14
I INTRODUÇÃO
A puericultura consiste em um conjunto de regras e noções sobre a arte de cuidar fisiológica e
higienicamente das crianças, sendo denominada, recentemente, como Pediatria Preventiva, a
qual tem como objecto a criança sadia com alvo em um adulto saudável. Sendo assim, a
enfermagem deve se apoiar em marcos teóricos próprios da profissão para levantar
informações sobre a progressão do crescimento e desenvolvimento, visando uma assistência
individualizada, cuja prioridade é o bem-estar da criança, em função das condições de vida de
sua família e da sociedade onde está inserida (LIMA, F, K. et, al. 2014).
A puericultura é uma prática assistencial de actividade privativa do enfermeiro realizada por
meio do acompanhamento periódico e sistemático de um conjunto de medidas que visem à
saúde da criança, esses profissionais investem tempo nas acções de promoção e prevenção à
saúde, em vista disso sua actuação é essencial durante a puericultura (ASSIS et al, 2011).
Na oferta de cuidados clínicos à saúde por meio da consulta de puericultura às crianças cujas
famílias são assistidas pelas Equipes de Saúde da Família, tem se observado que nem todos os
enfermeiros se percebem aptos e, alguns, tampouco realizam essa actividade de modo
rotineiro (NETO, X, G, R, F. et, al 2010). Contudo, sabe-se que essa consulta é capaz de
promover mudanças individuais e colectivas, tanto no que se refere à prevenção de doenças
como à promoção e recuperação da saúde, mudanças essas inerentes não somente à criança,
mas, também, à sua família, repercutindo na melhoria dos dados epidemiológicos
(Danrley_Puericultura.pdf. Acesso: 08/01/2016.) Na puericultura, os enfermeiros investem
tempo nas acções de promoção à saúde, desta arte sua actuação é de fundamental importância,
uma vez que é por meio dela que a enfermagem tem condições de detectar precocemente as
mais diversas alterações nas áreas do crescimento, da nutrição e do desenvolvimento
neuropsicomotor da criança (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).
Tendo em vista que a Estratégia Saúde da Família (ESF) vem promovendo mudanças nas
práticas de saúde, o modo como as equipes que actuam nas unidades têm organizado seu
processo de trabalho, em relação às acções específicas de puericultura, tem sido motivo de
atenção. Reflectir sobre esse aspecto do cuidado na atenção básica faz perceber que cuidar de
crianças implica em promover acolhida generosa, escuta atenta, diálogo, vínculo e
responsabilização (LIMA, F, K. et, al. 2014).
15
Fez-se necessária a investigação das consultas que são realizadas, de forma a verificar se há
acompanhamento adequado às crianças e, para tal, traçou-se como objetivo identificar as
acções implementadas pelo enfermeiro durante as consultas de puericultura na ESF (LIMA, F,
K. et, al. 2014).
A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades do ser
humano. No entanto, os distúrbios que incidem nessa época, principalmente durante os
primeiros anos, são responsáveis por graves consequências para os indivíduos e comunidades.
Tecnologias de cuidado e de educação em saúde vêm sendo exploradas a fim de garantir e
manter a qualidade de vida dessa população (NETO, X, G, R, F. et, al 2010).
A assistência à criança em Angola tem se baseado nas premissas da promoção da saúde,
prevenção, diagnóstico precoce e recuperação dos agravos na infância, em conjunto ao
acompanhamento programado do crescimento e desenvolvimento. Essas acções são
complementadas por actividades de controlo das doenças prevalentes, e pelas acções básicas,
como o estímulo ao aleitamento materno, orientação alimentar e imunizações. Elas
contribuem também para a promoção da qualidade de vida, tornando-se imprescindível o
esforço conjunto da família, da equipe e das diversas organizações, governamentais ou não
(LIMA, F, K. et, al. 2014).
16
1.1. Formulação do problema
A puericultura constitui-se um dos pilares da saúde materno infantil, e há inúmeros recursos
apoiados em evidências científicas que devem guiar o profissional quanto aos procedimentos
mais efectivos na consulta clínica. A assistência em puericultura é de fundamental
importância para que haja a prevenção de diversas doenças durante os primeiros anos de vida
da criança. Iniciar as consultas cedo, de preferência no primeiro mês de vida são objectivos
desejáveis na assistência à criança (SILVA, 2009).
Considerando a magnitude do problema e o facto de que, tem aumentado os casos de não
acompanhamento condigno por parte dos enfermeiros, em crianças na fase de
desenvolvimento e, a pouca frequência as consultas de puericultura, após a vacinação as mães
deixam de frequentar a secção da puericultura levou-nos a seguinte questão:
Quais são as acções realizadas pelos profissionais de enfermagem durante as consultas
de puericultura, no Centro de Saúde da Samba?
17
1.2. Justificativa
Considerando que a puericultura é o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da
criança, além de prevenir problemas de saúde, contribui para melhorar a percepção pela
família da importância destes cuidados preventivos e permite intervenções precoces para
corrigir desvio do crescimento e desenvolvimento destas.
Neste contexto o estudo é de grande relevância pois possibilitara ao enfermeiro um melhor
acompanhamento durante as consultas de puericultura, permitindo realizar os cuidados com
maior autonomia e desenvolver acções de enfermagem direccionados a atenção integral da
saúde da criança
Acreditamos que o resultado da nossa investigação poderá contribuir para o melhoramento da
assistência prestada nas Consultas de Puericultura realizadas pelos Profissionais de
Enfermagem no Centro de Saúde da Samba.
18
1.3 OBJECTIVOS
1.4 Geral
Avaliar as consultas de puericultura realizada pelos profissionais de enfermagem no Centro de
Saúde da Samba Iº semestre 2017.
1.5 Específicos
• Caracterizar os enfermeiros segundo os dados sociodemográficos: faixa etária, género,
categoria profissional, tempo de serviço.
• Observar como são realizadas as consultas de puericultura pelos profissionais de
enfermagem.
19
II. FUNDAMENTACAO TEORICA
3.1 A Puericultura
O termo “puericultura” etimologicamente quer dizer: puer = criança e cultur/cultura = criação,
cuidados dispensados a alguém utilizado pela primeira vez por Ballexserd, ao publicar na
Suíça, em 1762, seu livro Tratado de Puericultura, abordando questões gerais de higiene da
criança (CRESPIN, 2007).
Esta expressão ganhou força ao ser retomada pelo médico francês Caron, que, em 1865,
publicou um manual intitulado “A puericultura ou a ciência de elevar higienicamente e
fisiologicamente as criança”, constatou que grande parte das crianças internadas nos hospitais
de Paris, na sua época, poderia ter doenças e consequentemente internacções evitadas, se as
mães tivessem recebido orientações sobre como amamentar e cuidar correctamente de seus
filhos., já evidenciava os dois plares magnos da puericultura: a prevenção e a educação em
saúde. Essas duas linhas sempre estarão interligadas, daí a assertiva de que a puericultura é
fundamentalmente Pediatria preventiva. (DECHERNEYE & NATHAN 2004). (BRANDU
2000).
A puericultura dedica-se ao estudo do ser humano, acompanhando de forma integral o
processo de desenvolvimento da criança, sendo denominada recentemente como pediatria
preventiva, onde se inicia nas consultas de pré-natal, e se estende ao longo da infância, até o
final da adolescência, ou seja, proporcionando uma assistência à criança de forma integral
prevenindo agravos, e melhorando a concepção da família sobre a importância de cuidados
preventivos (SUTO; LAURA; COSTA, 2014).
A consulta de puericultura é desenvolvida tanto pelo médico quanto pelo enfermeiro, diante
disto faz-se necessário à actuação de uma equipe multiprofissional de atenção à saúde da
criança de forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação dessa atenção pela
consulta de enfermagem, médica e grupos educativos (CAMPOS et al., 2011; VIEIRA et al.,
2012).
Fica claro, portanto, que a puericultura efectiva-se pelo acompanhamento periódico e
sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação,
20
orientações aos pais e/ou cuidadores sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno e
orientação alimentarem no período do desmame, higiene individual e ambiental, assim como
pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efectiva e apropriada. Para
isso, demanda a actuação de toda a equipe de saúde e multiprofissional que assiste a criança e
sua família por meio da consulta de enfermagem, consulta médica, consulta odontológica,
grupos educativos e visitas domiciliares, no contexto da Atenção Básica (LIMA, F, K. et, al.
2014).
O crescimento representa um dos sinais mais importantes de saúde da criança, sendo
considerado o pré-requisito para qualquer estratégia de promoção da saúde infantil,
recomendado e reconhecido como uma importante acção de saúde.
Com o intuito de garantir a extensão da cobertura do atendimento infantil na rede básica de
saúde e assegurar simultaneamente o aumento da capacidade resolutiva desses serviços, desde
1984 o Ministério de Saúde prioriza cinco acções básicas de saúde, com eficácia comprovada
para a redução da morbimortalidade infantil: acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil; promoção do aleitamento materno e orientação alimentar para o
desmame; prevenção e controle das doenças diarreicas; prevenção e controle das infecções
respiratórias agudas; e imunização (FUJIMORI, E. 2009)
Portanto, a avaliação do crescimento físico normal é uma forma importante de conhecer e
vigiar o estado geral da saúde de uma criança e o desenvolvimento socioeconómico e de
saúde da comunidade onde ela vive.
O crescimento e o desenvolvimento humano constituem-se em um modelo de interacção do
ser humano e do ambiente, sendo o resultado final de um conjunto de factores que podem ser
divididos em: intrínsecos, representados pelos factores genéticos e neuroendrócrinos; e
extrínsecos, que são os factores ambientais, podendo ser subdivididos em pré-natais e pós-
natais. Entre os factores extrínsecos essenciais para o crescimento encontram-se a ingestão de
dieta balanceada, variada e fraccionada, a actividade física, alterações climáticas e ambientais
de ordem física e toda a estimulação biopsicossocial, incluindo o afecto e o impacto da
urbanização (LIMA, F, K. et, al. 2014).
21
Como consequência, as condições em que ocorre o crescimento, em cada momento da vida da
criança, incluindo o período intra-uterino, determinam suas possibilidades de atingir ou não
seu potencial máximo de crescimento, dotado por sua carga genética (VIEIRA, L, C, V. et, al.
2014).
Estudos mostram que deficits de crescimento linear que ocorram até os dois anos
(principalmente no primeiro ano de vida) são passíveis de recuperação total, enquanto acima
dessa idade a reversibilidade desse quadro se torna bem mais difícil (LIMA, F, K. et, al.
2014).
Portanto, as actividades de recuperação nutricional devem priorizar crianças até dois anos de
idade para permitir uma total recuperação e prevenção de problemas de saúde futuros. As
causas que afectam o crescimento também pode influenciar o desenvolvimento infantil
(VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).a essa grande vulnerabilidade biológica faz com que seja
extremamente importante o acompanhamento sistemático do crescimento da criança até cinco
anos de idade.
A avaliação periódica da saúde da criança permite o acompanhamento do progresso
individual, identificando aquelas de maior risco de morbimortalidade, sinalizando o alarme
precoce para a desnutrição e a obesidade, causa básica da instalação ou do agravamento da
maior parte dos problemas de saúde infantil. Esse monitoramento do crescimento também
possibilita o incentivo ao aleitamento materno exclusivo, a orientação adequada da introdução
da alimentação complementar, prevenindo problemas comuns durante o primeiro ano de vida
(VIEIRA, L, C, V. et, al.; 2014).
Cada atendimento realizado no serviço de saúde, independente da queixa ou doença que o
motivou, deve ser tratado como uma oportunidade para uma acção resolutiva, de promoção da
saúde, com forte carácter educativo.
Portanto, a vigilância desse crescimento no primeiro ano de vida deve ser realizada
mensalmente, uma vez que permite localizar o início de qualquer desvio de normalidade. Na
impossibilidade de avaliações mensais, o Ministério da Saúde (MS) propõe o Calendário
Mínimo de Consultas para a Assistência à Criança.
22
Na avaliação do crescimento infantil, devem-se considerar algumas medidas antropométricas
e a evolução de certas estruturas físicas conhecidas como indicadores do crescimento, sendo
os mais comuns o peso, a estatura, os perímetros cefálicos (PC), torácico e braquial, a erupção
dentária, o fechamento das fontanelas e suturas e, eventualmente, a idade óssea da criança
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002)
Para uma boa avaliação do crescimento, são necessárias pesagens periódicas. Em geral, o
peso do nascimento duplica dos quatro aos cinco meses, triplica aos 12 meses, quadruplica
aos 24 meses e quintuplica entre os quatro e cinco anos de idade.
É importante salientar que a variação do peso em relação à idade é muito mais rápida do que a
da estatura e reflecte, quase que imediatamente, qualquer deterioração ou melhora do estado
de saúde, mesmo em processos agudos. Num prazo de poucos dias, podem ser observadas
alterações importantes no peso, cuja medição é mais fácil e mais precisa que a estatura
(UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNA-SUS, 2010)
A fontanela anterior ou bregmática deve se fechar entre 9 e 18 meses. A fontanela posterior
ou lambdoide costuma fechar entre um e dois meses de idade. O fechamento precoce da
fontanela (craniossinostose) pode ocasionar comprometimento do crescimento cerebral
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
A construção e a utilização de um padrão nacional para oacompanhamento do crescimento de
crianças menores de cinco anos não se justifica em razão da pouca variação genética entre os
diversos grupos éticos nessa faixa etária e da necessidade de comparações internacionais e de
recursos humanos e financeiros que seriam despendidos para a construção de uma curva
nacional que representasse a população Angolana em suas diversidades de raça e condições
socioeconómicas (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).
Em relação ao “desenvolvimento infantil”, especialistas consideram este termo mais
abrangente que o crescimento, pois, além de incluí-lo, refere-se às alterações da composição e
do funcionamento das células, à dimensão dos membros, à maturação dos órgãos e à
aquisição de novas funções (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).
O acompanhamento do desenvolvimento deve fazer parte da consulta geral da criança. Para
isso, não é necessário criar espaços específicos, momentos fora da consulta ou instrumental
23
especializado, embora alguns pequenos brinquedos possam ser usados para desencadear
alguma resposta reflexa ou marco do desenvolvimento (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010).
Recomenda-se que a avaliação do desenvolvimento seja ampla, considerando-se fundamental
a coleta de informações, durante a anamnese ou entrevista, das condições de vida, rotina
diária, formas de relacionamento familiar e oportunidades de interacção com outras crianças,
pois, para uma criança desenvolver uma determinada habilidade, ela deve vivenciar situações
que favoreçam a aquisição dessa habilidade (FUJIMORI, E. 2009).
