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Protocolo
da Triagem de
Manchester
(PTM)
RAMON ANTONIO FLOREZ ACUÑA
COMUC
LUANDA-ANGOLA
2021
História
PTM
Implementado em novembro de 1994, em
Manchester - Inglaterra, com o objetivo expresso
de estabelecer um consenso entre médicos e
enfermeiros do Serviço de Urgência, com vista à
criação de normas de triagem baseadas
na determinação do risco clínico.
Objetivos
 Desenvolvimento de uma nomenclatura comum
 Desenvolvimento de definições comuns
 Desenvolvimento de uma sólida metodologia de triagem
 Desenvolvimento de um programa de formação
 Desenvolvimento de um guia de auditoria para a triagem
Sistema de Triagem de
Manchester
Em termos gerais, um método de triagem fornece ao profissional não
um diagnóstico, mas uma prioridade clínica baseada na identificação
de problemas.
Tempos alvo
previstos de
atendimento
Como?
 A avaliação clínica forma-se a partir da queixa apresentada – o
principal sinal ou sintoma identificado pelo doente ou pelo
profissional de saúde que motiva o doente a procurar o serviço de
urgência.
 A primeira parte do método de triagem requer que o profissional sel
ecione o fluxograma que seja o mais específico possível em
relação à queixa apresentada. Depois percorre os discriminadores
do fluxograma, escolhendo o primeiro que seja positivo ou que não
se consiga negar.
 A conceção rigorosa garante que os fluxogramas têm informação
cruzada entre si, uma vez que um determinado número de queixas
de apresentação pode conduzir a mais do que um fluxograma,
não permitindo nunca a atribuição de uma prioridade
clínica inferior para a mesma queixa.
 O fluxograma estrutura este processo, mostrando discriminadores-
chave (perguntas) em cada nível de prioridade –
a avaliação é feita a partir da prioridade clínica mais elevada. Os
discriminadores são deliberadamente colocados na forma
de perguntas para facilitar o processo.
Discriminadores Permitem a inclusão dos doentes numa das
cinco prioridades clínicas, e podem ser:
 Gerais
 Específicos
Discriminadores
gerais
Aplicam-se a todos os fluxogramas,
independentemente da queixa inicial que o
doente apresenta; em todos os casos, os mesmos
discriminadores gerais remetem o profissional da
triagem para a mesma prioridade clínica:
 Ameaça de vida
 Nível de consciência
 Hemorragia
 Temperatura
 Dor
 Problema recente
Ameaça
de vida
Nível de
consciência
(Adultos)
Nível de
consciência
(Criança)
Hemorragia
Temperatura
Dor
Problema
recente
Fluxograma
Vermelho
Discriminador geral Explicação
Compromisso da via aérea Uma via aérea pode estar comprometida, quer porque não pode ser mantida aberto ou porque
os reflexos de protecção das vias aéreas (que param a inalação) foram perdidos. A falta de
manter as vias aéreas abertas resultará em obstrução total intermitente ou em obstrução parcial.
Isto irá manifestar-se como sons que roncam ou borbulham durante a respiração.
Respiração ineficaz Pacientes que não estão a respirar bem o suficiente para manterem um nível adequado a
oxigenação tem respiração inadequada. Pode haver um aumento de trabalho de respiração,
sinais de respiração inadequada ou exaustão.
Choque O choque é a entrega inadequada de oxigénio aos tecidos. Os sinais clássicos incluem
transpiração, palidez, taquicardia, hipotensão e redução nível consciente.
Criança que não responde Uma criança que não responde a estímulos verbais ou dolorosos.
Convulsão atual Pacientes que se encontram nas fases tónica ou clónica de uma convulsão grande mal, e
pacientes que actualmente sofrem convulsões parciais.
Laranja
Discriminador geral Explicação
Grande hemorragia incontrolável Uma hemorragia que não é rapidamente controlada pela aplicação de uma pressão directa
sustentada e em que o sangue continua a fluir intensamente ou a entrar rapidamente através de
grandes pensos.
Alteração do estado de conciência
de novo
Não completamente alerta. Ou responde à voz ou à dor ou não responde.
Muito quente (adulto ou criança > 1
ano)
Se a pele estiver muito quente, diz-se clinicamente que o paciente está muito quente. A temperatura
deve ser tomada o mais cedo possível. Uma temperatura de 41◦C ou superior é muito quente.
