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Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial
                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS
Outros dois princípios importantes da Contabilidade são o Regime de Caixa e o Regime
de Competência de Exercícios, em decorrência da aplicação de um ou outro destes
princípios o registro das operações e o resultado do exercício serão completamente
diferentes.

Regime de Caixa
As receitas e despesas do exercício são registradas quando efetivamente recebidas e
pagas dentro desse período.

Regime de Competência
As receitas e despesas são registradas em função do Fato Gerador e não em função do
recebimento da receita ou do pagamento da despesa.
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se
tenham sido recebidas ou não.
As despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período não importando se
tenham sido pagas ou não.

Fato Gerador: Na receita pode ser reconhecido como a entrega da mercadoria ou do
serviço ou cliente. Já na despesa o reconhecimento do fato gerador se dará pelo
consumo do produto ou serviço necessários para operação da empresa.

Exemplo 1: Compra de material de escritório em 10/01/X7 no valor de $ 1.000 que foi
paga ao Fornecedor ABC em 10/02/X7. Este material foi consumido da seguinte forma
20% no mês de janeiro/X7, 50% no mês de fevereiro/X7 e o restante que corresponde a
30% no mês de março/X7. Os lançamentos destas operações são:

              REGIME DE CAIXA                                 REGIME DE COMPETÊNCIA
                                                        10/01/X7 (compra de material)
                                                        Estoque
                                                        a Fornecedores..................................1.000

10/02/X7 (pagamento da compra)                          10/02/X7 (pagamento da compra)
Despesa de Material de Escritório                       Fornecedores
a Caixa (Bancos)................................1.000   a Caixa (Bancos)................................1.000

                                                        31/01/X7 (consumo 20% do material)
                                                        Despesa de Material de Escritório
                                                        a Estoque..............................................200

                                                        28/02/X7 (consumo 50% do material)
                                                        Despesa de Material de Escritório
                                                        a Estoque..............................................500

                                                        31/03/X7 (consumo 30% do material)
                                                        Despesa de Material de Escritório
                                                        a Estoque..............................................300

A despesa somente é reconhecida A despesa é reconhecida quando ocorre
quando efetivamente paga.       o seu fato gerador, neste caso, no
                                consumo dos materiais.
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                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
Exemplo 2: Venda e entrega de mercadoria em 01/05/X7 no valor de $ 500 para o Cliente
XYZ que foi recebida em duas parcelas de $ 250 em 01/06/X7 e 01/07/X7. Os
lançamentos destas operações são:

           REGIME DE CAIXA                         REGIME DE COMPETÊNCIA
                                            01/05/X7 (entrega da mercadoria)
                                            Clientes
                                            a Receita de Venda de Mercadorias.....500

01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela)        01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela)
Caixa (Bancos)                              Caixa (Bancos)
a Receita de Venda de Mercadorias.....250   a Clientes..............................................250

01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela)        01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela)
Caixa (Bancos)                              Caixa (Bancos)
a Receita de Venda de Mercadorias.....250   a Clientes.............................................250

A receita somente é reconhecida A receita é reconhecida quando ocorre o
quando efetivamente recebida.   seu fato gerador, neste caso, na entrega
                                da mercadoria que ocorreu na mesma
                                data da venda.

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – DFC – MÉTODO DIRETO
Tornou-se obrigatória a sua publicação a partir da Lei 11.638/07.
Existem dois modelos diferentes de apresentação desta declaração de acordo com o
método para sua elaboração, assim temos: método direto (a partir do recebimento de
vendas) e o método indireto (a partir do lucro líquido).
Para exemplificar a montagem pelos dois métodos vamos utilizar as seguintes
demonstrações financeiras da Cia ABC:

                            Balanços da Cia ABC

                                                 31.12.X3               31.12.X2
        Caixa e Bancos                                2.000                  3.000
        Clientes                                     18.000                 16.000
        Mercadorias                                  21.000                 14.000
        Despesas Antecipadas                          1.000                  2.000
        Hipotecas a Receber                           5.000                  5.000
        Terrenos                                     13.000                 10.000
          Ativo                                      60.000                 50.000

