t ur upo n- O wo nr in nó s e st amo s br in cando .
I st o fo i div inado par a aque le s e m Oy o.
Ele s dis se r am: A lgo que co nt e nt ar á o s cor açõ e s de le s e st á pró x imo . Se apr ox imando
r ápido , mas e le s de v er iam sacr ifi car quat ro po mbo s, ba st ant e aze it e - de -de ndê e 8 000
búz io s.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.
Ele s disse r am: Ès ù não se r á capaz de t ir ar sua aleg r ia.


158 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O dinhe iro me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in.
U ma e spo sa me vê e me se g ue , Ot ur upo n-O wo nr in.
U m filho me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in.
I sso fo i div inado par a Olasim bo At e pamo se - Ko lamale lo , que
fo i aco nse l hado a sacr ificar de mane ir a que sua ho nr a não lhe fo sse t ir ada.
O sacr ifí cio : u ma o ve lha e 4 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                       229
O rác ulo 159



Owonrin-Òtúrá

         Es se O dù fala so br e e v it ar co nflit o s co m um for t e o po ne nt e .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e ev it ar um co nflit o fí sico o u um de se jo de
         "ir a de sfo rr a" co m alg ué m.




159 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I jam ja se mpr e e st á pr e par ado div ino u par a Ì g bí n (car am ujo ) O me so quando e le e st av a
indo lut ar co m Ek un (le o par do ).
Ele s dise r am: O leo par do e st á se m pre pr e par ado e o car amujo não dev e r ia se av e nt ur ar
[a de safia- lo ]. Nó s de ix amo s po r co nt a daque le que é mais po der o so que nó s, O lo r un.
Ele fo i aco nse l hado a faze r sacr ifí cio de fo r ma que de st ino po der ia lut ar po r e le .
O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s.
O car amujo sa cr ifico u.




159 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Nó s pr o cur amo s muit o por ist o ; nó s o ac hamo s.
I st o fo i div inado par a a fo lha g bég bé , a qual fo i or de nada a sa cr ificar de for ma que
po de sse te r bo a sor t e e m co nfiar .
O sacr ifí cio : de ze s se is or og bo e 4 400 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as e sa cr ifico u.
Ele s disse r am: A mo rt e não lev ar á g bég bé , do e nça não a jo g ar á ao so lo . Gbé g bé se mpr e
e st ar á ve r de .




                                                                                                      230
O rác ulo 160



Otura-Wonrin

        Es se Odù fala da mo r te co mo part e da o r de m có sm ica co mo t ambé m da
        ne ce ssidade de co nscie nt ização fí sica e e spir it ual.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo at e ncio so s o u amor o so o
        s uficie nt e co m se us filho s.




160 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O O niscie nt e co nhe ce aque le s que tr at am o pró x imo co m maldade . Pe sso as do ca mpo
r e co nhe ce m pe sso as da ci dade . Viajant e s da Te rr a e v iajant e s do C é u, nó s v er e mo s
cada um de le s no v ame nt e . C upins não se di spe r sam se m lo g o e m se g uida se
r e ag r upar e m. I sto fo i div inado par a nó s se r e s humano s que se lame nt am pe lo o mo r to .
A s pe s so as da t er r a e st ão r et or nando par a o nde e le s v ier am. Par a quê as lagr imas ?
Par a quê t r ist e za? Par a quê mov e r a si me s mo par a ci ma e par a baixo ? Par a quê je juar ?
A que le que no s e nv ia é o me smo que no s chama de vo lt a à ca sa. A quilo que no s agr ada
na te rr a não agr ada a Edù mar è . A s pe sso as na te rr a se re une m e faze m o mal. Edù mar è
não go st a dis so ; Edù marè não ace it a isso . Ent ão , se e u dig o v ai, v o cê v ai e se e u digo
v e m, vo cê v e m. Se u ma cr iança não co nhe ce se u pai, a te rr a não e st á ce rt a. A mor t e é
aquilo que lev a uma cr iança a co nhe ce r o C é u. Q ue m e st á pe nsando e m Edùmar è ? Se
não ho uv e sse Ès ù, o que pe nsar iam o s po br e s? To do mundo e st á pe n sando e m si
me s mo ; e le s e st ão pro cur ando co mida e be bida. M ist ér io da e sc ur idão! U ma cr iança
não co nhe ce se u pai! F ale co mig o par a que e u fale co m v o cê ; po r no ssa s vo ze s
r e co nhe ce mo s um ao o utr o na e sc ur idão . Se uma cr iança não co nhe ce se u pai, a te rr a
não e st á ce rt a. O sacr ifí cio : quatr o po mbo s br anco s, quat ro ov e lhas e 8 000 búz io s. Ele s
o uv ir am e sa cr ificar am de mo do que pude r am t er v ida lo ng a e v er a bo ndade e
bê n ção s.




                                                                                                      231
O rác ulo 161



Owonrin-Irete

          Es se O dù fala de não se r supe r st icio so ou par anó ico .


          O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io que o clie nt e me dit e so br e se us o bjet iv o s e
          aja de mane ir a a at ing i-lo s.




161 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Não há bat alha no campo ; não há co nsp ir ação na cidade .
I st o fo i div inado par a Olo fin I wajo .
Ele s disse r am que o mandat o de le co mo che fe ser ia bo m.
Ele s disse r am que Olo fin dev er ia sacr ificar par a que a ale gr ia
de se u re inado não t or nar ia as pe sso as pr e g uiço sa s o u más.
O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, um cão e 14 000 búzio s.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.




161 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O wo n riu de sde nho same nt e de Ir et e , o de safiando a ag ir , pe rg unt ando , "o que far á
I re t e ?”.
Ele s disse r am que Ir et e po de piso t e ar e po de o s ubme r g ir .
I st o fo i div inado por A fi’ nis’ e g an (zo mbe t e iro ),
Q ue fo i aco nse lhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg ué m mais
po der o so .
O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba e wo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                         232
O rác ulo 162



Irete Wonrin

        Es se O dù fala de se co nse rv ar uma po si ção de ho nr a.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g anha; o po ne nt e pe r de!




162 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I re t e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aque le s que co nspir am
co nt r a e le , cair iam e m ve rg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s se u s no me s, mas
si m, nó s o uv ir e mo s par a se mpr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pe lo mundo .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.




162 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A g be e st á tr aze ndo bo ndade à casa; Ir et e e st á ape nt ando -o s na mão .
I st o fo i div inado par a Te mit ay o , a que m fo i pe dido sa cr ificar par a te r
v ida lo ng a na te rr a. O sacr ifí cio : uma ov e lha, um po mbo , pe pe r ek u (t ipo de e rv a) e 4
400 búz io s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




                                                                                                   233
O rác ulo 163



Owonrin-Se

         Es se O dù fala de vitó r ia so br e adv e r sár io s.


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se mpr e se r á acu sado de pro mis cuidade se x ual.




163 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in-Se div ino u par Òr únmì là.
Ele s disse r am: Ò r únmì là e as pe s so as de s ua casa nunca
t iv e s se m do que se lame nt ar .
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo e 3 200 búzio s.
e le sa cr ifico u.




163 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in não pe ca; O wo nr in não pr at ica o mal; O wo nr in e st a se ndo
fal same nt e acu sado .
F o i dit o que O wo nr in ve nce r ia e que e le de v er ia sa cr ificar
um galo , um e dùn- ààr á e 2 200 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u e co lo co u a pe dr a de r aio e m se u I fá.




                                                                                                     234
O rác ulo 164



Ose-Owonrin ( Ose-Oniwo, Ose-Oloogun )

        Es se O dù fala de sacr ifí cio s par a r e par ar no s sa fo r ça e pro t e ção .


        O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o no ne g ó cio o u car r e ir a do clie nt e po de se r
        e quili br ado atr av é s de r e no v ação e spir it ual.




164 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Eu e sto u de sgo st o so , awo da Ter r a; e u e st o u can sado awo do C é u.
I st o fo i div inado par a Pok o lak a quando e st e e st av a indo cur ar Og ir i (par e de ).
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mo do que O g ir i não mor r e sse so br e e le .
O sacr ifí cio : t rê s galo s e 6 600 b úzio s.
Ele o uv iu por é m não sa cr ifico u.
Po ko lak a é o no me pe lo qual chamamo s uma fo r quilha.




164 – 2 (Tr adu ção do v er so )


C o lo que iy e - ìr o sù que fo i mar cado co m o O dù O se -O niwo e m e m um pot e g rande ;
adicio ne uma quant idade ge ne r o sa de r aize s de ito e de ee nu (t ipo de fr ut a); ve rt e r
ág ua de ntr o e co br ir o pot e ; mist ur e cinza s à ág ua e lacr ar a mist ur a po r se t e dias.
A marr e no v e e e r u co m linha s pr e t as e br ancas no pe sco ço do po t e . A br a o ag bo
(in fusão ) no sé t imo dia par a to mar banho . Se u e fe it o : Enquant o v o cê e st á usando e st e
ag bo , ne nhum fe it iço ne m e ncant o o afet ar ão , e t o das sua s bê n ção s se r ão r e ce bida s.




                                                                                                            235
O rác ulo 165



Owonrin Fú

        Es se O dù fala de calamidade imi ne nt e e a supr e macia de I fá.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não po de ficar fo cando e m qualq uer co isa.




165 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in F ú, O wo nr in F ú div ino u par a as pe sso as de I fe -O oy e .
Ele s disse r am: Te mpo vir á no qual as cr iança s do mundo cam inhar ão a me io cam inho
do C é u e da Te rr a ( co mo u m pássar o ).
F o i pe dido às pe sso as de I fe que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a a ev it ar que so fr e s se m
uma gr ande pe r da naque le t e mpo . Náo co me çar ia e m Ile - I fe ma s se r ia mundia l.
O sacr ifí cio : ò wú eg úng ún, quatr o po mbo s br anco s, quat r o vacas br ancas, quatr o
o ve lhas br ancas, iy e - àg be (t ipo de pás saro ) e 3 200 b úzio s.
 Ele s o uv ir am as palav r as mas não sacr ifi car am. Ele s di sse r am que e le s já t inham
sa cr ificado par a andar no so lo . Ele s não andam pe lo ar .




165 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O wo nr in so pr a a t ro mbe t a div ino u par a Òr únmì là.
Ele s dis se r am que a casa de Òr únmì là não ficar ia de so cupada (v ár ias pe sso as e st ar iam
pro c ur ando po r e le ). To das as pe sso as ouv ir iam falar de sua fama e e st ar iam a sua
pro c ur a. O sa cr ifí cio : um car amu jo e 20 000 búzio s alé m de fo lhas de I fá (e so ).
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e le e e le fo i asse g ur ado de que to das as bê nção s
v ir iam facilme nt e .




                                                                                                     236
O rác ulo 166



Òfún-Wonrin

        Es se O dù fala de bo as açõ e s que t r aze m suas pr ó pr ias r e co mpe nsas.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se se nt e de pr e ciado e m lug ar de sat isfe it o .




166 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún dá par a se r acar iciado ; Ò fún dá par a se r c uidado .
I st o fo i div inado par a Odùd ùa, que far á be m ao mu ndo inte ir o . Ele disse que faze r be m
mu ndial é a me lho r car act er í st ica do car át e r .
Ele s dis se r am: U ma part e do mundo não o agr ade ce r á. A lg uns ne m me smo sabe r ão o
be m que e le fe z a e le s. Ele s não co nhe ce r ão se u uso . Ele disse : U m pai não dá se não
co isa s bo as ao s se us filho s. A mãe de uma cr iança não dá se não co isa s bo as à sua
cr iança. F o i pe dido a O dùdùa que sacr ifica sse de mo do que t o as as co isa s bo uas dadas
a e le s, se não apr ov e it adas, pude sse m re to r nar -lhe .
O sacr ifí cio : u m po mbo , um e wi (t ar t ar ug a do r io ), 16 000 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




166 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún o s de u a acar iciar ; Ò fún o s d e u a rir .
I st o fo i div inado par a Olak anmi,
que disse que Edùmar è tr ar ia co isas bo as.
F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que se u s inim igo s
não t iv e sse m po der so br e e le e fize s se m co m que e le per de sse sua pr o pr ie dade .
O sacr ifí cio : t rê s faca s, t rê s g alo s e 6 000 búzio s.
O lak anmi sacr ifi co u.




                                                                                                          237
O rác ulo 167



Òbàràkànràn

        Es se Odù fala de uma po s sív e l disco r dância co m amigo s e só cio s e de so luçõ e s
        par a as co nt ro lar .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a co nflit o s no t rabalho .




167 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò bar àk ànr àn div ino u par a I wo (o papag aio ),
que fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a e v it ar cair e m de sg o sto
co m o s out ro s pássar o s.
O sacr ifí cio : mil ho , pime nt a-da-co st a e 2 000 b úzio s.
Ele o uv iu as palav r as mas disse que não sacr ifi car ia.




167 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ele de se jo u falar mas fo i impe dido po r Ò bàr àr àk ànr àn.
A que le que e u o fe ndi! Ele quis falar mas não pô de ;
Ò bàr àr àk ànr àn impe diu- lhe de se que ix ar de mim par a o m undo .
A var a impe de ao pe ix e de falar ; A v ar a impe de ao rato de falar . Ele mbe r un nunca
falar á ao s o uv ido s das pe s so as. A s fo lhas de I fá ut ilizadas: A v ar a na qual um pe ix e fo i
t o st ado , a v ar a na qual um r at o fo i to st ado , um o ro g bo e fo lha s de Ele mbe r un. Est e s
e le me nt o s de v e m se r amar r ado s e m faze nda de alg o dão co m linhas pr e t as e br ancas. O
paco t e de v e fi car be m ape rt ado . A pr e par ação de v e se r mant ida no bo lso do do no , e o
u suár io se mpr e dev e mast ig ar pime nt a- da-co st a, no ve g r ão s e m núme ro , par a o s
e ncant ame nt o s.




                                                                                                     238
O rác ulo 168



Òkànràn-Bàrà

        Es se O dù fala de afast ame nto de mo rt e pr e mat ur a e da pr ev e nção de de sa str e
        nat ur al que po de abat er no ssa s ca sas.


        O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s co m
        cr iança s e pais.




168 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò kànr àn- B àr à div ino u par a Olaso ni,
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car uma o ve lha e 4 400 búzio s de mo do que t iv e sse vida
lo ng a e saudáv e l.
e le não sacr ifi co u.




168 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò kànr àn- B àr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ie nt ado
a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa.
O sacr ifí cio : u m car ne iro , g e ner o sa quant idade de aze it e -de - de ndê ,
pe que na s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão da
ca sa, ve rt a o aze it e - de -de ndê ne le e co lo que o r e st ant e do s it e ns de scr ito s aci ma.
C ubr a t udo co m ar e ia e suav ise o lug ar co m ág ua.




                                                                                                     239
O rác ulo 169



Òbàrà-Ògùndà

           Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re par ar uma má re put ação de fo r ma a
           g ar ant ir suce sso .


           O bse r v ação o cide nt al: O tr abalho do cl ie nt e e st á ficando pr a tr ás. A ção
           e spir it ual ir á co nse r t ar isso .




169 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Nó s o lhamo s à fr e nt e e ning ué m é v isto ; nó s olhamo s at r ás e ning ué m é v ist o .
I st o fo i div inado par a Olo fin I wat uk a,
a que m fo i pe dido sacr ificar se de se jas se t er uma casa che ia.
Ele pe rg unt o u, “qual é o sa cr ificio ?”
Ele s disse r am: u m po mbo , 20 000 búzio s, fo lhas de I fá (t r it ur e junt o fo lhas de
o luse saju e sawe r e pe pe co m um pe que no for mig ue iro co m alg uma s fo r mig as de ntr o ;
mi st ur e t udo co m sabão - da-co st a [o sabão no v alo r de 1 200 o u 2 000 búzio s]; que o
sang ue do po mbo se ja ve rt ido e m t o do o pr e paro ; u se par a lav ar o co r po do clie nt e ).
O clie nt e se r á aco nse lhado a mudar de no me apó s o sacr ifí c io .


169 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A casa de O lu é bo a; sua v ar anda é tão bo a quanto .
I st o fo i div inado par a Olu -I wo , que fo i dito que e le nu nca cair ia e m de scr é dito .
Lhe fo i t a mbe m aco nse l hado a sacr ificar de mo do a ev it ar mor t e pr e mat ur a; uma
o ve lha, uma t ar t ar ug a, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
F o lhas de I fá for am pr e par adas par a se u uso (tr it ur ar fo lhas de ifo si e or iji, iy er e e
ir ug ba; faça um caldo co m a car ne da ijapa; isso é par a ser co mido de manhã be m
ce do ).




                                                                                                         240
Ele s disse r am: O r uí do de ifo si (se me nt e ) não dani fica e le t i (fo lha). Vo cê não se r á
mo v ido pe las fo fo cas da te rr a.




                                                                                                 241
242
O rác ulo 170



Ògúndá-Bàrà

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a mant e r um r e lacio name nto .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um int e nso mas fút il
        r e lacio name nt o .




170 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O didi- A fidit i div ino u par a Òg ún quando e le e st av a indo
t o mar Ò bàr à po r e spo sa.
Er a de co nhe cime nt o g er al que Ò bàr à nunca fico u muit o te mpo co m um ho me m ant e s
de mudar - se .
Ò g ún disse que e le e st av a fa scinado po r e la. Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar uma galinha
e pipi (uma av e co m pe nas e scas sas ), um viv e ir o de galinha, 4 400 búzio s e fo lha s de
I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




170 – 2 (Tr adu ção do v er so )


U m so lo e m que há dança se mpr e e st á irr e g ular ; um cam po de bat alha t ambé m é
de sar r umado .
I st o fo i div inado par a Òg ún quando e le e st av a indo lut ar co m Òbàr à.
Ele fo i as se g ur ado que t er ia suce sso mas que dev e r ia sacr ifi car de mo do a e v it ar a
mo rt e de Ò bàr à na br ig a.
O sacr ifí cio : do is ce st o s co m pape l so lt o e fo lha s, duas g alinhas e 4 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
Ele s disse r am: D uas galinha s não mor r e m por lut ar . Ce st o s che io s de pape l e fo lhas
não mor r e quando carr e g ado s.




                                                                                                    243
O rác ulo 171



Òbàrà-Òsá

        Es se O dù adv er t e co nt r a fr eg ue sia fr audo le nt a.


        O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o e mo cio nal co nduz a e rr o s pr át ico s..




171 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de se us clie nt e s e st av a
plane ja ndo fug ir co m se u dinhe iro . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que se u
clie nt e pro v av e lme nt e pag asse se us dé bit o s. O sacr ifí cio : po mbo s, uma g alinha, 2 200
búz io s e fo lhas de I fá (pilar junt o fo lhas de e e sin e t ag ir i co m sa bão -da-co st a; que o
sang ue da galinha se ja ve rt ido na mist ur a).
Ele sa cr ifico u.
F o i-lhe dit o que Ee sin não fr aca ssar ia e m o bt er se u dinhe ir o na de manda. Est e sabão é
par a banho .




171 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Tr it ure fo lhas de jàsó kè co m sabão -da- co st a. C o lo que a mist ur a e m uma caba ça limpa e
e spar r ame so br e e le o pó da plant a se ca er un (o bo ). Tr ace o O dù Ò bàr à- Ò sá ne le e
r e cit e o se g uint e e ncant ame nt o : Q uando o fe it ice ir o me v iu, per g unt o u que e u er a. Eu
dis se , “e u so u o fil ho de Ò bàr à-Ò sá”. Q uando a br ux a, a mor t e e              Èsù me vir am e
que st io nar am que e u er a, e u dis se a cada um de le s, “e u so u o filho de Ò bàr à-Ò sá”. O
filho de Òbàr à-Ò sá não co rr e ; O filho de Ò bàr à- Ò sá nun ca mo rr e ; e le nun ca adoe ce ; ”.
“O fil ho de Ò bàr à-Ò sá nunca le v a má r e put ação ”. Not a: Po nha a caba ça e m uma saco la
de pano br anco e pe ndur e -a no t et o se v o cê pr e fe r ir . I st o é par a se r usado no banho .




                                                                                                         244
O rác ulo 172



Òsá-Bàrà

        Es se O dù fala do pe r ig o de patr o cinado re s per dido s o u de um indiv í duo .


        O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù mo st r a par a o clie nt e co mo re ace nde r cha mas
        apar e nte me nt e mo rt as.




172 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s co v ar de s ce de m ao so fr ime nto fo i div inado par a A k er e g be (a ca baça),
que de pe nde u das mulhe r e s e cr iança s jo ve n s.
Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo , uma galinha e 6 600 búzio s de mane ir a que e le
não se de ce p cio nasse de re pe nt e co m se u s part idár io s e nquant o e le e st av a e m g lór ia.
Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.




172 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sá r et or na rapidame nt e se e le f ug iu; e le re t or na à ca sa r apidame nt e ;
de spr e zív e l v o lt a à ca sa r apidame te . U ma cr ian ça pe que na sai cor r e ndo rapidame nt e
do campo e e sin. De spr e zív e l r et or na à casa r apidame nt e . Fo lhas de I fá; Part a um o bì
de se i s g o mo s; peg ue se i s fo lhas de e e sin br anca s (e e sin -wàr à); tr ace o Odù Ò sábàr à no
t abule ir o de I fá co m iy e -ìr o sù. co mo me n cio nado acima, u sando o no me da pe s so a que
part iu. Ent ão co lo que um po u co de Iy e -ì ro sù na fo lha de e e sin co m um do s go mo s do
o bì e lev a r ist o a Èsù fo r a o u no po rt ão da cidade . R e pit a isso se i s v e ze s. I sto é
ut ilizado par a tr azer um fug it iv o de vo lt a à casa. A co isa sur pre e nde nt e acr ca disto é
que , não impo rt a a dist ân cia do fug it iv o , e le é o br ig ado a o uv ir se u no me se ndo
cha mado . U ma fo lha de e e sin, u m g omo de o bì e um po uco de iy e -ì ro sù usado se is
v e ze s é su ficie nt e a e sse pr o pó sit o . Ve r t er aze it e -de - de ndê as sim que co mple t ar a
o per ação .




                                                                                                        245
O rác ulo 173



Òbàrà-Ká

        Es se O dù fala fala de mant er po de r e in fluê nc ia..


        O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s mun danas po de m ser ev it adas atr avé s de
        uma nov a e x per iê ncia e spir it ual o u e mo cio nal.




173 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò bàr à-K á div ino u par a O lubo laji,
que falo u que que e le se r ia uma pe sso a impo rt ant e e amada por v ár ias pe sso as mas que
de v er ia faze r sacr ifí c io de mo do a e v it ar per da de be n s.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha, uma t ar t ar ug a e 3 200 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
A pó s sacr ifi car e le cant o u: Eu e st o u fe liz, Òbàr à-K á. Nó s e st amo s dançan do e
r eg o zijando , Ò bàr à-K á.




173 – 2 (Tr adu ção do v er so )


K o we e , o A div inho da te rr a; Og big bi, o A div inho do s C é u s. Se K o we e , indi ca a
che g ada do jo v e m e m te rr a. O pé do Re i é co m um; O pé do Re i é co mu m. Ele s
ut ilizar am e ncant ame nt o par a Òr únmì là, que fo i r o de ado por ant ago nist as. Ele fo i
as se g ur ado da v it ór ia so br e e le s. Fo i de cr et ado que as fo lhas e wo dr ag ar iam se u s
ant ago nist as par a o C é u, e e er u lev ar ia a de sgr aça a se us inimig o s. Ò bàr à-Ká se g ur ar ia
as mão s de le s. A s fo lha s de I fá: Lev e fo lha s de e wo de casa (a s pe que nas, ar r ancada s
co m se us de nt e s, não s uas mão s ). C o nsig a t ambé m e e r u awo ik a (aque le que ping a se m
arr ancar , um só ) e um car amujo . To rr ar t udo ju nto , pulv e r ize e g uar de e m uma àdó . Se
v o cê t e m u m ou mais inimig o s, e spalhe o pó no chão limpo de s ua casa. Tr ace o Odù
Ò bàr à-K á e re cit e a invo ca ção acima. Es parr ame e m g e nufle x ão . F e ito isso , vo cê dev e
ping ar aze it e - de -de ndê e m v olt a da me dici na. F aça isso po r um mê s.




                                                                                                       246
O rác ulo 174



Ìká-Bàrà

        Es se O dù fala de me io s de se t or nar ado r áv e l e atr at iv o ao o utr o s.


        O bse r v ação o cide nt al: Há a pr o babilidade de co nce pção . O clie nt e dev e ser
        c uidado so se a co nce p ção não fo r de se jada; gr at o se fo r .




174 – 1 (Tr adu ção do v er so )


C aminhe r apidame nt e que nó s po de mo s fug ir ao te mpo . Vo e rapidame nt e que nó s
po de mo s re to r nar no t e mpo . I sto fo i div inado t anto par a A sa que nto par a A wo di.
F or am- lhe s pe dido que sa cr ificas se m de mo do que fo sse m amado s po r to do s o s
ho me ns.
O sacr ifí cio : o ito car amu jo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele s o uv ir am as palav r as mas não acr ifi car am.




174 – 2 (Tr adu ção do v er so )


K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Le k e lek e e sua e spo sa.
Lhe s fo i fa lado que o po m bo se mpr e o s co nsult ar ia e m qualque r co isa que e le quise sse
faze r , se e le s sacr ifica sse m do is Efu n, do is me can ismo s de fiação e 2 400 búzio s.
Ele s sacr ifi car am.
No t a: De sde e nt ão , nó s dize mo s, “vo cê não v ê a be le za de Lek e le k e , cu ja e le g ância
afe t o u a po mba?”.




                                                                                                   247
O rác ulo 175



Òbàràtúrúpòn

        Es se O dù fala das so luçõ e s par a infe r t ilidade e abo rt o s.


        O bse r v ação o cide nt al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co nce pção .




175 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ladipupo div ino u par a A ro ko (quiabo ), que e st av a chor ando po r que sua e spo sa não
t inha filho s.
Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que se u s de se jo s
fo s se m co nce dido s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




175 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que e st av a indo co mpr ar uma e scr av a.
e le fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não per de s se dinhe ir o co m a e scr av a dev ido
a co nst ant e pe r da de cr ianças de la.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov e lha e 16 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele fo i as se g ur ado que a m ulhe r se r ia fér t il e que e le g anhar ia po r e la se m pe sar e s.




                                                                                                           248
O rác ulo 176



Òtúrúpòn’Bàrà

        Es se O dù fala da impor t ância de mant e r a saúde par a asse g ur ar uma v ida lo ng a.


        O bse r v ação o cide nt al: O s F ilho s são ho st is a um nov o r e lacio name nto do s pais.




176 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ho nr a vai, ho nr a ve m div ino u par a Iy amoo le ,
que disse que sua fil ha se r ia saudáv e l ma s que não de se jar ia e st ar e m
s ua co mpanhia quando e la cr e sce r .
O sacr ifí cio : u m po mbo (e y e lé -e jig be r e ) e 12 000 búzio s.
Ela o uv iu e sa cr ifico u.




176 – 2 (Tr adu ção do v er so )


M ar ido s lo uv am as suas e spo sas; o s mar ido s de o ut r as pe sso as nunca no s lo uv ar iam.
I st o fo i div inado par a Te nimaas unwo n, o mar ido de A je mo o r in.
F o i dit o a Te nimaas unwo n que a mulhe r que e le e st av a pr o po ndo ca same nt o se r ia uma
bo a e spo sa mas que dev er ia sacr ificar de mo do que e la não mor r e sse jo v e m.
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um car amujo e 3 200 búz io s.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.




                                                                                                     249
O rác ulo 177



Òbàrà-Túrá

           Es se o dù fo ca no r e spe ito e m no s so lar e no tr abalho .


           O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á causan do de sar mo nia.




177 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O pe que no adiv inho de Oloy o div ino u par a o re i de O loy o ,
que pr o po s co mpr ar a mulhe r que e le go sto u co mo e s cr av a.
Ele fo i adv er t ido par a não co mpr ar a mu lhe r po is e la er a um dispe r disar or a.
O loy o disse , “qualo sacr ifí cio par a pr e v e nir que e la dispe r dice se e u a co mpr ar ?”.
O sa cr ifí cio : o ito car amujo s, uma ca baça de e wo , quatr o po mbo s, 16 000 búzio s e fo lhas
de I fá.
Ele não sacr ifi co u.




177 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A papat iak o , A t uwo n-nile t uwo n- lok o
div ino u par a a galinha e se us pinto s.
Lhe fo i dit o que um for t e inimigo e st av a vindo at aca- lo s;
se saisse m de casa par a o campo , e le o s pe r se g uir ia, mas
mas se sa cr ificas se m, tr iumfar iam.
O sa cr ifí cio : u m car am ujo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (faze r um caldo co m fo lhas de
o wo mo idas e co m o car amujo e t o mar ).
fo i de clar ado que : O falcão não danifi car ia um car amu jo ; t udo que e le po de fazer é
o bse r v a-lo . Vo cê se r á re spe it ado .




                                                                                                      250
O rác ulo 178



Òtúrá-Bàrà

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se não v io lar tab us.


        O bse r v ação o cide nt al: A o pinião o u de cisão do clie nt e se r ão que st io nado s.


178 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Paar ako da div ino u par a O lo be de I pe t u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca
e m s uas mão s ant e s de ir par a a r o ça. Ele se r e cuso u e fo i par a o campo . A ssim que
e st av a re to r nando par a ca sa apó s se u tr abalho na r o ça, e le te nt o u co lhe r alg uma s
be r ing e las. Par a a sur pr e sa de le , um cr ânio se co pe rt o da be r inje la falo u a e le , “não me
t oque , não me to que , v o cê não me v ê ?” O lo be de Ipe t u fi co u co m me do e co rr e u par a
r e lat ar o o co rr ido ao r e i. Ele implo ro u ao r e i que mandas se alg ué m de v olt a co m e le ,
dize ndo que se e le s e nco ntr as se m alg uma co isa co nt r ar ia ao que e le dis se , e le po der ia
se r mor t o . O r e i apo nt o u do is ho me ns par a ir co m e le . C he g ando ao lo cal, O lo be de fe z
e x at ame nt e co mo t inha fe it o na pr ime ir a v e z, mas par a se u ho rr or não ho uv e ne nhuma
r e spo st a. Ele fo i mor to no lo cal de aco r do co m a pr o me ssa de O lo be de e as instr u çõ e s
do r e i. A s sim que o s ho me ns e st av am se pr e par ando par a re to r nar ao re i par a co nt ar o
que fize r am, o cr ânio se co disse , “M uito o br ig ado , e u e sto u mui co nt e nt e ”. Ele s fo r am
narr ar o aco nt e cido . O re i e nv io u o utr o s o it o ho me ns co m o s do is pr ime ir o s. O s do is
ho me ns dis se r am e x at ame nt e co mo fize r am, e par a o ho rr or de le s o cr ê nio se co nada
falo u. Ele s t ambé m for am mor t o s no lo cal. Par a e ncur t ar a hist o r ia. v ár ias pe s so as
mo rr e r am de sas mane ir a, quase ce m pe sso as. Ev e nt ualme nt e , o o co rr ido fo i r e lat ado a
Ò r únmì là, a que m fo i pe dido co nse l ho so br e o que de v er ia se r fe it o par a t er minar e st a
cat ást ro fe . Ò r únmì là o rie nt o u a sacr ifi car uma ca br a, uma g alinha, 4 400 búzio s e
fo lhas de I fá. Ele s se g uir am a o r ie nt ação e sa cr ificar am. Ò r únmì là e m se g uida o s
o rie nt o u a ir ao lo cal e r e mov er o cr ânio e e nt e rr a- lo co mo um se r humano , e m
co nfo r midade co m o s r it o s fune r ár io s. Ele també m o s aco nse lho u a não to car qualq ue r
co isa o nde quer que e le s achas se m mar cada co m aale (uma mar ca par a uma co isa não




                                                                                                        251
se r t o cado po r ning ué m co m e x ce ssão do do no ). A me sma adv e rt ê ncia fo i passada ao
r e do r da cidade , que e le s nun ca de v er iam me x e r co m qualque r co isa mar cada co m aale .
O rác ulo 179



Òbàrà-Retè

        Es se O dù fala de suce sso e e st abilidade se sacr ifí cio fo r re alizado .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m bo as pe r spe ct iv as par a um no vo t rabalho o u
        ne g ó cio s.




179 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O bar a-r et e , bo as co isa s v ir ão at é min ha mão .
I st o fo i div inado par a Ag bo nnir eg um,
que fo i dit o que alg uma co isa bo a e st áv a r e ser v ado a e le e que
e le de v er ia sa cr ificar um po mbo , um car amujo e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u.




179 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O bar a-r et e div ino u par a Ò r únmì là,
a que m fo i dito que de v er ia sa cr ificar de mo do que não e nco nt r asse gr ande s pr o ble mas
e se mpr e po de sse e st ar por ci ma o nde que r que e le fo sse .
O sacr ifí cio : u m car amujo , te cido br anco , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.
F o i e nt ão de cr et ado que nada de de t ão difí cio at r av e s sar ia se u ca minho . Ò r únmì là
ini ciuo a si me smo e m I fá, e e le se mpr e iniciar ia t o do s o s e st udant e s de I fá.




                                                                                                       252
179 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O bar a-r et e div ino u par a A k inte lu a que m fo i dit o que dev e r ia sacr ifi car de mo do que o
v ilar e jo que e le fundo u t ive s se su ce s so .
O ito car amu jo s, uma ov e lha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá de v er iam se r sa cr ificado s.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                        253
O rác ulo 180



Irete-Òbàrà

        Es se O dù fala do uso de fe it iço par a co ntr o lar dificul dade s.


        O bse r v ação o cide nt al: C uidado co m pe sso a t rapace ir a.




180 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ning ué m e st á alé m da re gr a do r e i; ning ué m e st á alé m da impr e s são de Tet e .
I st o fo i div inado por Ò r únmì là ao re i quando e st e se e nco nt r av a ce r cado de inimig o s.
F o i-lhe asse g ur ada a v it ó r ia so br e e le s.
O sacr ifí cio : u m cabr it o e 6 600 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




180 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A se je je say e , A se je je say e , A se je je say e , War awar amase ,
War awar amase , War awar amase , I re t e -O bar a tr ag a t o da bo ndade
par a as fo lhas de I fá. C o zinhe fo lhas de t et e at e t e day e co mo uma so pa par a se r co mida
e m to da co mida. O u t rit ur e fo lhas de wor o e iy e r e e as co zinhe e m uma so pa par a
v e lhaco s, co m pe ix e ar o par a co mida. Q uando a so pa e sfr iar , tr ace o o dù I re t e -O bar a
no iy e -ìr o sù, re cit e a invo ca ção acima e acr e s ce nt e à so pa.




                                                                                                     254
O rác ulo 181



Òbàrà-Òsé

        Es se O dù fala de me io s de co ntr o lar as for ças nat ur ais.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a se liv r ar de
        e ne rg ias ne g at iv as.




181 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ele s dis se r am, “o nde e st á me u pai?”. Eu dis se “me u pai mo rr e u”. “O nde e st á min ha
mãe ?”. Eu dis se “M inha mãe e st á na cat acum ba e fala r uido same nt e ”. Ele s di sse r am,
“vo cê é filho de que m?”. Eu dis se ”e u so u o filho de Obar a-O se , que ig nor o u as
r eg r as”. Eu fui e spancado se v er ame nt e e fui e sbo fe t e ado aqui e lá, liv re me nt e co mo as
ca br as co me m. O filho de O bar a-O se nunca so fr e , O bar a-O se não pe r mite que se u fil ho
pade ça se m ne ce ssidade . F o lhas de I fá: Pulv er ise fo lhas de e ja (har iha) e fo lhas de
àr èr e que fo r am co lhidas da ár v or e mãe . Po nha o pó na face de um car amu jo e tr ace o
o du O bar a- O se ne le . Re cit e o e ncant ame nt o acima e o e mbr ulhe co m um pe daço de
t e cido pre t o e co m linha pr et a. F e che o s o lho s e jo g ue e m um ar bu sto .




181 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A isir e f’ ag bo n isale pale . Se a chuv a fo i inv o cada, e la de ve cair . Se a pausa da chuv a é
inv o cada, e la de v e ce ssar . I sto fo i div inado par a Òr únmì là, que fo i asse g ur ado que
Er inwo O sin nu nca se r ia mo lhada pe la chuv a. O bar a- O se , e u te inv o co , salv e e st e
bo nit o ve st ido de se r abat ido pe la ch uv a. C ant ig a: Não de ix e cho v er , não de ix e chov e r ,
O bar a-O se não de ix e chov e r . F o lhas de I fá: Pe g ue um pe daço de t e cido br anco e t race
o o dù O bar a- O se co m iy e - ìr o sù e m so lo se co do lado de for a [do lo cal]. R e cit e o
e ncant ame nt o acima e e nt ão amarr e e st e iy e -ìr o sù co m o t e cido br anco e pe ndur e a




                                                                                                        255
t ro ux a e m uma arv or e . Não chov e r á ne s se dia. Se ning ué m jo g ar ág ua naque le me s mo
lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não c hov e r á aque le dia.
O rác ulo 182



Òsébàrà

Es se Odù fala de me io s de gar ant ir o fut uro su ce sso de u ma cr ian ça e adv er t e adult o s
so br e qualque r jo r nada que po ssa apar e ce r .


O bse r v ação o cide nt al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s clie nt e s. Ele
o u e la pr e cisa vo lt ar passo e r e co nside r ar s uas at iv idade s.




182 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé bàr à d iv ino u par a u m r e cé m-nas cido , cu jo s pais for am or ie nt ado s a faze r um
sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr e sse po r falt a de mo r adia quando cr e sce sse .
O sacr ifí cio : bag r e , 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança
po ssa lev ar uma v ida pró spe r a.




182 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé bàr à div ino u par a o e st alajade ir o que e st av a indo à re sidê n cia de o utr o ho me m e m
uma te rr a e xt r ang e ir a. F oi- lhe dito que sua jo r nada não te r ia su ce sso ; lo go , não
de v er ia ir . Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá.




                                                                                                    256
O rác ulo 183



Òbàrà-Òfún

        Es se O dù fala de um g rande s uce s so finan ce iro .


        O bse r v ação o cide nt al: Es se é um ót imo mo me nto par a um no vo t rabalho o u um
        r isco co me r cial.




183 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A r ale mik ak a awo O bar a- Ò fún (t r ê s ve ze s )!
O ro mi g be de g be de awo O lipo mo je (t r ê s v e ze s)!
O ro mi po ke le (t r ê s v e ze s)!
I fá fo i co ns ult ado par a A g bo nnir e g un.
C ant ig a: Há uma g rande quant idade de dinhe iro ne st e lug ar ; ne nhum co nt ado r
co nt ar á o s lucro s do milho no so lo .
F o lhas de I fá: t rit ur e se me nt e s de ajé e g r ão s de sor go 3 at é vir ar pó . Tr ace o odù O bar a-
O fun no pó . R e cit ar a inv o cação acima e mist ur e o pó co m sa bão -as- co st a; co lo que
alg uns iko o de e um t anto de sabão e m uma lampar ina de bar ro no v a. Que a pe na de
papag aio fique apo iada no bico da lampar ina e so me nt e uma part e so br e s saia. O sabão
é par a lav ar as mão s to das as manhãs. Faça um arr anjo de b úzio s [se m co nt ar quant o s]
ao re dor da lampar ina de barr o . Q ue o sang ue de u m po mbo se ja ve rt ido no sabão ;
me t a t ambé m a ca be ça do po mbo no sabã. A br a um o bì de quat ro g o mo s e dispo nha ao
r e do r da lampar ina. Ent oe a ca nt ig a de I fá e nquant o faz e s sa pr e par ação .




3
 É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação
animal, principalmente de bovinos (guinea corn).




                                                                                                          257
183 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I t un e st á re fo r mando -me , I fá e st á o s atr aindo co m se us dinhe iro s. Visit ant e s de uma
lo ng a dist ância e st ão pro cur ando - me .
I st o fo i div inado po r Ò r únmì là, que o rie nt o u a sacr ifi car de mo do que e le vis se co isas
bo as to do s o s dias de s ua v ida.
O sa cr ifí cio : u m pe daço de pano br anco , u m po mbo br anco uma g alinha br anca e 4 400
búz io s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




183 – 3 (Tr adu ção do v er so )


dinhe ir o cing indo , e spo sa ce r cando . div ino u par a Te wo g bo la,
que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quatr o po m bo s, uma galinha e 16 000 búzio s, po que
fo i pr ev ist o que um pássar o tr ar ia bo ndade a e le .
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




                                                                                                    258
O rác ulo 184



Òfún’Bàrà

Es se O dù fala da ne ce ssi dade de pro t eg e r no s so s be n s.


O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de neg ó cio fav or áv e is po de m so fr er por causa de um
indiv í duo indig no de co nfiança.




184 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pe sso as o patr o cinar iam e
co nse q ue nt e me nt e e le fi car ia rico . Ele fo i aco nse lhado a sacr ifi car co nt r a malfe it or e s.
O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




184 – 2a (Tr adu ção do v er so )


Ò fún e st av a dando O bar a, Ò fún e st av a dando car inho à uma ingr at a. I st o fo i div inado
par a um ho me m a que m fo i dito que uma ce rt a mulhe r que e le go sto u, plane jo u fur t a-
lo e abando na- lo . Ele de v er ia sa cr ificar um cabr ito , aze it e , o bì e fo lhas de I fá.




184 – 2b (Tr adução do ve r so )


Ò fún e st av a dando Obar a div ino u par a um ho me m cujo s pe rt e nce s e st av am se ndo
e x ig ido s por um impo sto r . Ele fo i or ie nt ado a sacr ifi car um ca br it o , ax e ite - de -de ndê ,
o bì e fo lhas de I fá de mo do que e le não fo sse se duzido por Ès ù a co nce de r o s pe rt e nce s
ao impo sto r .




                                                                                                              259
O rác ulo 185



Òkànràn-Egúntán

        Es se O dù e st abe le ce a cr iação da Ter r a.


        O bse r v ação o cide nt al: Est e é um mo me nt o au spicio so par a um nov o t rabalho o u
        r e lacio name nt o se for ini cia do co m caut e la.




185 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U ma co rr e nt e cai e faz o so m wo r o jo . I st o fo i div inado par a Òr únmì là e o s
quat ro ce nt o s I r únmale quando O lo dunmar e re uni u t o da sua r ique sa e m um úni co
lug ar . Ele co nvo co u t o do s o s Ir únmo le par a que e le s a le v asse m par a t er r a.
F o i pe dido a e le s que fize sse m sa cr ifí cio po r que O lo dunmar e de se jo u in cum bi-lo s de
uma t ar e fa. O sa cr ifí cio : uma g e ne ro sa quant idade de inhame pilado , uma pane la che ia
de so pa, ba st ant e o bì , o ve lha, um po mbo , galinha e 3 200 búzio s. Ele s dev e r iam
e ntr e t er o s v isit ant e s co m a co mida usada par a o sa cr ifí cio . A pe nas Ò r únmì là r e alizo u
o sa cr ifí cio . A pó s alg un s dias, O lo dun mare junt o u se us pe r te n ce s e o s e nv io u par a o s
quat ro ce nt o s Ir únmale . O me n sag e ir o de Olo dunmar e pr o cur o u o s quat ro ce nt o s
I r únmale e e ntr e go u a me nsag e m, po r é m ne nhum de le s o r e ce pcio no u co m co mida.
Q uando e le fo i à casa de Òr únmì là, e ntr e t ant o , Ò r únmì là animadame nt e de u-lhe bo as
v indas e o r e ce pcio no u co m co mida. De v ido a e s sa g e nt ile za o me nsag e iro r ev e lo u a
Ò r únmì là que e le não dev e r ia fi car ansio so e m lev ar as car g as r e unidas na fr e nt e de
O lo dunmar e , de sde que a car g a mais impor t ante e st av a de baixo do asse nto de
O lo dunmar e . Q uando to dso o s Ir únmale             se r e unir am, re ce be r am a me nsag e m de
O lo dunmar e . Ele s se le v ant ar am e co me çar am a br ig ar pe las carg as; alg uns pe g ar am
dinhe ir o , o ut ro s alg umas ro upas e as sim suce ssiv ame nt e , mas o me nsag e ir o de
O lo dunmar e e st av a falando pe la sua t ro mbe t a a Ò rúnmì là, dize ndo , "Ò r únmì là, ape nas
fiq ue quie t o se nt ado . A co isa mais impo rt ant e e st á na co ncha do car aco l”. A s sim
Ò r únmì là se se nt o u e pacie nt e me nt e assi st iu o s o utr o s Ir únmale que le iv av am par a




                                                                                                         260
t er r a to da a r ique za, pr o spe r idade , e o utr o s art igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s
I r únmale part ir am, Ò r únmì là se le v ant o u e fo i dir et ame nt e par a a cade ir a de
O lo dunmar e ; e le peg o u a co ncha do car aco l e par t iu e m dir e ção à te rr a. Ò r únmì là
e nco nt ro u o s out ro s Ir únmale ao final da e str ada que co nduz ao cé u e pe rg unt o u- lhe s o
que e st av a er r ado . Ele s lhe falar am que a te rr a e st av a co ber t a co m ág ua e não hav ia
ne nh um lug ar se co onde e le s pude sse m at e rr is sar . Ò rúnmì là me t e u a mão de le na
co nc ha do car amujo , tiro u uma r e de , e a lanço u e m cima da ág ua. Ele me te u a mão de le
no v ame nt e e t ir o u te rr a que e le lanço u e m cima da re de . Ent ão e le me t e u a mão de le
uma te r ce ir a ve z, e le t ir o u uma galinha de cinco de do s, e a lanço u na r e de par a
e spar r amar a t er r a na r e de e na ág ua. A ág ua e st av a re tr o ce de ndo e o so lo e st av a se
e x pandindo . Q uando par e ce u que o tr abalho camin hav a mui le nt o , o pró pr io Òr únmì là
de s ce u e mando u a pe que na quant ia de te rr a aume nt ar : Se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe
de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa! ! ! ". Ele paro u, e o mu ndo se e x pandiu. Hav ia g rande
ale gr ia e m cé u. O lug ar o nde Ò r únmì là mando u o mu ndo se e x pandir é at é ho je
cha mado de I fe -War a, e m Ile - I fe . To do s o s de mais I r únmale de sce r am apó s Ò r únmì là.
F o i Ò rúnmì là que m cr io u a t er r a e fo i e le que m pr ime iro ne la caminho u. C o mo t al, e le
não per mit iu naque ne nhum do s Ir únmale de s ce sse na te rr a até que e le t iv e s se pê g o
t udo e le s t ro ux er am e dado a cada um de le s o que e le j ulgo u just o . Ele s re ce be r am
ale gr e me nt e as suas po r çõ e s. Ent ão Òr únmì là co me ço u a cant ar , "O mundo ex ist iu,
e x ist ê ncia na fr e nt e , e x ist ê ncia atr ás".
No t a: O 256 odù são chamado s I r únmale ne st e caso ; at é me smo um único imale se r ia
cha mado Ir únmale , co mo e le e st á fo r a do s quatr o ce nt o s I male .




185 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Q ue m é r ápido g er alme nt e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as.
A que le que não co nse g ue lut ar ne m falar não po de caminhar na te rr a por muit o t e mpo .
O co mbat e po de t raze r r ique za e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g be mi, que fo i
o rie nt ado a não fug ir , me s mo que não se nt isse cor ag e m o bast ant e par a de safiar
alg ué m dur ant e uma br ig a. É o po de r o so que de sfr ut a o mundo ; ning ué m r e spe it a u ma
pe s so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a te rr a; as pe sso as não dão at e nção ao s cov ar de s.
Lhe pe dir am que fize sse sacr ifí cio de fo r ma que e le não re lax asse e pude sse se r
fi sicame nt e for t e . O sa cr ifí cio : um galo , t rê s fa cas, uma pime nt a-da- co st a, 3 200 b úzio s
e fo lhas de I fá (po nha um gr ão de pime nt a- da-co st a na ág ua e m u ma caba ça; dê a ág ua


                                                                                                            261
par a o g alo be be r ; o clie nt e de v e e nt ão be be r a ág ua r e mane sce nt e na ca baça e co me r a
pime nt a- da-co st a e mais alg un s g rão s).
O rác ulo 186



Ògúndá-Kànràn

        Es se Odù fala de se u sar as capac idade s t ant o e spir it uais co mo int e le ct uais par a
        se o bt e r suce sso .


        O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a o clie nt e m udar de tr abalho .




186 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u
par a Eg úng ún, que e st av a e m um co mér cio impr o dut iv o .
Ele dis se que o so fr ime nt o de le te r ia fim aque le ano . e le de v er ia sa cr ificar
uma ce st a de o bì e um paco t e de chi cot e s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




186 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò g úndá o awo das mão s. Ò k ànr àn o awo do s pé s.
F o i dit o que ambo s tr ar iam bo a sor t e à Ter r a,
lo go , e le s de v er iam sacr ificar u ma o ve lha.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.




                                                                                                       262
O rác ulo 187



Òkànràn-Sá

         Es se O dù fala de se sabe r quando e v it ar co nfro nt açõ e s.


         O bse r v ação   o cide nt al:   C o nflit o s   em   uma   so cie da de   de v e m   ser   de cidido s
         paci ficame nt e .




187 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A k in é asso ciado co m o pr incí pio do "co mbat er e e v it ar ".
Q ualque r ak in (pe s so a vale nt e ) que sa be co mo lut ar ma s não se e v adir de ce r t as lut as,
se r á capt ur ado po r o ut ro ak in.
I st o fo i div inado par a Ak ins uy i, que fo i aco nse lhado a sa cr ificar de mo do a se mpr e se r
r e spe it ado .
O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e wé imo -o pe , o je le e wé ,
e wé Oluse saj u par a fazer uma infu são que se r á usada par a ban har o clie nt e , que
de v er á se mpr e se co br ir co m t e cido et u ).
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




187 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Enx adas não c ult iv am uma r o ça po r si só . Nó s, se r e s humano s so mo s a for ça po r det r ás
de las. M achado s não po de m e mpr e e nde r nada co m êx it o . Nó s, se r e s hu mano s so mo s a
fo r ça que o s põe m a tr abalhar . O s alfang e s não po de m po r si só abr ir uma clar e ir a.
Nó s, se r e s humano s so mo s o se u aux í lio . U m inha me co lo cado de nt r o de um pilão não
po de mo e r a si me smo , mas nó s se r e s huma no s o ajudamo s. M as, quais for ça s e st ão
t rabalha ndo no aux í lio à humani dade , dife r e nt e s de O lo r un e do s pró pr io s se r e s




                                                                                                            263
hu mano s? I st o fo i div inado par a o e le fant e e par a o s se r e s huma no s. F oi pe dido ao
e le fant e que fize sse sacr ifí cio de mo do que o s se r e s humano s não pude sse capit ur a-lo .
O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, 660 búzio s e fo lhas de I fá (as fo lha s de o wo e o s
car amu jo s de v e m se r co zido s e co mido s de manhã, ante s que o clie nt e fale co m
qualq uer o utr a pe s so a).
O e le fant e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser e s humano s se g uir am a or ie nt ação e
sa cr ificar am.




                                                                                                   264
O rác ulo 188



Òsákànràn

         Es se     O dù   fala   do   sa cr ifí cio   de   for ma   a   e v it ar   info rt únio   e   as se g ur ar
         t ranqui lidade .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é pro pe nso à ir r it ação




188 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O sak anr an fo i div inado par a o ant í lo pe ,
que pe diu um sacr ifí cio par a que e le não mor re s se co mo r e sult ado de incide nt e s
ins ult ant e s.
O sacr ifí cio : u m g alo , uma quant idade de aljav as, ar co s, fle x as e 2 200 búzio s.
Ele o uv iu mas não sacr ifico u.
Ele ale g o u que se u s chi fr e s g ar ant iam sua imunida de a insu lto s.
Ele s disse r am que inimig o s tr ar iam-lhe pr o ble mas de lug ar e s dist ant e s.
Ele dis se e le de pe nde r ia do s se u s chi fr e s.




188 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A pe sso a que não po de so fr er in sult o s de ve co n str uir sua casa e m uma ár e a se par ada.
I st o fo i div inado par a o Ì g bí n (car amu jo ),
a que m fo i pe dido que sacr ifi casse uma t art ar ug a e 18 000 b úzio s.
Ì g bí n sacr ifi co u, e e le fo i asse g ur ado que e le go zar ia de paz e tr anquilidade na casa
que e le co n str uiu.
É dito que as pe s so as nunca je juam na casa do car amu jo e que ning ué m c hor a na ca sa
de A hun (t ar t ar ug a).




                                                                                                                265
O rác ulo 189



Òkànràn-Ká

        Es se O dù fala de cor ag e m e ho ne st idade par a se pr e v e nir de info r t únio .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m que su st e nt ar o que e le acr e dit a.




189 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Lut ando na fr e nt e , lut ando na re t ag uar da, se não r e sult a na mo rt e da pe s so a,
no r malme nt e faz de la um co mpanhe iro vale nt e que , po r lut ar , adquir e ho nr a e rique za.
I st o fo i div inado par a a tart ar ug a, a que m fo i pe dido que sa cr ifica sse um car ne iro , 2
400 búz io s e fo lhas de I fá de mane ir a a não mo rr er co mo r e sult ado de uma lut a.
Ela o uv iu e sa cr ifico u.
F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e la co m a pro me ça de que e la nun ca mo rr e r ia
dur ant e uma bat alha. F oi dito que e la nun ca ser ia mor t a dur ant e lut as que são
co nhe c idas pe lo mun do . Nunca for am mo rt o s car ne iro s dur ant e br ig as.




189 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Não há ning ué m cu ja casa se ja in capaz de se to r nar uma faze nda. Não há ning ué m cuja
faze nda se ja incapaz de se t or nar uma faze nda e nor me e v e lha. A ho ne st idade e m mim
não per mit ir á que a faze nda se t or ne um t er r e no baldio . Não há ning ué m cuja mo rt e
não po ssa lev ar , e não há ning ué m cu jo o filho a mo rt e não po ssa lev ar , ex ce t o
O r unmila, me u se nho r , àbik ú-jig bo , e aque le s de ntr e o s filho s de Edùmar è que são
ho nr ado s.
I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pe diu um sacr ifí cio par a que e le nun ca
pude sse mo rr e r , de for ma que as g rama po de r ia cre s ce r .
O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá.




                                                                                                   266
Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.


O rác ulo 190



Ìká-Kònràn

        Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar as co nse q üê ncia s de açõ e s
        malig nas.


        O bse r v ação o cide nt al: U ma impor t ant e e sco lha e st á pe nde nt e — U ma de cisão
        de v e se r to mada so br e o que é cer t o e bo m.




190 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a que m fo i dit o que a mor t e e st av a che ndo par a e le
de v ido ao s se us mau s at o s. Se Ek a não de se ja sse mor r er , dev e r ia e le sacr ificar uma
o ve lha e as r o upas pr e t as que e st av a u sando . Ele de v er ia també m par ar de ser mau e
v e st ir r o upas br anca s dali pr a fr e nt e .
Ele o uv iu as palav r as mas se r e cuso u a sacr ificar .




190 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I to div ino u par a O wó (as mão s),
que fo r am o rie nt adas a fazer sa cr ifí cio de mo do a se m pre t er e m co isas bo as
e nun ca e x per ie me t ar o mau.
O sacr ifí cio : u m po mbo br anco , uma g alinha br anca, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Elas o uv ir am mas não sacr ificar am.
Ele s e nt ão dis ser am: A s mão s se mpr e e x per ime nt ar ão do be m e do mal.




                                                                                                      267
O rác ulo 191



Òkànràn’Túrúpòn

        Es se O dù fala do co nhe ci me nto de Ò r únmì là so br e to das as co isas, inclu indo a
        art e da me di cina t radi cio nal.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo ho ne sto co m o Babalá wo .




191 – 1 (Tr adu ção do v er so )


È at r av é s do e st udo de I fá que a pe sso a e nt e nde I fá. É pe r de ndo -se pe lo camin ho que a
pe s so a se familiar iza co m o me s mo . A pe s so a se mpr e per am bula ao lo ng o de uma
e st r ada que e la nunca pas so u. I fá fo i co n sult ado par a O sany in no dia e m que
O lo dunmar e co br iu uma cabaça e co nv ido u a O r unmila ir e de sco br ir -la atr av é s da
co ns ult a   ao   o r áculo .   O sany in insi st iu e m aco mpanhar     O r unmila,   me smo     se ndo
aco nse l hado a ficar por que e le e st av a e m dific uldade . O sany in, po r é m, fo i infle x ív e l.
A nt e s que e le s che g as se m lá, O lo dunmar e t o co u o sa ng ue de sua e spo sa co m um te cido
br anco de alg o dão , g uar do u e m uma ca baça so br e a e st e ir a na qual O r unmila fo i se
se nt ar e nquant o co nsult av a I fá. Or unmila co ns ulto u I fá e dis se , “O k anr an’ Tur upo n”.
A pó s a div inação Or unmila so ube o que t inha de nt ro da ca baça br anca. O lo dun mare o
lo uvo u. O r unmila e nt ão pe diu que O lo du nmar e sa cr ificar u m cão e u ma cabr a.
O lo dunmar e sacr ifi co u. O sany in e mo cio nadame nt e se ju nto u a Or unmila na pr o cur a
do s mat e r iais par a o sa cr ifí cio . Enquant o e st av a se e sfor çan do par a aju dar a mat ar o
ca chor ro , a fa ca que e le e st av a se g ur ando e scapo u de sua mão e caiu so br e a sua per na
fe ze ndo uma fe r ida muit o gr ande . O r unmila pe diu que lev asse m O sany in par a a casa
de O r unmila. O r unmila o cur o u, mas O sany in nunca po de r ia usar no v ame nt e a pe r na
par a tr abalho s ár duo s. O r unmila t ev e pe na de le e de u -lhe v int e fo lha s de I fá par a cada
t ipo de e nfer midade , par a pr o po r cio nar -lhe uma fo nt e de r e nda. Fo i ass im que O sany in
se to rno u um he r bo lár io .




                                                                                                      268
O rác ulo 192



Òtúrúpòn Kòràn

         Es se O dù fala de se ev it ar po ssí v e is dificu ldade s co m as cr iança s e inimig o s.


         O bse r v ação      o cide nt al:   O   clie nt e   de v e   te r   cuidado   em   pr o ce dime nt o s
         e mpr e sar iais.




192 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O mot o lamoy o , Iy o wuk o de -maar ’e ni s’ e hin- de mi
fo i div inado par a Ef unb unmi,
a que m fo i dit o que te r ia v ár io s filho s, mas que e la dev e r ia sacr ifi car de mo do que a
cr iança que e la e st av a car r eg ando e m s uas co st as não se t or nasse um cr imino so quando
cr e sce sse .
O sacr ifí cio : u m po mbo , 4 400 búzio s e fo lha s de I fá.
Ela o uv iu as palav r as por é m não sa cr ifico u.
Se tiv e sse sacr ificado , a e la se r iam dadas fo lhas de I fá par a ban har a cr ian ça.
F o lhas de I fá: Mas cer e o luse sa ju e e so e m ág ua, o u pile as fo lhas e mi st ur e co m sabão -
da- co st a par a o uso da cr iança quando e la for mai s v e lha.




192 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O t ur upo n K o nr an, O t ur upo n Ko ran fo i div inado par a Or unmila.
Do is de se us inimig o s e st av am faze ndo um r e lató r io so br e e le par a Èsù e pe dindo a
Ès ù par a o s ajudar a mat ar O r unmila. F o i pe dido a O r unmila que fize sse um sa cr ifí cio
co m duas ca baças, dua s galinha s e 480 búzio s. Ele ouv iu e sa cr ifico u. Ele amar ro u as
dua s cabaça s e m se us o mbro s e pô - se e m mar cha e m dir e ção ao sant uár io de Ès ù par a
faze r o sacr ifí cio . Enquant o e le ia, as duas ca baças bat iam uma co ntr a a o utr a co mo se




                                                                                                           269
e las e st iv e sse m dize ndo , "e u mat ar e i Ok anr an, e u mat ar e i O t ur upo n", e as sim po r
diant e . A ssi m que e le se apr ox imo u do sant uár io de Èsù, o s do is inimig o s o uv ir am e s se
v ot o fe it o pe las cabaça s e pe rg unt ar am a si me smo s o que aco nt e ce r ia se O runmi la o s
v isse , uma v e z que ant e s de o s v er já e st av a faze ndo t al j ur a. Ele s e nt ão fug ir am ant e s
que O runmi la che g asse ao sant uár io de Èsù. Fo i isso que O r unmila fe z par a der ro t ar o s
se u s inim igo s.




                                                                                                         270
O rác ulo 193



Òkànràn-Òtúrá

        Es se O dù fala de co nflito s e m famí lia e e m out ro s re lacio name nt o s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e nfr e nt a um co nfl ito co m par e nt e s co m r e lação a
        po sse ssõ e s mat e r iais.




193 – 1 (Tr adu ção do v er so )


“O que v o cê faz par a mi m, e u fa ço par a v o cê ” se mpr e difí cult a a r e so lução r ápida de
uma disput a.
I st o fo i div inado par a Olúk oy a,
que fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que a disput a e ntr e e le e se u s pae nt e s não
pr e judi casse sua s amizade s.
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, aze ite - de -de ndê e 16 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




193 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não e nt r ar e m
uma br ig a que re sult ar ia e m não te r mais amigo s e nt r e se us pr ó pr io s par e nt e s. Se a
lí de r das co br as de se jasse e st ar e m co ndi çõ e s amig áve is co m o s se u s par e nte s, dev e r ia
sa cr ificar v e ne no s e fle x as, uma aljav a, fe it iço s per ig o so s, um cabr ito e 2 000 búzio s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Co mo r e sult ado , as co br as nu nca fo r am
amig as umas das o utr as.




                                                                                                          271
O rác ulo 194



Òtúrákònràn

         És se O dù fala de se ev it ar as co nse qüê n cias de maus co mpor t ame nto s.


         O bse r v ação o cide nt al: A "bo ca gr ande " do clie nt e te m causado pr e juí zo .




194 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade e st á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a.
e le s dis se r am: O s animais no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o le o par do ; o s pássar o s
no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o falcão . O s ser e s huma no s nunca arg ume nt ar ão
co mig o ace r ca de me u car át er t ampo u co ace r ca so br e me u t rabalho . A s pe sso as não
mat ar ão o s cãe s por cau sa de se u s lat ido s t ampo uco o s car ne iro s po r se us balido s. A s
pe s so as nunca e ntr ar ão e m lit í g io co migo . Fo lhas de I fá: Tr ace o O dù Ò t úr ák ò nr àn no
iy e -ì ro sù e re cit e o e ncant ame nto aci ma ne le ant e s de mi st ur ar -lo co m aze it e -de -de ndê
e lambe -lo (par a se r usado se mpr e que ho uv er um caso j uducia l).




194 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que de se jav a
de spo sar Òk òr àn, a filha do Olo fin. A s pe sso as e st av am dize ndo que ist o ca usar ia uma
disp ut a. O ho me m a que m Ò kò ràn fo i pr o met ida co mo e spo sa t inha gast ado muit o
ne la.
M as O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, disse que Òt ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no e nt anto ,
e le de v er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                        272
O rác ulo 195



Òkànràn-Atè

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade do clie nt e se r iniciado .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e tr abalhar sua e spir it ualidade .


195 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò kànr à-A t è div ino u par a Eniay e wu,
que fo i aco nse lhado a se iniciar e m I fá, de mo do que sua v ida no mundo pude sse se r
agr adáv e l.
O sacr ifí cio : do is po mbo s, um r ato , um pe ix e e 3 200 búzio s.




                                                                                              273
O rác ulo 196



Irete-Okanran

         Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la co m re lação a uma co nspir ação e ntr e
         pe s so as da me s ma idade da pe s so a.


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e te r cuidado co m co mpe t içõ e s no t r abalho .




196 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I re t e -O kanr an fo i div inado par a O r unmila no dia e m que o s babalawo se re unir am na
ca sa do Olo fin par a pr e par ar v e ne no co m o qual o mat ar iam quando ali che g as se . Fo i-
lhe pe dido que je je uas se ao lo ng o daque le dia par a ev it ar ser e nv e ne nado . Ele dev e r ia
sa cr ificar 3 200 búzio s e aze it e - de -de ndê . Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. Naque le
dia, o s ba balawo que se r e unir am na ca sa deo Olo fin chamar am O runmi la par a que
fo s se part icipar co m e le s de um banq ue t e . Te ndo co nspir ado junt o co m o Olo fin, e le s
co lo car am v e ne no no s vinho s e          t ambé m puse r am at ar ag ba (v e ne no que cau sa mo rt e )
no te cido e na e st e ir a par a Or unmila. Q uando Or unmila che g o u na ca sa de O lo fin, e le s
lhe de r am v inho par a be be r .Ele o lho u par a aquilo po r alg uns mo me nt o s e dis se , “ o que
e st á bo iando no po t e (or u )? É ve ne no que e st á bo iando no po t e . Ir et e - Ok anr an, não
be be r á ho je , I re t e -O kanr an”. A pó s um cur t o e spaço de te mpo , e le s t ro ux er am o g ur o
(v inho ) par a e le , mas Or unmila olho u e dis se a me s ma co isa. Apó s is so , o O lo fin
co lo co u se u I fá no chão par a co n sult a e m no me do filho pr imog ê nito de le que e st av a
fing indo e st ar do e nt e . To do s o s ba balawo pr e se nt e s dis se r am que a cr ian ça não
mo rr e r ia. Q uando o O lo fin per g unt o u a o pinião de O r unmila, e le dis se que a cr iança
mo rr e r ia   a   me no s   que   O lo fi n    e ntr e g asse   se u   v e st uár io   r eal   e   a   e st e ir a   que
habit ual me nt e e st e nde e m se u tr ono de for ma que e le s po de r iam se r ut ilizado s na
fabr ica ção de um me dicame nt o par a a cr iança. O lo fin que e st av a pr o cur ando po r me io s
de mat ar Or unmila, pe nso u t er e nco nt r ado uma chan ce , po is po de r ia pôr at ar ag ba
de nt ro do ve st uár io e na e st e ir a ant e s do s e nt re g ar par a O r unmila. M as ass im que e le s




                                                                                                                      274
fo r am tr azido s, um pássar o co me ço u a g rit ar m per si st et e me nt e , dize ndo a Or unmila,
“Or un mila, não se nt e -se na e st e ir a ho je , não se nt e -se na e st e ir a ho je . Se nt e -se no ifin,
se nt e - se no ifin! ”. Q uando e le s te r minar am de tr azer o v e st uár io e a e st e ir a, O r unmila
pe diu que e le s u sasse m a e st e ir a par a se se nt ar e m. Ele s o be de cer am e fo r am
e nv e ne nado s. O r unmila de ixo u o lo cal se m se r pr e j udicado .




                                                                                                           275
O rác ulo 197



Okànràn’Se

        Es se Odù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv ime nt o e spir it ual par a ev it ar
        ang ust ia e t r ibulaçõ e s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e so fr e u um re v é s finan ce iro .




197 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Q ue st õ e s de ang úst ia não são bo ns; u ma que st ão pr o ble mát ica é um mau e spe t áculo .
I st o fo i div inado par a o filho de um ho me m abast ado , a que m fo i pe dido sacr ificar de
mo do que e le não so fre s se t rib ulaçõ e s.
O filho do ho me m r ico per g unto u, “o que é so fr ime nt o ?”
Ele s disse r am: O ato de abr ang er é so fr ime nt o ; a vo nt ade das pe sso as é ang ú st ia.
Ele dis se que isso e ra ba st ante .
O filho do ho me m r ico per g unto u qual se r ia o sacr ifí cio .
Ele s disse r am: u m t e cido br anco , um po mbo , uma ov e lha, uma galinha e 20 000 búzio s.




197 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Le mbr e - se do Po sse s sor .
Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s ainda e st amo s viv o s.
Le mbr e - se do Po sse s sor .
Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s e st amo s re go zijando .
O Po sse sso r nunca apalpa no e scur o ; Edumar e nun ca t e m pr e j uizo s.
Não há ne nhu ma t rist e za lá na ca sa do Po sse sso r , ne nhuma po br e za o u pe núr ia.
O r unmila Olo wa A iy e r e dis se que se nó s no s de par ásse mo s co m qualq ue r t ribula ção ,
de v er í amo s no s le mbr ar do Po sse s sor .




                                                                                                    276
O Po sse sso r nunca se e ntr ist e ce u.
O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de
I fá (a ser e m dadas À pe sso a que é aplicada e m se u t rabalho ).




                                                                                          277
O rác ulo 198



ÒséKòràn

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de uma co mpanhe ir a na v ida do clie nt e .


        O bse r v ação   o cide nt al:   C o ndiçõ e s   de   tr abalho   inco nst ant e s   ne ce ssit am   de
        e quili br io e mo cio nal par a se har mo nizare m.




198 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Vo cê não g o st a de le , Eu não go sto de le .
A po bre za ca minho u po r si me sma.
I st o fo i div inado par a uma pe s so a de safo rt unada,
que fo i aco nse lhada sa cr ificar par a que pude s se adiquir ir uma co mpan he ir a.
O sa cr ifí cio : dua s galinha s, do is c hapé us o u do is t ur bant e s fe minino s, 2 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.


198 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Sa samur a div ino u par a O seK o nr an,
A que m fo i dit o que t er ia inimig o s e s uce s so so br e e le s.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, e fun, o sùn, 2 400 b úzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                             278
O rác ulo 199



Okanran-Òfún

        Es se O dù fala do fim de pr o ble ma s e tr ibula çõ e s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á ex pe r ime nt ar um nov o re lacio name nt o o u
        aume nt ar a int e nsidade de um r e lacio name nto co rr e nt e .




199 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Se alg ué m te v e má so rt e po r lo ngo te mpo , isto se r á mudado par a bo a so r te . I sto fo i
div inado par a O k anr an- A base wo lu, que fo i aco nse l hado a sacr ifi car um po mbo , u ma
g alinha e 12 000 búz io s.
Ele sa cr ifico u.




199 – 2 (Tr adu ção do v er so )


À r àbà-nlá (g r ande alamo ) div ino u par a Ok anr an e O fun.
F o i-lhe s co nt ado que e le s nu nca se r iam suje it ado s a so fr e r se m v ing ança. A lg ué m
se mpr e se re cu sar ia a vê - lo s so fre r se m ving ança.
F o i pe dido que sacr ifica sse m um car ne ir o e 2 200 búzio s.
Ele s sacr ifi car am par a que nunca so fre s se m se m v ing ança.




                                                                                                   279
O rác ulo 200



Òfún’Konran


        Es se O dù adv er t e so br e ab uso de po der .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e sun ço so .




200 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando e le e st av a se pre par ando par a
e nv iar as pe sso as par a a Te rr a.
Ele s   dis se r am que    O lo du nmar e    e st av a   r e flet indo   no   cast ig o   que   os   po de ro so s
infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s re is e che fe s in flig ir iam às pe sso as que fo r am
dist it uida s o u e m pe r ig o . Ele v iu pe sso as ino ce nt e s se ndo mor t as na Ter r a e de se jo u
de fe nde r aque le s que não t inham chan ce de se ving ar .
F o i pe dido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma
pime nt a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse , po de r ia o s de ix ar livr e na Te rr a.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                              280
O rác ulo 201



Ògúndá’Sá

        Est e O dù fala de ganho mo ne t ár io par a a pe s so a ve r dade ir ame nt e e spir it ual.


        O bse r v ação o cide nt al: F or ça no t rabalho co nduz a g anho sig nificant e .




201 – 1 (Tr adu ção do v er so )


C e libat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo e st av a dize ndo que ifá e st av a só .
F o i pe dido a I fá que e sco lhe sse uma co mpan he ir a. I fá disse que e sco lhe u dinhe iro
co mo sua co mpanhe ir a. Fo i pe dido a e le que sa cr ificas se um po mbo e 24 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.




201 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò g úndá’ Sá fo i div inado par a o r e cé m-nas cido .
Ele s disse r am que sacr ifí cio e r a ne ce ssár io se o be bê fo s se v iv e r e apr e ciar a v ida.
O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, um po mbo e 24 000 b úzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




                                                                                                          281
O rác ulo 202



Òsá’Gúndá

        Es se O dù fala de bo a so r te que não v e m se m sacr ifí cio .


        O bse r v ação o cide nt al: Há alg ué m que o clie nt e não dev e co nfiar .




202 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O sa’ Gunda     po de    lut ar .   Oide r e ,   o   awo   de   I g bado ,   A luko ,   o   awo    de    Ig bado ,
A ijag og or o go , o awo de Olibar a, t o do s div inar am par a Olibar a. O ide re , o awo de
I g bado , disse que de sco br iu bo a so rt e par a O libar a. e nt ão Olibar a de v er ia sa cr ificar
um po mbo , uma o ve lha e 44 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. A luk o , o awo de I g bado , disse
que e le v iu nas cime nt o de filho s (t ant o O ider e quant o Aluk o er am ex tr ang e ir o s); e nt ão ,
O libar a dev e r ia sacr ifi car uma g alinha, uma cabr a e 32 000 búzio s. Olibar a sa cr ifico u.
A ijag og or o go , o awo da casa de Olibar a, que pr ev iu uma g ue rr a. Ele t ambé m pe diu
que O libar a sacr ifi cas se : um car ne ir o e 66 000 búzio s. e le di sse que se O libar a não
o fe r e ce sse o sa cr ifí cio , hav e r ia g uer r a e m o nze dias. O libar a não ofe r e ce u o sacr ifí c io .
No dé cimo pr ime iro dia, a g ue rr a v e io . O libar a fug iu da cidade .




202 – 2 (Tr adu ção do v er so )


S un- mis’ e be , Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u je g unr e (t ipo de er v a)               e O lok o
(faze nde iro ). A ik u je g unr e fo i aco nse lhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e u m
car ne iro . Ele s disse r am a Aik uje g unr e que não mo rr er ia mas e st ar ia e nr aizado e
co lo cado e m um alt o o bje to aci ma do chão .
A ik uje g unr e sa cr ifico u. A o faze nde iro fo i pe dido que ofe r e ce sse e m sacr ifí c io um
car ne iro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que e le não mo rr e sse . Ele sacr ifi co u.
Q uando o faze nde iro e st av a capinando , e le ju nto u Aik uje g unr e co m o alfang e e m um
lug ar . A ik uje g unr e dis se , “Eu me fa ço no t ar se ndo r e unido , as sim me ajude a falar




                                                                                                               282
par a me us pais no C é u”. Q uando o faze nde iro finalizo u a capinag e m e j unto u a er v a
cha mada A ik uje g unr e co m um alfang e e o co lo co u e m um tr o nco , a er v a disse , “dig a-
me pai do C é u que e u so u no t áv e l”. Ent ão , as ult imas palav r as u sualme nt e falada s pe la
e rv a são : “que o faze nde iro não mor r a. Q ue e u t ambé m não mo rr a, de fo r ma que ambo s
pe r mane çam par a se m pre ”.




                                                                                                   283
O rác ulo 203



Ògúndá’Kaa

         Es se Odù fala da ne ce ssi dade de caut e la e sa cr ifí cio par a so lu cio nar pro ble ma s
         mo ne t ár io s.


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m co nfl ito s o u acusa çõ e s no
         t rabalho .




203 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O r unmila dis se O g unda’K aa, Eu dig o O g unda’K aa.
I st o fo i div inado par a O mo t ade .
e le s disse r am que e st amo s supli cando a Or unmila par a impe dir que O mo t ade fo sse
co nt ado co mo ladr ão .
O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, rat o s, pe ix e , aze it e -de - de ndê e 8 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.




 203 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O g unda’K aa fo i div inado par a Or unmila, o r e i, que e st av a co m pr o ble mas.
F o i-lhe asse g ur ado que co nse g uir ia alg um dinhe ir o log o .
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 2 000 búzio s,
e le sa cr ifico u.




                                                                                                   284
O rác ulo 204



Ìká-Ògúndá

         Es se O dù fala de sacr ifí cio a O g un par a de se nv o lve r cor ag e m e m alg ué m tí mido .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fing indo um pr o ble ma que não ex ist e .




204 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g ún pro v a minha ino ce n cia
Ò g ún, por fav or me apó ie .
Não há ning ué m co m pr o ble ma s que não pe ça aux í lio a Òg ún.
Q ue m que r que se ja que fa ça o be m r e ce be r á o be m.
É uma pe sso a e m par t icular que Ò g ún aux iliar á.
I st o fo i div inado par a A de t ut u, o filho do cov ar de que r e spir a me dr o same nt e , que e r a
me io -mo rt o ant e s da br ig a.
Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um cão , aze it e -de -de ndê , inha me assado e v inho de
palma.
Ele o uv iu mas não sacr ifico u.




                                                                                                       285
O rác ulo 205



Ògúndá-Òtúrúpòn

        Es se O dù fala de bo a fo rt una re s ult ante de me lho r a de co mpor t ame nto .


        O bse r v ação     o cide nt al:   Di fic uldade s    e   blo que io s   são   disso lv ido s   co m
        de se nv o lv ime nt o e spir it ual.




205 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g ún dir e cio no u bo a sor t e par a a ca sa de O t ur upo n.
I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e .
Ele s disse r am que um ano de r ique zas t inha v indo , um ano de abundâ ncia,
um ano de nascime nto de muit as cr ianças.
F o i-lhe s pe dido que sacr ifi cas se m de z po mbo s, de z galinha s e 20 000 búzio s de for ma
que e le s não disput ar iam nov ame nt e .
Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio .




205 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A s árv o re s e st ão se nt indo do re s de cabe ça na flo r e st a.
O Ir ok o e st á se nt indo do r no pe it o .
A árv or e cur at iv a e st á r e me diando a to do s.
I st o fo i div inado par a Òg ún e O t ur upo n.
De mane ir a a co mpor t ar -se be m, fo i-lhe s pe dido que sa cr ificas se um cão , aze it e -de -
de ndê , u m g alo e 18 000 búzio s.
Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio .
Ò g ún e nt ão de u Ot ur upo n bo a sor t e .




                                                                                                         286
Ò g ún libe rt o u O t ur upo n da e scr av idão . Nó s e st amo s r eg o zijando , nó s e st amo s
dança ndo .


O rác ulo 206



Òtúrúpòn-Egúntán

        Es se Odù fala do pr e se nt e , se ndo um mal mo me nto par a uma nov a cr ian ça, mas
        mant é m u ma g rande pro me ssa par a o fut uro .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t ev e re ce nt e me nt e pe r de u uma cr iança, ant e s o u
        lo go de po is do nasc ime nt o . Alg uma co isa e st av a e rr ada co m a cr iança.




206 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s ramo s do iro k o de ve r iam se r po dado s e nqua nto a árv or e é jo v e m. Q uando fica
v e lha e alt a, se u s galho s já não po de m ser facil me nt e co rt ado s. I st o fo i div inado par a
Ò t ú, a mãe de um be bê nov o . Ele s dis se r am que a cr iança se r ia um lacr ão quando
cr e sce sse . F oi pe dido par a que o s pais o fe r e ce s se m sacr ifí cio par a que a cr iança
pude sse m o be de ce - lo s. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um pe ix e ar o , um po mbo , uma
banana, 66 000 b úzio s e fo lhas de ifá. Se o sacr ifí cio for re alizado , as fo lhas e so são as
fo lhas de I fá a se r e m u sadas. Espr e me r as fo lhas e m ág ua co m flui do do car amu jo e
banhar a cr ian ça. Se a cr iança cr e sce r , dar - lhe uma so pa fe it a co m fo lha e so , car amu jo
o u pe ix e ar o par a co me r . Ela t ambé m dev e co me r bananas.




206 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O t ur upo n- Eg unt an fo i div inado par a Or unmila.
Ele s disse r am que a e spo sa de O r unmila co nce be r ia.
F o i pe dido que Or unmila o fe r e ce s se sacr ifí cio par a que a cr iança v ie s se e m um
mo me nt o mais pr o pí cio a e le s.
O sacr ifí cio : u ma g alinha g rande , uma cabr a e 66 000 búzio s.




                                                                                                          287
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




O rác ulo 207



Ògúndá-Túrá

        Es se Odù fala da saúde do clie nt e , e le se nt indo -se fi sicame nt e do e nt e co mo
        r e sult ado de pr e s são e inimigo s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é hipo co ndr í aco .




207 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pe dr a) na ág ua.
Nó s te me mo s a do e nça. F o i pe dido a O ta- mi não t e mar a do e nça e lhe fo i pe dido que
o fe r e ce sse sacr ifí cio de fo r ma que e le pe r mane ce s se fix o .
O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do e nça s.




207 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O g unda-Tur a. É bo m que per mit e à pe s so a supe r ar u m inimig o . U ma pe sso a mal
fav or e cida po de se r fac ilme nt e atr aida pe lo se u inimigo .
Q ue m me par iu?
Ò g úndát at úr ápa, faça co m que me u s inimig o s caiam um apó s o out ro e mat e -o s e m
g rande quant idade . Eu não dev e r ia co nhe ce r qualque r inimig o o u qualque r o po ne nt e .
Q ue m é uma pe sso a mal fav o re ci da?
U ma pe s so a mal favo r e cida é aque la a que m a maio r ia das pe s so as acr e dit a e st ar
arr uinada e e la ainda pe nsa que é muit o amado . Em v e nt o s fo rt e s, plant a e g be e cai
uma so br e as out r as; de ce rt a for ma, me us ini migo s mo rr er ão um apó s o utr o . Ele s




                                                                                                 288
nun ca se ajudar ão mut uame nt e ; o s lag art o s macho s não aj udam uns ao s o ut ro s e m um
c urt o e spaço de t e mpo .
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo
de t er minado acima. U ma pe que na po r ção do pó dev e ser co lo cado no t o po da ca be ça e
e sfr e g ado da te st a à part e infe r o -po st er ior da cabe ça. I st o dev e se r fe it o pe la manhã, à
t ar de o u a no it e at é o pó aca bar . É par a se r ut ilizado ape nas uma v e z ao dia.




                                                                                                         289
O rác ulo 208



Òtúrá-Egúntán

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de r e mo v er e ne rg ias neg at iv as do clie nt e .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a re mov e r e ner g ia
        e spir it ual ne g at iv a.




208 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ele s fize r am muit o mal a mim. Eu não so u maculado ; e le s não me po de m supe r ar ; e le s
e st ão amaldi ço ando , jur ando , e me de se jando mal. Ot ur a-Eg unt an di sse que e u não
de v er ia t er me do ne m se pr e o cupar co m e le s. Ele pr o me t e u co rr ig ir me u s cami nho s de
fo r ma que e u po ssa v iv er u ma v ida me lhor . Ele dis se que min ha v ida se r ia pr ó spe r a. É
O t ur a- Eg unt an que que lav a minha ca be ça de mane ir a que ne nhuma maldição ,
male di cê ncia, fe it iço o u e ncanto me afet e .
F o lhas de I fá: Q ue imar junt o fo lhas o luse saju, ife n e e so . M ist ur e o pó co m sabão - da-
co st ae co lo que - o e m uma cabaça. Jo g ue um po u co de pó de iy è -ì ro sù so br e o sabão ,
t race o o dù so br e e le e invo que o e ncant ame nt o acima. Ut ilizar par a t o mar banho .




                                                                                                      290
O rác ulo 209



Ògúndáketè

        Es se Odù fala de do is co nce it o s impor t ant e s: o pape l de Eleg bar a (E s u) co mo um
        me n sag e ir o e ntr e o s se r e s humano s e De us; e Eg úng u n (ance st r ais) co mo o
        cam inho do s se r e s huma no s par a a supr e macia.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo do minado por uma fe me a.




209 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O s pe s cador e s não sa be m e m qual lug ar o mar o bt e m s uas ág uas ne m a o rig e m da
lag o a. I st o fo i div inado par a Ele g bar a, a que m fo i dito que e le s dev e r iam sup licar a e le
uma var ie dade de co isas de mo do que e le car r eg as se se u s sa cr ifí cio s par a o C é u.
O r unmila pe rg unt o u co mo Ele g bar a co nse g uir ia mo str ar par a e le s que o s se us
sa cr ifí cio s tinha m alcançado o C é u. Eleg bar a disse que qualque r um c ujo sacr ifí cio
t e nha sido ace it o sabe r ia por si só que e le fo i ace it o . Quando as pe sso as que nunca
o fe r e cer am sacr ifí cio fize r e m uma o fer t a, e le s t ê m que dize r : M e u sa cr ifí cio che go u ao
mar e à lag una. Ele se r á ace it o . Mas qualque r um que te nha o fe r e cido sacr ifí cio , e o
sa cr ifí cio fo i ace ito , t e m que dize r : M e u sacr ifí cio alca nço u o C é u. F oi pe dido a
Ele g bar a que sacr ifi cas se de for ma que as pe sso as do mu ndo o o be de ce s se m.O
sa cr ifí cio : uma palme ir a, uma cor da de e scalar , um g alo , um ò ké t é e 66 000 búzio s. e le
o uv iu e ace it o u.