Criança muito quente (Bebe muito
quente)
Temperatura de 38.5◦C e superior numa criança com menos de 1 ano de idade.
Frio Se a pele se sentir fria, diz-se clinicamente que o paciente está frio. A temperatura deve ser tomada o
mais cedo possível - uma temperatura central inferior a 35◦C é fria.
Dor severa Dor que é insuportável - muitas vezes descrita como a pior de sempre.
Amarelo
Discriminador geral Explicação
Pequena hemorragia
incontrolável
Uma hemorragia que não é facilmente controlada através da aplicação de pressão directa
contínua e em que o sangue continua a fluir ligeiramente ou gotejar.
História inapropiada Pode haver uma testemunha fiável que possa afirmar se o paciente estava inconsciente (e
por quanto tempo). Caso contrário, deve presumir-se que um doente que não é capaz de
se lembrar do incidente estava inconsciente.
Quente (adulto ou criança >
1 ano)
Se a pele estiver quente, diz-se clinicamente que a pessoa está quente. A temperatura
deve ser tomada o mais cedo possível - uma temperatura de 38.5◦C e maior é quente.
Dor moderada Dor suportável mas intensa.
Verde
Discriminador geral Explicação
Febrícula (subfebril) Se a pele se sentir morna, diz-se clinicamente que o paciente
está febril. A temperatura deve ser tomada o mais cedo
possível - uma temperatura superior a 37.5◦C é febril.
Dores leves recentes Qualquer dor que tenha ocorrido nos últimos 7 dias.
Problema recente Um problema que surgiu na última semana.
Discriminadores específicos
Aplicam-se apenas a algumas situações clínicas. Desta forma, por
exemplo, dor aguda é um discriminador geral, dor pré-cordial e dor
pleurítica são discriminadores específicos. Os discriminadores gerais
surgem em muito mais fluxogramas que os específicos.
Lista de 53 fluxogramas baseados nas queixas de apresentação, que
abrangem todas as situações apresentadas nos serviços de urgência.
Dois fluxogramas foram desenvolvidos para lidar com uma situação d
e catástrofe.
Discriminadores específicos…
• Dores abdominais em adultos
• Dores abdominais em crianças
• Abcessos e infecções locais
• Criança maltratada ou descuidada
• Alergia
• Aparentemente alcoolizado
• Assalto
• Criança irritável
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• Criança a coxear
• Traumatismo importante
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• Dor no pescoço
• Sobredosagem e envenenamento
• Asma
• Dores de costas
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estranha
• Picadas e ferroadas
• Queimaduras e escaldaduras
• Exposição química
• Dor no peito
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• Bebé a chorar
• Problemas dentários
• Diabetes
• Diarreia e vómitos
• Problemas de ouvido
• Problemas oculares
• Problemas faciais
• Quedas
• Convulsões
• Corpo estranho
• Hemorragia gastrointestinal (GI)
• Dor de cabeça
• Lesão na cabeça
• Palpitações
• Gravidez
• Sangramento PV (por vagina)
• Rashes
• Auto-agressão
• Infecção sexualmente adquirida
• Falta de ar nos adultos
• Falta de ar nas crianças
• Dor de garganta
• Dor testicular
• Lesões no tronco
• Adulto doente
• Bebé doente
• Criança doente
• Recém-nascido doente
• Problemas urinários
• Pais preocupados
• Feridas
• Incidentes graves - primários
• Incidentes graves - secundários
Drooling
Possible sepsis
Resumo…
 O evento de triagem é um encontro rápido e focado, no qual é
recolhida informação utilizada para atribuir uma prioridade clínica.
 É importante que a avaliação do doente seja sistemática e que
todos os elementos dessa avaliação sejam reunidos para dar uma
imagem completa da situação clínica do doente. Por esta razão, o
profissional de triagem deve ter experiência suficiente de cuidados
de urgência, pelo menos seis meses, e capacidade para
comunicar eficazmente com os doentes e as suas famílias.
Resumo…
 Seguindo este processo sistemático, facilitado pela metodologia de
triagem, a análise do doente pode ser executada rapidamente e
com segurança, para se atribuir uma prioridade clínica apropriada
a guiar a tomada de decisão.
 A introdução da metodologia de auditoria interna e externa é
fundamental para que exista reprodutibilidade entre os profissionais
individualmente e os serviços onde se encontra implementado o
PTM.
