Manual prysmian
CAPÍTULO I 
Normas brasileiras para instalações e condutores elétricos 
As normas brasileiras são elaboradas pela Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT). Em particular, as normas de eletricidade es-tão 
a cargo do COBEI, Comitê Brasileiro de Eletricidade ABNT/CB-03, 
um dos 60 Comitês Brasileiros que compõem a ABNT. 
O COBEI é composto por mais de 70 subcomitês, que desenvolvem nor-mas 
para padronização da terminologia, como é o caso da SC-03.001, 
até conservação de energia, a cargo da SC-03.515. 
A norma ABNT NBR 5410 é de responsabilidade do SC-03.064, en-quanto 
as normas específicas de cabos e cordões elétricos são de res-ponsabilidade 
da SC-03.020. 
ABNT NBR NM 247-3 Cabos isolados com policloreto de vinila 
(PVC) para tensões nominais até 450/750 
V, inclusive Parte 3: Condutores isolados 
(sem cobertura) para instalações fixas (IEC 
60227-3, MOD) 
ABNT NBR 13248 Cabos de potência e controle e 
condutores isolados sem cobertura, 
com isolação extrudada e com baixa 
emissão de fumaça para tensões até 1 
kV - Requisitos de desempenho 
ABNT NBR 13249 Cabos e cordões flexíveis para tensões 
até 750 V – Especificação 
 Até a conclusão desta revisão, esta 
norma permanece cancelada e, pela 
ABNT, substituída pelas normas: 
 ABNT NBR NM 244:2009 
- ABNT NBR NM 247-5:2009 
- ABNT NBR NM 287-1:2009 
- ABNT NBR NM 287-2:2009 
- ABNT NBR NM 287-3:2009 
- ABNT NBR NM 287-4:2009 
 Estas análises ainda não são 
aplicadas devido à uma indefinição 
do Inmetro quanto à certificação 
compulsória destes tipos de cabos e 
cordões. 
ABNT NBR 7286 Cabos de potência com isolação 
extrudada de borracha etilenopropileno 
(EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV 
- Requisitos de desempenho 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 
ABNT NBR 7288 Cabos de potência com isolação sólida 
extrudada de cloreto de polivinila (PVC) 
ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV 
a 6 kV 
ABNT NBR 7285 Cabos de potência com isolação 
extrudada de polietileno termofixo 
(XLPE) para tensão de 0,6/1 kV - 
Sem cobertura – Especificação 
ABNT NBR 7287 Cabos de potência com isolação sólida 
extrudada de polietileno reticulado (XLPE) 
para tensões de isolamento de 1 kV a 35 
kV - Requisitos de desempenho 
ABNT NBR 7289 Cabos de controle com isolação 
extrudada de PE ou PVC para tensões 
até 1 kV - Requisitos de desempenho 
ABNT NBR 7290 Cabos de controle com isolação 
extrudada de XLPE ou EPR para tensões 
até 1 kV - Requisitos de desempenho 
ABNT NBR 8182 Cabos de potência multiplexados 
autossustentados com isolação 
extrudada de PE ou XLPE, para tensões 
até 0,6/1 kV - Requisitos 
de desempenho 
ABNT NBR 9024 Cabos de potência multiplexados 
autossustentados com isolação 
extrudada de XLPE para tensões de 
10kV a 35kV com cobertura - Requisitos 
de desempenho 
ABNT NBR 6524 Fios e cabos de cobre duro e meio duro 
com ou sem cobertura protetora para 
instalações aéreas – Especificação 
ABNT NBR 9113 Cabos flexíveis multipolares, com 
isolação sólida extrudada de borracha 
sintética para tensões até 750 V 
ABNT NBR 9375 Cabos de potência com isolação sólida 
extrudada de borracha etilenopropileno 
(EPR) blindados, para ligações móveis 
de equipamentos para tensões de 3 kV 
a 25 kV 
Normas Específicas 
Pág 01 - Capitulo I
U2 1202 
Qual a corrente absorvida pela lâmpada quando usada num circuito 
de 120V? 
U 120 
U2 1152 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 
Qual a corrente que circulará? 
CAPÍTULO I 
Noções básicas 
Formulas da lei de OHM 
Tensão = Corrente x Resistência 
U (volts,V) = I (ampères, A) x R (ohms,Ω) 
Corrente = Tensão/Resistência 
I (A) = U (V)/R (Ω) 
Resistência = Tensão/Corrente 
R (Ω) = U (V)/I (A) 
Potência = Tensão x Corrente 
P (watts, W) = U(V) x I(A) 
Manipulando as expressões acima obtemos outras que também podem 
ser úteis em aplicações específicas: 
P = I2R 
P = U2/R 
I = P/U 
___ 
I = √P/R 
U = P/I 
___ 
U = √PR 
R = P/I2 
R = U2/P 
R = __ = ___ = 360Ω P 40 
I = __ = ___ = 0,3A 
R 360 
P = __ = ___ = 36,7W 
R 360 
U 115 
I = __ = ___ = 0,32A 
R 360 
U2 2202 
R = __ = ____ = 17,3Ω P 2800 
U 220 
I = __ = ____ = 12,7A 
R 17,3 
U 230 
I = __ = ____ = 13,3A 
R 17,3 
P = UI = 230 x 13,3 = 3059W 
3Ω 
A resistência de cada um dos dois condutores do cordão será de 
20 Ω/km x 0,15km = 3Ω = RC 
120V 
360Ω 
40W 
0,3A 
115V 
360Ω 
36,7W 
0,32A 
110V 70Ω 
1,51A 
3Ω 
Todas essas expressões são diretamente aplicáveis a qualquer cir-cuito 
resistivo, a qualquer trecho resistivo de um circuito, a qualquer 
circuito CC e a qualquer circuito CA (ou trecho de circuito) com fator 
de potência unitário. 
Exemplo 1 
Qual a resistência de uma lâmpada incandescente onde vão assinala-dos 
os valores 40W e 115-125V? 
Exemplo 2 
Uma torneira elétrica traz as indicações 2800W e 220V. Qual o valor 
da resistência? 
12,7A 
200V 17,3Ω 
Qual a corrente? 
Se a torneira for ligada a um circuito de 230 V, qual a corrente absorvida? 
Qual a potência consumida? 
Circuitos Com Cargas Em Série 
Geralmente, numa instalação, as cargas de um circuito estão ligadas em 
paralelo. No entanto, existem casos em que temos que considerar liga-ções 
em série – por exemplo, em circuitos muito longos, quando temos 
uma carga alimentada por algumas dezenas de metros de condutor. 
Exemplo 
Uma lâmpada de prova de 200W, resistência de 70Ω, alimentada por 
diversas extensões de cordão flexível, cuja resistência (dada pelo fabri-cante) 
é de 20Ω/km. A tensão na tomada onde é ligada a alimentação 
é de 110V e o comprimento total do cordão 150m. Qual será a tensão 
aplicada à lâmpada? 
Pág 02 - Capitulo I 
Qual a potência efetivamente consumida pela lâmpada, quando ligada 
a um circuito de 115V?
Num circuito série, a corrente é a mesma em todas as cargas ligadas, 
e a resistência equivalente do circuito é igual à soma das resistências 
individuais das cargas. 
R= 3 + 70 + 3 = 76Ω 
EQ I = ___ U = ____ 115 
= 1,15A 
REQ 76 
UC = I x RC = 1,51 x 3 = 4,53V 
A tensão na lâmpada será UL = I x RL = 1,51 x 70 = 105,7V 
UL = 115 - (4,53 + 4,53) = 115 - 9,06 = 105,9V 
4,53 + 4,53 = 9,06V 
9,06 
____ x 100 = 7,8% 
115 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 
1 1 1 1 
___ = ___ + ___ + ___ + ... 
REQ R1 R2 R3 
1 P1 P2 P3 
___ = ___ + ___ + ___ + ... 
RU2 U2 U2 
EQ 1 
2 
3 
1 P1 + P2 + P3 
___ = _________ + ... 
REQ U2 
Onde P1, P2, ... são as potências nominais e 
U a tensão nominal comum. Portanto, 
1 soma das potências nominais 
___ = _______________________ 
REQ (tensão nominal)2 
(tensão nominal)2 
REQ = _______________________ 
soma das potências nominais 
1152 
REQ = ____ = 4,9Ω 
2700 
115 
I = ____ = 23,5A 
4,9 
CAPÍTULO I 
Noções básicas 
No exemplo temos 
A corrente será 
A tensão aplicada a cada carga será o produto da corrente pela respectiva 
resistência. A tensão em cada um dos dois condutores será a mesma 
Podemos também dizer que a tensão na lâmpada será igual à tensão na 
tomada menos a tensão nos condutores, isto é, 
Quando os cálculos são feitos de modos diferentes, sempre apa-recem 
pequenas variações nas respostas, causadas pelo número 
de decimais e pelos arredondamentos. 
A tensão nos condutores não tem nenhuma aplicação direta; ela apenas 
reduz a tensão na carga. No exemplo, as “perdas” de tensão chegam a 
que é a chamada queda de tensão do circuito, que poderíamos indicar 
em porcentagem, por 
Circuitos Com Cargas Em Paralelo 
Nas instalações elétricas, a grande maioria dos circuitos possui cargas em 
paralelo. Nesses circuitos, um dos cálculos mais comuns consiste em de-terminar 
a corrente total exigida pelas cargas, a fim de dimensionar a seção 
dos condutores e a proteção do circuito. 
Num circuito com cargas em paralelo (se desprezarmos a queda de 
tensão nos condutores), a cada uma das cargas estará aplicada a mes-ma 
tensão e a corrente total será a soma das correntes de cada carga 
individual. 
A lei de Ohm pode ser aplicada a cada uma das cargas para determinar 
as correntes, como será visto nas aplicações que se seguem. 
Resistência Equivalente 
A resistência de uma carga específica geralmente não é de interesse, 
exceto como um passo para encontrar-se a corrente ou a potência con-sumida. 
Assim, a corrente total,que circula num circuito com cargas em 
paralelo, pode ser determinada achando-se inicialmente a “resistência 
equivalente” do circuito, usando a expressão 
A resistência de um equipamento elétrico é fixada em seu projeto e 
qualquer cálculo, envolvendo essa grandeza, deverá utilizar a tensão 
nominal do equipamento e não a do circuito. 
Em outras palavras, as tensões U1,U2, U3 podem ser diferentes entre 
si, caso as cargas ligadas ao circuito tenham tensões nominais dife-rentes. 
Se todas as cargas tiverem a mesma tensão nominal, a expressão an-terior 
pode ser simplificada para 
Exemplo 
O circuito de 20A mostrado (de tomadas de cozinha) terá capacidade 
suficiente para alimentar as cargas ligadas? 
Geralmente esses aparelhos têm tensão nominal de 115V; portanto, 
A corrente do circuito será 
Logicamente um circuito de 20A não poderá alimentar essas 3 cargas 
simultaneamente, pois o disjuntor atuará abrindo o circuito. É fácil veri-ficar 
que se o circuito fosse de 25A as 3 cargas poderiam ser alimen-tadas 
normalmente (não considerando que certos disjuntores podem 
operar com 80% de sua corrente nominal). 
115V 
Torradeira 
600W 
Cafeteira 
1000W 
Ferro de passar roupas 
1000W 
Pág 03 - Capitulo I
CAPÍTULO I 
Impedância Em Circuitos Indutivos 
A maioria dos circuitos encontrados em instalações elétricas contêm 
indutância. Em alguns circuitos como, por exemplo, os que alimentam 
iluminação incandescente ou aquecedores a resistor (chuveiros, tor-neiras, 
etc.), a indutância é tão pequena que pode ser ignorada. Em 
outros, como os que servem a motores, reatores de lâmpadas a va-por, 
transformadores, etc., a indutância pode ser bastante significativa. 
A corrente através de uma resistência está em fase com a tensão; a 
corrente através de uma indutância está atrasada de 90o, em relação 
à tensão. A resistência R e a reatância indutiva XL, que se opõem à pas-sagem 
dessas correntes, podem ser consideradas defasadas de 90°. A 
oposição total à corrente, isto é, a impedância Z, pode ser representada 
pela hipotenusa do triângulo formado por R, XL e Z. 
Z2=R2+ XL 
U(V) 
R = 13,368 Ω 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 
2 
____________ 
Z = √13,3682 + 37,72 = 40Ω 
240 
A corrente será I = ___ = 6A 
40 
U 
 I1 = __ 
R1 
U 
 I2 = __ 
Z2 
_______ 
 Z2 = √R2 
2 + X2 
2 
Torradeira 
I2X2 
F2 
 IL = ___ 
Z2 
I2R2 
 IR = ___ 
Z2 
Batedeira 
______ 
 I = √(I1 + IR)2 + IL 
2 
Noções básicas 
Portanto, num circuito contendo em série resistência e indutância 
A impedância, como a resistência e a reatância, é medida em ohms. 
Ela representa a “resistência aparente” de um circuito à passagem de 
corrente alternada, isto é, 
Exemplo 
Para o circuito acima, determine a impedância e a corrente. Trata-se de 
um circuito série e, nessas condições, a resistência total (equivalente) 
será a soma das resistências, ou seja, 
0,004 +0,004 +13,36 = 13,368Ω 
Essa resistência está em série com a reatância indutiva de 37,7 Ω. 
Podemos construir um triângulo, do qual tiramos 
Análise Fasorial De Um Circuito 
O circuito mostrado está alimentando 2 tomadas: na primeira está liga-da 
uma torradeira e na segunda uma batedeira. As duas cargas estão 
em paralelo. 
No trecho de circuito correspondente à torradeira, a corrente l1, através 
da resistência R1, do aparelho, está em fase com a tensão do circuito, U. 
(O fator de potência desse trecho é 1,0). 
No trecho correspondente à batedeira, a corrente lR, através da resis-tência 
R2 do motor, está em fase com U; a corrente IL através da re-atância 
indutiva X2 do motor, está atrasada de 90o em relação a U. A 
corrente resultante l2, através do motor está atrasada de um ângulo F 
em relação a U. (F co-seno de F é fator de potência do motor). Se os 
dois diagramas fasoriais forem combinados, o resultado será o diagra-ma 
fasorial do circuito série-paralelo. A corrente total I é a resultante de 
I1 e I2: está atrasada de um ângulo F em relação à tensão U. (O co-seno 
de F é o fator de potência do circuito). 
90o 
Fórmulas Aplicáveis 
Fator De Potência Do Motor 
XL 
Z 
R 
______ 
Z=√R2+ XL 
2 
I(A) = ____ 
Z(Ω) 
IR R2 
Fator De Potência Do Circuito 
IR + I1 
= cosF = _____ 
I 
= cosF = __ = ___ 
I2 Z2 
240V 
R = 13,36Ω 
R = 0,004Ω 
X = 37,7Ω 
R = 0,004Ω 
X = 37,7Ω 
Z = ? 
U 
R2 
I 
X2 
I1 I2 
IR I1 
I I 2 
IL IL 
F 
IR 
I2 
IL IL 
Batedeira 
F2 
U 
Pág 04 - Capitulo I 
IR U Torradeira
Potência Em Circuitos 
De Corrente Alternada 
Expressões de potência 
P = 11,8cv = 11,8 x 0,736 = 8,68kW 
UL = 220V; cosF = 0,85 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 
P = S cosF 
Q = S senF 
__ Q 
= tgF 
P 
Triângulo De Potências 
Ligação em estrela (Y) 
Tensão de linha – UL 
Corrente de linha – IL 
P 
Da expressão: 
IL = _ _________ = 
√3 UL cosF 
8,68 x 103 
= ____________ = 26,8A _ 
√3 x 220 x 0,85 
_ _ 
S = √3 UL IL = √3 x 220 x 26,8 = 
= 10.200VA = 10,2kVA 
Do triângulo de potências: S2 = P2 + Q2 e 
_____ 
Q = √S2 - P2 
__________ ____ 
Q = √104 - 75,3 = √28,7 = 5,36kVA 
CAPÍTULO I 
Noções básicas 
U 
R 
I 
X 
F 
U 
I 
Potência ativa – P = UIcos F = RI2 
Potência reativa – Q = UIsen F = XI2 
Potência aparente – S = UI = ZI2 
Exemplo 
Um motor elétrico trifásico consome 11,8cv, tem um fator de potência 
0.85 e é alimentado em 220V. Calcular a corrente de linha do circuito e 
as potências reativa e aparente. 
Temos: 
Circuitos Trifásicos 
__ 
Potência ativa – P = √3 UL IL __ cosF 
Potência reativa – Q = √3 UL IL __ senF 
Potência aparente – S = √3 UL IL 
_ 
UL = √3UF 
Q 
P 
Tensão de fase – UF 
Corrente de Fase – IF 
IL 
UF 
UF UF UL UL 
IL 
IL 
L1 
N 
L2 
L3 
UL 
IL 
IL 
UL 
UL 
UL 
IL 
IF 
L1 
L2 
L3 
IL = IF 
_ 
IL = √3IF UL = UF 
Pág 05 - Capitulo I 
F 
housepress - versão B - 03/05/2010
CAPÍTULO II 
Da usina ao consumidor 
8 
Um sistema elétrico, na sua concepção mais geral, é constituído pe-los 
equipamentos e materiais necessários para transportar a energia 
elétrica desde a “fonte” até os pontos em que ela é utilizada. Desenvol-ve- 
se em quatro etapas básicas: geração, transmissão, distribuição e 
utilização, como vai esquematizado na Figura abaixo. 
A geração é a etapa desenvolvida nas usinas geradoras, que produzem 
energia elétrica por transformação, a partir das fontes primárias. Pode-mos 
 hidroelétricas, que utilizam a energia mecânica das quedas 
 termoelétricas, que utilizam a energia térmica da queima de com-bustíveis 
(carvão, óleo diesel, gasolina, gás, etc.); 
 nucleares, que utilizam a energia térmica produzida pela fissão 
 eólicas, que utilizam a energia mecânica dos ventos; 
 fotovoltaicas, que utilizam a luz do sol para gerar energia elétrica. 
A etapa seguinte é a transmissão, que consiste no transporte da 
energia elétrica, em tensões elevadas, desde as usinas até os centros 
consumidores. Muitas vezes segue-se à transmissão uma etapa inter-mediária 
(entre ela e a distribuição) denominada subtransmissão, 
com tensões um pouco mais baixas. Nas linhas de transmissão aéreas 
são usados, geralmente, cabos nus de alumínio com alma de aço ou 
cabos de ligas de alumínio, que ficam suspensos em torres metálicas 
através de isoladores. Nas linhas de transmissão subterrâneas são usa-dos 
cabos isolados, tais como os cabos a óleo fluido OF, de fabricação 
exclusiva da Prysmian e que foram muito utilizados até o final dos anos 
1980, e os cabos isolados com borracha etileno-propileno (EPR) e po-lietileno 
Grandes consumidores, tais como complexos industriais de grande por-te, 
são alimentados pelas concessionárias de energia elétrica a partir 
1 
das linhas de transmissão ou de subtransmissão. Nesses casos, as 
etapas posteriores de abaixamento da tensão são levadas a efeito pelo 
próprio consumidor. 
Segue-se a distribuição, etapa desenvolvida, via de regra, nos centros 
consumidores. As linhas de transmissão alimentam subestações abai-xadoras, 
geralmente situadas nos centros urbanos; delas partem as 
linhas de distribuição primária. Estas podem ser aéreas, com cabos 
nus ou cobertos (redes protegidas) de alumínio ou cobre, suspensos em 
postes, ou subterrâneas, com cabos isolados. 
As linhas de distribuição primária alimentam diretamente indús-trias 
e prédios de grande porte (comerciais, institucionais e residen-ciais), 
que possuem subestação ou transformador próprios. Alimentam 
também transformadores de distribuição, de onde partem as linhas 
de distribuição secundária, com tensões mais reduzidas. Estas ali-mentam 
os chamados pequenos consumidores: residências, pequenos 
prédios, oficinas, pequenas indústrias, etc. Podem, também, ser aéreas, 
normalmente com cabos isolados multiplexados de alumínio ou subter-râneas 
(com cabos isolados em EPR ou TR-XLPE). 
Nos grandes centros urbanos, com elevado consumo de energia, ou 
condomínios residenciais dá-se preferência à distribuição (primária e se-cundária) 
subterrânea. Com a potência elevada a transportar, os cabos a 
serem empregados são de seção elevada, complicando bastante o uso 
de estruturas aéreas. Por outro lado, melhora-se a estética urbana, supri-mindo- 
se os postes com seus inúmeros cabos, aumentando-se também 
a confiabilidade do sistema (não existe, por exemplo, interrupção no for-necimento 
de energia devido a choque de veículos com postes). 
A última etapa de um sistema elétrico é a utilização. Ela ocorre, via de 
regra, nas instalações elétricas, onde a energia gerada nas usinas e 
transportada pelas linhas de transmissão e distribuição é transformada, 
pelos equipamentos de utilização, em energia mecânica, térmica e 
luminosa, para ser finalmente consumida. 
7 
5 
nuclear de materiais (urânio, tório, etc.); 
4 
3 
6 
classificar as usinas em: 
d’água; 
reticulado (XLPE). 
2 
1- Usina hidroelétrica | 2- Parque eólico | 3- Linha de transmissão | 4- Usina termoelétrica | 5- Subestação abaixadora Versão ampliada na página 18 
6- Indústria de grande porte | 7- Rede de distribuição | 8- Metrópole: consumidor residencial, comercial e industrial 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 06 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Generalidades 
Uma instalação elétrica é o conjunto de componentes elétricos asso-ciados 
e com características coordenadas entre si, reunidos para uma 
finalidade determinada. 
As instalações de baixa tensão são as alimentadas com tensões não 
superiores a 1000V, em CA, ou a 1500V, em CC. 
As instalações de extra-baixa tensão são as alimentadas com ten-sões 
não superiores a 50V, em CA, ou a 120V, em CC. 
Os componentes de uma instalação, isto é, os elementos que a com-põem 
e são necessários ao seu funcionamento, são: 
as linhas elétricas, que são constituídas pelos condutores elétricos, 
seus elementos de fixação ou suporte (abraçadeiras, ganchos, bande-jas, 
etc.), ou de proteção mecânica (elementos, calhas, etc.), sendo o 
conjunto destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais 
elétricos: 
os equipamentos, que são elementos que executam as funções de 
 alimentação da instalação (geradores, transformadores e bate-rias); 
 comando e proteção (chaves em geral, disjuntores, dispositivo, 
fusíveis, contadores, etc.); 
 utilização, transformando a energia elétrica em uma outra forma 
de energia que seja utilizável (equipamentos a motor, equipamentos 
a resistor, equipamentos de iluminação, etc.). 
Os equipamentos, qualquer que seja o tipo, podem ser classificados 
em: 
 fixos, que são instalados permanentemente num local determina-do, 
como, por exemplo, um transformador num poste (alimenta-ção), 
disjuntor num quadro (proteção), aparelho de ar condicionado 
em parede (utilização); 
 estacionários, que são os fixos, ou aqueles que não possuem 
alça para transporte e cujo peso é tal que não possam ser movi-mentados 
facilmente, como, por exemplo, gerador provido de rodas 
(alimentação), geladeira doméstica (utilização); 
 portáteis, que são movimentados quando em funcionamento, 
ou que podem ser facilmente deslocados de um lugar para outro, 
mesmo quando ligados à fonte de alimentação, como é o caso de 
certos eletrodomésticos (utilização), como enceradeira, aspirador 
de pó, etc.); 
 manuais, que são os portáteis projetados para serem suporta-dos 
pelas mãos durante sua utilização normal, como, por exem-plo, 
as ferramentas elétricas portáteis. 
Classificação das Tensões CA CC 
Extra-Baixa não superior a 50V 120V 
Baixa não superior a 1000V 1500V 
Alta superior a 1000V 1500V 
Os elementos necessários ao 
funcionamento de uma instalação 
são chamados de componentes. 
Linha elétrica constituída por 
condutores contidos num eletroduto 
O eletroduto protege os condutores 
contidos contra agressões 
mecânicas (p. ex. choques) que 
poderiam danificá-los 
Linha elétrica constituída por 
condutores elétricos numa bandeja 
A bandeja suporta os condutores 
elétricos 
Alimentação da instalação Comando e proteção Utilização 
equipamentos 
fixos 
equipamentos 
estacionários 
equipamentos 
portáteis 
equipamentos 
manuais 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 07 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Manobra 
Chamamos de manobra a mudança na configuração de um circuito 
(por exemplo, “abrir” ou “fechar”), feita manual ou automaticamente por 
dispositivo adequado e destinado a essa finalidade. 
Comando é a ação destinada a garantir o desligamento, a ligação ou 
a variação da alimentação de energia elétrica de toda ou parte de uma 
instalação, em condições de funcionamento normal. 
Podemos dizer que “comando” é a causa que provoca a “mano-bra”, 
o efeito. Assim, quando acionamos um interruptor de luz exerce-mos 
um comando, sendo que o efeito, o apagamento ou acendimento 
da luz, constitui uma manobra no circuito respectivo. 
Aparelhos 
O termo aparelho elétrico é geralmente usado para designar três ti-pos 
de equipamentos de utilização, que são: 
 os aparelhos eletrodomésticos, destinados à utilização residen-cial 
ou análoga (enceradeiras, aspiradores de pó, liqüidificadores, 
etc); 
 os aparelhos eletroprofissionais, destinados à utilização em es-tabelecimentos 
comerciais e de prestação de.serviços (monitores, 
balanças, computadores, etc); 
 os aparelhos de iluminação, conjuntos constituídos, no caso mais 
geral, por lâmpadas, luminária e acessórios (reator, starter, etc). 
Causa Efeito 
Choque elétrico 
Choque elétrico é o efeito patofisiológico que resulta da passagem 
de uma corrente elétrica, a chamada corrente de choque, através do 
corpo de uma pessoa ou de um animal. No estudo da proteção contra 
choques elétricos devemos considerar 3 elementos fundamentais: 
parte viva, massa e elemento condutor estranho à instalação. 
A parte viva de um componente ou de uma instalação é a parte con-dutora 
que apresenta diferença de potencial em relação à terra. Para as 
linhas elétricas falamos em condutor vivo, termo que inclui os condu-tores 
fase e o condutor neutro. 
A massa de um componente ou de uma instalação é a parte condutora 
que pode ser tocada facilmente e que normalmente não é viva, mas que 
pode tornar-se viva em condições de faltas ou defeitos. Como exemplos 
de massa podemos citar as carcaças e invólucros metálicos de equipa-mentos, 
os condutos metálicos, etc. 
Um elemento condutor estranho à instalação é um elemento con-dutor 
que não faz parte da instalação, mas nela pode introduzir um 
potencial, geralmente o da terra. 
É o caso dos elementos metálicos usados na construção de prédios, das 
canalizações metálicas de gás, água, aquecimento, ar condicionado,etc. 
e dos equipamentos não elétricos a elas ligados, bem como dos solos e 
paredes não isolantes, etc. 
Tampa não 
considerada 
massa 
Massa 
Os choques elétricos numa instalação podem provir de dois tipos de 
contatos: 
 os contatos diretos, que são os contatos de pessoas ou animais 
com partes vivas sob tensão; 
Dispositivo de 
comando 
Dispositivo de 
comando de manobra 
 os contatos indiretos, que são os contatos de pessoas ou ani-mais 
com massas que ficaram sob tensão devido a uma falha de 
isolamento. 
Os contatos diretos, que a cada ano causam milhares de acidentes 
graves (muitos até fatais) são provocados via de regra por falha de 
isolamento, por ruptura ou remoção indevida de partes isolantes ou por 
atitude imprudente de uma pessoa com uma parte viva. 
Terminais de equipamentos não isolados, condutores e cabos com 
isolação danificada ou deteriorada, equipamentos de utilização velhos, 
etc., são as “fontes”mais comuns de choques por contatos diretos. 
Observe-se, por exemplo, que o (mau) hábito de desconectar da toma-da 
aparelhos portáteis (ferro de passar roupa, secador de cabelos, etc.) 
ou móveis (cortadores de grama, aspirador de pó, etc.), puxando o cabo 
ou cordão, aumenta em muito o perigo de acidentes elétricos. 
Os contatos indiretos, por sua vez, são particularmente perigosos, 
uma vez que o usuário que encosta a mão numa massa, por exemplo, 
na carcaça de um equipamento de utilização, não vai suspeitar de uma 
eventual energização acidental, provocada por uma falta ou por um de-feito 
interno no equipamento. 
Como veremos, a ABNT NBR5410 dá uma ênfase especial à proteção 
contra contatos indiretos. 
Choque Elétrico por: 
Contato 
direto 
Contato 
indireto 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 08 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
 subdimensionamento de circuitos - durante o projeto, erros de ava-liação 
ou de cálculo podem levar o projetista a prever, para um 
circuito, uma corrente inferior à que circulará efetivamente durante 
o funcionamento; 
 substituição de equipamentos de utilização previstos ou já instala-dos 
por outros de maior potência ou inclusão de equipamento de 
utilização não previstos inicialmente; 
 motores elétricos que estejam acionando cargas excessivas para 
sua potência nominal. 
Tais correntes, muito embora não sejam, via de regra, muito superiores 
às correntes nominais, devem ser eliminadas no menor tempo possível, 
sob pena de provocarem, por aquecimento, uma drástica redução na 
vida útil dos condutores. 
As correntes de curto-circuito, por sua vez, são em geral muitíssimo 
superiores às correntes nominais e se não forem interrompidas podem 
provocar, em tempos extremamente curtos, o superaquecimento e a inu-tilização 
dos condutores, além de poderem ser o início de um incêndio. 
A corrente de fuga é a corrente que, por imperfeição da isolação, flui 
para a terra ou para elementos condutores estranhos à instalação. 
É importante observar que na prática sempre existe, em qualquer cir-cuito, 
uma corrente de fuga, uma vez que nâo há, rigorosamente falan-do, 
isolantes perfeitos. No entanto, em condições normais, as correntes 
de fuga são extremamente baixas (só detectáveis por amperímetros 
muito sensíveis) e não chegam a causar problemas à instalação. 
Limites de Correntes de Fuga 
de Equipamentos de Utilização 
Carga 
O termo carga, na linguagem usual de eletrotécnica, pode ter vários 
significados, a saber: 
 conjunto de valores das grandezas elétricas (e mecânicas, no caso 
de máquinas) que caracterizam as solicitações impostas a um 
equipamento elétrico (transformador, máquina, etc.), em um dado 
instante, por um circuito elétrico (ou dispositivo mecânico, no caso 
de máquinas); 
 equipamento elétrico que absorve potência; 
 potência (ou corrente) transferida por um equipamento elétrico; 
 potência instalada. 
Por outro lado, para um circuito ou equipamento elétrico falamos em: 
 funcionamento em carga, quando o circuito ou equipamento 
está transferindo potência, e em: 
 funcionamento em vazio, quando o circuito ou o equipamento 
não está transferindo potência, sendo porém normais as outras 
condições de funcionamento. 
Quando, numa instalação ou num equipamento, duas ou mais partes, 
que estejam sob potenciais diferentes, entram em contato acidental-mente, 
por falha de isolamento, entre si ou com uma parte aterrada, te-mos 
uma falta: por exemplo, dois condutores encostando um no outro, 
ou um condutor em contato com um invólucro metálico ligado à terra. 
Condutores com 
falha de isolamento 
- falta (curto-circuito) 
Uma falta pode ser direta, quando as partes encostam efetivamente, 
isto é, quando há contato físico entre elas, ou não direta quando não 
há contato físico e sim um arco entre as partes. Quando uma das partes 
for a terra falamos em falta para terra. 
Um curto-circuito é uma falta direta entre condutores vivos, isto é, 
fases e neutro. 
Falta 
(curto-circuito) 
Qualquer corrente que exceda um valor nominal pré-fixado (por exem-plo, 
a corrente nominal de um equipamento ou a capacidade de condu-ção 
de corrente de um condutor) é chamada de sobrecorrente. Trata-se 
de um conceito exclusivamente qualitativo; assim, se tivermos um 
valor nominal de 50A, uma corrente de 51A, será uma sobrecorrente e 
uma de 5000A também será uma sobrecorrente. 
Nas instalações elétricas, as sobrecorrentes podem ser de dois tipos: 
 as correntes de sobrecarga, que são sobrecorrentes não produ-zidas 
por faltas, que circulam nos condutores de um circuito, 
 as correntes de falta, que são as correntes que fluem de um 
condutor para outro e/ou para a terra, no caso de uma falta; em 
particular, quando a falta é direta e entre condutores vivos, falamos 
em corrente de curto-circuito. 
As correntes de sobrecarga que, como vimos, ocorrem em instalações 
“sadias”, isto e, sem falta, podem ser causadas por: 
Aparelho 
Correntes de Fuga admitidas (mA) 
Aparelho de 
220 V 
Aparelho de 
110 V 
Eletrodoméstico 
a motor 
< 3,5 (fixo) 
< 0,5 (portátil) 
< 2,6 (fixo) 
< 0,4 (portátil) 
Eletrodoméstico com 
aquecimento (ferro, 
torradeira, etc.) 
< 3 < 2,3 
Equipamento para 
tratamento de pele 
< 0,5 < 0,4 
Ferramenta portátil < 0,5 (comum) 
<0,1 (classe II) 
< 0,4 (comum) 
< 0,08 (classe II) 
Luminária < 0,1 < 0,08 
Chuveiro, torneira (com 
resistência blindada e 
< 3 – 
isolação classe II) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Consideremos um circuito de uma instalação. Em condições normais, 
se envolvermos com um amperímetro alicate, de uma só vez, todos os 
seus condutores vivos (fases e neutro, se existir) a leitura obtida será 
zero (indicando que toda a corrente que “vai”,volta).Se o circuito possuir 
uma corrente de fuga detectávelou estiver com uma falta para terra. 
aleitura do amperímetro será diferente de zero (indicando que parte 
da corrente vai para a terra). Nessas condições dizemos que a circuito 
possui uma corrente diferencial-residual, que, no caso, é a medida 
pelo amperímetro. 
L1 
L2 
L3 
I1 
I2 
I3 
IDR = 0 
condutor de 
proteção (fio terra) 
fuga 
ou 
falta 
L1 
L2 
I1 
IDR = 0 
condutor de 
proteção (fio terra) 
fuga 
ou 
falta 
(ouN) 
Tensões 
Os sistemas de distribuição e as instalações são caracterizadas por 
suas tensões nominais, dadas em valores eficazes. A tensão nominal 
de uma instalação alimentada por uma rede pública de baixa tensão é 
igual à da rede, isto é, do sistema de distribuição. Se a instalação for 
alimentada por um transformador próprio, sua tensão nominal é igual à 
tensão nominal do secundário do transformador. 
As tensões nominais são indicadas por U0/U ou por U, sendo U0 a tensão 
fase-neutro e U a tensão fase-fase. 
L1 
UO=U/ √3 
N 
L2 
L3 
Sistemas trifásicos a 4 condutores 
U U O 
_ 
Havendo fuga ou falta no circuito a corrente diferencial-residual será 
diferente de zero. 
L1 
N 
U 
Sistema monofásico a 3 condutores 
UO U = U/2 O 
L2 
L1 
L2 
L3 
U 
U 
L1 
L2 
L3 
Sistemas trifásicos a 3 condutores 
U 
UO 
L1 
L2 
UO=U/ √3 
N 
L3 
_ 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 10 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Tensões Nominais de Sistema 
de Baixa Tensão Usadas no Brasil 
Sistemas Trifásicos 
a 3 ou 4 Condutores (V) 
Sistemas Monofásicos 
a 3 condutores (V) 
115/230 (*) 110/220 
120/280 (*) 115/230 (*) 
127/220 (*) 127/254 (*) 
220/380 (*) 
220 (*) 
254/440 
440 
460 
(*) Usadas em redes públicas de baixa tensão 
Tensões Nominais de Equipamentos 
de Utilização no Brasil 
Tipo Tensão Nominal (V) 
Monofásicos 
110 
115 
120 
127 
220 
Trifásicos 
220 
380 
400 
Instalação 
Setores de uma Instalação 
 entrada de serviço - conjunto de equipamentos/condutores/acessórios entre o ponto de derivação da rede e a proteção/medição (inclusive); 
 ponto de entrega - ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia; 
 ramal de ligação - conjunto de condutores/acessórios entre ponto de derivação e ponto de entrega; 
 ramal de entrega - conjunto de condutores/acessórios entre ponto de entrega e a proteção/medição; 
 origem - ponto de alimentação da instalação, a partir do qual aplica-se a NBR5410; 
 circuito de distribuição - circuito que alimenta 1 ou mais quadros de distribuição; 
 circuito terminal - ligado diretamente a equipamentos de utilização e/ou a tomadas de corrente; 
 quadro de distribuição - equipamento que recebe e distribui energia, podendo desempenhar funções de proteção/seccionamento/controle/medição. 
Setores de Instalação de uma Indústria (Caso Típico) 
Ponto de 
derivação 
Ponto de 
entrega 
Medidor 
Ramal de 
ligação (3F) 
Dispositivo geral de 
comando e proteção 
Ramal de 
entrada 
(3F) 
OBS.: as tensões indicadas entre 
Subestação 
Transformador 
parênteses são apenas exemplos 
Rede pública de alta tensão (13,8kV) 
Circuito de distribuição (luz) 
(3F + N + PE) (220/380V) 
Quadro de 
distribuição principal 
Terminal de 
aterramento 
principal 
(F + N + PE) 
(220V) 
Circuitos terminais (luz) 
(3F + PE) 
(380V) 
(3F + PE) 
(380V) 
Circuitos terminais (força) 
Painel de comando 
fechado para 
a indústria 
Circuito de distribuição (força) 
(3F + PE) (380V) 
Quadro de 
distribuição (luz) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 11 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Setores da Instalação de uma Residência (Caso Típico) 
Ponto de 
derivação 
Ramal de 
derivação 
(2F + N) 
Medidor 
Ramal de 
entrada 
Ponto de 
entrega 
Rede de baixa tensão 
Caixa de residual geral 
medição 
Terminal de 
aterramento 
principal 
Entrada consumidora 
Nota: em todos os exemplos a seguir, será admitido que a 
tensão entre fase e neutro é de 127V e entre fases de 
220V. (consulte as tensões oferecidas em sua região) 
Definição de origem 
da instalação 
Disjuntor diferencial 
Dispositivo geral de 
comando e proteção 
Circuito de 
distribuição 
(2F + N + PE) 
Origem da 
instalação 
Neutro 
Quadro de 
distrubuição 
Fases 
Terra 
(F + N + PE) 
(F + N + PE) 
(2F) + PE 
(F + N + PE) 
(F + N + PE) 
(2F) + PE 
Circuitos terminais 
Rede pública BT Origem 
Medição Proteção 
Rede pública BT 
Origem 
Medição Proteção 
Rede pública AT Origem 
Transformador 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 12 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Equipamentos de utilização 
Os equipamentos de utilização são os componentes que possibilitam a utilização prática da energia elétri-ca, 
convertendo-a basicamente em energia mecânica, térmica e luminosa. 
Luminária 
Reator 
Lâmpada 
Um aparelho de iluminação fluorescente é 
constituido pelas lâmpadas, pela luminária 
e pelo reator. A energia elétrica é convertida 
principalmente em energia luminosa, sendo 
que uma pequena parte transforma-se 
em energia térmica, caracterizada pelo 
aquecimento do reator (perdas) 
Num chuveiro elétrico praticamente 
toda a energia elétrica é transformada 
em energia térmica 
Classificação dos Equipamentos de Utilização 
Os motores elétricos, que estão 
presentes em grande parte dos 
equipamentos de utilização, 
convertem a energia elétrica em 
energia mecâncica, sendo que, 
no processo, ocorrem perdas por 
aquecimento 
Geral Específica Exemplos Aplicação 
Aparelho de iluminação Incandescentes de descarga 
Fluorescentes, a vapor de mercúrio, 
a vapor de sódio, de luz mista 
Em todos os tipos de local 
e de instalação 
Equipamentos não industriais 
Eletroprofissionais 
Eletrodomésticos 
Ver quadro na página 16 
Em locais residenciais, 
comerciais, institucionais e 
mesmo nas indústrias , fora 
dos locais de produção. 
Ventilação, aquecimento 
e ar condicionado 
Sistemas centrais de ar condicionado, 
ventilação e aquecimento 
Hidráulicos e Sanitários 
Bombas de recalque, compressores, 
ejetores de poços 
Aquecimento de água 
Sistemas centrais de 
aquecimentode água 
Transporte vertical 
Elevadores, escadas rolantes, 
monta-cargas 
De cozinha e lavanderias 
Equipamentos usados em cozinhas 
e lavanderias industriais, comerciais 
e institucionais 
Especiais 
Equipamentos hospitalares, de 
laboratórios e outros que não se 
enquadrem nas demais categorias 
Equipamentos industriais 
De força-motriz 
Compressores, ventiladores, bombas, 
equipamentos de levantamento 
e de transporte 
Nas áreas de produção das 
indústrias 
Máquinas-ferramentas, 
Caldeiras e Solda 
Tomos, fresas 
Conversão 
Retificadores, grupos motogeradores 
(conversão de corrente) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 13 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais, 
indicados e garantidos pelos fabricantes: 
 potência (ativa) nominal de saída, P’N (em W, kW ou cv); no caso 
de motores é a potência indicada e refere-se à potência no eixo do 
motor; no caso de aparelhos de iluminação é a soma das potências 
das lâmpadas; 
 potência (ativa) nominal de entrada, PN (em W ou kW); difere da de 
saída em virtude das perdas normais do equipamento; é a indicada 
no caso de alguns aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais; 
P’N 
– η = ___ 
 rendimento; 
PN 
 tensão nominal U(em V); 
N  Corrente nominal, I(em A); 
N  fator de potência nominal, cos FN 
 potência aparemte de entrada, SN (em VA ou kVA) 
Expressões práticas 
UN, IN, PN, SN 
Perdas 
cos FN η 
Equipamento 
de utilização 
P’N 
Energia elétrica 
(entrada) 
Energia não elétrica 
 Equipamentos monofásicos 
 Equipamentos trifásicos 
Fator a Fator f 
I 
a = _________ 
η x cos FN 
(saída) 
1000 
f = ____ 
UN 
1000 
f = _ ______ 
√3 x UN 
 Equipamentos monofásicos 
 Equipamentos trifásicos 
P’N (kW) x 1000 
IN (A) = _______________ 
UN (V) x cos FN x η 
P’N (kW) x 1000 
IN (A) = ___________________ 
√3 x UN (V) x cos FN x η 
IN (A) = P’N (kW) x a x f 
Corrente Nominal 
UN (V) x IN (A) 
SN (kVA) = ____________ 
1000 
_ 
√3 x UN (V) x IN (A) 
SN (kVA) = _______________ 
1000 
SN (kVA) = P’N (kW)xa 
Potência Aparente 
de Entrada  Equipamentos monofásicos 
 Equipamentos trifásicos 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 14 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Valores típicos do fator de potência, rendimento e do fator a 
(a serem usados na falta de dados específicos do fabricante). 