A sequência do desenvolvimento pode ser identificada, em termos gerais, por meio dos
marcos tradicionais do desenvolvimento, que constituem a base dos instrumentos de avaliação
(NETO, X, G, R, F. et, al. 2010).
É fundamental escutar a queixa dos pais e/ou cuidadores e levar em consideração a história
clínica e o exame físico da criança, no contexto de um programa contínuo de
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Assim, será possível formar-se um
quadro completo do crescimento e desenvolvimento infantil e da real necessidade de
intervenção (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010).
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil deve estruturar a Atenção à
Saúde da criança nos serviços básicos de saúde, de forma a representar o eixo central do
atendimento (VIEIRA, L, C, V. Et, al. 2012)
3.2 Fases da infância
A palavra infante vem do latim infans, que se refere à incapacidade de falar. É um período
desde o nascimento até aproximadamente 02 a 03 anos de idade, quando a fala se aperfeiçoa e
já se transforma em um instrumento de comunicação. Muitos eventos ocorrem pela primeira
vez, sendo o primeiro sorriso, a primeira palavra, os primeiros passos e o primeiro alcançar de
um objecto. A criança é um ser em constante transformação, cada dia aprende e desenvolve
coisas diferentes, apresentam uma sequência previsível e regular de crescimento físico e de
desenvolvimento neuro-psicomotor (BRASIL, 2002).
A infância é uma das etapas mais importantes para a saúde da criança, desenvolve grande
parte da potencialidade humana, começa a descobrir o mundo que a rodeia, adquire
24
experiências e habilidades cada vez mais complexas e elabora valores de referência, como dos
pais, avós, pessoas que estão em sua convivência (REICHERT et al., 2012).
Segundo Brasil (2002), a infância é dividida em período pré-natal que vai da concepção ao
nascimento; período neonatal de 0 a 28 dias; primeira infância ou lactente de 29 dias a 2 anos;
segunda infância ou pré- escolar de 2 a 6 anos e escolar de 6 a 10 anos.
A infância é um período de relevantes modificações e de grandes vulnerabilidades, diante
disso faz-se necessário um acompanhamento cauteloso, visando prevenir ou atenuar possíveis
agravos à sua saúde, pois os distúrbios que aparecem nessa época, principalmente durante os
primeiros anos de vida, são responsáveis por graves consequências ao decorrer da vida
(REICHERT et al., 2012).
3.3 Crescimento e desenvolvimento infantil
O crescimento é um dos factores mais importantes para a saúde da criança, do ponto de vista
biológico refere-se à alteração da forma e do tamanho das células. Esse processo de
crescimento é influenciado por factores extrínsecos, que são: ambientais, nutricionais,
actividade física e sono. E factores intrínsecos: genéticos e neuroendócrinos (PICON, 2010).
O desenvolvimento é uma fase que se refere à diferenciação qualitativa das células e da
maturação funcional; é a capacidade que a criança tem de realizar funções cada vez mais
complexas, medido por meio de provas funcionais (FIGUEIREDO; VIANA; MACHADO,
2010).
Avalia-se o crescimento e desenvolvimento da criança desde o pré- natal. Durante o exame
clínico da gestante, deve-se avaliar a altura do fundo uterino, observando se o crescimento
fetal está adequado para a idade gestacional, assim realizando um acompanhamento
sistemático do crescimento e ganho de peso, permitindo a identificação de crianças com risco
de morbimortalidade através da sinalização precoce de desnutrição (BRASIL, 2012).
O Ministério da Saúde (MS) lançou uma Caderneta de Saúde da Criança, onde existem
métodos para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, onde se avalia
peso, estatura, perímetro cefálico e Índice de Massa Corporal IMC, ajudando a identificar
quando a criança apresenta alguma anormalidade ou está abaixo ou acima do peso. A
caderneta utiliza parâmetros para a avaliação de acordo com a idade (BRASIL, 2012).
25
Segundo Martorell (2014) os cientistas estudam três amplos domínios, o desenvolvimento
físico, cognitivo e psicossocial que acontecem em diferentes períodos. O desenvolvimento
físico inclui o crescimento do corpo e do cérebro, as capacidades sensoriais, as habilidades
motoras e a saúde. O desenvolvimento cognitivo envolve a atenção, a aprendizagem, a
memória, a linguagem, o pensamento, o raciocínio e a criatividade. O desenvolvimento
psicossocial envolve as emoções, a personalidade e os relacionamentos sociais.
A criança deve passar por cada etapa segundo uma sequencia regular, ou seja, as etapas do
desenvolvimento cognitivo são sequenciais, se a criança não estiver em um meio que possa
interagir e não for estimulada no seu devido tempo não conseguirá superar o atraso no seu
desenvolvimento (BRASIL, 2012).
Segundo Brasil (2002) o desenvolvimento motor da criança é seguido por etapas, segundo sua
faixa etária: recém- nascido: obtém os reflexos subcorticais, no 1° mês; segue a luz, com 2
meses; sorri, balbucia, com 3 meses; sustenta a cabeça, com 4 meses; segura objetos, com 5
meses; gira sobre o abdômen, com 6 meses; mantem-se sentado, com 7 meses; preensão
palmar, com 8 meses; pinça digital, com 9 meses; põe-se sentado, com 10 meses; engatinha,
com 11 meses; de pé, dá passos com apoio, caminha só com 12 meses. A observação do
desenvolvimento deve ser feita durante a consulta da criança desde a entrada da mãe no
consultório.
3.4. A Puericultura se baseia na consulta médica
Segundo o Ministério da saúde, as consultas médicas pediátricas tem a peculiaridade de se
constituir, no mínimo, numa tríade pediatra-criança-mãe ou substituta (família).
A consulta pediátrica representa um ato de confiança na qual o pediatra deve estabelecer com
a criança/família um vínculo especial que é a empatia.
Empatia significa sintonia. Significa “sentir o que o outro está sentindo” e até “se sentir no
lugar do outro”. A empatia começa com um acolhimento personalizado que implica em
respeito e valorização do paciente/família (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010).
O médico deve saber escutar o paciente. Executar não é só o ato mecânico (acústico) de ouvir.
Escutar é compreender o que o outro está falando, é a valorização do discurso do paciente e se
26
completa pela manutenção de um diálogo (no sentido real do termo). Isso permite
compreender a dinâmica da mãe em relação à doença e fazer a leitura de suas necessidades,
inseguranças, medos, fantasias de culpa e expectativas além de detectar situações stressantes
pelas quais a família pode estar passando (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
Cabe ao puericultor actuar na prevenção, isto é, ele age mais para evitar, afastar ou controlar
os fatores de risco do que propriamente nas doenças. A meta é fazer o diagnóstico e listar os
problemas detectados, em relação à alimentação, estado nutricional (desnutrição, anemia,
obesidade), imunização, crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor e pubertário e
comportamento. Para isso o puericultor conta com os dados de anamnese e exame físico. A
anamnese exige técnicas de comunicação de acordo com o nível da família com a agravante
de que geralmente se faz por intermédio de um familiar (mãe) que se identifica com a criança,
sofrendo mesmo uma certa regressão para ficar ao nível da mesma, além da ansiedade que
toda ocasião de doença acarreta (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).
Segundo o Ministério da saúde, cabe ao médico dirigir o diálogo para obter, em tempo curto,
dados objectivos.
Impressos padronizados e prontuários informatizados são inegavelmente úteis mas não
substituem uma entrevista sobre as condições de vida da criança e as condições familiares e
ambientais, incluindo:
1. Condições económicas e sociais da família (risco social).
2. Condições de moradia (salubridade) e da creche/escola.
3. Alimentação (detalhada) habitual, ênfase no aleitamento materno.
4. Funcionamento intestinal.
5.Habilidades de acordo com a etapa do desenvolvimento.
6. Temperamento e personalidade, comportamento.
7. Linguagem.
8. Acuidade visual.
27
9. Sono.
10. Disciplina (erros educativos).
11. Actividades lúdicas e sociais (brincadeiras)
12.Vacinação.
1 3. Encaminhar, se for o caso, para assistência social/serviço de psicologia familiar.
14. Promover correcção ou melhoria, dentro das possibilidades, das condições da moradia
(particularmente do quarto em que a criança dorme) e da creche.
15. Instituir alimentação adequada à etapa de crescimento da criança e às condições da
família: ênfase no aleitamento materno; fórmulas lácteas adequadas; passagem gradual para a
alimentação da família; a partir dos 5 anos – dieta prudente (prevenção das doenças
cardiovasculares e da obesidade do adulto). Aproveitar a oportunidade para influir e corrigir a
alimentação da família.16. Corrigir, através da dieta, o funcionamento intestinal (atenção para
constipação).
17. Estimular actividade física (inclusive para as mãe).
18. Conscientizar da importância da vacinação (correcção das falhas).
19. Advertir quanto à prevenção de acidentes.
20. Orientar quanto as peculiaridades das diferentes fases do desenvolvimento afectivo, social
e cognitivo.
21. Orientar quanto à disciplina e ao estabelecimento de limites.
22. Agendar consultas de puericultura (seguimento) com a seguinte programação mínima: 1ª
consulta precoce – 3 a 7 dias após a alta da maternidade (para solucionar problemas da
amamentação e para detectar icterícia neonatal com os retornos indicados; nova consulta no
final do 1º mês e, daí em diante: mensalmente no 1º semestre, consultas aos 2 4. 6,9 meses,
consultas trimestrais no 2º ano, semestrais no pré-escolar e anuais, no escolar. Se em qualquer
28
ocasião forem detectados problemas ou desvios da normalidade, consultas extras devem ser
marcada mensalmente ou quantas vezes forem necessárias.
23. Esclarecer a família quanto aos meios disponíveis (telefone, fax, e-mail) para esclarecer
dúvidas bem como proceder em situações
3.5. A prescrição deve incluir alimentação, vacinação e orientação.
Toda consulta pediátrica, independente da queixa, deve incluir a Puericultura.
A seguir, alguns lembretes para o pediatra geral em consultas em idades-chaves do
desenvolvimento (KOBINGER, et al. 2010).
1. 1º Mês (0-30 dias)
1ª Consulta – 3 a 7 dias depois da alta da maternidade.
Detectar crianças com risco físico/famílias em risco social.
(Encaminhamento por assistência social, psicóloga; atendimento individualizado).
Avaliar icterícia, controlar o peso, revisar a técnica da amamentação (assistir a uma mamada)
verificando se a mamada é eficiente.
Estabelecer empatia (sintonia com as dificuldades da mãe), proporcionar apoio, e estímulo,
garantir disponibilidade para resolver as dúvidas e os problemas, atrair marido e familiares
para uma base de sustentação à amamentação.
Se as condições da amamentação persistirem instáveis, marcar retornos a intervalos curtos
para estímulo, correcção das falhas e controle ponderável.
Advertir contra o uso de chupeta pelo menos nas 3 primeiras semanas e para a desnecessidade
e desvantagens do uso de chá ou água nos intervalos das mamadas. (abeneventos.com.br)
Acesso: 07/10/2015.
Colocar a criança no berço em decúbito dorsal (não de bruços) ou de lado.
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Estímulos visuais e auditivos.
Prevenir a família que as cólicas vespertinas começam a partir de 3 semanas de vida.
2. Crescimento
1º Ano
Acompanhar com as curvas de crescimento; completar a avaliação nutricional, observando
vivacidade e humor, tônusmuscular e turgor do subcutâneo.
3. Desenvolvimento – Perguntas para rápida avaliação
1 Mês – Quando de bruços é capaz de erguer a cabeça?
Fixa o rosto da mãe, quando ela lhe fala?
2 Meses – Sorriso social?
3 Meses – Acompanha com o olhar, um objecto em movimento?
Mantém as mãos abertas a maior parte do tempo?
4 Meses – Segura um chocalho? Ri alto? Senta quando apoiada nas costas?
5 Meses – É capaz de se virar? (cuidado!). Alcança e segura objectos?
6 Meses – Senta com apoio e os braços esticados para a frente e para baixo?
7 Meses – Senta sem apoio? Transfere objectos de uma mão para outra? Balbucia?
8 Meses – Estranha pessoas? Participa do jogo (“esconde-achou”?)
9 Meses – (avaliar com atenção o desenvolvimento atingido até esta fase) – Mantém-se de pé
apoiado nos móveis?
Engatinha? (não obrigatório). Pega em pinça polegar-indicador?
(cuidado com objectos pequenos). Fala ma-ma, da-da? Ansiedade de separação dos pais?
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Recupera um objecto escondido por um lenço?
11 Meses – Anda apoiado pelas duas mãos ou apoiado nos móveis?
12 Meses – Anda segura por uma das mãos? Localiza sons produzidos abaixo e acima da
cabeça? Obedece comando dado junto com um gesto (“me dá”)? Olha para um objecto que
cai ou foi escondido?
Observação – nas crianças que tem desenvolvimento em “câmara lenta” é importante que esse
desenvolvimento seja progressivo, na sequência certa e que cada etapa atingida seja de boa
qualidade. (abeneventos.com.br Acesso: 07/10/2015)
3.6. Sinais de alerta no fim do 1º trimestre
• Ausência de sorriso social
• Olhar vago, pouco interessado
• O menor ruído provoca grande sobressalto
• Nenhuma reacção a ruídos fortes (surdez)
• Mãos persistentemente fechadas
3.7. Sinais de alarme no fim do 2º trimestre
• Não vira a cabeça para localizar sons (4 meses)
• Hipertonia (rigidez) dos membros inferiores
• Hipotonia do eixo do corpo: controle deficiente da cabeça
• Criança exageradamente lenta e sem interesse
• Movimentos bruscos do tipo “descarga motora”
• Não dá risada
• Falta de reacção aos sons (surdez?)
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3.8. Sinais de alarme aos 9 meses. Obrigatório tomar providência
• Não senta sem apoio (hipotonia do tronco)
• Pernas duras, “em tesoura” (espasticidade)
• Pernas moles em “posição de rã” (hipotonia)
• Mãos persistentemente fechadas
• Não tem preensão em pinça
• Incapacidade de localizar um som (surdez?)
• Ausência de balbucio (distúrbio articulatório?)
• Sorriso social pobre
• Não tem interesse no jogo “esconde-achou”
3.9. Sinais de alarme no 1º aniversário
• Ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com apoio não procura ajudar com as mãos)
• Criança parada ou mumificada
• Movimentos anormais
• Psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre
• Não fala sílabas; cessação do balbucio (surdez?) http://www.abeneventos.com.. Acesso:
07/010/2015.
3.10. Alimentação
Leite materno exclusivo até os 6 meses de idade
Não há necessidade de suplemento vitamínico ou de ferro.
Recomendar banhos de sol pela manhã e passeios ao ar livre.
