Projeto BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 
Análise do Estado da Arte
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
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SUMÁRIO EXECUTIVO 
O sector da Construção, tem vindo a ser substancialmente afetado pela crise económica que o 
país atravessa atualmente, constatando‐se que os principais fatores que afetam o 
desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da 
produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se 
verificar pelos seguintes indicadores: 
ƒ A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, 
impulsionada pelo segmento residencial; 
ƒ O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco 
principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo 
da média europeia (23%, em 2007); 
ƒ A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à 
média europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de €22.000, em 
Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. 
Neste forma, perspetiva‐se que a evolução do sector da Construção venha a sofrer uma 
retração do investimento quer público quer privado resultante da dificuldade de obtenção de 
crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias, mas também de excesso de oferta 
no parque edificado (habitação e serviços) e da elevada incerteza quanto à evolução dos 
mercados internacionais. 
Não obstante este contexto, a Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de 
um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na 
investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética, sendo 
expectável atingir em 2020 entre outros, os seguintes resultados em termos de emprego 
nacional: 
 Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 
2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 3.800 milhões de euros e a 
criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). 
 Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência 
energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um 
investimento de 13.000 milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais 
de 400 milhões de euros. 
O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento 
elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da 
formação que permita responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro 
lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos 
verdes. 
Uma análise ao nível de eficiência energética nos edifícios demonstra que existem atualmente 
cerca de 500 mil imóveis certificados no Sistema de Certificação Energética (SCE), dos quais, 
100 mil encontram‐se em fase de projeto e os restantes 400 mil respeitam a imóveis 
existentes e recém‐construídos que já tiveram uma Declaração de Conformidade
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Regulamentar (DCR). Os imóveis destinados à habitação continuam a liderar com 90% dos 
certificados emitidos no SCE. 
O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os 
dos edifícios novos. Desta forma, para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes 
têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após introdução de medidas 
de melhoria de eficiência adequadas. As exigências introduzidas pela regulamentação térmica 
dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos 
edifícios, embora seja ainda possível enquadrar outras medidas de melhoria. 
No que concerne ao consumo energético, verifica‐se que a maior componente no consumo de 
energia nos sectores doméstico e de serviços, é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se 
um uso ainda significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e 
propano), enquanto nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de 
gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta‐se o facto de que 50,2% da eletricidade 
consumida é de origem renovável, nos termos da metodologia de cálculo constante na 
Diretiva 2001/77/CE. 
Um dos objetivos da estratégia europeia consiste em incrementar no sector da construção, 
até 2020, o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias 
renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios, pelo que uma das finalidades do 
presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que 
possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista 
ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos 
operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e integração de 
energias renováveis 
Neste contexto, e no que respeita à análise do emprego nas atividades do sector da 
construção, alvo do presente estudo, foram consideradas apenas as profissões com um 
potencial contributo para uma maior eficiência energética e integração de energias renováveis 
(ver Quadro 5.5). Assim, no que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta 
de outrem contabilizados em 2009 (últimos dados disponíveis em estatísticas oficiais), nas 
atividades económicas e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850 
trabalhadores, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme 
dispersão relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 
0,01% (Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9% (Encarregado – trabalhadores de 
construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco). No que diz respeito às habilitações 
literárias destes trabalhadores, os dados revelam que 86% têm o ensino básico e apenas 6% 
têm o ensino secundário 
Analisou‐se ainda como é que o sistema nacional de qualificações se estrutura e responde às 
necessidades de competências e qualificações dos trabalhadores nos sectores da construção e 
da energia, tendo sido possível chegar às seguintes conclusões globais: 
ƒ Existência de assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às 
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qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; 
ƒ Maior investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias 
renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, 
especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer 
fotovoltaicos quer térmicos: em 2011, a formação de adultos para estas
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qualificações abrangeu cerca de 25% do total de formandos nas áreas 
consideradas e, no caso da formação de jovens abrangeu cerca de 40% do total de 
formandos 
ƒ Diminuição abrupta em 2011 da oferta formativa para os adultos, ao nível da 
modalidade de educação e formação Educação e Formação de Adultos (EFA), no 
âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 
Uma nota final relativamente à formação contínua dos ativos, onde houve alguma dificuldade 
na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o 
processo de monitorização se encontra em implementação) quer no âmbito de formação 
contínua da responsabilidade exclusivamente das empresas e de esquemas de certificação 
sectoriais. 
Espera‐se que, na fase seguinte de desenvolvimento deste projecto se possa dispor de 
informação mais pormenorizada e devidamente sistematizada. 
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1 INTRODUÇÃO 
O presente relatório constitui o primeiro output de um projeto nacional em curso no âmbito 
da iniciativa BUILD‐UP SKILLS (primeira fase) financiada pela Executive Agency for 
Competitiveness and Innovation (EACI) com o objetivo principal de, até 2020, incrementar no 
sector da construção o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento 
de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios. 
A coordenação do projeto é feita pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG), 
em estreita colaboração com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Agência para a 
Energia (ADENE) e Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). 
Este projeto, com uma duração de dezoito meses, tem como objetivos específicos: 
I. Reunir, consultar e dinamizar todos os intervenientes (stakeholders) no processo 
de formação contínua de profissionais da construção e instaladores de sistemas 
energéticos, nomeadamente: agências regionais para a energia, associações 
profissionais e sindicais, de formação contínua, industriais e da construção; 
II. Delinear um roteiro (roadmap), com um horizonte temporal até 2020 e anos 
subsequentes, de forma a melhorar as competências e qualificações dos operários 
da construção e instaladores de sistemas energéticos, ativos ou sem exercer a sua 
atividade; 
III. Congregar o apoio do maior número de intervenientes na estratégia nacional para 
a formação até 2020, consubstanciada na criação de uma plataforma nacional para 
a qualificação. 
O projeto BUILD‐UP SKILLS Portugal, é constituído por um conjunto de working packages 
(WP), constituindo o presente relatório o resultado do WP2 – Análise do Estado da Arte –, que 
visa analisar e quantificar a oferta e a procura de profissionais qualificados para as energias 
renováveis e a eficiência energética no sector da Construção, bem como identificar as 
necessidades de qualificações e as barreiras que se colocam para o aumento do numero de 
profissionais qualificados neste sector.
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2 OBJETIVOS E METODOLOGIA 
O presente relatório – Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência 
Energética no Sector da Construção –, tem como objetivo a produção de informação que 
constitua um ponto de partida para uma discussão sustentada com o conjunto de 
stakeholders, no sentido da identificação de lacunas atuais, necessidades futuras e prioridades 
de ação, para a qualificação dos profissionais do sector da construção e instaladores de 
sistemas energéticos. 
Neste sentido, o relatório organiza‐se basicamente em quatro grandes partes: 
ƒ Caraterização do sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da 
energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4); 
ƒ Análise estatística do sector da construção, incluindo a análise do emprego 
(capítulo 5); 
ƒ Análise da oferta formativa, integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem 
como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais 
(capitulo 6); 
ƒ Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem 
comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020 (capitulo 8). 
A metodologia adotada na conceção deste relatório consistiu essencialmente numa recolha de 
informação existente (estudos, documentos de trabalho, sites, etc.), bem com no 
envolvimento de um conjunto de stakeholders. 
Na primeira parte do relatório ‐ Caraterização do sector da construção e das políticas 
nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4) ‐ a informação 
trabalhada foi recolhida a partir de estudos e outros documentos nacionais e internacionais, 
bem como legislação em vigor no sector da Construção, Eficiência Energética e Energias 
Renováveis. 
Para a segunda parte do relatório ‐ Análise estatística do sector da construção, incluindo a 
análise do emprego (capítulo 5) – foi recolhida informação já publicada, mas foi também 
solicitada, quer ao Instituto Nacional de Estatística, quer ao Gabinete de Estratégia e 
Planeamento do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, informação especifica 
relativa ao emprego no sector da Construção em função da seleção de um conjunto de 
atividades económicas1 e de um conjunto de profissões2. 
No que respeita à terceira parte do relatório ‐ Análise da oferta formativa, integrada no 
Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de 
certificação sectoriais (capitulo 6) – foram utilizadas as seguintes fontes de informação: 
• SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa (Ministério da 
Educação e Ciência); 
1 utilizando a Classificação das Atividades Económica ‐ CAE Rev. 3. 
2 utilizando a Classificação Nacional de Profissões – CNP 94.
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• Instituto de Emprego e Formação Profissional (dados dobre os Cursos de 
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Aprendizagem); 
• Direção Geral de Energia e Geologia (dados sobre a formação desenvolvida por 
entidades certificadas pela DGEG). 
Por fim, para a elaboração da parte final do relatório e aquele que deverá merecer uma 
atenção acrescida ‐ Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, 
que podem comprometer o cumprimento das metas associadas á estratégia 2020 (capitulo 8) 
– foram tidos em consideração, não apenas toda a análise e respetivas conclusões dos 
capítulos anteriores, mas também os resultados de um inquérito dirigido a um conjunto 
diversificado de stakeholders. 
De facto, o envolvimento dos stakeholders constitui um fator crítico de sucesso para este 
trabalho. Neste sentido, este envolvimento, nesta fase, consubstanciou‐se essencialmente em 
duas vertentes: 
1. A realização de 4 reuniões entre o grupo de trabalho e um conjunto diversificado de 
entidades que formalizaram o seu apoio na fase inicial do projeto, designadamente: 
ƒ Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) 
ƒ Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado 
(EFRIARC) 
ƒ Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente 
(APIEF) 
ƒ Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) 
ƒ Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) 
ƒ Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) 
ƒ Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotógrafo e 
Eletrónico (AGEFE) 
ƒ Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) 
ƒ Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL) 
ƒ Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) 
ƒ Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) 
ƒ Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) 
ƒ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas 
do Norte (CICCOPN) 
ƒ Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 
2. A aplicação de quatro inquéritos dirigidos a empresas (Tipo I), associações 
empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades 
formadoras (tipo III) e outros (tipo IV), com vista a, face aos objetivos nacionais do 
incremento da eficiência energética e das energias renováveis nos edifícios: 
ƒ Identificar se, nas várias fases de intervenção nos edifícios, os trabalhadores 
possuem qualificações adequadas;
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ƒ Acesso à formação; 
ƒ Reconhecimento das necessidades e prioridades formativas; 
ƒ Adequação da oferta de formação às necessidades formativas; 
ƒ Constrangimentos e barreiras à formação. 
A amostra utilizada no presente relatório consiste num total de 29 respostas aos 
inquéritos, subdivididas pelos seguintes grupos: 
ƒ Tipo I: 16 
ƒ Tipo II: 9 
ƒ Tipo III: 3 
ƒ Tipo IV: 1 
Com a apresentação deste relatório sobre a Análise do Estado da Arte da formação para 
as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção, pretende‐se dispor de um 
conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais 
alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro 
nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do 
sector da construção para a eficiência energética e integração de energias renováveis 
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3 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 
3.1 Informação histórica sobre o sector da construção 
Segundo um estudo da THAMES Consultores3, a década de 1975/1985 caracterizou‐se pela 
instabilidade política pós revolucionária e pela prolongada crise económica resultante do 
aumento do preço do petróleo, tendo estes fatores, associados às recomendações das 
missões do Fundo Monetário Internacional (FMI), conduzido a Orçamentos de Estado com 
montantes insignificantes de investimento público e das empresas concessionárias de 
produção e distribuição de energia, gás, água e comunicações. 
Quando, em 1985, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) 
por habitante representava apenas 55% da média dos países membros (2.275 €, em preços 
correntes4). O enorme atraso do país em infraestruturas foi identificado como um dos maiores 
entraves ao seu desenvolvimento. Entre 1985 e 2003, os investimentos na construção de 
infraestruturas cresceu a uma taxa média anual real superior a 18%, atingindo, em 2001, um 
valor máximo de 2.747 milhões de euros. 
Para além dos projetos de infraestruturas já mencionados, o sector da construção foi ainda 
marcado, depois de 1995, pela perspetiva de que Portugal poderia vir a ter condições para 
fazer parte do primeiro grupo de países constituintes da moeda única, o que iniciou um rápido 
processo de redução das taxas de juro. 
A redução acentuada do preço do dinheiro, num curto período de seis anos, tornou possível a 
compra de habitação a largos sectores da população. A concessão de crédito para compra de 
habitação, pelas várias instituições do mercado, passou de um montante acumulado de 
9.421,7 milhões de euros, em 1993, para 42.122,9 milhões de euros, em 19995, o que 
corresponde a uma taxa de crescimento anual superior a 25%. 
Este crescimento do sector imobiliário teve uma enorme influência na indústria da construção, 
quer pelo efeito no aumento do volume de produção, quer pela subida dos preços unitários 
por metro quadrado. O boom imobiliário, os grandes investimentos em infraestruturas e a 
construção da Expo98 em simultâneo, levaram o sector, entre os anos de 1999 e 2001, ao 
maior pico de produção em toda a sua história. 
No entanto, após ter atingido o pico histórico de 2001, o sector da construção em Portugal 
tem vindo a reduzir a sua atividade a uma taxa média de 4,5% ao ano. A partir de 2002, a crise 
financeira do Estado por um lado, a saturação do mercado imobiliário por outro, têm vindo a 
provocar uma diminuição constante da produção na indústria da construção. Entre 2002 e 
2006, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector diminuiu 22,44%. 
O primeiro semestre de 2011, de acordo com o Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. 
(InCI)6, ficou marcado pelo início do processo de ajustamento da economia portuguesa, o qual 
tem sido caracterizado pela implementação de fortes medidas restritivas da política 
orçamental e reafectação dos recursos na economia. 
3 THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. 
4 www.pordata.pt. 
5 Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos. 
6 InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011.
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Este processo foi desencadeado pelo pedido de assistência financeira à União Europeia e ao 
FMI em abril de 2011, tendo assim, evitado uma situação iminente de incumprimento do 
Estado Português perante os seus credores. 
A economia portuguesa apresenta atualmente uma contração significativa da procura interna, 
bem como um abrandamento das exportações, o que influenciou o seu crescimento. 
Consequentemente, quer o investimento público, quer o privado, têm sido influenciados por 
este fator, dada a elevada incerteza quanto à correção dos desequilíbrios macroeconómicos. 
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3.2 O sector da construção e a economia nacional 
A crise económica portuguesa tem tido consequências ao nível da desaceleração do PIB. Após 
um período de quatro anos de crescimentos anuais, o ano de 2008 ficou marcado por uma 
variação nula, ao que se seguiu o ano de 2009 em que se regista um decréscimo do PIB 
de2,5%. Em 2010, registou‐se uma pequena recuperação da atividade económica, com um 
aumento de 1,4%, seguida de uma nova desaceleração da atividade, em 2011 (Figura 3.1). 
Figura 3.1 ‐ Evolução do Valor Acrescentado Bruto no sector da Construção 
e do Produto Interno Bruto, em preços correntes. Fonte: INE, Contas Nacionais. 
A importância do sector da Construção para a economia nacional tem vindo a decrescer desde 
2001, sendo que, em 2009, a produção nesse sector correspondia a 9,6% da produção 
nacional (Quadro 3.1). Relativamente ao VAB deste sector de atividade, os dados de 2011 
indicam que esse representa 6,29% do VAB total o que se encontra em linha com a média dos 
países europeus (6,5% em 20087). 
O sector da construção apresentou, no ano de 2011, uma redução acentuada do VAB, com 
uma taxa de variação em valor homóloga de ‐6,9%, ‐9,7% e ‐11,4%, respectivamente nos 2º, 
3º e 4º trimestres. De realçar ainda que o VAB no sector da construção foi o que mais 
contribuiu para a desaceleração do VAB Total, acompanhado da componente da Agricultura, 
Sivilcutura e Pescas, Energia, Água e Saneamento e Outras Actividades e Serviços. 
7 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final.
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Quadro 3.1 ‐ Evolução da produção no sector da construção em preços correntes 
comparativamente ao total nacional. 
ANO CONSTRUÇÃO 
[milhões €] 
TOTAL 
[milhões €] 
[% do TOTAL] 
1995 17.297,9 168.572,7 10,3 
1996 18.960,0 179.553,7 10,6 
1997 22.424,1 194.991,2 11,5 
1998 24.883,0 209.535,1 11,9 
1999 26.217,4 221.025,0 11,9 
2000 28.947,9 241.415,9 12,0 
2001 30.902,2 255.077,1 12,1 
2002 31.711,1 260.681,5 12,2 
2003 30.320,1 263.894,6 11,5 
2004 31.999,8 276.474,7 11,6 
2005 32.796,8 287.332,0 11,4 
2006 32.236,7 298.573,4 10,8 
2007 32.492,5 317.575,6 10,2 
2008 33.019,4 330.273,3 10,0 
2009 30.037,7 311.364,6 9,6 
Fonte: INE, Contas Nacionais. 
Em 2011, e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE)8, a Formação Bruta de 
Capital Fixo (FBCF) tem tido um comportamento negativo ao longo dos últimos trimestres, 
com principal destaque para os últimos trimestres com uma taxa de variação homóloga 
negativa, superior a 10%. 
Figura 3.2 – Formação Bruta de Capital Fixo total e na construção. 
Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais. 
8 INE, Contas Nacionais Trimestrais.
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A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência da FBCF Total, se bem que com 
uma oscilação menos pronunciada, entre 2009 e 2010. Importa referir que no 3º trimestre de 
2010, a FBCF Total foi a mais acentuada durante esse ano e, pelo contrário, a segunda menos 
acentuada no sector da construção. No entanto, a partir do 2º trimestre de 2011, a variação 
tem sido semelhante na FBCF Total e do sector. 
De referir, por fim, que o sector da Construção inclui três grandes segmentos: a obra pública, 
o sector residencial e o sector não residencial, que representam, respectivamente, 29%, 45% e 
25% da produção total (dados estimados para 2011)9. Cada segmento do sector da construção 
abarca vários subsectores, quer seja para novas construções quer para reabilitação de 
edifícios, agrupados em: 
ƒ Serviços (não residencial): escritórios, edifícios comerciais, edifícios industriais, 
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educação, saúde, armazenagem e outros; 
ƒ Obra Pública: rodoviário, ferroviário, outros transportes, telecomunicações, 
energia, água e outros; 
ƒ Residencial: uso doméstico. 
O estudo publicado pelo InCI9, da Roland Berger Strategy Consultants, indica que na última 
década o decréscimo da produção do sector da Construção resultou apenas da diminuição 
significativa do segmento residencial, sendo que o sector não residencial terá mesmo 
registado uma ligeira tendência de aumento. 
O crescimento económico e a evolução do emprego nos últimos anos em Portugal têm sido 
superiores aos verificados no sector da construção, o que indiciam uma diminuição 
progressiva da sua importância na economia nacional. 
3.3 Principais actores no mercado da construção 
A indústria da construção civil, por possuir grande diversidade de oferta dentro de cada tipo 
de mercado na economia, faz com que seja um gerador significativo de emprego. Existem 
muitos mercados que constituem a indústria da construção civil, sendo eles os seguintes: 
ƒ mercados clássicos (transportes, serviços públicos, habitação, indústrias, etc.); 
ƒ mercados recentes (centros comerciais, turismo e lazer, telecomunicações, 
reabilitação de escolas e prisões, etc.); 
ƒ mercados futuros (teletrabalho, energias renováveis, manutenção e reciclagem). 
A Figura 3.3 contém informação sobre os principais actores do mercado da construção, 
incluindo os edifícios, embora se deva realçar que as empresas de instalações especiais (AVAC, 
electricidade, telecomunicações, equipamentos especiais, etc.) deviam constar explicitamente 
na figura como entidades autónomas paralelas à empresas de construção. 
9 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final.
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ASSOCIAÇÔES PROFISSIONAIS e EMPRESARIAIS 
ORGANISMOS FISCALIZADORES 
EMP. MÃO DE OBRA 
EMP. EQUIPAMENTOS DE CONTRUÇAO 
EMP. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
EMPRESAS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO 
Figura 3.3 – Principais atores do mercado da construção. Fonte: Martins, C (2009), Sistema de 
Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do 
IST. 
O organismo português que tem a cargo a regulação do mercado da construção civil é o 
Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 144/2007, 
de 27 de Abril. Assim, sob a tutela do Ministério da Economia e do Emprego, o InCI tem por 
missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e 
regulamentar as actividades desenvolvidas neste sector, produzir informação estatística e 
análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. 
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3.4 Tendências de mercado e perspetivas 
Tendo como fonte o InCI10, e em linha com o que se passa a nível mundial, também a 
actividade económica em Portugal regista uma forte contração, para a qual, de momento, não 
é possível prever uma retoma, tanto mais que permanecem os sinais de carácter recessivo. 
Com efeito, as principais economias continuam a ser fortemente afectadas pela instabilidade 
dos mercados financeiros, e também pelo acentuar da crise no espaço económico europeu. 
Por esses motivos, o sector da construção, por norma, sensível e um indicador por excelência 
da economia nacional, regista um significativo decréscimo de actividade, com especial 
incidência no que se refere ao volume de negócios, daí resultando uma diminuição em termos 
de contribuição para o investimento nacional e para a criação de emprego. 
Um outro dado a relevar prende‐se com o número de insolvências no sector da construção, o 
qual representa aproximadamente 18% das registadas a nível nacional até Setembro de 2011. 
É neste enquadramento que as perspectivas do sector da construção em Portugal para 2012 e 
anos posteriores são pouco animadoras, onde as restrições de natureza orçamental implicarão 
cortes na despesa pública, e consequentemente no investimento associado. 
10 InCI (2011), O sector da construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 
Controlo e 
Organização 
Produção 
EMPRESAS 
DE 
SERVIÇOS 
DE 
ENGENHARIA 
UNIVERSIDADES E CENTROS DE INVESTIGAÇÃO ID e 
CONSTRUÇÂO VIDA ÚTIL Formação 
PROJECTO 
EMPRESAS DE 
CONSTRUÇÃO 
EMPRESAS DE 
MANUTENÇÃO E 
REPARAÇÃO 
DONOS DE OBRA 
E ENTIDADES 
FINANCEIRAS 
EMPRESAS 
COMERCIAIS 
E 
EXPLORAÇÃO
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 13 
3.5 Principais fatores que afetam o Sector da Construção 
Segundo o estudo da Roland Berger Strategy Consultants11, os principais factores que afectam 
o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da 
produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se 
verificar pelos seguintes indicadores: 
ƒ A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada 
pelo segmento residencial; 
ƒ O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais 
construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média 
europeia (23%, em 2007); 
ƒ A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média 
europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de €22.000, em Portugal, 
comparativamente com a média europeia de €63.000. 
Em síntese, é de perspectivar que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de: 
ƒ Retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção 
de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; 
ƒ Excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços); 
ƒ Elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 
3.6 Trabalho de migrantes 
Um estudo publicado em 200812 indicava que a proporção de indivíduos de nacionalidade 
estrangeira entre a população ativa portuguesa estaria entre os 5% e 6%, dos quais cerca de 
24% no sector da Construção, com especial incidência de estrangeiros provenientes da Europa 
de Leste e Sudeste. A estes números acrescem os não declarados (sem contrato de trabalho) 
que, no sector da Construção, poderá representar cerca de 34% dos imigrantes trabalhadores 
neste sector13. 
É na população activa do sector da construção, juntamente com a restauração e as atividades 
imobiliárias, que a população estrangeira é mais representativa, com cerca de 10,5% da 
população total10 (dados de 2004). 
Relativamente às habilitações literárias da totalidade da população ativa estrangeira, o estudo 
indica que 18,8% possuem o ensino secundário/cursos profissionais e 7% 
bacharelato/licenciatura, o que não difere significativamente da distribuição da população 
total: ensino secundário/cursos profissionais 18,7%, bacharelato/licenciatura 10,2. No 
entanto, existe um desfasamento entre as habilitações literárias e o nível de qualificação, uma 
vez que 59,3% dos estrangeiros possui uma profissão semi‐qualificada, não qualificada, 
aprendiz ou desconhecida, contra 38,5% da população total ativa para esses mesmos níveis de 
qualificação. A percentagem de estrangeiros com elevada habilitações mas com profissões de 
11 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 
12 Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista 
Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 
13 Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto 
Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural.
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baixa ou média qualificação é de 36,6% (em 2005‐2006), muito superior da percentagem 
correspondente para os nascidos em Portugal, 21,1%14. 
Pág. 14 
3.7 Economia paralela 
Segundo o estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF)15, a Economia 
Não Registada (ENR) em Portugal representava, em 2008, 23% do PIB, sendo que, em 2010, 
esse valor terá aumentado para 24,8%, o que equivale a cerca de 32 mil milhões de euros, 
segundo os últimos dados publicados pelo OBEGEF16. 
De salientar que a ENR aferida pelo estudo mencionado é composta por três parcelas: 
ƒ economia subterrânea, não contabilizada por motivos fiscais; 
ƒ economia ilegal, não contabilizada porque provém de atividades ilegais; 
ƒ economia informal, não contabilizada por estar associada a uma estratégia de 
sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias. 
É plausível para este estudo pressupor que a ENR associada ao sector da construção será 
fundamentalmente do tipo subterrânea ou ilegal, sendo que não existe algum estudo 
conhecido que permita estimar o seu valor para este sector de atividade específico. 
14 OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs 
Committee. 
15 Afonso, O. e Gonçalves,N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de 
Fraude, OBEGEF. 
16 www.gestaodefraude.eu/
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4 POLÍTICAS NACIONAIS E ESTRATÉGIAS QUE CONTRIBUEM PARA 
ATINGIR O OBJETIVO ESTABELECIDO PELA UNIÃO EUROPEIA PARA OS 
EDIFÍCIOS EM 2020 
4.1 No domínio da energia 
4.1.1 Políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia 
Pág. 15 
europeia para 2020 
As políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia 
europeia para 2020, passam pela implementação dos planos nacionais de ação para a 
eficiência energética a eficiência energética (PNAEE)17 e para as energias renováveis18 
(PNAER), de 2008 e 2009, respetivamente. 
Estes dois planos sintetizam a política nacional energética para a eficiência energética e para 
as energias renováveis, sendo que apresentam algumas medidas de aplicação específica no 
setor dos edifícios. Destas serão descritas as mais significativas. 
As medidas previstas no PNAEE no que diz respeito ao sector dos edifícios residenciais e de 
serviços podem ser agrupadas em três áreas de atuação: 
ƒ Renove Casa e Escritório, onde se agrupam as medidas de incentivo à eficiência no 
lar e nos serviços: intervenção nos equipamentos domésticos (electrodomésticos e 
iluminação), recuperação de edifícios com necessidades de reabilitação, 
intervenção nos equipamentos de escritório; 
ƒ Sistema de Certificação Energética de Edifícios, que reúne várias medidas 
relacionadas com a etiqueta energética de edifícios, obrigatória em Portugal para 
todos os edifícios novos e transacionados, nomeadamente: alcançar, em 2015, 
uma quota de 10% do parque residencial com classe energética B‐ ou superior, 
certificar até 2015 cerca de metade dos edifícios de serviços com classe energética 
B‐ ou superior. 
ƒ Renováveis na Hora que resume o conjunto de medidas relacionadas com o 
acesso a fontes endógenas de energia no sector: incentivar a utilização de fontes 
de energia renováveis, permitindo alcançar, em 2015, impactos da ordem dos 
48.471 tep, instalação de 1.385.665 m2 coletores solares térmicos, medida esta 
igualmente prevista no PNAER. 
As diversas medidas identificadas no plano de ação permitiriam alcançar em 2015, uma 
economia energética de cerca de 283 ktep e 139 ktep, respetivamente na energia final relativa 
aos sectores residencial e serviços. 
Para enquadrar a eficiência no sector do Estado, é criado um programa de Eficiência 
Energética no Estado (Programa E3), composto por quatro áreas de intervenção: Edifícios, 
Transportes, Compras Ecológicas e, por fim, Iluminação Pública. 
17 Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), 
Portugal Eficiência 2015. 
18 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009.
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Os maiores níveis de economia situam‐se na área da energia consumida nos mais de 15.000 
locais de consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia 
elétrica, que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total 
superior a 360 ktep de energia final. Relativamente ao Programa de Eficiência Energética no 
Estado, apenas faz sentido, neste âmbito, referir as medidas diretamente relacionadas com os 
edifícios: 
ƒ Certificação Energética dos Edifícios do Estado: incentivar o processo de 
Certificação Energética nos edifícios do Estado, para que venha a servir de 
exemplo para as demais tipologias de edifícios, de modo a alcançar, em 2015, uma 
economia de 16.401 tep, uma redução de consumo de 5% quando comparado com 
o consumo de 318.000 tep de energia final registado em 2005; 
ƒ Solar Térmico em piscinas: instalação de sistemas solares térmicos para 
aquecimento de águas quentes sanitárias em piscinas e balneários, operados 
diretamente por organismos estatais ou em piscinas de privados e nas quais exista 
serviço público associado, num total de 285 piscinas até 2015, com uma economia 
de 4.561 tep; 
ƒ Solar Térmico em equipamentos desportivos: instalação nos edifícios integrados 
em equipamentos desportivos (balneários de apoio a pavilhões e recintos 
desportivos) sistemas coletores solares térmicos, para aquecimento de águas 
sanitárias, prevendo‐se a penetração da medida em cerca de 80% dos balneários 
existentes e que tecnicamente podem receber estes equipamentos com uma 
economia de 1.576 tep provenientes da intervenção em cerca de 700 instalações; 
ƒ Escola Microprodutora: Instalação de cerca de 2.500 sistemas de microprodução 
de energia elétrica até 2015, em escolas públicas com viabilidade técnica para o 
efeito (aproveitamento solar, micro eólico ou outro), o que permitirá uma 
economia no ano de 2015 de cerca de 1.613 tep, decorrente da instalação de cerca 
de 15 MW de potência, em 2.500 escolas identificadas como alvo da medida. 
ƒ Cogeração Hospitalar: Criar centros de produção de energia em unidades 
hospitalares de grande e média dimensão, que garantam produção endógena de 
energia elétrica e calor para cobrir parcialmente as necessidades elétricas e 
térmicas dos edifícios hospitalares de um modo economicamente viável, num total 
de 20 sistemas de cogeração, o que equivale a uma economia de 2.137 tep e 
corresponde a aproximadamente um quinto das unidades hospitalares 
consideradas. 
Tendo em conta a conjuntura económica atual foram revistos os cenários macroeconómicos 
até 2020 resultando numa redução do consumo de energia estimada acentuada face à 
prevista na elaboração do PNAEE e PNAER, podendo estes, por esse motivo, vir a ser revistos. 
4.1.2 Sumário das atividades previstas relativamente à implementação da EPBD recast e da 
Pág. 16 
Diretiva das renováveis 
No que diz respeito às atividades relativas à implementação da Diretiva EPBD recast, Portugal 
está a proceder à alteração dos regulamentos do Sistema Nacional de Certificação Energética 
e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE), estando prevista a sua publicação para finais 
do mês de junho de 2012. Nesta revisão serão estabelecidos critérios de classificação mais 
exigentes no sistema de classificação dos edifícios.
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Relativamente às atividades previstas na diretiva das renováveis, estas encontram‐se listadas 
no PNAER, sendo que as de maior relevância, no que toca ao sector dos edifícios, são o 
programa renováveis na hora (acima descrito) para a área da eletricidade, e a aposta em 
sistemas descentralizados de produção energia, quer para a produção de AQS, quer para a 
climatização, recorrendo a sistemas solares térmicos, caldeiras a biomassa ou bombas de 
calor. 
Note‐se que os sistemas de redes térmicas de distribuição de energia (district heating), face às 
condições climatéricas de Portugal apresentariam níveis muito reduzidos de utilização, não 
sendo economicamente viáveis. 
Refira‐se também que Portugal participa na acção europeia concertada para a implementação 
da Directiva das Energias Renváveis (2009/28/EC) denominada CA‐RES ( www.ca‐res.eu) onde, 
quer a temática da Energia nos Edifícios, quer as questões ligadas à Certificação de 
instaladores de sistemas de Energias Renováveis, quer ainda as questões ligadas à informação 
genérica sobre as Energioas Renováveis e os seus benefícios são abordadas, havendo uma 
estreita ligação entre a participação nacional no CA‐RES e na iniciativa Buid up Skills. 
Pág. 17 
4.1.3 Legislação relevante no sector dos edifícios 
O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) 
é um dos três pilares sobre os quais assenta a legislação relativa à qualidade térmica dos 
edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de 
energia. Juntamente com os diplomas que vieram rever a regulamentação técnica aplicável 
neste âmbito aos edifícios de habitação (RCCTE19) e aos edifícios de serviços (RSECE20), o SCE 
define regras e métodos para verificação da aplicação efetiva destes regulamentos às novas 
edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. 
O RCCTE estabelece requisitos de qualidade para os novos edifícios de habitação e de 
pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características 
da envolvente (paredes, envidraçados, pavimentos e coberturas), limitando as perdas 
térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. 
Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e 
produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de 
fontes energéticas com menor impacte em termos de consumo de energia primária. A 
legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a 
utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético 
do edifício. 
O RSECE define um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e de habitação 
dotados de sistemas de climatização, os quais, para além dos aspetos da qualidade da 
envolvente e da limitação dos consumos energéticos, abrangem também a eficiência e 
manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de 
auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar interior 
19 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 
4 de Abril. 
20 Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios – RSECE, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 79/2006 
de 4 de Abril.
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surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços 
e a concentração máxima dos principais poluentes. 
A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de 
um edifício, sendo essa verificação realizada por peritos devidamente qualificados para o 
efeito. São esses os agentes que, na prática e juntamente com a ADENE, asseguram a 
operacionalidade do SCE. 
A face mais visível deste trabalho é o Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior 
emitido por um perito, para cada edifício ou fração, e onde os mesmos serão classificados em 
função do seu desempenho numa escala predefinida de nove classes (A+ a G). 
A emissão do certificado pelo perito é realizada através de um sistema informático de suporte 
criado para o efeito um registo central de edifícios certificados. 
O Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, define o Modelo dos Certificados de Desempenho 
Energético e da Qualidade do Ar Interior, emitidos no âmbito do SCE. Do mesmo modo o 
Despacho n.º 11020/2009, de 30 de Abril, define as regras de simplificação a adotar na 
Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE, permitindo uma análise 
expedita das frações ou edifícios para as quais não exista informação disponível para a 
aplicação integral do cálculo regulamentar daquele regulamento. 
O Decreto Legislativo Regional n.º 1/2008/M, de 11 de Janeiro, adapta à Região Autónoma da 
Madeira o SCE, o RSECE e RCCTE. Por sua vez, o Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 
13 de Outubro, adapta à Região Autónoma dos Açores o SCE. 
O Decreto‐Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei nº 118‐ 
A/2010, de 25 de Novembro, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade 
por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de 
microprodução, com potência de ligação até 5,75 kW, no regime geral, e até 3.68kW, no 
regime bonificado. Para ter acesso às tarefas de venda de eletricidade bonificadas, os 
promotores desta medida terão obrigatoriamente de instalar sistemas solares térmicos ou 
outros sistemas equivalentes que utilizem fontes renováveis de energia. 
O Decreto‐Lei nº 34/2011, de 8 de Março, estabelece o regime jurídico aplicável à produção 
de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades 
de miniprodução, com potência de ligação até 250 kW. 
Pág. 18 
4.1.4 Contribuição prevista do sector da construção para os objetivos de 2020 
Da extensão das medidas previstas no PNAEE para 2020, prevê‐se uma redução de cerca de 
1335 ktep no consumo de energia final. 
Das medidas descritas em 4.1.1, prevê‐se que contribuam para o cumprimento das metas de 
2020 para a eficiência energética conforme exposto no Quadro 4.1. 
Quadro 4.1 – Medidas e Contributos para os objetivos de 2020 (global). 
Medida Contributo (ktep) 
Renove Casa e Escritório 322,8 
Sistema de Certificação Energética nos 
Edifícios 
241,3
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Pág. 19 
Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 
Programa Eficiência Energética no Estado 95,4 
Total 712,2 
Dentro destas medidas existem sub medidas que dizem diretamente respeito ao setor da 
construção. Assim, refinando a análise, concluímos que o contributo que este setor pode 
trazer para o cumprimento das metas de eficiência energética para 2020 é de 496,8 ktep, 
conforme se explicita no Quadro 4.2. 
Quadro 4.2 – Medidas e Contributos para os objetivos do setor da Construção. 
Medida Contributo (ktep) 
Renove Casa e Escritório 130,5 
Sistema de Certificação Energética nos 
Edifícios 
241,3 
Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 
Programa Eficiência Energética no Estado 72,3 
Total 496,8 
No que respeita ao contributo para o cumprimento da meta de consumo de energia renovável 
para 2020, prevê‐se que por intermédio da medida Renováveis na Hora, nomeadamente pelo 
Programa de Microprodução, sejam produzidos cerca de 375 GWh, para uma capacidade 
instalada de 250 MW. 
4.2 No domínio da educação e formação profissional 
4.2.1 A Estratégia e política Nacional para a Energia e os empregos verdes 
A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de um conjunto de medidas que 
visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento 
tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética. 
É esperado que com a ENE 2020 sejam atingidos, entre outros, os seguintes resultados em 
termos de emprego nacional: 
ƒ Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, 
assegurando, em 2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 
3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer 
aos 35.000 já existentes no sector). 
ƒ Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência 
energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando 
um investimento de 13.000 milhões de euros até 2020, e proporcionando 
exportações adicionais de 400 milhões de euros.
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O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento 
elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da 
formação que permite responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro 
lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos 
verdes. 
De uma forma global, pode dizer‐se que os empregos verdes são «empregos que reduzem de 
forma gradual os impactes ambientais e sociais das diversas atividades económicas, 
integrando uma grande variedade de formações e de tipos de profissão e abrangendo, tanto 
economias rurais, como urbanas. As atividades associadas a emprego verde podem refletir 
“diferentes tons” de verde, pelo que diferentes empregos contribuem de forma diferente para 
os objetivos e metas de sustentabilidade. Deste modo, a abrangência do conceito aponta para 
que nem todos os empregos sejam verdes da mesma forma ou com o mesmo grau, ou seja, 
que nem todos contribuem para sustentabilidade de forma igual e que nem todos garantem 
condições de trabalho justas e dignas»21. 
Para além da área das energias renováveis e da eficiência energética, também a construção, a 
agricultura e os transportes sustentáveis são frequentemente apontados como também 
potencialmente geradoras de emprego verde. 
Este crescimento da importância e da procura de empregos verdes associados a novas 
competências, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista mais comportamental e 
do domínio das atitudes perante o trabalho, traz desafios acrescidos não apenas à gestão do 
sistema de educação e formação, mas também aos diferentes operadores de formação no 
sentido de encontrar estratégias para o desenvolvimento das novas competências requeridas. 
Estes desafios vão colocar‐se não só em profissões mais tradicionais como provavelmente no 
surgimento de novas áreas profissionais e consequentemente novos perfis profissionais. 
Pág. 20 
4.2.2 O Sistema Nacional de Qualificações 
O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado em 2007, a partir da reforma do sistema de 
formação profissional, teve como objetivo integrar, num único sistema, a formação 
profissional inserida no sistema educativo e a formação profissional integrada no mercado de 
trabalho, com instrumentos e objetivos comuns. 
A elevação dos baixos níveis de qualificação da população portuguesa, herança pesada que 
nos afasta consideravelmente da média da União Europeia, constituíram o desígnio para a 
uma aposta na diversificação de oportunidades de qualificação para jovens e adultos, com 
vista à obtenção de uma dupla certificação (habilitação escolar e certificação profissional), 
bem como na flexibilização das ofertas de formação para adultos e na valorização, no 
reconhecimento e na certificação de competências adquiridas em contextos não formais e 
informais. 
Um dos principais instrumentos deste SNQ é o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) que 
tem como objetivo estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às 
necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades atuais 
e emergentes das empresas e dos sectores. 
21 CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal.
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Neste sentido, o CNQ organiza as qualificações de dupla certificação do SNQ, de nível não 
superior, e integra os referenciais que promovem e apoiam o seu desenvolvimento. Integra 
atualmente 261 qualificações, organizadas por áreas de educação e formação e por níveis de 
qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, e disponibiliza para cada qualificação um 
perfil profissional, um referencial de formação e um referencial para o reconhecimento, 
validação e certificação de competências, escolares e profissionais. 
Para além das qualificações em áreas tradicionais da construção civil como canalizador, pintor, 
ladrilhador/azulejador, pedreiro, bem como as qualificações a um nível mais 
técnico/intermédio como técnico de obra, técnico de desenho de construção civil, técnico de 
topografia ou de medições e orçamentos, o CNQ integra também qualificações na área das 
energias renováveis, designadamente: técnico instalador de sistemas solares térmicos, técnico 
instalador de sistemas solares fotovoltaicos, técnico instalador de sistemas eólicos e técnico 
instalador de sistemas de bioenergia. 
O CNQ integra referenciais de formação para estas qualificações de modo a que possam ser 
acessíveis através de um conjunto de modalidades de educação e formação, quer orientadas 
para jovens que concluíram o ensino básico e pretendem obter uma qualificação profissional – 
cursos profissionais ou cursos de aprendizagem ‐, quer para adultos, que não detenham 
qualificação numa determinada área profissional – cursos de educação e formação de adultos 
(EFA) e Formações modulares certificadas. Estas ofertas serão explicitadas no ponto 6 deste 
relatório. 
Para além do percurso formativo, estas qualificações poderão ser acessíveis através do 
reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e profissionais. 
São qualificações de âmbito nacional, que podem ser promovidas por diferentes tipologias de 
operadores de formação: escolas básicas e secundárias, escolas profissionais, centros de 
formação da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, entidades formadoras 
certificadas, entre outras. 
A conclusão com aproveitamento de um percurso de qualificação integrado no CNQ dá lugar à 
emissão de um certificado de qualificações e de um diploma, que atesta que o profissional 
detém as competências associadas ao respetivo perfil profissional, e atribui um nível de 
qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 
Pág. 21 
4.2.3 O Quadro Nacional de Qualificações e o Quadro Europeu de Qualificações 
Um dos objetivos da criação do sistema nacional de qualificações assentou na promoção da 
coerência, da transparência e da comparabilidade das qualificações, a nível nacional e 
internacional. 
Neste sentido, foi criado o Quando Nacional de Qualificações (QNQ) que constitui um quadro 
de referência único para classificar todas as qualificações produzidas no âmbito do sistema 
educativo e formativo nacional, independentemente do nível e das vias de acesso. O QNQ foi 
criado pelo Decreto‐Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro, e é regulado pela Portaria n.º 
782/2009, de 23 de Julho, que revoga a aplicação da estrutura dos níveis de formação 
estabelecidos com a Decisão nº 85/368/CEE, do Conselho, de 16 de Julho, adotando os 
princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) no que se refere aos níveis de 
qualificação e à descrição das qualificações nacionais em termos de resultados de 
aprendizagem, consagrando, assim, o princípio de convergência com o QEQ.
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Pág. 22 
Está em vigor desde 1 de outubro de 2010 e tem um âmbito de aplicação nacional.
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Pág. 23 
Quadro 4.3 ‐ A estrutura do Quadro Nacional de Qualificações 
Níveis de 
qualificação 
Qualificações 
Nível 1 2.º Ciclo do ensino básico 
Nível 2 
3.º Ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por 
percursos de dupla certificação 
Nível 3 
Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de 
estudos de nível superior 
Nível 4 
Ensino secundário obtido por percursos de dupla 
certificação ou ensino secundário vocacionado para 
prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de 
estágio profissional ‐ mínimo de 6 meses 
Nível 5 
Qualificação de nível pós‐secundária não superior com 
créditos para prosseguimento de estudos de nível superior 
Nível 6 Licenciatura 
Nível 7 Mestrado 
Nível 8 Doutoramento 
Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho 
Cada nível de qualificação do QNQ é explícito através de um conjunto de indicadores de 
resultados de aprendizagem em termos de conhecimentos, aptidões e atitudes, de acordo 
com o Quadro 4.4.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 24 
Quadro 4.4 ‐ Descritores dos níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. 
Nível Conhecimentos Aptidões Atitudes 
Nível não superior 
1 Conhecimentos gerais básicos 
Aptidões básicas necessárias à 
realização de tarefas simples 
Trabalhar ou estudar sob supervisão direta 
num contexto estruturado. 
2 
Conhecimentos factuais básicos numa 
área de trabalho ou de estudo 
Aptidões cognitivas e práticas básicas 
necessárias para a aplicação da 
informação adequada à realização de 
tarefas e à resolução de problemas 
correntes por meio de regras e 
instrumentos simples. 
Trabalhar ou estudar sob supervisão, com um 
certo grau de autonomia 
3 
Conhecimentos de factos, princípios, 
processos e conceitos gerais numa 
área de estudo ou de trabalho 
Uma gama de aptidões cognitivas e 
práticas necessárias para a realização 
de tarefas e a resolução de problemas 
através da seleção e aplicação de 
métodos, instrumentos, materiais e 
informações básicas. 
Assumir responsabilidades para executar 
tarefas numa área de estudo ou de trabalho. 
Adaptar o seu comportamento às 
circunstâncias para fins de resolução de 
problemas. 
4 
Conhecimentos factuais e teóricos em 
contextos alargados numa área de 
estudo ou de trabalho 
Uma gama de aptidões cognitivas e 
práticas necessárias para conceber 
soluções para problemas específicos 
numa área de estudo ou de trabalho. 