209 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                            291
Se nó s de se jamo s me nt ir , nó s par e cer e mo s e st ar ag it ado s. Se nó s de se jamo s dizer a
v er dade , nó s par e ce r e mo s e st ar co nfo r t áv e is. Nó s não po de mo s e ng anar um ao o ut ro
quando e st amo s car a a car a. I sto fo i div inado par a Ò g ún, que e st av a indo re alisar o s
r it uai s pr e s cr it o s pe la I y alo de nas r uas. To das as mu lhe r e s e st av am cast ig ando t odo s
o s ho me ns. Fo i pe dido que Ò g ún sacr ifi casse um bo né , um cão , 14 000 e alg umas
o utr as co isas de sco nhe cida s por não inic iado s. Ele sa cr ifico u.
De po is dis so , o mi st ér io de Eg úng ún e de out ro s cult o s que co bre m as sua s face s,
ca be ças   ou   cor po s   int e ir o s   tiv er am   iní cio .   As   mul her e s   e r am   ant ig ame nt e   as
co nt ro lador as de st e mist ér io . Elas assu st ar am o s ho me n s co m e le e não o be de ce r am o s
ho me ns muit o . O s ho me n s, e spe cia lme nt e Òg ún, de sco br ir am um mo do me lhor que o
mo do das mul he re s.




                                                                                                                 292
O rác ulo 210



Irete-Egúntán

         Es se O dù fala da ne ce ssi dade de inicia ção .


         O bse r v ação o cide nt al: De se nvo lv ime nt o e spir it ual az-se é ne ce ssár io par a paz e
         pro spe r idade .




210 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Te t e , ve nha e aja de for ma que e le s po ssa m se r co nfor mado s.
I st o fo i div inado par a Pè rè g ún (plant a de ce r ca),
a que m fo i pe dido o fe r e ce r sacr ifí cio de fo r ma que pude sse se nt ir -se
be m se ndo iniciado e m I fá.
O sacr ifí cio : u ma banana, mant e ig a de car it é e 44 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u. Ele fo i iniciado .
Ele s dis se r am que e le se se nt ir ia be m. De fat o , Pèr è g ún se se nt ia mu ito tr anquilo e
co nfo rt áv e l.




210 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Bo a sor t e ve io par a mim.
I st o fo i div inado por O r unmila ao re i que do e le e st av a e m de sgr aça.
Ele dis se que um ano de sor t e e st av a por v ir .




                                                                                                       293
F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse um po mbo , uma galinha, um camar ão (e de ) e 2 000
búz io s.
Ele sa cr ifico u.




O rác ulo 211



Egúntán’sé

        Es se O dù fala par a não cast ig ar pe s so as por s uas car acte r í st icas fí sica s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e mar cha pe la to que de se u pr ó pr io t ambor .




211 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g úndá ofe nde u a ning ué m, Òg úndá não ma chuco u ning ué m. É pro ibido , não é bo m
ca st ig ar Òg úndá.
I st o fo i div inado par a Oló wó ,
a que m fo i pe dido que o fer e ce s se sa cr ifí cio par a não se r punido dur ant e sua vida.
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha e 44 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.
Ho nr ais e r e spe it ais o s o utr o s; é me lho r de ix ar o filho de um ho me m ho nr ado imp une .
U ma árv or e é r e spe it ada po r cau sa de se u s nó s [de made ir a]; Ent ão t ambé m é um
r e spe it ado u m ho me m albino po r causa do Ò rì sà. Vo cê dev e t o da a ho nr a mim.




                                                                                                     294
O rác ulo 212



Òsé-Egúntán

        Es se O dù fala do impe dime nto de bo a fo rt una.


        O bse r v ação o cide nt al: M udan ças r ápidas e m at iv idade s te mpor ais ir ão r e sult ar
        e m g anho s.




212 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Po br e za e so fr ime nto t er mina m fo i div inado par a To to .
F o i pe dido a To to o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que e le se r ia se mpr e rico .
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, uma g alinha e 32 000búz io s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




212 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À g be .
Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À lùk ò .
Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m O dide re .
To da bo a so rt e e st á nas mão s de O ló k un — O ló k un o che fe de to da ág ua.
Ì sé - Eg únt án To t o co manda a t oda bo a so rt e v e nha a mim.
F o lhas de I fá: pulv e r ize as pe nas àg be , àlùk ò e iko o de co m fo lhas de to to ;




                                                                                                    295
co lo que e m uma quant idade de sabão -da- co st a co rr e spo nde nt e a 2 000 búzio s e t race o
o dù Ò sé - Eg únt án ne le ; usar par a ban ho .
No t a: Em qualque r mo me nto que a pe na de um àg be é me ncio nada, saiba que uma pe na
de r abo dev e r á ser u sada.
To do s o s mat er iai s a se r e m usado s par a awur e (me dicame nto par a sor t e bo a) de ve
e st ar limpo , per fe it o e e m bo m e st ado .




O rác ulo 213



Ògúndá-Fú

        Es se O dù fala de po s sív e is disput as so bre po sse s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se de par ando co m alg uma e spé cie de
        dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que se nt e m que o s pais não o s e st ão
        t rat ando ig ual me nt e .




213 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g úndá, dê o co nt r at o ao do no . Se v o cê não der o co nt r ato ao do no , t o malo - e i de ti à
fo r ça e br ig ar e i, e mbo r a e u não te r ade nt r ado à sua ca sa pro c ur ando br ig a.
I st o fo i div inado par a um v iajant e que se ho spe dar ia na casa de um ho me m av ar o . Fo i
pe dido que e le o fer e ce s se sacr ifí cio par a que não per de s se se us pe rt e nce s par a o
patr ão av ar o .
O sa cr ifí cio : u ma galinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (pilar fo lha s de t ag ir i e e e sin-
war a e uma quant idade de sabão - da-co st a e quiv ale nt e a 12 000 búzio s: co lo car e m um
cant o da casa e ve rt e r o sang ue da galinha ne le ; usar par a banho ).




213 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                    296
Dê par a mim, e u não vo u dá- lo a v o cê . Nó s não po de mo s lut ar e m cima de co nt as t odo
o caminho par a O yo e at é que nó s che g amo s à casa do Olo fin. Se nó s lut amo s
se cre t ame nt e , nó s de ve mo s falar a ve r dade no dia e m que a br ig a alca nça o r e i..
I st o fo i div inado par a o r e i quando um saco de co nt as fo i t razido por g uar diõ e s e que
mai s t ar de de cidir am e nv e ne nar o pr o pr ie t ár io das co nt as de mo do que as me smas
fi casse m par a e le s.
F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo e 2 000 búzio s.
A hist ór ia da que st ão : Hav ia um ho me m co m do is filho s. É um co st ume e m no ssa te rr a
que o s familiar e s não per mit am a o s filho s de um pai fale cido t er qualque r co isa fo r a
do pro pr ie dade do pai de le s. Po r e st a r azão , a famí lia do pai do s do is filho s fale cido
t o mar am a pr o pr ie dade e a div idir am to t alme nt e e nt r e e le s.
Est e s do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am e s co ndida e m alg um
lug ar , e ve nde r am as v alio sas co nt as uma a uma. quando a bo lsa fi co u quase vazia, e
mai s da me t ade já se fo r a, o filho mais v e lho quis e ng anar se u ir mão . Ele lev o u as
co nt as r e st ant e s ao re i par a cust ó dia e falo u par a se u ir mão que as co nt as t inham sido
r o ubadas. Alé m disso , o re i t ambé m e st av a pe nsando e m um mo do de mat ar o filho
mai s v e lho de fo r ma a po der mant e r as co nt as co nsig o .




                                                                                                    297
O rác ulo 214



Òfún-Egúntán

        Es se    O dù fala     das co nse quê n cias   de   se   ig nor ar   co mpor t ame nto   mor al   e
        sa cr ifí cio .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido o u de se jo so de um po ssí v e l
        r e lacio name nt o sex ual no civo .




214 (Tr adu ção do v er so )


O supa je re je r e , adv inho de O niba r a, div ino u par a O nibar a, a que m fo i pe dido que
sa cr ificas se um car ne ir o e 22 000 búzio s de mo do que e le não e ntr as se e m pro ble ma s
por ca usa de uma me r et r iz.
O nibar a não o fer e ce u o sa cr ifí cio .
Ele per g unt o u que t ipo de pr o ble ma po de r ia ofe r e ce r uma me r et r iz a e le , o lí de r de
uma nação ?
A histo r ia de O nibar a apó s e le t er re cu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i co nsult ado
par a O nibar a, uma mulhe r che g o u de uma te rr a lo ng í qua par a de spo sa-lo . A mulhe r fo i
pro st it ut a. Vár ias pe s so as que a co nhe ciam e aque las que o uv ir am falar so br e e la
v ier am par a pr ev e ni- lo a não se ca sar co m e la. O nibar a se ndo um r e i, r eg e it o u a
adv er t ê cia das pe sso as. Ele se re cu so u a de spr e zar a m ulhe r po is e la e r a muit o bo nit a.
A imag e m de st a mulhe r o cupo u a me nt e do r e i de mane ir a que e le não er a capaz de




                                                                                                       298
r e pe lir o u mudar o s pe dido s da mulhe r . A mulhe r dis se ao re i que não co mia o utr a
co isa se não car ne , e nt ão o re i mat o u to das as ave s, car ne ir o s e capr ino s que e le tinha
par a a cau sa da mulhe r . Ent ão o re i co me ço u a ar mar ar apucas par a as av e s, car ne ir o s
e capr ino s que pude sse m e ntr ar no se u palácio . Q uando o do no v ie sse pr o cur ar o
animal no dia se g uint e , o re i dir ia que e le lhe e st av a chamando de ladr ão . M as quando
não t inha mais av e s, car ne ir o s e capr ino s na vizinhan ça, o re i pe nso u e m uma o utr r a
mane ir a par a o bt e r car ne par a a mul he r . e nt ão e le co nse g uiu um fe it iço co m o qual as
pe s so as se t r ansfo r mav am e m tigr e s. A pó s isso , o re i ia t o da manhã at é o s po st e s o nde
o s animais e r am pr e so s par a ao abat e e o s le v av am dali. Co nse q ue nt e me nt e , as pe sso as
co me çar am se cansar am co m o s hor ro r e s que o t ig r e e st av a cau sando pe lo assas sí nio de
se u s animais do mé st ico s. O s caçado r e s da v izinhança fize r am uma vig ilia e at ir ar am
no t ig r e . Q uando e le fo i at ing ido pe las fle x as, f ug iu e fo i cair na fr e nt e da casa de
O nibar a. I nto o cor re u nas pr ime ir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando aman he ce u,
O nibar a fo i e nco ntr ado na pe le do tig re ; to das as faca s que e le uso u par a pe r fur ar as
v ít imas e st av am e m suas mão s e o animal que e le hav ia abat ido e st av a ao lado de le . A s
pe s so as se s ur pr e e nde r am e m v er que o r e i de las t ev e tal hábit o r uim. Ent ão e las
achar am um lug ar de pr e ssa par a o e nt er r ar se cr e t ame nt e . Elas lev ar am cabo da
mul he r , a mat ar am, e a e nt e rr ar am na abó bada de O ba. De sde e st e t e mpo , se um t ig r e é
mo rt o , sua face é co be rt a, e se r á le v ado par a um lug ar se cr e to ant e s de se r e sfo lado .
I sso é por que um tig re é cha mado de re i. Pro v ér bio : U m t igr e , ape sar de s ua maldade ,
pe diu par a as pe sso as que não de ix e m s ua face de sco be r t a.




                                                                                                        299
O rác ulo 214



Òsá-Ká

           Es se O dù pr ev ê um no vo be bê e fala da pr ot e ção do se gr e do de alg ué m.


           O bse r v ação o cide nt al: U m co me nt ár io so br e um ant ig o e mpr e g ado po de cau sar
           pro ble ma par a o clie nt e .




215 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sá caminha ao r e dor div ino u par a um r e cé m-nas cido . Fo i pr e dito que e le se r ia um
apaix o nado po r viajar pe lo mundo quando e le fo s se mais ve lho .
e le s disse r am: U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o de mo do que e le po ssa te r uma habit ação
e m t er r a e po ssa e st ar muit o be m.
O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um aik a (animal e spe c ial do mato ), sabão - da-co st a, 32 000
búz io s e fo lhas de I fá. A s fo lhas de I fá dev e m se r mo idas e co zidas na so pa co m aik a
o u car amujo par a o clie nt e be be r e as fo lhas de I fá de v e m ser mist ur adas no sa bão -da-
co st a.




215 – 2 (Tr adu ção do v er so )




                                                                                                      300
Palav r as par t icular e s t or na-se - ão públi cas fo i div inado por Ay ék o g be je . U m co nfide nt e
e st á r ev e lando se gr e do s. F o i pe dido que sacr ifica sse par a que não fize sse co isa s
v er go nho sa s e m se g r e do , e que se us seg r e do s não fo sse m div ulg ado s.
O sacr ifí cio : u m car amujo , aze it e -de - dê nde , banha de òr i, um po mbo , 66 000 búzio s e
fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.




O rác ulo 216



Ìká-Sá

        Es se O dù adv er t e às pe sso as a não fazer e m nada de so ne sto .


        O bse r v ação o cide nt al: C o nfu são e mo cio nal po de lev ar a de cisõ e s pe r igo sas.




216 – 1 (Tr adu ção do v er so )


U m mal car át e r ge r a um co v ar de
fo i div inado par a u m ladr ão .
Ele s disse r am que um ladr ão não se r ia t ão br avo quat o o pr o pr ie t ár io .
O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de mane ir a a adquir ir co isas facilme nt e o u
ho ne st ame nt e .
O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e è so par a se r e m
co zidas e co midas co m o s car amujo s ).
e le não sacr ifi co u.




216 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O mundo é fr io . Nó s e st amo s de scan çando ; pe s so as fr acas de ix am a cidade .




                                                                                                         301
I sso fo i div inado par a Jo k o je que de se jo u de scan çar , e le dev e r ia sacr ificar pano
br anco , um po mbo , uma o ve lha e 20 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s falar am que e le e st ar ia usando v er de co mo pano pr o te t or .




O rác ulo 217



Òsá-Òtúrúpòn

        Es se O dù fala de infe rt ilidade e de sa cr ifí cio par a vida lo ng a.


        O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a sacr ificar a Ò g ún par a co nce pção .




217 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ela- não -carr e g a-cr iança -e m- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo ,
a que m fo i pe dido que sacr ifi casse de mo do a po de r dar a luz.
O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ela se re cu so u a sa cr ificar .




217 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sá- Òt úr úpò n, Ò sá-Ò t úr úpò n
fo i div inado par a a pe le de u m animal.
e le s disse r am que a pe le ser ia sa udáv e l e viv er ia mai s que qualq uer o utr o animal no
mu ndo .
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, o bì e 44 000 búz io s.




                                                                                                    302
A pe le sacr ifi co u.




O rác ulo 218



Òtúrúpòn-Òsá

        Es se O dù fala de tir ar uma cr iança do pe r ig o .


        O bse r v ação o cide nt al: U ma nov a cr iança o u nov as r e spo nsabil idade s e st ão
        cr iando uma pr e o cupa ção te mpo r ár ia.




218 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I g bo k e g bo do fo i div inado par a K o nk o n
Ele s disse r am que e le dev e r ia fazer sa cr ifí cio par a que um r e cé m- nascido não
e nvo lv e sse o s pais e m pr o ble mas o u de sasso s se go .
O sa cr ifí cio : u m pilão , um car amujo , aze ite - de -de ndê e m ab undânc ia, 32 000 búzio s e
fo lhas de I fá (jo ko je e è so ).
K o nk o n may ik an se re c uso u a sa cr ificar .




218 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- Ò sá fo i div inado par a as pe s so as na cida de chamada I lar a.




                                                                                                303
Ele s dis se r am que t odo s o s be be s nasci do s naque le ano se r iam car r eg ado s nas co st as
de s uas mãe s e nquant o e st as fug ir iam de uma bat alha.
A s pe sso as pe rg unt ar am o que dev er iam sa cr ificar e fo i r e spo ndido : aze it e -de - de ndê ,
banana s mad ur as, banha de or i, fo lhas I fe n, fo lha s jo ko je , fo lha s wo ro e 42 000búzio s.
Ele s não sacr ificar am.




O rác ulo 219



Òsa-Òtúrá

       Es se O dù fala do s de use s favo r e ce ndo aque le s que falam a v er dade .


       O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nfr o nt ar u m pr o ble ma que e le ve m
       e v it ando .




219 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ?
Eu dig o , o que é ve r dade ?
Ò r unmila diz: Ve r dade é o Se nho r do Par aiso g uiando a t er r a.
Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ?
Eu dig o , o que é ve r dade ?
Ò r unmila diz: Ve r dade é o I nv isív e l g uiando a te rr a, a sabe do r ia que O lo dunmar e e st á
u sando — gr ande sabe do r ia, muit as sabe do r ias.
Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ?
Eu dig o , o que é ve r dade ?




                                                                                                      304
Ò r unmila diz: Ve r dade é o car át er de O lo dun mar e . Ve r dade é a palavr a que não cai.
I fá é a v er dade . Ve r dade é a palavr a que não se co rr o mpe . Po de r que ultr apas sa a
t udo . Bê nção pe r pét ua.
I st o fo i div inado par a a Ter r a. Ele s dis se r am que as pe sso as do mun do dev e r iam se r
v er dade ir as. Par a capa cit a-lo s a se r e m v er dade iro s e ho ne st o s que idabo (me dic ina de
I fá) se ja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è - ìr o sù. A pó s re cit ar o I fá acima
so br e o pó , mist ur e -o co m e ko e be ba- o , o u co ló que - o no aze it e -de -de nê e o co ma, de
mo do que sr á fácil se r ho ne st o e v er dade ir ao .
C ant ig a de I fá: F ale a ve r dade , dig a o s fato s. F ale a ve r dade , dig a o s fat o s. Aque le s
que falam a v er dade são aque le s a que m as de idade s aux iliam.




O rác ulo 220



Òtúrá-Sá

             Es se Odù fala das co nse que n cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da r e co mpe n sa
             daque le s que faze m sacr ifi cio .


             O bse r v ação o cide nt al: O t e mper ame nt o do cl ie nt e e st á causando pr o ble mas.




220 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Eu não t e nho me do , e u não so u me dr o so . M e u cor po é fr e sco . I sso fo i div inado par a
O lók un a que m fo i pe dido sacr ifi car de mo do que se u co r po pude sse s e st ar se mpr e
fr e sco .
O sa cr ifí cio : u ma cabaça de aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de o r i, uma caba ça
de adin, um car amu jo , uma o ve lha, um po mbo , um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio , 44 000
búz io s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.




                                                                                                            305
220 – 2 (Tr adu ção do v er so )


C o mpr ar e fug ir , co mpr ar e fug ir . U ma pe s so a má fug iu co m me u dinhe ir o . I sso fo i
div inado par a o pato .
Ele s dis se r am que a pe sso a má che g o u par a co mpr ar de le e fug ir ia se m pag ar . Fo i-lhe
pe dido que sa cr ifica sse de mo do q ue não per de s se se u dinhe iro .
O sacr ifí cio : 18 000 b úzio s, um po m bo e fo lha s de I fá (e e sin e cas cas de car o ço de
palme ir a).
Ele não sacr ifi co u.
O ass unto se to r no u de âm bito int e r je ct iv o : Há! Há! Há! e sse é a pr át ica do pat o par a
e s se dia. Se t iv e sse sa cr ificado co mo o rie nt ado , fo lhas de I fá se r iam pr e par adas par a
e le . Ent ão que ning ué m se una à so cie dade de ag be bo mar ú (e sse s que fo r am o r ie nt ado s
à sa cr ificar mas assim não pr o ce de r am).
O rác ulo 221



Òsá-Retè

          Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro ble ma s cor r e nt e s v e m das
          de idade s.


          O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á re ce be ndo supo rt e pr át ico ne m mor al
          de se u co mpanhe ir o .




221 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Se a pe sso a que do r me so zinha dor me mal, so me nt e de us po de dispe r t a-la.
I sso fo i div inado par a um e st r ang e iro que e st av a indo par a o campo (e juj u) par a
e spe r ar .
De for ma que a co nse g uir alg ué m par a lhe aj udar a lev ar o far do e m sua cabe ça, lhe
pe dir am que sa cr ifica sse u ma ave , 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá (fo lhas olu se saj u par a
se r e m e spr e midas e m ág ua par a banho co m sabão ).
Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u.




                                                                                                      306
O e str anho fo i ao campo e pr e par o u o se u far do . Ele o lho u par a dir e it a e par a a
e sque r da, par a fr e nte e par a tr ás, e não v iu ning ué m.
Ele disse , “Est e far do é ago r a o far do de De u s. Ent ão , Ef ufule le aux ilia- me a carr e g ar
e st a car g a e m minha cabe ça, Efuf ule le . Vo cê não sabe que aque le s que não tê m pe s so as
de po sit ar ão sua co nfian ça no Se nho r te u De us?”.




O rác ulo 222



Ìretè-Sá

        Es se O dù fala que pr e v e nir é me lho r que r e me diar .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de se de par ar co m co mpet ição no se u
        r e lacio name nt o amo ro so .




222 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A que le que guar da co ntr a mo t im não é um co v ar de . A s abe lha s par t ir am ma s de ix ar am
o se u fav o de me l; as for mig as so ldado part ir am e de ichar am se us re mane s ce nt e s.
I st o fo i div inado par a o pov o da t er r a e no par aiso quando e ntr ar am e m g ue rr a. F oi
pe dido que ambo s sa cr ifica sse m um jar ro de me l e u ma cabaça de ek o . A pe nas as
pe s so as do C é u sacr ifi car am; as pe s so as da t er r a não .
A hist ór ia: A s pe sso as da      te rr a for a par a uma bat alha co m as pe s so as do C é u, mas
as sim que che g ar am ao por t ão do C é u, e le s vir am u m po t e de ek o mi st ur ado co l me l.
Não sa be ndo que e le e st av a mist ur ado co m ve ne no , e le s be be r am a mi st ur a, e to do s




                                                                                                   307
aque le s que be be r am mo rr e r am ali me smo . A s pe sso as do C é u mar char am at é o s
por t õ e s do o ut ro lado do C é u e e nco nt r ar am cor po s no chão . Ele s bat er am e m set e
co r po s co m uma v ar a ao s quat ro canto s da cabana de le s. Ele s mandar a aque le s se t e
car r eg ar e m o s cor po s do s out ro s mo rt o s par a lo ng e do por t ão .
A pó s o s se t e t er e m car re g ado se u s camar adas par a lo ng e do por t ão as pe sso as do C é u
co me çar am a cant ar e e scar ne ce r - lo s ve rg o nho same nt e assi m: “Nó s be be mo s me l e não
co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l. To do s o s po v o s pr e g uiço so s e st ão
e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u. To do s o s po vo s
pr eg ui ço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u;
nó s be be mo s me l”. At é ho je , v o cê não v ê as pe s so as na t er r a car r eg ando se us mor t o s
aqui e ali? O s mo rt o s e st ão carr e g ando o s mo rt o s.




222 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì re t è -Ò sá fo i div inado par a A dur o jà-A bay ako .
Ele s pe dir am par a e le v ir e faze r sacr ifí cio de mane ir a a so br e pu jar o s inimigo s.
O sacr ifí cio : u m car ne iro , um galo e 22 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s disse r am que A dur o jà- A bay ak o ve nce r ia se u s inimig o s.




                                                                                                      308
O rác ulo 223



Òsá-Sé

        Es se O dù adv er t e co nt r a falsa s acu saçõ e s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de se de par ar re pe nt iname nt e co m muda nças
        e m se u se rv iço ou t r abalho .




223 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O sá- sé , Or in- sé , o filho se g ue o ex e mplo do pai.
I sso fo i div inado par a Olúig bó e O lúo dàn.
F o i pe dido a ambo s sacr ifi car uma ca br a.
O lúig bó sacr ifi co u so zinho .
Ele s pe dir am a O lúig bó que t odas as bo as co isas e st iv e sse m e m sua s mão s e pe sso as
v ir iam supli car po r e le s.




                                                                                                  309
223 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sá não o fe nde u. Ò sá não mag uo u. A pe s so a que pe nsamo s t er no s o fe ndido , não no s
o fe nde u.
I st o fo i div inado par a O wa que e st av a pr o cur ando po r um ho me m co mo se fo sse um
ladr ão mas na v er dade e r a ino ce nt e .
F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de mo do que Ès ù não o impul sio nasse a acu sar
fal same nt e um ho me m ino ce nt e .
O sa cr ifí cio : do is po mbo s, uma caba ça de inhame pilado e t or rado (e wo ) e 4 400
búz io s.




O rác ulo 224



Òsé-Sá

        Es se Odù fala fala de co n ciliação e m lug ar de co nfr o nt ação par a re so lv er
        disp ut as.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á numa disput a — m uit as v e ze s co m o
        g ov er no . O pag ame nt o e st á e m or de m.




224 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé - Sá fo i div inado par a Elé g bár á.
F o i pe dido a Elé g bár á que sacr ifica sse de mo do a não mo rr a dev ido a pro ble ma s de
t rib unal.
O sacr ifí cio : pano , um o bì de tr ê s go mo s, aze it e -de - de ndê , 6 600 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele o uv iu e sacr ifi cao u.
F o lhas de I fá for am pr e par adas par a e le . Ele s dis se r am-lhe : Ò sé -Sá o bì nu nca mor r e e m
um caso co mo t al; Elég bár á não mor r er á e m u m caso .



                                                                                                        310
224 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A k in (uma br av a pe sso a) e st á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e e squ iv a”. I sso fo i
div inado par a O lo bahun Ì japá (a t ar t ar ug a). Fo i-lhe pe dido que sa cr ifica sse de mo do a
não t er que lut ar e mor re r e per mane ce r re spit ado o nde quer que fo s se . O sacr ifí cio :
o ro g bo , sal, se me nt e s ay o , um g alo e 3 200 b úzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u
e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Ele s dis ser am que as palavr as de s ua bo ca nunca ir ia
abo rr e çe r as pe s so as do mundo . A s pe s so as se mpr e pr o cur ar ão por dinhe ir o e sal.
Q uando nó s v e mo s awun (uma tart ar ug a), ne nhu m bast ão é ne ce s sár io .




O rác ulo 225



Òsá-Fú

        Es se O dù fala de e nt e ndime nt o e o be diê ncia de t abu s.


        O bse r v ação o cide nt al: C ao s nas at iv idade s diár ias e st á dist or ce ndo o julg ame nt o
        do clie nt e .




225 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò r unmila disse Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá- F ú. Nó s e st amo s fug indo da picada da co br a. Nó s
e st amo s f ug indo de mane ir a que o e le fant e não no s pe g ue . Nó s e st amo s fug indo de
mane ir a que o búfalo (e fò n) não lut e co no s co . Nó s e st amo s f ug indo de mane ir a que o
fo go não no s que ime . Nó s e st amo s fug indo das dív idas de mane ir a que as pe s so as da
t er r a não no s e scar ne . Nó s e st amo s fug indo da pr o pr ie dade de o utr as pe s so as par a não
no s to r nar mo s ladrõ e s, de mo do que as pe s so as de r e pe nt e não e lev e m sua s vo ze s
co nt r a nó s um dia. Nó s e st amo s fug indo do amule to de mo do que sua palavr a má não
no s afe t e . Não há pr azer par a aque le s que dize m que não fug ir ão de nada na te rr a.




                                                                                                        311
I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho me ns, que disse r am vir e sacr ificar de fo r ma que
e le s so ube s se m e v it ar t udo aquilo que é èè wò ( um at o pr o ibido ).
O sa cr ifí cio : de ze s se is car amu jo s, fo lha s omo , aze it e -de - de ndê , sal e 32 000 búzio s.
A pe nas alg un s de le s sacr ificar am.
Ele s dis se r am: A que le s de nt r e v o cê s que sacr ifi car am, te r ão vida lo ng a na t er r a e a
t er r a se r á bo a par a v o cê s.




Oráculo 226


Òfún-Sá


         Es se Odù fala da vida int e ir a de uma pe s so a v ir ando de cabe ça par a baixo , e da
         r e de nção e spir it ual co mo única so lução .


         O bse r v ação o cide nt al: Enq uanto t udo pare ce bo m no mo me nt o , de sast r e se
         apro x ima.




226 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O to or o! A Te rr a g ir a e m to r no de si no e spa ço . Og baar a! A Te rr a é r asg ada ex po ndo
se u nú cle o . Se o m undo fi ca po dr e e m no ssa é po ca, é por que nó s já não sabe mo s no s
co mpo rt ar . I fá fo i co nsult ado par a o s anciõ e s de I fè quando a so be r ania de I fè
as se me lhav a-se a uma caba ça r achado . Nó s dis se mo s: Q ue m no s aux iliar á a r e st aur ar a
so be r ania de I fè tal qual re par amo s uma cabaça r achada? Nó s mandamo s cha mar O lo t a
da cidade de A do . Ele ve io — po der o so s sace r dot e — mas nada pô de faze r . Nó s
manda mo s chamar Er inmi da cidade de O wo . e le ve io mas nada pô de faze r . M e smo


                                                                                                      312
se ndo A do o do micí lio de I fá e O wo o asse nt o da sábia Et u. Nó s mandamo s chamar
Ò g ún e m I re afim de r e st aur ar a so be r ania de I fè . Ele v e io mas te nt o u e m v ão . O S
ho me ns t or nar a-se ár vo r e s se cas e m sua s raize s, a chuv a se r e cusav a a cair , a fo me
v e io ; ho me ns e animais per e ce r am. Ele s chor ar am e m de se spe ro : Q ue m aca bar ia co m
no ssa misé r ia e r e st aur ar ia o e st ado pe r dido de I fè ?. U ma vo z disse : Vo cê s ainda não
cha mar am por O balufo n e m Iy inde , Lábé r ijo e m I do , Jig únrè e m Ot unmo ba, e Ese g ba, o
A wo de Èg bá. Vo cê s ainda não mandar am c hamar A sada e m I je sa e A kó dá e A sè dá e m
I le -I fè par a vir e m ajudar a re st aur ar I fè . Quando e le s for am chamado s, e le s v ier am e
t e nt at am, po ré m falhar am. F oi t udo e m v ão .




226 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O po mbo co nhe ce o s se g r e do s mais int imo s de Ese lu. O car amujo co nhe ce a sabe dor ia
de A pako . e le s div inar am par a o s anciõ e s de I fè quando e st á se asse me lhav a a u ma
ca baça rac hada, quando ning ué m pô de se r e nco ntr ado par a par ar a mar é de de st r uição .
Nó s cha mamo s O lumo , o sace r dot e de I mor i e m I je sa, por Ò g ún, o sa ce r do t e de A lár á,
por O g bó n Enit aar a, o sace r dot e da mo nt anha de I jè ro , por O dudug b unudu, o
sa ce r do t e de Ese mo we , po r O bo le boo g un, o lí der e m Ke t ú. Ele s vie r am e mo str ar am
t o da sua fo r ça, mas t udo e r am e m v ão . Ele s for am impo t e nt e s co ntr a as for ças de
de st r uição que e st av a lev ando I fè à r uí na.


. . .


Ent ão nó s chamamo s pr o A ko nilo g bo n, nó s e nv iamo s e mis sár io s a A f’ò nàhan’ ni. Nó s
pro c ur amo s o aux í lio de le s. Ele s vie r am e dis ser am par a nó s c hamar Ot ot o -e ny ian, o
sa ce r do t e dacidade A r ufin, par a e le vir e so ar a t ro be t a par a chamar A lajóg un, cha mar
por O lo fin me u se nho r À jàláy é e me u Se nho r À jàló r un e me u Se n hor Ag ir i-I ló g bó n, a
cr iança nasci da na mo nt anha I tase , o lug ar de o nde o so l nas ce . Po is e le so zinho po de
r e st aur ar I fè . Ot ot o -e ny ian (“o ho me m pe r fe ito ”) ve io . Ele per g unto u:   Por que vo cê s
me c hamar am      par a se u mu ndo ? Nó s r e spo nde mo s: Vó s po de is to car a tr o mbet a par a
cha mar Alájo g un e que e le po r sua ve z chame o C he fe Único . Ot ot o -e ny ian re cu so u- se


                                                                                                         313
dize ndo :   Eu    não   to car e i.   Bu scando   de se spe r adame nt e   mudar     de ci são   de le ,   nó s
dis se mo s: O e squilo não anun cia a v inda do jibó ia? Ele nov ame nt e se r e cuso u: Eu não
t o car e i a t ro mbe t a. Nó s dis se mo s: O sapo não pr o clama a pr e se n ça da v í bo r a? Ele não
se re nde r ia. A inda e le disse : Eu não so pr ar e i.Fo i e nt ão que nó s disse mo s a e le : A
g alinho la so zinha pr o clama o de us de mar . O àlùk ò so zinho anuncia a de usa do r io . O
o lo buro so zinho anun cia o s ci dadão s do e cé u. Vo cê so zinho , do amanhe ce r de te mpo ,
se mpr e cha mo u A lájo g un (o capit ão das Ho st e s M ilit ar e s do cé u ).




226 – 3 (Tr adu ção do v er so )


A go r a, o Ho me m Pe r fe ito re spo nde u. Ele to mo u sua tr o mbe t a e to co u. O s Gr ande s do
C é us de sce r am. O pânico e nvo lv e u o s filho s da Te rr a. Ele fant e s cor r er am par a sua s
ca sas nas flo r e st as. Bú falo s fug ir am par a a flor e st a. A s av e s aladas bu scar am se u
pró pr io hábit at ; o s r é pte is, o s po der o so s animai s da ág ua ace le r ar am às sua s r eg iõ e s
pe lo mar . O s ca chor ro s fo r am dir e to par a a t er r a do s cacho rr o s, as ov e lha par a a t er r a
das o ve lhas, o s se r e s humano s par a o lug ar do s humano s. C o nfusão abso lut a re inav a;
alg uns e ntr ar am nas ca sas er r adas e o ut r o s se g uir am as dir e çõ e s e rr adas. Fo ram
r asg adas ro upas e m fr ag me nt o s. O ancião disse : re ina! Eu re spo ndi: C ao s re ina. Vo cê
e st á inco mple t o , e u e st o u inco mple t o , at é me s mo o s dias do mê s lunar e st ão
inco mple t o s.




226 – 4 (Tr adu ção do v er so )


Ele s div inar am par a o Se nhor do s Po der e s da Te r r a. Ele s div inar am par a o s po der e s do
C é u e par a me u Se nhor , o Se nho r da Pe r fe it a Sabe do r ia, a cr iança nas cida na mo nt anha
de I t ase , a C asa do A lv or e ce r . F oi e le que m disse : Se r ealme nt e I fè de v e se r cur ada e
r e st abe le cida, de pr e ssa a fo lha de alasu walu (a fo lha que r e for ma o car át er do ho me m,
limpa -o e pur ifica- o ) dev e se r cult iv ada. Ent ão e não ant e s a paz r et or nar á par a a te rr a.
F re ne t icame nt e nó s b usca mo s a fo lha alasu walu. Nó s lev amo s uma fo lha a e le . Ele
dis se : não é a fo lha. Nó s le v amo s o ut r a fo lha a e le . I sso não é a fo lha. Ent ão , e m
co mpaix ão e le disse a nó s: Co nfe sse sua maldade que e u po sso co br ir sua nu de z.
De pr e ssa nó s r e spo nde mo s: Nó s co nfe s samo s no ssa maldade , Se nho r , c ubr a no s sa
nude z. Ent ão e le met e u sua mão na bo lsa de Sabe do r ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha


                                                                                                            314
alas uwalu. Nó s e st áv amo s lado a lado co m alív io e co m aleg r ia. Nó s dançamo s. Nó s
no s r eg o zijamo s. Nó s cant amo s:


"Nó s r e ce be mo s a fo lha de alasu walu.
A cr iança co m a cabe ça cor o ada no s do to u,
Do to u a to do s nó s de car át er pe r fe ito ! “


Naque le dia, a ch uv a cai u de cé u. A so be r ania de I fè fo i r e nov ada, se r eg e ne r o u. F o i
r e st abe le cida a cabaça que rac ho u.




Oráculo 227


Ìká-Òtúrúpòn

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de um re lacio name nt o e spir it ual.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e v e m abr indo máo de u m r e lacio name nto que
        po der ia ser be né fico .




227 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A tart ar ug a e st á re co lhe ndo o be ne fí cio do casco e m sua part e de t rás. I re r e t e m um
pe it o be m g rande . U m v e lho Àir á (r e de mo inho de v e nto ) fr e qüe nt e me nt e co rt a o to po
da co pa de uma árv or e ir ók ò . I sso fo i div inado par a uma pr o pr ie t ár ia de te rr as que
co nst r uiu uma man são de de ze sse is quar to s. fo i pe dido que e la sa cr ifica sse de mo do
que e la pude sse e nco nt r ar uma bo a e ho ne st a pe sso as que ir ia pro t eg e - la co ntr a o
r o ubo de sua pr o pr ie dade , fat o que lhe t rar ia gr ande dor . O sacr ifí cio : de ze s se is
po mbo s, do is pat o s, de ze s se is car am ujo s, 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá. A pr o pr ie t ár ia



                                                                                                       315
de t er r as se re cu so u a sacr ifi car . Ela disse que não ne ce s sit av a de um se g ur ança.
Do nde um ladr ão vir ia r o ubar a sua pro pr ie dade co m de ze sse i s quart o s? O balùfò n
t e nto u de spo sa- la e e la r e cuso u. Ò g ún t e nto u de spo sa- la e e la r e cu so u. O r unmila
t e nto u e e la r e cuso u. A pr o pr ie t ár ia de te rr as co st u mav a do r mir no s de ze sse is quart o s
de mo do q ue não pude s se se r capt ur ada por ne nhuma pe s so a má. Ela també m fe char ia
à no it e as po rt as da casa quando e la qui se sse dor mir . No dia e m que O runmi la e st av a
pr e par ado par a e nv e rg o nhar a mulhe r , co m o iro fá e m sua mão e de clar açõ e s de I fá e m
s ua bo ca, O r unmila abr iu to das as po rt as e che go u at é à mulhe r . Dur ante t udo aquilo
que Or unmila fe z à casa e a mulhe r , ning ué m de spe r to u. Ela o lho u o co r po de la e v iu
t udo aquilo que tinha sido fe ito a e la, e e la não so ube que m t inha fe ito isto . Ela
pe rg unt o u par a o s v ig ilant e s da ca sa; e le s só pude r am lhe falar que e le s t inham
dor mido at é de manhã. Ela co mando u par a to das as cr ianças da casa de la sair so ando
o s sino s e jur ar naque le ho me m que t inha v indo par a a ca sa de la par a ex e c ut ar t al ação
má dur ant e a no it e . Ele s di sse r am t udo que e le s pude r am, e r aio t udo que que e le s
pude r am, ma s e le s não adquir ir am ning ué m par a r e spo nder a e le s. M uit o ce do a
manhã que v e m. Or unmila saiu co m o s camar adas de le , so a o sino e cant a t hus ly :
S we ar ling will k ill t he swe ar er - awe re pe pe , s we ar ing will k ill t he swe ar er - aw-
e r e pe pe , and so o n.   quando a mulhe r so ube que er a O r unmila que tinha t e nt ado a
ca sar er a uma ve z, e la o chamo u e lhe falo u que e le só po der ia se r o mar ido e e nt ão e le
de v e , ve nha par a a casa de la.
O sig nifi cado de st e I fá: Se e st e I fá é div ine d dur ant e o g big bo - ri o u e se nt ay e de uma
me nina, par a o pai de v er ia se r falado que a me nina dev e se r a e spo sa de um baba la wo .
Ela se r á pró spe r a, e e st ar tr anqüilo e m v ida, a de ixe si do dado a um babala wo .




                                                                                                            316
Oráculo 228


Òtúrúpòn-Ká

        Es se O dù fala de gr ande pr o spe r idade e saúde .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á pr eo cu pado co m do e nça.




228 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A ume nt o na casa, aume nt o maior na faze nda fo i div inado par a Òt ú.
F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse ; sua s e spo sas e ngr av idar am e o s fr uto s das árv or e s de
s ua r o ça der am bo ns fr uto s e m gr ande quant idade .
O sacr ifí cio : u ma banana, bast ant e o bì , ba st ant e o ro g bo , ar e ia e fo lhas de I fá.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u to do s o s í te n s.




                                                                                                     317
228 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O sang e de g be b’o k unr in- já div ino u par a De jug be O k unr unt ag o bo le , A wuwo lapa. Ele s
dis se r am que se De jug be de se jas se que se u br aço fo sse c ur ado , e le de v er ia sa cr ificar
do is po mbo s, duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas it apàr a
mi st ur ar co m sabão - da-co st a e aze it e -de -de ndê ; e sfr eg ar no co r po ).
Ele se g ui u a inst r ução e sacr ifi co u.




Oráculo 229


Ìká-Òtúrá

        Es se O dù fala do fim de um pr o ble ma e do iní cio de bo a sor t e .


        O bse r v ação o cide nt al: A so rt e do clie nt e e st á a po nt o de mudar de má par a bo a
        so rt e .




229 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á me e mpurr o u; Eu nunca caí . Ìk á e st á e nv iando male s par a minha ca sa; minha casa
não dispe r so u. To das as co isa s bo as e st av am acumu landas. I sto fo i div inado par a
O r unmila. Ele s disse r am que o mo t im co ntr a O r unmila se r ia mo t iv o de ve rg o nha. F oi
pe dido que e le sa cr ificas se se i s po mbo s, 12 000 b úzio s, pime nt a- da-co st a e fo lhas de
I fá (t or r ar fo lhas k ut i, fo lha s ito e pime nt a- da-co st a t udo junt o ; mist ur ar co m sabão -
da- co st a. U sar par a banho ).



                                                                                                       318
Ele sa cr ifico u.




229 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-Òt úr á, O ac umulado r , o re unido r , aux ilia- me a junt ar dinhe ir o , aux ilia -me a r e unir
e spo sa s, aux ilia- me a te r muit o s filho s. Ve nha e r e una t oda as co isas bo as e m minha
v ida. Fo lhas de I fá: Tr açar o O dù Ì kà- Òt úr á no Ì ro sù; invo que co mo mo st r ado aci ma
so br e o pó ; u sar par a mar car a cabe ça o u co lo car no aze it e e co mer .




Oráculo 230


Òtúrá-Ká

        Es se O dù fala de dispe r sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro spe r idade .


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa ser limpo e spir it ualme nt e das e ner g ias
        ne g at iv as.




230 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A sar eg e g e é o no me dado à M or te ,
A bir ing be re é o no me dado à Mo lé st ia.
Se o e le fant e che g a à e st r ada, e le se ale gr ar á.
Se o bú falo che g a a um lo cal pant ano so , e le e st ar á liv r e e se ale gr ar á.
Ò t úr ák át úr ák á! ajuda i-me a dispe r sar br uxo s e fe it ice ir as; ajudai- me a dispe r sar me u s
inimig o s e o po ne nte s.



                                                                                                         319
F o lhas de I fá: mo e r fo lha è la e ìy e r e . C o lo que e m um mo nt e de co zinhar ar g ila e as
fo lhas mo idas co m um pe ix e aro . Ent ão co lo car so br e e ssa so pa um po uco de pó de I fá
no qual o Odù Ò t úr á-K á t e nha sido t açado e a incant ação de I fá aci ma dev e ser
r e cit ada. Ve rt e r aze it e no chão ao re dor do mo nt e ant e s de t o mar a so pa.




230 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr á- Ká fo i div inado par a A de y ibo ,
a que m fo i pe dido sacr ifí cio de mane ir a que um ladr ão não pude sse falsa me nt e
me n cio nar se u no me .
O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, um po mbo , 16 000 búzio s e fo lha s de I fá.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .




230 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O r unmila dis se Ò t úr á- Ká, e u dis se Ò t úr á- Ká.
Ele s per g unt ar am o que Òt úr á e st av a calc ulando .
O r unmila dis se que Ò t úr á e st av a co nt ando dinhe ir o .
I st o fo i div inado par a Ilé - sanmi que er a e xt r e mame nt e po br e .
Ele s disse r am a e le que se u ano de pro spe r idade che g o u.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 32 000 búz io s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                  320
Oráculo 231


Ìká-Ìretè

        Es se O dù fala de ag ir inde pe nde nt e me nt e par a g ar ant ir pr o spe r idade .


        O bse r v ação o cide nt al: U m no vo ne g ó cio não de v e e nv o lve r uma so cie dade .




231 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a A wo f usi.
Ele s disse r am que e m qualque r lug ar que e le fo sse , bo as co isas e st ar iam e m su
cam inho .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um po mbo , uma g alinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá
(t or r ar a ca be ça de uma co br a [ok á] co m o luse sa ju e fo lhas è so ; mist ur e o pó co m
sa bão -da-co st a; u sar par a banho ).
Ele sa cr ifico u.



                                                                                                      321
231 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a At ik ar e se t e .
Ele s disse r am que At ik ar e se t e não dev e r ia co nfiar e m ning ué m e ne m te r par ce r ia e m
ne g ó cio s.
F o i-lhe e nt ão pe dido que sa cr ifica sse uma g ar r afa de me l, quat ro po mbo s, um aik a
(ani mal e spe c ial do mato ), e 20 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s disse r am que a vida de A t ik ar e se t ir e se r ia muit o bo a. Bo am, muit o bo a, nó s
falamo s do me l.




Oráculo 232


Ìretè-Ká

Es se O dù fala de pr o e minê ncia e suce sso .


O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r e nt e (at ual).




232 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì re t è -K á fo i div inado par a Or unmila.
Ele s disse r am que Or unmila se mpr e te r ia tr abalho de awo par a fazer ; e le se r ia
cha mando e m t odo s lug ar e s par a re alizar o t r abalho de um awo .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 8 000 búz io s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                    322
232 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì re t è -K á fo i div inado par a o re i de Be nin, À g bÀ I le si A dak e t e -pe mpe par i ak un.
Ele s disse r am que o r e i de Be nin e st ar ia apt o à go v er nar o se u paí s.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se uma cor da de e s calar fe it a de palme ir a e 24 000 b úzio s.
Ele sa cr ifico u.




Oráculo 233


Ìká-Sé

        Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re ve rt e r a po br e za e a falt a de so rt e .


        O bse r v ação     o cide nt al:   M udan ças   e mo cio nais   e st ão   cau sando     r e sult ado s
        mat e r iais ne g at iv o s.




233 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì k ásé , Ìk ásé fo i div inado par a O sì k àle k à.
Ele s disse r am que e le ser ia muito po br e e m sua vida.
Ele pe rg unt o u o que se r ia ne ce ssár io sacr ificar par a que e le não fo sse po br e .
Ele s pe dir am que e le sacr ifi casse se is po mbo s, bast ant e o bì , to do s o s fe it iço s mau s que
e st iv e sse m e m sua casa o u r o ça e fo lhas de I fá.
Ele se re cu so u a sa cr ificar .



                                                                                                          323
233 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ele s e st av am ac usando fal same nt e um ho me m que e r a ino ce nt e de qualq ue r cr ime .
De po is de muit o te mpo , o ving ador le v ar iam v ing ança ne s se s que acu so u um ho me m
ino ce nt e falsa me nt e .
I st o fo i div inado par a Olabo sipo , a que m as pe s so as o lhav am viam co mo se n do um
ho me m muit o cr ue l. F oi- lhe pe dido que sa cr ifica sse for ma que se us inim igo s pude s se m
se r pê go s pe las fo r ças da te rr a.
O sagr ifí c io : casca de caro ço de de ndê , no v e po mbo s, um galo e de zo it o mil búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




Oráculo 234


Òsé-Ká

        Est e O dù fala do co nt ro le das dific uldade s e vitó r ias so br e o s inimig o s.


        O bse r v ação    o cide nt al:    Há    uma   po ssí v e l   ame a ça   leg al   par a   o   clie nt e   de
        as so ciaçõ e s ou ne g ó cio s do passado .




234 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé - Kaa fo i div inado par a De y unle n u A bo wo se r in.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que e le não fo sse me ncio nado pe lo s
pe cado r e s e m um dia muit o r uim.
O sacr ifi ce : o it o ov o s, a var et a de ma st ig ação que e le e st av a usando e 16 000 b úzio s.
Ele não sacr ifi co u.




                                                                                                                  324
234 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé supe r ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Ele s di sse r am que O r unmila
v e nce r ia to do s se u s inimig o s po r to do o mundo .
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio e 22 000 búzio s.




Oráculo 235


Ìká-Fú

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de dar par a po der r e ce be r .


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   t e me   e st ar   e mo cio nalme nt e   "abe rt o "   (o u
        e x po st o ).




235 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-F ú fo i div inado par a a t ar t ar ug a.
F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de z po mbo s, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá de mane ir a
que uma g rande dádiv a pude s se se r dada a ala.
Ela se re cu so u a sa cr ificar .
Ele s disse r am: A que le que não co nt r ibui po r si só não po de re ce be r do s o utr o s.




                                                                                                                325
No t a: A pe s so a par a qual        e sse I fá fo r div inado e st á e spe r ando pre se nt e s, mas nada
r e ce be r á.




235 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pe dido que sacr ifi cas se dee mane ir a
que se us dev e dor e s pag as se m o dinhe iro q lhe dev iam.
O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (e s fr eg ar a te st a co m fo lhas
br anca s e e sin; as fo lhas dev e m se r t or radas co m pime nt a-da- co st a e usada s par a
masr car a ca be ça; g uar de o pre par ado e m uma ado e cubr a-a co m te cido et u; ut ilizar
quando fo r co br ar o dinhe iro de um dev e do r ).




Oráculo 236


Òfún-Ká

          Es se O dù fala do fim de dific uldade s finance ir as e o co me ço de pr o e minê ncia.


          O bse r v ação o cide nt al: O t rabalho do clie nt e o u sua carr e ir a e st á a po nt o de
          me lho r ar sig nif icame nt e .




236 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò g ún difun diu co isa s bo as fo i div inado par a Or unmila o pr í ncipe que e st av a so fr e ndo
co m a po br e za.
Ele s dis se r am que O r unmila re ce be r ia dinhe iro mas que dev e r ia sa cr ificar um po mbo ,
o bì e m abun dância (par a ser e m distr ib uí do s co mo pr e se nt e s), aze ite - de -de ndê e 32 000
búz io s.



                                                                                                       326
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O aze it e de ve se r v er t ido so br e Ès ù. O clie nt e
de v e ado r nar sua ca be ça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa ).




236 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún -K á fo i div inado par a De k asi (o ho me m que o r e i não qui s r e co nhe ce r ), a que m fo i
dit o que dev e r ia o cupar o t ro no de se u pai.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se se is po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele sa cr ifico u.




Oráculo 237



Òtúrúpòn-Túrá

        Es se O dù fala do e st abe le ci me nto da o r de m e da impor t ância (o u sig nifica do )
        do s dias da se mana.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e plane jar suas açõ e s de acor do co m dias
        fav or áv e is no s O dù.




237 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A lako ne r i (“um so nho não te m ne nh uma t e st e munha”), o adv inho de A lár á.
U ma pe sso a não se co mpor t a impa cie nt e me nt e e implor a ao s pé s de out ro ho me m par a
par ar co m sua impa ciê cia.




                                                                                                     327
Est a fo i a base de adiv inha ção par a O r unmila que ia implo r ar luz do dia ( so l) par a
O lo dunmar e (De u s) de fo r ma que e le pude sse te r po de r so bre o so l.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de ze sse is car amujo s, de ze sse is galinha s, de ze s se is cabr as
e 32 000 búzio s.
O r unmila o be de ce u e sacr ifico u.
Ent ão O lo du mar e dis se que não lhe po der ia dar o co ntr o le so br e a luz do dia, por é m o
de ix ar ia co nhe ce r o s no me s do s dias e as co isas que e st ão mais de acor do par a re alizar
ne le s.


O bse r v ação :
O risa -nla fo i o pr ime ir o a e sco lhe r um dia.
O r unmila e s co lhe u o se g undo .
Ò g ún e sco lhe u o t er ce ir o .
Sàng ó e sco lhe u o quar t o .


Est e s quat ro dias são o s dias ut ilizado s par a cult uar t o do s o s Òr ì sà na s te rr as Yo r ubas:
I je bu, Èg bá e assi m por diant e . Ent ão , há quatr o dias na se ma na. M as no sso s pais
diziam que e le s c ult uav am se us Òr ì sà t odo quint o dia; são o s quatr o dias que e le s
cha mar am de cinco . Par a un ificar o s dias do s Ò rì sà, o s dias de me r cado de to da a te rr a
o u cidade s me nc io nadas de I lé -I fè são quat ro dias que per faz uma se mana. Em o utr o
arr anjo , no s so s pais tê m o utr o s se t e dias co m o s se u s sig nifi cado s:


O jó À ik ú — O dia da imo rt alidade .
O jó A jé — O dia da de usa das r ique zas.
O jó I ség un — O dia da vit ór ia.
O jó ’r ú — O dia de abr ir a po rt a e sair .
O jó ’ bo — O dia do re t or no do so l e m se u c ur so no r mal.
O jó Et i — O dia das dific uldade s o u disput a.
O jó A ba-(Ee mo ) — O dia do s tr ê s de se jo s o u o dia das tr ê s mar av ilhas.


Sai ba po is que só um Òr ì sà t e m um dia co m se u no me de ntr o de sse s se t e dias. Est e é
A jé (a de usa das r ique zas). Or unmila não cr io u e st e s se t e dias par a c ult uar qualque r
Ò rì sà. Ele o s cr io u co m a finalidade de o bser v ar mat r imô nio s e anive r sár io s, par a
co me çar um ne gó cio o u paar a se mudar par a uma casa no v a, e as sim por diant e . O s
dias da se mana do s Òr ì sà e st ão e m um ci clo de ntr o de st e s dias e m favo r de


                                                                                                       328
o bse r v ância impor t ante de t udo que po de aco nt e ce r no dia do Òr ì sà. Vint e e o it o dias,
que fo r mam se manas de se te dia s do s Ò rì sà, fo r mam um mê s.




Oráculo 238


Òtúrá-Tutu

       Es se O dù fala da ne ce ssi dade de co mple t ar o sacr ifí c io int e ir o .


       O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de te r pr o ble ma s de su bst ância -abu so .




238 – 1 (Tr adu ção do v er so )


A ze it e -de -de ndê se par adame nt e , t e cido br anco se par adame nt e , fo i div inado par a
O bat ala Ò se e r è -Ig bo quando e le e st av a che g ando de Ìr ànje (C é u) par a se r e nt ro nado no
mu ndo .
Di sse r am- lhe que sacr ifi cas se um pano de e nv o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil
búz io s. Lhe lhe aco nse l har am que não be be s se v inho de palma nada. Ele o be de ce u e



                                                                                                      329
sa cr ifico u a me io caminho . Dis se r am-lhe que se ve st isse e m pano br anco que é a
v e st ime nt a do Ò rì sà. Disse r am- lhe que u sasse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano br anco ,
mas e le não at e nde u a adv e rt ê ncia co ntr a v inho de palma. Ele se e mbe be do u e de ndê
e spir ro u -lhe nas ro upas de le . Ele e nt ão finalme nt e sacr ifi co u um car aco l e co m
v er go nha jur o u nunca mais be be r vinho s.
No t a: Par a qualq ue r um que m e st e é div inado e m sua inicia ção , te m que se pr iv ar
t ot alme nt e de álco o l.




238 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr á- Tut u fo i div inado par a O lubo lade .
Ele s disse r am que Olu bo lade te r ia uma e spo sa que dar ia a e le muito s filho s.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se par a que se u s filho s não fo s se m mu do s.
O sa cr ifí cio : dua s av e s (u ma galinha e um galo ), do is po mbo s, duas g alinhas d’ A ngo la
e 8 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.
Ele s e nt ão dis ser am: o s pint inho s da g alinha d’ A ngo la nun ca são mudo s. Não há um
dia e m que o g alo não ca nt e .




                                                                                                330
Oráculo 239


Òtúrúpòn-Retè

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io co m a finalidade de ev it ar do e nça e
        inimig o s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de e st r at é g ia e plane jame nt o par a
        alcan çar o s uce s so .




239 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a a mãe de A de pò n.
A mãe de A de pò n adv e rt ida a fazer sa cr ifí cio de mo do que se us filho s não so fr e sse m
de le pr a.
O sacr ifí cio : quat ro av e s ne gr as (g alo s e galinha s), 66 000 búzio s e fo lhas de I fá.



                                                                                                     331
Ela não sa cr ifico u.
A mãe de A de pò n é o no me pe lo qual cha mamo s o mamão .




239 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a O wá de I le sa.
Ele s disse r am: O wá de I le sa uma g uer r a e st á por v ir !
Ele fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do a se de fe nde r de se u s inimig o s.
O sacr ifí cio : a ca be ça de um car ne iro , fo lhas de I fá e 22 000 búzio s.
( Se o clie nt e sa cr ificar , nó s de v e mo s no I fá do clie ne t co m a se g uint e inv o cação , “co m
a ca be ça que o A ise [ car ne ir o ] v e nce a bat alha”.
O wá o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u.




Oráculo 240


Ìretè-Tutu

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de o be de ce r a auto r idade e sacr ifi car de fo r ma a
        t er muit o s filho s.


        O bse r v ação o cide nt al: a    palavr a   o u idé ias do clie nt e      se r ão   co nside r adas
        se r iame nt e .




240 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Eu te r e i um filho par a car re g ar e m me u dor so . Eu te r e i uma cr iança co m a qual
br incar .
I st o fo i div inado par a À dó n (o mo r ceg o ) e t ambé m par a O ode .
Ele s falar am par a sacr ificar de mane ir a que e las t iv e sse m uit o s filho s no mu ndo .



                                                                                                        332
O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as, e 32 000 búzio s.
Ele s o uv ir am e sacr ifi car am.




240 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A g rande se r pe nt e (ok á) viv e na casa do pai e t e m sua pr ó pr ia pe ço nha e m sua bo ca.
Er e viv e na casa do pai e te m s ua pró pr ia ve ndit a (o wu n).
A ho nr a dada ao e le fant e é a r azão de que , e mbo r a não alt o , e le te m uma bo ca lo ng a.
Ey o é a quali dade de mar iwo (fo lhag e m jo v e m de palme ir a).
I st o fo i div inado par a O bat ala Ò se e r e -ig bó que ia se se nt ar e m um lug ar e se r
alime nt ado pe lo s quat ro ce nt o s I r únmalè .
Ele dis se que se de sse par a qualque r um de le s uma or de m que não fo s se o be de cida,
e le s ir iam to do s junt o s que st io na- lo .
Ele sa cr ifico u um g alo , v int e mil búzio s e fo lhas de I fá.




Oráculo 241


Òtúrúpòn-Sé

        Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a se te r vida pr aze ir o sa.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a re lax ar e e x per ime nt ar pr azer e s
        po sit ivo s, ino ce nt e s.




241 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv e r pr a se mpr e ne le . Só uma cr iança diz que o
mu ndo é ag r adáv e l.
I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pe sso as.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que o mundo fo s se agr adáv e l ao s ser e s
hu mano s.



                                                                                                     333
O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, me l e 42 000 búzio s.
O r unmila dis se que se e le s não fize s se m por si me smo s, co mo po de r iam e le s co nhe cer a
ale gr ia do mundo ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, e mbo r a o pai da cr iança
t e nha que g anhar pr ime ir o par a que a cr iança co ma”.
O r unmila o be de cu e sacr ifi co u.
Ent ão o s se re s hu mano s for am or ie nt ado s a sacr ifi car e m por sua v e z. A pe nas a lg uns
po uco s sacr ificar am. Aque le s que sa cr ificar am t ive r am uma vida ag r adáv e l.




241 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- Sé fo i div inado par a a árv or e je we re , que te v e um be bê . Ele s dis se r am que
t anto a mãe quant o o be bê par asar iam por pr iv açõ e s. Se e le s não quise sse pade ce r ,
de v er iam sacr ifi car se i s po mbo s, se i s galinha s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. A ár vo r e
je wer e é o no me pe lo qual chamamo s as pime nt e ir a.
Ela não sa cr ifico u.



Oráculo 242


Òsé-Òtúrúpòn

        Es se O dù fala de uma r e lação que é difí cil e mbor a po ssa se r fr ut í fe r a.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido e m um r e lacio name nt o se m
        v e nce dor e s.




242 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a O lú-nla.
Ele s disse r am que se us filho s se de fe nde r iam co ntr a co nsp ir açõe s e inimig o s mas
de v er iam sacr ificar um por re t e , um car ne ir o , um g alo e 22 000 b úzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                     334
242 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a uma m ulhe r .
Ele s dis se r am que um ho me m que e la e st av a a po nt o de de spo sar ir ia de ix a-la po br e e
ia faze - la so fr er , e mbo r a e la e st iv e s se g ráv ida.
F o i pe dido que e la sacr ifica sse par a se pr e ve nir co ntr a is so .
F o i-lhe dito que sacr ifica sse do is car amujo s, te cido e t u, um po t e de aze ite - de -de ndê e
18 000 búz io s. Ele s disse r am: “Do is car amujo s nunca disput am”.
Ela não sa cr ifico u.
Ela di sse , “Vo cê disse que e u te r e i filho s. I sso é o bast ant e ".




Oráculo 243


Òtúrúpòn-Fún

         Es se O dù fala da ne ce ssi dade de part ilhar -mo s no s sa bo a so rt e .


         O bse r v ação    o cide nt al:    A    vida      do      clie nt e   e st á   r e plet a   de   bo a   sor t e ,
         mo ne t ar iame nt e e e mo cio na lme nt e .




243 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado pat a a árv or e o san.
A ár vo r e o san fo i inst r uida a dar de be be r e co me r par a o s o ut ro s e que nu nca passar ia
por pr iv açõ e s se e la sa cr ificas se .
O sacr ifí cio : u m paco t e de sal, um ce st o de camarõ e s, te cido br anco e 18 000 búz io s.
Ela o be de ce u e sacr ifi co u.



                                                                                                                     335
Ò t úr úpò n- F ún (e le s disse r am): Q ualque r um que t e nha ab undânc ia, dev e dar alg o par a
aque le s que pas sam po r ne ce ssida de s. F o nt e e t er na! Vo cê nun ca pas sar á po r pr iv açõ e s.




243 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado par a o pr o pr ie t ár io .
Ele s disse r am que o pro pr ie t ár io re ce be r ia lo go uma e str anha, uma mulhe r e m
lact ação .
F o i-lhe dit o que sacr ifi cas se de mane ir a que e le ade nt r asse à sua casa co m bo ns pé s
( sor t e ).
O sacr ifí cio : do is po mbo s e 44 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




Oráculo 244


Òfún-Òtúrúpòn

           Es se O dù fala da fer t ilidade e da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a se e v it ar
           disp ut as e m r e lacio name nt o s.


           O bse r v ação o cide nt al: C r ianças ir ão t raze r aleg r ia, mas u m r e lacio name nto
           pr e cisa de ajuda.




244 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò se e r è -ig bó , a que m fo i dito que te r ia
muit o s filho s.
O mundo int e iro v ir ia implo r ar as cr ianças de la.
M ais à fr e nt e fo i-lhe dit o que e la se r ia lo uv ada po r e st as cr ianças.



                                                                                                        336
O bat ala disse , “O r unmila o s tr e inar á”.
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse e st ar fe liz co m se u
t rabalho .
Ela sa cr ifico u me l, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s.




244 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulhe r que e st av a pr o cur ando por um mar ido .
Ele s dis se r am que o ho me m que e la e st av a indo de spo sar a surr ar ia co nst ant e me nt e se
e la não sacr ifi cas se um aik a, do is car amu jo s ( Do is car amu jo s nun ca br ig am e ntr e si) e
32 000 búz io s.
Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dize ndo que se u mar ido e r a muito bo nit o
par a br ig ar co m ning ué m. U ma pe sso a bo nit a não br ig a o u sua be le za se r á distr uida.




Oráculo 245


Òtúrá-Retè

        Es se O dù fala da re afir mação de no ssa e spir it uali dade .


        O bse r v ação o cide nt al: M o der ação é difí cio par a o clie nt e .




245 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò r úr á- Re t è lev ant e -se no v ame nt e . Se v o cê nasce , t e nt e ge r ar a si me smo nov ame nt e .
Ò r úr á- Re t è , A muwo n,A mu wo n, aque le que co nhe ce a mo der ação nun ca cair á e m
de sg r aça.
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que e st á tr abalhando .
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?



                                                                                                               337
O r unmila diz: A que le que não de spe r diçar á se u dinhe ir o .
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que não r o uba.
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que não t e m dí v idas.
Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ?
O r unmila diz: A que le que nunca be be alco o l, aque le que nunca que br a sua palav r a co m
o s amig o s. Ò r úr á-R e t è , aque le que le v ant a be m ce do e me dit a e m sua s at iv idade s!
Ent r e o s e spinho s e car do s, a jo v e m fo lhag e m de palma cr e sce r á, Jo wo ro nu nca u sar á
t o do o se u dinhe ir o , jo ko je nu nca co nt r air á dí v idas. Se Ee san de v e muit o dinhe iro , e le
pag ar á a dí v ida. A muwo n é o ame so (aque le que te m se nso do que é co rr e to ).
F o lhas de I fá: Mo er fo lhas de jo wó ro , è so e jok o je junt o s e mist ur ar co m sabão - da-co st a
no v alo r do pr e ço de 120 o u 200 búzio s.C o lo que nov e búzio s um a u m no sabão . Tr ace
o O dù Òt úr á-R e tè e m iy è - ìr o sù so br e o sa bão na caba ça. Banhar -se co m e le .




245 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò r úr á- Re t è fo i div inado par a Ewi na cidade A do . Ele fo i re ce nt e me nt e e ntr o nado re i.
Ele s disse r am: Se Ewi po de sacr ifi car , não hav e r á g uer r a ou de se nt e ndi me nto s dur ant e
o se u re inado .
O sacr ifí cio : dua s g alinhas d’A ng o la e do is o u quatr o po m bo s (br anco s ).
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.




                                                                                                        338
Oráculo 246


Ìretè-Túrá

        Es se Odù fala da incant ação ne ce ssár ia par a ev it ar sit uaçõ e s (pr ox ima s da
        mo rt e ).


        O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça/ e nfe r midade .




246 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Enca nt ame nto :
A mor t e não co nhe ce um awo ; o C é u não co nhe ce um mé di co .
A mor t e lev o u O lamba e pr e o cupo u o re i de Ejio .
Ela le v o u Eji- Og og o -A g be biko po n’ wo la.
O s v e nt o s do lado dire it o e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e .



                                                                                                       339
O s v e nt o s do lado e sque r do e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e .
I fá fo i co ns ult ado par a O r unmila À g bo nnir è g ún,
Q ue e st av a indo faze r I k ú (mo r te ) e m um ho me m de I fá. Ele acho u me lho r pe dir A go
(de sculpa ) por se r um vig ilant e .
A mor t e que mat ar ia A wo ho je , par a tr ás! par a tr ás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
A do e nça que mat ar ia A wo ho je , par a t rás! par a t rás!
A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás!
No t a: Nó s po de mo s ut ilizar e st e I fá dize ndo (ì g è dè ) par a u ma pe sso a que de sfale ce u
de r e pe nt e o u e st á mo rr e ndo . Odù Ìr et è - Túr á se r á mar cado na ar e ia e m que e st a pe s so a
e nfe r ma e st á de it ada. A ar e ia se r á se g ur ada na fr e nt e do ho me m que e st á do e nt e , o
no me de le se r á chamado , e e nt ão nó s dir e mo s o e ncant ame nt o acima. O no me do
e nfe r mo se r á usado ao invé s de “A wo ”. Se nó s e st amo s co m me do quan do v iajamo s,
de v e mo s se mpr e r e cit ar o ìg è dè acima. Ent ão a are ia ser ia le v ada à uma ár vo r e gr ande
no Bo sque de Sa cr ifí cio s.


Oráculo 247


Òtúrá-Sé

        Es se O dù fala da che g ada do pe r igo e m ca sa o u no tr abalho .


        O bse r v ação     o cide nt al:    M udan ças       e mo cio nais     dev e m      ser     t r at adas
        c uidado same nt e .




247 – 1 (Tr adu ção do v er so )


O ye r e (Oy e he r e ) do to po da fo lhag e m da palme ir a fo i div inado par a Òt ú.
Ò t ú e st av a indo g uer r e ar na cidade de A jase .
F o i-lhe aco se lhado a sa cr ificar par a ve nce ce r a bat alha:
do is ca br it o s e 44 000 búz io s.
Ele o uv iu o co nse lho , sacr ifi co u e v e nce u o inimig o .



                                                                                                           340
247 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé o s pr e judi co u fo i div inado par a as pe sso as da ci dade de O yo . Fo i pe dido que e le s
sa cr ificas se m um ce st o de e sur u, sabão , um car ne iro , um po mbo , uma g alinha e 20 000
búz io s. Ele s sacr ificar am tudo . Ele s não so fr e r am masi infor t únio s. Ò sé não mais o s
pr e judi co u. O sabão lav ao u t o do s o s se us pr o ble mas.




247 – 3 (Tr adu ção do v er so )


Ò sé o s pr e judi co u se r iame nt e fo i div inado par a par a e le s quando Ik umi ja fo i sit iar a
cidade de Eyó . F oi- lhe s pe dido que sa cr ifica sse m no v e cabr ito s e 180 000 búzio s.
Ele s não sacr ificar am.




Oráculo 248


Òsétúrá

        Es se O dù fala da e ncar nação de Èsú- Ò dàr à.


        O bse r v ação o cide nt al: Nada aco nt e ce se m a aju da de Èsú.




248 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Enca nt ame nto :
A k ak anik a, A kak anik a, A lak ak anik a, Alapasa pa-ijak a’ lu.
um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa.
A k ak anik a é o no me dado a I fá.
A lak ak anik a é o no me dado ao s O dù.
A lapasapa -ijak a’ lué o nome dado a Èsú- Ò dàr à.



                                                                                                    341
um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa, é o no me dado à A jé ,
o filho de O ló k un- sande , o re i das ág uas abu ndant e s, Ò gò -O wo ni.
Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e e st a cidade .
Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me .
Tu livr ast e o s o s mé dico s da cidad e da fo me , e o me smo fize st e s co m o s he r balist as.
Eu so u o babaláwo da ci dade .
Eu so u o mé dico da cidade .
Eu so u o her bali st a da cidade .
Ès ú-Ò dàr à, não de ix ai que e u passe fo me .
F o lhas de I fá: Pe g ue uma fo lhas de abamo da, ar e ia de uma lo ja de fe r r e ir o , e fun e
o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e e fun co m a are ia da lo ja de
fe r re ir o , mar que o Odù Ò sé e o sùn co m a ar e ia e mar que Ò t úr á na fo lha de abamo da.
Par t a um o bì de quatr o go mo s. U t ilize se t e gr ão s de at aar e e um go mo de o bì par a
inv o caar na fo lha de abamo da diár iame nt e , co mo acima. pe ndur e a fo lha co m linhas
br anca s e pr et as na casa.




248 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Enca nt ame nto :
Ò sé t úr á A muke r e (gr av et o ), I te k un Ò rì sà Daji, Apo jo jo mat e .
Din he iro é bo m par a a ho nr a, dinhe ir o é bo m par a alt a po sição . Nó s u samo s dinhe ir o
par a te r co nt as de co r al no pe s co ço , que dig nifica a pe sso a.
Tu, Ò sét úr á, so ube co mo dar .
Tu de st e A lér á e e le pô s a cor o a.
Tu de st e A jer ò e e le uso u u m v e st ido e nfe it ado de co nt as.
Tu de st e Òr àng ún e e le uso u uma v ar a de fe rr o par a ir at é o cam po .
Tu de st e Olúpo po A muy un-bo ’ le ; Er inmag aji -e hin- ek u- jamo o re i de A do , o ancião de
I le se u sando um pe que no bo né e m cima de A k un, O lú- Oy inbo A m’o k un- su’ r e ; o r e i de
I je bu O g bor og an- nida Ak oy e be y e be y a’ g un, Ele yo -A jo r i, A je ’ g i-e mi- san’ r a, O lo mu -
A pe r an, Olor o -ag og o ; Olú -Tapa Le mpe odo do ina jo bar ausa, O jo pat apat a mule
d’ Ek ùn, Olo wo Ar ing injin A dubule f’ ag ada ide ju’ r a. O lo w u Odur u . . ., tu de st e O lo fa-
A r innilu Ay ink inni bo omo l’ e nu, e assim por diant e . O h! Jala, dê - me ; Ès ù-Ò dàr à, dê -
me ; Bar a-Pe t u, dê -me co isa s bo as.




                                                                                                           342
F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè - ìr o sù e m fino óle o e lambe r o de do mé dio .
To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e r e spe it o e st ar ão co nt ig o atr av é s do s ano s
quando v o cê usar e sse e ncant ame nt o .




Oráculo 249


Òtúrá-Fún

        Es se O dù fala de bo a so r te imi ne nt e se o clie nt e ev it ar mau s ato s.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e re sist ir à pr át ica de adult ér io .




249 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò t úr á dá. Ò t úr á co mpro u pr a e le fo i div inado par a O lúji mi U ma pe sso a impo rt ant e ir á
no s co n ce der bo as co isas. Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse , par a a fo rt una da de usas do
dinhe ir o e st ar à mão .
O sacr ifí cio : u m t e cido br anco , ife re ( se me nt e ), do is po mbo s br anco s e 2 000 búzio s.
Ele o uv iu e sacr ifi co u.



                                                                                                           343
F o i-lhe dito que não co me t e sse adult ér io .




249 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A t uwo nk a, A dawo nnu fo i div inado par a O ló fin I wat uk a.
O ló fin fo i aco nse lhado a sacr ificar par a que e le não ace it asse um mau co nse lho que
po der ia acabar co m a sua cidade .
O sa cr ifí cio : u ma cabr a, o ito fr ang o s, aze it e - de -de ndê , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá
(k o le jo ).
Ele não sacr ifi co u.




Oráculo 250


Òfún-Túrá

          Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e st abilizar um re lacio name nt o .


          O bse r v ação o cide nt al: C asa me nto co m at ual par ce iro do clie nt e é apr o pr iado e
          be né f ico .




250 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún pr ov o u aze it e , Ò fún de rr ubo u ole le ( bo lo fe it o de fe ijão ) no sal. Ò fún pro c uro u
por t o das as co isas ag r adáv e is par a co me r . I st o fo i div inado par a Ès ù-Ò dàr à que ia
de spo sar Epo (aze it e -de - de ndê ). Fo i-lhe aco nse lhado a sa cr ificar de mo do que e le s
nun ca se se par asse m. O sa cr ifí cio : tr ê s g alo s e 6 000 búzio s.



                                                                                                       344
Ele sa cr ifico u.




250 – 2 (Tr adu ção do v er so )


A re r e mar e , Ar er e mar e fo i div inado par a O ló wu.
Ele s dis se r am que t udo ia tão be m par a Oló wu que e le de v er ia sacr ifi car de mane ir aa
t or nar -se um ho me m do campo .
O sacr ifí cio : t rê s car ne ir o s, t rê s e nx ada, tr ê s fo ice s e 6 000 búzio s.
Ele sa cr ifico u.




Oráculo 251


Ìretè-Sé

        Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar fe it içar ia e t od o s as
        o utr as e ner g ias ne g at iv as.


        O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m um co nflit o go ve r name nt al o u e m
        s ua so cie dade .




251 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Enca nt ame nto :
A g bog bo niwo nr an, A g bo g bo niwo nr an, Ag bo g bo niwo nr an.
Ek un A mo mo nibu u, Ek un A mo mo nibuu, Ek un A mo mo nibuu.



                                                                                                      345
Ele que co lide co m e spinho s è s ù, o s e spinho s è s ù o fer ir á; e le que co lide co m Èsù, Ès ù
o far á mal; e assi m se r á.
F o lhas de I fá: Pe g ue uma pe dr a lat e r it a, t rê s facas nov as ( fe it as pe lo fe rr e iro lo cal),
ca sca da ár vo r e ipar a, v ár io s t ipo s árv or e s e plant as e spin has (u se a cas ca o u part e da
plant a), e v ár io s tipo s de e spin ho s, plant as r ast e ijant e s ( cor t e pe daço s de la). Po nha
t udo e m um po t e . tr it ur e a ca sca de ipar a at é vir ar pó . Po nha o pó de fr e nt e ao po t e ,
t race o O dù Ìr èt è - Sé ne le , e re cit e o e ncant ame nto acima. Junt e e nt ão o pó no pot e co m
ág ua. C o br ir e lacr ar o pot e co m ar g ila o u cinzas úmidas. A pó s se tr e dias, abr a e u se
co mo banho . Não de ve se r be bi do .




251 – 2 (Tr adu ção do v er so )


I jala, I jala, I jala.
A lag er e -ide , A lag er e - ide , Alag er e - ide .
O wor o niko k o , O wo ro nik ok o , O wo ro nik ok o .
O nde se é s ua mãe . Q uando e le s de s ce r am e m duas co isa s co lo s sais, O lo du nmar e
e st abe le ce u a r eg r a que duas co isa s co lo s sais não cae m u ma so br e a o utr a. O be bê
t ar t ar ug a não se g ue a t ar t ar ug a de mãe ; O be bÊ car amujo não se g ue a mãe car amu jo ; o
be bê se r pe nt e não seg ue a mãe se r pe nt e ; e assim po r diant e . U m ho me m mo r to de I fá
não afe t a o fil ho de o ut ro ho me m. Q ue t o da fe it içar ia lançada so br e mim se jam
inafe t iv a.
F o lhas de I fá: To me uma tart ar ug a, um car amu jo , uma co br a, a ca sca de duas árv or e s
I ro ko e I fá o k ú (mor to de I fá). Tor r ar t uo do s o s e le me nto s junt o s e mant er o pó e m um
ado . Pe g ue uma pe que na por ção na o casião e t r ace o O dù I r u-Ek ùn (O dù Ìr et è - Sé ) ne le ,
e r e cit e o e ncant ame nt o um po uco ant e s de mist ur ar co m de ndê e lambe - lo . Tam bé m
po de se r usado co mo ung üe nt o par a e sfr e g ar no co r po . U m po uco de le po de se r dado
par a o ut r a pe sso a u sar . Est e I fá é u ma pr e caução co nt r a fe it içar ia.




                                                                                                         346
Oráculo 252


Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé

        Es se O dù fala de bo a fo rt una par a dinhe iro , r e spe ito e infl ue ncia.


        O bse r v ação   o cide nt al:   O   clie nt e   de v er ia   pro ce de r   co nfide n cialme nt e   co m
        pe r spe ct iv as e r e lacio name nto s.


252 – 1 (Tr adu ção do v er so )


I fá dis se , se to rno u A láju bar ak a.
Eu disse , se to r no u A lájubar ak a.
Se nó s usamo s jubar ak a, que e le se ja Jubar ak a.
e le de u nascime nt o a O lo t oo ro , O lo t e er e , e O nàwo fun mir in.



                                                                                                              347
O nàwo fun mir in par iu A jé .
A jé par iu o s se r e s humano s. A jé se pr e par o u e fo i pe lo mar . O s se re s hu mano s també m
se pr e par ar am e fo r am par a Ir ada.
Ò sé co rr a r apidame nt e par a o de us do mar e me t rag a dinhe iro .
Ì re t è cor r a rapidame nt e par a I rada par a me t raze r pe sso as.
A pe não de ix e min ha bo a sor t e che g ar at r asada a mim.
Ejir in não de ix e que minha bo a sor t e v ag ue ie ao lo ng e ant e s de v ir a mim. Se nó s
v ar r e mo s a casa e o cam inho , o re fug o é lev ado at é a lix e ir a.
I ngr e die nt e s de I fá: Pilar fo lhas ape e e jir in, su je ir a de e nt ulho , sabão - da-co st a na
me dida de 1 200 búzio s. Tr ace o Odù Ò sé -Ì re t è na par e de do quar to usando e fun par a
mar car O se e o sun par a mar car Ìr et è . O e fun e o o sun de v e m se r mist ur ado s
se par adame nt e co m ág ua ante s do uso . A bat er do is po mbo s be m bo nit o s, um par a O se
e o o ut ro par a Ìr e t e . O sang ue de ve se r mi st ur ado co m o sa bao pilado co m as fo lhas.
F ix ar o sabão aci ma do s O dù fe ito s na par e de . U se o sabão fr e que nt e me nt e par a
banhar - se .




252 – 2a (Tr adu ção do v er so )


A se waa nit i À ir á (po de re s do minant e s pe rt e nce t e s ao t ro vão ).
Q uando nó s damo s a ár vo r e de palma a cor da de palma, e la se ag ar r a nist a
I st o fo i div inado par a o g alo ,
A que m fo i pe dido que sacr ifi cas se de mo do que se us co le g as ace it asse qualque r co isa
que e le di sse s se par a e le s.
O sacr ifí cio : u m po mbo e 2 000 búz io s.
e le sa cr ifico u.
e le e nt ão o r de no u que qualque r co isa que o g alo disse s se , se u s co le g as ace it ar iam.




252 – 2b (Tr adução do ve r so )




                                                                                                          348
Ò sé - bi-Ì re t è (Ò sé par iu Ì re t è ) fo i div inado par a O ló fi n.
F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o e 20 000 búzio s.
Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u.
F o i pr o clamado que “a o r de m de le fundar á uma cidade ”




Oráculo 253


Ìretè-Òfún

        Es se O dù fala da po pular idade e s uce s so de I fá.


        O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s do clie nt e o u se u tr abalho ir ão cr e sce r .




253 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a Or unmila.
Ele s disse r am que Or unmila te r ia muit o s clie nt e s. M uit o s v ir iam re ce be r I fá; muit o s
v ir iam par a se iniciar ; muit o s v ir iam a e le par a div inação .



                                                                                                           349
F o i-lhe pe dido um sa cr ificio de um po mbo , uma g alinha e 20 000 b úzio s.
Ele o be de ce u e sacr ifi co u.




253 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a A nimo -o la A nimasahun.
F o i-lhe dito par a que sa cr ificas se . Ele s disse r am que e le dev er ia sacr ificar t udo que
fo s se co me st ív e l.
O sa cr ifí cio : u ma cabaça de inhame pilado , um po te de so pa, bast ant e obì e 20 000
búz io s.
Ele o be de ce u e sacr ifi co u.
Ele s disse r am: U ma pe s so a ge ne r o sa nun ca passar á po r pr iv açõ e s.




Oráculo 254


Òfún-Retè

         Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a o bt er r e spe ito e pro t e ção .


         O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa que br ar uma sit uação e se r mais se g ur o .




254 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ele s me tr e inar am, e u t or ne i a me t re inar fo i div inado par a O lúse so .
Ele s disse r am que Olú se so co nt inuar ia faze ndo o que e st av a agr adando par a o m undo .




                                                                                                        350
F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mane ir a que as pe s so as do mundo pude s se m re spe it a-
lo .
O sa cr ifí cio : quat ro po mbo s, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur e fo lhas de
ag bay unk un e ay ì nr é e m ág ua; ut ilizar par a lav ar a cabe ça e o I fá do clie nt e ).
Ele fe z o sa cr ifí cio .




254 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún -R et è fo i div inado par a O mi (ág ua).
F o i dito que e le sacr ifi cas se de mane ir a que ning ué m pude sse co nspir ar co ntr a e le o u
bo ico t a-lo .
O sacr ifí cio : sal, um po mbo , uma t ar t ar ug a, t e cido et u e 32 000 b úzio s.
e le o be de ce u e sacr ifico u.
Ele s   dis se r am:   Q ue m   inst it uir   a   si   me smo   co mo   inimig o   da    ág ua,   mor r er á
pr e mat ur ame nt e . O te cido et u é par a co br ir o cor po do clie nt e .




Oráculo 255


Òséfú

         Es se O dù fala da habilidade de I fá e m re so lv er t odo s o s pro ble mas.


         O bse r v ação o cide nt al: Q ualque r que se ja o pr o ble ma do clie nt e , ex ist e uma
         so lu ção .




255 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Se a pe sso a é azar ada, e la não é sá bia o bast ant e .



                                                                                                        351
Há ág ua na casa do de us do mar ; o mar é a ca be ça das ág uas.Há ág ua na casa do de us
da lag o a; a lag o a é a se g unda ca be ça de t o das as ág uas.
Há sa be dor ia e m Ak ó dá, Ak ó dá que fala a palavr a de I fá.
Há sa be dor ia e m A sè dá, A sè dá que fala o co nse lho de t o do s o s sábio s anciõ e s.
Há sabe do r ia e m O runmi la, o or ie nt ado r das fo r ças do mundo , o r e par ador da so rt e ,
aque le cujo e mpe nho é r e co nstr uir a cr iat ur a co m um or í r uim.
I st o   fo i   div inado   par a   os   ko moo se k o moo wa   (pe sso a   não -int e lig e nt e )   que   se
lame nt av am diar iame nt e po r não te re r e m bo a so rt e , dize ndo que o cr iado r o s e st av a
malt r at ando .
Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar sabão - da-co st a, le nço l br anco e 2 000 b úzio s. A o s
po uco s que re alizar am o sacr ifí cio fo i dit o que se lav as se m co m o sabão (e le s dev e r iam
se lav ar po r tr ê s o u cin co dias e nqua nto se ve st iam co m o le nço l br anco ). e le s for am
par a casa e se iniciar am e m I fá, e apó s a iniciação e le s apr e nde r am I fá.
Ele s se g uir am a or ie nt ação e sacr ificar am.
É dit o que o s ko mo o sek o moo wa que apr e nder am I fá t er ão so rt e e m fim.