32
Aos 4 meses, se a mãe volta ao trabalho, recomendar leite materno ordenhado; eventualmente
antecipar a alimentação do 2º semestre.
Na falta irreversível do leite materno, recomendar “fórmulas” adaptadas para o 1º ou 2º
semestre (segundo as recomendações do Codex alimentar).
Aos 6 meses iniciar: papa de carne, legumes, verduras, cereais e leguminosas com óleo/azeite
em consistência pastosa; papa e suco de frutas. Aos 7-8 meses: 2 papas (almoço e jantar).
Aproveitar os alimentos mais facilmente disponíveis.
Aos 10 meses: papa amassada com o garfo; estimular uso de copo e a mastigação.
Com 1 ano: “comidinha” da mesa do adulto, em pedaços pequenos, incluindo arroz, feijão,
carne ou frango ou peixe, ovo, legumes, verduras, frutas, óleo, azeite, leite com ferro.
Orientar quanto ao preparo de alimentos de bom valor nutricional e de baixo custo
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
3.11. Vacinação
De acordo com o calendário (orientação) do Ministério da saúde de 2002.
 Algumas orientações as mães
1. Estímulos auditivos e visuais; conversar.
2. Banho de sol e passeios ao ar livre.
3. Transporte no carro em assento tipo conchinha com acessório que firma o pescoço (com
selo de certificação; leia as instruções).
4. Nunca fumar perto da criança, no quarto, no carro.
5. A partir dos 6 meses é útil o “quadrado” (chiqueirinho”) ao nível do chão.
6. Ao atravessar a rua puxe o carrinho pela frente.
7. Aos 6 meses – retirar a criança do quarto dos pais.
33
8. Aos 9 meses: liberdade para engatinhar (prevenção de acidentes).
9. Cuidado com objectos pequenos que podem ser colocados na boca e aspirados.
10. Desencorajar nadador.
11. Calçado tipo ténis, flexível.
2º Ano
 Crescimento – a velocidade do crescimento diminui
Desenvolvimento
15 Meses: É capaz de andar sozinha? Consegue comunicar seus desejos apontando e emitindo
sons? É capaz de construir uma torre de 3 blocos? Fala 3 palavras?
24 Meses – É capaz de correr? Consegue subir e descer escadas segurando-se no corrimão? É
capaz de se expressar com frase de 2 palavras?
 Vacinação – de acordo com o calendário recomendado pela SPV
Algumas orientações as mães
1. Estimular o uso do copo e reduzir mamadeira.
2. Deixar a criança comer com as próprias mãos e exercitar o uso da colher.
3. Estimular o desenvolvimento da linguagem (conversar, ler).
4. Brincar ao ar livre.
5. Pés aparentemente chatos, membros inferiores em arco, com joelhos afastados.
6. Considerar a birra como normal mas ignorar os comportamentos inadequados.
7. As mãe devem observar se as crianças enxergam bem com os 2 olhos em separado
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
34
 Idade Pré-Escolar (3-5 anos)
Crescimento: fase de crescimento lento com estirão (estatura predominando sobre o peso):
criança “espigada”.
Desenvolvimento
30 Meses: consegue pular erguendo os 2 pés do chão?
Quando solicitada é capaz de apontar partes de seu corpo?
3 Anos: É capaz de pedalar? Sabe seu primeiro nome?
Linguagem inteligível? Controla evacuação? Controla micção diurna?
4 Anos: Consegue manter-se sobre um pé só? Sabe seu nome inteiro? Controla micção
noturna?
5 Anos: É capaz de executar 3 ordens? Desenha um homem com cabeça, corpo, braços e
pernas? Consegue saltar? Controla micção noturna?
Alerta a distúrbios sérios do comportamento/humor que podem sugerir maus tratos.
Nos casos suspeitos, notificar e buscar orientação junto ao Conselho Tutelar da localidade e
ao Juizado da Infância e da Juventude (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
 Algumas orientações as mães
1. Estimular a independência, economizar as “não pode” estabelecer limites definidos. Brincar
com outras crianças.
2. Retirada da chupeta.
3. Visita ao dentista.
4. Parque infantil, escolinha, centro de educação infantil.
5. Televisão limitada, compatível com a idade.
35
6. Prevenção de acidentes. Ensinar a nadar mas manter a supervisão.
7. Explicar as mãe que nesta fase a criança tem frequentes infecções respiratórias virais e que
elas devem ser acompanhadas pelo pediatra.
Capacete para andar de bicicleta. No carro: cadeirinha instalada de frente para o painel e presa
ao banco, usar travas bloqueando a abertura interna das portas traseiras e manter os vidros
quase totalmente levantados.
Aos 3 anos encaminhar ao oculista quando a criança parece não enxergar bem (franze os
olhos para enxergar), os prematuros e quando os familiares usam óculos de grau médio ou
forte. Convém testar a acuidade visual com os “Cartões de Teller” com listas zebradas
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
Aos 4 anos: Teste com o Quadro dos E.
 Crescimento: peso e estatura proporcionais (“criança robusta).
Estatura = (n-3) x 6 + 95 (ou 97).
Início de repleção pré-puberal aos 8-9 anos.
Desenvolvimento – avaliar o aproveitamento escolar.
 Algumas orientações as mães
1. Teste de acuidade visual (Quadro dos E)
2. Dieta prudente para evitar obesidade e ateroesclerose: carne magra, frango sem a pele,
peixe, cereal (arroz integral), leguminosa (feijão), legumes, verduras, frutas; leite
semidesnatado, iogurte, queijo magro; evitar doces, salgadinhos, refrigerantes.
3. Estimular actividade física regular.
4. Estimular a ler livro
3.12. Algumas considerações sobre as vacinas complementares
36
1. BCG – se no foi dado na maternidade, aplicar com 1 ou 2 meses de idade.
2. Hepatite B – em caso de mãe comprovadamente negativa para vírus da HB, pode ser
aplicada aos 2 meses junto com as outras.
3. Tríplice acelular – tão eficaz quanto a clássica, mas com reacção sintomática muito menor.
4. Pólio injectável (tipo Salk) – evita o pequeníssimo risco de paralisia infantil associada à
vacina oral. Depois de pelo menos 2 doses, a vacina oral pode ser ministrada sem risco.
5. Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) aplicada com 1 ano; convém reforço aos 6 anos
(ou aos 12 anos).
6. Varicela – com 1 ano.
7. Pneumococos conjugados heptavalente – aos 2, 4 e 6 meses.
Se for iniciada já no 2º semestre de vida: 2 doses com intervalo de 2 meses; reforço aos 15
meses. Se for iniciada no 2º ano de vida: 2 doses com intervalo de 2 meses.
8. Meningococos conjugada tipo C – aos 3, 5 e 7 meses; a partir do 1 ano de idade: dose única
(convém indicar até os 5 anos).
9. Hepatite A – 2 doses com intervalo de 6 meses, a partir de 1 ano de idade.
10. Gripe (Influenza) – indicada dos 6 meses a 2 anos, especialmente em crianças que
frequentam creche, escolinha; a partir dos 2 anos em crianças com problemas respiratórios
crônicos.
11. Febre-amarela – em regiões de risco epidemiológico ou viagem para essas regiões.
3.13. Regras e Disciplina
1. As regras são importantes para a criança criar um padrão de conduta apropriada.
2. Devem ser:
a). Em número reduzido.
37
b). Só para assuntos importantes.
c). Justas (coerência).
d). Devem estar de acordo com o nível de compreensão da criança.
e) A criança não aprende logo na 1ª vez (nem mesmo nas primeiras vezes).
f) . As mae devem agir sempre igual (consistência e persistência).
g). Admite-se o relaxamento de regras em ocasiões especiais.
h). Estar aberto a discutir as regras, mas a decisão final deve ser dos pais.
i) A melhor forma de diminuir a frequência de comportamentos inadequados é ignorá-los, até
o limite estabelecido.
j) O comportamento adequado da criança deve ser reforçado por elogios e recompensas
(MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002)
3.14. Assistência de enfermagem em puericultura
A consulta de enfermagem constitui uma actividade regulamentada na lei n° 7498/86 e no
decreto 94.406/87 que regulamenta e determina a acção privativa do enfermeiro, na
participação no planeamento, execução e avaliação da programação de saúde dos planos
assistenciais (BRASIL, 1986).
A consulta de enfermagem à criança tem como objectivo prestar assistência sistematizada de
enfermagem, de forma global e individualizada, identificando problemas de saúde-doença,
executando e avaliando cuidados que contribuam para a promoção, protecção, recuperação e
reabilitação de sua saúde. Sua realização envolve uma sequência sistematizada de acções:
histórico de enfermagem e exame físico, diagnóstico de enfermagem, plano terapêutico ou
prescrição de enfermagem, e avaliação da consulta (CAMPOS et al., 2011, p.567).
É por meio da consulta de enfermagem, que o enfermeiro tem condições de detectar
precocemente as mais diversas alterações do crescimento, nutrição e do desenvolvimento
neuro-psicomotor da criança (OLIVEIRA et al., 2013).
38
Na consulta a criança deve ser acompanhada e avaliada; serão fornecidas orientações à mãe
ou a outros familiares, de acordo com os seguimentos prioritários de atenção, avaliando
crescimento físico, nutricional; desenvolvimento motor, social e afectivo; orientando quanto à
imunização; higiene pessoal, domiciliar, ambiental e mental; orientações sobre segurança e
protecção contra acidentes; identificando agravos e situação de risco; encaminhando para
outros sectores ou unidades (MOITA; QUEIROZ, 2005).
Durante a consulta, os enfermeiros devem realizar anamnese e exame clínico, preencher
gráfico de peso, estatura e perímetro cefálico no cartão da criança e no prontuário, orientar
quanto à importância do aleitamento materno exclusivo, avaliar presença de factores de risco,
avaliar o crescimento e desenvolvimento nutricional, orientar sobre as doenças e
intercorrências, alimentação e higiene (COLOMBO, 2012).
A consulta de enfermagem também deve ser vista como uma estratégia de promoção de saúde
por meio de acções educativas, que avaliem e promovam competências para atender também
a outras necessidades das crianças, tais como, comunicação, sono, afecto, amor, solicitude e
segurança. Sendo de grande importância que ofereçam orientação eficaz para as mães no que
diz a respeito ao cuidado com seus filhos (BARATIERI; MANDU; MARCOM, 2014).
A assistência de enfermagem associada à visita domiciliar, é uma forma oportuna para
intervenções educativas e/ou assistenciais, permitindo que o profissional conheça a
necessidade de cada individuo, fortalecendo um vinculo com os familiares, fazendo busca
ativa dos faltosos e contribuindo para uma boa intervenção (SILVA; ROCHA; SILVA, 2009).
Campos et al., (2011) reforçam que o enfermeiro deve priorizar o meio social em que a
criança convive e orientar a família sobre a resolução dos problemas encontrados.
3.15. Dificuldades encontradas frente à assistência em puericultura
Vários factores dificultam uma assistência adequada à criança. Em estudo realizado por Souza
et al., (2013) foram encontradas dificuldades em relação a forte influência da cultura, dos
mitos e crenças familiares que, muitas vezes, impedem a adesão às orientações do profissional
de saúde.
39
Já Ferreira et al., (2015) revelaram um estudo onde, durante a consulta de puericultura, foram
encontradas dificuldades enfrentadas pelas mães em relação ao desmame precoce, pois ocorre
pela falta de conhecimento sobre a importância do aleitamento materno exclusivo e a não
adesão a essa pratica que pode estar relacionado à influência cultural que dificulta esse
processo.
Também são encontradas dificuldades em relação à falta de um local adequado ou um
consultório para realizar as consultas, falta de materiais, uma vez que os materiais como maca
infantil, otoscópio e balança são insuficientes e não ficam exclusivos para o consultório de
enfermagem, para utiliza-los o enfermeiro precisa realizar a consulta na sala do médico ou na
de pré-consulta. O enfermeiro interage com uma sobrecarga das atividades, e assim não tem
tempo de fazer o agendamento de rotina para a consulta de puericultura de todas as crianças
de sua área. Além disso, muitos enfermeiros não tiveram experiência anterior, como ter
trabalhado em PSF, com crianças ou de não têm capacitação adequada (CAMPOS et al.,
2011).
Outra situação é a falta de protocolo referente à consulta de puericultura que não existe na
maioria dos municípios, dificultando a padronização de condutas entre as UBS, como o
intervalo de consultas de crianças sadias, crianças de risco e a forma de localizar essa criança
para a consulta, como também a falta de comunicação entre os profissionais de saúde no
cuidado à criança (VIEIRA et al., 2012).
Estudos demonstram que as mães não acham necessário levar seus filhos às consultas de
puericultura para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, como também a
dificuldade de agendamento pelo horário matinal e a distância entre a residência a unidade
(VILOTO; GAMA; CAMPAGNOLO, 2017
40
IV. METODOLOGIA
4.1. Tipo de Estudo
Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal com abordagem quantitativa.
4.2. Local do Estudo
O estudo foi realizado no Centro de Saúde da Samba, nas secções de puericultura, Pav e
Triangem. A institucional vocacionada a prestação de cuidados de saúde do nível primário
tipo 1 com referência na cidade de Luanda no destrito urbano de samba.
4.3. População e Amostra
A população foi constituída por todos profissionais de enfermagem que funcionam nas
secções de Puericultura, Pav e Triagem. De referir que a amostra e igual a população.
4.4. Critério de Inclusão e Exclusão
Foram incluídos todos os profissionais de enfermagem que realizaram consultas e palestras
nas secções de puericultura, Pav e Triagem e excluídos todos os profissionais de enfermagem
destas secções que não realizam consultas e palestras.
4.5. Procedimentos éticos
O trabalho foi submetido à aprovação do Conselho Científico do ISCISA, posteriormente
enviado um ofício autorização a Unidade Sanitária para autorização da recolha de dados. Aos
Profissionais de enfermagem foi-lhes entregue o consentimento informando afim de fazer
parte do estudo no Centro de saúde da Samba no 1º Semestre de 2018.
4.6. Variáveis
 Faixa etária
 Género
 Categoria Profissional
 Tempo de serviço·
 Formação Continua
41
 Cumprimento dos Protocolos
 Procedimentos realizados antes, durante e após a consulta
4.7. Métodos de recolha de dados
Os dados foram colhidos com auxílio de um formulário previamente elaborado pela
pesquisadora com perguntas abertas e fechadas contendo as variáveis de estudo.
4.8. Processamento e Análise dos dados
Os dados foram processados no programa, Microsoft Office Word, Microsoft Excel
analisados através de estatística descritiva, com auxílio de uma calculadora.
42
V. Apresentação E Discussão dos Resultados
Tabela 1 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS, segundo a faixa etária, Iº semestre 2017.