 FORMAÇÂO
Referencias
 Emergency Triage Manchester Triage Group 3rd Edition 2014
 https://www.triagenet.net/en/files/MTSETUpdates.pdf
 https://www.triagenet.net
 https://www.grupoportuguestriagem.pt
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Manchester triagem

  • 1. Protocolo da Triagem de Manchester (PTM) RAMON ANTONIO FLOREZ ACUÑA COMUC LUANDA-ANGOLA 2021
  • 2. História PTM Implementado em novembro de 1994, em Manchester - Inglaterra, com o objetivo expresso de estabelecer um consenso entre médicos e enfermeiros do Serviço de Urgência, com vista à criação de normas de triagem baseadas na determinação do risco clínico.
  • 3. Objetivos  Desenvolvimento de uma nomenclatura comum  Desenvolvimento de definições comuns  Desenvolvimento de uma sólida metodologia de triagem  Desenvolvimento de um programa de formação  Desenvolvimento de um guia de auditoria para a triagem
  • 4. Sistema de Triagem de Manchester Em termos gerais, um método de triagem fornece ao profissional não um diagnóstico, mas uma prioridade clínica baseada na identificação de problemas.
  • 6. Como?  A avaliação clínica forma-se a partir da queixa apresentada – o principal sinal ou sintoma identificado pelo doente ou pelo profissional de saúde que motiva o doente a procurar o serviço de urgência.  A primeira parte do método de triagem requer que o profissional sel ecione o fluxograma que seja o mais específico possível em relação à queixa apresentada. Depois percorre os discriminadores do fluxograma, escolhendo o primeiro que seja positivo ou que não se consiga negar.
  • 7.  A conceção rigorosa garante que os fluxogramas têm informação cruzada entre si, uma vez que um determinado número de queixas de apresentação pode conduzir a mais do que um fluxograma, não permitindo nunca a atribuição de uma prioridade clínica inferior para a mesma queixa.  O fluxograma estrutura este processo, mostrando discriminadores- chave (perguntas) em cada nível de prioridade – a avaliação é feita a partir da prioridade clínica mais elevada. Os discriminadores são deliberadamente colocados na forma de perguntas para facilitar o processo.
  • 8. Discriminadores Permitem a inclusão dos doentes numa das cinco prioridades clínicas, e podem ser:  Gerais  Específicos
  • 9. Discriminadores gerais Aplicam-se a todos os fluxogramas, independentemente da queixa inicial que o doente apresenta; em todos os casos, os mesmos discriminadores gerais remetem o profissional da triagem para a mesma prioridade clínica:  Ameaça de vida  Nível de consciência  Hemorragia  Temperatura  Dor  Problema recente
  • 15. Dor
  • 18. Vermelho Discriminador geral Explicação Compromisso da via aérea Uma via aérea pode estar comprometida, quer porque não pode ser mantida aberto ou porque os reflexos de protecção das vias aéreas (que param a inalação) foram perdidos. A falta de manter as vias aéreas abertas resultará em obstrução total intermitente ou em obstrução parcial. Isto irá manifestar-se como sons que roncam ou borbulham durante a respiração. Respiração ineficaz Pacientes que não estão a respirar bem o suficiente para manterem um nível adequado a oxigenação tem respiração inadequada. Pode haver um aumento de trabalho de respiração, sinais de respiração inadequada ou exaustão. Choque O choque é a entrega inadequada de oxigénio aos tecidos. Os sinais clássicos incluem transpiração, palidez, taquicardia, hipotensão e redução nível consciente. Criança que não responde Uma criança que não responde a estímulos verbais ou dolorosos. Convulsão atual Pacientes que se encontram nas fases tónica ou clónica de uma convulsão grande mal, e pacientes que actualmente sofrem convulsões parciais.
  • 19. Laranja Discriminador geral Explicação Grande hemorragia incontrolável Uma hemorragia que não é rapidamente controlada pela aplicação de uma pressão directa sustentada e em que o sangue continua a fluir intensamente ou a entrar rapidamente através de grandes pensos. Alteração do estado de conciência de novo Não completamente alerta. Ou responde à voz ou à dor ou não responde. Muito quente (adulto ou criança > 1 ano) Se a pele estiver muito quente, diz-se clinicamente que o paciente está muito quente. A temperatura deve ser tomada o mais cedo possível. Uma temperatura de 41◦C ou superior é muito quente. Criança muito quente (Bebe muito quente) Temperatura de 38.5◦C e superior numa criança com menos de 1 ano de idade. Frio Se a pele se sentir fria, diz-se clinicamente que o paciente está frio. A temperatura deve ser tomada o mais cedo possível - uma temperatura central inferior a 35◦C é fria. Dor severa Dor que é insuportável - muitas vezes descrita como a pior de sempre.