        Fornecedores                                   22.000                 11.000
        Empréstimos a Longo Prazo                       5.000                 12.000
        Capital                                        20.000                 20.000
        Reservas                                        6.000                  6.000
        Lucros Acumulados                               7.000                  1.000
          Passivo                                      60.000                 50.000
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                 Demonstração do Resultado do Exercício
                           Cia ABC para X3
            Vendas Líquidas                                     130.000
            Custo das Mercadorias Vendidas                      (85.000)
            Lucro Bruto                                          45.000
            Despesas Administrativas                            (25.000)
            Despesas com Vendas                                 (10.000)
            Lucro Líquido                                        10.000


                   Demonstração de Lucros Acumulados
                            Cia ABC para X3
            Saldo em 31.12.X2                                       1.000
            Lucro Líquido em X3                                    10.000
            Dividendos Distribuídos                                (4.000)
            Saldo em 31.12.X3                                       7.000


           Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos
                           Cia ABC para X3

     Origens:
        Lucro Líquido em X3                                                  10.000

     Aplicações:
        Aquisição de Terrenos                              3.000
        Redução de Empréstimos de Longo Prazo              7.000
        Dividendos Pagos                                   4.000         (14.000)

     Diminuição do CCL                                                       (4.000)




   7.1. Método Direto
   Uma das dificuldades de se entender e elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa –
   DFC está no fato de que a contabilidade é realizada observando o princípio da
   competência e a DFC obedece ao princípio de caixa. Assim é necessário ajustar as
   contas que “guardam” informações à respeito dos pagamentos e recebimentos do
   período.

   Nos exemplos acima foram demonstramos que os recebimentos das vendas da
   empresa estão diretamente relacionados com as contas: CLIENTES e RECEITA DE
   VENDAS, bem como os pagamentos de compras com as contas FORNECEDORES e
   COMPRA DE MERCADORIAS (obtida através do CMV – Custo da Mercadoria
   Vendida).
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   Assim para a elaboração da DFC – método direto devemos seguir os seguintes
   passos:

   1º passo: Cálculo do Recebimento de Vendas
   Como já exposto acima, o conta CLIENTES “guarda” às informações referentes às
   vendas realizadas a prazo.
   Quando estamos elaborando a DFC – método direto de um determinado exercício, no
   caso X3, devemos primeiramente buscar o valor do saldo da conta CLIENTES do
   exercício imediatamente anterior, uma vez que neste saldo estão as vendas
   realizadas no final do ano X2 que serão recebidas durante X3. Para este nosso
   exemplo podemos melhor entender esta consideração utilizando-se do Livro Diário:

   31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC)
   Clientes
   a Receita de Vendas
          Vendas a receber em X3......................................,.............16.000

   31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC)
   CAIXA
   a Clientes
          Recebimento das vendas realizadas em X2....................16.000

   Então para conseguirmos calcular o valor total do recebimento de vendas temos que
   começar com o saldo da conta CLIENTES de X2 $ 16.000. Este valor, no entanto
   representa apenas as vendas realizadas no final de X2.
   E qual o valor das vendas realizadas em X3, exercício que estamos elaborando a DFC
   – método direto?
   A resposta está da DRE de X3 na conta Vendas Líquidas de $ 130.000. Só não
   podemos nos esquecer que deste total de vendas teremos valores que somente serão
   recebidos no exercício seguinte ao de X3, sendo assim temos que ajustar o valor das
   vendas de X3 excluindo o saldo da conta de CLIENTES no final de X3.

   Resumindo temos:

    Saldo inicial de clientes X2                                                              16.000
    Mais: Vendas em X3                                                                       130.000
    Menos: Saldo Final de Clientes                                                            18.000
    = Recebimentos de Clientes em X3                                                         128.000

   Não se esqueça que estes ajustes são necessários porque temos que
   demonstrar operações registradas no regime de competência, considerando
   agora somente o de caixa (recebimento).