Equipamentos cosF η a 
Iluminação 
Incandescente 1,0 1.0 1,0 
Mista ~1,0 1,0 1,4* 
Vapor de sódio à baixa pressão 
0,85 0,7 a 0,8 1,6’ 
(sempre aparelhos compensados) 
• 18 a 180W 
Aparelhos não 
compensados 
(baixo cosF) 
lodeto metálico 
• 220 V-230 a 1000 W 
• 380V-2000V 
0,6 
0,6 
0,9 a 0,95 
0,9 
3,5* 
3,5* 
Fluorescente 
• com starter- 18 a 65 W 
• partida rápida- 20a 110 W 
0,5 
0,5 
0,6 a 0,83 
0,54 a 0,8 
3.2 a 2,4 
3,7 a 2,5 
Vapor de mercúrio 
• 220 V-50 a 1000 W 
0,5 0,87 a 0,95 4.0* 
Vapor de sódio à alia pressão 
• 70 a 1000 W 
0.4 0,9 4,2* 
Aparelhos não 
compensados 
(alto cosF) 
lodeto melálico 
• 220 V-230 a 1000 W 
• 380 V- 2000 W 
0.85 
0,85 
0,9 a 0,95 
0,9 
2,4* 
2,4* 
Fluorescente 
• com starter -18 a 65 W 
• partida rápida - 20 a 110 W 
0,85 
0,85 
0,6 a 0,83 
0,54 a 0,8 
1,9a 1,4 
2,2 a 1,5 
Vapor de mercúrio 
• 220 V- 50 a 1000 W 
0,85 0.87 a 0.95 2,5* 
Vapor de sódio à alta pressão 
• 70 a 1000W 
0,85 0,9 2.0* 
Motores (trifásicos de gaiola) 
Até 600 W 0.5 — 2,0 
De 1 a 4 cv 0,75 0,75 1,8 
De 5 a 50 cv 0,85 0,8 1,5 
Mais de 50 cv 0,9 0.9 1,2 
Aquecimento (por resistor) 1.0 1.0 1.0 
* 
Para certos aparelhos 
de iluminação, o fator a 
foi majorado, para levar 
em conta as correntes 
absorvidas na partida. 
Tipo de alimentação Tensão (V) f (A/kW) 
Trifásica 
208 2,8 
220 2,7 
230 2,5 
380 1,5 
440 1,3 
460 1,25 
Tipo de alimentação Tensão (V) f (A/kW) 
Monofásica 
(F-N ou F-F) 
110 9 
115 8,6 
127 8 
208 4,8 
220 4,5 
230 4,3 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 15 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Exemplos 
Aparelho de iluminação com 4 lâmpadas fluorescentes de 40W cada, 
compensado e de partida rápida, 220V. 
Temos: 
– PN = 4 x 40W = 160W = 0,16 kW 
– UN = 220V 
– Da tabela – a = 2,2 a 1,5 
– Da tabela – f = 4,5 
A corrente nominal será: 
– Para a = 2,2 – IN = 0,16 x 2,2 x 4,5 = 1,58 A 
– Para a = 1,5 – IN = 0,16 x 1,5 x 4,5 = 1,08 A 
Motor trifásico de gaiola de 15cv,380V. 
Temos: 
– PN = 15cv = 15 x 0,736 = 11 kW 
– UN = 380V 
– Da tabela – a = 1,5 
– Da tabela – f = 1,5 
A corrente nominal será: 
IN = 11 x 1,5 x 1,5 = 24,8 A 
Correntes nominais de motores trifásicos de gaiola (60 Hz) 
Potência do motor cv Corrente nominal em 
220V - 1800 rpm 
Corrente niminal em 
220V - 3600 rpm 
0.33 1.6 1,5 
0,5 2,2 2,0 
0.75 3,0 3.0 
1 4,2 3.6 
1,5 5.2 5,0 
2 6,8 6,4 
3 9.5 9.0 
4 12 11 
5 15 15 
6 17 - 
7,5 21 21 
10 28 28 
12.5 34 — 
15 40 40 
20 52 52 
25 65 65 
30 75 78 
40 105 105 
50 130 130 
60 145 145 
75 175 185 
100 240 240 
125 290 300 
150 360 350 
200 460 480 
Para se obter a corrente 
em 380V, multiplicar 
por 0.577.Em 440V. 
multiplicar por 0.5. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 16 - Capitulo II
CAPÍTULO II 
A instalação elétrica de baixa tensão 
Potências típicas de alguns aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais 
Aparelho 
Potências 
Nominais 
Típicas 
(de entrada) 
Aquecedor de água central (Boiler) 50 a 100 l 1.000W 
150 a 200 l 1.250W 
250 l 1.500W 
300 a 350 l 2.000W 
400 l 2.500W 
Aquecedor de água de passagem 4.000 a 8.000W 
Aquecedor de ambiente (portátil) 500 a 1.500W 
Aspirador de pó (tipo residencial) 500 a 1.000W 
Barbeador 8a12W 
Batedeira 100 a 300W 
Cafeteira 1.000W 
Caixa registradora 100W 
Centrifuga 150a300W 
Churrasqueira 3.000W 
Chuveiro 4.000 a 6.500W 
Condicionador de ar central 8.000W 
Condicionador tipo janela 7.100 BTU/h 900W 
8.500 BTU/h 1.300W 
10.000 BTU/h 1.400W 
12.000 BTU/h 1.600W 
14.000 BTU/h 1.900W 
18.000 BTU/h 2.600W 
21.000 BTU/h 2.800W 
30.000 BTU/h 3.600W 
Congelador (freezer) (tipo residencial) 350 a 500 VA 
Copiadora tipo xerox 1.500 a 3.500 VA 
Aparelho 
Potências 
Nominais 
Típicas 
(de entrada) 
Cortador de grama 800 a 1.500W 
Distribuidor de ar (fan coll) 250W 
Ebulídor 2.000W 
Esterilizador 200W 
Exaustor de ar para cozinha (tipo residencial) 300 a 500 VA 
Ferro de passar roupa 800 a 1.650W 
Fogão (tipo residencial) - por boca 2.500W 
Forno (tipo residencial) 4.500W 
Forno de microondas (tipo residencial) 1.200 VA 
Geladeira (tipo residencial) 150 a 500 VA 
Grelha 1.200W 
Lavadora de pratos (tipo residencial) 1.200 a 2.800 VA 
Lavadora de roupas (tipo residencial) 770 VA 
Liqüidificador 270W 
Máquina de costura (doméstica) 60 a 150W 
Máquina de escrever 150 VA 
Projetor de slides 250W 
Retroprojetor 1.200W 
Secadora de cabelos (doméstica) 500 a 1.200W 
Secadora de roupas {tipo residencial) 2.500 a 6.000W 
Televisor 75 a 300W 
Torneira 2.800 a 4.500W 
Torradeira (tipo residencial) 500 a 1.200W 
Tríturador de lixo (tipo pia) 300W 
Ventilador (circulador de ar) - portátil 60 a 100W 
Ventilador (circulador de ar) - de pé 300W 
De acordo com informações 
de fabricantes 
De acordo com informações 
de fabricantes 
housepress - versão C - 21/06/2010 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 17 - Capitulo II
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Conceito básico sobre condutores 
Um condutor (elétrico) é um produto metálico, geralmente de forma 
cilíndrica e de comprimento muito maior do que a maior dimensão 
transversal, utilizado para transportar energia elétrica ou para transmitir 
sinais elétricos. 
Dado um condutor cilíndrico de comprimento l, seção transversal S 
(uniforme), sua resistência (elétrica) será, como sabemos 
l 
R = ρ __ (Ω). 
S 
Sendo ρ a resistividade do material, também chamada de “resistivi-dade 
de volume”, medida em ohm. metro (Ω .m) ou, em termos mais 
práticos, em ohm. milímetro quadrado por metro (Ω .mm2/m) 
ρ = R __ (Ω . m ou Ω . mm2/m) Sl 
Nos metais, a resistividade aumenta com a temperatura, sendo essa 
variação dada pela expressão 
ρ 
2 = ρ 
1 [ 1 + α1 (θ2 - θ1)] 
2 a resistividade à temperatura θ2, ρ 
1 a resistividade à tempera-tura 
θ1 e a1, o coeficiente de temperatura relativo θ1. Normalmente 
O padrão internacional de condutividade IACS (“international 
annealed copper standard”, padrão internacional de cobre recozido) 
corresponde a um fio de cobre com 1 m de comprimento, 1 mm2 de 
seção transversal e resistividade a 20°C. 
com um coeficiente de temperatura a 20°C 
Os condutores, sejam de cobre, de alumínio, ou de 
outro metal, têm suas condutividades sempre referi-das 
ao padrão e dados em porcentagem, isto é 
IACS 
O cobre e o alumínio são os metais mais usados na fabricação de 
condutores elétricos, tendo em vista suas propriedades elétricas e seu 
custo. Ao longo dos anos, o cobre tem sido o mais utilizado sobretudo 
em condutores providos de isolação. O alumínio praticamente domina 
o campo dos condutores nus para transmissão e distribuição, sendo 
também usado na fabricação de condutores com isolação, ainda que 
em escala bem inferior ao cobre. 
Um condutor encordoado é o condutor constituído por um conjunto 
de fios dispostos helicoidalmente. Essa construção confere ao condutor 
uma flexibilidade maior em relação ao condutor sólido (fio). 
a resistividade é referida a 20°C. 
A condutividade σ é definida como o inverso da resistividade, sendo 
medida em siemens por metro (S’m) Resistividade e Condutividade a 20DC para fios 
σ = __ (S/M = 1/Ω .m) 1ρ 
ρ 
20 = _1_ = 0,01724Ω . mm2/m 
58 
α20 = 3,93 x 10-3 oC-1 
σ20 σIACS.20 
σ% = _____ x100 
Sendo ρ 
Um fio é um produto metálico maciço e flexível, de seção transversal 
invariável e de comprimento muito maior do que a maior dimensão 
transversal. Os fios podem ser usados diretamente como condutores 
(com ou sem isolação) ou na fabricação de cabos. 
A ABNT NBR 5111 indica, para os fios de cobre nu de seção circular 
para fins elétricos, os valores de resistividade e condutividade porcen-tual. 
Veja a tabela abaixo. 
de cobre nu para fins elétricos (ABNT NBR 5111). 
Material 
Diâmetros 
Nominais 
(d) em mm 
Resistividade 
a 20°C em 
Ω. mm’/m 
Condutividade 
a 20°C em 
% 
Cobre mole 0.017241 100 
Cobre 
1,024 < d < 8,252 
0.017837 
meio-duro 
8,252 < d < 11,684 
0.017654 
96.66 
97,66 
Cobre 
duro 
1,024 < d < 8,252 
8,252 < d < 11,684 
0,017930 
0,017745 
96,16 
97,16 
Um cabo é um condutor encordoado constituído por um conjunto de 
fios encordoados, isolados ou não entre si, podendo o conjunto ser iso-lado 
ou não. 
O termo “cabo” é muitas vezes usado para indicar, de um 
modo global, fios e cabos (propriamente ditos) em expres-sões 
como “cabos elétricos”, “cabos de baixa tensão”, etc. 
A ABNT NBR NM 280 define, para condutores de cobre, cinco classes 
de encordoamento, com graus crescentes de flexibilidade, sendo: 
Classe 1 Condutores sólidos (fios) 
Classe 2 Condutores encordoados, compactados ou não 
Classe 4*, 5 e 6 Condutores Flexíveis 
* o Condutor classe 4 foi eliminado da IEC e não é mais utilizado em nenhum outro país exceto o 
Brasil. O Condutor classe 4 normalmente é fabricado com cobre de baixa qualidade. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 18 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
A isolação é aplicada sobre o condutor com a finalidade de isolá-lo 
eletricamente do ambiente que o circunda. Os materiais utilizados como 
isolação, além de alta resistividade, devem possuir alta rigidez dielétri-ca, 
sobretudo quando empregados em tensões elétricas superiores a 
1 kV. São vários os materiais empregados na isolação de condutores: 
Polímeros 
termoplásticos 
cloreto de polivinila (PVC), polietileno(PE), 
poliolefina livre de halogênio,,etc. 
Polímeros 
termofixos 
polietileno reticulado (XLPE), borracha etileno-propileno 
(EPR), borracha de silicone, etc. 
Outros materiais papel impregnado, fibra de vidro, etc. 
Chamamos de condutor isolado o fio ou cabo dotado apenas de isola-ção. 
Observe-se que a isolação não precisa necessariamente ser cons-tituída 
por uma única camada (por exemplo, podem ser usadas duas 
camadas do mesmo material, sendo a camada externa especialmente 
resistente à abrasão). 
Condutor isolado (fio) 
Condutor isolado (cabo) 
AFUMEX 750V 
O condutor isolado AFUMEX 750V é fabricado com condutor flexível 
classe 5. Sua isolação é constituída por duas camadas de composto 
poliolefínico livre de halogênio, sendo que a externa possui resistên-cia 
maior à abrasão, tendo a superfície bastante deslizante,o que 
facilita o puxamento. 
Um condutor compactado é um condutor rígido encordoado no qual 
foram reduzidos os interstícios entre os fios componentes, por com-pressão 
mecânica, trefilação ou escolha adequada da forma ou dispo-sição 
dos fios. 
Condutor flexível é um condutor encordoado formado por uma gran-de 
quantidade de fios finos agrupados em forma de feixe. Este tipo de 
condutor é o mais utilizado em cabos de baixa tensão. 
Chamamos de corda o componente de um cabo constituído por um 
conjunto de fios encordoados e não isolados entre si. Uma corda pode 
ser constituída por várias “cordinhas”, que são usualmente chamadas 
de pernas. 
O revestimento é definido como uma camada delgada de um metal ou 
liga, depositada sobre um metal ou liga diferente, para fins de proteção. 
Um fio revestido é um fio dotado de revestimento, como por exemplo, 
o “fio estanhado”. Por sua vez, um cabo revestido é um cabo sem 
isolação ou cobertura, constituído de fios revestidos. 
Um fio nu é um fio sem revestimento, isolação ou cobertura. 
Um cabo nu é um cabo sem isolação ou cobertura, constituído por 
fios nus. 
A isolação é definida como o conjunto dos materiais isolantes utili-zados 
para isolar eletricamente. É um termo com sentido estritamente 
qualitativo (isolação de um condutor, isolação de borracha, etc), que não 
deve ser confundido com isolamento, este de sentido quantitativo (ten-são 
de isolamento de 750V, resistência de isolamento de 5M Ω, etc). 
Isolação 
Refere-se à 
qualidade e espécie. 
Isolação de : 
borracha, plástico, 
vinil, etc. 
Isolamento 
É quantitativo. 
Tensão do 
isolamento. 
Resistência 
de isolamento 
A cobertura é um invólucro externo não-metálico e contínuo, sem fun-ção 
de isolação, destinado a proteger o fio ou cabo contra influências 
externas. 
Um fio coberto é um fio com ou sem revestimento, dotado apenas de 
cobertura. 
Por sua vez, um cabo coberto é um cabo dotado unicamente de 
cobertura. 
Fio de cobre 
2a camada 
Maior resistência 
abrasiva 
1a camada 
Maior resistência 
elétrica 
Um cabo unipolar é um cabo constituído por um único condutor isola-do 
e dotado, no mínimo, de cobertura. 
Um cabo multipolar é constituído por dois ou mais condutores isola-dos 
e dotado, no mínimo, de cobertura. Os condutores isolados cons-tituintes 
dos cabos unipolares e multipolares são chamados de veias. 
Os cabos multipolares contendo 2, 3 e 4 veias são chamados, respec-tivamente, 
de cabos bipolares, tripolares e tetrapolares. 
Cobertura Isolação Condutor Veias Capa Cobertura 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 19 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
O termo genérico cabo isolado indica um cabo constituído de uma 
ou mais veias e, se existentes, o envoltório individual de cada veia, o 
envoltório do conjunto das veias e os envoltórios de proteção do cabo, 
podendo ter também um ou mais condutores não isolados. 
Nos cabos uni e multipolares, a cobertura atua principalmente como 
proteção da isolação, impedindo seu contato direto com o ambiente, 
devendo, portanto, possuir propriedades compatíveis com a aplicação 
do cabo. Nas coberturas, podem ser utilizados vários materiais, sendo 
os mais comuns: 
Polímeros termofixos como neoprene, polietileno clorossulfonado 
(hypalon), borracha de silicone, etc. 
Polímeros termoplásticos, tais como poliolefinas não halogenadas, 
PVC, polietileno, poliuretano, etc. 
O enchimento é o material utilizado em cabos multipolares para pre-encher 
os interstícios entre as veias. A capa é o invólucro interno, me-tálico 
ou não, aplicado sobre uma veia, ou sobre um conjunto de veias 
de um cabo. 
As capas não metálicas, geralmente de polímeros termoplásticos, têm 
como finalidade principal dar ao cabo a forma cilíndrica. As capas me-tálicas, 
geralmente feitas de chumbo ou alumínio, exercem também 
função mecânica e elétrica. 
Um cordão é um cabo flexível com reduzido número de condutores 
isolados (em geral 2 ou 3) de pequena seção transversal, geralmente 
paralelos ou torcidos. 
Cordão paralelo 
Cordão torcido 
Chamamos de cordoalha o condutor formado por um tecido de fios 
metálicos. 
Um cabo multiplexado é um cabo formado por dois ou mais con-dutores 
isolados, ou cabos unipolares, dispostos helicoidalmente, sem 
cobertura. 
Um cabo multiplexado auto-sustentado (ou cabo pré-reunido) é 
um cabo multiplexado que contém um condutor de sustentação, isolado 
ou não. 
Cabo multiplexado 
A armação de um cabo é o elemento metálico ou de polímero especial 
que protege o cabo contra esforços mecânicos. As armações podem 
ser compostas por fios de aço ou de alumínio, ou por camada Air Bag®, 
constituindo uma proteção mecânica adicional, que absorve os esfor-ços 
de tração, compressão ou de impacto. 
Tipos de Condutores 
Condutor Isolado Condutor sólido ou encordoado + isolação 
Cabo Unipolar Condutor isolado + cobertura (no mínimo) 
Cabo Multipolar 2 ou mais condutores isolados (veias) 
+ cobertura (no mínimo) 
Cordão Condutores isolados de pequena seção 
(2 ou 3) paralelos ou torcidos 
Cabo Multiplexado 
Condutores isolados ou cabos unipolares 
(2 ou mais) dispostos helicoidalmente (sem 
cobertura) 
Cabo Pré-Reunido Cabo multiplexado + condutor de sustentação 
Um condutor setorial é um condutor cuja seção tem a forma apro-ximada 
de um setor circular. Um cabo setorial é um cabo multipolar 
cujos condutores são setoriais. 
Existem duas grandes famílias de cabos, os cabos de potência e os 
cabos de controle. Os cabos de potência são os condutores isolados, 
os cabos unipolares e os cabos multipolares utilizados para transportar 
energia elétrica em instalações de geração, transmissão, distribuição ou 
utilização de energia elétrica. Os cabos de controle são os cabos utiliza-dos 
em circuitos de controle de sistemas e equipamentos elétricos. 
Os cabos são caracterizados por sua seção nominal, grandeza referente 
ao condutor respectivo (ou aos condutores respectivos, no caso de cabo 
com mais de um condutor). A seção nominal não corresponde a um 
valor estritamente geométrico (área da seção transversal do condutor) e 
sim a um valor determinado por uma medida de resistência. É o que se 
poderia chamar de “seção elétrica efetiva”. As seções nominais são dadas 
em milímetros quadrados, de acordo com uma série definida pela IEC, 
seguida pela ABNT e internacionalmente aceita, reproduzida na Tabela. 
Série métrica IEC (seções nominais em mm2) 
0,5 16 185 
0,75 25 240 
1 35 300 
1,5 50 400 
2,5 70 500 
4 95 630 
6 120 800 
10 150 1000 
A ABNT NBR NM 280 define as seções nominais dos condutores de 
cobre, caracterizando para as diversas classes de encordoamento os 
seguintes valores: 
Encordoamento 
Classe 1 
Resistência máxima a 20°C, em Ω/km 
Encordoamentos 
Classe 2 
Resistência máxima a 20°C, em Ω/km 
e número mínimo de fios no condutor 
Encordoamentos 
Classes 5 e 6 
Resistência máxima a 20°C, em Ω/km e 
diâmetro máximo dos fios no condutor, em mm 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 20 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Para os cabos de um único condutor, indica-se a seção nominal do 
condutor respectivo, isto é, S (mm2) ou 1 x S (mm2). Para os cabos 
multipolares de condutores componentes de seções iguais, a seção 
nominal é indicada sob a forma de produto do número de veias pela 
seção nominal de uma veia, isto é, N x S (mm2); para os cabos multi-polares 
com condutores componentes de seções diferentes, a seção 
nominal é indicada sob a forma de soma dos produtos do número 
de veias de cada seção pela respectiva seção, assim, por exemlpo, 
N x S1 (mm2) + N2 x S2 (mm2). Para os cabos multiplexados utiliza-se a 
mesma indicação. 
Tensões de isolamento nominais dos cabos são as tensões para 
as quais eles são projetados. São designadas pelo par de valores V0/ 
V, associados a sistemas trifásicos, sendo V0 o valor eficaz da tensão 
entre condutor e terra ou blindagem da isolação (tensão fase-terra) e V 
o valor eficaz da tensão entre condutores (tensão fase-fase). O valor de 
V é usado para classificar os cabos quanto à tensão: 
Cabos de baixa tensão V < 1 kV 
Cabos de média tensão 1 kV < V < 35 kV 
Cabos de alta tensão V > 35 kV 
Temperatura 
Os cabos providos de isolação são caracterizados por três tempe-raturas, 
medidas no condutor propriamente dito, em regime per-manente, 
em regime de sobrecarga e em regime de curto-circuito. 
A temperatura no condutor em regime permanente (ou em 
serviço contínuo) é a temperatura alcançada em qualquer ponto do 
condutor em condições estáveis de funcionamento. A cada tipo (ma-terial) 
de isolação corresponde uma temperatura máxima para 
serviço contínuo, designada por θz. 
A temperatura no condutor em regime de sobrecarga é a 
temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor em regi-me 
de sobrecarga. Para os cabos de potência, estabelece-se que 
a operação em regime de sobrecarga, para temperaturas máximas 
especificadas em função da isolação, designadas por θsc, não deve 
superar 100 horas durante doze meses consecutivos, nem superar 
500 horas durante a vida do cabo. 
A temperatura no condutor em regime de curto-circuito é a 
temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor durante o 
regime de curto-circuito. Para os cabos de potência, a duração má-xima 
de um curto-circuito, no qual o condutor pode manter tempe-raturas 
máximas especificadas em função da isolação, designadas 
por θcc, é de 5 segundos. 
Exemplos de caracterização 
de seções nominais pela ABNT NBR NM 280 
No caso de um condutor encordoado de 10mm2, classe 2, para condutor 
isolado (por exemplo, cabo Superastic), a norma especifica que ele deve 
possuir, no mínimo, 7 fios (no caso de condutor não compactado circular) 
e apresentar uma resistência máxima de 1,83 Ω/km a 20°C. 
Tratando-se de um condutor encordoado de 10mm2, classe 5, para condu-tor 
isolado flexível (por exemplo, cabo Afumex 750V), a ABNT NBR NM 280 
caracteriza essa seção nominal, indicando que os fios componentes de-vem 
possuir, no máximo, diâmetro de 0,41 mm cada um e o condutor 
deve apresentar uma resistência máxima de 1,91 Ω/km a 20°C. 
A tabela indica os valores de θZ,θsc e θcc dados pelas normas, em fun-ção 
dos materiais usados na isolação. 
Temperaturas características dos cabos 
em função do material da isolação 
Material θZ (°C) θSC (°C) θCC (°C) 
PVC 70 100 160 
EPR 90 130 250 
XLPE 90 130 250 
Capacidade de condução de corrente 
A capacidade de condução de corrente (lZ) de um condutor ou de um 
conjunto de condutores é a corrente máxima que pode ser conduzida 
pelo condutor, ou pelo conjunto de condutores, continuamente, em con-dições 
especificadas, sem que a sua temperatura em regime perma-nente 
ultrapasse a temperatura máxima para serviço contínuo. Nos fios 
e cabos providos de isolação, a capacidade de condução de corrente 
depende de diversos fatores, a saber: 
Material do condutor 
Seção 
Material da isolação (que determina a temperatura máxima 
para serviço contínuo) 
Temperatura ambiente ou, no caso de cabos enterrados, tem-peratura 
do solo 
Resistividade térmica do solo (para cabos enterrados) 
Agrupamento de fios e cabos 
Agrupamento de condutos 
Condutor 
Seção nominal 
em mm2 (s) 
Isolação Cobertura 
Tensão de isolamento (VO/ V) 
Temperatura 
máxima para: – Serviço contínuo θZ 
– de sobrecarga θSC 
– de curto circuito θCC 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 21 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
A importância da qualidade nos condutores elétricos 
Qualidade gera segurança 
A qualidade dos condutores elétricos flexíveis, que são 
geralmente embutidos em paredes e tetos, é de funda-mental 
importância para a segurança, o bom desempe-nho 
da instalação e a conservação da energia. 
Cabos flexíveis 
O uso da linha de cabos flexíveis garante a efi-ciência 
das instalações elétricas residenciais, 
com segurança e economia. Facilita a 
instalação em eletrodutos e a ligação em 
tomadas e interruptores, evitando danos 
e economizando mão-de-obra, 
O barato que sai caro 
O uso de condutores de segunda linha, (geralmente 
apresentados como “similar mais barato”) pode causar 
prejuízos e propagar incêndios. Proteja seu patrimônio 
com a segurança dos produtos de qualidade. 
...98... 99... 100! 
Apesar da indicação “100 metros”, nem 
sempre os produtos de segunda linha pos-suem 
este comprimento. Já os produtos 
de boa qualidade são medidos por equipa-mento 
eletrônico, o que garante rolos com 
a medida indicada na embalagem. 
98 99 100 
União flexível 
O cobre puro utilizado nos condutores de pri-meira 
linha é recozido em processo contínuo, 
o que aumenta a sua flexibilidade e facilita 
os trabalhos de emendas, dobras e ligações 
em tomadas e interruptores. 
A prova da balança 
Também na balança, os fios e cabos de boa 
qualidade apresentam peso constante, normal-mente 
maior que os produtos e segunda linha. 
Não pague para ver 
O cobre utilizado nos condutores de primeira linha segue 
normas de qualidade nacionais e internacionais, garantin-do 
um desempenho perfeito. O cobre utilizado em condu-tores 
de segunda linha, com alto grau de impurezas, 
provoca superaquecimento e pode originar fu-gas 
de corrente, choques elétricos, curto-circuitos 
e incêndios. 
Sempre mais vantagens 
A isolação uniforme em torno e ao longo do condutor é mais 
um item de segurança. O aditivo deslizante, utilizado nos con-dutores 
de qualidade. é também uma vantagem, facilitando a 
instalação e reduzindo custos de mão-de-obra. 
Os recuperados 
O isolamento especial dos bons condutores permite 
trabalho contínuo à temperatura de 70ºC (85ºC os 
mais resistentes), com total segurança. O isolamento 
utilizado nos condutores de qualidade inferior, à base 
de PVC recuperado, têm curta vida útil. aumentando 
os riscos. 
O herói não é anônimo 
Os condutores de primeira linha acrescidos do item anti-chama, 
livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça 
e gases tóxicos são totalmente seguros, pois não propa-gam 
incêndios. O material dos condutores de segunda 
linha não possui a caracterís-tica 
anti-chama propagando o 
fogo com facilidade, emitindo 
fumaça escura e gases tóxicos. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 22 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Vida curta 
Quando instalados corretamente, os condutores de pri-meira 
linha apresentam vida útil superior a 30 anos, em 
perfeitas condições de uso. A utiiização de condutores de 
segunda linha geralmente resulta em curta vida útil, com 
mais chances de curto-circuitos, choques elétricos e in-cêndios 
de origem elétrica. 
Comportamento dos cabos em condições 
de fogo e incêndio 
Como vimos, a construção dos cabos elétricos envolve volumes sig-nificativos 
de materiais orgânicos na isolação, na cobertura, e em ou-tros 
componentes. Tais materiais são combustíveis e podem conferir 
ao cabo uma perigosa característica de elemento propagador de fogo 
durante a ocorrência de incêndios. 
Tendo em vista o comportamento de seu invólucro externo (isolação, 
no caso de condutores isolados, ou cobertura, no caso de cabos uni e 
multipolares), quando submetido à ação do fogo, os condutores e cabos 
isolados podem ser classificados em quatro grandes categorias: 
(1) Propagador de chama - O cabo, quando submetido à 
ação direta da chama, mesmo por curto intervalo de tempo, 
entra em combustão e a mantém mesmo após a retirada da 
chama ativadora. Tais cabos podem contribuir para o desenvolvimento 
e a propagação dos incêndios. O polietileno (PE) pode ser considerado 
material propagador de chama. 
(2) Não propagador de chama - A chama se autoextingue 
após cessar a causa ativadora da mesma. O comportamen-to 
desses cabos em relação ao fogo depende, em grande 
parte do tempo, da exposição à chama, da intensidade da chama, da 
quantidade de cabos agrupados, etc. O PVC e o neoprene podem ser 
considerados materiais não propagadores de chama. Os cabos de ins-trumentação 
(ABNT NBR 10300) isolados em PVC podem estar nesta 
categoria. 
(3) Resistente à chama - Com esses cabos, a chama não se 
propaga mesmo em caso de exposição prolongada. Quando 
submetidos ao rigoroso ensaio de queima vertical, efetuado 
em feixe de cabos com concentração de material combustível bem defi-nida 
(de acordo com a serie ANBT IEC 60332), os danos causados pela 
chama ficam limitados a poucas dezenas de centímetros. A poliolefina 
não halogenada e o PVC especialmente aditivados conferem aos cabos 
essa propriedade. Os cabos de PVC assim fabricados são designados 
por BWF-B (ABNT NBR NM 247-3). 
Os condutores isolados de cobre com poliolefina não halogenada, como 
os da linha Afumex 750V, bem como os cabos uni e multipolares com 
isolação em EPR e cobertura também em poliolefina não halogenada, 
como os da linha Afumex 1kV, enquadram-se na categoria dos resistentes 
à chama. 
(4) Resistente ao fogo - O cabo tem a característica de 
permitir e manter um circuito em funcionamento em pre-sença 
de incêndio, atendendo à norma ABNT NBR 10301 
(exposição e chama direta, 750°C, por 3 horas). Tais cabos são parti-cularmente 
Segurança total 
Os condutores de primeira linha, portanto, obedecem 
às mais rigorosas normas nacionais e internacionais de 
qualidade e segurança. Seus componentes são testados 
e submetidos a ensaios rigorosos durante o processo de 
fabricação, em modernos laboratórios, para oferecer se-gurança 
total. 
OK 
recomendados para os circuitos de segurança como os de 
detectores de fumaça, luzes de emergência, alarmes de incêndio ou 
circuitos de bombas de combate a incêndios. 
Além da resistência ao fogo, outro ponto importante considerado no pro-jeto 
de um cabo e, consequentemente, em sua escolha, é seu comporta-mento 
durante um incêndio. 
Quando consumidos pelo fogo, os cabos elétricos podem emitir grande 
quantidade de fumaça e gases tóxicos. Esta característica está associada 
à composição da isolação (nos casos de condutores isolados) e à isolação 
e cobertura ( no caso de cabos unipolares e multipolares). 
Para evitar que os cabos emitam grandes quantidades de fumaça escu-ra, 
tóxica e corrosiva em caso de incêndio, foi desenvolvido o composto 
poliolefínico não halogenado (LSOH). Este composto, utilizado na isolação 
e/ou cobertura de cabos, oferece resistência à chama, evitando que a 
esta se propague por ele, e praticamente não emite fumaça escura nem 
gases tóxicos. Cabos com isolação deste tipo foram desenvolvidos para 
aplicações especiais, em que a fuga das pessoas em caso de incêndio 
é muito difícil, como é o caso de submarinos, aviões, navios, etc. Depois 
passaram a ser utilizados em edificações onde o tempo de fuga das pes-soas 
em caso de incêndio é lenta, como no metrô, em hospitais ou em 
outras áreas públicas com grande concentração de pessoas, tais como 
escolas, shopping centers, cinemas e teatros. Atualmente estes cabos 
são utilizados em diversos tipos de edificações, aumentando a seguran-ças 
das pessoas e do patrimônio. 
Linha 
Ecológica 
Evolução da segurança 
dos cabos elétricos 
Cabos 
Antiflam Resistentes 
Cabos no 
passado Resistentes 
Nenhum 
requisito especial 
de segurança 
à chama e 
auto-extinção 
do fogo 
à chama e não contém 
quaisquer metais 
prejudiciais 
(por exemplo chumbo) 
Afumex® 
Afumex®PLUS 
Resistentes 
à chama e com 
baixa emissão 
de fumaça e gases 
tóxicos (LSOH) 
Resistentes à 
chama e com baixa 
emissão de fumaça e 
gases tóxicos (LSOH) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 23 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Evolução dos cabos em condições de incêndio 
Se construirmos uma curva do tempo registrando a evolução do com-portamento 
dos cabos elétricos em condições de incêndio, veremos 
que as novas tecnologias são desenvolvidas para aumentar sua se-gurança 
em aplicações especiais. Com a maturidade dos projetos, os 
cabos de alta tecnologia têm seu campo de aplicação ampliado e se 
tornam requisitos mínimos de segurança nas instalações modernas. 
Um exemplo disso foi a evolução dos cabos isolados em tecido para 
os cabos isolados em PVC, passando de propagadores de chama para 
não propagadores de chama. Mesmo assim, era iminente a necessi-dade 
de se exigir que os cabos isolados em PVC passassem à cate-goria 
resistente à chama. 
No início da década de 80, a característica de resistência à chama 
passou a ser uma obrigatoriedade nos condutores isolados utilizados 
em todos os tipos de edificações. Estas alterações permitiram um 
aumento significativo no nível de segurança oferecido às pessoas e 
ao patrimônio nas edificações. 
Conduto elétrico 
Chamamos de conduto elétrico (ou simplesmente conduto) uma 
canalização destinada a conter condutores elétricos. Nas instala-ções 
elétricas são utilizados vários tipos de condutos: eletrodutos, 
calhas, molduras, blocos alveolados, canaletas, bandejas, escadas 
para cabos, poços e galerias. 
Um eletroduto é um elemento de linha elétrica fechada, de seção cir-cular 
ou não, destinado a conter condutores elétricos, permitindo tanto 
a enfiação quanto a retirada dos condutores por puxamento. Na prática, 
o termo se refere tanto ao elemento (tubo), quanto ao conduto formado 
pelos diversos tubos. 
Os eletrodutos podem ser metálicos (aço, alumínio) ou de material iso-lante 
(PVC, polietileno, fibro-cimento.etc). São usados em linhas elétri-cas 
embutidas ou aparentes. 
Mesmo impedindo a propagação da chama e evitando que o incêndio 
seja levado de um ambiente a outro, os cabos convencionais podem 
causar grandes danos em caso de incêndio, devido à alta emissão de 
fumaça escura e gases tóxicos. Estes dois fatores dificultam ou até 
inviabilizam a fuga de pessoas da área atingida pelo incêndio. Para 
solucionar esse problema, foi desenvolvida uma nova categoria de 
cabos – isolados com poliolefinas não halogenadas (LSOH) – que 
proporcionam mais segurança em situações de incêndio pois, além 
de serem resistentes à chama, emitem baixa quantidade de fumaça 
escura e gases tóxicos. 
Os cabos Afumex, fazem parte dessa nova geração, pois são fabri-cados 
segundo a ABNT NBR 13248 e apresentam característica de 
resistência à chama, com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. 
Esta nova tecnologia está incorporada à ABNT NBR 5410, que prevê 
a obrigatoriedade da utilização de cabos que atendam à ABNT NBR 
13248 em edificações com trânsito intenso de pessoas. 
Uma eletrocalha é um conduto fechado utilizado em linhas aparentes, 
com tampas em toda sua extensão, para permitir a instalação e a remo-ção 
de condutores. As calhas podem ser metálicas (aço, alumínio) ou 
isolantes (plástico); as paredes podem ser maciças ou perfuradas e a 
tampa simplesmente encaixada ou fixada com auxílio de ferramenta. 
Chamamos de moldura o conduto utilizado em linhas aparentes, 
fixado ao longo de paredes, compreendendo uma base com ra-nhuras 
para colocação de condutores e uma tampa desmontável 
em toda sua extensão. Recebe o nome de alizar, quando fixada 
em torno de um vão de porta ou de janela, e de rodapé, quando 
fixada junto ao ângulo parede-piso. As molduras podem ser de 
madeira ou de plástico. 
Um bloco alveolado é um bloco de construção com um ou mais furos 
que, por justaposição com outros blocos, forma um ou mais condutos 
fechados. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 24 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Uma canaleta no solo é um conduto com tampas ao nível do solo, 
removíveis e instaladas em toda sua extensão. As tampas podem ser 
maciças e/ou ventiladas e os cabos podem ser instalados diretamente 
ou em eletrodutos. 
Uma bandeja é um suporte de cabos constituído por uma base con-tínua 
com rebordos e sem cobertura, podendo ser ou não perfurada; 
é considerada perfurada se a superfície retirada da base for superior 
a 30%. As bandejas são geralmente metálicas (aço, alumínio). 
Uma escada para cabos (ou simplesmente escada) é um suporte 
constituído por uma base descontínua, formada por travessas ligadas 
a duas longarinas longitudinais, sem cobertura. As travessas devem 
ocupar menos de 10% da área total da base. Assim como as bandejas, 
as escadas são geralmente metálicas. 
Chamamos de poço um conduto vertical formado na estrutura do 
prédio. Nos poços, via de regra, os condutores são fixados direta-mente 
às paredes ou a bandejas ou escadas verticais, ou são insta-lados 
em eletrodutos. 
A galeria elétrica (ou simplesmente galeria) é um conduto 
fechado que pode ser visitado em toda sua extensão. Nas galerias, 
os condutores geralmente são instaladados em bandejas, escadas, 
eletrodutos ou em outros suportes (como prateleiras, ganchos, etc). 
Além dos condutos, os condutores podem ser instalados em prateleiras, 
ganchos e em espaços de construção. 
A prateleira para cabos (ou simplesmente prateleira) é um suporte 
contínuo para condutores, engastado ou fixado numa parede ou no teto 
por um de seus lados e com uma borda livre. 
Um gancho para cabos (ou apenas gancho) é um suporte consti-tuído 
por elementos simples fixados à estrutura ou aos elementos da 
construção. 
Um espaço de construção é um espaço existente na estrutura 
de um prédio, acessível apenas em certos pontos, e no qual são 
instalados condutores diretamente ou contidos em eletrodutos. São 
exemplos de espaço de construção dos forros falsos, pisos técnicos, 
pisos elevados, espaço no interior de divisórias ou de paredes de 
gesso acartonado (do tipo “Dry-wall”). 
Chamamos de caixa de derivação a caixa utilizada para passagem 
e/ou ligações de condutores entre si e/ou a dispositivos nela instalados. 
Espelho é a peça que serve de tampa para uma caixa de derivação, 
ou de suporte e remate para dispositivos de acesso externo. 
Condulete é uma caixa de derivação para linhas aparentes, dotada 
de tampa própria. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 25 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Eletrodutos 
Sua função principal é proteger os condutores elétricos contra certas 
influências externas (ex. choques mecânicos, agentes químicos, etc.) 
podendo também, em alguns casos, proteger o meio ambiente contra 
riscos de incêndio e de explosão resultantes de faltas envolvendo con-dutores, 
além de servir como condutor de proteção. 
Embora a definição atual de eletroduto não faça qualquer referência 
à forma da seção, os eletrodutos de seção circular são os de uso mais 
frequente e constituem o tipo mais comum de conduto. 
Em função do material de composição, os eletrodutos podem ser me-tálicos 
ou isolantes, e ainda magnéticos ou não magnéticos. Eles 
classificam-se, segundo a IEC, em rígidos, curváveis, transversal-mente 
elásticos e flexíveis (ver definições no quadro). 
Os eletrodutos metálicos rígidos são geralmente de aço-carbono, 
com proteção interna e externa feita com materiais resistentes à corro-são, 
podendo, em certos casos, ser fabricados em aço especial ou em 
alumínio (muito comum nos Estados Unidos). Normalmente a proteção 
dos eletrodutos de aço-carbono é caracterizada por um revestimento 
de zinco aplicado por imersão a quente (galvanização) ou zincagem em 
linha com cromatização, ou por um revestimento com tinta ou esmalte, 
ou ainda com composto asfáltico (externamente). No Brasil, devem obe-decer 
às seguintes normas: 
ABNT NBR 
5597 
Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com 
revestimento protetor e rosca NPT - Requisitos 
(2007) 
ABNT NBR 
5598 
Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com 
revestimento protetor e rosca BSP – Requisitos 
(2009) 
ABNT NBR 
5624 
Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, 
com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 
8133 (1994) 
ABNT NBR 
13057 
Eletroduto rígido de aço-carbono, com 
costura, zincado eletroliticamente e com rosca 
ABNT NBR 8133 (1994) 
Os eletrodutos metálicos rígidos fabricados segundo a ABNT NBR 5597 
e segundo a ABNT NBR 5598, de paredes mais grossas, são destina-dos, 
em princípio, a instalações industriais semelhantes. Os esmaltados 
só devem ser usados em instalações internas, em linhas embutidas 
ou em linhas aparentes, em locais onde a presença de substâncias 
corrosivas não seja notável. 