Gerir a própria atividade no quadro das 
orientações estabelecidas em contextos de 
estudo ou de trabalho, geralmente 
previsíveis, mas suscetiveis de alteração. 
Supervisionar as atividades de rotinas de 
terceiros, assumindo determinadas 
responsabilidades em matéria de avaliação e 
melhoria das atividades em contextos de 
estudo ou de trabalho. 
Nível não 
superior, pós 
secundário 
5 
Conhecimentos abrangentes, 
especializados, factuais e teóricos 
numa determinada área de estudo ou 
de trabalho e consciência dos limites 
desses conhecimentos. 
Uma gama abrangente de aptidões 
cognitivas e práticas necessárias para 
conceber soluções criativas para 
problemas abstratos. 
Gerir e supervisionar em contextos de estudo 
ou de trabalho sujeitos a alterações 
imprevisíveis. Rever e desenvolver o seu 
desempenho e o de terceiros. 
Nível superior 
6 
Conhecimento aprofundado de uma 
determinada área de estudo ou de 
trabalho que implica uma 
compreensão crítica de teorias e 
princípios 
Aptidões avançadas que revelam a 
mestria e a inovação necessárias à 
resolução de problemas complexos e 
imprevisíveis numa área especializada 
de estudo ou de trabalho. 
Gerir atividades ou projetos técnicos ou 
profissionais complexos, assumindo a 
responsabilidade da tomada de decisões em 
contextos de estudo ou de trabalho 
imprevisíveis. Assumir responsabilidades em 
matéria de gestão do desenvolvimento 
profissional individual e coletivo. 
7 Conhecimentos altamente 
especializados, alguns dos quais se 
encontram numa determinada área de 
estudo ou de trabalho, que sustentam 
a capacidade de reflexão original e ou 
investigação. Consciência crítica das 
questões relativas aos conhecimentos 
numa área e nas interligações entre 
várias áreas. 
Aptidões especializadas para a 
resolução de problemas em matéria 
de investigação e ou inovação, para 
desenvolver novos conhecimentos e 
procedimentos e integrar os 
conhecimentos de diferentes áreas. 
Gerir e transformar contextos de estudo ou 
de trabalho complexos, imprevisíveis e que 
exigem abordagens estratégicas novas. 
Assumir responsabilidades, por forma a 
contribuir para os conhecimentos e as 
práticas profissionais e ou rever o 
desempenho estratégico de equipas. 
8 
Conhecimentos de ponta na 
vanguarda de uma área de estudo ou 
de trabalho e na interligação entre 
áreas. 
As aptidões e as técnicas mais 
avançadas e especializadas, incluindo 
capacidade de síntese e de avaliação, 
necessárias para a resolução de 
problemas críticos na área da 
investigação ou da inovação para o 
alargamento e a redefinição dos 
conhecimentos ou das práticas 
profissionais existentes. 
Desenvolver um nível considerável de 
autoridade, inovação, autonomia, integridade 
científica ou profissional e assumir um firme 
compromisso no que diz respeito ao 
desenvolvimento de novas ideias ou novos 
processos na vanguarda de contextos de 
estudo ou de trabalho, inclusive em matéria 
de investigação. 
Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho
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os níveis 
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 26 
5 ESTATÍSTICAS NO SECTOR ENERGÉTICO E DA CONSTRUÇÃO 
5.1 Estatísticas no sector da construção 
5.1.1 Parque edificado 
Em Portugal, conforme indicado no estudo do Buildings Performance Institute Europe22 (BPIE), 
a área construída é de aproximadamente 400 milhões de m2, sendo que os edifícios 
residenciais representam cerca de 75%, valor este que se aproxima da média europeia. 
O CENSOS de 2011 contabilizou mais de 3,5 milhões de edifícios destinados, total ou 
parcialmente, à habitação23. A proporção entre edifícios com apenas um alojamento e os 
restantes (multi‐familiares) é de 87%, o que não representa efectivamente a percentagem de 
vivendas na medida em que poderão existir edifícios com um único alojamento e cujos 
restantes fogos se destinem a outras atividades, nomeadamente económicas. O sector 
residencial é, sem qualquer dúvida, o segmento de maior dimensão, em termos de número de 
edifícios e área construída, muito embora não existam estatísticas nacionais relativas ao 
universo de edifícios não residenciais. Nesse sentido recorreu‐se ao número total de edifícios 
construídos entre 1999 e 2010 não destinados à habitação24, o que equivale a um total 
acumulado de 73.887 e 15,4% do total de edifícios construídos nessa década (479.431). 
O parque habitacional, segundo os dados do último CENSOS, apresenta uma distribuição pelos 
vários períodos definidos para os últimos 100 anos, segundo a distribuição apresentada na 
Figura 5.1. Notar que os edifícios destinados à habitação construídos nas últimas duas décadas 
são cerca de 1 milhão (1.034 mil), pelo poderá estimar‐se que nesse mesmo período tenham 
sido construídos cerca de 180.000 edifícios não residenciais. Uma estimativa possível para o 
universo total destes edifícios é de 300 ‐ 400 mil edifícios, com o pressuposto que a taxa de 
edifícios não residenciais tem vindo a crescer nas últimas décadas. 
22 BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the energy performance of 
buildings. 
23 Para efeitos censitários apenas foram considerados os edifícios com pelo menos um alojamento, não sendo 
recenseados os edifícios totalmente utilizados para fins diferentes de habitação, pelo que não foram recenseados os 
edifícios que se destinam exclusivamente a actividades económicas. Incluíram‐se, no entanto, todas as construções que 
constituam alojamento colectivo (hotéis, pensões e alojamentos de convivência – lares de idosos, centros de 
acolhimento para crianças, hospitais, colégios com internato, prisões, etc.). 
24 INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 27 
Figura 5.1 – Edifícios por época de construção. 
Fonte: CENSOS 2011 e estimativa nas Estatísticas das Obras Concluídas, INE (2011). 
Quanto à desagregação dos edifícios não residenciais por categorias, apresentam‐se no 
Quadro 5.1 o número de edifícios licenciados nos anos de 2009 e 2010. 
Quadro 5.1 – Edifícios novos não residenciais licenciados em 2009 e 2010. 
Nº edifícios Área [mil m2] 
Agricultura e Pesca 1.164 13% 414 6% 
Indústria 864 9% 1.683 24% 
Turismo 418 5% 663 10% 
Outros serviços 1.681 18% 2.391 34% 
Outros destinos 5.098 55% 1.800 26% 
TOTAL NÃO RESIDENCIAL 9.225 6.951 
TOTAL RESIDENCIAL 30.856 9.504 
Fonte: Estatísticas da construção e habitação, INE (2010). 
Embora que não diretamente comparáveis, servem de referência os dados relativos à média 
europeia apresentados no estudo do BPIE20 em que os edifícios comerciais (retalho e grande 
distribuição) representam a maior fatia (28%), seguindo‐se os edifícios de escritórios, com 
cerca de 23%, e os estabelecimentos de ensino com 17%. De realçar ainda duas outras 
tipologias, os hotéis/restaurantes com 7% e Outros (armazéns, garagens, edifícios agrícolas) 
com uma quota de 11%. 
Conforme explicitado pela AECOPS25, a procura no sector da Construção regista um valor 
bastante baixo, sendo de destacar: 
25 AECOPS (2012), Análise Regional.
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no Sector da Construção 
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ƒ Em 2011 foram licenciados menos de 17 mil fogos, o que constituiu o valor mais baixo 
desde 1995, sendo de registar também que este ano é o 12º em que 
consecutivamente se verificaram quebras em termos de pedidos de licenciamento. 
ƒ Por outro lado, até Fevereiro, os indicadores relativos ao mercado das obras públicas 
revelam quebras significativas ao nível de concursos abertos (‐64%), bem como de 
adjudicados (‐37%), valores que estão em linha com o verificado em 2011 (‐29% de 
concursos abertos). 
Em resultado dessas quebras, as estruturas empresarial e de emprego têm vindo a ser 
negativamente afectados, tal como os números abaixo demonstram: 
ƒ Diminuição de empresas licenciadas, sendo que até ao início de Março, em relação 
às com alvará de construção se verificaram quebras de 8,5% e com título de 
registo de 3,7%. 
ƒ Aumento do número de insolvências de empresas de construção, isto é, mais 
17,3% em 2011 relativamente ao ano anterior, o que correspondeu a 1 138 
empresas (mais de 3 por dia). 
ƒ Em 2011 foi atingido o nível mais baixo de emprego no sector da Construção, o 
qual não ultrapassou 418 mil trabalhadores, sendo o mais baixo dos últimos 14 
anos. Conforme reportado no Inquérito ao Emprego do INE, em 2011, o número 
médio de trabalhadores empregados foi de 440,3 mil, isto é, 9,1% do emprego 
total (9,7 em 2010). 
ƒ O nível de desemprego e de inscritos nos centros de emprego associado à 
Construção tem subido de forma assinalável (mais de 90 mil até finais de Janeiro) 
valor que corresponde a 15,3% do desemprego total. Outro dado importante é o 
crescimento homólogo nesse mês que foi de 22%, em claro contraste com o 
verificado no desemprego total (14%). 
Na perspectiva da FEPICOP26, no que respeita à construção de novos edifícios, em Dezembro 
de 2011, foram licenciados 997 fogos (‐42% em relação ao período homólogo). Em termos 
globais, o número de fogos licenciados foi de 16 737 (‐32,% por comparação com 2010). 
Por tipo de edifícios, nos para habitação, em 2011, no período homólogo a redução foi 1.627 
m2. Já nos edifícios de serviços, verificou‐se que a área licenciada nesse ano foi inferior em 
aproximadamente 312.108 m2, comparativamente aos 3.083.267 m2 registados em 2010. 
Tendo em conta o tipo de utilização, as maiores quebras registam‐se nos de turismo (‐25%), 
seguindo‐se os destinados ao comércio (‐19,6%) e de uso geral (‐12,7%) (Figura 5.2). 
No que concerne ao consumo de cimento, a redução atingiu 18,4% em Dezembro face ao 
valor homólogo de 2010, e que confirmou o que se vinha constatar desde 2001 e que 
corresponde a uma quebra acumulada de 55,6%. 
Pág. 28 
26 FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59.
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Análise do Estado da Arte 
Pág. 29 
Figura 5.2 – Área licenciada em edifícios não residenciais. 
Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: INE. 
Figura 5.3 – Principais atores do mercado da construção. 
Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: ATIC, FEPICOP. 
De acordo com a informação contida no documento do INE27, em 2011, os indicadores em 
termos de licenciamento de obras são os mais baixos de sempre. Com efeito, foram 
licenciados 5,7 mil edifícios, o que corresponde a um decréscimo anual de 10,7% (4º trimestre 
de 2011). Relativamente a edifícios concluídos, a variação média anual foi de 3,7%, tendo sido 
concluídos 7,6 mil edifícios. Tendo como referência o 1ºtrimestre de 2001, o número de 
edifícios para habitação concluídos foi o mais baixo de sempre. De referir a redução em 6% no 
que respeita a edifícios licenciados, e por outro lado, estimativas que apontam para um 
acréscimo de 1,9 para os edifícios concluídos. 
5.1.2 Edifícios com elevado desempenho energético 
A informação a seguir disponibilizada diz respeito a uma síntese actualizada mensalmente 
sobre Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios 
(SCE), no que respeita ao registo de Certificados Energéticos (CE) e Declarações de 
Conformidade Regulamentar (DCR), sendo que se aplicam, respectivamente, a edifícios 
construídos e a edifícios em fase de projeto. 
27 INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março.
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Construção 
do da Arte 
Pág. 32 
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Do estudo levado a cabo pela DGEG com base num inquérito às famílias29 existe ainda 
informação sobre a existência de isolamento térmico na envolvente dos edifícios, que se 
encontram no Quadro 5.1. 
Pág. 33 
Quadro 5.1 – Número de alojamentos com isolamento térmico na envolvente exterior. 
Localização do isolamento 
Nº de 
alojamentos 
% 
Paredes exteriores com isolamento 828 494 21,1 
Cobertura do alojamento com isolamento (1) 434 099 17,1 
(1) Apenas considerados os apartamentos localizados no último piso e moradias 
O inquérito apresenta ainda uma caracterização das superfícies envidraçadas dos edifícios 
residenciais que se encontra no Quadro 5.2. 
29 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 34 
Quadro 5.2 Tipologia de vãos envidraçados por orientação da fachada 
Tipologia de vidros por 
orientação de fachadas, 
Portugal 2010 
Fachadas viradas a Sul Fachadas viradas a Sul 
(Oriente) 
Fachadas viradas a Poente 
(Ocidente) 
N.º Alojamentos Área média dos 
vidros 
N.º Alojamentos Área média 
dos vidros 
N.º Alojamentos Área média 
dos vidros 
Tipo de vão envidraçado N.º % m2/aloj N.º % m2/aloj N.º % m2/aloj 
Vidros simples 1 982 799 75,4 4,5 1 968 296 72,3 4,5 1 915 448 72,3 4,3 
Vidros duplos, caixilharia 
495 894 18,9 6,3 620 719 22,8 6,5 604 934 22,8 6 
sem corte térmico 
Vidros duplos, caixilharia 
com corte térmico 
184 583 7,0 7,2 164 313 6 5,5 160 542 6,1 5,3
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5.2 Empresas que operam no Sector da Construção 
Segundo o Relatório do InCI30 de Setembro de 2011, a legislação em vigor (DL n.º12/2004, 
DL n.º18/2008 e DL n.º69/2011) que enquadra a actividade da construção, obriga a que o 
seu exercício pelos diversos agentes detenham uma licença (alvará ou título de registo) 
cuja emissão é da competência daquela entidade. 
Essa licença, em função do nível associado, estabelece o limite para o valor das obras a 
realizar, e com base nas categorias e subcategorias definidas pela Portaria n.º 19/2004, 
de 10 de Janeiro. 
No final de 2011, existiam no sector da construção 23.555 empresas habilitadas com 
Alvará e 37.693 com Título de Registo (Quadro 5.3). 
Quadro 5.3 – Empresas habilitadas a exercer a atividade da construção. 
Com 
Título de Registo 
Com 
Alvará 
Total de 
empresas 
2009 39728 24243 63971 
2010 38931 23859 62790 
2011 37693 23555 61248 
Fonte: InCI 
Ainda segundo o mesmo Relatório, embora com uma tendência de quebra ligeira, 
verifica‐se uma estabilidade no que se refere ao número de licenças atribuídas. É aí dito 
também que essa quebra, de apenas 1,6%, não é sinónimo que o sector não esteja a ser 
afectado pela crise. 
Outro dado referido tem a ver com o facto de se estar a registar alterações significativas 
dos agentes de determinadas classes, traduzidas por aumentos nas classes 2 (2,12%) e 5 
(1,09%). 
Por outro lado, constata‐se um decréscimo de 2,1% no que se refere a licenças atribuídas, 
as quais caíram de 39 780 para 38 931 em 2009. Sendo estas válidas por cinco anos, o 
impacto da redução da actividade acaba por se esbater no tempo. 
Como aspecto positivo, os resultados da análise dos indicadores das 20 maiores empresas 
mostram/revelam que a respectiva performance económica e financeira é mais sólida no 
conjunto das empresas do sector. 
O Quadro 5.4 permite visualizar o número de empresas em volume de negócios, por 
classe. 
30 InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010.
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Pág. 36 
Quadro 5.4 – Número de empresas por classe de volume de negócios. 
Total de empresas Nº 
Classe 1 179 
Classe 2 51 
Classe 3 34 
Classe 4 23 
Classe 5 8 
Classe 6 2 
Total 297 
Fonte: InCI, I.P. 
5.3 Estatísticas do Emprego na Construção 
5.3.1 Enquadramento 
Pretende‐se, neste ponto, caracterizar o emprego nas atividades do sector da construção e 
da energia cujos profissionais tenham um potencial de intervenção em atividades 
profissionais que podem contribuir para uma maior eficiência energética, considerando 
que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, não se optou por uma análise do sector 
na sua globalidade, mas apenas das atividades e profissões que concorrem mais 
diretamente para o cumprimento deste objetivo. 
Os dados estatísticos foram recolhidos junto do Gabinete de Estratégia e Planeamento do 
Ministério da Economia e do Emprego, e referem‐se à informação constante dos Quadros 
de Pessoal. Os últimos dados oficiais disponíveis, discriminados por profissão, 
correspondem a 2007, 2008 e 2009, e utilizam a Classificação das Atividades Económicas 
CAE Rev3, bem como a Classificação Nacional de Profissões de 94 (CNP 94). De notar que a 
partir de 2011, a CNP de 94 deixou de ser utilizada na recolha de dados para a produção 
das estatísticas nacionais, tendo sido substituída pela Classificação Portuguesa de 
Profissões (CPP 2010). 
Neste sentido, e com vista á recolha da informação estatística com base exclusivamente 
em fontes oficiais, foram selecionadas apenas algumas atividades económicas no âmbito 
do sector da Construção, bem como apenas algumas profissões constantes na CNP 94 que, 
do nosso ponto vista, melhor se ajustam ao objetivo deste trabalho. O Quadro 5.5 
apresenta o conjunto de profissões do setor da construção e o conjunto de atividades 
económicas, que foram utilizados na presente análise estatística. 
Valerá a pena explicitar uma nota relativa aos profissionais das energias renováveis, uma 
vez que se notará a sua ausência de forma explícita na análise que se segue. De facto, a 
Classificação Nacional de Profissões (CNP94), utilizada na recolha dos dados relativos ao 
período em análise, não integrava nenhuma profissão nestes domínios, pelo que os 
profissionais que desenvolviam atividade nestas áreas foram classificados em outras 
profissões, designadamente nas da área da eletricidade. Neste sentido, não nos é possível 
identificar, em termos estatísticos, e com base nos dados dos Quadros de Pessoal (única 
fonte que possibilita uma analise estatística por profissão a 5 dígitos) o número de 
trabalhadores por conta de outrem a desenvolver atividade especificamente nestas 
profissões, embora os mesmos estejam integrados noutras profissões.
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Quadro 5.5 – Profissões abrangidas na análise estatística do emprego, segundo as 
atividades económicas da Construção consideradas 
CONSTRUÇÃO (Secção F) Classificação Nacional das Profissões (versão 
Pág. 37 
1994 – grandes grupos 3 e 7) 
41200‐Atividades de construção, ampliação, e restauro de edifícios 
para qualquer fim. 
3.1.1.2.05 ‐ Técnicos da Construção e Obras Públicas 
3.1.1.2.10 ‐ Medidor Orçamentista 
3.1.1.8.05 ‐ Desenhador projetista da construção civil 
3.1.1.8.10 ‐ Desenhador da construção civil 
7.1.2.2.05 ‐ Pedreiro 
7.1.2.2.10 ‐ Montador de refratários 
7.1.2.3.05 ‐ Cimenteiro 
7.1.2.3.15 ‐ Vibradorista ‐construção civil 
7.1.2.3.20 ‐ Enformador de Pré‐fabricados‐ alvenaria 
7.1.2.3.25 ‐ Montador ‐ alvenarias pré‐fabricadas 
7.1.2.3.30 ‐ Montador de Pré‐esforçados – betão 
7.1.2.3.35 ‐ Encarregado ‐ trabalhadores da construção 
civil e obras públicas 
43210‐ Atividades de instalação e reparação elétrica de: eletrificação 
de edifícios e distribuição de energia nas instalações industriais, 
cablagens p/ telecomunicações, p/ computadores, TV por cabo, 
alarmes contra roubo e incêndio, antenas e para‐raios, sistema 
elétricos de iluminação e sinalização. Inclui ligação elétrica p/ 
eletrodomésticos. 
3.1.1.3.05 ‐ Técnico de instalações elétricas 
3.1.1.3.15 ‐ Técnico de manutenção – eletricidade 
3.1.1.3.20 ‐ Técnico de redes – eletricidade 
7.2.4.1.35 ‐ Eletricista‐montador de instalações de alta 
tensão 
7.2.4.1.40 ‐ Eletricista‐montador de instalações de baixa 
tensão 
7.2.4.1.60 ‐ Eletricista de Redes ‐ distribuição de energia 
elétrica 
43221‐ Atividades de instalação e reparação de: redes de canalização 
(água, gás e esgotos) e suas ligações às redes gerais de distribuição, 
redes sob pressão de luta contra incêndios e para rega, aparelhos 
sanitários fixos. 
7.1.3.6.05 ‐ Canalizador 
7.1.3.6.10 ‐ Montador de tubagens 
43222‐ Atividades de instalação, manutenção e reparação de: 
sistemas de aquecimento (inclui coletores não elétricos de energia 
solar), ventilação, refrigeração ou climatização (inclui ar 
condicionado) em edifícios. Inclui ainda as atividades de manutenção 
da qualidade do ar interior em edifícios. 
3.1.1.3.10 ‐ Técnico de refrigeração e climatização 
7.2.4.1.20 ‐ Eletromecânico de refrigeração e 
climatização 
43290 ‐ Atividades de instalação, reparação e manutenção de: 
vedações, gradeamentos e similares em edifícios e outros locais, 
elevadores e escadas rolantes, portas automáticas e giratórias, 
sistema de limpeza e vácuo, isolamento térmico, acústico e vibrático. 
7.2.4.1.15 ‐ Eletromecânico de elevadores e aparelhos 
similares 
43910 ‐ Atividades de construção e reparação de coberturas 
(telhados) e das estruturas destinadas a ser aplicadas nas coberturas, 
instalação de caleiras e de algerozes, revestimento metálico ou outro 
de telhados. 
7.1.3.1.05 ‐ Montador de chapas‐fibrocimento 
43310 ‐ Atividades de estucagem em edifícios ou outras obras de 
construção, incluindo a colocação de materiais de revestimento 
associados à estucagem. 
7.1.3.2.20 ‐ Assentador de revestimentos 
7.1.3.3.05 ‐ Estucador 
7.1.3.4.05 ‐ Montador de isolamentos 
7.1.3.4.10 ‐ Impermeabilizador 
43320 ‐ Atividades de colocação de armários, roupeiros, portas, 
janelas, estores e a colocação de trabalhos similares em madeira e 
em outros materiais (inclui os resistentes ao fogo). Inclui trabalhos de 
carpintaria executados e destinados à sua aplicação na obra (fixação 
de cofragens em madeira, tetos falsos, divisórias) 
7.1.2.4.05 ‐ Carpinteiro de limpos 
7.1.2.4.10 ‐ Carpinteiro de tosco 
43330 ‐ Atividades de revestimento de pavimentos e paredes em 
todos os materiais (alcatifas, mosaicos, azulejos, mármores, linóleo, 
papel de parede, granito, ardósia, cortiça, parquet e outros 
revestimentos de madeira) 
7.1.3.2.10 ‐ Ladrilhador (azulejador) 
7.1.3.2.15 ‐ Assentador de tacos 
43340 ‐ Atividades de pintura interior ou exterior (decorativa ou de 
proteção, inclui contra incêndios) e colocação de vidros 
7.1.4.1.05 ‐ Pintor ‐ construção civil 
7.1.3.5 ‐ Vidraceiro 
43390 ‐ Outras atividades de acabamentos em edifícios − 
43992 ‐ Outras atividades especializadas de construção diversas 7.1.4.3.10 ‐ Limpa‐chaminés
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Pág. 38 
5.3.2 Análise estatística 
Considerando os pressupostos e opções definidos no ponto anterior, foram considerados 
os seguintes indicadores na análise estatística, para o conjunto das atividades da CAE 
selecionadas, apenas considerando as profissões selecionadas: 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica, em 2009 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por 
profissão, em 2009 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por 
profissão, segundo a variação 2007‐2009 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por 
profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade 
económica construção, segundo o nível de qualificação, em 2009 
ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade 
económica, segundo o nível de habilitação literária e variação 2007‐2009 
Numa primeira análise mais global, constata‐se que, em 2009, dos 100.850 trabalhadores 
por conta de outrem a exercer atividades específicas do sector da construção civil, nas CAE 
e profissões selecionadas, 68% inserem‐se na atividade económica 41200 – construção de 
edifícios (residenciais e não residenciais), denotando‐se uma dispersão por todas as outras 
atividades económicas que varia entre os 0,1% (com apenas 120 trabalhadores registados 
na CAE 43910 – atividades de colocação de coberturas) e os 5% em todas as outras 
atividades (Quadro 5.6).
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CAE Total % 
41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 68.644 68% 
43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 5.440 5% 
43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 4.055 4% 
43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 1.921 2% 
43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 3.448 3% 
43310 - ESTUCAGEM 1.974 2% 
43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 3.251 3% 
43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 2.479 2% 
43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 3.915 4% 
43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.596 2% 
43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 120 0,1% 
43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 4.007 4% 
Total Geral 100.850 100% 
Pág. 39 
Quadro 5.6 – Número e percentagem de trabalhadores por conta de outrem, 
por atividade económica no setor da construção, em 2009. 
Estes cerca de 100 mil trabalhadores desenvolvem a sua atividade em cerca de 42 mil 
empresas, distribuídas da seguinte forma pelos diferentes subsectores considerados na 
presente análise (Quadro 5.7).
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Quadro 5.7 – Nº de empresas, por atividade económica no setor da construção, em 2009 
Pág. 40 
(considerando os TCO nas profissões selecionadas) 
 2007 2008 2009 
41200 ‐ CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO 
RESIDENCIAIS) 
27.652 26.730 24.645 
43210 ‐ INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 3.899 4.035 3.996 
43221 ‐ INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 2.208 2.239 2.153 
43222 ‐ INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 870 831 879 
43290 ‐ OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 1.192 1.154 1.118 
43310 ‐ ESTUCAGEM 884 896 787 
43320 ‐ MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE 
2.550 2.420 2.225 
CAIXILHARIA 
43330 ‐ REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 1.446 1.517 1.425 
43340 ‐ PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 1.524 1.555 1.479 
43390 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.472 1.491 1.356 
43910 ‐ ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 99 122 110 
43992 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE 
2.095 2.080 1.849 
CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 
TOTAL 45.891 45.070 42.022 
No que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem 
contabilizados em 2009, nas CAE e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 
100.850, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme dispersão 
relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 0,01% 
(Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9% (Encarregado – trabalhadores de 
construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco) (Quadro 5.8).
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Quadro 5.8 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009. 
Pág. 41 
PROFISSÃO - CNP Total % 
311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 2.938 3% 
311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 805 1% 
311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 962 1% 
311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 747 1% 
311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 104 0,1% 
311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 29 0,03% 
311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 290 0,3% 
311810 - DESENHADOR 634 1% 
712205 - PEDREIRO 41.408 41% 
712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 519 1% 
712305 - CIMENTEIRO 1.250 1% 
712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 35 0,03% 
712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - ALVENARIA 8 0,01% 
712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 199 0,2% 
712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 116 0,1% 
712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 8.655 9% 
712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 5.324 5% 
712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 9.216 9% 
713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 30 0,03% 
713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.416 1% 
713215 - ASSENTADOR DE TACOS 194 0,2% 
713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.698 2% 
713305 - ESTUCADOR 3.594 4% 
713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 960 1% 
713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 548 1% 
713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 121 0,1% 
713605 - CANALIZADOR 5.596 6% 
713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 405 0,4% 
714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 7.455 7% 
724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 1.253 1% 
724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 603 1% 
724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 206 0,2% 
724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.219 2% 
724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.313 1% 
Total Geral 100.850 100%
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
De salientar ainda que existem diversas profissões com uma representação inferior a 1%, 
das quais com apenas 0,01% identificou‐se o enformador de pré‐fabricados – alvenaria, 
0,03% o Técnico de redes – eletricidade, com 29 trabalhadores, o Montador de chapas – 
fibrocimento, com 30 trabalhadores e o Vibradorista – construção civil, com 35 
trabalhadores. Seguem‐se outras profissões que se enquadram na mesma situação: 
Técnico de manutenção – eletricidade (104 trabalhadores), Montador de pré‐esforçados – 
betão (116 trabalhadores), Vidraceiro – colocador (121 trabalhadores), Assentador de 
tacos 194 trabalhadores), Montador – alvenarias pré‐fabricadas (199 trabalhadores), 
Eletricista‐montador de instalações de alta tensão (206 trabalhadores) e Vidraceiro – 
colocador (405 trabalhadores). 
Quando examinados os dados relativos aos trabalhadores por conta de outrem, a exercer 
atividades específicas do setor construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, no 
triénio 2007‐2009, constata‐se que, globalmente, houve uma diminuição de 17% de 
profissionais neste setor, tendo esta diminuição sido mais acentuada no Montador de pré‐esforçados 
– betão, com uma diminuição de 41%, seguida do Carpinteiro de tosco com 
uma diminuição de 49% e o Técnico de redes‐ eletricidade, com menos 33% dos 
trabalhadores (Figura 5.9). 
Por outro lado, houve uma estabilização dos profissionais Técnicos de instalações elétricas 
(com um desvio de apenas ‐0,3%) e um crescimento nas profissões de Montador de 
refratários (assentador de refratários), Ladrilhador (azulejador) e Eletromecânico de 
elevadores e aparelhos similares correspondente a 45%, 43% e 28%, respetivamente. 
Pág. 42
Figura 5.9 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no sector da construção, por profissão, se 
Form 
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em 2007‐2009. 
BUILD‐UP SKILLS PORT 
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ág. 47
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RTUGAL 
ergética 
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ág. 48
Figura 5.15 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no sector da construção, por atividade económica, 
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segundo o nível de 
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BUILD‐UP SKILLS PORT 
áveis e Eficiência Ener 
ação para as Renová 
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TUGAL 
rgética 
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ág. 49
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‐UP SKILLS POR 
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RTUGAL 
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07‐2009 
P 
ág. 50
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 51 
5.4 Consumo de energia e energias renováveis em edifícios 
5.4.1 Consumo de energia no sector dos edifícios 
O consumo de energia final no sector dos edifícios (doméstico e serviços) encontra‐se 
apresentado na Figura 5.17 para os últimos dez anos para os quais existem estatísticas 
(balanço energético nacional). Pode considerar‐se que o consumo de energia nos sectores 
doméstico e de serviços, descontando os consumos relativos aos combustíveis rodoviários no 
sector dos serviços, corresponde ao consumo de energia nos edifícios. A Figura 5.14 apresenta 
ainda a evolução dos consumos de energia primária, no mesmo período. 
30 
25 
20 
15 
10 
5 
0 
8 
6 
4 
2 
0 
Consumo energético de edifícios vs. 
Consumo de energia primária 
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
Milhões Tep 
SECTOR DOMÉSTICO SERVIÇOS 
SECTOR DOMÉSTICO + SERVIÇOS CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA 
Figura 5.17 – Consumo de energia final nos edifícios, sector doméstico e de serviços, 
e consumo de energia primária. 
Milhões Tep 
Como se pode observar, o comportamento do consumo de energia nos edifícios tem um 
comportamento semelhante ao consumo de energia primária, embora que o peso relativo 
deste sector tenha vindo a crescer nos últimos anos, como se pode verificar pela Figura 5.18.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 52 
Peso relativo do consumo energético nos 
edifícios no consumo de energia prímária 
Figura 5.18 – Peso relativo do consumo de energia final nos edifícios 
relativamente ao consumo de energia primária. 
23% 
22% 
21% 
20% 
19% 
No que se refere ao consumo por fonte de energia (Figura 5.19), denota‐se que a principal 
fonte de energia utilizada nos edifícios é a eletricidade, seguida pelo GPL (gases de petróleo 
liquefeitos) e pelas lenhas e resíduos vegetais. Pode ainda verificar‐se que o consumo de 
gasóleo de aquecimento, fuelóleo e GPL tem vindo a diminuir, devido a maior penetração do 
gás natural, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. 
6 
5 
4 
3 
2 
1 
Figura 5.19 – Evolução do consumo de energia final nos edifícios por fonte de energia. 
18% 
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
0 
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 
Milhões de Tep 
Evolução do consumo energético nos 
edifícios 
GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo 
Gás Natural Electricidade Calor 
Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outras Renováveis
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Verifica‐se também um aumento da utilização de energia solar térmica, índice este que 
apenas começou a ser apurado para efeitos de balanço energético em 2005. 
Notar que o valor apurado para as lenhas e resíduos vegetais é estimado em função de 
estudos com base em inquéritos realizados às famílias. O último data de 2010 e permitiu 
apurar que a utilização de lenhas e resíduos vegetais reduziu significativamente face ao 
estudo de 1986. 
Pág. 53 
5.4.2 Últimos dados disponíveis 
De forma a corrigir o balanço energético de 2010, face às estimativas apuradas junto das 
famílias no sector residencial, apresenta‐se no Quadro 5.9 a partição de consumos energéticos 
para os sectores doméstico e serviços. Os dados foram extraídos do balanço energético 
nacional para o ano de 2010 (dados provisórios). 
Quadro 5.9 – Balanço energético (dados provisórios) para o sector doméstico e de serviços, ano de 2010. 
Fonte de energia [tep] Doméstico (1) Serviços (2) Edifícios (1+2) 
GPL 554 479 52 382 606 861 
Gasóleo de aquecimento 124 636 113 993 238 629 
Fuelóleo 0 76 773 76 773 
Gás Natural 282 613 199 575 482 188 
Eletricidade 1 248 873 1 479 919 2 728 792 
Calor 0 21 067 21 067 
Solar Térmico 19 105 28 984 48 089 
Lenhas e Resíduos 
705 875 0 705 875 
Vegetais 
Outros Renováveis 0 10 270 10 270 
TOTAL 2 936 231 2 017 694 4 953 925 
Pela análise destes dados pode‐se verificar que a maior componente no consumo de energia 
destes dois sectores é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se um uso ainda 
significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e propano), enquanto 
que nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de 
gasóleo de aquecimento. 
Salienta‐se o facto de que 50,2% da eletricidade consumida é de origem renovável, nos 
termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. 
Considerando que, no ano de 2010 em Portugal, o consumo de energia primária foi de 
22,9 Mtep, estes dois sectores foram responsáveis por 21,5% do total, sendo que 43,4% dessa 
energia teve origem em fontes de energia renovável. 
Por fim, de acordo com o Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico31, pode 
extrair‐se a informação que consta do Quadro 5.10 relativa aos equipamentos instalados no 
sector doméstico para aquecimento de águas sanitárias, aquecimento ambiente e 
arrefecimento ambiente. 
31 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Quadro 5.10 – Equipamentos para aquecimento de águas, aquecimento ambiente e arrefecimento 
Pág. 54 
ambiente nos alojamentos. 
Equipamento 
Alojamentos Nº de 
Equipamentos 
Equipamentos 
por Alojamento 
[2] 
nº % 
Aquecimento de Águas 
Esquentador 2 995 810 78,6% 3 051 993 0,8 
Termoacumulador 426 751 11,2% 439 724 0,1 
Caldeira 455 406 11,9% 458 817 0,1 
Sistema solar térmico 68 824 1,8% 68 824 0,0 
Aquecimento Ambiente 
Lareira aberta 740 264 24,0% 766 581 0,2 
Lareira com recuperador de 
340 498 11,1% 346 204 0,1 
calor 
Salamandra (lenha) 222 856 7,2% 226 138 0,1 
Caldeira para aquecimento 
323 520 10,5% 340 904 0,1 
central por circulação de água 
Aquecedor eléctrico 
independente 
1 884 850 61,2% 2 794 054 0,7 
Aquecedor a GPL independente 218 293 7,1% 237 589 0,1 
Ar Condicionado que aquece e 
223 429 7,3% 402 664 0,1 
arrefece (Bomba de calor) 
Arrefecimento Ambiente 
Aparelho individual de ar 
condicionado 
64 099 7,2% 76 435 0,0 
Ventilador (ventoinha, 
ventilador de parede) 
615 128 69,5% 756 108 0,2 
Ar Condicionado que aquece e 
arrefece (Bomba de calor) 
230 063 26,0% 399 432 0,1 
Os edifícios de serviços evidenciaram maior taxa de crescimento do consumo energético entre 
1990 e 1999 (7,1% de crescimento médio por ano) do que os residenciais. Como grandes 
utilizadores da energia eléctrica, foram os principais responsáveis pelo acentuado crescimento 
do consumo dessa forma de energia final no país. Como consequência, a percentagem 
nacional do consumo de electricidade nos edifícios de serviços passou de cerca de 19%, em 
1980, para 31% em 1999. 
Há uma enorme heterogeneidade neste tipo de edifícios, desde a pequena loja que tem ainda 
menos consumos do que uma habitação, até aos restaurantes, piscinas cobertas, hospitais, 
hotéis e grandes superfícies comerciais, cujos consumos são dos mais elevados dentre os que 
se verificam em todos os edifícios. Obviamente, uma intervenção no sector, com vista à 
melhoria do seu desempenho energético, tem de ser distinta em função do tipo de edifício, 
com prioridade aos maiores consumidores.
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 55 
Figura 5.20 – Consumo específico de energia por tipo de edifício. Fonte: DGEG. 
Dentro de cada tipologia, o consumo de energia é também muito variável, sendo possível 
identificar uma grande gama de edifícios, desde os mais eficientes aos maiores consumidores, 
para funções idênticas. Um estudo levado a cabo em hotéis e grandes superfícies32 
possibilitaram algum conhecimento das fontes de energia, da procura energética, bem como 
da desagregação desta por utilização final. 
Figura 5.21 – Consumo específico de energia final para hotéis. Fonte: DGEG. 
Por exemplo, no caso do sector hoteleiro, o estudo incidiu sobre uma amostra de 60 hotéis 
com 4 e 5 estrelas, localizados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, verificando‐se 
uma gama de consumo de energia final muito dispersa (Figura 5.21), e que varia de 50 a 
600 kWh/m2.ano, com valores médios de 220 kWh/(m2.ano) (4 estrelas) e 290 kWh/(m2.ano) 
(5 estrelas). 
Verifica‐se ainda que a energia eléctrica corresponde, em média, a cerca de 45% do consumo 
de energia final enquanto as utilizações finais a que correspondem os maiores consumos de 
32 ADENE, 1999.
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
energia são o aquecimento e arrefecimento ambiente (cerca de 30% a 35%), seguindo‐se as 
águas quentes sanitárias (10 a 18%), cozinhas (16 a 18%), iluminação e lavandarias. 
Os hipermercados e outras grandes superfícies comerciais correspondem a outra tipologia de 
edifícios de serviços onde se verificam elevados consumos de energia. Neste caso, a fonte de 
energia é fundamentalmente a eletricidade (98% a 99%) e as utilizações finais mais 
importantes são, no caso dos centros comerciais, a climatização com cerca de 70% e a 
iluminação com 20%. No caso dos hipermercados, o frio industrial é preponderante com cerca 
de 35%, enquanto o ar condicionado e a iluminação têm a mesma ordem de grandeza (30%). 
Nota‐se também uma grande variação de consumos entre as unidades mais e menos 
eficientes, registando‐se nestas últimas valores duas vezes superiores às que registam 
menores consumos. 
Os edifícios apresentam uma elevada dinâmica de crescimento, quer em termos de número 
total de edifícios existentes, quer em termos de utilização de energia em cada edifício. 
Consequentemente espera‐se um crescimento anual do consumo de energia estimado de 4% 
e 7%, respectivamente no sector doméstico e de serviços, pelo que é fundamental promover 
medidas de redução do consumo de energia quer nos edifícios novos quer nos existentes. 
Pág. 56
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
6 OFERTA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
6.1 Oferta educativa e formativa inserida no Sistema Nacional de Qualificações 
6.1.1 O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) 
O SNQ tem como objetivo assegurar a relevância da formação e das aprendizagens para o 
desenvolvimento pessoal e para a modernização das empresas e da economia. 
Neste sentido, e tal como foi referido no ponto 4 deste relatório, o SNQ assegura a obtenção 
de qualificações certificadas, permitindo a certificação das competências adquiridas através 
da conclusão de um percurso de formação integral, no âmbito de um a modalidade de 
formação inicial, ou através da conclusão de unidades de formação de curta duração 
constantes dos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sendo estas 
unidades creditáveis para efeito de obtenção posterior da qualificação. 
Não obstante, no âmbito do SNQ as ações de formação não inseridas no CNQ conferem um 
certificado de formação profissional que atesta a conclusão dessa formação com 
aproveitamento e permite o reconhecimento das competências adquiridas. O SNQ 
disponibiliza ainda a caderneta individual de competências, que regista todas as competências 
adquiridas ou desenvolvidas ao longo da vida, quer as referidas no Catálogo Nacional de 
Qualificações, quer as restantes ações de formação, mesmo que realizadas por entidade 
formadora não certificada. A caderneta está em vigor desde 2010 e é emitida através do SIGO 
– Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa. 
AS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES 
O sistema nacional de qualificações é coordenado pelos membros do governo responsáveis 
pelas áreas da formação profissional e da educação. 
Os serviços responsáveis pela execução das políticas de educação e formação profissional 
procedem ao acompanhamento e avaliação das diferentes modalidades. 
No âmbito da criação do SNQ, foi criada a Agência Nacional para a Qualificação e o ensino 
Profissional (ANQEP), que é o organismo sob a tutela conjunta dos Ministérios da Economia e 
do Emprego e da Educação e Ciência, com atribuições de coordenação da rede de estruturas, 
bem como o acompanhamento, a monitorização, a avaliação e a regulação do sistema, em 
estreita colaboração com as demais entidades que integram o Sistema Nacional de 
Qualificações. 
Para o desenvolvimento e atualização do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), o 
instrumento do SNQ para a gestão estratégica das qualificações, a ANQEP criou os Conselhos 
Setoriais para a Qualificação, que constituem grupos de trabalho técnico‐consultivo que 
identificam em permanência as necessidades de atualização das qualificações constantes do 
CNQ, numa perspetiva de adequação da formação às evoluções tecnológicas e às 
competências requeridas pelos setores, quer se trate de formação inicial quer se trate de 
aprendizagem ao longo da vida. 
Os Conselhos Setoriais para a Qualificação integram entre outros, especialistas indicados pelo 
ministério que tutele o respetivo setor de atividade, associações sindicais e associações de 
empregadores, representativas dos correspondentes setores de atividade, empresas de 
Pág. 57
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
referência, entidades formadoras com maior especialização setorial ou regional e peritos 
independentes. 
Pág. 58 
Quadro 6.1 Conselhos Sectoriais para a Qualificação 
Código CONSELHOS SETORIAIS PARA A QUALIFICAÇÃO 
1 Agroalimentar 
2 Comércio e marketing 
3 Construção civil e urbanismo 
4 Cultura e Património e produção de conteúdos 
5 Energia e ambiente 
6 Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 
7 Informática, eletrónica e telecomunicações 
8 Madeiras, mobiliário e cortiça 
9 Metalurgia e metalomecânica 
10 Moda 
11 Serviços às empresas (atividades financeiras, de consultadoria, 
de secretariado, …) 
12 Serviços pessoais 
13 Saúde e serviços à comunidade 
14 Transportes e logística 
15 Turismo e lazer 
16 Artesanato e ourivesaria 
È possível identificar alguns conselhos sectoriais para as qualificações com uma intervenção 
importante na identificação de necessidades de competências e qualificações para o sector da 
construção e para a promoção da eficiência energética e desenvolvimento das energias 
renováveis, de extrema relevância para o objeto do presente estudo, sendo de destacar: 
ƒ Construção Civil e urbanismo 
ƒ Energia e Ambiente 
ƒ Informática, eletrónica e telecomunicações 
ƒ Metalurgia e Metalomecânica 
AS ENTIDADES FORMADORAS DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES 
Constituem a rede de entidades formadoras do sistema nacional de qualificações os 
estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e 
cooperativo com paralelismo pedagógico ou reconhecimento de interesse público, as escolas
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
profissionais, os centros de formação profissional e de reabilitação profissional e as entidades 
com estruturas formativas certificadas do setor privado, no âmbito dos ministérios 
responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação, as entidades formadoras 
integradas noutros ministérios ou noutras pessoas coletivas de direito público. 
No caso concreto dos setores da construção civil e energia, podem ser identificadas algumas 
entidades formadoras da rede do Sistema nacional de Qualificações mais relevantes, 
designadamente: 
ƒ ‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e 
Pág. 59 
Formação Profissional, para o setor da construção civil: 
CICCOPN ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e 
Obras Públicas do Norte 
CENFIC ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e 
Obras Públicas do Sul 
ƒ ‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e 
Formação Profissional, bem como quer os centros de formação de associações 
setoriais no setor da eletrónica, energia e metalomecânica: 
CINEL ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, 
Telecomunicações e Tecnologias da Informação 
APIEF ‐ Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e 
Ambiente 
CENFIM ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e 
Metalomecânica 
ƒ ‐ Os estabelecimentos de ensino público ou privado, com autorização de 
funcionamento de cursos das áreas de educação e formação da construção civil e 
da energia e eletricidade: 
Escolas Básicas e Secundárias da rede pública 
Escolas Profissionais privadas tuteladas pelo ministério da educação 
ƒ As entidades certificadas pela Direção‐Geral de Emprego e relações do Trabalho 
(DGERT) nas áreas de formação relevantes para o setor da construção e da 
energia. Estas são entidades formadoras avaliadas pela, com condições mínimas 
comprovadas, em termos do referencial de qualidade de estruturação da atividade 
formativa, relativas à capacidade instalada em termos de recursos, às práticas 
inerentes aos processos de desenvolvimento da formação e aos resultados 
alcançados. 
O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS 
O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras regulamentado pela Portaria nº 851/2010 
de 6 de Setembro consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de 
Novembro que aprova a Reforma da Formação Profissional e no Decreto‐Lei nº 396/2007, de 
31 de Dezembro que estabelece o Sistema Nacional de Qualificações, é o sucessor do Sistema 
de Acreditação de Entidades Formadoras que vigorou durante treze anos, e é assegurado pelo 
serviço central competente do ministério responsável pela área da formação profissional.