255 – 2 (Tr adu ção do v er so )


O r unmila disse A ro le , Eu di sse Ar o le , fo i div inado par a umas cr ianc inhas que se
dir ig iam par a o mundo que e st av am se n do mandado s de v olt a pe lo po rt e iro e
mo rr e ndo co mo be bê s.
e le s per g ut ar am a r azão .
I st o por que não e spe r am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is de le s (um me nino e
a o utr a me nina ). dize ndo , “Po r que m v o cê s e spe r am?”.
Ele s disse r am, “Po r Or unmila”.
Ele disse , “Bo m, e nt ão sig am -me ”. Ent ão e le sse g uir am Or unmila at é o por t ão , é o
por t e iro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int e r ce de u e pag o u 240 búzio s por cada
um de le s. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je e m re sg ate par a um be bê r e cé m-
nas cido .




                                                                                                            352
Oráculo 256


Òfún-Sé

       Es se O dù fala de ving ança e adv er t e so br e po s sív e is per das.


       O bse r v ação o cide nt al: A que le s que e st ão te nt ando impe dir o pro g re s so do
       clie nt e ir ão so fr e r .




256 – 1 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún -Sé fo i div inado par a o e nimani da cidade de O só .


                                                                                             353
F o i-lhe pe dido um sa cr ifí cio de mo do que suas pr ime ir as po s se s sõ e s não fo sse m
pe r didadas..
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, um car amujo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá.
Ele não sacr ifi co u.




256 – 2 (Tr adu ção do v er so )


Ò fún não o fe nde u, Ò fún não plane jo u o mal co nt r a ning ué m.
Ele s co nspir ar am co ntr a Ò fún.
Ò fún fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que o v ing ado r pude sse ajudar a pag uar nas
s uas v er dade ir as mo e das.
O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma faca, ca sca de caro ço de de ndê e 18 000 búz io s.
Ele sa cr ifico u.
F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a co lo car so b o t r av e sse ir o do s clie nt e s.




                                                 