Parede Revestimento 
Os galvanizados são geralmente aplicados em instalações externas 
(aparentes) ou em linhas subterrâneas, em contato direto com a terra 
ou envelopados em concreto. 
Os fabricados segundo a ABNT NBR 13057 são destinados, em princípio, 
a instalações não industriais, sendo feitas as mesmas restrições quanto à 
aplicação dos esmaltados e galvanizados. 
Os eletrodutos metálicos rígidos são fabricados em “varas” de 3 metros, 
sendo suas dimensões principais indicadas na tabela a seguir. 
Os eletrodutos isolantes rígidos ou flexíveis constituem um outro 
tipo importante de conduto. São fabricados principalmente em políme-ros 
(plásticos) como o PVC ou polietileno (PE), mas podem ser de barro 
vitrificado (manilhas), cimento-amianto, etc. Para linhas acima do solo, 
aparentes ou embutidas, os de PVC são os mais utilizados no Brasil e 
para linhas subterrâneas em envelopes de concreto os de PE. 
O eletrodutos poliméricos devem atender à norma ABNT NBR 15465 
- Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa 
tensão - Requisitos de desempenho (2008) que prevê os requisitos de 
desempenho para eletrodutos plásticos rígidos (até DN 110) ou flexíveis 
(até DN 40), de seção circular. Estes eletrodutos podem ser aplicados 
aparentes, embutidos ou enterrados, e são empregados em instalações 
elétricas de edificações alimentadas sob baixa tensão. 
O eletrodutos flexíveis corrugados de PVC podem ser utilizados embuti-dos 
em paredes de alvenaria (tipo leve de até 320N / 5 cm) ou em lajes 
e pisos (tipo médio de até 750N / 5 cm), onde a resistência à compres-são 
deve ser maior. Os eletrodutos flexíveis de PVC são fornecidos em 
rolos de 50 m ou 25 m. 
Os demais tipos são usados exclusivamente em linhas subterrâneas 
ou, eventualmente, contidos em canaletas. A tabela dá as dimensões 
principais dos eletrodutos de PVC. 
Importante: a ABNT NBR 5410, em seu item 6.2.11.1.1 indica que “ é 
vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam expressa-mente 
apresentados e comercializados como tal.” E complementa em 
nota: “Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por 
seus fabricantes como mangueiras “ 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 26 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Os eletrodutos flexíveis metálicos são construídos, em geral, por 
uma fita de aço enrolada em hélice, por vezes com uma cobertura im-permeável 
de plástico, ou isolantes de polietileno ou PVC. Sua aplicação 
típica é na ligação de equipamentos que apresentem vibrações ou pe-quenos 
movimentos durante seu funcionamento. 
Cobertura Fita de aço 
Numa linha elétrica com eletrodutos, são usados os seguintes acessórios: 
 luva (rígidos) - peça cilíndrica rosqueada internamente, destinada 
a unir dois tubos ou um tubo e uma curva 
 bucha (rígidos) - peça de arremate das extremidades dos eletrodu-tos, 
destinada a evitar danos à isolação dos condutores por even-tuais 
rebarbas, durante o puxamento. Instalada na parte interna da 
caixa de derivação 
 arruela (rígidos) - peça rosqueada internamente (porca), colocada 
na parte externa da caixa de derivação, complementando a fixação 
do eletroduto à caixa 
 curva (rígidos) - de 45° e 90° 
 braçadeira (rígidos e flexíveis) 
 box (flexíveis) - peça destinada a fixar um eletroduto flexível a uma 
caixa ou a um eletroduto rígido 
Luva Bucha Arruela Braçadeira 
Curva 45o 
Curva 90o Box 
Recomenda a ABNT NBR 5410 que nos eletrodutos só sejam insta-lados 
condutores isolados, cabos unipolares e cabos multipolares. 
Nas instalações elétricas abrangidas pela ABNT NBR 5410 só são ad-mitidos 
eletrodutos não-propagantes de chama. 
Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que suportem os 
esforços de deformação característicos do tipo de construção utilizado. 
As dimensões internas dos eletrodutos e respectivos acessórios, os 
comprimentos entre os pontos de puxada e o número de curvas de-vem 
ser suficientes para que os condutores ou cabos a serem prote-gidos 
possam ser facilmente instalados e retirados após a instalação 
dos eletrodutos e acessórios. 
Para tanto é necessário que: 
 os condutores ou cabos não ocupem uma porcentagem da área útil 
do eletroduto superior a 53% para um condutor ou cabo, 31% para 
dois e 40% para três ou mais 
* Essa recomendação serve para excluir das linhas embutidas os 
pseudoeletrodutos flexíveis plásticos conhecidos por “mangueiras”, 
que não suportam qualquer tipo de esforço e podem comprometer 
a integridade dos condutores contidos. 
 não haja trechos contínuos retilíneos de tubulação (sem interposi-ção 
de caixas de derivação ou equipamentos) superiores a 15 m, 
sendo que nos trechos com curvas essa distância deve ser reduzi-da 
de 3 m para cada curva de 90°. Assim, por exemplo, um trecho 
de tubulação contendo 3 curvas não poderá ter um comprimento 
superior a 15 - (3 x 3) = 6 m. 
A figura abaixo indica as dimensões a considerar num eletroduto, e as 
tabelas dão as dimensões normalizadas dos eletrodutos de aço-carbo-no, 
e rígidos e flexíveis de PVC, respectivamente. A tabela dá as dimen-sões 
dos eletrodutos de acordo com a ABNT NBR 5598, para eletrodu-tos 
de aço carbono, e ABNT NBR 15465, para eletrodutos em PVC. 
de di 
EQUIVALÊNCIA ENTRE DIÂMETRO INTERNO 
E TAMANHO NOMINAL 
Tradicionalmente no Brasil os eletrodutos eram designados por seu 
diâmetro interno em polegadas. Com o advento das novas normas, 
a designação passou a ser feita pelo tamanho nominal, um simples 
número sem dimensão. 
Eletrodutos Rígidos 
de Aço-Carbono. 
Tamanho 
(Designação da 
Nominal 
Rosca) (Pol.) 
10 3/8 
15 1/2 
20 3/4 
25 1 
32 1-1/4 
40 1.1/2 
50 2 
65 2.1/2 
80 3 
90 3.1/2 
100 4 
125 5 
150 6 
Eletrodutos 
Rigidos de PVC. 
Tamanho 
Nominal 
(Designação da 
Rosca) (Pol.) 
16 1/2 
20 3/4 
25 1 
32 1.1/4 
40 1.1/2 
50 2 
60 2.1/2 
75 3 
85 3.1/2 
100 4 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 27 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Em cada trecho de tubulação entre duas caixas, ou entre extremidades, 
ou ainda entre caixa e extremidade, só devem ser previstas, no máximo, 
3 curvas de 90°, ou seu equivalente até, no máximo, 270°, não deven-do 
ser previstas curvas com deflexão superior a 90°. 
As caixas de derivação devem ser previstas: 
 em todos os pontos de entrada ou saída de condutores ou cabos na 
tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas 
abertas para linhas em eletrodutos que, nesses casos, devem ser 
rematados com buchas 
 em todos os pontos de emenda ou derivação dos condutores ou 
cabos 
 para dividir a tubulação, quando necessário, como visto anteriormente. 
Cálculo da ocupação de um eletroduto 
 Vamos considerar, a título de exemplo, condutores isolados co-bre/ 
poliolefina não halogenada, do tipo cabo flexível Afumex de 
2,5mm2, cujo diâmetro externo nominal é d = 3,4 mm 
 Adotaremos no cálculo a ocupação máxima de 40% da área útil 
do eletroduto e consideraremos eletrodutos de tamanho nominal 
20 (antigo 3/4”). 
 O procedimento de cálculo será o seguinte: 
 Cálculo da área útil do eletroduto (AE) 
4 π 
AE = __ (de - 2e)2 (mm2) 
sendo de o diâmetro externo mínimo e “e“ a espessura 
 Área total do condutor (AC) 
4 π 
AC = __ d2 (mm2) 
 Número máximo de condutores (N) 
0,40 AE 
N = _______ 
AC 
Quando o ramal de eletrodutos passar obrigatoriamente por áreas ina-cessíveis 
onde não haja possibilidade de emprego de caixas de deriva-ção, 
a distancia máxima entre caixas pode ser aumentada, procedendo-se 
da seguinte forma: 
 calcula-se a distância máxima permitida, considerando as curvas 
existentes 
 para cada 6 m (ou fração) de aumento da distância máxima, utiliza-se 
um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior ao 
que seria normalmente utilizado 
(1) Eletroduto de aço-carbono, tipo pesado, segundo a ABNT NBR 5597: 
4 π 
AE = __ [(26,7 - 0,38) - 2 x 2,65]2 = 347mm2 
4 π 
AC = __ x 3,42 = 9,08mm2 
0,40 x 347 
N = _________ = 15,2  15 
9,08 
(2) Eletroduto de aço-carbono segundo a ABNT NBR 5597: 
AE = __ [(26,7 - 0,38) - 2 x 2,25]2 
= 373mm2 
4 π 
0,40 x 373 
N = _________ = 16,4  16 
9,08 
(3) Eletroduto de aço-carbono, segundo a ABNT NBR 5598: 
AE = __ [(26,9 - 0,40) - 2 x 2,25]2 
= 380mm2 
4 π 
0,40 x 380 
N = _________ = 16,7  16 
9,08 
(4) Eletroduto de PVC, tipo soldável segundo a ABNT NBR 15465: 
AE = __ [(20,0 - 0,3) - 2 x 1]2 
= 246mm2 
4 π 
0,40 x 246 
N = _________ = 10,8  10 
9,08 
(5) Eletroduto de PVC, tipo roscável segundo a ABNT NBR 15465: 
AE = __ [(21,1 - 0,3) - 2 x 1,8]2 
= 232mm2 
4 π 
0,40 x 232 
N = _________ = 10,2  10 
9,08 
Tabela na página 29 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 28 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Dimensões principais dos eletrodutos 
rígidos de aço-carbono 
Tamanho 
Nominal 
Diâmetro 
Externo (mm) 
Espessura 
de Parede (mm) 
ABNT NBR 5597 
10 17,1 ± 0,38 2,00 
15 21,3 ±0,38 2,25 
20 26,7 ± 0,38 2,25 
25 33,4 ± 0,38 2,65 
32 42,2 ± 0,38 3,00 
40 48,3 ± 0,38 3,00 
50 60,3 ± 0,38 3,35 
65 73,0 ± 0,64 3,75 
80 88,9 ± 0,64 3,75 
90 101,6 ± 0,64 4,25 
100 114,3 ± 0,64 4,25 
125 141,3 ± 1% 5,00 
130 168,3 ± 1% 5,30 
ABNT NBR 5598 
10 17,1 ± 0,40 2,00 
15 21,3 ± 0,40 2,25 
20 26,9 ± 0,40 2,25 
25 33,7 ± 0,40 2,65 
32 42,4 ± 1% 2,65 
40 48,3 ± 1% 3,00 
50 60,3 ± 1% 3,00 
65 76,1 ± 1% 3,35 
80 88,9 ± 1% 3,35 
90 101,6 ± 1% 3,35 
100 114,3 ± 1% 3,75 
125 139,7 ± 1% 4,75 
130 161,1 ± 1% 5,00 
ABNT NBR 13057 
10 16,5 1,50 
15 20,4 1,50 
20 25,6 1,50 
25 31,9 1,50 
32 41,0 2,00 
40 47,1 2,25 
50 59,0 2,25 
65 74,9 2,65 
80 87,6 2,65 
90 100,0 2,65 
100 112,7 2,65 
Dimensões principais dos eletrodutos 
rígidos de PVC (ABNT NBR 15465) 
Tamanho 
Nominal 
Diâmetro 
Externo (mm) 
Espessura 
de Parede (mm) 
Tipo Soldável 
16 16,0 ± 0,3 1,0 
20 20,0 ± 0,3 1,0 
25 25,0 ± 0,3 1,0 
32 32,0 ± 0,3 1,0 
40 40,0 ± 0,4 1,0 
50 50,0 ± 0,4 1,1 
60 60,0 ± 0,4 1,3 
75 75,0 ± 0,4 1,5 
85 85,0 ± 0,4 1,8 
Tipo Roscável 
16 16,7 ± 0,3 1,8 
20 21,1 ± 0,3 1,8 
25 26,2 ± 0,3 2,3 
32 33,2 ± 0,3 2,7 
40 42,2 ± 0,3 2,9 
50 47,8 ± 0,4 3,0 
60 59,4 ± 0,4 3,1 
75 75,1 ± 0,4 3,8 
85 88,0 ± 0,4 4,0 
110 113,1± 0,4 4,0 
Notas: 
1. Para ambos os tipos são admitidas as seguintes variações na 
espessura de parede: 
• para tamanhos de 16 a 32 - + 0,4, - 0 
• para tamanhos de 40 a 75 - + 0,5, - 0 
• para o tamanho de 85 - + 0,6, - 0 
2. Os eletrodutos devem ser fabricados em varas de 3,00 m, com 
variações de +1% e -0,5%. 
Notas: 
1. Para os eletrodutos fabricados de acordo com as normas ABNT 
NBR 5597 e ABNT NBR 5598 são admitidas variações na espes-sura 
da parede que não excedam 12,5% para menos, ficando em 
aberto as variações para mais. 
2. Os eletrodutos rígidos devem ser fabricados em varas de 3.000 
± 20 mm. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 29 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Dimensões principais dos eletrodutos 
flexíveis de PVC (ABNT NBR 15465) 
Tamanho 
Nominal 
Diâmetro 
Externo (mm) 
Espessura 
de Parede (mm) 
Tipo Corrugado – Leve ou Médio 
16 16,0 ± 0,3 2,1 
20 20,0 ± 0,3 2,3 
25 25,0 ± 0,4 3 
32 32,0 ± 0,4 3,5 
40 40,0 ± 0,5 4,5 
Tipos de linhas elétricas 
Esta tabela indica os tipos de linhas elétricas recomendados pela ABNT NBR 5410. É importante observar 
que as linhas estão classificadas em grupos (em função das capacidades de condução de corrente). 
Tipos de linhas elétricas (conforme tabela 33 da ABNT NBR 5410) 
Método de 
instalação número 
Descrição 
Método de referência a 
utilizar para a capacidade 
de condução de corrente(1) 
1 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido 
em parede termicamente isolante(2) A1 
2 
Cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente 
isolante(2) A2 
3 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seção circular 
sobre parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez o diâmetro do eletroduto 
B1 
4 
Cabo multipolar em eletroduto aparente de seção circular sobre parede 
ou espaçado desta menos de 0,3 vez o diâmetro do eletroduto 
B2 
5 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seção não 
circular sobre parede 
B1 
6 Cabo multipolar em eletroduto aparente de seção não circular sobre parede B2 
7 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido 
em alvenaria 
B1 
8 Cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria B2 
11 
Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez 
o diâmetro do cabo 
C 
11A Cabos unipolares ou cabo multipolar fixado diretamente no teto C 
11B 
Cabos unipolares ou cabo multipolar afastado do teto mais de 0,3 vez 
o diâmetro do cabo 
C 
12 Cabos unipolares ou cabo multipolar em bandeja não perfurada ou prateleira C 
13 Cabos unipolares ou cabo multipolar em bandeja perfurada, horizontal ou vertical 
E (multipolar) 
F (unipolares) 
14 Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre suportes horizontais ou tela 
E (multipolar) 
F (unipolares) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 30 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Método de 
instalação 
número 
Descrição 
Método de referência a 
utilizar para a capacidade 
de condução de corrente’1’ 
15 Cabos unipolares ou cabo multipolar afastado(s) da parede mais de 0,3 vez o diâmetro do cabo 
E (multipolar) 
F (unipolares) 
16 Cabos unipolares ou cabo multipolar em leito 
E (multipolar 
F (unipolares) 
17 Cabos unipolares ou cabo multipolar suspenso por cabo de suporte, incorporado ou não 
E (multipolar) 
F (unipolares) 
18 Condutores nus ou isolados sobre isoladores G 
1,5 De < V < 5 De 
(9) 
21 
Cabos unipolares ou cabos multipolares em espaço de construção(5), sejam eles lançados 
diretamente sobre a superfície do espaço de construção, sejam instalados em suportes ou 
condutos abertos (bandeja, prateleira, tela ou leito) dispostos no espaço de construção(5) (6) 
B2 
5 De < V < 50 De 
B1 
22 Condutores isolados em eletroduto de seção circular em espaço de construção(5) (7) 
1,5 De < V < 20 De 
(9) 
B2 
V > 20 De 
(9) 
B1 
23 Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção circular em espaço de construção(5) (7) B2 
24 Condutores isolados em eletroduto de seção não-circular ou eletrocalha em espaço de construção(5) 
1,5 De < V < 20 De 
(9) 
B2 
V > 20 De 
(9) 
B1 
25 
Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção não-circular 
ou eletrocalha em espaço de construção(5) B2 
26 Condutores isolados em eletroduto de seção não-circular embutido em alvenaria(6) 
1,5 De < V < 5 De 
(9) 
B2 
5 De < V < 50 De 
(9) 
B1 
27 Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção não-circular embutido em alvenaria B2 
28 Cabos unipolares ou cabo multipolar em forro falso ou em piso elevado(7) 
1,5 De < V < 5 De 
(9) 
B2 
5 De < V < 50 De 
(9) 
B1 
31 32 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrocalha sobre parede 
em percurso horizontal ou vertical 
B1 
31A 32A Cabo multipolar em eletrocalha sobre parede em percurso horizontal ou vertical B2 
33 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada encaixada no piso B1 
34 Cabo multipolar em canaleta fechada encaixada no piso B2 
35 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrocalha ou perfilado suspensa(o) B1 
36 Cabo multipolar em eletrocalha ou perfilado suspensa(o) B2 
41 
Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular contido em canaleta 
fechada com percurso horizontal ou vertical 
1,5 De < V < 20 De 
(9) 
B2 
V > 20 De 
(9) 
B1 
42 
Condutores isolados em eletroduto de seção circular contido em canaleta 
ventilada encaixada no piso 
B1 
43 Cabos unipolares ou cabo multipolar em canaleta ventilada encaixada no piso B1 
51 Cabo multipolar embutido diretamente em parede termicamente isolante(2) A1 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 31 - Capitulo III
CAPÍTULO III 
Linhas elétricas 
Método de 
instalação 
número 
Descrição 
Método de referência a 
utilizar para a capacidade 
de condução de corrente’1’ 
52 
Cabos unipolares ou cabo multipolar embutido(s) diretamente em alvenaria sem proteção mecânica 
adicional 
C 
53 
Cabos unipolares ou cabo multipolar embutido(s) diretamente em alvenaria com proteção mecânica 
adicional 
C 
61 Cabo multipolar em eletroduto (de seção circular ou não) ou em canaleta não ventilada enterrado(a) D 
61A 
Cabo unipolar em eletroduto (de seção circular ou não) 
ou em canaleta não ventilada enterrado(a)(8) D 
63 Cabos unipolares ou cabo multipolar diretamente enterrado(s), com proteção mecânica adicional D 
71 Condutores isolados ou cabos unipolares em moldura A1 
72 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta provida de separações sobre parede B1 
72A Cabo multipolar em canaleta provida de separações sobre parede B2 
73 
Condutores isolados em eletroduto, cabos unipolares ou 
cabo multipolar embutido(s) em caixilho de porta 
A1 
74 
Condutores isolados em eletroduto, cabos unipolares ou cabo multipolar 
e embutido(s) em caixilho de janela 
A1 
75 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta embutida em parede B1 
75A Cabo multipolar em canaleta embutida em parede B2 
1) Método de referência a ser utilizado na determinação da capacidade de condução 
de corrente. Ver 6.2.5.1.2. 
2) Assume-se que a face interna da parede apresenta uma condutância térmica não 
inferior a 10 W/m2.K. 
3) Admitem-se também condutores isolados em perfilado, desde que nas condições 
definidas na nota de 6.2.11.4.1. 
4) A capacidade de condução de corrente para bandeja perfurada foi determinada 
considerando-se que os furos ocupassem no mínimo 30% da área da bandeja. Se os 
furos ocuparem menos de 30% da área da bandeja, ela deve ser considerada como 
“não-perfurada”. 
5) Conforme a ABNT NBR IEC 60050 (826), os poços, as galerias, os pisos técnicos, 
os condutos formados por blocos alveolados, os forros falsos, os pisos elevados e 
os espaços internos existentes em certos tipos de divisórias (como, por exemplo, as 
paredes de gesso acartonado) são considerados espaços de construção. 
6) De é o diâmetro externo do cabo, no caso de cabo multipolar. No caso de cabos 
unipolares ou condutores isolados, distinguem-se duas situações: 
• três cabos unipolares (ou condutores isolados) dispostos em trifólio: De deve ser 
tomado igual a 2,2 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado; 
• três cabos unipolares (ou condutores isolados) agrupados num mesmo plano: De 
deve ser tomado igual a 3 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado. 
7) De é o diâmetro externo do eletroduto, quando de seção circular, ou altura/profun-didade 
do eletroduto de seção não-circular ou da eletrocalha. 
8) Admite-se também o uso de condutores isolados, desde que nas condições defini-das 
na nota de 6.2.11.6.1. 
9) Admitem-se cabos diretamente enterrados sem proteção mecânica adicional, 
desde que esses cabos sejam providos de armação (ver 6.2.11.6). Deve-se notar, 
porém, que esta Norma não fornece valores de capacidade de condução de corrente 
para cabos armados. Tais capacidades devem ser determinadas como indicado na 
ABNT NBR 11301. 
NOTA: Em linhas ou trechos verticais, quando a ventilação for restrita, deve-se 
atentar para risco de aumento considerável da temperatura ambiente no topo do 
trecho vertical. 
housepress - versão A - 05/07/2010 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 32 - Capitulo III
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Os perigos da corrente elétrica 
Especialistas de diversos países têm estudado atentamente os efeitos 
da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. As conclusões a 
que chegaram eminentes cientistas e pesquisadores, através de expe-riências 
feitas com seres humanos e com animais, foram utilizadas pela 
IEC em sua Publicação no 479-1, “Effects of current passing through the 
human body”, de 1984. É nesse documento que se baseiam as prin-cipais 
normas internacionais de instalações elétricas, inclusive a nossa 
ABNT NBR 5410, nas partes que tratam da proteção das pessoas e dos 
animais domésticos contra os choques elétricos. Podem ser caracteri-zados 
quatro fenômenos patológicos críticos: a tetanização, a parada 
respiratória, as queimaduras e a fíbrilação ventricular, que passamos a 
descrever sucintamente. 
Tetanização 
É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através 
dos tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos im-pulsos 
de comando da mente, a corrente os anula podendo bloquear 
um membro ou o corpo inteiro. De nada valem, nesses casos, a cons­ciência 
do indivíduo e sua vontade de interromper o contato. 
Parada respiratória 
Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pul-mões 
são bloqueados e a função vital de respiração para. Trata-se de 
uma situação de emergência. 
Queimaduras 
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do 
desenvolvimento de calor por efeito Joule, podendo produzir queimadu-ras. 
Nos pontos de entrada e saída da corrente a situação toma-se mais 
crítica, tendo em vista, principalmente, a elevada resistência da pele e a 
maior densidade de corrente naqueles pontos. As queimaduras produzi-das 
por corrente elétrica são, via de regra, as mais profundas e as de cura 
mais difícil, podendo mesmo causar a morte por insuficiência renal. 
Fibrilação ventricular 
Se a corrente atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar 
seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos que, em condições 
normais, regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole) são 
alterados: o coração vibra desordenadamente e, em termos técnicos, 
“perde o passo”. 
A situação é de emergência extrema, porque cessa o fluxo vital de san-gue 
ao corpo. Observe-se que a fibrilação é um fenômemo irreversível, 
que se mantém mesmo quando cessa a causa; só pode ser anulada 
mediante o emprego de um equipamento chamado “desfibrilador”, dis-ponível, 
via de regra, apenas em hospitais e pronto-socorros. 
fase crítica do 
ciclo cardíaco 
150ms 
750ms 
A figura representa um ciclo cardíaco completo cuja duração média é 
de 750 milésimos de segundo. A fase crítica correspondente à dias-tole 
tem uma duração aproximada de 150 milésimos de segundo. 
Tensão 
Aplicada 
1 
2 
Quando uma tensão é aplicada entre dois pontos do corpo de uma 
pessoa, passa a circular uma corrente elétrica. 
Ocorre que a resistência do corpo humano não é constante, mas varia 
bastante dentro de limites amplos, dependendo de diversos fatores de 
natureza física e biológica, inclusive da tensão aplicada, bem como do 
trajeto da corrente, sendo muito difícil estabelecer um valor padronizado. 
Efeitos Fisiológicos da Corrente Elétrica 
CA de 15 a 100Hz, trajeto entre extremidades do corpo, pessoas de, 
no mínino, 50 quilos de peso 
Faixa de corrente Reações fisiológicas habituais 
0,1 a 0.5mA 
Leve percepção superficial; habitualmente 
nenhum efeito 
0,5 a 10mA 
Ligeira paralisia nos músculos do braço, com 
início de tetanização; habitualmente nenhum 
efeito perigoso 
10 a 30mA 
Nenhum efeito perigoso se houver interrupção 
em, no máximo, 5 segundos 
30 a 500mA 
Paralisia estendida aos músculos do tórax, com 
sensação de falta de ar e tontura; possibilidade 
de fibrilação ventricular se a descarga elétrica 
se manifestar na fase crítica do ciclo cardíaco 
e por tempo superior a 200 ms 
Acima de 500mA 
Traumas cardíacos persistentes; 
nesse caso o efeito é letal, salvo 
intervenção imediata de pessoal 
especializado com equipamento 
adequado. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 33 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
10000 
5000 
2000 
1000 
500 
200 
100 
50 
20 
10 
a b c1 c2 c3 
1 2 3 4 
0,2 0,5 1 2 5 10 20 50 100 200 500 1000 2000 5000 10000 
Zonas tempo-corrente de efeitos de corrente 
alternada (15 a 100Hz) sobre as pessoas. 
Proteção contra choques elétricos 
São duas, como vimos no capítulo anterior, as condições de perigo para 
as pessoas em relação às instalações elétricas: 
 Os contatos diretos, que consistem no contato com partes metáli-cas 
 Os contatos indiretos, que consistem no contato com partes metá-licas 
normalmente não energizadas (massas), mas que podem ficar 
Proteção contra contatos diretos 
segundo a ABNT NBR 5410 
Proteção Tipo de Medida Sistema Tipo de Pessoa 
Passiva Isolação das partes vivas sem possibílidade de remoção Comum 
Passiva Invólucros ou barreiras removíveis apenas com chave ou ferramenta 
com intertravamento ou com uso de barreira intermediária Comum 
Passiva Obstáculos removíveis sem ferramenta Advertida Qualificada 
Passiva Distanciamento das partes vivas acessíveis Advertida Qualificada 
Complementar Ativa Circuito protegido por dispositivo DR de alta sensibilidade Qualquer 
Proteção em locais acessíveis 
apenas a pessoas qualificadas 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
A Publicação no 479-1 da IEC define quatro 
zonas de efeitos para correntes alternadas de 
15 a 100Hz, admitindo a circulação de corren-tes 
entre as extremidades do corpo para pes-soas 
com 50Kg ou mais. 
1 - Nenhum efeito perceptível 
2 - Efeitos fisiológicos geralmente não danosos 
3 - Efeitos fisiológicos notáveis (parada cardíaca, 
parada respiratória, contrações musculares) geral-mente 
reversíveis 
4 - Elevada probabilidade de eleitos fisiológicos 
graves e irreversíveis: fibrilação cardíaca, parada 
respiratória 
normalmente sob tensão (partes vivas); 
energizadas devido a uma falha de isolamento. 
Para ambas as condições a ABNT NBR 5410 prescreve rigorosas me-didas 
de proteção, que podem ser “ativas” ou “passivas”. 
As medidas ativas consistem na utilização de dispositivos e méto-dos 
que proporcionam o seccionamento automático do circuito quando 
ocorrerem situações de perigo para os usuários. 
As medidas passivas, por sua vez, consistem no uso de dispositivos e 
métodos que se destinam a limitar a corrente elétrica que pode atraves-sar 
o corpo humano ou a impedir o acesso às partes energizadas. 
Proteção em locais 
Parcial 
acessíveis a qualquer pessoa 
Total 
com invólucros 
ou barreiras 
com isolamento total 
> IP20 
com obstáculos 
por distanciamento (m) 
2,50 
1,25 
0,75 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 34 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Proteção contra contatos indiretos 
segundo a ABNT NBR 5410 
Tipo de Medida Sistema 
Passiva (sem seccionamento 
automático do circuito) 
Isolação dupla 
Locais não condutores 
Separação elétrica 
Ligações equipotenciais 
Ativa (com seccionamento 
automático do circuito) 
Esquema TN 
Esquema TT 
Esquema IT 
Proteção por dupla isolação 
Isolação básica 
Isolação suplementar 
Invólucro metálico eventual 
Proteção por locais não condutores 
Proteção por ligação eqüipotencial Proteção por separação elétrica 
Transformação 
de separação 
Isolamento 
> 1000 x U 
Comprimento máximo 
do circuito < 100.000 
UN 
Não ligue 
à terra 
Ligação 
eqüipotencial 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 35 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Aterramentos 
Entendemos por aterramento a ligação intencional de um condutor 
à terra. 
Se essa ligação é feita diretamente, sem a interposição de qualquer 
impedância (ou resistência) falamos em aterramento direto. 
Se, ao contrário, entre o condutor e a terra insere-se uma impedância, 
dizemos que o aterramento é não direto. 
Dois são os tipos de aterramento numa instalação: 
 o aterramento funcional que consiste na ligação à terra de um 
dos condutores do sistema (geralmente o neutro), com o objetivo de 
garantir o funcionamento correto, seguro e confiável da instalação 
 o aterramento de proteção que consiste na ligação à terra das 
massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, com o 
único objetivo de proporcionar proteção contra contatos indiretos. 
Algumas vezes são realizados aterramentos “conjuntos”, funcionais e 
de proteção. 
Os aterramentos são efetuados com eletrodos de aterramento, que 
são os condutores colocados em contato com a terra. Estes podem ser: 
hastes, perfis, barras, cabos nus, fitas, etc. A ABNT NBR 5410 estabe-lece 
que o eletrodo de aterramento preferencial de uma instalação seja 
aquele constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das 
fundações das edificações. 
O termo “eletrodo” refere-se sempre ao condutor ou ao conjunto de 
condutores em contato com a terra e, portanto, abrange desde uma 
simples haste isolada até uma complexa “malha” de aterramento, cons-tituída 
pela associação de hastes com cabos. 
Em qualquer tipo de prédio deve existir um “sistema de terra” consti-tuído 
por: 
 eletrodo de aterramento - condutor ou conjunto de condutores 
em contato íntimo com o solo e que garante(m) uma ligação elétrica 
com ele; 
 condutor de proteção (PE) - condutor prescrito em certas me-didas 
de proteção contra os choques elétricos e destinado a ligar 
eletricamente: 
• massa 
• elementos condutores estranhos à instalação 
• eletrodos de aterramento principal 
• eletrodos de aterramento, e/ou 
• pontos de alimentação ligados à terra ou ao ponto neutro artificial 
 condutor PEN - condutor ligado à terra garantindo ao mesmo 
tempo as funções de condutor de proteção e de condutor neu-tro; 
a designação PEN resulta da combinação PE (de condutor de 
proteção) +N (de neutro); o condutor PEN não é considerado um 
condutor vivo; 
 terminal (ou barra) de aterramento principal - terminal (ou 
barra) destinado a ligar, ao dispositivo de aterramento, os condu-tores 
de proteção, incluindo os condutores de eqüipontencialidade 
e, eventualmente, os condutores que garantam um aterramento 
funcional; 
 resistência de aterramento (total) - resistência elétrica entre o ter-minal 
de aterramento principal de uma instalação elétrica e a terra; 
 condutor de aterramento - condutor de proteção que liga o termi-nal 
(ou barra) de aterramento principal ao eletrodo de aterramento; 
 ligação eqüipotencial - ligação elétrica destinada a colocar no 
mesmo potencial ou em potenciais vizinhos as massas e os ele-mentos 
condutores estranhos à instalação; podemos ter numa ins-talação 
três tipos de ligação eqüipotencial: 
• a ligação eqüipotencial principal, 
• ligações eqüipotenciais suplementares, 
• ligações eqüipotenciais não ligadas à terra; 
 condutor de eqüipotencialidade - condutor de proteção que 
garante uma ligação eqüipotencial; 
 condutor de proteção principal - condutor de proteção que liga 
os diversos condutores de proteção da instalação ao terminal de 
aterramento principal. 
Malha 
Terminal de aterramento 
Condutores 
de proteção 
Ligação eqüipotencial 
suplementar 
Condutor de 
proteção principal 
Terminal de 
aterramento principal 
Condutor de 
aterramento 
Ligação eqüipotencial 
(tubulações metálicas não elétricas) 
Dispositivo de verificação 
Condutor de 
aterramento 
Estrutura do prédio 
(Eletrodo preferencial) 
Poço de inspeção 
Condutor nu 
Mínimo 
0,5m 
Haste 
Eletrodo alternativos 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 36 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Tensão de contato 
Muito embora seja a corrente (juntamente com o tempo) a grandeza 
mais importante no estudo do choque elétrico, como foi visto anterior-mente, 
por razões óbvias, só se pode avaliá-la indiretamente, ou seja, 
recorrendo à tensão aplicada ao corpo humano. 
Define-se então a tensão de contato, como sendo a tensão a que 
uma pessoa possa ser submetida ao tocar, simultaneamente, em um 
objeto colocado sob tensão e um outro elemento que se encontra num 
potencial diferente. 
O perigo para uma pessoa não está simplesmente em tocar um objeto 
sob tensão, mas, sim, em tocar simultaneamente um outro objeto que 
esteja num potencial diferente em relação ao primeiro. As pessoas 
encontram-se, via de regra, em contato com o solo, ou com o soalho 
ou com uma parede. Na posição normal, os pés estão sobre o solo e, 
a menos que a pessoa esteja calçando sapatos com sola isolante, seu 
corpo encontra-se praticamente no potencial do solo. 
Em certos casos o solo é isolante e está realmente isolado da terra, não 
havendo então qualquer perigo. No entanto, como regra geral, os indivíduos 
encontram-se em contato com objetos ou partes de um prédio que estão 
num potencial elétrico bem definido, geralmente o da terra, e qualquer con-tato 
com um outro elemento num potencial diferente pode ser perigoso. 
Fase sob falta 
Falta fase-massa 
Massa 
sob falta 
Terminal de 
aterramento principal 
UF Tensão 
de falta 
Resistência entre o 
elemento condutor e a terra 
Elemento condutor 
estranho à instalação 
Tensão 
de contato 
Tensão entre o 
elemento condutor 
e a terra 
UB 
UR 
R 
UB = UF – UR 
se R = 0  UR = 0  UB = UF 
(hipótese usual) 
A ABNT NBR 5410 estabelece o tempo máximo durante o qual uma 
pessoa pode suportar uma dada tensão de contato. Esses tempos con-sideram 
duas “situações” em que podem estar as pessoas: 
 situação 1: ambientes normais; 
 situação 2: áreas externas, canteiros de obras, outros locais em 
que as pessoas estejam normalmente molhadas. 
Tempos de seccionamento máximos no esquema 
TN (conforme Tabela 25 da ABNT NBR 5410) 
UO Tempo de seccionamento(s) 
(V) Situação 1 Situação 2 
115, 120, 127 0,8 0,35 
220 0,4 0,20 
254 0,4 0,20 
277 0,4 0,20 
400 0,2 0,05 
NOTA 
UO = tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 37 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
A proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático da 
alimentação do circuito (onde ocorra a falta fase-massa) é a principal 
das medidas de proteção, segundo a ABNT NBR 5410. Seu objetivo é 
evitar que uma tensão de contato UB superior à tensão de contato limite 
UL (50V na situação 1 ou 25V na situação 2) permaneça por um tempo 
que possa resultar em perigo para as pessoas. 
Baseia-se em 2 condições: 
 existência de um percurso para a corrente de falta, 
 seccionamento do circuito por dispositivo apropriado em tempo 
adequado. 
O percurso da corrente de falta é função do esquema de aterra-mento 
e só pode ser realizado através dos condutores de proteção que 
ligam as massas ao terminal de aterramento principal. 
O seccionamento do circuito depende das características dos dis-positivos 
de proteção utilizados (disjuntores, dispositivos fusíveis ou 
dispositivos DR). 
O tempo t em que deve ocorrer o seccionamento automático do circuito 
deve ser: 
 no máximo 5 segundos, quando UB = UL 
 no máximo 5 segundos para circuitos de distribuição e para circuitos 
terminais que só alimentam equipamentos fixos (na situação 1) 
 no máximo igual ao obtido da curva t em função de UB. 
A ABNT NBR 5410 classifica os esquemas de aterramento (consideran-do 
o aterramento funcional e o de proteção), de acordo com a seguinte 
notação, que utiliza 2, 3 ou 4 letras: 
1a letra — indica a situação da alimentação em relação à terra: 
 T — um ponto diretamente aterrado, 
 I — isolação de todas as partes vivas ou aterramento através 
da impedância; 
2a letra — situação das massas em relação à terra: 
 T — massas diretamente aterradas, independentemente do 
aterramento eventual de um ponto de alimentação, 
 N — massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação 
aterrado, geralmente o ponto neutro; 
outras letras (eventuais) — disposição do condutor neutro e do condu-tor 
de proteção: 
 S — funções de neutro e de proteção asseguradas por condu-tores 
distintos, 
 C — funções de neutro e de proteção combinadas em único 
condutor (condutor PEN). 
Condutores de proteção 
Os condutores de proteção devem estar presentes em todas as instala-ções 
de baixa tensão, seja qual for o esquema de aterramento adotado, 
TN, TT, ou IT, e desempenham um papel fundamental na proteção con-tra 
os contatos indiretos. São eles que garantem a perfeita continuidade 
do circuito de terra para o escoamento das correntes de fuga e/ou de 
falta da instalação. 
Em seu sentido mais geral o termo “condutor de proteção” inclui: 
 os condutores de proteção dos circuitos terminais e de distribuição; 
 os condutores de eqüipotencialidade; 
 o condutor de aterramento. 
Trataremos aqui dos condutores de proteção dos circuitos, designados 
internacionalmente pelas letras PE (de Protection Earth). 
Num circuito terminal o condutor de proteção liga as massas dos equi-pamentos 
de utilização e, se for o caso, o terminal “terra” das tomadas 
de corrente, alimentados pelo circuito ao terminal de aterramento do 
quadro de distribuição respectivo. 
Num circuito de distribuição, o condutor de proteção interliga o terminal 
de aterramento do quadro de onde parte o circuito ao terminal de ater-ramento 
do quadro alimentado pelo circuito. 
Como condutores de proteção de circuito devem ser usados preferen-cialmente: 
 condutores isolados, como o Afumex Plus e o Superastic Flex 
 cabos unipolares, como o Afumex 1 kV e o Gsette (de 1 condutor) 
 veias de cabos multipolares, como o Afumex 1 kV e o Gsette 
(de 3 ou 4 condutores) 
Os condutores isolados e os cabos unipolares devem, de preferência, 
fazer parte da mesma linha elétrica do circuito, o que é, aliás, explicita-mente 
recomendado pela ABNT NBR 5410 nos esquemas TN. 
Quando os condutores de proteção forem identificados através de cor, 
deve ser usada a dupla coloração verde-amarelo ou, opcionalmente, a 
cor verde. No caso dos condutores PEN deve ser usada a cor azul-claro 
(a mesma que identifica o neutro), com indicação verde-amarelo nos 
pontos visíveis e/ou acessíveis. Nos condutores isolados e nas veias de 
cabos multipolares a identificação deve ser feita na isolação, enquanto 
que, nos cabos unipolares, deve ser feita na cobertura. 
Seção dos condutores 
fase (S) mm2 
Seção dos condutores 
de proteção (SPE) mm2 
S < 16 SPE = S 
16 < S < 35 SPE = 16 
S > 35 SPE = S/2 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 38 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Dispositivo DR 
Princípio de funcionamento do dispositivo diferencial-residual. 
Um dispositivo diferencial-residual (dispositivo DR) é constituído, em 
suas linhas essenciais, pelos seguintes elementos principais: 
1 — contatos fixos e contatos móveis 
2 — transformador diferencial 
3 — disparador diferencial (relê polarizado) 
Os contatos têm por função permitir a abertura e o fechamento do 
circuito e são dimensionados de acordo com a corrente nominal (lN ) do 
dipositivo. Quando se trata de um disjuntor termomagnético diferencial, 
os contatos são dimensionados para poder interromper correntes de 
curto-circuito até o limite dado pela capacidade de interrupção de cor-rente 
nominal do dispositivo. 
O transformador é constituído por um núcleo laminado, de material com 
alta permeabilidade, com tantas bobinas primárias quantos forem os pólos 
do dispositivo (no caso do dispositivo da fig., bipolar, duas bobinas) e uma 
bobina secundária destinada a detectar a corrente diferencial-residual. 
As bobinas primárias são iguais e enroladas de modo que, em condi-ções 
normais, seja praticamente nulo o fluxo resultante no núcleo; a bo-bina 
secundária tem por função “sentir” um eventual fluxo resultante. 
O sinal na saída da bobina secundária é enviado a um relé polarizado,que 
aciona o mecanismo de disparo para abertura dos contatos principais. 
O disparador diferencial é um relê polarizado constituído por um ímã 
permanente, uma bobina ligada à bobina secundária do transformador 
e uma peça móvel, fixada de um lado por uma mola e ligada mecani-camente 
aos contatos do dispositivo; na condição de repouso, a peça 
móvel permanece na posição fechada, encostada no núcleo e tracio-nando 
a mola. A aplicação do relê polarizado por desmagnetização ou 
por saturação é generalizada nos dispositivos diferenciais, uma vez que 
com ele é suficiente uma pequena energia para acionar mecanismos 
de uma certa complexidade. Em condições de funcionamento normal, 
o fluxo resultante no núcleo do transformador, produzido pelas corren-tes 
que percorrem os condutores de alimentação, é nulo e na bobina 
secundária não é gerada nenhuma força eletromotriz. A parte móvel 
do disparador diferencial está em contato com o núcleo (como na fig.), 
tracionando a mola, atraída pelo campo do ímã permanente. 