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Análise do Estado da Arte 
O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, a par de outros mecanismos, é um dos 
garantes da qualidade do Sistema Nacional de Qualificações em Portugal, efetuando o 
reconhecimento de práticas pedagógicas adequadas no desenvolvimento de atividades 
formativas por parte das entidades formadoras, e a realização de auditorias regulares à 
entidade formadora certificada para avaliar o cumprimento dos requisitos de certificação e os 
resultados obtidos com a sua atividade. 
O sistema de certificação de entidades formadoras e da responsabilidade da Direção‐Geral de 
Emprego e relações do Trabalho (DGERT). 
O FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SNQ 
A formação desenvolvida no Sistema Nacional de Qualificações é financiada com base em 
duas fontes de financiamento: o Orçamento Geral do Estado e o Fundo Social Europeu. 
O Quadro de Referencia Estratégia Nacional (QREN), documento que enquadra a aplicação da 
política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007‐2013, inclui 
um Programa que integra as medidas destinadas ao financiamento dos processos educativo e 
formativos nacionais – o Programa Operacional de Potencial Humano. 
A atividade deste programa estrutura‐se em 10 eixos prioritários: 
Pág. 60 
Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial 
Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida 
Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional 
Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada 
Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa 
Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social 
Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género 
Eixo Prioritário 8 – Algarve 
Eixo Prioritário 9 – Lisboa 
Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica 
A formação desenvolvida no âmbito das modalidades formativas do SNQ é financiada pelo 
Eixo 1, no caso da formação inicial de jovens, e pelo Eixo 2, no caso da formação inicial e 
contínua de adultos. 
6.1.2 A organização das qualificações no Sistema Nacional de Qualificações (CNQ) 
O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), tal como referido no ponto 4 deste relatório, 
constitui um instrumento de gestão estratégica das qualificações de nível não superior 
contendo os referenciais essenciais para uma melhor adequação das respostas formativas às 
necessidades das empresas, do mercado de trabalho e dos cidadãos. 
Em conformidade, os elementos que integram o CNQ são atualizados em permanência, com o 
apoio dos conselhos setoriais para a qualificação, mediante a inclusão, exclusão ou alteração 
de qualificações, tendo em conta as necessidades atuais e emergentes das empresas, dos 
setores económicos e dos indivíduos.
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As qualificações que integram o CNQ estão estruturadas por níveis de qualificação definidos 
pelo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que adota os princípios do Quadro Europeu de 
Qualificações (QEQ), no que diz respeito à descrição das qualificações em termos de 
resultados de aprendizagem, de acordo com os descritores associados a cada nível de 
qualificação, promovendo a comparabilidade das qualificações em função do seu perfil e não 
em função dos conteúdos ou dos processos formativos. 
As qualificações estão igualmente organizadas em função das áreas de educação e formação, 
as quais correspondem em alguns casos a sectores de atividade económica, e são definidas de 
acordo com a Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação (CNAEF)33. 
Pág. 61 
33 Portaria nº256/2005 de 16 de Março
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Quadro 6.2. Áreas de Educação e Formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações 
Pág. 62 
Áreas de Educação e Formação 
213 Audiovisuais e produção dos media 543 Materiais (madeiras, cerâmica, 
cortiça e outros) 
215 Artesanato 544 Indústrias extrativas 
225 História e arqueologia 582 Construção civil e engenharia civil 
322 Biblioteconomia, arquivo e 
documentação 
542 Produção agrícola e animal 
341 Comércio 622 Floricultura e jardinagem 
342 Marketing e publicidade 623 Silvicultura e caça 
343 Finanças, banca e seguros 624 Pescas 
344 Contabilidade e fiscalidade 725 Tecnologias de diagnóstico e 
terapêutica 
345 Gestão e administração 729 Saúde 
346 Secretariado e trabalho 
administrativo 
761 Serviço de apoio a crianças e 
jovens 
347 Enquadramento na 
organização/empresa 
762 Turismo social e orientação 
481 Ciências informáticas 811 Hotelaria e restauração 
521 Metalurgia e metalomecânica 812 Turismo e lazer 
522 Eletricidade e energia 813 Desporto 
523 Eletrónica e automação 815 Cuidados de beleza 
524 Tecnologia dos processos químicos 850 Proteção do ambiente 
525 Construção e reparação dos 
veículos a motor 
861 Proteção de pessoas e bens 
541 Indústrias alimentares 862 Segurança e higiene no trabalho 
542 Indústria do têxtil, vestuário, 
calçado e couro 
Fonte: Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. 
A obtenção da qualificação corresponde ao reconhecimento e correspondente certificação da 
aquisição de competências em conformidade com os referenciais estabelecidos para o efeito, 
consistindo estes referenciais nos elementos da Figura 6.1.
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Pág. 63 
Referencial de 
formação Referencial de RVCC 
Perfil de saída 
Organização do 
referencial para aceder à 
qualificação 
Desenvolvimento das 
unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Sugestão de recursos 
didáticos 
Base 
(Escolar) 
Unidades de 
competência 
Critérios de 
evidência 
Figura 6.1 – Referenciais para a qualificação do CNQ 
Perfil 
Missão 
Atividades 
Competências 
• Saberes 
• Saberes‐fazer 
• Saberes sociais e 
relacionais 
Tecnológica 
(Profissional) 
Unidades de 
competência 
AS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO 
As qualificações integradas no SNQ constituem qualificações de dupla certificação, que 
consiste no reconhecimento de competências para exercer uma ou mais atividades 
profissionais e de uma habilitação escolar, através de um diploma. 
As qualificações podem ser acessíveis por um conjunto de modalidades de formação de dupla 
certificação, orientadas quer para jovens quer para adultos, estruturadas a partir dos 
referenciais de qualificação do CNQ. 
Neste sentido, as Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) constantes de cada 
referencial de formação do CNQ estruturam as ofertas formativas de dupla certificação, 
incluindo as formações modulares certificadas que permitem a obtenção de dupla certificação 
de modo progressivo e flexível, e servem, também, a formação contínua. 
Unidades de formação de curta duração (UFCD) 
Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em 
um ou mais referenciais de formação, referidos no Catálogo Nacional de 
Qualificações, permitindo a aquisição de competências certificadas.
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Cursos Profissionais – nível 4 de qualificação 
Cursos de nível secundário de educação, vocacionados para a formação inicial de 
jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o 
prosseguimento de estudos (Portaria nº550‐C/2004). 
Cursos de Aprendizagem – nível 4 de qualificação 
Cursos de formação profissional inicial de jovens, em alternância, privilegiando a 
sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. 
Conferem o nível secundário de educação (Portaria nº1497/2008). 
Cursos de educação e formação de adultos (EFA) – nível 2 e nível 4 de 
qualificação 
Cursos que se destinam a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, não 
qualificados ou sem qualificação adequada, para efeitos de inserção, reinserção 
e progressão no mercado de trabalho, e que não tenham concluído o ensino 
básico ou secundário (Portaria nº 283/2011). 
Formações modulares certificadas 
Formações desenvolvidas através da frequência de quaisquer unidades de 
formação de curta duração (UFCD) integradas na componente de formação de 
base e/ou na componente de formação tecnológica de um qualquer referencial 
de formação do CNQ, de nível 2 ou de nível 4 de qualificação, destinadas a 
adultos, no quadro da formação contínua (Portaria nº 283/2011). 
Pág. 64 
MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS A JOVENS 
MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADOS A ADULTOS 
MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS AO NÍVEL NÃO SUPERIOR 
PÓS‐SECUNDÁRIO 
Cursos de especialização tecnológica – nível 5 de qualificação 
Cursos que visam uma formação técnica especializada, para efeitos de inserção, 
reinserção e progressão no mercado de trabalho, destinados a indivíduos que 
concluam ou sejam titulares do nível secundário de educação ou de grau 
superior, permitindo o prosseguimento de estudos (Decreto‐Lei nº 88/2006).
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A FORMAÇÃO CONTÍNUA NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES 
O Sistema Nacional de Qualificações define a formação contínua enquanto atividade de 
educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o ingresso no 
mercado de trabalho que permita ao indivíduo aprofundar competências profissionais e 
relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais, uma melhor 
adaptação às mudanças tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua empregabilidade. 
As UFCD do CNQ estruturam as ações de formação contínua de dupla certificação, 
desenvolvidas por entidades formadoras certificadas, centros de formação profissional da 
rede do IEFP ou estabelecimentos de ensino, que constituem a rede de entidades do sistema 
nacional de qualificações, as quais conferem um certificado de qualificações, comprovativo da 
conclusão com aproveitamento daquelas UFCD e concorrem para a obtenção de uma 
qualificação, certificada por diploma de qualificação. 
O SNQ prevê também, a emissão de um certificado de formação profissional, regulado por 
normativo legal34, para todas as ações de formação certificadas não inseridas no CNQ, quando 
desenvolvidas por entidade formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de 
ensino reconhecido pelos ministérios competentes, ou seja, entidades formadoras da rede do 
sistema nacional de qualificações. 
CARATERIZAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DE CADA UMA DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E 
Pág. 65 
FORMAÇÃO 
O quadro seguinte apresenta a organização de cada uma das principais modalidades de 
formação segundo as diferentes componente de formação e respetivas cargas horárias, 
designadamente: 
‐ Cursos Profissionais (nível 4 de qualificação) 
‐ Cursos de Aprendizagem (nível 4 de qualificação) 
‐ Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) (nível 2 e 4 de qualificação) 
‐ Formações Modulares 
34 Portaria nº474/2010, de 8 de Julho
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Quadro 6.3 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) da formação por 
Pág. 66 
modalidade de educação e formação de nível 4 
Nível 4 de qualificação do QNQ 
Formação Inicial de Jovens Formação inicial de adultos 
Cursos de Aprendizagem Cursos profissionais 
Educação e Formação de adultos (EFA) 
(A,B,C, Flexível‐RVCC)* 
Componentes 
da formação 
Áreas de 
competência 
Domínios/ 
unidades de 
formação 
Carga horária 
Componentes 
da formação 
Disciplinas 
Carga 
horária 
Componentes 
da formação 
Áreas de 
competência 
Carga 
Horária 
Sociocultural 
Línguas, 
cultura e 
comunicação 
Viver em 
português 
240‐280 
Sociocultural 
Português 320 
Base 
Cidadania e 
Profissionalidad 
e 
100 ‐ 550 
Comunicar em: 
(língua 
estrangeira) 
200 
Língua 
estrangeira 
220 
TIC 100 TIC 100 
Cidadania e 
sociedade 
Mundo atual 80‐110 Área de 
Integração 
220 
Sociedade 
Tecnologia e 
Ciência 
Desenvolviment 
o social e 
pessoal 
80‐110 
Educação Física 140 
Total 700 ‐ 800 Total 1000 
Cultura, Língua e 
Comunicação 
Científica 
Ciências 
básicas 
Matemática e 
realidade 
200‐400 
Científica 
2/ 3 disciplinas 
científicas de 
base 
500 
Outras ciências 
básicas 
200‐400 Total 500 Total 100 ‐ 550 
Tecnológica 
Tecnologias 
Tecnologias 
específicas 
800‐1000 Técnica 
3/ 4 disciplinas 
de natureza 
tecnológica, 
técnica e prática 
1180 
Tecnológica 
Tecnologias‐de 
acordo 
com o 
referencial 
tecnológico 
associado à 
qualificação 
1200 
Formação em 
contexto de 
trabalho 
420 
Total 800 ‐ 1000 Total 1600 Total 1200 
Prática Contexto de trabalho 1100‐1500 
Total CP: 3100 
PRA 
Portefólio 
reflexivo de 
aprendizagen 
s 
65 ‐ 85 
Total CA: 2800‐3700 
Prática 
Formação 
Prática em 
contexto de 
trabalho 
210 
Total EFA: 1575 ‐ 2045 
*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo
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Quadro 6.4 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) dos cursos de 
Pág. 67 
educação e formação de adultos de nível 2 do QNQ 
Nível 2 de Qualificação do QNQ 
Formação Inicial de Adultos 
Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) 
(B2‐B3, Flexível/RVCC) * 
Componentes de 
formação 
Áreas de competência Carga horária 
Aprender com 
autonomia 
Consolidar a integração no 
grupo 
40 
Trabalhar em equipa 
Aprender a aprender 
Base 
Cidadania e empregabilidade 
900‐1350 
Linguagem e Comunicação 
Matemática para a vida 
TIC 
Tecnológica 
Tecnologias‐ de acordo com o 
com o referencial tecnológico 
associado à qualificação 
1000 
Prática 
Formação em contexto de 
trabalho 
≥ 120 
Total EFA: 1940‐2390 
*Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo 
Quadro 6.5 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) das formações 
modulares certificadas 
Formação contínua para ativos empregados ou desempregados 
Formações Modulares utilizando unidades de formação de curta duração (UFCD) do CNQ 
de percursos de nível 2 e de nível 4 de qualificação do QNQ 
Carga horária 
Estrutura das formações 
Formação de 
base Formação tecnológica 
Ambas as componentes 
de formação* 
25 ‐ 300 Horas X X X 
300 ‐ 600 Horas* X ‐ X 
*Nestas formações 1/3 da carga horária deve corresponder a UFCD 
da componente de formação de base
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6.1.3 As qualificações relativas às áreas de educação e formação da Energia e Eletricidade e 
Pág. 68 
da Construção Civil e Engenharia Civil 
ARTICULAÇÃO ENTRE ÁREAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ E MODALIDADES DE 
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO 
Em síntese, as qualificações integradas no Sistema Nacional de Qualificações e inseridas 
atualmente no Catálogo Nacional de Qualificações relativas às áreas de educação e formação 
cujas saídas profissionais estão associadas ao setor da construção civil e visando competências 
ao nível da eficiência energética e da utilização de energias renováveis constam no quadro 
seguinte. 
Note‐se que se entende por qualificações o “resultado formal de um processo de avaliação e 
validação comprovado por um órgão competente, reconhecendo que um indivíduo adquiriu 
competências, de acordo com referenciais estabelecidos”, nos termos do Decreto‐Lei n.º 
396/2007, de 31 de dezembro. 
Neste contexto, o quadro seguinte apresenta as qualificações que resultam dos cursos 
desenvolvidos no âmbito das diferentes modalidades de educação e formação. 
Salienta‐se ainda, que os referenciais de formação associados às diferentes qualificações 
podem dar resposta a diversas atividades profissionais, as quais podem ou não ser alvo de 
regulamentação específica, como é o caso das especializações TIM 2, TIM 3 e TQAI. 
Não obstante, atualmente, o CNQ não cobre ainda, através das qualificações integradas, todas 
as especializações destes sectores que possam estar submetidas a algum tipo de regulação, 
designadamente, o cado de TQAI.
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Pág. 69 
Quadro 6.6 – Oferta de qualificações por área de educação e formação e por modalidades 
Área de Educação e Formação Nível 
35 Inclui o Instalador de Janelas e Fachadas Leves. 
QNQ 
Cátalogo Nacional de Qualificações 
Formação de Jovens Formação de adultos 
Cursos 
Profissionais 
Cursos de 
Aprendizagem 
Cursos 
EFA 
Formações 
Modulares 
225 ‐ História e arqueologia 
Técnico de Recuperação do Património Edificado 4 X 
521 ‐ Metalurgia e metalomecânica 
Serralheiro/a Civil35 2 X X 
Soldador/a 2 X X 
522 ‐ Eletricidade e energia 
Técnico de Instalações Elétricas 4 X X X X 
Técnico de Eletrotecnia 4 X X X X 
Técnico de Frio e Climatização 4 X 
Técnico/a de Refrigeração e Climatização 4 X X X 
Desenhador/a de Sistemas de Refrigeração e Climatização 4 X X X 
Técnico de Gás 4 X X X X 
Técnico de Energias Renováveis (4 variantes) 4 X 
Técnico/a Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X 
Técnico/a Instalador de Sistemas Eólicos 4 X X X 
Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X 
Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X 
Eletricista de Instalações 2 X X 
Eletromecânico/a de Eletrodomésticos 2 X X 
Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização – Sistemas 
Domésticos e Comerciais 
2 X X 
523 ‐ Eletrónica e automação 
Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 4 X X X X 
Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 4 X X X X 
Técnico de Eletrónica e Telecomunicações 4 X X X X 
543 ‐ Materiais 
Carpinteiro de limpos 2 X X 
582 ‐ Construção civil e engenharia civil 
Técnico de Construção Civil (6 variantes) 4 X 
Técnico de Desenho de Construção Civil 4 X X X 
Técnico/a de Obra/Condutor/a de Obra 4 X X X 
Técnico/a de Topografia 4 X X X 
Técnico/a de Medições e Orçamentos 4 X X X 
Pedreiro/a 2 X X 
Ladrilhador/a / Azulejador/a 2 X X 
Pintor/a de Construção Civil 2 X X 
Operador/a de CAD ‐ Construção Civil 2 X X 
Canalizador/a 2 X X
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CONTEÚDOS FORMATIVOS 
No âmbito das qualificações identificadas no Sistema Nacional de Qualificações e integradas 
no Catálogo Nacional de Qualificações, associadas a atividades/profissões do setor da 
Construção Civil e da Energia apresenta‐se seguidamente um quadro exemplificativo do teor 
de alguns referenciais de formação que visam as competências requeridas para as 
qualificações identificadas. 
A título de exemplo, foram selecionadas as seguintes qualificações: pedreiro, técnico de 
refrigeração e climatização e técnico instalador de sistemas solares térmicos. 
Pág. 70
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Quadro 6.7 ‐ Exemplos de conteúdos de formação e competências associadas para 3 qualificações do CNQ 
Pág. 71 
Qualificação 
Referenciais de formação do CNQ 
Nível de 
qualificação 
Unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Competências visadas 
Pedreiro 
Organização do posto de trabalho e 
aprovisionamento de materiais 
Parede a meia vez com tijolos 
23x11x7 ‐ extremidade em degrau 
Parede a meia vez com tijolos 
23x11x7 ‐ extremidade aprumada 
Parede com cunhal com tijolo vazado 
de 30x20x15 
Acabamentos em paredes 
Aprovisionamento de tubagens, 
manilhas de esgoto, estruturas de 
assentamento e preparação de 
argamassas 
Alvenaria de tijolo prensado 
encabeçada com pilar 
Alvenaria de tijolo com vão de porta 
e janela 
Parede dupla com vão de porta 
Assentamento de caixas elétricas, 
esgotos e outros 
Caixas de visita, caleiras e drenos 
Aprovisionamento de madeiras de cofrar, 
varões e preparação do betão 
Execução de cofragem – sapata e pilar 
Execução de cofragem – muro, cinta 
de travamento e viga 
Execução de cofragem ‐ lajes 
1Interpretar elementos de projeto, esboços e outras 
especificações técnicas. 
2. Identificar e caracterizar os materiais, os 
equipamentos, as ferramentas e os meios auxiliares 
adequados ao trabalho a realizar. 
3. Utilizar as técnicas de marcação e sinalização dos 
alinhamentos para abertura de caboucos. 
4. Utilizar as técnicas de preparação da base dos 
caboucos para enchimento. 
5. Utilizar as técnicas de enchimento de caboucos. 
6. Utilizar as técnicas de marcação de estruturas. 
7. Utilizar as técnicas de enchimento de cofragens. 
8. Utilizar as técnicas de execução e montagem de 
elementos pré‐fabricados. 
9. Utilizar as técnicas de execução de pavimentos em 
massame. 
10. Utilizar as técnicas de marcação das referências 
para execução de alvenarias. 
11. Aplicar as técnicas de preparação de massas e 
argamassas. 
12. Utilizar os métodos e as técnicas de execução de 
alvenarias em elementos naturais ou artificiais. 
13. Utilizar as técnicas de marcação e montagem de 
vigamentos e ripados. 
14. Utilizar as técnicas de marcação e execução de ripa 
moldada. 
15. Utilizar as técnicas de assentamento de telhas e de 
outros materiais de cobertura. 
16. Utilizar as técnicas de execução de caleiras em 
coberturas. 
17. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos 
de escoamento de águas pluviais. 
18. Utilizar as técnicas de execução de betonilhas de 
regularização e de acabamento 
19. Utilizar as técnicas de execução de rebocos. 
20. Utilizar as técnicas de assentamento, em 
pavimentos, de mosaicos cerâmicos, hidráulicos ou 
elementos de pedra naturale/ou artificial 
21. Utilizar as técnicas de assentamento, em paredes, 
de azulejos e elementos de pedra natural e/ou artificial 
22. Utilizar os métodos e as técnicas de desmonte de 
revestimentos, de coberturas, de estruturas e de outros 
elementos da construção. 
23. Utilizar os métodos e as técnicas de demolições 
parciais de edificações e de outros trabalhos de 
2
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Pág. 72 
Qualificação 
Referenciais de formação do CNQ 
Nível de 
qualificação 
Unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Competências visadas 
construção. 
24. Utilizar os métodos e as técnicas de escoramentos e 
entivações. 
25. Utilizar as técnicas de marcação de alinhamentos e 
níveis na execução de diferentes trabalhos de 
saneamento e de outras 
infra‐estruturas. 
26. Utilizar as técnicas de execução e/ou assentamento 
de caixas, sumidouros, caleiras e atravessamentos. 
. 27. Utilizar as técnicas de assentamentos de tubos e 
manilhas. 
28. Utilizar as técnicas de assentamento de lancis e 
outros elementos pré‐fabricados. 
29. Utilizar os métodos e as técnicas de execução e/ou 
assentamento de fossas sépticas e poços absorventes. 
30. Utilizar as técnicas de assentamento de caixas para 
instalações técnicas. 
31. Utilizar as técnicas de assentamento de banheiras e 
similares 
32. Aplicar cantarias de pedra natural ou artificial e com 
elementos pré‐fabricados de betão, em vãos. 
33. Aplicar argamassa de acompanhamento em aros e 
aduelas 
34. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos 
de serralharia. 
35. Utilizar as técnicas de controlo da qualidade do 
trabalho. 
36. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação 
dos instrumentos de trabalho. 
Técnico/a de 
Refrigeração e 
Climatização 
4 
Desenho técnico - normalização e 
construções geométricas 
Desenho técnico - projeções 
ortogonais 
Tecnologia mecânica - princípios 
básicos dos materiais 
Tecnologia mecânica - 
procedimentos básicos oficinais 
Termodinâmica aplicada - 
termometria e calorimetria 
Termodinâmica aplicada - 
transferência de calor 
Prática de técnicas de fabrico - 
operações fundamentais 
Prática de técnicas de fabrico - 
operações sobre chapa e tubos 
Prática de técnicas de fabrico - 
soldadura de chapa e tubos 
1. Interpretar especificações técnicas relativas à 
instalação e à manutenção de sistemas comerciais e 
industriais de refrigeração. 
2. Interpretar especificações técnicas relativas à 
instalação e à manutenção de sistemas domésticos, 
comerciais e industriais de climatização. 
3. Aplicar critérios de organização e distribuição dos 
trabalhos a executar. 
4. Utilizar os procedimentos e as técnicas de 
planeamento e aquisição dos equipamentos, 
componentes, ferramentas e materiais utilizados na 
instalação e na manutenção de sistemas comerciais e 
industriais de refrigeração. 
5. Utilizar os procedimentos e as técnicas de 
planeamento e aquisição dos equipamentos, 
componentes, ferramentas e materiais utilizados na 
instalação e na manutenção de sistemas domésticos, 
comerciais e industriais de climatização. 
6. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
adequados à instalação e à manutenção de sistemas 
comerciais e industriais de refrigeração. 
7. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 73 
Qualificação 
Referenciais de formação do CNQ 
Nível de 
qualificação 
Unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Competências visadas 
Desenho técnico - perspetiva isométrica 
Desenho técnico - perspetiva 
isométrica de tubos e condutas 
Desenho técnico - elementos de 
conjunto 
Tecnologia mecânica - constituição 
genérica das máquinas térmicas 
Tecnologia mecânica - processos de 
instalação e compressores 
Termodinâmica aplicada - 
comportamento dos gases face às 
variáveis termodinâmicas 
Termodinâmica aplicada - máquinas 
térmicas 
Termodinâmica aplicada - seleção 
de compressores e 
dimensionamento de linhas, 
condensadores e evaporadores 
Prática de técnicas de fabrico - 
operações de fabrico metálico e de 
máquinas térmicas 
Desenho técnico - caldeiraria 
Desenho técnico - circuitos 
esquemáticos elétricos 
Eletricidade e eletrónica - 
eletricidade e medidas elétricas 
Eletricidade e eletrónica - 
eletromagnetismo e circuitos de 
comando eletromagnético 
Prática de instalações elétricas - 
montagem de circuitos elétricos e do 
grupo motocompressor 
Prática de instalações elétricas - 
montagem e conservação de 
componentes elétricos 
Práticas de instalação e montagem - 
instalação de máquinas de alta 
potência 
Práticas de instalação e montagem - 
instalação de sistemas de ar 
condicionado 
Instrumentação e controlo - 
princípios básicos da regulação e 
complementos de instrumentação 
CAD 2D - refrigeração e 
climatização 
Tecnologia mecânica - técnicas de 
manutenção 
Termodinâmica aplicada - estados 
de transformação do ar 
Termodinâmica aplicada - caldeiras 
para aquecimento 
Termodinâmica aplicada - sistemas 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
adequados à instalação e à manutenção de sistemas 
domésticos, comerciais e industriais de climatização. 
8. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
aplicados à instalação e à manutenção de sistemas 
comerciais de refrigeração. 
9. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
aplicados à instalação e à manutenção de sistemas 
industriais de refrigeração. 
10. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
aplicados à instalação e à manutenção de sistemas 
domésticos e comerciais de climatização. 
11. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de 
equipamentos, componentes, ferramentas e materiais 
aplicados à instalação e à manutenção de sistemas 
industriais de climatização. 
12. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à 
instalação e à manutenção de sistemas comerciais e 
industriais de refrigeração. 
13. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à 
instalação e à manutenção de sistemas domésticos, 
comerciais e industriais de climatização. 
14. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das 
condições físicas do local de instalação de sistemas 
comerciais e industriais de refrigeração e do seu 
objetivo 
15. Aplicar os métodos e as técnicas de execução dos 
traçados. 
16. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de 
uniões. 
17. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem 
dos equipamentos e de execução das ligações 
adequadas à instalação de sistemas comerciais de 
refrigeração. 
18. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem 
dos equipamentos e de execução das ligações 
adequadas à instalação de sistemas industriais de 
refrigeração. 
19. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas 
de verificação e ensaio do funcionamento dos 
sistemas comerciais de refrigeração. 
20. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas 
de verificação e ensaio do funcionamento dos 
sistemas industriais de refrigeração. 
21. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e 
de manutenção de sistemas comerciais e industriais 
de refrigeração. 
22. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das 
condições físicas do local de instalação de sistemas 
domésticos, comerciais e industriais de climatização e 
do seu objetivo 
23. .Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem 
dos equipamentos e de execução das ligações 
adequadas à instalação de sistemas domésticos e 
comerciais de climatização. 
24. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem 
dos equipamentos e de execução das ligações
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 74 
Qualificação 
Referenciais de formação do CNQ 
Nível de 
qualificação 
Unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Competências visadas 
de aquecimento a fluído 
Termodinâmica aplicada - sistemas 
de aquecimento por bomba de calor 
Eletricidade e eletrónica - corrente 
alterna 
Eletricidade e eletrónica - circuitos 
de semicondutores e transístores 
Prática de instalações elétricas - 
verificação e montagem de 
componentes elétricos 
Organização da produção - 
preparação do trabalho 
Organização da produção - gestão 
da produção 
Organização da produção - gestão 
de stocks e logística 
Práticas de técnicas de fabrico - 
fabrico de permutadores 
Eletricidade e eletrónica - diagramas 
de circuitos de alerta, comando e 
controlo 
Eletricidade e eletrónica - 
programação de autómatos 
Práticas de instalação e montagem - 
instalação de um sistema de 
aquecimento 
Práticas de instalação e montagem - 
instalação de um sistema de 
refrigeração 
Prática de manutenção - 
manutenção de grupos 
motocompressores 
Prática de manutenção - 
manutenção de torres e condutas 
adequadas à instalação de sistemas industriais de 
climatização. 
25. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas 
de verificação e ensaio do funcionamento dos 
sistemas domésticos e comerciais de climatização. 
26. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas 
de verificação e ensaio do funcionamento dos 
sistemas industriais de climatização. 
27. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e 
de manutenção de sistemas domésticos, comerciais e 
industriais de climatização. 
28. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de 
sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 
29. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de 
sistemas domésticos, comerciais e industriais de 
climatização. 
30. Utilizar as técnicas e os procedimentos de 
substituição de componentes de sistemas comerciais 
e industriais de refrigeração. 
31. Utilizar as técnicas e os procedimentos de 
substituição de componentes de sistemas domésticos, 
comerciais e industriais de climatização. 
32. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas 
comerciais de refrigeração. 
33. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas 
industriais de refrigeração. 
34. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação 
de sistemas comerciais de refrigeração. 
35. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação 
de sistemas industriais de refrigeração. 
36. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas 
domésticos e comerciais de climatização. 
37. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas 
industriais de climatização. 
38. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação 
de sistemas domésticos e comerciais de climatização. 
39. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação 
de sistemas industriais de climatização. 
40. Exprimir-se oralmente e por escrito, de forma a 
facilitar a comunicação com clientes e com outros 
interlocutores. 
41. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de 
orçamentos. 
42. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo 
da atividade desenvolvida. 
43. Aplicar as normas de segurança, higiene, saúde e 
proteção ambiental respeitantes à atividade 
profissional. 
Técnico 
instalador de 
Sistemas 
Solares 
Térmicos 
4 Metrologia ‐ introdução 
Metrologia ‐ técnicas e instrumentos 
Tecnologia dos materiais 
Mecânica dos materiais 
Processos de fabrico 
Corrosão 
Pneumática e hidráulica 
Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no 
1. Utilizar as técnicas de planeamento e organização do 
trabalho. 
2. Utilizar as técnicas de conceção de projetos de 
sistemas solares térmicos de pequena dimensão. 
3. Interpretar projetos de instalação de sistemas 
solares térmicos. 
4. Identificar os equipamentos e acessórios a instalar e 
as condições físicas exigidas à instalação de sistemas 
solares térmicos. 
5. Selecionar os métodos de trabalho e os materiais
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Qualificação 
Referenciais de formação do CNQ 
Nível de 
qualificação 
Unidades de formação de 
curta duração (UFCD) 
Competências visadas 
Trabalho ‐ conceitos básicos 
Empresa 
Qualidade e fiabilidade 
Preparação do trabalho, planeamento e 
orçamentação 
Gestão da manutenção ‐ introdução 
Gestão de projeto 
Desenho técnico ‐ introdução ao CAD, 
desenho geométrico e geometria 
descritiva 
Desenho técnico ‐ representação e 
cotagem de peças 
Desenho técnico ‐ elementos de ligação e 
desenho esquemático 
Desenho técnico ‐ noções de desenho de 
construção civil 
Serralharia de bancada ‐ operações 
elementares 
Maquinação ‐ operações elementares 
Processos de ligação 
Eletricidade 
Instalações elétricas industriais 
Automatismos ‐ introdução 
Mecânica dos fluídos 
Manutenção de orgãos e de 
equipamentos 
Termodinâmica 
Energias 
Energia solar 
Sistemas solares térmicos 
Colectores solares térmicos 
Projecto de sistema solar térmico ‐ 
selecção e dimensionamento 
Projecto de sistema solar térmico ‐ 
construção 
Projecto de sistema solar térmico ‐ 
instalação 
necessários ao desenvolvimento dos trabalhos de 
instalação, de manutenção e de reparação de sistemas 
solares térmicos. 
6. Identificar as diversas fases do trabalho a executar e 
as atividades inerentes às mesmas. 
7. Aplicar as normas e procedimentos de saúde e 
segurança respeitantes à atividade profissional. 
8. Identificar as características e os princípios de 
funcionamento de sistemas solares térmicos. 
9. Identificar e utilizar as técnicas de instalação de 
sistemas solares térmicos. 
10. Identificar os diferentes tipos de materiais e seus 
comportamentos, bem como os equipamentos a 
utilizar na instalação de sistemas solares térmicos. 
11. Identificar e utilizar os equipamentos de medida e 
controlo adequados à instalação, ao arranque e ao 
diagnóstico de anomalias dos sistemas solares 
térmicos. 
12. Identificar e utilizar as técnicas de ensaio de 
sistemas solares térmicos. 
13. Identificar as anomalias em sistemas solares 
térmicos. 
14. Definir e utilizar as técnicas de reparação de 
sistemas solares térmicos de acordo com a anomalia 
detetada. 
15. Identificar e utilizar as técnicas de manutenção de 
sistemas solares térmicos. 
16. Utilizar a documentação técnica respeitante ao 
registo da atividade desenvolvida.
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ARTICULAÇÃO ENTRE AS PROFISSÕES DA CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE PROFISSÕES E A RESPOSTA DE 
QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ 
No quadro seguinte são apresentados dados relativos às respostas formativas do sistema 
nacional de qualificações, no que concerne às saídas profissionais e atividades profissionais do 
setor da construção civil e da energia, identificadas na Classificação Nacional de Profissões, 
que permite verificar a correspondência existente. 
Note‐se que para uma mesma atividade profissional/profissão existe no Sistema Nacional de 
Qualificações mais do que uma modalidade de educação e formação que permite obter as 
respetivas competências. 
Pág. 76
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Pág. 77 
Quadro 6.8 – – Oferta de qualificações dirigidas às profissões da CNP 
Profissão CNP 
Nível 
QNQ 
Cátalogo Nacional de Qualificações 
Formação de Jovens Formação de adultos 
Form. 
Pós 
Secund. 
Cursos 
Profissionais 
Cursos de 
Aprendizagem 
Cursos 
EFA 
Formações 
Modulares 
CET 
Técnico da Construção e Obras Públicas (Agente 
Tec de Arquit. e Eng.) 
5 X 
Medidor Orçamentista 4 X X X X 
Técnico de instalações eléctricas 4 X X X X 
Técnico de refrigeração e climatização (Técnico de 
4 X X X x 
Frio) 
Técnico de manutenção ‐ Electricidade 4 X X X x 
Técnico de redes ‐ Electricidade 
Desenhador Projectista 
Desenhador 4 X X X X 
Pedreiro 2 X X 
Montador de refractários (Assentador de Refract.) 
Cimenteiro 
Vibradorista – Construção Civil 2 X X 
Enformador de “Prefabricados” ‐ Alvenaria 
Montador – Alvenarias Prefabricadas 
Montador de Pré‐Esforçados ‐ Betão 
Encarregado – Trabalhadores de Construção Civil e 
4 X X X X 
Obras Públicas 
Carpinteiro de Limpos 2 X X 
Carpinteiro de Toscos 
Vidraceiro ‐ Colocador 
Canalizador 2 X X 
Montador de Tubagens 
Pintor – Construção Civil 2 X X 
Limpa‐chaminés 
Electromecânico de Elevadores e Aparelhos 
Similares 
Electromecânico de Refrigeração e Climatização 
2 X X 
(Electromec. de Frio) 
Electricista – Montador de Instalações de Alta 
Tensão 
Electricista – Montador de Instalações de Baixa 
Tensão 
2 X X 
Electricista de Redes – Distribuição de Energia 
Eléctrica 
Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X X 
Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X X 
Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X X
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 78 
6.1.4 Dados quantitativos relativos à oferta formativa 
CURSOS DE APRENDIZAGEM ‐ NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO 
Estes cursos são realizados em centros de formação profissional da rede do IEFP, I. P., noutras 
entidades tuteladas pelo ministério responsável pela área da formação profissional e em 
entidades formadoras públicas e privadas devidamente certificadas no âmbito do sistema de 
certificação de entidades formadoras. 
No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de 
trabalho, em regime de alternância, e quanto às áreas de educação e formação 
referenciadas, a frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de 
eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à 
funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular incidência dentro deste grupo dos cursos 
referentes a qualificações relativas a instalações elétricas, climatização e instalação de 
sistemas solares térmicos. 
No âmbito desta oferta formativa a área de educação e formação de construção civil e 
engenharia civil é a que apresenta menor nº de alunos em frequência.
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no Sector da Construção 
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Quadro 6.9. – Nº de alunos inscritos em Cursos de Aprendizagem em 31 de Dezembro de 2011 
Pág. 79 
NUT II 
Cursos – formação realizada em 2011 Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Total 
Geral 
CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL 5 15 29 27 186 262 
TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5 15 78 98 
TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS 9 12 21 42 
TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA 9 15 55 79 
TÉCNICO DE TOPOGRAFIA 11 32 43 
ELECTRICIDADE E ENERGIA 56 43 202 352 833 1486 
TÉCNICO DE ELETROTECNIA 12 12 
TÉCNICO DE GÁS 16 16 
TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 6 7 59 76 188 336 
TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 40 26 41 94 220 421 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE 
20 49 69 
BIOENERGIA 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS 17 20 31 68 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES 
FOTOVOLTAICOS 
10 32 144 186 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES 
TÉRMICOS 
10 53 142 173 378 
ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO 35 57 263 355 
TÉCNICO DE ELETRÓNICA E 
TELECOMUNICAÇÕES 
35 47 188 270 
TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E 
COMANDO 
10 75 85 
Total Geral 61 58 266 436 1282 2103
A 
q 
c 
TÉC 
permite uma 
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TÉCNICO 
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DE ELETRÓNIC 
TÉCN 
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NICO DE ELETRÓ 
TÉCNICO INS 
ÃO E COMANDO 
ÓNICA E TELECO 
STALADOR DE S 
NICO INSTALAD 
A 
c 
r 
q 
ELECTRÓNICA E 
AUTOMAÇÃO 
CONSTRUÇÃO CIVIL E 
ENGENHARIA CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA 
Figura 6.2 
que visam a 
climatização 
O 
OMUNICAÇÕES 
SISTEMAS SOLA 
DOR DE SISTEM 
T 
S 
ARES TÉRMICOS 
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TÉCNICO INSTA 
TÉCNICO 
S 
OTOVOLTAICOS 
ALADOR DE SIST 
O INSTALADOR 
T 
S 
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DE SISTEMAS D 
TÉCNICO DE REF 
TÉ 
FRIGERAÇÃO E 
TÉCNICO 
TÉCNICO D 
S 
DE BIOENERGIA 
A 
CLIMATIZAÇÃO 
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O 
ÕES ELÉCTRICAS 
TÉ 
S 
ÉCNICO DE GÁS 
TÉCNICO DE 
TÉCNICO D 
S 
ELETROTECNIA 
A 
DE TOPOGRAFIA 
DE OBRA/COND 
TÉCNICO D 
A 
UTOR DE OBRA 
DE MEDIÇÕES E 
ÉCNICO DE DES 
Figura 6.2 D 
SENHO DA CON 
Distribuição de 
distribuição 
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qualificações 
A 
ORÇAMENTOS 
S 
STRUÇÃO CIVIL 
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egião Norte 
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L 
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Formação pa 
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43 
42 
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68 
8 
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UILD‐UP SKILLS 
veis e Eficiência 
no Sector da 
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PORTUGAL 
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Construção 
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250 300 3 
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Pág. 80 
1 
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CNICO DE DESE 
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CONSTRUÇÃO CIVIL E 
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ELECTRÓNICA 
E 
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Alen 
TÉ 
TÉ 
TÉCNICO 
TÉ 
TÉ 
TÉCNICO INST 
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TÉCNICO D 
OMUNICAÇÕES 
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CURSOS PROFIS 
Estes cursos 
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No que respe 
rabalho, ass 
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eferenciadas 
eletricidade e 
TÉCNICO DE 
TÉCNICO DE 
TÉCNICO D 
FO 
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TÉCNICO DE 
TÉCNICO DE E 
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Lisboa 
O E COMANDO 
6.3. Distribui 
SSIONAIS – NÍV 
são desenv 
vada. 
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Norte 
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VEL 4 DE QUA 
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ALIFICAÇÃO 
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An 
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PORTUGAL 
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Pág. 81
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
funcionalidade dos edifícios – 71% ‐ com particular incidência dentro deste grupo dos cursos 
relativos a energias renováveis e instalações elétricas. 
Salienta‐se o n.º de alunos em frequência no curso relativo à qualificação de técnico de 
eletrónica, automação e comando, não apenas no conjunto dos cursos profissionais mas 
sobretudo em relação ao n.º de alunos em formação para a mesma qualificação nos cursos de 
aprendizagem. 
Tal como nos cursos de aprendizagem é a área da construção civil e engenharia civil que 
apresenta menor n.º de alunos, mesmo quando associamos o n.º de alunos em frequência no 
curso relativo à qualificação de técnico de recuperação do património edificado, o qual por 
razões técnico‐científicas se encontra integrado na área de educação e formação de História e 
Arqueologia. 
Pág. 82 
Quadro 6.10. – Nº de alunos inscritos em Cursos Profissionais em 31 de Dezembro de 2011 
Formação realizada 2011 NUT II 
Área de educação e formação Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Total Geral 
Construção Civil e Engenharia Civil 10 33 350 173 226 792 
Técnico de Construção Civil 10 33 350 173 226 792 
Eletricidade e Energia 489 465 2324 1196 2595 7069 
Técnico de Eletricidade Naval 18 13 48 79 
Técnico de Eletrotecnia 49 428 52 429 958 
Técnico de Energias Renováveis 240 269 1288 794 1459 4050 
Técnico de Frio e Climatização 35 42 79 98 122 376 
Técnico de Gás 34 8 42 
Técnico de Instalações Elétricas 165 136 482 204 577 1564 
Eletrónica e Automação 151 20 440 580 794 1985 
Técnico de Eletrónica e 
13 127 265 118 523 
Telecomunicações 
Técnico de Eletrónica, Automação e 
Comando 
66 20 299 292 519 1196 
Técnico de Eletrónica, Automação e 
Instrumentação 
72 14 23 157 266 
História e Arqueologia 25 49 74 
Técnico de Recuperação do 
Património Edificado 
25 49 74 
Total Geral 650 518 3114 1974 3664 9920 
A Figura 6.4 permite evidenciar a tendência de formação dos jovens para as qualificações 
relacionadas com as energias renováveis (eólica, solar fotovoltaica e solar térmica e 
bioenergia).
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
74 
TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO 
TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO 
TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO 
TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES 
TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 
TÉCNICO DE GÁS 
TÉCNICO DE FRIO E CLIMATIZAÇÃO 
TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS 
TÉCNICO DE ELECTROTECNIA 
TÉCNICO DE ELECTRICIDADE NAVAL 
Figura 6.4. Distribuição de alunos por área de educação e formação e por Cursos Profissionais 
HISTÓRIA E 
ARQUELOGIA 
Nesta modalidade de educação e formação – Cursos Profissionais ‐ observa‐se uma maior 
distribuição da oferta pelas regiões (caso do curso de eletrónica, automação e comando), 
ainda que se verifique, tal como nos cursos de aprendizagem, ofertas não existentes em todas 
as regiões – técnico de gás e técnico de recuperação do património edificado. 
Verifica‐se de igual modo que a região Norte, ainda que não apresente oferta para todos os 
cursos referenciados é aquela que maior diversidade de oferta disponibiliza. 
Pág. 83 
792 
79 
958 
4050 
376 
42 
1564 
523 
1196 
266 
0 500 10001500200025003000350040004500 
TÉCNICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
CONSTRUÇÃ 
O CIVIL E 
ENGENHARIA 
CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO
TÉ 
HISTÓRIA E 
ARQUELOGIA 
CONSTRUÇÃ 
O CIVIL E 
ENGENHARIA 
CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO 
ALENTEJO 
TÉCNICO DE RE 
CUPERAÇÃO DO PAT 
ÉCNICO DE ELECTRÓ 
TRIMÓNIO EDIFICADO 
NICA, AUTOMAÇÃO 
TÉCNICO DE E 
ELECTRÓNICA, AUTO 
TÉCNICO 
DE ELECTRÓNICA E 
ALGARVE C 
O 
E INSTRUMENTAÇÃO 
O 
MAÇÃO E COMANDO 
TÉCNICO DE INST 
O 
TELECOMUNICAÇÕE 
ES 
TALAÇÕES ELÉCTRICA 
TÉCNICO DE F 
AS 
TÉCNICO DE GÁ 
ÁS 
FRIO E CLIMATIZAÇÃO 
TÉCNICO DE EN 
O 
NERGIAS RENOVÁVEI 
TÉCNICO 
IS 
O DE ELECTROTECNIA 
TÉCNICO DE EL 
A 
LECTRICIDADE NAVA 
TÉCNICO DE 
AL 
E CONSTRUÇÃO CIVI 
CENTRO LISBO 
OA NORTE 
Figu 
IL 
ra 6.5 Distrib 
0% 10% 2 
20% 30% 40 
uição de Curs 
Formação pa 
UILD‐UP SKILLS 
veis e Eficiência 
no Sector da 
nálise do Estad 
0% 50% 60% 
sos Profission 
BU 
ara as Renováv 
An 
% 70% 80% 
ais por NUT I 
I 
PORTUGAL 
a Energética 
Construção 
do da Arte 
90% 100% 
Pág. 84
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULOTS – NÍVEL 2 E NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO 
Estes cursos são desenvolvidos em centros de formação profissional, entidades formadoras 
certificadas, escolas profissionais e escolas básicas e secundárias, da rede pública e privada. 