                                                                                                    354

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Dafa ni ti_opele

  • 1. O Oráculo Sagrado de Ifá Tr adução par a o po rt ug uê s: Ò s unlé k è 1
  • 2. Or ác ulo 1 Èjìogbè-8 O O dù Èjì o g be fala de ilumina ção , be m e st ar g er al, v it ór ia so br e o s inimigo s, de spe rt ar e spir it ual, vida lo ng a e paz me nt al. O bse rv ação o cide nt al: Nov o s neg ó cio s ou int e nsi ficaçõ e s no s ne gó cio s ex ist e nt e s, no vo s re lacio name nt o s, ou e x per iê ncia s e spir it uais po de m se r e spe r adas. Ex ist e uma po ssi bilidade de co mpor t ame nto supe r ze lo so que r e quer bo m se nso par a se r supe r ado . Ejio g be é o Odù mais impor t ant e . Ele si mbo liza o pr in cí pio mascu lino e , po r t ant o é co nsi der ado o pai do s o dùs. Na o r de m fix ada por Òr únmì là, Ejiog be o cupa a pr ime ir a po sição . Em Ejio g be , o s do is lado s do Odù são idê nt ico s: O g be e st á e m ambo s o s lado s dir e ito e e sque r do . O Odù de v er ia ser chamado “Og be me j i”, mas e le é univ er salme nt e co nhe c ido co mo Ejiog be por que e ji tam bé m sig nifica “do is”. Há um e quilí br io de fo r ças e m Ejiog be , que é se mpr e uma bo a pr o fe cia. D ur ant e uma se ssão div inató r ia, o clie nt e par a que m Ejio g be é div inado e st á b usca ndo por paz e pr o spe r idade . O clie nt e co n sult o u I fá por que e le o u e la que r filho s o u de se ja se e ng ajar e m um nov o pr o je to . I fá diz que se o clie nt e fize r uma o fe r e nda, to das as s uas e x ig ê ncias ser ão sat isfe it as e to do s os se u s e mpr e e ndime nt o s se r ão be m s uce dido s. É ne ce ssár io o sacr ifí cio par a o bt e r v it ó r ia so br e o s inimig o s que po de r iam e st ar blo que ando o s caminho s do clie nt e . Se e le o u e la te m tr abalhado se m pr og r e sso o u fe ito neg ó cio s se m lucr o , I fá pr ev ê pr o spe r idade o u r ique za se a pe sso a fizer o s sa cr ifí cio s ne ce ssár io s. Em Ej iog be , I fá pr ev ê v ida lo ng a de sde que o clie nt e cuide muit o be m de sua sa úde . Pe sso as e ncar nadas pe lo O dù Ejio g be de v e m se mpr e co nsu lt ar o or áculo de I fá ant e s de t o mar qualque r de ci são impor t ant e na vida. 2
  • 3. 1 – 1 (t r adução do ve r so ) A s mão s per t e nce m ao co r po , o s pé s per t e nce m ao co r po , O tar at ar a co nsu lto u o o rácu lo de I fá par a Ele r e mo ju, a mãe de A g bo nnir eg un. F o i pe dido par a e la sacr ifi car D uas g alinhas, duas po m bas, e t r int a e do is mil búzio s, a se r e m u sadas par a sat isfaze r o I fá de sua cr iança. Di sse r am que sua v ida se r ia pr ó spe r a. Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . O wo t’ ar a, Ese t ’ar a, e Ot ar at ar a são o s no me s do s t rê s div inado re s que co ns ult ar am o o rác ulo de I fá par a Eler e mo ju, a mãe de A g bo nnir e g un (um do s tí t ulo s de lo uv ação de Ò r únmì là). Eler e mo ju e st av a e nfr e nt ando pro ble ma s. Ela co ncor do u e m faze r o sa cr ifí cio e sat isfaze r o I fá de sua cr iança ( ikin I f á - dezesse is f r uto s de palm eir a ). Ela se to r no u pr ó spe r a po r que sacr ifi co u as co isas que I fá pr e s cr ev e u. O sa cr ifí cio de se mpe nha um pape l e sse ncia l no sist e ma Yo r ùbá de cr e nça s e t radição r e lig io sa. De mo do a v iv e r lo ng a e paci ficame nt e na te rr a, e spe r a-se que o s se r e s hu mano s façam o s sacr ifí cio s ne ce ssár io s que atr air ão bo a so r te e afa st ar ão as de sg r aças. 1 – 2 (t r adução do ve r so ) O t it o o mifi-nt e le -isa co nsult o u I fá par a Ele re mo j u, a mãe de A g bo nnir eg un. I fá dis se que o ik in de sua cr iança ir ia ajudá -la. Po rt ant o fo i pe dido a e la que sacr ifi casse um rat o awo sin , uma galinha o u cabr a, e fo lhas de I fá (fo lhas eg be e , e m núme ro de de ze s se is, de v e m se r e smag adas na ág ua e u sadas par a lav ar a cabe ça do clie nt e ). Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . 3
  • 4. O utr o div inador , chamado Ot ito l o mifi- nt e le -isa t ambé m co nsult o u I fá par a Ele r e mo ju, a mãe de Ag bo nnir eg un. I fá co nfir mo u que o ik in de sua cr ian ça (fr ut o de palma sagr ado ) a aju dar ia se e la co nt inuas se a faze r se us sacr ifí cio s. O s div inado r e s de I fá são t ambé m e spe cial ist as e m er v as. S upõ e -se que e le s e ste ja m be m fu ndame nt ado s na me di cina tr adicio nal. A cr e dit a- se que t odas as plant as, e rv as, e fo lhas do mundo per t e nce m a I fá. O s co nhe cime nt o s so br e se u s v alo r e s e spir it uais e me di cinais po de m se r e nco ntr ado s no s e nsiname nt o s de I fá. A ssim, e m muit as o casiõ e s, o s div inado r e s de I fá pr e scr ev e m er vas e plant as par a a cur a o u pr e v e nção de do e nças e e nfe r midade s. Em se u v er so O dù, fo lhas eg be e são re co me ndadas par a lav ar a ca be ça do clie nt e ( Or í ), a q ual se acr e dit a co nt ro lar o de st ino da pe s so a. 1 – 3 (t r adução do ve r so ) O to to ot o O ro ro or o Se par adame nt e nó s co me mo s fr uto s da te rr a. Se par adame nt e nó s co me mo s imum u (fr ut o e spe cial). Nó s e st amo s co m a cabe ça acima do s calcanhar e s e m amor co m Oba ‘ M ak in. To do s e le s div inar am par a Ag bo nnir eg un. F o i dit o que se e le fize sse sa cr ifí cio , e le se r ia abe n ço ado co m filho s; e le ne m sabe r ia o núme r o de se us filho s dur ant e e apó s sua vida. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse uma cabr a e fo lhas de I fá . Se e le o fe r e ce s se o sacr ifí cio , e le de ve r ia co zinhar fo lhas de I fá par a sua s e spo sa s co me r e m. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o lhas de I fá : F olhas mo í das y e nmey e nme (ag bo ny in), ir ug ba, o u o gir i (co ndime nt o s) co m cr av o s e o utr o s co ndime nto s. C o zinhe -o s j unt ame nt e co m o s t ro mpas de faló pio da ca br a. C o lo que o po te de so pa e m fre nt e ao tr o no de I fá e de ix e que sua s e spo sa s a co mam ali. Q uando e las t er minar am de to mar a so pa, e las t iv e r am muit o s filho s. 4
  • 5. A s e spo sas de Ag bo nnir eg un e st av am te ndo dif iculda de e m e ngr av idar e dar a luz. O s cin co A wo que div inar am par a A g bo nnir e g un e nfat izar am a impo rt ância do sacr ifí cio . Ele s dis se r am que se e le co n cor das se e m faze r o sa cr ifí cio , e le te r ia muito s filho s dur ant e sua vida e apó s a s ua mor t e . A dicio nalme nt e , o s sace r dot e s tiv er am que faze r u so de se u co nhe c ime nt o so br e me di cina t radic io nal par a co zinhar fo lhas de ag bo ny in co m as tr o mpas de faló pio da cabr a sa cr ificada. Est e re mé dio fo i co ns umido pe las e spo sa s de A g bo nnir e g un ant e s que e le pude sse te r o s filho s pr e dito s po r I fá . 1 – 4 (t r adução do ve r so ) O k unk un-bir imu bir imu co nsult o u I fá par a Eniunk ok un ju. Di sse r am que não hav ia ning ué m que lhe t iv e sse fe ito uma ge nt ile za que e le não r et r ibuiu co m mal. Nó s pe dimo s a e le par a sa cr ificar uma alfanje e uma e s cada. Ele se re cu so u à sa cr ificar , Eniu nko k unj u - o no me co m o qual cha mamo s o faze nde iro . To das as bo as co isa s que Og e de (a banana) for ne ce u par a o faze nde ir o não for am apr e ciadas. O faze nde iro po r fim de capit o u O ge de . I fá muit as ve ze s fala por par ábo las. Est a e st ór ia apr e se nt a um re lacio name nt o e ntr e a banana (Og e de ) e , per so nifi cada co mo alg ué m que fo i ge nt il co m o faze nde iro (ag be ), um ing r at o que r et r ibuiu a ge nt ile za co m o mal. Não impo r t a o quão gr ande se ja o r e lacio name nt o , a banana é de st r uí da ao fina l. No s te mpo s ant igo s, qualque r um e ncar nado por e st e O dù po de r ia se r de capit ado ao fim de sua v ida na t er r a. Em te mpo s mo de r no s, ist o se r e fer e mais à “per de r -se a ca be ça” e pag ar u m alto c ust o . 5
  • 6. Or ác ulo 2 Oyekumeji-2 O O dù Oy e k u Me ji sig nifi ca e sc ur idão e infe li cidade , e adv er t e so br e mor t e , do e nças, pr e o cupa çõ e s e um mau pr e ssag io , mas t ambé m carr e g a co m t udo isso a so lu ção de to do s e sse s pro ble ma s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m má sor t e e nco ntr a blo que io ; o clie nt e co m bo a so rt e po ss ui fo rt e supo r te an ce str al. O ye k ume ji é o se g undo Odù (o lo du) pr in cipal. Ele si mbo liza o pr in cí pio fe mini no . O s o dùs Ejiog be e Oy ek ume ji de r am nas cime nt o ao s quato r ze odùs pr incipais re st ant e s. No O dù Oy e k ume ji, há um Oy e k u no lado dire it o , que é a for ça mas culina, e o ut ro O ye k u no lado e sque r do , que é a for ça fe minina. A s pe sso as par a que m e st e Odù é div inado dev e r iam fo r mar um hábit o de o fer e ce r sa cr ifí cio s e sat is fazer s uas cabe ça s (o r i) de te mpo s e m te mpo s de mo do à e v it ar e st ado s de de pr e ssão . A dicio nalme nt e , de v er iam o uv ir e re spe it ar as o piniõ e s de se u s mai s v e lho s. Elas ne ce ssit am ho nr ar se us an ce str ais re g ular me nt e . No O dù Oy e k ume ji, I fá adv er t e co ntr a o per ig o de mant er re lacio name nt o s co m muit as m ulhe r e s. A s mul her e s se t or nar ão ciume nt as, e o s pro ble ma s ge r ado s impe dir ão o pr og r e sso do clie nt e . De st e O dù, nó s apr e nde mo s que é me lhor te r um mar ido , uma e spo sa. 2 – 1 (t r adução do ve r so ) O ye dud u awo o ri Bije co nsult o u I fá par a O lo fin. Nó s pe dimo s par a e le o fe r e cer um te cido pr e to , uma cabr a, e fo lhas e se me nt e s de bije . Nó s dis se mo s a e le que e st a mo r te imi ne nt e não ir ia mat á-lo , não ir ia mat ar se u s fil ho s se e le fize sse a o fe r e nda. Ele o be de ce u e fe z sacr ifí c io . 6
  • 7. Se e st e Odù é lan çado , a famí lia do clie nt e dev e aplicar bi je ( uma er v a afr icana ) so br e s uas face s e co br ir o I fá do s me smo s co m te cido pr e to e fo lhas de bije . Ele s e st ão as se g ur ado s de que mo rt e , do e nça s, e t odo s o s o utr o s male s não se r ão capaze s de r e co nhe cê - lo s, uma v e z que a mor t e não re co nhe ce Onibi je (alg ué m que faz uso do r e mé dio bije pr e scr ito pe lo div inador ). 2 – 2 (t r adução do ve r so ) Ee sin g bo na l’ e we t ut u l’ e g bo co ns ulto u I fá par a 165 árv or e s. A palme ir a e a ár vo r e Ay inr e sa cr ificar am uma galinha e ntr e as árv o re s. Ent ão , se um to rnado e st iv e sse de v ast ando , a jo v e m fo lhag e m de palma afir mar ia: e u fiz sacr ifí cio par a e scapar do pe r ig o . A fo lhag e m de palme ir a nu nca é afe t ada por v e nto s o u to rnado s po r que e la re alizo u o sa cr ifí cio re que r ido ne st e Odù. To do s o s per igo s são de sv iado s da palme ir a. 2 – 3 (t r adução do ve r so ) Vo cê é o ye Eu so u o ye Do is oy e co nsult ar am I fá par a Olo fin. Ele s disse r am do is de se us filho s ir iam fr at ur ar [o s o sso s] das co x as, mas e le não dev e r ia ficar pre o cupado por que e le s se r iam be m suce di do s na v ida. F o i pe dido à e le que sacr ifica sse te cido k e lek u, par a se r usado co mo uma pr ot e ção par a as cr iança s. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . 7
  • 8. I fá pr e disse que o acide nt e que o s filho s de Olo fin ir iam so fr e r não impe dir ia o s uce s so de st e s na vida. Tudo o que e le ne ce s sit av a faze r e r a r ealizar um sacr ifí cio e fo r ne ce r o t e cido e spe ci ficado co mo co be rt ur a pro t et o r a. 2 – 4 (t r adução do ve r so ) Q uando e u aco r de i de manhã, e u vi uma gr ande quant idade de cr iança s. Eu per g unt e i pe lo re ino da te rr a. Eu e nco ntr e i o s ant ig o s e m gr ande e sple ndo r . Eu per g unt e i pe lo re ino do cé u. O risa -nla e st av a indo visit ar Òr únmì là Ele pe rg unt o u: C o mo e st ão se u s fil ho s que e st o u le v ando co migo par a o mu ndo ? C aso haja re sfr iado , C aso haja do r de cabe ça, C aso haja malár ia e o ut r as e nfe r midade s, O que e u po de r ia fazer po r e le s ? Ò r únmì là or de no u a e le que mar cas se O dù O ye k ume ji so br e pó de iy e - ir o sun. A panhe alg uma s fo lhas fr e s cas de per e g un e as t r it ur e . M ist ur e -as j unt ame nt e co m banha de Òr í e use isso par a e sfr e g ar e m se u s co r po s. Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e a mo rt e de v ast ado r a. Pe r e g un de rr amar á ág ua so br e as do e nça s de v ast ado r as. 8
  • 9. Or ác ulo 3 Iworimeji-12 Est e O dù fala das pe s so as pr e se nt e adas co m a habil idade de v er co isas co m sua s pró pr ias per spe ct iv as. Ela s muit as ve ze s so nha m, t ê m visõ e s clar as, cr e sce m e t or nam- se "adiv inho s" o u e spir it uali st as. C lie nte s co m e sse O dù dev e m se r aco nse l hado s a cult uar I fá. I sso ir á lhe s tr azer bo as pe r spe ct iv as, v ida lo ng a (ir e aik u), pr o spe r idade (ir e aje ), uma e spo sa (ir e ay a) e filho s (ir e omo ). O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á cui dado same nt e ex amina ndo e re av aliando t anto o s cami nho s t e mpor ais co mo e spir it uai s/ e mo cio nai s. O dù I wor ime ji o cupa o t er ce ir o lug ar na o r de m do s odù s. C o mo um o lo du, I wo r ime ji co nsi st e de I wor i no lado dir e it o (o pr in cí pio mas culino ) e I wo r i no lado e sque r do (o pr incí pio fe mini no ). I fá diz que se alg uma co isa fo i per dida, o clie nt e se r á asse g ur ado de que a co isa se r á v ist a o u re cu per ada. A s chance s par a uma pr o mo ção no t rabalho são bo as, mas o clie nt e ne ce s sit a o fe r e cer sacr ifí cio par a e v it ar que calun iador e s cau se m sua de mis são . Se o clie nt e de se ja v iajar par a fo r a da cidade o nde r e side ou ir par a o utr o s paí se s, e le de v e faze r sa cr ifí cio de mo do que se us o lho s não ve ja m qualque r mal. Q uando o sa cr ifí cio cor r et o é re alizado , uma pe sso a e nfe r ma se g ur ame nt e ir á fi car be m de nov o . I fá co nfir ma no O dù I wor ime ji que o s de ze s se is fr ut o s da palma sagr ada (ik in I fá ) são a re pr e se nt ação de Òr únmì là e se u obje t o de ador ação na t er r a. Eis o po r que do sa ce r do t e de I fá (Babalawo ) as ut iliza par a r ev e lar o s mi st ér io s da v ida. 3 – 1 (t r adução do ve r so ) M ujim uwa, Babalawo de O pak e r e , co nsult o u par a e le . Par a e v it ar que e le ado e ce sse , fo i o rie nt ado a e le que sacr ifi cas se v int e anzó is de pe sca e vint e po m bas. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e le 9
  • 10. par a se r e m usada s par a lav ar sua cabe ça (or i), par a se r e m usada s par a lav ar se u I fá . O pake r e nunca ficar ia do e nt e . Par a afast ar uma do e nça imine nt e , M uji muwa aco nse l ho u Opak er e a faze r um sa cr ifí cio . A dicio nalme nt e , fo lhas de I fá dev er iam se r pr e par adas par a e le par a lav ar s ua cabe ça e se u I fá . 3 – 2 (t r adução do ve r so ) Gbe g i je be t e fo i aque le que co ns ulto u par a O de quando A wa sa e ra se u inimig o . F o i pe dido a e le (O de ) par a o fer e ce r um bor dão e uma car g a de inhame . O de at e nde u ao co n se lho e fe z sacr ifí cio . O inhame fo i pilado . To do o inha me pilado fo i co mido à no it e . Ele s for am do r mir . Q uando v e io a e sc ur idão , A wa sa v e io . O de uso u se u bo r dão par a mat ar A wasa. No dia se g uint e , pe la manhã, o cadáv er de A wasa fo i e nco ntr ado do lado de fo r a. O de co ns ult o u I fá a re spe it o do que e le po de r ia fazer par a se liv r ar de se u inimigo A wasa. Ele se g uiu o co nse lho do div inador e o fe re ce u alg uns inhame s e um bo r dão , que fo i usado par a mat ar se u inimigo . 3 – 3 (t r adução do ve r so ) Ò g ún-r ibit i co nsult o u par a I wor ime ji quando I wo r ime ji e st av a par a se casar co m a filha de O pe Olo fin. F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio . S ua e spo sa jamais se r ia e sté r il. U ma g alinha fo i o sacr ifí cio . F o i dit o que amba s as palme ir as macho e fê me a 10
  • 11. jama is se r iam e sté r e is. Po r que I wor ime ji re alizo u o sacr ifí c io ne ce ssár io , as pe s so as nas cidas por e st e O dù jama is se r iam infé rt e is o u e st é r e is. Elas se r iam se mpr e abe nço ada s co m filho s. 3 – 4 (t r adução do ve r so ) Ti jot ayo fo i aque le que co nsult o u par a O de . F o i dit o que e le de ve r ia v ir e sacr ifi car uma pe dr a de mo inho e uma e st e ir a, par a faze r co m que t odo s que tiv e sse m vindo r eg o zijar co m e le se mpr e fi cas se m co m e le . O de re c uso u e ne g lig e ncio u o sacr ifí cio . Ele falo u que e st av a sat is fe ito se e le pude sse ape nas se liv r ar de A wasa. As pe s so as v ir iam se mpr e re go zijar ou ce le br ar co m O de . Mas po r que O de ne g lig e ncio u o sacr ifí cio ne ce ssár io , ning ué m jama is fi car ia co m e le . C o nse que nt e me nt e , as pe s so as que são e ncar nadas por e st e O dù t e m ape nas suce sso t e mpor ár io . Nada par e ce dur ar muit o . Suas rique za s e pr azer e s t e m se mpr e cur t a dur ação . 11
  • 12. Or ác ulo 4 Idimeji Est e Odù fala do s que te m inimig o s se cr et o s t e nt ando lan çar e ncant ame nto s so br e e le s o u o s que tê m so nho s ruin s a maio r part e do te mpo . Ele s pr e ci sam apazig uar I fá par a po der e m v e nce r e ssas o bstr u çõ e s mundana s. O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo aume nto de pr e ssõ e s t anto nas que st õ e s te mpo r ais co mo e mo cio nais. I dime ji é o quar to O dù na o r de m fix ada por Ò rúnmì là. Est e Odù é fundame nt al po r que e le co mple t a o s quatr o po nto s car de ais do univ e r so : Ejiog be (Le st e ), O ye k ume ji (O e st e ), I wo r ime ji (No rt e ), e I dime ji (Su l). O dù I dime ji simbo liza a mat e r nidade . A int e r ação de um I di mas culi no no lado dir e ito co m um I di fe minino no lado e sq uer do r e sult a e m r e pr o dução — o nasci me nto de u ma cr iança. Se uma pe s so a e st iv er e nco nt r and o difi culdade e m se e st abe le ce r na v ida e e st iv er se muda ndo de casa e m casa se m r e sidê ncia per mane nt e , I dime ji diz que a pe sso a de v e r et or nar à cidade o u paí s de se u nasc ime nt o . C o m o sa cr ifí cio apr o pr iado ao or i ( cabe ça ) o u e le da (cr iador ) da pe sso a, a v ida po der á faci lme nt e re to r nar ao nor ma l. Em Odù Odime j i, I fá v ê bo a so rt e e v ida lo ng a par a um ho me m o u uma mul her . M as o clie nt e ne ce s sit a c ult uar I fá par a e v it ar mo rt e súbit a. O clie nt e po de r á se e le v ar à uma bo a po si ção na v ida mas de v er á se r cui dado so co m calun iador e s. É po s sív e l tr abalhar dur o no co me ço da vida e pe r der t udo no final. Par a pr o spe r ar , dev e m se r fe it as co nst ant e s o fer e ndas ao s ance st r ais do clie nt e . Se alg ué m plane ja viajar , dev e se r fe ito sa cr ifí cio a Ò g ún par a as se g ur ar uma jor nada se g ur a e fe liz. Q uando uma mulhe r e st iv er de se spe r ada par a te r um filho , e la é aco nse lhada a sat isfaze r Ò r únmì là. I fá diz que e la te r á uma cr iança e que e st a cr iança se r á uma me nina. Par a se r e m be m suce di das na vida, as pe sso as e ncar nadas por O dù I dime ji de v er ão se r co nfiáv e is, ho ne st as, e fr ancas e m se u s ne gó cio s co m o s o utr o s. Elas dev e r ão t er o s pé s no chão e se r e m pr át ica s e m s ua at it ude co m re lação à v ida. 12
  • 13. 4 – 1 (t r adução do ve r so ) A t e le wo -abinut e lu co nsult o u I fá par a It er e . F o i dit o que sua s idé ias ir iam se mpr e se mat er ializar ; por t anto e le de v e sacr ificar pr eg o s, t rê s bo de s, e t rê s g alo s. I te r e o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F or am pr e par adas fo lhas de I fá par a e le be be r . Ent r e o s mat e r iais pr e scr ito s par a o sacr ifí c io e st av am o s pr eg o s. Pr e go s, que t e m ca be ças, capa cit ar iam o s so nho s de I te r e a se r e alizare m o u suas idé ias a se co ncr e t izar e m. 4 – 2 (t r adução do ve r so ) O pa-aro abidi je g e leg e co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m I fe . F o i dit o que uma ve z que a mo rt e e st av a mat ando as pe sso as ali, e las dev e r iam sacr ifi car uma cor r e nte e um car ne iro . Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. O Babalawo dis se : U m úni co e lo nu nca que br a. A ssi m, as mão s da mor t e não po de m mai s t o cá-lo s. A mor t e per so nif icada e st av a mat ando a to do s e m I le -I fe . I fá fo i co ns ult ado . O Babala wo aco nse l ho u o s re side nt e s a faze r um sa cr ifí cio que incl uí a u ma simple s co rr e nt e que nun ca po de se r que br ada. Eis co mo a mão malé vo la da mo r te po de se r de t ida. 4 – 3 (t r adução do ve r so ) O didi- afidit i co nsult o u I fá par a O didimade . F o i pe dido a e le que fize sse um sa cr ifí cio : do is ag bo n o lo du (gr ande s co co s), do is car acó is, e t rê s mil e duze nto s búzio s. Ele se re cu so u à o fe re ce r o sacr ifí cio . 13
  • 14. O Babalawo dis se : I fá diz, “Se u filho nu nca falar á ao lo ng o de sua vida.” I dime ji div ino u par a Odidimade , ma s e le se re cu so u a o fe r e cer o sacr ifí cio r equi sit ado . Po rt ant o , co nfor me o I fá , se u filho per mane ce r ia mudo ao lo ng o de sua v ida. 4 – 4 (t r adução do ve r so ) Eu so u e ni- odi Vo cê é e ni- o di Do is e ni-o di div inar am par a o o di (for t ale za) dur ant e ho st ilidade s po lít ica s. F o i dit o : O o di cir cu ndar á a cidade . Po rt ant o e le dev e o fer e ce r do is t e cido s de e mbalar . E as sim e le fe z. D ur ant e ho st ilidade s po lí t icas e ntr e duas cidade s, é de incum bê ncia do s re side nt e s co nst r uir uma fo rt ale za, que o s pr ot e g er á de se us ini migo s. I sso també m de v er ia se aplicar à u m indiv í duo o u uma famí lia que e st e ja se ndo ame aça da de alg uma fo r ma. 14
  • 15. Or ác ulo 5 Irosumeji Es se Odù fala do s que são se mpr e po pular e s e que são tido s e m gr ande e st ima pê lo s amigo s. Ele s pr e cisam t o mar cuidado co m s ua saúde , t ant o aplaca ndo sua s cabe ça s ( Or í ), co mo o casio nalme nt e apazig uando Ès ù, o u o co r po de as sist e nt e s de I fá. Se e le s se se nt e m de sanimado s e co me çam a pe r der int e re s se e m qualq ue r co isa que façam, I fá dev e se r co nsu lt ado e apazig uado par a e le s. Es se O dù de not a difi culdade s e mo cio nais e finance ir o s. M as não impo rt a o quant o difí cil a v ida po ssa par e cer , o clie nt e po de tr iunfar pe lo o fe r e cime nt o do s sacr ifí cio s co rr e to s e pe la r e cusa e m g uar dar o mal no cor ação e m pe n same nt o s e idé ias. O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo fa cilme nt e — is so re que r mais t rabalho que o no r mal par a se re alizar qualque r co isa. I ro su me ji é o quint o Odù na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Ele pe de po r uma c uidado sa r e fle x ão so br e no sso fut ur o . Nó s não po de mo s falhar e m per ce be r que “O ho me m pr o põ e , De u s dispõ e .” Em Odù Ir o sume ji , I fá pe de que um rit ual famil iar se ja r e alizado anualme nt e . O clie nt e dev e r ia co nt inuar a pr át ica e tam bé m ho nr ar e re spe it ar o s ance st r ais, part ic ular me nt e o pai, e st e ja vivo o u mo rt o . A que le s nas cido s por Ir o sume ji de v er iam faze r [a s co isas urg e nt e s] de v ag ar , apr e nder [a t er ] paciê n cia, e a ag uar dar que o s mo me nt o s difí ce is se diss ipe m. Ele s dev e r iam se mpr e se le mbr ar que ne nhuma co ndição é per mane nt e . O sa cr ifí cio apr o pr iado de v er á se r e x e cut ado por uma mulhe r que e st e ja ansio sa par a t er um be bê . I ro su me ji diz que e la e ng r av idar á e te r á um be bê . A cr iança se r á um me nino , que dev e r ia se t or nar um Babalawo . 5 – 1 (t r adução do ve r so ) O liy e be co nsult o u I fá par a I na (fo go ). 15
  • 16. O liy e be co nsult o u I fá par a Ey in (fr uto da palme ir a). O liy e be co nsult o u I fá par a Ik o (r áfia). A cada um de le s fo i pe dido par a sacr ifi car uma e st e ir a (e ni -ifi) e um t e cido amar e lo . A pe nas Ik o fe z o sa cr ifí cio . Q uando o pai de le s (u m che fe ) mo rr e u, I ná fo i inst alado co mo che fe . Ve io a ch uv a e de st r uiu I na. Ey in fo i e nt ão in st alado co mo che fe . Ve io a ch uv a par a de st r uir Ey in t ambé m. I ko fo i final me nt e inst alado co mo c he fe . Q uando cho v e u, Ik o se co br iu co m sua e st e ir a. Q uando a chuv a ce sso u, Ik o r e mov e u a e st e ir a e , co mo r e sult ado , não mo rr e u. A chuv a não po de r ia de st r uir I ko (r áfia) po r que e le e r a o úni co e ntr e o s t rê s ir mão s que ofe r e ce u a e st e ir a co mo sacr ifí cio . I ko usav a a e st e ir a co mo pr ot e ção co nt r a a ch uv a. Ik o fo i po rt ant o capaz de mant e r o t ít ulo de se u pai por um lo ng o te mpo . 5 – 2 (t r adução do ve r so ) O kak ar ak a-afo wo t ik u, I dase g ber e g be r e w’ ak o co ns ulto u par a I ro su quando I ro su e st av a par a dar a luz. F o i dit o que a v ida da cr iança se r ia dur a e que se r ia difí cil g anhar dinhe iro par a a manut e nção da cr iança. M as se Ir o su de se ja sse re ve r te r a sit uação , I ro su dev e r ia sacr ifi car do is car acó is. I ro su se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . F ilho s de I ro su me ji se mpr e achar ão a v ida difí ci l po r que I ro su ne st e ve r so de O dù se r e cuso u a faze r o sacr ifí cio re quis it ado . 16
  • 17. 5 – 3 (t r adução do ve r so ) I se se r e fo g be se ’y e co ns ult o u I fá par a A k uko adiy e (g alo ). F o i pe dido à e le par a o fer e ce r se u go rr o v er me lho ( cr ist a de galo ) e do is mil e duze nto s búzio s co mo sa cr ifí cio . Ele se re cu so u à o fe re ce r se u go rr o ve r me lho . O Babalawo dis se que o g alo se r ia mo rt o . O galo dis se , “Q ue assi m se ja.” O g alo se re c uso u à sa cr ificar se u go rr o v er me lho po r que e le t inha ace it ado a mor t e co mo uma o br ig ação da vida 5 – 4 (t r adução do ve r so ) A de isi co nsult o u I fá par a At apar i (cabe ça). A t apar i ia r e ce be r um g or ro do Or isa. F o i dit o que ning ué m po de r ia ar r ancar o go rr o de le se m sang r ame nt o ; é impo s sív e l t er do is g or ro s. Eis o po r que as pe s so as nas cidas po r Ir o sume ji se mpr e achar ão a v ida difí cil. 17
  • 18. Or ác ulo 6 Owonrinmeji Na o r de m e st abe le cida de Ò r unmì lá, e st e é o se x t o Odù. Esse O dù pe de pe la mo de r ação e m to das as co isas. Est e Odù pr e diz dua s g rande s bê nção s par a qualq uer u m que se e nco nt r a na misé r ia, pr ov e ndo e le o u e la o s cor r et o s sa cr ifí cio s. A pe sso a se r á be ne f iciada co m dinhe iro e uma e spo sa ao me smo t e mpo . I fá ne st e Odù e nfat iza a impor t ância do sa cr ifí cio . Q uando um sacr ifí cio é o fer e cido , e le não de v e se r so me nt e de st inado ao s Òr ì sà ou par a o s ance st r ais, mas t ambé m u sado par a alime nt ar a bo ca de div er sa s pe sso as. Essa é uma mane ir a de faze r sacr ifí cio s ace it áv e is. O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s clar o s são ne ce ssár io s par a o bt e nção de s uce s so . O c ult iv o da t er r a é a o po rt unida de mai s gr at ifi cant e par a o s filho s de O wo nr inme ji. C ult ivo s be m s uce dido s e co lhe it as co m g anho s e m dinhe ir o aux iliar ão à pro mov e r s uas fi nança s. Par a su ce sso na vida, o s filho s de O wo nr inme ji dev e m apr e nde r a pro pi ciar sua s cabe ça s (or i) de te mpo s e m te mpo s, o uv ir se us pais, r e spe it ar o s mais v e lho s, e re v er e nciar se u s ance str ais (e g ung un). Se uma pe s so a plane ja v iajar , I fá diz que sa cr ifí cio dev e se r r e alizado par a g ar ant ir se g ur ança e uma viaje m pr azer o sa. Par a lo ng a v ida, é ne ce ssár io o fe r e ce r sa cr ifí cio a I fá e t ambé m sat isfaze r o e le da ( cr iado r ). 6 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) A div inação de I fá fo i re alizada po r Olo g bo O jig o lo (o g ato ), que ia visit ar a cidade das br ux as (A je ). F o i dit o a e le que e le re t or nar ia co m se g ur ança se e le pude sse sacr ifi car uma ov e lha, duas po mbas, e fo lha s de I fá (t r it ur e alg uns file t e s de me t al bro nze e ch umbo co m se me nt e s de we r e je je , 18
  • 19. e e sfr e g ue ist o so br e uma inci são fe it a so b as pálpe br as). Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io . O re mé dio de I fá fo i aplicado co mo indi cado acima, de po is de e le t er sa cr ificado . 6 – 2 (t r adução do ve r so ) Go or o maafiy un Goo ro maafi bo co ns ulto u I fá par a 165 animai s quando e le s e st av am e m uma jo r nada. F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m um te cido pr e to . O log bo (o g at o ) fo i o único que re alizo u o sacr ifí cio . C he g ando ao se u de st ino , e le s se e nco ntr ar am co m as br ux as (aje ), que dev or ar am to do s o s animai s que se re c usar am à sa cr ificar o te cido pr et o . O gat o fo i vist o à dist ância se co br indo co m o t e cido pr e t o . Ele t inha quat ro o lho s co mo as br ux as, que de cidir am não mat á-lo po r que e le er a uma de las. O gat o vo lt o u par a casa cant ando : Go or o maafiy un, Goo ro maafi bo ... Do s 165 animais que for am na viaje m, o gato fo i o úni co que v olt o u par a ca sa sadio e be m dispo st o . I sso po r que e le r ealizo u to do s o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s por I fá . 6 – 3 (t r adução do ve r so ) O lo ir e ko ir e Olo or unk oo r un, co ns ulto u I fá par a O pak et e quando e la e st av a se dir ig indo à sala de part o . Ela fo i aco n se lhada à sa cr ificar duze nt o s I ko t i, duze nt as ag ulhas, duze nt o s r at o s, e duze nt o s pe ix e s. 19
  • 20. O pake t e o be de ce u e fe z o sa cr ifí cio . Ela se to r no u fér t il co mo I fá pr e dis se . O pake t e fo i co nsult ar I fá dev ido à falt a de filho s. Fo i dit o à e la que r e alizasse sa cr ifí cio . Ela o fer e ce u o sacr ifí cio e t ev e muit o s filho s co mo pr e dit o po r I fá . 20
  • 21. Or ác ulo 7 Obarameji Est e Odù de no t a [que a pe sso a e st á e m] um e st ado de ince rt e za o u su spe nse , inca paz de t omar de cisõ e s. O s filho s de st e O dù t ê m uma te ndê nc ia e m co mpr ar por impul so e muit as ve ze s t or nam- se v ít imas de ilusõ e s. Ele s lame nt am a maio r ia de suas de ci sõ e s po r t o ma-las ne rv o same nt e e às pre s sas. Par a pro spe r ar na v ida, o s filho s de st e O dù ir ão pr e cisar aplacar s uas cabe ça s ( Or í ) de t e mpo s e m t e mpo s. O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s ou dif iculda de s te mpo r ais ou e spir it uais/ e mo cio nais dev e m ser dis cur sada s. O dù O bar ame ji o cupa o sé t imo lug ar na or de m fix ada por Ò r únmì là. Par a um clie nt e que e st e ja lidando co m ne gó cio s, I fá diz que par a t er uma casa che ia de clie nt e s e amig o s, e le o u e la t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s e t ambé m se g uir Ò r únmì là. Se o O dù O bar ame ji fo r apar e ce r no jo go par a alg ué m, e le diz que à part e das difi culdade s finan ce ir as, o clie nt e e st á ro de ado de inimig o s que que r e m faze r uma t o caia co nt r a e le o u faze r um at aque de sur pr e sa e m sua vida o u na sua ca sa. A difi culdade fina nce ir a se ame nizar á e o s inimigo s se r ão de rr ot ado s quando o clie nt e co nco r dar e m re alizar to do s o s sacr ifí c io s pr e scr ito s po r I fá. Por fim, a pe sso a de s co br ir á que m são se u s inimig o s e se r á capaz de ide nt ificar o que g er o u se us pro ble mas. 7 – 1 (t r adução do ve r so ) O t unwe sin (“a mão dir e it a lav a a e sque r da”). O sinwe t un (“a mão e sque r da lav a a dire it a”). Eis o que limpa as mão s. Elas for am as que r e alizar am div inaçõ e s de I fá par a a ár vo r e A wun quando A wu n ia lav ar a ca be ça (o r i) de O nder o . 21
  • 22. F o i dit o que e le pro spe r ar ia. Ele de v er ia po rt anto o fe r e ce r uma ov e lha, uma po mba, e co nt as de co r al. Ele o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . F o i pe dido à e le que amar r asse as co nt as na e spo n ja que e le usar ia par a se lav ar . 7 – 2 (t r adução do ve r so ) O t unwe sin, O sinwe t un, e is o que limpa as mão s. F or am e las que re alizar am a div inação de I fá par a O nde ro quando a árv o re A wu n ia lav ar s ua cabe ça (o r i). F o i pe dido à e le que sacr ifica sse de fo r ma à te r uma bo a pe s so a que lav asse s ua cabe ça. O nde ro dis se , “Q ual é o sacr ifí cio ?“ O Babalawo dis se que e le de v er ia o fe r e ce r te cido br anco e uma po mba. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Po rt ant o , qualque r um que re ce be r e st e O dù se r á or ie nt ado a u sar ro upas br anca s. 7 – 3 (t r adução do ve r so ) O jik ut uk ut u Bar ag e nde ng e nde n- bi-ig bá- e le po fo i que m re alizo u div inação de I fá par a Eji- O bar a, que e st av a v indo par a I fe . F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma ov e lha par a ev it ar do e nça. Ele se re cu so u a o fe re ce r o sacr ifí cio . Q uando Eji- O bar a che g o u e m I fe , e le e st av a e nt r et ido co m a car ne de uma ov e lha. 22
  • 23. Ele a co me u e fico u tão te rr iv e lme nt e do e nt e que se u tó rax por fi m e st av a gr ande de uma fo r ma anor mal. De sde e nt ão , aque le s que são nas cido s par a e st e I fá se mpr e te r ão o tó r ax e xt r ao r dinar iame nt e gr ande . T abu : A que le s que são nasc ido s por O dù O bar ame ji não de ve m co mer car ne de o ve lha. 7 – 4 (t r adução do ve r so ) O g ig if’ o ju- ir an-wo ’ le co nsult o u I fá par a At ape r e , a filha de O wa-O lo fin. F o i pe dido à e la par a faze r um sa cr ifí cio de o g i-or i (ban ha de ò rí pur a), o jo -o wu (m uit a lã de algo dão ), e uma o ve lha. Ela o be de ce u e sacr ifi co u. F o i e nt ão asse g ur ado à e la que e la te r ia muit o s filho s. Ela e st av a te ndo se i sce nt as cr ian ças to do s o s dias apó s e la t er co mido o re mé dio de I fá co zinhado par a e la. F o lhas de I fá: C o zinhe og i- or i co m fo lhas biye nme , cr av o s, e ir ug ba; t rit ur e junt o co m o utr o s ingr e die nt e s par a faze r uma so pa par a se r co mida por e la. Do me s mo mo do , e st e r e mé dio po de se r co zinhado par a clie nt e s par a que m e st e I fá se ja lançado e que já te nha m r ealizado o sacr ifí cio pr e scr it o po r I fá . 23
  • 24. Or ác ulo 8 Okanranmeji Est e Odù sig nif ica pro ble ma s, caso s tr ibuna is, so fr ime nto s e más vibr açõ e s. F ilho s de s se O dù, ir ão se mpr e ace r t ar e m che io po r fazer e m ou dize r e m o que é e x at ame nt e ce r to . A s pe s so as pe nsa m fr e qüe nt e me nt e que o s filho s de s se O dù são agr e s sivo s e mando nas de v ido a e le s te nt ar e m pr e v ale ce r ape sar de to do s as pro ba bilidade s. Em muit as sit ua çõ e s e le s ir ão se r e be lar co ntr a as co nve n çõ e s da so cie dade e co nse q ue nt e me nt e cr iam pr o ble mas par a e le s me s mo s. Pro pe nso s a infe c çõ e s, o s filho s de s se O dù dev e m t o mar cuidado co m s ua saúde de fo r ma a não se t or nar e m doe n ças cr ô nica s. O bse r v ação o cide nt al: É ho r a de co mpro me t er - se a aliv iar pro ble mas. O kanr anme ji é o oit avo Odù na or de m inalte r áv e l de Ò r únmì là. Se O kanr anme ji é lança do par a um clie nt e , I fá diz que o cl ie nt e e st á so fr e ndo po r falt a de filho s, dinhe ir o , e o ut r as co isa s bo as da vida. M as se o clie nt e cr e r e m Òr únmì là e c ult uar I fá , t o do s o s se us pro ble ma s se r ão re so lv ido s. Par a ve nce r o s inimig o s e t er co ntr o le so br e t o das as difi culdade s, o clie nt e t er á que o fe r e cer sa cr ifí cio s à Sà ngó e Ès ù. 8 – 1 (t r adução do ve r so ) O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je fo r am aque le s que co nsult ar am I fá par a o po vo na cida de de O wá. F o i dit o a e le s que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a que um e str anho fo sse fe ito r e i. Q ualque r co isa que o Babala wo quise sse se r ia o sacr ifí cio . Ele s at e nde r am o co nse lho e o fer e ce r am o sacr ifí cio . 24
  • 25. 8 – 2 (t r adução do ve r so ) O sun sun -ig bó -y i-ko s’ o je , O bur ok o s’ e je fo r am aque le s que div inar am I fá par a Sak ot o quando e le ia par a a cidade de O wa. F o i or ie nt ado a e le que sa cr ificas se uma po m ba, uma ov e lha e tr ê s bo lo s de fe ijão . Ele at e nde u ao co n se lho e fe z o sacr ifí cio . O s Babala wo o aco nse lhar am ainda a co mer o s bo lo s de fe ijão e não dá- lo s par a Ès ù. Enquant o e le par t ia e m sua jo r nada, e le le v av a o s bo lo s de fe i jão co nsigo . Ele e nco nt ro u o pr ime iro Èsù e disse , “Se e u de s se a v o cê e st e bo lo de fe ijão , vo cê far ia a chuv a me at ing ir at é que e u che g as se à cidade de O wa.” Ent ão e le me smo co me u o bo lo de fe ijão e pro sse g ui u. Ele pas so u pe lo se g undo Ès ù, e st ico u sua mão co m u m bo lo de fe ijão par a Èsù , e r e pet iu o que hav ia dit o par a o pr ime iro . Ent ão e le co me u o bo lo de fe ijão . Ele fe z a me s ma co isa co m o t er ce ir o Èsù . Enf ur e cido , o t er ce ir o Ès ù fe z co m que a chuv a at ing is se Sako t o at é que e le che g as se à cidade de O wa. O s Babala wo hav iam pr e dit o que e pr ó x ima pe sso a a se r inst alada co mo r e i da cidade de O wa che g ar ia bast ant e mo lhada pe la ch uv a. O s habit ante s de O wa fize r am de st e e st r anho e nchar cado [pe la ch uv a] se u re i. 8 – 3 (t r adução do ve r so ) M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- ig bo (r e i da flo r e st a). M o daa per e o se per e co ns ulto u I fá par a O lu- odan quando e le s iam se duzir Ew u, a e spo sa de I ná (fog o ). F o i or ie nt ado à e le s que sacr ifica sse m um fe ix e de g ie st a e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas re nr e n na ág ua), u ma g alinha e um te cido pr et o . O lu- odan se re cu so u a faze r o sacr ifí cio . Ele disse : não na pr e se nça de se u Esu su o ni’ g ba- o fo n, War iwa o ni’ g ba, e Iy or e oni- g ba- it er e (ba st ão mág ico ). O lu- ig bo fo i o único que re alizo u o sacr ifí cio . U m dia, Ew u, e spo sa de I ná, de ix o u a casa de se u e spo so par a ir na casa de Olu -o dan. I ná se pr e paro u e fo i par a a casa de Olu -o dan par a re sg at ar sua e spo sa. Q uando che g o u lá, e le g rito u alt o o no me de s ua e spo sa: Ewu, Ew u, Ew u. 25
  • 26. I ná que imo u Esus u o ni’g ba -o fo n, War iwa oni’ g ba- ida, e Iy or e o ni’ g ba- it e r e . Ew u e nt ão co rr e u par a O lu- ig bo , que t inha r e alizado o sa cr ifí cio . I ná fo i at é lá e gr it o u: Ew u, Ewu, Ewu. O lu- ig bo e nt ão aspe r g iu o re mé dio de I fá so br e I ná tal co mo in str uí do pe lo Babalawo . Ele r e cito u tr ê s v e ze s: Mo daa pe r e o se per e . O fog o (I ná) se ex t ing uiu, de fo r ma que Ew u e st av a dispo nív e l par a O lu-ig bo . O lu- ig bo , a flo r e st a de nsa, ainda ho je re t é m a e scur idão que e le sa cr ifico u. 8 – 4 (t r adução do ve r so ) O k it ibir ik it i fo i que m co nsu lto u I fá par a O lu quando e le t inha ape nas um filho . F o i or ie nt ado a e le par a sacr ificar uma ov e lha br anca se m qualque r po nto ne gr o , uma cabr a nov a, e um bo de . F o i asse g ur ado a e le que se u filho ún ico se t or nar ia do is. Ele at e nde u ao co nse lho e r e alizo u e sacr ifí cio . Em br e v e , se us filho s se to r nar am do is. De sde e nt ão , e st e O dù t e m sido chamado Ok anr anme ji. Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r lançado se mpr e t er á um filho a mais. 26
  • 27. Or ác ulo 9 Ogundameji Est e O dù adv e rt e co ntr a br ig as, disput as e ho st ilidade s imine nt e s. Dur ant e uma se ssão de div inação , se e sse O dù apar e ce par a uma pe sso a e la de v e se r av isada par a te r c uidado co m t raido re s o u amigo s e ng anador e s. I fá diz que a pe s so a dev e te r co nfiado e m alg ué m indig no de co nfian ça. Se o clie nt e e st á e m bat alha co m pr o ble mas finan ce iro s e opo sição de inimigo s, e st e Odù diz que a pe sso a dev e o fer e ce r o sa cr ifí cio ce r to a Ò g ún e t ambé m aplacar a sua cabe ça ( Or í ) par a que t e nha êx it o e pr o spe r idade . O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á so br e car r eg ado co m t rabalho e pr o ble mas pe sso ais de o ut r as pe sso as. Na or de m de Ò r únmì là, o O dù Og undame ji o cupa o no no lug ar . Ele é o O dù que e ncar na Òg ún, o de us do fe r ro e da g ue rr a. A maio r part e do s filho s de Og undame ji são ador ado r e s de Òg ún, que sã o re co nhe cido s po r se u po de r , cor ag e m e t ale nt o s cr iat iv o s. C o m sua s habi lidade s imag inat iv as in co muns e le s abr e m por t as e cr iam o por t unidade s de e mpr e g o par a o s o ut ro s. Pe s so as e ncar nadas por O g undame ji são se mpr e abe n ço adas co m muito s filho s. 9 – 1 (t r adução do ve r so ) A lag bar a ni nso k un A de fo i que m co ns ulto u I fá par a Ò g ún. F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car um alfan je , um galo e um inhame assa do . I fá dis se que o alfan je se r ia a chav e par a a pr o spe r idade de Òg ún. Ele de v er á se mpr e ca minhar co m e le ju nto . F o i pe dido à e le que co me sse o inhame . Ele o co me u. Q uando e le fico u co m se de , e le fo i be be r ág ua do rio . A pó s be be r a ág ua, e le v iu duas pe sso as 27
  • 28. br ig ando po r causa de um pe ix e que e las hav iam pe scado . Ò g ún o s aco nse lho u a se r e m pac ie nt e s e disse que e le s dev e r iam ir par a ca sa e div idir o pe ix e . Ele s se r e cusar am. O pr ime ir o ho me m dis se que e le v e io do le st e e o se g undo ho me m dis se que e le v e io do oe st e . A pó s o uv ir as sua s de scul pas, Ò g ún pe go u o alfan je o qual lhe fo i or ie nt ado par a se mpr e po rt ar co nsigo e par t iu o pe ix e e m do is par a e le s. O pr ime iro ho me m o ag r ade ce u e pe diu a e le que abr isse uma t rilha de lá at é a cidade o nde r e sidia. O ho me m pro me t e u e nr ique ce r a v ida de Òg ún se e le at e nde s se o se u de se jo . O ho me m g ar ant iu a Ò g ún que e le t ambé m r e ce be r ia co isas valio sas que ir iam e lev ar s ua co nfian ça. O se g undo ho me m ig ualme nt e agr ade ce u a Òg ún e fe z u m pe dido similar . Ò g ún co ncor do u e m fazer t al co mo e le s pe dir am. Ò g ún te m sido se mpr e chamado de Og undame ji de sde o dia e m que e le div idi u um pe ix e par a dua s pe s so as que e st av am br ig ando . 9 – 2 (t r adução do ve r so ) A go go - o wo - ko se if’ apo ko si co nsult o u I fá par a Olo fin quando O lo fin A jalo r un e st av a pr o po ndo e nv iar se u filho , Ò g ún, ao mu ndo par a abr ir o ca minho da v ida. Ò g ún fo i av isado de que e le ser ia incapaz de c umpr ir a t ar e fa dev ido à po sição infle x ív e l do mundo . M as e le de v er ia r e alizar sa cr ifí cio co ntr a a saúde pr e cár ia e a mo rt e sú bit a: um car ne ir o e u m úni co e lo de co rr e nt e . Ele fe z o sa cr ifí cio . Ele s disse r am: U m ún ico e lo nunca que br a. 9 – 3 (t r adução do ve r so ) O ke le g bo ng bo -as’ o fun- kilo co ns ulto u I fá par a Ò g ún. À e le fo i g ar ant ido que se e le pude s se r e alizar 28
  • 29. sa cr ifí cio , e le jamais mor r er ia. O mundo int e iro se mpr e ir ia pe dir à e le par a ajudá- lo s à r e par ar se us mo do s de vida. M as ne nh um de le s ficar ia a se u lado par a r e so lv e r o s se u s pr ó pr io s pro ble ma s. Q uatr o car ne ir o s, quat ro bo de s, e quatr o cabaça s co be r t as de ve m se r o fer e cido s e m sacr ifí cio . Ele r e alizo u o sa cr ifí cio e m cada um do s quat ro cant o s do mundo . 9 – 4 (t r adução do ve r so ) I ko ko - I di-s’ ak un- ber e co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là. F o i pr e dito que sua e spo sa dar ia a luz à tant o s filho s que e le não o s co nhe ce r ia a t o do s. Ele fo i po rt anto o r ie nt ado a sacr ifi car uma Galin ha d’ A ng o la e duas mil búz io s. Ò r únmì là fe z o sacr ifí cio . A lar e é o no me pe lo qual chama mo s o pr imo g ê nito de Ò r únmì là. A inda ho je , nó s o uv imo s as pe sso as dizer e m: o mo A lar e (o filho de A lar e — pr o pr ie t ár io ). Q ualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado dev e r á te r muit o s filho s. 29
  • 30. Or ác ulo 10 Osameji Est e é um O dù que sig nifica falt a de co r ag e m e f ug a de br ig as o u o po siçõ e s. F ilho s de sse O dù r e alizam uma gr ande quant idade de viag e ns, o u a ne gó cio s o u por pr aze r . Ele s cr e s ce m e t or nam- se bo ns admi nist r ado r e s se e le s g e st am o s ne g ó cio s do s o utr o s. C o mo e le s são facilme nt e ame dr o nt ado s, e le s não ir ão co rr e r ris co s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a mudança ine spe r adame nte em t ranst o r no s tant o no se r v iço quant o no s re lacio name nt o s . O same ji é o dé ci mo Odù na or de m fix a de Ò r únmì là. O dù O same ji re it er a a ne ce ssidade por aux í lio e spir it ual co nt r a mau s so nho s e fe it ice ir as que int er fir am co m o so no da pe sso a. De v e r ão se r r ealizado s sacr ifí cio s apro pr iado s par a sat isfaze r o s fe it ice ir as (a je ) e par a asse g ur ar a pr ot e ção ne ce ssár ia. A dicio nalme nt e , se O same ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e t e m inimig o s que e st ão plane ja ndo pr e j udicá- lo . Se o clie nt e re alizar sacr ifí cio a Sàng ó , e le g anhar á for ça aume nt ada e ev e nt ualme nt e v e nce r á o s inimigo s. A que le s e ncar nado s por e st e O dù te nde m a se de s co nt ro lar o u lhe s falt am limit e s. M uito e s for ço é e x ig ido par a capacit á- lo s a se co nce nt r ar no que e st ão faze ndo o u par a que e le s se aplique m dilig e nte me nt e e m se u t rabalho . 10 – 1 (t r adução do ve r so ) K asa k aja- kat et e sa co nsult o u I fá par a Eji- O sa. Eji -O sa e st av a indo à I fe par a um pro je t o . F o i dit o à e le s que e st e s se r iam ame dro nt ado s por alg o que po de r ia e v it ar sua r e alização do pr o je to . Po r e st e mo t ivo e le s dev er iam sacr ifi car um car ne ir o e uma pe dr a de r aio . 30
  • 31. Ele s se r e cusar am a faze r o sacr ifí cio . Q uando e le s che g ar am a I fe , uma lut a aco nt e ce u. Ele s te nt ar am re si st ir mas não pude r am e tiv er am que fug ir . De sde aque le dia, as duas pe sso as que fug ir am t e m sido cha madas de O same ji. 10 – 2 (t r adução do ve r so ) I g bin k o y a palak a e sse co ns ulto u I fá par a uma O sa quando e la e st av a per amb ulando pe lo mundo so zinha. F o i dit o à e la que e la e nco ntr ar ia um par se e la fize sse sacr ifí cio : dua s po mbas, do is car acó is, e r e mé dio de I fá (mo e r fo lhas de biy e nme e co zinhá-las co m o vo s de g alinha) par a e la co me r . Ela o be de ce u e fe z o sacr ifí cio . Q ualque r um par a que m e st e I fá é div inado t er á muit o s filho s. 10 – 3 (t r adução do ve r so ) O kan- ate g un- ko se - ir o de ’ le co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le e st av a pr o po ndo se ca sar co m O luy e mi, a filha de O lo fin. F o i dit o que se e le ca sas se ape nas co m Oluy e mi, sua ho nr a se r ia g rande . O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as e t rê s mil e duze nt o s búzio s. É aco nse l háv e l a qualque r um par a que m e st e I fá se ja div inado se casar co m uma e ape nas uma m ulhe r . 10 – 4 (t r adução do ve r so ) O liy e nmey e nme co nsult o u I fá par a A ja. F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car do is car acó is e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de t et e r eg un 31
  • 32. na ág ua, e nt ão que br ar a po nt a da co ncha do car aco l e de ix ar o lí quido fluir de ntr o do pr e par ado ). Ele de v er ia se banhar co m o re mé dio par a se acalmar . A ja se re cu so u a sa cr ificar . Ele dis se que sua saliv a e r a sufi cie nt e par a saciar sua se de . I fá dis se : O clie nt e par a que m e st e I fá é lançado não e st á go zando de bo a saúde . 32
  • 33. Or ác ulo 11 Ikameji Est e Odù sig nif ica muit as pr eo cu paçõ e s e por t anto pe de po r mo der ação . Co m o co rr e to sa cr ifí cio é po ssí v e l ex e r cer co nt ro le . F ilho s de sse O dù e st ão se m pre ce r cado s por pe sso as que são pr e dispo st as a impor do r ao s o ut ro s o u que t e m pr azer no so fr ime nto do s out ro s. Ele s t ê m que e st ar co n st ant e me nt e pr ev e nido s de v ido a e le s não po de r e m co nt ar co m fa mí lia o u amigo s par a aj udar . O bse r v ação o cide nt al: Es se é um bo m mo me nto par a co nce pção . O dù Ik ame ji o cupa o dé ci mo pr ime iro lug ar na o rde m fix a de Ò r únmì là. U ma pe sso a ir á se m pre co lhe r o que planto u. O s filho s de I k ame ji ne ce s sit am pr o piciar s uas ca be ças (or i) fr e qüe nt e me nt e de fo r ma a faze r as e sco lhas cor r et as. Se I k ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que e st e e nfr e nt a difi culdade s. O clie nt e t e m inimigo s ci ume nt o s que e st ão t e nt ando blo que ar sua s opo rt unidade s. Ele o u e la e st á so fr e ndo co m a falt a de filho s co nfiáv e is e co m ne ce ssidade s finan ce ir as. M as se o clie nt e re alizar os sacr ifí c io s apr o pr iado s par a I fá e Òg ún, e le ou e la t er á o por t unidade s ilimit adas par a se t or nar pr o dut iv o (a) e be m su ce dido (a). 11 – 1 (t r adução do ve r so ) O dan-g e je awo A t a-nde co ns ulto u I fá par a Ey in (fr ut o da palme ir a). Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio por ca usa de abo rr e ci me nto s: um galo e qualque r co isa que o Babala wo e sco lhe s se t er co mo sacr ifí cio . Ey in dis se que , co m a mag ní fi ca co ro a e m s ua cabe ça, e le jamai s admit ir ia ir à qualque r Babalawo par a faze r sacr ifí cio . Ele se re cu so u abr upt ame nt e a faze r sacr ifí cio . I fá diz: Q ualque r um par a que m e st e I fá fo r div inado e st ar á co m pro ble ma s. 33
  • 34. 11 – 2 (t r adução do ve r so ) Et use se fi’ nu- ig bo se ’ le , Oniwak awak afi’ n u-isa se ‘ budo quando aque le s que co ns ult ar am I fá par a Bar a Ag bo nnir e g un, que e st av a indo a I fe par a co me çar u m part o . F o i dit o a e le par a sa cr ificar do is g rão s de milho e dua s g alinhas. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Ele plant o u o milho , o qual e le co lhe u quando fico u maduro par a pro piciar s ua cabe ça (o r i). Ele s disse r am: A que le que cor to u duas fo lha s (palha s) de milho par a de ifi car sua ca be ça dev er ia ser cha mado Ik ame ji . Q ualque r um par a que m e st e Odù é div inado t er á muit o s filho s. o u se to rnar á be m s uce dido no mundo . 11 – 3 (t r adução do ve r so ) O jo jo se - idibe re co n sult o u I fá par a Òr únmì là quando s ua e spo sa e st av a pr e ste s a co me t er adult é r io . F o i pe dido a e le par a sacr ifi car dua s cabe ças de co br a e uma cor da de e scalar par a ev it ar que as pe sso as se duzi sse m sua e spo sa. Ele se g ui u o co nse lho e re alizo u o sacr ifí cio . O ye e O wor e e r am r iv ais de Òr únmì là. Ele s er am in capaze s de se duzir a e spo sa de Ò r únmì là por que Ò r únmì là t inha re alizado o sacr ifí cio . A e spo sa de Ò r únmì là se c hama O pe . 11 – 4 (t r adução do ve r so ) O mipe nse n -ako dun -k or o co nsult o u I fá par a Òg ún quando e le ia at acar a cidade de se u inimig o . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car um pe que no barr il de v inho de palme ir a, um inha me assado , e aze it e -de - de ndê . 34
  • 35. Ò g ún se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s Babala wo s dis se r am: I fá diz que e le se r á e nv e ne nado lá ante s de vo lt ar par a casa po r que e le se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e scr ito . Ele fo i lá, lut o u, e v e nce u a bat alha. Em se u cam inho de vo lt a par a ca sa, um de se us ho me ns lhe o fe r e ce u um pe daço de inhame assado , que e le co me u. O inhame g r udo u e m s ua g ar g ant a e e le fi co u incapa cit ado de e ng o li-lo . Po r fim, e le não co nse g uia falar . Se vo cê falar co m e le , e le usar á s ua cabe ça e sua s mão s par a art ic ular suas re spo st as at é ho je . 35
  • 36. Or ác ulo 12 Oturuponmeji (Ologbonmeji) A car act e r í st ica mais impor t ant e das pe sso as na scida s ne st e O dù é a pe r sist ê ncia. Ele s são v igo ro so s e re so lut o s e ir ão mo str ar det e r minação ape sar de t rat ame nto r ude . O bse r v ação o cide nt al: Q ue st õ e s r e lacio nadas ao s fil ho s e st ão na me sa . O t ur upo nme ji, també m chamado de O lo g bo nme ji, é o dé cimo seg un do O dù pr inci pal na or de m inalt er áv e l de Òr únmì là. Est e O dù simbo liza a cr iação de filho s. Par a t er filho s saudáv e is e be m co mpo rt ado s, O t ur upo nme ji diz que é ne ce ssár io o fer e ce r sa cr ifí cio s ao s e g ung un (ant e pas sado s) e a Or isa- nla. O s filho s de Ot ur upo nme ji t e nde m a se to rnar e m co mplace nt e s. Par a to mar de cisõ e s sábias, e le s de v e m o uv ir e r e spe it ar as opiniõ e s de se us pais e o s po nto s de vist a do s mai s v e lho s e m ge r al. O s filho s de O t ur upo nme ji tê m for ça par a s upor t ar as ne ce s sidade s o u a dor . C o nse que nt e me nt e , e le s se to r nam de masiado impr ude nt e s, te imo so s, e fa cilme nt e co nf uso s. Se for par a e le s per mane cer e m co nce nt r ado s e não pe r der e m suas po si çõ e s na v ida, de v er ão se r fe it o s e sfo r ço s per sist e nt e s par a pro piciar sua s cabe ça s (or i) e sa cr ifí cio s a I fá r eg ular me nt e . 12 – 1 (t r adução do ve r so ) O kar ag ba co nsult o u I fá par a Eji- Og e quando e le s e st av am pr e st e s a de s ce r par a I fe . F o i pr e dito que ambo s ir iam se so br e s sair e m I fe . F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar de ze sse i s car acó is, de ze sse is tart ar ug as, de ze s se is pe dr a de r aio s (do is de cada é sufi cie nt e ), e fo lhas de I fá (fo lhas de ok unpale e abo - ig bo o u ag bo sawa e o utr o s co ndime nt o s, par a se r e m mo í do s e co zinhado s co mo so pa e dado s ao clie nt e par a co mer ; qualq ue r um que de se jas se usar 36
  • 37. o re mé dio par a pr o spe r idade t ambé m po de r ia co mê -lo ). A pó s co me r o r e mé dio , o clie nt e de ve r á de po sit ar o s e dun -aar a (pe dr a de raio s) so br e se u I fá . 12 – 2 (t r adução do ve r so ) Elul use ’ dibe r e co ns ulto u I fá par a O lo fi n, Q ue ia se casar co m Pupay e mi, uma jov e m garo t a do le st e . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car duas cabr as. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . F o i dit o a e le que e le te r ia ape nas do is filho s do casa me nto mas que o s do is de v er iam ser be m tr at ado s por que e le s se r iam g rande s na v ida. Tam bé m fo i de clar ado que o s do is fil ho s que fo r am be m t r at ado s e m I fe de v er iam ser cha mado s de O ge - me ji. 12 – 3 (t r adução do ve r so ) A g ba-ig bin- f’ idije lu co nsult o u I fá par a O do . F o i dit o a e le que e st e se mpr e e nco ntr ar ia um as se nt o (lug ar ) o nde que r que e le fo sse mas que sua impr udê n cia o mat ar ia. O sacr ifí cio : u m car aco l, uma se me nt e de pime nt a-da- co st a, Do is mil e duze nt o s búzio s, e fo lhas de I fá (mo e r fo lhas de g be g i co m a pime nt a- da-co st a, fe r ve r o car aco l, e co zinhá -lo s j unto s; e st e r e mé dio de v e se r dado ao clie nt e par a co mer o u par a qualq uer o utr o que que ir a usá -lo ). O do seg ui u o co nse lho e fe z o sacr ifí cio . O re mé dio de I fá fo i co zinhado par a e le tal co mo de s cr it o acima, de fo r ma que e le pude s se e st ar se g ur ame nt e as se nt ado . 37
  • 38. C o mo o g be g i é pr o fundame nt e e nr aizado , O do se mpr e e st ar á fir me me nt e asse nt ado e m qualque r lug ar . 12 – 4 (t r adução do ve r so ) K asak aja K at e t e sa co ns ulto u I fá par a O ge . F o i pe dido à e le faze r sacr ifí c io de mo do a se r cui dado so . Banha de òr í e aze it e -de - de ndê de v er iam ser o fe r e cido s co mo sacr ifí c io . Ele se re cu so u a faze r sacr ifí cio . Se e le tiv e sse fe it o o sacr ifí cio , o re mé dio de I fá (mi st ur a de banha de ò rí e aze it e -de -de ndê ) t er ia sido pr e par ado par a e le e sfr eg ar e m se u cor po por que : “A o me io dia o aze it e -de - de ndê e st á aler t a. Est a é a r azão de s ua v ida lo ng a. A o me io dia a banha de ò rí e st á v ig ilant e . Est a é a r azão da s ua habili dade de v iv e r at é a v e lhice .” O ge é o no me de Odo (pilão ). 38
  • 39. O rác ulo 13 Oturameji Est e O dù s ug er e paz me nt al e libe r dade de to das as inquie t açõ e s (ansie dade s ). F ilho s de st e O dù são me ig o s e mo der ado s e m car át er . O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nto par a nov o s su ce s so s e m ne gó cio s e r e lacio name nt o s. O t ur ame ji é o dé ci mo te r ce iro O dù na o rde m fix a de Òr únmì là. A s pe s so as nas cidas so b Ot ur ame ji se r ão be m su ce didas no s ne gó cio s, par t icular me nt e na ar te de co mpr ar e ve nde r . É impor t ant e sat isfaze r Ès ù fr e qüe nt e me nt e po r cau sa daque le s que t rair ão sua co nfia nça o u plane jar ão e ng anar s ua famí lia. O s filho s de O t ur ame ji pr e ci sam apr e nde r a re se rv ar um t e mpo par a de s cansar e não dis sipar suas e ne rg ias at é o ex t re mo de so fr e r um co lapso fí si co o u ner vo so . Se Odù O t ur ame ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e te m inimig o s que o t or nar am uma pe s so a impr ude nt e . Da me s ma mane ir a que e le é po bre , e le não t e m e spo sa ne m r e lacio name nto s familiar e s. Ele de v er ia t ão rápido quant o po s sív e l o fe r e cer sa cr ifí cio . O t ur ame ji diz que e le de v er ia faze r sacr ifí cio à Ò g ún, Ye mo nja, e I fá. Ele de v er ia e nt ão ser capaz de ve nce r se us ini migo s, ganhar alg um dinhe ir o , e final me nt e te r uma e spo sa e filho s. 13 – 1 (t r adução do ve r so ) A r ug bo - nla niise or i fe g unfe g un co n sult o u I fá par a Ot u quando e le ia par a I fe faze r t rabalho de div inação . F o i dit o a e le par a sa cr ificar dua s be ng alas [de camin hada] e dua s o ve lhas. F o i dit o a e le que e le não re to r nar ia lo go . O t u re alizo u o sacr ifí cio e pe r mane ce u po r um lo ngo t e mpo . 39
  • 40. 13 – 2 (t r adução do ve r so ) (...) co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le ia de s co br ir e e st abe le ce r uma cidade . F o i dit o a e le par a sa cr ificar um gr upo de for mig as -so ldado (o wo ijamja ), sa bão neg ro , quar e nt a búzio s já pre par ado s e m um cor dão no e scur o , um pe daço de pano br anco , e uma árv or e o dan. Ò r únmì là ate nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio . O s Babala wo s aco nse lhar am Òr únmì là a plant ar a ár vo r e Odan nu m mat ag al e amar r ar as búzio s ne la. Ele de v er ia lav ar se u co r po co m o sabão ne g ro pr e par ado co m fo lhas de Odan e car r e ir as de for mig as. Ele de v er ia u sar o pano br anco par a se co br ir . Se e st e I fá e ncar na alg ué m, dev e se r dito à e st e alg ué m par a faze r da me sma for ma. O s Babala wo s dir iam a e le co m se g ur ança que o lug ar o nde e le planto u a ár vo r e odan tal co mo de scr it o acima e v e nt ual me nt e se to r nar ia um me r cado . 13 – 3 (t r adução do ve r so ) O k it i- og an-af’ idij’ ag o co nsult o u I fá par a Ot u. F o i dit o a e le par a o fe r e cer dua s t ar t ar ug as de mo do a se t or nar rico . O t u o uv iu e fe z o sa cr ifí cio . O s Babala wo s adv er t ir am Ot u par a não mat ar as t ar t ar ug as mas par a ve ndê -las. Por me io de um sor t e io , e le de v er ia de cidir o nde ir par a v e ndê -las. Q uando e le che g o u na cidade , fo i o fer e cido à e le o it e nt a bo lsas de dinhe ir o pe las t ar t ar ug as. Ès ù aco nse l ho u Ot u à não ace it ar o pr e ço . Ès ù e st á se mpr e a fav or de qualque r pe s so a que r ealize sacr ifí cio s. Q uando o pr e ço fo i e le v ado par a vár ias ce nt e nas de bo lsas 40
  • 41. de dinhe ir o , Èsù o aco nse l ho u a ace it ar a ofe rt a. Eis co mo Ot u se to rno u r ico . O s Babala wo s dis se r am: O dia que Ot u co mpr o u duas t ar t ar ug as de v er ia se r chama do Ot ur ame ji. 13 – 4 (t r adução do ve r so ) (...) co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. F o i dit o a e le par a r e alizar sa cr ifí cio de mo do que e le pude sse go ve r nar s ua cidade ade quadame nt e . Ò r únmì là disse : “Q ual é o sa cr ifí cio ?” O s Babala wo s dis se r am: Se is e st e ir as, se is pe na s de papag aio , se i s ca br as, e mil e duze nto s búzio s. F o i dit o a e le que pe sso as de to da part e do mundo v ir iam par a ho nr á- lo so br e a e st e ir a. Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io tão rápido quant o po s sí ve l, e pe s so as de t oda part e do mundo v ier am par a ho nr á-lo so bre a e st e ir a tal co mo pr e dit o . De sde aque le dia, o s Babala wo s t e m se se nt ado so br e a e st e ir a par a r e alizar div inação de I fá . 41
  • 42. Or ác ulo 14 Iretemeji Est e Odù diz que pag a par a se inclinar par a co nquist ar . Hu mildade é uma v ir t ude muit o impo rt ant e . Est e O dù av isa co ntr a int r ig as e inimig o s que e st ão t e nt ando de spa char pro nt ame nt e no s sas chance s de su ce s so na vida. O bse r v ação o cide nt al: Est a pe sso a mar cha pe lo se u pró pr io t ambor e t e m pro ble ma e m su bme t er - se . Na o r de m fix a de Òr únmì là, O dù I re t e me ji o cupa a dé cima -quar t a po si ção . Est e O dù pe de por t ot al de dica ção a I fá. To do s o s filho s de Ir et e me j i de v e m se r dev ot o s de Ò r únmì là. A s cr iança s do se xo masc ulino dev e m se r inicia das par a se to r nar e m Babala wo s. Se as cr iança s cr er e m e m I fá , Òr únmì là co nce de r á a e las bo a sor t e par a dinhe ir o , e spo sas, filho s, v ida lo ng a, e fe li cidade . De t e mpo s e m t e mpo s e le s de v er ão pro pi ciar sua s cabe ça s (or i) de mo do a e v it ar e st r e sse e mo cio nal o u humilha ção po r fo r ças malé fica s. Se Ir et e me j i for lançado par a um clie nt e que e st iv e r do e nte , I fá diz que par a uma r ápida r e cupe r ação o clie nt e de v er á r e alizar o s sa cr ifí cio s co rr e to s a O baluwaiy e (Sa npo nna) e ao s fe it ice ir o s (a je ). O s filho s de I re t e me ji de v er iam apr e nder a r e lax ar , por que é fácil par a e le s ficar am fat ig ado s, abor r e cido s, e impa cie nt e s quando e st ão so b pr e ssão . 14 – 1 (t r adução do ve r so ) O kan awo Oluig bo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando e le e st av a indo par a I fe . F o i dit o a e le que qualque r pe s so a que e le inicia sse não mor r er ia jo v e m. F o lhas de t et e e duas po mbas dev e m se r sacr ifi cadas. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . O te t e fo i amassa do na ág ua par a se r usado par a lav ar sua 42
  • 43. ca be ça. 14 – 2 (t r adução do ve r so ) A da-ile - o -muk ank an co nsult o u I fá par a Ir e n quando e le ia ini ciar do is filho s de Olo fin. F o i dit o a e le par a faze r sacr ifí cio . Ele se g ui u o co nse lho e fe z sacr ifí cio . F o i asse g ur ado a e le que qualque r pe sso a que e le ini ciasse não mo rr e r ia jo v e m. O dia que I re n inicio u dua s pe sso as que não mor r er am de v e se r cha mado Ir e -t e -me ji. 14 – 3 (t r adução do ve r so ) O dan-ab’ o r ipeg unpe g un co nsult o u I fá par a Ak o n (o car ang ue jo ). F o i dit o a e le que e le nun ca ir ia se aco st umar co m as pe sso as no me r cado mas se e le quise s se co rr ig ir e st a falha e m si me smo , e le de v er ia sa cr ificar um po t e de aze it e (at a- e po ) e um x ale . A ko n se re cu so u a faze r o sacr ifí cio num dia de me r cado . A ko n e quili bro u se u po te de aze it e -de - de ndê na sua cabe ça. Q uando e le te nt o u se e mbr ul har co m se u x ale , o pot e caiu de sua cabe ça e o aze it e man cho u s uas r o upas. O aze it e - de -de ndê que man cho u o cor po de A ko n naque le dia per mane ce u na s sua s co st as at é ho je . Se qualque r um na sce r por e st e I fá, e st e de v er ia se r adve r t ido a nun ca u sar um x ale par a co br ir se u cor po . 43
  • 44. 14 – 4 (t r adução do ve r so ) A dilu- abidis umu sum u co ns ulto u I fá par a O luwe r i, que e st av a indo co mpr ar A ko n (o car ang ue jo ) co mo um e scr avo . F o i dit o a e le que se e le co mpr asse o e s cr av o e le jamais pr e cisar ia das pe sso as. U ma ba cia nov a, uma cabr a, e e fun dev e r iam se r usado s co mo sacr ifí cio . O luwe r i o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio . A ko n t ev e muit o s filho s. O luwe r i co mpr o u inicial me nt e e scr av o s hu mano s. Ele s o de st r at ar am e o abando nar am. A pe nas o car ang ue jo (A ko n) per mane ce u co m e le . C o lo que o e fu n na bac ia nov a e o fe re ça a cabr a à e la. 44
  • 45. 45
  • 46. Or ác ulo 15 Osemeji Est e O dù impli ca e m v itó r ia so br e inimigo s e co nt r o le so br e difi culdade s. O bse r v ação o cide nt al: Est e é o mo me nto de ince r t e za o u de mudan ça de co ndi çõ e s e m ne gó cio s e re lacio name nt o s. É um bo m mo me nt o par a amo r e dinhe ir o . O se me ji é o dé ci mo -quint o Odù na or de m inalt e r áv e l de Ò rúnmì là. Se o s sacr ifí cio s co rr e to s fo r e m e x e cut ado s, o s filho s de O se me ji viv er ão at é uma idade lo ng a, de sde que e le s cuide m de sua saúde . Ele s t ambé m de v e m for t ale ce r sua cr e nça e m I fá e sua s pró pr ias capacidade s de mo do a pr o spe r ar na v ida. Par a amor , um casame nt o fe liz, e pro spe r idade finance ir a, sa cr ifí cio s ade quado s dev e m se r r e alizado s à O sun. Se O se me ji é lançado par a um clie nt e , I fá diz que o clie nt e te m muit o s inimigo s e , par a v e nce r o s inimig o s, dev e o fe r e ce r sacr ifí c io s a Sàng ó e Ò r únmì là. A cr e dit a-se que Ò r únmì là te m e no r me s po de r e s par a ve nce r to do s o s inimig o s t anto na te rr a co mo no cé u. Em O se me ji , I fá no s e nsina que ape nas sacr ifí c io s po de m salv ar o s se r e s huma no s. A v ida é de sagr adáv e l se m sacr ifí cio . F alt a de fé o u aut o -co nfia nça é se mpr e uma t rag é dia. 15 – 1 (t r adução do ve r so ) Tit o ni-nk un’ le t i-nm uk’ awo t o co nsult o u I fá par a Ar ug bo (o s ido so s). F o i pe dido a e le s par a sa cr ificar e m uma galinha, uma gaio la che ia de alg o dão , e de ze s se is pe daço s de g iz (e fun ) de mo do que e le s pude sse m alcançar uma idade av ançada e ntr e o s o dùs. Ele s se g uir am o co n se lho e sacr ificar am. Ele s viv er am at é e nv e lhe ce re m co m cabe lo s gr isalho s. Q ualque r um que e nv e lhe ça co m cabe lo s gr isalho s e ntr e o s o dùs dev e se r chamado Ag bame ji (o s do is anc iõ e s). 46
  • 47. 15 – 2 (t r adução do ve r so ) O se k e se k e (aleg r ia) co ns ult o u I fá par a A je (r ique za ). F o i dit o a e la que o mundo int e ir o e st ar ia se mpr e e m sua bus ca. Ela pe r g unto u, “Q ual é o sacr ifí c io ?” F o i dit o a e la par a sa cr ificar t oda co isa co me st ív e l. A je se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u. O mundo int e iro e st á fe liz po r e st ar e m bu sca de A je . 15 – 3 (t r adução do ve r so ) A k uko fi Og be o ri r e se ina co n sult o u I fá par a A je (r ique za ). F o i dit o a e la par a sa cr ificar qualq uer anima l mor t o se m [u so de ] uma faca (e k ir i apadafa) de mo do a co nduzir uma vida t ranquila. A je se re cu so u a sa cr ificar . Po r causa de sua re cu sa, at é o dia de ho je A je nu nca se fix a e m um lug ar . 15 – 4 (t r adução do ve r so ) O luwe we g be ’ nu-ig bo -t e fa co ns ulto u I fá par a Eji -o se quando e le e st av a indo par a a t er r a de I fe . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse 160 r olo s de lã de alg o dão e de ze s se is be ng alas [de ca minhada]. Ele sa cr ifico u ape nas do is de cada it e m. Enqua nto e le pro s se g uia, e m se u caminho , as duas be ng alas que e le sa cr ifico u se que br ar am, ma s e le não mor r e u. O Babalawo dis se : De to do s o s odù s, qualque r um que que br o u dua s be ng alas e não mo rr e u dev er ia ser cha mado de O se me ji. Po rt ant o , qualque r um na scido por e st e I fá car e ce de fé . I sso é , e le v ai se mpr e que st io nar o s Babala wo s. Est a pe s so a acha difí cil acr e dit ar na v er dade . 47
  • 48. Or ác ulo 16 Ofunmeji (Orangunmeji) Est e Odù sig nif ica bo a fo rt una. Ele pe de po r paciê n cia e t ransig ê n cia — uma v ida de dar e r e ce be r . Co m ce rt o s sacr ifí cio s, su ce s so é gar ant ido . O bse r v ação o cide nt al: A s co isas e st ão flui ndo . O funme ji, també m co nhe cido po r O rang unme ji, é o dé cimo - se xt o O dù na or de m r e co nhe cida de Òr únmì là. Par a mulhe r e s jov e ns, O funme ji impli ca na po ss ibilida de de e ngr av idar e dar a luz. O s filho s de O funme ji são g e ner o so s. Ele s po de m não ser r ico s [de dinhe iro ] mas e le s são se mpr e r ico s e m sabe dor ia. Ele s não po de m viv er o nde o ar é abafado por que e le s po de m su fo car facilme nt e . A maio r ia de le s t e m dific uldade e m re spir ar . Par a bo a pro spe r idade fina nce ir a, o s filho s de O funme ji te r ão que re alizar sacr ifí cio s par a a A je o u par a O lok un. É impo rt ant e par a e le s de mo nst r ar g e nt ile za t anto par a e str anho s quanto par a me m bro s de sua famí lia, e e spe cialme nt e par a o s ne ce s sit ado s e o s po br e s. Se O funme ji fo r lançado par a um clie nt e , o clie nt e po de e st ar as se g ur ado de que t udo dar á ce r to na v iag e m se e le o u e la re alizar o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s po r I fá . 16 – 1 (t r adução do ve r so ) O g bar ag ada co nsult o u I fá par a O dù quando e le ia cr iar to do s o s dife r e nt e s t ipo s no mundo . F o i or ie nt ado a e le sacr ifi car quat ro pilar e s e uma gr ande caba ça co nt e ndo uma t ampa e uma cor r e nt e . Ele se g ui u o co nse lho e sacr ifi co u. F o i gar ant ido a e le que ning ué m que st io nar ia s ua aut or idade . A ssi m e le de v er ia ar mar o s quat ro pilar e s no so lo unido s, co lo car a cabaça so bre e le s, e usar a cor r e nt e par a 48
  • 49. at ar o s pilar e s às sua s mão s. Ele o be de ce u e re alizo u o sacr ifí cio t al co mo inst r uí do . O dia e m que O dù cr io u t o do s o s tipo s no mundo t e m sido cha mado de sde e nt ão O dudua (O dù cr io u tudo o que ex ist e , O o dua, O lo dumar e ). Ele cr io u t udo o que ex ist ia na cabaça. Nó s ( se re s humano s ) e st amo s t o do s viv e ndo de nt ro da ca baça. 16 – 2 (t r adução do ve r so ) A r ug bo - ile -fi- ir e - sa-k e je k e je co ns ulto u I fá par a O lo fi n quando e le ia faze r nas ce r o s de ze sse is Ir únmale (o dù s pr incipais ). F o i pr e dito que o s filho s se r iam po br e s. Se e le quise s se que e le s co nse g uis se m dinhe ir o , e le te r ia que sa cr ificar de ze sse i s caba ças de far inha de milho , de ze sse i s ca baças de e k ur u, de ze sse i s o le le (fe it o de fe ijõ e s v er me lho s), e de ze sse is ov e lhas. O lo fin se r e cu so u à re alizar o sacr ifí cio . Ele dis se que e st av a sat isfe it o ape nas po r fazer na sce r as cr iança s. Ele sa cr ifico u ape nas par a si me s mo e ig nor o u as cr ianças. Po rt ant o , o s Babalawo nun ca de v e m ficar ans io so s por j unt ar dinhe ir o ao inv é s de adquir ir sabe do r ia e po der ao lo ng o de s uas v idas. 16 – 3 (...) co ns ulto u I fá par a Ejio g be e o s r e st ant e s de ze sse is o dùs pr incipai s. F o i pe dido a e le s par a pag ar e m o dé bit o de sacr ifí cio de v ido po r sua mãe . Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio . Eis o po r que o s Babalawo nun ca fo r am r ico s, e mbo r a e le s se ja m r ico s e m sa be dor ia. 16 - 4 49
  • 50. A g bag ba-ilu f’ idiko di co nsult o u par a Or ang unme ji, à que m fo i pe dido sacr ifi car uma o ve lha, de ze s se is po mba s, e t rê s mil duze nt o s búzio s. Ele se g uiu o co nse l ho e sa cr ifico u. O Babala wo div idiu o s mat e r iais de sa cr ifí cio e m duas par t e s, r e se rv ando me t ade par a si pró pr io e dando a o utr a me t ade par a Or ang unme ji par a u sar par a pro pi ciar sua ca be ça (o r i) quando e le r et or na sse par a casa. A o che g ar e m ca sa, fo i dit o a Or ang un me ji que sua mãe go st ar ia de v ê -lo e a se us ir mão s mais ve lho s na faze nda. A ssi m, e le e st av a in capacit ado de re alizar o sacr ifí cio de pr o piciar se u or i e m casa. C arr e g ando o s mate r iais co m e le , e le se j unt o u à se us ir mão s mais ve lho s de fo r ma que t o do s pude sse m v isit ar sua mãe co mo dito . Q uando e le s che g ar am na fr o nt e ir a, o f uncio nár io da alfânde g a pe diu a e le s par a pag ar e m uma t ax a de alfâ nde g a. Ejiog be , o lí de r do s odù s, não tinha o s duze nto s búzio s ex ig ido s, e ne nh um o utr o do s quato r ze o dùs t inha dinhe ir o par a pag ar . Ape nas Or ang unme ji, o dé ci mo -se xt o Odù, t inha o dinhe iro , que e le pago u por to do s e le s ant e s que e le s pude sse m atr av e ssar [a fr o nte ir a] par a ir à faze nda. A ssim, quando e le s c he g ar am à faze nda, o s quato r ze odù s r e st ant e s de cidir am t or nar a ambo s Ejio g be e Or ang unme ji o s che fe s da famí lia. De sde aque le dia, nó s se m pre chama mo s Or ang un me ji de “O funme ji”. De sde aque le dia, fala mo s, “Ne nhum I fá é maio r do que Ejio g be , e ne nh um I fá é maio r do que O funme ji .” Po r e st a razão , ao lan çar a sor t e (ibo ) na div inação de I fá , se Ejiog be o u O funme ji fo r e m lançado s, nó s se mpr e de cidimo s a sor t e e m favo r de le s. 50
  • 51. Or ác ulo 17 Ogbe‘Yeku Ne s se Odù so mo s aco nse lhado s a usar a int e lig ê ncia ao co nt r ár io da for ça o u co nfr o nt ação par a su per ar o bst ác ulo s ou inimig o s. Não impo rt a quanto impo rt ant e alg ué m se ja, e st a pe sso a ne ce s sit a o bt er e se g uir o co n se lho s de um Babala wo . Cr e nça inabaláv e l e m I fá ir á se mpr e re co mpe nsar o "clie nt e ". O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á g er alme nt e de dicando m uit a e ner g ia a que st õ e s t e mpor ais e pr e ci sa se "abr ir " e spir it ualme nt e e e mo cio nalme nt e . No O dù O g be’ Y ek u, O g be e st á na dir e it a, r e pr e se nt ando o pr incí pio masc ulino , e O ye k u e st á na e sque r da, re pre se nt ando o pr incí pio fe min ino . Q uando Og be vai visit ar co m O ye k u, as t r ansfo r maçõ e s re sult ant e s de st e mo v ime nto são si mbo lizadas por O dù O g be’ Y ek u. (C o mo ant e r io r me nt e discut ido , e x ist e m 256 o dùs no si st e ma I fá de div inação : de ze sse is o dùs pr incipai s e 240 ramifi caçõ e s o u co mbinaçõ e s de Odù. O dù O g be’ Y ek u é o pr ime iro das co mbina çõ e s de o dùs e e le o cupa o dé cimo - sé t imo lug ar na o rde m fix a de Òr únmì là.) 17 – 1 (t r adução do ve r so ) Ek umini, Ek umini co n sult o u I fá par a Oluk ot un A jamlo lo , o pai de O it o lu. F o i pr e v isto que e le se r ia g rande me nt e fav or e cido por I fá e st e ano . Po u co de po is, Olo fin pr o cur o u por O luko t un par a que v ie sse e co ns ult asse I fá par a e le . O luko t un pe diu que disse s se m a O lo fin que e le e st av a incapa cit ado de v ir ime diat ame nt e por que e le e st av a cult uando se u I fá naque le mo me nt o . Olo fin c hamo u por O luk ot un pe la se g unda ve z. O luko t un re spo nde u re pe t indo o que e le hav ia dito 51
  • 52. ant e s. Ele ainda e st av a cu lt uando se u I fá . O lo fin r e spo nde u e dis se , “Q ual I fá O luko t un A jamlo lo e st á cult uando ? O I fá fav or e ce u a e le ?” M ais t ar de , O luk ot un A jamlo lo c he go u par a r ealizar div inação de I fá par a Olo fin. I fá disse que não hav ia nada de e rr ado co m O lo fin; e le ape nas e st av a se nt indo dific uldade par a dor mir à no it e . Po rt ant o , co mo par t e do sa cr ifí cio , e le dev e r ia co nce de r à O luko t un: sua filha mais ve lha ado r nada co m co nt as e m se us pulso s e to rno ze lo s, uma cabr a gr ande , e quat ro mil e quat r o ce nto s búzio s. O lo fin r e alizo u o sa cr ifí cio . A ssi m que O luk ot un e st av a indo par a casa co m o s mate r iais do sa cr ifí cio , as pe sso as co me çar am a ridi cular izá-lo e a O lo fin, per g unt ando , “C o mo po de O lo fin co nce de r sua filha à e st e po br e Oluk ot un ?”. Ele s ar r ancar am a be la garo t a de O luko t un e a de r am par a um o ba (r e i). Ela se to r no u a e spo sa do re i. O o ba també m não po dia do r mir be m e fo i fo r çado a pro c ur ar por O luk ot un A jamlo lo par a v ir e co nsult ar I fá par a e le . Oluk o t un v e io e dis se ao oba que e le e st av a incapacit ado de dor mir pro fu ndame nt e à no it e . Po rt ant o , se e le quise s se afast ar a mor t e súbit a, e le t er ia que co nce de r ao Babalawo que co nsult o u I fá par a e le : sua jo v e m rainha, duas cabr as g rande s, e quatr o mil e quat ro ce nt o s b úzio s. O o ba re alizo u o sacr ifí cio . O luk ot un A jamlo lo car r eg o u o s mat er iais do sacr ifí cio par a casa e canto u a se g uint e can ção : Ek umini, Ek umin i, e is co mo I fá po de se r favo r áv e l, e ass im por diant e . C o m e st e O dù nó s apr e nde mo s co mo Oluk o t un A jamlo lo fo i be lame nt e re co mpe n sado e fav or e cido de v ido à sua inabaláv e l cr e nça e m I fá . 17 – 2 (t r adução do ve r so ) (...) 52
  • 53. (...) co nsult o u I fá par a A lag e mo (ca male ão ) quando e le ia ce le br ar as fe st iv idade s anuai s co m Olok un. F o i pe dido a e le par a sacr ifi car vint e mil búz io s, duze nt o s po mbo s, e uma v ar ie dade de t e cido s. Ele se g ui u o co nse l ho . O s div inado r e s pr e par ar am re mé dio de I fá par a e le . A lag e mo e nt ão e nv io u uma me nsag e m par a O lo k un dize ndo que e le ia part ic ipar das fe st iv idade s. Ele g o st ar ia de co mpe t ir co m Olo k un ao usar r o upas idê nt icas. O lo k un r e spo nde u, “Tudo be m! Co mo v o cê se at r ev e , A lag e mo ?” Ele disse que ag uar dar ia a che g ada de A lag e mo . A lag e mo che go u no dia pr o po st o . O lo k un ini cio u a co mpe t ição . Q ualque r ro upa que O lok un u sasse , A lag e mo usar ia a me s ma e as ig ualar ia. A pó s um cur to t e mpo , Olok un fico u zang ado e de cidiu que e le t e nt ar ia blo que ar o caminho de fo r ma que A lag e mo achar ia impo s sí ve l re to r nar par a casa. Ele fo i bu scar o aux í lio do s fe it ice ir o s e br ux as par a co lo car o bst ácu lo s no caminho de A lag e mo . Alag e mo po r sua ve z fo i co ns ult ar o s Babala wo s so br e o que e le dev e r ia fazer par a e v it ar qualq uer impe di me nto e m se u cam inho par a casa. Ele fo i o r ie nt ado a sa cr ificar e ni- ag bafi (uma e st e ir a de r áfia), ig ba- e wo (uma cabaça [co m] inhame s as sado s amas sado s), e alg uma s o utr as co isas. Ele se g ui u o co nse lho . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le . F oi e ns inado a e le a se g uint e canção : O so ibe e jo wo mi. A je ibe e jo wo mi. Bi I g un ba j’ e bo a jo o eg ba. (Po ssa m as fe it ice ir as aqui me de ix ar e m paz Po s sam as br ux as aqui me de ix ar e m e m paz Se um abut r e co me o sacr ifí cio , e le de ix a a caba ça aqui). F o i ainda pe dido a e le que e st icas se a e st e ir a no r io e se se nt as se so br e e la. A lag e mo fe z co mo fo i dit o por se us Babalawo e e le fo i capaz de vo lt ar par a ca sa. A lag e mo re alizo u o s sa cr ifí cio s pre s cr it o s por se us Babala wo e fo i por t anto capaz de s upe r ar o s o bst áculo s que O lo k un ame aço u co lo car e m se u cam inho . 53
  • 54. O rác ulo 18 Oyekulogbe Est e Odù s ug er e que o clie nt e ir á e nco ntr ar um co nf lito . Ao inv é s de e nv o lv e r - se , o clie nt e de v e se r um me diado r . E assim faze ndo , e le o u e la ir á t er v ant ag e m. Est e O dù t ambé m no s pr e v ine par a ser mo s cuidado so s co m amigo s que po ssam ca usar de st r uição da ca sa/ famí lia. Um ca minho de t rabalho ou car r e ir a apar e ce m blo que ado s o u dificu lto so s. Na filo so fia Yo r ùbá , não há ida se m vo lt a. Odù O ye k ulo g be , o dé ci mo -o it avo O dù na o rde m fix a de Òr únmì là, r e pr e se nt a a v isit a de re t or no de Oy ek u, no lado dir e ito do O dù, à Og be , ago r a na e sque r da. Po rt ant o e st e Odù co mplet a o cic lo de mo v ime nt o s de O g be a Oy ek u e de Oy ek u de vo lt a a O g be . 18 – 1 (t r adução do ve r so ) A g ila A wo , Ag ila A wo , Opa g ilag ila A wo co nsult o u I fá par a alade me r indilo g un (de ze s se is re is) e Òr únmì là. I fá pr ev iu a che g ada de alg uns e st r anho s que ir iam lut ar um co nt r a o o utr o . Fo i por t anto o rie nt ado a e le s par a ofe r e ce r sacr ifí cio s de fo r ma a te r paz apó s a part ida do s e st r anho s. O sacr ifí cio : de ze s se is car acó is, duas cabr as, e t r int a e do is mil búzio s. Ò r únmì là fo i o único que r e alizo u o sa cr ifí cio . Q uando o s e str anho s che g ar am, e le s e ntr ar am na casa de A lar a e co me çar am a bat e r um no o utr o . A lar a o s co lo co u par a for a. O s e st r anho s t ambé m v ier am par a a ca sa de A je ro e par a as [ca sas ] do s quat or ze r e is r e st ant e s. To do s e le s puse r am o s e st r anho s par a for a. M as quando o s e st r anho s che g ar am à casa de Òr únmì là e co me çar am a bate r um no o utr o , Òr únmì là t e nto u pac ificá -lo s. Din he iro e co nt as e st av am caindo de st e s e str anho s e m lut a. Òr únmì là e st av a 54
  • 55. o cupado r e co lhe ndo to do o dinhe ir o e co nt as e jó ias pr e cio sas. A lut a e ntr e o s e st r anho s co nt inuo u por dias, at é que a ca sa de Ò r únmì là e st av a r e plet a de dinhe ir o e to das as co isas bo as. O ye k ulo g be ! Edu se t ranqu ilizo u. O s no me s do s de ze s se is r e is pr incipai s são : O lo w u, O libini, Alar a, A jer o , O rang un, Ewi, A laafin- Oy o, O wor e , Ele pe , O ba- A dada, Alaajo g un, Olu- O y inbo , Olu- Sabe , Olo wo , O lu-Tapa, e Olok o o u O sinle . O s r e is po ss ue m r ique zas e t o das as bo as co isas, mas não t e m paz. Ò r únmì là, o único a r e alizar o sacr ifí cio , t ev e paz co mple t a. Est a é a r azão po r que to do s o s r e is dev e m mant er Babala wo co mo co nse l he iro s, e spe cialme nt e quando e le s se co nfr o nt am co m pro ble ma s o u pr eo c upaçõ e s. 18 – 2 (t r adução do ve r so ) A r un-po se - ir e k e co nsult o u I fá par a O mo - nle (lag ar t ix a) quando e le ia mo r ar co m Or o (par e de de barr o ). O mo -nle fo i o rie nt ado a sacr ificar quat ro po mbas de mo do a as se g ur ar um lug ar co nfo rt áv e l par a mo r ar . Ele fe z o sa cr ifí cio . O ro fo i aco nse lhada a sacr ifi car de mo do a não ace it ar amizade co m qualque r um que a e scav asse . U m g alo fo i pe dido par a e st e sacr ifí cio . O ro se r e cuso u a sacr ifi car . Po r que Or o se re cu so u a r ealizar o sacr ifí cio pr e s cr it o po r I fá, e la t ev e que fo r ne ce r alo jame nt o par a O mo -nle . Em o ut r as palavr as, as lag ar t ix as ago r a viv e m e m par e de s de bar ro . 55
  • 56. O rác ulo 19 Ogbewehin Est e O dù fala de co nfusão e mo cio nal. També m asse g ur a co nclu sõ e s be m s uce dida s. Ele no s fala par a co nfiar e m ex pe r iê ncias ant e r io r e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fr e qüe nt e me nt e co me çando o u te r minando um re lacio name nt o . 19 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) r e alizo u div ina ção de I fá par a O g be quando e le ia v isit ar co m I wor i. F o i pe dido a e le par a sacr ifi car t rê s bo de s, t rê s g alo s, a r o upa que e le e st av a v e st indo , e um rato do mat o (o r ato de v e ser mant ido e m pé atr ás de Èsù ). Po r que e le re t or nar ia co m r ique zas, e le de v er ia se asse g ur ar que a r ique za não e scapar ia de le . Ele fe z o sa cr ifí cio . Q ualque r pe sso a par a que m e st e O dù é lançado dev e se mpr e o fer e ce r sacr ifí cio par a g ar ant ir um final fe liz o u be m suce d ido . 19 – 2 (t r adução do ve r so ) O g be ho faa faa co ns ulto u I fá par a A luk unr in (o co rv o ). 56
  • 57. F o i dito a e le par a sacr ifi car as duas única s ro upas que e le po ss uí a ( uma pr e t a, u ma br anca ), um bo de , e u m car ne ir o de mo do à não e nlo uque ce r , e se e le de se jas se se r t rat ado pe lo s Babalawo . O re mé dio de I fá (se e le fize sse o sa cr ifí cio ) : De r r amar o sang ue do bo de de nt ro de um po t e g rande ante s de co lo car masin win (o g bo e fo lhas de e su su) de ntr o do po t e . Adic io ne ág ua par a e le se lav ar . A luk unr in se re cu so u a faze r o sa cr ifí cio . A que le s nascido s por e st e O dù ge r alme nt e e nlo uque ce m. 57
  • 58. Or ác ulo 20 Iworibogbe Est e Odù fala pr ime ir ame nte de fil ho s e e nco r aja uma at mo sfe r a so cial po sit iv a par a mant er o be m e st ar da famí lia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é muit o sé r io e pr e cisa de "r e cr e io " — Te r alg uma div e r são simple s e pue r il par a r e st aur ar o e quilí br io . 20 – 1 (t r adução do ve r so ) (...) Ele dis se que alg o dev e r ia se r o fe r e cido à cr iança de for ma que a cr iança não v ie sse a mo rr e r : inhame amassa do , uma g alinha, e t rê s mil e duze nt o s búzio s. I fá dis se que e le s dev e r iam co zinhar a co mida e a g alinha pr e scr ito s, re unir t o das as cr iança s, e pe r mit ir que o s co mpan he iro s de re cr e ação da cr iança do e nt e co mam da co mida o fer e cida. I fá disse que a cr iança do e nt e ir ia fi car be m se u ma fe st a fo s se fe it a par a se us co mpanhe iro de r e cr e ação . 20 – 2 (t r adução do ve r so ) (...) co ns ulto u I fá par a Er uk uk u-ile (po mbo ) e Er uk uk u -o ko (po mba ). A mbo s e st av am so fr e ndo por falt a de filho t e s. F o i pe dido a e le s par a sacr ifi car quiabo , bast ant e inha me , u m fe ix e de v ar e t as, um pot e g rande , e t rê s mil e duze nt o s búz io s. 58
  • 59. O po mbo re alizo u o sacr ifí cio mas a po mba se re cu so u. A po mba t ev e do is fil hot e s e o po mbo te v e do is filho t e s. A po mba dis se que e la não sa cr ifico u e ainda assim te v e do is filho t e s. Ela fo i co n str uir se u ninho na árv or e e g ung un. Ve io uma te mpe st ade , a árv o re e g ung un fo i ar r ancada co m r aí ze s, e o s filho t e s da po mba mo rr e r am. Ela g r it o u, “O pr ime ir o e o se g undo e u não v i.” O po mbo gr it o u, “Eu fique i de co st as par a o pot e e não mo rr i.” O pot e e ra u m do s mat er iais que o po m bo tinha sacr ificado . Ele fo i capaz de pro t eg e r se u s fil hot e s co m o po t e . Ele s so br ev iv er am. 59
  • 60. Or ác ulo 21 Ogbedi Est e O dù fala da ne ce ssidade de ex e cut ar o sacr ifí cio cor r et o par a que se ev it e co nfu sõ e s o u zo m bar ia. O bse rv ação o cide nt al: O clie nt e e st á se nt indo o u e st á co m me do de pr e ssõ e s e mo cio nais. Po ssi bilidade s pr at ica s não po de m ser re alizadas at é que e st a pr e s são se ja aliv iada. A pr e ssão ve m muit as v e ze s de que st õ e s de re lacio name nt o s. 21 – 1 (t r adução do ve r so ) K uk ut e -ag bo n Ko ro jiji co nsult o u I fá par a Og be Q uando O g be fo i ca çar e m uma ex pe dição . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse De mane ir a que e le não e nco nt r asse obst ác ulo s ali; Tr ê s ca br it o s, t rê s fr ang o s e 6 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Q uando e le che g o u à flor e st a, a ch uv a caiu Enqua nto e le co rr ia, v iu um bur aco lar g o que pe nso u e le e st ar e m uma árv or e o u e m um for mig ue ir o Ele e nt ro u no bur aco e não so ube que er a um e le fant e que t inha abe rt o se u â nus. O e le fant e fe cho u se u ânu s co m e le de nt ro . Ele não pô de de sco br ir uma saí da. Se us co mpan he iro s co me çar am a pro cur a- lo . De po is de um t e mpo , quando e le s não o pude r am achar , e le s de cidir am e x e cut ar o sacr ifí cio que e le t inha ne g lig e nciado . Ele fo i e x cr et ado e nt ão pe lo e le fant e . 60
  • 61. Po r é m, e le s dis se r am: O Og be que sai u de um ânus de v er ia se r chama do Og be di. 21 – 2 (t r adução do ve r so ) O g be dik ak a, O g be dile le co nsult ar am I fá par a Èsù quando e le e st av a sat is faze ndo um per í o do de t rabal ho duro co m Ò r únmì là, O risa- nla, O risa -o ko , e Òg ún. A Ès ù fo i pe dido que o fe r e ce sse Ee san, no ve po mbo s e o it o mil b úzio s. O re mé dio de I fá dev er ia se r pr e par ado par a pe r mit i-lo pag ar se u s dé bit o s. Ès ù se re cu so u a sacr ifi car . Ès ù fo i um pe s cador naque le s t e mpo s. Se mpr e que e le pe g av a muit o pe ix e e m sua ar madilha, o s I r unmo le (as quatr o ce nt as de idade s ) se nt iam inv e ja de le . Ele s pe nsar am que log o Ès ù ganhar ia dinhe iro suf icie nt e par a se afiançar de ste s dile ma s finance ir o s. Po r e st a razão , e le s de cidir am e nv ia- lo e m mi ssão a lug ar e s dist ant e s no me smo dia. A pó s o e nv io da me nsag e m Ò rúnmì là pe nso u e m co nsult ar o or áculo de I fá so br e o as sunt o . Ele chamo u o s babalawo que co nsult ar am I fá e dis se r am Og be dik ak a. Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar se i s co e lho s, se i s po mbo s e do ze mil búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . O re mé dio de I fá fo i pr e par ado par a e le amar r ando o s se is co e lho s na bo lsa. Ele s o adv er t ir am a se mpr e le v ar a bo lsa co m e le . O r isa-nla pe diu a Èsù ir a at é Ì r ànje e tr azer se u bo r dão (o pa-o sor o ) e s ua saco la. Òr ì sà-o ko e nv io u Ès ù a Ò de -I rawo . Òg ún pe diu a Ès ù ir à Ò de - Ir e e tr azer se u g bamdar i (um alfanje lar go ). R apidame nt e Èsù se le v anto u e fo i at é um ar b ust o pe rt o o nde e le supl ico u e o bt ev e to das as co isas pe didas. Lo go apó s Ès ù part ir , t odo s o s I r unmo le for am co le t ar o s pe ix e s da ar madilha de le . A ssi m que e le r et or no u, e nco nt ro u e le s part ilhando se us pe ix e s. Quando e le apar e ce u ine spe r adame nt e , t o do o mundo e mbo lso u o pe ix e . Ele e ntr e go u t o do s o s it e ns que e le s pe dir am par a e le ir bu scar . Èsù e nt ão co me ço u a que st io nar t odo mundo , “O nde v o ce s o bt iv e r am o pe ix e que e st av am r e par t indo ?”. A lg un s e st av am se de s culpando ; out ro s não so ube r am o que dize r . Ent ão implo r ando o pe r dão de le , de cid ir am abr ir mão do se u s dire it o s so br e dinhe iro e le o s dev ia. Ele não dev e r ia de ix ar ning ué m o uv ir que e le s o t inham ro ubado . Er a co st ume e m I fe naque le s t e mpo s que ning ué m de v ia r o ubar . Ò rúnmì là dis se que e le não r oubo u o pe ix e de Èsù . Ès ù disse que Òr únmì là de v ia te r ro ubado o pe ixe que fo i co lo cado na bo lsa que e le e st av a se g ur ando . Ès ù pe nso u que o nar iz do pe ix e e st av a saindo par a for a da bo lsa. Ele s le v ar am o as sunt o par a cor t e na cidade de I fe . Ele s dis cut ir am. O t r ibunal de ci diu pe dir par a Òr únmì là 61