Quando o fluxo resultante no núcleo do transformador for diferente de 
zero, isto é, quando existir uma corrente diferencial-residual, lDR, será 
gerada uma força eletromotriz na bobina secundária e uma corrente 
percorrerá a bobina do núcleo do disparador. 
Quando lDR for igual ou superior a lΔN (corrente diferencial-residual no-minal 
de atuação do dispositivo), o fluxo criado no núcleo do disparador 
pela corrente proveniente da bobina secundária do transformador pro-voca 
a desmagnetização do núcleo, abrindo o contato da parte móvel e, 
conseqüentemente, os contatos principais do dispositivo. 
Os dispositivos DR com lΔN superior a 0,03A (baixa sensibilidade) são 
destinados à proteção contra contatos indiretos e contra incêndio. 
Os dispositivos com IΔN igual ou inferior a 0,03A (alta sensibilidade), além 
de proporcionarem proteção contra contatos indiretos, se constituem, 
como vimos, numa proteção complementar contra contatos diretos. 
Em condições normais a soma das correntes que percorrem os condu-tores 
vivos do circuito (l1, l2, l3 e lN) é igual a zero, isto é, lDR = 0, mesmo 
E 
I1 = I2 
FR = 0 
I1 I2 
I1 - I2 = IF = IDR 
que haja desequilíbrio de correntes. 
Esquema do disjuntor diferencial 
1 
3 
2 
Ausência de falta para terra 
id 
FR 
Condição de falta para terra 
F FR 0 R 
I1 I2 
IF 
id 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 39 - Capitulo IV
Esquema Princípio Configurações básicas Percurso da corrente de falta Tempo de seccionamento Impedância Tensão de contato 
Dispositivos de proteção 
contra contatos indiretos 
Condição de 
proteção 
Observações 
TN TN-S Alimentação 
aterrada; 
massas 
aterradas 
junto com 
a alimentação. 
No máximo 5S para circuitos 
de distribuição e para 
circuitos terminais que só 
alimentem equipamentos 
fixos (situação 1); 
Em todos os demais casos, 
no máximo igual ao obtido 
da curva tempo-tensão em 
função de UB. 
RPE 
ZS = RE + RL + RPE UB = UO ____ 
ZS 
Disjuntores 
Dispositivos fusíveis 
Dispositivos DR 
ZS . Ia < UO 
- TN-C só pode ser usado em 
instalações fixas com S > 10 mm2; 
- No TN-C não podem ser utilizados 
dispositivos DR; 
- Os dispositivos DR devem ser usados 
quando não puder ser cumprida a 
condição de proteção; 
- Devem ser objeto de proteção 
complementar contra contatos diretos 
por meio de dispositivos DR de alta 
sensibilidade (IΔN < 30mA): 
a) circuitos que sirvam a pontos em 
locais contendo banheira ou chuveiro; 
b) circuitos que alimentem tomadas de 
corrente em áreas externas; 
c) circuitos de tomadas de corrente 
em áreas internas que possam vir 
alimentar equipamentos no exterior; 
d) circuitos de tomadas de corrente em 
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, 
áreas de serviço, garagens e, no geral, 
a todo local interno molhado em uso 
normal ou sujeito a lavagens. 
TN-C 
Disjuntores 
Dispositivos fusíveis 
TN-CS 
Disjuntores 
Dispositivos fusíveis 
Dispositivos DR 
Alimentação 
por rede 
pública BT 
(TN-CS) 
RPE + RPEN 
ZS = RE + RL + RL + RPE + RPEN UB = UO ___________ 
ZS 
Dispositivos DR 
Disjuntores 
Dispositivos fusíveis 
TT Clássico Alimentação 
aterrada; 
massas 
aterradas 
utilizando 
eletrodo(s) 
independente(s). 
No máximo 5s 
RA 
ZS = RA + RB UB = UO ________ 
RA + RB 
Dispositivos DR 
RA . IΔN < UL 
- Os dispositivos DR são os únicos 
permitidos para proteção contra 
contatos indiretos. 
- Devem ser objeto de proteção 
complementar contra contatos diretos 
por meio de dispositivos DR de alta 
sensibilidade (IΔN < 30mA): 
a) circuitos que sirvam a pontos em 
locais contendo banheira ou chuveiro; 
b) circuitos que alimentem tomadas de 
corrente em áreas externas; 
c) circuitos de tomadas de corrente 
em áreas internas que possam vir 
alimentar equipamentos no exterior; 
d) circuitos de tomadas de corrente em 
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, 
áreas de serviço, garagens e, no geral, 
a todo local interno molhado em uso 
normal ou sujeito a lavagens. 
RA . Ia < UL 
Alimentação 
por rede 
pública BT 
RA RA . IΔN < UL 
ZS = RA + RN UB = UO ________ 
RA + RN 
Legendas 
U Tensão entre fases 
UO Tensão fase-neutro 
RA Resistência de aterramento 
das massas 
RB Resistência de aterramento 
da alimentação 
RN Resistência de aterramento 
do neutro 
RL Resistência do(s) condutor(es) fase 
RL’ Resistência do(s) condutor(es) 
fase no trecho à juzante do 
ponto de entrega 
RPE Resistência do(s) condutor(es) 
de proteção 
RPEN Resistência do(s) condutor(es) PEN 
IF Corrente de falta direta fase-massa 
ZS Impedância do percurso da 
corrente de falta 
Ia Corrente que provoca a atuação do 
dispositivo de proteção no tempo 
máximo indicado 
UF Tensão de falta 
UB Tensão de contato 
UL Tensão de contato limite 
IΔN Corrente diferencial-residual 
nominal de atuação (dispositivo DR) 
RE Resistência do secundário do 
transformador 
Uo/U 
L1 
L2 
L3 
N 
PE 
RB Fonte Circuito de 
distribuição 
Massa 
genérica 
RB 
Uo/U 
Fonte Circuito de 
distribuição 
Massa 
genérica 
L1 
L2 
L3 
PEN 
Uo/U 
L1 
L2 
L3 
N 
PE 
RB Fonte Circuito de 
distribuição 
Massa 
genérica 
Uo/U 
RB Fonte/rede RN 
TAP 
Consumidor 
BT 
L1 
L2 
L3 
N 
L1’ 
L2’ 
N’ 
PE 
Uo/U 
RB Fonte Circuito de 
distribuição 
Massa 
genérica 
L1 
L2 
L3 
N 
PE 
RA 
L1 
L2 
L3 
N 
L1’ 
L2’ 
N’ 
TAP 
RA RN 
Uo/U 
R Fonte/rede B 
Consumidor BT 
Uo 
IF RL 
TAP RPE 
RB RN 
Uo 
UB = UF 
IF 
RL 
RPEN 
RB RA UB = UF 
L 
N 
L’ 
N’ 
PE 
Uo RL 
RE 
RB 
UB = UF 
IF L 
PE(PEN) 
RPE 
TAP 
RN RB RA 
UB = UF 
L 
N 
Uo 
L’ 
N’ 
IF
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Aplicação dos dispositivos DR 
As instalações elétricas sempre apresentam correntes de fuga. O valor 
de tais correntes, que fluem para a terra, dependerá de diversos fatores, 
entre os quais a qualidade dos componentes e dos equipamentos de 
utilização empregados, a qualidade da mão de obra de execução da 
instalação, a idade da instalação, o tipo de prédio, etc. Via de regra, as 
correntes de fuga variam desde uns poucos miliampères até alguns 
centésimos de ampère. 
É evidente que para poder instalar um dispositivo DR na proteção de um 
circuito ou de uma instalação (proteção geral), as respectivas correntes 
de fuga deverão ser inferiores ao limiar de atuação do dispositivo. Ob-serve- 
se, por exemplo, que não se poderia nunca utilizar um dispositivo 
DR (pelo menos um de alta sensibilidade) numa instalação onde exista 
um chuveiro elétrico metálico com resistência nua (não blindada). 
Nessas condições, antes de instalar um dispositivo DR, sobretudo em 
instalações mais antigas, é necessário efetuar uma medição preventiva 
destinada a verificar a existência, pelo menos, de correntes de fuga su-periores 
a um certo limite. Se o resultado dessa prova for favorável, isto 
é, se não existirem correntes significativas fluindo para a terra, poder-se- 
á instalar um dispositivo DR como proteção geral contra contatos 
indiretos; caso contrário, só poderão ser instalados dispositivos DR nas 
derivações da instalação (geralmente em circuitos terminais). 
Valores máximos de resistência de aterramento das massas (RA) num 
esquema TT, em função da corrente diferencial-residual de atuação 
do dispositivo DR (lAN) e da tensão de contato limite (UL). 
DR 
É importante observar que pequenas correntes de fuga aumentam a 
eficácia dos dispositivos DR. De fato, se considerarmos uma instalação 
protegida por um diferencial com IΔN = 0.03A, cujo limiar de atuação 
seja de 0,025A, e que apresente uma corrente de fuga permanente de 
0.008A, um incremento de corrente diferencial (provocado, por exem-plo, 
por uma pessoa tocando numa parte viva, ou por uma falta fase-massa 
num equipamento de utilização) de 0,017A será suficiente para 
determinar a atuação da proteção. 
Para os esquemas TT a ABNT NBR 5410 recomenda que, se a instala-ção 
for protegida por um único dispositivo DR este deve ser colocado na 
origem da instalação, como proteção geral contra contatos indiretos, a 
menos que a parte da instalação compreendida entre a origem e o dis-positivo 
não possua qualquer massa e satisfaça à medida de proteção 
pelo emprego de equipamentos classe II ou por aplicação de isolação 
suplementar. Na prática essa condição pode ser realizada se entre a 
origem (situada, por exemplo, na caixa de entrada da instalação) e o 
dispositivo DR único (instalado, por exemplo, no quadro de distribuição) 
existirem apenas condutores isolados contidos em eletrodutos isolantes 
ou cabos uni ou multipolares (contidos, ou não, em condutos isolantes). 
A opção à utilização de um único DR é o uso de vários dispositivos, um 
em cada derivação (geralmente nos circuitos terminais), como mostra a 
figura (b) no quadro abaixo. 
IAN(A) Valor máximo de RA (Ω) 
Situação 1 
(UL = 50 V) 
Situação 2 
(UL = 25 V) 
1667 
167 
100 
833 
83,3 
50 
Uso dos dispositivos DR 
DR DR DR DR DR 
0,03 
0,3 
0,5 
(a) Geral (b) Nos circuitos terminais 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 41 - Capitulo IV
CAPÍTULO IV 
Proteção contra choques elétricos 
Aplicação típica de um dispositivo DR 
num esquema T 
Um pequeno prédio (1 único consumidor) é alimentado a partir de 
uma rede pública de baixa tensão, com duas fases e neutro. No 
quadro de entrada, além do medidor existe um disjuntor termomag-nético 
diferencial, que se constitui na proteção geral da instalação. 
O aterramento das massas é feito junto ao quadro, onde se localiza 
o terminal de aterramento principal da instalação. Do quadro de 
entrada parte o circuito de distribuição principal, com duas fases, 
Trafo (Poste) 
Rede aérea BT 
Ramal de entrada (aéreo) 
(RB) aterramento do neutro 
do trafo (concessionária) 
kWh 
Caixa de entrada 
Proteção geral 
DR 
neutro e condutor de proteção, que se dirige ao quadro de distribui-ção 
(terminal) da instalação onde, eventualmente, poderão existir 
outros dispositivos DR (por exemplo, outros disjuntores termomag-néticos 
diferenciais), devidamente coordenados com o primeiro, 
para a proteção de certos circuitos terminais; a coordenação pode 
ser conseguida tendo-se para o dispositivo geral lΔN = 0.3A e para 
os demais lΔN = 0,03A. 
Terminal de 
aterramento 
principal 
L1 
L2 
L3 
N 
Circuito de 
distribuição 
Ligação 
eqüipotencial 
principal 
quadro terminal 
(PE) 
Terminal de 
aterramento 
do quadro 
Circuito terminal 
(RA) 
F 
FN 
PE 
Aterramento das massas 
Instalação alimentada por rede pública BT utilizando dispositivos DR 
(N) 
DR 
PE 
housepress - versão A - 02/08/2010 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 42 - Capitulo IV
CAPÍTULO V 
Cálculos 
I - fator de demanda, g, é definido como o fator que caracteriza a 
simultaneidade de funcionamento dos equipamentos de utilização, 
de um conjunto de equipamentos de utilização de mesmo tipo li-gados 
a um quadro de distribuição, ou de todos os equipamentos 
de utilização ligados a um quadro de distribuição, no instante de 
maior solicitação (maior demanda) da instalação. 
As tabelas 3 a 8 são exemplos de fatores de demanda. Elas devem 
ser utilizadas com cautela, uma vez que os fatores podem variar 
em função da região onde a instalação está situada. Geralmente, 
as concessionárias de energia locais possuem valores mais ade-quados 
a serem utilizados. 
Corrente de projeto 
Os circuitos de uma instalação, ou seja, os circuitos terminais e 
os circuitos de distribuição, são caracterizados pela corrente de 
projeto, lB. Trata-se da corrente que os condutores do circuito devem 
transformar em condições normais de funcionamento. 
No cálculo de IB estão envolvidas, no caso mais geral, várias grandezas, 
que passamos a analisar: 
a - potência (ativa) nominal de 
saída de um equipamento 
de utilização 
b - potência (ativa) nominal 
de entrada de um 
equipamento de utilização 
c - rendimento de um 
equipamento de utilização 
SN (em VA ou kVA) 
d - potência aparente 
nominal de entrada de um 
equipamento de utilização 
e - fator de potência nominal 
de um equipamento de 
utilização 
f - fator a 
g - tensão nominal (de linha) 
do circuito 
P’N (em W ou kW) 
PN (em W ou kW) 
P’N 
η = ____ 
PN 
PN 
SN = ______ 
cosΦN 
cosΦN 
1 
a = _________ (ver tabela 2) η x cosΦN 
UN (em V) 
h - fator t, que vale A√–– 3 para circuitos trifásicos (3F ou 3F + N) e 1 
para circuito monofásicos (FF ou FN ou 2F + N); 
i - fator que converte kVA em A 
103 
f = ___ (ver tabela 1) 
t.UN 
j - potência instalada, PINST (em W ou kW), é definida como a soma 
das potências nominais de entrada dos equipamentos de utilização 
ligados a um circuito terminal (potência instalada de um circuito 
terminal), ou de um conjunto de equipamentos de utilização de 
mesmo tipo ligados a um quadro de distribuição (por exemplo, con-junto 
de aparelhos de iluminação, conjunto de tomadas, conjunto 
de motores, etc), ou de todos os equipamentos de utilização ligados 
a um quadro de distribuição (potência instalada de um quadro de 
distribuição), ou de todos os equipamentos de utilização de uma 
instalação (potência instalada de uma instalação); 
k - potência de alimentação, PA (em W ou kW), é definida como 
a soma das potências nominais de entrada dos equipamentos de 
utilização de um conjunto de equipamentos de utilização de mes-mo 
tipo ligados a um quadro de distribuição, ou de todos os equi-pamentos 
de utilização ligados a um quadro de distribuição, que 
estejam em funcionamento no instante de maior solicitação 
da instalação; 
PA 
g = ____ 
PINST 
EXEMPLO 
Entre os equipamentos de utilização ligados a um quadro de distribui-ção 
de uma indústria existem 12 tornos de 3 kW cada um. O fator de 
demanda do conjunto é estimado em 0,3. 
- A potência instalada do conjunto dos tornos ligados ao quadro é de 
12 x 3 = 36 kW (PINST = 36 kW) 
- No instante de maior solicitação da instalação estão em funcionamento 
0,3 x 12 = 4 dos tornos ligados ao quadro; em outras palavras, a potên-cia 
de alimentação do conjunto de tornos ligados ao quadro no instante 
de maior demanda da instalação é PA = g x PINST = 0,3 x 36=12 kW 
A corrente de projeto de um circuito terminal (que só deve alimentar 
equipamentos de mesmo tipo) é determinada a partir da potência ins-talada 
do circuito, isto é, 
(Obs.: Se PINST for dada em kW 
devemos multiplicá-la por 1000) 
PINST 
IB = ___________ 
t x UN x cosΦN 
ou então, se forem dadas apenas as potências de saída (P’N) dos equi-pamentos, 
(Obs.: Se ΣP’N for dada em kW 
devemos multiplicá-la por 1000) 
Tabela 1 
ΣP’N 
IB = ______________ 
t x UN x η x cosΦN 
Valores típicos do fator f 
Tipo de circuito Tensão UN (V) f 
(Valor arredondado) 
Monofásico 
(FN, FF ou 2F-N) 
110 
115 
127 
208 
220 
230 
9 
8,6 
8 
4,8 
4,5 
4,3 
Trifásico 
(3F ou 3F-N) 
208 
220 
230 
380 
440 
460 
2,8 
2,7 
2,5 
1,5 
1,3 
1,25 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 43 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
Tabela 2 
Valores típicos do fator de potência, do rendimento e do fator a, a ser 
utilizados na falta de dados específicos do fabricante. 
Equipamento cosF η a 
ILUMINAÇÃO 
Incandescente 1,0 1,0 1,0 
Mista ~1,0 1,0 1,4* 
Vapor de sódio à baixa pressão 
0,85 0,7 a 0,8 1,6* 
(sempre aparelhos compensados) 
• 8a 180W 
APARELHOS NÃO COMPENSADOS (baixo cosF) 
lodeto metálico 
• 220 V-230 a 1000 W 
0,6 
• 380 V - 2000 W 
0,6 
0,9 a 0,95 
0,9 
3,5* 
3,5’ 
Fluorescente 
• com starter -18 a 65 W 
• partida rápida - 20 a 110 W 
0,5 
0,5 
0,6 a 0,83 
0,54 a 0,8 
3,2 a 2,4 
3,7 a 2,5 
Vapor de mercúrio 
220 V-50 a 1000 W 
0,5 0,87 a 
0,95 
4,0* 
Vapor de sódio à alta pressão 
• 70 a 1000 W 
0,4 0,9 4,2* 
APARELHOS COMPENSADOS (alto cosF) 
lodeto metálico 
0,85 
• 220 V-230 a 1000 W 
0,85 
• 380 V - 2000 W 
0,9 a 0,95 
0,9 
2,4* 
2,4* 
Fluorescente 
• com starter-18 a 65 W 
• partida rápida - 20 a 110 W 
0,85 
0,85 
0,6 a 0,83 
0,54 a 0,8 
1,9 a 1,4 
2,2 a 1,5 
Vapor de mercúrio 
220 V- 50 a 1000 W 
0,85 0,87 a 
0,95 
2,5* 
Vapor de sódio à alta pressão 
• 70 a 1000 W 
0,85 0,9 2,0* 
MOTORES (trifásicos de gaiola) 
Até 600 W 0,5 — 2,0 
De 1 a 4 cv 0,75 0,75 1,8 
De 5 a 50 cv 0,85 0,8 1,5 
Mais de 50 cv 0,9 0,9 1,2 
AQUECIMENTO (por resistor) 1,0 1,0 1,0 
* Para certos aparelhos de iluminação, o fator a foi majorado para 
levar em conta as correntes absorvidas na partida. 
Sendo ΣP’N a soma das potências de saída dos equipamentos, em kW, 
ligados ao circuito, podemos escrever também 
(ΣP’N dada em kW) 
IB = ΣP’N x a x f 
Exemplos 
1 - Circuito terminal alimentando um motor trifásico de 5 cv (1cv = 
0,736 kW), tensão de 220 V. 
• ΣP’N = P’N = 5 x 0,736 = 3,68 kW (só 1 motor no circuito) 
• dadas tabelas 
f = 2,7 
a = 1,5 { 
• IB = 3,68 x 1,5 x 2,7 = 14,9 A (no caso, por haver apenas um motor 
no circuito, a corrente de projeto é igual à corrente nominal do motor) 
2 - Circuito terminal (monofásico) alimentando 3 tomadas de 600 VA 
cada e 3 tomadas de 100 VA cada, todas com o fator de potência 0,8; 
tensão 127 V. 
• Potência (de entrada) duas tomadas 
600 VA –– PN = 600 x 0,8 = 480 W 
100 VA –– PN = 100 x 0,8 = 80 W 
• PINST = 3 x 480 + 3 x 80 = 1680 W 
• t = 1 
• IB = ____1_6_8_0___ = 16,5 A 
1 x 127 x 0,8 
Calculando pelas potências aparentes, teremos: 
• ΣSN = 3 x 600 + 3 x 100 = 2100 VA 
• IB = __2_1_0_0__ = 16,5 A 
1 x 127 
Nos circuitos terminais, como todos os equipamentos de utilização 
alimentados são de mesmo tipo, o fator de potência é o mesmo e 
podemos somar as potências aparentes nominais de entrada. As-sim, 
a corrente de projeto pode ser calculada por 
ΣSN 
IB = _____ 
t x UN 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 44 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
Tabela 3 
Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso 
geral para uma unidade residencial 
Potência - P (kVA) Fator de 
demanda (%) 
0 < P < 1 86 
1 < P < 2 75 
2 < P < 3 66 
3 < P < 4 59 
4 < P < 5 52 
5 < P < 6 45 
6 < P < 7 40 
7 < P < 8 35 
8 < P < 9 31 
9 < P < 10 27 
acima de 10 24 
Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso 
para edifícios de apartamentos e conjuntos habitacionais 
Potência 
Instalada (kW) 
Fator de 
demanda (%) 
Tabela 4 
Primeiros 20 40 
Seguintes 40 30 
Seguintes 40 25 
Seguintes 100 20 
Seguintes 200 15 
O que exceder de 400 10 
Fatores de demanda para motor de hidromassagem 
No de 
Aparelhos 
Fator de 
demanda (%) 
Tabela 5 
2 56 
3 47 
4 39 
5 35 
6 a 10 25 
11 a 20 20 
21 a 30 18 
acima de 30 15 
3 - Circuito terminal alimentando 10 aparelhos de iluminação fluores-cente, 
compensados, partida rápida, cada um com 4 lâmpadas de 65 
W (potência de saída); circuito monofásico de 115 V 
ΣP’N = 10 x (4 x 65) = 2600 W = 2,6 kW 
t = 1 
Da tabela 2: a varia de 2,2 a 1,5; tomando a média a = 1,85. 
Da tabela 1: f = 8,6 
IB = 2,6 x 1,85 x 8,6 = 41,4 A 
A corrente de projeto de um circuito de distribuição deve ser calculada 
a partir da potência de alimentação do quadro de distribuição alimen-tado 
pelo circuito. Geralmente,um quadro de distribuição alimenta, por 
meio de diversos circuitos terminais, diferentes conjuntos de cargas de 
mesmo tipo, bem como cargas isoladas (1 de cada), e, portanto, sua 
potência de alimentação será a soma das potências de alimentação 
dos diferentes conjuntos (ΣPA) mais a soma das potências nominais (de 
entrada) das cargas isoladas (ΣPN), ou seja: 
(Obs.: Se PA, ΣPA e ΣPN forem 
dados em kW, os numeradores 
das duas expressões devem ser 
multiplicados por 1000) 
PA 
IB = ___________ 
t x UN x cosΦ 
ou 
ΣPA + ΣPN 
IB = ___________ 
t x UN x cosΦ 
Essas expressões são válidas para quadros de distribuição que ali-mentam 
cargas cujos fatores de potência são iguais ou próximos. 
Se forem dadas as potências de saída das diversas cargas, a potência 
de alimentação de cada conjunto será dada por 
ΣP’N 
PA = ____ η x g 
e a potência de cada carga isolada por 
P’N 
PN = ___ 
η 
No caso particular de unidades residenciais, a potência de alimentação do 
quadro de distribuição da unidade pode ser calculada pela expressão 
PA = (PINST,IL + PINST,TUG) g + ΣPN 
Potência instalada 
de iluminação 
Potência instalada de 
tomadas de uso geral 
Soma das potências 
nominais das 
cargas isoladas 
Fator de demanda obtido a partir 
de (PINST,IL + PINST, TUG) (tabela 3) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 45 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
Tabela 6 
Fatores de demanda para aparelhos de ar 
condicionado para uso residencial. 
No de Aparelhos Fator de demanda (%) 
2 88 
3 82 
4 78 
5 76 
6 74 
7 72 
8 71 
9 a 11 70 
12 a 14 68 
15 a 16 67 
17 a 22 66 
23 a 30 65 
31 a 50 64 
acima de 50 62 
NOTA 1 - A tabela refere-se a aparelhos tipo janela ou centrais individuais. 
NOTA 2 - A tabela aplica-se a conjuntos de unidades residenciais. Para cada 
unidade, recomenda-se utilizar o fator de demanda 100%. 
Tabela 7 
Fatores de demanda para aparelhos de ar 
condicionado para uso comercial 
No de Aparelhos Fator de demanda (%) 
2 a 10 100 
11 a 20 90 
21 a 30 82 
31 a 40 80 
41 a 50 77 
acima de 50 75 
NOTA 1 - A tabela refere-se a aparelhos tipo janela ou centrais individuais. 
NOTA 2 - A tabela aplica-se a conjuntos de unidades comerciais. Para cada 
unidade, recomenda-se utilizar o fator de demanda 100%. 
Tabela 8 
Fatores de demanda de outros aparelhos de 
uso residencial (%) 
No de 
Aparelhos 
Chuveiro 
elétrico 
Torneira 
elétrica, máq. 
lavar louça, 
aquec. água 
passagem 
Aquecedor 
de água de 
acumulação 
Forno 
micro 
ondas 
Máq. 
secar 
roupa 
02 68 72 71 60 100 
03 56 62 64 48 100 
04 48 57 60 40 100 
05 43 54 57 37 80 
06 39 52 54 35 70 
07 36 50 53 33 62 
08 33 49 51 32 50 
09 31 48 50 31 54 
10 a 11 30 46 50 30 50 
12 a 15 29 44 50 28 46 
16 a 20 28 42 47 26 40 
21 a 25 27 40 46 26 36 
26 a 35 26 38 45 25 32 
36 a 40 26 36 45 25 26 
41 a 45 25 35 45 24 25 
46 a 55 25 34 45 24 25 
56 a 65 24 33 45 24 25 
65 a 75 24 32 45 24 25 
76 a 80 24 31 45 23 25 
81 a 90 23 31 45 23 25 
91 a 100 23 30 45 23 25 
101 a 120 22 30 45 23 25 
121 a 150 22 29 45 23 25 
151 a 200 21 28 45 23 25 
201 a 250 21 27 45 23 25 
251 a 350 20 26 45 23 25 
351 a 450 20 25 45 23 25 
451 a 800 20 24 45 23 25 
801 a 1000 20 23 45 23 25 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 46 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
Aparelhos de iluminação 
A quantidade de aparelhos de iluminação, suas potências nominais, 
bem como sua disposição num dado local devem, em princípio, ser ob-tidas 
a partir de um projeto de luminotécnica. No caso de unidades re-sidenciais 
(casas e apartamentos) e em apartamentos de hotéis, motéis 
e similares deve ser previsto pelo menos um ponto de luz no teto, com 
potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor de parede. No 
caso de apartamentos de hotéis, motéis e similares, o ponto de luz fixo 
no teto pode ser substituído por uma tomada de corrente, com potência 
mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. 
Para as casas e apartamentos, as cargas de iluminação podem ser 
determinadas da seguinte maneira: 
• Locais com área menor ou igual a 6m2, potência mínima de 100 VA; 
• Locais com área superior a 6m2, potência mínima de 100 VA para os 
primeiros 6m2, mais 60 VA para cada aumento de 4m2 inteiros. 
Tomadas de corrente 
Grande parte dos equipamentos de utilização (principalmente os apa-relhos 
tomadas de corrente. Podemos caracterizar dois tipos de tomadas: as 
de uso específico (TUE’s) e as de uso geral (TUG’s). 
As tomadas de uso específico são destinadas à ligação de equipa-mentos 
Muitas vezes não são “tomadas” propriamente ditas e sim caixas de 
ligação (como acontece, por exemplo, com a maioria dos chuveiros). A 
essas tomadas deve ser atribuída a potência do equipamento de maior 
potência que possa ser ligado, ou, se esta não for conhecida, uma po-tência 
tensão nominal do circuito (por exemplo, tomada de ida em circuito 
terminal de 127 V –– 10 x 127 = 1270 VA). 
As tomadas de uso geral não se destinam à ligação de equipamentos 
específicos e nelas são sempre ligados aparelhos móveis (enceradeiras, 
aspiradores de pó, etc.),ou portáteis (secadores de cabelo, furadeiras, 
etc). Sua quantidade e potências mínimas podem ser determinadas 
pela tabela 9. 
Tabela 9 
eletrodomésticos e eletroprofissionais) é alimentada por meio de 
fixos e estacionários, como é o caso de chuveiros, condiciona-dores 
de ar, copiadora xerox, etc. 
determinada pelo produto da corrente nominal da tomada pela 
Exemplo: Sala de apartamento com 28m2 
A potência mínima de iluminação será: 
28m2 = 6m2 + 5 x 4m2 + 2m2 
100 VA + 5 x 60 VA = 400 VA 
Quantidade mínima e potências mínimas de tomadas de uso geral. 
Local Área (m2) Quantidade Mínima Potência Mínima (VA) Observações 
Unidades Residenciais 
Cozinha, 
copa-cozinha Qualquer 1 para cada 3,5m ou 
fração de perímetro 
600 por tomada até 3 tomadas e 
100 por tomada para as demais 
Acima de cada bancada com largura 
mínima de 30cm, pelo menos 1 tomada 
Área de 
serviço, lavanderia 
Até 6 1 600 – 
Maior que 6 1 para cada 6m ou 
fração de perímetro 
600 por tomada até 3 tomadas e 
100 por tomada para as demais Distribuição uniforme 
Banheiro Qualquer 1 junto à pia 600 – 
Subsolo, garagem, 
varanda Qualquer 1 100 – 
Salas, quartos e demais 
dependências 
Até 6 1 100 – 
Maior que 6 1 para cada 6m ou 
fração de perímetro 100 por tomada Distribuição uniforme 
Locais Comerciais e Análogos 
Salas 
Até 40 
1 para cada 3m ou fração 
de perímetro ou 1 para 
cada 4m2 ou fração de área 
(adota-se o critério que 
conduzir ao maior número) 
200 por tomada Distribuição uniforme 
Maior que 
40 
10 para os primeiros 40m2 
mais 1 para cada 10m2 ou 
fração excedente 
200 por tomada Distribuição uniforme 
Lojas 
Até 20 1 200 Não computadas as destinadas 
a vitrines, lâmpadas e 
demonstrações de aparelhos 
Maior que 
20 1 para cada 20m2 ou fração 200 
Veja exemplos de aplicação na tabela 10 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 47 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
Apartamento cujas dependências e respectivas dimensões vão indica-das 
• o quadro de distribuição é alimentado com 2F-N, tensões 
127/220V; 
• são previstas tomadas de uso específico para os seguintes equipa-mentos 
Lavadora de pratos ___________________ UN = 220V 
PN = 2000VA 
Forno de microondas __________________ UN = 127V 
PN = 1200VA 
Lavadora de roupas ___________________ UN = 127V 
PN = 770VA 
Aquecedor de água central ______________ UN = 220V 
PN = 2000W, cosΦN = 1 
PN = 2000/1 = 2000VA 
Chuveiro elétrico ___________________ UN = 220V 
PN = 6500W, cosΦN = 1 
PN = 6500/1 = 6500VA 
• a determinação das potências mínimas de iluminação é feita na co-luna 
• a determinação das quantidades de tomadas de uso geral é feita na 
coluna (e); 
• a determinação das potências mínimas de tomadas de uso geral é 
feita na coluna (f). 
Tabela 10 
nas colunas (a), (b) e (e) da tabela 10. 
(ver tabela páqina 25): 
(d); 
Exemplos (aplicação da tabela 9) 
1- Cozinha de apartamento com 15 m de perímetro. 
15 
• ___ = 4,28  5 tomadas 
3,5 
• potência mínima total  (3 x 600) + (2 x 100) = 2000 VA 
2 - Sala de apartamento com 22,5 m2 e 19 m de perímetro. 
19 
• ___ = 3,16  4 tomadas 
• potência mínima total  4 x 100 = 400 VA 
3 - Escritóri comercial com 72 m2 de área e 34 m de perímetro. 
34 
• 1o critério  ___ = 11,3  12 tomadas 
3 
72 
• 2o critério  ___ = 18  18 tomadas 
4 
adota-se o 2o critério 
• potência mínima total  18 x 200 = 3600 VA 
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) 
6 
Dependência Área 
(m2) 
Perímetro 
(m) 
Potência mínima 
de luminação (VA) 
Tomadas de uso geral Tomadas de uso específico 
Quantidade 
mínima 
Potência mínima 
(VA) Especificação Potência (VA) 
Entrada 4 – 100 1 100 – – 
Sala 40 26 100 + 5 x 60 = 400 26/6 = 4,3 – 5 5 x 100 = 500 – – 
Distribuição 7,5 11 100 11/6 = 1,8 – 2 2 x 100 = 200 
Lavabo 3 – 100 – – – – 
Quarto 1 24 20 100 + 4 x 60 = 340 20/6 = 3,3 – 4 4 x 100 = 400 – – 
Banheiro 1 6 – 100 1 600 – – 
Quarto II 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6=2,7 – 3 3 x 100 = 300 – – 
Banheiro II 4 – 100 1 600 – – 
Quarto III 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6 = 2,7 – 3 3 x 100 = 300 
Copa-cozinha 24 20 100 + 4 x 60 = 340 20/3,5 = 5,7 – 6 3 x 600 + 3 x 100 = 2100 Lavadora de pratos 2000 
Forno microondas 1200 
Área de serviço 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6 = 2,7 – 3 3 x 600 = 1800 Lavadora de roupas 770 
Aquecedor água 2000 
Quarto de 
empregada 5 – 100 1 100 – – 
WC 3 – 100 – – Chuveiro 6500 
2440 7000 12470 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 48 - Capitulo V
CAPÍTULO V 
Cálculos 
• fator de demanda de iluminação e tomadas de uso 
geral (tabela 3) 
9440 VA = g = 0,27 
• potência de alimentação do quadro de distribuição 
PA = ( PINST ,IL + PINST,TUG) g + ΣPN = 9440 x 0,27 + 12470 
PA = 15019 VA 
• corrente de projeto do circuito de distribuição 
Tabela 11 
Exemplos 
• potência instalada de iluminação 
PINST,IL = 2440 VA 
• potência instalada de tomadas de uso geral 
PINST,TUG = 7000 VA 
• soma das potências nominais das tomadas de uso específico 
(cargas isoladas) 
ΣPN = 12470 VA 
• soma das potências instaladas de iluminação e tomadas 
de uso geral 
PINST ,IL + PINST,TUG = 2440 + 7000 = 9440 VA 
Circuito No Especificação Tensão 
(V) 
15019 
IB = ______ = 68,3 A 
1 x 220 
A tabela 11 indica as características dos circuitos terminais 
(considerando a divisão ideal) 
Potência instalada 
(VA) 
Corrente de projeto 
(A) 
1 Iluminação entrada, sala, 
distribuição, lavabo 127 700 700/127 = 5,5 
2 Iluminação quartos e banheiros 127 980 980/127= 7,7 
3 Iluminação setor de serviços 127 760 760/127 = 6 
4 TUG’s entrada, sala, 
distribuição 127 800 800/127 = 6,3 
5 TUG’s quartos e banheiros 127 2200 2200/127=17,3 
6 TUG’s copa-cozinha 127 2100 2100/127= 16,5 
7 TUG’s área e quarto de 
empregada; lavadora de roupas 127 2516 2516/127=19,8 
8 Forno microondas 127 1200 1200/127 = 9,4 
9 Aquecedor de água 220 2000 2000/220= 9,1 
10 Chuveiro 220 6500 6500/220 = 29,5 
11 Lavadora de pratos 220 2000 2000/220 = 9,1 
housepress - versão A - 01/09/2010 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 49 - Capitulo V
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Critérios 
Dimensionar um circuito, terminal ou de distribuição, é determinar a 
seção dos condutores e a corrente nominal do dispositivo de proteção 
contra sobrecorrentes. 
No caso mais geral, o dimensionamento de um circuito deve seguir as 
seguintes etapas: 
1- Determinação da corrente de projeto 
2- Escolha do tipo de condutor e sua maneira de instalar 
(isto é, escolha do tipo de tinha elétrica) 
3- Determinação da seção pelo critério da capacidade de 
condução de corrente 
4- Verificação da seção pelo critério da queda de tensão 
5- Escolha da proteção contra correntes de sobrecarga e aplicação 
dos critérios de coordenação entre condutores e proteção 
contra correntes de sobrecargas 
6- Escolha da proteção contra correntes de curto-circuito e aplicação 
dos critérios de coordenação entre condutores e proteção 
contra correntes de curtos-circuitos 
A seção dos condutores será a maior das seções nominais que atenda 
a todos os critérios. A determinação da corrente de projeto foi vista no 
capítulo 5 e a escolha do tipo de linha elétrica no capítulo 3. 
Para a aplicação do critério da capacidade de condução de 
corrente, devemos conhecer: 
• a corrente de projeto (lB) 
• a maneira de instalar e o tipo de condutor 
• a temperatura ambiente ou a temperatura do solo (no caso de 
linhas subterrâneas) 
• a resistividade térmica do solo (no caso de linhas subterrâneas) 
• o número de condutores carregados e/ou de circuitos agrupados 
Critério da capacidade de condução de corrente 
Em condições de funcionamento normal, a temperatura de um con-dutor, 
isto é, a temperatura da superfície de separação entre o condu-tor 
propriamente dito e sua isolação, não pode ultrapassar a chamada 
temperatura máxima para serviço contínuo, θZ (para condutores 
com isolação de PVC θZ = 70°C). 
A corrente transportada por um condutor produz, pelo chamado efeito 
Joule, energia térmica. Essa energia é gasta, em parte, para elevar a 
temperatura do condutor, sendo que o restante se dissipa. Decorrido 
um certo tempo e continuando a circular corrente, a temperatura do 
condutor não mais se eleva e toda a energia produzida é dissipada; 
dizemos então que foi alcançado o “equilíbrio térmico”. 
A corrente que, circulando continuamente pelo condutor faz com que, 
em condições de equilíbrio térmico, a temperatura (do condutor) atinja 
um valor igual à temperatura máxima para serviço contínuo (θZ) é a 
chamada capacidade de condução de corrente, lZ. 
θZ 
IZ Condutor Isolação (PVC – θ = 70°C) 
As tabelas 2 e 4 dão as capacidades 
de condução de corrente de acordo com 
a maneira de instalar e o número de 
condutores carregados indicados na tabela 1 
— Circuito F-N ou FF 2 condutores carregados; 
— Circuito 2F-N 3 condutores carregados; 
— Circuito 3F 3 condutores carregados; 
— Circuito 3F-N 
(supostoequilibrado) 3 condutores carregados; 
— Circuito 3F-N 
(alimentando lâmpadas à descarga) 
4 condutores carregados 
(consideram-se 2 circuitos com 
2 condutores carregados cada). 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 50 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Método de 
instalação (1) 
Condutor 
isolado 
Cabo 
unipolar 
Cabo 
multipolar 
Cabo Superastic 
Cabo Superastic Flex 
Fio Superastic 
Cabo Afumex Plus 
Cabo Sintenax Flex 
Cabo Sintenax 
Cabo Eprotenax Gsette 
Cabo Eprotenax 
Cabo Voltalene 
Cabo Afumex 1 kV 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 1 
(*) Métodos de instalação e determinação das colunas das tabelas 2 a 5 
Tipo de linha elétrica 
Afastado da parede ou suspenso por cabo de suporte (2) 15/17 – F E 
Bandejas não perfuradas ou prateleiras 12 – C C 
Bandejas perfuradas (horizontais ou verticais) 13 – F E 
Canaleta fechada no piso, solo ou parede 33/34/72/72A/75/75A B1 B1 B2 
Canaleta ventilada no piso ou no solo 43 – B1 B1 
Diretamente em espaço de construção - 1,5 De < V < 5 De (4) 21 – B2 B2 
Diretamente em espaço de construção - 5 De < V < 50 De (4) 21 – B1 B1 
Diretamente enterrado 63 – D D 
Eletrocalha 31/31A/32/32A/35/36 B1 B1 B2 
Eletroduto aparente 3/4/5/6 B1 B1 B2 
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria 27 – B2 B2 
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria - 1,5 De < V < 5 De (4) 26 B2 – – 
Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria - 5 De < V < 50 De (4) 26 B1 – – 
Eletroduto em canaleta fechada - 1,5 De < V < 20 De (4) 41 B2 B2 – 
Eletroduto em canaleta fechada - V > 20 De (4) 41 B1 B1 – 
Eletroduto em canaleta ventilada no piso ou solo 42 B1 – – 
Eletroduto em espaço de construção 23/25 – B2 B2 
Eletroduto em espaço de construção - 1,5 De < V < 20 De (4) 22/24 B2 – – 
Eletroduto em espaço de construção - V > 20 De (4) 22/24 B1 – – 
Eletroduto embutido em alvenaria 7/8 B1 B1 B2 
Eletroduto embutido em caixilho de porta ou janela 73/74 A1 – – 
Eletroduto embutido em parede isolante 1/2 A1 A1 A1 
Eletroduto enterrado no solo ou canaleta não ventilada no solo 61/61A – D D 
Embutimento direto em alvenaria 52/53 – C C 
Eletroduto direto em caixilho de porta ou janela 73/74 – A1 A1 
Embutimento direto em parede isolante 51 – – A1 
Fixação direta à parede ou teto (3) 11/11A/11B – C C 
Forro falso ou piso elevado - 1,5 De < V < 5 De (4) 28 – B2 B2 
Forro falso ou piso elevado - 5 De < V < 50 De (4) 28 – B1 B1 
Leitos, suportes horizontais ou telas 14/16 – F E 
Moldura 71 A1 A1 – 
Sobre isoladores 18 G – – 
(1) método de instalação conforme a tabela 33 da ABNT NBR 5410/2004 - (2) distância entre o cabo e a parede > 0,3 diâmetro externo do cabo - (3) distância entre o cabo 
e a parede < 0,3 diâmetro externo do cabo - (4) V = altura do espaço de construção ou da canaleta / De = diâmetro externo do cabo - (*) Os locais da tabela assinalados por 
(—) significam que os cabos correspondentes não podem, de acordo com a ABNT NBR 5410/2004, ser instalados na maneira especificada ou então trata-se de uma maneira 
de inslalar não usual para o tipo de cabo escolhido. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 51 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 2 
(*) Capacidades de condução de corrente, em ampéres, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1 - Cabos 
isolados em termoplástico, condutor de cobre. 