No que respeita a esta modalidade de educação e formação, que visa qualificar adultos para a 
reinserção e melhoria das competências dos ativos, associando a formação teórica à formação 
técnica com formação em contexto de trabalho, em entidades dos setores de atividade, os 
dados que são passíveis de apresentação neste relatório permitem verificar as variações da 
oferta formativa e do nº de alunos em frequência de 2010 para 2011. 
De 2010 para 2011 verifica‐se uma diminuição do n.º de alunos de cerca de 75%, a par da 
diminuição das ofertas formativas nas várias áreas de educação e formação em análise. 
As qualificações de nível 2 de qualificação do QNQ que correspondem a uma habilitação 
escolar de nível básico, aumentaram o nº de alunos verificando‐se contudo que apenas para 
uma qualificação existiu formação – soldador. 
Relativamente ao nível 4 de qualificação do QNQ não foi realizada formação para as 
qualificações de técnicos de topografia, de eletrotecnia, de instalador de sistemas de 
bioenergia e de instalador de sistemas eólicos, no período considerado. 
Pág. 85
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 86 
Quadro 6.11 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2010 
NUT II 
Área de educação e formação – cursos EFA Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte N.º Alunos 
Nível 2 de qualificação do QNQ 16 28 21 65 
Construção civil e engenharia civil 12 12 
Pedreiro 12 12 
Metalurgia e Metalomecânica 16 16 21 53 
Serralheiro Civil 21 37 
Soldador 16 16 16 
Nível 4 de qualificação do QNQ 210 36 502 501 879 2128 
Construção civil e engenharia civil 84 24 124 123 288 643 
Técnico de desenho de construção civil 15 34 118 167 
Técnico de medições e orçamentos 18 13 35 35 101 
Técnico de obra/condutor de obra 66 24 58 54 114 316 
Técnico de topografia 38 21 59 
Eletricidade e energia 112 12 367 364 506 1361 
Técnico de electrotecnia 21 20 41 
Técnico de gás 14 33 47 
Técnico de instalações elétricas 36 80 29 98 243 
Técnico de refrigeração e climatização 30 104 53 187 
Técnico inst. sistemas de bioenergia 12 15 27 
Técnico inst. sistemas eólicos 21 21 
Técnico instalador de sistemas solares 
32 81 101 113 327 
fotovoltaicos 
Técnico instalador de sistemas solares térmicos 44 141 76 207 468 
Eletrónica e automação 14 11 14 85 124 
Técnico de electrónica e telecomunicações 14 11 70 84 
Técnico de eletrónica, automação e comando 14 15 40 
Total Geral 226 36 530 522 879 2193
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no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 87 
Quadro 6.12 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2011 
NUT II 
Área de educação e formação – cursos EFA Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte N.º Alunos 
Nível 2 de qualificação do QNQ 19 34 19 72 
Metalurgia e Metalomecânica 19 34 19 72 
Soldador 19 34 19 72 
Nível 4 de qualificação do QNQ 73 36 162 181 56 508 
Construção civil e engenharia civil 16 45 70 131 
Técnico de desenho de construção civil 20 18 38 
Técnico de medições e orçamentos 18 18 
Técnico de obra/condutor de obra 16 25 34 75 
Eletricidade e energia 58 20 95 70 56 299 
Técnico de gás 18 18 
Técnico de instalações elétricas 11 20 19 56 106 
Técnico de refrigeração e climatização 31 31 
Técnico instalador de sistemas solares 
31 31 33 95 
fotovoltaicos 
Técnico instalador de sistemas solares térmicos 16 33 49 
Eletrónica e automação 15 22 41 78 
Técnico de eletrónica, automação e comando 15 22 41 78 
Total Geral 92 36 162 215 75 580 
O gráfico abaixo permite observar notoriamente a diminuição do n.º de alunos nas ofertas 
formativas do ano de 2010 para o ano de 2011. 
É de realçar a quebra nos cursos das qualificações de técnico instalador de sistemas solares 
térmicos (aprox. 89%), técnico de refrigeração e climatização (aprox. 83%) e técnico de 
medições e orçamentos (aprox. 80%). 
Salienta‐se que no caso da qualificação de técnico de refrigeração e climatização a tendência é 
contrária à das formações para jovens.
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
21 
47 
41 
18 
16 
37 
78 
TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO 
TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS 
TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA 
TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 
TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
TÉCNICO DE GÁS 
TÉCNICO DE ELETROTECNIA 
TÉCNICO DE TOPOGRAFIA 
TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA 
TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS 
TÉCNICO DE DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
SOLDADOR 
SERRALHEIRO CIVIL 
ELETRÓNICA E 
AUTOMAÇÃO 
A 
CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA 
METALURGIA E 
METALOMECÂNIC 
CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA 
Figura 6.6 ‐ Distribuição de alunos por ano, por área de educação e formação e por Cursos EFA e nível 
Pág. 88 
de qualificação. 
12 
167 
101 
316 
59 
243 
187 
27 
327 
468 
84 
40 
72 
38 
75 
18 
106 
31 
95 
49 
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 
PEDREIRO 
CONSTR 
UÇÃO 
CIVIL E 
ENGENH 
ARIA 
CIVIL 
2 4 
2011 2010
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Os gráficos seguintes revelam os seguintes aspetos, relativos à formação desenvolvida através 
de Cursos EAF: 
Pág. 89 
ƒ Cursos concentrados em algumas regiões: 
2010 – Pedreiro, soldador e Técnico instalador de sistemas eólicos 
2011 ‐ Técnico de gás, técnico de refrigeração e climatização e técnico de 
medições e orçamentos 
ƒ Regiões com pouca diversidade de oferta: 
2010 – Algarve e Alentejo 
2011 – Algarve e Norte
2 4 
CONSTR 
UÇÃO 
CIVIL E 
ENGENH METALURGIA E 
ELETRÓNICA E 
AUTOMAÇÃO 
CONSTRUÇÃO CIVIL E 
ENGENHARIA CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA 
ARIA 
CIVIL 
Alente 
TÉCNICO DE ELET 
TRÓNICA, AUTOMA 
TÉCNICO DE 
AÇÃO E COMANDO 
E ELETRÓNICA E TE 
TÉCNICO T 
INSTALAD 
TÉCNICO 
O 
ELECOMUNICAÇÕES 
OR DE SISTEMAS S 
O INSTALADOR DE 
S 
SOLARES TÉRMICOS 
SISTEMAS SOLARE 
S 
ES FOTOVOLTAICOS 
O INSTALADOR DE 
S 
SISTEMAS EÓLICOS 
ALADOR DE SISTEM 
S 
MAS DE BIOENERGIA 
O DE REFRIGERAÇÃ 
A 
O E CLIMATIZAÇÃO 
TÉCNICO DE INSTA 
O 
ALAÇÕES ELÉTRICAS 
TÉCNICO 
S 
TÉCNICO DE GÁ 
S 
O DE ELETROTECNIA 
TÉCNIC 
A 
CO DE TOPOGRAFIA 
NICO DE OBRA/CO 
A 
ONDUTOR DE OBRA 
A 
ES E ORÇAMENTOS 
CNICO DE MEDIÇÕ 
DE DESENHO DE C 
ve Centro 
Figura 6.7 
METALOMECÂNI 
CA 
ejo Algarv 
TÉCNICO 
TÉCNICO INSTA 
TÉCNICO 
T 
TÉC 
TÉC 
TÉCNICO D 
S 
CONSTRUÇÃO CIVI 
L 
SOLDADOR 
R 
SERRALHEIRO CIVI 
o Lisboa 
7 ‐ Distribuiçã 
S 
ão de Cursos E 
L 
PEDREIRO 
Norte 
O 
EFA no ano de 
Formação pa 
0% 10% 20% 
UILD‐UP SKILLS 
veis e Eficiência 
no Sector da 
nálise do Estad 
% 30% 40% 5 
e 2010, por ní 
BU 
ara as Renováv 
An 
PORTUGAL 
a Energética 
Construção 
do da Arte 
50% 60% 70% 
ível de qualifi 
% 80% 90%100% 
icação e por N 
NUT II 
Pág. 90
ELETRÓNIC 
METALURGI 
A E 
A E 
AUTOMAÇÃ 
METALOME CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA 
2 4 
Alentejo 
TÉ 
NICA, AUTOMAÇÃ 
ÉCNICO DE ELETRÓ 
TÉCN 
NICO INSTALADOR 
TÉCNICO IN 
ÃO E COMANDO 
DE SISTEMAS SOLA 
NSTALADOR DE SIST 
Figura 6.8 
CÂNICA CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA O 
Algarve 
ARES TÉRMICOS 
TEMAS SOLARES FO 
TÉCNICO DE 
TÉC 
REFRIGERAÇÃO E 
OTOVOLTAICOS 
CLIMATIZAÇÃO 
NICO DE INSTALAÇ 
TÉCNICO 
ÇÕES ELÉTRICAS 
T 
ÉCNICO DE GÁS 
O DE OBRA/COND 
TÉCNIC 
UTOR DE OBRA 
CO DE MEDIÇÕES E 
TÉCNICO DE D 
DESENHO DE CON 
Centro L 
Lisboa Nor 
8 ‐ Distribuiçã 
ORÇAMENTOS 
STRUÇÃO CIVIL 
te 
ão de Cursos E 
0% 
SOLDADOR 
% 10% 20% 3 
EFA no ano de 
Formação pa 
UILD‐UP SKILLS 
veis e Eficiência 
no Sector da 
nálise do Estad 
30% 40% 50% 
e 2011, por ní 
BU 
ara as Renováv 
An 
PORTUGAL 
a Energética 
Construção 
do da Arte 
% 60% 70% 80% 
ível de qualifi 
% 90%100% 
icação e por N 
NUT II 
Pág. 91
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 92 
6.1.5 Apreciação global 
Em síntese, constata‐se através dos dados apresentados os seguintes aspetos que se relevam, 
no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações: 
ƒ Assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às qualificações e 
quanto às modalidades de educação e formação; 
ƒ Investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias 
renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, 
especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer 
fotovoltaicos quer térmicos; 
ƒ Diminuição abrupta em 2011 da oferta formativa para os adultos, ao nível da 
modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas 
ao setor da construção e energia. 
Relativamente às formações modulares no âmbito do SNQ/CNQ, destinadas a ativos, no 
contexto da formação contínua, bem como às formações pós‐secundárias não superiores 
(CET), os respetivos processos de monitorização encontram‐se em fase de implementação.
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
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6.2 Cursos de formação para a eficiência energética e energias renováveis nos 
edifícios 
A Direção Geral de Energia e Geologia, pela Portaria 1451/2004 de 26 de Novembro, 
entretanto revogada pelo Decreto‐Lei nº 92/2011, de 27 de Julho, enquanto entidade 
certificadora foi‐lhe atribuída a competência para emitir os CAP (certificação de Aptidão 
Profissional) e reconhecer cursos de formação para técnicos instaladores de sistemas solares 
térmicos. Neste âmbito, foram reconhecidas, pela DGEG, 37 entidades formadoras que 
formarem 10.135 instaladores de Sistemas Solares Térmicos. 
A estas entidades foi solicitada resposta a um questionário relativo às formações que 
ministravam no setor da energia. Obteve‐se resposta de 11 entidades que seguidamente se 
analisa. De notar que, alguma da formação aqui identificada poderá já estar incluída na análise 
da formação inserida no SNQ, explicitada no ponto anterior deste relatório. 
Tendo em consideração a variedade de ações de formação, dividiu‐se as formações realizadas 
em gás, eletricidade, eficiência energética, sistemas solar térmico e sistemas AVAC, tendo sido 
apenas contempladas aquelas que se encontravam no período compreendido entre os anos 
de 2005 e 2012. 
No Quadro 6.13 encontra‐se a distribuição das ações de formação pelas categorias acima 
indicadas. 
Pág. 93 
Quadro 6.13 ‐ Distribuição das ações de formação. 
Área de 
formação 
N.º Formandos 
Formandos 
Aprovados 
Horas de 
formação 
N.º 
Formações 
H. 
formação X 
formando 
Formandos 
aprovados 
Gás 282 271 4.945 26 131.838 96% 
Eletricidade 750 693 48.545 59 609.996 92% 
Solar Térmico 1.008 791 23.529 54 391.092 78% 
AVAC 24 23 48 2 1.108 96% 
Eficiência 
Energética 
26 13 94 3 2.444 50% 
total 2.090 1.791 77.161 144 1136.478 86% 
Seguidamente é feita uma análise das ações de formação para cada uma das categorias 
identificadas. De notar que as ações de formação aqui consideradas podem ser formações 
iniciais (de longa duração) ou formação contínua (de curta duração e, que se trata de dados 
relativos á formação desenvolvida apenas por 11 empresas. 
6.2.1 Formação para técnicos de gás: 
Realizaram‐se 26 ações de formação de gás, tendo sido frequentadas por 282 formandos. 
Destas ações 24 tiveram uma carga horária inferior a 1000 horas e foram frequentadas por 
250 formandos, enquanto 32 tiveram uma carga horária superior a 1000 horas.
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 94 
Quadro 6.14 ‐ Ações de formação de gás. 
Gás N.º Formandos Formandos 
aprovados 
N.º 
Formações 
Formandos 
aprovados 
Diferencial de horas 
Inferior a 1000h 250 245 24 98% Entre 8h e 225h 
Superior a 1000h 32 26 2 81% Entre 2045h e 2080h 
6.2.2 Formação para técnicos de eletricidade: 
Dentro desta categoria encontram‐se as ações de formação de especialistas de eletricidade e 
de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 
Quadro 6.15 ‐ Ações de formação de especialistas de eletricidade 
e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. 
Eletricidade 
N.º 
Formandos 
Formandos 
aprovados 
N.º 
Formações 
Formandos 
aprovados 
Diferencial de horas 
Fotovoltaico (inf. 
1000h) 
241 217 16 90% Entre 32h e 175h 
Fotovoltaico (sup. 
1000h) 
14 10 1 71% 2070h 
Eletricidade (inf. 
1000h) 
151 145 10 96% Entre 25h e 100h 
Eletricidade (sup. 
1000h) 
344 321 32 93% Entre 1060h e 3anos 
Total Inferior a 
1000h 
392 362 26 92% Entre 25h e 175h 
Total Superior a 
1000h 
358 331 33 92% Entre 1060h e 3anos 
Formação a decorrer 87 Decorrer 5 Decorrer Entre 2070h e 3anos 
Realizaram‐se 59 cursos de eletricidade frequentados por 750 formandos, com uma oscilação 
de horas de formação entre as 25h e os 3 anos. A formação no ramo de eletricidade foi divida 
em sistemas de fotovoltaico e em eletricidade. 
Dentro de cada uma das especialidades, foi realizado um tratamento aos dados fornecidos 
para em formações inferiores a 1000horas e superiores a 1000h 
6.2.3 Formação para técnicos de solar térmico: 
Realizaram‐se 54 ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos 
frequentadas por 1008 formandos, sendo que o número de horas de cada ação oscila entre as 
25h e as 3291h.
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 95 
Quadro 6.16 ‐ Ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos. 
Solar térmico N.º 
Formandos 
Formandos 
aprovados 
N.º 
Formações 
Formandos 
aprovados 
Diferencial de horas 
Inferior a 1000h 815 738 45 91% Entre 25h e 125h 
Superior a 1000h 183 53 9 29% Entre 1180h e 3291h 
Formação a 
45 Decorrer 3 Decorrer Entre 40h e 3anos 
decorrer 
6.2.4 Formação para técnicos de AVAC: 
Realizaram‐se 3 ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC frequentados por 24 
formandos, com uma carga horária de24h. 
Quadro 6.17 ‐ Ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC. 
AVAC N.º 
Formandos 
Formandos 
aprovados 
N.º 
Formações 
Formandos 
aprovados 
Diferencial 
de horas 
Inferior a 1000h 24 23 2 96% 24h 
Formação a 
decorrer 
7 Decorrer 1 Decorrer 76h 
6.2.5 Formação para técnicos de Eficiência Energética: 
Houve 3 cursos sobre o tema da Eficiência Energética frequentados por 26 formandos com 
uma oscilação de horas de formação entre as 16h e as 370h. 
Quadro 6.18 – Cursos sobre eficiência energética. 
Efcicência 
Energética 
N.º Formandos Formandos 
aprovados 
N.º Formações Formandos 
aprovados 
Diferencial de horas 
Inferior a 1000h 26 13 3 50% Entre 16h e 44h 
Formação a 
decorrer 
7 Decorrer 3 Decorrer Entre 350h e 370h
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
7 LACUNAS DE COMPETÊNCIAS ENTRE A SITUAÇÃO ATUAL E AS 
Pág. 96 
NECESSIDADES PARA 2020 
(a completar até ao final do mês de Junho)
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Pág. 97 
8 BARREIRAS 
Como já foi referido na parte inicial deste relatório, foram aplicados 4 inquéritos a empresas 
(Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), 
entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV, com um total de 29 respostas. 
Da avaliação das respostas aos inquéritos, até a esta fase do Projeto, foi possível concluir que, 
do ponto de vista das empresas, são duas as principais barreiras à formação: inexistência de 
oferta formativa adequada às necessidades das empresas (3,7) e, fatores económicos (3,4). 
Quanto aos restantes Grupos que responderam ao questionário, o maior constrangimento foi 
atribuído aos fatores económicos (4,1 e 4), seguido, no caso das associações empresariais, 
industriais, profissionais e sindicatos, do tempo a disponibilizar pelas empresas (3,9) e, no caso 
das entidades formadoras, a inexistência de oferta formativa (3,7). 
Fatores económicos 
Funcionais 
trabalhadores para frequência da … 
0 1 2 3 4 5 
Tempo a disponibilizar aos 
Inexistência de oferta formativa 
adequada às necessidades da empresa 
Motivação dos trabalhadores 
Outras 
Não existem 
Maior constragimento 
Figura 8.1 ‐ Principais constrangimentos da empresa relativamente à formação dos trabalhadores.
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Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
0 1 2 3 4 5 
Fatores económicos 
Tempo a disponibilizar pelas empresas 
aos trabalhadores para frequência da … 
Inexistência de oferta formativa 
adequada às necessidades das empresas 
Motivação dos trabalhadores 
Regulamentação da atividade 
Outras 
insuficiente 
Não existem 
Figura 8.2 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do 
ponto de vista das associações profissionais, sindicatos, associações empresariais e industriais e 
Pág. 98 
outros. 
Fatores económicos 
Tempo a disponibilizar pelas empresas 
aos trabalhadores para frequência da … 
Inexistência de oferta formativa 
adequada às necessidades das empresas 
Motivação dos trabalhadores 
Outras 
Figura 8.3 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do 
ponto de vista das entidades formadoras. 
Em resposta a questões não pré‐definidas nos questionários (“outros”) foram identificados 
algumas reveladoras de ceticismo face à importância e à qualidade da oferta formativa: 
ƒ A formação nem sempre traz rentabilidade às empresas, pois a aposta em 
formação nem sempre é um factor competitivo entre empresas; 
ƒ A formação é generalista e de fraca qualidade; 
ƒ Melhoria da qualidade dos formadores; 
Maior constragimento 
0 1 2 3 4 5 
Não existem 
Maior constragimento
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Pág. 99 
ƒ Falta de aplicações práticas; 
ƒ Fraca relação com o público e pouca publicidade dos temas; 
ƒ Pouca noção do valor atribuído ao conforto e poupança; 
ƒ Existência de uma cultura social e inconsciente virada para o desperdício. 
Enquanto outras, por outro lado, consideram que a formação é indispensável para a 
competitividade e modernidade das empresas: 
ƒ A formação é essencial pois a competência técnica é um factor crítico nas 
empresas; 
ƒ Com a formação é possível otimizar os procedimentos de trabalho e levar à 
utilização de equipamentos e materiais mais eficientes e adequados; 
ƒ A formação dos profissionais é fundamental para uma boa utilização e aplicação 
das tecnologias disponíveis, não só para que haja oferta suficiente, mas também 
para a própria credibilidade dos sistemas; 
ƒ A formação tem um papel importantíssimo, desde que seja adequada aos vários 
níveis de intervenção nas diversas fases dos projectos. 
Face ao número relativamente reduzido de respostas ao inquérito, considera‐se que a questão 
das barreiras à formação e à qualificação constitui uma das questões criticas a reforçar nas 
discussões subsequentes com os diferentes stakeholders, não apenas numa perspetiva de 
confirmação das barreiras e constrangimentos já identificados, como também para identificar 
outras, e sobretudo concertar propostas de melhoria.
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Pág. 100 
9 CONCLUSÕES 
Uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada 
e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders 
nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das 
competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência 
energética e renováveis. 
Neste sentido, a análise do sector da construção, incluindo o emprego, e das políticas 
nacionais nos domínios da energia e da educação e formação revela‐nos um sector 
claramente afetado pela crise económica atual, cuja importância para a economia nacional 
quer do ponto de vista do contributo para o PIB quer para o VAB, tem vindo a decrescer na 
última década. Também ao nível do emprego este decréscimo se verifica. 
Não obstante, o emprego é maioritariamente qualificado, ou seja exerce profissões 
qualificadas – 74% são profissionais qualificados ‐, apresentando no entanto baixos níveis de 
habilitações escolares – 86% tem apenas o ensino básico. 
A aposta no desenvolvimento de competências que contribuem para aumentar o valor 
acrescentado das atividades no sector da construção e da energia, e a requalificação 
profissional de alguns dos trabalhadores deste sector, parecem ser duas linhas de aposta para 
responder às dificuldades de desenvolvimento e de crescimento deste sector. A aposta na 
qualidade dos serviços e produtos é fundamental para cumprir este desígnio. 
Do ponto de vista das respostas do sistema nacional de qualificações, o levantamento 
efetuado neste relatório permitiu concluir que: 
ƒ Existe uma grande diversidade de oferta de formação inicial dirigidos a jovens, mas 
também a adultos. 
ƒ A formação dirigida aos jovens ‐ Cursos de Aprendizagem e Cursos profissionais, a 
frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de 
eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização 
associada à funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular incidência dentro 
deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a instalações elétricas, 
climatização e instalação de sistemas solares térmicos. Em contrapartida, a área da 
construção civil e engenharia civil é a que apresenta menor número de alunos em 
frequência. 
ƒ A formação dirigida a adultos (Cursos EFA) apresenta uma concentração de alguns 
cursos em algumas regiões, como por exemplo o caso dos cursos de Pedreiro, 
soldador e Técnico instalador de sistemas eólico realizados em 2010 na região 
centro, ou os cursos de Técnico de gás, e técnico de medições e orçamentos 
realizados 2011, em Lisboa. 
ƒ A oferta de formação de adultos (cursos EFA), registou uma redução significativa 
em 2011, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. 
Na realidade podemos concluir que, por um lado, existem algumas assimetrias regionais 
relativamente à oferta formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de 
educação e formação e, por outro lado, regista‐se um maior investimento nas formações
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relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de 
jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente no que respeita à instalação de 
equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos. 
Quanto à formação contínua dos ativos, registámos alguma dificuldade na recolha de dados 
sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo de 
monitorização se encontra em implementação) quer no âmbito de formação contínua da 
responsabilidade exclusivamente das empresas e de esquemas de certificação sectoriais. 
Paralelamente, consideramos igualmente que as questões relativas aos mecanismos de 
certificação de atividades económicas neste sector da Construção que implicam a 
regulamentação de acesso ao exercício de atividades profissionais não estão suficientemente 
explícitas e desenvolvidas neste relatório, pelo que esta será uma matéria a desenvolver na 
fase seguinte deste trabalho, através de uma articulação mais estreita com os diferentes 
intervenientes na identificação e desenvolvimento o desenvolvimento de competências dos 
profissionais deste setor. 
Ainda no âmbito deste estudo e resultante de um inquérito aplicado a um conjunto de 
entidades, foram identificadas como principais barreiras à qualificação dos profissionais deste 
sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020: 
Pág. 101 
ƒ A inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas; 
ƒ Os fatores económicos; 
ƒ O tempo a disponibilizar pelas empresas. 
Em síntese, e considerando que se vem verificando uma mudança de hábitos de consumo no 
que concerne à utilização das diferentes fontes de energia, quer por via de uma maior 
consciencialização das vantagens e importância dessas fontes quer por via dos normativos 
internacionais e nacionais em vigor, existe necessidade de uma reflexão profunda sobre as 
implicações que estas alterações nos hábitos de consumo trazem para a qualificação dos 
profissionais do sector. 
Importa assim, na fase seguinte deste trabalho analisar em profundidade que novas 
competências estão a ser requeridas em algumas especializações de atividades profissionais 
deste sector da construção, designadamente as que tem uma ligação estreita com a utilização 
final da energia, sobretudo quando enquadrados em esquema de certificação sectorial.
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10 AUTORES/CONTRIBUIDORES 
Autores 
Agência para a Energia (ADENE) 
Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) 
Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) 
Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) 
Contributos 
Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) 
Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotógrafo e Eletrónico 
(AGEFE) 
Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) 
Associação Nacional de Escola Profissionais (ANESPO) 
Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) 
Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) 
Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) 
Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) 
Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) 
Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte 
(CICCOPN) 
Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) 
Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 
Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) 
Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) 
Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL)
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11 REFERÊNCIAS 
AECOPS (2012), Análise Regional. 
Afonso, O. e Gonçalves, N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de 
Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 
BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the 
energy performance of buildings. 
Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, 
Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. 
CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. 
DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. 
Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério da Solidariedade e Segurança Social (GEP) 
(2010), Quadro de Pessoal 2007, 2008 e 2009. 
Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) (2011), Dados sobre as ofertas 
formativas. Sistema de Informação e Gestão da Oferta educativa e Formativo (SIGO). 
FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59, Fevereiro 2012. 
InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 
InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. 
InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. 
INE (2010), Estatísticas da construção e habitação. 
INE (2011), Edifícios concluídos no 4º Trimestre de 2011. 
INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. 
INE (2012), Contas Nacionais. 
INE (2012), Contas Nacionais Trimestrais. 
INE (2012), Resultados provisórios do CENSOS 2011. 
INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. 
Martins, C (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho 
final de mestrado em engenharia civil do IST. 
OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, 
Labour and Social Affairs Committee. 
Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências 
recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, 
n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 
Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. 
Relatório SCE Síntese Fevereiro 2011 – Estatísticas SCE
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Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência 
Energética (PNAEE)— Portugal Eficiência 2015. 
Revista de Estudos Demográficos, n.º 45, 2009 – Pessoas Migrantes 
THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. 
Pág. 104 
Sítios da internet 
www.anqep.gov.pt 
www.catalogo.anqep.gov.pt 
www.gestaodefraude.eu 
www.poph.qren.pt 
www.pordarta.pt 
Legislação 
Portaria nº 283/2011, de 24 de Outubro 
Portaria nº 475/2010, de 8 de Julho 
Portaria nº 474/2010, de 8 de Julho 
Portaria nº 782/2009, de 23 de Julho 
Portaria nº 1497/2008, de 31 de Dezembro 
Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro 
Decreto‐Lei nº 88/2006, de 23 de Maio 
Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril 
Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril 
Portaria nº 256/2005 de 16 de Março 
Portaria nº 550‐C/2004, de 21 de Maio 
Classificação das Atividades Económicas – CAE Rev. 3 
Classificação Nacional de Profissões – CNP 94
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12 GLOSSÁRIO 
Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) ‐ Indivíduo que exerce uma atividade sob a 
autoridade e direção de outrém, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a 
forma escrita, e que lhe confere o direito a uma remuneração, a qual não depende dos 
resultados da unidade económica para a qual trabalha.
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ANEXO A 
Quadros de apoio ao Capitulo 5.2 Análise Estatística do Emprego 
Quadro A1 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a 
variação em 2007‐2009 
PROFISSÃO - CNP 2007 2009 
Total Geral 
(2007 a 2009) 
% 
(2007 a 
2009) 
311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 3.273 2.938 9.437 -10 
311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 755 805 2.344 7 
311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 965 962 2.951 -0,3 
311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 713 747 2.118 5 
311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 109 104 330 -5 
311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 42 29 107 -31 
311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 329 290 965 -12 
311810 - DESENHADOR 652 634 1.981 -3 
712205 - PEDREIRO 51.970 41.408 142.245 -20 
712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 359 519 1.436 45 
712305 - CIMENTEIRO 1.306 1.250 3.898 -4 
712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 45 35 121 -22 
712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - ALVENARIA 7 8 18 14 
712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 248 199 759 -20 
712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 197 116 449 -41 
712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 10.010 8.655 28.087 -14 
712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 6.942 5.324 18.424 -23 
712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 13.719 9.216 34.313 -33 
713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 21 30 86 43 
713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.824 1.416 4.971 -22 
713215 - ASSENTADOR DE TACOS 239 194 679 -19 
713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.888 1.698 5.531 -10 
713305 - ESTUCADOR 4.275 3.594 12.120 -16 
713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 928 960 2.950 3 
713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 597 548 1.707 -8 
713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 127 121 374 -5 
713605 - CANALIZADOR 6.092 5.596 17.596 -8 
713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 379 405 1.307 7 
714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 8.078 7.455 23.857 -8 
724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 980 1.253 3.527 28 
724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 521 603 1.695 16 
724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 246 206 751 -16 
724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.358 2.219 6.952 -6 
724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.272 1.313 3.976 3 
Total Geral 121.466 100.850 338.062 -17
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Quadro A2 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009
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PROFISSÃO - CNP 11 - 
NORTE % 15 - 
ALGARVE % 16 - 
CENTRO % 17 - 
LISBOA % 18 - 
ALENTEJO % 
20 - REGIÃO 
AUTÓNOMA 
DOS AÇORES 
% 
30 - REGIÃO 
AUTÓNOMA 
DA MADEIRA 
% Total 
Geral % 
311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS 
PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 
946 32% 269 9% 697 24% 684 23% 213 7% 32 1% 97 3% 2.938 3% 
311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 249 31% 37 5% 123 15% 308 38% 12 1% 67 8% 9 1% 805 1% 
311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 320 33% 20 2% 130 14% 398 41% 73 8% 6 1% 15 2% 962 1% 
311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E 
183 24% 65 9% 114 15% 333 45% 24 3% 21 3% 7 1% 747 1% 
CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 
311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - 
ELECTRICIDADE 
40 38% 0 0% 16 15% 44 42% 3 3% 1 1% 0 0% 104 0,1% 
311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 8 28% 2 7% 10 34% 8 28% 1 3% 0 0% 0 0% 29 0,03% 
311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 94 32% 10 3% 35 12% 126 43% 11 4% 5 2% 9 3% 290 0,3% 
311810 - DESENHADOR 256 40% 43 7% 77 12% 192 30% 16 3% 7 1% 43 7% 634 1% 
712205 - PEDREIRO 12.690 31% 3.258 8% 12.237 30% 6.362 15% 3.456 8% 1.812 4% 1.593 4% 41.408 41% 
712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS 
94 18% 0 0% 101 19% 324 62% 0 0% 0 0% 0 0% 519 1% 
(ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 
712305 - CIMENTEIRO 706 56% 18 1% 467 37% 28 2% 19 2% 12 1% 0 0% 1.250 1% 
712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 17 49% 1 3% 8 23% 8 23% 0 0% 1 3% 0 0% 35 0,03% 
712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - 
2 25% 0 0% 2 25% 4 50% 0 0% 0 0% 0 0% 8 0,01% 
ALVENARIA 
712325 - MONTADOR - ALVENARIAS 
PREFABRICADAS 
60 30% 56 28% 29 15% 51 26% 2 1% 1 1% 0 0% 199 0,2% 
712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - 
BETAO 
54 47% 1 1% 11 9% 49 42% 0 0% 1 1% 0 0% 116 0,1% 
712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE 
CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 
3.226 37% 552 6% 1.814 21% 2.179 25% 317 4% 301 3% 266 3% 8.655 9% 
712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 3.104 58% 243 5% 729 14% 708 13% 180 3% 187 4% 173 3% 5.324 5% 
712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 5.528 60% 448 5% 948 10% 1.733 19% 289 3% 108 1% 162 2% 9.216 9% 
713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 13 43% 2 7% 4 13% 9 30% 0 0% 0 0% 2 7% 30 0,03% 
713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 242 17% 232 16% 444 31% 438 31% 29 2% 12 1% 19 1% 1.416 1% 
713215 - ASSENTADOR DE TACOS 133 69% 12 6% 31 16% 13 7% 5 3% 0 0% 0 0% 194 0,2% 
713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 896 53% 24 1% 288 17% 455 27% 24 1% 0 0% 11 1% 1.698 2% 
713305 - ESTUCADOR 1.515 42% 266 7% 1.185 33% 438 12% 70 2% 13 0% 107 3% 3.594 4% 
713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 323 34% 3 0,3% 189 20% 397 41% 47 5% 1 0% 0 0% 960 1% 
713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 212 39% 34 6% 116 21% 140 26% 16 3% 1 0% 29 5% 548 1% 
713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 100 83% 0 0% 3 2% 18 15% 0 0% 0 0% 0 0% 121 0,1% 
713605 - CANALIZADOR 2.506 45% 402 7% 1.068 19% 1.170 21% 144 3% 82 1% 224 4% 5.596 6% 
713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 191 47% 26 6% 75 19% 99 24% 11 3% 0 0% 3 1% 405 0,4% 
714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 2.498 34% 549 7% 1.540 21% 1.818 24% 320 4% 282 4% 448 6% 7.455 7% 
724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E 
329 26% 95 8% 131 10% 650 52% 14 1% 11 1% 23 2% 1.253 1% 
APARELHOS SIMILARES 
724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E 
CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 
192 32% 43 7% 88 15% 230 38% 21 3% 1 0% 28 5% 603 1% 
724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE 
INSTALACOES DE ALTA TENSAO 
99 48% 5 2% 30 15% 67 33% 4 2% 1 0% 0 0% 206 0,2% 
724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE 
INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 
877 40% 74 3% 491 22% 511 23% 116 5% 90 4% 60 3% 2.219 2% 
724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO 
DE ENERGIA ELECTRICA 
399 30% 53 4% 567 43% 207 16% 20 2% 65 5% 2 0% 1.313 1% 
Total Geral 38.102 38% 6.843 7% 23.798 24% 20.199 20% 5.457 5% 3.121 3% 3.330 3% 100.850 100%
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Quadro A3 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, 
Pág. 109 
segundo o nível de qualificação, em 2009. 
CAE 
Encarregados, 
contramestres, 
mestres e chefes de 
equipa 
% Ignorado % Praticantes e 
Aprendizes 
% 
Profissionais 
Altamente 
Qualificados 
% 
Profissionais 
não 
Qualificados 
% Profissionais 
Qualificados 
% Profissionais 
Semiqualificados 
% Quadros 
Médios 
% Quadros 
Superiores 
% Total 
Geral 
% 
41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 
(RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 6.679 78% 911 50% 704 23% 1.656 63% 2.655 69% 52.903 71% 605 20% 2.412 80% 119 51% 68.644 68% 
43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 613 7% 155 8% 455 15% 326 12% 54 1% 2.701 4% 968 32% 112 4% 56 24% 5.440 5% 
43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 99 1% 166 9% 403 13% 81 3% 110 3% 2.987 4% 142 5% 64 2% 3 1% 4.055 4% 
43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 52 1% 55 3% 236 8% 212 8% 24 1% 1.142 2% 135 5% 46 2% 19 8% 1.921 2% 
43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM 
CONSTRUÇÕES 227 3% 120 7% 241 8% 106 4% 125 3% 2.036 3% 543 18% 39 1% 11 5% 3.448 3% 
43310 - ESTUCAGEM 35 0,4% 24 1,3% 107 3,5% 20 0,8% 150 3,9% 1.560 2,1% 47 1,6% 26 0,9% 5 2,2% 1.974 2% 
43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE 
CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 105 1% 73 4% 309 10% 33 1% 115 3% 2.399 3% 152 5% 58 2% 7 3% 3.251 3% 
43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE 
PAREDES 120 1% 49 3% 140 5% 30 1% 97 3% 1.818 2% 180 6% 43 1% 2 1% 2.479 2% 
43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 131 2% 105 6% 245 8% 19 1% 162 4% 3.118 4% 92 3% 38 1% 5 2% 3.915 4% 
43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO 
EM EDIFÍCIOS 40 0,5% 39 2,1% 100 3,3% 24 0,9% 77 2,0% 1.229 1,6% 65 2,2% 22 0,7% 0 0% 1.596 2% 
43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE 
COBERTURAS 6 0,1% 0 0,0% 22 0,7% 3 0,1% 11 0,3% 61 0,1% 12 0,4% 5 0,2% 0 0,0% 120 0% 
43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS 
DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 498 5,8% 129 7,1% 87 2,9% 139 5,2% 264 6,9% 2.679 3,6% 46 1,5% 160 5,3% 5 2,2% 4.007 4% 
Total Geral 8.605 9% 1.826 2% 3.049 3% 2.649 3% 3.844 4% 74.633 74% 2.987 3% 3.025 3% 232 0,2% 100.850 100%
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Quadro A4 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, 
Pág. 110 
segundo o nível de habilitação literária 
CAE Bacharel 
ato % Doutorame 
nto % Ensino 
Básico % 
Ensino pós 
Secundário 
não Superior 
Ní l IV 
% 
Ensino 
Secundá 
rio 
% Ignorada % 
Inferior ao 
1º Ciclo do 
Ensino 
Bá i 
% Licenciat 
ura % Mestrad 
o % Total 
Geral % 
41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E 
NÃO RESIDENCIAIS) 415 71% 13 76% 59.481 69% 392 83% 3.709 53% 1.504 72% 2.015 83% 1.056 72% 59 61% 68.644 68% 
43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 48 8% 1 6% 4.274 5% 13 3% 936 13% 28 1% 30 1% 103 7% 7 7% 5.440 5% 
43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 16 3% 0 0% 3.524 4% 8 2% 374 5% 45 2% 43 2% 44 3% 1 1% 4.055 4% 
43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 14 2% 0 0% 1.415 2% 9 2% 402 6% 21 1% 7 0% 47 3% 6 6% 1.921 2% 
43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 20 3% 2 12% 2.745 3% 5 1% 525 8% 65 3% 33 1% 46 3% 7 7% 3.448 3% 
43310 - ESTUCAGEM 0 0% 0 0% 1.766 2% 1 0% 97 1% 46 2% 58 2% 5 0% 1 1% 1.974 2% 
43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E 
DE CAIXILHARIA 12 2% 0 0% 2.886 3% 12 3% 177 3% 91 4% 49 2% 24 2% 0% 3.251 3% 
43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 11 2% 1 6% 2.236 3% 1 0% 147 2% 31 1% 23 1% 26 2% 3 3% 2.479 2% 
43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 5 1% 0 0% 3.438 4% 6 1% 257 4% 125 6% 69 3% 14 1% 1 1% 3.915 4% 
43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM 
EDIFÍCIOS 9 2% 0 0% 1.424 2% 4 1% 85 1% 39 2% 22 1% 12 1% 1 1% 1.596 2% 
43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 0% 0 0% 101 0% 0 0% 10 0% 1 0% 2 0% 1 0% 3 3% 120 0% 
43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE 
CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 29 5% 0 0% 3.427 4% 21 4% 277 4% 87 4% 76 3% 82 6% 8 8% 4.007 4% 
Total Geral 581 1% 17 0,02% 86.717 86% 472 0% 6.996 7% 2.083 2% 2.427 2% 1.460 1% 97 0,1% 100.850 100%
BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL 
Formação para as Renováveis e Eficiência Energética 
no Sector da Construção 
Análise do Estado da Arte 
Ensino Básico Licenciatura Mestrado 
Pág. 111 
Quadro A5 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e a variação 2007‐2009 
Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por CAE, segundo o nível de habilitação literária e o crescimento 2007 - 2009 
não Superior Ensino Secundário Ignorada Inferior ao 1º Ciclo do 
Bacharelato Doutoramento Ensino Básico Ensino pós Secundário 
CAE 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 
41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 479 415 -13 18 13 -28 74.212 59.481 -20 805 392 -51 4.192 3.709 -12 2.010 1.504 -25 2.600 2.015 -23 1.228 1.056 -14 101 59 -42 
43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 70 48 -31 3 1 -67 4.761 4.274 -10 17 13 -24 889 936 5 48 28 -42 40 30 -25 80 103 29 12 7 -42 
43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 17 16 -6 1 0 -100 3.660 3.524 -4 7 8 14 371 374 1 39 45 15 59 43 -27 45 44 -2 4 1 -75 
43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 19 14 -26 1 0 -100 1.520 1.415 -7 7 9 29 382 402 5 22 21 -5 9 7 -22 26 47 81 6 6 - 
43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 21 20 -5 0 2 200 2.505 2.745 10 6 5 -17 432 525 22 88 65 -26 47 33 -30 36 46 28 3 7 133 
43310 - ESTUCAGEM 4 0 -100 0 0 - 2.152 1.766 -18 2 1 -50 95 97 2 59 46 -22 56 58 4 17 5 -71 1 1 - 
43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 11 12 9 0 0 - 3.996 2.886 -28 6 12 100 234 177 -24 96 91 -5 124 49 -60 31 24 -23 2 0 -100 
43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 8 11 38 1 1 - 2.415 2.236 -7 3 1 -67 154 147 -5 51 31 -39 44 23 -48 36 26 -28 1 3 200 
43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 8 5 -38 0 0 - 3.700 3.438 -7 18 6 -67 251 257 2 136 125 -8 95 69 -27 15 14 -7 0 1 100 
43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 18 9 -50 0 0 - 1.751 1.424 -19 7 4 -43 122 85 -30 41 39 -5 49 22 -55 15 12 -20 4 1 -75 
43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 2 - 0 0 - 109 101 -7 1 0 -100 8 10 25 2 1 -50 2 2 - 4 1 -75 3 3 - 
43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO 
33 29 -12 0 0 - 3.911 3.427 -12 24 21 -13 328 277 -16 79 87 10 131 76 -42 96 82 -15 6 8 33 
DIVERSAS, N.E. 
Total Geral 690 581 -16 24 17 -41,2% 104.692 86.717 -17 903 472 -48 7.458 6.996 -6 2.671 2.083 -22 3.256 2.427 -25 1.629 1.460 -10 143 97 -0,5

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Draft of analysis report of national status quo may 2012_pt

  • 1. Projeto BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL FORMAÇÃO PARA AS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO SECTOR DA CONSTRUÇÃO Análise do Estado da Arte
  • 2. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 1 SUMÁRIO EXECUTIVO O sector da Construção, tem vindo a ser substancialmente afetado pela crise económica que o país atravessa atualmente, constatando‐se que os principais fatores que afetam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se verificar pelos seguintes indicadores: ƒ A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; ƒ O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); ƒ A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de €22.000, em Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. Neste forma, perspetiva‐se que a evolução do sector da Construção venha a sofrer uma retração do investimento quer público quer privado resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias, mas também de excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços) e da elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. Não obstante este contexto, a Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética, sendo expectável atingir em 2020 entre outros, os seguintes resultados em termos de emprego nacional: Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um investimento de 13.000 milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros. O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da formação que permita responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos verdes. Uma análise ao nível de eficiência energética nos edifícios demonstra que existem atualmente cerca de 500 mil imóveis certificados no Sistema de Certificação Energética (SCE), dos quais, 100 mil encontram‐se em fase de projeto e os restantes 400 mil respeitam a imóveis existentes e recém‐construídos que já tiveram uma Declaração de Conformidade
  • 3. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Regulamentar (DCR). Os imóveis destinados à habitação continuam a liderar com 90% dos certificados emitidos no SCE. O nível de eficiência energética nos edifícios existentes é baixo, quando comparado com os dos edifícios novos. Desta forma, para além da reabilitação tradicional, os edifícios existentes têm um elevado potencial de aumento de eficiência energética após introdução de medidas de melhoria de eficiência adequadas. As exigências introduzidas pela regulamentação térmica dos edifícios em vigor, conduziram a uma considerável melhoria da eficiência energética dos edifícios, embora seja ainda possível enquadrar outras medidas de melhoria. No que concerne ao consumo energético, verifica‐se que a maior componente no consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se um uso ainda significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e propano), enquanto nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta‐se o facto de que 50,2% da eletricidade consumida é de origem renovável, nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. Um dos objetivos da estratégia europeia consiste em incrementar no sector da construção, até 2020, o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios, pelo que uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e integração de energias renováveis Neste contexto, e no que respeita à análise do emprego nas atividades do sector da construção, alvo do presente estudo, foram consideradas apenas as profissões com um potencial contributo para uma maior eficiência energética e integração de energias renováveis (ver Quadro 5.5). Assim, no que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009 (últimos dados disponíveis em estatísticas oficiais), nas atividades económicas e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850 trabalhadores, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme dispersão relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9% (Encarregado – trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco). No que diz respeito às habilitações literárias destes trabalhadores, os dados revelam que 86% têm o ensino básico e apenas 6% têm o ensino secundário Analisou‐se ainda como é que o sistema nacional de qualificações se estrutura e responde às necessidades de competências e qualificações dos trabalhadores nos sectores da construção e da energia, tendo sido possível chegar às seguintes conclusões globais: ƒ Existência de assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às Pág. 2 qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; ƒ Maior investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos: em 2011, a formação de adultos para estas
  • 4. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte qualificações abrangeu cerca de 25% do total de formandos nas áreas consideradas e, no caso da formação de jovens abrangeu cerca de 40% do total de formandos ƒ Diminuição abrupta em 2011 da oferta formativa para os adultos, ao nível da modalidade de educação e formação Educação e Formação de Adultos (EFA), no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. Uma nota final relativamente à formação contínua dos ativos, onde houve alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo de monitorização se encontra em implementação) quer no âmbito de formação contínua da responsabilidade exclusivamente das empresas e de esquemas de certificação sectoriais. Espera‐se que, na fase seguinte de desenvolvimento deste projecto se possa dispor de informação mais pormenorizada e devidamente sistematizada. Pág. 3
  • 5. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 4 1 INTRODUÇÃO O presente relatório constitui o primeiro output de um projeto nacional em curso no âmbito da iniciativa BUILD‐UP SKILLS (primeira fase) financiada pela Executive Agency for Competitiveness and Innovation (EACI) com o objetivo principal de, até 2020, incrementar no sector da construção o número de profissionais qualificados para otimizar o aproveitamento de energias renováveis e melhorar a eficiência energética nos edifícios. A coordenação do projeto é feita pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG), em estreita colaboração com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), Agência para a Energia (ADENE) e Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP). Este projeto, com uma duração de dezoito meses, tem como objetivos específicos: I. Reunir, consultar e dinamizar todos os intervenientes (stakeholders) no processo de formação contínua de profissionais da construção e instaladores de sistemas energéticos, nomeadamente: agências regionais para a energia, associações profissionais e sindicais, de formação contínua, industriais e da construção; II. Delinear um roteiro (roadmap), com um horizonte temporal até 2020 e anos subsequentes, de forma a melhorar as competências e qualificações dos operários da construção e instaladores de sistemas energéticos, ativos ou sem exercer a sua atividade; III. Congregar o apoio do maior número de intervenientes na estratégia nacional para a formação até 2020, consubstanciada na criação de uma plataforma nacional para a qualificação. O projeto BUILD‐UP SKILLS Portugal, é constituído por um conjunto de working packages (WP), constituindo o presente relatório o resultado do WP2 – Análise do Estado da Arte –, que visa analisar e quantificar a oferta e a procura de profissionais qualificados para as energias renováveis e a eficiência energética no sector da Construção, bem como identificar as necessidades de qualificações e as barreiras que se colocam para o aumento do numero de profissionais qualificados neste sector.