Faixa Etária F %
20 – 25 1 6.7
26 – 31 3 20
32 – 37 4 27
38 ≤ 7 47
Total 15 100
A tabela 1 mostra que, dos 15 profissionais de enfermagem entrevistados, a faixa etária mais
predominante foi dos 38 ≤ anos (47%), e com menor predominância dos 20 – 25 anos (6.7%).
O estudo feito por Kurcgant et al (1991) refere que, quanto maior a idade do profissional,
maior será a responsabilidade e a entrega pelo trabalho que presta em prol da sociedade.
Os resultados encontrados nesta pesquisa, assemelham-se com os encontrados por Gaiton
(2008) numa pesquisa realizado no Brasil a onde foi possível encontrar a predominância
dosprofissionais de enfermagem nessa faixa etária.
43
Tabela 2 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no C S S segundo o género, Iº semestre 2017.
Género F %
Feminino 13 86.6
Masculino 2 13.3
Total 15 100
A tabela 2 mostra que, o sexo feminino foi o mais predominante com 86.6% e o sexo
masculino com 13.3%.
O estudo realizado por Pires e Vasconcelos (2011) apresentava uma grande maioria dos
profissionais de enfermagem, representada pelo género feminino com 95% , e apenas 5% da
amostra estudada representa o género masculino.
Padilha e Mancia (2005 apud PIRES e VASCONCELOS 2011) referem que, uma forma de
explicar o porque da grande maioria dos enfermeiros serem do sexo feminino está relacionada
a fundadora ou iniciadora da profissão Florence Nithingale e sem contar que o cuidado
antigamente era tarefa das mulheres-irmãs, mães, tias e avôs, dessa forma a perspectiva de
trabalhar na área ainda foca muito a mulher.
De acordo com os dados obtidos, houve um predomínio do total de participantes no estudo
86,6% eram do sexo feminino o que vai de acordo com a literatura.
44
Tabela 3 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura, no C S S, segundo a Categoria profissional Iº semestre 2017.
Categoria profissional F %
Auxiliar 4 26.6
Técnico Médio 7 46.6
Enfermeiro 4 26.6
Total 15 100
A tabela 2 mostra que, dos 15 profissionais de enfermagem entrevistados, 7 (46.6%) são
técnicos médios e, 4 (26.6% ) são Enfermeiros e auxiliar, respectivamente.
Vale-nos recordar que a formação de técnicos de enfermagem é antiga em Angola isso em
comparação com o ensino superior, este último apenas passou a existir desde 2002 formando
assim enfermeiros de nível superior.
45
Tabela 4 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS, segundo ao tempo de serviço, na área de puericultura Iº semestre 2017.
Tempo de Serviço F %
1 – 5 3 20
6 – 10 5 33.3
11 ≤ 7 46.6
Total 15 100
A tabela 4, mostra que do total dos entrevistados, a 7 (46,6% ) tinham 11 anos de serviço na
área de puericultura e, 3 (20% ) tinham 1- 5 anos .
O estudo feito por Figueiredo (2003) refere que quanto maior o tempo de exercício
profissional numa determinada unidade, maior será a experiência.
Deste princípio verifica-se que a medida que aumenta os anos de serviço aumentam consigo o
conhecimento da unidade, o fluxograma de atendimento, o conhecimento das pessoas, dos
equipamentos. Porém alguns problemas reais vividos pelo profissional de enfermagem podem
ser solucionados frutos da capacidade que o mesmo adquiriu com experiência de trabalho, e
das soluções procuradas e achadas para vencer os problemas da unidade a qual presta
serviços.
46
Tabela 5: Distribuição de profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS, segundo a formação continua, no 1 semestre de 2017
Formação continua F %
Sim 15 100
Não 0 0
Total 15 100
A tabela 5 mostra que dos 15 profissionais de enfermagem tem a formação continuam das
consultas, periódicas os profissionais afirmam que corresponde 100%.
O estudo feito por Borges-Andrade (2011) afirma que, quanto maior o grau de instrução
maior a apreensão e desempenho da informação percebida.
É essencial que os profissionais de saúde, aumentam os seus conhecimentos e, complementem
a sua formação académica, aumentando seus horizontes e crescimento profissional, gerando
consigo uma maior satisfação pessoal e qualidade na assistência prestada aos utentes. É com a
formação continua que o profissional atinge novos graus e adquire novas responsabilidade nas
diferentes áreas de actuação, além de que a medida que se aumenta o grau académico o
profissional de saúde ganha uma consciência crítica e de mudanças.
47
Tabela 6 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS; segundo o cumprimento das orientações do protocolo sobre consultas de
puericultura Iº semestre 2017.
A tabela 6 mostra que, 10 (66.6%) Profissionais de enfermeiros que correspondem 66.6%
afirmam que tem realizado a formação continua com 5 ; profissionais enfermeiros que
correspondem 33.3% dizem que não têm dados palestras nem aconselhamento.
E no estudo realizado por Carvalhal et al., (2013) a maioria dos enfermeiros realizaram
orientações sobre alimentação, estado nutricional, amamentação e desmame precoce.
Fica claro que a inportancia da sistematizaçao das Consultas importantes dos protocolos ou
ma nuais de serviços contribua para a melhoria ao acompanhamento do dessenvolvimento da
criançae da qualidade da assistençia.
Cumprimento das orientações do
protocolo sobre consultas de
puericultura
F
%
Sim 15 66.6
Total 15 100
48
Tabela 7 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados antes das consultas de puericultura
Iº semestre 2017
A tabela 7 mostra que dos 15 profissionais de enfermagem tem realizados antes da consulta de
puericultura, o desmame precoce que corresponde 100%.
Vários factores dificultam uma assistência adequada à criança. Em estudo realizado por Souza
et al., (2013) sobre puericultura foram encontradas dificuldades em relação a forte influência
da cultura, dos mitos e crenças familiares que, muitas vezes, impedem a adesão às orientações
do profissional de saúde.
(Ferreira et al., 2015) revelaram um estudo realizado no Hospital pediátrico da bahia
onde, durante a consulta de puericultura, foram encontradas dificuldades enfrentadas pelas
mães em relação ao desmame precoce, pois ocorre pela falta de conhecimento sobre a
importância do aleitamento materno exclusivo e a não adesão a essa pratica que pode estar
relacionado à influência cultural que dificulta esse processo.
Procedimentos realizados antes
das consultas de puericultura F %
 Palestras sobre
Aleitamento materno,
Desmame precoce 15 100
Alimentaçao complementar
 Triagem
Total 15 100
49
Tabela 8 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados durante as consultas de
puericultura Iº semestre 2017.
Os procedimentos
realizados durante as
consultas de
puericultura
F %
Medição dos perimetros
(cefálico, Toraxico,
Braquial )
1 6.6
Peso/Idade
Peso/Altura
Inspecção da erupção
dentaria,
Mobilidade da criança
7 46.6
Preenchimento do cartão
de saúde infantil
Aconselhamento
6
1
40.2
6.6
Total 15 100
A tabela 8 mostra que, 7 (46.6%) Profissionais de enfermeiros afirmam que tem realizado; a
inspecção da ruptura dentária.
Segundo (OMS, 2000) O peso dos recém-nascidos de termo é muito variável, pois situa-se
entre os 2,5 e os 4 kg, embora seja, em média, de 3,5 kg para os bebés do sexo masculino e de
3,25 kg para os do sexo feminino. Embora se verifique, nos primeiros dias de vida, uma certa
descida do peso, que pode alcançar até cerca de 10% do total, a perda é rapidamente
recuperada, no máximo, até ao décimo dia, assistindo-se de seguida a uma contínua subida de
peso. Todavia, o ritmo do aumento de peso, ao longo do primeiro ano de vida, não é
homogéneo, sendo em média de 30 g por dia ao longo dos três primeiros meses, de cerca de
20 g diários no segundo trimestre, de cerca de 15 g por dia no terceiro e 10 g diários no
quarto..
50
Tabela 9 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de
puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados após as consultas de puericultura
Iº semestre 2017
A tabela 9 mostra que, 15 (100%) Profissionais de enfermeiros que têm feito procedimentos
durante as consultas, recebem recomendações e conselhos de cuidados a ter com a criança.
(MOITA; QUEIROZ, 2005). Na consulta a criança deve ser acompanhada e avaliada; serão
fornecidas orientações à mãe ou a outros familiares, de acordo com os seguimentos prioritários de
atenção, avaliando crescimento físico, nutricional; desenvolvimento motor, social e afectivo;
orientando quanto à imunização; higiene pessoal, domiciliar, ambiental e mental; orientações
sobre segurança e protecção contra acidentes; identificando agravos e situação de risco;
encaminhando para outros sectores ou unidades.
Procedimentos
realizados após as
consultas de
puericultura
F %
Recomendações e
conselhos de cuidados a
ter com a criança.
15 100
Total 15 100
51
VI. CONCLUSÕES
Ao final da realização dessa pesquisa identificou-se que as acções de enfermagem
preventivas frente à consulta de puericultura, é prestar assistência de forma global e
individualizada sabendo a necessidade de cada criança, identificando e prevenindo agravos,
orientar quanto à imunização e sua importância, realizar o anamnese e exame físico e fazer
anotações no prontuário e caderneta da criança, orientar sobre doenças e intercorrências, bem
como violência doméstica, orientar quanto ao aleitamento materno exclusivo e alimentação
saudável, quanto à segurança e protecção contra acidentes e esclarecer duvida da mãe e
familiares, realizarpromoção e prevenção de agravos, prevenir doenças que podem ser
evitáveis, a fim de garantir direito à vida da criança.
Desta forma concluímos que, quanto a faixa eteria a mais predominante foi dos 38≥ anos
47℅e com menor predominacia dos 20-25 anos 6.75 dos profissionais que actuam na quele
Centro de Saude, O genero feminino foi o mais predominante com 86.6℅ e o gener
masculino comn 13,3℅
De acordo com as categorias profissionais 15 7,45.6℅ sao tecnicos mediose 4.26℅ sao
enfermeiros e auxiliares de enfermagem respetivamente
Quanto ao tempo de serviço 7.46.6℅ tinham 11 ≥ anos de serviço e 3 (20℅) de 1-4 anos.
Sobre a formaçao continua a totalidade dos profissionais de Enfermqagem beneficiaram de
formação na área de Puericultura.
Com relaçao ao cumprimento do protocolo sobre a orientaçao a mae com relaçao o
aleitamento exclusivo,e alimentaçao saudavel apois os seis (6)mess e seguindo por todos
profissionais de enfermangem.
No que conserna aos procedimentos realizado a antes, durante e após consultas de
puericultura os profissionais de Enfermagem realizam na integra.
52
VII. RECOMENDAÇÕES:
Tendo em conta todo o trabalho que ao longo do tempo pesquisamos, e ainda com os
conhecimentos que adquirimos podes recomendar o seguinte:
 Sempre que houver oportunidades devemos abordar (de forma a melhor informar)
sobre a problemática das consultas de Puericultura para a sociedade em que estamos
inseridos. (Creches; família; amigos; colegas…) dando educação para a saúde.
 Promover feiras de saúde com aconselhamento das mães aferição dos sinais vitais e
nível de açúcar no sangue e avaliação do desenvolvimento.
 Para os Pediatras do centro de saúde da samba mais divulgação sobre a problemática e
cuidados a ter com nossas crianças por forma a evitar o surgimento da doença ou o seu
agravamento.
 Incentivar as consultas periódicas por parte dos encarregados de educação em todas as
idades na nossa sociedade.
 Elucidar a população sobre a importância de não faltar em uma consulta com os filhos
para que se tenha uma sociedade saudavel.
 E importante que a Direcçaodo Css atualizem os protocolos de serviços voltando a
saude da criança que levem enconta as caracteristicas regonais para que seja realizada
assistencia sistematizada garantindo qualidade de vida proporcionando prevençao e
promoçao a saude.
53
VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<http://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/4466/6550>.
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ANDRADE, R. D; A puericultura como momento de defesa à saúde da criança. Cienc Cuid
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  • 1. 14 I INTRODUÇÃO A puericultura consiste em um conjunto de regras e noções sobre a arte de cuidar fisiológica e higienicamente das crianças, sendo denominada, recentemente, como Pediatria Preventiva, a qual tem como objecto a criança sadia com alvo em um adulto saudável. Sendo assim, a enfermagem deve se apoiar em marcos teóricos próprios da profissão para levantar informações sobre a progressão do crescimento e desenvolvimento, visando uma assistência individualizada, cuja prioridade é o bem-estar da criança, em função das condições de vida de sua família e da sociedade onde está inserida (LIMA, F, K. et, al. 2014). A puericultura é uma prática assistencial de actividade privativa do enfermeiro realizada por meio do acompanhamento periódico e sistemático de um conjunto de medidas que visem à saúde da criança, esses profissionais investem tempo nas acções de promoção e prevenção à saúde, em vista disso sua actuação é essencial durante a puericultura (ASSIS et al, 2011). Na oferta de cuidados clínicos à saúde por meio da consulta de puericultura às crianças cujas famílias são assistidas pelas Equipes de Saúde da Família, tem se observado que nem todos os enfermeiros se percebem aptos e, alguns, tampouco realizam essa actividade de modo rotineiro (NETO, X, G, R, F. et, al 2010). Contudo, sabe-se que essa consulta é capaz de promover mudanças individuais e colectivas, tanto no que se refere à prevenção de doenças como à promoção e recuperação da saúde, mudanças essas inerentes não somente à criança, mas, também, à sua família, repercutindo na melhoria dos dados epidemiológicos (Danrley_Puericultura.pdf. Acesso: 08/01/2016.) Na puericultura, os enfermeiros investem tempo nas acções de promoção à saúde, desta arte sua actuação é de fundamental importância, uma vez que é por meio dela que a enfermagem tem condições de detectar precocemente as mais diversas alterações nas áreas do crescimento, da nutrição e do desenvolvimento neuropsicomotor da criança (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012). Tendo em vista que a Estratégia Saúde da Família (ESF) vem promovendo mudanças nas práticas de saúde, o modo como as equipes que actuam nas unidades têm organizado seu processo de trabalho, em relação às acções específicas de puericultura, tem sido motivo de atenção. Reflectir sobre esse aspecto do cuidado na atenção básica faz perceber que cuidar de crianças implica em promover acolhida generosa, escuta atenta, diálogo, vínculo e responsabilização (LIMA, F, K. et, al. 2014).