• Afumex Plus, Fio, Cabo e Cabo flexível Superastic, Cabo Sintenax e Cabo Sintenax Flex 
• 2 e 3 condutores carregados 
• Temperatura no condutor: 70 °C 
• Temperaturas: 30 °C (ambiente) e 20 °C (solo) 
Seções 
nominais 
(mm2) 
Métodos de instalação definidos na Tabela 1 
A1 A2 B1 B2 C D 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) 
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10 
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12 
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15 
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18 
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24 
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31 
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39 
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52 
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67 
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86 
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103 
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122 
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151 
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179 
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203 
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230 
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258 
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297 
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336 
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394 
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445 
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506 
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577 
1000 767 679 698 618 1012 906 827 738 1125 996 792 652 
(*) De acordo com a tabela 36 da ABNT NBR 5410/2004. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 52 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 3 
(*) Capacidades de Condução de Corrente, em ampéres, para os métodos de referência E, F, G da Tabela 1 - Cabos isolados em 
termoplástico, condutor de cobre. 
• Afumex Plus, Cabo e Cabo Flexível Superastic, Cabo Sintenax e Cabo Sintenax Flex 
• Temperatura no condutor: 70 °C 
• Temperatura ambiente: 30 °C 
Seções 
nominais 
(mm2) 
Métodos de instalação definidos na Tabela 1 
Cabos muItipolares Cabos unipolares ou condutores isolados 
E E F F F G G 
Cabos bipolares 
Cabos 
tripolares e 
tetrapolares 
2 condutores 
isolados ou 
2 cabos 
unipolares 
Condutores 
isolados ou 
cabos unipolares 
em trifóllo 
3 cabos unipolares ou 3 condutores isolados 
Contíguos 
Espaçados 
horizontalmente 
Espaçados 
verticalmente 
ou ou 
De 
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) 
0,5 11 9 11 8 9 12 10 
0,75 14 12 14 11 11 16 13 
1 17 14 17 13 14 19 16 
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21 
2,5 30 25 31 24 25 34 29 
4 40 34 41 33 34 45 39 
6 51 43 53 43 45 59 51 
10 70 60 73 60 63 81 71 
16 94 80 99 82 85 110 97 
25 119 101 131 110 114 146 130 
35 148 126 162 137 143 181 162 
50 180 153 196 167 174 219 197 
70 232 196 251 216 225 281 254 
95 282 238 304 264 275 341 311 
120 328 276 352 308 321 396 362 
150 379 319 406 356 372 456 419 
185 434 364 463 409 427 521 480 
240 514 430 546 485 507 615 569 
300 593 497 629 561 587 709 659 
400 715 597 754 656 689 852 795 
500 826 689 868 749 789 982 920 
630 958 789 1005 855 905 1138 1070 
800 1118 930 1169 971 1119 1325 1251 
1000 1292 1073 1346 1079 1296 1528 1448 
(*) De acordo com a tabela 38 da ABNT NBR 5410/2004. 
De 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 53 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 4 
(*) Capacidades de condução de corrente, em ampéres, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1 - Cabos 
isolados em termofixo, condutor de cobre. 
• Afumex 1kV e Gsette 
• 2 e 3 condutores carregados 
• Temperatura no condutor: 90 °C 
• Temperaturas: 30°C (ambiente) e 20°C (solo) 
Seções 
nominais 
(mm2) 
Métodos de instalação definidos na Tabela 1 
A1 A2 B1 B2 C D 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) 
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12 
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15 
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17 
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22 
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29 
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37 
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46 
10 61 54 57 51 75 66 69 60 90 71 73 61 
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79 
25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 121 101 
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122 
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144 
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178 
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211 
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240 
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271 
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304 
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351 
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396 
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464 
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525 
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1122 923 711 596 
800 885 792 805 721 1158 1020 952 837 1311 1074 811 679 
1000 1014 908 923 826 1332 1173 1088 957 1515 1237 916 767 
(*) De acordo com a tabela 37 da ABNT NBR 5410/2004. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 54 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 5 
(*) Capacidades de Condução de Corrente, em ampéres, para os métodos de referência E, F, G da Tabela 1 - Cabos isolados em 
termofixo, condutor de cobre. 
• Afumex 1 kV e Gsette 
• Temperatura no condutor: 90°C 
• Temperatura ambiente: 30°C 
Seções 
nominais 
(mm2) 
Métodos de instalação definidos na Tabela 1 
Cabos multipolares Cabos unipolares ou condutores isolados 
E E F F F G G 
Cabos bipolares 
Cabos tripolares 
e tetrapolares 
2 condutores 
isolados ou 2 
cabos unipolares 
Condutores 
isolados ou 
cabos unipolares 
em trifólio 
3 cabos unipolares ou condutores isolados 
Contíguos 
Espaçados 
horizontalmente 
Espaçados 
verticalmente 
ou ou 
De 
(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) 
0,5 13 12 13 10 10 15 12 
0,75 17 15 17 13 14 19 16 
1 21 18 21 16 17 23 19 
1,5 26 23 27 21 22 30 25 
2,5 36 32 37 29 30 41 35 
4 49 42 50 40 42 56 48 
6 63 54 65 53 55 73 63 
10 86 75 90 74 77 101 88 
16 115 100 121 101 105 137 120 
25 149 127 161 135 141 182 161 
35 185 158 200 169 176 226 201 
50 225 192 242 207 216 275 246 
70 289 246 310 268 279 353 318 
95 352 298 377 328 342 430 389 
120 410 346 437 383 400 500 454 
150 473 399 504 444 464 577 527 
185 542 456 575 510 533 661 605 
240 641 538 679 607 634 781 719 
300 741 621 783 703 736 902 833 
400 892 745 940 823 868 1085 1008 
500 1030 859 1083 946 998 1253 1169 
630 1196 995 1254 1088 1151 1454 1362 
800 1396 1159 1460 1252 1328 1696 1595 
1000 1613 1336 1683 1420 1511 1958 1849 
(*) De acordo com a tabela 39 da ABNT NBR 5410/2004. 
De 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 55 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 6 
(*) Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30°C para linhas não subterrâneas e de 20°C (temperatura do 
solo) para linhas subterrâneas. 
Temperatura 
(°C) 
Isolação 
Superastic e Afumex Plus Afumex 1 kV e Gsette Superastic e Afumex Plus Afumex 1 kV e Gsette 
Ambiente Do solo 
10 1,22 1,15 1,10 1,07 
15 1,17 1,12 1,05 1,04 
20 1,12 1,08 1 1 
25 1,06 1,04 0,95 0,96 
30 1 1 0,89 0,93 
35 0,94 0,96 0,84 0,89 
40 0,87 0,91 0,77 0,85 
45 0,79 0,87 0,71 0,80 
50 0,71 0,82 0,63 0,76 
55 0,61 0,76 0,55 0,71 
60 0,50 0,71 0,45 0,65 
65 –– 0,65 –– 0,60 
70 –– 0,58 –– 0,53 
75 –– 0,50 –– 0,45 
80 –– 0,41 –– 0,38 
(*) De acordo com a tabela 40 da ABNT NBR 5410/2004. 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 7 
(*) Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares. 
Item 
Disposição 1 
dos cabos 
justapostos 
Número de circuitos ou de cabos multipolares Tabelas dos 
métodos de 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 16 20 referência 
1 
Feixe de cabos ao 
ar livre ou sobre superfície; 
cabos em condutos fechados 
1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 2 a 5 
(métodos A a F) 
2 
Camada única sobre parede, 
piso ou em bandeja 
não perfurada ou prateleira 
1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 Nenhum fator de 
redução adicional 
2 e 4 
(método C) 
3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 
4 Camada única em bandeja perfurada, 
horizontal ou vertical (nota G) 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 Para mais de 9 
circuitos ou cabos 
multipolares 
3 e 5 
(métodos E a F) 
5 Camada única em leito, 
suporte (nota G) 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78 
(*) De acordo com a tabela 42 da ABNT NBR 5410/2004. 
Notas: 
A) Esses fatores são aplicáveis a grupos de cabos, uniformemente carregados. 
B) Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro 
de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar nenhum fator de redução. 
C) Os mesmos fatores de correção são aplicáveis a: 
• grupos de 2 ou 3 condutores isolados ou cabos unipolares; 
• cabos multipolares. 
D) Se um agrupamento é constituído tanto de cabos bipolares como de cabos 
tripolares, o número total de cabos é tomado igual ao número de circuitos e o 
fator de correção correspondente é aplicado às tabelas de 3 condutores carre-gados 
para cabos tripolares. 
E) Se um agrupamento consiste de N condutores isolados ou cabos unipolares, 
pode-se considerar tanto N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 
circuitos com 3 condutores carregados. 
F) Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com 
precisão de ± 5%. 
G) Os fatores de correção dos itens 4 e 5 são genéricos e podem não atender a 
situações específicas. Nesses casos, deve-se recorrer às tabelas 12 e 13. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 56 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
(*) Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistidos em mais de uma camada de condutores (método de referência C, 
das tabelas 2 e 4, E e F, da tabelas 3 e 5) 
Quantidade 
de camada 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 8 
Quantidade de circuitos trifásicos ou de cabos multipolares por camada 
2 3 4 ou 5 6 a 8 9 e mais 
2 0,68 0,62 0,60 0,58 0,56 
3 0,62 0,57 0,55 0,53 0,51 
4 ou 5 0,60 0,55 0,52 0,51 0,49 
6 a 8 0,58 0,53 0,51 0,49 0,48 
9 e mais 0,56 0,51 0,49 0,48 0,46 
(*) De acordo com a tabela 43 da ABNT NBR 5410/2004. 
Notas: A) Os fatores são válidos independentemente da disposição da camada, se horizontal ou vertical. B) Sobre condutores agrupados em uma única camada, ver 
tabela 42 (linhas 2 a 5 da tabela). C) Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à ABNT NBR 11301. 
(*) Fatores de correção de agrupamento para mais de um circuito de cabos unipolares ou multipolares diretamente enterrados 
(método de referência D, das tabelas 2 e 4) 
Número de 
circuitos 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 9 
Distância entre cabos (a) 
Nula 1 diâmetro de cabo 0,125 m 0,25 m 0,5 m 
2 0,75 0,80 0,85 0,90 0,90 
3 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 
4 0,60 0,60 0,70 0,75 0,80 
5 0,55 0,55 0,65 0,70 0,80 
6 0,50 0,55 0,60 0,70 0,80 
(*) De acordo com a tabela 44 da ABNT NBR 5410/2004. 
CABOS MULTIPOLARES  CABOS UNIPOLARES  
a a a a 
TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 10 
(*) Fatores de agrupamento para mais de um circuito - cabos em eletrodutos diretamente enterrados, (método de referência D 
na tabela 2 e 4) 
a) Cabos multipolares em eletrodutos -1 cabo por eletroduto 
Número de 
Distância entre Dutos (a) 
circuitos 
Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m 
2 0,85 0,90 0,95 0,95 
3 0,75 0,85 0,90 0,95 
4 0,70 0,80 0,85 0,90 
5 0,65 0,80 0,85 0,90 
6 0,60 0,80 0,80 0,80 
b) Cabos unipolares em eletrodutos -1 cabo por eletroduto (**) 
Número de 
Espaçamento entre Dutos (a) 
circuitos 
Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m 
2 0,80 0,90 0,90 0,90 
3 0,70 0,80 0,85 0,90 
4 0,65 0,75 0,80 0,90 
5 0,60 0,70 0,80 0,90 
6 0,60 0,70 0,80 0,90 
(*) De acordo com a tabela 45 da ABNT NBR 5410/2004. 
(**) Somente deve ser instalado 1 cabo unipolar por eletroduto, no caso deste ser em material não-magnético. 
CABOS MULTIPOLARES  CABOS UNIPOLARES  
a a a 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 57 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Grupos contendo cabos de dimensões diferentes 
• Os fatores de correção tabelados (tabelas 5 a 8) são aplicáveis a 
grupos de cabos semelhantes, igualmente carregados. O cálculo dos 
fatores de correção para grupos contendo condutores isolados ou 
cabos unipolares ou multipolares de diferentes seções nominais de-pende 
da quantidade de condutores ou cabos e da faixa de seções. 
Tais fatores não podem ser tabelados e devem ser calculados caso a 
caso, utilizando, por exemplo, a ABNT NBR 11301. 
NOTA: 
São considerados cabos semelhantes aqueles cujas capacidades de 
condução de corrente baseiam-se na mesma temperatura máxima para 
serviço contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalo de 
3 seções normalizadas sucessivas. 
• No caso de condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipo-lares 
de dimensões diferentes em condutos fechados ou em bande-jas, 
leitos, prateleiras ou suportes, caso não seja viável um cálculo 
mais específico, deve-se utilizar a expressão: 
(*) Fator fh para a determinação da corrente de neutro onde é prevista a presença de correntes harmônicas de 3a ordem 
(tabela F.1 da ABNT NBR 5410/2004) 
Taxa de terceira 
harmônica (%) 
1 Onde: 
F = fator de correção 
n = número de circuitos ou de cabos multipolares 
NOTA: 
A expressão dada está a favor da segurança e reduz os perigos de so-brecarga 
sobre os cabos de menor seção nominal. Pode, no entanto, re-sultar 
no superdimensionamento dos cabos de seções mais elevadas. 
fh 
F = _ ___ 
√n 
Tabela 11 
circuito trifásico com neutro circuito com duas fases e neutro 
33 a 35 1,15 1,15 
36 a 40 1,19 1,19 
41 a 45 1,24 1,23 
46 a 50 1,35 1,27 
51 a 55 1,45 1,30 
56 a 60 1,55 1,34 
61 a 65 1,64 1,38 
> - 66 1,73 1,41 
Onde: 
I1 = valor eficaz da componente fundamental ou componente 60 Hz. 
Ii , Ij ... In = valores eficazes das componentes harmônica de orden i, j ... n presentes na corrente 
de fase e fh é o fator multiplicativo em função da taxa da terceira harmônica. 
In = fh x IB 
_______________ 
IB = √I1 
2 + Ii 
2 + Ij 
2 + ... In 
2 
OBSERVAÇÃO: 
Na falta de uma estimativa mais precisa da taxa de terceira harmônica esperada, recomenda-se a adoção de um fh igual a 1,73 no caso de circuito 
trifásico com neutro e igual a 1,41 no caso de circuito com duas fases e neutro. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 58 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
As capacidades de condução de corrente para linhas não subterrâneas 
consideram uma temperatura ambiente de 30°C. 
Para linhas subterrâneas foram consideradas as seguintes condições: 
• Temperatura do solo 20°C 
• Profundidade de instalação 70 cm; 
• Resistividade térmica do solo 2,5 K.m/W. 
Exemplos 
I) Circuito F-N com condutores isolados Afumex Plus em eletroduto em-butido, 
com IB = 46 A. 
• Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 
• Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/Iz = 57 A) 
II) Circuito F-N com cabo Afumex 1 kV bandeja não perfurada, IB = 52 A 
• Da tabela 1  Coluna C da tabela 4 
• Da tabela 2  S = 6 mm2 (c/Iz = 58 A) 
III) Circuito 3F com cabo Gsette em eletroduto enterrado, IB = 65 A 
• Da tabela 1  Coluna D da tabela 4 
• Da tabela 2  S = 16 mm2 (c/Iz = 79 A) 
Quando tivermos condições diferentes de temperatura (ambiente ou do 
solo) ou de agrupamento de circuitos (mais de 3 condutores carrega-dos), 
devemos aplicar os seguintes fatores de correção: 
• f1 - fator de correção de temperatura - aplicável a todos os con-dutores 
instalados em locais cuja temperatura seja diferente de 30°C 
(linhas não subterrâneas) ou enterrados em solos cuja temperatura 
seja diferente de 20°C (tabela 6) 
• f2 - fator de agrupamento - aplicável quando houver mais de 3 
condutores carregados (tabelas 7, 8, 9 e 10). 
Calculamos então a corrente fictícia de projeto, l’B (aplicável apenas no 
critério da capacidade de condução de corrente), que é dada por 
IB 
I’B = __ 
f 
Sendo f igual a f1 ou a f2 ou ao produto f1 x f2, conforme o caso. 
Exemplos 
I) Circuito 3F com condutores isolados: Afumex Plus eletroduto aparen-te, 
IB = 35A, temperaura ambiente local de 45°C 
• Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 
• Da tabela 4  f= 0,79 
1 • I’= ____ 35 
= 44,3 A 
B 0,79 
• Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/I= 50 x 0,79 = 39,5 A) 
Z II) Circuito 3F-N com condutores isolados Afumex Plus eletroduto 
embutido, alimentando aparelhos de iluminação fluorescente, com 
IB = 38 A. 
 Consideramos 2 circuitos com dois condutores carregados cada 
• Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 
• Da tabela 5  f= 0,8 
2 • I’= ____ 38 
= 47,5 A 
B 0,8 
• Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/I= 50 x 0,8= 40 A) 
Z III) Dois circuitos, A e B, com cabos unipolares Gsette em eletrodu-to 
enterrado, temperatura do solo 30°C, sendo: circuito A – 2F, 
IB = 32 A e B – 3F – N (suposto equilibrado), IB = 39 A 
• Da tabela 1  circuito A – coluna D da tabela 4 
 circuito B – coluna D da tabela 4 
• Da tabela 6  f1 = 0,93 
• Da tabela 7  f2 = 0,8 
} f = 0,93 x 0,8 = 0,74 
32 
 Circuito A: – IB = ____ = 43,2 A 
0,74 
• Da tabela 4  S = 4 mm2 (c/IZ = 44 x 0,74 = 32,6 A) 
39 
 Circuito B: – I’B = ____ = 52,7 A 
0,74 
• Da tabela 4  S = 10 mm2 (c/IZ = 61 x 0,74 = 45,1 A) 
IV) Três circuitos, A, B e C, com cabos unipolares Afumex Plus 1 kV 
todos com 3F, correspondentes de projeto 84 A, 52 A e 98 A, respecti-vamente, 
instalados contidos em uma bandeja perfurada, contíguos: 
• Da tabela 1  Coluna F da tabela 5 
• Da tabela 7  f2 = 0,82 
84 
 Circuito A: – I’B = _____ = 102,4 A 
0,82 
• Da tabela 5  S = 16 mm2 (c/IZ = 105 x 0,82= 86,1 A) 
52 
 Circuito B: – I’B = _____ = 63,4 A 
0,82 
• Da tabela 3  S = 10 mm2 (c/IZ = 77 x 0,82= 63,1 A) 
98 
 Circuito C: – I’B = _____ = 119,5 A 
0,82 
• Da tabela 3  S = 25 mm2 (c/IZ = 141 x 0,82= 115,6 A) 
V) Mesmo caso do exemplo anterior, utilizando cabos Afumex Plus 1 kV 
tripolares contiguos (1 por circuito) em bandeja perfurada. 
• Da tabela 1  Coluna E da tabela 5 
• Da tabela 7  f2 = 0,82 
84 
 Circuito A: – I’B = _____ = 102,4 A 
0,82 
• Da tabela 5  S = 25 mm2 (c/IZ = 127 x 0,82= 104,1 A) 
52 
 Circuito B: – I’B = _____ = 63,4 A 
0,82 
• Da tabela 5  S = 10 mm2 (c/IZ = 75 x 0,82= 61,5 A) 
98 
 Circuito C: – I’B = _____ = 119,5 A 
0,82 
• Da tabela 3  S = 25 mm2 (c/IZ = 127 x 0,82= 104,1 A) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 59 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Seção 
Nominal 
(mm2) 
Eletroduto e 
Eletrocalha 
(Material 
Magnético) 
Eletroduto e Eletrocalha 
(Material não Magnético) 
Instalação ao ar (C) 
Cabos Gsette e Afumex 1kV 
Tabela 12 
Queda de tensão em V/A.km 
Cabos unipolares (D) Cabos uni e 
bipolares 
Cabos tri e 
tetrapolares 
Afumex Plus, 
Superastic 
e Sintenax 
Afumex Plus, Superastic 
e Sintenax (2) 
CIrc. Monofásico CIrc. Trifásico CIrc. Trifásico(B) CIrc. 
Monofásico (B) 
CIrc. 
Trifásico 
Circ. Monofásico 
S 
D 
S 
D 
S 
e Trifásico Circ. Monofásico Circ. Trifásico S = 10 cm S = 20 cm S = 2 D S = 10 cm S = 20 cm S = 2D 
FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 
1,50 23 27,4 23,3 27,6 20,2 23,9 23,8 28,0 23,9 28,0 23,6 27,9 20,7 24,3 20,5 24,1 20,4 24,1 20,4 24,1 23,5 27,8 20,3 24,1 
2,50 14 16,8 14,3 16,9 12,4 14,7 14,9 17,4 15,0 17,5 14,7 17,3 12,9 15,1 13,0 15,1 12,8 15,0 12,7 15,0 14,6 17,3 12,7 15,0 
4 9,0 10,5 8,96 10,6 7,79 9,15 9,4 10,9 9,5 10,9 9,2 10,8 8,2 9,5 8,2 9,5 8,0 9,4 7,9 9,3 9,1 10,8 7,9 9,3 
6 5,87 7,00 6,03 7,07 5,25 6,14 6,4 7,3 6,4 7,3 6,2 7,2 5,5 6,3 5,6 6,3 5,4 6,2 5,3 6,2 6,1 7,1 5,3 6,2 
10 3,54 4,20 3,63 4,23 3,17 3,67 3,9 4,4 4,0 4,4 3,7 4,3 3,4 3,8 3,5 3,8 3,3 3,7 3,2 3,7 3,6 4,2 3,2 3,7 
16 2,27 2,70 2,32 2,68 2,03 2,33 2,58 2,83 2,64 2,86 2,42 2,74 2,25 2,46 2,31 2,48 2,12 2,39 2,05 2,35 2,34 2,70 2,03 2,34 
25 1,50 1,72 1,51 1,71 1,33 1,49 1,74 1,85 1,81 1,88 1,61 1,77 1,53 1,61 1,58 1,64 1,41 1,55 1,34 1,51 1,52 1,73 1,32 1,50 
35 1,12 1,25 1,12 1,25 0,98 1,09 1,34 1,37 1,40 1,41 1,21 1,30 1,18 1,20 1,23 1,23 1,06 1,14 0,99 1,10 1,15 1,26 0,98 1,09 
50 0,86 0,95 0,98 0,94 0,76 0,82 1,06 1,05 1,12 1,09 0,94 0,99 0,94 0,92 0,99 0,95 0,83 0,87 0,76 0,83 0,86 0,95 0,75 0,82 
70 0,64 0,67 0,62 0,67 0,55 0,59 0,81 0,77 0,88 0,80 0,70 0,71 0,72 0,68 0,78 0,70 0,63 0,63 0,56 0,59 0,63 0,67 0,54 0,58 
95 0,50 0,51 0,48 0,50 0,43 0,44 0,66 0,59 0,72 0,62 0,56 0,54 0,59 0,52 0,64 0,55 0,50 0,48 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,44 
120 0,42 0,42 0,40 0,41 0,36 0,36 0,57 0,49 0,63 0,53 0,48 0,45 0,51 0,44 0,56 0,46 0,43 0,40 0,36 0,36 0,40 0,41 0,35 0,35 
150 0,37 0,35 0,35 0,34 0,31 0,30 0,50 0,42 0,57 0,46 0,42 0,38 0,45 0,38 0,51 0,41 0,39 0,34 0,32 0,31 0,35 0,35 0,30 0,30 
185 0,32 0,30 0,30 0,29 0,27 0,25 0,44 0,36 0,51 0,39 0,38 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,26 0,30 0,29 0,26 0,25 
240 0,29 0,25 0,26 0,24 0,23 0,21 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,21 
300 0,27 0,22 0,23 0,20 0,21 0,18 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,24 0,32 0,24 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18 
400 0,24 0,20 0,21 0,17 0,19 0,15 0,31 0,23 0,38 0,26 0,27 0,21 0,29 0,21 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,16 – – – – 
500 0,23 0,19 0,19 0,16 0,17 0,14 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 – – – – 
630 0,22 0,17 0,17 0,13 0,16 0,12 0,26 0,17 0,32 0,21 0,24 0,16 0,24 0,16 0,29 0,19 0,22 0,15 0,16 0,12 – – – – 
800 0,21 0,16 0,16 0,12 0,15 0,11 0,23 0,15 0,29 0,18 0,22 0,15 0,22 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,15 0,11 – – – – 
1000 0,21 0,16 0,16 0,11 0,14 0,10 0,21 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,21 0,13 0,25 0,16 0,20 0,13 0,14 0,10 – – – – 
1 - As dimensões do eletroduto e da calha adotadas são tais que a área dos cabos não ultrapasse 40% da área interna dos mesmos • 2 - Nos blocos alveolados só devem ser usados cabos GSette e Afumex 1 kV • 3 - Aplicável à fixação direta a parede ou teto, canaleta aberta, 
ventilada ou fechada, poço, espaço de construção, bandeja, prateleira, suportes sobre isoladores e linha aérea • 4 - Aplicável também aos condutores isolados Superastic e Afumex Plus sobre isoladores e linha aérea. 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 60 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Critério da queda de tensão 
A queda de tensão provocada pela passagem de corrente nos condutores 
dos circuitos de uma instalação deve estar dentro de limites pré-fixados, 
a fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de utilização 
ligados aos circuitos terminais. A queda de tensão (total) é considerada 
entre a origem da instalação e o último ponto de utilização de qualquer 
circuito terminal. São os seguintes os limites fixados para a queda total: 
• instalações alimentadas diretamente em baixa tensão — 5% 
• instalações alimentadas a partir de instalações de alta tensão — 7% 
Para os dois casos ainda deve ser respeitado o limite de 4% para os 
circuitos terminais. 
Rede pública BT 
Quadro de 
entrada 
Circuito de 
distribuição 
Origem 
Quadro de distribuição 
4% 
Circuitos 
terminais 
5% 
4% 
Rede pública AT 
Circuito de 
distribuição 
principal 
Transformador 
Quadro 
geral 
Circuito de 
distribuição 
divisionário 
Quadro de 
distribuição 
Circuitos 
terminais 
4% 
Circuitos terminais 
4% 
Quadro de distribuição 
Origem 
7% 
O problema do cálculo da seção pelo critério da queda de tensão pode 
ser posto da seguinte forma: 
• conhecemos as características dos equipamentos a alimentar, bem 
como as da linha elétrica (tipo de condutor, maneira de instalar, corren-te 
de projeto, fator de potência e distância de sua origem às cargas); 
• desejamos determinar a seção dos condutores para permitir a cir-culação 
da corrente de projeto lB, com um fator de potência cosΦ, 
de modo que, na extremidade do circuito, a queda de tensão não 
ultrapasse um valor pré-fixado; 
• ou, determinada a seção por outro critério (geralmente pelo critério 
da capacidade de condução de corrente),desejamos verificar se a 
queda está dentro do limite pré-fixado. 
A Tabela 12 dá as quedas de tensão ΔU 
–– 
em V/A. km para os condutores 
isolados Afumex Plus e Superastic e para os cabos Gsette e Afumex 1 kV 
considerando circuitos monofásicos e trifásicos, as maneiras de instalar 
mais comuns e fatores de potência 0,8 e 0,95; no caso de condutos 
são indicados separadamente os valores para condutos magnéticos (nos 
quais, por efeito magnético, é maior a queda de tensão) e para condutos 
não magnéticos. A queda de tensão pode ser obtida pela expressão: 
I) Circuito de distribuição trifásico com condutor isolado Superastic Flex 
em eletroduto de PVC aparente, 220V; comprimento do circuito (desde 
seu ponto inicial até o quadro alimentado) 100m, queda máxima pre-vista 
(pelas condições particulares do projeto) 3%, fator de potência 
considerado 0,8, corrente de projeto 85A. 
a) Critério da capacidade de condução de corrente 
• Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 
• Da tabela 2  S = 25 mm2 (c/IZ = 89 A) 
b) Critério da queda de tensão 
–– 
• Da tabela 8, p/S = 25 mm2  ΔU 
= 1,33 V/A.km 
11,3 
• ΔU = 1,33 x 85 x 0,1 = 11,3 V  ____ = 0,051 = 5,1% > 3% 
Passamos para S = 35 mm2 
–– 
• Da tabela 8  ΔU 
= 0,98 V/A.km 
220 
• ΔU = 0,98 x 85 x 0,1 = 8,33 V  3,78% > 3% 
Passamos para S = 50 mm2 
–– 
• Da tabela 8  ΔU 
= 0,76 V/A.km 
• ΔU = 0,76 x 85 x 0,1 = 6,46 V  2,94% < 3% 
Cálculo alternativo (determinação direta da seção) 
–– 
• 3% de 220 V  ΔU 
= 6,6 V 
–– 
• ΔU 
–– 
–– 
ΔU 
= ____  ΔU 
6,6 
= _______ = 0,815 V/A.km 
–– 
IB x l 
85 x 0,1 
• Da tabela 8  S = 50 mm2 (c/ ΔU 
= 0,76 V/A.km) 
II) Mesmo caso do exemplo anterior considerando eletroduto magnético. 
–– 
• ΔU 
= 0,815 V/A.km 
–– 
• Da tabela 8  S = 70 mm2 (c/ ΔU 
= 0,64 V/A.km) 
III) Circuito terminal monofásico de tomadas de corrente com conduto-res 
Superastic Flex em eletroduto de PVC embutido, 127 V; comprimen-tos 
indicados na figura, queda máxima prevista 2%, fator de potência 
considerado 0,95, correntes indicadas na figura. 
–– 
ΔU = ΔU 
x IB x l 
Queda de 
tensão em V 
Queda de tensão 
em V/A.km 
Corrente de 
projeto em A 
Comprimento do 
circuito em km 
Quadro 
Terminal 
2,5 m 3 m 3,5 m 7 m 
D A B C D 
14,95A 10,23A 5,51A 0,79A 
4,72A 4,72A 4,72A 0,79A 
600 VA 600 VA 600 VA 100 VA 
a) Critério da capacidade de condução de corrente. 
• Da tabela 1  coluna B1 da tabela 2 
• Da tabela 2  S = 1,5 mm2 (c/IZ = 17,5 A) 
b) Critério da queda de tensão 
–– 
• Queda por trecho OA  ΔU 
x 14,95 x 0,0025 = _______ 
–– 
AB  ΔU 
x 10,23 x 0,003 = ________ 
–– 
BC  ΔU 
x 5,51 x 0,0035 = ________ 
–– 
CD  ΔU 
x 0,79 x 0,007 = _________ 
2% de 127 V = 2,54 V 
–– 
ΔU 
x (14,95 x 0,0025 + 10,23 x 0,003 + 5,51 x 0,0035 + 0,79 
x 0,007) = 2,54 
ΔU 
–– 
–– 
x 0,0929 = 2,54 ∴ ΔU 
2,54 
0,0929 
= ______ = 27,3 V/A.km 
–– 
• Da tabela 8  S = 2,5 mm2 (c/ ΔU 
= 16,9 V/A.km) 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 61 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Critério da proteção contra 
correntes de sobrecarga 
Disjuntores 
t 
tC 
I2 = α IN I 
Fusíveis 
t 
tC 
I2 = α IN I 
• tC – tempo convencional (definido por norma para cada faixa de 
valores de lN); 
• I2 – corrente convencional de atuação (definida por norma para faixas 
de valores de lN) - quando passa pelo dispositivo um corrente igual a 
l2 ele deverá atuar, no máximo, num tempo igual a tC. 
Fusíveis 
Característica de funcionamento 
(zona tempo-corrente) de um 
disjuntor termomagnético 
Correntes nominais (IN) - 5, 6, 10, 
15, 16, 20, 25, 32, 35, 40, 50,60, 
63, 70, 90 e 100 A 
Característica de funciona-mento 
(zona tempo-corrente) 
de um fusível tipo g 
Correntes nominais (IN) – 6, 
10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 
63, 80, e 100 A 
Para estabelecer a coordenação entre a seção dos condutores de um 
circuito e a respectiva proteção contra correntes de sobrecarga, deve-mos 
conhecer: 
• a corrente de projeto, lB 
• a capacidade de condução de corrente dos condutores, lZ (levando 
em consideração os eventuais fatores de redução, f1 e f2) 
• o tipo de dispositivo (fusível ou disjuntor) 
• a corrente nominal do dispositivo, lN 
• a corrente convencional do dispositivo, l2 = 1,45 IN 
As condições impostas pela ABNT NBR 5410/2004 são: 
a) Proteção com fusíveis ou disjuntores 
I< I< Ie 
I< 1,45 IB N Z 2 Z 
A ABNT NBR 5410 define que I2 < 1,45 IZ 
A ABNT NBR NM 60898 define que I2 = 1,45 IN 
Exemplos 
Circuito de distribuição trifásico 3F, com condutores isolados Afumex 
Plus eletroduto embutido, com lB = 35A. 
I) Critério da capacidade de condução de corrente 
• Da tabela 2  S = 6 mm2 (c/IZ = 36 A) 
II) Proteção com fusíveis 
• IB < IN  35 < IN  escolhemos IN = 35A 
• I2 < 1,45IZ 
α = 1,6  I2 = 1,6 x 35 = 56A 
1,45 IZ = 1,45 x 36 = 52,2A 
Passando para S = 10 mm2 (c/IZ = 50A) 
• I2 < 1,45 IZ 
I2 = 56A 
1,45 I2 = 1,45 x 50 = 72,5A 
III) Proteção com disjuntor curva Tipo C 
} 56 > 52,2A 
não atende 
} 56 < 72,5A 
atende c/ S = 10 mm2 
• IB < IN  35 < IN  escolhemos IN = 35A 
• IN < IZ  35 < 36A  atende com S = 6 mm2 
IV) Proteção com disjuntor curva Tipo C com f = 0,8 
35 
0,8 
• IB < 0,8 IN  35 < 0,8 IN ∴ IN > ___ = 43,75A  escolhemos 
IN = 50 A 
• IN < IZ  50 > 36A  não atende 
Passando para S = 10 mm2 (c/IZ = 50 A) 
• IN < IZ  50 = 50A atende c/ S = 10 mm2 
I2 = α IN 
IN < 10A  α = 1,9 
10 < IN < 25A  α = 1,75 
25 < IN < 100A  α = 1,6 
Disjuntores que atendem à ABNT NBR NM 60898 
I2 = 1,45 IN 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 62 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Critério da proteção contra 
correntes de curto-circuito 
Para a aplicação do critério da proteção contra correntes de curto-cir-cuito 
devemos conhecer: 
• a corrente de curto-circuito, lCC, no ponto em que vai ser instalado o 
dispositivo de proteção 
• a capacidade de interrupção nominal do dispositivo de proteção, lCN 
• a temperatura de curto-circuito do condutor, θcc (para isolação de 
PVC θcc = 160°C) 
• a duração do curto-circuito, t 
• o material condutor 
As condições impostas pela ABNT NBR 5410 são: 
I2 
CC . t < K2S2 
ICN > ICC t = _________ = 0,052s 
onde K é um fator que depende do tipo de condutor, valendo 115 para 
os condutores isolados Superastic e Afumex Plus. 
O tempo máximo de duração do curto-circuito será, da expressão abaixo 
K2S2 
t = ____ 
I2 
CC 
que pode ser obtido do gráfico apresentado a seguir. Nele vemos, por 
exemplo, que um cabo de 16 mm2 só suporta uma corrente de curto-circuito 
de 10.000A (10 kA) por um tempo máximo de 2 ciclos, isto é, 
0,0335 (aplicando a fórmula obtemos o mesmo valor). 
A proteção deverá atuar num tempo não superior ao obtido da fórmula 
ou do gráfico, do contrário a temperatura do condutor ultrapassará o 
valor θcc. O tempo de atuação da proteção pode ser obtido da caracte-rística 
de atuação fornecida pelo fabricante. 
EXEMPLO 
Na origem de um circuito de distribuição com condutores isolados 
Superastic Flex de 10 mm2, a corrente de circuito calculada foi de 5 kA. 
Assim: 
• a capacidade de interrupção nominal mínima do dispositivo que irá 
proteger o circuito contra correntes de curto-circuito será de 5 kA; 
• tal dispositivo deverá atuar num tempo não superior a: 
1152 x 102 
5.0002 
• Um disjuntor termomagnético adequado atuaria em cerca de 0,02 s. 
• Um fusível adequado atuaria em cerca de 0,001 s. 
CORENTES MÁXIMAS DE 
CURTO-CIRCUITO 
Gsette e Afumex 0,6/1 kV 
Condutor - cobre 
conexões prensadas 
Máxima temperatura em regime 
contínuo................................. 90°C 
Máxima temperatura do 
curto circuito........................ 250°C 
200 
100 
90 
80 
70 
60 
50 
40 
30 
20 
10 
987 
6 
5 
4 
3 
2 
1 
0,9 
0,8 
0,7 
0,6 
0,5 
0,4 
0,3 
0,2 
0,1 
1 ciclo 
2 ciclos 
4 ciclos 
8 ciclos 
16 ciclos 
30 ciclos 
60 ciclos 
100 ciclos 
1 
2 
3 
5 
6 
10 
789 
20 
60 
80 
100 
30 
40 
1,5 
200 
250 
70 
95 
120 
150 
185 
240 
300 
400 
500 
630 
800 
1000 
600 
700 
900 
2,5 
4 
16 
25 
35 
50 
Secção nominal do condutor (mm²) 
Corrente de curto circuito (ampères) x 10³ 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 63 - Capitulo VI
CAPÍTULO VI 
Dimensionamento de circuitos 
Seção mínima dos condutores isolados 
a) Condutores fase 
Tabela 13 
Uso Seção Mínima (mm2) 
Instalações fixas 
em geral 
Circuitos de 
iluminação 1,5 
Circuitos de força 
(incl. de tomadas) 2,5 
Circuitos de 
sinalização 
e controle 
0,5 
Ligações com cordões 
e cabos flexíveis 
Equipamento 
específico 
Indicado na norma 
respectiva 
Qualquer outra 
aplicação 0,75 
b) Condutor neutro 
Nos circuitos de distribuição com 3F-N é possível reduzir a seção do 
condutor neutro quando: 
• não for prevista a presença de harmônicas; 
• a máxima corrente susceptível de percorrer o netro seja inferior à ca-pacidade 
de condução de corrente correspondente à seção reduzida 
do condutor neutro. 
Nessas condições podem ser adotadas as seções mínimas indicadas 
na tabela 12. Tabela 14 
(*) Seção do Condutor Neutro. 
Seção dos 
condutores fase (mm2) 
Seção mínima do 
condutor neutro (mm2) 
S < 25 S 
35 25 
50 25 
70 35 
95 50 
120 70 
150 70 
185 95 
240 120 
300 150 
400 240 
500 240 
630 400 
800 400 
1000 500 
Eletrodutos – Observações importantes 
• Como vimos no capítulo 6, os eletrodutos são caracterizados por seu 
tamanho nominal. 
• Nos eletrodutos só podem ser instalados condutores que possuam 
isolação (isto é, condutores isolados, cabos unipolares e cabos muI-tipolares). 
Ocupação dos eletrodutos 
• Num mesmo eletroduto só podem ser instalados condutores de cir-cuitos 
diferentes quando eles pertencerem à mesma instalação. 
• A soma das áreas totais dos condutores contidos num eletroduto não 
pode ser superior a 53%, 31 % e 40% da área útil do eletroduto, 
respectivamente para 1,2,3 ou mais condutores. 
Exemplo 
Eletroduto de aço - carbono série extra de acordo com a ABNT NBR 
5597 contendo 4 condutores isolados (fios) de 4 mm2 e 6 condutores 
isolados de 10mm2, todos Afumex Plus. 
 Diâmetro externo (dE) dos condutores (ver catálogo Prysmian) 
• 4 mm2  dE = 4,1 mm 
• 10 mm2  dE = 6 mm 
π dE 
2 
 Área total dos condutores ( A = ____ ) 
4,12 
• 4 mm2  A = π x ____ = 13,2 mm2 
4 
62 
• 10 mm2  A = π x ____ = 28,3 mm2 
4 
 Área ocupada pelos 10 condutores 
• At = 4 x 13,2 + 6 x 28,3 = 222,6 mm2 
 Área útil mínima do eletroduto 
222,6 
• AU = _____ = 557 mm2 
4 
0,4 
____ 
π 
√ 
4AU 
 Diâmetro interno (mínimo) correspondente DI = ____ 
________ 
π 
√ 
4 x 557 
• DI = _______ = 26,6 mm 
 Na Tabela de dimensões de eletrodutos, no Capítulo 3, verificamos 
que o eletroduto indicado é o de tamanho nominal 25, cujo diâmetro 
externo é (33,4 x 0,38) mm e cuja espessura de parede é 3 mm. 
(*) De acordo com a tabela 48 da ABNT NBR 5410/2004. 
housepress - versão B - 18/10/2010 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 64 - Capitulo VI
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Instalação elétrica de uma 
unidade residencial (apartamento). 