   2º passo: Cálculo do Pagamento de Fornecedores
       Assim como no passo anterior temos que calcular “ajustando” o valor de
       pagamentos da conta fornecedor.
       Só que agora vamos utilizar dos saldos da conta FORNECEDORES.
       Da mesma maneira que fizemos anteriormente vamos partir do saldo do exercício
       imediatamente anterior ao da elaboração da DFC pelo método direto, que agora é
       de $ 11.000. Este valor representa as compras realizadas no final de X2 que serão
       pagas em X3. Utilizando-se do Livro Diário teremos:
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                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
   31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC)
   Mercadorias
   a Fornecedores
          Compra de mercadorias a pagar em X3............,.............11.000

   31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC)
   Fornecedores
   a CAIXA
          Pagamento das compras realizadas em X2....................11.000


      E o valor das compras realizadas em X3? Onde buscar?
      Infelizmente não temos em nenhuma demonstração financeira o valor total das
      compras de um exercício. Mas podemos obter este valor através do CMV (Custo
      da Mercadoria Vendida) uma vez que o valor das compras do exercício está
      implícito no seu cálculo.
      Para tanto utilizaremos a equação: CMV = EI + C – EF

      onde:
      CMV: Custo da Mercadoria Vendida
      EI: Estoque Inicial
      C: Compras
      EF: Estoque Final

    Saldo inicial de mercadorias em X2                                          14.000
    Mais: Compras                                                                    ?
    Menos: Estoque final de mercadorias em X3                                   21.000
    = Custo das mercadorias vendidas                                            85.000

      CMV = EI + C – EF
      85.000 = 14.000 + C – 21.000
      14.000 + C – 21.000 = 85.000
      C = 85.000 – 14.000 + 21.000
      C = 92.000

      Desta forma chegamos que o valor das compras em X3 foi de R$ 92.000. Agora é
      só calcular o valor paga aos fornecedores em X3 da seguinte forma

    Saldo inicial de fornecedores em X2                                         11.000
    Mais: Compras X3 (calculado acima através do                                92.000
    CMV)
    Menos: Saldo final de fornecedores em X3                                    22.000
    = Pagamentos de Fornecedores em X3                                          81.000

      3º passo: Cálculo do Pagamento de Despesas
      Agora que já temos os principais valores das operações da empresa (recebimento
      de vendas e pagamento de compras), vamos prosseguir analisando as demais
      contas de despesas para apurar o valor total de seus pagamentos.
      Como não há despesas de depreciação e nem contas a pagar no passivo por
      conta de despesas registradas, só temos que levar em conta a figura das
      Despesas Antecipadas no Ativo.
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                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
      As contas de despesa antecipadas registram pagamentos de despesas que ainda
      não foram reconhecidas, consumidas no exercício em curso. O saldo das despesa
      antecipadas de $ 2.000 em X2, são um bom exemplo disto, guardam pagamentos
      de despesas que serão reconhecidas durante o próximo exercício, X3. Para
      melhor compreender isto, vamos utilizar o Livro Diário:

      31/12/X2
      Despesas Antecipadas
      a CAIXA
             Pagamento de despesas que serão
             consumidas em X3...........................................2.000

      01/01/X3
      Despesas Administrativas
      a Despesas Antecipadas
             Consumo de despesas pagas em X2..............2.000

      Como podemos ver no registro destas operações do total das despesas
      administrativas registradas na DRE em X3 de $ 25.000, $ 2.000 na verdade foram
      pagas em X2 e portanto devem ser excluídas na elaboração da DFC.
      Já o saldo de $ 1.000 registrado na conta de despesas antecipadas no Balanço
      Patrimonial de X3 deve ser adicionado ao valor total de despesas de X3, um vez
      que também se caracteriza com pagamento de despesa neste exercício, embora
      será consumido posteriormente ao exercício X3.
      Mas uma vez lembramos que todos estes ajustes e considerações são
      necessários porque todas as operações registradas na contabilidade obedeceram
      ao regime de competência, e na elaboração da DFC precisamos olhar por outra
      “ângulo”, o do regime de caixa.