  • 6. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 5 2 OBJETIVOS E METODOLOGIA O presente relatório – Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção –, tem como objetivo a produção de informação que constitua um ponto de partida para uma discussão sustentada com o conjunto de stakeholders, no sentido da identificação de lacunas atuais, necessidades futuras e prioridades de ação, para a qualificação dos profissionais do sector da construção e instaladores de sistemas energéticos. Neste sentido, o relatório organiza‐se basicamente em quatro grandes partes: ƒ Caraterização do sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4); ƒ Análise estatística do sector da construção, incluindo a análise do emprego (capítulo 5); ƒ Análise da oferta formativa, integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6); ƒ Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020 (capitulo 8). A metodologia adotada na conceção deste relatório consistiu essencialmente numa recolha de informação existente (estudos, documentos de trabalho, sites, etc.), bem com no envolvimento de um conjunto de stakeholders. Na primeira parte do relatório ‐ Caraterização do sector da construção e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação (capítulos 3 e 4) ‐ a informação trabalhada foi recolhida a partir de estudos e outros documentos nacionais e internacionais, bem como legislação em vigor no sector da Construção, Eficiência Energética e Energias Renováveis. Para a segunda parte do relatório ‐ Análise estatística do sector da construção, incluindo a análise do emprego (capítulo 5) – foi recolhida informação já publicada, mas foi também solicitada, quer ao Instituto Nacional de Estatística, quer ao Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, informação especifica relativa ao emprego no sector da Construção em função da seleção de um conjunto de atividades económicas1 e de um conjunto de profissões2. No que respeita à terceira parte do relatório ‐ Análise da oferta formativa, integrada no Sistema Nacional de Qualificações, bem como a oferta promovida no âmbito de esquemas de certificação sectoriais (capitulo 6) – foram utilizadas as seguintes fontes de informação: • SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa (Ministério da Educação e Ciência); 1 utilizando a Classificação das Atividades Económica ‐ CAE Rev. 3. 2 utilizando a Classificação Nacional de Profissões – CNP 94.
  • 7. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte • Instituto de Emprego e Formação Profissional (dados dobre os Cursos de Pág. 6 Aprendizagem); • Direção Geral de Energia e Geologia (dados sobre a formação desenvolvida por entidades certificadas pela DGEG). Por fim, para a elaboração da parte final do relatório e aquele que deverá merecer uma atenção acrescida ‐ Identificação de barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas á estratégia 2020 (capitulo 8) – foram tidos em consideração, não apenas toda a análise e respetivas conclusões dos capítulos anteriores, mas também os resultados de um inquérito dirigido a um conjunto diversificado de stakeholders. De facto, o envolvimento dos stakeholders constitui um fator crítico de sucesso para este trabalho. Neste sentido, este envolvimento, nesta fase, consubstanciou‐se essencialmente em duas vertentes: 1. A realização de 4 reuniões entre o grupo de trabalho e um conjunto diversificado de entidades que formalizaram o seu apoio na fase inicial do projeto, designadamente: ƒ Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) ƒ Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) ƒ Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) ƒ Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) ƒ Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) ƒ Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) ƒ Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotógrafo e Eletrónico (AGEFE) ƒ Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) ƒ Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL) ƒ Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) ƒ Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) ƒ Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) ƒ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN) ƒ Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) 2. A aplicação de quatro inquéritos dirigidos a empresas (Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV), com vista a, face aos objetivos nacionais do incremento da eficiência energética e das energias renováveis nos edifícios: ƒ Identificar se, nas várias fases de intervenção nos edifícios, os trabalhadores possuem qualificações adequadas;
  • 8. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte ƒ Acesso à formação; ƒ Reconhecimento das necessidades e prioridades formativas; ƒ Adequação da oferta de formação às necessidades formativas; ƒ Constrangimentos e barreiras à formação. A amostra utilizada no presente relatório consiste num total de 29 respostas aos inquéritos, subdivididas pelos seguintes grupos: ƒ Tipo I: 16 ƒ Tipo II: 9 ƒ Tipo III: 3 ƒ Tipo IV: 1 Com a apresentação deste relatório sobre a Análise do Estado da Arte da formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção, pretende‐se dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e integração de energias renováveis Pág. 7
  • 9. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 8 3 CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA CONSTRUÇÃO 3.1 Informação histórica sobre o sector da construção Segundo um estudo da THAMES Consultores3, a década de 1975/1985 caracterizou‐se pela instabilidade política pós revolucionária e pela prolongada crise económica resultante do aumento do preço do petróleo, tendo estes fatores, associados às recomendações das missões do Fundo Monetário Internacional (FMI), conduzido a Orçamentos de Estado com montantes insignificantes de investimento público e das empresas concessionárias de produção e distribuição de energia, gás, água e comunicações. Quando, em 1985, Portugal aderiu à Comunidade Europeia, o seu Produto Interno Bruto (PIB) por habitante representava apenas 55% da média dos países membros (2.275 €, em preços correntes4). O enorme atraso do país em infraestruturas foi identificado como um dos maiores entraves ao seu desenvolvimento. Entre 1985 e 2003, os investimentos na construção de infraestruturas cresceu a uma taxa média anual real superior a 18%, atingindo, em 2001, um valor máximo de 2.747 milhões de euros. Para além dos projetos de infraestruturas já mencionados, o sector da construção foi ainda marcado, depois de 1995, pela perspetiva de que Portugal poderia vir a ter condições para fazer parte do primeiro grupo de países constituintes da moeda única, o que iniciou um rápido processo de redução das taxas de juro. A redução acentuada do preço do dinheiro, num curto período de seis anos, tornou possível a compra de habitação a largos sectores da população. A concessão de crédito para compra de habitação, pelas várias instituições do mercado, passou de um montante acumulado de 9.421,7 milhões de euros, em 1993, para 42.122,9 milhões de euros, em 19995, o que corresponde a uma taxa de crescimento anual superior a 25%. Este crescimento do sector imobiliário teve uma enorme influência na indústria da construção, quer pelo efeito no aumento do volume de produção, quer pela subida dos preços unitários por metro quadrado. O boom imobiliário, os grandes investimentos em infraestruturas e a construção da Expo98 em simultâneo, levaram o sector, entre os anos de 1999 e 2001, ao maior pico de produção em toda a sua história. No entanto, após ter atingido o pico histórico de 2001, o sector da construção em Portugal tem vindo a reduzir a sua atividade a uma taxa média de 4,5% ao ano. A partir de 2002, a crise financeira do Estado por um lado, a saturação do mercado imobiliário por outro, têm vindo a provocar uma diminuição constante da produção na indústria da construção. Entre 2002 e 2006, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) do sector diminuiu 22,44%. O primeiro semestre de 2011, de acordo com o Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI)6, ficou marcado pelo início do processo de ajustamento da economia portuguesa, o qual tem sido caracterizado pela implementação de fortes medidas restritivas da política orçamental e reafectação dos recursos na economia. 3 THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. 4 www.pordata.pt. 5 Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos. 6 InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011.
  • 10. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Este processo foi desencadeado pelo pedido de assistência financeira à União Europeia e ao FMI em abril de 2011, tendo assim, evitado uma situação iminente de incumprimento do Estado Português perante os seus credores. A economia portuguesa apresenta atualmente uma contração significativa da procura interna, bem como um abrandamento das exportações, o que influenciou o seu crescimento. Consequentemente, quer o investimento público, quer o privado, têm sido influenciados por este fator, dada a elevada incerteza quanto à correção dos desequilíbrios macroeconómicos. Pág. 9 3.2 O sector da construção e a economia nacional A crise económica portuguesa tem tido consequências ao nível da desaceleração do PIB. Após um período de quatro anos de crescimentos anuais, o ano de 2008 ficou marcado por uma variação nula, ao que se seguiu o ano de 2009 em que se regista um decréscimo do PIB de2,5%. Em 2010, registou‐se uma pequena recuperação da atividade económica, com um aumento de 1,4%, seguida de uma nova desaceleração da atividade, em 2011 (Figura 3.1). Figura 3.1 ‐ Evolução do Valor Acrescentado Bruto no sector da Construção e do Produto Interno Bruto, em preços correntes. Fonte: INE, Contas Nacionais. A importância do sector da Construção para a economia nacional tem vindo a decrescer desde 2001, sendo que, em 2009, a produção nesse sector correspondia a 9,6% da produção nacional (Quadro 3.1). Relativamente ao VAB deste sector de atividade, os dados de 2011 indicam que esse representa 6,29% do VAB total o que se encontra em linha com a média dos países europeus (6,5% em 20087). O sector da construção apresentou, no ano de 2011, uma redução acentuada do VAB, com uma taxa de variação em valor homóloga de ‐6,9%, ‐9,7% e ‐11,4%, respectivamente nos 2º, 3º e 4º trimestres. De realçar ainda que o VAB no sector da construção foi o que mais contribuiu para a desaceleração do VAB Total, acompanhado da componente da Agricultura, Sivilcutura e Pescas, Energia, Água e Saneamento e Outras Actividades e Serviços. 7 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final.
  • 11. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 10 Quadro 3.1 ‐ Evolução da produção no sector da construção em preços correntes comparativamente ao total nacional. ANO CONSTRUÇÃO [milhões €] TOTAL [milhões €] [% do TOTAL] 1995 17.297,9 168.572,7 10,3 1996 18.960,0 179.553,7 10,6 1997 22.424,1 194.991,2 11,5 1998 24.883,0 209.535,1 11,9 1999 26.217,4 221.025,0 11,9 2000 28.947,9 241.415,9 12,0 2001 30.902,2 255.077,1 12,1 2002 31.711,1 260.681,5 12,2 2003 30.320,1 263.894,6 11,5 2004 31.999,8 276.474,7 11,6 2005 32.796,8 287.332,0 11,4 2006 32.236,7 298.573,4 10,8 2007 32.492,5 317.575,6 10,2 2008 33.019,4 330.273,3 10,0 2009 30.037,7 311.364,6 9,6 Fonte: INE, Contas Nacionais. Em 2011, e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE)8, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) tem tido um comportamento negativo ao longo dos últimos trimestres, com principal destaque para os últimos trimestres com uma taxa de variação homóloga negativa, superior a 10%. Figura 3.2 – Formação Bruta de Capital Fixo total e na construção. Fonte: INE, Contas Nacionais Trimestrais. 8 INE, Contas Nacionais Trimestrais.
  • 12. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte A FBCF da Construção, por seu lado, acompanhou a tendência da FBCF Total, se bem que com uma oscilação menos pronunciada, entre 2009 e 2010. Importa referir que no 3º trimestre de 2010, a FBCF Total foi a mais acentuada durante esse ano e, pelo contrário, a segunda menos acentuada no sector da construção. No entanto, a partir do 2º trimestre de 2011, a variação tem sido semelhante na FBCF Total e do sector. De referir, por fim, que o sector da Construção inclui três grandes segmentos: a obra pública, o sector residencial e o sector não residencial, que representam, respectivamente, 29%, 45% e 25% da produção total (dados estimados para 2011)9. Cada segmento do sector da construção abarca vários subsectores, quer seja para novas construções quer para reabilitação de edifícios, agrupados em: ƒ Serviços (não residencial): escritórios, edifícios comerciais, edifícios industriais, Pág. 11 educação, saúde, armazenagem e outros; ƒ Obra Pública: rodoviário, ferroviário, outros transportes, telecomunicações, energia, água e outros; ƒ Residencial: uso doméstico. O estudo publicado pelo InCI9, da Roland Berger Strategy Consultants, indica que na última década o decréscimo da produção do sector da Construção resultou apenas da diminuição significativa do segmento residencial, sendo que o sector não residencial terá mesmo registado uma ligeira tendência de aumento. O crescimento económico e a evolução do emprego nos últimos anos em Portugal têm sido superiores aos verificados no sector da construção, o que indiciam uma diminuição progressiva da sua importância na economia nacional. 3.3 Principais actores no mercado da construção A indústria da construção civil, por possuir grande diversidade de oferta dentro de cada tipo de mercado na economia, faz com que seja um gerador significativo de emprego. Existem muitos mercados que constituem a indústria da construção civil, sendo eles os seguintes: ƒ mercados clássicos (transportes, serviços públicos, habitação, indústrias, etc.); ƒ mercados recentes (centros comerciais, turismo e lazer, telecomunicações, reabilitação de escolas e prisões, etc.); ƒ mercados futuros (teletrabalho, energias renováveis, manutenção e reciclagem). A Figura 3.3 contém informação sobre os principais actores do mercado da construção, incluindo os edifícios, embora se deva realçar que as empresas de instalações especiais (AVAC, electricidade, telecomunicações, equipamentos especiais, etc.) deviam constar explicitamente na figura como entidades autónomas paralelas à empresas de construção. 9 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final.
  • 13. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte ASSOCIAÇÔES PROFISSIONAIS e EMPRESARIAIS ORGANISMOS FISCALIZADORES EMP. MÃO DE OBRA EMP. EQUIPAMENTOS DE CONTRUÇAO EMP. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EMPRESAS DE FISCALIZAÇÃO E GESTÃO Figura 3.3 – Principais atores do mercado da construção. Fonte: Martins, C (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. O organismo português que tem a cargo a regulação do mercado da construção civil é o Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (InCI), aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 144/2007, de 27 de Abril. Assim, sob a tutela do Ministério da Economia e do Emprego, o InCI tem por missão regular e fiscalizar o sector da construção e do imobiliário, dinamizar, supervisionar e regulamentar as actividades desenvolvidas neste sector, produzir informação estatística e análises sectoriais e assegurar a actuação coordenada do Estado no sector. Pág. 12 3.4 Tendências de mercado e perspetivas Tendo como fonte o InCI10, e em linha com o que se passa a nível mundial, também a actividade económica em Portugal regista uma forte contração, para a qual, de momento, não é possível prever uma retoma, tanto mais que permanecem os sinais de carácter recessivo. Com efeito, as principais economias continuam a ser fortemente afectadas pela instabilidade dos mercados financeiros, e também pelo acentuar da crise no espaço económico europeu. Por esses motivos, o sector da construção, por norma, sensível e um indicador por excelência da economia nacional, regista um significativo decréscimo de actividade, com especial incidência no que se refere ao volume de negócios, daí resultando uma diminuição em termos de contribuição para o investimento nacional e para a criação de emprego. Um outro dado a relevar prende‐se com o número de insolvências no sector da construção, o qual representa aproximadamente 18% das registadas a nível nacional até Setembro de 2011. É neste enquadramento que as perspectivas do sector da construção em Portugal para 2012 e anos posteriores são pouco animadoras, onde as restrições de natureza orçamental implicarão cortes na despesa pública, e consequentemente no investimento associado. 10 InCI (2011), O sector da construção em Portugal, 1º Semestre 2011. Controlo e Organização Produção EMPRESAS DE SERVIÇOS DE ENGENHARIA UNIVERSIDADES E CENTROS DE INVESTIGAÇÃO ID e CONSTRUÇÂO VIDA ÚTIL Formação PROJECTO EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO EMPRESAS DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DONOS DE OBRA E ENTIDADES FINANCEIRAS EMPRESAS COMERCIAIS E EXPLORAÇÃO
  • 14. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 13 3.5 Principais fatores que afetam o Sector da Construção Segundo o estudo da Roland Berger Strategy Consultants11, os principais factores que afectam o desempenho do sector da construção em Portugal resultam da conjugação da diminuição da produção, o baixo nível de consolidação empresarial e a fraca produtividade, tal como se verificar pelos seguintes indicadores: ƒ A década de 2001‐2011 foi marcada por uma forte queda na produção, impulsionada pelo segmento residencial; ƒ O mercado nacional da construção é pouco consolidado sendo que as cinco principais construtoras têm uma quota de mercado de apenas 13%, muito abaixo da média europeia (23%, em 2007); ƒ A produtividade média do sector da construção em Portugal é muito inferior à média europeia, na medida em que a VAB por colaborador é de €22.000, em Portugal, comparativamente com a média europeia de €63.000. Em síntese, é de perspectivar que a evolução do sector da Construção venha a sofrer de: ƒ Retração do investimento privado e público resultante da dificuldade de obtenção de crédito por parte do Estado, das empresas e das famílias; ƒ Excesso de oferta no parque edificado (habitação e serviços); ƒ Elevada incerteza quanto à evolução dos mercados internacionais. 3.6 Trabalho de migrantes Um estudo publicado em 200812 indicava que a proporção de indivíduos de nacionalidade estrangeira entre a população ativa portuguesa estaria entre os 5% e 6%, dos quais cerca de 24% no sector da Construção, com especial incidência de estrangeiros provenientes da Europa de Leste e Sudeste. A estes números acrescem os não declarados (sem contrato de trabalho) que, no sector da Construção, poderá representar cerca de 34% dos imigrantes trabalhadores neste sector13. É na população activa do sector da construção, juntamente com a restauração e as atividades imobiliárias, que a população estrangeira é mais representativa, com cerca de 10,5% da população total10 (dados de 2004). Relativamente às habilitações literárias da totalidade da população ativa estrangeira, o estudo indica que 18,8% possuem o ensino secundário/cursos profissionais e 7% bacharelato/licenciatura, o que não difere significativamente da distribuição da população total: ensino secundário/cursos profissionais 18,7%, bacharelato/licenciatura 10,2. No entanto, existe um desfasamento entre as habilitações literárias e o nível de qualificação, uma vez que 59,3% dos estrangeiros possui uma profissão semi‐qualificada, não qualificada, aprendiz ou desconhecida, contra 38,5% da população total ativa para esses mesmos níveis de qualificação. A percentagem de estrangeiros com elevada habilitações mas com profissões de 11 InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. 12 Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. 13 Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural.
  • 15. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte baixa ou média qualificação é de 36,6% (em 2005‐2006), muito superior da percentagem correspondente para os nascidos em Portugal, 21,1%14. Pág. 14 3.7 Economia paralela Segundo o estudo do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF)15, a Economia Não Registada (ENR) em Portugal representava, em 2008, 23% do PIB, sendo que, em 2010, esse valor terá aumentado para 24,8%, o que equivale a cerca de 32 mil milhões de euros, segundo os últimos dados publicados pelo OBEGEF16. De salientar que a ENR aferida pelo estudo mencionado é composta por três parcelas: ƒ economia subterrânea, não contabilizada por motivos fiscais; ƒ economia ilegal, não contabilizada porque provém de atividades ilegais; ƒ economia informal, não contabilizada por estar associada a uma estratégia de sobrevivência ou melhoria de condições de vida das famílias. É plausível para este estudo pressupor que a ENR associada ao sector da construção será fundamentalmente do tipo subterrânea ou ilegal, sendo que não existe algum estudo conhecido que permita estimar o seu valor para este sector de atividade específico. 14 OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. 15 Afonso, O. e Gonçalves,N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. 16 www.gestaodefraude.eu/
  • 16. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 4 POLÍTICAS NACIONAIS E ESTRATÉGIAS QUE CONTRIBUEM PARA ATINGIR O OBJETIVO ESTABELECIDO PELA UNIÃO EUROPEIA PARA OS EDIFÍCIOS EM 2020 4.1 No domínio da energia 4.1.1 Políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia Pág. 15 europeia para 2020 As políticas nacionais energéticas para o cumprimento das metas adotadas pela estratégia europeia para 2020, passam pela implementação dos planos nacionais de ação para a eficiência energética a eficiência energética (PNAEE)17 e para as energias renováveis18 (PNAER), de 2008 e 2009, respetivamente. Estes dois planos sintetizam a política nacional energética para a eficiência energética e para as energias renováveis, sendo que apresentam algumas medidas de aplicação específica no setor dos edifícios. Destas serão descritas as mais significativas. As medidas previstas no PNAEE no que diz respeito ao sector dos edifícios residenciais e de serviços podem ser agrupadas em três áreas de atuação: ƒ Renove Casa e Escritório, onde se agrupam as medidas de incentivo à eficiência no lar e nos serviços: intervenção nos equipamentos domésticos (electrodomésticos e iluminação), recuperação de edifícios com necessidades de reabilitação, intervenção nos equipamentos de escritório; ƒ Sistema de Certificação Energética de Edifícios, que reúne várias medidas relacionadas com a etiqueta energética de edifícios, obrigatória em Portugal para todos os edifícios novos e transacionados, nomeadamente: alcançar, em 2015, uma quota de 10% do parque residencial com classe energética B‐ ou superior, certificar até 2015 cerca de metade dos edifícios de serviços com classe energética B‐ ou superior. ƒ Renováveis na Hora que resume o conjunto de medidas relacionadas com o acesso a fontes endógenas de energia no sector: incentivar a utilização de fontes de energia renováveis, permitindo alcançar, em 2015, impactos da ordem dos 48.471 tep, instalação de 1.385.665 m2 coletores solares térmicos, medida esta igualmente prevista no PNAER. As diversas medidas identificadas no plano de ação permitiriam alcançar em 2015, uma economia energética de cerca de 283 ktep e 139 ktep, respetivamente na energia final relativa aos sectores residencial e serviços. Para enquadrar a eficiência no sector do Estado, é criado um programa de Eficiência Energética no Estado (Programa E3), composto por quatro áreas de intervenção: Edifícios, Transportes, Compras Ecológicas e, por fim, Iluminação Pública. 17 Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE), Portugal Eficiência 2015. 18 Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009.
  • 17. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Os maiores níveis de economia situam‐se na área da energia consumida nos mais de 15.000 locais de consumo do Estado, onde anualmente se consomem cerca de 1,1 TWh de energia elétrica, que adicionados aos consumos de combustíveis líquidos e gasosos, perfazem um total superior a 360 ktep de energia final. Relativamente ao Programa de Eficiência Energética no Estado, apenas faz sentido, neste âmbito, referir as medidas diretamente relacionadas com os edifícios: ƒ Certificação Energética dos Edifícios do Estado: incentivar o processo de Certificação Energética nos edifícios do Estado, para que venha a servir de exemplo para as demais tipologias de edifícios, de modo a alcançar, em 2015, uma economia de 16.401 tep, uma redução de consumo de 5% quando comparado com o consumo de 318.000 tep de energia final registado em 2005; ƒ Solar Térmico em piscinas: instalação de sistemas solares térmicos para aquecimento de águas quentes sanitárias em piscinas e balneários, operados diretamente por organismos estatais ou em piscinas de privados e nas quais exista serviço público associado, num total de 285 piscinas até 2015, com uma economia de 4.561 tep; ƒ Solar Térmico em equipamentos desportivos: instalação nos edifícios integrados em equipamentos desportivos (balneários de apoio a pavilhões e recintos desportivos) sistemas coletores solares térmicos, para aquecimento de águas sanitárias, prevendo‐se a penetração da medida em cerca de 80% dos balneários existentes e que tecnicamente podem receber estes equipamentos com uma economia de 1.576 tep provenientes da intervenção em cerca de 700 instalações; ƒ Escola Microprodutora: Instalação de cerca de 2.500 sistemas de microprodução de energia elétrica até 2015, em escolas públicas com viabilidade técnica para o efeito (aproveitamento solar, micro eólico ou outro), o que permitirá uma economia no ano de 2015 de cerca de 1.613 tep, decorrente da instalação de cerca de 15 MW de potência, em 2.500 escolas identificadas como alvo da medida. ƒ Cogeração Hospitalar: Criar centros de produção de energia em unidades hospitalares de grande e média dimensão, que garantam produção endógena de energia elétrica e calor para cobrir parcialmente as necessidades elétricas e térmicas dos edifícios hospitalares de um modo economicamente viável, num total de 20 sistemas de cogeração, o que equivale a uma economia de 2.137 tep e corresponde a aproximadamente um quinto das unidades hospitalares consideradas. Tendo em conta a conjuntura económica atual foram revistos os cenários macroeconómicos até 2020 resultando numa redução do consumo de energia estimada acentuada face à prevista na elaboração do PNAEE e PNAER, podendo estes, por esse motivo, vir a ser revistos. 4.1.2 Sumário das atividades previstas relativamente à implementação da EPBD recast e da Pág. 16 Diretiva das renováveis No que diz respeito às atividades relativas à implementação da Diretiva EPBD recast, Portugal está a proceder à alteração dos regulamentos do Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior dos Edifícios (SCE), estando prevista a sua publicação para finais do mês de junho de 2012. Nesta revisão serão estabelecidos critérios de classificação mais exigentes no sistema de classificação dos edifícios.
  • 18. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Relativamente às atividades previstas na diretiva das renováveis, estas encontram‐se listadas no PNAER, sendo que as de maior relevância, no que toca ao sector dos edifícios, são o programa renováveis na hora (acima descrito) para a área da eletricidade, e a aposta em sistemas descentralizados de produção energia, quer para a produção de AQS, quer para a climatização, recorrendo a sistemas solares térmicos, caldeiras a biomassa ou bombas de calor. Note‐se que os sistemas de redes térmicas de distribuição de energia (district heating), face às condições climatéricas de Portugal apresentariam níveis muito reduzidos de utilização, não sendo economicamente viáveis. Refira‐se também que Portugal participa na acção europeia concertada para a implementação da Directiva das Energias Renváveis (2009/28/EC) denominada CA‐RES ( www.ca‐res.eu) onde, quer a temática da Energia nos Edifícios, quer as questões ligadas à Certificação de instaladores de sistemas de Energias Renováveis, quer ainda as questões ligadas à informação genérica sobre as Energioas Renováveis e os seus benefícios são abordadas, havendo uma estreita ligação entre a participação nacional no CA‐RES e na iniciativa Buid up Skills. Pág. 17 4.1.3 Legislação relevante no sector dos edifícios O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) é um dos três pilares sobre os quais assenta a legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de energia. Juntamente com os diplomas que vieram rever a regulamentação técnica aplicável neste âmbito aos edifícios de habitação (RCCTE19) e aos edifícios de serviços (RSECE20), o SCE define regras e métodos para verificação da aplicação efetiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. O RCCTE estabelece requisitos de qualidade para os novos edifícios de habitação e de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da envolvente (paredes, envidraçados, pavimentos e coberturas), limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de consumo de energia primária. A legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de coletores solares e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. O RSECE define um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e de habitação dotados de sistemas de climatização, os quais, para além dos aspetos da qualidade da envolvente e da limitação dos consumos energéticos, abrangem também a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar interior 19 Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril. 20 Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios – RSECE, aprovado pelo Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril.
  • 19. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços e a concentração máxima dos principais poluentes. A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de um edifício, sendo essa verificação realizada por peritos devidamente qualificados para o efeito. São esses os agentes que, na prática e juntamente com a ADENE, asseguram a operacionalidade do SCE. A face mais visível deste trabalho é o Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior emitido por um perito, para cada edifício ou fração, e onde os mesmos serão classificados em função do seu desempenho numa escala predefinida de nove classes (A+ a G). A emissão do certificado pelo perito é realizada através de um sistema informático de suporte criado para o efeito um registo central de edifícios certificados. O Despacho n.º 10250/2008, de 8 de Abril, define o Modelo dos Certificados de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar Interior, emitidos no âmbito do SCE. Do mesmo modo o Despacho n.º 11020/2009, de 30 de Abril, define as regras de simplificação a adotar na Certificação Energética de Edifícios Existentes no âmbito do RCCTE, permitindo uma análise expedita das frações ou edifícios para as quais não exista informação disponível para a aplicação integral do cálculo regulamentar daquele regulamento. O Decreto Legislativo Regional n.º 1/2008/M, de 11 de Janeiro, adapta à Região Autónoma da Madeira o SCE, o RSECE e RCCTE. Por sua vez, o Decreto Legislativo Regional n.º 16/2009/A, de 13 de Outubro, adapta à Região Autónoma dos Açores o SCE. O Decreto‐Lei nº 363/2007, de 2 de Novembro, com a redação dada pelo Decreto‐Lei nº 118‐ A/2010, de 25 de Novembro, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de microprodução, com potência de ligação até 5,75 kW, no regime geral, e até 3.68kW, no regime bonificado. Para ter acesso às tarefas de venda de eletricidade bonificadas, os promotores desta medida terão obrigatoriamente de instalar sistemas solares térmicos ou outros sistemas equivalentes que utilizem fontes renováveis de energia. O Decreto‐Lei nº 34/2011, de 8 de Março, estabelece o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade por intermédio de instalações de pequena potência, designadas por unidades de miniprodução, com potência de ligação até 250 kW. Pág. 18 4.1.4 Contribuição prevista do sector da construção para os objetivos de 2020 Da extensão das medidas previstas no PNAEE para 2020, prevê‐se uma redução de cerca de 1335 ktep no consumo de energia final. Das medidas descritas em 4.1.1, prevê‐se que contribuam para o cumprimento das metas de 2020 para a eficiência energética conforme exposto no Quadro 4.1. Quadro 4.1 – Medidas e Contributos para os objetivos de 2020 (global). Medida Contributo (ktep) Renove Casa e Escritório 322,8 Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 241,3
  • 20. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 19 Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 Programa Eficiência Energética no Estado 95,4 Total 712,2 Dentro destas medidas existem sub medidas que dizem diretamente respeito ao setor da construção. Assim, refinando a análise, concluímos que o contributo que este setor pode trazer para o cumprimento das metas de eficiência energética para 2020 é de 496,8 ktep, conforme se explicita no Quadro 4.2. Quadro 4.2 – Medidas e Contributos para os objetivos do setor da Construção. Medida Contributo (ktep) Renove Casa e Escritório 130,5 Sistema de Certificação Energética nos Edifícios 241,3 Renováveis na Hora (solar térmico) 52,7 Programa Eficiência Energética no Estado 72,3 Total 496,8 No que respeita ao contributo para o cumprimento da meta de consumo de energia renovável para 2020, prevê‐se que por intermédio da medida Renováveis na Hora, nomeadamente pelo Programa de Microprodução, sejam produzidos cerca de 375 GWh, para uma capacidade instalada de 250 MW. 4.2 No domínio da educação e formação profissional 4.2.1 A Estratégia e política Nacional para a Energia e os empregos verdes A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) compõe‐se de um conjunto de medidas que visa relançar a economia e promover o emprego, apostar na investigação e desenvolvimento tecnológicos e aumentar a nossa eficiência energética. É esperado que com a ENE 2020 sejam atingidos, entre outros, os seguintes resultados em termos de emprego nacional: ƒ Consolidação do cluster associado às energias renováveis em Portugal, assegurando, em 2020, a obtenção de um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 3.800 milhões de euros e a criação de mais 100.000 postos de trabalho (a acrescer aos 35.000 já existentes no sector). ƒ Continuar a desenvolver o cluster industrial associado à promoção da eficiência energética, assegurando a criação de 21.000 postos de trabalho anuais, gerando um investimento de 13.000 milhões de euros até 2020, e proporcionando exportações adicionais de 400 milhões de euros.
  • 21. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte O sector das energias renováveis constitui assim um sector com um potencial de crescimento elevado, que terá impreterivelmente de ser acompanhado por uma estratégia ao nível da formação que permite responder às necessidades de qualificações neste sector. Por outro lado, este tem vindo a ser considerado um sector potencialmente gerador de empregos verdes. De uma forma global, pode dizer‐se que os empregos verdes são «empregos que reduzem de forma gradual os impactes ambientais e sociais das diversas atividades económicas, integrando uma grande variedade de formações e de tipos de profissão e abrangendo, tanto economias rurais, como urbanas. As atividades associadas a emprego verde podem refletir “diferentes tons” de verde, pelo que diferentes empregos contribuem de forma diferente para os objetivos e metas de sustentabilidade. Deste modo, a abrangência do conceito aponta para que nem todos os empregos sejam verdes da mesma forma ou com o mesmo grau, ou seja, que nem todos contribuem para sustentabilidade de forma igual e que nem todos garantem condições de trabalho justas e dignas»21. Para além da área das energias renováveis e da eficiência energética, também a construção, a agricultura e os transportes sustentáveis são frequentemente apontados como também potencialmente geradoras de emprego verde. Este crescimento da importância e da procura de empregos verdes associados a novas competências, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista mais comportamental e do domínio das atitudes perante o trabalho, traz desafios acrescidos não apenas à gestão do sistema de educação e formação, mas também aos diferentes operadores de formação no sentido de encontrar estratégias para o desenvolvimento das novas competências requeridas. Estes desafios vão colocar‐se não só em profissões mais tradicionais como provavelmente no surgimento de novas áreas profissionais e consequentemente novos perfis profissionais. Pág. 20 4.2.2 O Sistema Nacional de Qualificações O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ), criado em 2007, a partir da reforma do sistema de formação profissional, teve como objetivo integrar, num único sistema, a formação profissional inserida no sistema educativo e a formação profissional integrada no mercado de trabalho, com instrumentos e objetivos comuns. A elevação dos baixos níveis de qualificação da população portuguesa, herança pesada que nos afasta consideravelmente da média da União Europeia, constituíram o desígnio para a uma aposta na diversificação de oportunidades de qualificação para jovens e adultos, com vista à obtenção de uma dupla certificação (habilitação escolar e certificação profissional), bem como na flexibilização das ofertas de formação para adultos e na valorização, no reconhecimento e na certificação de competências adquiridas em contextos não formais e informais. Um dos principais instrumentos deste SNQ é o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) que tem como objetivo estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades atuais e emergentes das empresas e dos sectores. 21 CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal.
  • 22. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Neste sentido, o CNQ organiza as qualificações de dupla certificação do SNQ, de nível não superior, e integra os referenciais que promovem e apoiam o seu desenvolvimento. Integra atualmente 261 qualificações, organizadas por áreas de educação e formação e por níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, e disponibiliza para cada qualificação um perfil profissional, um referencial de formação e um referencial para o reconhecimento, validação e certificação de competências, escolares e profissionais. Para além das qualificações em áreas tradicionais da construção civil como canalizador, pintor, ladrilhador/azulejador, pedreiro, bem como as qualificações a um nível mais técnico/intermédio como técnico de obra, técnico de desenho de construção civil, técnico de topografia ou de medições e orçamentos, o CNQ integra também qualificações na área das energias renováveis, designadamente: técnico instalador de sistemas solares térmicos, técnico instalador de sistemas solares fotovoltaicos, técnico instalador de sistemas eólicos e técnico instalador de sistemas de bioenergia. O CNQ integra referenciais de formação para estas qualificações de modo a que possam ser acessíveis através de um conjunto de modalidades de educação e formação, quer orientadas para jovens que concluíram o ensino básico e pretendem obter uma qualificação profissional – cursos profissionais ou cursos de aprendizagem ‐, quer para adultos, que não detenham qualificação numa determinada área profissional – cursos de educação e formação de adultos (EFA) e Formações modulares certificadas. Estas ofertas serão explicitadas no ponto 6 deste relatório. Para além do percurso formativo, estas qualificações poderão ser acessíveis através do reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e profissionais. São qualificações de âmbito nacional, que podem ser promovidas por diferentes tipologias de operadores de formação: escolas básicas e secundárias, escolas profissionais, centros de formação da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, entidades formadoras certificadas, entre outras. A conclusão com aproveitamento de um percurso de qualificação integrado no CNQ dá lugar à emissão de um certificado de qualificações e de um diploma, que atesta que o profissional detém as competências associadas ao respetivo perfil profissional, e atribui um nível de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. Pág. 21 4.2.3 O Quadro Nacional de Qualificações e o Quadro Europeu de Qualificações Um dos objetivos da criação do sistema nacional de qualificações assentou na promoção da coerência, da transparência e da comparabilidade das qualificações, a nível nacional e internacional. Neste sentido, foi criado o Quando Nacional de Qualificações (QNQ) que constitui um quadro de referência único para classificar todas as qualificações produzidas no âmbito do sistema educativo e formativo nacional, independentemente do nível e das vias de acesso. O QNQ foi criado pelo Decreto‐Lei n.º 396/2007, de 31 de Dezembro, e é regulado pela Portaria n.º 782/2009, de 23 de Julho, que revoga a aplicação da estrutura dos níveis de formação estabelecidos com a Decisão nº 85/368/CEE, do Conselho, de 16 de Julho, adotando os princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ) no que se refere aos níveis de qualificação e à descrição das qualificações nacionais em termos de resultados de aprendizagem, consagrando, assim, o princípio de convergência com o QEQ.
  • 23. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 22 Está em vigor desde 1 de outubro de 2010 e tem um âmbito de aplicação nacional.
  • 24. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 23 Quadro 4.3 ‐ A estrutura do Quadro Nacional de Qualificações Níveis de qualificação Qualificações Nível 1 2.º Ciclo do ensino básico Nível 2 3.º Ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por percursos de dupla certificação Nível 3 Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior Nível 4 Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional ‐ mínimo de 6 meses Nível 5 Qualificação de nível pós‐secundária não superior com créditos para prosseguimento de estudos de nível superior Nível 6 Licenciatura Nível 7 Mestrado Nível 8 Doutoramento Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho Cada nível de qualificação do QNQ é explícito através de um conjunto de indicadores de resultados de aprendizagem em termos de conhecimentos, aptidões e atitudes, de acordo com o Quadro 4.4.
  • 25. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 24 Quadro 4.4 ‐ Descritores dos níveis de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações. Nível Conhecimentos Aptidões Atitudes Nível não superior 1 Conhecimentos gerais básicos Aptidões básicas necessárias à realização de tarefas simples Trabalhar ou estudar sob supervisão direta num contexto estruturado. 2 Conhecimentos factuais básicos numa área de trabalho ou de estudo Aptidões cognitivas e práticas básicas necessárias para a aplicação da informação adequada à realização de tarefas e à resolução de problemas correntes por meio de regras e instrumentos simples. Trabalhar ou estudar sob supervisão, com um certo grau de autonomia 3 Conhecimentos de factos, princípios, processos e conceitos gerais numa área de estudo ou de trabalho Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para a realização de tarefas e a resolução de problemas através da seleção e aplicação de métodos, instrumentos, materiais e informações básicas. Assumir responsabilidades para executar tarefas numa área de estudo ou de trabalho. Adaptar o seu comportamento às circunstâncias para fins de resolução de problemas. 4 Conhecimentos factuais e teóricos em contextos alargados numa área de estudo ou de trabalho Uma gama de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções para problemas específicos numa área de estudo ou de trabalho. Gerir a própria atividade no quadro das orientações estabelecidas em contextos de estudo ou de trabalho, geralmente previsíveis, mas suscetiveis de alteração. Supervisionar as atividades de rotinas de terceiros, assumindo determinadas responsabilidades em matéria de avaliação e melhoria das atividades em contextos de estudo ou de trabalho. Nível não superior, pós secundário 5 Conhecimentos abrangentes, especializados, factuais e teóricos numa determinada área de estudo ou de trabalho e consciência dos limites desses conhecimentos. Uma gama abrangente de aptidões cognitivas e práticas necessárias para conceber soluções criativas para problemas abstratos. Gerir e supervisionar em contextos de estudo ou de trabalho sujeitos a alterações imprevisíveis. Rever e desenvolver o seu desempenho e o de terceiros. Nível superior 6 Conhecimento aprofundado de uma determinada área de estudo ou de trabalho que implica uma compreensão crítica de teorias e princípios Aptidões avançadas que revelam a mestria e a inovação necessárias à resolução de problemas complexos e imprevisíveis numa área especializada de estudo ou de trabalho. Gerir atividades ou projetos técnicos ou profissionais complexos, assumindo a responsabilidade da tomada de decisões em contextos de estudo ou de trabalho imprevisíveis. Assumir responsabilidades em matéria de gestão do desenvolvimento profissional individual e coletivo. 7 Conhecimentos altamente especializados, alguns dos quais se encontram numa determinada área de estudo ou de trabalho, que sustentam a capacidade de reflexão original e ou investigação. Consciência crítica das questões relativas aos conhecimentos numa área e nas interligações entre várias áreas. Aptidões especializadas para a resolução de problemas em matéria de investigação e ou inovação, para desenvolver novos conhecimentos e procedimentos e integrar os conhecimentos de diferentes áreas. Gerir e transformar contextos de estudo ou de trabalho complexos, imprevisíveis e que exigem abordagens estratégicas novas. Assumir responsabilidades, por forma a contribuir para os conhecimentos e as práticas profissionais e ou rever o desempenho estratégico de equipas. 8 Conhecimentos de ponta na vanguarda de uma área de estudo ou de trabalho e na interligação entre áreas. As aptidões e as técnicas mais avançadas e especializadas, incluindo capacidade de síntese e de avaliação, necessárias para a resolução de problemas críticos na área da investigação ou da inovação para o alargamento e a redefinição dos conhecimentos ou das práticas profissionais existentes. Desenvolver um nível considerável de autoridade, inovação, autonomia, integridade científica ou profissional e assumir um firme compromisso no que diz respeito ao desenvolvimento de novas ideias ou novos processos na vanguarda de contextos de estudo ou de trabalho, inclusive em matéria de investigação. Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho
  • 26. Na N realidade, qualificações q fe erramenta q qualificações q n nacional não QEQ, Q quer e r esultados de d de enquadrar O processo d de d qualificaçã , o QEQ, par produzidas que tem po e contribuí o foi exceção m termos d e aprendizag r todas as qu de referencia ão nacionais a além de co s por difer otenciado pr ído para a o, e na criaç a estruturaç gem, que se ualificações n ação do QNQ e os níveis d Figura 4.1 os níveis d onstituir um entes sistem rocessos de criação de ão do QNQ ção em 8 ní revelaram a nacionais. Q ao QEQ de de qualificaçã ‐ Relação ent de qualificação tre os níveis d o do Quadro Formação pa dispositivo d mas, tem v reforma em quadros na a opção rec íveis, quer n adequados a eterminou u ão do QEQ. de qualificação Europeu de Q BU UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad ara as Renováv An de tradução/ vindo a ass m muitos si cionais de q caiu na adoç no que se re ao contexto ma relação /comparabil sumir‐se co istemas nac qualificações ção dos prin efere à desc português e idade das omo uma ionais de s. O caso ncípios do crição dos passíveis direta entre o nacionais (Q Qualificações QNQ) e (QEQ). PORTUGAL a Energética Construção do da Arte os níveis Pág. 25
  • 27. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 26 5 ESTATÍSTICAS NO SECTOR ENERGÉTICO E DA CONSTRUÇÃO 5.1 Estatísticas no sector da construção 5.1.1 Parque edificado Em Portugal, conforme indicado no estudo do Buildings Performance Institute Europe22 (BPIE), a área construída é de aproximadamente 400 milhões de m2, sendo que os edifícios residenciais representam cerca de 75%, valor este que se aproxima da média europeia. O CENSOS de 2011 contabilizou mais de 3,5 milhões de edifícios destinados, total ou parcialmente, à habitação23. A proporção entre edifícios com apenas um alojamento e os restantes (multi‐familiares) é de 87%, o que não representa efectivamente a percentagem de vivendas na medida em que poderão existir edifícios com um único alojamento e cujos restantes fogos se destinem a outras atividades, nomeadamente económicas. O sector residencial é, sem qualquer dúvida, o segmento de maior dimensão, em termos de número de edifícios e área construída, muito embora não existam estatísticas nacionais relativas ao universo de edifícios não residenciais. Nesse sentido recorreu‐se ao número total de edifícios construídos entre 1999 e 2010 não destinados à habitação24, o que equivale a um total acumulado de 73.887 e 15,4% do total de edifícios construídos nessa década (479.431). O parque habitacional, segundo os dados do último CENSOS, apresenta uma distribuição pelos vários períodos definidos para os últimos 100 anos, segundo a distribuição apresentada na Figura 5.1. Notar que os edifícios destinados à habitação construídos nas últimas duas décadas são cerca de 1 milhão (1.034 mil), pelo poderá estimar‐se que nesse mesmo período tenham sido construídos cerca de 180.000 edifícios não residenciais. Uma estimativa possível para o universo total destes edifícios é de 300 ‐ 400 mil edifícios, com o pressuposto que a taxa de edifícios não residenciais tem vindo a crescer nas últimas décadas. 22 BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the energy performance of buildings. 23 Para efeitos censitários apenas foram considerados os edifícios com pelo menos um alojamento, não sendo recenseados os edifícios totalmente utilizados para fins diferentes de habitação, pelo que não foram recenseados os edifícios que se destinam exclusivamente a actividades económicas. Incluíram‐se, no entanto, todas as construções que constituam alojamento colectivo (hotéis, pensões e alojamentos de convivência – lares de idosos, centros de acolhimento para crianças, hospitais, colégios com internato, prisões, etc.). 24 INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas.