Dados iniciais: 
• alimentação com 2F-N,127/220 V 
• planta de arquitetura em escala 1:50 
• iluminação incandescente (cosΦ = 1) 
• tomadas de uso geral com cosΦ = 0,8 
• tomadas (pontos) de uso específico previstas para: 
- chuveiro (banheiro)______6000W, cosΦ = 1 
- torneira (cozinha)______4400W, cosΦ = 1 
- lavadora de roupas (área)______770 VA, cosΦ = 0,8 
• instalação com cosΦ = 0,95 
• instalação do esquema de aterramento TN 
Potência 
instalada (1) Iluminação 
Entrada, 
banheiro, 
hall e área 
Sala 
Dormitório 1 
Dormitório 2 
Cozinha 
Dependência 
S < 6 m2  100 VA em cada dependência 
26,24 m2 = 6 m2 + 5 x 4 m2 + 0,24 m2 
100 VA + 5 x 60 VA = 400 VA 
12,87 m2 = 6 m2 + 1 x 4 m2 + 1,31 m2 
100 VA + 1 x 60 VA = 160 VA 
11,31 m2 = 6 m2 + 1 x 4 m2 + 1,31 m2 
100 VA + 1 x 60 VA = 160 VA 
9,75 m2 = 6 m2 + 3,75 m2 
100 VA 
Dimensões Potência de 
iluminação 
Potência 
instalada (2) Tomadas de uso geral (tug’s) 
entrada, 
banheiro, 
hall e área 
S < 6 m2  1 tug de 100 VA na entrada e no hall e 
1 de 600 VA no banheiro e na área 
22,8 
____ = 3,8  4 tug’s 
6 
4 x 100 VA = 400 VA 
14,4 
____ = 2,4  3 tug’s 
6 
3 x 100 VA = 300 VA 
13,6 
____ = 2,3  3 tug’s 
6 
3 x 100 VA = 300 VA 
12,8 
____ = 3,6  4 tug’s 
3,5 
3 x 600 VA + 100 VA = 1900 VA 
Resultado da tabela abaixo 
PINST.IL = 1200 VA 
PINST.TUG = 4300 VA 
PINST.TUE = 11170 VA 
PINST = 16690 VA 
sala 
dormitório 1 
dormitório 2 
cozinha 
Área (m2) Perímetro (m) Quantidade Potência (VA) Discriminação Potência (VA) 
(VA) 
Tomadas de uso geral Tomadas de uso específico 
Entrada 2,75 – 100 1 100 – – 
Sala 26,24 22,8 400 4 400 – – 
Dormitório 1 12,87 14,4 160 3 300 – – 
Bamheiro 4,68 – 100 1 600 Chuveiro 6000 
Dormitório 2 11,31 13,6 160 3 300 – – 
Hall 2,34 – 100 1 100 – – 
Cozinha 9,75 12,8 100 4 1900 Torneira 4400 
Área 5,25 – 100 1 600 Lavadora de 
roupa 770 
1220 4300 11170 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 65 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Potência de alimentação 
• PINST.IL + P INST.TUG = 5520 VA onde g = 0,45 (Fator de demanda, tabela 3, capítulo V) 
• PA = 5520 x 0,45 + 11170 = 13654 VA 
Circuitos 
Circuitos 
__ 
S 
II= B terminais 
CT U 
(V) Discriminação 
B (CT’s) 
I’B = __ 
S f S (mm2) IU 
f 
N 
(VA) (A) (A) Vivos PE (A) 
1 127 llum. entrada, sala, cozinha, área e hall 800 6,3 0,7 9,0 1,5 – 10 
2 127 llum. dormitórios e banheiro 420 3,3 0,8 4,1 1,5 – 10 
3 127 Tug’s entrada, sala, dormitórios, banheiro e hall 1800 14,2 0,7 20,3 2,5 2,5 15 
4 127 Tug’s cozinha 1900 15,0 0,8 18,8 2,5 2,5 15 
5 127 Tug’s área; lavadora de roupa 1370 10,8 0,7 15,4 2,5 2,5 15 
6 220 Tue torneira 4400 20,0 0,8 25,0 4 4 25 
7 220 Tue chuveiro 6000 27,3 0,8 34,1 6 6 35 
Circuito F1 - N F2 - N F1 - F2 
VA VA VA 
1 800 – – 
2 420 – – 
3 1800 – – 
4 – 1900 – 
5 – 1370 – 
6 – – 4400 
7 – – 6000 
Totais 3020 3270 10400 
Distribuição 
nas fases 
Circuito de 
I= ______ 13654 
distribuição = 62 A  S = 25 mm2 (I= 89 A) 
B Z 220 
ΔU = 1,71 V/A.km (eletroduto não magnético, cosΦ = 0,95) (Tabela 12 capítulo VI) 
ΔU = 2% de 220 V = 4,4 V 
4,4 
comprimento máximo (prumada) l max = ________ = 0,041 km = 41 m 
62 x 1,71 
proteção geral no centro de medição - disjuntor bipolar c/IN = 70 A 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 66 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Planta da instalação do exemplo. 
5 
# 2,5 
100 
1 d 
4 4 6 3 1 3 
# 2,5 
# 2,5 # 4 
4 6 4 
100 
1 k 
a 
# 2,5 # 2,5 
6 
# 2,5 # 4 
3 
200 
1 b 
2.50 
d 
2.10 
20 mm 
5 
160 
2 a 
20 mm 
TORNEIRA 
3.90 3.20 
# 2,5 
# 2,5 
# 2,5 
# 2,5 # 2,5 
3 
# 2,5 
100 
1 h 
3 
# 2,5 
BANHEIRO 
3 
2 
b 
# 2,5 
160 
2 c 
1 3 
b 
200 
1 c 
7 
1 5 
d 
# 6 
100 
2 b 
QD 
o 
3 1 3 5 
100 
1 a 
MLR 
5 
Á. DE SERVIÇO 
# 2,5 
3 
3.30 2.90 
3 
3 
# 2,5 
DORMITÓRIO 
2.60 
20 mm 
7 
2 
# 6 
CHUVEIRO 
3 
7 
3 
2 
# 2,5 
DORMITÓRIO 
COZINHA 
ENTRADA 
3 
HALL 
1 3 
# 2,5 
20 mm 
# 2,5 
SALA 
3 
# 2,5 
3 
3 
2 7 
# 6 
3 
3 
3 
1.80 
3 
3 
3 
20 mm 
20 mm 
3.90 
3 a 
1 3 
3 
b 
4 
4 
2 
a 
a 
3 
3 
1 
h 
3 
2 
c 
c 
c 
h 
b 
b 
# 2,5 
# 25 # 16 
20 mm 
4 
4 
20 mm 
# 2,5 
# 2,5 
# 2,5 
# 2,5 
1 
k 
# 2,5 
a b 
a 
k 
20 mm 
# 2,5 
1 3 
bc 
3 
8.20 
3 
# 2,5 
Os condutores e eletrodutos sem indicações serão = 1,5 mm2 e Ø 16 mm 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 67 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Diagrama unifilar do exemplo 
QD F1 
6 id 
id 
id 
1 
5 
3 
CIRC. 6 
Quadro de distribuição 
Ponto de luz no teto 
Interruptor simples 
Interruptor paralelo 
70 A 
25 A 
25 A 
10 A 
15 A 
15 A 
15 A 
15 A 
Tomada 127 V, 2 P + T, baixa 
id 
id 
7 
2 
4 
CIRC. 1 CIRC. 5 CIRC. 3 
Tomada 127 V, 2 P + T, média 
Ponto 220 V, bifásico, médio 
CIRC. 4 CIRC. 2 CIRC. 7 
Ponto 220 V, bifásico, alto 
Condutores: retorno, fase, neutro e de proteção 
Eletroduto no teto ou parede 
Eletroduto no piso 
Disjuntor termostático diferencial (bipolar), 30 mA 
Disjuntor termomagnético (unipolar) 
Disjuntor termomagnético (bipolar) 
F2 N PE 
35 A 
35 A 
10 A 
15 A 
15 A 
Legenda 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 68 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Especificação e contagem de componentes do exemplo 
Especificação e contagem de componentes do exemplo 
Especificação Quantidade 
Condutor isolado, 450/750 V, classe de encordoamento 5, com isolação em camada dupla, livre de halogênios, de acordo 
com a ABNT NBR 13248 (Afumex Plus) 
1,5mm2, isolação preta 100 m 
1,5mm2, isolação azul-claro 100 m 
2,5mm2, isolação preta 170 m 
2,5mm2, isolação azul-claro 70 m 
2,5mm2, isolação verde-amarelo 70 m 
4mm2, isolação preta 20 m 
6mm2, isolação preta 30 m 
Eletroduto rígido de PVC, de acordo com a ABNT NBR 15465 (barras de 3 m) 
16 (1/2”) 27 barras 
20 (3/4”) 14 barras 
Disjuntor termo magnético em caixa moldada, de acordo com a ABNT NBR NM 60898, sem fator de correção para temperatura ambiente 
Unipolar, 10A 2 pç 
Bipolar, 70A 1 pç 
Disjuntor termomagnético diferencial em caixa moldada, corrente diferencial nominal de atuação 30 mA 
Bipolar 15A 3 pç 
Bipolar 25A 1 pç 
Bipolar 35A 1 pç 
Equipamento (com placa) 
Interruptor simples 3 pç 
Interruptor paralelo 1 pç 
2 interruptores paralelos 1 pç 
1 interruptor paralelo + 2 interruptores simples 1 pç 
1 interruptor simples + 1 tomada (2P + T) 2 pç 
Tomada (2P + T) 17 pç 
Placa para saída de fio 2 pç 
Plafonier para ponto de luz 9 Pç 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 69 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Exemplo de projeto 
Estimativa de consumo mensal para a unidade residencial do exemplo 
Ambiente Uso Consumo (kWh) 
Sala 
iluminação 0,2 kW x 2h/dia x 30 dias 12,0 
tomadas 0,4 kW x 3h/dia x 30 dias (TV) 36,0 
Dormitório 1 
iluminação 0,1 kW x 1h/dia x 30 dias 3,0 
tomadas 0,5 kW x 0,2h/dia x 30 dias 3,0 
Dormitório 2 
iluminação 0,1 kW x 1h/dia x 30 dias 3,0 
tomadas 0,4 kW x 0,2h/dia x 30 dias 2,4 
Cozinha 
iluminação 0,1 kW x 3h/dia x 30 dias 9,0 
tomadas 0,3 kW x 0,5h/dia x 30 dias 4,5 
geladeira * 0,4 kW x 6h/dia x 30 dias 72,0 
freezer * 0,5 kW x 6h/dia x 30 dias 90,0 
MLP - Máq. de lavar pratos 2,2 kW x 1h/dia x 30 dias 66,0 
torneira 4,4 kW x 1h/dia x 30 dias 132,0 
Área de Serviço . 
iluminação 0,1 kW x 0,5h/dia x 30 dias 1,5 
MLR - Máq. de lavar roupas 0,6 kW x 6h/semana x 4 semanas 9,6 
Ferro 0,6 kW x 4h/semana x 4 semanas 14,4 
Banheiro 
iluminação 0.1 kW x1h/dia x 30 dias 3,0 
tomada 0,1 kWx 0,1h/dia x 30dÍas 0,3 
chuveiro 6,0 kW x 1 h/dia x 30 dias 180,0 
Total** 641,7 
*Para a geladeira e freezer foi computado apenas o tempo de funcionamento dos compressores. 
** Este valor é uma estimativa para o consumo de uma família com 4 pessoas e não foram levadas em conta as correntes de partida dos motores 
(geladeira, freezer, MLR E MLP). 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 70 - Capitulo VII
CAPÍTULO VII 
Anexo - fluxo do cobre 
1 - Mineração 2 - Beneficiamento 3 - Redução 4 - Refino eletrolítico 5 - Vergalhão 
Britagem 
(0,5 a 2% Cu) 
Minério de cobre 
Secagem do 
concentrado 
O cobre é, ainda hoje, o metal mais importante para a condução de 
eletricidade e ainda o será por muito tempo. Por suas propriedades 
elétricas e mecânicas é, sem sombra de dúvidas, o material ideal 
para os condutores elétricos, principalmente os de baixa tensão. 
Condutores elétricos Outros 
produtos 
6 - Trefilação 
Moagem 
Flotação 
Refino a Fogo Anodo 
Blister 
Forno 
conversor 
Planta de 
ácido sulfúrico 
Mate (30 a 50% Cu) 
Gás 
Forno reverbéreo 
Refinação 
eletrolítica 
Cátodo 
Fundição e 
laminação 
contínua 
Vergalhão 
1 Mineração O minério de cobre é explorado no Brasil em Jaguararí, na Bahia, Camaquã, no Rio Grande do Sul e inicia-se a produção em Salobo (Carajás) no Pará 
2 Beneficiamento O minério contém até cerca de 2% de cobre. É necessário beneficiá-lo e concentrá-lo. O concentrado é um pó escuro com aproximadamente 30% de cobre 
3 Redução O concentrado, constituido normalmente de sulfeto de cobre, é reduzido ao metal em etapas metalúrgicas secessivas, que aumentam a pureza do metal. O 
cobre produzido tem um teor de 99,7% 
4 Refino eletrolítico O metal é moldado em peças chamadas anodos. Os anodos são dissolvidos por eletrólise, depositando cobre quase puro (99,99%) nos cátodos 
Outros produtos Barras, perfis, tubos, tiras, chapas, arames 
5 Vergalhão Os cátodos são fundidos, tomando-se cuidado para não contaminar o metal. O cobre fundido passa por máquinas contínuas, onde solidifica, é laminado e 
forma grandes rolos 
6 Trefilação Para produzir os condutores elétricos, o vergalhão de cobre puro passa por diversas fases de trefilação e cozimento 
Britagem 
Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 71 - Capitulo VII
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Manual prysmian

  • 2. CAPÍTULO I Normas brasileiras para instalações e condutores elétricos As normas brasileiras são elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Em particular, as normas de eletricidade es-tão a cargo do COBEI, Comitê Brasileiro de Eletricidade ABNT/CB-03, um dos 60 Comitês Brasileiros que compõem a ABNT. O COBEI é composto por mais de 70 subcomitês, que desenvolvem nor-mas para padronização da terminologia, como é o caso da SC-03.001, até conservação de energia, a cargo da SC-03.515. A norma ABNT NBR 5410 é de responsabilidade do SC-03.064, en-quanto as normas específicas de cabos e cordões elétricos são de res-ponsabilidade da SC-03.020. ABNT NBR NM 247-3 Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais até 450/750 V, inclusive Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC 60227-3, MOD) ABNT NBR 13248 Cabos de potência e controle e condutores isolados sem cobertura, com isolação extrudada e com baixa emissão de fumaça para tensões até 1 kV - Requisitos de desempenho ABNT NBR 13249 Cabos e cordões flexíveis para tensões até 750 V – Especificação  Até a conclusão desta revisão, esta norma permanece cancelada e, pela ABNT, substituída pelas normas:  ABNT NBR NM 244:2009 - ABNT NBR NM 247-5:2009 - ABNT NBR NM 287-1:2009 - ABNT NBR NM 287-2:2009 - ABNT NBR NM 287-3:2009 - ABNT NBR NM 287-4:2009  Estas análises ainda não são aplicadas devido à uma indefinição do Inmetro quanto à certificação compulsória destes tipos de cabos e cordões. ABNT NBR 7286 Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR) para tensões de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 ABNT NBR 7288 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV ABNT NBR 7285 Cabos de potência com isolação extrudada de polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6/1 kV - Sem cobertura – Especificação ABNT NBR 7287 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado (XLPE) para tensões de isolamento de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho ABNT NBR 7289 Cabos de controle com isolação extrudada de PE ou PVC para tensões até 1 kV - Requisitos de desempenho ABNT NBR 7290 Cabos de controle com isolação extrudada de XLPE ou EPR para tensões até 1 kV - Requisitos de desempenho ABNT NBR 8182 Cabos de potência multiplexados autossustentados com isolação extrudada de PE ou XLPE, para tensões até 0,6/1 kV - Requisitos de desempenho ABNT NBR 9024 Cabos de potência multiplexados autossustentados com isolação extrudada de XLPE para tensões de 10kV a 35kV com cobertura - Requisitos de desempenho ABNT NBR 6524 Fios e cabos de cobre duro e meio duro com ou sem cobertura protetora para instalações aéreas – Especificação ABNT NBR 9113 Cabos flexíveis multipolares, com isolação sólida extrudada de borracha sintética para tensões até 750 V ABNT NBR 9375 Cabos de potência com isolação sólida extrudada de borracha etilenopropileno (EPR) blindados, para ligações móveis de equipamentos para tensões de 3 kV a 25 kV Normas Específicas Pág 01 - Capitulo I
  • 3. U2 1202 Qual a corrente absorvida pela lâmpada quando usada num circuito de 120V? U 120 U2 1152 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Qual a corrente que circulará? CAPÍTULO I Noções básicas Formulas da lei de OHM Tensão = Corrente x Resistência U (volts,V) = I (ampères, A) x R (ohms,Ω) Corrente = Tensão/Resistência I (A) = U (V)/R (Ω) Resistência = Tensão/Corrente R (Ω) = U (V)/I (A) Potência = Tensão x Corrente P (watts, W) = U(V) x I(A) Manipulando as expressões acima obtemos outras que também podem ser úteis em aplicações específicas: P = I2R P = U2/R I = P/U ___ I = √P/R U = P/I ___ U = √PR R = P/I2 R = U2/P R = __ = ___ = 360Ω P 40 I = __ = ___ = 0,3A R 360 P = __ = ___ = 36,7W R 360 U 115 I = __ = ___ = 0,32A R 360 U2 2202 R = __ = ____ = 17,3Ω P 2800 U 220 I = __ = ____ = 12,7A R 17,3 U 230 I = __ = ____ = 13,3A R 17,3 P = UI = 230 x 13,3 = 3059W 3Ω A resistência de cada um dos dois condutores do cordão será de 20 Ω/km x 0,15km = 3Ω = RC 120V 360Ω 40W 0,3A 115V 360Ω 36,7W 0,32A 110V 70Ω 1,51A 3Ω Todas essas expressões são diretamente aplicáveis a qualquer cir-cuito resistivo, a qualquer trecho resistivo de um circuito, a qualquer circuito CC e a qualquer circuito CA (ou trecho de circuito) com fator de potência unitário. Exemplo 1 Qual a resistência de uma lâmpada incandescente onde vão assinala-dos os valores 40W e 115-125V? Exemplo 2 Uma torneira elétrica traz as indicações 2800W e 220V. Qual o valor da resistência? 12,7A 200V 17,3Ω Qual a corrente? Se a torneira for ligada a um circuito de 230 V, qual a corrente absorvida? Qual a potência consumida? Circuitos Com Cargas Em Série Geralmente, numa instalação, as cargas de um circuito estão ligadas em paralelo. No entanto, existem casos em que temos que considerar liga-ções em série – por exemplo, em circuitos muito longos, quando temos uma carga alimentada por algumas dezenas de metros de condutor. Exemplo Uma lâmpada de prova de 200W, resistência de 70Ω, alimentada por diversas extensões de cordão flexível, cuja resistência (dada pelo fabri-cante) é de 20Ω/km. A tensão na tomada onde é ligada a alimentação é de 110V e o comprimento total do cordão 150m. Qual será a tensão aplicada à lâmpada? Pág 02 - Capitulo I Qual a potência efetivamente consumida pela lâmpada, quando ligada a um circuito de 115V?
  • 4. Num circuito série, a corrente é a mesma em todas as cargas ligadas, e a resistência equivalente do circuito é igual à soma das resistências individuais das cargas. R= 3 + 70 + 3 = 76Ω EQ I = ___ U = ____ 115 = 1,15A REQ 76 UC = I x RC = 1,51 x 3 = 4,53V A tensão na lâmpada será UL = I x RL = 1,51 x 70 = 105,7V UL = 115 - (4,53 + 4,53) = 115 - 9,06 = 105,9V 4,53 + 4,53 = 9,06V 9,06 ____ x 100 = 7,8% 115 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 1 1 1 1 ___ = ___ + ___ + ___ + ... REQ R1 R2 R3 1 P1 P2 P3 ___ = ___ + ___ + ___ + ... RU2 U2 U2 EQ 1 2 3 1 P1 + P2 + P3 ___ = _________ + ... REQ U2 Onde P1, P2, ... são as potências nominais e U a tensão nominal comum. Portanto, 1 soma das potências nominais ___ = _______________________ REQ (tensão nominal)2 (tensão nominal)2 REQ = _______________________ soma das potências nominais 1152 REQ = ____ = 4,9Ω 2700 115 I = ____ = 23,5A 4,9 CAPÍTULO I Noções básicas No exemplo temos A corrente será A tensão aplicada a cada carga será o produto da corrente pela respectiva resistência. A tensão em cada um dos dois condutores será a mesma Podemos também dizer que a tensão na lâmpada será igual à tensão na tomada menos a tensão nos condutores, isto é, Quando os cálculos são feitos de modos diferentes, sempre apa-recem pequenas variações nas respostas, causadas pelo número de decimais e pelos arredondamentos. A tensão nos condutores não tem nenhuma aplicação direta; ela apenas reduz a tensão na carga. No exemplo, as “perdas” de tensão chegam a que é a chamada queda de tensão do circuito, que poderíamos indicar em porcentagem, por Circuitos Com Cargas Em Paralelo Nas instalações elétricas, a grande maioria dos circuitos possui cargas em paralelo. Nesses circuitos, um dos cálculos mais comuns consiste em de-terminar a corrente total exigida pelas cargas, a fim de dimensionar a seção dos condutores e a proteção do circuito. Num circuito com cargas em paralelo (se desprezarmos a queda de tensão nos condutores), a cada uma das cargas estará aplicada a mes-ma tensão e a corrente total será a soma das correntes de cada carga individual. A lei de Ohm pode ser aplicada a cada uma das cargas para determinar as correntes, como será visto nas aplicações que se seguem. Resistência Equivalente A resistência de uma carga específica geralmente não é de interesse, exceto como um passo para encontrar-se a corrente ou a potência con-sumida. Assim, a corrente total,que circula num circuito com cargas em paralelo, pode ser determinada achando-se inicialmente a “resistência equivalente” do circuito, usando a expressão A resistência de um equipamento elétrico é fixada em seu projeto e qualquer cálculo, envolvendo essa grandeza, deverá utilizar a tensão nominal do equipamento e não a do circuito. Em outras palavras, as tensões U1,U2, U3 podem ser diferentes entre si, caso as cargas ligadas ao circuito tenham tensões nominais dife-rentes. Se todas as cargas tiverem a mesma tensão nominal, a expressão an-terior pode ser simplificada para Exemplo O circuito de 20A mostrado (de tomadas de cozinha) terá capacidade suficiente para alimentar as cargas ligadas? Geralmente esses aparelhos têm tensão nominal de 115V; portanto, A corrente do circuito será Logicamente um circuito de 20A não poderá alimentar essas 3 cargas simultaneamente, pois o disjuntor atuará abrindo o circuito. É fácil veri-ficar que se o circuito fosse de 25A as 3 cargas poderiam ser alimen-tadas normalmente (não considerando que certos disjuntores podem operar com 80% de sua corrente nominal). 115V Torradeira 600W Cafeteira 1000W Ferro de passar roupas 1000W Pág 03 - Capitulo I
  • 5. CAPÍTULO I Impedância Em Circuitos Indutivos A maioria dos circuitos encontrados em instalações elétricas contêm indutância. Em alguns circuitos como, por exemplo, os que alimentam iluminação incandescente ou aquecedores a resistor (chuveiros, tor-neiras, etc.), a indutância é tão pequena que pode ser ignorada. Em outros, como os que servem a motores, reatores de lâmpadas a va-por, transformadores, etc., a indutância pode ser bastante significativa. A corrente através de uma resistência está em fase com a tensão; a corrente através de uma indutância está atrasada de 90o, em relação à tensão. A resistência R e a reatância indutiva XL, que se opõem à pas-sagem dessas correntes, podem ser consideradas defasadas de 90°. A oposição total à corrente, isto é, a impedância Z, pode ser representada pela hipotenusa do triângulo formado por R, XL e Z. Z2=R2+ XL U(V) R = 13,368 Ω Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 2 ____________ Z = √13,3682 + 37,72 = 40Ω 240 A corrente será I = ___ = 6A 40 U  I1 = __ R1 U  I2 = __ Z2 _______  Z2 = √R2 2 + X2 2 Torradeira I2X2 F2  IL = ___ Z2 I2R2  IR = ___ Z2 Batedeira ______  I = √(I1 + IR)2 + IL 2 Noções básicas Portanto, num circuito contendo em série resistência e indutância A impedância, como a resistência e a reatância, é medida em ohms. Ela representa a “resistência aparente” de um circuito à passagem de corrente alternada, isto é, Exemplo Para o circuito acima, determine a impedância e a corrente. Trata-se de um circuito série e, nessas condições, a resistência total (equivalente) será a soma das resistências, ou seja, 0,004 +0,004 +13,36 = 13,368Ω Essa resistência está em série com a reatância indutiva de 37,7 Ω. Podemos construir um triângulo, do qual tiramos Análise Fasorial De Um Circuito O circuito mostrado está alimentando 2 tomadas: na primeira está liga-da uma torradeira e na segunda uma batedeira. As duas cargas estão em paralelo. No trecho de circuito correspondente à torradeira, a corrente l1, através da resistência R1, do aparelho, está em fase com a tensão do circuito, U. (O fator de potência desse trecho é 1,0). No trecho correspondente à batedeira, a corrente lR, através da resis-tência R2 do motor, está em fase com U; a corrente IL através da re-atância indutiva X2 do motor, está atrasada de 90o em relação a U. A corrente resultante l2, através do motor está atrasada de um ângulo F em relação a U. (F co-seno de F é fator de potência do motor). Se os dois diagramas fasoriais forem combinados, o resultado será o diagra-ma fasorial do circuito série-paralelo. A corrente total I é a resultante de I1 e I2: está atrasada de um ângulo F em relação à tensão U. (O co-seno de F é o fator de potência do circuito). 90o Fórmulas Aplicáveis Fator De Potência Do Motor XL Z R ______ Z=√R2+ XL 2 I(A) = ____ Z(Ω) IR R2 Fator De Potência Do Circuito IR + I1 = cosF = _____ I = cosF = __ = ___ I2 Z2 240V R = 13,36Ω R = 0,004Ω X = 37,7Ω R = 0,004Ω X = 37,7Ω Z = ? U R2 I X2 I1 I2 IR I1 I I 2 IL IL F IR I2 IL IL Batedeira F2 U Pág 04 - Capitulo I IR U Torradeira
  • 6. Potência Em Circuitos De Corrente Alternada Expressões de potência P = 11,8cv = 11,8 x 0,736 = 8,68kW UL = 220V; cosF = 0,85 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 P = S cosF Q = S senF __ Q = tgF P Triângulo De Potências Ligação em estrela (Y) Tensão de linha – UL Corrente de linha – IL P Da expressão: IL = _ _________ = √3 UL cosF 8,68 x 103 = ____________ = 26,8A _ √3 x 220 x 0,85 _ _ S = √3 UL IL = √3 x 220 x 26,8 = = 10.200VA = 10,2kVA Do triângulo de potências: S2 = P2 + Q2 e _____ Q = √S2 - P2 __________ ____ Q = √104 - 75,3 = √28,7 = 5,36kVA CAPÍTULO I Noções básicas U R I X F U I Potência ativa – P = UIcos F = RI2 Potência reativa – Q = UIsen F = XI2 Potência aparente – S = UI = ZI2 Exemplo Um motor elétrico trifásico consome 11,8cv, tem um fator de potência 0.85 e é alimentado em 220V. Calcular a corrente de linha do circuito e as potências reativa e aparente. Temos: Circuitos Trifásicos __ Potência ativa – P = √3 UL IL __ cosF Potência reativa – Q = √3 UL IL __ senF Potência aparente – S = √3 UL IL _ UL = √3UF Q P Tensão de fase – UF Corrente de Fase – IF IL UF UF UF UL UL IL IL L1 N L2 L3 UL IL IL UL UL UL IL IF L1 L2 L3 IL = IF _ IL = √3IF UL = UF Pág 05 - Capitulo I F housepress - versão B - 03/05/2010
  • 7. CAPÍTULO II Da usina ao consumidor 8 Um sistema elétrico, na sua concepção mais geral, é constituído pe-los equipamentos e materiais necessários para transportar a energia elétrica desde a “fonte” até os pontos em que ela é utilizada. Desenvol-ve- se em quatro etapas básicas: geração, transmissão, distribuição e utilização, como vai esquematizado na Figura abaixo. A geração é a etapa desenvolvida nas usinas geradoras, que produzem energia elétrica por transformação, a partir das fontes primárias. Pode-mos  hidroelétricas, que utilizam a energia mecânica das quedas  termoelétricas, que utilizam a energia térmica da queima de com-bustíveis (carvão, óleo diesel, gasolina, gás, etc.);  nucleares, que utilizam a energia térmica produzida pela fissão  eólicas, que utilizam a energia mecânica dos ventos;  fotovoltaicas, que utilizam a luz do sol para gerar energia elétrica. A etapa seguinte é a transmissão, que consiste no transporte da energia elétrica, em tensões elevadas, desde as usinas até os centros consumidores. Muitas vezes segue-se à transmissão uma etapa inter-mediária (entre ela e a distribuição) denominada subtransmissão, com tensões um pouco mais baixas. Nas linhas de transmissão aéreas são usados, geralmente, cabos nus de alumínio com alma de aço ou cabos de ligas de alumínio, que ficam suspensos em torres metálicas através de isoladores. Nas linhas de transmissão subterrâneas são usa-dos cabos isolados, tais como os cabos a óleo fluido OF, de fabricação exclusiva da Prysmian e que foram muito utilizados até o final dos anos 1980, e os cabos isolados com borracha etileno-propileno (EPR) e po-lietileno Grandes consumidores, tais como complexos industriais de grande por-te, são alimentados pelas concessionárias de energia elétrica a partir 1 das linhas de transmissão ou de subtransmissão. Nesses casos, as etapas posteriores de abaixamento da tensão são levadas a efeito pelo próprio consumidor. Segue-se a distribuição, etapa desenvolvida, via de regra, nos centros consumidores. As linhas de transmissão alimentam subestações abai-xadoras, geralmente situadas nos centros urbanos; delas partem as linhas de distribuição primária. Estas podem ser aéreas, com cabos nus ou cobertos (redes protegidas) de alumínio ou cobre, suspensos em postes, ou subterrâneas, com cabos isolados. As linhas de distribuição primária alimentam diretamente indús-trias e prédios de grande porte (comerciais, institucionais e residen-ciais), que possuem subestação ou transformador próprios. Alimentam também transformadores de distribuição, de onde partem as linhas de distribuição secundária, com tensões mais reduzidas. Estas ali-mentam os chamados pequenos consumidores: residências, pequenos prédios, oficinas, pequenas indústrias, etc. Podem, também, ser aéreas, normalmente com cabos isolados multiplexados de alumínio ou subter-râneas (com cabos isolados em EPR ou TR-XLPE). Nos grandes centros urbanos, com elevado consumo de energia, ou condomínios residenciais dá-se preferência à distribuição (primária e se-cundária) subterrânea. Com a potência elevada a transportar, os cabos a serem empregados são de seção elevada, complicando bastante o uso de estruturas aéreas. Por outro lado, melhora-se a estética urbana, supri-mindo- se os postes com seus inúmeros cabos, aumentando-se também a confiabilidade do sistema (não existe, por exemplo, interrupção no for-necimento de energia devido a choque de veículos com postes). A última etapa de um sistema elétrico é a utilização. Ela ocorre, via de regra, nas instalações elétricas, onde a energia gerada nas usinas e transportada pelas linhas de transmissão e distribuição é transformada, pelos equipamentos de utilização, em energia mecânica, térmica e luminosa, para ser finalmente consumida. 7 5 nuclear de materiais (urânio, tório, etc.); 4 3 6 classificar as usinas em: d’água; reticulado (XLPE). 2 1- Usina hidroelétrica | 2- Parque eólico | 3- Linha de transmissão | 4- Usina termoelétrica | 5- Subestação abaixadora Versão ampliada na página 18 6- Indústria de grande porte | 7- Rede de distribuição | 8- Metrópole: consumidor residencial, comercial e industrial Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 06 - Capitulo II
  • 8. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Generalidades Uma instalação elétrica é o conjunto de componentes elétricos asso-ciados e com características coordenadas entre si, reunidos para uma finalidade determinada. As instalações de baixa tensão são as alimentadas com tensões não superiores a 1000V, em CA, ou a 1500V, em CC. As instalações de extra-baixa tensão são as alimentadas com ten-sões não superiores a 50V, em CA, ou a 120V, em CC. Os componentes de uma instalação, isto é, os elementos que a com-põem e são necessários ao seu funcionamento, são: as linhas elétricas, que são constituídas pelos condutores elétricos, seus elementos de fixação ou suporte (abraçadeiras, ganchos, bande-jas, etc.), ou de proteção mecânica (elementos, calhas, etc.), sendo o conjunto destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir sinais elétricos: os equipamentos, que são elementos que executam as funções de  alimentação da instalação (geradores, transformadores e bate-rias);  comando e proteção (chaves em geral, disjuntores, dispositivo, fusíveis, contadores, etc.);  utilização, transformando a energia elétrica em uma outra forma de energia que seja utilizável (equipamentos a motor, equipamentos a resistor, equipamentos de iluminação, etc.). Os equipamentos, qualquer que seja o tipo, podem ser classificados em:  fixos, que são instalados permanentemente num local determina-do, como, por exemplo, um transformador num poste (alimenta-ção), disjuntor num quadro (proteção), aparelho de ar condicionado em parede (utilização);  estacionários, que são os fixos, ou aqueles que não possuem alça para transporte e cujo peso é tal que não possam ser movi-mentados facilmente, como, por exemplo, gerador provido de rodas (alimentação), geladeira doméstica (utilização);  portáteis, que são movimentados quando em funcionamento, ou que podem ser facilmente deslocados de um lugar para outro, mesmo quando ligados à fonte de alimentação, como é o caso de certos eletrodomésticos (utilização), como enceradeira, aspirador de pó, etc.);  manuais, que são os portáteis projetados para serem suporta-dos pelas mãos durante sua utilização normal, como, por exem-plo, as ferramentas elétricas portáteis. Classificação das Tensões CA CC Extra-Baixa não superior a 50V 120V Baixa não superior a 1000V 1500V Alta superior a 1000V 1500V Os elementos necessários ao funcionamento de uma instalação são chamados de componentes. Linha elétrica constituída por condutores contidos num eletroduto O eletroduto protege os condutores contidos contra agressões mecânicas (p. ex. choques) que poderiam danificá-los Linha elétrica constituída por condutores elétricos numa bandeja A bandeja suporta os condutores elétricos Alimentação da instalação Comando e proteção Utilização equipamentos fixos equipamentos estacionários equipamentos portáteis equipamentos manuais Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 07 - Capitulo II
  • 9. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Manobra Chamamos de manobra a mudança na configuração de um circuito (por exemplo, “abrir” ou “fechar”), feita manual ou automaticamente por dispositivo adequado e destinado a essa finalidade. Comando é a ação destinada a garantir o desligamento, a ligação ou a variação da alimentação de energia elétrica de toda ou parte de uma instalação, em condições de funcionamento normal. Podemos dizer que “comando” é a causa que provoca a “mano-bra”, o efeito. Assim, quando acionamos um interruptor de luz exerce-mos um comando, sendo que o efeito, o apagamento ou acendimento da luz, constitui uma manobra no circuito respectivo. Aparelhos O termo aparelho elétrico é geralmente usado para designar três ti-pos de equipamentos de utilização, que são:  os aparelhos eletrodomésticos, destinados à utilização residen-cial ou análoga (enceradeiras, aspiradores de pó, liqüidificadores, etc);  os aparelhos eletroprofissionais, destinados à utilização em es-tabelecimentos comerciais e de prestação de.serviços (monitores, balanças, computadores, etc);  os aparelhos de iluminação, conjuntos constituídos, no caso mais geral, por lâmpadas, luminária e acessórios (reator, starter, etc). Causa Efeito Choque elétrico Choque elétrico é o efeito patofisiológico que resulta da passagem de uma corrente elétrica, a chamada corrente de choque, através do corpo de uma pessoa ou de um animal. No estudo da proteção contra choques elétricos devemos considerar 3 elementos fundamentais: parte viva, massa e elemento condutor estranho à instalação. A parte viva de um componente ou de uma instalação é a parte con-dutora que apresenta diferença de potencial em relação à terra. Para as linhas elétricas falamos em condutor vivo, termo que inclui os condu-tores fase e o condutor neutro. A massa de um componente ou de uma instalação é a parte condutora que pode ser tocada facilmente e que normalmente não é viva, mas que pode tornar-se viva em condições de faltas ou defeitos. Como exemplos de massa podemos citar as carcaças e invólucros metálicos de equipa-mentos, os condutos metálicos, etc. Um elemento condutor estranho à instalação é um elemento con-dutor que não faz parte da instalação, mas nela pode introduzir um potencial, geralmente o da terra. É o caso dos elementos metálicos usados na construção de prédios, das canalizações metálicas de gás, água, aquecimento, ar condicionado,etc. e dos equipamentos não elétricos a elas ligados, bem como dos solos e paredes não isolantes, etc. Tampa não considerada massa Massa Os choques elétricos numa instalação podem provir de dois tipos de contatos:  os contatos diretos, que são os contatos de pessoas ou animais com partes vivas sob tensão; Dispositivo de comando Dispositivo de comando de manobra  os contatos indiretos, que são os contatos de pessoas ou ani-mais com massas que ficaram sob tensão devido a uma falha de isolamento. Os contatos diretos, que a cada ano causam milhares de acidentes graves (muitos até fatais) são provocados via de regra por falha de isolamento, por ruptura ou remoção indevida de partes isolantes ou por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte viva. Terminais de equipamentos não isolados, condutores e cabos com isolação danificada ou deteriorada, equipamentos de utilização velhos, etc., são as “fontes”mais comuns de choques por contatos diretos. Observe-se, por exemplo, que o (mau) hábito de desconectar da toma-da aparelhos portáteis (ferro de passar roupa, secador de cabelos, etc.) ou móveis (cortadores de grama, aspirador de pó, etc.), puxando o cabo ou cordão, aumenta em muito o perigo de acidentes elétricos. Os contatos indiretos, por sua vez, são particularmente perigosos, uma vez que o usuário que encosta a mão numa massa, por exemplo, na carcaça de um equipamento de utilização, não vai suspeitar de uma eventual energização acidental, provocada por uma falta ou por um de-feito interno no equipamento. Como veremos, a ABNT NBR5410 dá uma ênfase especial à proteção contra contatos indiretos. Choque Elétrico por: Contato direto Contato indireto Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 08 - Capitulo II
  • 10. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão  subdimensionamento de circuitos - durante o projeto, erros de ava-liação ou de cálculo podem levar o projetista a prever, para um circuito, uma corrente inferior à que circulará efetivamente durante o funcionamento;  substituição de equipamentos de utilização previstos ou já instala-dos por outros de maior potência ou inclusão de equipamento de utilização não previstos inicialmente;  motores elétricos que estejam acionando cargas excessivas para sua potência nominal. Tais correntes, muito embora não sejam, via de regra, muito superiores às correntes nominais, devem ser eliminadas no menor tempo possível, sob pena de provocarem, por aquecimento, uma drástica redução na vida útil dos condutores. As correntes de curto-circuito, por sua vez, são em geral muitíssimo superiores às correntes nominais e se não forem interrompidas podem provocar, em tempos extremamente curtos, o superaquecimento e a inu-tilização dos condutores, além de poderem ser o início de um incêndio. A corrente de fuga é a corrente que, por imperfeição da isolação, flui para a terra ou para elementos condutores estranhos à instalação. É importante observar que na prática sempre existe, em qualquer cir-cuito, uma corrente de fuga, uma vez que nâo há, rigorosamente falan-do, isolantes perfeitos. No entanto, em condições normais, as correntes de fuga são extremamente baixas (só detectáveis por amperímetros muito sensíveis) e não chegam a causar problemas à instalação. Limites de Correntes de Fuga de Equipamentos de Utilização Carga O termo carga, na linguagem usual de eletrotécnica, pode ter vários significados, a saber:  conjunto de valores das grandezas elétricas (e mecânicas, no caso de máquinas) que caracterizam as solicitações impostas a um equipamento elétrico (transformador, máquina, etc.), em um dado instante, por um circuito elétrico (ou dispositivo mecânico, no caso de máquinas);  equipamento elétrico que absorve potência;  potência (ou corrente) transferida por um equipamento elétrico;  potência instalada. Por outro lado, para um circuito ou equipamento elétrico falamos em:  funcionamento em carga, quando o circuito ou equipamento está transferindo potência, e em:  funcionamento em vazio, quando o circuito ou o equipamento não está transferindo potência, sendo porém normais as outras condições de funcionamento. Quando, numa instalação ou num equipamento, duas ou mais partes, que estejam sob potenciais diferentes, entram em contato acidental-mente, por falha de isolamento, entre si ou com uma parte aterrada, te-mos uma falta: por exemplo, dois condutores encostando um no outro, ou um condutor em contato com um invólucro metálico ligado à terra. Condutores com falha de isolamento - falta (curto-circuito) Uma falta pode ser direta, quando as partes encostam efetivamente, isto é, quando há contato físico entre elas, ou não direta quando não há contato físico e sim um arco entre as partes. Quando uma das partes for a terra falamos em falta para terra. Um curto-circuito é uma falta direta entre condutores vivos, isto é, fases e neutro. Falta (curto-circuito) Qualquer corrente que exceda um valor nominal pré-fixado (por exem-plo, a corrente nominal de um equipamento ou a capacidade de condu-ção de corrente de um condutor) é chamada de sobrecorrente. Trata-se de um conceito exclusivamente qualitativo; assim, se tivermos um valor nominal de 50A, uma corrente de 51A, será uma sobrecorrente e uma de 5000A também será uma sobrecorrente. Nas instalações elétricas, as sobrecorrentes podem ser de dois tipos:  as correntes de sobrecarga, que são sobrecorrentes não produ-zidas por faltas, que circulam nos condutores de um circuito,  as correntes de falta, que são as correntes que fluem de um condutor para outro e/ou para a terra, no caso de uma falta; em particular, quando a falta é direta e entre condutores vivos, falamos em corrente de curto-circuito. As correntes de sobrecarga que, como vimos, ocorrem em instalações “sadias”, isto e, sem falta, podem ser causadas por: Aparelho Correntes de Fuga admitidas (mA) Aparelho de 220 V Aparelho de 110 V Eletrodoméstico a motor < 3,5 (fixo) < 0,5 (portátil) < 2,6 (fixo) < 0,4 (portátil) Eletrodoméstico com aquecimento (ferro, torradeira, etc.) < 3 < 2,3 Equipamento para tratamento de pele < 0,5 < 0,4 Ferramenta portátil < 0,5 (comum) <0,1 (classe II) < 0,4 (comum) < 0,08 (classe II) Luminária < 0,1 < 0,08 Chuveiro, torneira (com resistência blindada e < 3 – isolação classe II) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág - Capitulo II
  • 11. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Consideremos um circuito de uma instalação. Em condições normais, se envolvermos com um amperímetro alicate, de uma só vez, todos os seus condutores vivos (fases e neutro, se existir) a leitura obtida será zero (indicando que toda a corrente que “vai”,volta).Se o circuito possuir uma corrente de fuga detectávelou estiver com uma falta para terra. aleitura do amperímetro será diferente de zero (indicando que parte da corrente vai para a terra). Nessas condições dizemos que a circuito possui uma corrente diferencial-residual, que, no caso, é a medida pelo amperímetro. L1 L2 L3 I1 I2 I3 IDR = 0 condutor de proteção (fio terra) fuga ou falta L1 L2 I1 IDR = 0 condutor de proteção (fio terra) fuga ou falta (ouN) Tensões Os sistemas de distribuição e as instalações são caracterizadas por suas tensões nominais, dadas em valores eficazes. A tensão nominal de uma instalação alimentada por uma rede pública de baixa tensão é igual à da rede, isto é, do sistema de distribuição. Se a instalação for alimentada por um transformador próprio, sua tensão nominal é igual à tensão nominal do secundário do transformador. As tensões nominais são indicadas por U0/U ou por U, sendo U0 a tensão fase-neutro e U a tensão fase-fase. L1 UO=U/ √3 N L2 L3 Sistemas trifásicos a 4 condutores U U O _ Havendo fuga ou falta no circuito a corrente diferencial-residual será diferente de zero. L1 N U Sistema monofásico a 3 condutores UO U = U/2 O L2 L1 L2 L3 U U L1 L2 L3 Sistemas trifásicos a 3 condutores U UO L1 L2 UO=U/ √3 N L3 _ Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 10 - Capitulo II