  • 2. 15 Fez-se necessária a investigação das consultas que são realizadas, de forma a verificar se há acompanhamento adequado às crianças e, para tal, traçou-se como objetivo identificar as acções implementadas pelo enfermeiro durante as consultas de puericultura na ESF (LIMA, F, K. et, al. 2014). A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades do ser humano. No entanto, os distúrbios que incidem nessa época, principalmente durante os primeiros anos, são responsáveis por graves consequências para os indivíduos e comunidades. Tecnologias de cuidado e de educação em saúde vêm sendo exploradas a fim de garantir e manter a qualidade de vida dessa população (NETO, X, G, R, F. et, al 2010). A assistência à criança em Angola tem se baseado nas premissas da promoção da saúde, prevenção, diagnóstico precoce e recuperação dos agravos na infância, em conjunto ao acompanhamento programado do crescimento e desenvolvimento. Essas acções são complementadas por actividades de controlo das doenças prevalentes, e pelas acções básicas, como o estímulo ao aleitamento materno, orientação alimentar e imunizações. Elas contribuem também para a promoção da qualidade de vida, tornando-se imprescindível o esforço conjunto da família, da equipe e das diversas organizações, governamentais ou não (LIMA, F, K. et, al. 2014).
  • 3. 16 1.1. Formulação do problema A puericultura constitui-se um dos pilares da saúde materno infantil, e há inúmeros recursos apoiados em evidências científicas que devem guiar o profissional quanto aos procedimentos mais efectivos na consulta clínica. A assistência em puericultura é de fundamental importância para que haja a prevenção de diversas doenças durante os primeiros anos de vida da criança. Iniciar as consultas cedo, de preferência no primeiro mês de vida são objectivos desejáveis na assistência à criança (SILVA, 2009). Considerando a magnitude do problema e o facto de que, tem aumentado os casos de não acompanhamento condigno por parte dos enfermeiros, em crianças na fase de desenvolvimento e, a pouca frequência as consultas de puericultura, após a vacinação as mães deixam de frequentar a secção da puericultura levou-nos a seguinte questão: Quais são as acções realizadas pelos profissionais de enfermagem durante as consultas de puericultura, no Centro de Saúde da Samba?
  • 4. 17 1.2. Justificativa Considerando que a puericultura é o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança, além de prevenir problemas de saúde, contribui para melhorar a percepção pela família da importância destes cuidados preventivos e permite intervenções precoces para corrigir desvio do crescimento e desenvolvimento destas. Neste contexto o estudo é de grande relevância pois possibilitara ao enfermeiro um melhor acompanhamento durante as consultas de puericultura, permitindo realizar os cuidados com maior autonomia e desenvolver acções de enfermagem direccionados a atenção integral da saúde da criança Acreditamos que o resultado da nossa investigação poderá contribuir para o melhoramento da assistência prestada nas Consultas de Puericultura realizadas pelos Profissionais de Enfermagem no Centro de Saúde da Samba.
  • 5. 18 1.3 OBJECTIVOS 1.4 Geral Avaliar as consultas de puericultura realizada pelos profissionais de enfermagem no Centro de Saúde da Samba Iº semestre 2017. 1.5 Específicos • Caracterizar os enfermeiros segundo os dados sociodemográficos: faixa etária, género, categoria profissional, tempo de serviço. • Observar como são realizadas as consultas de puericultura pelos profissionais de enfermagem.
  • 6. 19 II. FUNDAMENTACAO TEORICA 3.1 A Puericultura O termo “puericultura” etimologicamente quer dizer: puer = criança e cultur/cultura = criação, cuidados dispensados a alguém utilizado pela primeira vez por Ballexserd, ao publicar na Suíça, em 1762, seu livro Tratado de Puericultura, abordando questões gerais de higiene da criança (CRESPIN, 2007). Esta expressão ganhou força ao ser retomada pelo médico francês Caron, que, em 1865, publicou um manual intitulado “A puericultura ou a ciência de elevar higienicamente e fisiologicamente as criança”, constatou que grande parte das crianças internadas nos hospitais de Paris, na sua época, poderia ter doenças e consequentemente internacções evitadas, se as mães tivessem recebido orientações sobre como amamentar e cuidar correctamente de seus filhos., já evidenciava os dois plares magnos da puericultura: a prevenção e a educação em saúde. Essas duas linhas sempre estarão interligadas, daí a assertiva de que a puericultura é fundamentalmente Pediatria preventiva. (DECHERNEYE & NATHAN 2004). (BRANDU 2000). A puericultura dedica-se ao estudo do ser humano, acompanhando de forma integral o processo de desenvolvimento da criança, sendo denominada recentemente como pediatria preventiva, onde se inicia nas consultas de pré-natal, e se estende ao longo da infância, até o final da adolescência, ou seja, proporcionando uma assistência à criança de forma integral prevenindo agravos, e melhorando a concepção da família sobre a importância de cuidados preventivos (SUTO; LAURA; COSTA, 2014). A consulta de puericultura é desenvolvida tanto pelo médico quanto pelo enfermeiro, diante disto faz-se necessário à actuação de uma equipe multiprofissional de atenção à saúde da criança de forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação dessa atenção pela consulta de enfermagem, médica e grupos educativos (CAMPOS et al., 2011; VIEIRA et al., 2012). Fica claro, portanto, que a puericultura efectiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, vacinação,
  • 7. 20 orientações aos pais e/ou cuidadores sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno e orientação alimentarem no período do desmame, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efectiva e apropriada. Para isso, demanda a actuação de toda a equipe de saúde e multiprofissional que assiste a criança e sua família por meio da consulta de enfermagem, consulta médica, consulta odontológica, grupos educativos e visitas domiciliares, no contexto da Atenção Básica (LIMA, F, K. et, al. 2014). O crescimento representa um dos sinais mais importantes de saúde da criança, sendo considerado o pré-requisito para qualquer estratégia de promoção da saúde infantil, recomendado e reconhecido como uma importante acção de saúde. Com o intuito de garantir a extensão da cobertura do atendimento infantil na rede básica de saúde e assegurar simultaneamente o aumento da capacidade resolutiva desses serviços, desde 1984 o Ministério de Saúde prioriza cinco acções básicas de saúde, com eficácia comprovada para a redução da morbimortalidade infantil: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; promoção do aleitamento materno e orientação alimentar para o desmame; prevenção e controle das doenças diarreicas; prevenção e controle das infecções respiratórias agudas; e imunização (FUJIMORI, E. 2009) Portanto, a avaliação do crescimento físico normal é uma forma importante de conhecer e vigiar o estado geral da saúde de uma criança e o desenvolvimento socioeconómico e de saúde da comunidade onde ela vive. O crescimento e o desenvolvimento humano constituem-se em um modelo de interacção do ser humano e do ambiente, sendo o resultado final de um conjunto de factores que podem ser divididos em: intrínsecos, representados pelos factores genéticos e neuroendrócrinos; e extrínsecos, que são os factores ambientais, podendo ser subdivididos em pré-natais e pós- natais. Entre os factores extrínsecos essenciais para o crescimento encontram-se a ingestão de dieta balanceada, variada e fraccionada, a actividade física, alterações climáticas e ambientais de ordem física e toda a estimulação biopsicossocial, incluindo o afecto e o impacto da urbanização (LIMA, F, K. et, al. 2014).
  • 8. 21 Como consequência, as condições em que ocorre o crescimento, em cada momento da vida da criança, incluindo o período intra-uterino, determinam suas possibilidades de atingir ou não seu potencial máximo de crescimento, dotado por sua carga genética (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2014). Estudos mostram que deficits de crescimento linear que ocorram até os dois anos (principalmente no primeiro ano de vida) são passíveis de recuperação total, enquanto acima dessa idade a reversibilidade desse quadro se torna bem mais difícil (LIMA, F, K. et, al. 2014). Portanto, as actividades de recuperação nutricional devem priorizar crianças até dois anos de idade para permitir uma total recuperação e prevenção de problemas de saúde futuros. As causas que afectam o crescimento também pode influenciar o desenvolvimento infantil (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012).a essa grande vulnerabilidade biológica faz com que seja extremamente importante o acompanhamento sistemático do crescimento da criança até cinco anos de idade. A avaliação periódica da saúde da criança permite o acompanhamento do progresso individual, identificando aquelas de maior risco de morbimortalidade, sinalizando o alarme precoce para a desnutrição e a obesidade, causa básica da instalação ou do agravamento da maior parte dos problemas de saúde infantil. Esse monitoramento do crescimento também possibilita o incentivo ao aleitamento materno exclusivo, a orientação adequada da introdução da alimentação complementar, prevenindo problemas comuns durante o primeiro ano de vida (VIEIRA, L, C, V. et, al.; 2014). Cada atendimento realizado no serviço de saúde, independente da queixa ou doença que o motivou, deve ser tratado como uma oportunidade para uma acção resolutiva, de promoção da saúde, com forte carácter educativo. Portanto, a vigilância desse crescimento no primeiro ano de vida deve ser realizada mensalmente, uma vez que permite localizar o início de qualquer desvio de normalidade. Na impossibilidade de avaliações mensais, o Ministério da Saúde (MS) propõe o Calendário Mínimo de Consultas para a Assistência à Criança.
  • 9. 22 Na avaliação do crescimento infantil, devem-se considerar algumas medidas antropométricas e a evolução de certas estruturas físicas conhecidas como indicadores do crescimento, sendo os mais comuns o peso, a estatura, os perímetros cefálicos (PC), torácico e braquial, a erupção dentária, o fechamento das fontanelas e suturas e, eventualmente, a idade óssea da criança (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002) Para uma boa avaliação do crescimento, são necessárias pesagens periódicas. Em geral, o peso do nascimento duplica dos quatro aos cinco meses, triplica aos 12 meses, quadruplica aos 24 meses e quintuplica entre os quatro e cinco anos de idade. É importante salientar que a variação do peso em relação à idade é muito mais rápida do que a da estatura e reflecte, quase que imediatamente, qualquer deterioração ou melhora do estado de saúde, mesmo em processos agudos. Num prazo de poucos dias, podem ser observadas alterações importantes no peso, cuja medição é mais fácil e mais precisa que a estatura (UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNA-SUS, 2010) A fontanela anterior ou bregmática deve se fechar entre 9 e 18 meses. A fontanela posterior ou lambdoide costuma fechar entre um e dois meses de idade. O fechamento precoce da fontanela (craniossinostose) pode ocasionar comprometimento do crescimento cerebral (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002). A construção e a utilização de um padrão nacional para oacompanhamento do crescimento de crianças menores de cinco anos não se justifica em razão da pouca variação genética entre os diversos grupos éticos nessa faixa etária e da necessidade de comparações internacionais e de recursos humanos e financeiros que seriam despendidos para a construção de uma curva nacional que representasse a população Angolana em suas diversidades de raça e condições socioeconómicas (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012). Em relação ao “desenvolvimento infantil”, especialistas consideram este termo mais abrangente que o crescimento, pois, além de incluí-lo, refere-se às alterações da composição e do funcionamento das células, à dimensão dos membros, à maturação dos órgãos e à aquisição de novas funções (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012). O acompanhamento do desenvolvimento deve fazer parte da consulta geral da criança. Para isso, não é necessário criar espaços específicos, momentos fora da consulta ou instrumental
  • 10. 23 especializado, embora alguns pequenos brinquedos possam ser usados para desencadear alguma resposta reflexa ou marco do desenvolvimento (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010). Recomenda-se que a avaliação do desenvolvimento seja ampla, considerando-se fundamental a coleta de informações, durante a anamnese ou entrevista, das condições de vida, rotina diária, formas de relacionamento familiar e oportunidades de interacção com outras crianças, pois, para uma criança desenvolver uma determinada habilidade, ela deve vivenciar situações que favoreçam a aquisição dessa habilidade (FUJIMORI, E. 2009). A sequência do desenvolvimento pode ser identificada, em termos gerais, por meio dos marcos tradicionais do desenvolvimento, que constituem a base dos instrumentos de avaliação (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010). É fundamental escutar a queixa dos pais e/ou cuidadores e levar em consideração a história clínica e o exame físico da criança, no contexto de um programa contínuo de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Assim, será possível formar-se um quadro completo do crescimento e desenvolvimento infantil e da real necessidade de intervenção (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010). O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil deve estruturar a Atenção à Saúde da criança nos serviços básicos de saúde, de forma a representar o eixo central do atendimento (VIEIRA, L, C, V. Et, al. 2012) 3.2 Fases da infância A palavra infante vem do latim infans, que se refere à incapacidade de falar. É um período desde o nascimento até aproximadamente 02 a 03 anos de idade, quando a fala se aperfeiçoa e já se transforma em um instrumento de comunicação. Muitos eventos ocorrem pela primeira vez, sendo o primeiro sorriso, a primeira palavra, os primeiros passos e o primeiro alcançar de um objecto. A criança é um ser em constante transformação, cada dia aprende e desenvolve coisas diferentes, apresentam uma sequência previsível e regular de crescimento físico e de desenvolvimento neuro-psicomotor (BRASIL, 2002). A infância é uma das etapas mais importantes para a saúde da criança, desenvolve grande parte da potencialidade humana, começa a descobrir o mundo que a rodeia, adquire
  • 11. 24 experiências e habilidades cada vez mais complexas e elabora valores de referência, como dos pais, avós, pessoas que estão em sua convivência (REICHERT et al., 2012). Segundo Brasil (2002), a infância é dividida em período pré-natal que vai da concepção ao nascimento; período neonatal de 0 a 28 dias; primeira infância ou lactente de 29 dias a 2 anos; segunda infância ou pré- escolar de 2 a 6 anos e escolar de 6 a 10 anos. A infância é um período de relevantes modificações e de grandes vulnerabilidades, diante disso faz-se necessário um acompanhamento cauteloso, visando prevenir ou atenuar possíveis agravos à sua saúde, pois os distúrbios que aparecem nessa época, principalmente durante os primeiros anos de vida, são responsáveis por graves consequências ao decorrer da vida (REICHERT et al., 2012). 3.3 Crescimento e desenvolvimento infantil O crescimento é um dos factores mais importantes para a saúde da criança, do ponto de vista biológico refere-se à alteração da forma e do tamanho das células. Esse processo de crescimento é influenciado por factores extrínsecos, que são: ambientais, nutricionais, actividade física e sono. E factores intrínsecos: genéticos e neuroendócrinos (PICON, 2010). O desenvolvimento é uma fase que se refere à diferenciação qualitativa das células e da maturação funcional; é a capacidade que a criança tem de realizar funções cada vez mais complexas, medido por meio de provas funcionais (FIGUEIREDO; VIANA; MACHADO, 2010). Avalia-se o crescimento e desenvolvimento da criança desde o pré- natal. Durante o exame clínico da gestante, deve-se avaliar a altura do fundo uterino, observando se o crescimento fetal está adequado para a idade gestacional, assim realizando um acompanhamento sistemático do crescimento e ganho de peso, permitindo a identificação de crianças com risco de morbimortalidade através da sinalização precoce de desnutrição (BRASIL, 2012). O Ministério da Saúde (MS) lançou uma Caderneta de Saúde da Criança, onde existem métodos para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, onde se avalia peso, estatura, perímetro cefálico e Índice de Massa Corporal IMC, ajudando a identificar quando a criança apresenta alguma anormalidade ou está abaixo ou acima do peso. A caderneta utiliza parâmetros para a avaliação de acordo com a idade (BRASIL, 2012).