      Assim para apurar o valor total dos pagamentos de despesas temos:

    Despesas totais (administrativas e de vendas) em                            35.000
    X3
    Menos: despesas antecipadas de 31.12.X2                                      2.000
    Subtotal                                                                    33.000
    Mais: despesas antecipadas em 31.12.X3                                       1.000
    = Pagamentos de despesas em X3                                              34.000

      Demais passos
      Os demais passos continuam na mesma linha de raciocínio, verificando nas
      demonstrações financeiras se ocorreu outros pagamentos ou recebimentos
      durante o exercício X3.
      Na Demonstração de Lucros Acumulados temos o pagamento de dividendos
      sendo $ 4.000 e supondo, como antes, que o aumento de Terrenos tenha sido por
      aquisição de R$ 3.000 e que a redução das dívidas de longo prazo tenha sido por
      amortização antecipada, temos às informações para montar o Fluxo de Caixa pelo
      método direto que ficaria assim:
Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial
                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
                         Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3


           Origens:
            Caixa Gerado Pelas Operações
              Recebimento de Vendas                     128.000
              Menos: Pagamentos das Compras             (81.000)
              Menos: Pagamentos das Despesas            (34.000)      13.000
              Terrenos

           Aplicações:
            Pagamento de Dividendos                       4.000
            Compra de Terrenos                            3.000
            Pagamento Empréstimos de Longo Prazo          7.000      (14.000)
            Redução das Disponibilidades em X3                        (1.000)

           Conciliação:
              Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2                      3.000
              Redução das Disponibilidades em X3                      (1.000)
              Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3                      2.000




      7.2. Método Indireto

      É o método mais comum utilizado no Brasil e fora dele. Neste método parte-se do
      lucro líquido para após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das
      disponibilidades produzidas, no período, pelas operações registradas na
      Demonstração de Resultado.
      Por isso é muito semelhante á elaboração da DOAR, na verdade começamos por
      ela a montagem do fluxo de caixa indireto, só que estendemos as comparações
      dos Recursos não Correntes para os Correntes também.

      1º passo: Começando pela DOAR
             Iniciamos a montagem do fluxo de caixa pelo método indireto pelo Lucro
             Líquido da DOAR e passamos em seguida para os ajustes necessários dos
             Recursos Correntes (exceto as contas relativas às Disponibilidades) para
             apurar o Caixa Gerado pelas Operações.

      2º passo: Ajustando o “Caixa Gerado pelas Operações”

                                          Diminuições em Despesas Antecipadas
         Aumentos de Caixa                Aumentos de Fornecedores
         (liberar)                        Receitas Antecipadas

                                          Aumentos de Clientes
         Diminuições de Caixa             Aumentos de Estoques
         (aplicações de caixa)            Aumento Despesas Antecipadas
Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial
                                                       Profº. Ulisses R. Lupino
      Assim, voltando para o exemplo temos:


                                                                   EFEITOS SOBRE O CAIXA
                                      31.12.X3     31.12.X2        Aumento     Diminuição
      Clientes                            18.000       16.000                        2.000
      Mercadorias                         21.000       14.000                        7.000
      Despesas Antecipadas                 1.000        2.000            1.000
      Fornecedores                        22.000       11.000           11.000
                                                                        12.000       9.000
      Ajustes                                                                        3.000
                                                                        12.000      12.000



      Agora para se completar, adicionam-se esses itens ao valor do Lucro Líquido para
      se ter o “Caixa Gerado pelas Operações”; tem-se então:

     Caixa Gerado pelas Operações
           Lucro Líquido                                                   10.000
           (+) Aumento de Fornecedores                                     11.000
           (+) Diminuição em Desp. Antecip.                               1.000
           (-) Aumento em Clientes                                          2.000
           (-) Aumento em Mercadorias                                       7.000
                                                                           13.000

      Para completar a Demonstração devemos incluir as aplicações listadas na DOAR:

                             Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3
         Método Indireto

         Origens:
          Caixa Gerado Pelas Operações
            Lucro Líquido                                       10.000
            (+) Aumento em Fornecedores                         11.000
            (+) Diminuição em Desp. Antecip.                     1.000
            (-) Aumento em Clientes                             (2.000)
            (-) Aumento em Mercadorias                          (7.000)    13.000

         Aplicações:
          Pagamento de Dividendos                                4.000
          Compra de Terrenos                                     3.000
          Pagamento Empréstimos de Longo Prazo                   7.000     (14.000)
          Redução das Disponibilidades em X3                                (1.000)

         Conciliação:
            Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2                              3.000
            Redução das Disponibilidades em X3                              (1.000)
            Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3                              2.000

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Dfc

  • 1. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS Outros dois princípios importantes da Contabilidade são o Regime de Caixa e o Regime de Competência de Exercícios, em decorrência da aplicação de um ou outro destes princípios o registro das operações e o resultado do exercício serão completamente diferentes. Regime de Caixa As receitas e despesas do exercício são registradas quando efetivamente recebidas e pagas dentro desse período. Regime de Competência As receitas e despesas são registradas em função do Fato Gerador e não em função do recebimento da receita ou do pagamento da despesa. As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham sido recebidas ou não. As despesas de um exercício são aquelas incorridas nesse período não importando se tenham sido pagas ou não. Fato Gerador: Na receita pode ser reconhecido como a entrega da mercadoria ou do serviço ou cliente. Já na despesa o reconhecimento do fato gerador se dará pelo consumo do produto ou serviço necessários para operação da empresa. Exemplo 1: Compra de material de escritório em 10/01/X7 no valor de $ 1.000 que foi paga ao Fornecedor ABC em 10/02/X7. Este material foi consumido da seguinte forma 20% no mês de janeiro/X7, 50% no mês de fevereiro/X7 e o restante que corresponde a 30% no mês de março/X7. Os lançamentos destas operações são: REGIME DE CAIXA REGIME DE COMPETÊNCIA 10/01/X7 (compra de material) Estoque a Fornecedores..................................1.000 10/02/X7 (pagamento da compra) 10/02/X7 (pagamento da compra) Despesa de Material de Escritório Fornecedores a Caixa (Bancos)................................1.000 a Caixa (Bancos)................................1.000 31/01/X7 (consumo 20% do material) Despesa de Material de Escritório a Estoque..............................................200 28/02/X7 (consumo 50% do material) Despesa de Material de Escritório a Estoque..............................................500 31/03/X7 (consumo 30% do material) Despesa de Material de Escritório a Estoque..............................................300 A despesa somente é reconhecida A despesa é reconhecida quando ocorre quando efetivamente paga. o seu fato gerador, neste caso, no consumo dos materiais.