  • 12. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Tensões Nominais de Sistema de Baixa Tensão Usadas no Brasil Sistemas Trifásicos a 3 ou 4 Condutores (V) Sistemas Monofásicos a 3 condutores (V) 115/230 (*) 110/220 120/280 (*) 115/230 (*) 127/220 (*) 127/254 (*) 220/380 (*) 220 (*) 254/440 440 460 (*) Usadas em redes públicas de baixa tensão Tensões Nominais de Equipamentos de Utilização no Brasil Tipo Tensão Nominal (V) Monofásicos 110 115 120 127 220 Trifásicos 220 380 400 Instalação Setores de uma Instalação  entrada de serviço - conjunto de equipamentos/condutores/acessórios entre o ponto de derivação da rede e a proteção/medição (inclusive);  ponto de entrega - ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia;  ramal de ligação - conjunto de condutores/acessórios entre ponto de derivação e ponto de entrega;  ramal de entrega - conjunto de condutores/acessórios entre ponto de entrega e a proteção/medição;  origem - ponto de alimentação da instalação, a partir do qual aplica-se a NBR5410;  circuito de distribuição - circuito que alimenta 1 ou mais quadros de distribuição;  circuito terminal - ligado diretamente a equipamentos de utilização e/ou a tomadas de corrente;  quadro de distribuição - equipamento que recebe e distribui energia, podendo desempenhar funções de proteção/seccionamento/controle/medição. Setores de Instalação de uma Indústria (Caso Típico) Ponto de derivação Ponto de entrega Medidor Ramal de ligação (3F) Dispositivo geral de comando e proteção Ramal de entrada (3F) OBS.: as tensões indicadas entre Subestação Transformador parênteses são apenas exemplos Rede pública de alta tensão (13,8kV) Circuito de distribuição (luz) (3F + N + PE) (220/380V) Quadro de distribuição principal Terminal de aterramento principal (F + N + PE) (220V) Circuitos terminais (luz) (3F + PE) (380V) (3F + PE) (380V) Circuitos terminais (força) Painel de comando fechado para a indústria Circuito de distribuição (força) (3F + PE) (380V) Quadro de distribuição (luz) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 11 - Capitulo II
  • 13. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Setores da Instalação de uma Residência (Caso Típico) Ponto de derivação Ramal de derivação (2F + N) Medidor Ramal de entrada Ponto de entrega Rede de baixa tensão Caixa de residual geral medição Terminal de aterramento principal Entrada consumidora Nota: em todos os exemplos a seguir, será admitido que a tensão entre fase e neutro é de 127V e entre fases de 220V. (consulte as tensões oferecidas em sua região) Definição de origem da instalação Disjuntor diferencial Dispositivo geral de comando e proteção Circuito de distribuição (2F + N + PE) Origem da instalação Neutro Quadro de distrubuição Fases Terra (F + N + PE) (F + N + PE) (2F) + PE (F + N + PE) (F + N + PE) (2F) + PE Circuitos terminais Rede pública BT Origem Medição Proteção Rede pública BT Origem Medição Proteção Rede pública AT Origem Transformador Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 12 - Capitulo II
  • 14. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Equipamentos de utilização Os equipamentos de utilização são os componentes que possibilitam a utilização prática da energia elétri-ca, convertendo-a basicamente em energia mecânica, térmica e luminosa. Luminária Reator Lâmpada Um aparelho de iluminação fluorescente é constituido pelas lâmpadas, pela luminária e pelo reator. A energia elétrica é convertida principalmente em energia luminosa, sendo que uma pequena parte transforma-se em energia térmica, caracterizada pelo aquecimento do reator (perdas) Num chuveiro elétrico praticamente toda a energia elétrica é transformada em energia térmica Classificação dos Equipamentos de Utilização Os motores elétricos, que estão presentes em grande parte dos equipamentos de utilização, convertem a energia elétrica em energia mecâncica, sendo que, no processo, ocorrem perdas por aquecimento Geral Específica Exemplos Aplicação Aparelho de iluminação Incandescentes de descarga Fluorescentes, a vapor de mercúrio, a vapor de sódio, de luz mista Em todos os tipos de local e de instalação Equipamentos não industriais Eletroprofissionais Eletrodomésticos Ver quadro na página 16 Em locais residenciais, comerciais, institucionais e mesmo nas indústrias , fora dos locais de produção. Ventilação, aquecimento e ar condicionado Sistemas centrais de ar condicionado, ventilação e aquecimento Hidráulicos e Sanitários Bombas de recalque, compressores, ejetores de poços Aquecimento de água Sistemas centrais de aquecimentode água Transporte vertical Elevadores, escadas rolantes, monta-cargas De cozinha e lavanderias Equipamentos usados em cozinhas e lavanderias industriais, comerciais e institucionais Especiais Equipamentos hospitalares, de laboratórios e outros que não se enquadrem nas demais categorias Equipamentos industriais De força-motriz Compressores, ventiladores, bombas, equipamentos de levantamento e de transporte Nas áreas de produção das indústrias Máquinas-ferramentas, Caldeiras e Solda Tomos, fresas Conversão Retificadores, grupos motogeradores (conversão de corrente) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 13 - Capitulo II
  • 15. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais, indicados e garantidos pelos fabricantes:  potência (ativa) nominal de saída, P’N (em W, kW ou cv); no caso de motores é a potência indicada e refere-se à potência no eixo do motor; no caso de aparelhos de iluminação é a soma das potências das lâmpadas;  potência (ativa) nominal de entrada, PN (em W ou kW); difere da de saída em virtude das perdas normais do equipamento; é a indicada no caso de alguns aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais; P’N – η = ___  rendimento; PN  tensão nominal U(em V); N  Corrente nominal, I(em A); N  fator de potência nominal, cos FN  potência aparemte de entrada, SN (em VA ou kVA) Expressões práticas UN, IN, PN, SN Perdas cos FN η Equipamento de utilização P’N Energia elétrica (entrada) Energia não elétrica  Equipamentos monofásicos  Equipamentos trifásicos Fator a Fator f I a = _________ η x cos FN (saída) 1000 f = ____ UN 1000 f = _ ______ √3 x UN  Equipamentos monofásicos  Equipamentos trifásicos P’N (kW) x 1000 IN (A) = _______________ UN (V) x cos FN x η P’N (kW) x 1000 IN (A) = ___________________ √3 x UN (V) x cos FN x η IN (A) = P’N (kW) x a x f Corrente Nominal UN (V) x IN (A) SN (kVA) = ____________ 1000 _ √3 x UN (V) x IN (A) SN (kVA) = _______________ 1000 SN (kVA) = P’N (kW)xa Potência Aparente de Entrada  Equipamentos monofásicos  Equipamentos trifásicos Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 14 - Capitulo II
  • 16. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Valores típicos do fator de potência, rendimento e do fator a (a serem usados na falta de dados específicos do fabricante). Equipamentos cosF η a Iluminação Incandescente 1,0 1.0 1,0 Mista ~1,0 1,0 1,4* Vapor de sódio à baixa pressão 0,85 0,7 a 0,8 1,6’ (sempre aparelhos compensados) • 18 a 180W Aparelhos não compensados (baixo cosF) lodeto metálico • 220 V-230 a 1000 W • 380V-2000V 0,6 0,6 0,9 a 0,95 0,9 3,5* 3,5* Fluorescente • com starter- 18 a 65 W • partida rápida- 20a 110 W 0,5 0,5 0,6 a 0,83 0,54 a 0,8 3.2 a 2,4 3,7 a 2,5 Vapor de mercúrio • 220 V-50 a 1000 W 0,5 0,87 a 0,95 4.0* Vapor de sódio à alia pressão • 70 a 1000 W 0.4 0,9 4,2* Aparelhos não compensados (alto cosF) lodeto melálico • 220 V-230 a 1000 W • 380 V- 2000 W 0.85 0,85 0,9 a 0,95 0,9 2,4* 2,4* Fluorescente • com starter -18 a 65 W • partida rápida - 20 a 110 W 0,85 0,85 0,6 a 0,83 0,54 a 0,8 1,9a 1,4 2,2 a 1,5 Vapor de mercúrio • 220 V- 50 a 1000 W 0,85 0.87 a 0.95 2,5* Vapor de sódio à alta pressão • 70 a 1000W 0,85 0,9 2.0* Motores (trifásicos de gaiola) Até 600 W 0.5 — 2,0 De 1 a 4 cv 0,75 0,75 1,8 De 5 a 50 cv 0,85 0,8 1,5 Mais de 50 cv 0,9 0.9 1,2 Aquecimento (por resistor) 1.0 1.0 1.0 * Para certos aparelhos de iluminação, o fator a foi majorado, para levar em conta as correntes absorvidas na partida. Tipo de alimentação Tensão (V) f (A/kW) Trifásica 208 2,8 220 2,7 230 2,5 380 1,5 440 1,3 460 1,25 Tipo de alimentação Tensão (V) f (A/kW) Monofásica (F-N ou F-F) 110 9 115 8,6 127 8 208 4,8 220 4,5 230 4,3 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 15 - Capitulo II
  • 17. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Exemplos Aparelho de iluminação com 4 lâmpadas fluorescentes de 40W cada, compensado e de partida rápida, 220V. Temos: – PN = 4 x 40W = 160W = 0,16 kW – UN = 220V – Da tabela – a = 2,2 a 1,5 – Da tabela – f = 4,5 A corrente nominal será: – Para a = 2,2 – IN = 0,16 x 2,2 x 4,5 = 1,58 A – Para a = 1,5 – IN = 0,16 x 1,5 x 4,5 = 1,08 A Motor trifásico de gaiola de 15cv,380V. Temos: – PN = 15cv = 15 x 0,736 = 11 kW – UN = 380V – Da tabela – a = 1,5 – Da tabela – f = 1,5 A corrente nominal será: IN = 11 x 1,5 x 1,5 = 24,8 A Correntes nominais de motores trifásicos de gaiola (60 Hz) Potência do motor cv Corrente nominal em 220V - 1800 rpm Corrente niminal em 220V - 3600 rpm 0.33 1.6 1,5 0,5 2,2 2,0 0.75 3,0 3.0 1 4,2 3.6 1,5 5.2 5,0 2 6,8 6,4 3 9.5 9.0 4 12 11 5 15 15 6 17 - 7,5 21 21 10 28 28 12.5 34 — 15 40 40 20 52 52 25 65 65 30 75 78 40 105 105 50 130 130 60 145 145 75 175 185 100 240 240 125 290 300 150 360 350 200 460 480 Para se obter a corrente em 380V, multiplicar por 0.577.Em 440V. multiplicar por 0.5. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 16 - Capitulo II
  • 18. CAPÍTULO II A instalação elétrica de baixa tensão Potências típicas de alguns aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais Aparelho Potências Nominais Típicas (de entrada) Aquecedor de água central (Boiler) 50 a 100 l 1.000W 150 a 200 l 1.250W 250 l 1.500W 300 a 350 l 2.000W 400 l 2.500W Aquecedor de água de passagem 4.000 a 8.000W Aquecedor de ambiente (portátil) 500 a 1.500W Aspirador de pó (tipo residencial) 500 a 1.000W Barbeador 8a12W Batedeira 100 a 300W Cafeteira 1.000W Caixa registradora 100W Centrifuga 150a300W Churrasqueira 3.000W Chuveiro 4.000 a 6.500W Condicionador de ar central 8.000W Condicionador tipo janela 7.100 BTU/h 900W 8.500 BTU/h 1.300W 10.000 BTU/h 1.400W 12.000 BTU/h 1.600W 14.000 BTU/h 1.900W 18.000 BTU/h 2.600W 21.000 BTU/h 2.800W 30.000 BTU/h 3.600W Congelador (freezer) (tipo residencial) 350 a 500 VA Copiadora tipo xerox 1.500 a 3.500 VA Aparelho Potências Nominais Típicas (de entrada) Cortador de grama 800 a 1.500W Distribuidor de ar (fan coll) 250W Ebulídor 2.000W Esterilizador 200W Exaustor de ar para cozinha (tipo residencial) 300 a 500 VA Ferro de passar roupa 800 a 1.650W Fogão (tipo residencial) - por boca 2.500W Forno (tipo residencial) 4.500W Forno de microondas (tipo residencial) 1.200 VA Geladeira (tipo residencial) 150 a 500 VA Grelha 1.200W Lavadora de pratos (tipo residencial) 1.200 a 2.800 VA Lavadora de roupas (tipo residencial) 770 VA Liqüidificador 270W Máquina de costura (doméstica) 60 a 150W Máquina de escrever 150 VA Projetor de slides 250W Retroprojetor 1.200W Secadora de cabelos (doméstica) 500 a 1.200W Secadora de roupas {tipo residencial) 2.500 a 6.000W Televisor 75 a 300W Torneira 2.800 a 4.500W Torradeira (tipo residencial) 500 a 1.200W Tríturador de lixo (tipo pia) 300W Ventilador (circulador de ar) - portátil 60 a 100W Ventilador (circulador de ar) - de pé 300W De acordo com informações de fabricantes De acordo com informações de fabricantes housepress - versão C - 21/06/2010 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 17 - Capitulo II
  • 19. CAPÍTULO III Linhas elétricas Conceito básico sobre condutores Um condutor (elétrico) é um produto metálico, geralmente de forma cilíndrica e de comprimento muito maior do que a maior dimensão transversal, utilizado para transportar energia elétrica ou para transmitir sinais elétricos. Dado um condutor cilíndrico de comprimento l, seção transversal S (uniforme), sua resistência (elétrica) será, como sabemos l R = ρ __ (Ω). S Sendo ρ a resistividade do material, também chamada de “resistivi-dade de volume”, medida em ohm. metro (Ω .m) ou, em termos mais práticos, em ohm. milímetro quadrado por metro (Ω .mm2/m) ρ = R __ (Ω . m ou Ω . mm2/m) Sl Nos metais, a resistividade aumenta com a temperatura, sendo essa variação dada pela expressão ρ 2 = ρ 1 [ 1 + α1 (θ2 - θ1)] 2 a resistividade à temperatura θ2, ρ 1 a resistividade à tempera-tura θ1 e a1, o coeficiente de temperatura relativo θ1. Normalmente O padrão internacional de condutividade IACS (“international annealed copper standard”, padrão internacional de cobre recozido) corresponde a um fio de cobre com 1 m de comprimento, 1 mm2 de seção transversal e resistividade a 20°C. com um coeficiente de temperatura a 20°C Os condutores, sejam de cobre, de alumínio, ou de outro metal, têm suas condutividades sempre referi-das ao padrão e dados em porcentagem, isto é IACS O cobre e o alumínio são os metais mais usados na fabricação de condutores elétricos, tendo em vista suas propriedades elétricas e seu custo. Ao longo dos anos, o cobre tem sido o mais utilizado sobretudo em condutores providos de isolação. O alumínio praticamente domina o campo dos condutores nus para transmissão e distribuição, sendo também usado na fabricação de condutores com isolação, ainda que em escala bem inferior ao cobre. Um condutor encordoado é o condutor constituído por um conjunto de fios dispostos helicoidalmente. Essa construção confere ao condutor uma flexibilidade maior em relação ao condutor sólido (fio). a resistividade é referida a 20°C. A condutividade σ é definida como o inverso da resistividade, sendo medida em siemens por metro (S’m) Resistividade e Condutividade a 20DC para fios σ = __ (S/M = 1/Ω .m) 1ρ ρ 20 = _1_ = 0,01724Ω . mm2/m 58 α20 = 3,93 x 10-3 oC-1 σ20 σIACS.20 σ% = _____ x100 Sendo ρ Um fio é um produto metálico maciço e flexível, de seção transversal invariável e de comprimento muito maior do que a maior dimensão transversal. Os fios podem ser usados diretamente como condutores (com ou sem isolação) ou na fabricação de cabos. A ABNT NBR 5111 indica, para os fios de cobre nu de seção circular para fins elétricos, os valores de resistividade e condutividade porcen-tual. Veja a tabela abaixo. de cobre nu para fins elétricos (ABNT NBR 5111). Material Diâmetros Nominais (d) em mm Resistividade a 20°C em Ω. mm’/m Condutividade a 20°C em % Cobre mole 0.017241 100 Cobre 1,024 < d < 8,252 0.017837 meio-duro 8,252 < d < 11,684 0.017654 96.66 97,66 Cobre duro 1,024 < d < 8,252 8,252 < d < 11,684 0,017930 0,017745 96,16 97,16 Um cabo é um condutor encordoado constituído por um conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre si, podendo o conjunto ser iso-lado ou não. O termo “cabo” é muitas vezes usado para indicar, de um modo global, fios e cabos (propriamente ditos) em expres-sões como “cabos elétricos”, “cabos de baixa tensão”, etc. A ABNT NBR NM 280 define, para condutores de cobre, cinco classes de encordoamento, com graus crescentes de flexibilidade, sendo: Classe 1 Condutores sólidos (fios) Classe 2 Condutores encordoados, compactados ou não Classe 4*, 5 e 6 Condutores Flexíveis * o Condutor classe 4 foi eliminado da IEC e não é mais utilizado em nenhum outro país exceto o Brasil. O Condutor classe 4 normalmente é fabricado com cobre de baixa qualidade. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 18 - Capitulo III
  • 20. CAPÍTULO III Linhas elétricas A isolação é aplicada sobre o condutor com a finalidade de isolá-lo eletricamente do ambiente que o circunda. Os materiais utilizados como isolação, além de alta resistividade, devem possuir alta rigidez dielétri-ca, sobretudo quando empregados em tensões elétricas superiores a 1 kV. São vários os materiais empregados na isolação de condutores: Polímeros termoplásticos cloreto de polivinila (PVC), polietileno(PE), poliolefina livre de halogênio,,etc. Polímeros termofixos polietileno reticulado (XLPE), borracha etileno-propileno (EPR), borracha de silicone, etc. Outros materiais papel impregnado, fibra de vidro, etc. Chamamos de condutor isolado o fio ou cabo dotado apenas de isola-ção. Observe-se que a isolação não precisa necessariamente ser cons-tituída por uma única camada (por exemplo, podem ser usadas duas camadas do mesmo material, sendo a camada externa especialmente resistente à abrasão). Condutor isolado (fio) Condutor isolado (cabo) AFUMEX 750V O condutor isolado AFUMEX 750V é fabricado com condutor flexível classe 5. Sua isolação é constituída por duas camadas de composto poliolefínico livre de halogênio, sendo que a externa possui resistên-cia maior à abrasão, tendo a superfície bastante deslizante,o que facilita o puxamento. Um condutor compactado é um condutor rígido encordoado no qual foram reduzidos os interstícios entre os fios componentes, por com-pressão mecânica, trefilação ou escolha adequada da forma ou dispo-sição dos fios. Condutor flexível é um condutor encordoado formado por uma gran-de quantidade de fios finos agrupados em forma de feixe. Este tipo de condutor é o mais utilizado em cabos de baixa tensão. Chamamos de corda o componente de um cabo constituído por um conjunto de fios encordoados e não isolados entre si. Uma corda pode ser constituída por várias “cordinhas”, que são usualmente chamadas de pernas. O revestimento é definido como uma camada delgada de um metal ou liga, depositada sobre um metal ou liga diferente, para fins de proteção. Um fio revestido é um fio dotado de revestimento, como por exemplo, o “fio estanhado”. Por sua vez, um cabo revestido é um cabo sem isolação ou cobertura, constituído de fios revestidos. Um fio nu é um fio sem revestimento, isolação ou cobertura. Um cabo nu é um cabo sem isolação ou cobertura, constituído por fios nus. A isolação é definida como o conjunto dos materiais isolantes utili-zados para isolar eletricamente. É um termo com sentido estritamente qualitativo (isolação de um condutor, isolação de borracha, etc), que não deve ser confundido com isolamento, este de sentido quantitativo (ten-são de isolamento de 750V, resistência de isolamento de 5M Ω, etc). Isolação Refere-se à qualidade e espécie. Isolação de : borracha, plástico, vinil, etc. Isolamento É quantitativo. Tensão do isolamento. Resistência de isolamento A cobertura é um invólucro externo não-metálico e contínuo, sem fun-ção de isolação, destinado a proteger o fio ou cabo contra influências externas. Um fio coberto é um fio com ou sem revestimento, dotado apenas de cobertura. Por sua vez, um cabo coberto é um cabo dotado unicamente de cobertura. Fio de cobre 2a camada Maior resistência abrasiva 1a camada Maior resistência elétrica Um cabo unipolar é um cabo constituído por um único condutor isola-do e dotado, no mínimo, de cobertura. Um cabo multipolar é constituído por dois ou mais condutores isola-dos e dotado, no mínimo, de cobertura. Os condutores isolados cons-tituintes dos cabos unipolares e multipolares são chamados de veias. Os cabos multipolares contendo 2, 3 e 4 veias são chamados, respec-tivamente, de cabos bipolares, tripolares e tetrapolares. Cobertura Isolação Condutor Veias Capa Cobertura Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 19 - Capitulo III
  • 21. CAPÍTULO III Linhas elétricas O termo genérico cabo isolado indica um cabo constituído de uma ou mais veias e, se existentes, o envoltório individual de cada veia, o envoltório do conjunto das veias e os envoltórios de proteção do cabo, podendo ter também um ou mais condutores não isolados. Nos cabos uni e multipolares, a cobertura atua principalmente como proteção da isolação, impedindo seu contato direto com o ambiente, devendo, portanto, possuir propriedades compatíveis com a aplicação do cabo. Nas coberturas, podem ser utilizados vários materiais, sendo os mais comuns: Polímeros termofixos como neoprene, polietileno clorossulfonado (hypalon), borracha de silicone, etc. Polímeros termoplásticos, tais como poliolefinas não halogenadas, PVC, polietileno, poliuretano, etc. O enchimento é o material utilizado em cabos multipolares para pre-encher os interstícios entre as veias. A capa é o invólucro interno, me-tálico ou não, aplicado sobre uma veia, ou sobre um conjunto de veias de um cabo. As capas não metálicas, geralmente de polímeros termoplásticos, têm como finalidade principal dar ao cabo a forma cilíndrica. As capas me-tálicas, geralmente feitas de chumbo ou alumínio, exercem também função mecânica e elétrica. Um cordão é um cabo flexível com reduzido número de condutores isolados (em geral 2 ou 3) de pequena seção transversal, geralmente paralelos ou torcidos. Cordão paralelo Cordão torcido Chamamos de cordoalha o condutor formado por um tecido de fios metálicos. Um cabo multiplexado é um cabo formado por dois ou mais con-dutores isolados, ou cabos unipolares, dispostos helicoidalmente, sem cobertura. Um cabo multiplexado auto-sustentado (ou cabo pré-reunido) é um cabo multiplexado que contém um condutor de sustentação, isolado ou não. Cabo multiplexado A armação de um cabo é o elemento metálico ou de polímero especial que protege o cabo contra esforços mecânicos. As armações podem ser compostas por fios de aço ou de alumínio, ou por camada Air Bag®, constituindo uma proteção mecânica adicional, que absorve os esfor-ços de tração, compressão ou de impacto. Tipos de Condutores Condutor Isolado Condutor sólido ou encordoado + isolação Cabo Unipolar Condutor isolado + cobertura (no mínimo) Cabo Multipolar 2 ou mais condutores isolados (veias) + cobertura (no mínimo) Cordão Condutores isolados de pequena seção (2 ou 3) paralelos ou torcidos Cabo Multiplexado Condutores isolados ou cabos unipolares (2 ou mais) dispostos helicoidalmente (sem cobertura) Cabo Pré-Reunido Cabo multiplexado + condutor de sustentação Um condutor setorial é um condutor cuja seção tem a forma apro-ximada de um setor circular. Um cabo setorial é um cabo multipolar cujos condutores são setoriais. Existem duas grandes famílias de cabos, os cabos de potência e os cabos de controle. Os cabos de potência são os condutores isolados, os cabos unipolares e os cabos multipolares utilizados para transportar energia elétrica em instalações de geração, transmissão, distribuição ou utilização de energia elétrica. Os cabos de controle são os cabos utiliza-dos em circuitos de controle de sistemas e equipamentos elétricos. Os cabos são caracterizados por sua seção nominal, grandeza referente ao condutor respectivo (ou aos condutores respectivos, no caso de cabo com mais de um condutor). A seção nominal não corresponde a um valor estritamente geométrico (área da seção transversal do condutor) e sim a um valor determinado por uma medida de resistência. É o que se poderia chamar de “seção elétrica efetiva”. As seções nominais são dadas em milímetros quadrados, de acordo com uma série definida pela IEC, seguida pela ABNT e internacionalmente aceita, reproduzida na Tabela. Série métrica IEC (seções nominais em mm2) 0,5 16 185 0,75 25 240 1 35 300 1,5 50 400 2,5 70 500 4 95 630 6 120 800 10 150 1000 A ABNT NBR NM 280 define as seções nominais dos condutores de cobre, caracterizando para as diversas classes de encordoamento os seguintes valores: Encordoamento Classe 1 Resistência máxima a 20°C, em Ω/km Encordoamentos Classe 2 Resistência máxima a 20°C, em Ω/km e número mínimo de fios no condutor Encordoamentos Classes 5 e 6 Resistência máxima a 20°C, em Ω/km e diâmetro máximo dos fios no condutor, em mm Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 20 - Capitulo III
  • 22. CAPÍTULO III Linhas elétricas Para os cabos de um único condutor, indica-se a seção nominal do condutor respectivo, isto é, S (mm2) ou 1 x S (mm2). Para os cabos multipolares de condutores componentes de seções iguais, a seção nominal é indicada sob a forma de produto do número de veias pela seção nominal de uma veia, isto é, N x S (mm2); para os cabos multi-polares com condutores componentes de seções diferentes, a seção nominal é indicada sob a forma de soma dos produtos do número de veias de cada seção pela respectiva seção, assim, por exemlpo, N x S1 (mm2) + N2 x S2 (mm2). Para os cabos multiplexados utiliza-se a mesma indicação. Tensões de isolamento nominais dos cabos são as tensões para as quais eles são projetados. São designadas pelo par de valores V0/ V, associados a sistemas trifásicos, sendo V0 o valor eficaz da tensão entre condutor e terra ou blindagem da isolação (tensão fase-terra) e V o valor eficaz da tensão entre condutores (tensão fase-fase). O valor de V é usado para classificar os cabos quanto à tensão: Cabos de baixa tensão V < 1 kV Cabos de média tensão 1 kV < V < 35 kV Cabos de alta tensão V > 35 kV Temperatura Os cabos providos de isolação são caracterizados por três tempe-raturas, medidas no condutor propriamente dito, em regime per-manente, em regime de sobrecarga e em regime de curto-circuito. A temperatura no condutor em regime permanente (ou em serviço contínuo) é a temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor em condições estáveis de funcionamento. A cada tipo (ma-terial) de isolação corresponde uma temperatura máxima para serviço contínuo, designada por θz. A temperatura no condutor em regime de sobrecarga é a temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor em regi-me de sobrecarga. Para os cabos de potência, estabelece-se que a operação em regime de sobrecarga, para temperaturas máximas especificadas em função da isolação, designadas por θsc, não deve superar 100 horas durante doze meses consecutivos, nem superar 500 horas durante a vida do cabo. A temperatura no condutor em regime de curto-circuito é a temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor durante o regime de curto-circuito. Para os cabos de potência, a duração má-xima de um curto-circuito, no qual o condutor pode manter tempe-raturas máximas especificadas em função da isolação, designadas por θcc, é de 5 segundos. Exemplos de caracterização de seções nominais pela ABNT NBR NM 280 No caso de um condutor encordoado de 10mm2, classe 2, para condutor isolado (por exemplo, cabo Superastic), a norma especifica que ele deve possuir, no mínimo, 7 fios (no caso de condutor não compactado circular) e apresentar uma resistência máxima de 1,83 Ω/km a 20°C. Tratando-se de um condutor encordoado de 10mm2, classe 5, para condu-tor isolado flexível (por exemplo, cabo Afumex 750V), a ABNT NBR NM 280 caracteriza essa seção nominal, indicando que os fios componentes de-vem possuir, no máximo, diâmetro de 0,41 mm cada um e o condutor deve apresentar uma resistência máxima de 1,91 Ω/km a 20°C. A tabela indica os valores de θZ,θsc e θcc dados pelas normas, em fun-ção dos materiais usados na isolação. Temperaturas características dos cabos em função do material da isolação Material θZ (°C) θSC (°C) θCC (°C) PVC 70 100 160 EPR 90 130 250 XLPE 90 130 250 Capacidade de condução de corrente A capacidade de condução de corrente (lZ) de um condutor ou de um conjunto de condutores é a corrente máxima que pode ser conduzida pelo condutor, ou pelo conjunto de condutores, continuamente, em con-dições especificadas, sem que a sua temperatura em regime perma-nente ultrapasse a temperatura máxima para serviço contínuo. Nos fios e cabos providos de isolação, a capacidade de condução de corrente depende de diversos fatores, a saber: Material do condutor Seção Material da isolação (que determina a temperatura máxima para serviço contínuo) Temperatura ambiente ou, no caso de cabos enterrados, tem-peratura do solo Resistividade térmica do solo (para cabos enterrados) Agrupamento de fios e cabos Agrupamento de condutos Condutor Seção nominal em mm2 (s) Isolação Cobertura Tensão de isolamento (VO/ V) Temperatura máxima para: – Serviço contínuo θZ – de sobrecarga θSC – de curto circuito θCC Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 21 - Capitulo III
  • 23. CAPÍTULO III Linhas elétricas A importância da qualidade nos condutores elétricos Qualidade gera segurança A qualidade dos condutores elétricos flexíveis, que são geralmente embutidos em paredes e tetos, é de funda-mental importância para a segurança, o bom desempe-nho da instalação e a conservação da energia. Cabos flexíveis O uso da linha de cabos flexíveis garante a efi-ciência das instalações elétricas residenciais, com segurança e economia. Facilita a instalação em eletrodutos e a ligação em tomadas e interruptores, evitando danos e economizando mão-de-obra, O barato que sai caro O uso de condutores de segunda linha, (geralmente apresentados como “similar mais barato”) pode causar prejuízos e propagar incêndios. Proteja seu patrimônio com a segurança dos produtos de qualidade. ...98... 99... 100! Apesar da indicação “100 metros”, nem sempre os produtos de segunda linha pos-suem este comprimento. Já os produtos de boa qualidade são medidos por equipa-mento eletrônico, o que garante rolos com a medida indicada na embalagem. 98 99 100 União flexível O cobre puro utilizado nos condutores de pri-meira linha é recozido em processo contínuo, o que aumenta a sua flexibilidade e facilita os trabalhos de emendas, dobras e ligações em tomadas e interruptores. A prova da balança Também na balança, os fios e cabos de boa qualidade apresentam peso constante, normal-mente maior que os produtos e segunda linha. Não pague para ver O cobre utilizado nos condutores de primeira linha segue normas de qualidade nacionais e internacionais, garantin-do um desempenho perfeito. O cobre utilizado em condu-tores de segunda linha, com alto grau de impurezas, provoca superaquecimento e pode originar fu-gas de corrente, choques elétricos, curto-circuitos e incêndios. Sempre mais vantagens A isolação uniforme em torno e ao longo do condutor é mais um item de segurança. O aditivo deslizante, utilizado nos con-dutores de qualidade. é também uma vantagem, facilitando a instalação e reduzindo custos de mão-de-obra. Os recuperados O isolamento especial dos bons condutores permite trabalho contínuo à temperatura de 70ºC (85ºC os mais resistentes), com total segurança. O isolamento utilizado nos condutores de qualidade inferior, à base de PVC recuperado, têm curta vida útil. aumentando os riscos. O herói não é anônimo Os condutores de primeira linha acrescidos do item anti-chama, livres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos são totalmente seguros, pois não propa-gam incêndios. O material dos condutores de segunda linha não possui a caracterís-tica anti-chama propagando o fogo com facilidade, emitindo fumaça escura e gases tóxicos. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 22 - Capitulo III
  • 24. CAPÍTULO III Linhas elétricas Vida curta Quando instalados corretamente, os condutores de pri-meira linha apresentam vida útil superior a 30 anos, em perfeitas condições de uso. A utiiização de condutores de segunda linha geralmente resulta em curta vida útil, com mais chances de curto-circuitos, choques elétricos e in-cêndios de origem elétrica. Comportamento dos cabos em condições de fogo e incêndio Como vimos, a construção dos cabos elétricos envolve volumes sig-nificativos de materiais orgânicos na isolação, na cobertura, e em ou-tros componentes. Tais materiais são combustíveis e podem conferir ao cabo uma perigosa característica de elemento propagador de fogo durante a ocorrência de incêndios. Tendo em vista o comportamento de seu invólucro externo (isolação, no caso de condutores isolados, ou cobertura, no caso de cabos uni e multipolares), quando submetido à ação do fogo, os condutores e cabos isolados podem ser classificados em quatro grandes categorias: (1) Propagador de chama - O cabo, quando submetido à ação direta da chama, mesmo por curto intervalo de tempo, entra em combustão e a mantém mesmo após a retirada da chama ativadora. Tais cabos podem contribuir para o desenvolvimento e a propagação dos incêndios. O polietileno (PE) pode ser considerado material propagador de chama. (2) Não propagador de chama - A chama se autoextingue após cessar a causa ativadora da mesma. O comportamen-to desses cabos em relação ao fogo depende, em grande parte do tempo, da exposição à chama, da intensidade da chama, da quantidade de cabos agrupados, etc. O PVC e o neoprene podem ser considerados materiais não propagadores de chama. Os cabos de ins-trumentação (ABNT NBR 10300) isolados em PVC podem estar nesta categoria. (3) Resistente à chama - Com esses cabos, a chama não se propaga mesmo em caso de exposição prolongada. Quando submetidos ao rigoroso ensaio de queima vertical, efetuado em feixe de cabos com concentração de material combustível bem defi-nida (de acordo com a serie ANBT IEC 60332), os danos causados pela chama ficam limitados a poucas dezenas de centímetros. A poliolefina não halogenada e o PVC especialmente aditivados conferem aos cabos essa propriedade. Os cabos de PVC assim fabricados são designados por BWF-B (ABNT NBR NM 247-3). Os condutores isolados de cobre com poliolefina não halogenada, como os da linha Afumex 750V, bem como os cabos uni e multipolares com isolação em EPR e cobertura também em poliolefina não halogenada, como os da linha Afumex 1kV, enquadram-se na categoria dos resistentes à chama. (4) Resistente ao fogo - O cabo tem a característica de permitir e manter um circuito em funcionamento em pre-sença de incêndio, atendendo à norma ABNT NBR 10301 (exposição e chama direta, 750°C, por 3 horas). Tais cabos são parti-cularmente Segurança total Os condutores de primeira linha, portanto, obedecem às mais rigorosas normas nacionais e internacionais de qualidade e segurança. Seus componentes são testados e submetidos a ensaios rigorosos durante o processo de fabricação, em modernos laboratórios, para oferecer se-gurança total. OK recomendados para os circuitos de segurança como os de detectores de fumaça, luzes de emergência, alarmes de incêndio ou circuitos de bombas de combate a incêndios. Além da resistência ao fogo, outro ponto importante considerado no pro-jeto de um cabo e, consequentemente, em sua escolha, é seu comporta-mento durante um incêndio. Quando consumidos pelo fogo, os cabos elétricos podem emitir grande quantidade de fumaça e gases tóxicos. Esta característica está associada à composição da isolação (nos casos de condutores isolados) e à isolação e cobertura ( no caso de cabos unipolares e multipolares). Para evitar que os cabos emitam grandes quantidades de fumaça escu-ra, tóxica e corrosiva em caso de incêndio, foi desenvolvido o composto poliolefínico não halogenado (LSOH). Este composto, utilizado na isolação e/ou cobertura de cabos, oferece resistência à chama, evitando que a esta se propague por ele, e praticamente não emite fumaça escura nem gases tóxicos. Cabos com isolação deste tipo foram desenvolvidos para aplicações especiais, em que a fuga das pessoas em caso de incêndio é muito difícil, como é o caso de submarinos, aviões, navios, etc. Depois passaram a ser utilizados em edificações onde o tempo de fuga das pes-soas em caso de incêndio é lenta, como no metrô, em hospitais ou em outras áreas públicas com grande concentração de pessoas, tais como escolas, shopping centers, cinemas e teatros. Atualmente estes cabos são utilizados em diversos tipos de edificações, aumentando a seguran-ças das pessoas e do patrimônio. Linha Ecológica Evolução da segurança dos cabos elétricos Cabos Antiflam Resistentes Cabos no passado Resistentes Nenhum requisito especial de segurança à chama e auto-extinção do fogo à chama e não contém quaisquer metais prejudiciais (por exemplo chumbo) Afumex® Afumex®PLUS Resistentes à chama e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos (LSOH) Resistentes à chama e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos (LSOH) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 23 - Capitulo III
  • 25. CAPÍTULO III Linhas elétricas Evolução dos cabos em condições de incêndio Se construirmos uma curva do tempo registrando a evolução do com-portamento dos cabos elétricos em condições de incêndio, veremos que as novas tecnologias são desenvolvidas para aumentar sua se-gurança em aplicações especiais. Com a maturidade dos projetos, os cabos de alta tecnologia têm seu campo de aplicação ampliado e se tornam requisitos mínimos de segurança nas instalações modernas. Um exemplo disso foi a evolução dos cabos isolados em tecido para os cabos isolados em PVC, passando de propagadores de chama para não propagadores de chama. Mesmo assim, era iminente a necessi-dade de se exigir que os cabos isolados em PVC passassem à cate-goria resistente à chama. No início da década de 80, a característica de resistência à chama passou a ser uma obrigatoriedade nos condutores isolados utilizados em todos os tipos de edificações. Estas alterações permitiram um aumento significativo no nível de segurança oferecido às pessoas e ao patrimônio nas edificações. Conduto elétrico Chamamos de conduto elétrico (ou simplesmente conduto) uma canalização destinada a conter condutores elétricos. Nas instala-ções elétricas são utilizados vários tipos de condutos: eletrodutos, calhas, molduras, blocos alveolados, canaletas, bandejas, escadas para cabos, poços e galerias. Um eletroduto é um elemento de linha elétrica fechada, de seção cir-cular ou não, destinado a conter condutores elétricos, permitindo tanto a enfiação quanto a retirada dos condutores por puxamento. Na prática, o termo se refere tanto ao elemento (tubo), quanto ao conduto formado pelos diversos tubos. Os eletrodutos podem ser metálicos (aço, alumínio) ou de material iso-lante (PVC, polietileno, fibro-cimento.etc). São usados em linhas elétri-cas embutidas ou aparentes. Mesmo impedindo a propagação da chama e evitando que o incêndio seja levado de um ambiente a outro, os cabos convencionais podem causar grandes danos em caso de incêndio, devido à alta emissão de fumaça escura e gases tóxicos. Estes dois fatores dificultam ou até inviabilizam a fuga de pessoas da área atingida pelo incêndio. Para solucionar esse problema, foi desenvolvida uma nova categoria de cabos – isolados com poliolefinas não halogenadas (LSOH) – que proporcionam mais segurança em situações de incêndio pois, além de serem resistentes à chama, emitem baixa quantidade de fumaça escura e gases tóxicos. Os cabos Afumex, fazem parte dessa nova geração, pois são fabri-cados segundo a ABNT NBR 13248 e apresentam característica de resistência à chama, com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Esta nova tecnologia está incorporada à ABNT NBR 5410, que prevê a obrigatoriedade da utilização de cabos que atendam à ABNT NBR 13248 em edificações com trânsito intenso de pessoas. Uma eletrocalha é um conduto fechado utilizado em linhas aparentes, com tampas em toda sua extensão, para permitir a instalação e a remo-ção de condutores. As calhas podem ser metálicas (aço, alumínio) ou isolantes (plástico); as paredes podem ser maciças ou perfuradas e a tampa simplesmente encaixada ou fixada com auxílio de ferramenta. Chamamos de moldura o conduto utilizado em linhas aparentes, fixado ao longo de paredes, compreendendo uma base com ra-nhuras para colocação de condutores e uma tampa desmontável em toda sua extensão. Recebe o nome de alizar, quando fixada em torno de um vão de porta ou de janela, e de rodapé, quando fixada junto ao ângulo parede-piso. As molduras podem ser de madeira ou de plástico. Um bloco alveolado é um bloco de construção com um ou mais furos que, por justaposição com outros blocos, forma um ou mais condutos fechados. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 24 - Capitulo III
  • 26. CAPÍTULO III Linhas elétricas Uma canaleta no solo é um conduto com tampas ao nível do solo, removíveis e instaladas em toda sua extensão. As tampas podem ser maciças e/ou ventiladas e os cabos podem ser instalados diretamente ou em eletrodutos. Uma bandeja é um suporte de cabos constituído por uma base con-tínua com rebordos e sem cobertura, podendo ser ou não perfurada; é considerada perfurada se a superfície retirada da base for superior a 30%. As bandejas são geralmente metálicas (aço, alumínio). Uma escada para cabos (ou simplesmente escada) é um suporte constituído por uma base descontínua, formada por travessas ligadas a duas longarinas longitudinais, sem cobertura. As travessas devem ocupar menos de 10% da área total da base. Assim como as bandejas, as escadas são geralmente metálicas. Chamamos de poço um conduto vertical formado na estrutura do prédio. Nos poços, via de regra, os condutores são fixados direta-mente às paredes ou a bandejas ou escadas verticais, ou são insta-lados em eletrodutos. A galeria elétrica (ou simplesmente galeria) é um conduto fechado que pode ser visitado em toda sua extensão. Nas galerias, os condutores geralmente são instaladados em bandejas, escadas, eletrodutos ou em outros suportes (como prateleiras, ganchos, etc). Além dos condutos, os condutores podem ser instalados em prateleiras, ganchos e em espaços de construção. A prateleira para cabos (ou simplesmente prateleira) é um suporte contínuo para condutores, engastado ou fixado numa parede ou no teto por um de seus lados e com uma borda livre. Um gancho para cabos (ou apenas gancho) é um suporte consti-tuído por elementos simples fixados à estrutura ou aos elementos da construção. Um espaço de construção é um espaço existente na estrutura de um prédio, acessível apenas em certos pontos, e no qual são instalados condutores diretamente ou contidos em eletrodutos. São exemplos de espaço de construção dos forros falsos, pisos técnicos, pisos elevados, espaço no interior de divisórias ou de paredes de gesso acartonado (do tipo “Dry-wall”). Chamamos de caixa de derivação a caixa utilizada para passagem e/ou ligações de condutores entre si e/ou a dispositivos nela instalados. Espelho é a peça que serve de tampa para uma caixa de derivação, ou de suporte e remate para dispositivos de acesso externo. Condulete é uma caixa de derivação para linhas aparentes, dotada de tampa própria. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 25 - Capitulo III