  • 12. 25 Segundo Martorell (2014) os cientistas estudam três amplos domínios, o desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial que acontecem em diferentes períodos. O desenvolvimento físico inclui o crescimento do corpo e do cérebro, as capacidades sensoriais, as habilidades motoras e a saúde. O desenvolvimento cognitivo envolve a atenção, a aprendizagem, a memória, a linguagem, o pensamento, o raciocínio e a criatividade. O desenvolvimento psicossocial envolve as emoções, a personalidade e os relacionamentos sociais. A criança deve passar por cada etapa segundo uma sequencia regular, ou seja, as etapas do desenvolvimento cognitivo são sequenciais, se a criança não estiver em um meio que possa interagir e não for estimulada no seu devido tempo não conseguirá superar o atraso no seu desenvolvimento (BRASIL, 2012). Segundo Brasil (2002) o desenvolvimento motor da criança é seguido por etapas, segundo sua faixa etária: recém- nascido: obtém os reflexos subcorticais, no 1° mês; segue a luz, com 2 meses; sorri, balbucia, com 3 meses; sustenta a cabeça, com 4 meses; segura objetos, com 5 meses; gira sobre o abdômen, com 6 meses; mantem-se sentado, com 7 meses; preensão palmar, com 8 meses; pinça digital, com 9 meses; põe-se sentado, com 10 meses; engatinha, com 11 meses; de pé, dá passos com apoio, caminha só com 12 meses. A observação do desenvolvimento deve ser feita durante a consulta da criança desde a entrada da mãe no consultório. 3.4. A Puericultura se baseia na consulta médica Segundo o Ministério da saúde, as consultas médicas pediátricas tem a peculiaridade de se constituir, no mínimo, numa tríade pediatra-criança-mãe ou substituta (família). A consulta pediátrica representa um ato de confiança na qual o pediatra deve estabelecer com a criança/família um vínculo especial que é a empatia. Empatia significa sintonia. Significa “sentir o que o outro está sentindo” e até “se sentir no lugar do outro”. A empatia começa com um acolhimento personalizado que implica em respeito e valorização do paciente/família (NETO, X, G, R, F. et, al. 2010). O médico deve saber escutar o paciente. Executar não é só o ato mecânico (acústico) de ouvir. Escutar é compreender o que o outro está falando, é a valorização do discurso do paciente e se
  • 13. 26 completa pela manutenção de um diálogo (no sentido real do termo). Isso permite compreender a dinâmica da mãe em relação à doença e fazer a leitura de suas necessidades, inseguranças, medos, fantasias de culpa e expectativas além de detectar situações stressantes pelas quais a família pode estar passando (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002). Cabe ao puericultor actuar na prevenção, isto é, ele age mais para evitar, afastar ou controlar os fatores de risco do que propriamente nas doenças. A meta é fazer o diagnóstico e listar os problemas detectados, em relação à alimentação, estado nutricional (desnutrição, anemia, obesidade), imunização, crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor e pubertário e comportamento. Para isso o puericultor conta com os dados de anamnese e exame físico. A anamnese exige técnicas de comunicação de acordo com o nível da família com a agravante de que geralmente se faz por intermédio de um familiar (mãe) que se identifica com a criança, sofrendo mesmo uma certa regressão para ficar ao nível da mesma, além da ansiedade que toda ocasião de doença acarreta (VIEIRA, L, C, V. et, al. 2012). Segundo o Ministério da saúde, cabe ao médico dirigir o diálogo para obter, em tempo curto, dados objectivos. Impressos padronizados e prontuários informatizados são inegavelmente úteis mas não substituem uma entrevista sobre as condições de vida da criança e as condições familiares e ambientais, incluindo: 1. Condições económicas e sociais da família (risco social). 2. Condições de moradia (salubridade) e da creche/escola. 3. Alimentação (detalhada) habitual, ênfase no aleitamento materno. 4. Funcionamento intestinal. 5.Habilidades de acordo com a etapa do desenvolvimento. 6. Temperamento e personalidade, comportamento. 7. Linguagem. 8. Acuidade visual.
  • 14. 27 9. Sono. 10. Disciplina (erros educativos). 11. Actividades lúdicas e sociais (brincadeiras) 12.Vacinação. 1 3. Encaminhar, se for o caso, para assistência social/serviço de psicologia familiar. 14. Promover correcção ou melhoria, dentro das possibilidades, das condições da moradia (particularmente do quarto em que a criança dorme) e da creche. 15. Instituir alimentação adequada à etapa de crescimento da criança e às condições da família: ênfase no aleitamento materno; fórmulas lácteas adequadas; passagem gradual para a alimentação da família; a partir dos 5 anos – dieta prudente (prevenção das doenças cardiovasculares e da obesidade do adulto). Aproveitar a oportunidade para influir e corrigir a alimentação da família.16. Corrigir, através da dieta, o funcionamento intestinal (atenção para constipação). 17. Estimular actividade física (inclusive para as mãe). 18. Conscientizar da importância da vacinação (correcção das falhas). 19. Advertir quanto à prevenção de acidentes. 20. Orientar quanto as peculiaridades das diferentes fases do desenvolvimento afectivo, social e cognitivo. 21. Orientar quanto à disciplina e ao estabelecimento de limites. 22. Agendar consultas de puericultura (seguimento) com a seguinte programação mínima: 1ª consulta precoce – 3 a 7 dias após a alta da maternidade (para solucionar problemas da amamentação e para detectar icterícia neonatal com os retornos indicados; nova consulta no final do 1º mês e, daí em diante: mensalmente no 1º semestre, consultas aos 2 4. 6,9 meses, consultas trimestrais no 2º ano, semestrais no pré-escolar e anuais, no escolar. Se em qualquer
  • 15. 28 ocasião forem detectados problemas ou desvios da normalidade, consultas extras devem ser marcada mensalmente ou quantas vezes forem necessárias. 23. Esclarecer a família quanto aos meios disponíveis (telefone, fax, e-mail) para esclarecer dúvidas bem como proceder em situações 3.5. A prescrição deve incluir alimentação, vacinação e orientação. Toda consulta pediátrica, independente da queixa, deve incluir a Puericultura. A seguir, alguns lembretes para o pediatra geral em consultas em idades-chaves do desenvolvimento (KOBINGER, et al. 2010). 1. 1º Mês (0-30 dias) 1ª Consulta – 3 a 7 dias depois da alta da maternidade. Detectar crianças com risco físico/famílias em risco social. (Encaminhamento por assistência social, psicóloga; atendimento individualizado). Avaliar icterícia, controlar o peso, revisar a técnica da amamentação (assistir a uma mamada) verificando se a mamada é eficiente. Estabelecer empatia (sintonia com as dificuldades da mãe), proporcionar apoio, e estímulo, garantir disponibilidade para resolver as dúvidas e os problemas, atrair marido e familiares para uma base de sustentação à amamentação. Se as condições da amamentação persistirem instáveis, marcar retornos a intervalos curtos para estímulo, correcção das falhas e controle ponderável. Advertir contra o uso de chupeta pelo menos nas 3 primeiras semanas e para a desnecessidade e desvantagens do uso de chá ou água nos intervalos das mamadas. (abeneventos.com.br) Acesso: 07/10/2015. Colocar a criança no berço em decúbito dorsal (não de bruços) ou de lado.
  • 16. 29 Estímulos visuais e auditivos. Prevenir a família que as cólicas vespertinas começam a partir de 3 semanas de vida. 2. Crescimento 1º Ano Acompanhar com as curvas de crescimento; completar a avaliação nutricional, observando vivacidade e humor, tônusmuscular e turgor do subcutâneo. 3. Desenvolvimento – Perguntas para rápida avaliação 1 Mês – Quando de bruços é capaz de erguer a cabeça? Fixa o rosto da mãe, quando ela lhe fala? 2 Meses – Sorriso social? 3 Meses – Acompanha com o olhar, um objecto em movimento? Mantém as mãos abertas a maior parte do tempo? 4 Meses – Segura um chocalho? Ri alto? Senta quando apoiada nas costas? 5 Meses – É capaz de se virar? (cuidado!). Alcança e segura objectos? 6 Meses – Senta com apoio e os braços esticados para a frente e para baixo? 7 Meses – Senta sem apoio? Transfere objectos de uma mão para outra? Balbucia? 8 Meses – Estranha pessoas? Participa do jogo (“esconde-achou”?) 9 Meses – (avaliar com atenção o desenvolvimento atingido até esta fase) – Mantém-se de pé apoiado nos móveis? Engatinha? (não obrigatório). Pega em pinça polegar-indicador? (cuidado com objectos pequenos). Fala ma-ma, da-da? Ansiedade de separação dos pais?
  • 17. 30 Recupera um objecto escondido por um lenço? 11 Meses – Anda apoiado pelas duas mãos ou apoiado nos móveis? 12 Meses – Anda segura por uma das mãos? Localiza sons produzidos abaixo e acima da cabeça? Obedece comando dado junto com um gesto (“me dá”)? Olha para um objecto que cai ou foi escondido? Observação – nas crianças que tem desenvolvimento em “câmara lenta” é importante que esse desenvolvimento seja progressivo, na sequência certa e que cada etapa atingida seja de boa qualidade. (abeneventos.com.br Acesso: 07/10/2015) 3.6. Sinais de alerta no fim do 1º trimestre • Ausência de sorriso social • Olhar vago, pouco interessado • O menor ruído provoca grande sobressalto • Nenhuma reacção a ruídos fortes (surdez) • Mãos persistentemente fechadas 3.7. Sinais de alarme no fim do 2º trimestre • Não vira a cabeça para localizar sons (4 meses) • Hipertonia (rigidez) dos membros inferiores • Hipotonia do eixo do corpo: controle deficiente da cabeça • Criança exageradamente lenta e sem interesse • Movimentos bruscos do tipo “descarga motora” • Não dá risada • Falta de reacção aos sons (surdez?)
  • 18. 31 3.8. Sinais de alarme aos 9 meses. Obrigatório tomar providência • Não senta sem apoio (hipotonia do tronco) • Pernas duras, “em tesoura” (espasticidade) • Pernas moles em “posição de rã” (hipotonia) • Mãos persistentemente fechadas • Não tem preensão em pinça • Incapacidade de localizar um som (surdez?) • Ausência de balbucio (distúrbio articulatório?) • Sorriso social pobre • Não tem interesse no jogo “esconde-achou” 3.9. Sinais de alarme no 1º aniversário • Ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com apoio não procura ajudar com as mãos) • Criança parada ou mumificada • Movimentos anormais • Psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre • Não fala sílabas; cessação do balbucio (surdez?) http://www.abeneventos.com.. Acesso: 07/010/2015. 3.10. Alimentação Leite materno exclusivo até os 6 meses de idade Não há necessidade de suplemento vitamínico ou de ferro. Recomendar banhos de sol pela manhã e passeios ao ar livre.
  • 19. 32 Aos 4 meses, se a mãe volta ao trabalho, recomendar leite materno ordenhado; eventualmente antecipar a alimentação do 2º semestre. Na falta irreversível do leite materno, recomendar “fórmulas” adaptadas para o 1º ou 2º semestre (segundo as recomendações do Codex alimentar). Aos 6 meses iniciar: papa de carne, legumes, verduras, cereais e leguminosas com óleo/azeite em consistência pastosa; papa e suco de frutas. Aos 7-8 meses: 2 papas (almoço e jantar). Aproveitar os alimentos mais facilmente disponíveis. Aos 10 meses: papa amassada com o garfo; estimular uso de copo e a mastigação. Com 1 ano: “comidinha” da mesa do adulto, em pedaços pequenos, incluindo arroz, feijão, carne ou frango ou peixe, ovo, legumes, verduras, frutas, óleo, azeite, leite com ferro. Orientar quanto ao preparo de alimentos de bom valor nutricional e de baixo custo (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002). 3.11. Vacinação De acordo com o calendário (orientação) do Ministério da saúde de 2002.  Algumas orientações as mães 1. Estímulos auditivos e visuais; conversar. 2. Banho de sol e passeios ao ar livre. 3. Transporte no carro em assento tipo conchinha com acessório que firma o pescoço (com selo de certificação; leia as instruções). 4. Nunca fumar perto da criança, no quarto, no carro. 5. A partir dos 6 meses é útil o “quadrado” (chiqueirinho”) ao nível do chão. 6. Ao atravessar a rua puxe o carrinho pela frente. 7. Aos 6 meses – retirar a criança do quarto dos pais.
  • 20. 33 8. Aos 9 meses: liberdade para engatinhar (prevenção de acidentes). 9. Cuidado com objectos pequenos que podem ser colocados na boca e aspirados. 10. Desencorajar nadador. 11. Calçado tipo ténis, flexível. 2º Ano  Crescimento – a velocidade do crescimento diminui Desenvolvimento 15 Meses: É capaz de andar sozinha? Consegue comunicar seus desejos apontando e emitindo sons? É capaz de construir uma torre de 3 blocos? Fala 3 palavras? 24 Meses – É capaz de correr? Consegue subir e descer escadas segurando-se no corrimão? É capaz de se expressar com frase de 2 palavras?  Vacinação – de acordo com o calendário recomendado pela SPV Algumas orientações as mães 1. Estimular o uso do copo e reduzir mamadeira. 2. Deixar a criança comer com as próprias mãos e exercitar o uso da colher. 3. Estimular o desenvolvimento da linguagem (conversar, ler). 4. Brincar ao ar livre. 5. Pés aparentemente chatos, membros inferiores em arco, com joelhos afastados. 6. Considerar a birra como normal mas ignorar os comportamentos inadequados. 7. As mãe devem observar se as crianças enxergam bem com os 2 olhos em separado (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).