  • 62. que de sv e lasse o co nt e údo de sua bo lsa. Ele so lt o u a bo lsa e e le s v ir am o s se is co e lho s que e le jo g o u par a fo r a. Ele s co me çar am a culpar Ès ù. Èsù implo ro u pe r dão a Ò r únmì là. Òr únmì là se re c uso u a de s culpa -lo . Ès ù e mpe nho u sua ca sa e o utr as po sse ssõ e s par a Ò rúnmì là. Òr únmì là ainda re cu so u ace it ar o arg ume nto de le . O s O t u I fe (o s anciõ e s de I fe ) pe rg unt ar am par a Ès ù o que e le pr et e ndia faze r . Èsù re spo nde u que e le ir ia par a casa co m Òr únmì là e co nt inuar ia lhe se r v indo par a se mpr e . Ele s e ntr e g ar am Èsù par a Ò r únmì là. Q uando e le s che g ar am à casa de Òr únmì là, Èsù quis e ntr ar co m Ò r únmì là. Ò r únmì là re cu so u e pe diu par a Ès ù que se se nt as se do lado de fo r a. Òr únmì là dis se que o que e le co me s se de ntr o da casa, e le co mpart ilhar ia do lado de fo r a co m Èsù . Ès ù t e m v iv ido e nt ão de sde aque le dia do lado de fo r a. 62
  • 63. Or ác ulo 22 Idigbe Est e O dù fala do pr e se nt e o u pr o ble ma imine nt e e det e r mina o sacr ifí cio ne ce ssár io par a v e nce r . O bse r v ação o cide nt al: M e do s t e mpo r ais, m uit as v e ze s re lacio nado s a se rv iço s ou part e mo net ár ia, de v e m ser tr at ado s. M uit as ve ze s re lacio name nto s e mo cio nais e st ão causa ndo inquie t ação e de se quilí br io . 22 – 1 (t r adução do ve r so ) Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là quando Tant o a Mo rt e (I k u) quant o a Mo lé st ia (À r ùn) ame açar am visit ar sua casa. Ele fo i o r ie nt ado a pr e par ar do is sig idi amo nu (u ma fo r ma de Èsù -Ele g bar a) co m do is mil e er u (t ipo de e rv a) fix ado s ne le s: Lhe s dê alfanje s de made ir a par a ser e m co nt ido s po r suas as mão s e po nha pe daço s de o bì nas suas bo cas. Ent ão mate u m cabr it o e v er t a o sang ue de le so br e e le s. C o lo que um na po rt a da fr e nt e da casa e o o utr o na por t a de tr ás. Ò r únmì là re alizo u o sacr ifí c io . Ele ag iu de aco r do co m as inst r uçõ e s de I fá. I k ú ve io até a po rt a da fr e nt e da casa e saudo u o sig idi da se g uint e mane ir a: Baba -ak ik ibit i, Baba -ak ik ibit i, por fav or dê pas sag e m, que o A wo at r av e sse Sig idi nada re spo nde u. Ik u de u me ia—vo lt a. Ele fo i par a tr ás da casa e r e pet iu a me sma co isa. 63
  • 64. À r ùn v e io e dis se as me s mas palav r as. Sig idi nada re spo nde u Foi isto que Ò r únmì là fe z par a pre v e nir que Ik ú (M or t e ) e À r ùn (Mo lé st ia) ade nt r asse m sua ca sa. 22 – 2 (t r adução do ve r so ) Ì dig ba, Ì díg be co ns ult o u I fá par a Sà ngó quando e le e st av a ro de ado po r inimig o s. I fá as se g ur o u a e le v it ó r ia do br e o s inimig o s. U m car ne iro e 6 600 b úzio s fo r am o fer e cido s e m sacr ifí cio . Sàng ó r e alizo u o sa cr ifí cio e fo i v it or io so do br e se us inimigo s. 64
  • 65. Or ác ulo 23 Ogbe’rosu Est e Odù de t er mina a so lução par a a ame aça de mor t e , do e nça, caso s ju diciai s, pe r das e infe r t ilidade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se mpr e me t ido e m alg um tipo de pro ble ma. So me nt e ação e spir it ual po de re st aur ar o e quilí br io . 23 – 1 (t r adução do ve r so ) Ò nag bo nr ang o ndo n- nt i-I fe -wa co nsult o u I fá par a A bat i, o filho de À ramfè , que fo i co nfr o nt ado por t o do s o s male s. Ele fo i as se g ur ado que a mo rt e (ik ú) não ir ia de rr o t a-lo , que a mo lé st ia (àr ùn ) ir ia der ro t a-lo , que caso s j udiciai s (e jo ) não ir ia de rr ot a- lo , que pr e juí zo (o fo ) não ir ia der ro t a-lo . A e le fo i pe dido sacr ifi car um car ne iro e fo lhas de I fá. Ele o be de ce u e ex e cut o u o sacr ifí c io . 65
  • 66. Or ác ulo 24 Irosu-ogbe Est e O dù e nfat iza que re lacio name nt o s e spir it uais pe sso ais são co nt r ár io s àque le s mo net ár io s o u co me r ciais. O bse r v ação o cide nt al: Emo çõ e s t ê m pr e fe r ê ncia e nquant o t rabalho pe sado cam inha a paço s le nto s. 24 – 1 (t r adução do ve r so ) O hun tio se báalé ilé ti k o ni ko ng ar a ide , o un li o se iy ale ile t i k o ni’ bu sun ala F o i aque le que co nsu lto u I fá par a A g be -I mor imo dor i quando e le fo i t o mar Bio je la, a fil ha de O ló fin, co mo sua e spo sa. O sacr ifí cio : Do is rato s, do is pe ix e s, uma galinha e 3 200 búzio s. I fá diz: A jo v e m dev e r ia se r dada a um ba balawo co mo e spo sa. 24 – 2 (t r a dução do ve r so ) A ig bo niwo nr an awo Olú -O je C o nsult o u I fá par a O dùg be m i, que fo i um ho me m bast ant e r ico e po pular na Te rr a. O dùg be mi fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a ev it ar se to r nar um ho me m bast ant e r ico e po pular no Par aí so . 66
  • 67. U m po mbo de v er ia se r sacr ifi cado se o Odù fo sse div inado no e se nt ay e de um r e cé m- nascido . U ma o ve lha dev er ia ser sa cr ificada se o Odù fo sse div inado no I te fa. No t a: Ese nt ay e (o pr ime iro paço na Te r r a) é re alizado no te r ce iro dia apó s o nas cime nt o da cr iança. It e fá (I nicia ção e m I fá) po de se r re alizado e m qualque r é po ca e x ce to se a cr iança é su sce t ív e l à do e nça s o u e nfr e nt a out ro s pr o ble mas. 67
  • 68. Or ác ulo 25 Ogbewonri (Ogbèwúnlé) Est e Odù fala da e sco lha e ntr e mar ido s o u e spo sa s po t e nciais. Sa cr ifí cio s as se g ur am a e sco lha co rr e t a e a asso cia ção be m su ce dida. O bse r v ação o cide nt al: U m gr ande mo me nt o par a capit alizar , t ant o co me r cial co mo e mo cio nalme nt e , no s atr at iv o s do s clie nt e s par a o s o ut ro s. 25 – 1 (t r a dução do ve r so ) A jaje co nsult o u I fá par a Ko ko quando e la e st av a po nder ando casar o u co m Apat a o u co m A k ur o . Ela fo i aco n se lhada a o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s e quat ro pe daço s de t e cido no do so . Ela o uv iu e at e nde u o co nse lho . Lhe fo i falado que Ak ur o ser ia o mar ido fav or e cido . Se Ko ko t iv e sse êx it o , Ak uro t ambé m te r ia êx it o . 25 – 2 (t r a dução do ve r so ) O k it i- bamba- tiipe k un- o po po co nsult o u I fá par a O lo fin. Ele fo i o r ie nt ado o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que Og bè dar ia a e le bo as co mapnias. Tr ê s g alo s, t rê s bo las de inhame pilado , e so pa de v er ia se r o fer e cido . Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . 68
  • 69. Or ác ulo 26 Owonrinsogbe Est e Odù fala de fe it içar ia o u vibr açõ e s ne g at iv as int e r fe r indo co m a paz me nt al do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á muit as ve ze s e nv o lv ido em um r e lacio name nt o e mo cio nal que te m nublado se u julg ame nt o . 26 – 1 (t r a dução do ve r so ) Bo nro ny in awo Ò de -I do , O go ro nbi awo Ò de - Esa, Er ig idúdú awo . I lú Sak o n fo i que co n sult o u I fá par a Olo fin O be le je quando e le fo i do r mir e de spe r to u co m más vibr açõ e s. F o i dit o a e le do r mir for a de ca sa e de sua s r e do nde zas, mat ar um cabr it o so bre o lixo , e le v ar t udo isso par a a flor e st a. Di sse r am a e le que se uma pe s so a lev as se o mal par a a flor e st a, e le v olt ar ia par a casa co m o be m. A fo lha se mo st ro u se r olo wo nr an-nsan -san. Ho je A lade e x pulso u o mal par a a flo re st a. Sa cr ifí cio par a Pr o spe r idade (A jé ): 2 po mbo s — um de le s de v e ser u sado par a apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e . Sa cr ifí cio par a uma e spo sa (ay a): 2 galinha s — uma de las de v e se r usada usado par a apazig uar a cabe ça (or í ) do clie nt e , co nt anto que e le te nha sa cr ificado um cabr ito . O clie nt e de ve varr e r s ua casa co m fo lhas de o lo wo nr an- nsan- san (o sok o t u) co mo pr e scr ito aci ma. 69
  • 70. 26 – 2 (t r a dução do ve r so ) Èsì - per e we , Eg ba- per e we co nsult o u I fá par a Olú Og e , Q ue é e xt r e mame nt e amar g o co m a fo lha jo g bo . O sacr ifí cio : 3 g alo s, 2 600 búzio s e fo lha de Jo g bo (amar go ). Se a pe sso a par a que m e st e I fá é div inado re alizar o sa cr ifí cio , e nt ão e smag ue as fo lhas amarg as na ág ua e adicio ne iy è —ir ò su (pó ) de st e O dù na so lu ção , e pe ça ao clie nt e par a be ber . I fá r ev e la que o clie nt e não te m paz me nt al o u e ncar a opo sição das pe sso as. 70
  • 71. Or ác ulo 27 Ogbe’bara Est e O dù fala de e nfe r midade s t al co mo aler g ias pe r ió dicas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m se e sfo r çado muit o no se rv iço . 27 – 1 (t r a dução do ve r so ) K uo mi, o div inado r par a a g alinha (adiy e ), A e le s pe diu par a o fe r e ce r sacr ifí cio co mo uma fo r ma de pr ev e nção a uma doe n ça que o s as so lo u dur ant e a e st ação de se ca. De z o bì e 20 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. A lg uns de le s r ealizar am o sacr ifí cio ; out ro s não . 27 – 2 (t r a dução do ve r so ) I pale ro -ab’ e nu mog imo g imamo ’ nilo wo co nsult o u I fá par a Òr únmì là quando a mo rt e (k awo k awo ) v e io faze r uma visit a v indo do Par aiso . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car uma cabr a e de ze s se is Ik in. A cabr a de v er ia se r mor t a do lado de fo r a de mane ir a que a mor t e não e st ar ia apt a a apr isio na- lo co m o utr o s. Ò r únmì là pre st o u at e nção ao co nse lho e fe z o sacr ifí cio . 71
  • 72. Or ác ulo 28 Obarabogbe Est e Odù fala de gr ande r e spe it o e po de r par a o clie nt e que fie lme nt e se g uir as pr ev isõ e s de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O ce pt ici smo ge r al do clie nt e e st á blo que ando o s uce s so . 28 – 1 (t r a dução do ve r so ) O bar abo bo awo Ek o co nsult o u I fá par a Eko , o filho de A jalor un. F o i pr e dito que as palavr as de Ek o se r iam se mpr e r e spe it adas co mo se ndo a palavr a fi nal. U ma o ve lha fo i ofe r e cida co mo sa cr ifí cio . I fá diz que par a qualq uer um que e st e I fá é div inado , e x er ce r á uma g r ande infl uê ncia no mundo . Ele v iv e r á muit o te mpo . 28 – 2 (t r adução do ve r so ) I ro fá- abe e nújig ini, o adv inho de Òr únmì là, fo i que m co nsult o u I fá par a A difala, que e st av a indo div inar par a O sin. A difala pe diu a O sin faze r sacr ifí cio de mane ir a a afa st ar mo r te re pe nt ina de ntr o do s se t e dias se g uint e s. Se t e car ne ir o s e 1 000 búzio s de v er iam ser o fe r e cido s. O sin não r e alizo u o sa cr ifí cio mas ag arr o u A difala e o amar ro u. A difala cant o u a se g uint e can ção : Eu, um adiv inho cuja s pr e diçõ e s de I fá 72
  • 73. pas sar ão ime diat ame nt e na t ábua de adiv inha ção (o po n), I bar at ie le , I bar at ie le . C e rt ame nt e O sin mo rr e r á amanhã, I bar at ie le , I bar at ie le . O sin pe g ar á um po t e e ir á at é o r io , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele peg ar á uma v asso ur a e v ar r er á o chão , I bar at ie le , I bar at ie le . Ele pe g ar á uma e scada e sub ir á no t e lhado , e assim po r diant e . O babala wo canto u e ssa ca nção t odo s o s dias at é que um dia quando e le s e st av am t raze ndo uma no iv a nov a (iy àwó ) par a O sin de u m lug ar dist ant e . O sin disse que e le v ar r er ia a ca sa r apidame nt e ant e s da che g ada da no iv a. Ele peg o u a v asso ur a e varr e u a casa. A ssi m que t er mino u, de cidi u subir no t e lhado par a e spia- lo s. Ele pe go u uma e s cada e fo i ao te lhado par a ve r a no iv a que v inha ao lo ng e . Ele caiu e a par e de de smo r o no u so bre e le . Ele s e nv iar am pe s so as par a libe rt ar e tr azer A difala. A difala dis se que e le s dev e r iam o fer e ce r r apidame nt e um sa cr ifí cio de de z ov e lhas, de z galo s, de z v acas, e a e spo sa nov a que e st av a vindo a O sin. O sin de spe rt o u e nquant o e le s e st av am ex e c ut ando o sacr ifí cio . I fá diz que nó s nunca dev e mo s duv idar das pr e diçõ e s de um baba lawo . 73
  • 74. Or ác ulo 29 Ogbe’kanran Est e Odù fala de po s sív e l per da de lucro s ant e r io r e s dev ido à falha ao ex e c ut ar um co mple to sa cr ifí cio . Me ias me didas se mpr e re s ult ar ão e m per das. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á co m mu it a pr e ssa, e le pr e cisa cam inhar mai s de v ag ar e co m cuidado . 29 – 1 (t r adução do ve r so ) O k it ibam ba-t ii- pek un- o po po co nsult o u I fá fo r Og bè quando O g bè fo i a Òt uufè . A e le fo i pe dido que sacr ifi casse quat ro pr e g o s ( Se r in) e 8 000 búzio s. Ele sacr ifi co u ape nas t rê s pr eg o s e 6 000 búzio s. O babalawo disse que e le de v er ia cr av ar o s pr e go s no chão da r ua pr incipal, um por v e z. Ele se dir ig iu à r ua pr in cipal e pr eg o u o pr ime ir o pr e g o no chão . U ma por ção de dinhe ir o apare ce u e e le a pe go u. Ele pr e go u o se g undo pr eg o no chão . U m pe que no g r upo de g ar o t as apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u r e do r . Ele e nt ão e sper o u por u m cur to pe r ío do de te mpo e pr eg o u o te r ce iro pr eg o no chão . Vár ias cr ian ças apar e ce r am e e le as r e uniu ao se u re do r . Ele disse : Há! O que aco nt e ce r ia se e u t iv e sse r e alizado o sacr ifí cio co mple t ame nt e ? Eu te r ia t ido muit o mai s. Ele v olto u e re t ir o u o pr ime ir o pr e go . Ele e nt ão o cr avo u de fro nt e a e le e caso s j udiciai s (e jo ), pr e j uí zo s (o fo ) e o ut ro s male s apar e ce r am par a e le . A part ir de st e dia Og be e nco nt ro u dificul dade s, e e st e o dù t e m sido chama do de O g be’ K anr an. 74
  • 75. Or ác ulo 30 Okanransode Est e O dù fala de so bre pu jar no sso s inim igo s o u co mpet ido r e s par a co nse g uir uma po sição de pro e minê n cia. O bse r v ação o cide nt al: U m nov o t rabalho , uma pro mo ção o u um aume nt o e st ão e m u m fut ur o pr óx imo . 30 – 1 (t r adução do ve r so ) Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un, o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do . A e le fo i pe dido distr ib uir 180 ak ar a de mane ir a a o bt er v it ór ia so br e o s inimig o s. U m ca br it o e 3 200 búzio s fo r am t ambé m sa cr ificado s. O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio . 30 – 2 (t r adução do ve r so ) Pande r e - fo lu-o mi- lik it i co nsu lto u I fá par a O lit ik un o filho mais ve lho de Èwi (re i) de A do . Se i s g alo s e 12 000 búzio s dev er iam se r o fe r e cido s co mo sa cr ifí cio . O lit ik un re alizo u o sacr ifí cio . Ele fo i in st alado co mo o T’ e wise (por t a—v o z de Èwi). 75
  • 76. Or ác ulo 31 Ogbe’gunda (Ogbeyonu) Est e O dù fala de e mine nt e suce sso mo ne t ár io o u mat er ial. O bse r v ação o cide nt al: U ma o por t unidade de ne g ó cio s ir á se apr e se nt ar . A pr incí pio o clie nt e ir á r e je it ar co mo se não v ale sse a pe na. U ma sér ia co nsi der ação da opor t unidade lev ar á a gr ande suce sso . 31 – 1 (t r adução do ve r so ) K uk u-nd uk un, Pe t e -ino k i F or am o s que co n sult ar am I fá par a as pe sso as de Eg ún Majo . F o i pr e dito que e le s se r iam r ico s. Q uatr o por co s, 80 000 b úzio s e quat ro barr is de v inho de v er iam ser sa cr ificado s. Ele s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio . 31 – 2 (t r adução do ve r so ) I binu, o adv inho de A lár á, co ns ult o u I fá par a A lár á. Edo fu fu, o adv inho de A jer ò , co nsult o u I fá par a A jer ò . Pe le t ur u, o adv inho de Òr àng ún, co nsult o u I fá par a Òr àng ún. I fá pr ev e niu que alg uma co isa se r ia e nv iada a e le s e que e le s não dev er iam re cu sar . A pó s alg um te mpo , a mãe de le s e nv io u a A lár á um pr e se nt e e mbr ulhado co m fo lhas se ca s de K ok o. 76
  • 77. A lár á fico u irr it ado e e spant ado de co mo sua mãe po de r ia e nv iar algo e mbr ulhado e m fo lhas se cas de Ko ko ; Ele re c uso u ace it a-lo . A mãe de le s fe z a me sma co isa co m A jer ò e e le t ambé m re cu so u ace it a-lo . A bor r e cido s, e le s o le v ar am a Ò ràng ún, que ace it o u o e mbr ulho . Ele o de se m br ulho u e e nco ntr o u co nt as. Ò ràng ún já t inha r e alizado o sa cr ifí cio pr e scr ito pe lo babala wo . Ò ràng ún o fe re ce u: te cido de v e ado 1 , um po mbo e 16 000 búz io s. Ò ràng ún fio u um quint o das co nt as e e nv io u o co lar par a A lár á por que e le se nt iu que isso o sat isfar ia. Alár á co mpro u o co lar de Òr àng ún. Ò ràng ún fio u o ut ro co lar e o e nv io u par a A je rò , que t ambé m pag o u a Òr àng ún po r e le . Òr àng ún fo i capaz de v e nder o s co lar e s por que e le o s e mbr ulho u e le g ant e me nt e . Ò ràng ún fi co u co m as co nt as r e st ant e s par a si. 1 N o o r i g i n a l e m y o r ù b á e s t á e s c r i t o “ A s o e t u ” ; p e l o FA M A’s È d è Aw o Ò r ì s à Yo r ù b à D i c t i o n a r y , “ e t u ” a s s i m e s c r i t o s e t r a d u z p a r a o i n g l e s c o m o “ d e e r ” q u e e m p o r t u g u e s s e t r a d u z c o m o v e a d o ( N . d o T. ) . 77
  • 78. Or ác ulo 32 Ògúndábèdé Est e Odù e nfat iza a ne ce s sidade de ho ne st idade e int e gr idade . O bse rv ação o cide nt al: A que st ão de infide lidade mat r imo nial em um re lacio name nt o muit as ve ze s apar e ce . 32 – 1 (t r adução do ve r so ) O me nt ir o so v iajo u por v int e ano s e não fo i capaz de re to r nar . O me nt ir o so v iajo u por mais se is me se s e não fo i capaz de re to r nar . A Ho ne st idade -é - a-me lhor - dir e tr iz co nsult o u I fá par a Baba Ì màle , que e st av a tr ajado e m r o upõ e s. Fo i dito par a e le que e le se r ia um me nt ir o so po r to da s ua v ida. Par a e le fo i pe dido sa cr ificar mas e le se r e cuso u. At é ho je , o s ì màle (M uç ulmano s ) ainda e st ão me nt indo . Ele s e st ão se mpr e dize ndo que anualme nt e je juam por De us. U m dia, Ès ù o s que st io no u do por que diziam e le s que je juav am a De u s anualme nt e . Vo cê s e st ão dize ndo que De u s e st á mor t o ? O u e st á De u s tr ist e ? Vo cê s não co mpr e e nde m que De u s é a ve r dade co ng ê nit a? Ele ( Èsù ) dis se : He n! v o cê s je juam por De us; De us jamai s mo rr e r á. Edù mar e nun ca ado e ce r á. Oló dùnmar è nunca fi car á tr ist e . Ès ù fo i fo r çado a dispe r sa- lo s. A ca nção que Èsù cant o u naque le dia fo i: Nó s nunca o uv imo s falar so br e a mor t e de Oló dùnmar è , se não aquilo que pr ov e m da bo ca do s me nt ir o so s, e ass im por diant e . 32 – 2 (t r adução do ve r so ) 78
  • 79. K anr ang bada -À kàr à-ng bada! Est o u na ca sa de O wá. Q ue dinhe ir o no v o me pr o cur e . Q ue e spo sas nov as me pr o cur e m. Q ue cr iança s nov as me pro cur e m. Se uma cr iança vê A làk àr à, e la jo g ar á fo r a se u pe daço de inha me . Ò g úndáso rí ir e f’O g bè , t rag a-me bo a so rt e . R e mé dio de I fá: Co ma se is àk àr à fr e s co s co m pó de iy è -irò sù no qual o o dù Òg úndá sor í ir e f’ O g bè te nha sido mar cado e re zado co mo mo st r ado acima. 79
  • 80. Or ác ulo 33 Ogbèsá Est e O dù fala de falsidade de amigo s e da ne ce ssi dade de t er minar qualque r co isa co me çada. O bse r v ação o cide nt al: É uma sit uação difí cil que ago r a e st á che g ando , mas se v o cê não se e nt r eg ar ne m de si st ir t r iunfar á no final. 33 – 1 (t r adução do ve r so ) Le k e lek e , o adv inho de O g bè , co nsult o u I fá par a Og bè , Q ue e st av a viajando par a A lahusa. Ele pr ev iu que e le pro spe r ar ia ali. Po r e ssa razão , e le dev er ia ofe r e ce r um sa cr ifí cio de de ze sse is po mbo s e 3 200 búz io s. Ele at e nde u ao co nse lho e fe z o sacr ifí c io . 33 – 2 (t r adução do ve r so ) A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o . O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado po r Ik i, que fo i pr e ve nido ace r ca de um amig o 80
  • 81. t ão gr ande quanto um car ne iro . Ele fo i or ie nt ado a o fe re ce r um sacr ifí cio de mane ir a a pr ev e nir que se u amigo o e ng anasse e o fix asse par a se r mo rt o . uma por ção de o bì , br ace let e s de fe rr o , 2 200 búzio s e um gr ande r e cipie nt e de made ir a co m tampa o nde se r á co lo cada a o fe re nda. I k i fe z o sa cr ifí cio . U m dia; o car ne iro fo i v isit ar O lo fin e r e par o u que o sant uár io do e g úng ún de le e st av a v azio . Ele per g unto u a Olo fin o que e le usav a e m se u c ulto de e g úng ún. O lo fin r e spo nde u que e le ut ilizav a o bì co mo sacr ifí cio . O car ne ir o r iu e disse que e mbo r a isso fo s se bo m, e le t rar ia Ik i par a um sa cr ifí cio . Olo fin o agr ade ce u. U m dia, o car ne ir o fo i v isit ar Ik i. O car ne ir o per g unto u a Ik i se o pai de le se mpr e co nt av a par a e le so br e um jo go que e le e o car ne ir o co st umav am jo g ar . Ik i per g unto u que jog o que e r a. O car ne iro dis se a I k i que o jo g o er a dar vo lt as uma car r eg ando o o ut ro por quat ro pé e nquant o um e st av a o cult o de nt ro de um r e cipie nt e de made ir a. I k i dis se que se u pai nun ca t inha falado so br e o jog o ape sar de par e ce r div er t ido . O car ne iro co lo co u um r e cipie nt e de made ir a no chão e e nt ro u de nt r o . Ele pe diu a I ki que tampa sse e e nt ão o car r eg as se por quat ro pé s. Per co rr ida a dist ância, o car ne iro dis se que e r a a sua v e z. O car ne iro e nt ão carr e go u I ki por quat r o pé s co lo co u-o no chão e ao se u t ur no e nt ro u no r e cipie nt e . E fo i a v ez de I k i e ntr ar no re cipie nt e . O car ne iro o carr e go u por quatr o pé s, po r é m quando I k i pe diu que o co lo casse no c hão , o car ne iro o ig no ro u e co nt in uo u cam inhando . I k i implor o u mas o car ne iro t or no u a não dar ouv ido s a e le . I ki co me ço u a cant ar a cant ig a que o babalawo e nsi no u-lhe quando re alizo u o sacr ifí cio : A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, K uk ut ek u, o adv inho do S ubt e rr âne o . O car ne ir o e st á me le v ando par a O lo fin par a se r mo rt o . Eu não sa bia que e st av a jo g ando um jo go de mor t e co m o car ne ir o . A fe fe le g e le g e , adv inho da Te rr a, Ef ufule le , o adv inho do Cé u, Ve nha m po der o same nt e libe r t ar I ki do r e cipie nt e . A pó s alg un s mo me nt o s, o car ne iro sacud iu p r e cipie nt e e o uv iu o so m do s br ace le te s de fe rr o e pe nso u que fo s se I k i. Q uando e le che g o u na casa de O lo fin e st e o fe r e ce u aj uda co m o re cip ie nt e . Ele re cu so u e dis se que pr e cisav a ir at é o quint al do s fu ndo s. Q uando e le s fo r am par a o s fundo s, e le s ajudar am o car ne iro co m o r e cipie nt e . 81
  • 82. A br indo o r e cipie nt e , e le de sco br iu que ik i não e st av a de ntr o . Olo fin di sse que dev ido o car ne ir o t e nt ar e ng ana-lo , e le se r ia sa cr ificado a Ee g un. De sde e sse dia, um car ne iro se mpr e é o fe r e cido a Eeg un co mo sacr ifí cio . Or ác ulo 34 Oságbè Est e Odù fala da ne ce s sidade to mar o se u t e mpo e do uso da pe r ce pção e spir it ual par a se apr e ciar o s pr aze r e s da v ida. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ar r iscando t udo pôr e st ar se ndo de mas iadame nt e te mpo r al e per de ndo se u e quilí br io e spir it ual. 34 – 1 (t r adução do ve r so ) Ele dis se O sa, e u disse O sa’ Gbe . Ele dis se que o r at o que v e m de O sa se r ia pr ot e g ido po r O sa. Ele dis se que o pe ix e que ve m de O sa ser ia pr ot e g ido po r O sa. Pe sso as pr ov e nie nt e s de O sa se r iam pr ot e g ido po r O sa. 34 – 2 (t r adução do ve r so ) A t iba mato u um cão ma s não te v e te mpo par a co me -lo . A t iba mato u um car ne ir o mas não te v e te mpo par a co me -lo . A t imumu mato u um cabr it o mas não t ev e t e mpo par a co me - lo . Ès ù-Ò dàr à per mit ir ia-me le v ar me u s t e so ur o s de ca sa. Pr o piciação par a e st e I fá: Ve rt a aze it e -de -de ndê no so lo de nt ro o u for a de ca sa o u e m Ès ù. 82
  • 83. Or ác ulo 35 Ogbèká Est e O dù fala de te r que supe r ar ciúme e inv e ja par a alcan çar fama e r e spe ito . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa inje t ar mai s se nso co mum e me no s imag inação na s at iv idade s cot idiana s. 35 – 1 (t r adução do ve r so ) Es umar e co m um lindo do r so co ns ulto u I fá par a a C huv a t or re nc ial. A e la fo i pe dido que o fer e ce sse u m sacr ifí c io de uma e nx ada, um alfan je e um cabr ito par a ev it ar que as pe sso as a lev as se m par a de ntr o da flor e st a. Q uando e la finalme nt e ve io a re alizar o sa cr ifí cio , as pe s so as co me çar am a dar at e nção a e la. 35 – 2 (t r adução do ve r so ) O wó ni pe be , Esè ni pe be co ns ulto u I fá par a A r inwak a, que fo i o mé dico de O wo ni.. A e le fo i dito que te r ia fama pe lo mundo int e iro . Ent ão , e le dev e r ia sacr ificar um rat o , um pe ix e e uma g alinha. 83
  • 84. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . Or ác ulo 36 Ikagbè Est e O dù fala e m te r que de fe nde r no sso s dir e ito s e ex ig ir re spe it o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e apr e nder a mo de r ar suas palavr as e açõ e s quando e x por um po nt o de vist a. 36 – 1 (t r adução do ve r so ) Ele disse g ro sse r ia, e u disse inso lê ncia. Ele disse que nun ca é po ssí v e l r o lar pano se co no fo g o . Eu dis se que não é po ssí v e l ut ilizar uma co br a co mo cint o . Ele s não dev e m se r t ão r ude quant o o go lpe do fil ho do che fe na ca be ça. que e u se ja re spe it ado e nt ão at é ho je . I nv o que e st e I fá no iy è - ir ò sù que t e nha sido mar cado co m o O dù Ìk ág bè e e sfr e g ue na s ua cabe ça (o rí ). 36 – 2 (t r adução do ve r so ) O rir ot e er e , o adv inho da flor e st a, co nsu lto u I fá par a A de iloy e , que e st av a lame nt ando sua falt a de filho s. O sacr ifí cio : do is car ne ir o s e 44 000 o u 120 000 búzio s. Ela pr e st o u at e não nas palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . Ela fi co u muit o r ica e te v e filho s. C ant ig a: De iloy e , d’ o pag un. 84
  • 85. Ve ja um mo nt e de cr ianças atr ás de mi m / ve ja u m mo nt e de cr ian ças at r ás de mim, e as sim po r diante . Or ác ulo 37 Ogbètúrúpòn Est e Odù fala so br e o clie nt e fi car par a t rás e m uma co mpe t ição . Ele po de v e nce r at r av é s do sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: U m no vo r e lacio name nt o ou de spe r t ar e spir it ual ir á aliv iar o fo co t e mpo r al co rr e nt e do clie nt e . 37 – 1 (t r adução do ve r so ) Jig bin ni co ns ulto u I fá par a o cav alo (e sin) e també m par a a v aca (e r anla). A v aca fo i aco nse lhada a o fer e ce r sacr ifí cio de mane ir a que a e la ser ia dada a po si ção so cial do cav alo . Tr ê s e nx adas e 6 600 b úzio s de v er iam se r u sado s co m sa cr ifí cio . A v aca o uv iu po r é m não re alizo u o sacr ifí cio . O cav alo o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . No s t e mpo s que pas sar am, a v aca o cupav a uma po si ção so cial s upe r io r ao cav alo . Ès ù pe r suadiu as pe s so as a t rat ar e m o cav alo co mo u m bo m co mpanhe ir o por que Èsù é se mpr e a fav or de qualq ue r um que r e aliza se u s sacr ifí cio s. I fá cant a: Jig bi nni o (sí mbo lo de car go ) e st á no pe sco ço do cav alo / e st á no pe sco ço do cav alo . 37 – 2 (t r adução do ve r so ) 85
  • 86. Ò g bèt ún mo po n- Sun mo si, Bi- omo -ba -nk e -iy á-r e -ni-aag be fu n. co ns ulto u I fá par a A lawo ro - Òr ì sà, que e st av a so fr e ndo co m falt a de filho s e e st av a saindo co m o abut r e . Ela fo i aco n se lhada a faze r sacr ifí c io um pe daço de te ci do br an co co lo cado no Ò rì sà, 3 200 búz io s e duas galinha s. Ela pr e st o u at e nção nas palavr as e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 38 Òtúrúpòngbè Es se O dù fala de pr o ble mas que e st ão po r vir o u inquie t ação e m casa causa da pôr cr ian ças. O bse r v ação o cide nt al: Est e é um bo m mo me nto par a co nce p ção . 38 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Do ’ nido ni- o-g bo do fo r i-ok o -ba- iná, O so ro -o -g bo doy i- wo’ nu -e g un-so r o , O jo pur ut upar at aniile mok ur o -l’ ale de co n sult ar am I fá par a o cr iado de Olo fin, um famo so acr o bat a (at ak it i-g ba- eg be wá ). Dis se r am que pro ble mas de spo nt av am mais adiant e ; lo go , de v er ia sacr ifi car do is g alo s, 12 000 búzio s e uma cor da. Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio . A mãe do rapaz r e alizo u o sacr ifí cio quando se u filho t ev e pro ble ma s. A histo r ia de I fá: Er a uma ve z, um ho me m e ntr o u na casa do O lo fin e do r miu co m as e spo sa de le . Est e ato cr ue l sur pr e e nde u o O lo fin que de se jo u sabe r co mo alg ué m po der ia ser t ão cor ajo so a po nt o de e ntr ar no apar t ame nto de sua e spo sa, de sde que hav ia ape nas um por t ão que lev av a at é a s ua áre a. Po r isso , e le ini cio u uma inv e st ig ação . A inv e st ig ação fr acasso u e m re v e lar a pe s so a mal int e ncio nada. Ele co nv o co u t o do s o s habit ante s da cidade , co lo co u no chão 20 000 b úzio s e um cabr it o , e o fe r e ce u e nt ão u m pr ê mio par a a pe sso a que pude sse pular por sua par e de e che g ar at é a sua áre a. A S pe sso as te nt ar am e fal har am; por é m um r apaz da casa de Olo fin t omo u a fr e nt e e faci lme nt e pulo u at é a ár e a. O Olo fin ag ar ro u o r apaz, que fo i co nside r ado 86
  • 87. co mo se ndo o se u ofe nso r , e o amar ro u. Q uando a mãe do r apaz so ube do aco nt e cido , r apidame nt e re alizo u o sacr ifí cio que se u fil ho hav ia ne g lig e nciado . Tão rápido quant o e la r e alizo u o sa cr ifí cio , Èsù co lo co u as se g uint e s palav r as na bo ca do s filho s de O lo fin: Vo cê . O lo fin, fo i o úni co que dor miu co m sua e spo sa. Po r que amarr ar ia o fil ho de alg ué m e de se jar ia mat a-lo ? O lo fin Q uando e le de sa marr o u o rapaz e final me nt e lhe de u o cabr it o e o s 20 000 búzio s. Or ác ulo 39 Ogbètúrá Es se O dù fala de sacr ifí cio g ar ant indo paz e fe licidade . O bse r v ação o cide nt al: U m co nf lito no se rv iço se r á r e so lv ido a favo r do clie nt e . 39 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Par a, o amigo da e nx ada (ok o ), e O de be , o amig o do fo ice (àdá ), co nsult ar am I fá par a Ò r únmì là e nquant o e le e st av a v indo par a o mundo . Ele [I fá] disse que Òr únmì là nunca cair ia e m de sgr aça. U ma ca br a, um r at o e um pe ix e de ve r iam se r sacr ifi cado s. Ò r únmì là o uv iu e re alizo u o sacr ifí cio . Ent ão , de sde a cr iação do mu ndo at é o s dias at uai s, Òr únmì là nunca cai u e m de sg r aça. Ele fo i que m pr ime iro ne le [ mundo ] piso u. Ele tr e ino u o s A dv inho s de I fá e sit uo u o s o dù em s uas re spe ct iv as po si çõ e s. A pe sar de to das e s sas co isa s, e le nun ca ne g lig e nciar ia o s sacr ifí cio s pr e s cr it o s par a e le , por que e le de mo nst ro u ao s ser e s hu mano s que "não po de hav er paz alg uma se m sacr ifí cio ". Est a clar ame nt e ex pr e sso e m v ár ias liçõ e s e m I fá que “o s se re s hu mano s não v iv e m e m paz se m o fer e ce r sacr ifí cio s”. A lé m do mais, pe que no s sacr ifí cio s pr e v ine m a mor t e pr e mat ur a. Q ualque r pe s so a que de se ja t er bo a sor t e se mpr e o fer e ce r á sacr ifí cio s. Q ualque r um que cult iv a o hábit o de faze r o be m, e spe cia lme nt e ao po br e , se mpr e se r á fe liz. 39 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 87
  • 88. A jiwo y e -o de de co nsult o u I fá par a O lo mo -A g be t i. F o i pr e dito que to das as suas aquisi çõ e s v ir iam facilme nt e a e le ne s sa v ar anda. U m r at o , um pe ix e e duas imag e ns de v er iam ser sa cr ificado s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . Or ác ulo 40 Òtùrà-Oríkò Est e O dù fala que o clie nt e e st á ne ce ssit ando de aut o co nfian ça, po is e le t e m so fr ido per das. O bse r v ação o cide nt al: Se a clie nt e e st á gr av ida, uma o fe r e nda par a g ar ant ir uma cr iança saudáv e l de v e ser fe it a. 40 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Pe nr e nmiy e nmi, Pe nr e nmiy e nmi, Ò ràn mi d’e t e , Òr àn mi d’ e ro C o nsult o u I fá par a o mil ho (Àg bàdo ) Q uando e le e st av a v indo ao mu ndo pe la pr ime ir a v e z. F o i dit o a e le que o fer e ce sse sa cr ifí cio de mane ir a a pr e v e nir que as pe s so as v ie sse m co mer se us der iv ado s. um te cido no vo e um cabr ito de v er iam ser sa cr ificado s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Est á é a r azão pe la qual as pe s so as co me m milho e se us der iv ado s. 40 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 88
  • 89. A luk er e se -f’ ir ak or or in co nsult o u I fá par a Oló k un-So nde , Q ue se nt o u-se pacie nt e me nt e e fico u o lhando a v ida passar . F o i pe dido a e la que o fe r e ce s se sacr ifí cio quando par e ce u -lhe inút il a sua v ida. F oi pr e dito que e la se to r nar ia g rande . De ze s se is po t e s d’ ág ua, duas ov e lhas e 3 200 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. Ela se to r no u a rainha de t o das as cor re nt e zas. Or ác ulo 41 Ogbèatè Est e O dù fala so bre e v it ar pro ble ma s e pot e ncia l cr iat iv o e m v iag e ns e e sfor ço s que e st ão pôr v ir . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a po s sív e l per da de e mpr e go ou r e lacio name nt o . 41 –1 (Tr adu ção do v er so ) I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ewo n. I y alet ajaja co nsult o u I fá par a I ro . I y alet ajaja co nsult o u I fá par a Ì gè dè , o filho de A g bo nnir e g un. Ele s for am adv er t ido s a não ire m par a a r o ça. Se fo sse m at é lá ir iam e nco nt r ar I k ú (a mo rt e ). Ele s não ouv ir am. Na manhã se g uint e e le s fo r am at é a ro ça e e nco nt r ar am Ik ú, que mato u Ewo n e I ro . Ele t rag o u Ì g è dè , o filho de A g bo nnire g un. Q uando as no tí cia s che g ar am ao s ouv ido s de A g bo nnir e g un, e le fo i at é se u babalawo , que co nsult o u I fá par a e le . A e le fo i pe dido as cr ificar pe nas de papag aio , co nt as t ut u-o po n, tr ê s g rande s bo las de inhame pilado e se t e po mbo s. Ele t ambé m fo i or ie nt ado a le v ar o sacr ifí cio à r o ça ao amanhe ce r . Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . C he g ando à ro ça, e le e nco ntr o u o cor po de Ewo n, no chão . 89
  • 90. Ele e nco nt ro u o co r po de I ro no chão . I k ú cha mo u Ag bo nnir eg un. Ele vo mito u Ì gè dè nas mão s de A g bo nnir e g un e pe diu par a que e le e ng o lisse Ìg è dè . Ele disse : Ag bo nnir eg un se mpr e de ve r ia v omit ar Ìg è dè e m dias te rr iv e lme nt e tr ist e s. 41 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A saig bo ro , A rinnig bo ro , O bur in- bur in bu -o mi bo ’ ju co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. F o i pr e dito que Òr únmì là se r ia e nr ique cido na ci dade . Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r um sa cr ifí cio : um r ato , um pe ix e e uma galinha. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . O rat o , o pe ix e e a galinha for am ut ilizado s par a sat is fazer I fá. 90
  • 91. Or ác ulo 42 Ireteogbe Est e O dù fala de pr o spe r idade , fe licida de e sat isfa ção se x ual. O bse r v ação o cide nt al: U m nov o r e lacio name nt o o u u m aume nto na int e nsi dade do re lacio name nto co rr e nt e é pr ov áv e l. 42 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A t eg be , A t eg be , o A dv inho de O lok un, co nsult o u I fá par a Olo k un. U ma o ve lha e 18 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s co mo sacr ifí cio . F o i pr e dito que e le ser ia r ico e te r ia muit o s filho s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio Ele fi co u r ico e te v e muito s filho s. 42 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I re - nt e g be , o A dv inho de A k isa, co ns ulto u I fá par a A k isa quando e st e e st av a a po nt o de dar me l ao I fá de le . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car me l, aadun ( milho e aze it e ) e o bi. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . I fá e nt ão de u-lhe dinhe ir o 91
  • 92. Or ác ulo 43 Ogbese Est e O dù fala de bo as not í cia s e re alizaçõ e s que chama m por ce le br açõe s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar muda nças po sit iv as e m se u r e lacio name nt o e mo cio nal. 43 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ero - ilé -k o mo pe t ’o na- nbo co nsult o u I fá par a Olo ide , que e st av a indo se ca sar co m A mi. Lhe fo i falado que o mundo sair ia par a ce le br ar co m e le s quando e le s fica sse m muit o pr ó spe ro s e m v ida. U ma cabr a dev e r ia se r usada e m sa cr ifí cio . Ele o uv iu a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí c io . A hist or ia de I fá: U m dia to do s o s pássar o s se junt ar am par a pe dir a O lo ide que apr e se nt asse sua no iv a A mi. Olo ide co nco r do u e or de no u que e le s se re uni sse m no me r cado , pr ov ide ncia sse m v inho de palma e o utr as be bida s alco ó licas e as sim pôr diant e . No dia apo nt ado , t odo s o s pás saro s da flor e st a se junt ar am co m o v inho de palma re quis it ado . De po is de te r e m te r minado de be be r e de co me r , o papag aio (O dide r e ) pô s -se de pé e mo st ro u a mar ca e m sua cauda (a mi) par a t odo s o s pás saro s. Ele cant o u e dan ço u: Eu v im par a lhe mo str ar ami, O lo ide . Eu vim par a lhe mo st r ar ami, Olo ide . Eu v im par a lhe mo str ar ami ao s pás saro s da flor e st a. F icar am to do s e le s fe lize s e junt ar am- se a e le a cant ar e dan çar . 92
  • 93. 43 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Se e se Woo wo co ns ulto u I fá par a I re s u-e le , Q ue e st av a vindo v isit ar O de A jalaye . F o i dit o que Ò g ún se r ia o úni co a re par ar s ua cabe ça (o rí ). Lo go , de v er ia sacr ifi car uma ce st a de iwe n [ ing . palm ke r ne l she ll ], t rê s galo s, um inhame assado e 6 600 búzio s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . Or ác ulo 44 Oso-Ogbe (Osomina) Est e O dù pr ev ine co nt r a asso cia çõ e s co m pe s so as más. U m lig e ir o so fr ime nt o se r á su bst it uí do pô r pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: A tr açõ e s e mo cio nai s r e sult am e m r ev o lt a te mpor ár ia. 44 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A r innaper an je -Ese , Olo g bo f’ o si’ or un -o -njar e g e . Ò r únmì là disse que e le se r ia e nsinado a so fr e r no iní cio e pr o sper ar no final. U ma ca br a dev er ia ser dada a Èdú (Òr ún mì là). Ele dis se que e le s co me r am, e le s não der am nada a Ig aliy er e co me r . Ele s be be r am, e le s não de r am nada a I galiy e re be ber . I g aliy e r e o fusco u o s olho s de le s. I g aliy e r e é o no me que nó s c hamamo s a Èsù. 44 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I re - y ue co nsult o u I fá par a Olo ja- er u. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um cabr ito e 6 600 búz io s de mane ir a a ev it ar pe sso as que re tr ibuir iam a e le co m o mal. 93
  • 94. Ele se re cu so u a o fe re ce r sa cr ifí cio . Ele aj udo u a car re g ar pe so at é a fe ir a e a sua ge ne ro sidade fo i re tr ib uí da co m mal. Or ác ulo 45 Ogbèfún Est e O dù fala de instr u me nto s que quando so am af ug e nt am a mo rt e e o s mau s e spí r ito s. O bse r v ação o cide nt al: C o mpor t ame nto não mo nóg amo po de cau sar gr ande dano . 45 – 1 (Tr adu ção do v er so ) M o saa-li- o -ni-o pa, Er o g bo nr e -o -me se co nsult ar am I fá par a Og bè . O g bè e st a indo se duzir a e spo sa de Ò fún. Ele fo i as se g ur ado do su ce sso . U ma g alinha, um rat o , e 4 400 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . 45 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O liwo wo ji, Oliwo wo ji wo . Ele s co ns ult ar am I fá par a a mo rt e I k ú (a mor t e ). Ele co ns ult ar am I fá par a À r ùn (do e nça). A mbo s que r iam de spo sar Las unwo nt an, a filha de Òr ì sà. Ò rì sà di sse que dar ia s ua filha par a qualq uer jo v e m que pude sse cr iar 201 nov as cabe ças (or í ). Ele s part ir am e for am pe nsar no que fazer . Ik ú fo i at é a ro ça pro c ur ar 201 pe s so as, que fo r am mo rt as ime diat ame nt e . Suas ca be ças fo r am peg as, 94
  • 95. amar r adas junt as e le v adas pôr e le . A ssim que e le fo i par a o cami nho que le v av a à casa de O risa, e le o uv iu alg ué m cant ando o se g uint e cant o : Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo . Se e u ve r Ik ú, e u ir e i lut ar co m e le . O liwo wo ji, O liwo wo jiwo . Q uando I k ú , co lo co u as 201 cabe ças no chão e sai u co rr e ndo , e spant ado que alg ué m se r ia su ficie nt e me nt e co r ajo so par a ame açar a e le e a A r un. Ele não sabia que Ar un e st av a pô r tr ás de st e ato diabó li co . Ar un t inha aca bado de ir v er um babala wo par a e st e o aux iliasse imag inar uma mane ir a de co nse g uir que Lasu nwo nt an filha de Or isa se t or nasse sua e spo sa. O ba balawo disse a e le par a que co nse g uis se 200 co ncha s de car amu jo , o s quais e le pr ov ide ncio u. O ba balawo fio u as co ncha s, co lo co u-as ao r e dor do pe sco ço de A r un e dis se e nsino u a e le a cant ig a que e le dev er ia cant ar . Q uando Ik ú jo go u as 201 cabe ça s for a e fug iu, A r un j unt o u as 201 cabe ça s e as le vo u par a O risa. O risa por sua ve z de u Lasunwo nt an, s ua filha, a Ar un. Ent ão nó s t e mo s um dit ad o que diz: “A M or te t inha sa cr ificado par a a doe n ça par a te r suce sso ”. Est a hist o r ia no s co nt a que qualque r instr u me nto so no ro afug e nt ar á a mo rt e o u o utr o s e spí r ito s malig no s. Est a é a razão pe la qual a me di cina tr adicio nal as pe sso as co lo cam inst r ume nt o s de st a nat ur e za no àbìk ù (nasci do par a mo rr er ) o u no ut r as cr iança s do e nt e s. 95
  • 96. Or ác ulo 46 Òfún’gbè Est e O dù fala de um po der o so inimig o . U ma br ig a o u pro ble ma é e st á par a aco nt e ce r . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e e ncar a co nflit o s le g ais e /o u g ov er name nt ais. 46 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I g i-re r e , Ig i-ig bo , I gi- re r e , Ig i-o dan, Pe r e g un nwani ni, o A dv inho de Esu me r i, co nsult o u I fá par a Ò fún quando Ò fún e st av a indo sur r ar O g bè at é a mo rt e . O fun fo i or ie nt ado a sa cr ificar , de mane ir a que O g be so br e v iv e s se à sur r a. U m car ne iro de v er ia se r sa cr ificado . Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Est e I fá mo st r a que uma br ig a o u pr o ble ma e st á par a aco nt e ce r . 46 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún no ’ r a, aja no ’r a co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (O lo bahu n Ì japá) quando e le e st av a indo ao me r cado co m o s mo nst ro s (e we le ). Ele fo i o r int ado a o fer e ce r sacr ifí c io de mane ir a a re to r nar a salv o . 96
  • 97. Tr ê s g alo s, 6 600 búzio s e lag o st a (e de ) dev er iam se r sacr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 47 Oyekubiworilodo Est e O dù o fe r e ce so luçõ e s par a e st e r ilidade e impot ê ncia se x ual. O bse r v ação o cide nt al: É um mo me nto pe r fe ito par a g rav ide z. 47 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ye k ubir i co ns ulto u I fá par a o po mbo . F o i pr e dito que o po mbo se r ia fé rt il. Ent ão e le dev e r ia sacr ificar 2 000 fe i jõ e s e 20 000 búzio s Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . O po mbo se t or no u fé rt il. O Or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a a po mba (ada ba) F o i pe dida a e la que fize s se um sacr ifí cio . A po mba r e alizo u o sa cr ifí cio Ela se tr o no u fér t il. 47 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O ye k u- awo -o mo de , I wo r i-awo -ag balag ba co ns ulto u I fá par a o Pê nis (Or o mina), que e st av a indo lut ar e m uma bat alha na ci dade A jat ir i. 97
  • 98. Di sse r am que e le não pe ne tr ar ia se falha sse e m re alizar sacr ifí cio . O sacr ifí cio : Tr ê s car ne ir o s, t rê s cabr it o s, t rê s cãe s macho s, t rê s galo s, t rê s tart ar ug as mac ho e 6 600 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Ele pe ne t ro u. O ro mina é o no me pe lo qual chama mo s o pê nis (o kó ). Or ác ulo 48 Iwori-Yeku Es se O dù fala so br e pe r ig o s imi ne nt e s e co mo ev it ar ou mini mizar as co nse q üê ncia s. O bse r v ação o cide nt al: Blo que io s e mo cio nai s pr e cisam se r e liminado s atr av é s do C ult o A nce st r al o u ofe r e ndas. 48 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O g un-ag bot e le k iip’ ar o co nsult o u I fá par a Ì wòr ì . A e le fo i pe dido e st ar pr e par ado . A Mo rt e e st av a che g ando . M as, se e le sacr ifica sse , e la se r ia afast ada. O sacr ifí cio : u ma caba ça co nt e ndo inhame s co zido s co m ó leo (e wo ), uma por ção de o bì par a se r e m dist r ibuí do s às pe sso as, um fr ang o , uma ov e lha e 240 000 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . 48 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O hun- t iy oo se nik iig bai se ’ ni, Èny ì àn-k an-dandan- lio -maabi -A ye k un- o mo co ns ulto u I fá par a O lo fin. 98
  • 99. Ele s disse r am que um r e cé m- nascido ado e ce r ia. A pó s um pe r ío do pr o lo ng ado de t rat ame nto , e le t er ia me lho r as ma s ficar ia ale ija do . Ele s aco nse l har am par a que O lo fin não ficas se zang ado ; se e le o fer e ce s se sacr ifí cio , o be bê ainda pro spe r ar ia. O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, 440 000 búz io s, e o r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de ir oy in e de e wur o na ág ua co m sa bão par a banhar a pe s so a par a que m I fá fo i co nsult ado ). Or ác ulo 49 Oyekuf’oworadi Em ir e e sse O dù fala de su ce s so pe s so al e finance ir o co m mulhe r e s. M as e m ibi e le pe de sa cr ifí cio par a e v it ar mor t e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á dando muit a impor t ância e m at iv idade se x ual ame açando o be m e st ar . 49 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Bi o y in bi A do co nsult o u I fá par a Òr únmì là. I fá e st av a indo e m uma v iage m de div ina çaõ par a a cidade das mul he re s. F o i pr e dito que Òr únmì là t er ia mu ito su ce s so ali. Ent ão e le dev e r ia o fe r e ce r co mo sacr ifí cio de ze s se is po mbo s e 3 200 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . 49 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O g ido l’ Eg ba, Sag amo o Adv inho de Esa. A mbo s co nsult ar am I fá par a Òr únmì là no dia e m que a mo r te e st av a per g unt ando pôr sua casa; a do e nça e st av a per g unt ado pô r sua casa. 99
  • 100. Ele s disse r am que se Ò rúnmì là falhas se e m r e alizar o sacr ifí cio , mo rr e r ia. O sacr ifí cio : do is cãe s ne g ro s e 4 400 b úzio s. Ele e s cut o u e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 50 Idiyeku Em ir e , e sse Odù fala de su ce s so finance ir o atr avé s da pro picia ção do O rí . Em ibi, e spe cif ica sa cr ifí cio par a ev it ar mo rt e . O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io se co mu nicar co m o s A nce st r ais par a aux iliar o s ne g ó cio s o u aliv iar pr e ssõ e s quo t idianas. 50 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I diy ek uy e k et e co nsu lto u I fá par a O lo r i-o ga. A e le fo i pe dido que o fer e ce sse um pe daço de t e cido br anca que e le t inha e m s ua ca sa, uma o ve lha e 3 200 búzio s de mane ir a que se u cor po não ser ia e nvo lv ido co m o te cido aque le ano . Ele o uv iu mas não re alizo u o sacr ifí cio pr e scr ito . C ant ing a de I fá: Edi-o ye y e , Edi- oy ey e / Olor i- og a co br iu a si me smo co m se u t e cido / Edi- oy e ye , Edi -o ye y e . 50 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A wo -ir e -ir e -niit fi- e hin-t an’ na co nsu lto u I fá par a O k unk un su, que se dir ig ia à cidade de I fe . Ele fo i or ie nt ado a ade nt r ar à cidade pe la no it e , apó s Te r o fer e cido um sacr ifí cio — um r at o , um pe ix e e uma g alinha — par a pro piciar s ua ca be ça. I fá dis se que e le se r ia mu ito be m suce di do ali. 100
  • 101. Hist o r ia de I fá: C he g ando na cidade à no it e , Ès ù co me ço u pô r v isit ar to das as casa s par a anunc iar a che g ada de O k unk unsu e dizer que um baba lawo hav ia acabado de che g ar . Ele não ir ia na casa d e ning ué m. A s pe s so as dev e r iam se e s for çar par a ir e v ê -lo o nde e le pe r mane ce r ia, por que se ja o que for que fize sse pe la pe sso a ir ia faze r co m que e la e st iv e sse be m, ainda que sua per so nalidade não fo s se gr ande . I st o fo i o que Ès ù de s cr ev e u par a as pe sso as. O k unk un su final me nt e r et or no u par a casa co m muit o dinhe ir o e po s se s. Or ác ulo 51 Oyeku’rosu Es se Odù fala da impor t ância de se o be de ce r I fá par a o bt e r s uce s so e ev it ar mo rt e . O bse r v ação o cide nt al: Bo m pe nsame nt o de v e m ser tr aduzido s e m bo as açõ e s par a ev it ar pr o ble mas. 51 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A jawe so la, At e -iy e -ir o su- se -o la co ns ulto u I fá par a G ber e f u, o filho mais ve lho de Òr únmì là. Ele s disse r am que se us ik in o e nr ique ce r ia. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um r at o , um pe ix e e uma ca br a. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . 51 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A wo k ek e re - ilé -e ni- ko t n’ ni je co nsult o u I fá par a O lo fin. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cão , um inhame assado . vinho de palma e 6 600 búz io s de mane ir a a ev it ar o de spr aze r de Òg ún. Ele o uv iu e se r e cu so u a sacr ifi car . Òg ún o mato u. 101
  • 102. I fá adv e rt iu que ne nhu m babalawo dev e r ia se r de sre spe it ado , ne m me smo u m jov e m A wo . Or ác ulo 52 Irosu Takeleku Es se O dù fala de inv e ja e se dução e pe de pôr sa cr ifí cio s par a ev it ar gr av e s co nse q üê ncia s. O bse r v ação o cide nt al: U ma m udança de se rv iço ir á tr azer me lho r ame nto . 52 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ro dudu awo inú ig bó co nsult o u I fá par a A mur e , quando A mur e e st av a indo lev ar a e spo sa de Sang o par a ca sa. Ele s disse r am que se e le falhas se e m sa cr ificar , a mo rt e o lev ar ia. O sacr ifí cio : t rê s cabr ito s e 6 600 búzio s. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . 52 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I t ak ut ali- ait a- aso , Ir ik ur ili- air i- o fi co ns ult ar am I fá par a Ò r únmì là, que se dir ig ia à casa de O lok in- sande . F o i dit o que a casa de O lo k in-san de se r ia muit o pr o mis sor a a e le ; lo go , de v er ia e le sacr ifi car quatr o po m bo s, iy e -iro su, 8 800 búzio s. 102
  • 103. por que e le ser ia inv e jado as sim que re co lhe s se se u s ho nor ár io s. Ele o fe r e ce u o sacr ifí cio . F o i pe dido par a sacr ifi car mais a fr e nt e tr ê s ca br it o s e 6 600 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e apr e se nt o u o sacr ifí cio . Ele fo i inv e jado quando r e co lhe u se u s ho nor ár io s. Ele cant o u a se g uint e ca nt ig a: A wo e st á indo par a ca sa par a se r e abast e ce r co m pó de iy è o pó de iy e do A wo acabo u. o pó de iy e do A wo acabo u. A wo e st á indo par a ca sa par a to r nar a e nche r se u pó de iy è o pó de iy e do A wo acabo u. 103
  • 104. Or ác ulo 53 Oyeku Wonrin Es se Odù o fer e ce cur a par a po ssí v e is co nse qüê n cias sé r ias de adult é r io e pe r igo de v iag e ns dist ant e s. O bse r v ação o cide nt al: A çõ e s impe nsa das ir ão re sult ar em blo que io s no s ne g ó cio s. 53 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O k it ibi- ake t e k iit an- nidi- ope co ns ulto u I fá par a Lawe ni bu. F o i pe dido a e la que co nfe ssa sse se u adult é r io se não quise s se mor r er . U ma ca br a dev er ia ser o fe r e cida co mo sacr ifí c io , se e la não quise s se mo rr er de v ido ao adult é r io . Ela apr e se nt o u o sacr ifí cio . I fá diz que a mulhe r par a que m e st e o dù é div inado e st á co me t e ndo adult ér io . 53 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Jaf ir ijafi K e mk e jade , A gadag idiwo nu -o do - e f’ ar abo - omi co ns ulto u I fá par a o caçado r (o de ), co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. O caçado r se dir ig ia à flor e st a de O lik or o bo jo . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse : 104
  • 105. se t e g alo s e 14 400 búzio s. O caçado r re alizo u o sacr ifí cio . Ò r únmì là e st av a e m jor nada a um lo cal dist ant e . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse de mane ir a a e v it ar que ali e le mo rr e sse : um barr il de aze it e -de - de ndê , no v e galo s, no v e cabr ito s, no v e rato s, nov e pe ix e s e po mbo s. Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e fe z o sa cr ifí cio . Or ác ulo 54 Owonrin Yeku Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la e m no s sas at iv idade s. O bse r v ação o cide nt al: Pe n same nt o s irr acio nai s r e sult ar ão em r e per cu ssõ e s e mo cio nais sé r ias. 54 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Sip isipi -li- a-nr i’ g ba- A je , Dug be dug be - li-anlu -a- g be e - Ye ba, A k iilu ag be e Y e ba k io madun ke r e dudu ke r e dudu co ns ulto u I fá par a O r isa-nla po r que sua e spo sa Y e mo wo , e st av a indo par a a ro ça co me t er adult ér io . Par a que e la não mor r e sse de v ido a s ua infide lidade , e la de v er ia o fe r e cer um sacr ifí cio de quat r o po mbo s, 8 000 búzio s e quat ro car amu jo s. Ela r e alizo u o sacr ifí cio . O me smo I fá fo i div inado par a A janaa -We re pe , que er a o amant e de Ye mo wo . F o i pe dido a e le que sacr ifica sse tr ê s cabr ito s e se is mil búzio s par a e v it ar sua mor t e . Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . 54 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A jalo r um I k uk ut e k u awo e ba’ no co ns ulto u I fá par a K ut er un be , quando e st e se dir ig ia à 105
  • 106. r o ça de A lo ro par a o fe st iv al anual. Ele fo i adv er t ido que se e le não to mas se pr e cauçõ e s aque le ano , e le ser ia mo rt o pe lo pro dut o de sua ro ça. O sacr ifí cio : t o do o pr o dut o da ro ça. se t e g alo s e 14 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Or ác ulo 55 Oyekubara Es se O dù pe de por sa cr ifí cio s par a ev it ar as co nse qüê n cias de at iv idade s no r mais do dia-a- dia. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e a opor t unidade de ev it ar as co nse q üê ncia s de más açõ e s ant er ior e s. 55 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ye k u- pabala, O ye k u-pabala co nsult o u I fá par a a t ar t ar ug a (aw un) quando e la e st av a se rv indo Esi pô r dinhe iro que a e le dev ia. Ele s dis se r am que se e la ofe r e ce sse sa cr ifí cio — 3 600 búzio s e uma cabr a de v er iam se r o fe r e cido s — e la e v it ar ia o r e e mbo lso de st e e mpr é st imo . Ela se g uiu a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . A hist or ia de I fá: Pô r lo ng o te mpo , a t ar t ar ug a t e m e st ado a ser v iço de se u co nt r ato de r ee m bo lso de dí v ida. e la de cidiu fi car e m casa e falt ar co m se u cr e dor pôr cinco dias. Ela e mbr ulho u um paco t e de pe dr as co m uma co nt a e spe cial e o le v o u at é a casa de Esi. Q uando Esi che g o u e m ca sa, o paco te fo i dado a e le , o qual e le jo go u for a e m um ar bu sto . A wun pe rg unt o u se e le v iu o pacot e que e le t inha de ix ado e m sua casa. Es i disse que viu e que o jo go u for a e m um ar bu st o . A wun dis se , “Há! v o cê jo g o u for a co nt as de cor al (iy un ) e m um ar b ust o ?”. Par a e ncur t ar a hi sto r ia, o hi sto r ia viro u caso ju dicial. Ele s fo r am até o s an ciõ e s na cidade que ag ir am e m juí zo . Esi fo i j ulg ado c ulpado . Fo i 106
  • 107. pe dido a e le que u sasse as co nt as co mo r e e mbo lso pe lo dinhe ir o que e le e mpr e sto u a A wo n. 55 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O ye k u- pabala, O ye k u-pabala, o Adv inho de Esin (cav alo ), co ns ulto u I fá par a Esi n. F oi pe dido que e la o fe r e ce sse um sa cr ifí cio par a que e v it as se puni ção apó s Ter um be bê ; 2 000 v ar as, um ca br it o e 2 600 búzio s. Esi n o uv iu. Esin se re c uso u a sa cr ificar . S ua hist or ia: Esi n fo i v isit ar O yo quando e le t ev e um be bê . Èsù pe siu par a as pe sso as a cav alg ar . Ele s dis se r am, “Há! e la aca bo u de t er um be bê ”. Èsù disse que is so não sig ni ficav a q e la não pude s se andar . Ele dis se que e le s dev er iam usar uma var a par a aço it ar . Ele s a mo nt ar am. Ela ando u. To da ve z que e la não andas se cor r et ame nt e , e la e r a aço it ada. Esi n lame nto u não Te r fe it o o sa cr ifí cio pr e scr it o pôr Oy ek u -pabala, O ye k u-pabala, O ye k u- pabala, pabala, e assim po r diant e . 107
  • 108. Or ác ulo 56 Obara Yeku Es se O dù pr ev ine co nt r a insubo r dinação no lar e no t rabalho . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é e ncar ado co mo se ndo o par ce iro do minant e . 56 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A luk o so O ba (r e i) disse que e le pr ov av e lme nt e não ser v ir ia ao r e i. I bar a-O ye k u, v o cê alg uma ve z o uv iu co isa assim ? A lu’ lu- O ba (o per c ussio ni st a do r e i) dis se que e le po ssiv e lme nt e não se r v ir ia ao re i. O bar a-O ye k u v o cê alg uma ve z o uv iu co isa as sim ? Er ú (u m e scr avo ) disse que e la po ssiv e lme nt e não ser v ir ia se u me st r e . I fá de v er ia se r pro picia do co m uma g alinha. Se nó s apazig uásse mo s I fá co m uma galinha, I fá ace it ar ia no ssa o fe r e nda. 56 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là quando se us clie nt e s se r e cu sar am a pat r o cina- lo . 108
  • 109. De z rato s (e k u-awo sin ), fo lhas de ir e e sabão fo r am sa cr ificadas. Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . O babala wo pilo u to do s o mat e r ial junt o par a e le se banhar co m o pre par ado . Or ác ulo 57 Oyekupelekan Es se Odù fala de co mo o sacr ifí cio po de no s pr o t eg e r co ntr a más int e nçõ e s e pe r da de pr e st í g io . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t e imo so e r e cu sa bo ns co nse lho s. 57 – 1 (Tr adu ção do v er so ) K abe k uk ute k uro lo na- kar ibipade - ijape k ipek i co ns ulto u I fá par a A k ibo la quando e st e se dir ig ia à ro ça par a o fe st iv al anual mat ar o filho de Oy i (maca co ). Ele plane jo u ex ibir s ua pe le . F o i pe dido que Oy i o fer e ce s se um sacr ifí cio : t rê s lanças, tr ê s g alo s e 6 600 búzio s. Ele se re cu so u a faze r o sacr ifí cio . Ele fo i mo rt o . 57 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A to r ir or ay o -I le laba-I ro ko - ng be co ns ulto u I fá par a I r awo sasa, e s cr av o de Olo dunmar e . 109
  • 110. F o i pr e dito que se e le falhas se e m se g uir o caminho de O luwa, s ua r e put ação se r ia bani da. U ma ca br a e 2 000 b úzio s de v er iam se r o fe r e cido s e m sa cr ifí cio . I rawo (a e str e la) se re c uso u a sa cr ificar . Ent ão , o dia que Olo dunmar e r e fle t ir ia na v aidade de uma e str e la, nó s v er í amo s uma e st r e la re pe nt iname nt e cair do cé u par a de ntr o da e scur idão . Or ác ulo 58 Okanran Yeku Es se O dù fala de sacr ifí cio s pr o po r cio nando r ique zas e sacr ifí cio não r e alizado s t raze ndo de st r uição . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g o st a de co rr e r ris co s o u "cami nhar po r e xt r e mo s" e de ve t r abalhar co m se us ance st r ais par a e v it ar dificu ldade s. 58 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Te k ut u, o A dv inho faz cr ian ças, Te k at a o A dv inho do s adulto s, O k u ik a k an k io di Eji- Oy e co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Ig be y in-o do , e també m na casa de I to r i. F o i pe dido a e le s que sacr ifi cas se m de z g alo s e 20 000 búzio s. A s pe s so as de ò de It or i não sacr ifi car am. A g uer r a que t er ia mat ado as pe sso as de Ig be y in- odo fo i par a a ca sa de I to r i. 58 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O kanr an’ Y ek u disse r ique zas. Eu disse mais r ique zas. 110
  • 111. A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de de ndê , A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de ban ha de ò rí , A ssi m co mo é bo m par a uma ca baça de adin, o co nfor t o de uma ca sa facil it ar á a umidade do banhe ir o e e m v olt a de um po t e d’ ág ua. Sa cr ifique o ito car amu jo s e 16 000 búzio s. Se o clie nt e r e alizar o sacr ifí cio , I fá diz que t udo cor r er á be m co m e le . Or ác ulo 59 Oyeku-Eguntan Es se O dù o fer e ce pr ot e ção co nt r a mo r te imi ne nt e . O bse r v ação o cide nt al: U m se rv iço o u r e lacio name nt o pe r ig a te r minar de v ido a bat alhas e mo cio nais. 59 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Eni l’ o ja Ewo n, Ola l’ o ja O we co ns ulto u I fá par a O ye k u, c uja a mo rt e fo i pr e dit a e m quatr o dias. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse um car ne iro . Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio . O dia pr e d it o não ve io passar . A r ev o lt a so br e a mor t e de Oy ek u não se mat er ializo u. 111
  • 112. Or ác ulo 60 Ogunda’Yeku Es se O dù fala de bo ndade e ge ne ro sidade tr aze ndo co nfor to , cr e s cime nt o e pro spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: U m for t e aux ilio ance st r al pro po r cio na um fi m par a difi culdade s. 60 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Po ro k ipor ok i mo le hun’ so , K ek e k e mo le r’ er ù, M o t a mo je r e , I di e ni li aiwo biot i l’ aro si. I fá fo i co ns ult ado par a Te t er e g un quando e le e st av a par a e nt re g ar a “ág ua do co nfo rt o ” a O lo k un. F o i pe dido a e le que sacr ifica sse banha de òr í , do is car amujo s, e 16 000 búzio s. Ele se g ui u as in str uçõ e s e re alizo u o sacr ifí cio e le e ntr e go u a ág ua a Olo k un. O lok un disse Vo cê , Tet e r eg un! de ag or a e m diant e , v o cê se mpr e e st ar á e m co nfo r to . Vo cê nu nca se nt ir á falt a de r o upas. Eu co nt inuar e i a abe n ço a-lo . C ant ig a de I fá: Tet e r eg un pr o spe ro u / e le e ntr e g o u a “ág ua do co nfo r to ” a O lo k un. 112
  • 113. 60 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ek ik an-ilé - abar ag bar ado do g bar ado do co ns ulto u I fá par a Enu -o na-ilé , A r in-k er e - kan’ bi. F o i pe dido a e le que ofe r e ce sse sacr ifí cio [de mane ir a] que e le nun ca t iv e s se falt a de pe sso as: quat ro po mbo s e 3 200 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . 113
  • 114. Or ác ulo 61 Oyeku Gasa Es se O dù sug e r e co mpro mis so par a ev it ar pe r da to tal. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù muit as ve ze s de no t a co nflit o na so cie dade ou no r e lacio name nto . 61 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I le -e wu -ab’ o ju sok ot o co ns ulto u I fá par a as pe sso as e m Og er e - eg be . F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m de mane ir a a e v it ar pe sar e s e m s uas v idas. O sacr ifí cio : u ma caba ça de v inho de palma, quat ro po mbo s e 8 000 búzio s. Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio . 61 – 2 (Tr adu ção do v er so ) U m e le fant e mo rr e u na r o ça de O lije de , mas sua cal da fico u na r o ça de O nit iy o . O s habit ante s da cidade de Onit iyo dis se r am que o e le fant e pe rt e ncia a e le s. O s habit ant e s da cidade de O lije de dis se r am que o e le fant e per t e ncia a e le s. O e le fant e que mo rr e u so br e as duas t er r as admin ist r adas sim bo liza a g uer r a. 114
  • 115. Ele s fo r am adv er t ido s a r e alizar e m sacr ifí cio , po is ir iam lut ar por alg u ma co isa. U m ca br it o e 12 000 búzio s dev e r iam se r o fer e cido s e m sacr ifí c io . A pó s t rê s me se s, e le s r e alizar am o sa cr ifí cio que hav iam ig no r ado . O e le fant e se de co mpô s. Èsù e nt ão div idiu o mar fim e nt r e as duas par t e s e o s aco nse l ho u a de sist ir e m da g ue rr a. Or ác ulo 62 Osa Yeku Es se Odù pe de sacr ifí cio par a asse g ur ar lo ng e v idade e par a ev it ar po ssí v e is t ur bulê nc ias. O bse r v ação o cide nt al: Pr o ce s so s judic iais o u se r v iço s duv ido so s co mb inam co m blo que io s e mo cio nai s cr iando sit uaçõ e s caót ica s. 62 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O say ek u co nsult o u I fá par a O nat oo ro . O say ek u co nsult o u I fá par a O nag bo or o . F o i pr e dito que o s dias de e st r ada da vida se r iam pr o lo ng ado s. Lo go de v er ia o fer e ce r sa cr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 4 200 búzio s. e le s o uv ir am e re alizar am o sacr ifí cio . 62 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O say ek u: I sak u sa-I y ak uy a niim uniiy e ’k un co ns ulto u I fá par a o g alho de uma ár v or e . F o i pe dido que o fe r e ce s se sacr ifí cio par a asse g ur ar sua seg ur ança no dia e m que um t or nado vie s se . 115
  • 116. F o i pe dido que o fe r e ce s se uma tart ar ug a, um po mbo e 2 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . Or ác ulo 63 Oyekubeka Es se O dù fala da ne ce ssi dade do babalawo div idir se us sacr ifí cio s co m Es u e o utr o s. Sa cr ifí cio s g ar ant indo se g ur ança. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa dar mais ê nfa se e m s ua nat ur e za e spir it ual e me no s nas "co isa s" o u dinhe ir o . 63 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Gb ing bin e r ek e , A div inho do lado do cór r eg o , co nsult o u I fá par a O ye k u e Ek a. Fo i pe dido que sa cr ificas se m dua s g alinha, milho e 3 200 búz io s. O ye k u não r ealizo u o sacr ifí cio . A hist or ia de I fá: Tant o Oy e k u quant o Ek a fo r am e m uma per e gr inação div inató r ia. Ek a te v e su ce sso ma s O ye k u não . Ek a di sse , “Vamo s par a ca sa”. A ssi m que e le s e st av am re t or nando , e le s co nt r at ar am um bar que ir o . Oy ek u, o pr ime iro e m che g ar lá, pe diu par a o bar que iro que aj udas se a e mpur r ar Ek a no rio . A pr ime ir a pe sso a pag o u ao bar que ir o 2 000 búzio s. Q ue m or de no u Er inwo I fè fo s se jog ado na ág ua? A ág ua nun ca lev ar ia u m car ang ue jo e mbo r a. Ele nadar ia par a se g ur ança. Oy e k u in st ig o u o bar que ir o a de ix ar Ek a cair na ág ua. Edu n (ma caco ) fo i aque le que m r e sg at o u Ek a. 116
  • 117. 63 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A de ro mo k un o Adv inho de I je sa. A de bor i o A dv inho de Eg ba. K ok o fako ko y er e - o-ba wo n-pin- er u -l’o g bo og ba- or un- niit ii-wa que é o no me dado a Èsù- Òdàr à. O ye k u e Ek a co nsult ar am I fá par a O wá, que ut ilizo u cin co búzio s par a co ns ult ar e m no me das mulhe r e s infe cun das na casa. De v ido a fr acas sar e m int er pr et ar cor r et ame nt e , O wa mat o u a ambo s na e ncr uzilhada. K ok o fako ko y er e de s ce u do C é u par a o lo cal do aco nt e cime nt o . e le pux o u uma fo lha e e sfr eg o u no s olho s e nas cabe ça s de le s. Ele cant o u: Er ir ug ale - g be nde , g be nde o. Gbe nde . Er ir ug ale -g be nde . Ele s de spe rt ar am. E le o s e s co lt o u at é O wa. Ele pr e s cr ev e u sacr ifí cio par a O wa e m 2 000. Ele s dis se r am, “o pro pó sit o de sua co nsult a a I fá fo i a infe r t ilidade das mulhe r e s e m s ua casa. Vo cê pr e fe r ir ia que e las fo s se m fé rt e is”. Fo i pe dido que e le sacr ifi casse se não qui se sse mo rr e r naque le me smo dia. O wá fe z o sa cr ifí cio . Ele s div idir am o mate r ial do sa cr ifí cio e der am a Èsù sua pró pr ia par t e . Èsù dis se que e le não sab ia que e r a pôr isso que o s babalawo e st iv er am so fr e ndo . Ele t o mo u s ua por ção , e e le dis se que e le fi car ia part ic ular me nt e no cé u ze lando por e le s. M as e le s dev e r iam se par ar pr ime iro s ua pró pr ia por ção de t o das as co isa s sa cr ificada s. Ès ù fo i bo m par a o s ba balawo . De sde aque le dia, o s babalawo r e so lv er am r e par t ir se us pr iv ilé g io s sa cr ificiai s co m Ès ù. 117
  • 118. Or ác ulo 64 Ika yeku Es se O dù o fer e ce uma so lu ção par a e st e r ilidade mas culina e pe de mais po sit iv idade na nat ure za do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á acabando o u acabo u. Ele po de se r r e st abe le cido . 64 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A k usaba -I yanda, o A dv inho de O nime r i-apala, co nsult o u I fá par a Onime r i- apala quando e le e st av a e st é r il e to das me no s uma de s uas 1 440 mulhe r e s o hav ia abando nado . F o i pe dido um sa cr ifí cio de de ze sse i s po mbo s, de ze s se is car amu jo s, de ze s se is g alinhas e fo lhas de I fá ( co m 12 000 búzio s pr e ço do sabão , vá e t ambé m co le t e as fo r mig as de A ladin e uma par t e do fo r mig ue iro ; pile j unto co m as fo lhas de o luse saju, sa we re pe pe e o r iji; po nha sabão e m uma cabaça que t e nha uma t ampa; mat e uma galinha e ve rt a se u sang ue ni sto , par a to mar banho ). I sso pe r mit ir á que to das s uas mul he re s que o abando nar am re to r nar par a e le , co nt inue m fé rt e is e dê e m a luz a cr iança s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . O r e mé dio de I fá cit ado acima fo i pr e par ado par a e le banhar -se . Num inst ant e , a única m ulhe r que per mane ce u co m e le e ngr av ido u e te v e um be bê . A que las que o hav iam de ix ado re to r nar am à casa de O nime r i quando o uv ir am as bo as nov as. Elas t ambé m e ng r av idar am e t iv e r am filho s. 118
  • 119. 64 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A r isa-iná, Ak ot a-g ir i-e jo co nsult o u I fá par a a co br a e par a um animal da flor e st a e spe cial (aik a) quando as pe sso as o s r idicular izar am pe la falt a de cor ag e m de le s. fo s se m de saf iado s par a um co mbat e , e le s fug iam par a ev it ar de sg r aça, in jur ias e mo rt e . Se fo sse m ame açado s pe las pe sso as e pe la mor t e , e le s se e nco lhe r iam. er a assim que e le s pro t eg iam a si me smo co nt r a at aque s e mo rt e . De v ido a e s sa co ndut a e le s e r am de spr e zado s pe las pe sso as. De po is de alg um t e mpo , e le s co me çar am a se nt ir -se insat i sfe it o s e muit o infe lize s co m a sit uação . e le s co nv idar am o s A dv inho s par a co ns ult ar o or áculo par a e le s. O s A dv inho s dis se r am que se e le s de se jas se m se r e m r e spe it ado s na v ida. de v er iam o fer e ce r sacr ifí cio s e r e ce be r o re mé dio de I fá. Ele s pe rg unt ar a, “qual é o sacr ifí cio ?”. O s A dv inho s dis se r am que e le s dev e r iam o fe r e ce r uma fle cha, uma faca, uma pe dr a de raio , u m galo , pime nt a- da-co st a, 2 400 búzio s e r e mé dio de I fá (pulv er izar limalha de fer ro co m pime nt a-da- co st a que se r ia to mado co m um ming au; a pe dr a de r aio aque c ida at é ficar ve r me lha, de v e se r co lo cada no ming au, que dev e se r co be r to co m k ok o – fo lhas de inhame na caba ça; o re mé dio dev e se r be bido pe lo clie nt e . A pe nas a co br a re alizo u o sacr ifí c io , por é m se m a fle cha. C er to dia t ev e e la lut o u co m alg uma s pe s so as. U ma de las ag arr o u a co br a de mane ir a a de rr uba -la co mo de co st ume . Èsù pe rg unt o u à co br a, “Po r que v o cê sacr ifi ca a fa ca?”. Se alg ué m ia der r uba- lo o u to car sua calda, e le dev ia co nt inuar o at aque se us as salt ante s co m a faca que e le sacr ifi co u. A co br a at aco u e nt ão . Q uando dua s das pe s so as caír am ao so lo , o s de mais fug ir am. O animal da flo r e st a (aik a), apó s pro lo ng ado so fr ime nto , fo i ao fim par a re alizar par te do sacr ifí cio pr e scr ito . Ele o fe r e ce u um caco de lo uça e out r as co isas. Se u cor po fo i co be rt o co m e scama s dur as que t or nar am impo ssí v e l às pe sso as infr ing ir alg um punime nt o a e le . Não hav ia ne nh um pe r ig o par a aik a no passa do . 119
  • 120. Or ác ulo 65 Oyeku Batutu Es se Odù o fer e ce fug a de ca st igo po r más açõ e s mas in sist e no co mpor t ame nto mo r al no f ut uro . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a pr o ble mas le g ais, po ssiv e lme nt e co m o g ov er no . 65 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò r únmì là me pe r do ar á. O C le me nt e per do ar á. Se a ág ua mat a uma pe sso a, e la se r á pe r do ada. Se um re i mat a uma pe s so a, e le se r á per do ado . Ò r únmì là! que po ssa e u se r pe r do ado ne st e caso . Em to do s o s caso s, a chuv a (e e ji) fo i pe r do ada pe la co munidade . Do is g alo s e 12 000 búzio s de v e m se r o fer e ci so e m sa cr ifí cio . R e mé dio de I fá: pilar fo lhas de t ude e mist ur ar co m iy e -iro su de st e I fá. Po nha a mist ur a e m do is búzio s, e mbr ulhe co m fio de alg o dão e ut ilize co mo co lar de pro t e ção . 65 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O y in-wo ny inwo ny in, o Adv inho da casa de O lufo n, junt o co m I bar ajuba. I bar aj uba co ns ulto u I fá par a A r ibijo , o jov e m pr ov e nie nt e de Ok e -A pa. Ele fo i aco nse lhado a 120
  • 121. nun ca faze r aco r do s se cr e t o s co m r e lação a dinhe iro o u o utr o s assu nto s par a se mpr e . C ada acor do mo ne t ár io dev e ser fe ito abe rt ame nt e e e m público . U m cabr it o , um rato , um pe ixe dua s g alinhas, vinho , o bì e 6 000 búzio s dev e m se r sacr ifi cado s. Or ác ulo 66 Oturupon yeku Es se O dù fala que o clie nt e sacr ifico u aleg r ias e m s ua bu sca pô r dinhe iro . O bse r v ação o cide nt al: F ix ação po r ne gó cio s re sult am e m de sav e nça fami liar . 66 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ke be e be e , o A dv inho do mu ndo , co nsult o u par a o jo g o ay o e par a as cr ianças. e le s fo r am aco nse lhado s a se mpr e jog ar e m o jog o ay o . Jo g ando co m as cr iança s a pe sso a po de par t ilhar de s ua aleg r ia. F o i is so que fo i div inado po r I fá, a um ho me m rico que e r a muit o infe liz. O sacr ifí cio : U ma ca baça de inhame pilado , um po t e de so pa, vár io s it e ns de co me r , 2 000 búz io s e se me nt e s de ay o e m sua s bande jas. C o nv ide v ar ias pe sso as par a uma fe st a par a jo g ar ayo co m vo cê e m sua casa par a banir a t r ist e za e e v it ar a mor t e . 121
  • 122. Or ác ulo 67 Oyeku Batuye Es se O dù fala so br e r e mo ção de culpa e r e st aur ação da libe r dade de at iv idade s. O bse r v ação o cide nt al: Q ue st õ e s le g ais são r e so lv idas e suce d idas po r div er t ime nt o so cial. 67 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ro pot o co nsult o u I fá par a Sor ang un. e le fo i o rie nt ado a fazer sa cr ifí cio de mane ir a a se r ex o ner ado . O sacr ifí cio : do is galo s, r at o s ig bé g bé , 2 600 búzio s e re mé dio de I fá (e mbr ul he um rato ig bé g bé co m o ito fo lhas de g bég bé e e nt er r e na flor e st a). 67 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I y an-bi- at ung un, O be -bi- at un se , O ke le g bo ng bo -di-at unb u-baale co ns ulto u I fá par a O ni- alak an- e sur u, Q ue se r ia afor t unado e m Te r duas e spo sas um dia. fo i pe dido que e le sa cr ificas se dua s g alinhas e 16 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . 122
  • 123. Or ác ulo 68 Òtúrá-àikú Es se Odù no s pr e v ine co nt r a a te nt ação de e ntr ar e m um re lacio name nt o de st r ut iv o . O bse r v ação o cide nt al: A par e nt e me nt e opor t unidade s at r at iv as dev e m se r e v it adas. 68 – 1 (Tr adu ção do v er so ) F or ilak u, o Adv inho de Òt ú, Òt ú um bar que iro . Fo i pr e dito que uma mulhe r , j unt o co m se u s pas sag e ir o s, v ir ia a bo r do . A mu lhe r er a muit o bo nit a e e le qui s de spo sa -la. Se e le fize sse uma pro po st a a e le , e st a a ace it ar ia. A mulhe r se chamav a Oy e . Ele de ve r ia e x e cut ar sacr ifí cio t ão de pr e ssa quanto po ssí v e l par a impe dir Èsù de in st ig a- lo a falar à mul he r que po de r ia cau sar a mor t e de le . O sacr ifí cio : De ndê à v ont ade , 2 400 búzio s e r e mé dio de I fá (quinar fo lhas de oluse saj u e e so na ág ua e mist ur a-las co m sabão par a ban har -se ). Ò t ú se re c uso u a sa cr ificar . e le acr e dito u que se us sa cr ifí cio s pr é v io s fo r am ace it o s. Ele não pô de faze r se m casar co m uma mulhe r bo nit a. 123
  • 124. Or ác ulo 69 Oyeku-Irete Est e o dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á o u ficar á do e nt e . 69 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A fin juy e le , Ok unr un- ko je k e wafuy i, e A wo wo nsa n, o Adv inho da casa de K use r u, fo r am o s tr ê s A dv inho s que co ns ult ar am I fá par a K use r u. O s A dv inho s dis se r am que e m sua ca sa hav ia um jov e m que e st ev e fr aco . Ele fo i at acado por uma doe n ça que fe z s uas mão s, per nas, olho s e nar iz inc hasse m. F oi pe dido a K use r u que ofe r e ce sse um sa cr ifí cio por que I fá pr e disse que aque le r apaz ir ia se re st abe le ce r . O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e r e mé dio de I fá (ág ua de chuv a e m casca de uma árv or e ay e , fo lha de asunr un, um po uco de sal e alg uma s pime nt as ve r me lhas pe que na s; co zinhe e m uma pane la e u se o re mé dio co mo banho e t ambé m par a be be r ). 124
  • 125. Or ác ulo 70 Irete’yeku Es se O dù pe de pôr ini ciação e r ig or o so co mpor t ame nto mo r al. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pro v av e lme nt e co mpo rt o u-se de mane ir a aut o me dit at iv a que ago r a ame aça de st r uir se u ne g ó cio . 70 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O rif usi, o pai de Elu, disse que e le e st av a pr o cur ando um me io par a pr e v e nir que a mo rt e le v asse e le , se u s fil ho s e sua e spo sa de sur pr e sa, ao paço que e le s e st av am se t or nando famo so s e r e no mado s. M ujimu wa o A dv inho de O pake r e , Bo nr o ny in o A dv inho do Est ado de I do , Og or o mbi, o A dv inho de do Est ado de Esa, Gbe miniy i o A dv inho de Ilu jumo k e , K uy inmi nu o A dv inho da palme ir a, co ns ult ar am I fá par a O rif usi e Per e g un, ambo s que r e ndo e s capar da mor t e . O s A dv inho s di sse r am: Se vo cê de se ja e scapar da mo rt e de v e o fer e ce r sacr ifí cio e se iniciar . O sacr ifí cio co nsi st e de de z po mbo s, de z galinha s, 20 000 búzio s e aze it e - de -de ndê e m g rande quant idade ao lado de Èsù. I fá ir á se mpr e lhe mo str ar co mo se co nduzir e a co ndut a que afast a a mor t e de vo cê . A lé m disso , vo cê re alizar á o sa cr ifí cio , vo cê co me çar ia cult iv ando o hábito de sfaze r o be m co mo nunca t e nha fe it o ant e s. Se r ia inút il se apó s vo cê Ter re alizado o s sa cr ifí cio s 125
  • 126. r e duzis se s ua be ne vo lê ncia; v o cê mo rr er ia. Vo cê dev e peg ar o s po mbo s e as galinha s, e so lt a-lo s e se abst e nha do s mat a-lo s, mas lhe s dê co mida se mpr e que e le s v o lt ar e m à s ua casa. Co me ça ndo po r ho je , v o cê de v e se abst e r de mat ar qualq uer co isa, po is qualq uer um que não de se ja se r lev ado pe la mor t e , não de v e le v ar a mo rt e a ning ué m, co m ex ce ção das co br as v e ne no sa s. Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o sacr ifí cio . A cant ig a de I fá: M or te , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Doe n ça, não lev e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu so u bo m par a co m amigo s e inimigo s. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m Ak e , me apie de i e o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Q uando as pe sso as for am e nv o lv idas e m lití g io e m O ko , me apie de i e o s ajude i. Eu não pr at ique i o mal. Lit ig io , não le v e minha ca sa à r uí na. Eu não pr at ique i o mal. Eu e nco nt r e i dua s pe sso as br ig ando ; me apie de i e o s aj ude i. Eu não pr at ique i o mal. Misé r ia, não le v e minha ca sa à r uí na. Eu nun ca fu i pr eg ui ço so . Èsù- Ò dàr à não co me pime nt a. Èsù -Ò dàr à não co me adin. Eu de i aze it e -de - de ndê par a o mo le st ador da huma nidade . Eu não pr at ique i o mal. Pr e juí zo , não lev e minha casa à r uí na. Eu nun ca fur t ar e i. 126
  • 127. Or ác ulo 71 Oyeku-Ise Es se O dù e x plica a ne ce ssid ade da mor t e co mo par t e da or de m nat ur al. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á re lut ant e em ace it ar o fim de um r e lacio name nt o ou so cie da de . 71 – 1 (Tr adu ção do v er so ) K ’ amat e t ek u, o A dv inho da casa da aleg r ia, A it et e k u-ise o A dv inho da casa da tr ist e za, Bi- ik u -ba- de -k a-y in-O luwa- log o , o A dv inho de Ig boy a e wa A lo g bo n-o n-mak u- ninu, M asimale ninme y e niy i, Adv inho de A finj u-mak u- mase - baje O y ek e se niy i, co ns ulto u I fá par a o s sábio s que co nv idar am o s babalawo a co nsi der ar e m so br e o s pr o ble mas da M or te per g unt ando : Po r que a mo rt e dev e mat ar as pe s so as e ning ué m alg uma ve z a s upe ro u? O s babala wo dis se r am: I fá indico u que A muniway é cr io u a mor t e par a o be m da hu manidade . A ág ua que não flui se t rans for ma e m açude — um açude co m ág ua po luí da; um açude co m ág ua que po de cau sar do e nças. A ág ua carr e g a as pe s so as fa cilme nt e e ág ua o s dev o lve facil me nt e . Q ue o do e nt e r et or ne à casa par a cur a e r e no v ação do cor po , e o mau par a re no v ação do car át er . O lo u co se pr eo cu po u co m sua famí lia. O s babalawo pe rg unt ar am: O que é de sagr adáv e l so br e isto ? O s sábio s se 127
  • 128. c urv ar am par a I fá dize ndo : Ò r únmì là! I bo r u, I bo y e , I bo sise . To do s e le s se dispe r sar am e nunca mai s co nside r ar am mais a mor t e co mo um pr o ble ma. Òr ì sà-nla é aque le cha mado A muniway é . Or ác ulo 72 Ose-Yeku Es se O dù o fer e ce pr o spe r idade e po pular idade . O bse r v ação o cide nt al: O dia- a-dia na v ida do clie nt e e st á fluindo . 72 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A jise g ir i, A nik anse k o sun wo n co n sult o u I fá par a O se , que pe diu par a e le sacr ificar de mane ir a a t or nar -se po pular e não po br e . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car : U ma ca baça co m aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de ò rí , 3 200 búz io s e re mé dio de I fá (pilar a ca sca da raiz da árv or e ir oy in co m o int er io r do ar idan); mi st ur ar o co mpo st o co m sabão - da-co st a; co lo que um ping o de de ndê e de ò rí na base do sabão na ca baça). O r e mé dio dev e se r ut ilizado par a ban har -se . Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 128
  • 129. Or ác ulo 73 Oyeku’fuu Es se O dù pr ev ine de uma e nfe r midade imine nt e e o fe re ce pr o te ção co nt r a e la. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um o bst áculo ine spe r ado no dia-a-dia no s ne g ó cio s. 73 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A dur og ang an o Adv inho do bor dão , A y eg ir idanu o A dv inho da pr ate le ir a. A mbo s co nsult ar am I fá par a A bar ile - o sise -o sabo , que nunca ado e ce u. Ele fo i pr ev e nido so br e um do e nça que e st av a po r vir , uma doe n ça impr ev ist a que o de ix ar ia ale ijado . Ele pe rg unt o u, “Q ual é o sacr ifí cio ?” F o i dit o : um car amu jo , um pe ix e , aze it e -de -de ndê , 20 000 b úzio s e r e mé dio de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . A do e nça o cor r e u por é m não de mane ir a se v er a. Ele se re cupe r o u. 129
  • 130. Or ác ulo 74 Ofun’yeku Es se O dù asse g ur a lo ng ev idade , r e spe ito e bo ns re lacio name nt o s co m o s sa cr ifí cio s e co mpo rt ame nt o s apro pr iado s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de ag uar dar um pe r ío do de calma e de r e alização . 74 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O A dv inho de A moo se mat e , A mul udun I simibak ale co ns ulto u I fá par a I simi bak ale , A nimasa wu, A fo joo j umo f unnini jije mi mu, O re o nile , O re - ale jo , Eni- ale jik an- ko -g bo dok i. Ele dis se : Se vo cê e st á co m fo me , v e nha e co ma; se vo cê e st á co m se de , ve nha e be ba. A pó s r e alizar o sacr ifí cio , e le fo i o rie nt ado par a que te nt asse ev it ar as pe sso as part indo par a a ro ça e v iajando r ar ame nt e . Ele de v e ser se m pre bo m co m o s po br e s. Ele o uv iu as palav r as e r ealizo u o sacr ifí cio . 130
  • 131. Or ác ulo 75 Iwori wo’di Est e O dù de t er mina o co nce it o de r e nascime nt o e imor t alidade e m I fá. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa de filho s par a e nco ntr ar e quilí br io e spir it ual. 75 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Não ex ist e u ma só mulhe r g ráv ida que não que ir a dar a luz a um sa ce r do t e de I fá. Não e x ist e uma só gr áv ida que não que ir a dar a luz a Ò r únmì là. No s so pai, se e le de u- no s o nas cime nt o , ine v it av e lme nt e ao se u te mpo nó s e m tr o ca dar e mo s nas cime nt o a e le . No ssa mãe , se e la de u- no s o nasci me nto , ine v it av e lme nt e ao se u t e mpo nó s e m tr o ca dar e mo s nascime nt o a e la. O or áculo de I fá fo i co ns ult ado par a Ò rúnmì là, que afir mo u que e le de v er ia t r aze r o s cé u s par a a te rr a, que e le de v er ia le v ar a t er r a de vo lt a ao s cé u s. A fim de cumpr ir co m sua mi ssão , fo i pe dido a e le que o fe re ce sse t udo e m par e s, um macho e uma fê me a — um car ne ir o e uma o ve lha, um ca br it o e uma ca br it a, um g alo e u ma g alinha e assi m por diant e . Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e r e alizo u o sa cr ifí cio . A ssim a te rr a t or no u-se fér t il se mult iplico u g r ande me nt e . 131
  • 132. Or ác ulo 76 Idi’wori Es se O dù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv e r no s so int e le cto e pr ev ine co ntr a as so ciaçõ e s co m malfe it or e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á ig nor ando o s riv ais po t e nciais e m ne gó cio s o u e m uma re lação . 76 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì dí awo e jur i, Ì dí awo e jumo , O k unk un de ’ nimo le -bi- or u, o A dv inho da ca sa de Edu. I fá e st á faze ndo alg o alé m do int e le ct o humano ? É ne ce ssár io re alizar sacr ifí cio de mane ir a a não se r r e leg ado a uma po si ção de me nor impo rt ância. sa cr ifí cio : quatr o po mbo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (fo lha s de o mo e awun pilada s ju nt as; mist ur ar co m sabão ) Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . 76 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 132
  • 133. Se nó s te mo s sabe dor ia e fal hamo s e m apli ca-la, no s t or namo s ig nor ant e s. Se nó s te mo s po de r e falhamo s e m aplica- lo , no s t or namo s indo le nt e s. I fá fo i co ns ult ado par a as pe sso as do su bmundo que não e st ão asso ciando co m o s ho me ns sá bio s e t rabalhado r e s. I fá adv er t e , vo cê não e st á se r e lacio nando co m pe sso as de bo m car áte r . .I st o fr e qüe nt e me nt e t rás má sor t e par a a pe s so a. O sacr ifí cio : dua s g alinhas e 4 400 búzio s. Or ác ulo 77 Iwori’rosu Es se O dù fala da ne ce ssi dade de paciê n cia par a o bt e r so luçõ e s e alca nçar o bje t ivo s. O bse r v ação o cide nt al: Ge r alme nt e o clie nt e e st á "e ncalhado ", in capaz de se g uir e m fr e nt e na v ida. 77 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Bi o ju mo -banmo - ak o niiy’ o g ber ibi -o jo -ano co nsult o u I fá par a Ko mo , que e st av a pe nsando e m co mo faze r alg o o nt e m. Ele me dit o u e dor miu. No dia se g uint e e le ainda não sabia o que faze r . Par a r e so lv e r o pro ble ma, vo cê de v e po nde r ar dia-a-dia, se po ssí v e l, mê s- a-mê s, at é que finalme nt e saiba o que faze r . O sacr ifí cio : quat ro g alo s, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá (co lo que quat ro car amu jo s e m ág ua fr ia par a be be r ). Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . e le as se g ur o u que suas idé ias se mpr e v ir iam à sua cabe ça). 77 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 133
  • 134. I fá pr ev iu que e la se t or nar ia mãe . Eu co mpr ar ia um po u co de sândalo (o sù 2 ) par a e sfr eg ar e m me u be bê . U ma mãe não pô de ajudar co mpr ando sândalo por t er c uidado co m o cor po de se u be bê ? I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là, que disse que sua e spo sa e ngr av idar ia e t er ia um be bê . O sacr ifí cio : dua s g alinhas, o sù e 4 400 búzio s. Dê a ar vo r e o sù par a mante r a e spe r ança que e la a usar á par a pas sar no be bê . Or ác ulo 78 Irosu wori Es se O dù fala so br e não e x ist ir pr azer , paz o u g anho ge nuí no pro v e nie nt e de más açõ e s. Di ficu ldade s e m udança s são part e do cr e scime nt o e co nhe ci me nto . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa co nce nt r ar - se no s o bje t ivo s e de se jo s de lo ngo pr azo do que nas sat isfa çõ e s de cur t o pr azo . 78 – 1 (Tr adu ção do v er so ) F açamo s as co isas co m ale gr ia. A quilo que de se ja que se vá, ir á. A quilo que de se ja que r et or ne , re t or nar á. De fi nit iv ame nt e o s se r e s humano s t e m e sco lhido t raze r bo a sor t e ao mu ndo . O nisciê ncia o A dv inho de Ò r únmì là, co nsult o u I fá par a Ò r únmì là, que dis se que o s ser e s huma no s vir iam e far iam uma per g unt a a e le . Ele fo i aco nse l hado a o fe r e cer um sacr ifí cio de pe ix e s e de 2 000 g r ão s de far inha de milho (ag idi). Ò r únmì là se g uiu a or ie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . C e rt o dia to do tipo de pe sso as, incl uindo ladrõ e s e o utr o malfe it or e s, se r e unir am e fo r am te r co m Ò r únmì là par a r e clamar e m que e le s e st av am “cansado s de dar e m ca be çadas pe la te rr a; Ò r únmì là! Pe r mit a-no s r e fug iar mo s no s C é us”. Ò r únmì là di sse que não po dia e v it ar que de sse m cabe çada s pe la t er r a at é que e le s co nqui st asse m a bo a po si ção que O dudua or de no u par a cada indiv í duo ; só e nt ão po der iam e le s r e sidir e m no s cé u s. Ele s per g unt ar am, “o que é bo a po si ção ?”. Òr únmì là 2 osù, osùn: pó extraído da Baphia nitida, papilionácea, ou Pterocarpus osun, papilionácea. 134