  • 2. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino Exemplo 2: Venda e entrega de mercadoria em 01/05/X7 no valor de $ 500 para o Cliente XYZ que foi recebida em duas parcelas de $ 250 em 01/06/X7 e 01/07/X7. Os lançamentos destas operações são: REGIME DE CAIXA REGIME DE COMPETÊNCIA 01/05/X7 (entrega da mercadoria) Clientes a Receita de Venda de Mercadorias.....500 01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela) 01/06/X7 (recebimento da 1ª parcela) Caixa (Bancos) Caixa (Bancos) a Receita de Venda de Mercadorias.....250 a Clientes..............................................250 01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela) 01/07/X7 (recebimento da 2ª parcela) Caixa (Bancos) Caixa (Bancos) a Receita de Venda de Mercadorias.....250 a Clientes.............................................250 A receita somente é reconhecida A receita é reconhecida quando ocorre o quando efetivamente recebida. seu fato gerador, neste caso, na entrega da mercadoria que ocorreu na mesma data da venda. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – DFC – MÉTODO DIRETO Tornou-se obrigatória a sua publicação a partir da Lei 11.638/07. Existem dois modelos diferentes de apresentação desta declaração de acordo com o método para sua elaboração, assim temos: método direto (a partir do recebimento de vendas) e o método indireto (a partir do lucro líquido). Para exemplificar a montagem pelos dois métodos vamos utilizar as seguintes demonstrações financeiras da Cia ABC: Balanços da Cia ABC 31.12.X3 31.12.X2 Caixa e Bancos 2.000 3.000 Clientes 18.000 16.000 Mercadorias 21.000 14.000 Despesas Antecipadas 1.000 2.000 Hipotecas a Receber 5.000 5.000 Terrenos 13.000 10.000 Ativo 60.000 50.000 Fornecedores 22.000 11.000 Empréstimos a Longo Prazo 5.000 12.000 Capital 20.000 20.000 Reservas 6.000 6.000 Lucros Acumulados 7.000 1.000 Passivo 60.000 50.000
  • 3. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino Demonstração do Resultado do Exercício Cia ABC para X3 Vendas Líquidas 130.000 Custo das Mercadorias Vendidas (85.000) Lucro Bruto 45.000 Despesas Administrativas (25.000) Despesas com Vendas (10.000) Lucro Líquido 10.000 Demonstração de Lucros Acumulados Cia ABC para X3 Saldo em 31.12.X2 1.000 Lucro Líquido em X3 10.000 Dividendos Distribuídos (4.000) Saldo em 31.12.X3 7.000 Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos Cia ABC para X3 Origens: Lucro Líquido em X3 10.000 Aplicações: Aquisição de Terrenos 3.000 Redução de Empréstimos de Longo Prazo 7.000 Dividendos Pagos 4.000 (14.000) Diminuição do CCL (4.000) 7.1. Método Direto Uma das dificuldades de se entender e elaborar a Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC está no fato de que a contabilidade é realizada observando o princípio da competência e a DFC obedece ao princípio de caixa. Assim é necessário ajustar as contas que “guardam” informações à respeito dos pagamentos e recebimentos do período. Nos exemplos acima foram demonstramos que os recebimentos das vendas da empresa estão diretamente relacionados com as contas: CLIENTES e RECEITA DE VENDAS, bem como os pagamentos de compras com as contas FORNECEDORES e COMPRA DE MERCADORIAS (obtida através do CMV – Custo da Mercadoria Vendida).
  • 4. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino Assim para a elaboração da DFC – método direto devemos seguir os seguintes passos: 1º passo: Cálculo do Recebimento de Vendas Como já exposto acima, o conta CLIENTES “guarda” às informações referentes às vendas realizadas a prazo. Quando estamos elaborando a DFC – método direto de um determinado exercício, no caso X3, devemos primeiramente buscar o valor do saldo da conta CLIENTES do exercício imediatamente anterior, uma vez que neste saldo estão as vendas realizadas no final do ano X2 que serão recebidas durante X3. Para este nosso exemplo podemos melhor entender esta consideração utilizando-se do Livro Diário: 31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC) Clientes a Receita de Vendas Vendas a receber em X3......................................,.............16.000 31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC) CAIXA a Clientes Recebimento das vendas realizadas em X2....................16.000 Então para conseguirmos calcular o valor total do recebimento de vendas temos que começar com o saldo da conta CLIENTES de X2 $ 16.000. Este valor, no entanto representa apenas as vendas realizadas no final de X2. E qual o valor das vendas realizadas em X3, exercício que estamos elaborando a DFC – método direto? A resposta está da DRE de X3 na conta Vendas Líquidas de $ 130.000. Só não podemos nos esquecer que deste total de vendas teremos valores que somente serão recebidos no exercício seguinte ao de X3, sendo assim temos que ajustar o valor das vendas de X3 excluindo o saldo da conta de CLIENTES no final de X3. Resumindo temos: Saldo inicial de clientes X2 16.000 Mais: Vendas em X3 130.000 Menos: Saldo Final de Clientes 18.000 = Recebimentos de Clientes em X3 128.000 Não se esqueça que estes ajustes são necessários porque temos que demonstrar operações registradas no regime de competência, considerando agora somente o de caixa (recebimento). 