  • 28. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 27 Figura 5.1 – Edifícios por época de construção. Fonte: CENSOS 2011 e estimativa nas Estatísticas das Obras Concluídas, INE (2011). Quanto à desagregação dos edifícios não residenciais por categorias, apresentam‐se no Quadro 5.1 o número de edifícios licenciados nos anos de 2009 e 2010. Quadro 5.1 – Edifícios novos não residenciais licenciados em 2009 e 2010. Nº edifícios Área [mil m2] Agricultura e Pesca 1.164 13% 414 6% Indústria 864 9% 1.683 24% Turismo 418 5% 663 10% Outros serviços 1.681 18% 2.391 34% Outros destinos 5.098 55% 1.800 26% TOTAL NÃO RESIDENCIAL 9.225 6.951 TOTAL RESIDENCIAL 30.856 9.504 Fonte: Estatísticas da construção e habitação, INE (2010). Embora que não diretamente comparáveis, servem de referência os dados relativos à média europeia apresentados no estudo do BPIE20 em que os edifícios comerciais (retalho e grande distribuição) representam a maior fatia (28%), seguindo‐se os edifícios de escritórios, com cerca de 23%, e os estabelecimentos de ensino com 17%. De realçar ainda duas outras tipologias, os hotéis/restaurantes com 7% e Outros (armazéns, garagens, edifícios agrícolas) com uma quota de 11%. Conforme explicitado pela AECOPS25, a procura no sector da Construção regista um valor bastante baixo, sendo de destacar: 25 AECOPS (2012), Análise Regional.
  • 29. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte ƒ Em 2011 foram licenciados menos de 17 mil fogos, o que constituiu o valor mais baixo desde 1995, sendo de registar também que este ano é o 12º em que consecutivamente se verificaram quebras em termos de pedidos de licenciamento. ƒ Por outro lado, até Fevereiro, os indicadores relativos ao mercado das obras públicas revelam quebras significativas ao nível de concursos abertos (‐64%), bem como de adjudicados (‐37%), valores que estão em linha com o verificado em 2011 (‐29% de concursos abertos). Em resultado dessas quebras, as estruturas empresarial e de emprego têm vindo a ser negativamente afectados, tal como os números abaixo demonstram: ƒ Diminuição de empresas licenciadas, sendo que até ao início de Março, em relação às com alvará de construção se verificaram quebras de 8,5% e com título de registo de 3,7%. ƒ Aumento do número de insolvências de empresas de construção, isto é, mais 17,3% em 2011 relativamente ao ano anterior, o que correspondeu a 1 138 empresas (mais de 3 por dia). ƒ Em 2011 foi atingido o nível mais baixo de emprego no sector da Construção, o qual não ultrapassou 418 mil trabalhadores, sendo o mais baixo dos últimos 14 anos. Conforme reportado no Inquérito ao Emprego do INE, em 2011, o número médio de trabalhadores empregados foi de 440,3 mil, isto é, 9,1% do emprego total (9,7 em 2010). ƒ O nível de desemprego e de inscritos nos centros de emprego associado à Construção tem subido de forma assinalável (mais de 90 mil até finais de Janeiro) valor que corresponde a 15,3% do desemprego total. Outro dado importante é o crescimento homólogo nesse mês que foi de 22%, em claro contraste com o verificado no desemprego total (14%). Na perspectiva da FEPICOP26, no que respeita à construção de novos edifícios, em Dezembro de 2011, foram licenciados 997 fogos (‐42% em relação ao período homólogo). Em termos globais, o número de fogos licenciados foi de 16 737 (‐32,% por comparação com 2010). Por tipo de edifícios, nos para habitação, em 2011, no período homólogo a redução foi 1.627 m2. Já nos edifícios de serviços, verificou‐se que a área licenciada nesse ano foi inferior em aproximadamente 312.108 m2, comparativamente aos 3.083.267 m2 registados em 2010. Tendo em conta o tipo de utilização, as maiores quebras registam‐se nos de turismo (‐25%), seguindo‐se os destinados ao comércio (‐19,6%) e de uso geral (‐12,7%) (Figura 5.2). No que concerne ao consumo de cimento, a redução atingiu 18,4% em Dezembro face ao valor homólogo de 2010, e que confirmou o que se vinha constatar desde 2001 e que corresponde a uma quebra acumulada de 55,6%. Pág. 28 26 FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59.
  • 30. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 29 Figura 5.2 – Área licenciada em edifícios não residenciais. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: INE. Figura 5.3 – Principais atores do mercado da construção. Extraído de Análise da conjuntura FEPICOP 24, Fonte: ATIC, FEPICOP. De acordo com a informação contida no documento do INE27, em 2011, os indicadores em termos de licenciamento de obras são os mais baixos de sempre. Com efeito, foram licenciados 5,7 mil edifícios, o que corresponde a um decréscimo anual de 10,7% (4º trimestre de 2011). Relativamente a edifícios concluídos, a variação média anual foi de 3,7%, tendo sido concluídos 7,6 mil edifícios. Tendo como referência o 1ºtrimestre de 2001, o número de edifícios para habitação concluídos foi o mais baixo de sempre. De referir a redução em 6% no que respeita a edifícios licenciados, e por outro lado, estimativas que apontam para um acréscimo de 1,9 para os edifícios concluídos. 5.1.2 Edifícios com elevado desempenho energético A informação a seguir disponibilizada diz respeito a uma síntese actualizada mensalmente sobre Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE), no que respeita ao registo de Certificados Energéticos (CE) e Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR), sendo que se aplicam, respectivamente, a edifícios construídos e a edifícios em fase de projeto. 27 INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março.
  • 31. Existem E cerca q quais, 100 m e existentes e continuam c a a entrada em E in n O m c p o 28 A ba fogos/ a de 500 mil il encontram recém‐const liderar com m vigor do SC D Em 2011‐201 ntensificação neste ano 8% número tot mostra que certificados. predominânc observadas a ase de certificaç /unidades de al imóveis cer m‐se em fase truídos que 90% dos cer E, encontra‐ura Figu Declarações d 12, a média o de emissã % dos registo tal de registo Lisboa, Port Estes distr cia nas clas nível nacion ção do SCE é a lojamento, pelo rtificados no e de projecto já tiveram u rtificados em ‐se na Figura 5.4 – Núm mero de Certif ade Regulame de Conformida a mensal de ão de certif s. os no SCE po o, Setúbal e ritos abarca sses energé nal. e registos é ficados para or classe de e Faro são o am 65% d tica “C” e fração autónom o que não é pos ma, aqui identif ssível quantifica Formação pa Sistema de o e os restan uma DCR. Os mitidos no SC 5.4. ficados Energ entar (DCR) e de 9,1 mil a imóveis re eficiência en os que detêm o universo “B”, espelh ficada por imóv ar a proporção BU UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad ara as Renováv An Certificação tes 400 mil28 s imóveis de CE. A evoluçã PORTUGAL a Energética Construção do da Arte Energética ( 8 respeitam estinados à h ão dos regist géticos (CE) e emitidos. Font te: ADENE. certificados ecém‐constr SCE), dos a imóveis habitação tos, desde s observando ruídos repre ergética e po m um maior de imóve hando a in o‐se uma esentando igura 5.5) e imóveis dos, com s classes or distrito (F r número de is certificad cidência da vel e que no cas do parque edif so residencial e ficado já certific equivale aos cada. Pág. 30
  • 32. Os Ce têm comp tipo certif O nív edifíc poten eficiê Figura 5.5 Figura 5 ertificados E respectivam pleta de clas de edifícios, ficados. – Número de vel de eficiên cios novos. ncial de aum ência energé e Certificados dos por distrit emitid 5.6 – Classe en s Energéticos/ to e por class nergética dos Energéticos d ente a segu sses energét , a 90% e 1 novos edifíci dos imóveis uinte repartiç icas dentro 10% corresp ncia energét Para além d mento de e tica. existentes d ção 18.675 e das duas cat ondem resp tica nos edif da reabilitaç eficiência en fícios existen ção tradicion nergética ap Formação pa /Declarações se energética. os e dos edifí de habitação 392, aprox tegorias. Qu pectivamente ntes é baixo, nal, os edifí pós introduç BU UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad ara as Renováv An de Conformid Fonte: ADEN PORTUGAL a Energética Construção do da Arte dade Regulam NE. ícios existente mentar es. Fonte: ADE o e serviços ximadament uanto à repa e cerca de 4 ENE. com a class te 5% e 1% rtição perce 460 e 40 mi , quando co ícios existen ão de med se A e A+ da escala entual por il imóveis mparado co tes têm um idas de me om os dos m elevado lhoria de Pág. 31
  • 33. As ex consi enqu xigências intr iderável me adrar outras O Sis da ef desem resid regul roduzidas pe lhoria da ef s medidas de stema de Cer ficiência ene mpenho en encial para amentação A Fig dos e e apó ela regulame ficiência ene e melhoria. rtificação En ergética dos nergético, n os edifícios dos edifícios Figura 5. entação térm ergética dos nergética de s edifícios. A omeadamen existentes e s em 2006, re .7 – Necessida gura 5.8 perm edifícios no s ós a entrada Figura do Edifícios (SC Figura 5.7 nte as nece novos, con espetivamen ades de energ cios existente nos edifíc mite avaliar sector reside em vigor da gia em condiç es (esquerda) a evolução encial (edifíc regulament a 5.8 –. Evoluç os elementos d o desempen ios existente tação dos ed ção do coefici da envolvent iente de trans e dos edifício Formação pa mica dos edifí s edifícios, e CE) é uma fe 7 permite av essidades n struídos ant nte. ções nominais e novos (dire nho energéti es e novos, c ifícios em 20 smissão térm os no sector re BU UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad ara as Renováv An ícios em vigo embora que or, conduzira e ainda seja erramenta m valiar a evo nominais de tes e após a am a uma a possível avaliação ndices de no sector m vigor da muito útil na lução dos ín e energia n entrada em em kWh/(m2.a DENE. s, expressas e eita) Fonte: AD ico dos elem construídos r 006). ano), mentos da en respetivame nvolvente nte antes s em W/(m2.K nte: ADENE. ica, expressos esidencial. Fo PORTUGAL a Energética Construção do da Arte Pág. 32 K),
  • 34. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Do estudo levado a cabo pela DGEG com base num inquérito às famílias29 existe ainda informação sobre a existência de isolamento térmico na envolvente dos edifícios, que se encontram no Quadro 5.1. Pág. 33 Quadro 5.1 – Número de alojamentos com isolamento térmico na envolvente exterior. Localização do isolamento Nº de alojamentos % Paredes exteriores com isolamento 828 494 21,1 Cobertura do alojamento com isolamento (1) 434 099 17,1 (1) Apenas considerados os apartamentos localizados no último piso e moradias O inquérito apresenta ainda uma caracterização das superfícies envidraçadas dos edifícios residenciais que se encontra no Quadro 5.2. 29 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico.
  • 35. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 34 Quadro 5.2 Tipologia de vãos envidraçados por orientação da fachada Tipologia de vidros por orientação de fachadas, Portugal 2010 Fachadas viradas a Sul Fachadas viradas a Sul (Oriente) Fachadas viradas a Poente (Ocidente) N.º Alojamentos Área média dos vidros N.º Alojamentos Área média dos vidros N.º Alojamentos Área média dos vidros Tipo de vão envidraçado N.º % m2/aloj N.º % m2/aloj N.º % m2/aloj Vidros simples 1 982 799 75,4 4,5 1 968 296 72,3 4,5 1 915 448 72,3 4,3 Vidros duplos, caixilharia 495 894 18,9 6,3 620 719 22,8 6,5 604 934 22,8 6 sem corte térmico Vidros duplos, caixilharia com corte térmico 184 583 7,0 7,2 164 313 6 5,5 160 542 6,1 5,3
  • 36. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 35 5.2 Empresas que operam no Sector da Construção Segundo o Relatório do InCI30 de Setembro de 2011, a legislação em vigor (DL n.º12/2004, DL n.º18/2008 e DL n.º69/2011) que enquadra a actividade da construção, obriga a que o seu exercício pelos diversos agentes detenham uma licença (alvará ou título de registo) cuja emissão é da competência daquela entidade. Essa licença, em função do nível associado, estabelece o limite para o valor das obras a realizar, e com base nas categorias e subcategorias definidas pela Portaria n.º 19/2004, de 10 de Janeiro. No final de 2011, existiam no sector da construção 23.555 empresas habilitadas com Alvará e 37.693 com Título de Registo (Quadro 5.3). Quadro 5.3 – Empresas habilitadas a exercer a atividade da construção. Com Título de Registo Com Alvará Total de empresas 2009 39728 24243 63971 2010 38931 23859 62790 2011 37693 23555 61248 Fonte: InCI Ainda segundo o mesmo Relatório, embora com uma tendência de quebra ligeira, verifica‐se uma estabilidade no que se refere ao número de licenças atribuídas. É aí dito também que essa quebra, de apenas 1,6%, não é sinónimo que o sector não esteja a ser afectado pela crise. Outro dado referido tem a ver com o facto de se estar a registar alterações significativas dos agentes de determinadas classes, traduzidas por aumentos nas classes 2 (2,12%) e 5 (1,09%). Por outro lado, constata‐se um decréscimo de 2,1% no que se refere a licenças atribuídas, as quais caíram de 39 780 para 38 931 em 2009. Sendo estas válidas por cinco anos, o impacto da redução da actividade acaba por se esbater no tempo. Como aspecto positivo, os resultados da análise dos indicadores das 20 maiores empresas mostram/revelam que a respectiva performance económica e financeira é mais sólida no conjunto das empresas do sector. O Quadro 5.4 permite visualizar o número de empresas em volume de negócios, por classe. 30 InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010.
  • 37. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 36 Quadro 5.4 – Número de empresas por classe de volume de negócios. Total de empresas Nº Classe 1 179 Classe 2 51 Classe 3 34 Classe 4 23 Classe 5 8 Classe 6 2 Total 297 Fonte: InCI, I.P. 5.3 Estatísticas do Emprego na Construção 5.3.1 Enquadramento Pretende‐se, neste ponto, caracterizar o emprego nas atividades do sector da construção e da energia cujos profissionais tenham um potencial de intervenção em atividades profissionais que podem contribuir para uma maior eficiência energética, considerando que é este o objetivo do presente trabalho. Assim, não se optou por uma análise do sector na sua globalidade, mas apenas das atividades e profissões que concorrem mais diretamente para o cumprimento deste objetivo. Os dados estatísticos foram recolhidos junto do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Economia e do Emprego, e referem‐se à informação constante dos Quadros de Pessoal. Os últimos dados oficiais disponíveis, discriminados por profissão, correspondem a 2007, 2008 e 2009, e utilizam a Classificação das Atividades Económicas CAE Rev3, bem como a Classificação Nacional de Profissões de 94 (CNP 94). De notar que a partir de 2011, a CNP de 94 deixou de ser utilizada na recolha de dados para a produção das estatísticas nacionais, tendo sido substituída pela Classificação Portuguesa de Profissões (CPP 2010). Neste sentido, e com vista á recolha da informação estatística com base exclusivamente em fontes oficiais, foram selecionadas apenas algumas atividades económicas no âmbito do sector da Construção, bem como apenas algumas profissões constantes na CNP 94 que, do nosso ponto vista, melhor se ajustam ao objetivo deste trabalho. O Quadro 5.5 apresenta o conjunto de profissões do setor da construção e o conjunto de atividades económicas, que foram utilizados na presente análise estatística. Valerá a pena explicitar uma nota relativa aos profissionais das energias renováveis, uma vez que se notará a sua ausência de forma explícita na análise que se segue. De facto, a Classificação Nacional de Profissões (CNP94), utilizada na recolha dos dados relativos ao período em análise, não integrava nenhuma profissão nestes domínios, pelo que os profissionais que desenvolviam atividade nestas áreas foram classificados em outras profissões, designadamente nas da área da eletricidade. Neste sentido, não nos é possível identificar, em termos estatísticos, e com base nos dados dos Quadros de Pessoal (única fonte que possibilita uma analise estatística por profissão a 5 dígitos) o número de trabalhadores por conta de outrem a desenvolver atividade especificamente nestas profissões, embora os mesmos estejam integrados noutras profissões.
  • 38. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 5.5 – Profissões abrangidas na análise estatística do emprego, segundo as atividades económicas da Construção consideradas CONSTRUÇÃO (Secção F) Classificação Nacional das Profissões (versão Pág. 37 1994 – grandes grupos 3 e 7) 41200‐Atividades de construção, ampliação, e restauro de edifícios para qualquer fim. 3.1.1.2.05 ‐ Técnicos da Construção e Obras Públicas 3.1.1.2.10 ‐ Medidor Orçamentista 3.1.1.8.05 ‐ Desenhador projetista da construção civil 3.1.1.8.10 ‐ Desenhador da construção civil 7.1.2.2.05 ‐ Pedreiro 7.1.2.2.10 ‐ Montador de refratários 7.1.2.3.05 ‐ Cimenteiro 7.1.2.3.15 ‐ Vibradorista ‐construção civil 7.1.2.3.20 ‐ Enformador de Pré‐fabricados‐ alvenaria 7.1.2.3.25 ‐ Montador ‐ alvenarias pré‐fabricadas 7.1.2.3.30 ‐ Montador de Pré‐esforçados – betão 7.1.2.3.35 ‐ Encarregado ‐ trabalhadores da construção civil e obras públicas 43210‐ Atividades de instalação e reparação elétrica de: eletrificação de edifícios e distribuição de energia nas instalações industriais, cablagens p/ telecomunicações, p/ computadores, TV por cabo, alarmes contra roubo e incêndio, antenas e para‐raios, sistema elétricos de iluminação e sinalização. Inclui ligação elétrica p/ eletrodomésticos. 3.1.1.3.05 ‐ Técnico de instalações elétricas 3.1.1.3.15 ‐ Técnico de manutenção – eletricidade 3.1.1.3.20 ‐ Técnico de redes – eletricidade 7.2.4.1.35 ‐ Eletricista‐montador de instalações de alta tensão 7.2.4.1.40 ‐ Eletricista‐montador de instalações de baixa tensão 7.2.4.1.60 ‐ Eletricista de Redes ‐ distribuição de energia elétrica 43221‐ Atividades de instalação e reparação de: redes de canalização (água, gás e esgotos) e suas ligações às redes gerais de distribuição, redes sob pressão de luta contra incêndios e para rega, aparelhos sanitários fixos. 7.1.3.6.05 ‐ Canalizador 7.1.3.6.10 ‐ Montador de tubagens 43222‐ Atividades de instalação, manutenção e reparação de: sistemas de aquecimento (inclui coletores não elétricos de energia solar), ventilação, refrigeração ou climatização (inclui ar condicionado) em edifícios. Inclui ainda as atividades de manutenção da qualidade do ar interior em edifícios. 3.1.1.3.10 ‐ Técnico de refrigeração e climatização 7.2.4.1.20 ‐ Eletromecânico de refrigeração e climatização 43290 ‐ Atividades de instalação, reparação e manutenção de: vedações, gradeamentos e similares em edifícios e outros locais, elevadores e escadas rolantes, portas automáticas e giratórias, sistema de limpeza e vácuo, isolamento térmico, acústico e vibrático. 7.2.4.1.15 ‐ Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares 43910 ‐ Atividades de construção e reparação de coberturas (telhados) e das estruturas destinadas a ser aplicadas nas coberturas, instalação de caleiras e de algerozes, revestimento metálico ou outro de telhados. 7.1.3.1.05 ‐ Montador de chapas‐fibrocimento 43310 ‐ Atividades de estucagem em edifícios ou outras obras de construção, incluindo a colocação de materiais de revestimento associados à estucagem. 7.1.3.2.20 ‐ Assentador de revestimentos 7.1.3.3.05 ‐ Estucador 7.1.3.4.05 ‐ Montador de isolamentos 7.1.3.4.10 ‐ Impermeabilizador 43320 ‐ Atividades de colocação de armários, roupeiros, portas, janelas, estores e a colocação de trabalhos similares em madeira e em outros materiais (inclui os resistentes ao fogo). Inclui trabalhos de carpintaria executados e destinados à sua aplicação na obra (fixação de cofragens em madeira, tetos falsos, divisórias) 7.1.2.4.05 ‐ Carpinteiro de limpos 7.1.2.4.10 ‐ Carpinteiro de tosco 43330 ‐ Atividades de revestimento de pavimentos e paredes em todos os materiais (alcatifas, mosaicos, azulejos, mármores, linóleo, papel de parede, granito, ardósia, cortiça, parquet e outros revestimentos de madeira) 7.1.3.2.10 ‐ Ladrilhador (azulejador) 7.1.3.2.15 ‐ Assentador de tacos 43340 ‐ Atividades de pintura interior ou exterior (decorativa ou de proteção, inclui contra incêndios) e colocação de vidros 7.1.4.1.05 ‐ Pintor ‐ construção civil 7.1.3.5 ‐ Vidraceiro 43390 ‐ Outras atividades de acabamentos em edifícios − 43992 ‐ Outras atividades especializadas de construção diversas 7.1.4.3.10 ‐ Limpa‐chaminés
  • 39. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 38 5.3.2 Análise estatística Considerando os pressupostos e opções definidos no ponto anterior, foram considerados os seguintes indicadores na análise estatística, para o conjunto das atividades da CAE selecionadas, apenas considerando as profissões selecionadas: ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica, em 2009 ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009 ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação 2007‐2009 ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009 ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica construção, segundo o nível de qualificação, em 2009 ƒ Nº de trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e variação 2007‐2009 Numa primeira análise mais global, constata‐se que, em 2009, dos 100.850 trabalhadores por conta de outrem a exercer atividades específicas do sector da construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, 68% inserem‐se na atividade económica 41200 – construção de edifícios (residenciais e não residenciais), denotando‐se uma dispersão por todas as outras atividades económicas que varia entre os 0,1% (com apenas 120 trabalhadores registados na CAE 43910 – atividades de colocação de coberturas) e os 5% em todas as outras atividades (Quadro 5.6).
  • 40. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte CAE Total % 41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 68.644 68% 43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 5.440 5% 43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 4.055 4% 43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 1.921 2% 43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 3.448 3% 43310 - ESTUCAGEM 1.974 2% 43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 3.251 3% 43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 2.479 2% 43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 3.915 4% 43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.596 2% 43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 120 0,1% 43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 4.007 4% Total Geral 100.850 100% Pág. 39 Quadro 5.6 – Número e percentagem de trabalhadores por conta de outrem, por atividade económica no setor da construção, em 2009. Estes cerca de 100 mil trabalhadores desenvolvem a sua atividade em cerca de 42 mil empresas, distribuídas da seguinte forma pelos diferentes subsectores considerados na presente análise (Quadro 5.7).
  • 41. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 5.7 – Nº de empresas, por atividade económica no setor da construção, em 2009 Pág. 40 (considerando os TCO nas profissões selecionadas) 2007 2008 2009 41200 ‐ CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 27.652 26.730 24.645 43210 ‐ INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 3.899 4.035 3.996 43221 ‐ INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 2.208 2.239 2.153 43222 ‐ INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 870 831 879 43290 ‐ OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 1.192 1.154 1.118 43310 ‐ ESTUCAGEM 884 896 787 43320 ‐ MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE 2.550 2.420 2.225 CAIXILHARIA 43330 ‐ REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 1.446 1.517 1.425 43340 ‐ PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 1.524 1.555 1.479 43390 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 1.472 1.491 1.356 43910 ‐ ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 99 122 110 43992 ‐ OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE 2.095 2.080 1.849 CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. TOTAL 45.891 45.070 42.022 No que respeita às profissões exercidas pelos trabalhadores por conta de outrem contabilizados em 2009, nas CAE e profissões selecionadas, verifica‐se que, de um total de 100.850, 41% são pedreiros (41.408 trabalhadores), denotando‐se uma enorme dispersão relativamente a todas as outras profissões deste sector, oscilando estas entre os 0,01% (Enformador de pré‐fabricados – alvenaria) e os 9% (Encarregado – trabalhadores de construção civil e obras públicas e Carpinteiro de tosco) (Quadro 5.8).
  • 42. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 5.8 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, em 2009. Pág. 41 PROFISSÃO - CNP Total % 311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 2.938 3% 311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 805 1% 311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 962 1% 311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 747 1% 311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 104 0,1% 311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 29 0,03% 311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 290 0,3% 311810 - DESENHADOR 634 1% 712205 - PEDREIRO 41.408 41% 712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 519 1% 712305 - CIMENTEIRO 1.250 1% 712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 35 0,03% 712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - ALVENARIA 8 0,01% 712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 199 0,2% 712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 116 0,1% 712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 8.655 9% 712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 5.324 5% 712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 9.216 9% 713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 30 0,03% 713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.416 1% 713215 - ASSENTADOR DE TACOS 194 0,2% 713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.698 2% 713305 - ESTUCADOR 3.594 4% 713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 960 1% 713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 548 1% 713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 121 0,1% 713605 - CANALIZADOR 5.596 6% 713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 405 0,4% 714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 7.455 7% 724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 1.253 1% 724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 603 1% 724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 206 0,2% 724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.219 2% 724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.313 1% Total Geral 100.850 100%
  • 43. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte De salientar ainda que existem diversas profissões com uma representação inferior a 1%, das quais com apenas 0,01% identificou‐se o enformador de pré‐fabricados – alvenaria, 0,03% o Técnico de redes – eletricidade, com 29 trabalhadores, o Montador de chapas – fibrocimento, com 30 trabalhadores e o Vibradorista – construção civil, com 35 trabalhadores. Seguem‐se outras profissões que se enquadram na mesma situação: Técnico de manutenção – eletricidade (104 trabalhadores), Montador de pré‐esforçados – betão (116 trabalhadores), Vidraceiro – colocador (121 trabalhadores), Assentador de tacos 194 trabalhadores), Montador – alvenarias pré‐fabricadas (199 trabalhadores), Eletricista‐montador de instalações de alta tensão (206 trabalhadores) e Vidraceiro – colocador (405 trabalhadores). Quando examinados os dados relativos aos trabalhadores por conta de outrem, a exercer atividades específicas do setor construção civil, nas CAE e profissões selecionadas, no triénio 2007‐2009, constata‐se que, globalmente, houve uma diminuição de 17% de profissionais neste setor, tendo esta diminuição sido mais acentuada no Montador de pré‐esforçados – betão, com uma diminuição de 41%, seguida do Carpinteiro de tosco com uma diminuição de 49% e o Técnico de redes‐ eletricidade, com menos 33% dos trabalhadores (Figura 5.9). Por outro lado, houve uma estabilização dos profissionais Técnicos de instalações elétricas (com um desvio de apenas ‐0,3%) e um crescimento nas profissões de Montador de refratários (assentador de refratários), Ladrilhador (azulejador) e Eletromecânico de elevadores e aparelhos similares correspondente a 45%, 43% e 28%, respetivamente. Pág. 42
  • 44. Figura 5.9 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no sector da construção, por profissão, se Form egundo a variação e B ação para as Renová A em 2007‐2009. BUILD‐UP SKILLS PORT áveis e Eficiência Ener TUGAL rgética trução a Arte no Sector da Cons nálise do Estado da Pá ág. 43
  • 45. R Relativament c onta de out c onstrução c t rabalhadore D Do ponto de re egião, const Centro C e Lisb N Nas restante s ignificativam in nexistência e eletricidade, Algarve A e d Montador M de te à distribu trem contab ivil, nas CAE s no Contine e vista da di tata‐se que e boa com 24% es regiões (A mente mais de alguma Montador d e Montado e pré‐esforça uição geográ bilizados em E e profissõe ente (94%) (F stribuição d existem 38% % e 20% de Alentejo e reduzido as profissõe de refratário r de refrat dos, montad Trabalha construç 11 ‐ 16 ‐ C 18 ‐ A 30 ‐ adores por ção, segun NORTE CENTRO ALENTEJO REGIÃO AUTÓ Fi gura 5.10 ‐ Tr ormação para a ta‐se que do xercer ativid adas, existe hadores pel hadores no N es por conta ara além de adores nest damente: T ador de pré‐adorista, r conta de ndo a regiã %3%3% 24% % MADEIRA rabalhadores segu 20% 5% ÓNOMA DA M Fo áfica, constat m 2009, a ex es seleciona Figura 5.10). estes trabal % de trabalh trabalhadore Algarve), pa de trabalha es, designad os, Enforma ários, Vibra dor de Chapa e outrem n ão (NUT II 15 17 20 ‐UP SKILLS POR Eficiência Ene Sector da Cons e do Estado d trabalhadore íficas do set predominânc es por tor da cia de es em anális ndo‐se as re , respetivam rem um nú des, verifica e Manutenç e Vidraceiro e pré‐fabric ão do Alentej no setor d I), em 200 % 5 ‐ ALGARVE 7 ‐ LISBOA 0 ‐ REGIÃO AU por conta de undo a região, Enf as e Vidracei 38% 7% da 09 UTÓNOMA DO outrem no se , em 2009 BUILD‐as Renováveis e no Análise os 100.850 t ades especí uma forte p las profissõe Norte, segui a de outrem e apresenta tas atividad Técnicos de ‐fabricados formador d ros, na regiã OS AÇORES ector da const se por egiões mente. úmero ‐se a ção – os, no cados, jo. P trução, RTUGAL ergética strução da Arte ág. 44
  • 46. Figura 5.11 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no sector da construção, por profissão, segundo a região, Form em 2009 B BUILD‐UP SKILLS PORT áveis e Eficiência Ener ação para as Renová A TUGAL rgética trução a Arte no Sector da Cons nálise do Estado da Pá ág. 45
  • 47. D d c e li v tr p a N e c e f O q c q ( Da análise do da região No onta própri económicas c mpos e car vidraceiro‐co rabalhadore prefabricados tividades ec Na análise p efeitos de contratação profissõe unções de e os dados rela orte contemp a existentes consideradas rpinteiro de locador. Po s a exercer s e eletrom onómicas co por níveis d enquadram coletiva, é s seleciona execução nu de trabalh é pouco res, mestre periores, ma e 5.12). número qualificação contramestr quadros sup Figura 5.11 Figura 5.12 ativos à dist plar, em algu s no país a s no present toscos, asse r seu turno rem as prof mecânico de onsideradas. de qualifica mento do possível ide adas, 74% uma determ hadores po expressiv es e chefes antendo‐se ‐ Trabalhado res por conta qu Fo ormação para a ribuição geo umas profiss trabalhar e estudo, de entador de o, a região fissões de m elevadores ográfica dos sões, mais d em empresa esignadamen tacos e ass de Lisboa c montador de e aparelho ção, classif tipo de f entificar qu são profi minada prof or conta d vo, verifica s de equip esta distrib icação trad funções ex ue, dos 100. ssionais qu fissão). de outrem, ndo‐se qu pa, e apena buição na an de outrem n ualificação, em o sector da co m 2009. BUILD‐as ‐UP SKILLS POR Eficiência Ene Sector da Cons e do Estado d Renováveis e no Análise TCO, verifica de 50% dos t as integrada nte: cimente sentador de contempla m e refratários s similares, RTUGAL ergética strução da Arte a‐se ainda o trabalhadore as nas ativi iro, carpinte revestiment mais de 50% s, enformad no conjunt icionalmen xercidas, n 850 trabalh ualificados facto es por dades iro de tos, e % dos or de o das te utilizada no context hadores, na (desempen , nos resta ue 8% são as se enco nálise por s a para o da s CAE nham antes níve o encarreg ontram 0,2 ubsector da onstrução, se is de gados, % de a CAE egundo o níve P l de ág. 46
  • 48. Figura 5.13 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, Form , segundo o nível d B BUILD‐UP SKILLS PORT áveis e Eficiência Ener ação para as Renová A e qualificação, em no Sector da Cons nálise do Estado da Pá 2009 TUGAL rgética trução a Arte ág. 47
  • 49. No N que diz r outrem o conta c ivil, nas CAE b básico, 6% in nexpressivas ig gualmente n respeito às abilizados em E e profissõe têm o ensi s do ponto d a análise po Figura 5.14 habilitações m 2009, a e es selecionad ino secundá de vista com r subsector d ‐ Trabalhado res por conta h Fo ormação para a s literárias d exercer ativid das, os dado ário, sendo mparativo (F da CAE (Figu dos 100.850 dades espec os revelam q as restant igura 5.14). ra 5.15). de outrem n habilitação lite o sector da co erária. BUILD‐as ‐UP SKILLS POR Eficiência Ene Sector da Cons e do Estado d Renováveis e no Análise 0 trabalhado cíficas do set que 86% des es habilitaç Esta distrib RTUGAL ergética strução da Arte ores por con tor da const stes têm o e ções identifi buição mante onstrução, se nta de trução ensino icadas em‐se egundo o níve P l de ág. 48
  • 50. Figura 5.15 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no sector da construção, por atividade económica, Form segundo o nível de B BUILD‐UP SKILLS PORT áveis e Eficiência Ener ação para as Renová A no Sector da Cons nálise do Estado da e habilitação literár Pá ria TUGAL rgética trução a Arte ág. 49
  • 51. N Na análise da e em 2009, v li terárias, se profissionais p (‐ ‐48%), segui in nferior ao 1º a evolução d verifica‐se qu em exceção Figura 5. ec com o nível de h ue houve um o. Concretiz ensino p 2% de profis sino básico e ido de ‐41,2 ciclo do ens 16 ‐ Trabalha onómica, seg dores por con gundo o nível Fo ormação para a abilitações d m decréscimo zando, verif pós secun ssionais com ‐17% com o dos trabalha o no que con fica‐se um ndário nã m o doutoram ensino bási nta de outrem de habilitaçã m no sector da o literária e a BUILD‐as ‐UP SKILLS POR Eficiência Ene Sector da Cons e do Estado d Renováveis e no Análise dores conta ncerne a tod decréscimo o superio mento, ‐25% ico (Figura 5 RTUGAL ergética strução da Arte bilizados em das as habilit o acentuad or no % com habili .16). a construção, variação 200 m 2007 tações o de setor itação por atividade e 07‐2009 P ág. 50
  • 52. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 51 5.4 Consumo de energia e energias renováveis em edifícios 5.4.1 Consumo de energia no sector dos edifícios O consumo de energia final no sector dos edifícios (doméstico e serviços) encontra‐se apresentado na Figura 5.17 para os últimos dez anos para os quais existem estatísticas (balanço energético nacional). Pode considerar‐se que o consumo de energia nos sectores doméstico e de serviços, descontando os consumos relativos aos combustíveis rodoviários no sector dos serviços, corresponde ao consumo de energia nos edifícios. A Figura 5.14 apresenta ainda a evolução dos consumos de energia primária, no mesmo período. 30 25 20 15 10 5 0 8 6 4 2 0 Consumo energético de edifícios vs. Consumo de energia primária 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Milhões Tep SECTOR DOMÉSTICO SERVIÇOS SECTOR DOMÉSTICO + SERVIÇOS CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA Figura 5.17 – Consumo de energia final nos edifícios, sector doméstico e de serviços, e consumo de energia primária. Milhões Tep Como se pode observar, o comportamento do consumo de energia nos edifícios tem um comportamento semelhante ao consumo de energia primária, embora que o peso relativo deste sector tenha vindo a crescer nos últimos anos, como se pode verificar pela Figura 5.18.
  • 53. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 52 Peso relativo do consumo energético nos edifícios no consumo de energia prímária Figura 5.18 – Peso relativo do consumo de energia final nos edifícios relativamente ao consumo de energia primária. 23% 22% 21% 20% 19% No que se refere ao consumo por fonte de energia (Figura 5.19), denota‐se que a principal fonte de energia utilizada nos edifícios é a eletricidade, seguida pelo GPL (gases de petróleo liquefeitos) e pelas lenhas e resíduos vegetais. Pode ainda verificar‐se que o consumo de gasóleo de aquecimento, fuelóleo e GPL tem vindo a diminuir, devido a maior penetração do gás natural, que tem vindo a aumentar nos últimos anos. 6 5 4 3 2 1 Figura 5.19 – Evolução do consumo de energia final nos edifícios por fonte de energia. 18% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Milhões de Tep Evolução do consumo energético nos edifícios GPL Gasóleo de aquecimento Fuelóleo Gás Natural Electricidade Calor Solar Térmico Lenhas e Resíduos Vegetais Outras Renováveis
  • 54. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Verifica‐se também um aumento da utilização de energia solar térmica, índice este que apenas começou a ser apurado para efeitos de balanço energético em 2005. Notar que o valor apurado para as lenhas e resíduos vegetais é estimado em função de estudos com base em inquéritos realizados às famílias. O último data de 2010 e permitiu apurar que a utilização de lenhas e resíduos vegetais reduziu significativamente face ao estudo de 1986. Pág. 53 5.4.2 Últimos dados disponíveis De forma a corrigir o balanço energético de 2010, face às estimativas apuradas junto das famílias no sector residencial, apresenta‐se no Quadro 5.9 a partição de consumos energéticos para os sectores doméstico e serviços. Os dados foram extraídos do balanço energético nacional para o ano de 2010 (dados provisórios). Quadro 5.9 – Balanço energético (dados provisórios) para o sector doméstico e de serviços, ano de 2010. Fonte de energia [tep] Doméstico (1) Serviços (2) Edifícios (1+2) GPL 554 479 52 382 606 861 Gasóleo de aquecimento 124 636 113 993 238 629 Fuelóleo 0 76 773 76 773 Gás Natural 282 613 199 575 482 188 Eletricidade 1 248 873 1 479 919 2 728 792 Calor 0 21 067 21 067 Solar Térmico 19 105 28 984 48 089 Lenhas e Resíduos 705 875 0 705 875 Vegetais Outros Renováveis 0 10 270 10 270 TOTAL 2 936 231 2 017 694 4 953 925 Pela análise destes dados pode‐se verificar que a maior componente no consumo de energia destes dois sectores é a eletricidade. No sector doméstico verifica‐se um uso ainda significativo de lenhas e resíduos vegetais bem como de GPL (butano e propano), enquanto que nos serviços, a seguir à eletricidade, têm alguma expressão o consumo de gás natural e de gasóleo de aquecimento. Salienta‐se o facto de que 50,2% da eletricidade consumida é de origem renovável, nos termos da metodologia de cálculo constante na Diretiva 2001/77/CE. Considerando que, no ano de 2010 em Portugal, o consumo de energia primária foi de 22,9 Mtep, estes dois sectores foram responsáveis por 21,5% do total, sendo que 43,4% dessa energia teve origem em fontes de energia renovável. Por fim, de acordo com o Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico31, pode extrair‐se a informação que consta do Quadro 5.10 relativa aos equipamentos instalados no sector doméstico para aquecimento de águas sanitárias, aquecimento ambiente e arrefecimento ambiente. 31 DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico.
  • 55. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 5.10 – Equipamentos para aquecimento de águas, aquecimento ambiente e arrefecimento Pág. 54 ambiente nos alojamentos. Equipamento Alojamentos Nº de Equipamentos Equipamentos por Alojamento [2] nº % Aquecimento de Águas Esquentador 2 995 810 78,6% 3 051 993 0,8 Termoacumulador 426 751 11,2% 439 724 0,1 Caldeira 455 406 11,9% 458 817 0,1 Sistema solar térmico 68 824 1,8% 68 824 0,0 Aquecimento Ambiente Lareira aberta 740 264 24,0% 766 581 0,2 Lareira com recuperador de 340 498 11,1% 346 204 0,1 calor Salamandra (lenha) 222 856 7,2% 226 138 0,1 Caldeira para aquecimento 323 520 10,5% 340 904 0,1 central por circulação de água Aquecedor eléctrico independente 1 884 850 61,2% 2 794 054 0,7 Aquecedor a GPL independente 218 293 7,1% 237 589 0,1 Ar Condicionado que aquece e 223 429 7,3% 402 664 0,1 arrefece (Bomba de calor) Arrefecimento Ambiente Aparelho individual de ar condicionado 64 099 7,2% 76 435 0,0 Ventilador (ventoinha, ventilador de parede) 615 128 69,5% 756 108 0,2 Ar Condicionado que aquece e arrefece (Bomba de calor) 230 063 26,0% 399 432 0,1 Os edifícios de serviços evidenciaram maior taxa de crescimento do consumo energético entre 1990 e 1999 (7,1% de crescimento médio por ano) do que os residenciais. Como grandes utilizadores da energia eléctrica, foram os principais responsáveis pelo acentuado crescimento do consumo dessa forma de energia final no país. Como consequência, a percentagem nacional do consumo de electricidade nos edifícios de serviços passou de cerca de 19%, em 1980, para 31% em 1999. Há uma enorme heterogeneidade neste tipo de edifícios, desde a pequena loja que tem ainda menos consumos do que uma habitação, até aos restaurantes, piscinas cobertas, hospitais, hotéis e grandes superfícies comerciais, cujos consumos são dos mais elevados dentre os que se verificam em todos os edifícios. Obviamente, uma intervenção no sector, com vista à melhoria do seu desempenho energético, tem de ser distinta em função do tipo de edifício, com prioridade aos maiores consumidores.
  • 56. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 55 Figura 5.20 – Consumo específico de energia por tipo de edifício. Fonte: DGEG. Dentro de cada tipologia, o consumo de energia é também muito variável, sendo possível identificar uma grande gama de edifícios, desde os mais eficientes aos maiores consumidores, para funções idênticas. Um estudo levado a cabo em hotéis e grandes superfícies32 possibilitaram algum conhecimento das fontes de energia, da procura energética, bem como da desagregação desta por utilização final. Figura 5.21 – Consumo específico de energia final para hotéis. Fonte: DGEG. Por exemplo, no caso do sector hoteleiro, o estudo incidiu sobre uma amostra de 60 hotéis com 4 e 5 estrelas, localizados em Portugal Continental e Regiões Autónomas, verificando‐se uma gama de consumo de energia final muito dispersa (Figura 5.21), e que varia de 50 a 600 kWh/m2.ano, com valores médios de 220 kWh/(m2.ano) (4 estrelas) e 290 kWh/(m2.ano) (5 estrelas). Verifica‐se ainda que a energia eléctrica corresponde, em média, a cerca de 45% do consumo de energia final enquanto as utilizações finais a que correspondem os maiores consumos de 32 ADENE, 1999.