  • 135. pe diu a e le s que co nfe ssa sse m sua ig nor ê ncia. Ele s dis se r am, “nó s so mo s ig nor ant e s e g o st ar í amo s de o bt e r co nhe cime nt o de O lo dun mar e ”. Ò r únmì là disse : A bo a po si ção é o mun do . U m mundo no qual hav er á co nhe c ime nt o co mple t o de to das as co isas, ale gr ia e m to do s lug ar e s, vida se m ansie dade o u me do de inimig o s, at aque de se r pe nt e s o u o ut ro s animai s per igo so s. Se m me do da mo rt e , do e nça, lit í g io , pe r das, br ux o s, br ux as o u Esu, per ig o de acide nt e s co m ág ua o u fo go , se m o me do da mi sé r ia o u po br e za, de v ido ao se u po de r int er no , bo m car át er e sa be dor ia. Q uando vo cê se abst é m de r o ubar po r causa do so fr ime nt o pe lo qual o do no pas sa e a de so nr a co m e st e co mpor t ame nto é t rat ado na pr e se n ça de O dudua e out ro s e spí r ito s bo ns no cé u que são se mpr e amig áv e is e fr e qüe nt e me nt e no s de se jam o be m. Est as fo r ças po de m r et o r nar so br e v o cê s e pe r mit ir co m que r et or ne m à e scur idão do mu ndo . Te nham e m me nt e que v o cê s não re ce be m ne nhum favo r e t udo que é r o ubado se r á re e mbo lsado . To do s ato s malig no s te m sua s re pe r cusõ e s. I ndiv idualme nt e o que se r á ne ce ssár io par a alcançar a bo a po si ção é: sabe do r ia que po de g ov er nar ade quadame nt e o mundo co mo um t o do ; sacr ifique o u cult iv e o hábit o de faze r co isa s bo as par a o s po br e s o u par a àq ue le s que ne ce ssit am de sua ajuda; um de se jo de alme nt ar a pr o spe r idade do mundo maio r do que de st r ui- lo . A s pe s so as co nt inuar ão a ir ao s cé u s e v ir par a a te rr a apó s a mo rt e at é que t odo s alcan ce m a bo a po sição . Há uma g rande quant idade de co isa s bo as no par aiso que ainda não e st ão dis po nív e is na te rr a e se r ão o bt ida s ao dev ido c ur so . Q uando t o do s o s filho s de O dudua e st iv er e m r e unido s, aque le s se le c io nado s par a t r ansfe r ir as bo as co isa s par a o mu ndo se r ão cha mado s de è niy àn o u se r e s huma no s. 78 – 2 (Tr adu ção do v er so ) U ma v ida de do çur a se m amar g ur a é massant e . Q ualque r um que não te nha e spe r ime nt ado pr iv ação nun ca apr e ciar á a pr o spe r idade . Est as fo r am as palav r as de I fá ao s faze nde ir o s, que dis se r am que se to das as e st açõ e s fo s se e st açõ e s de chuv a, o mundo ser ia agr adáv e l. Di sse r am e le s que o fe r e cer iam as cr ifí cio e clamar iam a Bar a Ag bo nnir e g um por aux í lio . Ò r únmì là di sse que e le s de v er iam r e alizar sacr ifí cio de av ido à lo ucur a de le s e que o mu ndo per mane ce r ia inalt e r ado co mo o rde nado por O ò dua: a e st ação chuv o sa e a e st ação se ca. 135
  • 136. O sacr ifí cio : quat ro ca br as, 8 00 0 búzio s e assim por diant e . Ele s se re cu sar am a sa cr ificar . Ò r únmì là fe z co m que chov e s se pe sado dur ant e o ano int e r io se m ne nhu ma luz d o so l. A s pe s so as ado e ce r am e vár ias mo rr e r am aque le ano ; as co lhe it as não v ing ar am. Ele fo r am de vo lt a a Òr únmì là par a se de s culpar e m e r e alizar o sacr ifí cio . Ò r únmì là dis se que o mat er ial de sacr ifí cio for am do br ado s. O sacr ifí cio t or no u -se o it o ca br as e 16 000 búz io s. Or ác ulo 79 Iwori’wonrin Es se O dù fala de pr ot e ção co ntr a de sa str e s nat ur ais e re cupe r ação de qualq ue r co isa que se t e nha pe r dido . O bse r v ação o cide nt al: U m v e lho re lacio name nt o po de ser r e ace ndido . 79 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O lug be mir o , o A dv inho de O k e -I lè , Emi bajo , o Adv inho de O ju- omi. I fá v oi co n sult ado par a Jo wo ro , que e st a indo e m uma v iag e m. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car camar õ e s, uma ov e lha e 4 000 búzio s. Ele o uv iu as palav r as e r e alizo u o sa cr ifí cio . O s A dv inho s dis ser am que Jo wor o nun ca se r ia mor to pe la ág ua; e le se m pre nadar á e se mpr e fl ut uar á. 136
  • 137. 79 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I wor i’ wo nr in fo i o I fá div inado par a o po vo de O t u-I fè quando pr o cur av am po r ce rt a pe s so a. Ele s e st av am se g ur o s de si que e le s so rr ir iam no final, po is a pe s so a se r ia e nco ntr ada. O sacr ifí cio : quat ro po mbo s e 8 000 búzio s. Ele s re alizar am o sacr ifí cio . Or ác ulo 80 Owonrin’wori Es se Odù fala de tr abalho ár duo co mo o re mé dio que c ur a a po br e za. Ele t ambé m o fe r e ce r e mé dio s par a e nfer midade s e mo cio nais. O bse r v ação o cide nt al: F re que nt e me nt e o clie nt e é pr e g uiço so co mo r e sult ado da inquie t ação e spir it ual. 80 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I nhame s er am car o s, de ndê er a car o , milho e o ut r as co midas er am car o s. F o i re alizado um jo g o div inat ór io par a I wo r i, F o i obse r v ado que to do s o s it e ns e r am caro s. Lhe fo i r e co me ndado que o fe re ce sse sacr ifí c io de for ma que o s it e ns se to rnas se m ace ssí v e is. O sacr ifí cio : 2 000 e nx adas, 2 000 fo ice s, r at o s, pe ix e s e 12 000 b úzio s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . O babala wo disse que to do s o s ho me ns dev er iam peg ar sua s e nx adas e fo ice s e ir t rabalhar na ro ça de fo r ma que o s it e ns se to rnas se m ace ssí v e is. A pe nas tr abalho ár duo po de mo der ar a indig ê ncia. 137
  • 138. 80 – 2 (Tr adu ção do v er so ) We r e -nse - e ley ak a’ de -wo nnr er in co ns ulto u I fá par a O juo g be bik an, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car par a pr ot e g er sua e spo sa co ntr a lo uc ur a o u se e la já fo s se lo uca, re cupe r ar sua sanidade . O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, 8 000 b úzio s e r e mé dio de I fá. Or ác ulo 81 Iwori’bara Es se O dù insi st e na bo a co ndut a e o fer e ce so luçõ e s par a a e duca ção de cr ianças co nfiáv e is. O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e dev e r ia se r que stõ e s pr át icas. 81 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I wor ibar abar a, I wor ibar abar a. co ns ulto u I fá par a o s ladr õ e s e par a o s me nt ir o so s. e le s for am aco nse l hasdo s a re alize r sacr ifí cio e abr ir mão de mal co mpor t ame nto de mane ir a a e v it ar te rr ív e is pr o ble mas. O sacr ifí cio : u ma por ção de o bì , de ndê , 44 000 búzio s, po m bo s, e assi m por diant e . O s o bì e o s búzio s dev e r iam se r do ado s. Ele s se r e cusar am a r e alizar o sacr ifí cio . 81 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 138
  • 139. I ná-k uf’ e e r ub’ o jú, Og be de k uf’ o mo r er o ’ po co ns ulto u I fá par a A bo wo aba, o filho de A fe so say e . F o i pr e dito que e le viv er ia por muit o t e mpo e se r ia capaz de co nt ar hist ór ias so br e sua famí lia. M as de ma ne ir a a t er filho s re spo nsáv e is. dev e r ia sacr ifi car se is po mbo s, 12 000 búzio s e r e mé dio de I fá. Ele o uv iu as po alavr as e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 82 Obara’wori Es se O dù e st abe le ce o co nce it o de dinhe ir o co mo se ndo impor t ant e , mas nun ca t ão impo r t ant e quant o a sabe do r ia, co nhe cime nt o , saúde e bo m car át e r . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a pôr mai s ê nfase no de se nvo lv ime nto e spir it ual e e quilí br io e mo cio nal. 82 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ro bant a-aw uwo bi- o wu co nsult o u I fá par a o mu ndo no dia e m que as pe sso as do mu ndo de clar ar am que o dinhe ir o é a co isa mai s impo rt ant e no mundo . e le ir iam de si st ir de t udo e co nt inuar iam cor re ndo at r ás do dinhe ir o . Ò rúnmì là dis se : Suas idé ias ace r ca do dinhe iro e st ão cor r et as e não e st ão . I fá é o que nó s dev e mo s ho nr ar . Nó s dev e r í amo s co nt inuar a adro r a a ambo s. Dinhe ir o e x aut a uma pe s so a; dinhe ir o po de co rr o mpe r o car at er da pe s so a. Se alg ué m muit o apr e ço pe lo dinhe ir o , se u car at e r se r á co nrr o mpido . Bo m car át e r é a e ssê cia da be le za. Te m dinhe iro não que r dizer que a pe s so a e st á ise nt a de ficar ce g a, lo uca, ale ija da o u do e nt e . Vo cê s po de m se r infe ct ado s por e nfe r midade s. Vo cê s de v er iam ir e aume nt ar vo ssa sabe do r ia, re aju st ar 139
  • 140. v o sso s pe nsa me nto s. C ult iv ar o bo m car at er , adquir ir sabe do r ia, re alizr sacr ifí cio de mane ir a que v o cê s po ssa m e st ar t r anquilo s. Ele pe rg unt ar am, “qual é o sacr ifí cio ?”. O sa cr ifí cio inclue rat o s, pe ix e s, cabr ito s, uma ca baça de far inha de milho (e wo ; co r nme al), uma caba ça de e k ur u e 20 000 búzio s. e le s se re cu sar am a sacr ifi car . Ele s ins ult ar am e ricu lar izar am o s ba balawo e o utr o s pr at icant e s da me dicina tr adicio nal. A pó s alg uns mo me nt o se le s co me çar am a pas sar mal. Ele s e st av am do e nt e s e tr ist e s e não tiv er a m ning ué m par a cuidar de le s. Ele s for am mor r e ndo a cada dia. Ele s se de fr o nt ar am co m pr o ble mas fí sico s e não pude r am pe dir aux í lio ao s babalawo e par a o s o ut ro s. Q uando não pude r am ma si supo rt ar a aflição , for am se de scul par co m o s baba lawo . De sde aque le dia, o s babala wo te m sido se mpr e tr at ado s co m ho nr a no mu ndo . Or ác ulo 83 Iwori-Okanran Es se Odù e st abe le ce a ne ce ssi dade de pr iv acidade e ntr e o babala wo e o clie nt e . I sso ê nfat isa a impor t ância de plane jame nt o pr é v io . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e muit as ve ze s não é sin ce ro co m o babala wo . 83 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A r imasako k a-I wo g be o A dv inho de Òr únmì là, co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car par a e v it ar se me t er e m pr o ble mas co m as pe sso as que v e m a e le se co ns ult ar . C o nv e r sa de s cuidada no r malme nt e mat a uma pe sso a ig no r ant e . Não há nada que um babala wo não po s sa v er . Não há nada que um babala wo não po s sa sabe r . U m baba lawo não po de se r t ag ar e la. O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 140
  • 141. 83 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O be le wo be le wo , se uma ca br a do r misse e la ex aminar ia o so lo , co ns ulto u I fá par a M ak anju- huwa Ir in-g be r e -o la. F o i pr e dito que o que e le e st av a plane jando ini ciar não cr iar ia dific uldade par a e le se e le e x e cut asse sacr ifí cio . O sa cr ifí cio : u ma cabr a, uma g alinha, 8 000 búzio s e re mé dio de I fá ( co lo que quat ro car amu jo s e m ág ua limpa par a o clie nt e be be r e dig a a e le que se us pe nsame nt o s se mpr e v ir ão à cabe ça). Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Or ác ulo 84 Okanran-Iwori Es se Odù av isa o clie nt e par a div idir se us pro ble ma s co m o s o ut ro s. Tam bé m fala de um v isit ant e imine nt e . O bse r v ação o cide nt al: M e do s e uma incapa cidade de div idi- lo s e st ão blo que ando o camin ho do clie nt e . 84 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Bi a dak e t ’ar a e ni a bani dak e . Bi a k o wi t ’e nu e ni f’ Ay e g bo a kiin’ ag bor and un co ns ulto u I fá par a o lag ar to e par a t o do s o s de mais ré pt e is. Ele [o lag ar to ] que não e x pr e s sar ia se u s pr o ble mas a ning ué m. Ele bat e u co m a ca be ça co ntr a a palme ir a e co nt r a a par e de . F oi dit o e nt ão que ning ué m simpat izar ia co m e le . O sacr ifí cio : u m cabr it o , um g alo , um po mbo e 8 000 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . 141
  • 142. 84 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A y unbo li- o wo -ny un -e nu co n sult o u I fá Mo y e bo . M oy e bo fo i e m uma viag e m e não co nse g uiu v o lt ar a te mpo . S ua mãe e st av a e spe r ando po r e le . Se u pai e st av a e spe r ando po r e le . F o i dit o que M oy e bo re to r nar ia se e le s fize s se m sacr ifí cio : uma galinha, um po mbo , uma lago st a e 12 000 búzio s. Ele s o uv ir am as palav r as e re alizar am o sacr ifí cio . Or ác ulo 85 Iwori-Eguntan Es se O dù fala so br e ação ade quada co mo se ndo impor t ante par a uma mudança po sit iv a na sor t e . O bse r v ação o cide nt al: A incapaci bilidade do cle nt e e m "pux ar o gat ilho " e st á ca usando pe r da da dir e ção . 85 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O g un t án, ot è tán, Eni-nbam iija- o -siwo - ija co ns ulto u I fá par a O lúlat e ja A bat ase k er e k er e g b’o k o . F o i pr e v isto que o de safo rt una do se to r nar ia afo rt unado . O sacr ifí cio : u m po mbo , um pe daço de te cido br anco e 80 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . 85 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I wo wo t ir iwo co ns ulto u I fá par a O lo ba, cu jo dia de anive r sár io fo i a cinco dias. 142
  • 143. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car de z rato s, de z pe ix e s e 2 000 búzio s de mane ir a a t er t e mpo par a ce le br ar se u fe st iv al. Olo ba se r e cu so u a sacr ifi car . Ele de cidiu ir r apidame nt e à flor e st a e mat ar o s rato s re que r ido s. Q uando O lo ba ade nt ro u à flor e st a, Ès ù o bstr ui u sua v isão e e le não pô de e nco ntr ar o cam inho de r et o r no par a casa. No dia ant er ior ao fe st iv al, se us filho s v ier am re alizar o sacr ifí cio . na manhã do dia do fe st iv al, e le s se r e unir am e mar char am par a par a a flo r e st a I male Olo ba cant ando : I wo wot ir iwo o , ho je é o aniv er sár io de O lo ba. A cida de int e ir a o uv iu a cant ig a e junt ar am-se à pr o cis são e m dire ção à flo r e st a. F o i quando Èsù r e mov e u a e s cur idão do s olho s de Olo ba. Ele e nt ão po de se g uir o so m da cant ig a at é che g ar na flo re st a I male . Or ác ulo 86 Ògúndá’wòrì Es se Odù fala de e nfer midade s e mo cio nai s e me nt ais cau sadas por e spí r it o s malig no s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de limpe za e spir it ual. 86 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O lo uco e st á se g ur ando uma faca, uma fo ice , pr ag ue jando e pe r se g uindo as pe s so as. Nó s não g o st amo s da lo u cur a. Òg ún e st á lo uco . O que po de mo s nó s faze r por Ò g ún? Vamo s à casa de Òr únmì là e pe rg unt ar . Q uando che g amo s `a casa de Òr únmì là, Ò r únmì là co nsult o u o Or áculo de I fá e dis se Ò g úndá Wòr ì . Ò r únmì là di sse : Òg úndá Wòr ì ! e st a é uma v ibr ação ne g at iv a. U ma vibr ação neg at iv a nun ca po de t er a chan ce arr ancar a fr ut a de Ir ók ò . O m undo é re ple to de v ibr açõ e s 143
  • 144. ne g at iv as, um t ipo de v ibr ação ne g at iv a. Nada é me lhor do que se r mais fo rt e que t o da v ibr ação neg at iv a. Dev e mo s nó s se r tão for t e s quant o Òg ún e t ão sá bio s quant o I fá. I fá diz: Tr ag a o lo uco par a se r tr at ado , po is se r á cur ado . O sacr ifí cio : u m car amujo , uma cabr a, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá. Or ác ulo 87 Iwori-Osa Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se t er r e spo nsabil idade pe las no s sas at iv idade s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m o co nhe cime nt o o u habilidade de re so lve r se u pro ble ma mas se re cu sa a v er o u a ut ilizar isso . 87 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Eni a Sa, O la a Sa co ns ulto u I fá par a a t ar t ar ug a (o bah un ijapa ) que fug iu par a a flor e st a de v ido à s ua má co nd ut a. F o i de cidido que quando a t ar t ar ug a fo s se capt ur ada se r ia e la pr e sa le v ada de vo lt a par a casa. Ela fo i aco n se lhada a sa cr ificar de mane ir a que se r pr e sa e le v ada de vo lt a par a ca sa. O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá. Ela o uv iu as palav r as por é m não fe z o sa cr ifí cio . 144
  • 145. 87 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A t ik ar e se t e o adv inho do C é u, co ns ulto u I fá par a O lo dunmar e e par a o mundo quando as pe sso as cor r er am at é O lo dunmar e pe dir co nse lho so br e v ár io s pro ble ma s, cho r ando , “Papai, Papai, e u v im. Salv e -me po r favo r ”. Ele dis se , “qual o pro ble ma?” “A que le s que Eu de i po de r não u sam o po der . A que le s que Eu de i sa be dor ia não usam s ua sabe do r ia int er na que Eu lhe de i”. O sacr ifí cio : Te cido pr e to , o ve lha pr e t a, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio . F o i assum ido que se uma cr iança não v ê se u pai, e la se de fe nde r á po r si só . 145
  • 146. Or ác ulo 88 Osa’wòrì Es se O dù fala de bo a so r te e x ce pcio nal. E també m e x plica a po sição sag r ada do I g ún e m I fá. O se rv ação o cide nt al: O clie nt e ir á e nco nt r ar s uce s so mat er ial atr av é s de ação e spir it ual. 88 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Te mig b usi, o A dv inho de A je t unmo bi, pr e dice bo a sor t e vinda do mar o u lago a par a A je t unmo bi. Dinhe ir o , vir ia par a s ua casa. So rr indo , e le o lho u par a o babalawo e dis se , “Vo cê não sabe que é por isso que t e nho me e s for çado ?. Fo i pe dido que e le sacr ifí cio par a o bt er a co mple t a fe licida de : uma o ve lha, po mbo s, banana mad ur a e 4 400 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sa cr ifí cio . Lhe fo i dado alg u mas das banana s que e le o fe re ce u e fo i pe dido que e le as co me ce . Fo i-lhe re co me ndado a co me r bananas fr e que nte me nt e . 146
  • 147. 88 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O sa woo , I wor i woo co nsult o u I fá par a o ab utr e . O mundo int e iro ve io e sper ando par a co me r I g ún. O ho me m sá bio fo i e nv iado ao C é u par a que st io nar , Ig ún fo i aco nse l hado a sacr ifi car um paco t e de o bì uma ov e lha e 86 000 búzio s par a e v it ar que se u s inimig o s o co me s se tal qual o s o utr o s pássar o s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . Q uando Omo c he go u ao C é u, e le e ntr e go u a Olo dumar e as me n sag e m sa s pe sso as. O lo dunmar e dis se que não e st av a ápt o a re spo nde r po r e st ar muit o o cupado e que ne ce ssit av a de alg um o bì par a te r minar sua t are fa. Ele e nt ã o rde no u a O mo que fo sse pro c ur ar por o bì . Q uando che go u à e ncr uzilhada e nt r e o s Cé u s e a Te rr a, ao lado de Ès ù e le e nco ntr o alg uns obì que I g ún hav ia o fer e cido e m sacr ifí cio . Ele le vo u o s o bì par a O lo dunmar e . A pó s alg uns inst ant e s, o pr ó pr io I g ún fo i at é o par aiso visit ar O lo dunmar e , que o r e ce pcio no u co m alg uns do s o bì que O mo t inha t razido . Ig ún e x amino u o o bì e dis se que e st e se par e cia co m o que e le hav ia o fe r e cido no o ut ro dia. Ent ão e le nar r ao u a Olo dunmar e a se g uint e hist ór ia: Ele fo i ao babalawo par a uma co ns ult a quando o uv iu que as pe sso as e st av am dis cut indo se I g ún dev e r ia se r mor to e co mido co mo o s de mais pássar o s. Ele dis se , “De v ido à co ntr ov e r cia que se se g uiu, as pe s so as for am for çada s a e nv iar O mo ao C é u pe r g unt ar a v o cê se Ig ún de v er iaco mido o u mant ido int acto . A pó s e u re a lizar o sacr ifí cio , Èsù me intr uiu a vir ao par aiso v isit a-lo .”. O lo dumar e pe diu que I g ún r et or nas se à Te rr a. Ele disse , “Se as pe sso as fr acas sar am e m v er O mo , não são capaze r de mat ar vo cê . Se u sacr ifí cio fo i ace it o . O mo e ntr e g o u a me nsag e m de le s mas não hav er á ne nh uma r e spo st a. O mo pe r mane ce r á no C é u. Vo cê po de re to r nar à Ter r a”. Enquant o as pe sso as e spe r av am e m vão pe lo r et or no de O mo , Èsù o rg ulho same nt e fo i anun ciando que “ning ué m co me r ia Ig ún na Ter r a”. Ès ù aux ilia t o do aque le que o fe r e ce sa cr ifí cio . Fo i por is so que Èsù fo i at r ás de I g ún pro t e ge ndo - lhe . De sde aque le dia, o seg ui nt e pr ov é r bio te m sido usado : Se nó s não v e mo s O lumo , nó s não co me mo s I g ún; Ig ún e st á na te rr a, O lumo no C é u. 147
  • 148. Or ác ulo 89 Iworioka Es se O dù adv er t e co nt r a ro ubo e v io lê ncia. O bse r v ação o cide nt al: O fo co do clie nt e é mo net ár io e m um mo me nto e m que no vo s re lacio name nt o s o u ní ve is de um re lacio name nt o cor r e nt e o fe r e ce m g rande opor t unidade . 89 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A nik anja- ole - e jo , A jumo ja- ole - e jo , I jo t iabam’ o le O le -a’ -k a´r awo n co nsult o u I fá par a K usik a e se u bando , que tinhao o hábito de f urt ar à no it e so b o mant o da e scur idão . Ele s for am adv er t ido s que e m br e v e se r iam pre so s. Se e le s não de se jas se m ser e m pr e so s, t er iam que sacr ifi car to do s o s be ns furt ado s que tinha m e m sua s ca sas, uma gr ande cabr a e 8 000 búz io s. Se e le s r ealiza sse o sacr ifí cio , ser iam or ie nt ado s a de po sit ar to do s o s be ns fur t ado s na e ncr uzil hada à me ia no it e . 148
  • 149. De v e r iam e le s abr ir mão de pr at icar at o s maldo so s. Or ác ulo 90 Ika’wori Es se O dù adv er t e so br e as re pe r cus sõ e s de ato s malé vo lo s. Tam bé m fala so br e pro t e ção do s e nt e s famí liar e s co nt r a a dissim inação de e nfe r midade . O bse r v ação o cide nt al: O camin ho mundano do clie nt e e st á blo que ado por có le r a. 90 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Se r ar e -Se r ar e . A que le que jog a fo r a as cinza s é per se g uido pe las cinza s. Se r ar e -Se r ar e . U m malfe it o r ar r uina a si me smo pe la me t ade do s se u s cr ime s. I fá fo i co ns ult ado par a I núko g un, que pr ane jav a pr at icar o mal. Ele fo i adv er t ido de que sua s más açõ e s plane jada s t rar iam r e per cu sõ e s dano sas a e le . Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio e abr ir mão de se u fe it o malig no . O sacr ifí cio : do is po mbo s, 4 000 búzio s e fo lha s de I fá. 149
  • 150. 90 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O kak ar ak a-af’ o wo -t i-ik ú co ns ulto u I fá par a Ì k à e le e st av a pr o cur ando por uma pe sso a de ficie nt e e m sua ca sa. A pe sso a de fi cie nt e ce rt ame nt e ir ia mor r er . Ele fo i o r ie nt ado a o fer e ce r sacr ifí cio par a e v it ar que o ut r as pe s so as e m s ua ca sa fo sse m infe ct ado s pe la do e nça: uma ca br a, uma g alinha, um po uco de be b ida e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas de ce bo la e mist ur ar co m de nde ; ut ilizar o cr e me re sult ant e par a e sfr eg ar pe lo co r po ). 150
  • 151. Or ác ulo 91 Ìwòrì’túrúpòn Es se Odù fala so br e g rav ide z be m s uce dida e da t rans for ma ção de sit uaçõ e s no civ as e m suce sso atr av é s de sacr ifí c io . O bse r v ação o cide nt al: O "nascime nto " e spir it ual o u e mo cio nal ir á t r aze r fi m a me do s mundano s. 91 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì wòr ì [fo i] o mar ido de Ò t úr úpò n, que te v e um be bê que mor r e u. I fá dis se que e st a mul he r e ng r av idar ia nov ame nt e e que car r eg ar ia o be bê e m sua s co st as. Ì wò rì fo i o rie nt ado a o fer e ce r sa cr ifí cio par a ev it ar que se u filho mo rr e sse pr e mat ur ame nt e : uma g alinha, uma cabr a, pe ix e ar o , 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar de z fo lha s de e la co m um po uco de se me nt e s iy e r é ; co zinhe e m uma so pa junt o co m o pe ix e ; a so pa de v e se r co ns umida ao alvo r e cer daí a g rav idê s v ir á e m cinco me se s). e le v o uv iu as palavr as e r e alizo u o sa cr ifí cio . Fo i o bse rv ado que e la jama is de ix ar ia cair suas fo lhas, qua n do a o utr as [plant as] sim. 91 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 151
  • 152. Ek it ibababa co ns ulto u I fá par a Òr únmì là quando e le e st av a e co no mizando dinhe ir o par a co mpr ar um e s cr av o . Ele fo i o rie nt ado a sacr ificar uma cabr a e 3 200 búzio s. Ele se re cu so u a sacr ifi car . Òr únmì là co mpr o u o e scr avo se m re alizar o sa cr ifí cio pr e scr ito . O e scr avo e r a uma mul her . Ela mo rr e u tr ê s dias apó s a aquisi ção . A s pe sso as da casa de Ò r únmì là co me çar am a cho r ar . Ès ù v e io at é a casa e o uv iu a lame nt ação . Ele pe rg unt o u, “po r que vo cê s e st ão cho r ando de st a mane ir a?”. Ò r únmì là disse , “a e scr av a que co mpr e i tr ê s dias at r ás acabo u de mor r er ”. Ès ù dis se , “me u se nhor , v o cê co nsult o u o Or áculo de I fá ant e s de co mpr ar ?. Ò r únmì là re spo nde u que e le co ns ulto u I fá. Ès ù dis se , “me u se nhor , À bik újig bo ! Vo cê e x e cut o u o sacr ifí cio ce r to ? Ò r únmì là disse , “ainda não re alize i o sacr ifí cio ”. Ès ù disse , “Vo cê não fe z o que se e r a e spe r ado que fize s se e nt ão . Vo cê de ve ir e r e alizar o sacr ifí cio se não quise r per de r o dinhe ir o que g asto u co m a e scr av a”. Ò r únmì là fe z o sa cr ifí cio . Ès ù peg o u o cadáv er da e s cr av a e o lavo u e o ve st iu e le g ante me nt e . Ele le vo u o co r po par a o me r cado e o se nt o u e m um e ncr uzilhada. C o lo co u e m sua mão um gr av e to de mast ig ar e e m s ua fr e nt e co lo co u um t abule iro co nt e ndo pe que na s mer cado r ias. O dia er a um dia de ,e ir a. Co m muit as pe s so as indo ao me r cado . Elas saudav am e st a mul her co mo se e la e st iv e sse v iv a. Co mo e la não r e spo ndia, rapidame nt e as pe sso as fug iam de la. Èsù se e sco nde u e m um ar b ust o . M ais t ar de , A jé se apr o x imo u do me r cado co m se us 200 e scr av o s ,que usualme nt e car r eg av am as me r cado r ias que e la co mpr av a. Ela che g o u at é o cor po mor t o e par o u par a co mpr ar alg uma me r cado r ia. A po s de falar co m o co r po po r alg un s inst ant e s se m o bt er re spo st a, A jé fi co u zang ada. Ela to mo u uma v ar a que e st aco m co m um de se us e s cr av o s e bat e u co m a me s ma no cor po , o qual fo i ao so lo . Ès ù pulo u par a fo r a do ar bust o que e le e st av a e sco ndido . Ele dis se , Há! A jé o que fo i que v o cê fe z? mat o u a e scr av a de Òr únmì là! . A jé co me ço u a implor ar a Èsù, que r e cuso u sua ale g ação . Ele disse que A jé de v ia peg ar t o do s o s se us e scr avo s e ir co m e le at é a casa de Ò r únmì là. A jé co me ço u a pr o po r a Èsù que e la ir ia re por o e scr avo de Ò r únmì là co m um de se us pró pr io s e scr av o s. Èsù não ace it o u. Ela o fe r e ce u mai s um par a que fo s se m do is e scr av o s se u s a r e ssar cir Ò r únmì là. Ès ù insist iu par a que A jé fo sse junt o co m o s e scr avo s. A jé finalme nt e 152
  • 153. co nco r do u e Èsù o s lev o u par a a ca sa de Ò rúnmì là par a r e po r a e scr av a mor t a. Fo i as sim que A jé se t or no u e scr av a de Òr únmì là. Or ác ulo 92 Òtúrúpòn’wòrì Es se O dù fala de mo rt e r e sult ant e da falt a de cum pr ime nto do sacr ifí cio pr e scr ito . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr e o cupando de mais ace r ca de um no vo filho ou ne g ó cio . 92 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A bamo - ni-ng be hin- or an, Ig bá li-a- nmu- re -e r i, A k imu- awo -r e -er i fo i o I fá div inado par a as pe s so as e m O t u-I fe no dia e m que e le s iam lev ar um pot e de ce r âmica par a o r io . Ele s for am aco nse lhado s a le v ar de pr e fe r ê ncia uma caba ça do que um po t e de ce r âmica que ir ia cair . Ele s ig no r ar am o co nse lho e le v ar am um pot e . Q uando e le s e st av a apanhando ág ua, um de le s de ixo u cair o pot e . No de se jo de salv a- lo , e le caiu no r io e af undo u. Ele s disse r am, “Há! Nó s sa bia- mo s que de ve r iamo s t er t razido uma ca baça par a apanhar ág ua! ”. De sde aque le dia uma ca baça t e m sido ut ilizada par a apanhar ág ua. Ele s sacr ifi car am 16 000 búzio s e fo lhas de I fá; e le s nun ca dev iam t er fe it o lame t áv e l co isa. A s fo lhas de I fá dev e m se r pr e par adas: Tr it ur ar fo lhas de e so e m 153
  • 154. ág ua e que br ar um car amu jo ne la. To das as pe sso as da cidade de v er iam e s fr eg ar se us co r po s co m a mist ur a par a ev it ar alg o que e le s v ie sse m a lame nt ar . 92 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A g ber upo n co nsult o u I fá par a Àg bàdo (milho ). Ela fo i or ie nt ada a o fer e ce r um sa cr ifí cio de mane ir a a te r um par to se g uro . O sacr ifí cio : u m po mbo , 3 200 búzio s, um cint ur ão (o ja- ik ale ) e fo lha s de I fá. Ela o uv iu e se re cu so u a sacr ifi car . Or ác ulo 93 Ìwòrì Wotúrá Es se O dù fala so br e de sar mo nia fami liar . O bse r v ação o cide nt al: O s cl ie nt e s e st ão te ndo pr o ble ma s co m se u s fil ho s. Pe r ce be ndo e le s isso o u não . 93 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U ma árv or e t or t a dispe r sa o fog o . U ma pe s so a lo u ca se di spe r sa e m sua pr ó pr ia casa. Est e fo i o I fá div inado par a pai co br a e se u s filho s. Lhe fo i falado que se us filho sn unca co ncor dar iam e m r e pe lir u m at aque junt o s. Se o pai co br a de se jasse uni- lo s, dev e r ia o fer e ce r um sa cr ifí cio : de ze sse i s car amu jo s, po mbo s. ve ne no e de ze sse i b úzio s. Es se se r e cu so u a sacr ifi car . 154
  • 155. Or ác ulo 94 Òtúrá’wòrì Es se Odù fala de não ag ir impe t uo same nt e , co mo se t odas as co isa s bo as e st e ja m e m no s so caminho . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não dev e ace it ar de car a a pr ime ir a o fe rt a. 94 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Lu cro na ca sa, lu cro na faze nda per t e nce m a Ar uko . A cr iança dev e r ia co mer de t udo . A cr iança de v er ia t er uma mul he r liv r e de carg a. I fá fo u co nsult ado po r Òr únmì là. F o i dit o que e le t er ia t odas as co isa s livr e s de carg a. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um po mbo e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . 94 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 155
  • 156. Nó s náo de v e mo s lambe r uma so pa quant e po r causa da fo me . Se nó s lambe s se mo s so pa que nte de v ido a fo me , que imar í amo s a bo ca. I fá fo i co ns ult ado par a A k insuy i. F o i dit o a e le , “e st e é um ano de pr o spe r idade ”. Ele de v e sacr ifi car uma cabr a, uma g alinha, um rato , um pe ixe e 18 000 b úzio s. Ele o uv iu as palav r as e fe z o sacr ifí cio . Or ác ulo 95 Ìwòrì-Ate Es se O dù so br e inicia ção e m I fá co mo um mo do de me lhor ar a vida. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nside r ar se r iame nt e sua inicia ção . 95 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s inicie cuida do same nt e , o s inicie cui dado same nt e de for ma que as pe sso as do mu ndo não se por t e m mal. Qualque r um que faz o be m, o faz po r si só . Q ualquer um que faz o mal, o faz po r si só .. Est e fo i o I fá div inado par a o M undo . Vo cê s ladrõ e s de v e m pr iv ar -se do fur to . Ele s disse r am que não po de m se abst er do fur to . Q ualque r um que r o ube se r á tr at ado co m zo mbar ia. Q ualque r um que ro ube um mil pe r der á do is mil e m sua v ida. Q ualque r um que v er um me nding o de v er ia dar - lhe e smo las. Q ualque r um que fa ça mil bo as açõ e s o bt er á duas mil. Oò duà At e rí g be ji, me u se nho r , r e co mpe nsar á bo as açõ e s. Ele s fo r am aco nse lhado s a sacr ificar e m car amujo s, bag r e e 3 200 búz io s. 156
  • 157. 95 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. Se vo cê fo r iniciado e m I fá, v o cê d ev e r e iniciar se u pr ó pr io e spí r it o . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! Não e s cale a palme ir a co m uma cor da de fe it uo sa. Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! não mer g ulhe na a´g ua se não sabe nadar . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! Náo de se mbainhe uma fa ca co m r aiv a. Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. A wo ! não use o av e nt al de A wo . Ì wòr ì t e júmó ’ hun -t iise ’ ni. Ele s pe dir am que sa cr ifica sse bagr e , 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (co zinhe o bagr e co m fo las de e so faze ndo uma so pa e dando ao clint e par a que to me ). 157
  • 158. Or ác ulo 96 Irete’wòrì Es se Odù adv er t e co ntr a intr ig as e fala da pr at ica de I fá par a uma v ida pró spe r a. O bse r v ação o cide nt al: Pa ciê ncia ao inv é s de raiv a o u fr u str ação ir á pr o duzir s uce s so mat er ial. 96 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A g uer r a pr e j udica o mu ndo . I nt r ig as ar uina m as pe s so as. Est e fo i o I fá div inado par a O lo fin I wat uk a. O lo fin fo i adv er t ido que a g uer r a er a imine nt e . Se Olo fin de se jasse se r v it or io so , e le dev e r ia sacr ifi car de ze sse is ov o s, um car ne ir o , um cabr ito , um g alo e 2 200 búzio s e fo lhas de I fá. O lo fin o uv iu as palav r as mas não sa cr ifico u. 158
  • 159. 96 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Pr ime ir o , e u o uv i um bar ulho re s so nant e . Eu per g unt e i o que e st ar ia aco nt e ce ndo . Ele s disse r am que Ir et e e st av a iniciando I wo r i. I fá é o Pro po ne nt e . Or isa é o Co mandant e . A g be ne gr o usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s. A luk o ve r me lho usa de s ua aut or idade par a tr azer o vo s br anco s. I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là Bar a Ag bo nnir e g un. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car 2 000 pime nt as-da- co st a, o bì e 20 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Lhe fo i as se g ur ado que e le se r ia um co mandant e . De sde e nt ão I fá se to rno u Pr o po ne nt e e o Co mandant e . Gbe r e fu dev e se to r nar um A wo (A dv inho de I fá) par a se t or nar rico . A wo ! 159
  • 160. Or ác ulo 97 Iwori-Ose Es se O dù so br e tr ansfo r mar de sgr aça e m suce sso . O bse r v ação o cide nt al: M ulhe r de me ia idade po de e ngr av idar . 97 – 1 (Tr adu ção do v er so ) So fr ime r nto não v e m se m se u s bo ns aspe ct o s.. O be m e o mal se mpr e e st ão junt o s. I fá fo i co ns ult ado par a O wok o si- e ny ian- ko su nwo n. Lhe aco n se lhar am que não fica sse abat ido por que e le e st av a na po br e za. e le dev e r ia mant e r se u bo m no me . Do ç ur a nor malme nt e t er mina o g o st o de uma fo lha amar g a. F o i falado par a e le o fer e ce r sa cr ifí cio de mane ir a que sua de sgr aça pude sse se t rans for mar e m pro spe r idade : po mbo s, 3 200 búzio s e fo lha s de I fá (pilar as fo lhas amar g as de o luse aj u; adicio nar ao sabão ). 160
  • 161. 97 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A uma mulhe r bo nit a que não me nstr ua, co mo po de t er filho s ? Est e fo i o I fá div inado par a O ju- o je de usa da be le za. Ela fo i o r ie nt ada a sa cr ificar de mane ir a a po der t er filho s. O sacr ifí cio : u ma g alinha, uma cabr a, 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Or ác ulo 98 Ose’wori Es se Odù fala de po de r e gr ande za, po ré m adv er t e que o mau e mpr eg o de s se s po de de str uir o lar ou fa mí lia. O bse r v ação o cide nt al: M uit o te mpo o u ê nfase no t r abalho e st á ame açando o r e lacio name nt o e a fa mí lia do clie nt e . 98 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Te mi -a-se t iwo n co nsult o u I fá par a O se e par a I wor i. Q ualque r um que de safia sse A pa se r ia mo rt o po r A pa. Q ualque r um que de safia sse I ro ko se r ia co nfr o nt ado co m Ir ok o. F o i pr e dito que O se’ wo r i se t or nar ia um g rande ho me m. Ele t er ia co nt ro le so br a as dificul dade s e v itó r ia so bre o s ini migo s. O sacr ifí cio : u m car ne iro , 2 000 pe dr as, 2 200 búzio s, e fo lhas de I fá (mo er g ranit o e pime nt a-da- co st a at é v ir ar pó par a se r to mado no ming al) 161
  • 162. Ele o uv iu e r e alizo u o sa cr ifí cio . 98 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Tule t ule -Eg a co nstr ui u e de st r uiu s ua pró pr ia te nda. I fá fo i co ns ult ado par a O lufija bi A bin ut anfi- og bung bun -t u- ile -k a. F o i pe dido que sacr ifica sse de mane ir a que sua casa não fo sse de str uida: um car amujo , ban ha de ò rí , aze it e - de -de nê , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Se e le tiv e sse fe ito o sacr ifí c io , de v er iam te r -lhe aco nse lhado a co me r fr e qüe nt e me nt e baba nas madur as, v er t er aze it e -de -de ndê e m Eleg bar a, e dev e r ia te r sido po sto ban ha de ò rí e m I fá. Or ác ulo 99 Iwori-Ofun Es se O dù fala so br e me lho r ias no s ne g ó cio s e su ce s so . O bse r v ação o cide nt al: A s pr e o cupaçõ e s mo net ár ias o u co me r ciais do clie nt e ir ão lo go de sapar e ce r . 99 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U m bo m A wo co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. I fá se g uia e m uma pe r eg r inação div inató r ia par a a lag o a e par a o mar . F o i pr e v isto que I fá co nt inuar ia adquir indo pr e st íg io e ho nr a. Ele r et or nar ia a s ua casa co m finan ce ir ame nt e be m. Ele de v er ia sa cr ificar o ve lha br anca, po m bo s br anco s e 8 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e re alizo u o sacr ifí cio . 162
  • 163. Or ác ulo 100 Ofun’wori Es se O dù e x plica que o uso co rr e t o do dinhe ir o asse g ur a re alização na vida. O bse r v ação o cide nt al: Q ue st õ e s mo ne t ár ias po de m causar co nt ro v er sia e mo cio nal. 100 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O lak anmi co nsu lto u I fá par a A jé . A jé fo i o r ie nt ada a o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as do mundo co nt inuar iam a pro c ur ar por e la pr a cima e pr a baix o . F e ijõ e s br anco s, sal, me l e 2 000 búz io s se r iam o fe re ci do s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. U m dia, A jé irr it ada fo i at é o r io e as pe sso as ze lo same nt e pr o cur ar am por e la no fu ndo do r io . 163
  • 164. 100 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Se te mo s bo m cor ação no s po de mo s adot ar o s filho s de o ut r as pe sso as co nsult o u par a O bo nhunbo nh un, que fo i rico mas de spro v ido de filho s, e por e st a r azão fi co u mal- afamado . F oi pe dido que e le sa cr ificas se de z r at o s, de z pe ix e s, de z po mbo s e 2 000 búz io s. A ssim e le fe z. M asi tar de , Ès ù que se m pre apo ia aque le s que r e alizam o sa cr ifí cio , o e nco nt ro u no ca minho da r o ça e disse a Obo nhun bo nhun (be so ur o ) que pe g asse qualque r um do s jo v e ns in se to s que e le at r aiu at é sua casa e co br is se co m ar e ia. Ele disse que O dudua o s t r ansfo r mar iam e m cr ianças par a e le . O bo nhu nbo nhun se g uiu e st e co nse lho e isso é o que e le ainda faz at é ho je . Or ác ulo 101 Ìdí-Rosù Es se Odù adv er t e co ntr a uma e nfe r midade na ár e a da cint ur a o u náde g a. Tam bé m pro g no st ica um incr e me nto no s neg ó cio s. O bse r v açaõ o cide nt al: U ma clie nt e fr e que nt e me nt e e nco nt r ar á dific uldade s me n str uais o u ut er inas. 101 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ela pi ca, me dó i— a náde g a do anc ião lhe causa dific uldade s. F o i co nsu lt ado par a Ag ba K uo mi, que t e m alg um t ipo de e nfe r midade e m sua s náde g as. Ele fo i o r ie nt ado que se sa cr ifica sse e r e ce be r fo lhas de I fá e le fi car ia cur ado . O sacr ifí cio : no v e car amujo s, 18 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele fe z o sa cr ifí cio . 164
  • 165. 101 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Est a é a c sa do babalawo . Est a é a v ar anda do babala wo . O sù- g ag ar a (alto O sù), o A dv inho de At ande , co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar . O sù o far ia po pular no mundo . O papag aio é co nhe ci do po r sua calda v er me lha. U ma g alinha, aze it e -de -de ndê , um r at o , um pe ix e , 20 000 búzio s e um o sù (bor dão de o fí cio de I fá) de v er iam ser sa cr ificado s. Ele r e alizo u o sa cr ifí cio . O o sù fo i plant ado de fro nt e À casa de Ò r únmì là. O utr o s mat er iais de sacr ifí cio fo r am co lo cado s ali, no s quais o aze it e -de -de ndê er a ve rt ido . 165
  • 166. Or ác ulo 102 Ìrosù’dí Es se Odù fala de uma pe sso a que t e m um tale nt o par a cur a e o fe r e ce so lu çõ e s par a co nce pção . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e me dit ar so br e uma car r e ir a dife r e nt e . 102 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Bimo ba wo ndi-a- san co ns ulto u I fá par a Ì ro sù que t inha ass umido que t o das as fer idas e nfaix adas po r e le ci catr izar iam. Fo i pe dido que e le sacr ifi cas se bandag e m, u m pe ix e ar a, quat or ze mil búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de Ì ro sù e m ág ua; ut ilizar a mi st ur a par a lav ar o s ik in do clie nt e ). e le se t or nar ia mé dico . Se e sse I fá é div inado e m um e se nt ay e o u It e fá, o clie nt e o clie nt e s se to rnar á um e spe cialist a e m cur ar mac hucado s. 102 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O ja- abiamo -adit u co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. 166
  • 167. F o i pe dido a e le a sa cr ifí cio de mo do que e la se to r nasse mãe . do is r ato s, do is po r quinho s da ind ia e 20 000 búzio s. Ela sa cr ifico u. Or ác ulo 103 Ìdí’owonrin Es se Odù fala da che g ada do r e co nhe cime nt o e da impor t ância da car r e ir a do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e ssio nado no tr abalho . 103 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I diwo nr inwo n- Idiwo nr inwo n co n sult o u par a Obahu n I japa. F o i pe dido a e la que sa cr ificas se de mane ir a de fo r ma que e le fo s se ho nr ado e m to do lug ar que fo sse t o car . O sacr ifí cio : co nt as de cor al, quat ro po mbo s e 8 000 b úzio s. Ele fe z o sacr ifí c io . O bahun se t or no u um impor t ant e t o cador . Ele sacr ifi co u co r al dev ido ao int e rt e nime nt o . 103 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 167
  • 168. Emik o maak u-Y iy e nninmaay e co nsult o u I fá par a Ope , que fo i or ie nt ado a faze r sa cr ifí cio de fo r ma que e le pude s se t er t er uma base fir me e ev it asse a mo rt e . O sacr ifí cio : uma o ve lha, um ago go , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. Ope fo i as se g ur aco co m um ba se fir me e v ida lo ng a. F olhas de I fá: Lav e o s ik in I fá co m fo lhas de k ut i e co lo que o ag o go no ik in de I fá. C ant ig a de I fá: Eu e st o u e nv er g o nhado da mo rt e ; e m lug ar de mor r er e u me tr ansfo r me i na fo lha k ut i (r e pet ir quatr o ve z). O ago g o dev e aco mpanhar e st a cant ig a Or ác ulo 104 Owonrin’di Es se O dù fala da ge ne ro sidade e ho ne st idade co mo fór mula de suce sso e amor . O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s apar e nt am e st ar de "pe r nas par a o ar ". 104 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O wor in- dimo wo , O wo nr in-dime se fo i aco nse lhado a pr at icar a car idade de for ma a r e ce be r bê nsão s. Ele não ag ir ia assim. I fá fo i co nsult ado par a O bahun I japa, que fo i o rie nt ada a sa cr ificar de for ma que e la não ficas se de sampar ada: uma pacot e de o bì , uma g rande t ig e la de inha me pilado , um gr ande po t e de so pa, quat ro po mbo s e 2 000 búz io s. 104 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 168
  • 169. Se g ur e e st a co isa, mant e nha se g ur o . Se v o cê é que st io nado , a co isa dev er ia se r pro duzi da e m de manda. I fá fo i co ns ult ado par a ce st as e saco las. C ada uma de las fo i o rie ndada a dar sa cr ifí cio de for ma que as pe s so as co nt inuar iam as amando . O sa cr ifí cio : do is po mbo s e 2 400 búzio s. Elas sacr ificar am. Fo i de clar ado que qualque r um que de vo lv e sse co isa s a se us pr o pr ie t ár io s ir ia se mpr e pro spe r ar . Or ác ulo 105 Ìdí’bàrà Es se Odù fala so br e a ne ce s sidade de r e mo v er o bst áculo s e mau e nt e ndido s atr av é s de sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m pr o ble mas no r e lacio name nt o . C o mpro mis s é ne ce ssár io par a salv a- lo . 105 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Edidi o s at r apalha, O bar a o s dá co ber t ur a fo i div inado par a a árv o re e m um ar bu sto e spin ho so que fo i aco nse lhado par a sacr ifi car o s se g uint e s mat er iais de for ma que et i (di ficu ldade s) se r iam r e mo v idas de se u camin ho . També m fo i div inado pr a O pe e fo i pe dido que sa cr ifique : u ma fo ice , um machado , u m cint o par a s upor t e (ig ba), uma pr e á, um pe ix e ar o , po mbo s e 18 000 búzio s. Ela[a árv o re e m um ar bust o e spinho so ] se r e cuso u a re alizar o sa cr ifí cio de st as co isa s, mas O pe sacr ifi co u. Fo lhas de I fá fo r am pr e par adas par a O pe e fo i dito que e le não se r ia atr asado pe lo s ar bust o s. Èsù e st á 169
  • 170. se mpr e ao lado de que m sa cr ifica. U m dia, Èsù di sse ao faze nde ir o peg ar se us ape tr e cho s e ir a O pe e ve st ir O pe , po r que Èsù de ag or a e m diant e t or nar ia Ope be né f ico ao faze nde iro . O faze nde iro se g ui u a o rie nt ação e ve st iu Ope . O pe ao se u t e mpo se t or no u be né fico às pe sso as. 105 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Edidi o A dv inho de Ok o (o ar bust o ), O bar a o A dv inho de Ilé (a casa). I fá fo i co ns ult ado par a ambo s e fo i pe dido par a sacr ificar e m de fo r ma a e v it ar e m mal - e nt e ndido s e nt r e e le s par a se mpr e . O sacr ifí cio : duas av e s(u m galo e uma galinha ), uma cabr a, um cabr ito e 20 000 búzio s. Edidi se re cu so u a sacr ifi car , mas Obar a não . C o mo de co st ume , Edidi fo i a casa de se us pare nt e s, na casa de Olo fin, par a c umpr ime nt a-lo s apó s um dia de tr abalho na r o ça. Ev e nt ualme nt e e le fo i aco nse lhado a v ir e pe dir s ua no iv a e m ca same nt o , assi m que e la pude s se casar . S ua pr o me t ida, O bar a, não g o st a de Edidi, o qual e la r idicular iza co mo se ndo um le nhador . Ela pe rg unt o u, “o que dev o e u faze r co m um le nhado r ?”. Em se g uida, e le co me ço u a s uplicar O bar a par a e ncar a-lo co m bo ns o lho s. O bar a não qui s vê - lo . Edidi, finalme nt e r e alizo u o sa cr ifí cio que lhe fo i pe dido , po is de o utr a mane ir a pe r der ia s ua e spo sa. 170
  • 171. Or ác ulo 106 Obara’di Es se O dù adv er t e co nt r a per da de no s sa inde pe nde n cia e int eg r idade . O bse r v ação o cide nt al: O re lacio name nt o do cl ie nt e e st á se de se q uilibr ando de v ido a re clama çõ e s do par ce ir o . 106 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ee sin -war a co nsult o u I fá par a O lo fin, que fo i adv e rt ido que alg um e xt r ange ir o s e st av am po r v ir . Ele s pr e nde r iam as pe sso as nas casa s e na faze nda e o s lev ar ia pr a cidade s e xt r ang e ir as. Fo i pe dido que O lo fin sacr ifica sse aze it e - de de ndê a se r ve r it do so br e Èsù, e de ze s se is po mbo s, um de le s par a se r usado par a a pr o piciação da cabe ça do clie nt e . Esmag ue as fo lhas de olu se saj u e o riji e m ág ua; per mit a que o sang ue do po mbo g ot e je na mi st ur a; le v e e st e po t e de re mé dio de I fá ao mer caado de fo r ma que t o das as pe s so as da cidade po ssam e sfr eg a- la e m se us cor po s. 171
  • 172. 106 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I g bá o rí - ami, o A dv inho das mul he re s, co ns ult o u I fá par a uma pro st it ut a que e st av a indo pr a cama co m to do s o s ho me ns. Ela fo i adv e rt ida que e st av a faze ndo uma co isa arr is cada. U ma pro st it ut a per de o re spe it o . Ne nhu ma mulhe r po de pr o spe r ar pr a se mpr e na pr o st it ui ção . Ela fo i aco n se lhada a co nfe ssar sua ig no r ância e a sacr ifi car do is po mbo s, do is car amu jo s, banha de ò rí , 8 000 búzio s, e fo lha s de I fá (e smag ue fo lhas de e so co m iyr e ; co zinhe a mi st ur a co m um car amu jo faze ndo uma so pa par a e la co me r ; vo cê t ambé m po de mi st ur ar e so mo ido co m banha de ò rí par a e sfr e g ar na v ag ina; as fo lhas de e so po de m se r pilada s co m sa bão par a banhar - se ). Or ác ulo 107 Idi-Okanran Es se Odù adv er t e que qualque r um que pr at ica at o s de so ne sto s ir á ce r t ame nt e se r pe go e punido . O bse r v ação o cide nt al: Tr aição por aque le s que o clie nt e co nfia lev ar á a pro ble mas. 107 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I diko nr andiko nr an, I diko nr an amarr o u do is inha me s j unt o s div ino u par a do is ladr õ e s que se dir ig iam à sua r o nda no r mal. Ele s for am aco nse l hado s a sa cr ificar e m par a e v it ar se r e m pr e so s po r for t e cor da e nqua nto pro c ur av am s ua av e nt ur a. A te rr a pr e nde o ladr ão e m no me do do no . R o ubo é um ato de so nr o so . Ele s falar am, ‘ qual é o sa cr ifí cio ?’ . Fo i dit o : quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ar fo lhas de e so e o luse sa ju e m ág ua e lav ar o co r po co m isso ). O s ladr õ e s se r e cu sar am a 172
  • 173. sa cr ificar . e le for am capt ur ado s e amarr ado s co m cor das e lame nt ar am po r não t er e m fe it o o sa cr ifí cio . Or ác ulo 108 Okanran-Di Es se O dù fala de um r e lacio name nto que ir á e v e nt ualme nt e dar a ce r to . O bse r v ação o cide nt al: U ma so cie da de o u re lacio name nt o ant er ior é r e ace so . 108 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U ma pane la pr e t a to ma cuida do co m to do o mu ndo alé m de si me sma. I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là, que e st av a indo de spo sar Ehinmo la. To das as de idade s (I r únmale ) te nt ar am se duzir Ehinmo la se m su ce s so . Òr únmì là fo i aco nse l hado a sa cr ificar po mbo s e 12 000 búzio s. Òr únmì là o uv iu at e nt ame nt e o co nse lho e sa cr ifico u. Ele mais a diant e fo i aco nse lhado a não pe r der a paciê n cia se a mulhe r não lhe de sse at e nção ime diat ame nt e . Ela b uscar ia por e le o nde que r que e le pude sse e st ar . Ela amaldiço ar á o dia e m re c uso u a pr o po st a de Ò r únmì là. Ò r únmì là par t iu par a A do A y iwo . U m ano de po is de po is que Ò rúnmì là part iu, Ehin mo la mudo u s ua opinião . Ela 173
  • 174. de se jo u se ca sar . Ela fo i por to da par t e co m as de idade s, mas ning ué m co nse g ui u a maldi ção que Ò rúnmì là jo go u so br e e la. To do s o s e sfo r ço s se mo st r ar am inút e is. Ehin mo la ev e nt ualme nt e arr umo u suas malas e se dir ig iu à ca sa de Ò r únmì là e m A do . Ò r únmì là e st av a fe st e jando o F e st iv al do I nhame No vo quando Ehin mo la che go u. O aze it e -de -de ndê e o sal de Ò r únmì là t inham se e sgo t ado , o que Ehinmo la pr o ve u ale gr e me nt e quando e la de s fe z sua s malas. Q uando Òr únmì là t er mino u a o fer e nda, e le pe rg unt o u a Ehin mo la, “o que v o cê faz aqui?”. Ehinmo la r e spo nde u, “é v o cê ”. Ent ão Ò r únmì là apanho u dua s fat ias de inhame que e le sa cr ifico u. Ele e sfr eg o u uma na o ut r a e as de u a Ehinmo la dize ndo , “e le e st á pro nt o par a se r co mido , Ehinmo la. Ele e st á pro nt o par a se r be bido , Ehinmo la”. F o i assim que Ehinmo la se to r no u e spo sa de Òr únmì là. De sde e nt ão , se que st io namo s ace r ca de que m co nhe ce o fut ur o , e le s dir iam, “Òr ún mì là co nhe ce o fut ur o ”. Or ác ulo 109 Ìdí-Ògúndá Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sabe do r ia e car át e r par a e quili br ar a fo r ça fí si ca. O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade se x ual lev ar ão ao de sast r e . 109 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò r únmì là disse Ì dì - Òg ún- dá Eu disse Ìdì -Ò g ún-dá. Ò r únmì là aco nse lho u Òg ún a sa cr ificar uma ov e lha, um po mbo , 4 400 búz io s e fo lhas de I fá de fo r ma que s ua cabe ça fo s se t ão bo a quant o o re st o do co r po . Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Tudo e st av am be m co m e le . 174
  • 175. 109 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò r únmì là disse que a r e sidê cia de Òg ún e st av a abando nada, Eu disse que a re sidê n cia de Ò g ún e st av a abando nada. Po r que nó s che g amo s à re sidê n cia de Ò g ún e não e nco nt r amo s ning ué m? A casa fo i to t alme nt e abando nada. Ele s disse r am que o car át er de Ò g ún e st av a apavo r ando [to do mundo ]. Ent ão se nó s de se já sse mo s que a ca sa de Ò g ún fo sse abar ro t ada [de pe s so as] co mo e spe r amo s, e le de v er ia sacr ifi car uma ca br a, 20 000 búzio s, e fo lhas de I fá. Or ác ulo 110 Ògúndá’Dí Es se O dù fala de uma jo r nada be m s uce dida, po r é m adv er t e so br e po ssí v e l de s co nfor to int e st inal. O bse r v ação o cide nt al: U ma clie nt e gr áv ida te m fr e qüe nt e me nt e alg uma he mo rr ag ia place nt al. Sa cr ifí cio ir á c ur ar o pr o ble ma. 110 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g ún e st a indo viajar . Ele fe z suas malas. Ò r únmì là disse que a v iaje m de Ò g ún se r ia dive r t ida e que e le r et o r nar ia co m seg ur ança. O sacr ifí cio : u m g alo , aze it e -de -de ndê . o bì e 4 400 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 175
  • 176. 110 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O jo -sur u sur u (v azame nt o s co nst ant e s), A dv inho do par aí so , co ns ulto u I fá par a uma caba ça nov a (k e r eg be ). F o i pr e dito que a cabaça ir ia v azar . Par a blo que ar o vazame nt o , e la fo i or ie nt ada a sa cr ificar past a de cale fação (at e ), e spin ho s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de dag ur o e co zinhe co m pe ix e aro par a o clie nt e co mer ). I fá diz: se e sse o dù fo r div inado , o clie nt e so fr e de dise nt e r ia. Or ác ulo 111 Ìdí’sá Es se O dù fala de inquie t ação e de se jo de fug ir de suas re spo n sabilidade s. O bse r v ação o cide nt al: Pr e s sõ e s diár ias e st ão causa ndo tr anst or no e mo cio nal. 111 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì dí (a s nádeg as ) e nt ro u, Ì dí fo i se nt ar - se , Ì dí não po de se nt ar - se , Ìdí se le v anto u, Ì dí não pô de de scan sar . Fo i pe dido a Ìdí sa cr ificas se par a po de r de scan sar . O sa cr ifí cio : um po mbo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de e sò e jo ko je e mist ur e co m sa bão -da-co st a; par a o clie nt e usar se mpr e par a lav ar se u co r po ). 111 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 176
  • 177. Ò r únmì là disse Ì dí - Ò sá, e u disse Ì dí - Ò sá. Ìdí co rr e u par a t ão lo ng e que e la e st av a se ndo pr o cur ada par a se to r nar uma che fe . Ìdí (as náde g as) par a lo ng e ; ning ué m a pro c uro u mais. Ela se to r no u mo t iv o de de so nr a e de ve rg o nha. Ìdí fo i aco nse lha da a sa cr ificar de z fo lhas de o wa, de z po mbo s, de z ov e lhas, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá que e la dev er ia pro cur ar . Ela fe z co mo fo i aco nse lhado . É por isso que to do mundo e st a a pro c ur a de Ìdí . Or ác ulo 112 Osa’di Es se O dù so br e re mo ção de blo que io s par a o bte r um re lacio name nt o be m s uce dido . O bse r v ação o cide nt al: O me do da car ê cia de re lacio name nt o do clie nt e t er minar á co m o apar e cime nt o de uma nov a pe s so a. 112 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s cam inho s de Ò sá não e st ão aber t o s. O s camin ho s de Ò sá e st ão blo que ado s. Ò r únmì là di sse que um sacr ifí cio te m que se r e x e cut ado par a abr ir o s caminho s par a Ò sá. U ma lampar ina de barr o , aze it e -de - de ndê , 8 000 búzio s e fo lhas de I fá (p ulv er izar fo lhas de quiabo e mist ur ar co m são par a ban har -se ). A lampada de v e se r ace sa no mo me nto do sacr ifí cio . 177
  • 178. 112 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò r únmì là di sse que bo as no t í cias são mo t iv o de ale gr ia. Eu disse bo as not í cias. Po r fav or diag a a ot do mundo que a pe s so a que e st áv amo s pr o cur ando che g o u. O bì , o ro g bo , pime nt a- da-co st a, v inhi de palma e 3 200 búzio s de v e m se r sacr ifi cado s. O s co mpo ne nt e s do sacr ifí c io dev e m se r ut ilizado s par a intr e t er a pe s so a. Or ác ulo 113 Ìdí’ká Es se O dù adv er t e co nt r a punime nt o s se v e ro s po r más façanha s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m po ssí v e is tr aiçõ e s e m ne gó cio s o u se g r e do s pe sso ais. 113 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Nó s inv e st ig amo s fe it ice iro s, br ux as e que m ca usa dano s a o ut r e m; A i da for mig a que t e m fer r ão e fe r ro a quando fo r pê g a. I st o fo i div inado par a A bat e nije , O sik apa-adiy e - adug bo - run, At ’ e niy an- at ’ e r ank o -k o n’ e e wo , que di sse que se u fim e st av a pr óx imo . O sa cr ifí cio : Q ualque r co isa que o babala wo pe ça e fo lhas de I fá (e smag ue fo lhas de or iji e olu se saj u e m ág ua; ut ilize uma e spo n ja kanr ink an no v a e sa bão -da- co st a par a lav ar o co r po do clie nt e ). O clie nt e t ambé m tê m que at e nde r a a adv e rt ê nc ia e dar a maio r ia de s uas po sse s co mo e smo las o u se iniciar e m I fá. 178
  • 179. 113 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A sir ibo mo mo co ns ulto u I fá par a Olo k un e O lo sa. F or am or ie nt ado s a cada um de le s sa cr ificar quat r o pot e s de bar r o , de ze sse i s po mbo s, 80 000 b úzio s e fo lhas de I fá. A ssi m fize r am. Ele s fo r am as se g ur ado s de que ning ué m v er ia o u co nhe cer ia o s se g r e do s de le s. Or ác ulo 114 Ìká’dí Es se O dù fala so br e mo st r ar r e spe ito par a ev it ar pr o ble mas na vida. O bse r v ação o cide nt al: A falt a de e spir it ualida de do clie nt e e st á blo que ando as at iv idade s munda nas. 114 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Biaba -r o -li-aro ju, Laise -lairo - bi- ominu -nk o’ ni, I ya K iig bai je ’ ni co n sult o u I fá par a K o dunmi- Ag ba. F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que não so fr e sse punição nã v ida. O sacr ifí cio : de z o vo s ce galinha, banha de òr í, pe dr as de r aio , 4 400 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar or iji e o luse saju co m pime nt a do re ino ; faze r uma so pa co m e ssa mi st ur a co m um o vo ; co lo que as pe dr as de r aio na so pa apó s e la e st ar pro nt a; A cor dar aao r o mper do dia e to mar e sse r e mé dio ). A g ba se r e cuso u a sacr ificar . 179
  • 180. 114 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Se um jo v e m ho me m que é de s car ado e nco nt r a um v e lho awo , e le o bo fe t e ar á. Se e le e nco nt r a um v e lho he r bo lár io , e le o cast ig ar á se v e r ame nt e . Se e le e nco ntr a um ve lho sa ce r do t e que se ajo e lha e m pr e ce , aci de nt alme nt e e le o lançar á ao so lo . I fá fo i co ns ult ado par a o s de so be die nt e s, que disse que ning ué m po de r ia re fo r ma-lo s. “Po r quê ? Vo cê não sabe que uma cr iança que bat e e m um sace r dot e que e st á r e zando e st á pro c ur ando po r sua pr ó pr ia mo rt e ? Ver me s mor r e m rapidame nt e , mu ito r apidame nt e ”. Or ác ulo 115 Idi-Oturupon Es se Odù fala de so luçõ e s par a pr o ble ma s mé dico s que impo ssibil it am a g rav ide z. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de ex pe r ime nt ar um de spe rt ar e mo cio nal o u e spir it ual. 115 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I dit ir ipo n, I dit ir ipo n, I di abiy amo tir ipo n-t ir ipo n fo i co ns ult ado par a O lu-O g an, Q ue fo i o rie nt ada a sacr ifi car de ze sse is se me nt e s de ok or o, de ze s se is inhame s fê me a (e w ur a), quat ro cabr as e 3 200 búzio s de mo do que e la po ssa par ir muit o s filho s. Ela fe z o que fo i pe dido . 180
  • 181. 115 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O sun sun, o awo de O lúig bo , co ns ulto u I fá par a O dung be , que fo i pe diu par a sacr ificar de mo do que e le não se ja at acado por do e nças nas náde g as. O sacr ifí cio : do is galo s, um cão , 6 600 búzio s e fo lha s de I fá. E, se e le já t iv e sse sido at acado , que e le po der ia se r cur ado . O rác ulo 116 Oturupon’Di Es se O dù fala de uma pe sso a que e st á e spir it ual me nt e abando nada e e m ne ce ssidade de uma r e no v ação e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se aut o co nsu mindo e so fr e ndo de v ido a ist o . 116 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O mundo é be lo . O par aiso é mar av ilho so . O dùdùa a or ie nto u as pe sso as do mundo v olt are m a e le atr av é s da r ee n car nação . as cr iança s se r e cu sar am a ir . A s pe sso as ido sas tam bé m se re cu sar am a ir . e le pe rg unt o u a r azão . Ele s dis ser am, “Não é fá cil ir ao par aiso e v o lt ar ”. Òr únmì là said, “O par aiso é g racio so e é o lar da be le za”. Odùd ùa jama is v ive r ia e m um lug ar de spr e zív e l.O O risa é se mpr e e nco nt r ado e m lug ar e s de s ce nt e s. Q ualque r um que é chamado de v e re spo nde r ao cha mado .. Ne nhuma mãe 181
  • 182. cha mar ia se u fil ho par a so fr er . A s pe sso as do mundo ainda e st av am e sit ant e s. Ele s fo r am or ie nt ado s a sacr ifi car de mo do que se us v é us de e cur idão pude sse m se r r e mov ido s. Se e le s e st ão t r abalhando , e le s de v e m se mpr e o lhar par a o par aiso . O sa cr ifí cio : Ef un, um pe daço de te ci do br anco , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Se o sa cr ifí cio pr e s cr it o fo sse re alizado , e le s se abst er iam de sang ue . Ele s se re c usar am a sa cr ificar . 116 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ho je vo cê re clama que O t ur upo n' Di é culpado . A manhã vo cê r e clamar á que Èlà não e st á administ r ando o mu ndo co rr e t ame nt e . Ele fe z O dundu n o re i do to das as fo lhas e Te t e se u re pr e se nt ant e . Vo cê ainda e st á re clama ndo que Èlà não administ r a o mundo co rr e t ame nt e . No fim., Èlà e st iro u a sua co r da e asce nde u ao s C é us. Èlà e st ir ar ia a sua co r da e de sce r ia par a re ce be r bê n ção s, Èlà! O sacr ifí cio : um po mbo , um pe ix e ar o e fo lhas de I fá (tr it ur ar fo lhas de or iji co m sabão e dar ao clie nt e ao qual e st e I fá fo i div inado ; e le dev e r á se lav ar co m e s sa mist ur a apó s re alizar o sacr ifí cio de mo do que s uas bo as façanha s no mundo não se ja m v ist as co mo más ). 182
  • 183. O rác ulo 117 Ìdí-Òtúrá Es se O dù fala de re str içõ e s die té t icas par a saúde e sa cr ifí cio par a har mo nia fami liar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e qüe nt e me nt e t e m pr o ble mas de saúde tal co mo pr e ssão alt a o u co le st er o l. 117 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U m pai de se ja o be m ao se u filho . U ma mãe de se ja o be m ao se u filho . Lo ng ev idade e idade av ançada de pe nde de Èdú. I fá fo i co ns ult ado par a O luy e mi, que fo i o rie nt ado a sa cr ificar par a pr e v e nir do e nça na s nádeg as. O sa cr ifí cio : um po mbo , uma galinha, u m g alo , um pe ix e ar o , 18 000 búzio s e fo lha s de I fá. No e se nt ay e o u it e fá, e ssa cr iança não de v e se unir e m mat r imô nio se m o co nse nt ime nt o de se u pai o u de sua mãe . Ee wo : O 183
  • 184. clie nt e não de v e co mer no z de co la o u car ne mas dev e ut ilizar pixe o u car amu jo s e m s ua so pa. 117 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O ko (a pá), o úni co que pro c ur a o be m -e st ar da te rr a, co ns ulto u par a A lár á, que fo i or ie nt e ado a sacr ifi car par a que sua famí lia se uni sse ao inv é s de se di spe r sar . O sacr ifí cio : u m fe ix e de vas so ur as, um par de po mbo s jo v e ns e 16 000 b úzio s. A lár á fe z o sa cr ifí cio . Lhe fo i as se g ur ado que ser ia fe liz par a se mpr e . A lár a se to r no u be m su ce dido . O rác ulo 118 Òtúra’dí Es se O dù fala so br e uma cr iança s uce de ndo se u pai e um re lacio name nt o co m um par ce ir o do minant e . O bse r v ação o cide nt al: O out ro par ce ir o no r e lacio name nt o é co nt ro lado r e m de mas ia. 118 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A r iba de náde g as v er me lhas co ns ulto u I fá par a O rí - A wo , que fo i saudado por O muk o -eg i. F o i pr e dito que e le usar ia a cor o a de se u pai, lo g o dev e r ia sa cr ificar uma ov e lha par a t er v ida lo ng a. 184
  • 185. 118 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O A lv or e ce r (iji mjik ut u) co nsult o u I fá par a A di. A di e st av a indo de spo sar o Nas cer - do - so l (iy alet a). Ele s disse r am que e le se mpr e tr e mer ia à v ist a de sua e spo sa. O sacr ifpi cio : tr ê s g alo s e 6 600 búzio s. Ele se re cu so u a sa cr ificar . O rác ulo 119 Ìdí-Irete Es se O dù fala da ne ce ssi dade de t rabalho ár duo par a alca nçar uma po si ção e le v ada. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m u ma pr o mo ção o u no vo tr abalho e m se u cam inho por é m o me do po de blo que a- lo . 119 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O moy in, o A dv inho de bo m cor ação , lavo u o ut r a cabe ça do ho me m. A cabe ça fico u limpa. O moy in lav o u o utr o cor po do ho me m. O co r po fi co u br ilhando . I fá fo i co ns ult ado par a A we ro ro g bo la. F o i pr e dito que Ade g bit e se t or nar ia re i no fut ur o . De z po mbo s, 185
  • 186. pe nas de papag aio e 2 000 búzio s Ele o uv iu e sacr ifi co u. 119 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I jime r e , o Adv inho da apt idão fí s ica e da be le za, co ns ulto u I fá par a A r ise mase Ìdí r et e re t e . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mane ir a a tr abalhar e não t er me do de t rabalhar . O sacr ifí cio : u m car ne iro , uma e nx ada, uma fo ice e um cão . Nó s pe rg unt amo s a razão . I fá dis se : U ma e nx ada nun ca falt a ao tr abalho . U ma fo ice nun ca ado e ce . U m cão pe g a no tr abalho dur ame nt e . U m car ne ir o não te me ne nhu ma o po si ção . O rác ulo 120 Irete’di Es se O dù ala de r e sist ê ncia à mudança, mas da ne ce ss idade da me s ma. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa re av aliar um re lacio name nt o que não e st á dando mais ce rt o . 120 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I jo ko -ag ba- biik ’e ni -ma- dide -mo , Ag ba- m’ o pa-l’o wo . co ns ulto u I fá par a a M ó (o lo ) . O lo não que r ia se le v ant ar do lug ar o nde e la e st av a. F o i pe dido que e la sacr ifica sse do is po m bo s, 4 400 búzio s e fo lhas de g bé g bé . Ela o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. O lo se mpr e te r ia alg ué m par a car r eg a- la. 186
  • 187. O rác ulo 121 Ìdí-Ose Es se O dù fala so br e po ssí v e is pr o ble mas pr ov e nie nt e s de o rg anis mo s mi cro scó pi co s. O bse r v ação o cide nt al: Pr o mis cuidade ir á r e sult ar e m do e nça. 121 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s o lho s pro t eg e m a cabe ça; uma pe que na co isa po de causar co nf usão inca lculáv e l. I fá fo i co ns ult ado par a 165 árv or e s. Elas fo r am or ie nt adas a faze r sacr ifí cio par a e v it ar r e ce be r um e st r anho per igo so s. Q uat ro fa cas, aze it e -de - de ndê , banha de òr í e 18 000 búz io s dev er iam se r sacr ificado s. Ela s ouv ir am o co nse l ho , por é m não sa cr ificar am. O pe sacr ifi co u me t ade do que fo i pe dido e Pe r e g un se g uiu a or ie nt ação e re alizo u ple name nt e o sacr ifí cio . À que le s que sacr ificar am fo r am dadas fo lha s de I fá. Ent ão fo i 187
  • 188. de clar ado que par asit as nunca arr uinar iam O pe e ne m Per e g un. Par asit as te imo so s que t e nt am at acar Pe r e g un não so br ev iv e m. 121 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ele s so fr er am um de sast r e e quise r am sabe r qual fo i a causa, mas ning ué m so ube co mo e la v e io at é que r e alizar am sa cr ifí cio pr ev ist o po r Baale -e ro , que aco nse lho u a sa cr ificar quatr o g alinhas, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá par a pe r mit ir a de s cov e rt a. O rác ulo 122 Ose’dí Es se O dù adv er t e co nt r a se r muit o amáv e l, par a que um inimig o der ro t ado não r et or ne . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a um co nflit o ao qual e le dev e se co mpo rt ar ag r e ssiv ame nt e . 122 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Nó s não apanhamo s um g at uno e o de ix amo s se m uma úni ca mar ca. Se nó s so mo s v it o r io so s, nó s dev e mo s pre nde r o tr aidor . Se nó s não pr e nde r mo s o t raido r , a pe sso a que nó s co quist amo s, de po is de de scançar u m po uco , clamar á v it ó r ia so br e nó s. I fá fo i co ns ult ado par a Saan u-o t e , que fo i or ie nt ado a sa cr ificar par a ev it ar de t rat ar uma 188
  • 189. falt a co m co mpaix ão . De us ama a t o das as co isas não e m ex ce sso . O sacr ifí cio : quatr o g rande s saco las, 3 200 búzio s e Fo lhas de I fá; U ma sa co la pr e nde se u co nt e udo . O rác ulo 123 Ìdí-Òfún Es se O dù fala re mo ção de blo que io s e de uma viag e m ine spe r ada. O bse r v ação o cide nt al: O s ne gó cio s do clie nt e e st ão indo mal; é re co me ndado a t o mada de uma no v a linha de ação . 123 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O jiji fir i co nsult o u I fá par a Ì dí e Ò fún. F o i dit o a e le s que u ma ine spe r ada v iaje m e st av a po r v ir e que de v er iam sa cr ificar de mane ir a que t iv e sse m suce sso ne ssa jor nada. 189
  • 190. O sa cr ifí cio : u ma ov e lha, um po mbo , 18 000 búzio s e fo lhas de I fá ( faze r uma so pa co m fo lhas de aik uje g unr e tr it ur adas, um po mbo e um pe ix e aro ; te v e se r co mida be m ce do pe la manha pe la pe sso a o u po r qualque r um na ca sa). 123 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Edidi o s se g ur a e m casa. Ò fún o s blo que ia na flo r e st a. Q ue m ir á salv a-lo s? A pe nas Òr únmì là o s libe r t ar á; A pe nas Òr únmì là. I st o fo i div inado às pe sso as de I fe - Oo ye no dia que e le s fo r am sit iado s. Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar um pe nt e , um po mbo e 2 400 búzio s po que so o cabe lo e st á e mbar açado , ape nas um pe nt e po de ar r uma- lo . O rác ulo 124 Òfún’dí Es se O dù adv er t e co nt r a g ula e eg o í smo . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr o cupando de mai s co m se u s ne g ó cio s; is so re su lt a e m dific uldade s de re lacio name nt o . 124 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún limit a sua bo ndade , Wàr àg bà ag e de pr e ssa de for ma que Ò fún não po ssa no s mat ar . I fá fo i co ns ult ado par a O lo rí - Og a. Ele dis se : Q ualque r um que limit e a be ne v alê ncia e m sua casa nunca re ce be r á bo ndade da o utr a par te . Ele fo i or ie nt ado a 190
  • 191. sa cr ificar um po mbo , uma o ve lha, uma por ção de o b`e 20 000 búzio s par a pe r mit ir que a bo ndade fl ua par a de ntr o da casa. O rác ulo 125 Ìrosù’wonrin Es se Odù adv er t e par a de sfr ut ar a pr o spe r idade que che g a, dev e mo s co nse r v ar a paz e har mo nia. O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso que che g a po de causar pro ble ma s fam iliar e s o u de par ce r ia. 125 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì ro sù wó nr í n, Ì ro sù wór in wo n co nsult o u I fá par a as pe s so as de A le de -O wa. F oi pe dido a a e le s que sacr ifica sse m de ze sse i s po mbo s, uma ov e lha, de ze sse i s car amu jo s e 191
  • 192. 16 000 o u 160 000 búzio s de mo do que pude sse m apazig uar a me nt e e e v it ar e m g uer r a civ il. 125 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Er int unde , nó s e st amo s pr o spe r ando . I fá fo i co n sult ado par a as pe sso as de I fe - Oo ye . Ele disse : Est e é um ano de dinhe ir o e filho s. U ma o ve lhas, um po mbo e 16 000 búzio s de v er iam ser sa cr ificado s. A ssim e le s fize r am. O rác ulo 126 Oworin’rosu Es se O dù fala da impor t ância do s so nho s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de co nt at o int imo co m sua e ner g ia ance str al par a cor r ig ir difi culdade s munda nas. 126 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , co nsult o u I fá par a O lawun mi quando O lawu nmi dor mi u e so nho u. Pe la manhã, pe diu que um sace r dot e de I fá v isse div inar par a e le . Er inmuy e o A dv inho de bo m cor ação , ve io , co ns ult o u I fá e e nco nt ro u O wo nr in’ ro s u. 192
  • 193. A pó s curt a re fle x ão , e le disse : O lawun mi! v o cê t ev e um so nho na ult ima no it e . Est a é a r azão de t er co nv idado um babala wo . No so nho vo cê o uv iu o so m de si no s de dança e v iu alg ué m so rr ido par a vo cê . O so nho que vo cê t ev e t rás bo ns aug úr io s. Log o , vo ê de v e sacr ificar : do is po mbo s, duas galinha s, do is paco t e s de o bì , 2 400 búzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. S ua cabe ça fo i cult uada co m um po mbo . F o i de clar ado que “O lawu mi se mpr e se r ia r e spe it ado ”. O rác ulo 127 Ìrosù-Obara Es se O dù fala de div idir co m o s o utr o s de mane ir a a g ar ant ir pr o spe r idade e fe li cidade . O bse r v ação o cide nt al: U m e nco nt ro de ne g ó cio s o u o po rt uni dade que e st á por v ir se r á be m suce di do . 127 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U ma v ida de pe g ar —e —lev ar far ia o m undo um lug ar pr aze ir o so par a se viv er . I fá fo i div inado par a Ò r únmì là, que se dig ir ia a O t u-I fe par a e ns inar as pe sso as a co nv ive r e m be m tant o e m casa quanto na r o ça. 193
  • 194. F o i pr e dito que Òr únmì là e st ar ia apt o a intr ui -lo s. Ele s ace it ar iam se us e nsiname nt o s. M as ante s de e mbar car e m sua jo r nada, e le dev e r ia sa cr ificar uma po r ção de or og bo , fo lhas de og bo , banana s e 16 000 búzio s. A ssi m fe z Ò r únmì là. 127 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O mo ko A lajé , o ta nt a wàr à co ns ulto u I fápar a O y inbo . O y inbo fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a capa cit a-lo a co me r ciar abunda nt e me nt e . O sacr ifí cio : u ma quant idade de sal e quiv ale nt e ao valo r de 200 búzio s, uma galinha br anca, um po mbo br anco e 20 000 búzio s. O y inbo sacr ifico u e se t or no u pr o spe ro . O rác ulo 128 Obara-Ìrosù Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a asse g ur ar be nção . O bse r v ação o cide nt al: O su ce sso do clie nt e de pe nde de cr e s cime nt o e spir it ual. 128 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O r e i t ev e um filho ; e le o chamo u de A de (a cor o a). O r ico t ev e u m filho ; o cha mo u de A jé (di nhe iro ). Nó s olhamo s e m no sso quint al ant e s de no me ar mo s uma cr iança. Vo cê não sabe que o filho de O bar a- Ìr o sù é um babala wo ? Est e fo i o I fá div inado ár a as pe s so as no dia que nó s v imo s O bar a-Ì ro sù no sant uár io de I fá. Fo i pe dido que sa cr ificas se m de z rato s, de a pe ix e s, o sùn e 20 000 búzio s. O clie nt e dev e sr iniciado e m 194
  • 195. I fá. Enquant o e le se t or na to t alme nte ve r sado e m I fá, um o sùn dev e ser plant ado par a e le . 128 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I fá no s fav or e ce u, que cu lt ue mo s e nt ão a I fá. O risa no s favo r e ce u, que cult ue mo s e nt ão Or isa. O risa -nla no s fav o re ce u co m fil ho s. I fá fo i co ns ult ado par a Esu su. F o i pr e dito que Esus u se r ia fav or e cido co m fil ho s. Lo go e le de ve r ia sacr ifi car uma ca br a, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá. O rác ulo 129 Ìrosù’kanran Es se O dù chama pôr aut o -afir mação . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é t imido e facilme nt e do minado no t rabalho . 129 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O luko nr an- iwo si, O luko y a-iwo si. Q ualque r um que lev ar insult o s par a casa co nt inuar á so fr e ndo . I fá fo i co ns ult ado par a O lo g bo , o fil ho de um sa ce r do t e . F o i det e r minado que O lo g bo supe r ar ia to do s o s o bst áculo s e co nqui st ar ia se us inimigo s. 195
  • 196. F o i pe dido que sacr ifica sse uma faca, pime nt a-da- co st a, 2 200 búzio s e fo lha s de I fá. O rác ulo 130 Okanran’rosù Es se O dù adv er t e so br e o s pe r igo s de açõe s ir r e spo nsáv e is e de clar a que arr e pe ndime nt o g e nuí no se mpr e ser á pe r do ado .. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e fr e que nt e me nt e tem pr o ble mas co m se u co mpanhe ir o o u filho s. 130 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ran- k iiba’ nik iay e -o r i, Enibar i-o ran- He e pa-o nada, O naniy iadur it iwo n co nsult o u I fá par a a galinha e se us pinto s 196
  • 197. quando e le s e st av am pe r ambula nd o liv r e me nt e . F o i pe dido que e le s sacr ifi cas se m se de se jas se m co nt inuar se mo v e ndo liv r e me nt e se m mo rr er . O sacr ifí cio : u m o sùn, um r at o , um pe ix e , 2 800 búzio s e fo lhas de I fá. 130 – 2 (Tr adu ção do v er so ) M á ação pr o po sit al não é bo m. Se uma pe sso a má se de scul pa, não hav e r á ne nhum pro ble ma. As pe s so as se mpr e pe r do ar ão o ig no r ant e . I mor an- se -ibik o su nwo n co ns ulto u I fá par a O s’o r an-s’ ak in Me be lu fe . To do o mu ndo e st av a se que ix ando de le . Se e le se de sc ulpas se se r ia per do a do . A s br ux as, o s fe it ice ir o s e Èsù o pai de le s e st av a blo que ando sua bo a sor t e pro v e nie nte de O lo dunmar e . e le fo i co nt udo or ie nt ado a sa cr ificar quat r o po mbo s, uma ov e lha, no ze s de co la, 3 200 búz io s e fo lhas de I fá (pilar fo lhas de o luse sa ju e o riji co m sabão - da-co st a; u sar e st e r e mé dio par a banho ). Ele r e aliso u o sacr ifí cio . Lhe fo i asse g ur ado que Olo dunmar e pe diar ia a Èsù que o pe r do as se . O rác ulo 131 Ìrosù-Egúntán Es se Odù e nfat iza a ne ce ssidade de sacr ifí cio e do u so da me dicina he r bal. Pe de par a que a pe sso a se co nt e nha e m fazer mal e se de dicar ao cult ivo do bo m car át er . O bse r v ação o cide nt al: A s co isas não e st ão fluindo par a o clie nt e . 131 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 197
  • 198. U m ca chor ro é agr adáv e l at é o s de nt e s e m sua bo ca. U m car ne ir o é agr adáv e l at é se u s chi fr e s. I fá fo i co ns ult ado par a a pe sso a malv ada. De u s in str uiu às pe s so as do mundo a r e alizar e m sacr ifí c io . Ò r únmì là inst r uiu no uso da me dicina. Ele dis se que se as pe s so as r e alizam sacr ifi cio e o fer e ndas, e las de v er iam implo r ar a Ele g bar a par a que e st e le v e o s sacr ifí cio s at é O lo dun mar e . De us não t or na o sacr ifí cio o br ig at ór io . Q ualque r um que de se ja te r suce sso far á o sacr ifí cio . O risa -nla inst r uiu as pe s so as a pr iv ar -se de e nv iar a Èsù me nsag e ns malig na s, dev ido às sua s re pe r cusõ e s. Q uatr o po mbo s, sabão -da- co st a, o sùn e 3 200 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. Elas re alizar am o sacr ifí cio e de sde e nt ão . Ò rúnmì là te m falado às pe sso as o hábit o de t o mar e m se u s banho s a cada quat ro dia s e o uso de o sùn par a e sfr e g ar no cor po . 131 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ek it ipet e co ns ulto u I fá par a O de -ay e e par a O de -O r un, que for am or ie nt ado s a sa cr ificar quatr o po mbo s e 8 000 búzio s de mo do que a caçada de le s t er iam s uce s so . O de -ay e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio , O de -Or un re alizo u o sacr ifí c io . A Hi stó r ia de I fá: U m dia e nqua nto ca çav am, Ode - Or un de u de car a co mcinco g r ande s o vo s so b alg umas fo lhas. e le o s pe g o u. Q uando e le alcanço u uma e ncr uzilhada, e le chamo u po r por se u co le g a e disse , “O de -ay e , ve nha e peg ue o que e u de ix e i par a vo cê aqui”. Ele e nt ão r et or no u à sua ca çada. O de - ay e não co nse g uiu nada aque le dia. Quando e le r et or no u à e ncr uzil hada e e nco ntr o u do is gr ande s ov o s, e le o s pe go u co m ale gr ia. I me diat ame nt e apó s e le vo lt ar à caçada, e le co zinho o s ov o s e o s co me u. No dia se g uint e , Ode - Or un fo i par a o lo cal que e le hav ia co let ado o s ov o s. Par a sua g rande s ur pr e sa, e le e nco nt ro u 20 000 búzio s de baix o de cada ov o . Ele rapidame nt e e mbo lso u as t rê s por çõ e s de dinhe iro no pr ime ir o , se g undo e t er ce ir o dia. Ent ão e le e nco nt ro u O de -ay e e per g unto u a e le , “o que v o cê fe z co m o s o vo o s do o ut ro dia?” O de -ay e re spo nde u, “e u o s co zi e co mi”. “C o mo ?” “Ele s e st av am de li cio so s”. Ent ão Ode - Or un dis se , “Há! e st á te r minado . Vo cê e st á mo rt o . Vo cê O de -ay e nunca pro spe r ar á”. Ho je no s dize mo s: “Òr ún mì là”, que sig nif ica “Só De us po ssu i pr o spe r idade . Ele é aque le que po de r ia dar a qualque r pe sso a de aco r do co m sua v o nt ade ". 198
  • 199. O rác ulo 132 Ògúndá-Rosù Es se O dù fala do fim das difi culdade s e o co me ço da bo a sor t e . O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a um no vo ne gó cio , u m nov o r e lacio name nt o e no vo s uce s so . 132 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. 199
  • 200. Eu fui po br e , ag o r a so u rico . A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu e st av a só , ago r a e sto u casado . A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu nunca tiv e um fil ho , ag or a e u te nho v ár io s. A maldição te r mino u, e u e st o u fe liz. Eu e st av a do e nt e , ag or a e st o u cur ado . I fá fo i co ns ult adso par a a ov e lha, que fo i amaldiço ada pe lo s mut ilado s e ale ijado s. F o i pe dido que sacr ifica sse de mo d o que as maldiçõ e s so br e s ua cabe ça fo s se m banida s. O sacr ifí cio : po mbo s, o bì , pime nt a- as- co st a, or og bo e 2 800 búzio s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 132 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò g ún e st av a pr o cur ando po r sua e spo sa. Ele a e nco ntr ar ia. I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là. Ò r únmì là fo i or ie nt ado a sa cr ificar e lhe fo i g ar ant ido que e nco nt r ar ia sua e spo sa que e st av a de sapar e cida. O sacr ifí cio : u m r at o , um camar ão . um car amujo e 2 000 búzio s. F o i de cr e t ado que , da me sma mane ir a que a pe sso a bat e e m um car aco l, Ede t rar ia de v olt a a se spo sa de Òr únmì là. 200
  • 201. O rác ulo 133 Ìrosù-Osa Es se O dù fala do impo rt ância do sacr ifí cio par a ve nce r o bst áculo s e inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: Há pe sso as que e st ão co nst ant e me nt e co nspir ando par a atr apalhar o clie nt e . 133 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A fe fe se -o ri- ig i- her e he r e , Efun funle le niit i- e wé -ag bo n-nik or o niko ro co ns ulto u I fá par a Ò r únmì là. 201
  • 202. F o i pe dido que e le sacr ifica sse um cabr it o de mo do a se r v ito r io so so br e se u s inimig o s e v e nce r to do s o s o bst áculo s. Ele se g ui u a o rie nt ação e fe z o sacr ifí cio . O rác ulo 134 Osa-Rosù Es se O dù fala de paz e dinhe iro co mo se ndo o s ingr e die nt e s e sse nciai s par a o s uce s so e pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m uma mudan ça r e pe nt ina e m casa o u no s ne g o cio s. 134 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 202
  • 203. Paz per fe it a, O sa’ Ro s u. O car amujo v iv e uma v ida pací fica. O sa’ Ro s u co ns ulto u I fá par a A lag e mo . F o i pe dido a e le que viv e sse uma vida pací fica e quiet a. A v ida de A lag e mo se r ia calma. F o i pe dido que e le sacr ifica sse aze it e -de - de ndê , banha de òr í, um gr ande pe ix e ar o e 18 000 búz io s. Ele fe z o sa cr ifí cio . 134 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Q ualque r um que te m dinhe iro e st á apto a co mpr ar co isas bo as. I fá fo i co ns ult ado par a Ee k a-A laje . Ek ik a fo i asse g ur ado que se t or nar ia pr ó spe ro . Ele t ev e muit o s fil ho s. Q uatr o galinha s e 3 200 búz io s se r iam sa cr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O rác ulo 135 Ìrosù’Ká Es se O dù fala de paz me nt al e sacr ifí cio par a ev it ar do e nça- do - so no . O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s e st ão mais difí ce is do que de v er iam se r . M iuto t r abalho par a co nse g uir r e sult ado s mini mo s. 135 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O so m de um sino é o uv ido mundia lme nt e . 203
  • 204. I fá fo i co ns ult ado par a Ò r únmì là. fo i pr e dito que o no me de Òr únmì là ser ia o uv ido mundialme nt e e t odo mundo asp ir ar ia co nhe ce -lo . Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a apazig uar se u e spí r it o . O sacr ifí cio : u m pe ix e ar o , um po mbo e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 135 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A ro k a-A g bo k a co nsult o u I fá par a O sù. O sù fo i or ie nt ado a sacr ifi car pr a se pr e v e nir co nt r a a do e nça do so no que po de r e sult ar e m mor t e . O sacr ifí cio : u ma fle cha e m se u e sto jo , uma ov e lha e 4 400 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. F o i de cr e t ado que “uma fle cha nu nca do r me e m se u e sto jo ”. O rác ulo 136 Ìká’rosù Es se O dù fala de vida lo ng a e po pular idade . O bse r v ação o cide nt al: C o mpe t ição e m um r e lacio name nto po de se r r e so lv ido a fav or do clie nt e . 136 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A y ink a, o A div inho de Ì ro sù, 204
  • 205. co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que e la fo sse apo nt ada co mo a mais po pular das ár vo r e s. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha br anca e 12 000 búzio s. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 136 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A y ink a, o A div inho de Ì ro sù, co ns ulto u I fá par a Ì ro sù. F o i pe dido a Ì ro sù que sacr ifi cas se de mo do que t iv e sse vida lo ng a. O sacr ifí cio : o ve lha, pe per e k u e 3 200 búzio s. Ela sa cr ifico u. F o i de cr e t ado : “Pe per e k u v iv e r á lo ng ame nt e ”. O rác ulo 137 Ìrosù’Túrúpòn Es se Odù adv er t e co ntr a mal car at e r e ofe r e ce uma saida par a se te r filho s sa udáv e is. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù aj uda as mulhe r e s a e v it ar abor to s. 137 – 1 (Tr adu ção do v er so ) P upadamo fun fun co nsult o u I fá par a Sò pò nná A f’o lug bo ro da’ ju -o ran- r u, 205
  • 206. c ujo car áte r não de ix av a que as pe sso as fala sse m de se u no me . F o i pe dido a e le que sa cr ificas se de fo r ma que Ò r únmì là pude s se ajuda -lo a ame nizar se u car at er . O sacr ifí cio : u m po mbo (se m mancha s), 1 800 búzio s e fo lhas de I fá. Sò pò nná se r e cuso u a sacr ifi car . Se e le t ive s se fe iro o sacr ifí cio , Òr únmì là te r ia ame nizado se u car át er de fo r ma que se u no me fo sse be m falado no mundo . 137 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì ro sù’ T ur upo n co nsult o u I fá par a A bimok u. A bimok u fo i or ie nt dado a faze r sacr ifí c io . A bimo k u se mpr e dar ia a luz a cr inaça s que so br e v iv e r iam. O sacr ifí cio : uma t ar t ar ug a e 16 000 búzio s. Ela sacr ifico u. F o i aco nse lhado que o no me de la fo sse mudado par a M o la (uma cr ian ça so br ev iv e ). "É pro ibi do . U ma tart ar ug a jov e m nu nca mo rr e ". O rác ulo 138 Oturupon’Rosù Es se O dù adv er t e co nt r a de sar mo nia e m um re lacio name nt o . O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù pe de por maio r int imidade , r e lação aber t a co m o co mpanhe ir o da pe sso a. 138 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 206
  • 207. O t ur upo n’ R o su, A r iwo ni co ns ulto u I fá par a De l umo . Ela fo i pr ev e nida de que se u mar ido a pe rt ubar ia. Po r é m, se e la fize ssa sa cr ifí cio , se u mar ido lhe dar ia paz me nt al. O sacr ifí cio : do is car amujo s e 4 400 b úzio s. Ela sa cr ifico u. F o i de clar ado : “do is car amu jo s nun ca se cho cam”. 138 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Es ur u awo Ir e co ns ulto u I fá par a O t ur upo n quando e st e e st av a indo de spo sar Ìr o sù. Lhe fo i as se g ur ado que e le t er ia muito s filho s e ne t o s pe lo casame nt o . U ma por ção de o bì , uma galinha e 3 200 búzio s de v er iam se r sacr ificado s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O rác ulo 139 Ìrosù’Túrá Es se O dù fala de co isas que são -no s bo as me smo que não go st e mo s de las. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m u ma de sagr adáv e l por é m ne ce s sár ia t ar e fa a c umpr ir . 139 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 207
  • 208. Há dias e m que nó s lo uv amo s as pe s so as más. I fá fo i co nsult ado par a Olo dunmar e , que fo i aco nse l hado a sacr ificar par a asse g ur ar que a pe sso a que e le plane jav a e nv iar e m mi ssão não re cu sas se a t ar e fa de faze r do mundo um lo cal pací fico . Duas t ar t ar ug as, fo lhas de og bo e 6 600 búzio s for am sa cr ificado s. Apó s o sacr ifí c io , e le e nv io u Ì ro sù’ T úr á ao mun do . A s pe sso as que ix ar am- se que o car át e r de Ìr o sù’ Túr á não er a bo m. O dùdùa disse que e le e nv io u Ìr o sù’ Túr á par a o be m da humanidade ; e nt ão e le não o sub st it uir ia por out ro qualque r . Ele disse : Se um g r upo de pe s so as se re une , apó s alg um te mpo o me smo se dis per sa. Q ual impr e ssão dar ia se as pe sso as se r e unis se m dur ant e um t e mpo muit o lo ng o , at é fi care m impo ssib ilit ado s de se dispe r sar e ir par a s uas re spe ct iv as ca sas ? O rác ulo 140 Òtúrá-Ìrosù Es se O dù fala de a ho ne st idade ser o único caminho par a se co nse g uir paz- de - e spí r ito e har mo nia. O bse r v ação o cide nt al: F re qüe nt e me nt e , as re laçõ e s co me r ciais do clie nt e e st ão e m pe r igo . 140 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Gba sidig bar a co nsu lto u I fá par a O niko y i. 208
  • 209. O niko y i to mar ia a pro pr ie dade de alg ué m. O niko y i se de cidir ia a ut ilizar a pro pr ie dade par a si. F o i pr e dito que o ca so ge r ar ia calo ro sa disc ussão . Ent ão e le dev e r ia fazer um sacr ifí cio de de z car am ujo s e 3 200 b úzio s. F o i pe dido que dev o lv e s se t udo que não lhe per t e nce s se . 140 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr á de s canço u, Ìr o sù dis canço u: e la co nsult o u I fá par a O lú-I wo . O lú- I wo e sua e spo sa fo r am asse g ur ado s da paz- de -e spí r it o . U m po mbo e 4 400 búzio s se r iam o fer e cido s e m sacr ifí cio . Ele o uv iu e sacr ifi co u. O rác ulo 141 Irosu-Ate Es se O dù pe de por ini ciação e m I fá par a co nse g uir su ce sso e v ida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se g uir u m camin ho e spir it ual. 141 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì ro sù -A te co ns ult o u I fá par a Ò r únmì là. fo i pr e dito que Ò r únmì là iniciar ia pe s so as por t o do o mundo . 209
  • 210. F o i pe dido que sacr ifica sse uma g alinha, fo lhas de te t e , 3 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 141 – 2 (Tr adu ção do v er so ) À ik ú-e g bo n-Ì wa co ns ult o u I fá par a Ì ro sù e Ìr e te , que fo r am av isado s a sa cr ificar par a que co nt inuas se m a se r e m fav or e cido s por Ò r únmì là e não per e ce r e m. U ma ca br a e 20 000 b úzio s se r iam sa cr ificado s. Ele s sacr ifi car am. F o i de clar ado que Ò r únmì là se mpr e v iv e r ia no iy è -ir ò sù. O rác ulo 142 Irete’Rosù Es se O dù fala de e mpe cilho s e difi culdade s ine spe r adas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e co m fr e qüê n cia e st á se nt indo pr e ssão — se m uma cau sa facil me nt e ide nt ificáv e l. 142 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I re t e ’R o su co nsult o u I fá par a O lo fin. 210
  • 211. O lo fin fo i aco nse lhado a ofe r e ce r sacr ifí cio de v ido pr o ble mas ine spe r ado s. U m po mbo br anco , uma galinha br anca e 20 000 búzio s. dev e r iam se r sacr ifi cado s. O rác ulo 143 Irosu-Ose Es se O dù fala de ve nce r dific uldade s e me lhor ar o s neg ó cio s. O bse r v ação o cide nt al: C amin ho s nov o s o u apro x imaçõ e s re sult am e m su ce sso . 143 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Nó s o uv imo s o so m do o sù de O se saudando as pe sso as. Nó s pe rg unt amo s o que O se e st av a faze ndo , so ando se u o sù. 211