  • 20. Amarelo Discriminador geral Explicação Pequena hemorragia incontrolável Uma hemorragia que não é facilmente controlada através da aplicação de pressão directa contínua e em que o sangue continua a fluir ligeiramente ou gotejar. História inapropiada Pode haver uma testemunha fiável que possa afirmar se o paciente estava inconsciente (e por quanto tempo). Caso contrário, deve presumir-se que um doente que não é capaz de se lembrar do incidente estava inconsciente. Quente (adulto ou criança > 1 ano) Se a pele estiver quente, diz-se clinicamente que a pessoa está quente. A temperatura deve ser tomada o mais cedo possível - uma temperatura de 38.5◦C e maior é quente. Dor moderada Dor suportável mas intensa.
  • 21. Verde Discriminador geral Explicação Febrícula (subfebril) Se a pele se sentir morna, diz-se clinicamente que o paciente está febril. A temperatura deve ser tomada o mais cedo possível - uma temperatura superior a 37.5◦C é febril. Dores leves recentes Qualquer dor que tenha ocorrido nos últimos 7 dias. Problema recente Um problema que surgiu na última semana.
  • 22. Discriminadores específicos Aplicam-se apenas a algumas situações clínicas. Desta forma, por exemplo, dor aguda é um discriminador geral, dor pré-cordial e dor pleurítica são discriminadores específicos. Os discriminadores gerais surgem em muito mais fluxogramas que os específicos. Lista de 53 fluxogramas baseados nas queixas de apresentação, que abrangem todas as situações apresentadas nos serviços de urgência. Dois fluxogramas foram desenvolvidos para lidar com uma situação d e catástrofe.
  • 23. Discriminadores específicos… • Dores abdominais em adultos • Dores abdominais em crianças • Abcessos e infecções locais • Criança maltratada ou descuidada • Alergia • Aparentemente alcoolizado • Assalto • Criança irritável • Problemas de membros • Criança a coxear • Traumatismo importante • Doenças mentais • Dor no pescoço • Sobredosagem e envenenamento • Asma • Dores de costas • Comportando-se de forma estranha • Picadas e ferroadas • Queimaduras e escaldaduras • Exposição química • Dor no peito • Adulto em colapso • Bebé a chorar • Problemas dentários • Diabetes • Diarreia e vómitos • Problemas de ouvido • Problemas oculares • Problemas faciais • Quedas • Convulsões • Corpo estranho • Hemorragia gastrointestinal (GI) • Dor de cabeça • Lesão na cabeça • Palpitações • Gravidez • Sangramento PV (por vagina) • Rashes • Auto-agressão • Infecção sexualmente adquirida • Falta de ar nos adultos • Falta de ar nas crianças • Dor de garganta • Dor testicular • Lesões no tronco • Adulto doente • Bebé doente • Criança doente • Recém-nascido doente • Problemas urinários • Pais preocupados • Feridas • Incidentes graves - primários • Incidentes graves - secundários
  • 26. Resumo…  O evento de triagem é um encontro rápido e focado, no qual é recolhida informação utilizada para atribuir uma prioridade clínica.  É importante que a avaliação do doente seja sistemática e que todos os elementos dessa avaliação sejam reunidos para dar uma imagem completa da situação clínica do doente. Por esta razão, o profissional de triagem deve ter experiência suficiente de cuidados de urgência, pelo menos seis meses, e capacidade para comunicar eficazmente com os doentes e as suas famílias.
  • 27. Resumo…  Seguindo este processo sistemático, facilitado pela metodologia de triagem, a análise do doente pode ser executada rapidamente e com segurança, para se atribuir uma prioridade clínica apropriada a guiar a tomada de decisão.  A introdução da metodologia de auditoria interna e externa é fundamental para que exista reprodutibilidade entre os profissionais individualmente e os serviços onde se encontra implementado o PTM.  FORMAÇÂO
  • 28. Referencias  Emergency Triage Manchester Triage Group 3rd Edition 2014  https://www.triagenet.net/en/files/MTSETUpdates.pdf  https://www.triagenet.net  https://www.grupoportuguestriagem.pt
  • 29. Manchester Town Hall in Albert Square OBRIGADO