  • 57. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte energia são o aquecimento e arrefecimento ambiente (cerca de 30% a 35%), seguindo‐se as águas quentes sanitárias (10 a 18%), cozinhas (16 a 18%), iluminação e lavandarias. Os hipermercados e outras grandes superfícies comerciais correspondem a outra tipologia de edifícios de serviços onde se verificam elevados consumos de energia. Neste caso, a fonte de energia é fundamentalmente a eletricidade (98% a 99%) e as utilizações finais mais importantes são, no caso dos centros comerciais, a climatização com cerca de 70% e a iluminação com 20%. No caso dos hipermercados, o frio industrial é preponderante com cerca de 35%, enquanto o ar condicionado e a iluminação têm a mesma ordem de grandeza (30%). Nota‐se também uma grande variação de consumos entre as unidades mais e menos eficientes, registando‐se nestas últimas valores duas vezes superiores às que registam menores consumos. Os edifícios apresentam uma elevada dinâmica de crescimento, quer em termos de número total de edifícios existentes, quer em termos de utilização de energia em cada edifício. Consequentemente espera‐se um crescimento anual do consumo de energia estimado de 4% e 7%, respectivamente no sector doméstico e de serviços, pelo que é fundamental promover medidas de redução do consumo de energia quer nos edifícios novos quer nos existentes. Pág. 56
  • 58. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 6 OFERTA DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 6.1 Oferta educativa e formativa inserida no Sistema Nacional de Qualificações 6.1.1 O Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) O SNQ tem como objetivo assegurar a relevância da formação e das aprendizagens para o desenvolvimento pessoal e para a modernização das empresas e da economia. Neste sentido, e tal como foi referido no ponto 4 deste relatório, o SNQ assegura a obtenção de qualificações certificadas, permitindo a certificação das competências adquiridas através da conclusão de um percurso de formação integral, no âmbito de um a modalidade de formação inicial, ou através da conclusão de unidades de formação de curta duração constantes dos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), sendo estas unidades creditáveis para efeito de obtenção posterior da qualificação. Não obstante, no âmbito do SNQ as ações de formação não inseridas no CNQ conferem um certificado de formação profissional que atesta a conclusão dessa formação com aproveitamento e permite o reconhecimento das competências adquiridas. O SNQ disponibiliza ainda a caderneta individual de competências, que regista todas as competências adquiridas ou desenvolvidas ao longo da vida, quer as referidas no Catálogo Nacional de Qualificações, quer as restantes ações de formação, mesmo que realizadas por entidade formadora não certificada. A caderneta está em vigor desde 2010 e é emitida através do SIGO – Sistema de informação e gestão da oferta educativa e formativa. AS ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O sistema nacional de qualificações é coordenado pelos membros do governo responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação. Os serviços responsáveis pela execução das políticas de educação e formação profissional procedem ao acompanhamento e avaliação das diferentes modalidades. No âmbito da criação do SNQ, foi criada a Agência Nacional para a Qualificação e o ensino Profissional (ANQEP), que é o organismo sob a tutela conjunta dos Ministérios da Economia e do Emprego e da Educação e Ciência, com atribuições de coordenação da rede de estruturas, bem como o acompanhamento, a monitorização, a avaliação e a regulação do sistema, em estreita colaboração com as demais entidades que integram o Sistema Nacional de Qualificações. Para o desenvolvimento e atualização do Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), o instrumento do SNQ para a gestão estratégica das qualificações, a ANQEP criou os Conselhos Setoriais para a Qualificação, que constituem grupos de trabalho técnico‐consultivo que identificam em permanência as necessidades de atualização das qualificações constantes do CNQ, numa perspetiva de adequação da formação às evoluções tecnológicas e às competências requeridas pelos setores, quer se trate de formação inicial quer se trate de aprendizagem ao longo da vida. Os Conselhos Setoriais para a Qualificação integram entre outros, especialistas indicados pelo ministério que tutele o respetivo setor de atividade, associações sindicais e associações de empregadores, representativas dos correspondentes setores de atividade, empresas de Pág. 57
  • 59. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte referência, entidades formadoras com maior especialização setorial ou regional e peritos independentes. Pág. 58 Quadro 6.1 Conselhos Sectoriais para a Qualificação Código CONSELHOS SETORIAIS PARA A QUALIFICAÇÃO 1 Agroalimentar 2 Comércio e marketing 3 Construção civil e urbanismo 4 Cultura e Património e produção de conteúdos 5 Energia e ambiente 6 Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 7 Informática, eletrónica e telecomunicações 8 Madeiras, mobiliário e cortiça 9 Metalurgia e metalomecânica 10 Moda 11 Serviços às empresas (atividades financeiras, de consultadoria, de secretariado, …) 12 Serviços pessoais 13 Saúde e serviços à comunidade 14 Transportes e logística 15 Turismo e lazer 16 Artesanato e ourivesaria È possível identificar alguns conselhos sectoriais para as qualificações com uma intervenção importante na identificação de necessidades de competências e qualificações para o sector da construção e para a promoção da eficiência energética e desenvolvimento das energias renováveis, de extrema relevância para o objeto do presente estudo, sendo de destacar: ƒ Construção Civil e urbanismo ƒ Energia e Ambiente ƒ Informática, eletrónica e telecomunicações ƒ Metalurgia e Metalomecânica AS ENTIDADES FORMADORAS DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES Constituem a rede de entidades formadoras do sistema nacional de qualificações os estabelecimentos de ensino básico e secundário, os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico ou reconhecimento de interesse público, as escolas
  • 60. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte profissionais, os centros de formação profissional e de reabilitação profissional e as entidades com estruturas formativas certificadas do setor privado, no âmbito dos ministérios responsáveis pelas áreas da formação profissional e da educação, as entidades formadoras integradas noutros ministérios ou noutras pessoas coletivas de direito público. No caso concreto dos setores da construção civil e energia, podem ser identificadas algumas entidades formadoras da rede do Sistema nacional de Qualificações mais relevantes, designadamente: ƒ ‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Pág. 59 Formação Profissional, para o setor da construção civil: CICCOPN ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte CENFIC ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul ƒ ‐ Os Centros de formação de gestão participada da rede do Instituto de Emprego e Formação Profissional, bem como quer os centros de formação de associações setoriais no setor da eletrónica, energia e metalomecânica: CINEL ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação APIEF ‐ Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente CENFIM ‐ Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica ƒ ‐ Os estabelecimentos de ensino público ou privado, com autorização de funcionamento de cursos das áreas de educação e formação da construção civil e da energia e eletricidade: Escolas Básicas e Secundárias da rede pública Escolas Profissionais privadas tuteladas pelo ministério da educação ƒ As entidades certificadas pela Direção‐Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT) nas áreas de formação relevantes para o setor da construção e da energia. Estas são entidades formadoras avaliadas pela, com condições mínimas comprovadas, em termos do referencial de qualidade de estruturação da atividade formativa, relativas à capacidade instalada em termos de recursos, às práticas inerentes aos processos de desenvolvimento da formação e aos resultados alcançados. O PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES FORMADORAS O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras regulamentado pela Portaria nº 851/2010 de 6 de Setembro consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, de 7 de Novembro que aprova a Reforma da Formação Profissional e no Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro que estabelece o Sistema Nacional de Qualificações, é o sucessor do Sistema de Acreditação de Entidades Formadoras que vigorou durante treze anos, e é assegurado pelo serviço central competente do ministério responsável pela área da formação profissional.
  • 61. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, a par de outros mecanismos, é um dos garantes da qualidade do Sistema Nacional de Qualificações em Portugal, efetuando o reconhecimento de práticas pedagógicas adequadas no desenvolvimento de atividades formativas por parte das entidades formadoras, e a realização de auditorias regulares à entidade formadora certificada para avaliar o cumprimento dos requisitos de certificação e os resultados obtidos com a sua atividade. O sistema de certificação de entidades formadoras e da responsabilidade da Direção‐Geral de Emprego e relações do Trabalho (DGERT). O FINANCIAMENTO DA FORMAÇÃO NO ÂMBITO DO SNQ A formação desenvolvida no Sistema Nacional de Qualificações é financiada com base em duas fontes de financiamento: o Orçamento Geral do Estado e o Fundo Social Europeu. O Quadro de Referencia Estratégia Nacional (QREN), documento que enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007‐2013, inclui um Programa que integra as medidas destinadas ao financiamento dos processos educativo e formativos nacionais – o Programa Operacional de Potencial Humano. A atividade deste programa estrutura‐se em 10 eixos prioritários: Pág. 60 Eixo Prioritário 1 – Qualificação Inicial Eixo Prioritário 2 – Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida Eixo Prioritário 3 – Gestão e Aperfeiçoamento Profissional Eixo Prioritário 4 – Formação Avançada Eixo Prioritário 5 – Apoio ao Empreendedorismo e à Transição para a Vida Ativa Eixo Prioritário 6 – Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento Social Eixo Prioritário 7 – Igualdade de Género Eixo Prioritário 8 – Algarve Eixo Prioritário 9 – Lisboa Eixo Prioritário 10 – Assistência Técnica A formação desenvolvida no âmbito das modalidades formativas do SNQ é financiada pelo Eixo 1, no caso da formação inicial de jovens, e pelo Eixo 2, no caso da formação inicial e contínua de adultos. 6.1.2 A organização das qualificações no Sistema Nacional de Qualificações (CNQ) O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), tal como referido no ponto 4 deste relatório, constitui um instrumento de gestão estratégica das qualificações de nível não superior contendo os referenciais essenciais para uma melhor adequação das respostas formativas às necessidades das empresas, do mercado de trabalho e dos cidadãos. Em conformidade, os elementos que integram o CNQ são atualizados em permanência, com o apoio dos conselhos setoriais para a qualificação, mediante a inclusão, exclusão ou alteração de qualificações, tendo em conta as necessidades atuais e emergentes das empresas, dos setores económicos e dos indivíduos.
  • 62. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte As qualificações que integram o CNQ estão estruturadas por níveis de qualificação definidos pelo Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), que adota os princípios do Quadro Europeu de Qualificações (QEQ), no que diz respeito à descrição das qualificações em termos de resultados de aprendizagem, de acordo com os descritores associados a cada nível de qualificação, promovendo a comparabilidade das qualificações em função do seu perfil e não em função dos conteúdos ou dos processos formativos. As qualificações estão igualmente organizadas em função das áreas de educação e formação, as quais correspondem em alguns casos a sectores de atividade económica, e são definidas de acordo com a Classificação Nacional de Áreas de Educação e Formação (CNAEF)33. Pág. 61 33 Portaria nº256/2005 de 16 de Março
  • 63. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 6.2. Áreas de Educação e Formação integradas no Catálogo Nacional de Qualificações Pág. 62 Áreas de Educação e Formação 213 Audiovisuais e produção dos media 543 Materiais (madeiras, cerâmica, cortiça e outros) 215 Artesanato 544 Indústrias extrativas 225 História e arqueologia 582 Construção civil e engenharia civil 322 Biblioteconomia, arquivo e documentação 542 Produção agrícola e animal 341 Comércio 622 Floricultura e jardinagem 342 Marketing e publicidade 623 Silvicultura e caça 343 Finanças, banca e seguros 624 Pescas 344 Contabilidade e fiscalidade 725 Tecnologias de diagnóstico e terapêutica 345 Gestão e administração 729 Saúde 346 Secretariado e trabalho administrativo 761 Serviço de apoio a crianças e jovens 347 Enquadramento na organização/empresa 762 Turismo social e orientação 481 Ciências informáticas 811 Hotelaria e restauração 521 Metalurgia e metalomecânica 812 Turismo e lazer 522 Eletricidade e energia 813 Desporto 523 Eletrónica e automação 815 Cuidados de beleza 524 Tecnologia dos processos químicos 850 Proteção do ambiente 525 Construção e reparação dos veículos a motor 861 Proteção de pessoas e bens 541 Indústrias alimentares 862 Segurança e higiene no trabalho 542 Indústria do têxtil, vestuário, calçado e couro Fonte: Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março. A obtenção da qualificação corresponde ao reconhecimento e correspondente certificação da aquisição de competências em conformidade com os referenciais estabelecidos para o efeito, consistindo estes referenciais nos elementos da Figura 6.1.
  • 64. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 63 Referencial de formação Referencial de RVCC Perfil de saída Organização do referencial para aceder à qualificação Desenvolvimento das unidades de formação de curta duração (UFCD) Sugestão de recursos didáticos Base (Escolar) Unidades de competência Critérios de evidência Figura 6.1 – Referenciais para a qualificação do CNQ Perfil Missão Atividades Competências • Saberes • Saberes‐fazer • Saberes sociais e relacionais Tecnológica (Profissional) Unidades de competência AS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO As qualificações integradas no SNQ constituem qualificações de dupla certificação, que consiste no reconhecimento de competências para exercer uma ou mais atividades profissionais e de uma habilitação escolar, através de um diploma. As qualificações podem ser acessíveis por um conjunto de modalidades de formação de dupla certificação, orientadas quer para jovens quer para adultos, estruturadas a partir dos referenciais de qualificação do CNQ. Neste sentido, as Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) constantes de cada referencial de formação do CNQ estruturam as ofertas formativas de dupla certificação, incluindo as formações modulares certificadas que permitem a obtenção de dupla certificação de modo progressivo e flexível, e servem, também, a formação contínua. Unidades de formação de curta duração (UFCD) Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em um ou mais referenciais de formação, referidos no Catálogo Nacional de Qualificações, permitindo a aquisição de competências certificadas.
  • 65. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Cursos Profissionais – nível 4 de qualificação Cursos de nível secundário de educação, vocacionados para a formação inicial de jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos (Portaria nº550‐C/2004). Cursos de Aprendizagem – nível 4 de qualificação Cursos de formação profissional inicial de jovens, em alternância, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Conferem o nível secundário de educação (Portaria nº1497/2008). Cursos de educação e formação de adultos (EFA) – nível 2 e nível 4 de qualificação Cursos que se destinam a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, não qualificados ou sem qualificação adequada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de trabalho, e que não tenham concluído o ensino básico ou secundário (Portaria nº 283/2011). Formações modulares certificadas Formações desenvolvidas através da frequência de quaisquer unidades de formação de curta duração (UFCD) integradas na componente de formação de base e/ou na componente de formação tecnológica de um qualquer referencial de formação do CNQ, de nível 2 ou de nível 4 de qualificação, destinadas a adultos, no quadro da formação contínua (Portaria nº 283/2011). Pág. 64 MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS A JOVENS MODALIDADES DE FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADOS A ADULTOS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE DUPLA CERTIFICAÇÃO DESTINADAS AO NÍVEL NÃO SUPERIOR PÓS‐SECUNDÁRIO Cursos de especialização tecnológica – nível 5 de qualificação Cursos que visam uma formação técnica especializada, para efeitos de inserção, reinserção e progressão no mercado de trabalho, destinados a indivíduos que concluam ou sejam titulares do nível secundário de educação ou de grau superior, permitindo o prosseguimento de estudos (Decreto‐Lei nº 88/2006).
  • 66. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte A FORMAÇÃO CONTÍNUA NO ÂMBITO DO SISTEMA NACIONAL DE QUALIFICAÇÕES O Sistema Nacional de Qualificações define a formação contínua enquanto atividade de educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o ingresso no mercado de trabalho que permita ao indivíduo aprofundar competências profissionais e relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais, uma melhor adaptação às mudanças tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua empregabilidade. As UFCD do CNQ estruturam as ações de formação contínua de dupla certificação, desenvolvidas por entidades formadoras certificadas, centros de formação profissional da rede do IEFP ou estabelecimentos de ensino, que constituem a rede de entidades do sistema nacional de qualificações, as quais conferem um certificado de qualificações, comprovativo da conclusão com aproveitamento daquelas UFCD e concorrem para a obtenção de uma qualificação, certificada por diploma de qualificação. O SNQ prevê também, a emissão de um certificado de formação profissional, regulado por normativo legal34, para todas as ações de formação certificadas não inseridas no CNQ, quando desenvolvidas por entidade formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes, ou seja, entidades formadoras da rede do sistema nacional de qualificações. CARATERIZAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES DE CADA UMA DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E Pág. 65 FORMAÇÃO O quadro seguinte apresenta a organização de cada uma das principais modalidades de formação segundo as diferentes componente de formação e respetivas cargas horárias, designadamente: ‐ Cursos Profissionais (nível 4 de qualificação) ‐ Cursos de Aprendizagem (nível 4 de qualificação) ‐ Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) (nível 2 e 4 de qualificação) ‐ Formações Modulares 34 Portaria nº474/2010, de 8 de Julho
  • 67. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 6.3 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) da formação por Pág. 66 modalidade de educação e formação de nível 4 Nível 4 de qualificação do QNQ Formação Inicial de Jovens Formação inicial de adultos Cursos de Aprendizagem Cursos profissionais Educação e Formação de adultos (EFA) (A,B,C, Flexível‐RVCC)* Componentes da formação Áreas de competência Domínios/ unidades de formação Carga horária Componentes da formação Disciplinas Carga horária Componentes da formação Áreas de competência Carga Horária Sociocultural Línguas, cultura e comunicação Viver em português 240‐280 Sociocultural Português 320 Base Cidadania e Profissionalidad e 100 ‐ 550 Comunicar em: (língua estrangeira) 200 Língua estrangeira 220 TIC 100 TIC 100 Cidadania e sociedade Mundo atual 80‐110 Área de Integração 220 Sociedade Tecnologia e Ciência Desenvolviment o social e pessoal 80‐110 Educação Física 140 Total 700 ‐ 800 Total 1000 Cultura, Língua e Comunicação Científica Ciências básicas Matemática e realidade 200‐400 Científica 2/ 3 disciplinas científicas de base 500 Outras ciências básicas 200‐400 Total 500 Total 100 ‐ 550 Tecnológica Tecnologias Tecnologias específicas 800‐1000 Técnica 3/ 4 disciplinas de natureza tecnológica, técnica e prática 1180 Tecnológica Tecnologias‐de acordo com o referencial tecnológico associado à qualificação 1200 Formação em contexto de trabalho 420 Total 800 ‐ 1000 Total 1600 Total 1200 Prática Contexto de trabalho 1100‐1500 Total CP: 3100 PRA Portefólio reflexivo de aprendizagen s 65 ‐ 85 Total CA: 2800‐3700 Prática Formação Prática em contexto de trabalho 210 Total EFA: 1575 ‐ 2045 *Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo
  • 68. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 6.4 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) dos cursos de Pág. 67 educação e formação de adultos de nível 2 do QNQ Nível 2 de Qualificação do QNQ Formação Inicial de Adultos Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) (B2‐B3, Flexível/RVCC) * Componentes de formação Áreas de competência Carga horária Aprender com autonomia Consolidar a integração no grupo 40 Trabalhar em equipa Aprender a aprender Base Cidadania e empregabilidade 900‐1350 Linguagem e Comunicação Matemática para a vida TIC Tecnológica Tecnologias‐ de acordo com o com o referencial tecnológico associado à qualificação 1000 Prática Formação em contexto de trabalho ≥ 120 Total EFA: 1940‐2390 *Quanto mais elevadas forem as habilitações de ingresso mais curto é o percurso formativo Quadro 6.5 – Componentes de formação e respetivas cargas horárias (nº de horas) das formações modulares certificadas Formação contínua para ativos empregados ou desempregados Formações Modulares utilizando unidades de formação de curta duração (UFCD) do CNQ de percursos de nível 2 e de nível 4 de qualificação do QNQ Carga horária Estrutura das formações Formação de base Formação tecnológica Ambas as componentes de formação* 25 ‐ 300 Horas X X X 300 ‐ 600 Horas* X ‐ X *Nestas formações 1/3 da carga horária deve corresponder a UFCD da componente de formação de base
  • 69. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 6.1.3 As qualificações relativas às áreas de educação e formação da Energia e Eletricidade e Pág. 68 da Construção Civil e Engenharia Civil ARTICULAÇÃO ENTRE ÁREAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO, QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO Em síntese, as qualificações integradas no Sistema Nacional de Qualificações e inseridas atualmente no Catálogo Nacional de Qualificações relativas às áreas de educação e formação cujas saídas profissionais estão associadas ao setor da construção civil e visando competências ao nível da eficiência energética e da utilização de energias renováveis constam no quadro seguinte. Note‐se que se entende por qualificações o “resultado formal de um processo de avaliação e validação comprovado por um órgão competente, reconhecendo que um indivíduo adquiriu competências, de acordo com referenciais estabelecidos”, nos termos do Decreto‐Lei n.º 396/2007, de 31 de dezembro. Neste contexto, o quadro seguinte apresenta as qualificações que resultam dos cursos desenvolvidos no âmbito das diferentes modalidades de educação e formação. Salienta‐se ainda, que os referenciais de formação associados às diferentes qualificações podem dar resposta a diversas atividades profissionais, as quais podem ou não ser alvo de regulamentação específica, como é o caso das especializações TIM 2, TIM 3 e TQAI. Não obstante, atualmente, o CNQ não cobre ainda, através das qualificações integradas, todas as especializações destes sectores que possam estar submetidas a algum tipo de regulação, designadamente, o cado de TQAI.
  • 70. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 69 Quadro 6.6 – Oferta de qualificações por área de educação e formação e por modalidades Área de Educação e Formação Nível 35 Inclui o Instalador de Janelas e Fachadas Leves. QNQ Cátalogo Nacional de Qualificações Formação de Jovens Formação de adultos Cursos Profissionais Cursos de Aprendizagem Cursos EFA Formações Modulares 225 ‐ História e arqueologia Técnico de Recuperação do Património Edificado 4 X 521 ‐ Metalurgia e metalomecânica Serralheiro/a Civil35 2 X X Soldador/a 2 X X 522 ‐ Eletricidade e energia Técnico de Instalações Elétricas 4 X X X X Técnico de Eletrotecnia 4 X X X X Técnico de Frio e Climatização 4 X Técnico/a de Refrigeração e Climatização 4 X X X Desenhador/a de Sistemas de Refrigeração e Climatização 4 X X X Técnico de Gás 4 X X X X Técnico de Energias Renováveis (4 variantes) 4 X Técnico/a Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Eólicos 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X Técnico/a Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X Eletricista de Instalações 2 X X Eletromecânico/a de Eletrodomésticos 2 X X Eletromecânico/a de Refrigeração e Climatização – Sistemas Domésticos e Comerciais 2 X X 523 ‐ Eletrónica e automação Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 4 X X X X Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 4 X X X X Técnico de Eletrónica e Telecomunicações 4 X X X X 543 ‐ Materiais Carpinteiro de limpos 2 X X 582 ‐ Construção civil e engenharia civil Técnico de Construção Civil (6 variantes) 4 X Técnico de Desenho de Construção Civil 4 X X X Técnico/a de Obra/Condutor/a de Obra 4 X X X Técnico/a de Topografia 4 X X X Técnico/a de Medições e Orçamentos 4 X X X Pedreiro/a 2 X X Ladrilhador/a / Azulejador/a 2 X X Pintor/a de Construção Civil 2 X X Operador/a de CAD ‐ Construção Civil 2 X X Canalizador/a 2 X X
  • 71. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte CONTEÚDOS FORMATIVOS No âmbito das qualificações identificadas no Sistema Nacional de Qualificações e integradas no Catálogo Nacional de Qualificações, associadas a atividades/profissões do setor da Construção Civil e da Energia apresenta‐se seguidamente um quadro exemplificativo do teor de alguns referenciais de formação que visam as competências requeridas para as qualificações identificadas. A título de exemplo, foram selecionadas as seguintes qualificações: pedreiro, técnico de refrigeração e climatização e técnico instalador de sistemas solares térmicos. Pág. 70
  • 72. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 6.7 ‐ Exemplos de conteúdos de formação e competências associadas para 3 qualificações do CNQ Pág. 71 Qualificação Referenciais de formação do CNQ Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Competências visadas Pedreiro Organização do posto de trabalho e aprovisionamento de materiais Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 ‐ extremidade em degrau Parede a meia vez com tijolos 23x11x7 ‐ extremidade aprumada Parede com cunhal com tijolo vazado de 30x20x15 Acabamentos em paredes Aprovisionamento de tubagens, manilhas de esgoto, estruturas de assentamento e preparação de argamassas Alvenaria de tijolo prensado encabeçada com pilar Alvenaria de tijolo com vão de porta e janela Parede dupla com vão de porta Assentamento de caixas elétricas, esgotos e outros Caixas de visita, caleiras e drenos Aprovisionamento de madeiras de cofrar, varões e preparação do betão Execução de cofragem – sapata e pilar Execução de cofragem – muro, cinta de travamento e viga Execução de cofragem ‐ lajes 1Interpretar elementos de projeto, esboços e outras especificações técnicas. 2. Identificar e caracterizar os materiais, os equipamentos, as ferramentas e os meios auxiliares adequados ao trabalho a realizar. 3. Utilizar as técnicas de marcação e sinalização dos alinhamentos para abertura de caboucos. 4. Utilizar as técnicas de preparação da base dos caboucos para enchimento. 5. Utilizar as técnicas de enchimento de caboucos. 6. Utilizar as técnicas de marcação de estruturas. 7. Utilizar as técnicas de enchimento de cofragens. 8. Utilizar as técnicas de execução e montagem de elementos pré‐fabricados. 9. Utilizar as técnicas de execução de pavimentos em massame. 10. Utilizar as técnicas de marcação das referências para execução de alvenarias. 11. Aplicar as técnicas de preparação de massas e argamassas. 12. Utilizar os métodos e as técnicas de execução de alvenarias em elementos naturais ou artificiais. 13. Utilizar as técnicas de marcação e montagem de vigamentos e ripados. 14. Utilizar as técnicas de marcação e execução de ripa moldada. 15. Utilizar as técnicas de assentamento de telhas e de outros materiais de cobertura. 16. Utilizar as técnicas de execução de caleiras em coberturas. 17. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de escoamento de águas pluviais. 18. Utilizar as técnicas de execução de betonilhas de regularização e de acabamento 19. Utilizar as técnicas de execução de rebocos. 20. Utilizar as técnicas de assentamento, em pavimentos, de mosaicos cerâmicos, hidráulicos ou elementos de pedra naturale/ou artificial 21. Utilizar as técnicas de assentamento, em paredes, de azulejos e elementos de pedra natural e/ou artificial 22. Utilizar os métodos e as técnicas de desmonte de revestimentos, de coberturas, de estruturas e de outros elementos da construção. 23. Utilizar os métodos e as técnicas de demolições parciais de edificações e de outros trabalhos de 2
  • 73. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 72 Qualificação Referenciais de formação do CNQ Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Competências visadas construção. 24. Utilizar os métodos e as técnicas de escoramentos e entivações. 25. Utilizar as técnicas de marcação de alinhamentos e níveis na execução de diferentes trabalhos de saneamento e de outras infra‐estruturas. 26. Utilizar as técnicas de execução e/ou assentamento de caixas, sumidouros, caleiras e atravessamentos. . 27. Utilizar as técnicas de assentamentos de tubos e manilhas. 28. Utilizar as técnicas de assentamento de lancis e outros elementos pré‐fabricados. 29. Utilizar os métodos e as técnicas de execução e/ou assentamento de fossas sépticas e poços absorventes. 30. Utilizar as técnicas de assentamento de caixas para instalações técnicas. 31. Utilizar as técnicas de assentamento de banheiras e similares 32. Aplicar cantarias de pedra natural ou artificial e com elementos pré‐fabricados de betão, em vãos. 33. Aplicar argamassa de acompanhamento em aros e aduelas 34. Utilizar as técnicas de assentamento de elementos de serralharia. 35. Utilizar as técnicas de controlo da qualidade do trabalho. 36. Utilizar os procedimentos de limpeza e conservação dos instrumentos de trabalho. Técnico/a de Refrigeração e Climatização 4 Desenho técnico - normalização e construções geométricas Desenho técnico - projeções ortogonais Tecnologia mecânica - princípios básicos dos materiais Tecnologia mecânica - procedimentos básicos oficinais Termodinâmica aplicada - termometria e calorimetria Termodinâmica aplicada - transferência de calor Prática de técnicas de fabrico - operações fundamentais Prática de técnicas de fabrico - operações sobre chapa e tubos Prática de técnicas de fabrico - soldadura de chapa e tubos 1. Interpretar especificações técnicas relativas à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 2. Interpretar especificações técnicas relativas à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 3. Aplicar critérios de organização e distribuição dos trabalhos a executar. 4. Utilizar os procedimentos e as técnicas de planeamento e aquisição dos equipamentos, componentes, ferramentas e materiais utilizados na instalação e na manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 5. Utilizar os procedimentos e as técnicas de planeamento e aquisição dos equipamentos, componentes, ferramentas e materiais utilizados na instalação e na manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 6. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais adequados à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 7. Utilizar as técnicas e os processos de preparação de
  • 74. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 73 Qualificação Referenciais de formação do CNQ Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Competências visadas Desenho técnico - perspetiva isométrica Desenho técnico - perspetiva isométrica de tubos e condutas Desenho técnico - elementos de conjunto Tecnologia mecânica - constituição genérica das máquinas térmicas Tecnologia mecânica - processos de instalação e compressores Termodinâmica aplicada - comportamento dos gases face às variáveis termodinâmicas Termodinâmica aplicada - máquinas térmicas Termodinâmica aplicada - seleção de compressores e dimensionamento de linhas, condensadores e evaporadores Prática de técnicas de fabrico - operações de fabrico metálico e de máquinas térmicas Desenho técnico - caldeiraria Desenho técnico - circuitos esquemáticos elétricos Eletricidade e eletrónica - eletricidade e medidas elétricas Eletricidade e eletrónica - eletromagnetismo e circuitos de comando eletromagnético Prática de instalações elétricas - montagem de circuitos elétricos e do grupo motocompressor Prática de instalações elétricas - montagem e conservação de componentes elétricos Práticas de instalação e montagem - instalação de máquinas de alta potência Práticas de instalação e montagem - instalação de sistemas de ar condicionado Instrumentação e controlo - princípios básicos da regulação e complementos de instrumentação CAD 2D - refrigeração e climatização Tecnologia mecânica - técnicas de manutenção Termodinâmica aplicada - estados de transformação do ar Termodinâmica aplicada - caldeiras para aquecimento Termodinâmica aplicada - sistemas equipamentos, componentes, ferramentas e materiais adequados à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 8. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas comerciais de refrigeração. 9. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas industriais de refrigeração. 10. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas domésticos e comerciais de climatização. 11. Identificar e caracterizar os diferentes tipos de equipamentos, componentes, ferramentas e materiais aplicados à instalação e à manutenção de sistemas industriais de climatização. 12. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à instalação e à manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 13. Utilizar as ferramentas e os materiais necessários à instalação e à manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 14. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das condições físicas do local de instalação de sistemas comerciais e industriais de refrigeração e do seu objetivo 15. Aplicar os métodos e as técnicas de execução dos traçados. 16. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de uniões. 17. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas comerciais de refrigeração. 18. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas industriais de refrigeração. 19. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas comerciais de refrigeração. 20. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas industriais de refrigeração. 21. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e de manutenção de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 22. Aplicar os métodos e as técnicas de avaliação das condições físicas do local de instalação de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização e do seu objetivo 23. .Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações adequadas à instalação de sistemas domésticos e comerciais de climatização. 24. Utilizar os procedimentos e as técnicas de montagem dos equipamentos e de execução das ligações
  • 75. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 74 Qualificação Referenciais de formação do CNQ Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Competências visadas de aquecimento a fluído Termodinâmica aplicada - sistemas de aquecimento por bomba de calor Eletricidade e eletrónica - corrente alterna Eletricidade e eletrónica - circuitos de semicondutores e transístores Prática de instalações elétricas - verificação e montagem de componentes elétricos Organização da produção - preparação do trabalho Organização da produção - gestão da produção Organização da produção - gestão de stocks e logística Práticas de técnicas de fabrico - fabrico de permutadores Eletricidade e eletrónica - diagramas de circuitos de alerta, comando e controlo Eletricidade e eletrónica - programação de autómatos Práticas de instalação e montagem - instalação de um sistema de aquecimento Práticas de instalação e montagem - instalação de um sistema de refrigeração Prática de manutenção - manutenção de grupos motocompressores Prática de manutenção - manutenção de torres e condutas adequadas à instalação de sistemas industriais de climatização. 25. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas domésticos e comerciais de climatização. 26. Aplicar os procedimentos, os métodos e as técnicas de verificação e ensaio do funcionamento dos sistemas industriais de climatização. 27. Orientar, tecnicamente, os trabalhos de instalação e de manutenção de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 28. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 29. Utilizar as técnicas e os processos de limpeza de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 30. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição de componentes de sistemas comerciais e industriais de refrigeração. 31. Utilizar as técnicas e os procedimentos de substituição de componentes de sistemas domésticos, comerciais e industriais de climatização. 32. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas comerciais de refrigeração. 33. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas industriais de refrigeração. 34. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas comerciais de refrigeração. 35. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas industriais de refrigeração. 36. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas domésticos e comerciais de climatização. 37. Identificar anomalias de funcionamento de sistemas industriais de climatização. 38. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas domésticos e comerciais de climatização. 39. Aplicar as técnicas e os procedimentos de reparação de sistemas industriais de climatização. 40. Exprimir-se oralmente e por escrito, de forma a facilitar a comunicação com clientes e com outros interlocutores. 41. Aplicar os métodos e as técnicas de execução de orçamentos. 42. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo da atividade desenvolvida. 43. Aplicar as normas de segurança, higiene, saúde e proteção ambiental respeitantes à atividade profissional. Técnico instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 Metrologia ‐ introdução Metrologia ‐ técnicas e instrumentos Tecnologia dos materiais Mecânica dos materiais Processos de fabrico Corrosão Pneumática e hidráulica Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no 1. Utilizar as técnicas de planeamento e organização do trabalho. 2. Utilizar as técnicas de conceção de projetos de sistemas solares térmicos de pequena dimensão. 3. Interpretar projetos de instalação de sistemas solares térmicos. 4. Identificar os equipamentos e acessórios a instalar e as condições físicas exigidas à instalação de sistemas solares térmicos. 5. Selecionar os métodos de trabalho e os materiais
  • 76. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 75 Qualificação Referenciais de formação do CNQ Nível de qualificação Unidades de formação de curta duração (UFCD) Competências visadas Trabalho ‐ conceitos básicos Empresa Qualidade e fiabilidade Preparação do trabalho, planeamento e orçamentação Gestão da manutenção ‐ introdução Gestão de projeto Desenho técnico ‐ introdução ao CAD, desenho geométrico e geometria descritiva Desenho técnico ‐ representação e cotagem de peças Desenho técnico ‐ elementos de ligação e desenho esquemático Desenho técnico ‐ noções de desenho de construção civil Serralharia de bancada ‐ operações elementares Maquinação ‐ operações elementares Processos de ligação Eletricidade Instalações elétricas industriais Automatismos ‐ introdução Mecânica dos fluídos Manutenção de orgãos e de equipamentos Termodinâmica Energias Energia solar Sistemas solares térmicos Colectores solares térmicos Projecto de sistema solar térmico ‐ selecção e dimensionamento Projecto de sistema solar térmico ‐ construção Projecto de sistema solar térmico ‐ instalação necessários ao desenvolvimento dos trabalhos de instalação, de manutenção e de reparação de sistemas solares térmicos. 6. Identificar as diversas fases do trabalho a executar e as atividades inerentes às mesmas. 7. Aplicar as normas e procedimentos de saúde e segurança respeitantes à atividade profissional. 8. Identificar as características e os princípios de funcionamento de sistemas solares térmicos. 9. Identificar e utilizar as técnicas de instalação de sistemas solares térmicos. 10. Identificar os diferentes tipos de materiais e seus comportamentos, bem como os equipamentos a utilizar na instalação de sistemas solares térmicos. 11. Identificar e utilizar os equipamentos de medida e controlo adequados à instalação, ao arranque e ao diagnóstico de anomalias dos sistemas solares térmicos. 12. Identificar e utilizar as técnicas de ensaio de sistemas solares térmicos. 13. Identificar as anomalias em sistemas solares térmicos. 14. Definir e utilizar as técnicas de reparação de sistemas solares térmicos de acordo com a anomalia detetada. 15. Identificar e utilizar as técnicas de manutenção de sistemas solares térmicos. 16. Utilizar a documentação técnica respeitante ao registo da atividade desenvolvida.
  • 77. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte ARTICULAÇÃO ENTRE AS PROFISSÕES DA CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE PROFISSÕES E A RESPOSTA DE QUALIFICAÇÕES DO SNQ/CNQ No quadro seguinte são apresentados dados relativos às respostas formativas do sistema nacional de qualificações, no que concerne às saídas profissionais e atividades profissionais do setor da construção civil e da energia, identificadas na Classificação Nacional de Profissões, que permite verificar a correspondência existente. Note‐se que para uma mesma atividade profissional/profissão existe no Sistema Nacional de Qualificações mais do que uma modalidade de educação e formação que permite obter as respetivas competências. Pág. 76
  • 78. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 77 Quadro 6.8 – – Oferta de qualificações dirigidas às profissões da CNP Profissão CNP Nível QNQ Cátalogo Nacional de Qualificações Formação de Jovens Formação de adultos Form. Pós Secund. Cursos Profissionais Cursos de Aprendizagem Cursos EFA Formações Modulares CET Técnico da Construção e Obras Públicas (Agente Tec de Arquit. e Eng.) 5 X Medidor Orçamentista 4 X X X X Técnico de instalações eléctricas 4 X X X X Técnico de refrigeração e climatização (Técnico de 4 X X X x Frio) Técnico de manutenção ‐ Electricidade 4 X X X x Técnico de redes ‐ Electricidade Desenhador Projectista Desenhador 4 X X X X Pedreiro 2 X X Montador de refractários (Assentador de Refract.) Cimenteiro Vibradorista – Construção Civil 2 X X Enformador de “Prefabricados” ‐ Alvenaria Montador – Alvenarias Prefabricadas Montador de Pré‐Esforçados ‐ Betão Encarregado – Trabalhadores de Construção Civil e 4 X X X X Obras Públicas Carpinteiro de Limpos 2 X X Carpinteiro de Toscos Vidraceiro ‐ Colocador Canalizador 2 X X Montador de Tubagens Pintor – Construção Civil 2 X X Limpa‐chaminés Electromecânico de Elevadores e Aparelhos Similares Electromecânico de Refrigeração e Climatização 2 X X (Electromec. de Frio) Electricista – Montador de Instalações de Alta Tensão Electricista – Montador de Instalações de Baixa Tensão 2 X X Electricista de Redes – Distribuição de Energia Eléctrica Instalador de Sistemas Solares Térmicos 4 X X X X Instalador de Sistemas Solares Fotovoltaicos 4 X X X X Instalador de Sistemas de Bioenergia 4 X X X X
  • 79. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 78 6.1.4 Dados quantitativos relativos à oferta formativa CURSOS DE APRENDIZAGEM ‐ NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são realizados em centros de formação profissional da rede do IEFP, I. P., noutras entidades tuteladas pelo ministério responsável pela área da formação profissional e em entidades formadoras públicas e privadas devidamente certificadas no âmbito do sistema de certificação de entidades formadoras. No que respeita a esta modalidade, que visa qualificar jovens para a entrada no mercado de trabalho, em regime de alternância, e quanto às áreas de educação e formação referenciadas, a frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular incidência dentro deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a instalações elétricas, climatização e instalação de sistemas solares térmicos. No âmbito desta oferta formativa a área de educação e formação de construção civil e engenharia civil é a que apresenta menor nº de alunos em frequência.
  • 80. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro 6.9. – Nº de alunos inscritos em Cursos de Aprendizagem em 31 de Dezembro de 2011 Pág. 79 NUT II Cursos – formação realizada em 2011 Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Total Geral CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL 5 15 29 27 186 262 TÉCNICO DE DESENHO DA CONSTRUÇÃO CIVIL 5 15 78 98 TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS 9 12 21 42 TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA 9 15 55 79 TÉCNICO DE TOPOGRAFIA 11 32 43 ELECTRICIDADE E ENERGIA 56 43 202 352 833 1486 TÉCNICO DE ELETROTECNIA 12 12 TÉCNICO DE GÁS 16 16 TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS 6 7 59 76 188 336 TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO 40 26 41 94 220 421 TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE 20 49 69 BIOENERGIA TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS 17 20 31 68 TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS 10 32 144 186 TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS 10 53 142 173 378 ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO 35 57 263 355 TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES 35 47 188 270 TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO 10 75 85 Total Geral 61 58 266 436 1282 2103
  • 81. A q c TÉC permite uma as qualificaç e instalações TÉCNICO a visualizaçã ções de ins s elétricas, d DE ELETRÓNIC TÉCN o mais objet stalador de da área de ed CA, AUTOMAÇÃ NICO DE ELETRÓ TÉCNICO INS ÃO E COMANDO ÓNICA E TELECO STALADOR DE S NICO INSTALAD A c r q ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA Figura 6.2 que visam a climatização O OMUNICAÇÕES SISTEMAS SOLA DOR DE SISTEM T S ARES TÉRMICOS MAS SOLARES FO TÉCNICO INSTA TÉCNICO S OTOVOLTAICOS ALADOR DE SIST O INSTALADOR T S TEMAS EÓLICOS DE SISTEMAS D TÉCNICO DE REF TÉ FRIGERAÇÃO E TÉCNICO TÉCNICO D S DE BIOENERGIA A CLIMATIZAÇÃO DE INSTALAÇÕ O ÕES ELÉCTRICAS TÉ S ÉCNICO DE GÁS TÉCNICO DE TÉCNICO D S ELETROTECNIA A DE TOPOGRAFIA DE OBRA/COND TÉCNICO D A UTOR DE OBRA DE MEDIÇÕES E ÉCNICO DE DES Figura 6.2 D SENHO DA CON Distribuição de distribuição contexto a re egião ‐ técn qualificações A ORÇAMENTOS S STRUÇÃO CIVIL e alunos por á o desta ofer egião Norte nico de eletr referenciad L área de educa ta formativa uma vez qu rotecnia e t as. a é assimétri ue apresenta técnico de g Formação pa tiva da maio sistemas s ducação e fo 43 42 85 68 8 69 9 7 16 12 79 0 50 10 UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad PORTUGAL a Energética Construção do da Arte de alunos n micos, refrig eletricidade e 86 00 150 200 ação e formaç ica em term a ofertas nã gás – e ofer BU ara as Renováv An or incidência solares térm rmação da e 98 18 ção e por curs 270 nos cursos eração e energia. 250 300 3 350 400 450 sos de aprend os regionais ão existentes rece cursos 336 378 dizagem salientando s em nenhu em todas a 421 o‐se neste ma outra s áreas e Pág. 80 1 0
  • 82. CNICO DE DESE ENHO DA CONS STRUÇÃO CIVIL E MEDIÇÕES E O ORÇAMENTOS E OBRA/CONDU UTOR DE OBRA E TOPOGRAFIA ELETROTECNIA CNICO DE GÁS DE INSTALAÇÕE ÉCNICO DE REFR ES ELÉCTRICAS RIGERAÇÃO E C O INSTALADOR D CLIMATIZAÇÃO DE SISTEMAS D ÉCNICO INSTAL E BIOENERGIA LADOR DE SISTE ÉCNICO INSTALA EMAS EÓLICOS ADOR DE SISTE OTOVOLTAICOS TALADOR DE SI EMAS SOLARES ISTEMAS SOLAR ICO DE ELETRÓ RES TÉRMICOS ÓNICA E TELECO DE ELETRÓNICA ntejo Algar C E p N t t r e CONSTRUÇÃO CIVIL E ELECTRICIDADE E ENERGIA ENGENHARIA CIVIL ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO Alen TÉ TÉ TÉCNICO TÉ TÉ TÉCNICO INST TÉCN TÉCNICO D OMUNICAÇÕES A, AUTOMAÇÃO rve Centro CURSOS PROFIS Estes cursos pública e priv No que respe rabalho, ass rabalho, em eferenciadas eletricidade e TÉCNICO DE TÉCNICO DE TÉCNICO D FO Figura TÉCNICO DE TÉCNICO DE E TÉ Lisboa O E COMANDO 6.3. Distribui SSIONAIS – NÍV são desenv vada. eita a esta m sociando a fo entidades d s, a frequên energia, q Norte ção de cursos VEL 4 DE QUA volvidos em ALIFICAÇÃO escolas pro que visa qua órica à forma de atividade ritária nos da produçã modalidade, ormação teó dos setores d ncia é maio uer ao nível Formação pa 0% 10% 20 UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad % 30% 40% 50 s de aprendiza fissionais e alificar joven ação técnica e, e quanto à cursos relat o quer ao n BU ara as Renováv An agem por NU em escolas PORTUGAL a Energética Construção do da Arte % 60% 70% 80 T II % 90%100% secundárias ns para a en a, com forma às áreas de e tivos a qual ível da sua u s da rede trada no me ação em con educação e ificações da utilização as ercado de ntexto de formação a área de ssociada à Pág. 81
  • 83. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte funcionalidade dos edifícios – 71% ‐ com particular incidência dentro deste grupo dos cursos relativos a energias renováveis e instalações elétricas. Salienta‐se o n.º de alunos em frequência no curso relativo à qualificação de técnico de eletrónica, automação e comando, não apenas no conjunto dos cursos profissionais mas sobretudo em relação ao n.º de alunos em formação para a mesma qualificação nos cursos de aprendizagem. Tal como nos cursos de aprendizagem é a área da construção civil e engenharia civil que apresenta menor n.º de alunos, mesmo quando associamos o n.º de alunos em frequência no curso relativo à qualificação de técnico de recuperação do património edificado, o qual por razões técnico‐científicas se encontra integrado na área de educação e formação de História e Arqueologia. Pág. 82 Quadro 6.10. – Nº de alunos inscritos em Cursos Profissionais em 31 de Dezembro de 2011 Formação realizada 2011 NUT II Área de educação e formação Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte Total Geral Construção Civil e Engenharia Civil 10 33 350 173 226 792 Técnico de Construção Civil 10 33 350 173 226 792 Eletricidade e Energia 489 465 2324 1196 2595 7069 Técnico de Eletricidade Naval 18 13 48 79 Técnico de Eletrotecnia 49 428 52 429 958 Técnico de Energias Renováveis 240 269 1288 794 1459 4050 Técnico de Frio e Climatização 35 42 79 98 122 376 Técnico de Gás 34 8 42 Técnico de Instalações Elétricas 165 136 482 204 577 1564 Eletrónica e Automação 151 20 440 580 794 1985 Técnico de Eletrónica e 13 127 265 118 523 Telecomunicações Técnico de Eletrónica, Automação e Comando 66 20 299 292 519 1196 Técnico de Eletrónica, Automação e Instrumentação 72 14 23 157 266 História e Arqueologia 25 49 74 Técnico de Recuperação do Património Edificado 25 49 74 Total Geral 650 518 3114 1974 3664 9920 A Figura 6.4 permite evidenciar a tendência de formação dos jovens para as qualificações relacionadas com as energias renováveis (eólica, solar fotovoltaica e solar térmica e bioenergia).