  • 212. O se e st av a co nquist ando se us inimig o s. O se e st ar ia pr eo c upado co m se u t rabalho de div inhação . O sacr ifí cio : u m po mbo , um r ato , um pe ix e e 2 800 búzio s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u. O rác ulo 144 Ose-Rosù Es se O dù fala da re mo çaõ da dor e da t rist e za. O bse r v ação o cide nt al: A t iv idade mundana caót ica e st á re sult ando em infe li cidade . 144 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A bat alha é do lo r o sa, a cidade é mi se r áv e l. 212
  • 213. I fá fo i co ns ult ado po r O se . O se fo i aco nse lha do a sacr ificar de fo r ma que e le e st ar ia se mpr e fe liz. O sa cr ifí cio : u m sino , uma po r ção de obì , uma gr ande tije la de inhame pilado , uma t ije la de so pa, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar . 144 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O biy e nme y e nme co ns ulto u I fá par a o g alo e par a a galinha. A s av e s co nt inuar iam a se r pro dut iv as. F o i pe dido que sacr ifica sse m uma ca br a e 20 000 búzio s. Ele s sacr ifi car am. O rác ulo 145 Ìrosù’fún Est e O dù fala de pr ot e ção co nt r a e nfer midade s de fo r ma a te r bo a sor t e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se pr e o cupando de mais co m r e lacio name nt o s pre j udican do o s neg ó cio s. 145 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì ro sù’ f ún, o so m da ch uv a é o uv ido e m to do lug ar . I fá fo i co ns ult ado par a Ek un (o le o par do ). Lhe fo i pe dido que 213
  • 214. sa cr ificas se de fo r ma que não pude s se se r at acado po r Sò npò nná. O sacr ifí cio : v er t a aze ite - de -de ndê e m u ma t ije la, milho t or rado e e ko mist ur ado co m ág ua e m uma caba ça. Ek un sa cr ifico u mas não fe z co rr e t ame nt e . Ele se gabo u que não tinha cer t e za que alg ué m po der ia der ro t a-lo e m co mbat e . Ele fo i info r mado que Sò npò nná o at acar ia mas não po der ia mat a-lo . 145 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì ro sù’ f ún, uma ino ce nt e cr iança nas ce u. Ì ro sù’ f ún, nó s dev e mo s lav ar a ca be ça do clie nt e . I fá fo i co ns ult ado po r Òr únmì là. Ele fo i as se g ur ado que bo a so rt e e st av a e m se u caminho . U m po mbo e 2 000 búzio s dev e r iam se r sacr ifi cado s. Ele o uv iu e fe z o sacr ifí cio . O rác ulo 146 Òfún’Rosù Es se O dù fala de sacr ifí cio par a re mov e r tr ist e za par a uma v ida lo ng a e fe liz. O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù é uma bo a indicação par a nov o s e int imo s r e lacio name nt o s. 146 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún’ R o sùn co nsult o u I fá par a Ewa- olú. 214
  • 215. F o i pr e dito que Ewa-o lú se r ia t er ia u ma v ida fe liz. O sacr ifí cio : U ma g arr afa de me l e 14 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 146 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún e st á distr ib uindo bo ndade . Ò fún não faz ne nhum alar de so br e is so . Pe sso as co mo Ò fún são difí ce is de se e nco ntr ar na t er r a. Q ualque r um que de se ja re alizar mar av ilhas dev e o lhar par a o par aiso . O Par aiso é o lar da ho nr a. I fá fo i co ns ult ado par a o s ser e s hu mano s, que falar am que a mo rt e se mpr e o s lev ar iam a v er as mar av ilhas e m cé u. F o i pe dido que sacr ifi cas se m de mane ir a que a e sc ur idão e a tr ist e za fo s se m banidas de se u s ca minho s. O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, quatr o t ar t ar ug as, quat ro pe daço s de te ci do br an co e quat ro paco t e s de o bì . Ele s o uv ir am mas não sa cr ificar am. O rác ulo 147 Owonrin’Bara Es se O dù pe de par a olhar mo s de nt ro de nó s me s mo s par a o bt e r mo s re spo st as par a no sso s pr o ble mas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e spe r ar uma mudan ça po sit iv a na sor t e . 147 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ele me ve , Eu não o ve jo . 215
  • 216. O wo nr in’ Bar a div ino u par a O wa. F o i dit o que o que pro cur amo s e st á per to de nó s, mas por cir cu nst ancia s ine spe r ada s. F o i pe dido sa cr ifí cio par a que Bar a A g bo nnire g un po ssa mo str ar -no s. Ò r únmì là, Te st e munha do De st ino , Se g undo Se r Supr e mo de O lo dunmar e disse : O que e st amo s pro c ur ando e st á pe r to de nó s; nada no s impe de de v er que e le salv a da ig nor ân cia. O sacr ifí cio : u ma g alinha, 20 000 búzio s e re mé dio de I fá (dua s O rí awo nr iwo n). Ele sa cr ifico u. F o i dit o e nt ão que O o wa se mpr e e nco ntr ar ia o que e le pr o cur asse . 147 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A s r e de s abu ndam par a o pe scado r I bada div ino u par a De ’ do . F o i pr e dito que e le dev er ia ser um pe scado r . F o i pe dido que fize sse sacr ifí cio par a vida lo ng a e saúde . O sacr ifí cio : pe pe r ek u, uma o ve lha, um po mbo e 2 800 búzio s. Ele fe z o sa cr ifí cio . O rác ulo 148 Obara’Wonrin Em ibi, e sse Odù fala de uma pe sso a ag indo ir r acio nalme nt e ; e m ir é fala de pro spe r idade po t e ncial. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa se tr anquilizar - se par a obt er s uce s so . 148 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 216
  • 217. A g be te m a vo z de jog o . A luko t e m a vo z de v e ne no , O bar a’ Wo nr in te m a vo z de maso r o masor o (e u far e i o mal, e u far e i o mal) fo i div inado par a Eg bi n-o l’o r un- go go ro , que e st av a indo se e nco nt r ar par a dançar e lhe fo i pe dido que sacr ifi cas se duas g alinhas e 3 200 búzio s. Eg bin o uv iu e sa cr ifico u. quando e le che go u ao lo cal, e le ult r apasso u t odo s o s o utr o s na dança co mo pr e dit o . Se us co mpanhe ir o s ficar am fur io so s e e nv iar am Esin par a bu scar um ve ne no que e le s pude sse m ut ilizar par mat ar Eg bin. Q uando Esi n e st av a r et o r nando , co me ço u a chov e r e a r oda de dançar ino s dispe r so u -se . A ch uv a ume de ce u a dr og a no co r po do cav alo (e sin). O v e ne no fe z Esin fi car fur io so e co rr e r . De sde e nt ão , o v e ne no fe z e sin f ug ir r e pe nt iname nt e co m me do e co rr e r se m ning ué m o g uiar . 148 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O que sabe m v o cê s so br e isto ? Nó s co nhe ce mo s ist o co mo aleg r ia. I st o fo i div inado par a Òr únmì là A lade quando e st av a e le e m dific uldade . Ele s disse r am: O ano de rique za s che g o u. F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo , sal e 2 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. O rác ulo 149 Owonrun’Konran Em ibi e sse Odù fala da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a ev it ar ac usa çõ e s co ntr a o clie nt e . Em ir é fala de mo me nt o s de pr azer par a o clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a se r mais re alist a co m re spe it o as sunt o s co t idiano s. 149 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 217
  • 218. Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas. Q ual dia é e st e ? Disse r am e le s que e st e é um dia de tr ist e za. I st o fo i div inado par a O bahun- I japa (t ar t ar ug a) af’o r an-bi- ek un -s’ e r in. Ele s disse r am: Ho je é dia de acusa çõ e s inj ust as. Ent ão e la fo i aco nse lhada a sa cr ificar e fun, o sùn, um po mbo , fo lhas de alg o do e ir o e 2 200 búzio s. Ela o uv iu as palavr as ma s ná fe z o sacr ifí c io . Ela disse que não impo rt a quão g rande tr ist e za pude sse r e cair so br e se us o mbr o s que e la não pude sse mante r o sor r iso e m se us lábio s. Ela sa cr ifico u de po is, quando falsa s acu saçõ e s se t or nar am muito s pe sadas par a e la. A nt e s que fo lhas de I fá fo sse m pr e par adas par a Ì japá, fo i- lhe dit o que a o fe r e nda do bro u. Ela o uv iu e sacr ifico u. Lhe for am dadas fo lhas de I fá (t r it ur ar as fo lhas co m o utr o s ing r e die nt e s me ncio nado s aci ma co m sa bão par a o clie nt e ut ilizar no ban ho ). 149 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Há u m dia, um dia de ale gr ia; há um o ut ro dia, um dia de lág r imas. I st o fo i div inado par a Eg ase se , o pássar o no alg o do e iro . Ele pe rg unt o u, “que dia é e sse ?’ . Lhe fo i dit o que é o dia de aleg r ia e de fo lg ue do . Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um po mbo , uma cabaça co nt e ndo inhame pilado , uma t ije la de so pa, v inho de palma e 3 200 búzio s. Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. O rác ulo 150 Okanra’wonrin Es se Odù fala so br e pro ble mas judi ciais e de s uas re pe r cu ssõ e s. Cr ime s se r ão puni do s. O bse r v ação o cide nt al: C o m fr e quê ncia, o cl ie nt e e ncar a pr o ble mas judi ciais — co m o g ov er no o u co m a R e ce it a Fe de r al, por e x e mplo . 150 – 1 (Tr adu ção do v er so ) 218
  • 219. So fr ime nt o pr o lo ng ado fo i div inado par a O kanr an co ntr a que m pro ce s so s j udiciai s fo r am inst ig ado s. Ele s di sse r am que sa cr ifí cio dev e r ia se r fe ito de fo r ma que O kanr an não fale ce sse dur ant e o pr o ce sso . O sacr ifí cio : um po mbo , uma ov e lha e 2 200 búzio s. Ele sacr ifi co u. Fo i dit o que : Ok anr an de s cançar á. Po mbo s junt am bê nção s a to rt o e a dir e ito e m ca sa.Lo ngo é o t e mpo de vida da o ve lha; e la re ce be u a bê nção de uma e x ist ê ncia pací fi ca. O mundo int e iro go st a de dinhe ir o . Not a: A maio r part e do dinhe ir o de sacr ifí cio dev e se r dada ao s o utr o s; ape nas uma pe que na por ção ser á do baba lawo . 150 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Je k o se k a (lhe de ix e fazer mal ) apo ia O sik a; Je k o se bi (l he de ix e pr at icar cr ue ldade ) apo ia A se bi. I fá fo i co ns ult ado par a o pet ulant e , que diz que Ò rúnmì là é che io de adv e rt ê ncia s ma s que far á o que lhe der na te lha. Ele s e st ão pr at icando o mal; e le s e st ão faze ndo maldade ; as co isa s mundanas são bo as par a e le s. I st o fo i re lat ado a Òr únmì là, que dis se , “Por é m, quant o t e mpo po ssa lev ar , v ing ança e st á por v ir , da me sma mane ir a que as ondas d’o ce ano que br am, suav e me nt e ar r uí na a car g a e o s ne g o cio s e nquant o t rabalha. Q uando a ho r a che g ar , e le s fug ir ão ". U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o par a impe dir Je k o se k a e Jek o se bi ade nt r ar e m e m nó s, de for ma que se me lhant e s não no s e s car ne ça no fim. O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, aze it e -de - de ndê e 18 000 búzio s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. 219
  • 220. 220
  • 221. O rác ulo 151 Oworin-Egúntán Es se O dù fala de co nflito s e dific uldade s no s neg ó cio s e no lar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido e m um co nfl ito que não po de v e nce r . De ve co r t ar g asto s. 151 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in-Eg únt án div ino u par a O dan que e st av a e m me io a inimo go s (o u se ja, to das as ár vo r e s da faze nda e r am ho st is à árv or e Edan). Ele s co ntr at ar am um mo nstr o que po der ia bat e r e m O dan que e st á dia e no ite ao ar livr e . F o i pe dido a O dan sa cr ificar de mane ir a que o mo nstr o náo pude sse peg a- lo . O sacr ifí cio : u m r at o , um pe ix e ar o , de ndê , banha de òr í , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Ele s disse r am: “o mo nst ro não po de peg ar Odan ao ar liv r e . Odan se mpr e ser á r e spe it ado ”. 151 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Pe r e g un-s usu co nsult o u par a O wo n e Eg únt án. Fo i pe dido que sacr ifica sse m de mane ir a que e st ar ia be m co m O wo n e Eg únt án sua e spo sa. O sa cr ifí cio : u m po mbo , uma ov e lha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. ( e smag ar fo lha s o loy inwi n e m ág ua par a o clie nt e lav ar sua ca be ça co m sabão ). Ele sa cr ifico u. 221
  • 222. O rác ulo 152 Ogunda Wonrin Es se O dù fala de po s sív e l inv e ja, ci úme s e co nflit o s dev ido ao suce sso do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e v it o u uma co nfro nt ação . A co nfro nt ação de v e se re alizar . 152 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U ma pe s so a pr e g uiço sa do r me e nquant o um o per ár io tr abalha; o tr abalhado r finda s ua jo r nada e o ut r o s co me çam a inv e ja- lo . I sto fo i div inado par a Ò g ún. F o i pe dido que e le sa cr ificas se de mo do que aque le s que o inv e jav am fo s se m de str uido s. O sa cr ifí cio : u m po te d’ ág ua, um car ne iro , 2 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. Fo i dit o que “A ca baça que faz do po t e d’ ág ua um inimig o , que br ar á a caminho do r io ; aque le s que te m av er são por v o cê mor r er ão ”. 152 – 2 (Tr adu ção do v er so ) M ar que o O dù Ò g úndá Wo nr in no iy e -ì ro sù e inv o que I fá de st e mo do : “Òg ún dá Wo nr in! Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja par a minha ho nr a. Vitó r ia apó s a lut a pe rt e nce ao le ão . Vitó r ia apó s a lut a pe rt e nce a Ààr á. Òg úndá! Vo cê o s jog a ao chão no co mbat e to do s o s dias, e m to do s o s lug are s. Q ue a bat alha que e u lut ar e i se ja par a minha ho nr a. A jag buy i”. Po nha o iy e -ìr o sù no de ndê e lambe ist o ant e s de sair par a o ca mpo de bat alha. O u mo a junt o co m ipe -e le (li malha de fe r ro ), iy i- ek un (pe le de leo par do ) e pime nt a-da- co st a d e aija co m e dun -ààr á, mar que o O dù Ò g úndá Wo nr in ne le , e inv o que co mo assima. Esfr e g ue na cabe ça ant e s de lut ar . 222
  • 223. O rác ulo 153 Owonrin-Osa Es se Odù fala da ne ce ssi dade de co r ag e m e m co nf lito s que e st ão por vir e te r ca ut e la co m nov o s r e lacio name nto s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e t o mar cuidado no re lacio name nt o co m uma pe s so a ”po br e ”. 153 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in-O sa: Ele g bar a não f ug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ele g bar a. À àr á não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lor io sa bat alha par a À àr á . Ek un (o le ão ) não fug ir á no dia de uma bat alha. U ma g lo r io sa bat alha par a Ek un. Eu não fug ir e i no dia de uma bat alha; que me us so ldado s não fu jam no dia de u ma bat alha. Not a: Pro nun cie as palav r as acima so br e o iy e -ì ro sù mar cado co m O wo nr in- O sa. Tr it ure ipe - e le , co lo que e m uma ca baça e mist ur e co m ag idi (fu bá) e be ba co m se u s so ldado s. 153 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I k un, o A wo da e st r ada, div ino u par a O wo nr in, aler t ando -o que uma mulhe r fug it iv a v ir ia a se r s ua e spo sa. F o i pe dido que sacr ifi casse par a que e la pude sse ade ntr ar à sua ca sa co m c uidado . O sacr ifí cio : car amu jo , 2 000 búzio s e fo lhas de I fá (co zinhar um caldo co m fo lhas de è so co m car amu jo s par a se r t o mado pe lo clie nt e ). e le o uv iu e as cr ifico u. 223
  • 224. O rác ulo 154 Osawonrin Es se Odù fala so br e a inut ilidade de se fug ir de pro ble ma s e que st õ e s v er go nho sa s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de e nco nt r ar mudança s sub it as de sagr adáv e is no s r e lacio name nt o s. 154 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ewé O mo div ino u par a O sa, aler t ando - o que fug ir se r ia inút il po r que o mundo o ve r ia e r ir ia de le . Lhe fo i aco nse lhado faze r sacr ifí cio de mo do que o s ass unt o s ve rg o nho so s não pude sse m so br e v ir . O sacr ifí cio : um car amujo , um po mbo e 3 200 búzio s. Ele fe z co mo aco nse lhado . Apó s o sacr ifí cio , o babala wo o uv iu a se g uint e cant ig a de I fá: O sa não r oubo u, he n! O sa não ut ilizo u fe it iço s malé fi co s, he n! O sa não co nto u o s se g r e do s de se us amig o s, he ! O sa não me nt iu, he n! M inha que st ão se to r no u ho nr ada; Eu o fer e ci um pás saro e m sacr ifí cio (tr ê s ve ze s). M inha que st ão se t or no u ho nr ada, e assim po r diant e . To das as pe sso as que e st av am ali cant ar am e m cor o . 154 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A t e wog ba ( co nse nt ime nt o ) div ino u par a A so le (se nt ine la; cão ). A so le fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mane ir a que se u car át e r pude s se se r ace it áv e l pe las pe sso as do mu ndo . O sa cr ifí cio : me l, uma galinha e 2 000 búzio s. Ele seg ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 224
  • 225. O rác ulo 155 Owonrin’Ká (Erinsija) Es se Odù g ar ant e s uce s so atr av é s da mo de r ação . Em ibi, e le pr ev ê so luçõ e s atr av é s de sa cr ifí cio s, par a mor t e e ho st ilidade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e pe nsar cuidado same nt e ant e s de ag ir . 155 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò r únmì là disse O wo nr in’ K á, e u disse O wo nr in’ K á. Eu pe rg unt e i por que O wo n e st á r indo animada me nt e . Ò r únmì là dis se : Há dinhe ir o , u ma e spo sa, fil ho s e co isas bo as e m s ua casa. A v ida de O wo n é pe r fe it a. O wo n co lo co u t udo e m e quilí br io . O wo n não co me se m ant e sav aliar aquilo que co me . O wo n não be be ág ua se m ante s av aliar aquilo que be be . O wo n não usa ro upas se m ant e s av aliar aquilo que ve st e . O wo n não co nst ro i uma ca sa se m ante sav aliar aquilo que co nst ro i. I st o fo i div inado por A fiwo n-se -o hun- g bog bo e m I fe - Oo ye , e t ambé m par a O yinbo . F oi pe dido que e le s sacr ifica sse m par a que nun ca per de sse o e quilí br io . O sacr ifí cio : quatr o pime nt as -da- co st a, quatr o bo lsa s, fo lhas de me u, quat ro mo r ce go s e 4 200 búzio s. Ele s sacr ifi car am. Lhe s fo r am dadas fo lhas de I fá co m a gar ant ia que qualque r co isa que e le s se g ur asse m, não de ix ar iam cair . U ma mo r ce go não se pr e nde e m uma ár vo r e par a de po is de si st ir e cair . 155 – 2 (Tr adu ção do v er so ) K ar inlo , K ar im bo wale . Se u ma cr iança não ca minha, não par e ce r á ex pe rt a. I sto fo i div inado par a par a Ade mo or in Ay ank ale . Lhe fo i pe dido que sacr ifi casse de mane ir a a não t ro pe çar nas mão da mor t e , o u se e le se se nt i sse nas mão s da mo rt e , que e st a não pude sse le v a-lo . O sacr ifí cio : uma tart ar ug a, e so -ik u (um t ipo de se me nt e ) e 2 0 000 búz io s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. 225
  • 226. 155 – 3 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in’K á div ino u par a Òr únmì là, que e st ar ia camin hando ao r e dor do mundo . F oi pe dido que sa cr ifica sse par a que as mão s daque le s que o me no spr e za não t iv e sse m po der so br e e le . O sacr ifí cio : no ze s de k o la se cas, or og bo , o mo - ay o (um tipo de se me nt e ), um po mbo , uma galinha, 20 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e sa cr ifico u. Ele s disse r am: as unha s do s ho me ns não in fe ct am as no ze s de ko la, or og bo , o mo -ayo ; as mão s do s que me no spr e zam a t i não te afe t ar ão . 226
  • 227. O rác ulo 156 Ìká’wonrin Es se O dù pe de par a ev it ar açõ e s pr e cipit adas par a que se e v it ar de sgo st o s. O bse r v ação o cide nt al: De se quilí br io e mo cio nal cau sar á per das a tr abalho . 156 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A pe sso a má não pe sa sua s açõ e s. I st o fo i div inado par a A labamo (aque le que pe sa), que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quat ro car amujo s, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá par a que e le po ssa fazer co isa s bo as. Ele o uv iu as palavr as mas não sacr ifi co u. 156 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-npoy ink a’ wo n (mal fe ito r e s são dando vo lt as e m t or no de si); Ò wo n e st av a g ar g alhando . I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e . Elas fo r am or ie nt adas a sa cr ificar de mane ir a que se u s inimig o s não as re t ir as se m de s ua po sição o u as r e leg as se m a t ar e fa s se c undár ias. O sacr ifí cio : e fun, o sùn, um po mbo , uma ov e lha e 2 400 búzio s. Ele s o uv ir am e sa cr ificar am. O babalawo dis se : F o i A bar iwo n que dis se que I fe não dev e r ia se e x pandir na te rr a po is ser ia de st r uí da. Ò r únmì là! Nó s não dis se mo s que I fe não se ex pandir ia. Q ue viv amo s lo ng a vida. Q ue no ssa s pe g adas no mundo não se jam apag adas. 227
  • 228. O rác ulo 157 Owonrin-Oturupon Es se Odù pro põ e t anto so luçõ e s par a mor t e s pr e mat ur as de cr ian ças, quant o par a o s uce s so de uma viag e m que e st á por v ir . O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce ao cl ie nt e pr e v e nção co nt r a abor t o . 157 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Si mpat izant e s div inar am par a Ek u- de’ de (o lamur iant e não faz nada) de v ido `mor t e pr e mat ur a de se u filho . Ele fo i o r ie nt ado a faze r sacr ifí cio par a capacit a- lo a fin dar as mo rt e s pr e mat ur as de se u s filho s. O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, 2 800 búzio s e fo lhas de I fá. 157 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O wor in e st av a indo e m uma jor nada; e le e nco nt ro u Ot ur upo n pe lo ca minho . I st o fo i div inado por Ò r únmì là. Ele s disse r am: Ò r únmì là r et r ibuir á co m bo ndade . O sacr ifí cio : do is po mbo s e 4 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 228
  • 229. O rác ulo 158 Oturupon-Owonrin Es se O dù fala de aleg r ia que e st á por v ir e da ne ce s sidade de pr ot e g er sua r e put ação . O bse r v ação o cide nt al: Um r e lacio name nt o não mo no g âmico po de causar pro ble mas. 158 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O t ur upo n- O wo nr in, nó s e st amo s dançando , nó s e st amo s no s re go zijando . O t ur upo n- O wo nr in nó s e st amo s br in cando . I st o fo i div inado par a aque le s e m Oy o. Ele s dis se r am: A lgo que co nt e nt ar á o s cor açõ e s de le s e st á pró x imo . Se apr ox imando r ápido , mas e le s de v er iam sacr ifi car quat ro po mbo s, ba st ant e aze it e - de -de ndê e 8 000 búz io s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. Ele s disse r am: Ès ù não se r á capaz de t ir ar sua aleg r ia. 158 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O dinhe iro me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in. U ma e spo sa me vê e me se g ue , Ot ur upo n-O wo nr in. U m filho me vê e me se g ue , O t ur upo n- O wo nr in. I sso fo i div inado par a Olasim bo At e pamo se - Ko lamale lo , que fo i aco nse l hado a sacr ificar de mane ir a que sua ho nr a não lhe fo sse t ir ada. O sacr ifí cio : u ma o ve lha e 4 200 búzio s. Ele sa cr ifico u. 229
  • 230. O rác ulo 159 Owonrin-Òtúrá Es se O dù fala so br e e v it ar co nflit o s co m um for t e o po ne nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e ev it ar um co nflit o fí sico o u um de se jo de "ir a de sfo rr a" co m alg ué m. 159 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I jam ja se mpr e e st á pr e par ado div ino u par a Ì g bí n (car am ujo ) O me so quando e le e st av a indo lut ar co m Ek un (le o par do ). Ele s dise r am: O leo par do e st á se m pre pr e par ado e o car amujo não dev e r ia se av e nt ur ar [a de safia- lo ]. Nó s de ix amo s po r co nt a daque le que é mais po der o so que nó s, O lo r un. Ele fo i aco nse l hado a faze r sacr ifí cio de fo r ma que de st ino po der ia lut ar po r e le . O sacr ifí cio : u m abahu n-ì japá (t ar t ar ug a) e 3 200 búz io s. O car amujo sa cr ifico u. 159 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Nó s pr o cur amo s muit o por ist o ; nó s o ac hamo s. I st o fo i div inado par a a fo lha g bég bé , a qual fo i or de nada a sa cr ificar de for ma que po de sse te r bo a sor t e e m co nfiar . O sacr ifí cio : de ze s se is or og bo e 4 400 búzio s. Ela o uv iu as palav r as e sa cr ifico u. Ele s disse r am: A mo rt e não lev ar á g bég bé , do e nça não a jo g ar á ao so lo . Gbé g bé se mpr e e st ar á ve r de . 230
  • 231. O rác ulo 160 Otura-Wonrin Es se Odù fala da mo r te co mo part e da o r de m có sm ica co mo t ambé m da ne ce ssidade de co nscie nt ização fí sica e e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo at e ncio so s o u amor o so o s uficie nt e co m se us filho s. 160 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O O niscie nt e co nhe ce aque le s que tr at am o pró x imo co m maldade . Pe sso as do ca mpo r e co nhe ce m pe sso as da ci dade . Viajant e s da Te rr a e v iajant e s do C é u, nó s v er e mo s cada um de le s no v ame nt e . C upins não se di spe r sam se m lo g o e m se g uida se r e ag r upar e m. I sto fo i div inado par a nó s se r e s humano s que se lame nt am pe lo o mo r to . A s pe s so as da t er r a e st ão r et or nando par a o nde e le s v ier am. Par a quê as lagr imas ? Par a quê t r ist e za? Par a quê mov e r a si me s mo par a ci ma e par a baixo ? Par a quê je juar ? A que le que no s e nv ia é o me smo que no s chama de vo lt a à ca sa. A quilo que no s agr ada na te rr a não agr ada a Edù mar è . A s pe sso as na te rr a se re une m e faze m o mal. Edù mar è não go st a dis so ; Edù marè não ace it a isso . Ent ão , se e u dig o v ai, v o cê v ai e se e u digo v e m, vo cê v e m. Se u ma cr iança não co nhe ce se u pai, a te rr a não e st á ce rt a. A mor t e é aquilo que lev a uma cr iança a co nhe ce r o C é u. Q ue m e st á pe nsando e m Edùmar è ? Se não ho uv e sse Ès ù, o que pe nsar iam o s po br e s? To do mundo e st á pe n sando e m si me s mo ; e le s e st ão pro cur ando co mida e be bida. M ist ér io da e sc ur idão! U ma cr iança não co nhe ce se u pai! F ale co mig o par a que e u fale co m v o cê ; po r no ssa s vo ze s r e co nhe ce mo s um ao o utr o na e sc ur idão . Se uma cr iança não co nhe ce se u pai, a te rr a não e st á ce rt a. O sacr ifí cio : quatr o po mbo s br anco s, quat ro ov e lhas e 8 000 búz io s. Ele s o uv ir am e sa cr ificar am de mo do que pude r am t er v ida lo ng a e v er a bo ndade e bê n ção s. 231
  • 232. O rác ulo 161 Owonrin-Irete Es se O dù fala de não se r supe r st icio so ou par anó ico . O bse r v ação o cide nt al: É ne ce ssár io que o clie nt e me dit e so br e se us o bjet iv o s e aja de mane ir a a at ing i-lo s. 161 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Não há bat alha no campo ; não há co nsp ir ação na cidade . I st o fo i div inado par a Olo fin I wajo . Ele s disse r am que o mandat o de le co mo che fe ser ia bo m. Ele s disse r am que Olo fin dev er ia sacr ificar par a que a ale gr ia de se u re inado não t or nar ia as pe sso as pr e g uiço sa s o u más. O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, um cão e 14 000 búzio s. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. 161 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O wo n riu de sde nho same nt e de Ir et e , o de safiando a ag ir , pe rg unt ando , "o que far á I re t e ?”. Ele s disse r am que Ir et e po de piso t e ar e po de o s ubme r g ir . I st o fo i div inado por A fi’ nis’ e g an (zo mbe t e iro ), Q ue fo i aco nse lhado a sacr ificar de mo do que Èsù não o jo g asse co nt r a alg ué m mais po der o so . O sacr ifí cio : u ma caba ça de ig ba e wo (inha me pilado e assado ) e no v e car amujo s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 232
  • 233. O rác ulo 162 Irete Wonrin Es se O dù fala de se co nse rv ar uma po si ção de ho nr a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e g anha; o po ne nt e pe r de! 162 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I re t e Wo nr in div ino u par a Òr únmì là, que disse que to do s aque le s que co nspir am co nt r a e le , cair iam e m ve rg o nha e que nó s não o uv ir í amo s mai s o s se u s no me s, mas si m, nó s o uv ir e mo s par a se mpr e co m ho nr a o no me de Ò r únmì là pe lo mundo . O sacr ifí cio : u ma o ve lha, uma galinha d’ ango la e 3 200 búzio s. Ele sa cr ifico u. 162 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A g be e st á tr aze ndo bo ndade à casa; Ir et e e st á ape nt ando -o s na mão . I st o fo i div inado par a Te mit ay o , a que m fo i pe dido sa cr ificar par a te r v ida lo ng a na te rr a. O sacr ifí cio : uma ov e lha, um po mbo , pe pe r ek u (t ipo de e rv a) e 4 400 búz io s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 233
  • 234. O rác ulo 163 Owonrin-Se Es se O dù fala de vitó r ia so br e adv e r sár io s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se mpr e se r á acu sado de pro mis cuidade se x ual. 163 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in-Se div ino u par Òr únmì là. Ele s disse r am: Ò r únmì là e as pe s so as de s ua casa nunca t iv e s se m do que se lame nt ar . Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo e 3 200 búzio s. e le sa cr ifico u. 163 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in não pe ca; O wo nr in não pr at ica o mal; O wo nr in e st a se ndo fal same nt e acu sado . F o i dit o que O wo nr in ve nce r ia e que e le de v er ia sa cr ificar um galo , um e dùn- ààr á e 2 200 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u e co lo co u a pe dr a de r aio e m se u I fá. 234
  • 235. O rác ulo 164 Ose-Owonrin ( Ose-Oniwo, Ose-Oloogun ) Es se O dù fala de sacr ifí cio s par a r e par ar no s sa fo r ça e pro t e ção . O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o no ne g ó cio o u car r e ir a do clie nt e po de se r e quili br ado atr av é s de r e no v ação e spir it ual. 164 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Eu e sto u de sgo st o so , awo da Ter r a; e u e st o u can sado awo do C é u. I st o fo i div inado par a Pok o lak a quando e st e e st av a indo cur ar Og ir i (par e de ). Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car de mo do que O g ir i não mor r e sse so br e e le . O sacr ifí cio : t rê s galo s e 6 600 b úzio s. Ele o uv iu por é m não sa cr ifico u. Po ko lak a é o no me pe lo qual chamamo s uma fo r quilha. 164 – 2 (Tr adu ção do v er so ) C o lo que iy e - ìr o sù que fo i mar cado co m o O dù O se -O niwo e m e m um pot e g rande ; adicio ne uma quant idade ge ne r o sa de r aize s de ito e de ee nu (t ipo de fr ut a); ve rt e r ág ua de ntr o e co br ir o pot e ; mist ur e cinza s à ág ua e lacr ar a mist ur a po r se t e dias. A marr e no v e e e r u co m linha s pr e t as e br ancas no pe sco ço do po t e . A br a o ag bo (in fusão ) no sé t imo dia par a to mar banho . Se u e fe it o : Enquant o v o cê e st á usando e st e ag bo , ne nhum fe it iço ne m e ncant o o afet ar ão , e t o das sua s bê n ção s se r ão r e ce bida s. 235
  • 236. O rác ulo 165 Owonrin Fú Es se O dù fala de calamidade imi ne nt e e a supr e macia de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não po de ficar fo cando e m qualq uer co isa. 165 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in F ú, O wo nr in F ú div ino u par a as pe sso as de I fe -O oy e . Ele s disse r am: Te mpo vir á no qual as cr iança s do mundo cam inhar ão a me io cam inho do C é u e da Te rr a ( co mo u m pássar o ). F o i pe dido às pe sso as de I fe que fize sse m sacr ifí cio de mane ir a a ev it ar que so fr e s se m uma gr ande pe r da naque le t e mpo . Náo co me çar ia e m Ile - I fe ma s se r ia mundia l. O sacr ifí cio : ò wú eg úng ún, quatr o po mbo s br anco s, quat r o vacas br ancas, quatr o o ve lhas br ancas, iy e - àg be (t ipo de pás saro ) e 3 200 b úzio s. Ele s o uv ir am as palav r as mas não sacr ifi car am. Ele s di sse r am que e le s já t inham sa cr ificado par a andar no so lo . Ele s não andam pe lo ar . 165 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O wo nr in so pr a a t ro mbe t a div ino u par a Òr únmì là. Ele s dis se r am que a casa de Òr únmì là não ficar ia de so cupada (v ár ias pe sso as e st ar iam pro c ur ando po r e le ). To das as pe sso as ouv ir iam falar de sua fama e e st ar iam a sua pro c ur a. O sa cr ifí cio : um car amu jo e 20 000 búzio s alé m de fo lhas de I fá (e so ). Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e le e e le fo i asse g ur ado de que to das as bê nção s v ir iam facilme nt e . 236
  • 237. O rác ulo 166 Òfún-Wonrin Es se O dù fala de bo as açõ e s que t r aze m suas pr ó pr ias r e co mpe nsas. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se se nt e de pr e ciado e m lug ar de sat isfe it o . 166 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún dá par a se r acar iciado ; Ò fún dá par a se r c uidado . I st o fo i div inado par a Odùd ùa, que far á be m ao mu ndo inte ir o . Ele disse que faze r be m mu ndial é a me lho r car act er í st ica do car át e r . Ele s dis se r am: U ma part e do mundo não o agr ade ce r á. A lg uns ne m me smo sabe r ão o be m que e le fe z a e le s. Ele s não co nhe ce r ão se u uso . Ele disse : U m pai não dá se não co isa s bo as ao s se us filho s. A mãe de uma cr iança não dá se não co isa s bo as à sua cr iança. F o i pe dido a O dùdùa que sacr ifica sse de mo do que t o as as co isa s bo uas dadas a e le s, se não apr ov e it adas, pude sse m re to r nar -lhe . O sacr ifí cio : u m po mbo , um e wi (t ar t ar ug a do r io ), 16 000 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 166 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún o s de u a acar iciar ; Ò fún o s d e u a rir . I st o fo i div inado par a Olak anmi, que disse que Edùmar è tr ar ia co isas bo as. F o i pe dido que e le sacr ifica sse de mo do que se u s inim igo s não t iv e sse m po der so br e e le e fize s se m co m que e le per de sse sua pr o pr ie dade . O sacr ifí cio : t rê s faca s, t rê s g alo s e 6 000 búzio s. O lak anmi sacr ifi co u. 237
  • 238. O rác ulo 167 Òbàràkànràn Es se Odù fala de uma po s sív e l disco r dância co m amigo s e só cio s e de so luçõ e s par a as co nt ro lar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e ncar a co nflit o s no t rabalho . 167 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò bar àk ànr àn div ino u par a I wo (o papag aio ), que fo i aco nse lhado a sacr ifi car de mo do a e v it ar cair e m de sg o sto co m o s out ro s pássar o s. O sacr ifí cio : mil ho , pime nt a-da-co st a e 2 000 b úzio s. Ele o uv iu as palav r as mas disse que não sacr ifi car ia. 167 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ele de se jo u falar mas fo i impe dido po r Ò bàr àr àk ànr àn. A que le que e u o fe ndi! Ele quis falar mas não pô de ; Ò bàr àr àk ànr àn impe diu- lhe de se que ix ar de mim par a o m undo . A var a impe de ao pe ix e de falar ; A v ar a impe de ao rato de falar . Ele mbe r un nunca falar á ao s o uv ido s das pe s so as. A s fo lhas de I fá ut ilizadas: A v ar a na qual um pe ix e fo i t o st ado , a v ar a na qual um r at o fo i to st ado , um o ro g bo e fo lha s de Ele mbe r un. Est e s e le me nt o s de v e m se r amar r ado s e m faze nda de alg o dão co m linhas pr e t as e br ancas. O paco t e de v e fi car be m ape rt ado . A pr e par ação de v e se r mant ida no bo lso do do no , e o u suár io se mpr e dev e mast ig ar pime nt a- da-co st a, no ve g r ão s e m núme ro , par a o s e ncant ame nt o s. 238
  • 239. O rác ulo 168 Òkànràn-Bàrà Es se O dù fala de afast ame nto de mo rt e pr e mat ur a e da pr ev e nção de de sa str e nat ur al que po de abat er no ssa s ca sas. O bse r v ação o cide nt al: Es se Odù indi ca uma for t e po ssi bilidade de co nfl ito s co m cr iança s e pais. 168 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò kànr àn- B àr à div ino u par a Olaso ni, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car uma o ve lha e 4 400 búzio s de mo do que t iv e sse vida lo ng a e saudáv e l. e le não sacr ifi co u. 168 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò kànr àn- B àr à div ino u par a Ola- Òg ún, que fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que o r aio não dist r uis se sua casa. O sacr ifí cio : u m car ne iro , g e ner o sa quant idade de aze it e -de - de ndê , pe que na s banana s madur as, 2 400 búzio s e fo lha s de I fá. C av e um bur aco no chão da ca sa, ve rt a o aze it e - de -de ndê ne le e co lo que o r e st ant e do s it e ns de scr ito s aci ma. C ubr a t udo co m ar e ia e suav ise o lug ar co m ág ua. 239
  • 240. O rác ulo 169 Òbàrà-Ògùndà Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re par ar uma má re put ação de fo r ma a g ar ant ir suce sso . O bse r v ação o cide nt al: O tr abalho do cl ie nt e e st á ficando pr a tr ás. A ção e spir it ual ir á co nse r t ar isso . 169 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Nó s o lhamo s à fr e nt e e ning ué m é v isto ; nó s olhamo s at r ás e ning ué m é v ist o . I st o fo i div inado par a Olo fin I wat uk a, a que m fo i pe dido sacr ificar se de se jas se t er uma casa che ia. Ele pe rg unt o u, “qual é o sa cr ificio ?” Ele s disse r am: u m po mbo , 20 000 búzio s, fo lhas de I fá (t r it ur e junt o fo lhas de o luse saju e sawe r e pe pe co m um pe que no for mig ue iro co m alg uma s fo r mig as de ntr o ; mi st ur e t udo co m sabão - da-co st a [o sabão no v alo r de 1 200 o u 2 000 búzio s]; que o sang ue do po mbo se ja ve rt ido e m t o do o pr e paro ; u se par a lav ar o co r po do clie nt e ). O clie nt e se r á aco nse lhado a mudar de no me apó s o sacr ifí c io . 169 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A casa de O lu é bo a; sua v ar anda é tão bo a quanto . I st o fo i div inado par a Olu -I wo , que fo i dito que e le nu nca cair ia e m de scr é dito . Lhe fo i t a mbe m aco nse l hado a sacr ificar de mo do a ev it ar mor t e pr e mat ur a; uma o ve lha, uma t ar t ar ug a, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. F o lhas de I fá for am pr e par adas par a se u uso (tr it ur ar fo lhas de ifo si e or iji, iy er e e ir ug ba; faça um caldo co m a car ne da ijapa; isso é par a ser co mido de manhã be m ce do ). 240
  • 241. Ele s disse r am: O r uí do de ifo si (se me nt e ) não dani fica e le t i (fo lha). Vo cê não se r á mo v ido pe las fo fo cas da te rr a. 241
  • 242. 242
  • 243. O rác ulo 170 Ògúndá-Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a mant e r um r e lacio name nto . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nv o lv ido e m um int e nso mas fút il r e lacio name nt o . 170 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O didi- A fidit i div ino u par a Òg ún quando e le e st av a indo t o mar Ò bàr à po r e spo sa. Er a de co nhe cime nt o g er al que Ò bàr à nunca fico u muit o te mpo co m um ho me m ant e s de mudar - se . Ò g ún disse que e le e st av a fa scinado po r e la. Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar uma galinha e pipi (uma av e co m pe nas e scas sas ), um viv e ir o de galinha, 4 400 búzio s e fo lha s de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 170 – 2 (Tr adu ção do v er so ) U m so lo e m que há dança se mpr e e st á irr e g ular ; um cam po de bat alha t ambé m é de sar r umado . I st o fo i div inado par a Òg ún quando e le e st av a indo lut ar co m Òbàr à. Ele fo i as se g ur ado que t er ia suce sso mas que dev e r ia sacr ifi car de mo do a e v it ar a mo rt e de Ò bàr à na br ig a. O sacr ifí cio : do is ce st o s co m pape l so lt o e fo lha s, duas g alinhas e 4 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Ele s disse r am: D uas galinha s não mor r e m por lut ar . Ce st o s che io s de pape l e fo lhas não mor r e quando carr e g ado s. 243
  • 244. O rác ulo 171 Òbàrà-Òsá Es se O dù adv er t e co nt r a fr eg ue sia fr audo le nt a. O bse r v ação o cide nt al: De sas so sse g o e mo cio nal co nduz a e rr o s pr át ico s.. 171 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò bàr à-Ò sá div ino u par a Et a, que fo i info r mado que um de se us clie nt e s e st av a plane ja ndo fug ir co m se u dinhe iro . Ele fo i or ie nt ado a sa cr ificar de mo do que se u clie nt e pro v av e lme nt e pag asse se us dé bit o s. O sacr ifí cio : po mbo s, uma g alinha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá (pilar junt o fo lhas de e e sin e t ag ir i co m sa bão -da-co st a; que o sang ue da galinha se ja ve rt ido na mist ur a). Ele sa cr ifico u. F o i-lhe dit o que Ee sin não fr aca ssar ia e m o bt er se u dinhe ir o na de manda. Est e sabão é par a banho . 171 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Tr it ure fo lhas de jàsó kè co m sabão -da- co st a. C o lo que a mist ur a e m uma caba ça limpa e e spar r ame so br e e le o pó da plant a se ca er un (o bo ). Tr ace o O dù Ò bàr à- Ò sá ne le e r e cit e o se g uint e e ncant ame nt o : Q uando o fe it ice ir o me v iu, per g unt o u que e u er a. Eu dis se , “e u so u o fil ho de Ò bàr à-Ò sá”. Q uando a br ux a, a mor t e e Èsù me vir am e que st io nar am que e u er a, e u dis se a cada um de le s, “e u so u o filho de Ò bàr à-Ò sá”. O filho de Òbàr à-Ò sá não co rr e ; O filho de Ò bàr à- Ò sá nun ca mo rr e ; e le nun ca adoe ce ; ”. “O fil ho de Ò bàr à-Ò sá nunca le v a má r e put ação ”. Not a: Po nha a caba ça e m uma saco la de pano br anco e pe ndur e -a no t et o se v o cê pr e fe r ir . I st o é par a se r usado no banho . 244
  • 245. O rác ulo 172 Òsá-Bàrà Es se O dù fala do pe r ig o de patr o cinado re s per dido s o u de um indiv í duo . O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù mo st r a par a o clie nt e co mo re ace nde r cha mas apar e nte me nt e mo rt as. 172 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s co v ar de s ce de m ao so fr ime nto fo i div inado par a A k er e g be (a ca baça), que de pe nde u das mulhe r e s e cr iança s jo ve n s. Ele fo i o r ie nt ado a sacr ifi car um po mbo , uma galinha e 6 600 búzio s de mane ir a que e le não se de ce p cio nasse de re pe nt e co m se u s part idár io s e nquant o e le e st av a e m g lór ia. Ele o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. 172 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sá r et or na rapidame nt e se e le f ug iu; e le re t or na à ca sa r apidame nt e ; de spr e zív e l v o lt a à ca sa r apidame te . U ma cr ian ça pe que na sai cor r e ndo rapidame nt e do campo e e sin. De spr e zív e l r et or na à casa r apidame nt e . Fo lhas de I fá; Part a um o bì de se i s g o mo s; peg ue se i s fo lhas de e e sin br anca s (e e sin -wàr à); tr ace o Odù Ò sábàr à no t abule ir o de I fá co m iy e -ìr o sù. co mo me n cio nado acima, u sando o no me da pe s so a que part iu. Ent ão co lo que um po u co de Iy e -ì ro sù na fo lha de e e sin co m um do s go mo s do o bì e lev a r ist o a Èsù fo r a o u no po rt ão da cidade . R e pit a isso se i s v e ze s. I sto é ut ilizado par a tr azer um fug it iv o de vo lt a à casa. A co isa sur pre e nde nt e acr ca disto é que , não impo rt a a dist ân cia do fug it iv o , e le é o br ig ado a o uv ir se u no me se ndo cha mado . U ma fo lha de e e sin, u m g omo de o bì e um po uco de iy e -ì ro sù usado se is v e ze s é su ficie nt e a e sse pr o pó sit o . Ve r t er aze it e -de - de ndê as sim que co mple t ar a o per ação . 245
  • 246. O rác ulo 173 Òbàrà-Ká Es se O dù fala fala de mant er po de r e in fluê nc ia.. O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s mun danas po de m ser ev it adas atr avé s de uma nov a e x per iê ncia e spir it ual o u e mo cio nal. 173 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò bàr à-K á div ino u par a O lubo laji, que falo u que que e le se r ia uma pe sso a impo rt ant e e amada por v ár ias pe sso as mas que de v er ia faze r sacr ifí c io de mo do a e v it ar per da de be n s. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha, uma t ar t ar ug a e 3 200 búzio s. Ele sa cr ifico u. A pó s sacr ifi car e le cant o u: Eu e st o u fe liz, Òbàr à-K á. Nó s e st amo s dançan do e r eg o zijando , Ò bàr à-K á. 173 – 2 (Tr adu ção do v er so ) K o we e , o A div inho da te rr a; Og big bi, o A div inho do s C é u s. Se K o we e , indi ca a che g ada do jo v e m e m te rr a. O pé do Re i é co m um; O pé do Re i é co mu m. Ele s ut ilizar am e ncant ame nt o par a Òr únmì là, que fo i r o de ado por ant ago nist as. Ele fo i as se g ur ado da v it ór ia so br e e le s. Fo i de cr et ado que as fo lhas e wo dr ag ar iam se u s ant ago nist as par a o C é u, e e er u lev ar ia a de sgr aça a se us inimig o s. Ò bàr à-Ká se g ur ar ia as mão s de le s. A s fo lha s de I fá: Lev e fo lha s de e wo de casa (a s pe que nas, ar r ancada s co m se us de nt e s, não s uas mão s ). C o nsig a t ambé m e e r u awo ik a (aque le que ping a se m arr ancar , um só ) e um car amujo . To rr ar t udo ju nto , pulv e r ize e g uar de e m uma àdó . Se v o cê t e m u m ou mais inimig o s, e spalhe o pó no chão limpo de s ua casa. Tr ace o Odù Ò bàr à-K á e re cit e a invo ca ção acima. Es parr ame e m g e nufle x ão . F e ito isso , vo cê dev e ping ar aze it e - de -de ndê e m v olt a da me dici na. F aça isso po r um mê s. 246
  • 247. O rác ulo 174 Ìká-Bàrà Es se O dù fala de me io s de se t or nar ado r áv e l e atr at iv o ao o utr o s. O bse r v ação o cide nt al: Há a pr o babilidade de co nce pção . O clie nt e dev e ser c uidado so se a co nce p ção não fo r de se jada; gr at o se fo r . 174 – 1 (Tr adu ção do v er so ) C aminhe r apidame nt e que nó s po de mo s fug ir ao te mpo . Vo e rapidame nt e que nó s po de mo s re to r nar no t e mpo . I sto fo i div inado t anto par a A sa que nto par a A wo di. F or am- lhe s pe dido que sa cr ificas se m de mo do que fo sse m amado s po r to do s o s ho me ns. O sacr ifí cio : o ito car amu jo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele s o uv ir am as palav r as mas não acr ifi car am. 174 – 2 (Tr adu ção do v er so ) K ek e po de dançar , o pássar o po de v oar fo i div inado par a Le k e lek e e sua e spo sa. Lhe s fo i fa lado que o po m bo se mpr e o s co nsult ar ia e m qualque r co isa que e le quise sse faze r , se e le s sacr ifica sse m do is Efu n, do is me can ismo s de fiação e 2 400 búzio s. Ele s sacr ifi car am. No t a: De sde e nt ão , nó s dize mo s, “vo cê não v ê a be le za de Lek e le k e , cu ja e le g ância afe t o u a po mba?”. 247
  • 248. O rác ulo 175 Òbàràtúrúpòn Es se O dù fala das so luçõ e s par a infe r t ilidade e abo rt o s. O bse r v ação o cide nt al: Sa cr ifí cio ao Òr ì sà é indicado par a a co nce pção . 175 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ladipupo div ino u par a A ro ko (quiabo ), que e st av a chor ando po r que sua e spo sa não t inha filho s. Lhe fo i dit o que sacr ifi cas se uma cabr a e 16 000 búzio s de mo do que se u s de se jo s fo s se m co nce dido s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 175 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O mo -M aar a div ino u par a Olo fin, que e st av a indo co mpr ar uma e scr av a. e le fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do que não per de s se dinhe ir o co m a e scr av a dev ido a co nst ant e pe r da de cr ianças de la. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma ov e lha e 16 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele fo i as se g ur ado que a m ulhe r se r ia fér t il e que e le g anhar ia po r e la se m pe sar e s. 248
  • 249. O rác ulo 176 Òtúrúpòn’Bàrà Es se O dù fala da impor t ância de mant e r a saúde par a asse g ur ar uma v ida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: O s F ilho s são ho st is a um nov o r e lacio name nto do s pais. 176 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ho nr a vai, ho nr a ve m div ino u par a Iy amoo le , que disse que sua fil ha se r ia saudáv e l ma s que não de se jar ia e st ar e m s ua co mpanhia quando e la cr e sce r . O sacr ifí cio : u m po mbo (e y e lé -e jig be r e ) e 12 000 búzio s. Ela o uv iu e sa cr ifico u. 176 – 2 (Tr adu ção do v er so ) M ar ido s lo uv am as suas e spo sas; o s mar ido s de o ut r as pe sso as nunca no s lo uv ar iam. I st o fo i div inado par a Te nimaas unwo n, o mar ido de A je mo o r in. F o i dit o a Te nimaas unwo n que a mulhe r que e le e st av a pr o po ndo ca same nt o se r ia uma bo a e spo sa mas que dev er ia sacr ificar de mo do que e la não mor r e sse jo v e m. O sacr ifí cio : u ma o ve lha, um car amujo e 3 200 búz io s. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. 249
  • 250. O rác ulo 177 Òbàrà-Túrá Es se o dù fo ca no r e spe ito e m no s so lar e no tr abalho . O bse r v ação o cide nt al: U m r e lacio name nt o e st á causan do de sar mo nia. 177 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O pe que no adiv inho de Oloy o div ino u par a o re i de O loy o , que pr o po s co mpr ar a mulhe r que e le go sto u co mo e s cr av a. Ele fo i adv er t ido par a não co mpr ar a mu lhe r po is e la er a um dispe r disar or a. O loy o disse , “qualo sacr ifí cio par a pr e v e nir que e la dispe r dice se e u a co mpr ar ?”. O sa cr ifí cio : o ito car amujo s, uma ca baça de e wo , quatr o po mbo s, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u. 177 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A papat iak o , A t uwo n-nile t uwo n- lok o div ino u par a a galinha e se us pinto s. Lhe fo i dit o que um for t e inimigo e st av a vindo at aca- lo s; se saisse m de casa par a o campo , e le o s pe r se g uir ia, mas mas se sa cr ificas se m, tr iumfar iam. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (faze r um caldo co m fo lhas de o wo mo idas e co m o car amujo e t o mar ). fo i de clar ado que : O falcão não danifi car ia um car amu jo ; t udo que e le po de fazer é o bse r v a-lo . Vo cê se r á re spe it ado . 250
  • 251. O rác ulo 178 Òtúrá-Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de se não v io lar tab us. O bse r v ação o cide nt al: A o pinião o u de cisão do clie nt e se r ão que st io nado s. 178 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Paar ako da div ino u par a O lo be de I pe t u, que dis se par a sacr ificar u m cabr it o e a fa ca e m s uas mão s ant e s de ir par a a r o ça. Ele se r e cuso u e fo i par a o campo . A ssim que e st av a re to r nando par a ca sa apó s se u tr abalho na r o ça, e le te nt o u co lhe r alg uma s be r ing e las. Par a a sur pr e sa de le , um cr ânio se co pe rt o da be r inje la falo u a e le , “não me t oque , não me to que , v o cê não me v ê ?” O lo be de Ipe t u fi co u co m me do e co rr e u par a r e lat ar o o co rr ido ao r e i. Ele implo ro u ao r e i que mandas se alg ué m de v olt a co m e le , dize ndo que se e le s e nco ntr as se m alg uma co isa co nt r ar ia ao que e le dis se , e le po der ia se r mor t o . O r e i apo nt o u do is ho me ns par a ir co m e le . C he g ando ao lo cal, O lo be de fe z e x at ame nt e co mo t inha fe it o na pr ime ir a v e z, mas par a se u ho rr or não ho uv e ne nhuma r e spo st a. Ele fo i mor to no lo cal de aco r do co m a pr o me ssa de O lo be de e as instr u çõ e s do r e i. A s sim que o s ho me ns e st av am se pr e par ando par a re to r nar ao re i par a co nt ar o que fize r am, o cr ânio se co disse , “M uito o br ig ado , e u e sto u mui co nt e nt e ”. Ele s fo r am narr ar o aco nt e cido . O re i e nv io u o utr o s o it o ho me ns co m o s do is pr ime ir o s. O s do is ho me ns dis se r am e x at ame nt e co mo fize r am, e par a o ho rr or de le s o cr ê nio se co nada falo u. Ele s t ambé m for am mor t o s no lo cal. Par a e ncur t ar a hist o r ia. v ár ias pe s so as mo rr e r am de sas mane ir a, quase ce m pe sso as. Ev e nt ualme nt e , o o co rr ido fo i r e lat ado a Ò r únmì là, a que m fo i pe dido co nse l ho so br e o que de v er ia se r fe it o par a t er minar e st a cat ást ro fe . Ò r únmì là o rie nt o u a sacr ifi car uma ca br a, uma g alinha, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele s se g uir am a o r ie nt ação e sa cr ificar am. Ò r únmì là e m se g uida o s o rie nt o u a ir ao lo cal e r e mov er o cr ânio e e nt e rr a- lo co mo um se r humano , e m co nfo r midade co m o s r it o s fune r ár io s. Ele també m o s aco nse lho u a não to car qualq ue r co isa o nde quer que e le s achas se m mar cada co m aale (uma mar ca par a uma co isa não 251
  • 252. se r t o cado po r ning ué m co m e x ce ssão do do no ). A me sma adv e rt ê ncia fo i passada ao r e do r da cidade , que e le s nun ca de v er iam me x e r co m qualque r co isa mar cada co m aale . O rác ulo 179 Òbàrà-Retè Es se O dù fala de suce sso e e st abilidade se sacr ifí cio fo r re alizado . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m bo as pe r spe ct iv as par a um no vo t rabalho o u ne g ó cio s. 179 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O bar a-r et e , bo as co isa s v ir ão at é min ha mão . I st o fo i div inado par a Ag bo nnir eg um, que fo i dit o que alg uma co isa bo a e st áv a r e ser v ado a e le e que e le de v er ia sa cr ificar um po mbo , um car amujo e fo lhas de I fá. Ele o uv iu as palav r as e sacr ifi co u. 179 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O bar a-r et e div ino u par a Ò r únmì là, a que m fo i dito que de v er ia sa cr ificar de mo do que não e nco nt r asse gr ande s pr o ble mas e se mpr e po de sse e st ar por ci ma o nde que r que e le fo sse . O sacr ifí cio : u m car amujo , te cido br anco , 3 200 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. F o i e nt ão de cr et ado que nada de de t ão difí cio at r av e s sar ia se u ca minho . Ò r únmì là ini ciuo a si me smo e m I fá, e e le se mpr e iniciar ia t o do s o s e st udant e s de I fá. 252
  • 253. 179 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O bar a-r et e div ino u par a A k inte lu a que m fo i dit o que dev e r ia sacr ifi car de mo do que o v ilar e jo que e le fundo u t ive s se su ce s so . O ito car amu jo s, uma ov e lha, 16 000 búzio s e fo lha s de I fá de v er iam se r sa cr ificado s. Ele sa cr ifico u. 253
  • 254. O rác ulo 180 Irete-Òbàrà Es se O dù fala do uso de fe it iço par a co ntr o lar dificul dade s. O bse r v ação o cide nt al: C uidado co m pe sso a t rapace ir a. 180 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ning ué m e st á alé m da re gr a do r e i; ning ué m e st á alé m da impr e s são de Tet e . I st o fo i div inado por Ò r únmì là ao re i quando e st e se e nco nt r av a ce r cado de inimig o s. F o i-lhe asse g ur ada a v it ó r ia so br e e le s. O sacr ifí cio : u m cabr it o e 6 600 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 180 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A se je je say e , A se je je say e , A se je je say e , War awar amase , War awar amase , War awar amase , I re t e -O bar a tr ag a t o da bo ndade par a as fo lhas de I fá. C o zinhe fo lhas de t et e at e t e day e co mo uma so pa par a se r co mida e m to da co mida. O u t rit ur e fo lhas de wor o e iy e r e e as co zinhe e m uma so pa par a v e lhaco s, co m pe ix e ar o par a co mida. Q uando a so pa e sfr iar , tr ace o o dù I re t e -O bar a no iy e -ìr o sù, re cit e a invo ca ção acima e acr e s ce nt e à so pa. 254
  • 255. O rác ulo 181 Òbàrà-Òsé Es se O dù fala de me io s de co ntr o lar as for ças nat ur ais. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a se liv r ar de e ne rg ias ne g at iv as. 181 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ele s dis se r am, “o nde e st á me u pai?”. Eu dis se “me u pai mo rr e u”. “O nde e st á min ha mãe ?”. Eu dis se “M inha mãe e st á na cat acum ba e fala r uido same nt e ”. Ele s di sse r am, “vo cê é filho de que m?”. Eu dis se ”e u so u o filho de Obar a-O se , que ig nor o u as r eg r as”. Eu fui e spancado se v er ame nt e e fui e sbo fe t e ado aqui e lá, liv re me nt e co mo as ca br as co me m. O filho de O bar a-O se nunca so fr e , O bar a-O se não pe r mite que se u fil ho pade ça se m ne ce ssidade . F o lhas de I fá: Pulv er ise fo lhas de e ja (har iha) e fo lhas de àr èr e que fo r am co lhidas da ár v or e mãe . Po nha o pó na face de um car amu jo e tr ace o o du O bar a- O se ne le . Re cit e o e ncant ame nt o acima e o e mbr ulhe co m um pe daço de t e cido pre t o e co m linha pr et a. F e che o s o lho s e jo g ue e m um ar bu sto . 181 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A isir e f’ ag bo n isale pale . Se a chuv a fo i inv o cada, e la de ve cair . Se a pausa da chuv a é inv o cada, e la de v e ce ssar . I sto fo i div inado par a Òr únmì là, que fo i asse g ur ado que Er inwo O sin nu nca se r ia mo lhada pe la chuv a. O bar a- O se , e u te inv o co , salv e e st e bo nit o ve st ido de se r abat ido pe la ch uv a. C ant ig a: Não de ix e cho v er , não de ix e chov e r , O bar a-O se não de ix e chov e r . F o lhas de I fá: Pe g ue um pe daço de t e cido br anco e t race o o dù O bar a- O se co m iy e - ìr o sù e m so lo se co do lado de for a [do lo cal]. R e cit e o e ncant ame nt o acima e e nt ão amarr e e st e iy e -ìr o sù co m o t e cido br anco e pe ndur e a 255
  • 256. t ro ux a e m uma arv or e . Não chov e r á ne s se dia. Se ning ué m jo g ar ág ua naque le me s mo lug ar o nde o I fá fo i plant ado , não c hov e r á aque le dia. O rác ulo 182 Òsébàrà Es se Odù fala de me io s de gar ant ir o fut uro su ce sso de u ma cr ian ça e adv er t e adult o s so br e qualque r jo r nada que po ssa apar e ce r . O bse r v ação o cide nt al: Há muit a bag unça nas at iv idade s quo t idianas do s clie nt e s. Ele o u e la pr e cisa vo lt ar passo e r e co nside r ar s uas at iv idade s. 182 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé bàr à d iv ino u par a u m r e cé m-nas cido , cu jo s pais for am or ie nt ado s a faze r um sa cr ifí cio de mo do que a cr iança não so fr e sse po r falt a de mo r adia quando cr e sce sse . O sacr ifí cio : bag r e , 2 400 búzio s e fo lha s de I fá que a cr iança de for ma que a cr iança po ssa lev ar uma v ida pró spe r a. 182 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé bàr à div ino u par a o e st alajade ir o que e st av a indo à re sidê n cia de o utr o ho me m e m uma te rr a e xt r ang e ir a. F oi- lhe dito que sua jo r nada não te r ia su ce sso ; lo go , não de v er ia ir . Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá. 256
  • 257. O rác ulo 183 Òbàrà-Òfún Es se O dù fala de um g rande s uce s so finan ce iro . O bse r v ação o cide nt al: Es se é um ót imo mo me nto par a um no vo t rabalho o u um r isco co me r cial. 183 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A r ale mik ak a awo O bar a- Ò fún (t r ê s ve ze s )! O ro mi g be de g be de awo O lipo mo je (t r ê s v e ze s)! O ro mi po ke le (t r ê s v e ze s)! I fá fo i co ns ult ado par a A g bo nnir e g un. C ant ig a: Há uma g rande quant idade de dinhe iro ne st e lug ar ; ne nhum co nt ado r co nt ar á o s lucro s do milho no so lo . F o lhas de I fá: t rit ur e se me nt e s de ajé e g r ão s de sor go 3 at é vir ar pó . Tr ace o odù O bar a- O fun no pó . R e cit ar a inv o cação acima e mist ur e o pó co m sa bão -as- co st a; co lo que alg uns iko o de e um t anto de sabão e m uma lampar ina de bar ro no v a. Que a pe na de papag aio fique apo iada no bico da lampar ina e so me nt e uma part e so br e s saia. O sabão é par a lav ar as mão s to das as manhãs. Faça um arr anjo de b úzio s [se m co nt ar quant o s] ao re dor da lampar ina de barr o . Q ue o sang ue de u m po mbo se ja ve rt ido no sabão ; me t a t ambé m a ca be ça do po mbo no sabã. A br a um o bì de quat ro g o mo s e dispo nha ao r e do r da lampar ina. Ent oe a ca nt ig a de I fá e nquant o faz e s sa pr e par ação . 3 É uma planta de origem africana, da mesma família botânica do milho, que é utilizada na alimentação animal, principalmente de bovinos (guinea corn). 257
  • 258. 183 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I t un e st á re fo r mando -me , I fá e st á o s atr aindo co m se us dinhe iro s. Visit ant e s de uma lo ng a dist ância e st ão pro cur ando - me . I st o fo i div inado po r Ò r únmì là, que o rie nt o u a sacr ifi car de mo do que e le vis se co isas bo as to do s o s dias de s ua v ida. O sa cr ifí cio : u m pe daço de pano br anco , u m po mbo br anco uma g alinha br anca e 4 400 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 183 – 3 (Tr adu ção do v er so ) dinhe ir o cing indo , e spo sa ce r cando . div ino u par a Te wo g bo la, que fo i or ie nt ado a sacr ifi car quatr o po m bo s, uma galinha e 16 000 búzio s, po que fo i pr ev ist o que um pássar o tr ar ia bo ndade a e le . Ele o uv iu e sacr ifi co u. 258
  • 259. O rác ulo 184 Òfún’Bàrà Es se O dù fala da ne ce ssi dade de pro t eg e r no s so s be n s. O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de neg ó cio fav or áv e is po de m so fr er por causa de um indiv í duo indig no de co nfiança. 184 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O fun’ Bar a div ino u par a O lu- Ot a, que diise que muit as pe sso as o patr o cinar iam e co nse q ue nt e me nt e e le fi car ia rico . Ele fo i aco nse lhado a sacr ifi car co nt r a malfe it or e s. O sacr ifí cio : quat ro po mbo s, 4 400 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 184 – 2a (Tr adu ção do v er so ) Ò fún e st av a dando O bar a, Ò fún e st av a dando car inho à uma ingr at a. I st o fo i div inado par a um ho me m a que m fo i dito que uma ce rt a mulhe r que e le go sto u, plane jo u fur t a- lo e abando na- lo . Ele de v er ia sa cr ificar um cabr ito , aze it e , o bì e fo lhas de I fá. 184 – 2b (Tr adução do ve r so ) Ò fún e st av a dando Obar a div ino u par a um ho me m cujo s pe rt e nce s e st av am se ndo e x ig ido s por um impo sto r . Ele fo i or ie nt ado a sacr ifi car um ca br it o , ax e ite - de -de ndê , o bì e fo lhas de I fá de mo do que e le não fo sse se duzido por Ès ù a co nce de r o s pe rt e nce s ao impo sto r . 259
  • 260. O rác ulo 185 Òkànràn-Egúntán Es se O dù e st abe le ce a cr iação da Ter r a. O bse r v ação o cide nt al: Est e é um mo me nt o au spicio so par a um nov o t rabalho o u r e lacio name nt o se for ini cia do co m caut e la. 185 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U ma co rr e nt e cai e faz o so m wo r o jo . I st o fo i div inado par a Òr únmì là e o s quat ro ce nt o s I r únmale quando O lo dunmar e re uni u t o da sua r ique sa e m um úni co lug ar . Ele co nvo co u t o do s o s Ir únmo le par a que e le s a le v asse m par a t er r a. F o i pe dido a e le s que fize sse m sa cr ifí cio po r que O lo dunmar e de se jo u in cum bi-lo s de uma t ar e fa. O sa cr ifí cio : uma g e ne ro sa quant idade de inhame pilado , uma pane la che ia de so pa, ba st ant e o bì , o ve lha, um po mbo , galinha e 3 200 búzio s. Ele s dev e r iam e ntr e t er o s v isit ant e s co m a co mida usada par a o sa cr ifí cio . A pe nas Ò r únmì là r e alizo u o sa cr ifí cio . A pó s alg un s dias, O lo dun mare junt o u se us pe r te n ce s e o s e nv io u par a o s quat ro ce nt o s Ir únmale . O me n sag e ir o de Olo dunmar e pr o cur o u o s quat ro ce nt o s I r únmale e e ntr e go u a me nsag e m, po r é m ne nhum de le s o r e ce pcio no u co m co mida. Q uando e le fo i à casa de Òr únmì là, e ntr e t ant o , Ò r únmì là animadame nt e de u-lhe bo as v indas e o r e ce pcio no u co m co mida. De v ido a e s sa g e nt ile za o me nsag e iro r ev e lo u a Ò r únmì là que e le não dev e r ia fi car ansio so e m lev ar as car g as r e unidas na fr e nt e de O lo dunmar e , de sde que a car g a mais impor t ante e st av a de baixo do asse nto de O lo dunmar e . Q uando to dso o s Ir únmale se r e unir am, re ce be r am a me nsag e m de O lo dunmar e . Ele s se le v ant ar am e co me çar am a br ig ar pe las carg as; alg uns pe g ar am dinhe ir o , o ut ro s alg umas ro upas e as sim suce ssiv ame nt e , mas o me nsag e ir o de O lo dunmar e e st av a falando pe la sua t ro mbe t a a Ò rúnmì là, dize ndo , "Ò r únmì là, ape nas fiq ue quie t o se nt ado . A co isa mais impo rt ant e e st á na co ncha do car aco l”. A s sim Ò r únmì là se se nt o u e pacie nt e me nt e assi st iu o s o utr o s Ir únmale que le iv av am par a 260
  • 261. t er r a to da a r ique za, pr o spe r idade , e o utr o s art igo s de vár io s t ipo s. A ssim que to do s o s I r únmale part ir am, Ò r únmì là se le v ant o u e fo i dir et ame nt e par a a cade ir a de O lo dunmar e ; e le peg o u a co ncha do car aco l e par t iu e m dir e ção à te rr a. Ò r únmì là e nco nt ro u o s out ro s Ir únmale ao final da e str ada que co nduz ao cé u e pe rg unt o u- lhe s o que e st av a er r ado . Ele s lhe falar am que a te rr a e st av a co ber t a co m ág ua e não hav ia ne nh um lug ar se co onde e le s pude sse m at e rr is sar . Ò rúnmì là me t e u a mão de le na co nc ha do car amujo , tiro u uma r e de , e a lanço u e m cima da ág ua. Ele me te u a mão de le no v ame nt e e t ir o u te rr a que e le lanço u e m cima da re de . Ent ão e le me t e u a mão de le uma te r ce ir a ve z, e le t ir o u uma galinha de cinco de do s, e a lanço u na r e de par a e spar r amar a t er r a na r e de e na ág ua. A ág ua e st av a re tr o ce de ndo e o so lo e st av a se e x pandindo . Q uando par e ce u que o tr abalho camin hav a mui le nt o , o pró pr io Òr únmì là de s ce u e mando u a pe que na quant ia de te rr a aume nt ar : Se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa, se e spalhe de pr e ssa! ! ! ". Ele paro u, e o mu ndo se e x pandiu. Hav ia g rande ale gr ia e m cé u. O lug ar o nde Ò r únmì là mando u o mu ndo se e x pandir é at é ho je cha mado de I fe -War a, e m Ile - I fe . To do s o s de mais I r únmale de sce r am apó s Ò r únmì là. F o i Ò rúnmì là que m cr io u a t er r a e fo i e le que m pr ime iro ne la caminho u. C o mo t al, e le não per mit iu naque ne nhum do s Ir únmale de s ce sse na te rr a até que e le t iv e s se pê g o t udo e le s t ro ux er am e dado a cada um de le s o que e le j ulgo u just o . Ele s re ce be r am ale gr e me nt e as suas po r çõ e s. Ent ão Òr únmì là co me ço u a cant ar , "O mundo ex ist iu, e x ist ê ncia na fr e nt e , e x ist ê ncia atr ás". No t a: O 256 odù são chamado s I r únmale ne st e caso ; at é me smo um único imale se r ia cha mado Ir únmale , co mo e le e st á fo r a do s quatr o ce nt o s I male . 185 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Q ue m é r ápido g er alme nt e é aux iliado por Òg un a ser v it or io so dur ant e as lut as. A que le que não co nse g ue lut ar ne m falar não po de caminhar na te rr a por muit o t e mpo . O co mbat e po de t raze r r ique za e ho nr a. I st o fo i div inado par a Ò g ún-g be mi, que fo i o rie nt ado a não fug ir , me s mo que não se nt isse cor ag e m o bast ant e par a de safiar alg ué m dur ant e uma br ig a. É o po de r o so que de sfr ut a o mundo ; ning ué m r e spe it a u ma pe s so a fr aca. É o varo nil que co ntr o la a te rr a; as pe sso as não dão at e nção ao s cov ar de s. Lhe pe dir am que fize sse sacr ifí cio de fo r ma que e le não re lax asse e pude sse se r fi sicame nt e for t e . O sa cr ifí cio : um galo , t rê s fa cas, uma pime nt a-da- co st a, 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá (po nha um gr ão de pime nt a- da-co st a na ág ua e m u ma caba ça; dê a ág ua 261
  • 262. par a o g alo be be r ; o clie nt e de v e e nt ão be be r a ág ua r e mane sce nt e na ca baça e co me r a pime nt a- da-co st a e mais alg un s g rão s). O rác ulo 186 Ògúndá-Kànràn Es se Odù fala de se u sar as capac idade s t ant o e spir it uais co mo int e le ct uais par a se o bt e r suce sso . O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a o clie nt e m udar de tr abalho . 186 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g úndá k an, Òk ànr àn kan, Òk ànr àn- kàng ún -k àng e div ino u par a Eg úng ún, que e st av a e m um co mér cio impr o dut iv o . Ele dis se que o so fr ime nt o de le te r ia fim aque le ano . e le de v er ia sa cr ificar uma ce st a de o bì e um paco t e de chi cot e s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 186 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò g úndá o awo das mão s. Ò k ànr àn o awo do s pé s. F o i dit o que ambo s tr ar iam bo a sor t e à Ter r a, lo go , e le s de v er iam sacr ificar u ma o ve lha. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. 262
  • 263. O rác ulo 187 Òkànràn-Sá Es se O dù fala de se sabe r quando e v it ar co nfro nt açõ e s. O bse r v ação o cide nt al: C o nflit o s em uma so cie da de de v e m ser de cidido s paci ficame nt e . 187 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A k in é asso ciado co m o pr incí pio do "co mbat er e e v it ar ". Q ualque r ak in (pe s so a vale nt e ) que sa be co mo lut ar ma s não se e v adir de ce r t as lut as, se r á capt ur ado po r o ut ro ak in. I st o fo i div inado par a Ak ins uy i, que fo i aco nse lhado a sa cr ificar de mo do a se mpr e se r r e spe it ado . O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, 3 200 búzio s e fo lhas de I fá (e wé imo -o pe , o je le e wé , e wé Oluse saj u par a fazer uma infu são que se r á usada par a ban har o clie nt e , que de v er á se mpr e se co br ir co m t e cido et u ). Ele o uv iu e sacr ifi co u. 187 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Enx adas não c ult iv am uma r o ça po r si só . Nó s, se r e s humano s so mo s a for ça po r det r ás de las. M achado s não po de m e mpr e e nde r nada co m êx it o . Nó s, se r e s hu mano s so mo s a fo r ça que o s põe m a tr abalhar . O s alfang e s não po de m po r si só abr ir uma clar e ir a. Nó s, se r e s humano s so mo s o se u aux í lio . U m inha me co lo cado de nt r o de um pilão não po de mo e r a si me smo , mas nó s se r e s huma no s o ajudamo s. M as, quais for ça s e st ão t rabalha ndo no aux í lio à humani dade , dife r e nt e s de O lo r un e do s pró pr io s se r e s 263
  • 264. hu mano s? I st o fo i div inado par a o e le fant e e par a o s se r e s huma no s. F oi pe dido ao e le fant e que fize sse sacr ifí cio de mo do que o s se r e s humano s não pude sse capit ur a-lo . O sacr ifí cio : de ze s se is car amujo s, 660 búzio s e fo lhas de I fá (as fo lha s de o wo e o s car amu jo s de v e m se r co zido s e co mido s de manhã, ante s que o clie nt e fale co m qualq uer o utr a pe s so a). O e le fant e se r e cuso u a fazer o sacr ifí cio . O s ser e s humano s se g uir am a or ie nt ação e sa cr ificar am. 264
  • 265. O rác ulo 188 Òsákànràn Es se O dù fala do sa cr ifí cio de for ma a e v it ar info rt únio e as se g ur ar t ranqui lidade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é pro pe nso à ir r it ação 188 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O sak anr an fo i div inado par a o ant í lo pe , que pe diu um sacr ifí cio par a que e le não mor re s se co mo r e sult ado de incide nt e s ins ult ant e s. O sacr ifí cio : u m g alo , uma quant idade de aljav as, ar co s, fle x as e 2 200 búzio s. Ele o uv iu mas não sacr ifico u. Ele ale g o u que se u s chi fr e s g ar ant iam sua imunida de a insu lto s. Ele s disse r am que inimig o s tr ar iam-lhe pr o ble mas de lug ar e s dist ant e s. Ele dis se e le de pe nde r ia do s se u s chi fr e s. 188 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A pe sso a que não po de so fr er in sult o s de ve co n str uir sua casa e m uma ár e a se par ada. I st o fo i div inado par a o Ì g bí n (car amu jo ), a que m fo i pe dido que sacr ifi casse uma t art ar ug a e 18 000 b úzio s. Ì g bí n sacr ifi co u, e e le fo i asse g ur ado que e le go zar ia de paz e tr anquilidade na casa que e le co n str uiu. É dito que as pe s so as nunca je juam na casa do car amu jo e que ning ué m c hor a na ca sa de A hun (t ar t ar ug a). 265
  • 266. O rác ulo 189 Òkànràn-Ká Es se O dù fala de cor ag e m e ho ne st idade par a se pr e v e nir de info r t únio . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e m que su st e nt ar o que e le acr e dit a. 189 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Lut ando na fr e nt e , lut ando na re t ag uar da, se não r e sult a na mo rt e da pe s so a, no r malme nt e faz de la um co mpanhe iro vale nt e que , po r lut ar , adquir e ho nr a e rique za. I st o fo i div inado par a a tart ar ug a, a que m fo i pe dido que sa cr ifica sse um car ne iro , 2 400 búz io s e fo lhas de I fá de mane ir a a não mo rr er co mo r e sult ado de uma lut a. Ela o uv iu e sa cr ifico u. F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a e la co m a pro me ça de que e la nun ca mo rr e r ia dur ant e uma bat alha. F oi dito que e la nun ca ser ia mor t a dur ant e lut as que são co nhe c idas pe lo mun do . Nunca for am mo rt o s car ne iro s dur ant e br ig as. 189 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Não há ning ué m cu ja casa se ja in capaz de se to r nar uma faze nda. Não há ning ué m cuja faze nda se ja incapaz de se t or nar uma faze nda e nor me e v e lha. A ho ne st idade e m mim não per mit ir á que a faze nda se t or ne um t er r e no baldio . Não há ning ué m cuja mo rt e não po ssa lev ar , e não há ning ué m cu jo o filho a mo rt e não po ssa lev ar , ex ce t o O r unmila, me u se nho r , àbik ú-jig bo , e aque le s de ntr e o s filho s de Edùmar è que são ho nr ado s. I fá fo i co ns ult ado par a A pat a (ro c ha), que pe diu um sacr ifí cio par a que e le nun ca pude sse mo rr e r , de for ma que as g rama po de r ia cre s ce r . O sacr ifí cio : u ma o ve lha, 2 200 búz io s e fo lhas de I fá. 266
  • 267. Ela se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O rác ulo 190 Ìká-Kònràn Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar as co nse q üê ncia s de açõ e s malig nas. O bse r v ação o cide nt al: U ma impor t ant e e sco lha e st á pe nde nt e — U ma de cisão de v e se r to mada so br e o que é cer t o e bo m. 190 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-Kò nr àn fo i div inado par a Ek a, a que m fo i dit o que a mor t e e st av a che ndo par a e le de v ido ao s se us mau s at o s. Se Ek a não de se ja sse mor r er , dev e r ia e le sacr ificar uma o ve lha e as r o upas pr e t as que e st av a u sando . Ele de v er ia també m par ar de ser mau e v e st ir r o upas br anca s dali pr a fr e nt e . Ele o uv iu as palav r as mas se r e cuso u a sacr ificar . 190 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I to div ino u par a O wó (as mão s), que fo r am o rie nt adas a fazer sa cr ifí cio de mo do a se m pre t er e m co isas bo as e nun ca e x per ie me t ar o mau. O sacr ifí cio : u m po mbo br anco , uma g alinha br anca, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá. Elas o uv ir am mas não sacr ificar am. Ele s e nt ão dis ser am: A s mão s se mpr e e x per ime nt ar ão do be m e do mal. 267
  • 268. O rác ulo 191 Òkànràn’Túrúpòn Es se O dù fala do co nhe ci me nto de Ò r únmì là so br e to das as co isas, inclu indo a art e da me di cina t radi cio nal. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á se ndo ho ne sto co m o Babalá wo . 191 – 1 (Tr adu ção do v er so ) È at r av é s do e st udo de I fá que a pe sso a e nt e nde I fá. É pe r de ndo -se pe lo camin ho que a pe s so a se familiar iza co m o me s mo . A pe s so a se mpr e per am bula ao lo ng o de uma e st r ada que e la nunca pas so u. I fá fo i co n sult ado par a O sany in no dia e m que O lo dunmar e co br iu uma cabaça e co nv ido u a O r unmila ir e de sco br ir -la atr av é s da co ns ult a ao o r áculo . O sany in insi st iu e m aco mpanhar O r unmila, me smo se ndo aco nse l hado a ficar por que e le e st av a e m dific uldade . O sany in, po r é m, fo i infle x ív e l. A nt e s que e le s che g as se m lá, O lo dunmar e t o co u o sa ng ue de sua e spo sa co m um te cido br anco de alg o dão , g uar do u e m uma ca baça so br e a e st e ir a na qual O r unmila fo i se se nt ar e nquant o co nsult av a I fá. Or unmila co ns ulto u I fá e dis se , “O k anr an’ Tur upo n”. A pó s a div inação Or unmila so ube o que t inha de nt ro da ca baça br anca. O lo dun mare o lo uvo u. O r unmila e nt ão pe diu que O lo du nmar e sa cr ificar u m cão e u ma cabr a. O lo dunmar e sacr ifi co u. O sany in e mo cio nadame nt e se ju nto u a Or unmila na pr o cur a do s mat e r iais par a o sa cr ifí cio . Enquant o e st av a se e sfor çan do par a aju dar a mat ar o ca chor ro , a fa ca que e le e st av a se g ur ando e scapo u de sua mão e caiu so br e a sua per na fe ze ndo uma fe r ida muit o gr ande . O r unmila pe diu que lev asse m O sany in par a a casa de O r unmila. O r unmila o cur o u, mas O sany in nunca po de r ia usar no v ame nt e a pe r na par a tr abalho s ár duo s. O r unmila t ev e pe na de le e de u -lhe v int e fo lha s de I fá par a cada t ipo de e nfer midade , par a pr o po r cio nar -lhe uma fo nt e de r e nda. Fo i ass im que O sany in se to rno u um he r bo lár io . 268
  • 269. O rác ulo 192 Òtúrúpòn Kòràn Es se O dù fala de se ev it ar po ssí v e is dificu ldade s co m as cr iança s e inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e te r cuidado em pr o ce dime nt o s e mpr e sar iais. 192 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O mot o lamoy o , Iy o wuk o de -maar ’e ni s’ e hin- de mi fo i div inado par a Ef unb unmi, a que m fo i dit o que te r ia v ár io s filho s, mas que e la dev e r ia sacr ifi car de mo do que a cr iança que e la e st av a car r eg ando e m s uas co st as não se t or nasse um cr imino so quando cr e sce sse . O sacr ifí cio : u m po mbo , 4 400 búzio s e fo lha s de I fá. Ela o uv iu as palav r as por é m não sa cr ifico u. Se tiv e sse sacr ificado , a e la se r iam dadas fo lhas de I fá par a ban har a cr ian ça. F o lhas de I fá: Mas cer e o luse sa ju e e so e m ág ua, o u pile as fo lhas e mi st ur e co m sabão - da- co st a par a o uso da cr iança quando e la for mai s v e lha. 192 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O t ur upo n K o nr an, O t ur upo n Ko ran fo i div inado par a Or unmila. Do is de se us inimig o s e st av am faze ndo um r e lató r io so br e e le par a Èsù e pe dindo a Ès ù par a o s ajudar a mat ar O r unmila. F o i pe dido a O r unmila que fize sse um sa cr ifí cio co m duas ca baças, dua s galinha s e 480 búzio s. Ele ouv iu e sa cr ifico u. Ele amar ro u as dua s cabaça s e m se us o mbro s e pô - se e m mar cha e m dir e ção ao sant uár io de Ès ù par a faze r o sacr ifí cio . Enquant o e le ia, as duas ca baças bat iam uma co ntr a a o utr a co mo se 269
  • 270. e las e st iv e sse m dize ndo , "e u mat ar e i Ok anr an, e u mat ar e i O t ur upo n", e as sim po r diant e . A ssi m que e le se apr ox imo u do sant uár io de Èsù, o s do is inimig o s o uv ir am e s se v ot o fe it o pe las cabaça s e pe rg unt ar am a si me smo s o que aco nt e ce r ia se O runmi la o s v isse , uma v e z que ant e s de o s v er já e st av a faze ndo t al j ur a. Ele s e nt ão fug ir am ant e s que O runmi la che g asse ao sant uár io de Èsù. Fo i isso que O r unmila fe z par a der ro t ar o s se u s inim igo s. 270
  • 271. O rác ulo 193 Òkànràn-Òtúrá Es se O dù fala de co nflito s e m famí lia e e m out ro s re lacio name nt o s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e nfr e nt a um co nfl ito co m par e nt e s co m r e lação a po sse ssõ e s mat e r iais. 193 – 1 (Tr adu ção do v er so ) “O que v o cê faz par a mi m, e u fa ço par a v o cê ” se mpr e difí cult a a r e so lução r ápida de uma disput a. I st o fo i div inado par a Olúk oy a, que fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que a disput a e ntr e e le e se u s pae nt e s não pr e judi casse sua s amizade s. O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, aze ite - de -de ndê e 16 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 193 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò kànr àn- Òt úr á fo i div inado par a a lí der das co br as, que fo i av isado a não e nt r ar e m uma br ig a que re sult ar ia e m não te r mais amigo s e nt r e se us pr ó pr io s par e nt e s. Se a lí de r das co br as de se jasse e st ar e m co ndi çõ e s amig áve is co m o s se u s par e nte s, dev e r ia sa cr ificar v e ne no s e fle x as, uma aljav a, fe it iço s per ig o so s, um cabr ito e 2 000 búzio s. Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Co mo r e sult ado , as co br as nu nca fo r am amig as umas das o utr as. 271
  • 272. O rác ulo 194 Òtúrákònràn És se O dù fala de se ev it ar as co nse qüê n cias de maus co mpor t ame nto s. O bse r v ação o cide nt al: A "bo ca gr ande " do clie nt e te m causado pr e juí zo . 194 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr ákò nr àn, a cidade a cidade e st á t ranqü ila fo i div isada par a A lafur a. e le s dis se r am: O s animais no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o le o par do ; o s pássar o s no bo sq ue nunca arg ume nt am co m o falcão . O s ser e s huma no s nunca arg ume nt ar ão co mig o ace r ca de me u car át er t ampo u co ace r ca so br e me u t rabalho . A s pe sso as não mat ar ão o s cãe s por cau sa de se u s lat ido s t ampo uco o s car ne iro s po r se us balido s. A s pe s so as nunca e ntr ar ão e m lit í g io co migo . Fo lhas de I fá: Tr ace o O dù Ò t úr ák ò nr àn no iy e -ì ro sù e re cit e o e ncant ame nto aci ma ne le ant e s de mi st ur ar -lo co m aze it e -de -de ndê e lambe -lo (par a se r usado se mpr e que ho uv er um caso j uducia l). 194 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, co nsult o u I fá par a Òt ú, que de se jav a de spo sar Òk òr àn, a filha do Olo fin. A s pe sso as e st av am dize ndo que ist o ca usar ia uma disp ut a. O ho me m a que m Ò kò ràn fo i pr o met ida co mo e spo sa t inha gast ado muit o ne la. M as O riji, o Adiv inho das co isa s bo as, disse que Òt ú ca sar ia co m Ò kò ràn; no e nt anto , e le de v er ia sa cr ificar o it o car amujo s. um po mbo , 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. 272
  • 273. O rác ulo 195 Òkànràn-Atè Es se O dù fala da ne ce ssi dade do clie nt e se r iniciado . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e tr abalhar sua e spir it ualidade . 195 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò kànr à-A t è div ino u par a Eniay e wu, que fo i aco nse lhado a se iniciar e m I fá, de mo do que sua v ida no mundo pude sse se r agr adáv e l. O sacr ifí cio : do is po mbo s, um r ato , um pe ix e e 3 200 búzio s. 273
  • 274. O rác ulo 196 Irete-Okanran Es se O dù fala da ne ce ssi dade de caut e la co m re lação a uma co nspir ação e ntr e pe s so as da me s ma idade da pe s so a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e te r cuidado co m co mpe t içõ e s no t r abalho . 196 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I re t e -O kanr an fo i div inado par a O r unmila no dia e m que o s babalawo se re unir am na ca sa do Olo fin par a pr e par ar v e ne no co m o qual o mat ar iam quando ali che g as se . Fo i- lhe pe dido que je je uas se ao lo ng o daque le dia par a ev it ar ser e nv e ne nado . Ele dev e r ia sa cr ificar 3 200 búzio s e aze it e - de -de ndê . Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u. Naque le dia, o s ba balawo que se r e unir am na ca sa deo Olo fin chamar am O runmi la par a que fo s se part icipar co m e le s de um banq ue t e . Te ndo co nspir ado junt o co m o Olo fin, e le s co lo car am v e ne no no s vinho s e t ambé m puse r am at ar ag ba (v e ne no que cau sa mo rt e ) no te cido e na e st e ir a par a Or unmila. Q uando Or unmila che g o u na ca sa de O lo fin, e le s lhe de r am v inho par a be be r .Ele o lho u par a aquilo po r alg uns mo me nt o s e dis se , “ o que e st á bo iando no po t e (or u )? É ve ne no que e st á bo iando no po t e . Ir et e - Ok anr an, não be be r á ho je , I re t e -O kanr an”. A pó s um cur t o e spaço de te mpo , e le s t ro ux er am o g ur o (v inho ) par a e le , mas Or unmila olho u e dis se a me s ma co isa. Apó s is so , o O lo fin co lo co u se u I fá no chão par a co n sult a e m no me do filho pr imog ê nito de le que e st av a fing indo e st ar do e nt e . To do s o s ba balawo pr e se nt e s dis se r am que a cr ian ça não mo rr e r ia. Q uando o O lo fin per g unt o u a o pinião de O r unmila, e le dis se que a cr iança mo rr e r ia a me no s que O lo fi n e ntr e g asse se u v e st uár io r eal e a e st e ir a que habit ual me nt e e st e nde e m se u tr ono de for ma que e le s po de r iam se r ut ilizado s na fabr ica ção de um me dicame nt o par a a cr iança. O lo fin que e st av a pr o cur ando po r me io s de mat ar Or unmila, pe nso u t er e nco nt r ado uma chan ce , po is po de r ia pôr at ar ag ba de nt ro do ve st uár io e na e st e ir a ant e s do s e nt re g ar par a O r unmila. M as ass im que e le s 274
  • 275. fo r am tr azido s, um pássar o co me ço u a g rit ar m per si st et e me nt e , dize ndo a Or unmila, “Or un mila, não se nt e -se na e st e ir a ho je , não se nt e -se na e st e ir a ho je . Se nt e -se no ifin, se nt e - se no ifin! ”. Q uando e le s te r minar am de tr azer o v e st uár io e a e st e ir a, O r unmila pe diu que e le s u sasse m a e st e ir a par a se se nt ar e m. Ele s o be de cer am e fo r am e nv e ne nado s. O r unmila de ixo u o lo cal se m se r pr e j udicado . 275
  • 276. O rác ulo 197 Okànràn’Se Es se Odù fala da ne ce ssi dade de de se nv o lv ime nt o e spir it ual par a ev it ar ang ust ia e t r ibulaçõ e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e so fr e u um re v é s finan ce iro . 197 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Q ue st õ e s de ang úst ia não são bo ns; u ma que st ão pr o ble mát ica é um mau e spe t áculo . I st o fo i div inado par a o filho de um ho me m abast ado , a que m fo i pe dido sacr ificar de mo do que e le não so fre s se t rib ulaçõ e s. O filho do ho me m r ico per g unto u, “o que é so fr ime nt o ?” Ele s disse r am: O ato de abr ang er é so fr ime nt o ; a vo nt ade das pe sso as é ang ú st ia. Ele dis se que isso e ra ba st ante . O filho do ho me m r ico per g unto u qual se r ia o sacr ifí cio . Ele s disse r am: u m t e cido br anco , um po mbo , uma ov e lha, uma galinha e 20 000 búzio s. 197 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Le mbr e - se do Po sse s sor . Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s ainda e st amo s viv o s. Le mbr e - se do Po sse s sor . Nó s no s le mbr amo s do Po sse s sor , nó s e st amo s re go zijando . O Po sse sso r nunca apalpa no e scur o ; Edumar e nun ca t e m pr e j uizo s. Não há ne nhu ma t rist e za lá na ca sa do Po sse sso r , ne nhuma po br e za o u pe núr ia. O r unmila Olo wa A iy e r e dis se que se nó s no s de par ásse mo s co m qualq ue r t ribula ção , de v er í amo s no s le mbr ar do Po sse s sor . 276
  • 277. O Po sse sso r nunca se e ntr ist e ce u. O Po sse sso r sacr ifico u um po mbo , duas cabe ças de ig uana, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (a ser e m dadas À pe sso a que é aplicada e m se u t rabalho ). 277
  • 278. O rác ulo 198 ÒséKòràn Es se O dù fala da ne ce ssi dade de uma co mpanhe ir a na v ida do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: C o ndiçõ e s de tr abalho inco nst ant e s ne ce ssit am de e quili br io e mo cio nal par a se har mo nizare m. 198 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Vo cê não g o st a de le , Eu não go sto de le . A po bre za ca minho u po r si me sma. I st o fo i div inado par a uma pe s so a de safo rt unada, que fo i aco nse lhada sa cr ificar par a que pude s se adiquir ir uma co mpan he ir a. O sa cr ifí cio : dua s galinha s, do is c hapé us o u do is t ur bant e s fe minino s, 2 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u. 198 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Sa samur a div ino u par a O seK o nr an, A que m fo i dit o que t er ia inimig o s e s uce s so so br e e le s. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, e fun, o sùn, 2 400 b úzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. 278
  • 279. O rác ulo 199 Okanran-Òfún Es se O dù fala do fim de pr o ble ma s e tr ibula çõ e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á ex pe r ime nt ar um nov o re lacio name nt o o u aume nt ar a int e nsidade de um r e lacio name nto co rr e nt e . 199 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Se alg ué m te v e má so rt e po r lo ngo te mpo , isto se r á mudado par a bo a so r te . I sto fo i div inado par a O k anr an- A base wo lu, que fo i aco nse l hado a sacr ifi car um po mbo , u ma g alinha e 12 000 búz io s. Ele sa cr ifico u. 199 – 2 (Tr adu ção do v er so ) À r àbà-nlá (g r ande alamo ) div ino u par a Ok anr an e O fun. F o i-lhe s co nt ado que e le s nu nca se r iam suje it ado s a so fr e r se m v ing ança. A lg ué m se mpr e se re cu sar ia a vê - lo s so fre r se m ving ança. F o i pe dido que sacr ifica sse m um car ne ir o e 2 200 búzio s. Ele s sacr ifi car am par a que nunca so fre s se m se m v ing ança. 279
  • 280. O rác ulo 200 Òfún’Konran Es se O dù adv er t e so br e ab uso de po der . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo pr e sun ço so . 200 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún’ K ò nr àn fo i div inado par a Olo dunmar e quando e le e st av a se pre par ando par a e nv iar as pe sso as par a a Te rr a. Ele s dis se r am que O lo du nmar e e st av a r e flet indo no cast ig o que os po de ro so s infl ig ir iam ao s fr aco s, no cast igo que o s re is e che fe s in flig ir iam às pe sso as que fo r am dist it uida s o u e m pe r ig o . Ele v iu pe sso as ino ce nt e s se ndo mor t as na Ter r a e de se jo u de fe nde r aque le s que não t inham chan ce de se ving ar . F o i pe dido par a Ele sacr ifi car uma t ar t ar ug a, u ma faca, um ar co e uma fle cha, uma pime nt a e 18 000 búz io s. Se Ele sacr ifica sse , po de r ia o s de ix ar livr e na Te rr a. Ele sa cr ifico u. 280
  • 281. O rác ulo 201 Ògúndá’Sá Est e O dù fala de ganho mo ne t ár io par a a pe s so a ve r dade ir ame nt e e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: F or ça no t rabalho co nduz a g anho sig nificant e . 201 – 1 (Tr adu ção do v er so ) C e libat o fo i div inado par a I fá quan do o mun do t odo e st av a dize ndo que ifá e st av a só . F o i pe dido a I fá que e sco lhe sse uma co mpan he ir a. I fá disse que e sco lhe u dinhe iro co mo sua co mpanhe ir a. Fo i pe dido a e le que sa cr ificas se um po mbo e 24 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. 201 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò g úndá’ Sá fo i div inado par a o r e cé m-nas cido . Ele s disse r am que sacr ifí cio e r a ne ce ssár io se o be bê fo s se v iv e r e apr e ciar a v ida. O sacr ifí cio : u ma g alinha d’ A ng o la, um po mbo e 24 000 b úzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 281