  • 21. 34  Idade Pré-Escolar (3-5 anos) Crescimento: fase de crescimento lento com estirão (estatura predominando sobre o peso): criança “espigada”. Desenvolvimento 30 Meses: consegue pular erguendo os 2 pés do chão? Quando solicitada é capaz de apontar partes de seu corpo? 3 Anos: É capaz de pedalar? Sabe seu primeiro nome? Linguagem inteligível? Controla evacuação? Controla micção diurna? 4 Anos: Consegue manter-se sobre um pé só? Sabe seu nome inteiro? Controla micção noturna? 5 Anos: É capaz de executar 3 ordens? Desenha um homem com cabeça, corpo, braços e pernas? Consegue saltar? Controla micção noturna? Alerta a distúrbios sérios do comportamento/humor que podem sugerir maus tratos. Nos casos suspeitos, notificar e buscar orientação junto ao Conselho Tutelar da localidade e ao Juizado da Infância e da Juventude (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002).  Algumas orientações as mães 1. Estimular a independência, economizar as “não pode” estabelecer limites definidos. Brincar com outras crianças. 2. Retirada da chupeta. 3. Visita ao dentista. 4. Parque infantil, escolinha, centro de educação infantil. 5. Televisão limitada, compatível com a idade.
  • 22. 35 6. Prevenção de acidentes. Ensinar a nadar mas manter a supervisão. 7. Explicar as mãe que nesta fase a criança tem frequentes infecções respiratórias virais e que elas devem ser acompanhadas pelo pediatra. Capacete para andar de bicicleta. No carro: cadeirinha instalada de frente para o painel e presa ao banco, usar travas bloqueando a abertura interna das portas traseiras e manter os vidros quase totalmente levantados. Aos 3 anos encaminhar ao oculista quando a criança parece não enxergar bem (franze os olhos para enxergar), os prematuros e quando os familiares usam óculos de grau médio ou forte. Convém testar a acuidade visual com os “Cartões de Teller” com listas zebradas (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002). Aos 4 anos: Teste com o Quadro dos E.  Crescimento: peso e estatura proporcionais (“criança robusta). Estatura = (n-3) x 6 + 95 (ou 97). Início de repleção pré-puberal aos 8-9 anos. Desenvolvimento – avaliar o aproveitamento escolar.  Algumas orientações as mães 1. Teste de acuidade visual (Quadro dos E) 2. Dieta prudente para evitar obesidade e ateroesclerose: carne magra, frango sem a pele, peixe, cereal (arroz integral), leguminosa (feijão), legumes, verduras, frutas; leite semidesnatado, iogurte, queijo magro; evitar doces, salgadinhos, refrigerantes. 3. Estimular actividade física regular. 4. Estimular a ler livro 3.12. Algumas considerações sobre as vacinas complementares
  • 23. 36 1. BCG – se no foi dado na maternidade, aplicar com 1 ou 2 meses de idade. 2. Hepatite B – em caso de mãe comprovadamente negativa para vírus da HB, pode ser aplicada aos 2 meses junto com as outras. 3. Tríplice acelular – tão eficaz quanto a clássica, mas com reacção sintomática muito menor. 4. Pólio injectável (tipo Salk) – evita o pequeníssimo risco de paralisia infantil associada à vacina oral. Depois de pelo menos 2 doses, a vacina oral pode ser ministrada sem risco. 5. Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) aplicada com 1 ano; convém reforço aos 6 anos (ou aos 12 anos). 6. Varicela – com 1 ano. 7. Pneumococos conjugados heptavalente – aos 2, 4 e 6 meses. Se for iniciada já no 2º semestre de vida: 2 doses com intervalo de 2 meses; reforço aos 15 meses. Se for iniciada no 2º ano de vida: 2 doses com intervalo de 2 meses. 8. Meningococos conjugada tipo C – aos 3, 5 e 7 meses; a partir do 1 ano de idade: dose única (convém indicar até os 5 anos). 9. Hepatite A – 2 doses com intervalo de 6 meses, a partir de 1 ano de idade. 10. Gripe (Influenza) – indicada dos 6 meses a 2 anos, especialmente em crianças que frequentam creche, escolinha; a partir dos 2 anos em crianças com problemas respiratórios crônicos. 11. Febre-amarela – em regiões de risco epidemiológico ou viagem para essas regiões. 3.13. Regras e Disciplina 1. As regras são importantes para a criança criar um padrão de conduta apropriada. 2. Devem ser: a). Em número reduzido.
  • 24. 37 b). Só para assuntos importantes. c). Justas (coerência). d). Devem estar de acordo com o nível de compreensão da criança. e) A criança não aprende logo na 1ª vez (nem mesmo nas primeiras vezes). f) . As mae devem agir sempre igual (consistência e persistência). g). Admite-se o relaxamento de regras em ocasiões especiais. h). Estar aberto a discutir as regras, mas a decisão final deve ser dos pais. i) A melhor forma de diminuir a frequência de comportamentos inadequados é ignorá-los, até o limite estabelecido. j) O comportamento adequado da criança deve ser reforçado por elogios e recompensas (MINISTÉRIO DA SAÚDE; 2002) 3.14. Assistência de enfermagem em puericultura A consulta de enfermagem constitui uma actividade regulamentada na lei n° 7498/86 e no decreto 94.406/87 que regulamenta e determina a acção privativa do enfermeiro, na participação no planeamento, execução e avaliação da programação de saúde dos planos assistenciais (BRASIL, 1986). A consulta de enfermagem à criança tem como objectivo prestar assistência sistematizada de enfermagem, de forma global e individualizada, identificando problemas de saúde-doença, executando e avaliando cuidados que contribuam para a promoção, protecção, recuperação e reabilitação de sua saúde. Sua realização envolve uma sequência sistematizada de acções: histórico de enfermagem e exame físico, diagnóstico de enfermagem, plano terapêutico ou prescrição de enfermagem, e avaliação da consulta (CAMPOS et al., 2011, p.567). É por meio da consulta de enfermagem, que o enfermeiro tem condições de detectar precocemente as mais diversas alterações do crescimento, nutrição e do desenvolvimento neuro-psicomotor da criança (OLIVEIRA et al., 2013).
  • 25. 38 Na consulta a criança deve ser acompanhada e avaliada; serão fornecidas orientações à mãe ou a outros familiares, de acordo com os seguimentos prioritários de atenção, avaliando crescimento físico, nutricional; desenvolvimento motor, social e afectivo; orientando quanto à imunização; higiene pessoal, domiciliar, ambiental e mental; orientações sobre segurança e protecção contra acidentes; identificando agravos e situação de risco; encaminhando para outros sectores ou unidades (MOITA; QUEIROZ, 2005). Durante a consulta, os enfermeiros devem realizar anamnese e exame clínico, preencher gráfico de peso, estatura e perímetro cefálico no cartão da criança e no prontuário, orientar quanto à importância do aleitamento materno exclusivo, avaliar presença de factores de risco, avaliar o crescimento e desenvolvimento nutricional, orientar sobre as doenças e intercorrências, alimentação e higiene (COLOMBO, 2012). A consulta de enfermagem também deve ser vista como uma estratégia de promoção de saúde por meio de acções educativas, que avaliem e promovam competências para atender também a outras necessidades das crianças, tais como, comunicação, sono, afecto, amor, solicitude e segurança. Sendo de grande importância que ofereçam orientação eficaz para as mães no que diz a respeito ao cuidado com seus filhos (BARATIERI; MANDU; MARCOM, 2014). A assistência de enfermagem associada à visita domiciliar, é uma forma oportuna para intervenções educativas e/ou assistenciais, permitindo que o profissional conheça a necessidade de cada individuo, fortalecendo um vinculo com os familiares, fazendo busca ativa dos faltosos e contribuindo para uma boa intervenção (SILVA; ROCHA; SILVA, 2009). Campos et al., (2011) reforçam que o enfermeiro deve priorizar o meio social em que a criança convive e orientar a família sobre a resolução dos problemas encontrados. 3.15. Dificuldades encontradas frente à assistência em puericultura Vários factores dificultam uma assistência adequada à criança. Em estudo realizado por Souza et al., (2013) foram encontradas dificuldades em relação a forte influência da cultura, dos mitos e crenças familiares que, muitas vezes, impedem a adesão às orientações do profissional de saúde.
  • 26. 39 Já Ferreira et al., (2015) revelaram um estudo onde, durante a consulta de puericultura, foram encontradas dificuldades enfrentadas pelas mães em relação ao desmame precoce, pois ocorre pela falta de conhecimento sobre a importância do aleitamento materno exclusivo e a não adesão a essa pratica que pode estar relacionado à influência cultural que dificulta esse processo. Também são encontradas dificuldades em relação à falta de um local adequado ou um consultório para realizar as consultas, falta de materiais, uma vez que os materiais como maca infantil, otoscópio e balança são insuficientes e não ficam exclusivos para o consultório de enfermagem, para utiliza-los o enfermeiro precisa realizar a consulta na sala do médico ou na de pré-consulta. O enfermeiro interage com uma sobrecarga das atividades, e assim não tem tempo de fazer o agendamento de rotina para a consulta de puericultura de todas as crianças de sua área. Além disso, muitos enfermeiros não tiveram experiência anterior, como ter trabalhado em PSF, com crianças ou de não têm capacitação adequada (CAMPOS et al., 2011). Outra situação é a falta de protocolo referente à consulta de puericultura que não existe na maioria dos municípios, dificultando a padronização de condutas entre as UBS, como o intervalo de consultas de crianças sadias, crianças de risco e a forma de localizar essa criança para a consulta, como também a falta de comunicação entre os profissionais de saúde no cuidado à criança (VIEIRA et al., 2012). Estudos demonstram que as mães não acham necessário levar seus filhos às consultas de puericultura para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, como também a dificuldade de agendamento pelo horário matinal e a distância entre a residência a unidade (VILOTO; GAMA; CAMPAGNOLO, 2017
  • 27. 40 IV. METODOLOGIA 4.1. Tipo de Estudo Foi realizado um estudo observacional descritivo transversal com abordagem quantitativa. 4.2. Local do Estudo O estudo foi realizado no Centro de Saúde da Samba, nas secções de puericultura, Pav e Triangem. A institucional vocacionada a prestação de cuidados de saúde do nível primário tipo 1 com referência na cidade de Luanda no destrito urbano de samba. 4.3. População e Amostra A população foi constituída por todos profissionais de enfermagem que funcionam nas secções de Puericultura, Pav e Triagem. De referir que a amostra e igual a população. 4.4. Critério de Inclusão e Exclusão Foram incluídos todos os profissionais de enfermagem que realizaram consultas e palestras nas secções de puericultura, Pav e Triagem e excluídos todos os profissionais de enfermagem destas secções que não realizam consultas e palestras. 4.5. Procedimentos éticos O trabalho foi submetido à aprovação do Conselho Científico do ISCISA, posteriormente enviado um ofício autorização a Unidade Sanitária para autorização da recolha de dados. Aos Profissionais de enfermagem foi-lhes entregue o consentimento informando afim de fazer parte do estudo no Centro de saúde da Samba no 1º Semestre de 2018. 4.6. Variáveis  Faixa etária  Género  Categoria Profissional  Tempo de serviço·  Formação Continua
  • 28. 41  Cumprimento dos Protocolos  Procedimentos realizados antes, durante e após a consulta 4.7. Métodos de recolha de dados Os dados foram colhidos com auxílio de um formulário previamente elaborado pela pesquisadora com perguntas abertas e fechadas contendo as variáveis de estudo. 4.8. Processamento e Análise dos dados Os dados foram processados no programa, Microsoft Office Word, Microsoft Excel analisados através de estatística descritiva, com auxílio de uma calculadora.
  • 29. 42 V. Apresentação E Discussão dos Resultados Tabela 1 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS, segundo a faixa etária, Iº semestre 2017. Faixa Etária F % 20 – 25 1 6.7 26 – 31 3 20 32 – 37 4 27 38 ≤ 7 47 Total 15 100 A tabela 1 mostra que, dos 15 profissionais de enfermagem entrevistados, a faixa etária mais predominante foi dos 38 ≤ anos (47%), e com menor predominância dos 20 – 25 anos (6.7%). O estudo feito por Kurcgant et al (1991) refere que, quanto maior a idade do profissional, maior será a responsabilidade e a entrega pelo trabalho que presta em prol da sociedade. Os resultados encontrados nesta pesquisa, assemelham-se com os encontrados por Gaiton (2008) numa pesquisa realizado no Brasil a onde foi possível encontrar a predominância dosprofissionais de enfermagem nessa faixa etária.
  • 30. 43 Tabela 2 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no C S S segundo o género, Iº semestre 2017. Género F % Feminino 13 86.6 Masculino 2 13.3 Total 15 100 A tabela 2 mostra que, o sexo feminino foi o mais predominante com 86.6% e o sexo masculino com 13.3%. O estudo realizado por Pires e Vasconcelos (2011) apresentava uma grande maioria dos profissionais de enfermagem, representada pelo género feminino com 95% , e apenas 5% da amostra estudada representa o género masculino. Padilha e Mancia (2005 apud PIRES e VASCONCELOS 2011) referem que, uma forma de explicar o porque da grande maioria dos enfermeiros serem do sexo feminino está relacionada a fundadora ou iniciadora da profissão Florence Nithingale e sem contar que o cuidado antigamente era tarefa das mulheres-irmãs, mães, tias e avôs, dessa forma a perspectiva de trabalhar na área ainda foca muito a mulher. De acordo com os dados obtidos, houve um predomínio do total de participantes no estudo 86,6% eram do sexo feminino o que vai de acordo com a literatura.
  • 31. 44 Tabela 3 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura, no C S S, segundo a Categoria profissional Iº semestre 2017. Categoria profissional F % Auxiliar 4 26.6 Técnico Médio 7 46.6 Enfermeiro 4 26.6 Total 15 100 A tabela 2 mostra que, dos 15 profissionais de enfermagem entrevistados, 7 (46.6%) são técnicos médios e, 4 (26.6% ) são Enfermeiros e auxiliar, respectivamente. Vale-nos recordar que a formação de técnicos de enfermagem é antiga em Angola isso em comparação com o ensino superior, este último apenas passou a existir desde 2002 formando assim enfermeiros de nível superior.
  • 32. 45 Tabela 4 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS, segundo ao tempo de serviço, na área de puericultura Iº semestre 2017. Tempo de Serviço F % 1 – 5 3 20 6 – 10 5 33.3 11 ≤ 7 46.6 Total 15 100 A tabela 4, mostra que do total dos entrevistados, a 7 (46,6% ) tinham 11 anos de serviço na área de puericultura e, 3 (20% ) tinham 1- 5 anos . O estudo feito por Figueiredo (2003) refere que quanto maior o tempo de exercício profissional numa determinada unidade, maior será a experiência. Deste princípio verifica-se que a medida que aumenta os anos de serviço aumentam consigo o conhecimento da unidade, o fluxograma de atendimento, o conhecimento das pessoas, dos equipamentos. Porém alguns problemas reais vividos pelo profissional de enfermagem podem ser solucionados frutos da capacidade que o mesmo adquiriu com experiência de trabalho, e das soluções procuradas e achadas para vencer os problemas da unidade a qual presta serviços.