2º passo: Cálculo do Pagamento de Fornecedores Assim como no passo anterior temos que calcular “ajustando” o valor de pagamentos da conta fornecedor. Só que agora vamos utilizar dos saldos da conta FORNECEDORES. Da mesma maneira que fizemos anteriormente vamos partir do saldo do exercício imediatamente anterior ao da elaboração da DFC pelo método direto, que agora é de $ 11.000. Este valor representa as compras realizadas no final de X2 que serão pagas em X3. Utilizando-se do Livro Diário teremos:
  • 5. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino 31/12/X2 (EXERCÍCIO ANTERIOR AO DE ELABORAÇÃO DA DFC) Mercadorias a Fornecedores Compra de mercadorias a pagar em X3............,.............11.000 31/01/X3 (EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DA DFC) Fornecedores a CAIXA Pagamento das compras realizadas em X2....................11.000 E o valor das compras realizadas em X3? Onde buscar? Infelizmente não temos em nenhuma demonstração financeira o valor total das compras de um exercício. Mas podemos obter este valor através do CMV (Custo da Mercadoria Vendida) uma vez que o valor das compras do exercício está implícito no seu cálculo. Para tanto utilizaremos a equação: CMV = EI + C – EF onde: CMV: Custo da Mercadoria Vendida EI: Estoque Inicial C: Compras EF: Estoque Final Saldo inicial de mercadorias em X2 14.000 Mais: Compras ? Menos: Estoque final de mercadorias em X3 21.000 = Custo das mercadorias vendidas 85.000 CMV = EI + C – EF 85.000 = 14.000 + C – 21.000 14.000 + C – 21.000 = 85.000 C = 85.000 – 14.000 + 21.000 C = 92.000 Desta forma chegamos que o valor das compras em X3 foi de R$ 92.000. Agora é só calcular o valor paga aos fornecedores em X3 da seguinte forma Saldo inicial de fornecedores em X2 11.000 Mais: Compras X3 (calculado acima através do 92.000 CMV) Menos: Saldo final de fornecedores em X3 22.000 = Pagamentos de Fornecedores em X3 81.000 3º passo: Cálculo do Pagamento de Despesas Agora que já temos os principais valores das operações da empresa (recebimento de vendas e pagamento de compras), vamos prosseguir analisando as demais contas de despesas para apurar o valor total de seus pagamentos. Como não há despesas de depreciação e nem contas a pagar no passivo por conta de despesas registradas, só temos que levar em conta a figura das Despesas Antecipadas no Ativo.
  • 6. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino As contas de despesa antecipadas registram pagamentos de despesas que ainda não foram reconhecidas, consumidas no exercício em curso. O saldo das despesa antecipadas de $ 2.000 em X2, são um bom exemplo disto, guardam pagamentos de despesas que serão reconhecidas durante o próximo exercício, X3. Para melhor compreender isto, vamos utilizar o Livro Diário: 31/12/X2 Despesas Antecipadas a CAIXA Pagamento de despesas que serão consumidas em X3...........................................2.000 01/01/X3 Despesas Administrativas a Despesas Antecipadas Consumo de despesas pagas em X2..............2.000 Como podemos ver no registro destas operações do total das despesas administrativas registradas na DRE em X3 de $ 25.000, $ 2.000 na verdade foram pagas em X2 e portanto devem ser excluídas na elaboração da DFC. Já o saldo de $ 1.000 registrado na conta de despesas antecipadas no Balanço Patrimonial de X3 deve ser adicionado ao valor total de despesas de X3, um vez que também se caracteriza com pagamento de despesa neste exercício, embora