  • 282. O rác ulo 202 Òsá’Gúndá Es se O dù fala de bo a so r te que não v e m se m sacr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: Há alg ué m que o clie nt e não dev e co nfiar . 202 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O sa’ Gunda po de lut ar . Oide r e , o awo de I g bado , A luko , o awo de Ig bado , A ijag og or o go , o awo de Olibar a, t o do s div inar am par a Olibar a. O ide re , o awo de I g bado , disse que de sco br iu bo a so rt e par a O libar a. e nt ão Olibar a de v er ia sa cr ificar um po mbo , uma o ve lha e 44 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. A luk o , o awo de I g bado , disse que e le v iu nas cime nt o de filho s (t ant o O ider e quant o Aluk o er am ex tr ang e ir o s); e nt ão , O libar a dev e r ia sacr ifi car uma g alinha, uma cabr a e 32 000 búzio s. Olibar a sa cr ifico u. A ijag og or o go , o awo da casa de Olibar a, que pr ev iu uma g ue rr a. Ele t ambé m pe diu que O libar a sacr ifi cas se : um car ne ir o e 66 000 búzio s. e le di sse que se O libar a não o fe r e ce sse o sa cr ifí cio , hav e r ia g uer r a e m o nze dias. O libar a não ofe r e ce u o sacr ifí c io . No dé cimo pr ime iro dia, a g ue rr a v e io . O libar a fug iu da cidade . 202 – 2 (Tr adu ção do v er so ) S un- mis’ e be , Sun -mis’ apo ro co nsult o u par a A ik u je g unr e (t ipo de er v a) e O lok o (faze nde iro ). A ik u je g unr e fo i aco nse lhado a sacr ifi car um car amu jo , uma g alinha e u m car ne iro . Ele s disse r am a Aik uje g unr e que não mo rr er ia mas e st ar ia e nr aizado e co lo cado e m um alt o o bje to aci ma do chão . A ik uje g unr e sa cr ifico u. A o faze nde iro fo i pe dido que ofe r e ce sse e m sacr ifí c io um car ne iro , u m alfang e e 66 000 búzio s de mo do que e le não mo rr e sse . Ele sacr ifi co u. Q uando o faze nde iro e st av a capinando , e le ju nto u Aik uje g unr e co m o alfang e e m um lug ar . A ik uje g unr e dis se , “Eu me fa ço no t ar se ndo r e unido , as sim me ajude a falar 282
  • 283. par a me us pais no C é u”. Q uando o faze nde iro finalizo u a capinag e m e j unto u a er v a cha mada A ik uje g unr e co m um alfang e e o co lo co u e m um tr o nco , a er v a disse , “dig a- me pai do C é u que e u so u no t áv e l”. Ent ão , as ult imas palav r as u sualme nt e falada s pe la e rv a são : “que o faze nde iro não mor r a. Q ue e u t ambé m não mo rr a, de fo r ma que ambo s pe r mane çam par a se m pre ”. 283
  • 284. O rác ulo 203 Ògúndá’Kaa Es se Odù fala da ne ce ssi dade de caut e la e sa cr ifí cio par a so lu cio nar pro ble ma s mo ne t ár io s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m co nfl ito s o u acusa çõ e s no t rabalho . 203 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O r unmila dis se O g unda’K aa, Eu dig o O g unda’K aa. I st o fo i div inado par a O mo t ade . e le s disse r am que e st amo s supli cando a Or unmila par a impe dir que O mo t ade fo sse co nt ado co mo ladr ão . O sacr ifí cio : quat ro g alinhas, rat o s, pe ix e , aze it e -de - de ndê e 8 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. 203 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O g unda’K aa fo i div inado par a Or unmila, o r e i, que e st av a co m pr o ble mas. F o i-lhe asse g ur ado que co nse g uir ia alg um dinhe ir o log o . O sacr ifí cio : do is po mbo s e 2 000 búzio s, e le sa cr ifico u. 284
  • 285. O rác ulo 204 Ìká-Ògúndá Es se O dù fala de sacr ifí cio a O g un par a de se nv o lve r cor ag e m e m alg ué m tí mido . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á fing indo um pr o ble ma que não ex ist e . 204 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g ún pro v a minha ino ce n cia Ò g ún, por fav or me apó ie . Não há ning ué m co m pr o ble ma s que não pe ça aux í lio a Òg ún. Q ue m que r que se ja que fa ça o be m r e ce be r á o be m. É uma pe sso a e m par t icular que Ò g ún aux iliar á. I st o fo i div inado par a A de t ut u, o filho do cov ar de que r e spir a me dr o same nt e , que e r a me io -mo rt o ant e s da br ig a. Ele fo i aco nse l hado a sacr ifi car um cão , aze it e -de -de ndê , inha me assado e v inho de palma. Ele o uv iu mas não sacr ifico u. 285
  • 286. O rác ulo 205 Ògúndá-Òtúrúpòn Es se O dù fala de bo a fo rt una re s ult ante de me lho r a de co mpor t ame nto . O bse r v ação o cide nt al: Di fic uldade s e blo que io s são disso lv ido s co m de se nv o lv ime nt o e spir it ual. 205 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g ún dir e cio no u bo a sor t e par a a ca sa de O t ur upo n. I st o fo i div inado par a as pe sso as e m I fe -O oy e . Ele s disse r am que um ano de r ique zas t inha v indo , um ano de abundâ ncia, um ano de nascime nto de muit as cr ianças. F o i-lhe s pe dido que sacr ifi cas se m de z po mbo s, de z galinha s e 20 000 búzio s de for ma que e le s não disput ar iam nov ame nt e . Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio . 205 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A s árv o re s e st ão se nt indo do re s de cabe ça na flo r e st a. O Ir ok o e st á se nt indo do r no pe it o . A árv or e cur at iv a e st á r e me diando a to do s. I st o fo i div inado par a Òg ún e O t ur upo n. De mane ir a a co mpor t ar -se be m, fo i-lhe s pe dido que sa cr ificas se um cão , aze it e -de - de ndê , u m g alo e 18 000 búzio s. Ele s o fer e ce r am o sacr ifí cio . Ò g ún e nt ão de u Ot ur upo n bo a sor t e . 286
  • 287. Ò g ún libe rt o u O t ur upo n da e scr av idão . Nó s e st amo s r eg o zijando , nó s e st amo s dança ndo . O rác ulo 206 Òtúrúpòn-Egúntán Es se Odù fala do pr e se nt e , se ndo um mal mo me nto par a uma nov a cr ian ça, mas mant é m u ma g rande pro me ssa par a o fut uro . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t ev e re ce nt e me nt e pe r de u uma cr iança, ant e s o u lo go de po is do nasc ime nt o . Alg uma co isa e st av a e rr ada co m a cr iança. 206 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s ramo s do iro k o de ve r iam se r po dado s e nqua nto a árv or e é jo v e m. Q uando fica v e lha e alt a, se u s galho s já não po de m ser facil me nt e co rt ado s. I st o fo i div inado par a Ò t ú, a mãe de um be bê nov o . Ele s dis se r am que a cr iança se r ia um lacr ão quando cr e sce sse . F oi pe dido par a que o s pais o fe r e ce s se m sacr ifí cio par a que a cr iança pude sse m o be de ce - lo s. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um pe ix e ar o , um po mbo , uma banana, 66 000 b úzio s e fo lhas de ifá. Se o sacr ifí cio for re alizado , as fo lhas e so são as fo lhas de I fá a se r e m u sadas. Espr e me r as fo lhas e m ág ua co m flui do do car amu jo e banhar a cr ian ça. Se a cr iança cr e sce r , dar - lhe uma so pa fe it a co m fo lha e so , car amu jo o u pe ix e ar o par a co me r . Ela t ambé m dev e co me r bananas. 206 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O t ur upo n- Eg unt an fo i div inado par a Or unmila. Ele s disse r am que a e spo sa de O r unmila co nce be r ia. F o i pe dido que Or unmila o fe r e ce s se sacr ifí cio par a que a cr iança v ie s se e m um mo me nt o mais pr o pí cio a e le s. O sacr ifí cio : u ma g alinha g rande , uma cabr a e 66 000 búzio s. 287
  • 288. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O rác ulo 207 Ògúndá-Túrá Es se Odù fala da saúde do clie nt e , e le se nt indo -se fi sicame nt e do e nt e co mo r e sult ado de pr e s são e inimigo s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e é hipo co ndr í aco . 207 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Sak amda (Eu so u bast ant e limpo ) fo i div inado par a O t a (pe dr a) na ág ua. Nó s te me mo s a do e nça. F o i pe dido a O ta- mi não t e mar a do e nça e lhe fo i pe dido que o fe r e ce sse sacr ifí cio de fo r ma que e le pe r mane ce s se fix o . O sacr ifí cio : u m car amujo , um po mbo , 32 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u e se viu liv r e de do e nça s. 207 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O g unda-Tur a. É bo m que per mit e à pe s so a supe r ar u m inimig o . U ma pe sso a mal fav or e cida po de se r fac ilme nt e atr aida pe lo se u inimigo . Q ue m me par iu? Ò g úndát at úr ápa, faça co m que me u s inimig o s caiam um apó s o out ro e mat e -o s e m g rande quant idade . Eu não dev e r ia co nhe ce r qualque r inimig o o u qualque r o po ne nt e . Q ue m é uma pe sso a mal fav o re ci da? U ma pe s so a mal favo r e cida é aque la a que m a maio r ia das pe s so as acr e dit a e st ar arr uinada e e la ainda pe nsa que é muit o amado . Em v e nt o s fo rt e s, plant a e g be e cai uma so br e as out r as; de ce rt a for ma, me us ini migo s mo rr er ão um apó s o utr o . Ele s 288
  • 289. nun ca se ajudar ão mut uame nt e ; o s lag art o s macho s não aj udam uns ao s o ut ro s e m um c urt o e spaço de t e mpo . F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Og unda- Tur a no pó de ì ro sù e invo que I fá co mo de t er minado acima. U ma pe que na po r ção do pó dev e ser co lo cado no t o po da ca be ça e e sfr e g ado da te st a à part e infe r o -po st er ior da cabe ça. I st o dev e se r fe it o pe la manhã, à t ar de o u a no it e at é o pó aca bar . É par a se r ut ilizado ape nas uma v e z ao dia. 289
  • 290. O rác ulo 208 Òtúrá-Egúntán Es se O dù fala da ne ce ssi dade de r e mo v er e ne rg ias neg at iv as do clie nt e . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de pur ifica ção par a re mov e r e ner g ia e spir it ual ne g at iv a. 208 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ele s fize r am muit o mal a mim. Eu não so u maculado ; e le s não me po de m supe r ar ; e le s e st ão amaldi ço ando , jur ando , e me de se jando mal. Ot ur a-Eg unt an di sse que e u não de v er ia t er me do ne m se pr e o cupar co m e le s. Ele pr o me t e u co rr ig ir me u s cami nho s de fo r ma que e u po ssa v iv er u ma v ida me lhor . Ele dis se que min ha v ida se r ia pr ó spe r a. É O t ur a- Eg unt an que que lav a minha ca be ça de mane ir a que ne nhuma maldição , male di cê ncia, fe it iço o u e ncanto me afet e . F o lhas de I fá: Q ue imar junt o fo lhas o luse saju, ife n e e so . M ist ur e o pó co m sabão - da- co st ae co lo que - o e m uma cabaça. Jo g ue um po u co de pó de iy è -ì ro sù so br e o sabão , t race o o dù so br e e le e invo que o e ncant ame nt o acima. Ut ilizar par a t o mar banho . 290
  • 291. O rác ulo 209 Ògúndáketè Es se Odù fala de do is co nce it o s impor t ant e s: o pape l de Eleg bar a (E s u) co mo um me n sag e ir o e ntr e o s se r e s humano s e De us; e Eg úng u n (ance st r ais) co mo o cam inho do s se r e s huma no s par a a supr e macia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se ndo do minado por uma fe me a. 209 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O s pe s cador e s não sa be m e m qual lug ar o mar o bt e m s uas ág uas ne m a o rig e m da lag o a. I st o fo i div inado par a Ele g bar a, a que m fo i dito que e le s dev e r iam sup licar a e le uma var ie dade de co isas de mo do que e le car r eg as se se u s sa cr ifí cio s par a o C é u. O r unmila pe rg unt o u co mo Ele g bar a co nse g uir ia mo str ar par a e le s que o s se us sa cr ifí cio s tinha m alcançado o C é u. Eleg bar a disse que qualque r um c ujo sacr ifí cio t e nha sido ace it o sabe r ia por si só que e le fo i ace it o . Quando as pe sso as que nunca o fe r e cer am sacr ifí cio fize r e m uma o fer t a, e le s t ê m que dize r : M e u sa cr ifí cio che go u ao mar e à lag una. Ele se r á ace it o . Mas qualque r um que te nha o fe r e cido sacr ifí cio , e o sa cr ifí cio fo i ace ito , t e m que dize r : M e u sacr ifí cio alca nço u o C é u. F oi pe dido a Ele g bar a que sacr ifi cas se de for ma que as pe sso as do mu ndo o o be de ce s se m.O sa cr ifí cio : uma palme ir a, uma cor da de e scalar , um g alo , um ò ké t é e 66 000 búzio s. e le o uv iu e ace it o u. 209 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 291
  • 292. Se nó s de se jamo s me nt ir , nó s par e cer e mo s e st ar ag it ado s. Se nó s de se jamo s dizer a v er dade , nó s par e ce r e mo s e st ar co nfo r t áv e is. Nó s não po de mo s e ng anar um ao o ut ro quando e st amo s car a a car a. I sto fo i div inado par a Ò g ún, que e st av a indo re alisar o s r it uai s pr e s cr it o s pe la I y alo de nas r uas. To das as mu lhe r e s e st av am cast ig ando t odo s o s ho me ns. Fo i pe dido que Ò g ún sacr ifi casse um bo né , um cão , 14 000 e alg umas o utr as co isas de sco nhe cida s por não inic iado s. Ele sa cr ifico u. De po is dis so , o mi st ér io de Eg úng ún e de out ro s cult o s que co bre m as sua s face s, ca be ças ou cor po s int e ir o s tiv er am iní cio . As mul her e s e r am ant ig ame nt e as co nt ro lador as de st e mist ér io . Elas assu st ar am o s ho me n s co m e le e não o be de ce r am o s ho me ns muit o . O s ho me n s, e spe cia lme nt e Òg ún, de sco br ir am um mo do me lhor que o mo do das mul he re s. 292
  • 293. O rác ulo 210 Irete-Egúntán Es se O dù fala da ne ce ssi dade de inicia ção . O bse r v ação o cide nt al: De se nvo lv ime nt o e spir it ual az-se é ne ce ssár io par a paz e pro spe r idade . 210 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Te t e , ve nha e aja de for ma que e le s po ssa m se r co nfor mado s. I st o fo i div inado par a Pè rè g ún (plant a de ce r ca), a que m fo i pe dido o fe r e ce r sacr ifí cio de fo r ma que pude sse se nt ir -se be m se ndo iniciado e m I fá. O sacr ifí cio : u ma banana, mant e ig a de car it é e 44 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele fo i iniciado . Ele s dis se r am que e le se se nt ir ia be m. De fat o , Pèr è g ún se se nt ia mu ito tr anquilo e co nfo rt áv e l. 210 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Bo a sor t e ve io par a mim. I st o fo i div inado por O r unmila ao re i que do e le e st av a e m de sgr aça. Ele dis se que um ano de sor t e e st av a por v ir . 293
  • 294. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse um po mbo , uma galinha, um camar ão (e de ) e 2 000 búz io s. Ele sa cr ifico u. O rác ulo 211 Egúntán’sé Es se O dù fala par a não cast ig ar pe s so as por s uas car acte r í st icas fí sica s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e mar cha pe la to que de se u pr ó pr io t ambor . 211 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g úndá ofe nde u a ning ué m, Òg úndá não ma chuco u ning ué m. É pro ibido , não é bo m ca st ig ar Òg úndá. I st o fo i div inado par a Oló wó , a que m fo i pe dido que o fer e ce s se sa cr ifí cio par a não se r punido dur ant e sua vida. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha e 44 000 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. Ho nr ais e r e spe it ais o s o utr o s; é me lho r de ix ar o filho de um ho me m ho nr ado imp une . U ma árv or e é r e spe it ada po r cau sa de se u s nó s [de made ir a]; Ent ão t ambé m é um r e spe it ado u m ho me m albino po r causa do Ò rì sà. Vo cê dev e t o da a ho nr a mim. 294
  • 295. O rác ulo 212 Òsé-Egúntán Es se O dù fala do impe dime nto de bo a fo rt una. O bse r v ação o cide nt al: M udan ças r ápidas e m at iv idade s te mpor ais ir ão r e sult ar e m g anho s. 212 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Po br e za e so fr ime nto t er mina m fo i div inado par a To to . F o i pe dido a To to o fe r e cer sa cr ifí cio de for ma que e le se r ia se mpr e rico . O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, uma g alinha e 32 000búz io s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 212 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À g be . Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m À lùk ò . Ì sé - Eg únt án, nó s co nhe ce mo s bo m tr aje e m O dide re . To da bo a so rt e e st á nas mão s de O ló k un — O ló k un o che fe de to da ág ua. Ì sé - Eg únt án To t o co manda a t oda bo a so rt e v e nha a mim. F o lhas de I fá: pulv e r ize as pe nas àg be , àlùk ò e iko o de co m fo lhas de to to ; 295
  • 296. co lo que e m uma quant idade de sabão -da- co st a co rr e spo nde nt e a 2 000 búzio s e t race o o dù Ò sé - Eg únt án ne le ; usar par a ban ho . No t a: Em qualque r mo me nto que a pe na de um àg be é me ncio nada, saiba que uma pe na de r abo dev e r á ser u sada. To do s o s mat er iai s a se r e m usado s par a awur e (me dicame nto par a sor t e bo a) de ve e st ar limpo , per fe it o e e m bo m e st ado . O rác ulo 213 Ògúndá-Fú Es se O dù fala de po s sív e is disput as so bre po sse s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á se de par ando co m alg uma e spé cie de dist r ibui ção de her ança o u cr ianças que se nt e m que o s pais não o s e st ão t rat ando ig ual me nt e . 213 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g úndá, dê o co nt r at o ao do no . Se v o cê não der o co nt r ato ao do no , t o malo - e i de ti à fo r ça e br ig ar e i, e mbo r a e u não te r ade nt r ado à sua ca sa pro c ur ando br ig a. I st o fo i div inado par a um v iajant e que se ho spe dar ia na casa de um ho me m av ar o . Fo i pe dido que e le o fer e ce s se sacr ifí cio par a que não per de s se se us pe rt e nce s par a o patr ão av ar o . O sa cr ifí cio : u ma galinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (pilar fo lha s de t ag ir i e e e sin- war a e uma quant idade de sabão - da-co st a e quiv ale nt e a 12 000 búzio s: co lo car e m um cant o da casa e ve rt e r o sang ue da galinha ne le ; usar par a banho ). 213 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 296
  • 297. Dê par a mim, e u não vo u dá- lo a v o cê . Nó s não po de mo s lut ar e m cima de co nt as t odo o caminho par a O yo e at é que nó s che g amo s à casa do Olo fin. Se nó s lut amo s se cre t ame nt e , nó s de ve mo s falar a ve r dade no dia e m que a br ig a alca nça o r e i.. I st o fo i div inado par a o r e i quando um saco de co nt as fo i t razido por g uar diõ e s e que mai s t ar de de cidir am e nv e ne nar o pr o pr ie t ár io das co nt as de mo do que as me smas fi casse m par a e le s. F o i pe dido que sacr ifica sse um po mbo e 2 000 búzio s. A hist ór ia da que st ão : Hav ia um ho me m co m do is filho s. É um co st ume e m no ssa te rr a que o s familiar e s não per mit am a o s filho s de um pai fale cido t er qualque r co isa fo r a do pro pr ie dade do pai de le s. Po r e st a r azão , a famí lia do pai do s do is filho s fale cido t o mar am a pr o pr ie dade e a div idir am to t alme nt e e nt r e e le s. Est e s do is filho s ro ubar am uma bo lsa de co nt as e a mant iv er am e s co ndida e m alg um lug ar , e ve nde r am as v alio sas co nt as uma a uma. quando a bo lsa fi co u quase vazia, e mai s da me t ade já se fo r a, o filho mais v e lho quis e ng anar se u ir mão . Ele lev o u as co nt as r e st ant e s ao re i par a cust ó dia e falo u par a se u ir mão que as co nt as t inham sido r o ubadas. Alé m disso , o re i t ambé m e st av a pe nsando e m um mo do de mat ar o filho mai s v e lho de fo r ma a po der mant e r as co nt as co nsig o . 297
  • 298. O rác ulo 214 Òfún-Egúntán Es se O dù fala das co nse quê n cias de se ig nor ar co mpor t ame nto mor al e sa cr ifí cio . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido o u de se jo so de um po ssí v e l r e lacio name nt o sex ual no civo . 214 (Tr adu ção do v er so ) O supa je re je r e , adv inho de O niba r a, div ino u par a O nibar a, a que m fo i pe dido que sa cr ificas se um car ne ir o e 22 000 búzio s de mo do que e le não e ntr as se e m pro ble ma s por ca usa de uma me r et r iz. O nibar a não o fer e ce u o sa cr ifí cio . Ele per g unt o u que t ipo de pr o ble ma po de r ia ofe r e ce r uma me r et r iz a e le , o lí de r de uma nação ? A histo r ia de O nibar a apó s e le t er re cu sado sa cr ificar : No ano que I fá fo i co nsult ado par a O nibar a, uma mulhe r che g o u de uma te rr a lo ng í qua par a de spo sa-lo . A mulhe r fo i pro st it ut a. Vár ias pe s so as que a co nhe ciam e aque las que o uv ir am falar so br e e la v ier am par a pr ev e ni- lo a não se ca sar co m e la. O nibar a se ndo um r e i, r eg e it o u a adv er t ê cia das pe sso as. Ele se re cu so u a de spr e zar a m ulhe r po is e la e r a muit o bo nit a. A imag e m de st a mulhe r o cupo u a me nt e do r e i de mane ir a que e le não er a capaz de 298
  • 299. r e pe lir o u mudar o s pe dido s da mulhe r . A mulhe r dis se ao re i que não co mia o utr a co isa se não car ne , e nt ão o re i mat o u to das as ave s, car ne ir o s e capr ino s que e le tinha par a a cau sa da mulhe r . Ent ão o re i co me ço u a ar mar ar apucas par a as av e s, car ne ir o s e capr ino s que pude sse m e ntr ar no se u palácio . Q uando o do no v ie sse pr o cur ar o animal no dia se g uint e , o re i dir ia que e le lhe e st av a chamando de ladr ão . M as quando não t inha mais av e s, car ne ir o s e capr ino s na vizinhan ça, o re i pe nso u e m uma o utr r a mane ir a par a o bt e r car ne par a a mul he r . e nt ão e le co nse g uiu um fe it iço co m o qual as pe s so as se t r ansfo r mav am e m tigr e s. A pó s isso , o re i ia t o da manhã at é o s po st e s o nde o s animais e r am pr e so s par a ao abat e e o s le v av am dali. Co nse q ue nt e me nt e , as pe sso as co me çar am se cansar am co m o s hor ro r e s que o t ig r e e st av a cau sando pe lo assas sí nio de se u s animais do mé st ico s. O s caçado r e s da v izinhança fize r am uma vig ilia e at ir ar am no t ig r e . Q uando e le fo i at ing ido pe las fle x as, f ug iu e fo i cair na fr e nt e da casa de O nibar a. I nto o cor re u nas pr ime ir as ho r as da no it e à luz da lua. Q uando aman he ce u, O nibar a fo i e nco ntr ado na pe le do tig re ; to das as faca s que e le uso u par a pe r fur ar as v ít imas e st av am e m suas mão s e o animal que e le hav ia abat ido e st av a ao lado de le . A s pe s so as se s ur pr e e nde r am e m v er que o r e i de las t ev e tal hábit o r uim. Ent ão e las achar am um lug ar de pr e ssa par a o e nt er r ar se cr e t ame nt e . Elas lev ar am cabo da mul he r , a mat ar am, e a e nt e rr ar am na abó bada de O ba. De sde e st e t e mpo , se um t ig r e é mo rt o , sua face é co be rt a, e se r á le v ado par a um lug ar se cr e to ant e s de se r e sfo lado . I sso é por que um tig re é cha mado de re i. Pro v ér bio : U m t igr e , ape sar de s ua maldade , pe diu par a as pe sso as que não de ix e m s ua face de sco be r t a. 299
  • 300. O rác ulo 214 Òsá-Ká Es se O dù pr ev ê um no vo be bê e fala da pr ot e ção do se gr e do de alg ué m. O bse r v ação o cide nt al: U m co me nt ár io so br e um ant ig o e mpr e g ado po de cau sar pro ble ma par a o clie nt e . 215 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sá caminha ao r e dor div ino u par a um r e cé m-nas cido . Fo i pr e dito que e le se r ia um apaix o nado po r viajar pe lo mundo quando e le fo s se mais ve lho . e le s disse r am: U m sa cr ifí cio dev e se r fe it o de mo do que e le po ssa te r uma habit ação e m t er r a e po ssa e st ar muit o be m. O sa cr ifí cio : u m car am ujo , um aik a (animal e spe c ial do mato ), sabão - da-co st a, 32 000 búz io s e fo lhas de I fá. A s fo lhas de I fá dev e m se r mo idas e co zidas na so pa co m aik a o u car amujo par a o clie nt e be be r e as fo lhas de I fá de v e m ser mist ur adas no sa bão -da- co st a. 215 – 2 (Tr adu ção do v er so ) 300
  • 301. Palav r as par t icular e s t or na-se - ão públi cas fo i div inado por Ay ék o g be je . U m co nfide nt e e st á r ev e lando se gr e do s. F o i pe dido que sacr ifica sse par a que não fize sse co isa s v er go nho sa s e m se g r e do , e que se us seg r e do s não fo sse m div ulg ado s. O sacr ifí cio : u m car amujo , aze it e -de - dê nde , banha de òr i, um po mbo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi co u. O rác ulo 216 Ìká-Sá Es se O dù adv er t e às pe sso as a não fazer e m nada de so ne sto . O bse r v ação o cide nt al: C o nfu são e mo cio nal po de lev ar a de cisõ e s pe r igo sas. 216 – 1 (Tr adu ção do v er so ) U m mal car át e r ge r a um co v ar de fo i div inado par a u m ladr ão . Ele s disse r am que um ladr ão não se r ia t ão br avo quat o o pr o pr ie t ár io . O ladr ão fo i adv er t ido a sa cr ificar de mane ir a a adquir ir co isas facilme nt e o u ho ne st ame nt e . O sa cr ifí cio : quat ro car amujo s, 8 000 b úzio s e fo lhas de I fá (wo r o e è so par a se r e m co zidas e co midas co m o s car amujo s ). e le não sacr ifi co u. 216 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O mundo é fr io . Nó s e st amo s de scan çando ; pe s so as fr acas de ix am a cidade . 301
  • 302. I sso fo i div inado par a Jo k o je que de se jo u de scan çar , e le dev e r ia sacr ificar pano br anco , um po mbo , uma o ve lha e 20 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s falar am que e le e st ar ia usando v er de co mo pano pr o te t or . O rác ulo 217 Òsá-Òtúrúpòn Es se O dù fala de infe rt ilidade e de sa cr ifí cio par a vida lo ng a. O bse r v ação o cide nt al: Es se é o mo me nto par a sacr ificar a Ò g ún par a co nce pção . 217 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ela- não -carr e g a-cr iança -e m- suas -co st as fo i div inado par a Ò sá At inuso jo , a que m fo i pe dido que sacr ifi casse de mo do a po de r dar a luz. O sacr ifí cio : u ma cabr a, uma galinha, 16 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ela se re cu so u a sa cr ificar . 217 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sá- Òt úr úpò n, Ò sá-Ò t úr úpò n fo i div inado par a a pe le de u m animal. e le s disse r am que a pe le ser ia sa udáv e l e viv er ia mai s que qualq uer o utr o animal no mu ndo . O sacr ifí cio : u m po mbo , uma o ve lha, o bì e 44 000 búz io s. 302
  • 303. A pe le sacr ifi co u. O rác ulo 218 Òtúrúpòn-Òsá Es se O dù fala de tir ar uma cr iança do pe r ig o . O bse r v ação o cide nt al: U ma nov a cr iança o u nov as r e spo nsabil idade s e st ão cr iando uma pr e o cupa ção te mpo r ár ia. 218 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I g bo k e g bo do fo i div inado par a K o nk o n Ele s disse r am que e le dev e r ia fazer sa cr ifí cio par a que um r e cé m- nascido não e nvo lv e sse o s pais e m pr o ble mas o u de sasso s se go . O sa cr ifí cio : u m pilão , um car amujo , aze ite - de -de ndê e m ab undânc ia, 32 000 búzio s e fo lhas de I fá (jo ko je e è so ). K o nk o n may ik an se re c uso u a sa cr ificar . 218 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- Ò sá fo i div inado par a as pe s so as na cida de chamada I lar a. 303
  • 304. Ele s dis se r am que t odo s o s be be s nasci do s naque le ano se r iam car r eg ado s nas co st as de s uas mãe s e nquant o e st as fug ir iam de uma bat alha. A s pe sso as pe rg unt ar am o que dev er iam sa cr ificar e fo i r e spo ndido : aze it e -de - de ndê , banana s mad ur as, banha de or i, fo lhas I fe n, fo lha s jo ko je , fo lha s wo ro e 42 000búzio s. Ele s não sacr ificar am. O rác ulo 219 Òsa-Òtúrá Es se O dù fala do s de use s favo r e ce ndo aque le s que falam a v er dade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e co nfr o nt ar u m pr o ble ma que e le ve m e v it ando . 219 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ? Ò r unmila diz: Ve r dade é o Se nho r do Par aiso g uiando a t er r a. Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ? Ò r unmila diz: Ve r dade é o I nv isív e l g uiando a te rr a, a sabe do r ia que O lo dunmar e e st á u sando — gr ande sabe do r ia, muit as sabe do r ias. Ò sá- Òt úr á diz, o que é ve r dade ? Eu dig o , o que é ve r dade ? 304
  • 305. Ò r unmila diz: Ve r dade é o car át er de O lo dun mar e . Ve r dade é a palavr a que não cai. I fá é a v er dade . Ve r dade é a palavr a que não se co rr o mpe . Po de r que ultr apas sa a t udo . Bê nção pe r pét ua. I st o fo i div inado par a a Ter r a. Ele s dis se r am que as pe sso as do mun do dev e r iam se r v er dade ir as. Par a capa cit a-lo s a se r e m v er dade iro s e ho ne st o s que idabo (me dic ina de I fá) se ja apli cada por mar car o Odù Ò sá-Òt úr á no iy è - ìr o sù. A pó s re cit ar o I fá acima so br e o pó , mist ur e -o co m e ko e be ba- o , o u co ló que - o no aze it e -de -de nê e o co ma, de mo do que sr á fácil se r ho ne st o e v er dade ir ao . C ant ig a de I fá: F ale a ve r dade , dig a o s fato s. F ale a ve r dade , dig a o s fat o s. Aque le s que falam a v er dade são aque le s a que m as de idade s aux iliam. O rác ulo 220 Òtúrá-Sá Es se Odù fala das co nse que n cias de se falhar co m o s sacr ifí cio s e da r e co mpe n sa daque le s que faze m sacr ifi cio . O bse r v ação o cide nt al: O t e mper ame nt o do cl ie nt e e st á causando pr o ble mas. 220 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Eu não t e nho me do , e u não so u me dr o so . M e u cor po é fr e sco . I sso fo i div inado par a O lók un a que m fo i pe dido sacr ifi car de mo do que se u co r po pude sse s e st ar se mpr e fr e sco . O sa cr ifí cio : u ma cabaça de aze it e - de -de ndê , uma cabaça de banha de o r i, uma caba ça de adin, um car amu jo , uma o ve lha, um po mbo , um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio , 44 000 búz io s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. 305
  • 306. 220 – 2 (Tr adu ção do v er so ) C o mpr ar e fug ir , co mpr ar e fug ir . U ma pe s so a má fug iu co m me u dinhe ir o . I sso fo i div inado par a o pato . Ele s dis se r am que a pe sso a má che g o u par a co mpr ar de le e fug ir ia se m pag ar . Fo i-lhe pe dido que sa cr ifica sse de mo do q ue não per de s se se u dinhe iro . O sacr ifí cio : 18 000 b úzio s, um po m bo e fo lha s de I fá (e e sin e cas cas de car o ço de palme ir a). Ele não sacr ifi co u. O ass unto se to r no u de âm bito int e r je ct iv o : Há! Há! Há! e sse é a pr át ica do pat o par a e s se dia. Se t iv e sse sa cr ificado co mo o rie nt ado , fo lhas de I fá se r iam pr e par adas par a e le . Ent ão que ning ué m se una à so cie dade de ag be bo mar ú (e sse s que fo r am o r ie nt ado s à sa cr ificar mas assim não pr o ce de r am). O rác ulo 221 Òsá-Retè Es se Odù indica que a única s so lução par a o s pro ble ma s cor r e nt e s v e m das de idade s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e não e st á re ce be ndo supo rt e pr át ico ne m mor al de se u co mpanhe ir o . 221 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Se a pe sso a que do r me so zinha dor me mal, so me nt e de us po de dispe r t a-la. I sso fo i div inado par a um e st r ang e iro que e st av a indo par a o campo (e juj u) par a e spe r ar . De for ma que a co nse g uir alg ué m par a lhe aj udar a lev ar o far do e m sua cabe ça, lhe pe dir am que sa cr ifica sse u ma ave , 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá (fo lhas olu se saj u par a se r e m e spr e midas e m ág ua par a banho co m sabão ). Ele o uv iu o co nse lho e sacr ifi co u. 306
  • 307. O e str anho fo i ao campo e pr e par o u o se u far do . Ele o lho u par a dir e it a e par a a e sque r da, par a fr e nte e par a tr ás, e não v iu ning ué m. Ele disse , “Est e far do é ago r a o far do de De u s. Ent ão , Ef ufule le aux ilia- me a carr e g ar e st a car g a e m minha cabe ça, Efuf ule le . Vo cê não sabe que aque le s que não tê m pe s so as de po sit ar ão sua co nfian ça no Se nho r te u De us?”. O rác ulo 222 Ìretè-Sá Es se O dù fala que pr e v e nir é me lho r que r e me diar . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de se de par ar co m co mpet ição no se u r e lacio name nt o amo ro so . 222 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A que le que guar da co ntr a mo t im não é um co v ar de . A s abe lha s par t ir am ma s de ix ar am o se u fav o de me l; as for mig as so ldado part ir am e de ichar am se us re mane s ce nt e s. I st o fo i div inado par a o pov o da t er r a e no par aiso quando e ntr ar am e m g ue rr a. F oi pe dido que ambo s sa cr ifica sse m um jar ro de me l e u ma cabaça de ek o . A pe nas as pe s so as do C é u sacr ifi car am; as pe s so as da t er r a não . A hist ór ia: A s pe sso as da te rr a for a par a uma bat alha co m as pe s so as do C é u, mas as sim que che g ar am ao por t ão do C é u, e le s vir am u m po t e de ek o mi st ur ado co l me l. Não sa be ndo que e le e st av a mist ur ado co m ve ne no , e le s be be r am a mi st ur a, e to do s 307
  • 308. aque le s que be be r am mo rr e r am ali me smo . A s pe sso as do C é u mar char am at é o s por t õ e s do o ut ro lado do C é u e e nco nt r ar am cor po s no chão . Ele s bat er am e m set e co r po s co m uma v ar a ao s quat ro canto s da cabana de le s. Ele s mandar a aque le s se t e car r eg ar e m o s cor po s do s out ro s mo rt o s par a lo ng e do por t ão . A pó s o s se t e t er e m car re g ado se u s camar adas par a lo ng e do por t ão as pe sso as do C é u co me çar am a cant ar e e scar ne ce r - lo s ve rg o nho same nt e assi m: “Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l. To do s o s po v o s pr e g uiço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u. To do s o s po vo s pr eg ui ço so s e st ão e m bat alha. Nó s be be mo s me l e não co mbat e mo s as pe sso as do Cé u; nó s be be mo s me l”. At é ho je , v o cê não v ê as pe s so as na t er r a car r eg ando se us mor t o s aqui e ali? O s mo rt o s e st ão carr e g ando o s mo rt o s. 222 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì re t è -Ò sá fo i div inado par a A dur o jà-A bay ako . Ele s pe dir am par a e le v ir e faze r sacr ifí cio de mane ir a a so br e pu jar o s inimigo s. O sacr ifí cio : u m car ne iro , um galo e 22 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s disse r am que A dur o jà- A bay ak o ve nce r ia se u s inimig o s. 308
  • 309. O rác ulo 223 Òsá-Sé Es se O dù adv er t e co nt r a falsa s acu saçõ e s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de se de par ar re pe nt iname nt e co m muda nças e m se u se rv iço ou t r abalho . 223 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O sá- sé , Or in- sé , o filho se g ue o ex e mplo do pai. I sso fo i div inado par a Olúig bó e O lúo dàn. F o i pe dido a ambo s sacr ifi car uma ca br a. O lúig bó sacr ifi co u so zinho . Ele s pe dir am a O lúig bó que t odas as bo as co isas e st iv e sse m e m sua s mão s e pe sso as v ir iam supli car po r e le s. 309
  • 310. 223 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sá não o fe nde u. Ò sá não mag uo u. A pe s so a que pe nsamo s t er no s o fe ndido , não no s o fe nde u. I st o fo i div inado par a O wa que e st av a pr o cur ando po r um ho me m co mo se fo sse um ladr ão mas na v er dade e r a ino ce nt e . F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de mo do que Ès ù não o impul sio nasse a acu sar fal same nt e um ho me m ino ce nt e . O sa cr ifí cio : do is po mbo s, uma caba ça de inhame pilado e t or rado (e wo ) e 4 400 búz io s. O rác ulo 224 Òsé-Sá Es se Odù fala fala de co n ciliação e m lug ar de co nfr o nt ação par a re so lv er disp ut as. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á numa disput a — m uit as v e ze s co m o g ov er no . O pag ame nt o e st á e m or de m. 224 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé - Sá fo i div inado par a Elé g bár á. F o i pe dido a Elé g bár á que sacr ifica sse de mo do a não mo rr a dev ido a pro ble ma s de t rib unal. O sacr ifí cio : pano , um o bì de tr ê s go mo s, aze it e -de - de ndê , 6 600 búzio s e fo lhas de I fá. Ele o uv iu e sacr ifi cao u. F o lhas de I fá for am pr e par adas par a e le . Ele s dis se r am-lhe : Ò sé -Sá o bì nu nca mor r e e m um caso co mo t al; Elég bár á não mor r er á e m u m caso . 310
  • 311. 224 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A k in (uma br av a pe sso a) e st á asso ciada co m o pr incí pio de “lut a e e squ iv a”. I sso fo i div inado par a O lo bahun Ì japá (a t ar t ar ug a). Fo i-lhe pe dido que sa cr ifica sse de mo do a não t er que lut ar e mor re r e per mane ce r re spit ado o nde quer que fo s se . O sacr ifí cio : o ro g bo , sal, se me nt e s ay o , um g alo e 3 200 b úzio s. Ele se g uiu a or ie nt ação e sacr ifico u e fo i-lhe dado fo lhas de I fá. Ele s dis ser am que as palavr as de s ua bo ca nunca ir ia abo rr e çe r as pe s so as do mundo . A s pe s so as se mpr e pr o cur ar ão por dinhe ir o e sal. Q uando nó s v e mo s awun (uma tart ar ug a), ne nhu m bast ão é ne ce s sár io . O rác ulo 225 Òsá-Fú Es se O dù fala de e nt e ndime nt o e o be diê ncia de t abu s. O bse r v ação o cide nt al: C ao s nas at iv idade s diár ias e st á dist or ce ndo o julg ame nt o do clie nt e . 225 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò r unmila disse Ò sá- Fú, Eu disse Ò sá- F ú. Nó s e st amo s fug indo da picada da co br a. Nó s e st amo s f ug indo de mane ir a que o e le fant e não no s pe g ue . Nó s e st amo s fug indo de mane ir a que o búfalo (e fò n) não lut e co no s co . Nó s e st amo s f ug indo de mane ir a que o fo go não no s que ime . Nó s e st amo s fug indo das dív idas de mane ir a que as pe s so as da t er r a não no s e scar ne . Nó s e st amo s fug indo da pr o pr ie dade de o utr as pe s so as par a não no s to r nar mo s ladrõ e s, de mo do que as pe s so as de r e pe nt e não e lev e m sua s vo ze s co nt r a nó s um dia. Nó s e st amo s fug indo do amule to de mo do que sua palavr a má não no s afe t e . Não há pr azer par a aque le s que dize m que não fug ir ão de nada na te rr a. 311
  • 312. I sso fo i div inado par a o s filho s do s ho me ns, que disse r am vir e sacr ificar de fo r ma que e le s so ube s se m e v it ar t udo aquilo que é èè wò ( um at o pr o ibido ). O sa cr ifí cio : de ze s se is car amu jo s, fo lha s omo , aze it e -de - de ndê , sal e 32 000 búzio s. A pe nas alg un s de le s sacr ificar am. Ele s dis se r am: A que le s de nt r e v o cê s que sacr ifi car am, te r ão vida lo ng a na t er r a e a t er r a se r á bo a par a v o cê s. Oráculo 226 Òfún-Sá Es se Odù fala da vida int e ir a de uma pe s so a v ir ando de cabe ça par a baixo , e da r e de nção e spir it ual co mo única so lução . O bse r v ação o cide nt al: Enq uanto t udo pare ce bo m no mo me nt o , de sast r e se apro x ima. 226 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O to or o! A Te rr a g ir a e m to r no de si no e spa ço . Og baar a! A Te rr a é r asg ada ex po ndo se u nú cle o . Se o m undo fi ca po dr e e m no ssa é po ca, é por que nó s já não sabe mo s no s co mpo rt ar . I fá fo i co nsult ado par a o s anciõ e s de I fè quando a so be r ania de I fè as se me lhav a-se a uma caba ça r achado . Nó s dis se mo s: Q ue m no s aux iliar á a r e st aur ar a so be r ania de I fè tal qual re par amo s uma cabaça r achada? Nó s mandamo s cha mar O lo t a da cidade de A do . Ele ve io — po der o so s sace r dot e — mas nada pô de faze r . Nó s manda mo s chamar Er inmi da cidade de O wo . e le ve io mas nada pô de faze r . M e smo 312
  • 313. se ndo A do o do micí lio de I fá e O wo o asse nt o da sábia Et u. Nó s mandamo s chamar Ò g ún e m I re afim de r e st aur ar a so be r ania de I fè . Ele v e io mas te nt o u e m v ão . O S ho me ns t or nar a-se ár vo r e s se cas e m sua s raize s, a chuv a se r e cusav a a cair , a fo me v e io ; ho me ns e animais per e ce r am. Ele s chor ar am e m de se spe ro : Q ue m aca bar ia co m no ssa misé r ia e r e st aur ar ia o e st ado pe r dido de I fè ?. U ma vo z disse : Vo cê s ainda não cha mar am por O balufo n e m Iy inde , Lábé r ijo e m I do , Jig únrè e m Ot unmo ba, e Ese g ba, o A wo de Èg bá. Vo cê s ainda não mandar am c hamar A sada e m I je sa e A kó dá e A sè dá e m I le -I fè par a vir e m ajudar a re st aur ar I fè . Quando e le s for am chamado s, e le s v ier am e t e nt at am, po ré m falhar am. F oi t udo e m v ão . 226 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O po mbo co nhe ce o s se g r e do s mais int imo s de Ese lu. O car amujo co nhe ce a sabe dor ia de A pako . e le s div inar am par a o s anciõ e s de I fè quando e st á se asse me lhav a a u ma ca baça rac hada, quando ning ué m pô de se r e nco ntr ado par a par ar a mar é de de st r uição . Nó s cha mamo s O lumo , o sace r dot e de I mor i e m I je sa, por Ò g ún, o sa ce r do t e de A lár á, por O g bó n Enit aar a, o sace r dot e da mo nt anha de I jè ro , por O dudug b unudu, o sa ce r do t e de Ese mo we , po r O bo le boo g un, o lí der e m Ke t ú. Ele s vie r am e mo str ar am t o da sua fo r ça, mas t udo e r am e m v ão . Ele s for am impo t e nt e s co ntr a as for ças de de st r uição que e st av a lev ando I fè à r uí na. . . . Ent ão nó s chamamo s pr o A ko nilo g bo n, nó s e nv iamo s e mis sár io s a A f’ò nàhan’ ni. Nó s pro c ur amo s o aux í lio de le s. Ele s vie r am e dis ser am par a nó s c hamar Ot ot o -e ny ian, o sa ce r do t e dacidade A r ufin, par a e le vir e so ar a t ro be t a par a chamar A lajóg un, cha mar por O lo fin me u se nho r À jàláy é e me u Se nho r À jàló r un e me u Se n hor Ag ir i-I ló g bó n, a cr iança nasci da na mo nt anha I tase , o lug ar de o nde o so l nas ce . Po is e le so zinho po de r e st aur ar I fè . Ot ot o -e ny ian (“o ho me m pe r fe ito ”) ve io . Ele per g unto u: Por que vo cê s me c hamar am par a se u mu ndo ? Nó s r e spo nde mo s: Vó s po de is to car a tr o mbet a par a cha mar Alájo g un e que e le po r sua ve z chame o C he fe Único . Ot ot o -e ny ian re cu so u- se 313
  • 314. dize ndo : Eu não to car e i. Bu scando de se spe r adame nt e mudar de ci são de le , nó s dis se mo s: O e squilo não anun cia a v inda do jibó ia? Ele nov ame nt e se r e cuso u: Eu não t o car e i a t ro mbe t a. Nó s dis se mo s: O sapo não pr o clama a pr e se n ça da v í bo r a? Ele não se re nde r ia. A inda e le disse : Eu não so pr ar e i.Fo i e nt ão que nó s disse mo s a e le : A g alinho la so zinha pr o clama o de us de mar . O àlùk ò so zinho anuncia a de usa do r io . O o lo buro so zinho anun cia o s ci dadão s do e cé u. Vo cê so zinho , do amanhe ce r de te mpo , se mpr e cha mo u A lájo g un (o capit ão das Ho st e s M ilit ar e s do cé u ). 226 – 3 (Tr adu ção do v er so ) A go r a, o Ho me m Pe r fe ito re spo nde u. Ele to mo u sua tr o mbe t a e to co u. O s Gr ande s do C é us de sce r am. O pânico e nvo lv e u o s filho s da Te rr a. Ele fant e s cor r er am par a sua s ca sas nas flo r e st as. Bú falo s fug ir am par a a flor e st a. A s av e s aladas bu scar am se u pró pr io hábit at ; o s r é pte is, o s po der o so s animai s da ág ua ace le r ar am às sua s r eg iõ e s pe lo mar . O s ca chor ro s fo r am dir e to par a a t er r a do s cacho rr o s, as ov e lha par a a t er r a das o ve lhas, o s se r e s humano s par a o lug ar do s humano s. C o nfusão abso lut a re inav a; alg uns e ntr ar am nas ca sas er r adas e o ut r o s se g uir am as dir e çõ e s e rr adas. Fo ram r asg adas ro upas e m fr ag me nt o s. O ancião disse : re ina! Eu re spo ndi: C ao s re ina. Vo cê e st á inco mple t o , e u e st o u inco mple t o , at é me s mo o s dias do mê s lunar e st ão inco mple t o s. 226 – 4 (Tr adu ção do v er so ) Ele s div inar am par a o Se nhor do s Po der e s da Te r r a. Ele s div inar am par a o s po der e s do C é u e par a me u Se nhor , o Se nho r da Pe r fe it a Sabe do r ia, a cr iança nas cida na mo nt anha de I t ase , a C asa do A lv or e ce r . F oi e le que m disse : Se r ealme nt e I fè de v e se r cur ada e r e st abe le cida, de pr e ssa a fo lha de alasu walu (a fo lha que r e for ma o car át er do ho me m, limpa -o e pur ifica- o ) dev e se r cult iv ada. Ent ão e não ant e s a paz r et or nar á par a a te rr a. F re ne t icame nt e nó s b usca mo s a fo lha alasu walu. Nó s lev amo s uma fo lha a e le . Ele dis se : não é a fo lha. Nó s le v amo s o ut r a fo lha a e le . I sso não é a fo lha. Ent ão , e m co mpaix ão e le disse a nó s: Co nfe sse sua maldade que e u po sso co br ir sua nu de z. De pr e ssa nó s r e spo nde mo s: Nó s co nfe s samo s no ssa maldade , Se nho r , c ubr a no s sa nude z. Ent ão e le met e u sua mão na bo lsa de Sabe do r ia Pr imo r dial e tir o u a fo lha 314
  • 315. alas uwalu. Nó s e st áv amo s lado a lado co m alív io e co m aleg r ia. Nó s dançamo s. Nó s no s r eg o zijamo s. Nó s cant amo s: "Nó s r e ce be mo s a fo lha de alasu walu. A cr iança co m a cabe ça cor o ada no s do to u, Do to u a to do s nó s de car át er pe r fe ito ! “ Naque le dia, a ch uv a cai u de cé u. A so be r ania de I fè fo i r e nov ada, se r eg e ne r o u. F o i r e st abe le cida a cabaça que rac ho u. Oráculo 227 Ìká-Òtúrúpòn Es se O dù fala da ne ce ssi dade de um re lacio name nt o e spir it ual. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e v e m abr indo máo de u m r e lacio name nto que po der ia ser be né fico . 227 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A tart ar ug a e st á re co lhe ndo o be ne fí cio do casco e m sua part e de t rás. I re r e t e m um pe it o be m g rande . U m v e lho Àir á (r e de mo inho de v e nto ) fr e qüe nt e me nt e co rt a o to po da co pa de uma árv or e ir ók ò . I sso fo i div inado par a uma pr o pr ie t ár ia de te rr as que co nst r uiu uma man são de de ze sse is quar to s. fo i pe dido que e la sa cr ifica sse de mo do que e la pude sse e nco nt r ar uma bo a e ho ne st a pe sso as que ir ia pro t eg e - la co ntr a o r o ubo de sua pr o pr ie dade , fat o que lhe t rar ia gr ande dor . O sacr ifí cio : de ze s se is po mbo s, do is pat o s, de ze s se is car am ujo s, 3 200 b úzio s e fo lhas de I fá. A pr o pr ie t ár ia 315
  • 316. de t er r as se re cu so u a sacr ifi car . Ela disse que não ne ce s sit av a de um se g ur ança. Do nde um ladr ão vir ia r o ubar a sua pro pr ie dade co m de ze sse i s quart o s? O balùfò n t e nto u de spo sa- la e e la r e cuso u. Ò g ún t e nto u de spo sa- la e e la r e cu so u. O r unmila t e nto u e e la r e cuso u. A pr o pr ie t ár ia de te rr as co st u mav a do r mir no s de ze sse is quart o s de mo do q ue não pude s se se r capt ur ada por ne nhuma pe s so a má. Ela també m fe char ia à no it e as po rt as da casa quando e la qui se sse dor mir . No dia e m que O runmi la e st av a pr e par ado par a e nv e rg o nhar a mulhe r , co m o iro fá e m sua mão e de clar açõ e s de I fá e m s ua bo ca, O r unmila abr iu to das as po rt as e che go u at é à mulhe r . Dur ante t udo aquilo que Or unmila fe z à casa e a mulhe r , ning ué m de spe r to u. Ela o lho u o co r po de la e v iu t udo aquilo que tinha sido fe ito a e la, e e la não so ube que m t inha fe ito isto . Ela pe rg unt o u par a o s v ig ilant e s da ca sa; e le s só pude r am lhe falar que e le s t inham dor mido at é de manhã. Ela co mando u par a to das as cr ianças da casa de la sair so ando o s sino s e jur ar naque le ho me m que t inha v indo par a a ca sa de la par a ex e c ut ar t al ação má dur ant e a no it e . Ele s di sse r am t udo que e le s pude r am, e r aio t udo que que e le s pude r am, ma s e le s não adquir ir am ning ué m par a r e spo nder a e le s. M uit o ce do a manhã que v e m. Or unmila saiu co m o s camar adas de le , so a o sino e cant a t hus ly : S we ar ling will k ill t he swe ar er - awe re pe pe , s we ar ing will k ill t he swe ar er - aw- e r e pe pe , and so o n. quando a mulhe r so ube que er a O r unmila que tinha t e nt ado a ca sar er a uma ve z, e la o chamo u e lhe falo u que e le só po der ia se r o mar ido e e nt ão e le de v e , ve nha par a a casa de la. O sig nifi cado de st e I fá: Se e st e I fá é div ine d dur ant e o g big bo - ri o u e se nt ay e de uma me nina, par a o pai de v er ia se r falado que a me nina dev e se r a e spo sa de um baba la wo . Ela se r á pró spe r a, e e st ar tr anqüilo e m v ida, a de ixe si do dado a um babala wo . 316
  • 317. Oráculo 228 Òtúrúpòn-Ká Es se O dù fala de gr ande pr o spe r idade e saúde . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á pr eo cu pado co m do e nça. 228 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A ume nt o na casa, aume nt o maior na faze nda fo i div inado par a Òt ú. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse ; sua s e spo sas e ngr av idar am e o s fr uto s das árv or e s de s ua r o ça der am bo ns fr uto s e m gr ande quant idade . O sacr ifí cio : u ma banana, bast ant e o bì , ba st ant e o ro g bo , ar e ia e fo lhas de I fá. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u to do s o s í te n s. 317
  • 318. 228 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O sang e de g be b’o k unr in- já div ino u par a De jug be O k unr unt ag o bo le , A wuwo lapa. Ele s dis se r am que se De jug be de se jas se que se u br aço fo sse c ur ado , e le de v er ia sa cr ificar do is po mbo s, duas galinha s, 8 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur ar fo lhas it apàr a mi st ur ar co m sabão - da-co st a e aze it e -de -de ndê ; e sfr eg ar no co r po ). Ele se g ui u a inst r ução e sacr ifi co u. Oráculo 229 Ìká-Òtúrá Es se O dù fala do fim de um pr o ble ma e do iní cio de bo a sor t e . O bse r v ação o cide nt al: A so rt e do clie nt e e st á a po nt o de mudar de má par a bo a so rt e . 229 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á me e mpurr o u; Eu nunca caí . Ìk á e st á e nv iando male s par a minha ca sa; minha casa não dispe r so u. To das as co isa s bo as e st av am acumu landas. I sto fo i div inado par a O r unmila. Ele s disse r am que o mo t im co ntr a O r unmila se r ia mo t iv o de ve rg o nha. F oi pe dido que e le sa cr ificas se se i s po mbo s, 12 000 b úzio s, pime nt a- da-co st a e fo lhas de I fá (t or r ar fo lhas k ut i, fo lha s ito e pime nt a- da-co st a t udo junt o ; mist ur ar co m sabão - da- co st a. U sar par a banho ). 318
  • 319. Ele sa cr ifico u. 229 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-Òt úr á, O ac umulado r , o re unido r , aux ilia- me a junt ar dinhe ir o , aux ilia -me a r e unir e spo sa s, aux ilia- me a te r muit o s filho s. Ve nha e r e una t oda as co isas bo as e m minha v ida. Fo lhas de I fá: Tr açar o O dù Ì kà- Òt úr á no Ì ro sù; invo que co mo mo st r ado aci ma so br e o pó ; u sar par a mar car a cabe ça o u co lo car no aze it e e co mer . Oráculo 230 Òtúrá-Ká Es se O dù fala de dispe r sar no s so s inimig o s par a g ar ant ir no ssa pro spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa ser limpo e spir it ualme nt e das e ner g ias ne g at iv as. 230 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A sar eg e g e é o no me dado à M or te , A bir ing be re é o no me dado à Mo lé st ia. Se o e le fant e che g a à e st r ada, e le se ale gr ar á. Se o bú falo che g a a um lo cal pant ano so , e le e st ar á liv r e e se ale gr ar á. Ò t úr ák át úr ák á! ajuda i-me a dispe r sar br uxo s e fe it ice ir as; ajudai- me a dispe r sar me u s inimig o s e o po ne nte s. 319
  • 320. F o lhas de I fá: mo e r fo lha è la e ìy e r e . C o lo que e m um mo nt e de co zinhar ar g ila e as fo lhas mo idas co m um pe ix e aro . Ent ão co lo car so br e e ssa so pa um po uco de pó de I fá no qual o Odù Ò t úr á-K á t e nha sido t açado e a incant ação de I fá aci ma dev e ser r e cit ada. Ve rt e r aze it e no chão ao re dor do mo nt e ant e s de t o mar a so pa. 230 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr á- Ká fo i div inado par a A de y ibo , a que m fo i pe dido sacr ifí cio de mane ir a que um ladr ão não pude sse falsa me nt e me n cio nar se u no me . O sacr ifí cio : quat ro car amu jo s, um po mbo , 16 000 búzio s e fo lha s de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar . 230 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O r unmila dis se Ò t úr á- Ká, e u dis se Ò t úr á- Ká. Ele s per g unt ar am o que Òt úr á e st av a calc ulando . O r unmila dis se que Ò t úr á e st av a co nt ando dinhe ir o . I st o fo i div inado par a Ilé - sanmi que er a e xt r e mame nt e po br e . Ele s disse r am a e le que se u ano de pro spe r idade che g o u. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 32 000 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 320
  • 321. Oráculo 231 Ìká-Ìretè Es se O dù fala de ag ir inde pe nde nt e me nt e par a g ar ant ir pr o spe r idade . O bse r v ação o cide nt al: U m no vo ne g ó cio não de v e e nv o lve r uma so cie dade . 231 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a A wo f usi. Ele s disse r am que e m qualque r lug ar que e le fo sse , bo as co isas e st ar iam e m su cam inho . F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um po mbo , uma g alinha, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá (t or r ar a ca be ça de uma co br a [ok á] co m o luse sa ju e fo lhas è so ; mist ur e o pó co m sa bão -da-co st a; u sar par a banho ). Ele sa cr ifico u. 321
  • 322. 231 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-Ìr e tè fo i div inado par a At ik ar e se t e . Ele s disse r am que At ik ar e se t e não dev e r ia co nfiar e m ning ué m e ne m te r par ce r ia e m ne g ó cio s. F o i-lhe e nt ão pe dido que sa cr ifica sse uma g ar r afa de me l, quat ro po mbo s, um aik a (ani mal e spe c ial do mato ), e 20 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s disse r am que a vida de A t ik ar e se t ir e se r ia muit o bo a. Bo am, muit o bo a, nó s falamo s do me l. Oráculo 232 Ìretè-Ká Es se O dù fala de pr o e minê ncia e suce sso . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ir á tr iunfar nu ma disp ut a cor r e nt e (at ual). 232 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì re t è -K á fo i div inado par a Or unmila. Ele s disse r am que Or unmila se mpr e te r ia tr abalho de awo par a fazer ; e le se r ia cha mando e m t odo s lug ar e s par a re alizar o t r abalho de um awo . F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se quat ro po mbo s e 8 000 búz io s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 322
  • 323. 232 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì re t è -K á fo i div inado par a o re i de Be nin, À g bÀ I le si A dak e t e -pe mpe par i ak un. Ele s disse r am que o r e i de Be nin e st ar ia apt o à go v er nar o se u paí s. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se uma cor da de e s calar fe it a de palme ir a e 24 000 b úzio s. Ele sa cr ifico u. Oráculo 233 Ìká-Sé Est e O dù fala da ne ce s sidade de se re ve rt e r a po br e za e a falt a de so rt e . O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais e st ão cau sando r e sult ado s mat e r iais ne g at iv o s. 233 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì k ásé , Ìk ásé fo i div inado par a O sì k àle k à. Ele s disse r am que e le ser ia muito po br e e m sua vida. Ele pe rg unt o u o que se r ia ne ce ssár io sacr ificar par a que e le não fo sse po br e . Ele s pe dir am que e le sacr ifi casse se is po mbo s, bast ant e o bì , to do s o s fe it iço s mau s que e st iv e sse m e m sua casa o u r o ça e fo lhas de I fá. Ele se re cu so u a sa cr ificar . 323
  • 324. 233 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ele s e st av am ac usando fal same nt e um ho me m que e r a ino ce nt e de qualq ue r cr ime . De po is de muit o te mpo , o ving ador le v ar iam v ing ança ne s se s que acu so u um ho me m ino ce nt e falsa me nt e . I st o fo i div inado par a Olabo sipo , a que m as pe s so as o lhav am viam co mo se n do um ho me m muit o cr ue l. F oi- lhe pe dido que sa cr ifica sse for ma que se us inim igo s pude s se m se r pê go s pe las fo r ças da te rr a. O sagr ifí c io : casca de caro ço de de ndê , no v e po mbo s, um galo e de zo it o mil búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Oráculo 234 Òsé-Ká Est e O dù fala do co nt ro le das dific uldade s e vitó r ias so br e o s inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: Há uma po ssí v e l ame a ça leg al par a o clie nt e de as so ciaçõ e s ou ne g ó cio s do passado . 234 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé - Kaa fo i div inado par a De y unle n u A bo wo se r in. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que e le não fo sse me ncio nado pe lo s pe cado r e s e m um dia muit o r uim. O sacr ifi ce : o it o ov o s, a var et a de ma st ig ação que e le e st av a usando e 16 000 b úzio s. Ele não sacr ifi co u. 324
  • 325. 234 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé supe r ando o mu ndo fo i div inado par a Or unmila. Ele s di sse r am que O r unmila v e nce r ia to do s se u s inimig o s po r to do o mundo . F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o , uma pe dr a-de - raio e 22 000 búzio s. Oráculo 235 Ìká-Fú Es se O dù fala da ne ce ssi dade de dar par a po der r e ce be r . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e t e me e st ar e mo cio nalme nt e "abe rt o " (o u e x po st o ). 235 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-F ú fo i div inado par a a t ar t ar ug a. F o i-lhe pe dido que sacr ifica sse de z po mbo s, 2 000 b úzio s e fo lhas de I fá de mane ir a que uma g rande dádiv a pude s se se r dada a ala. Ela se re cu so u a sa cr ificar . Ele s disse r am: A que le que não co nt r ibui po r si só não po de re ce be r do s o utr o s. 325
  • 326. No t a: A pe s so a par a qual e sse I fá fo r div inado e st á e spe r ando pre se nt e s, mas nada r e ce be r á. 235 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì k á-F ú fo i div inado par a a t art ar ug a, a qual fo i pe dido que sacr ifi cas se dee mane ir a que se us dev e dor e s pag as se m o dinhe iro q lhe dev iam. O sacr ifí cio : u m po mbo , 2 000 búzio s e fo lha s de I fá (e s fr eg ar a te st a co m fo lhas br anca s e e sin; as fo lhas dev e m se r t or radas co m pime nt a-da- co st a e usada s par a masr car a ca be ça; g uar de o pre par ado e m uma ado e cubr a-a co m te cido et u; ut ilizar quando fo r co br ar o dinhe iro de um dev e do r ). Oráculo 236 Òfún-Ká Es se O dù fala do fim de dific uldade s finance ir as e o co me ço de pr o e minê ncia. O bse r v ação o cide nt al: O t rabalho do clie nt e o u sua carr e ir a e st á a po nt o de me lho r ar sig nif icame nt e . 236 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò g ún difun diu co isa s bo as fo i div inado par a Or unmila o pr í ncipe que e st av a so fr e ndo co m a po br e za. Ele s dis se r am que O r unmila re ce be r ia dinhe iro mas que dev e r ia sa cr ificar um po mbo , o bì e m abun dância (par a ser e m distr ib uí do s co mo pr e se nt e s), aze ite - de -de ndê e 32 000 búz io s. 326
  • 327. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. O aze it e de ve se r v er t ido so br e Ès ù. O clie nt e de v e ado r nar sua ca be ça co m o po mbo apó s t o mar banho e co lo car uma bo a r o upa ). 236 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún -K á fo i div inado par a De k asi (o ho me m que o r e i não qui s r e co nhe ce r ), a que m fo i dit o que dev e r ia o cupar o t ro no de se u pai. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se se is po mbo s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele sa cr ifico u. Oráculo 237 Òtúrúpòn-Túrá Es se O dù fala do e st abe le ci me nto da o r de m e da impor t ância (o u sig nifica do ) do s dias da se mana. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e plane jar suas açõ e s de acor do co m dias fav or áv e is no s O dù. 237 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A lako ne r i (“um so nho não te m ne nh uma t e st e munha”), o adv inho de A lár á. U ma pe sso a não se co mpor t a impa cie nt e me nt e e implor a ao s pé s de out ro ho me m par a par ar co m sua impa ciê cia. 327
  • 328. Est a fo i a base de adiv inha ção par a O r unmila que ia implo r ar luz do dia ( so l) par a O lo dunmar e (De u s) de fo r ma que e le pude sse te r po de r so bre o so l. F o i-lhe dito que sacr ifica sse de ze sse is car amujo s, de ze sse is galinha s, de ze s se is cabr as e 32 000 búzio s. O r unmila o be de ce u e sacr ifico u. Ent ão O lo du mar e dis se que não lhe po der ia dar o co ntr o le so br e a luz do dia, por é m o de ix ar ia co nhe ce r o s no me s do s dias e as co isas que e st ão mais de acor do par a re alizar ne le s. O bse r v ação : O risa -nla fo i o pr ime ir o a e sco lhe r um dia. O r unmila e s co lhe u o se g undo . Ò g ún e sco lhe u o t er ce ir o . Sàng ó e sco lhe u o quar t o . Est e s quat ro dias são o s dias ut ilizado s par a cult uar t o do s o s Òr ì sà na s te rr as Yo r ubas: I je bu, Èg bá e assi m por diant e . Ent ão , há quatr o dias na se ma na. M as no sso s pais diziam que e le s c ult uav am se us Òr ì sà t odo quint o dia; são o s quatr o dias que e le s cha mar am de cinco . Par a un ificar o s dias do s Ò rì sà, o s dias de me r cado de to da a te rr a o u cidade s me nc io nadas de I lé -I fè são quat ro dias que per faz uma se mana. Em o utr o arr anjo , no s so s pais tê m o utr o s se t e dias co m o s se u s sig nifi cado s: O jó À ik ú — O dia da imo rt alidade . O jó A jé — O dia da de usa das r ique zas. O jó I ség un — O dia da vit ór ia. O jó ’r ú — O dia de abr ir a po rt a e sair . O jó ’ bo — O dia do re t or no do so l e m se u c ur so no r mal. O jó Et i — O dia das dific uldade s o u disput a. O jó A ba-(Ee mo ) — O dia do s tr ê s de se jo s o u o dia das tr ê s mar av ilhas. Sai ba po is que só um Òr ì sà t e m um dia co m se u no me de ntr o de sse s se t e dias. Est e é A jé (a de usa das r ique zas). Or unmila não cr io u e st e s se t e dias par a c ult uar qualque r Ò rì sà. Ele o s cr io u co m a finalidade de o bser v ar mat r imô nio s e anive r sár io s, par a co me çar um ne gó cio o u paar a se mudar par a uma casa no v a, e as sim por diant e . O s dias da se mana do s Òr ì sà e st ão e m um ci clo de ntr o de st e s dias e m favo r de 328
  • 329. o bse r v ância impor t ante de t udo que po de aco nt e ce r no dia do Òr ì sà. Vint e e o it o dias, que fo r mam se manas de se te dia s do s Ò rì sà, fo r mam um mê s. Oráculo 238 Òtúrá-Tutu Es se O dù fala da ne ce ssi dade de co mple t ar o sacr ifí c io int e ir o . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e po de te r pr o ble ma s de su bst ância -abu so . 238 – 1 (Tr adu ção do v er so ) A ze it e -de -de ndê se par adame nt e , t e cido br anco se par adame nt e , fo i div inado par a O bat ala Ò se e r è -Ig bo quando e le e st av a che g ando de Ìr ànje (C é u) par a se r e nt ro nado no mu ndo . Di sse r am- lhe que sacr ifi cas se um pano de e nv o lt ur a br anco , um car aco l e vint e mil búz io s. Lhe lhe aco nse l har am que não be be s se v inho de palma nada. Ele o be de ce u e 329
  • 330. sa cr ifico u a me io caminho . Dis se r am-lhe que se ve st isse e m pano br anco que é a v e st ime nt a do Ò rì sà. Disse r am- lhe que u sasse ist o no mu ndo . Ele uso u o pano br anco , mas e le não at e nde u a adv e rt ê ncia co ntr a v inho de palma. Ele se e mbe be do u e de ndê e spir ro u -lhe nas ro upas de le . Ele e nt ão finalme nt e sacr ifi co u um car aco l e co m v er go nha jur o u nunca mais be be r vinho s. No t a: Par a qualq ue r um que m e st e é div inado e m sua inicia ção , te m que se pr iv ar t ot alme nt e de álco o l. 238 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr á- Tut u fo i div inado par a O lubo lade . Ele s disse r am que Olu bo lade te r ia uma e spo sa que dar ia a e le muito s filho s. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se par a que se u s filho s não fo s se m mu do s. O sa cr ifí cio : dua s av e s (u ma galinha e um galo ), do is po mbo s, duas g alinhas d’ A ngo la e 8 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Ele s e nt ão dis ser am: o s pint inho s da g alinha d’ A ngo la nun ca são mudo s. Não há um dia e m que o g alo não ca nt e . 330
  • 331. Oráculo 239 Òtúrúpòn-Retè Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io co m a finalidade de ev it ar do e nça e inimig o s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a de e st r at é g ia e plane jame nt o par a alcan çar o s uce s so . 239 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a a mãe de A de pò n. A mãe de A de pò n adv e rt ida a fazer sa cr ifí cio de mo do que se us filho s não so fr e sse m de le pr a. O sacr ifí cio : quat ro av e s ne gr as (g alo s e galinha s), 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. 331
  • 332. Ela não sa cr ifico u. A mãe de A de pò n é o no me pe lo qual cha mamo s o mamão . 239 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- R et è fo i div inado par a O wá de I le sa. Ele s disse r am: O wá de I le sa uma g uer r a e st á por v ir ! Ele fo i adv er t ido a sacr ificar de mo do a se de fe nde r de se u s inimig o s. O sacr ifí cio : a ca be ça de um car ne iro , fo lhas de I fá e 22 000 búzio s. ( Se o clie nt e sa cr ificar , nó s de v e mo s no I fá do clie ne t co m a se g uint e inv o cação , “co m a ca be ça que o A ise [ car ne ir o ] v e nce a bat alha”. O wá o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u. Oráculo 240 Ìretè-Tutu Es se O dù fala da ne ce ssi dade de o be de ce r a auto r idade e sacr ifi car de fo r ma a t er muit o s filho s. O bse r v ação o cide nt al: a palavr a o u idé ias do clie nt e se r ão co nside r adas se r iame nt e . 240 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Eu te r e i um filho par a car re g ar e m me u dor so . Eu te r e i uma cr iança co m a qual br incar . I st o fo i div inado par a À dó n (o mo r ceg o ) e t ambé m par a O ode . Ele s falar am par a sacr ificar de mane ir a que e las t iv e sse m uit o s filho s no mu ndo . 332
  • 333. O sacr ifí cio : dua s g alinhas, duas cabr as, e 32 000 búzio s. Ele s o uv ir am e sacr ifi car am. 240 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A g rande se r pe nt e (ok á) viv e na casa do pai e t e m sua pr ó pr ia pe ço nha e m sua bo ca. Er e viv e na casa do pai e te m s ua pró pr ia ve ndit a (o wu n). A ho nr a dada ao e le fant e é a r azão de que , e mbo r a não alt o , e le te m uma bo ca lo ng a. Ey o é a quali dade de mar iwo (fo lhag e m jo v e m de palme ir a). I st o fo i div inado par a O bat ala Ò se e r e -ig bó que ia se se nt ar e m um lug ar e se r alime nt ado pe lo s quat ro ce nt o s I r únmalè . Ele dis se que se de sse par a qualque r um de le s uma or de m que não fo s se o be de cida, e le s ir iam to do s junt o s que st io na- lo . Ele sa cr ifico u um g alo , v int e mil búzio s e fo lhas de I fá. Oráculo 241 Òtúrúpòn-Sé Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a se te r vida pr aze ir o sa. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e ne ce ssit a re lax ar e e x per ime nt ar pr azer e s po sit ivo s, ino ce nt e s. 241 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O mu ndo não é do ce o bast ant e par a v iv e r pr a se mpr e ne le . Só uma cr iança diz que o mu ndo é ag r adáv e l. I st o fo i div inado par a Or unmila e par a as pe sso as. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se de mane ir a que o mundo fo s se agr adáv e l ao s ser e s hu mano s. 333
  • 334. O sacr ifí cio : u m po mbo , uma g alinha d’ A ngo la, me l e 42 000 búzio s. O r unmila dis se que se e le s não fize s se m por si me smo s, co mo po de r iam e le s co nhe cer a ale gr ia do mundo ? “U ma cr iança co me aquilo que g anha, e mbo r a o pai da cr iança t e nha que g anhar pr ime ir o par a que a cr iança co ma”. O r unmila o be de cu e sacr ifi co u. Ent ão o s se re s hu mano s for am or ie nt ado s a sacr ifi car e m por sua v e z. A pe nas a lg uns po uco s sacr ificar am. Aque le s que sa cr ificar am t ive r am uma vida ag r adáv e l. 241 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- Sé fo i div inado par a a árv or e je we re , que te v e um be bê . Ele s dis se r am que t anto a mãe quant o o be bê par asar iam por pr iv açõ e s. Se e le s não quise sse pade ce r , de v er iam sacr ifi car se i s po mbo s, se i s galinha s, 12 000 búzio s e fo lhas de I fá. A ár vo r e je wer e é o no me pe lo qual chamamo s as pime nt e ir a. Ela não sa cr ifico u. Oráculo 242 Òsé-Òtúrúpòn Es se O dù fala de uma r e lação que é difí cil e mbor a po ssa se r fr ut í fe r a. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e e st á e nvo lv ido e m um r e lacio name nt o se m v e nce dor e s. 242 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a O lú-nla. Ele s disse r am que se us filho s se de fe nde r iam co ntr a co nsp ir açõe s e inimig o s mas de v er iam sacr ificar um por re t e , um car ne ir o , um g alo e 22 000 b úzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 334
  • 335. 242 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé - Òt úr úpò n fo i div inado par a uma m ulhe r . Ele s dis se r am que um ho me m que e la e st av a a po nt o de de spo sar ir ia de ix a-la po br e e ia faze - la so fr er , e mbo r a e la e st iv e s se g ráv ida. F o i pe dido que e la sacr ifica sse par a se pr e ve nir co ntr a is so . F o i-lhe dito que sacr ifica sse do is car amujo s, te cido e t u, um po t e de aze ite - de -de ndê e 18 000 búz io s. Ele s disse r am: “Do is car amujo s nunca disput am”. Ela não sa cr ifico u. Ela di sse , “Vo cê disse que e u te r e i filho s. I sso é o bast ant e ". Oráculo 243 Òtúrúpòn-Fún Es se O dù fala da ne ce ssi dade de part ilhar -mo s no s sa bo a so rt e . O bse r v ação o cide nt al: A vida do clie nt e e st á r e plet a de bo a sor t e , mo ne t ar iame nt e e e mo cio na lme nt e . 243 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado pat a a árv or e o san. A ár vo r e o san fo i inst r uida a dar de be be r e co me r par a o s o ut ro s e que nu nca passar ia por pr iv açõ e s se e la sa cr ificas se . O sacr ifí cio : u m paco t e de sal, um ce st o de camarõ e s, te cido br anco e 18 000 búz io s. Ela o be de ce u e sacr ifi co u. 335
  • 336. Ò t úr úpò n- F ún (e le s disse r am): Q ualque r um que t e nha ab undânc ia, dev e dar alg o par a aque le s que pas sam po r ne ce ssida de s. F o nt e e t er na! Vo cê nun ca pas sar á po r pr iv açõ e s. 243 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr úpò n- F ún fo i div inado par a o pr o pr ie t ár io . Ele s disse r am que o pro pr ie t ár io re ce be r ia lo go uma e str anha, uma mulhe r e m lact ação . F o i-lhe dit o que sacr ifi cas se de mane ir a que e le ade nt r asse à sua casa co m bo ns pé s ( sor t e ). O sacr ifí cio : do is po mbo s e 44 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. Oráculo 244 Òfún-Òtúrúpòn Es se O dù fala da fer t ilidade e da ne ce ssidade de sacr ifí cio par a se e v it ar disp ut as e m r e lacio name nt o s. O bse r v ação o cide nt al: C r ianças ir ão t raze r aleg r ia, mas u m r e lacio name nto pr e cisa de ajuda. 244 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a O bat ala Ò se e r è -ig bó , a que m fo i dito que te r ia muit o s filho s. O mundo int e iro v ir ia implo r ar as cr ianças de la. M ais à fr e nt e fo i-lhe dit o que e la se r ia lo uv ada po r e st as cr ianças. 336
  • 337. O bat ala disse , “O r unmila o s tr e inar á”. F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mo do que O r unmila pude sse e st ar fe liz co m se u t rabalho . Ela sa cr ifico u me l, sal, v ár io s po mbo s e 42 000 búzio s. 244 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún -Ò t úr úpò n fo i div inado par a uma mulhe r que e st av a pr o cur ando por um mar ido . Ele s dis se r am que o ho me m que e la e st av a indo de spo sar a surr ar ia co nst ant e me nt e se e la não sacr ifi cas se um aik a, do is car amu jo s ( Do is car amu jo s nun ca br ig am e ntr e si) e 32 000 búz io s. Ela o uv iu as palav r as mas não sacr ifico u, dize ndo que se u mar ido e r a muito bo nit o par a br ig ar co m ning ué m. U ma pe sso a bo nit a não br ig a o u sua be le za se r á distr uida. Oráculo 245 Òtúrá-Retè Es se O dù fala da re afir mação de no ssa e spir it uali dade . O bse r v ação o cide nt al: M o der ação é difí cio par a o clie nt e . 245 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò r úr á- Re t è lev ant e -se no v ame nt e . Se v o cê nasce , t e nt e ge r ar a si me smo nov ame nt e . Ò r úr á- Re t è , A muwo n,A mu wo n, aque le que co nhe ce a mo der ação nun ca cair á e m de sg r aça. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que e st á tr abalhando . Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? 337
  • 338. O r unmila diz: A que le que não de spe r diçar á se u dinhe ir o . Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que não r o uba. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que não t e m dí v idas. Eu dig o : Q ue m co nhe ce a mo der ação ? O r unmila diz: A que le que nunca be be alco o l, aque le que nunca que br a sua palav r a co m o s amig o s. Ò r úr á-R e t è , aque le que le v ant a be m ce do e me dit a e m sua s at iv idade s! Ent r e o s e spinho s e car do s, a jo v e m fo lhag e m de palma cr e sce r á, Jo wo ro nu nca u sar á t o do o se u dinhe ir o , jo ko je nu nca co nt r air á dí v idas. Se Ee san de v e muit o dinhe iro , e le pag ar á a dí v ida. A muwo n é o ame so (aque le que te m se nso do que é co rr e to ). F o lhas de I fá: Mo er fo lhas de jo wó ro , è so e jok o je junt o s e mist ur ar co m sabão - da-co st a no v alo r do pr e ço de 120 o u 200 búzio s.C o lo que nov e búzio s um a u m no sabão . Tr ace o O dù Òt úr á-R e tè e m iy è - ìr o sù so br e o sa bão na caba ça. Banhar -se co m e le . 245 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò r úr á- Re t è fo i div inado par a Ewi na cidade A do . Ele fo i re ce nt e me nt e e ntr o nado re i. Ele s disse r am: Se Ewi po de sacr ifi car , não hav e r á g uer r a ou de se nt e ndi me nto s dur ant e o se u re inado . O sacr ifí cio : dua s g alinhas d’A ng o la e do is o u quatr o po m bo s (br anco s ). Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. 338
  • 339. Oráculo 246 Ìretè-Túrá Es se Odù fala da incant ação ne ce ssár ia par a ev it ar sit uaçõ e s (pr ox ima s da mo rt e ). O bse r v ação o cide nt al: Es se O dù o fe r e ce uma so lu ção par a do e nça/ e nfe r midade . 246 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Enca nt ame nto : A mor t e não co nhe ce um awo ; o C é u não co nhe ce um mé di co . A mor t e lev o u O lamba e pr e o cupo u o re i de Ejio . Ela le v o u Eji- Og og o -A g be biko po n’ wo la. O s v e nt o s do lado dire it o e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e . 339
  • 340. O s v e nt o s do lado e sque r do e st ão ag it ando as fo lhas do co que iro v io le nt ame nt e . I fá fo i co ns ult ado par a O r unmila À g bo nnir è g ún, Q ue e st av a indo faze r I k ú (mo r te ) e m um ho me m de I fá. Ele acho u me lho r pe dir A go (de sculpa ) por se r um vig ilant e . A mor t e que mat ar ia A wo ho je , par a tr ás! par a tr ás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! A do e nça que mat ar ia A wo ho je , par a t rás! par a t rás! A wo e st á indo , par a t r ás! par a t rás! No t a: Nó s po de mo s ut ilizar e st e I fá dize ndo (ì g è dè ) par a u ma pe sso a que de sfale ce u de r e pe nt e o u e st á mo rr e ndo . Odù Ìr et è - Túr á se r á mar cado na ar e ia e m que e st a pe s so a e nfe r ma e st á de it ada. A ar e ia se r á se g ur ada na fr e nt e do ho me m que e st á do e nt e , o no me de le se r á chamado , e e nt ão nó s dir e mo s o e ncant ame nt o acima. O no me do e nfe r mo se r á usado ao invé s de “A wo ”. Se nó s e st amo s co m me do quan do v iajamo s, de v e mo s se mpr e r e cit ar o ìg è dè acima. Ent ão a are ia ser ia le v ada à uma ár vo r e gr ande no Bo sque de Sa cr ifí cio s. Oráculo 247 Òtúrá-Sé Es se O dù fala da che g ada do pe r igo e m ca sa o u no tr abalho . O bse r v ação o cide nt al: M udan ças e mo cio nais dev e m ser t r at adas c uidado same nt e . 247 – 1 (Tr adu ção do v er so ) O ye r e (Oy e he r e ) do to po da fo lhag e m da palme ir a fo i div inado par a Òt ú. Ò t ú e st av a indo g uer r e ar na cidade de A jase . F o i-lhe aco se lhado a sa cr ificar par a ve nce ce r a bat alha: do is ca br it o s e 44 000 búz io s. Ele o uv iu o co nse lho , sacr ifi co u e v e nce u o inimig o . 340
  • 341. 247 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé o s pr e judi co u fo i div inado par a as pe sso as da ci dade de O yo . Fo i pe dido que e le s sa cr ificas se m um ce st o de e sur u, sabão , um car ne iro , um po mbo , uma g alinha e 20 000 búz io s. Ele s sacr ificar am tudo . Ele s não so fr e r am masi infor t únio s. Ò sé não mais o s pr e judi co u. O sabão lav ao u t o do s o s se us pr o ble mas. 247 – 3 (Tr adu ção do v er so ) Ò sé o s pr e judi co u se r iame nt e fo i div inado par a par a e le s quando Ik umi ja fo i sit iar a cidade de Eyó . F oi- lhe s pe dido que sa cr ifica sse m no v e cabr ito s e 180 000 búzio s. Ele s não sacr ificar am. Oráculo 248 Òsétúrá Es se O dù fala da e ncar nação de Èsú- Ò dàr à. O bse r v ação o cide nt al: Nada aco nt e ce se m a aju da de Èsú. 248 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Enca nt ame nto : A k ak anik a, A kak anik a, A lak ak anik a, Alapasa pa-ijak a’ lu. um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa. A k ak anik a é o no me dado a I fá. A lak ak anik a é o no me dado ao s O dù. A lapasapa -ijak a’ lué o nome dado a Èsú- Ò dàr à. 341
  • 342. um pássar o vo a v io le nt ame nt e par a de nt ro da ca sa, é o no me dado à A jé , o filho de O ló k un- sande , o re i das ág uas abu ndant e s, Ò gò -O wo ni. Ès ú-Ò dàr à, t u fundast e e st a cidade . Tu livr ast e o s babalá wo da cidade da fo me . Tu livr ast e o s o s mé dico s da cidad e da fo me , e o me smo fize st e s co m o s he r balist as. Eu so u o babaláwo da ci dade . Eu so u o mé dico da cidade . Eu so u o her bali st a da cidade . Ès ú-Ò dàr à, não de ix ai que e u passe fo me . F o lhas de I fá: Pe g ue uma fo lhas de abamo da, ar e ia de uma lo ja de fe r r e ir o , e fun e o sùn. Mar que o Odù Ò set úr á na fo lha de abamo da. Mist ur e e fun co m a are ia da lo ja de fe r re ir o , mar que o Odù Ò sé e o sùn co m a ar e ia e mar que Ò t úr á na fo lha de abamo da. Par t a um o bì de quatr o go mo s. U t ilize se t e gr ão s de at aar e e um go mo de o bì par a inv o caar na fo lha de abamo da diár iame nt e , co mo acima. pe ndur e a fo lha co m linhas br anca s e pr et as na casa. 248 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Enca nt ame nto : Ò sé t úr á A muke r e (gr av et o ), I te k un Ò rì sà Daji, Apo jo jo mat e . Din he iro é bo m par a a ho nr a, dinhe ir o é bo m par a alt a po sição . Nó s u samo s dinhe ir o par a te r co nt as de co r al no pe s co ço , que dig nifica a pe sso a. Tu, Ò sét úr á, so ube co mo dar . Tu de st e A lér á e e le pô s a cor o a. Tu de st e A jer ò e e le uso u u m v e st ido e nfe it ado de co nt as. Tu de st e Òr àng ún e e le uso u uma v ar a de fe rr o par a ir at é o cam po . Tu de st e Olúpo po A muy un-bo ’ le ; Er inmag aji -e hin- ek u- jamo o re i de A do , o ancião de I le se u sando um pe que no bo né e m cima de A k un, O lú- Oy inbo A m’o k un- su’ r e ; o r e i de I je bu O g bor og an- nida Ak oy e be y e be y a’ g un, Ele yo -A jo r i, A je ’ g i-e mi- san’ r a, O lo mu - A pe r an, Olor o -ag og o ; Olú -Tapa Le mpe odo do ina jo bar ausa, O jo pat apat a mule d’ Ek ùn, Olo wo Ar ing injin A dubule f’ ag ada ide ju’ r a. O lo w u Odur u . . ., tu de st e O lo fa- A r innilu Ay ink inni bo omo l’ e nu, e assim por diant e . O h! Jala, dê - me ; Ès ù-Ò dàr à, dê - me ; Bar a-Pe t u, dê -me co isa s bo as. 342
  • 343. F o lhas de I fá: Tr ace o Odù Ò sét úr á no iyè - ìr o sù e m fino óle o e lambe r o de do mé dio . To das as co isas bo as v ir ão a t i. Ho nr a e r e spe it o e st ar ão co nt ig o atr av é s do s ano s quando v o cê usar e sse e ncant ame nt o . Oráculo 249 Òtúrá-Fún Es se O dù fala de bo a so r te imi ne nt e se o clie nt e ev it ar mau s ato s. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v e re sist ir à pr át ica de adult ér io . 249 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò t úr á dá. Ò t úr á co mpro u pr a e le fo i div inado par a O lúji mi U ma pe sso a impo rt ant e ir á no s co n ce der bo as co isas. Fo i-lhe pe dido que sacr ifica sse , par a a fo rt una da de usas do dinhe ir o e st ar à mão . O sacr ifí cio : u m t e cido br anco , ife re ( se me nt e ), do is po mbo s br anco s e 2 000 búzio s. Ele o uv iu e sacr ifi co u. 343
  • 344. F o i-lhe dito que não co me t e sse adult ér io . 249 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A t uwo nk a, A dawo nnu fo i div inado par a O ló fin I wat uk a. O ló fin fo i aco nse lhado a sacr ificar par a que e le não ace it asse um mau co nse lho que po der ia acabar co m a sua cidade . O sa cr ifí cio : u ma cabr a, o ito fr ang o s, aze it e - de -de ndê , 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (k o le jo ). Ele não sacr ifi co u. Oráculo 250 Òfún-Túrá Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e st abilizar um re lacio name nt o . O bse r v ação o cide nt al: C asa me nto co m at ual par ce iro do clie nt e é apr o pr iado e be né f ico . 250 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún pr ov o u aze it e , Ò fún de rr ubo u ole le ( bo lo fe it o de fe ijão ) no sal. Ò fún pro c uro u por t o das as co isas ag r adáv e is par a co me r . I st o fo i div inado par a Ès ù-Ò dàr à que ia de spo sar Epo (aze it e -de - de ndê ). Fo i-lhe aco nse lhado a sa cr ificar de mo do que e le s nun ca se se par asse m. O sa cr ifí cio : tr ê s g alo s e 6 000 búzio s. 344
  • 345. Ele sa cr ifico u. 250 – 2 (Tr adu ção do v er so ) A re r e mar e , Ar er e mar e fo i div inado par a O ló wu. Ele s dis se r am que t udo ia tão be m par a Oló wu que e le de v er ia sacr ifi car de mane ir aa t or nar -se um ho me m do campo . O sacr ifí cio : t rê s car ne ir o s, t rê s e nx ada, tr ê s fo ice s e 6 000 búzio s. Ele sa cr ifico u. Oráculo 251 Ìretè-Sé Es se Odù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a e v it ar fe it içar ia e t od o s as o utr as e ner g ias ne g at iv as. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e se de par a co m um co nflit o go ve r name nt al o u e m s ua so cie dade . 251 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Enca nt ame nto : A g bog bo niwo nr an, A g bo g bo niwo nr an, Ag bo g bo niwo nr an. Ek un A mo mo nibu u, Ek un A mo mo nibuu, Ek un A mo mo nibuu. 345
  • 346. Ele que co lide co m e spinho s è s ù, o s e spinho s è s ù o fer ir á; e le que co lide co m Èsù, Ès ù o far á mal; e assi m se r á. F o lhas de I fá: Pe g ue uma pe dr a lat e r it a, t rê s facas nov as ( fe it as pe lo fe rr e iro lo cal), ca sca da ár vo r e ipar a, v ár io s t ipo s árv or e s e plant as e spin has (u se a cas ca o u part e da plant a), e v ár io s tipo s de e spin ho s, plant as r ast e ijant e s ( cor t e pe daço s de la). Po nha t udo e m um po t e . tr it ur e a ca sca de ipar a at é vir ar pó . Po nha o pó de fr e nt e ao po t e , t race o O dù Ìr èt è - Sé ne le , e re cit e o e ncant ame nto acima. Junt e e nt ão o pó no pot e co m ág ua. C o br ir e lacr ar o pot e co m ar g ila o u cinzas úmidas. A pó s se tr e dias, abr a e u se co mo banho . Não de ve se r be bi do . 251 – 2 (Tr adu ção do v er so ) I jala, I jala, I jala. A lag er e -ide , A lag er e - ide , Alag er e - ide . O wor o niko k o , O wo ro nik ok o , O wo ro nik ok o . O nde se é s ua mãe . Q uando e le s de s ce r am e m duas co isa s co lo s sais, O lo du nmar e e st abe le ce u a r eg r a que duas co isa s co lo s sais não cae m u ma so br e a o utr a. O be bê t ar t ar ug a não se g ue a t ar t ar ug a de mãe ; O be bÊ car amujo não se g ue a mãe car amu jo ; o be bê se r pe nt e não seg ue a mãe se r pe nt e ; e assim po r diant e . U m ho me m mo r to de I fá não afe t a o fil ho de o ut ro ho me m. Q ue t o da fe it içar ia lançada so br e mim se jam inafe t iv a. F o lhas de I fá: To me uma tart ar ug a, um car amu jo , uma co br a, a ca sca de duas árv or e s I ro ko e I fá o k ú (mor to de I fá). Tor r ar t uo do s o s e le me nto s junt o s e mant er o pó e m um ado . Pe g ue uma pe que na por ção na o casião e t r ace o O dù I r u-Ek ùn (O dù Ìr et è - Sé ) ne le , e r e cit e o e ncant ame nt o um po uco ant e s de mist ur ar co m de ndê e lambe - lo . Tam bé m po de se r usado co mo ung üe nt o par a e sfr e g ar no co r po . U m po uco de le po de se r dado par a o ut r a pe sso a u sar . Est e I fá é u ma pr e caução co nt r a fe it içar ia. 346
  • 347. Oráculo 252 Òsé-Bi-Ìretè-Sile-Ajé Es se O dù fala de bo a fo rt una par a dinhe iro , r e spe ito e infl ue ncia. O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e de v er ia pro ce de r co nfide n cialme nt e co m pe r spe ct iv as e r e lacio name nto s. 252 – 1 (Tr adu ção do v er so ) I fá dis se , se to rno u A láju bar ak a. Eu disse , se to r no u A lájubar ak a. Se nó s usamo s jubar ak a, que e le se ja Jubar ak a. e le de u nascime nt o a O lo t oo ro , O lo t e er e , e O nàwo fun mir in. 347
  • 348. O nàwo fun mir in par iu A jé . A jé par iu o s se r e s humano s. A jé se pr e par o u e fo i pe lo mar . O s se re s hu mano s també m se pr e par ar am e fo r am par a Ir ada. Ò sé co rr a r apidame nt e par a o de us do mar e me t rag a dinhe iro . Ì re t è cor r a rapidame nt e par a I rada par a me t raze r pe sso as. A pe não de ix e min ha bo a sor t e che g ar at r asada a mim. Ejir in não de ix e que minha bo a sor t e v ag ue ie ao lo ng e ant e s de v ir a mim. Se nó s v ar r e mo s a casa e o cam inho , o re fug o é lev ado at é a lix e ir a. I ngr e die nt e s de I fá: Pilar fo lhas ape e e jir in, su je ir a de e nt ulho , sabão - da-co st a na me dida de 1 200 búzio s. Tr ace o Odù Ò sé -Ì re t è na par e de do quar to usando e fun par a mar car O se e o sun par a mar car Ìr et è . O e fun e o o sun de v e m se r mist ur ado s se par adame nt e co m ág ua ante s do uso . A bat er do is po mbo s be m bo nit o s, um par a O se e o o ut ro par a Ìr e t e . O sang ue de ve se r mi st ur ado co m o sa bao pilado co m as fo lhas. F ix ar o sabão aci ma do s O dù fe ito s na par e de . U se o sabão fr e que nt e me nt e par a banhar - se . 252 – 2a (Tr adu ção do v er so ) A se waa nit i À ir á (po de re s do minant e s pe rt e nce t e s ao t ro vão ). Q uando nó s damo s a ár vo r e de palma a cor da de palma, e la se ag ar r a nist a I st o fo i div inado par a o g alo , A que m fo i pe dido que sacr ifi cas se de mo do que se us co le g as ace it asse qualque r co isa que e le di sse s se par a e le s. O sacr ifí cio : u m po mbo e 2 000 búz io s. e le sa cr ifico u. e le e nt ão o r de no u que qualque r co isa que o g alo disse s se , se u s co le g as ace it ar iam. 252 – 2b (Tr adução do ve r so ) 348
  • 349. Ò sé - bi-Ì re t è (Ò sé par iu Ì re t è ) fo i div inado par a O ló fi n. F o i-lhe pe dido que sacr ifi cas se um car ne ir o e 20 000 búzio s. Ele se g ui u a o rie nt ação e sacr ifi co u. F o i pr o clamado que “a o r de m de le fundar á uma cidade ” Oráculo 253 Ìretè-Òfún Es se O dù fala da po pular idade e s uce s so de I fá. O bse r v ação o cide nt al: O s ne g ó cio s do clie nt e o u se u tr abalho ir ão cr e sce r . 253 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a Or unmila. Ele s disse r am que Or unmila te r ia muit o s clie nt e s. M uit o s v ir iam re ce be r I fá; muit o s v ir iam par a se iniciar ; muit o s v ir iam a e le par a div inação . 349
  • 350. F o i-lhe pe dido um sa cr ificio de um po mbo , uma g alinha e 20 000 b úzio s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u. 253 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ì re t è -Ò fún fo i div inado par a A nimo -o la A nimasahun. F o i-lhe dito par a que sa cr ificas se . Ele s disse r am que e le dev er ia sacr ificar t udo que fo s se co me st ív e l. O sa cr ifí cio : u ma cabaça de inhame pilado , um po te de so pa, bast ant e obì e 20 000 búz io s. Ele o be de ce u e sacr ifi co u. Ele s disse r am: U ma pe s so a ge ne r o sa nun ca passar á po r pr iv açõ e s. Oráculo 254 Òfún-Retè Es se O dù fala da ne ce ssi dade de sacr ifí c io par a o bt er r e spe ito e pro t e ção . O bse r v ação o cide nt al: O clie nt e pr e cisa que br ar uma sit uação e se r mais se g ur o . 254 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ele s me tr e inar am, e u t or ne i a me t re inar fo i div inado par a O lúse so . Ele s disse r am que Olú se so co nt inuar ia faze ndo o que e st av a agr adando par a o m undo . 350
  • 351. F o i-lhe dito que sacr ifica sse de mane ir a que as pe s so as do mundo pude s se m re spe it a- lo . O sa cr ifí cio : quat ro po mbo s, 20 000 búzio s e fo lhas de I fá (t r it ur e fo lhas de ag bay unk un e ay ì nr é e m ág ua; ut ilizar par a lav ar a cabe ça e o I fá do clie nt e ). Ele fe z o sa cr ifí cio . 254 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún -R et è fo i div inado par a O mi (ág ua). F o i dito que e le sacr ifi cas se de mane ir a que ning ué m pude sse co nspir ar co ntr a e le o u bo ico t a-lo . O sacr ifí cio : sal, um po mbo , uma t ar t ar ug a, t e cido et u e 32 000 b úzio s. e le o be de ce u e sacr ifico u. Ele s dis se r am: Q ue m inst it uir a si me smo co mo inimig o da ág ua, mor r er á pr e mat ur ame nt e . O te cido et u é par a co br ir o cor po do clie nt e . Oráculo 255 Òséfú Es se O dù fala da habilidade de I fá e m re so lv er t odo s o s pro ble mas. O bse r v ação o cide nt al: Q ualque r que se ja o pr o ble ma do clie nt e , ex ist e uma so lu ção . 255 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Se a pe sso a é azar ada, e la não é sá bia o bast ant e . 351
  • 352. Há ág ua na casa do de us do mar ; o mar é a ca be ça das ág uas.Há ág ua na casa do de us da lag o a; a lag o a é a se g unda ca be ça de t o das as ág uas. Há sa be dor ia e m Ak ó dá, Ak ó dá que fala a palavr a de I fá. Há sa be dor ia e m A sè dá, A sè dá que fala o co nse lho de t o do s o s sábio s anciõ e s. Há sabe do r ia e m O runmi la, o or ie nt ado r das fo r ças do mundo , o r e par ador da so rt e , aque le cujo e mpe nho é r e co nstr uir a cr iat ur a co m um or í r uim. I st o fo i div inado par a os ko moo se k o moo wa (pe sso a não -int e lig e nt e ) que se lame nt av am diar iame nt e po r não te re r e m bo a so rt e , dize ndo que o cr iado r o s e st av a malt r at ando . Ele s for am o r ie nt ado s a sa cr ificar sabão - da-co st a, le nço l br anco e 2 000 b úzio s. A o s po uco s que re alizar am o sacr ifí cio fo i dit o que se lav as se m co m o sabão (e le s dev e r iam se lav ar po r tr ê s o u cin co dias e nqua nto se ve st iam co m o le nço l br anco ). e le s for am par a casa e se iniciar am e m I fá, e apó s a iniciação e le s apr e nde r am I fá. Ele s se g uir am a or ie nt ação e sacr ificar am. É dit o que o s ko mo o sek o moo wa que apr e nder am I fá t er ão so rt e e m fim. 255 – 2 (Tr adu ção do v er so ) O r unmila disse A ro le , Eu di sse Ar o le , fo i div inado par a umas cr ianc inhas que se dir ig iam par a o mundo que e st av am se n do mandado s de v olt a pe lo po rt e iro e mo rr e ndo co mo be bê s. e le s per g ut ar am a r azão . I st o por que não e spe r am po r O r unmila. Or unmila que st io no u do is de le s (um me nino e a o utr a me nina ). dize ndo , “Po r que m v o cê s e spe r am?”. Ele s disse r am, “Po r Or unmila”. Ele disse , “Bo m, e nt ão sig am -me ”. Ent ão e le sse g uir am Or unmila at é o por t ão , é o por t e iro quis manda- lo s de vo lt a. O r unmila int e r ce de u e pag o u 240 búzio s por cada um de le s. Est a é a quant ia que nó s pag amo s ho je e m re sg ate par a um be bê r e cé m- nas cido . 352
  • 353. Oráculo 256 Òfún-Sé Es se O dù fala de ving ança e adv er t e so br e po s sív e is per das. O bse r v ação o cide nt al: A que le s que e st ão te nt ando impe dir o pro g re s so do clie nt e ir ão so fr e r . 256 – 1 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún -Sé fo i div inado par a o e nimani da cidade de O só . 353
  • 354. F o i-lhe pe dido um sa cr ifí cio de mo do que suas pr ime ir as po s se s sõ e s não fo sse m pe r didadas.. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, um car amujo , 66 000 búzio s e fo lhas de I fá. Ele não sacr ifi co u. 256 – 2 (Tr adu ção do v er so ) Ò fún não o fe nde u, Ò fún não plane jo u o mal co nt r a ning ué m. Ele s co nspir ar am co ntr a Ò fún. Ò fún fo i aco nse lhado a sacr ifi car par a que o v ing ado r pude sse ajudar a pag uar nas s uas v er dade ir as mo e das. O sacr ifí cio : u ma t ar t ar ug a, uma faca, ca sca de caro ço de de ndê e 18 000 búz io s. Ele sa cr ifico u. F o lhas de I fá fo r am pr e par adas par a co lo car so b o t r av e sse ir o do s clie nt e s.  354