  • 33. 46 Tabela 5: Distribuição de profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS, segundo a formação continua, no 1 semestre de 2017 Formação continua F % Sim 15 100 Não 0 0 Total 15 100 A tabela 5 mostra que dos 15 profissionais de enfermagem tem a formação continuam das consultas, periódicas os profissionais afirmam que corresponde 100%. O estudo feito por Borges-Andrade (2011) afirma que, quanto maior o grau de instrução maior a apreensão e desempenho da informação percebida. É essencial que os profissionais de saúde, aumentam os seus conhecimentos e, complementem a sua formação académica, aumentando seus horizontes e crescimento profissional, gerando consigo uma maior satisfação pessoal e qualidade na assistência prestada aos utentes. É com a formação continua que o profissional atinge novos graus e adquire novas responsabilidade nas diferentes áreas de actuação, além de que a medida que se aumenta o grau académico o profissional de saúde ganha uma consciência crítica e de mudanças.
  • 34. 47 Tabela 6 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS; segundo o cumprimento das orientações do protocolo sobre consultas de puericultura Iº semestre 2017. A tabela 6 mostra que, 10 (66.6%) Profissionais de enfermeiros que correspondem 66.6% afirmam que tem realizado a formação continua com 5 ; profissionais enfermeiros que correspondem 33.3% dizem que não têm dados palestras nem aconselhamento. E no estudo realizado por Carvalhal et al., (2013) a maioria dos enfermeiros realizaram orientações sobre alimentação, estado nutricional, amamentação e desmame precoce. Fica claro que a inportancia da sistematizaçao das Consultas importantes dos protocolos ou ma nuais de serviços contribua para a melhoria ao acompanhamento do dessenvolvimento da criançae da qualidade da assistençia. Cumprimento das orientações do protocolo sobre consultas de puericultura F % Sim 15 66.6 Total 15 100
  • 35. 48 Tabela 7 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados antes das consultas de puericultura Iº semestre 2017 A tabela 7 mostra que dos 15 profissionais de enfermagem tem realizados antes da consulta de puericultura, o desmame precoce que corresponde 100%. Vários factores dificultam uma assistência adequada à criança. Em estudo realizado por Souza et al., (2013) sobre puericultura foram encontradas dificuldades em relação a forte influência da cultura, dos mitos e crenças familiares que, muitas vezes, impedem a adesão às orientações do profissional de saúde. (Ferreira et al., 2015) revelaram um estudo realizado no Hospital pediátrico da bahia onde, durante a consulta de puericultura, foram encontradas dificuldades enfrentadas pelas mães em relação ao desmame precoce, pois ocorre pela falta de conhecimento sobre a importância do aleitamento materno exclusivo e a não adesão a essa pratica que pode estar relacionado à influência cultural que dificulta esse processo. Procedimentos realizados antes das consultas de puericultura F %  Palestras sobre Aleitamento materno, Desmame precoce 15 100 Alimentaçao complementar  Triagem Total 15 100
  • 36. 49 Tabela 8 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados durante as consultas de puericultura Iº semestre 2017. Os procedimentos realizados durante as consultas de puericultura F % Medição dos perimetros (cefálico, Toraxico, Braquial ) 1 6.6 Peso/Idade Peso/Altura Inspecção da erupção dentaria, Mobilidade da criança 7 46.6 Preenchimento do cartão de saúde infantil Aconselhamento 6 1 40.2 6.6 Total 15 100 A tabela 8 mostra que, 7 (46.6%) Profissionais de enfermeiros afirmam que tem realizado; a inspecção da ruptura dentária. Segundo (OMS, 2000) O peso dos recém-nascidos de termo é muito variável, pois situa-se entre os 2,5 e os 4 kg, embora seja, em média, de 3,5 kg para os bebés do sexo masculino e de 3,25 kg para os do sexo feminino. Embora se verifique, nos primeiros dias de vida, uma certa descida do peso, que pode alcançar até cerca de 10% do total, a perda é rapidamente recuperada, no máximo, até ao décimo dia, assistindo-se de seguida a uma contínua subida de peso. Todavia, o ritmo do aumento de peso, ao longo do primeiro ano de vida, não é homogéneo, sendo em média de 30 g por dia ao longo dos três primeiros meses, de cerca de 20 g diários no segundo trimestre, de cerca de 15 g por dia no terceiro e 10 g diários no quarto..
  • 37. 50 Tabela 9 Distribuição dos profissionais de enfermagem que realizam consultas de puericultura no CSS; segundo os procedimentos realizados após as consultas de puericultura Iº semestre 2017 A tabela 9 mostra que, 15 (100%) Profissionais de enfermeiros que têm feito procedimentos durante as consultas, recebem recomendações e conselhos de cuidados a ter com a criança. (MOITA; QUEIROZ, 2005). Na consulta a criança deve ser acompanhada e avaliada; serão fornecidas orientações à mãe ou a outros familiares, de acordo com os seguimentos prioritários de atenção, avaliando crescimento físico, nutricional; desenvolvimento motor, social e afectivo; orientando quanto à imunização; higiene pessoal, domiciliar, ambiental e mental; orientações sobre segurança e protecção contra acidentes; identificando agravos e situação de risco; encaminhando para outros sectores ou unidades. Procedimentos realizados após as consultas de puericultura F % Recomendações e conselhos de cuidados a ter com a criança. 15 100 Total 15 100
  • 38. 51 VI. CONCLUSÕES Ao final da realização dessa pesquisa identificou-se que as acções de enfermagem preventivas frente à consulta de puericultura, é prestar assistência de forma global e individualizada sabendo a necessidade de cada criança, identificando e prevenindo agravos, orientar quanto à imunização e sua importância, realizar o anamnese e exame físico e fazer anotações no prontuário e caderneta da criança, orientar sobre doenças e intercorrências, bem como violência doméstica, orientar quanto ao aleitamento materno exclusivo e alimentação saudável, quanto à segurança e protecção contra acidentes e esclarecer duvida da mãe e familiares, realizarpromoção e prevenção de agravos, prevenir doenças que podem ser evitáveis, a fim de garantir direito à vida da criança. Desta forma concluímos que, quanto a faixa eteria a mais predominante foi dos 38≥ anos 47℅e com menor predominacia dos 20-25 anos 6.75 dos profissionais que actuam na quele Centro de Saude, O genero feminino foi o mais predominante com 86.6℅ e o gener masculino comn 13,3℅ De acordo com as categorias profissionais 15 7,45.6℅ sao tecnicos mediose 4.26℅ sao enfermeiros e auxiliares de enfermagem respetivamente Quanto ao tempo de serviço 7.46.6℅ tinham 11 ≥ anos de serviço e 3 (20℅) de 1-4 anos. Sobre a formaçao continua a totalidade dos profissionais de Enfermqagem beneficiaram de formação na área de Puericultura. Com relaçao ao cumprimento do protocolo sobre a orientaçao a mae com relaçao o aleitamento exclusivo,e alimentaçao saudavel apois os seis (6)mess e seguindo por todos profissionais de enfermangem. No que conserna aos procedimentos realizado a antes, durante e após consultas de puericultura os profissionais de Enfermagem realizam na integra.
  • 39. 52 VII. RECOMENDAÇÕES: Tendo em conta todo o trabalho que ao longo do tempo pesquisamos, e ainda com os conhecimentos que adquirimos podes recomendar o seguinte:  Sempre que houver oportunidades devemos abordar (de forma a melhor informar) sobre a problemática das consultas de Puericultura para a sociedade em que estamos inseridos. (Creches; família; amigos; colegas…) dando educação para a saúde.  Promover feiras de saúde com aconselhamento das mães aferição dos sinais vitais e nível de açúcar no sangue e avaliação do desenvolvimento.  Para os Pediatras do centro de saúde da samba mais divulgação sobre a problemática e cuidados a ter com nossas crianças por forma a evitar o surgimento da doença ou o seu agravamento.  Incentivar as consultas periódicas por parte dos encarregados de educação em todas as idades na nossa sociedade.  Elucidar a população sobre a importância de não faltar em uma consulta com os filhos para que se tenha uma sociedade saudavel.  E importante que a Direcçaodo Css atualizem os protocolos de serviços voltando a saude da criança que levem enconta as caracteristicas regonais para que seja realizada assistencia sistematizada garantindo qualidade de vida proporcionando prevençao e promoçao a saude.
  • 40. 53 VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS <http://www.revenf.bvs.br/pdf/ccs/v12n4/14.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2017. <http://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/4466/6550>. Acesso em: 10 abr. 2016. ANDRADE, R. D; A puericultura como momento de defesa à saúde da criança. Cienc Cuid Saúde, v.12, n.4, p.719-727. 2013. Disponível em: ARAÚJO, J. P; SILVA, M. M; COLLET, N; NEVES, E. T; TOS, B. R. de O; VIEIRA, C. S. História da criança: conquistas, políticas e perspectivas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 67, n. 6, p.1000-1007, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672014000601000&lng=pt&nrm=iso&tlng=en>. Acesso em: 11 abr. 2017. ASSIS, W. D.; COLLET, N.; REICHERT, A.P. S.; SA. L. D. Processo de trabalho da enfer- meira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Rev. bras. Enferm [onli- ne]. 2011, vol.64, n.1, pp. 38-46. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S003471672011000100006 Acesso em: 28 jun 2017. BORTAGARAI, F. M. et al., A interconsulta como dispositivo interdisciplinar em um grupo de intervenção precoce. Distúrb Comun, São Paulo, 392-400, junho, 2015. Disponível em: < https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/download/20851/16998 >. Acesso em: Maio de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Série E. Legislação em Saúde. Departamento de atenção básica. Brasília-DF, 2010. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf>. Acesso: Maio de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: crescimento e desenvolvimento. Cadernos de Atenção Básica, n°33. Departamento de atenção básica. Brasília-DF, 2012. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf>. Acesso: Outubro de 2016.
  • 41. 54 CAMPOS, R. M. C. et al., Consulta de enfermagem em puericultura: a vivência do enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família. Revista Escola de Enfermagem – USP. São Paulo, 2011; Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v45n3/v45n3a03> Acesso em: Maio de 2017. CARVALHO, M. R. de; LUSTOSA, M. A. Interconsulta psicológica. Rev. SBPH. 2008, vol.11, n.1, pp. 31-47. ISSN 1516-0858. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582008000100004>. Acesso: Janeiro de 2017. CRESPIN, J. Puericultura: ciência, arte e amor. 3 ed. rev. e ampliada. –São Paulo: Roca, 2007. FARIAS, G. B; FARJADO, A. P. A interconsulta em serviços de atenção primária à saúde. 3° Congresso Virtual Brasileiro – gestão, educação e promoção da saúde, 2014. Disponível em: <http://www.convibra.org/upload/paper/2014/58/2014_58_9733.pdf >. Acesso: Abril de 2017. FERREIRA, O. G. L. Et al., Presença do fisioterapeuta na puericultura no olhar dos profissionais de uma unidade de saúde da família. Saúde (Santa Maria), v. 41, n. 2, p. 63-70, 2015. Disponível em < https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/view/12932> Acesso em: Dezembro de 2016. FIGUEIREDO, N. M. A; VIANA, D. L; MACHADO, W.C. A. Tratado prático de enfermagem. V.2 3° ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2010. FUJIMORI, E.; BORGES, A. L. V. Avaliação do crescimento. In: FUJIMORI, E.; OHARA, C. V. S. (Org.). Enfermagem e a saúde da criança na atenção básica. Manole: Barueri-SP, 2009. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATISTICA DE ANGOLA, (INEA) 2014. JOSUÉ, F. J. A. Et al., O Uso da AIMS para Deteção Precoce de Atraso no Desenvolvimento Motor Das Crianças Atendidas em uma Unidade Básica De Saúde. Encontro de Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC), v. 3, n. 1, 2017. Acesso em: Julho de 2017. KOBINGER, M. E. B. A.; PUCCINI, R. F.; STRUFALDI, M. W. L. Crescimento. In: SUCUPIRA, A. C. S. L et al (Org.). Pediatria em consultório. 5. ed. São Paulo: Sarvier, 2010, p. 35-48.
  • 42. 55 LIMA, F, K. et, al. A relevância da puericultura na atenção primária a saúde. Disponível em: http://www.abeneventos.com.br/anais_senpe/17senpe/pdf/0160po.pdf. acessado: 07/11/2015. Ministério da Saúde. Secretaria de politicas de saúde. Saúde da Criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Caderno de atenção básica n°11. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2016. Ministério da Saúde; 2002. (Série Cadernos de Atenção Básica; 11 – Série A Normas e Manuais Técnicos). NETO, X, G, R, F. et, al. Artigo de pesquisa, porque eu não levo meu filho para a consulta de puericultura. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.sobep.org.br/revista/images/stories/pdf-revista/vol10-n2/v.10_n.2-art1.pesq-por- que-nao-levo-meu-filho-para-consulta.pdf. Acesso: 08/12/2015. REICHERT, A. P. S; ALMEIDA, A. B; SOUZA, L. C; SILVA M, E. A. Vigilância do crescimento infantil: Conhecimento e práticas de enfermeiros da atenção primária à saúde. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, Brasil, CE, v. 13, n.1, p. 114-126. 2012. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/3240/324027980014.pdf>. Acesso em: 11 abr. 2017. SILVA, M. M; ROCHA. L; SILVA, S. O. Enfermagem em puericultura: unindo metodologias assistenciais para promover a saúde nutricional da criança. Rev. Gaúcha Enferm, Porto Alegre, RS, v.30, n.1, p 141-144. 2009. Disponível em: SOUTO, C. S; LAURA, TAOF; COSTA, L. E. M. Puericultura: A consulta de enfermagem em Unidades Básicas de Saúde. Revista de enfermagem UFPE on line. Recife, 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/Dario/Downloads/4956-61698-1-PB.pdf Acesso em: Fevereiro de 2017. Universidade Aberta do SUS - UNA-SUS. Especialização em saúde da família, 2010. Disponível em: http://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Danrley/Complexo_0 1_Danrley_Puericultura.pdf. Acesso: 08/01/2016.
  • 43. 56 VIEIRA, L, C, V. et, al. Puericultura na atenção primaria a saúde: actuação do enfermeiro, Maringa, 2012. Disponível em: http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=9&cad=rja& %2Fcogitare%2Farticle%2Fdownload%2F26384%2F17577&ei=tjVEU-y_C5PTsATd- 4HoDQ&usg=AFQjCNGc_aPE7llnQFjK_dzU7EDU9w6oxQ. Acesso: 08/11/2015. VITOLO, R, M. et, al. Frequência de utilização do serviço público de puericultura e fatores associados, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: http://www.jped.com.br/conteudo/10-86-01- 80/port.asp. Acesso: 30/09/2015.