  • 84. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 74 TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO DO PATRIMÓNIO EDIFICADO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS TÉCNICO DE GÁS TÉCNICO DE FRIO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS TÉCNICO DE ELECTROTECNIA TÉCNICO DE ELECTRICIDADE NAVAL Figura 6.4. Distribuição de alunos por área de educação e formação e por Cursos Profissionais HISTÓRIA E ARQUELOGIA Nesta modalidade de educação e formação – Cursos Profissionais ‐ observa‐se uma maior distribuição da oferta pelas regiões (caso do curso de eletrónica, automação e comando), ainda que se verifique, tal como nos cursos de aprendizagem, ofertas não existentes em todas as regiões – técnico de gás e técnico de recuperação do património edificado. Verifica‐se de igual modo que a região Norte, ainda que não apresente oferta para todos os cursos referenciados é aquela que maior diversidade de oferta disponibiliza. Pág. 83 792 79 958 4050 376 42 1564 523 1196 266 0 500 10001500200025003000350040004500 TÉCNICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTRUÇÃ O CIVIL E ENGENHARIA CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO
  • 85. TÉ HISTÓRIA E ARQUELOGIA CONSTRUÇÃ O CIVIL E ENGENHARIA CIVIL ELECTRICIDADE E ENERGIA ELECTRÓNICA E AUTOMAÇÃO ALENTEJO TÉCNICO DE RE CUPERAÇÃO DO PAT ÉCNICO DE ELECTRÓ TRIMÓNIO EDIFICADO NICA, AUTOMAÇÃO TÉCNICO DE E ELECTRÓNICA, AUTO TÉCNICO DE ELECTRÓNICA E ALGARVE C O E INSTRUMENTAÇÃO O MAÇÃO E COMANDO TÉCNICO DE INST O TELECOMUNICAÇÕE ES TALAÇÕES ELÉCTRICA TÉCNICO DE F AS TÉCNICO DE GÁ ÁS FRIO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE EN O NERGIAS RENOVÁVEI TÉCNICO IS O DE ELECTROTECNIA TÉCNICO DE EL A LECTRICIDADE NAVA TÉCNICO DE AL E CONSTRUÇÃO CIVI CENTRO LISBO OA NORTE Figu IL ra 6.5 Distrib 0% 10% 2 20% 30% 40 uição de Curs Formação pa UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad 0% 50% 60% sos Profission BU ara as Renováv An % 70% 80% ais por NUT I I PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 90% 100% Pág. 84
  • 86. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULOTS – NÍVEL 2 E NÍVEL 4 DE QUALIFICAÇÃO Estes cursos são desenvolvidos em centros de formação profissional, entidades formadoras certificadas, escolas profissionais e escolas básicas e secundárias, da rede pública e privada. No que respeita a esta modalidade de educação e formação, que visa qualificar adultos para a reinserção e melhoria das competências dos ativos, associando a formação teórica à formação técnica com formação em contexto de trabalho, em entidades dos setores de atividade, os dados que são passíveis de apresentação neste relatório permitem verificar as variações da oferta formativa e do nº de alunos em frequência de 2010 para 2011. De 2010 para 2011 verifica‐se uma diminuição do n.º de alunos de cerca de 75%, a par da diminuição das ofertas formativas nas várias áreas de educação e formação em análise. As qualificações de nível 2 de qualificação do QNQ que correspondem a uma habilitação escolar de nível básico, aumentaram o nº de alunos verificando‐se contudo que apenas para uma qualificação existiu formação – soldador. Relativamente ao nível 4 de qualificação do QNQ não foi realizada formação para as qualificações de técnicos de topografia, de eletrotecnia, de instalador de sistemas de bioenergia e de instalador de sistemas eólicos, no período considerado. Pág. 85
  • 87. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 86 Quadro 6.11 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2010 NUT II Área de educação e formação – cursos EFA Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte N.º Alunos Nível 2 de qualificação do QNQ 16 28 21 65 Construção civil e engenharia civil 12 12 Pedreiro 12 12 Metalurgia e Metalomecânica 16 16 21 53 Serralheiro Civil 21 37 Soldador 16 16 16 Nível 4 de qualificação do QNQ 210 36 502 501 879 2128 Construção civil e engenharia civil 84 24 124 123 288 643 Técnico de desenho de construção civil 15 34 118 167 Técnico de medições e orçamentos 18 13 35 35 101 Técnico de obra/condutor de obra 66 24 58 54 114 316 Técnico de topografia 38 21 59 Eletricidade e energia 112 12 367 364 506 1361 Técnico de electrotecnia 21 20 41 Técnico de gás 14 33 47 Técnico de instalações elétricas 36 80 29 98 243 Técnico de refrigeração e climatização 30 104 53 187 Técnico inst. sistemas de bioenergia 12 15 27 Técnico inst. sistemas eólicos 21 21 Técnico instalador de sistemas solares 32 81 101 113 327 fotovoltaicos Técnico instalador de sistemas solares térmicos 44 141 76 207 468 Eletrónica e automação 14 11 14 85 124 Técnico de electrónica e telecomunicações 14 11 70 84 Técnico de eletrónica, automação e comando 14 15 40 Total Geral 226 36 530 522 879 2193
  • 88. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 87 Quadro 6.12 ‐ Nº de alunos inscritos em cursos EFA em 2011 NUT II Área de educação e formação – cursos EFA Alentejo Algarve Centro Lisboa Norte N.º Alunos Nível 2 de qualificação do QNQ 19 34 19 72 Metalurgia e Metalomecânica 19 34 19 72 Soldador 19 34 19 72 Nível 4 de qualificação do QNQ 73 36 162 181 56 508 Construção civil e engenharia civil 16 45 70 131 Técnico de desenho de construção civil 20 18 38 Técnico de medições e orçamentos 18 18 Técnico de obra/condutor de obra 16 25 34 75 Eletricidade e energia 58 20 95 70 56 299 Técnico de gás 18 18 Técnico de instalações elétricas 11 20 19 56 106 Técnico de refrigeração e climatização 31 31 Técnico instalador de sistemas solares 31 31 33 95 fotovoltaicos Técnico instalador de sistemas solares térmicos 16 33 49 Eletrónica e automação 15 22 41 78 Técnico de eletrónica, automação e comando 15 22 41 78 Total Geral 92 36 162 215 75 580 O gráfico abaixo permite observar notoriamente a diminuição do n.º de alunos nas ofertas formativas do ano de 2010 para o ano de 2011. É de realçar a quebra nos cursos das qualificações de técnico instalador de sistemas solares térmicos (aprox. 89%), técnico de refrigeração e climatização (aprox. 83%) e técnico de medições e orçamentos (aprox. 80%). Salienta‐se que no caso da qualificação de técnico de refrigeração e climatização a tendência é contrária à das formações para jovens.
  • 89. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 21 47 41 18 16 37 78 TÉCNICO DE ELETRÓNICA, AUTOMAÇÃO E COMANDO TÉCNICO DE ELETRÓNICA E TELECOMUNICAÇÕES TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS EÓLICOS TÉCNICO INSTALADOR DE SISTEMAS DE BIOENERGIA TÉCNICO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS TÉCNICO DE GÁS TÉCNICO DE ELETROTECNIA TÉCNICO DE TOPOGRAFIA TÉCNICO DE OBRA/CONDUTOR DE OBRA TÉCNICO DE MEDIÇÕES E ORÇAMENTOS TÉCNICO DE DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL SOLDADOR SERRALHEIRO CIVIL ELETRÓNICA E AUTOMAÇÃO A CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA METALURGIA E METALOMECÂNIC CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA Figura 6.6 ‐ Distribuição de alunos por ano, por área de educação e formação e por Cursos EFA e nível Pág. 88 de qualificação. 12 167 101 316 59 243 187 27 327 468 84 40 72 38 75 18 106 31 95 49 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 PEDREIRO CONSTR UÇÃO CIVIL E ENGENH ARIA CIVIL 2 4 2011 2010
  • 90. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Os gráficos seguintes revelam os seguintes aspetos, relativos à formação desenvolvida através de Cursos EAF: Pág. 89 ƒ Cursos concentrados em algumas regiões: 2010 – Pedreiro, soldador e Técnico instalador de sistemas eólicos 2011 ‐ Técnico de gás, técnico de refrigeração e climatização e técnico de medições e orçamentos ƒ Regiões com pouca diversidade de oferta: 2010 – Algarve e Alentejo 2011 – Algarve e Norte
  • 91. 2 4 CONSTR UÇÃO CIVIL E ENGENH METALURGIA E ELETRÓNICA E AUTOMAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA ARIA CIVIL Alente TÉCNICO DE ELET TRÓNICA, AUTOMA TÉCNICO DE AÇÃO E COMANDO E ELETRÓNICA E TE TÉCNICO T INSTALAD TÉCNICO O ELECOMUNICAÇÕES OR DE SISTEMAS S O INSTALADOR DE S SOLARES TÉRMICOS SISTEMAS SOLARE S ES FOTOVOLTAICOS O INSTALADOR DE S SISTEMAS EÓLICOS ALADOR DE SISTEM S MAS DE BIOENERGIA O DE REFRIGERAÇÃ A O E CLIMATIZAÇÃO TÉCNICO DE INSTA O ALAÇÕES ELÉTRICAS TÉCNICO S TÉCNICO DE GÁ S O DE ELETROTECNIA TÉCNIC A CO DE TOPOGRAFIA NICO DE OBRA/CO A ONDUTOR DE OBRA A ES E ORÇAMENTOS CNICO DE MEDIÇÕ DE DESENHO DE C ve Centro Figura 6.7 METALOMECÂNI CA ejo Algarv TÉCNICO TÉCNICO INSTA TÉCNICO T TÉC TÉC TÉCNICO D S CONSTRUÇÃO CIVI L SOLDADOR R SERRALHEIRO CIVI o Lisboa 7 ‐ Distribuiçã S ão de Cursos E L PEDREIRO Norte O EFA no ano de Formação pa 0% 10% 20% UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad % 30% 40% 5 e 2010, por ní BU ara as Renováv An PORTUGAL a Energética Construção do da Arte 50% 60% 70% ível de qualifi % 80% 90%100% icação e por N NUT II Pág. 90
  • 92. ELETRÓNIC METALURGI A E A E AUTOMAÇÃ METALOME CONSTRUÇÃO CIVIL E ENGENHARIA 2 4 Alentejo TÉ NICA, AUTOMAÇÃ ÉCNICO DE ELETRÓ TÉCN NICO INSTALADOR TÉCNICO IN ÃO E COMANDO DE SISTEMAS SOLA NSTALADOR DE SIST Figura 6.8 CÂNICA CIVIL ELETRICIDADE E ENERGIA O Algarve ARES TÉRMICOS TEMAS SOLARES FO TÉCNICO DE TÉC REFRIGERAÇÃO E OTOVOLTAICOS CLIMATIZAÇÃO NICO DE INSTALAÇ TÉCNICO ÇÕES ELÉTRICAS T ÉCNICO DE GÁS O DE OBRA/COND TÉCNIC UTOR DE OBRA CO DE MEDIÇÕES E TÉCNICO DE D DESENHO DE CON Centro L Lisboa Nor 8 ‐ Distribuiçã ORÇAMENTOS STRUÇÃO CIVIL te ão de Cursos E 0% SOLDADOR % 10% 20% 3 EFA no ano de Formação pa UILD‐UP SKILLS veis e Eficiência no Sector da nálise do Estad 30% 40% 50% e 2011, por ní BU ara as Renováv An PORTUGAL a Energética Construção do da Arte % 60% 70% 80% ível de qualifi % 90%100% icação e por N NUT II Pág. 91
  • 93. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 92 6.1.5 Apreciação global Em síntese, constata‐se através dos dados apresentados os seguintes aspetos que se relevam, no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações: ƒ Assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação; ƒ Investimento nas formações relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos; ƒ Diminuição abrupta em 2011 da oferta formativa para os adultos, ao nível da modalidade de educação e formação EFA, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. Relativamente às formações modulares no âmbito do SNQ/CNQ, destinadas a ativos, no contexto da formação contínua, bem como às formações pós‐secundárias não superiores (CET), os respetivos processos de monitorização encontram‐se em fase de implementação.
  • 94. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 6.2 Cursos de formação para a eficiência energética e energias renováveis nos edifícios A Direção Geral de Energia e Geologia, pela Portaria 1451/2004 de 26 de Novembro, entretanto revogada pelo Decreto‐Lei nº 92/2011, de 27 de Julho, enquanto entidade certificadora foi‐lhe atribuída a competência para emitir os CAP (certificação de Aptidão Profissional) e reconhecer cursos de formação para técnicos instaladores de sistemas solares térmicos. Neste âmbito, foram reconhecidas, pela DGEG, 37 entidades formadoras que formarem 10.135 instaladores de Sistemas Solares Térmicos. A estas entidades foi solicitada resposta a um questionário relativo às formações que ministravam no setor da energia. Obteve‐se resposta de 11 entidades que seguidamente se analisa. De notar que, alguma da formação aqui identificada poderá já estar incluída na análise da formação inserida no SNQ, explicitada no ponto anterior deste relatório. Tendo em consideração a variedade de ações de formação, dividiu‐se as formações realizadas em gás, eletricidade, eficiência energética, sistemas solar térmico e sistemas AVAC, tendo sido apenas contempladas aquelas que se encontravam no período compreendido entre os anos de 2005 e 2012. No Quadro 6.13 encontra‐se a distribuição das ações de formação pelas categorias acima indicadas. Pág. 93 Quadro 6.13 ‐ Distribuição das ações de formação. Área de formação N.º Formandos Formandos Aprovados Horas de formação N.º Formações H. formação X formando Formandos aprovados Gás 282 271 4.945 26 131.838 96% Eletricidade 750 693 48.545 59 609.996 92% Solar Térmico 1.008 791 23.529 54 391.092 78% AVAC 24 23 48 2 1.108 96% Eficiência Energética 26 13 94 3 2.444 50% total 2.090 1.791 77.161 144 1136.478 86% Seguidamente é feita uma análise das ações de formação para cada uma das categorias identificadas. De notar que as ações de formação aqui consideradas podem ser formações iniciais (de longa duração) ou formação contínua (de curta duração e, que se trata de dados relativos á formação desenvolvida apenas por 11 empresas. 6.2.1 Formação para técnicos de gás: Realizaram‐se 26 ações de formação de gás, tendo sido frequentadas por 282 formandos. Destas ações 24 tiveram uma carga horária inferior a 1000 horas e foram frequentadas por 250 formandos, enquanto 32 tiveram uma carga horária superior a 1000 horas.
  • 95. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 94 Quadro 6.14 ‐ Ações de formação de gás. Gás N.º Formandos Formandos aprovados N.º Formações Formandos aprovados Diferencial de horas Inferior a 1000h 250 245 24 98% Entre 8h e 225h Superior a 1000h 32 26 2 81% Entre 2045h e 2080h 6.2.2 Formação para técnicos de eletricidade: Dentro desta categoria encontram‐se as ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. Quadro 6.15 ‐ Ações de formação de especialistas de eletricidade e de instaladores de sistemas fotovoltaicos. Eletricidade N.º Formandos Formandos aprovados N.º Formações Formandos aprovados Diferencial de horas Fotovoltaico (inf. 1000h) 241 217 16 90% Entre 32h e 175h Fotovoltaico (sup. 1000h) 14 10 1 71% 2070h Eletricidade (inf. 1000h) 151 145 10 96% Entre 25h e 100h Eletricidade (sup. 1000h) 344 321 32 93% Entre 1060h e 3anos Total Inferior a 1000h 392 362 26 92% Entre 25h e 175h Total Superior a 1000h 358 331 33 92% Entre 1060h e 3anos Formação a decorrer 87 Decorrer 5 Decorrer Entre 2070h e 3anos Realizaram‐se 59 cursos de eletricidade frequentados por 750 formandos, com uma oscilação de horas de formação entre as 25h e os 3 anos. A formação no ramo de eletricidade foi divida em sistemas de fotovoltaico e em eletricidade. Dentro de cada uma das especialidades, foi realizado um tratamento aos dados fornecidos para em formações inferiores a 1000horas e superiores a 1000h 6.2.3 Formação para técnicos de solar térmico: Realizaram‐se 54 ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos frequentadas por 1008 formandos, sendo que o número de horas de cada ação oscila entre as 25h e as 3291h.
  • 96. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 95 Quadro 6.16 ‐ Ações de formação de instaladores de sistemas solares térmicos. Solar térmico N.º Formandos Formandos aprovados N.º Formações Formandos aprovados Diferencial de horas Inferior a 1000h 815 738 45 91% Entre 25h e 125h Superior a 1000h 183 53 9 29% Entre 1180h e 3291h Formação a 45 Decorrer 3 Decorrer Entre 40h e 3anos decorrer 6.2.4 Formação para técnicos de AVAC: Realizaram‐se 3 ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC frequentados por 24 formandos, com uma carga horária de24h. Quadro 6.17 ‐ Ações de formação para instaladores de aparelhos AVAC. AVAC N.º Formandos Formandos aprovados N.º Formações Formandos aprovados Diferencial de horas Inferior a 1000h 24 23 2 96% 24h Formação a decorrer 7 Decorrer 1 Decorrer 76h 6.2.5 Formação para técnicos de Eficiência Energética: Houve 3 cursos sobre o tema da Eficiência Energética frequentados por 26 formandos com uma oscilação de horas de formação entre as 16h e as 370h. Quadro 6.18 – Cursos sobre eficiência energética. Efcicência Energética N.º Formandos Formandos aprovados N.º Formações Formandos aprovados Diferencial de horas Inferior a 1000h 26 13 3 50% Entre 16h e 44h Formação a decorrer 7 Decorrer 3 Decorrer Entre 350h e 370h
  • 97. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 7 LACUNAS DE COMPETÊNCIAS ENTRE A SITUAÇÃO ATUAL E AS Pág. 96 NECESSIDADES PARA 2020 (a completar até ao final do mês de Junho)
  • 98. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 97 8 BARREIRAS Como já foi referido na parte inicial deste relatório, foram aplicados 4 inquéritos a empresas (Tipo I), associações empresariais ou industriais, sindicatos e associações profissionais (Tipo II), entidades formadoras (tipo III) e outros (tipo IV, com um total de 29 respostas. Da avaliação das respostas aos inquéritos, até a esta fase do Projeto, foi possível concluir que, do ponto de vista das empresas, são duas as principais barreiras à formação: inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas (3,7) e, fatores económicos (3,4). Quanto aos restantes Grupos que responderam ao questionário, o maior constrangimento foi atribuído aos fatores económicos (4,1 e 4), seguido, no caso das associações empresariais, industriais, profissionais e sindicatos, do tempo a disponibilizar pelas empresas (3,9) e, no caso das entidades formadoras, a inexistência de oferta formativa (3,7). Fatores económicos Funcionais trabalhadores para frequência da … 0 1 2 3 4 5 Tempo a disponibilizar aos Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades da empresa Motivação dos trabalhadores Outras Não existem Maior constragimento Figura 8.1 ‐ Principais constrangimentos da empresa relativamente à formação dos trabalhadores.
  • 99. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte 0 1 2 3 4 5 Fatores económicos Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da … Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas Motivação dos trabalhadores Regulamentação da atividade Outras insuficiente Não existem Figura 8.2 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do ponto de vista das associações profissionais, sindicatos, associações empresariais e industriais e Pág. 98 outros. Fatores económicos Tempo a disponibilizar pelas empresas aos trabalhadores para frequência da … Inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas Motivação dos trabalhadores Outras Figura 8.3 ‐ Principais constrangimentos à formação dos profissionais do setor da construção do ponto de vista das entidades formadoras. Em resposta a questões não pré‐definidas nos questionários (“outros”) foram identificados algumas reveladoras de ceticismo face à importância e à qualidade da oferta formativa: ƒ A formação nem sempre traz rentabilidade às empresas, pois a aposta em formação nem sempre é um factor competitivo entre empresas; ƒ A formação é generalista e de fraca qualidade; ƒ Melhoria da qualidade dos formadores; Maior constragimento 0 1 2 3 4 5 Não existem Maior constragimento
  • 100. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 99 ƒ Falta de aplicações práticas; ƒ Fraca relação com o público e pouca publicidade dos temas; ƒ Pouca noção do valor atribuído ao conforto e poupança; ƒ Existência de uma cultura social e inconsciente virada para o desperdício. Enquanto outras, por outro lado, consideram que a formação é indispensável para a competitividade e modernidade das empresas: ƒ A formação é essencial pois a competência técnica é um factor crítico nas empresas; ƒ Com a formação é possível otimizar os procedimentos de trabalho e levar à utilização de equipamentos e materiais mais eficientes e adequados; ƒ A formação dos profissionais é fundamental para uma boa utilização e aplicação das tecnologias disponíveis, não só para que haja oferta suficiente, mas também para a própria credibilidade dos sistemas; ƒ A formação tem um papel importantíssimo, desde que seja adequada aos vários níveis de intervenção nas diversas fases dos projectos. Face ao número relativamente reduzido de respostas ao inquérito, considera‐se que a questão das barreiras à formação e à qualificação constitui uma das questões criticas a reforçar nas discussões subsequentes com os diferentes stakeholders, não apenas numa perspetiva de confirmação das barreiras e constrangimentos já identificados, como também para identificar outras, e sobretudo concertar propostas de melhoria.
  • 101. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 100 9 CONCLUSÕES Uma das finalidades do presente relatório é dispor de um conjunto de informação estruturada e sistematizada que possibilite uma discussão mais alargada e sustentada com os stakeholders nacionais, com vista ao desenho de um roteiro nacional de formação para a melhoria das competências dos operários e instaladores do sector da construção para a eficiência energética e renováveis. Neste sentido, a análise do sector da construção, incluindo o emprego, e das políticas nacionais nos domínios da energia e da educação e formação revela‐nos um sector claramente afetado pela crise económica atual, cuja importância para a economia nacional quer do ponto de vista do contributo para o PIB quer para o VAB, tem vindo a decrescer na última década. Também ao nível do emprego este decréscimo se verifica. Não obstante, o emprego é maioritariamente qualificado, ou seja exerce profissões qualificadas – 74% são profissionais qualificados ‐, apresentando no entanto baixos níveis de habilitações escolares – 86% tem apenas o ensino básico. A aposta no desenvolvimento de competências que contribuem para aumentar o valor acrescentado das atividades no sector da construção e da energia, e a requalificação profissional de alguns dos trabalhadores deste sector, parecem ser duas linhas de aposta para responder às dificuldades de desenvolvimento e de crescimento deste sector. A aposta na qualidade dos serviços e produtos é fundamental para cumprir este desígnio. Do ponto de vista das respostas do sistema nacional de qualificações, o levantamento efetuado neste relatório permitiu concluir que: ƒ Existe uma grande diversidade de oferta de formação inicial dirigidos a jovens, mas também a adultos. ƒ A formação dirigida aos jovens ‐ Cursos de Aprendizagem e Cursos profissionais, a frequência é maioritária nos cursos relativos a qualificações da área de eletricidade e energia, quer ao nível da produção quer ao nível da sua utilização associada à funcionalidade dos edifícios – 71%, com particular incidência dentro deste grupo dos cursos referentes a qualificações relativas a instalações elétricas, climatização e instalação de sistemas solares térmicos. Em contrapartida, a área da construção civil e engenharia civil é a que apresenta menor número de alunos em frequência. ƒ A formação dirigida a adultos (Cursos EFA) apresenta uma concentração de alguns cursos em algumas regiões, como por exemplo o caso dos cursos de Pedreiro, soldador e Técnico instalador de sistemas eólico realizados em 2010 na região centro, ou os cursos de Técnico de gás, e técnico de medições e orçamentos realizados 2011, em Lisboa. ƒ A oferta de formação de adultos (cursos EFA), registou uma redução significativa em 2011, no âmbito das qualificações associadas ao setor da construção e energia. Na realidade podemos concluir que, por um lado, existem algumas assimetrias regionais relativamente à oferta formativa quanto às qualificações e quanto às modalidades de educação e formação e, por outro lado, regista‐se um maior investimento nas formações
  • 102. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte relativas às qualificações associadas às energias renováveis, quer na qualificação inicial de jovens quer na qualificação dos adultos, especialmente no que respeita à instalação de equipamentos solares quer fotovoltaicos quer térmicos. Quanto à formação contínua dos ativos, registámos alguma dificuldade na recolha de dados sistematizados, quer do ponto de vista da formação certificada (onde o processo de monitorização se encontra em implementação) quer no âmbito de formação contínua da responsabilidade exclusivamente das empresas e de esquemas de certificação sectoriais. Paralelamente, consideramos igualmente que as questões relativas aos mecanismos de certificação de atividades económicas neste sector da Construção que implicam a regulamentação de acesso ao exercício de atividades profissionais não estão suficientemente explícitas e desenvolvidas neste relatório, pelo que esta será uma matéria a desenvolver na fase seguinte deste trabalho, através de uma articulação mais estreita com os diferentes intervenientes na identificação e desenvolvimento o desenvolvimento de competências dos profissionais deste setor. Ainda no âmbito deste estudo e resultante de um inquérito aplicado a um conjunto de entidades, foram identificadas como principais barreiras à qualificação dos profissionais deste sector, que podem comprometer o cumprimento das metas associadas à estratégia 2020: Pág. 101 ƒ A inexistência de oferta formativa adequada às necessidades das empresas; ƒ Os fatores económicos; ƒ O tempo a disponibilizar pelas empresas. Em síntese, e considerando que se vem verificando uma mudança de hábitos de consumo no que concerne à utilização das diferentes fontes de energia, quer por via de uma maior consciencialização das vantagens e importância dessas fontes quer por via dos normativos internacionais e nacionais em vigor, existe necessidade de uma reflexão profunda sobre as implicações que estas alterações nos hábitos de consumo trazem para a qualificação dos profissionais do sector. Importa assim, na fase seguinte deste trabalho analisar em profundidade que novas competências estão a ser requeridas em algumas especializações de atividades profissionais deste sector da construção, designadamente as que tem uma ligação estreita com a utilização final da energia, sobretudo quando enquadrados em esquema de certificação sectorial.
  • 103. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 102 10 AUTORES/CONTRIBUIDORES Autores Agência para a Energia (ADENE) Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG) Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) Contributos Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL) Associação Empresarial dos Sectores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotógrafo e Eletrónico (AGEFE) Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima (AFIQ) Associação Nacional de Escola Profissionais (ANESPO) Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) Associação Portuguesa da Indústria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC) Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR) Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN) Centro de Formação Profissional para a Indústria Térmica, Energia e Ambiente (APIEF) Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) Instituto da Soldadura e Qualidade (ISQ) Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL)
  • 104. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 103 11 REFERÊNCIAS AECOPS (2012), Análise Regional. Afonso, O. e Gonçalves, N. (2009), Economia não registada em Portugal, Observatório de Economia e Gestão de Fraude, OBEGEF. BPIE (2011), Europe’s buildings under the microscope, a country‐by‐country review of the energy performance of buildings. Carvalho, L. X. (2007), Os Limites da Formalidade e o Trabalho Imigrante em Portugal, Cadernos OI, 1, Lisboa: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural. CEEETA‐ECO (2010), Estudo sobre empregos verdes em Portugal. DGEG (2010), Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico. Gabinete de Estratégia e Planeamento, Ministério da Solidariedade e Segurança Social (GEP) (2010), Quadro de Pessoal 2007, 2008 e 2009. Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE) (2011), Dados sobre as ofertas formativas. Sistema de Informação e Gestão da Oferta educativa e Formativo (SIGO). FEPICOP (2012), Análise da conjuntura, n.º 59, Fevereiro 2012. InCI (2009), Análise da evolução do Mercado Nacional de Construção, Relatório Final. InCi (2011), O Sector da Construção em Portugal em 2010. InCI (2012), Relatório Semestral do Setor da Construção em Portugal, 1º Semestre 2011. INE (2010), Estatísticas da construção e habitação. INE (2011), Edifícios concluídos no 4º Trimestre de 2011. INE (2011), Estatísticas das Obras Concluídas. INE (2012), Contas Nacionais. INE (2012), Contas Nacionais Trimestrais. INE (2012), Resultados provisórios do CENSOS 2011. INE (2012), Destaque: informação à comunicação social de 15 de Março. Martins, C (2009), Sistema de Regulação da Atividade da Construção em Portugal, Trabalho final de mestrado em engenharia civil do IST. OCDE (2007), The Labour Market Integration of Immigrants in Portugal, OCDE, Employment, Labour and Social Affairs Committee. Peixoto, J (2008), Imigração e mercado de trabalho em Portugal: investigação e tendências recentes, Revista Migrações ‐ Número Temático Imigração e Mercado de Trabalho, Abril 2008, n.º 2, Lisboa: ACIDI, pp. 19‐46. Plano Nacional de Acção para as Energias Renováveis (PNAER), 2009. Relatório SCE Síntese Fevereiro 2011 – Estatísticas SCE
  • 105. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Resolução de Conselho de Ministros n.º 80/2008, Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética (PNAEE)— Portugal Eficiência 2015. Revista de Estudos Demográficos, n.º 45, 2009 – Pessoas Migrantes THAMES Consultores (2008), O Sector Construção em Portugal. Pág. 104 Sítios da internet www.anqep.gov.pt www.catalogo.anqep.gov.pt www.gestaodefraude.eu www.poph.qren.pt www.pordarta.pt Legislação Portaria nº 283/2011, de 24 de Outubro Portaria nº 475/2010, de 8 de Julho Portaria nº 474/2010, de 8 de Julho Portaria nº 782/2009, de 23 de Julho Portaria nº 1497/2008, de 31 de Dezembro Decreto‐Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro Decreto‐Lei nº 88/2006, de 23 de Maio Decreto‐Lei n.º 79/2006 de 4 de Abril Decreto‐Lei n.º 80/2006 de 4 de Abril Portaria nº 256/2005 de 16 de Março Portaria nº 550‐C/2004, de 21 de Maio Classificação das Atividades Económicas – CAE Rev. 3 Classificação Nacional de Profissões – CNP 94
  • 106. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 105 12 GLOSSÁRIO Trabalhadores por Conta de Outrem (TCO) ‐ Indivíduo que exerce uma atividade sob a autoridade e direção de outrém, nos termos de um contrato de trabalho, sujeito ou não a forma escrita, e que lhe confere o direito a uma remuneração, a qual não depende dos resultados da unidade económica para a qual trabalha.
  • 107. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 106 ANEXO A Quadros de apoio ao Capitulo 5.2 Análise Estatística do Emprego Quadro A1 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a variação em 2007‐2009 PROFISSÃO - CNP 2007 2009 Total Geral (2007 a 2009) % (2007 a 2009) 311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 3.273 2.938 9.437 -10 311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 755 805 2.344 7 311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 965 962 2.951 -0,3 311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 713 747 2.118 5 311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 109 104 330 -5 311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 42 29 107 -31 311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 329 290 965 -12 311810 - DESENHADOR 652 634 1.981 -3 712205 - PEDREIRO 51.970 41.408 142.245 -20 712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 359 519 1.436 45 712305 - CIMENTEIRO 1.306 1.250 3.898 -4 712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 45 35 121 -22 712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - ALVENARIA 7 8 18 14 712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 248 199 759 -20 712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 197 116 449 -41 712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 10.010 8.655 28.087 -14 712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 6.942 5.324 18.424 -23 712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 13.719 9.216 34.313 -33 713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 21 30 86 43 713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 1.824 1.416 4.971 -22 713215 - ASSENTADOR DE TACOS 239 194 679 -19 713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 1.888 1.698 5.531 -10 713305 - ESTUCADOR 4.275 3.594 12.120 -16 713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 928 960 2.950 3 713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 597 548 1.707 -8 713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 127 121 374 -5 713605 - CANALIZADOR 6.092 5.596 17.596 -8 713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 379 405 1.307 7 714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 8.078 7.455 23.857 -8 724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E APARELHOS SIMILARES 980 1.253 3.527 28 724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 521 603 1.695 16 724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 246 206 751 -16 724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 2.358 2.219 6.952 -6 724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 1.272 1.313 3.976 3 Total Geral 121.466 100.850 338.062 -17
  • 108. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 107 Quadro A2 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por profissão, segundo a região (NUT II), em 2009
  • 109. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Pág. 108 PROFISSÃO - CNP 11 - NORTE % 15 - ALGARVE % 16 - CENTRO % 17 - LISBOA % 18 - ALENTEJO % 20 - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES % 30 - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA % Total Geral % 311205 - TECNICO DA CONSTRUCAO E OBRAS PUBLICAS (AGENTE TEC DE ARQUIT E ENG) 946 32% 269 9% 697 24% 684 23% 213 7% 32 1% 97 3% 2.938 3% 311210 - MEDIDOR ORCAMENTISTA 249 31% 37 5% 123 15% 308 38% 12 1% 67 8% 9 1% 805 1% 311305 - TECNICO DE INSTALACOES ELECTRICAS 320 33% 20 2% 130 14% 398 41% 73 8% 6 1% 15 2% 962 1% 311310 - TECNICO DE REFRIGERACAO E 183 24% 65 9% 114 15% 333 45% 24 3% 21 3% 7 1% 747 1% CLIMATIZACAO (TECNICO DE FRIO) 311315 - TECNICO DE MANUTENCAO - ELECTRICIDADE 40 38% 0 0% 16 15% 44 42% 3 3% 1 1% 0 0% 104 0,1% 311320 - TECNICO DE REDES - ELECTRICIDADE 8 28% 2 7% 10 34% 8 28% 1 3% 0 0% 0 0% 29 0,03% 311805 - DESENHADOR PROJECTISTA 94 32% 10 3% 35 12% 126 43% 11 4% 5 2% 9 3% 290 0,3% 311810 - DESENHADOR 256 40% 43 7% 77 12% 192 30% 16 3% 7 1% 43 7% 634 1% 712205 - PEDREIRO 12.690 31% 3.258 8% 12.237 30% 6.362 15% 3.456 8% 1.812 4% 1.593 4% 41.408 41% 712210 - MONTADOR DE REFRACTARIOS 94 18% 0 0% 101 19% 324 62% 0 0% 0 0% 0 0% 519 1% (ASSENTADOR DE REFRACTARIOS) 712305 - CIMENTEIRO 706 56% 18 1% 467 37% 28 2% 19 2% 12 1% 0 0% 1.250 1% 712315 - VIBRADORISTA - CONSTRUCAO CIVIL 17 49% 1 3% 8 23% 8 23% 0 0% 1 3% 0 0% 35 0,03% 712320 - ENFORMADOR DE PRE-FABRICADOS - 2 25% 0 0% 2 25% 4 50% 0 0% 0 0% 0 0% 8 0,01% ALVENARIA 712325 - MONTADOR - ALVENARIAS PREFABRICADAS 60 30% 56 28% 29 15% 51 26% 2 1% 1 1% 0 0% 199 0,2% 712330 - MONTADOR DE PRE-ESFORCADOS - BETAO 54 47% 1 1% 11 9% 49 42% 0 0% 1 1% 0 0% 116 0,1% 712335 - ENCARREGADO - TRABALHADORES DE CONSTRUCAO CIVIL E OBRAS PUBLICAS 3.226 37% 552 6% 1.814 21% 2.179 25% 317 4% 301 3% 266 3% 8.655 9% 712405 - CARPINTEIRO DE LIMPOS 3.104 58% 243 5% 729 14% 708 13% 180 3% 187 4% 173 3% 5.324 5% 712410 - CARPINTEIRO DE TOSCO 5.528 60% 448 5% 948 10% 1.733 19% 289 3% 108 1% 162 2% 9.216 9% 713105 - MONTADOR DE CHAPAS - FIBROCIMENTO 13 43% 2 7% 4 13% 9 30% 0 0% 0 0% 2 7% 30 0,03% 713210 - LADRILHADOR (AZULEJADOR) 242 17% 232 16% 444 31% 438 31% 29 2% 12 1% 19 1% 1.416 1% 713215 - ASSENTADOR DE TACOS 133 69% 12 6% 31 16% 13 7% 5 3% 0 0% 0 0% 194 0,2% 713220 - ASSENTADOR DE REVESTIMENTOS 896 53% 24 1% 288 17% 455 27% 24 1% 0 0% 11 1% 1.698 2% 713305 - ESTUCADOR 1.515 42% 266 7% 1.185 33% 438 12% 70 2% 13 0% 107 3% 3.594 4% 713405 - MONTADOR DE ISOLAMENTOS 323 34% 3 0,3% 189 20% 397 41% 47 5% 1 0% 0 0% 960 1% 713410 - IMPERMEABILIZADOR DE CONSTRUCOES 212 39% 34 6% 116 21% 140 26% 16 3% 1 0% 29 5% 548 1% 713505 - VIDRACEIRO - COLOCADOR 100 83% 0 0% 3 2% 18 15% 0 0% 0 0% 0 0% 121 0,1% 713605 - CANALIZADOR 2.506 45% 402 7% 1.068 19% 1.170 21% 144 3% 82 1% 224 4% 5.596 6% 713610 - MONTADOR DE TUBAGENS 191 47% 26 6% 75 19% 99 24% 11 3% 0 0% 3 1% 405 0,4% 714105 - PINTOR - CONSTRUCAO CIVIL 2.498 34% 549 7% 1.540 21% 1.818 24% 320 4% 282 4% 448 6% 7.455 7% 724115 - ELECTROMECANICO DE ELEVADORES E 329 26% 95 8% 131 10% 650 52% 14 1% 11 1% 23 2% 1.253 1% APARELHOS SIMILARES 724120 - ELECTROMECANICO DE REFRIGERACAO E CLIMATIZACAO (ELECTROMEC DE FRIO) 192 32% 43 7% 88 15% 230 38% 21 3% 1 0% 28 5% 603 1% 724135 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE ALTA TENSAO 99 48% 5 2% 30 15% 67 33% 4 2% 1 0% 0 0% 206 0,2% 724140 - ELECTRICISTA-MONTADOR DE INSTALACOES DE BAIXA TENSAO 877 40% 74 3% 491 22% 511 23% 116 5% 90 4% 60 3% 2.219 2% 724160 - ELECTRICISTA DE REDES - DISTRIBUICAO DE ENERGIA ELECTRICA 399 30% 53 4% 567 43% 207 16% 20 2% 65 5% 2 0% 1.313 1% Total Geral 38.102 38% 6.843 7% 23.798 24% 20.199 20% 5.457 5% 3.121 3% 3.330 3% 100.850 100%
  • 110. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro A3 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, Pág. 109 segundo o nível de qualificação, em 2009. CAE Encarregados, contramestres, mestres e chefes de equipa % Ignorado % Praticantes e Aprendizes % Profissionais Altamente Qualificados % Profissionais não Qualificados % Profissionais Qualificados % Profissionais Semiqualificados % Quadros Médios % Quadros Superiores % Total Geral % 41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 6.679 78% 911 50% 704 23% 1.656 63% 2.655 69% 52.903 71% 605 20% 2.412 80% 119 51% 68.644 68% 43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 613 7% 155 8% 455 15% 326 12% 54 1% 2.701 4% 968 32% 112 4% 56 24% 5.440 5% 43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 99 1% 166 9% 403 13% 81 3% 110 3% 2.987 4% 142 5% 64 2% 3 1% 4.055 4% 43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 52 1% 55 3% 236 8% 212 8% 24 1% 1.142 2% 135 5% 46 2% 19 8% 1.921 2% 43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 227 3% 120 7% 241 8% 106 4% 125 3% 2.036 3% 543 18% 39 1% 11 5% 3.448 3% 43310 - ESTUCAGEM 35 0,4% 24 1,3% 107 3,5% 20 0,8% 150 3,9% 1.560 2,1% 47 1,6% 26 0,9% 5 2,2% 1.974 2% 43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 105 1% 73 4% 309 10% 33 1% 115 3% 2.399 3% 152 5% 58 2% 7 3% 3.251 3% 43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 120 1% 49 3% 140 5% 30 1% 97 3% 1.818 2% 180 6% 43 1% 2 1% 2.479 2% 43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 131 2% 105 6% 245 8% 19 1% 162 4% 3.118 4% 92 3% 38 1% 5 2% 3.915 4% 43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 40 0,5% 39 2,1% 100 3,3% 24 0,9% 77 2,0% 1.229 1,6% 65 2,2% 22 0,7% 0 0% 1.596 2% 43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 6 0,1% 0 0,0% 22 0,7% 3 0,1% 11 0,3% 61 0,1% 12 0,4% 5 0,2% 0 0,0% 120 0% 43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 498 5,8% 129 7,1% 87 2,9% 139 5,2% 264 6,9% 2.679 3,6% 46 1,5% 160 5,3% 5 2,2% 4.007 4% Total Geral 8.605 9% 1.826 2% 3.049 3% 2.649 3% 3.844 4% 74.633 74% 2.987 3% 3.025 3% 232 0,2% 100.850 100%
  • 111. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Quadro A4 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, Pág. 110 segundo o nível de habilitação literária CAE Bacharel ato % Doutorame nto % Ensino Básico % Ensino pós Secundário não Superior Ní l IV % Ensino Secundá rio % Ignorada % Inferior ao 1º Ciclo do Ensino Bá i % Licenciat ura % Mestrad o % Total Geral % 41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 415 71% 13 76% 59.481 69% 392 83% 3.709 53% 1.504 72% 2.015 83% 1.056 72% 59 61% 68.644 68% 43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 48 8% 1 6% 4.274 5% 13 3% 936 13% 28 1% 30 1% 103 7% 7 7% 5.440 5% 43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 16 3% 0 0% 3.524 4% 8 2% 374 5% 45 2% 43 2% 44 3% 1 1% 4.055 4% 43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 14 2% 0 0% 1.415 2% 9 2% 402 6% 21 1% 7 0% 47 3% 6 6% 1.921 2% 43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 20 3% 2 12% 2.745 3% 5 1% 525 8% 65 3% 33 1% 46 3% 7 7% 3.448 3% 43310 - ESTUCAGEM 0 0% 0 0% 1.766 2% 1 0% 97 1% 46 2% 58 2% 5 0% 1 1% 1.974 2% 43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 12 2% 0 0% 2.886 3% 12 3% 177 3% 91 4% 49 2% 24 2% 0% 3.251 3% 43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 11 2% 1 6% 2.236 3% 1 0% 147 2% 31 1% 23 1% 26 2% 3 3% 2.479 2% 43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 5 1% 0 0% 3.438 4% 6 1% 257 4% 125 6% 69 3% 14 1% 1 1% 3.915 4% 43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 9 2% 0 0% 1.424 2% 4 1% 85 1% 39 2% 22 1% 12 1% 1 1% 1.596 2% 43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 0% 0 0% 101 0% 0 0% 10 0% 1 0% 2 0% 1 0% 3 3% 120 0% 43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO DIVERSAS, N.E. 29 5% 0 0% 3.427 4% 21 4% 277 4% 87 4% 76 3% 82 6% 8 8% 4.007 4% Total Geral 581 1% 17 0,02% 86.717 86% 472 0% 6.996 7% 2.083 2% 2.427 2% 1.460 1% 97 0,1% 100.850 100%
  • 112. BUILD‐UP SKILLS PORTUGAL Formação para as Renováveis e Eficiência Energética no Sector da Construção Análise do Estado da Arte Ensino Básico Licenciatura Mestrado Pág. 111 Quadro A5 ‐ Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por atividade económica, segundo o nível de habilitação literária e a variação 2007‐2009 Trabalhadores por conta de outrem no setor da construção, por CAE, segundo o nível de habilitação literária e o crescimento 2007 - 2009 não Superior Ensino Secundário Ignorada Inferior ao 1º Ciclo do Bacharelato Doutoramento Ensino Básico Ensino pós Secundário CAE 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 2007 2009 % 41200 - CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS (RESIDENCIAIS E NÃO RESIDENCIAIS) 479 415 -13 18 13 -28 74.212 59.481 -20 805 392 -51 4.192 3.709 -12 2.010 1.504 -25 2.600 2.015 -23 1.228 1.056 -14 101 59 -42 43210 - INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 70 48 -31 3 1 -67 4.761 4.274 -10 17 13 -24 889 936 5 48 28 -42 40 30 -25 80 103 29 12 7 -42 43221 - INSTALAÇÃO DE CANALIZAÇÕES 17 16 -6 1 0 -100 3.660 3.524 -4 7 8 14 371 374 1 39 45 15 59 43 -27 45 44 -2 4 1 -75 43222 - INSTALAÇÃO DE CLIMATIZAÇÃO 19 14 -26 1 0 -100 1.520 1.415 -7 7 9 29 382 402 5 22 21 -5 9 7 -22 26 47 81 6 6 - 43290 - OUTRAS INSTALAÇÕES EM CONSTRUÇÕES 21 20 -5 0 2 200 2.505 2.745 10 6 5 -17 432 525 22 88 65 -26 47 33 -30 36 46 28 3 7 133 43310 - ESTUCAGEM 4 0 -100 0 0 - 2.152 1.766 -18 2 1 -50 95 97 2 59 46 -22 56 58 4 17 5 -71 1 1 - 43320 - MONTAGEM DE TRABALHOS DE CARPINTARIA E DE CAIXILHARIA 11 12 9 0 0 - 3.996 2.886 -28 6 12 100 234 177 -24 96 91 -5 124 49 -60 31 24 -23 2 0 -100 43330 - REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS E DE PAREDES 8 11 38 1 1 - 2.415 2.236 -7 3 1 -67 154 147 -5 51 31 -39 44 23 -48 36 26 -28 1 3 200 43340 - PINTURA E COLOCAÇÃO DE VIDROS 8 5 -38 0 0 - 3.700 3.438 -7 18 6 -67 251 257 2 136 125 -8 95 69 -27 15 14 -7 0 1 100 43390 - OUTRAS ACTIVIDADES DE ACABAMENTO EM EDIFÍCIOS 18 9 -50 0 0 - 1.751 1.424 -19 7 4 -43 122 85 -30 41 39 -5 49 22 -55 15 12 -20 4 1 -75 43910 - ACTIVIDADES DE COLOCAÇÃO DE COBERTURAS 2 2 - 0 0 - 109 101 -7 1 0 -100 8 10 25 2 1 -50 2 2 - 4 1 -75 3 3 - 43992 - OUTRAS ACTIVIDADES ESPECIALIZADAS DE CONSTRUÇÃO 33 29 -12 0 0 - 3.911 3.427 -12 24 21 -13 328 277 -16 79 87 10 131 76 -42 96 82 -15 6 8 33 DIVERSAS, N.E. Total Geral 690 581 -16 24 17 -41,2% 104.692 86.717 -17 903 472 -48 7.458 6.996 -6 2.671 2.083 -22 3.256 2.427 -25 1.629 1.460 -10 143 97 -0,5