será consumido posteriormente ao exercício X3. Mas uma vez lembramos que todos estes ajustes e considerações são necessários porque todas as operações registradas na contabilidade obedeceram ao regime de competência, e na elaboração da DFC precisamos olhar por outra “ângulo”, o do regime de caixa. Assim para apurar o valor total dos pagamentos de despesas temos: Despesas totais (administrativas e de vendas) em 35.000 X3 Menos: despesas antecipadas de 31.12.X2 2.000 Subtotal 33.000 Mais: despesas antecipadas em 31.12.X3 1.000 = Pagamentos de despesas em X3 34.000 Demais passos Os demais passos continuam na mesma linha de raciocínio, verificando nas demonstrações financeiras se ocorreu outros pagamentos ou recebimentos durante o exercício X3. Na Demonstração de Lucros Acumulados temos o pagamento de dividendos sendo $ 4.000 e supondo, como antes, que o aumento de Terrenos tenha sido por aquisição de R$ 3.000 e que a redução das dívidas de longo prazo tenha sido por amortização antecipada, temos às informações para montar o Fluxo de Caixa pelo método direto que ficaria assim:
  • 7. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3 Origens: Caixa Gerado Pelas Operações Recebimento de Vendas 128.000 Menos: Pagamentos das Compras (81.000) Menos: Pagamentos das Despesas (34.000) 13.000 Terrenos Aplicações: Pagamento de Dividendos 4.000 Compra de Terrenos 3.000 Pagamento Empréstimos de Longo Prazo 7.000 (14.000) Redução das Disponibilidades em X3 (1.000) Conciliação: Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2 3.000 Redução das Disponibilidades em X3 (1.000) Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3 2.000 7.2. Método Indireto É o método mais comum utilizado no Brasil e fora dele. Neste método parte-se do lucro líquido para após os ajustes necessários, chegar-se ao valor das disponibilidades produzidas, no período, pelas operações registradas na Demonstração de Resultado. Por isso é muito semelhante á elaboração da DOAR, na verdade começamos por ela a montagem do fluxo de caixa indireto, só que estendemos as comparações dos Recursos não Correntes para os Correntes também. 1º passo: Começando pela DOAR Iniciamos a montagem do fluxo de caixa pelo método indireto pelo Lucro Líquido da DOAR e passamos em seguida para os ajustes necessários dos Recursos Correntes (exceto as contas relativas às Disponibilidades) para apurar o Caixa Gerado pelas Operações. 2º passo: Ajustando o “Caixa Gerado pelas Operações” Diminuições em Despesas Antecipadas Aumentos de Caixa Aumentos de Fornecedores (liberar) Receitas Antecipadas Aumentos de Clientes Diminuições de Caixa Aumentos de Estoques (aplicações de caixa) Aumento Despesas Antecipadas
  • 8. Técnico de Contabilidade SENAC - Contabilidade Gerencial Profº. Ulisses R. Lupino Assim, voltando para o exemplo temos: EFEITOS SOBRE O CAIXA 31.12.X3 31.12.X2 Aumento Diminuição Clientes 18.000 16.000 2.000 Mercadorias 21.000 14.000 7.000 Despesas Antecipadas 1.000 2.000 1.000 Fornecedores 22.000 11.000 11.000 12.000 9.000 Ajustes 3.000 12.000 12.000 Agora para se completar, adicionam-se esses itens ao valor do Lucro Líquido para se ter o “Caixa Gerado pelas Operações”; tem-se então: Caixa Gerado pelas Operações Lucro Líquido 10.000 (+) Aumento de Fornecedores 11.000 (+) Diminuição em Desp. Antecip. 1.000 (-) Aumento em Clientes 2.000 (-) Aumento em Mercadorias 7.000 13.000 Para completar a Demonstração devemos incluir as aplicações listadas na DOAR: Fluxo de Caixa da Cia ABC para X3 Método Indireto Origens: Caixa Gerado Pelas Operações Lucro Líquido 10.000 (+) Aumento em Fornecedores 11.000 (+) Diminuição em Desp. Antecip. 1.000 (-) Aumento em Clientes (2.000) (-) Aumento em Mercadorias (7.000) 13.000 Aplicações: Pagamento de Dividendos 4.000 Compra de Terrenos 3.000 Pagamento Empréstimos de Longo Prazo 7.000 (14.000) Redução das Disponibilidades em X3 (1.000) Conciliação: Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X2 3.000 Redução das Disponibilidades em X3 (1.000) Saldo de Caixa e Bancos em 31.12.X3 2.000