  • 27. CAPÍTULO III Linhas elétricas Eletrodutos Sua função principal é proteger os condutores elétricos contra certas influências externas (ex. choques mecânicos, agentes químicos, etc.) podendo também, em alguns casos, proteger o meio ambiente contra riscos de incêndio e de explosão resultantes de faltas envolvendo con-dutores, além de servir como condutor de proteção. Embora a definição atual de eletroduto não faça qualquer referência à forma da seção, os eletrodutos de seção circular são os de uso mais frequente e constituem o tipo mais comum de conduto. Em função do material de composição, os eletrodutos podem ser me-tálicos ou isolantes, e ainda magnéticos ou não magnéticos. Eles classificam-se, segundo a IEC, em rígidos, curváveis, transversal-mente elásticos e flexíveis (ver definições no quadro). Os eletrodutos metálicos rígidos são geralmente de aço-carbono, com proteção interna e externa feita com materiais resistentes à corro-são, podendo, em certos casos, ser fabricados em aço especial ou em alumínio (muito comum nos Estados Unidos). Normalmente a proteção dos eletrodutos de aço-carbono é caracterizada por um revestimento de zinco aplicado por imersão a quente (galvanização) ou zincagem em linha com cromatização, ou por um revestimento com tinta ou esmalte, ou ainda com composto asfáltico (externamente). No Brasil, devem obe-decer às seguintes normas: ABNT NBR 5597 Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor e rosca NPT - Requisitos (2007) ABNT NBR 5598 Eletroduto de aço-carbono e acessórios, com revestimento protetor e rosca BSP – Requisitos (2009) ABNT NBR 5624 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 8133 (1994) ABNT NBR 13057 Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, zincado eletroliticamente e com rosca ABNT NBR 8133 (1994) Os eletrodutos metálicos rígidos fabricados segundo a ABNT NBR 5597 e segundo a ABNT NBR 5598, de paredes mais grossas, são destina-dos, em princípio, a instalações industriais semelhantes. Os esmaltados só devem ser usados em instalações internas, em linhas embutidas ou em linhas aparentes, em locais onde a presença de substâncias corrosivas não seja notável. Parede Revestimento Os galvanizados são geralmente aplicados em instalações externas (aparentes) ou em linhas subterrâneas, em contato direto com a terra ou envelopados em concreto. Os fabricados segundo a ABNT NBR 13057 são destinados, em princípio, a instalações não industriais, sendo feitas as mesmas restrições quanto à aplicação dos esmaltados e galvanizados. Os eletrodutos metálicos rígidos são fabricados em “varas” de 3 metros, sendo suas dimensões principais indicadas na tabela a seguir. Os eletrodutos isolantes rígidos ou flexíveis constituem um outro tipo importante de conduto. São fabricados principalmente em políme-ros (plásticos) como o PVC ou polietileno (PE), mas podem ser de barro vitrificado (manilhas), cimento-amianto, etc. Para linhas acima do solo, aparentes ou embutidas, os de PVC são os mais utilizados no Brasil e para linhas subterrâneas em envelopes de concreto os de PE. O eletrodutos poliméricos devem atender à norma ABNT NBR 15465 - Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos de desempenho (2008) que prevê os requisitos de desempenho para eletrodutos plásticos rígidos (até DN 110) ou flexíveis (até DN 40), de seção circular. Estes eletrodutos podem ser aplicados aparentes, embutidos ou enterrados, e são empregados em instalações elétricas de edificações alimentadas sob baixa tensão. O eletrodutos flexíveis corrugados de PVC podem ser utilizados embuti-dos em paredes de alvenaria (tipo leve de até 320N / 5 cm) ou em lajes e pisos (tipo médio de até 750N / 5 cm), onde a resistência à compres-são deve ser maior. Os eletrodutos flexíveis de PVC são fornecidos em rolos de 50 m ou 25 m. Os demais tipos são usados exclusivamente em linhas subterrâneas ou, eventualmente, contidos em canaletas. A tabela dá as dimensões principais dos eletrodutos de PVC. Importante: a ABNT NBR 5410, em seu item 6.2.11.1.1 indica que “ é vedado o uso, como eletroduto, de produtos que não sejam expressa-mente apresentados e comercializados como tal.” E complementa em nota: “Esta proibição inclui, por exemplo, produtos caracterizados por seus fabricantes como mangueiras “ Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 26 - Capitulo III
  • 28. CAPÍTULO III Linhas elétricas Os eletrodutos flexíveis metálicos são construídos, em geral, por uma fita de aço enrolada em hélice, por vezes com uma cobertura im-permeável de plástico, ou isolantes de polietileno ou PVC. Sua aplicação típica é na ligação de equipamentos que apresentem vibrações ou pe-quenos movimentos durante seu funcionamento. Cobertura Fita de aço Numa linha elétrica com eletrodutos, são usados os seguintes acessórios:  luva (rígidos) - peça cilíndrica rosqueada internamente, destinada a unir dois tubos ou um tubo e uma curva  bucha (rígidos) - peça de arremate das extremidades dos eletrodu-tos, destinada a evitar danos à isolação dos condutores por even-tuais rebarbas, durante o puxamento. Instalada na parte interna da caixa de derivação  arruela (rígidos) - peça rosqueada internamente (porca), colocada na parte externa da caixa de derivação, complementando a fixação do eletroduto à caixa  curva (rígidos) - de 45° e 90°  braçadeira (rígidos e flexíveis)  box (flexíveis) - peça destinada a fixar um eletroduto flexível a uma caixa ou a um eletroduto rígido Luva Bucha Arruela Braçadeira Curva 45o Curva 90o Box Recomenda a ABNT NBR 5410 que nos eletrodutos só sejam insta-lados condutores isolados, cabos unipolares e cabos multipolares. Nas instalações elétricas abrangidas pela ABNT NBR 5410 só são ad-mitidos eletrodutos não-propagantes de chama. Só são admitidos em instalação embutida os eletrodutos que suportem os esforços de deformação característicos do tipo de construção utilizado. As dimensões internas dos eletrodutos e respectivos acessórios, os comprimentos entre os pontos de puxada e o número de curvas de-vem ser suficientes para que os condutores ou cabos a serem prote-gidos possam ser facilmente instalados e retirados após a instalação dos eletrodutos e acessórios. Para tanto é necessário que:  os condutores ou cabos não ocupem uma porcentagem da área útil do eletroduto superior a 53% para um condutor ou cabo, 31% para dois e 40% para três ou mais * Essa recomendação serve para excluir das linhas embutidas os pseudoeletrodutos flexíveis plásticos conhecidos por “mangueiras”, que não suportam qualquer tipo de esforço e podem comprometer a integridade dos condutores contidos.  não haja trechos contínuos retilíneos de tubulação (sem interposi-ção de caixas de derivação ou equipamentos) superiores a 15 m, sendo que nos trechos com curvas essa distância deve ser reduzi-da de 3 m para cada curva de 90°. Assim, por exemplo, um trecho de tubulação contendo 3 curvas não poderá ter um comprimento superior a 15 - (3 x 3) = 6 m. A figura abaixo indica as dimensões a considerar num eletroduto, e as tabelas dão as dimensões normalizadas dos eletrodutos de aço-carbo-no, e rígidos e flexíveis de PVC, respectivamente. A tabela dá as dimen-sões dos eletrodutos de acordo com a ABNT NBR 5598, para eletrodu-tos de aço carbono, e ABNT NBR 15465, para eletrodutos em PVC. de di EQUIVALÊNCIA ENTRE DIÂMETRO INTERNO E TAMANHO NOMINAL Tradicionalmente no Brasil os eletrodutos eram designados por seu diâmetro interno em polegadas. Com o advento das novas normas, a designação passou a ser feita pelo tamanho nominal, um simples número sem dimensão. Eletrodutos Rígidos de Aço-Carbono. Tamanho (Designação da Nominal Rosca) (Pol.) 10 3/8 15 1/2 20 3/4 25 1 32 1-1/4 40 1.1/2 50 2 65 2.1/2 80 3 90 3.1/2 100 4 125 5 150 6 Eletrodutos Rigidos de PVC. Tamanho Nominal (Designação da Rosca) (Pol.) 16 1/2 20 3/4 25 1 32 1.1/4 40 1.1/2 50 2 60 2.1/2 75 3 85 3.1/2 100 4 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 27 - Capitulo III
  • 29. CAPÍTULO III Linhas elétricas Em cada trecho de tubulação entre duas caixas, ou entre extremidades, ou ainda entre caixa e extremidade, só devem ser previstas, no máximo, 3 curvas de 90°, ou seu equivalente até, no máximo, 270°, não deven-do ser previstas curvas com deflexão superior a 90°. As caixas de derivação devem ser previstas:  em todos os pontos de entrada ou saída de condutores ou cabos na tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas abertas para linhas em eletrodutos que, nesses casos, devem ser rematados com buchas  em todos os pontos de emenda ou derivação dos condutores ou cabos  para dividir a tubulação, quando necessário, como visto anteriormente. Cálculo da ocupação de um eletroduto  Vamos considerar, a título de exemplo, condutores isolados co-bre/ poliolefina não halogenada, do tipo cabo flexível Afumex de 2,5mm2, cujo diâmetro externo nominal é d = 3,4 mm  Adotaremos no cálculo a ocupação máxima de 40% da área útil do eletroduto e consideraremos eletrodutos de tamanho nominal 20 (antigo 3/4”).  O procedimento de cálculo será o seguinte:  Cálculo da área útil do eletroduto (AE) 4 π AE = __ (de - 2e)2 (mm2) sendo de o diâmetro externo mínimo e “e“ a espessura  Área total do condutor (AC) 4 π AC = __ d2 (mm2)  Número máximo de condutores (N) 0,40 AE N = _______ AC Quando o ramal de eletrodutos passar obrigatoriamente por áreas ina-cessíveis onde não haja possibilidade de emprego de caixas de deriva-ção, a distancia máxima entre caixas pode ser aumentada, procedendo-se da seguinte forma:  calcula-se a distância máxima permitida, considerando as curvas existentes  para cada 6 m (ou fração) de aumento da distância máxima, utiliza-se um eletroduto de tamanho nominal imediatamente superior ao que seria normalmente utilizado (1) Eletroduto de aço-carbono, tipo pesado, segundo a ABNT NBR 5597: 4 π AE = __ [(26,7 - 0,38) - 2 x 2,65]2 = 347mm2 4 π AC = __ x 3,42 = 9,08mm2 0,40 x 347 N = _________ = 15,2  15 9,08 (2) Eletroduto de aço-carbono segundo a ABNT NBR 5597: AE = __ [(26,7 - 0,38) - 2 x 2,25]2 = 373mm2 4 π 0,40 x 373 N = _________ = 16,4  16 9,08 (3) Eletroduto de aço-carbono, segundo a ABNT NBR 5598: AE = __ [(26,9 - 0,40) - 2 x 2,25]2 = 380mm2 4 π 0,40 x 380 N = _________ = 16,7  16 9,08 (4) Eletroduto de PVC, tipo soldável segundo a ABNT NBR 15465: AE = __ [(20,0 - 0,3) - 2 x 1]2 = 246mm2 4 π 0,40 x 246 N = _________ = 10,8  10 9,08 (5) Eletroduto de PVC, tipo roscável segundo a ABNT NBR 15465: AE = __ [(21,1 - 0,3) - 2 x 1,8]2 = 232mm2 4 π 0,40 x 232 N = _________ = 10,2  10 9,08 Tabela na página 29 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 28 - Capitulo III
  • 30. CAPÍTULO III Linhas elétricas Dimensões principais dos eletrodutos rígidos de aço-carbono Tamanho Nominal Diâmetro Externo (mm) Espessura de Parede (mm) ABNT NBR 5597 10 17,1 ± 0,38 2,00 15 21,3 ±0,38 2,25 20 26,7 ± 0,38 2,25 25 33,4 ± 0,38 2,65 32 42,2 ± 0,38 3,00 40 48,3 ± 0,38 3,00 50 60,3 ± 0,38 3,35 65 73,0 ± 0,64 3,75 80 88,9 ± 0,64 3,75 90 101,6 ± 0,64 4,25 100 114,3 ± 0,64 4,25 125 141,3 ± 1% 5,00 130 168,3 ± 1% 5,30 ABNT NBR 5598 10 17,1 ± 0,40 2,00 15 21,3 ± 0,40 2,25 20 26,9 ± 0,40 2,25 25 33,7 ± 0,40 2,65 32 42,4 ± 1% 2,65 40 48,3 ± 1% 3,00 50 60,3 ± 1% 3,00 65 76,1 ± 1% 3,35 80 88,9 ± 1% 3,35 90 101,6 ± 1% 3,35 100 114,3 ± 1% 3,75 125 139,7 ± 1% 4,75 130 161,1 ± 1% 5,00 ABNT NBR 13057 10 16,5 1,50 15 20,4 1,50 20 25,6 1,50 25 31,9 1,50 32 41,0 2,00 40 47,1 2,25 50 59,0 2,25 65 74,9 2,65 80 87,6 2,65 90 100,0 2,65 100 112,7 2,65 Dimensões principais dos eletrodutos rígidos de PVC (ABNT NBR 15465) Tamanho Nominal Diâmetro Externo (mm) Espessura de Parede (mm) Tipo Soldável 16 16,0 ± 0,3 1,0 20 20,0 ± 0,3 1,0 25 25,0 ± 0,3 1,0 32 32,0 ± 0,3 1,0 40 40,0 ± 0,4 1,0 50 50,0 ± 0,4 1,1 60 60,0 ± 0,4 1,3 75 75,0 ± 0,4 1,5 85 85,0 ± 0,4 1,8 Tipo Roscável 16 16,7 ± 0,3 1,8 20 21,1 ± 0,3 1,8 25 26,2 ± 0,3 2,3 32 33,2 ± 0,3 2,7 40 42,2 ± 0,3 2,9 50 47,8 ± 0,4 3,0 60 59,4 ± 0,4 3,1 75 75,1 ± 0,4 3,8 85 88,0 ± 0,4 4,0 110 113,1± 0,4 4,0 Notas: 1. Para ambos os tipos são admitidas as seguintes variações na espessura de parede: • para tamanhos de 16 a 32 - + 0,4, - 0 • para tamanhos de 40 a 75 - + 0,5, - 0 • para o tamanho de 85 - + 0,6, - 0 2. Os eletrodutos devem ser fabricados em varas de 3,00 m, com variações de +1% e -0,5%. Notas: 1. Para os eletrodutos fabricados de acordo com as normas ABNT NBR 5597 e ABNT NBR 5598 são admitidas variações na espes-sura da parede que não excedam 12,5% para menos, ficando em aberto as variações para mais. 2. Os eletrodutos rígidos devem ser fabricados em varas de 3.000 ± 20 mm. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 29 - Capitulo III
  • 31. CAPÍTULO III Linhas elétricas Dimensões principais dos eletrodutos flexíveis de PVC (ABNT NBR 15465) Tamanho Nominal Diâmetro Externo (mm) Espessura de Parede (mm) Tipo Corrugado – Leve ou Médio 16 16,0 ± 0,3 2,1 20 20,0 ± 0,3 2,3 25 25,0 ± 0,4 3 32 32,0 ± 0,4 3,5 40 40,0 ± 0,5 4,5 Tipos de linhas elétricas Esta tabela indica os tipos de linhas elétricas recomendados pela ABNT NBR 5410. É importante observar que as linhas estão classificadas em grupos (em função das capacidades de condução de corrente). Tipos de linhas elétricas (conforme tabela 33 da ABNT NBR 5410) Método de instalação número Descrição Método de referência a utilizar para a capacidade de condução de corrente(1) 1 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante(2) A1 2 Cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em parede termicamente isolante(2) A2 3 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seção circular sobre parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez o diâmetro do eletroduto B1 4 Cabo multipolar em eletroduto aparente de seção circular sobre parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez o diâmetro do eletroduto B2 5 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto aparente de seção não circular sobre parede B1 6 Cabo multipolar em eletroduto aparente de seção não circular sobre parede B2 7 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria B1 8 Cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria B2 11 Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez o diâmetro do cabo C 11A Cabos unipolares ou cabo multipolar fixado diretamente no teto C 11B Cabos unipolares ou cabo multipolar afastado do teto mais de 0,3 vez o diâmetro do cabo C 12 Cabos unipolares ou cabo multipolar em bandeja não perfurada ou prateleira C 13 Cabos unipolares ou cabo multipolar em bandeja perfurada, horizontal ou vertical E (multipolar) F (unipolares) 14 Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre suportes horizontais ou tela E (multipolar) F (unipolares) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 30 - Capitulo III
  • 32. CAPÍTULO III Linhas elétricas Método de instalação número Descrição Método de referência a utilizar para a capacidade de condução de corrente’1’ 15 Cabos unipolares ou cabo multipolar afastado(s) da parede mais de 0,3 vez o diâmetro do cabo E (multipolar) F (unipolares) 16 Cabos unipolares ou cabo multipolar em leito E (multipolar F (unipolares) 17 Cabos unipolares ou cabo multipolar suspenso por cabo de suporte, incorporado ou não E (multipolar) F (unipolares) 18 Condutores nus ou isolados sobre isoladores G 1,5 De < V < 5 De (9) 21 Cabos unipolares ou cabos multipolares em espaço de construção(5), sejam eles lançados diretamente sobre a superfície do espaço de construção, sejam instalados em suportes ou condutos abertos (bandeja, prateleira, tela ou leito) dispostos no espaço de construção(5) (6) B2 5 De < V < 50 De B1 22 Condutores isolados em eletroduto de seção circular em espaço de construção(5) (7) 1,5 De < V < 20 De (9) B2 V > 20 De (9) B1 23 Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção circular em espaço de construção(5) (7) B2 24 Condutores isolados em eletroduto de seção não-circular ou eletrocalha em espaço de construção(5) 1,5 De < V < 20 De (9) B2 V > 20 De (9) B1 25 Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção não-circular ou eletrocalha em espaço de construção(5) B2 26 Condutores isolados em eletroduto de seção não-circular embutido em alvenaria(6) 1,5 De < V < 5 De (9) B2 5 De < V < 50 De (9) B1 27 Cabos unipolares ou cabo multipolar em eletroduto de seção não-circular embutido em alvenaria B2 28 Cabos unipolares ou cabo multipolar em forro falso ou em piso elevado(7) 1,5 De < V < 5 De (9) B2 5 De < V < 50 De (9) B1 31 32 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrocalha sobre parede em percurso horizontal ou vertical B1 31A 32A Cabo multipolar em eletrocalha sobre parede em percurso horizontal ou vertical B2 33 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta fechada encaixada no piso B1 34 Cabo multipolar em canaleta fechada encaixada no piso B2 35 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletrocalha ou perfilado suspensa(o) B1 36 Cabo multipolar em eletrocalha ou perfilado suspensa(o) B2 41 Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular contido em canaleta fechada com percurso horizontal ou vertical 1,5 De < V < 20 De (9) B2 V > 20 De (9) B1 42 Condutores isolados em eletroduto de seção circular contido em canaleta ventilada encaixada no piso B1 43 Cabos unipolares ou cabo multipolar em canaleta ventilada encaixada no piso B1 51 Cabo multipolar embutido diretamente em parede termicamente isolante(2) A1 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 31 - Capitulo III
  • 33. CAPÍTULO III Linhas elétricas Método de instalação número Descrição Método de referência a utilizar para a capacidade de condução de corrente’1’ 52 Cabos unipolares ou cabo multipolar embutido(s) diretamente em alvenaria sem proteção mecânica adicional C 53 Cabos unipolares ou cabo multipolar embutido(s) diretamente em alvenaria com proteção mecânica adicional C 61 Cabo multipolar em eletroduto (de seção circular ou não) ou em canaleta não ventilada enterrado(a) D 61A Cabo unipolar em eletroduto (de seção circular ou não) ou em canaleta não ventilada enterrado(a)(8) D 63 Cabos unipolares ou cabo multipolar diretamente enterrado(s), com proteção mecânica adicional D 71 Condutores isolados ou cabos unipolares em moldura A1 72 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta provida de separações sobre parede B1 72A Cabo multipolar em canaleta provida de separações sobre parede B2 73 Condutores isolados em eletroduto, cabos unipolares ou cabo multipolar embutido(s) em caixilho de porta A1 74 Condutores isolados em eletroduto, cabos unipolares ou cabo multipolar e embutido(s) em caixilho de janela A1 75 Condutores isolados ou cabos unipolares em canaleta embutida em parede B1 75A Cabo multipolar em canaleta embutida em parede B2 1) Método de referência a ser utilizado na determinação da capacidade de condução de corrente. Ver 6.2.5.1.2. 2) Assume-se que a face interna da parede apresenta uma condutância térmica não inferior a 10 W/m2.K. 3) Admitem-se também condutores isolados em perfilado, desde que nas condições definidas na nota de 6.2.11.4.1. 4) A capacidade de condução de corrente para bandeja perfurada foi determinada considerando-se que os furos ocupassem no mínimo 30% da área da bandeja. Se os furos ocuparem menos de 30% da área da bandeja, ela deve ser considerada como “não-perfurada”. 5) Conforme a ABNT NBR IEC 60050 (826), os poços, as galerias, os pisos técnicos, os condutos formados por blocos alveolados, os forros falsos, os pisos elevados e os espaços internos existentes em certos tipos de divisórias (como, por exemplo, as paredes de gesso acartonado) são considerados espaços de construção. 6) De é o diâmetro externo do cabo, no caso de cabo multipolar. No caso de cabos unipolares ou condutores isolados, distinguem-se duas situações: • três cabos unipolares (ou condutores isolados) dispostos em trifólio: De deve ser tomado igual a 2,2 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado; • três cabos unipolares (ou condutores isolados) agrupados num mesmo plano: De deve ser tomado igual a 3 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado. 7) De é o diâmetro externo do eletroduto, quando de seção circular, ou altura/profun-didade do eletroduto de seção não-circular ou da eletrocalha. 8) Admite-se também o uso de condutores isolados, desde que nas condições defini-das na nota de 6.2.11.6.1. 9) Admitem-se cabos diretamente enterrados sem proteção mecânica adicional, desde que esses cabos sejam providos de armação (ver 6.2.11.6). Deve-se notar, porém, que esta Norma não fornece valores de capacidade de condução de corrente para cabos armados. Tais capacidades devem ser determinadas como indicado na ABNT NBR 11301. NOTA: Em linhas ou trechos verticais, quando a ventilação for restrita, deve-se atentar para risco de aumento considerável da temperatura ambiente no topo do trecho vertical. housepress - versão A - 05/07/2010 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 32 - Capitulo III
  • 34. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Os perigos da corrente elétrica Especialistas de diversos países têm estudado atentamente os efeitos da passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. As conclusões a que chegaram eminentes cientistas e pesquisadores, através de expe-riências feitas com seres humanos e com animais, foram utilizadas pela IEC em sua Publicação no 479-1, “Effects of current passing through the human body”, de 1984. É nesse documento que se baseiam as prin-cipais normas internacionais de instalações elétricas, inclusive a nossa ABNT NBR 5410, nas partes que tratam da proteção das pessoas e dos animais domésticos contra os choques elétricos. Podem ser caracteri-zados quatro fenômenos patológicos críticos: a tetanização, a parada respiratória, as queimaduras e a fíbrilação ventricular, que passamos a descrever sucintamente. Tetanização É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos im-pulsos de comando da mente, a corrente os anula podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro. De nada valem, nesses casos, a cons­ciência do indivíduo e sua vontade de interromper o contato. Parada respiratória Quando estão envolvidos na tetanização os músculos peitorais, os pul-mões são bloqueados e a função vital de respiração para. Trata-se de uma situação de emergência. Queimaduras A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do desenvolvimento de calor por efeito Joule, podendo produzir queimadu-ras. Nos pontos de entrada e saída da corrente a situação toma-se mais crítica, tendo em vista, principalmente, a elevada resistência da pele e a maior densidade de corrente naqueles pontos. As queimaduras produzi-das por corrente elétrica são, via de regra, as mais profundas e as de cura mais difícil, podendo mesmo causar a morte por insuficiência renal. Fibrilação ventricular Se a corrente atinge diretamente o músculo cardíaco, poderá perturbar seu funcionamento regular. Os impulsos periódicos que, em condições normais, regulam as contrações (sístole) e as expansões (diástole) são alterados: o coração vibra desordenadamente e, em termos técnicos, “perde o passo”. A situação é de emergência extrema, porque cessa o fluxo vital de san-gue ao corpo. Observe-se que a fibrilação é um fenômemo irreversível, que se mantém mesmo quando cessa a causa; só pode ser anulada mediante o emprego de um equipamento chamado “desfibrilador”, dis-ponível, via de regra, apenas em hospitais e pronto-socorros. fase crítica do ciclo cardíaco 150ms 750ms A figura representa um ciclo cardíaco completo cuja duração média é de 750 milésimos de segundo. A fase crítica correspondente à dias-tole tem uma duração aproximada de 150 milésimos de segundo. Tensão Aplicada 1 2 Quando uma tensão é aplicada entre dois pontos do corpo de uma pessoa, passa a circular uma corrente elétrica. Ocorre que a resistência do corpo humano não é constante, mas varia bastante dentro de limites amplos, dependendo de diversos fatores de natureza física e biológica, inclusive da tensão aplicada, bem como do trajeto da corrente, sendo muito difícil estabelecer um valor padronizado. Efeitos Fisiológicos da Corrente Elétrica CA de 15 a 100Hz, trajeto entre extremidades do corpo, pessoas de, no mínino, 50 quilos de peso Faixa de corrente Reações fisiológicas habituais 0,1 a 0.5mA Leve percepção superficial; habitualmente nenhum efeito 0,5 a 10mA Ligeira paralisia nos músculos do braço, com início de tetanização; habitualmente nenhum efeito perigoso 10 a 30mA Nenhum efeito perigoso se houver interrupção em, no máximo, 5 segundos 30 a 500mA Paralisia estendida aos músculos do tórax, com sensação de falta de ar e tontura; possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga elétrica se manifestar na fase crítica do ciclo cardíaco e por tempo superior a 200 ms Acima de 500mA Traumas cardíacos persistentes; nesse caso o efeito é letal, salvo intervenção imediata de pessoal especializado com equipamento adequado. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 33 - Capitulo IV
  • 35. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos 10000 5000 2000 1000 500 200 100 50 20 10 a b c1 c2 c3 1 2 3 4 0,2 0,5 1 2 5 10 20 50 100 200 500 1000 2000 5000 10000 Zonas tempo-corrente de efeitos de corrente alternada (15 a 100Hz) sobre as pessoas. Proteção contra choques elétricos São duas, como vimos no capítulo anterior, as condições de perigo para as pessoas em relação às instalações elétricas:  Os contatos diretos, que consistem no contato com partes metáli-cas  Os contatos indiretos, que consistem no contato com partes metá-licas normalmente não energizadas (massas), mas que podem ficar Proteção contra contatos diretos segundo a ABNT NBR 5410 Proteção Tipo de Medida Sistema Tipo de Pessoa Passiva Isolação das partes vivas sem possibílidade de remoção Comum Passiva Invólucros ou barreiras removíveis apenas com chave ou ferramenta com intertravamento ou com uso de barreira intermediária Comum Passiva Obstáculos removíveis sem ferramenta Advertida Qualificada Passiva Distanciamento das partes vivas acessíveis Advertida Qualificada Complementar Ativa Circuito protegido por dispositivo DR de alta sensibilidade Qualquer Proteção em locais acessíveis apenas a pessoas qualificadas 1 2 3 4 5 6 A Publicação no 479-1 da IEC define quatro zonas de efeitos para correntes alternadas de 15 a 100Hz, admitindo a circulação de corren-tes entre as extremidades do corpo para pes-soas com 50Kg ou mais. 1 - Nenhum efeito perceptível 2 - Efeitos fisiológicos geralmente não danosos 3 - Efeitos fisiológicos notáveis (parada cardíaca, parada respiratória, contrações musculares) geral-mente reversíveis 4 - Elevada probabilidade de eleitos fisiológicos graves e irreversíveis: fibrilação cardíaca, parada respiratória normalmente sob tensão (partes vivas); energizadas devido a uma falha de isolamento. Para ambas as condições a ABNT NBR 5410 prescreve rigorosas me-didas de proteção, que podem ser “ativas” ou “passivas”. As medidas ativas consistem na utilização de dispositivos e méto-dos que proporcionam o seccionamento automático do circuito quando ocorrerem situações de perigo para os usuários. As medidas passivas, por sua vez, consistem no uso de dispositivos e métodos que se destinam a limitar a corrente elétrica que pode atraves-sar o corpo humano ou a impedir o acesso às partes energizadas. Proteção em locais Parcial acessíveis a qualquer pessoa Total com invólucros ou barreiras com isolamento total > IP20 com obstáculos por distanciamento (m) 2,50 1,25 0,75 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 34 - Capitulo IV
  • 36. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Proteção contra contatos indiretos segundo a ABNT NBR 5410 Tipo de Medida Sistema Passiva (sem seccionamento automático do circuito) Isolação dupla Locais não condutores Separação elétrica Ligações equipotenciais Ativa (com seccionamento automático do circuito) Esquema TN Esquema TT Esquema IT Proteção por dupla isolação Isolação básica Isolação suplementar Invólucro metálico eventual Proteção por locais não condutores Proteção por ligação eqüipotencial Proteção por separação elétrica Transformação de separação Isolamento > 1000 x U Comprimento máximo do circuito < 100.000 UN Não ligue à terra Ligação eqüipotencial Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 35 - Capitulo IV
  • 37. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Aterramentos Entendemos por aterramento a ligação intencional de um condutor à terra. Se essa ligação é feita diretamente, sem a interposição de qualquer impedância (ou resistência) falamos em aterramento direto. Se, ao contrário, entre o condutor e a terra insere-se uma impedância, dizemos que o aterramento é não direto. Dois são os tipos de aterramento numa instalação:  o aterramento funcional que consiste na ligação à terra de um dos condutores do sistema (geralmente o neutro), com o objetivo de garantir o funcionamento correto, seguro e confiável da instalação  o aterramento de proteção que consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, com o único objetivo de proporcionar proteção contra contatos indiretos. Algumas vezes são realizados aterramentos “conjuntos”, funcionais e de proteção. Os aterramentos são efetuados com eletrodos de aterramento, que são os condutores colocados em contato com a terra. Estes podem ser: hastes, perfis, barras, cabos nus, fitas, etc. A ABNT NBR 5410 estabe-lece que o eletrodo de aterramento preferencial de uma instalação seja aquele constituído pelas armaduras de aço embutidas no concreto das fundações das edificações. O termo “eletrodo” refere-se sempre ao condutor ou ao conjunto de condutores em contato com a terra e, portanto, abrange desde uma simples haste isolada até uma complexa “malha” de aterramento, cons-tituída pela associação de hastes com cabos. Em qualquer tipo de prédio deve existir um “sistema de terra” consti-tuído por:  eletrodo de aterramento - condutor ou conjunto de condutores em contato íntimo com o solo e que garante(m) uma ligação elétrica com ele;  condutor de proteção (PE) - condutor prescrito em certas me-didas de proteção contra os choques elétricos e destinado a ligar eletricamente: • massa • elementos condutores estranhos à instalação • eletrodos de aterramento principal • eletrodos de aterramento, e/ou • pontos de alimentação ligados à terra ou ao ponto neutro artificial  condutor PEN - condutor ligado à terra garantindo ao mesmo tempo as funções de condutor de proteção e de condutor neu-tro; a designação PEN resulta da combinação PE (de condutor de proteção) +N (de neutro); o condutor PEN não é considerado um condutor vivo;  terminal (ou barra) de aterramento principal - terminal (ou barra) destinado a ligar, ao dispositivo de aterramento, os condu-tores de proteção, incluindo os condutores de eqüipontencialidade e, eventualmente, os condutores que garantam um aterramento funcional;  resistência de aterramento (total) - resistência elétrica entre o ter-minal de aterramento principal de uma instalação elétrica e a terra;  condutor de aterramento - condutor de proteção que liga o termi-nal (ou barra) de aterramento principal ao eletrodo de aterramento;  ligação eqüipotencial - ligação elétrica destinada a colocar no mesmo potencial ou em potenciais vizinhos as massas e os ele-mentos condutores estranhos à instalação; podemos ter numa ins-talação três tipos de ligação eqüipotencial: • a ligação eqüipotencial principal, • ligações eqüipotenciais suplementares, • ligações eqüipotenciais não ligadas à terra;  condutor de eqüipotencialidade - condutor de proteção que garante uma ligação eqüipotencial;  condutor de proteção principal - condutor de proteção que liga os diversos condutores de proteção da instalação ao terminal de aterramento principal. Malha Terminal de aterramento Condutores de proteção Ligação eqüipotencial suplementar Condutor de proteção principal Terminal de aterramento principal Condutor de aterramento Ligação eqüipotencial (tubulações metálicas não elétricas) Dispositivo de verificação Condutor de aterramento Estrutura do prédio (Eletrodo preferencial) Poço de inspeção Condutor nu Mínimo 0,5m Haste Eletrodo alternativos Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 36 - Capitulo IV
  • 38. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Tensão de contato Muito embora seja a corrente (juntamente com o tempo) a grandeza mais importante no estudo do choque elétrico, como foi visto anterior-mente, por razões óbvias, só se pode avaliá-la indiretamente, ou seja, recorrendo à tensão aplicada ao corpo humano. Define-se então a tensão de contato, como sendo a tensão a que uma pessoa possa ser submetida ao tocar, simultaneamente, em um objeto colocado sob tensão e um outro elemento que se encontra num potencial diferente. O perigo para uma pessoa não está simplesmente em tocar um objeto sob tensão, mas, sim, em tocar simultaneamente um outro objeto que esteja num potencial diferente em relação ao primeiro. As pessoas encontram-se, via de regra, em contato com o solo, ou com o soalho ou com uma parede. Na posição normal, os pés estão sobre o solo e, a menos que a pessoa esteja calçando sapatos com sola isolante, seu corpo encontra-se praticamente no potencial do solo. Em certos casos o solo é isolante e está realmente isolado da terra, não havendo então qualquer perigo. No entanto, como regra geral, os indivíduos encontram-se em contato com objetos ou partes de um prédio que estão num potencial elétrico bem definido, geralmente o da terra, e qualquer con-tato com um outro elemento num potencial diferente pode ser perigoso. Fase sob falta Falta fase-massa Massa sob falta Terminal de aterramento principal UF Tensão de falta Resistência entre o elemento condutor e a terra Elemento condutor estranho à instalação Tensão de contato Tensão entre o elemento condutor e a terra UB UR R UB = UF – UR se R = 0  UR = 0  UB = UF (hipótese usual) A ABNT NBR 5410 estabelece o tempo máximo durante o qual uma pessoa pode suportar uma dada tensão de contato. Esses tempos con-sideram duas “situações” em que podem estar as pessoas:  situação 1: ambientes normais;  situação 2: áreas externas, canteiros de obras, outros locais em que as pessoas estejam normalmente molhadas. Tempos de seccionamento máximos no esquema TN (conforme Tabela 25 da ABNT NBR 5410) UO Tempo de seccionamento(s) (V) Situação 1 Situação 2 115, 120, 127 0,8 0,35 220 0,4 0,20 254 0,4 0,20 277 0,4 0,20 400 0,2 0,05 NOTA UO = tensão nominal entre fase e neutro, valor eficaz em corrente alternada. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 37 - Capitulo IV
  • 39. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos A proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático da alimentação do circuito (onde ocorra a falta fase-massa) é a principal das medidas de proteção, segundo a ABNT NBR 5410. Seu objetivo é evitar que uma tensão de contato UB superior à tensão de contato limite UL (50V na situação 1 ou 25V na situação 2) permaneça por um tempo que possa resultar em perigo para as pessoas. Baseia-se em 2 condições:  existência de um percurso para a corrente de falta,  seccionamento do circuito por dispositivo apropriado em tempo adequado. O percurso da corrente de falta é função do esquema de aterra-mento e só pode ser realizado através dos condutores de proteção que ligam as massas ao terminal de aterramento principal. O seccionamento do circuito depende das características dos dis-positivos de proteção utilizados (disjuntores, dispositivos fusíveis ou dispositivos DR). O tempo t em que deve ocorrer o seccionamento automático do circuito deve ser:  no máximo 5 segundos, quando UB = UL  no máximo 5 segundos para circuitos de distribuição e para circuitos terminais que só alimentam equipamentos fixos (na situação 1)  no máximo igual ao obtido da curva t em função de UB. A ABNT NBR 5410 classifica os esquemas de aterramento (consideran-do o aterramento funcional e o de proteção), de acordo com a seguinte notação, que utiliza 2, 3 ou 4 letras: 1a letra — indica a situação da alimentação em relação à terra:  T — um ponto diretamente aterrado,  I — isolação de todas as partes vivas ou aterramento através da impedância; 2a letra — situação das massas em relação à terra:  T — massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto de alimentação,  N — massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado, geralmente o ponto neutro; outras letras (eventuais) — disposição do condutor neutro e do condu-tor de proteção:  S — funções de neutro e de proteção asseguradas por condu-tores distintos,  C — funções de neutro e de proteção combinadas em único condutor (condutor PEN). Condutores de proteção Os condutores de proteção devem estar presentes em todas as instala-ções de baixa tensão, seja qual for o esquema de aterramento adotado, TN, TT, ou IT, e desempenham um papel fundamental na proteção con-tra os contatos indiretos. São eles que garantem a perfeita continuidade do circuito de terra para o escoamento das correntes de fuga e/ou de falta da instalação. Em seu sentido mais geral o termo “condutor de proteção” inclui:  os condutores de proteção dos circuitos terminais e de distribuição;  os condutores de eqüipotencialidade;  o condutor de aterramento. Trataremos aqui dos condutores de proteção dos circuitos, designados internacionalmente pelas letras PE (de Protection Earth). Num circuito terminal o condutor de proteção liga as massas dos equi-pamentos de utilização e, se for o caso, o terminal “terra” das tomadas de corrente, alimentados pelo circuito ao terminal de aterramento do quadro de distribuição respectivo. Num circuito de distribuição, o condutor de proteção interliga o terminal de aterramento do quadro de onde parte o circuito ao terminal de ater-ramento do quadro alimentado pelo circuito. Como condutores de proteção de circuito devem ser usados preferen-cialmente:  condutores isolados, como o Afumex Plus e o Superastic Flex  cabos unipolares, como o Afumex 1 kV e o Gsette (de 1 condutor)  veias de cabos multipolares, como o Afumex 1 kV e o Gsette (de 3 ou 4 condutores) Os condutores isolados e os cabos unipolares devem, de preferência, fazer parte da mesma linha elétrica do circuito, o que é, aliás, explicita-mente recomendado pela ABNT NBR 5410 nos esquemas TN. Quando os condutores de proteção forem identificados através de cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarelo ou, opcionalmente, a cor verde. No caso dos condutores PEN deve ser usada a cor azul-claro (a mesma que identifica o neutro), com indicação verde-amarelo nos pontos visíveis e/ou acessíveis. Nos condutores isolados e nas veias de cabos multipolares a identificação deve ser feita na isolação, enquanto que, nos cabos unipolares, deve ser feita na cobertura. Seção dos condutores fase (S) mm2 Seção dos condutores de proteção (SPE) mm2 S < 16 SPE = S 16 < S < 35 SPE = 16 S > 35 SPE = S/2 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 38 - Capitulo IV
  • 40. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Dispositivo DR Princípio de funcionamento do dispositivo diferencial-residual. Um dispositivo diferencial-residual (dispositivo DR) é constituído, em suas linhas essenciais, pelos seguintes elementos principais: 1 — contatos fixos e contatos móveis 2 — transformador diferencial 3 — disparador diferencial (relê polarizado) Os contatos têm por função permitir a abertura e o fechamento do circuito e são dimensionados de acordo com a corrente nominal (lN ) do dipositivo. Quando se trata de um disjuntor termomagnético diferencial, os contatos são dimensionados para poder interromper correntes de curto-circuito até o limite dado pela capacidade de interrupção de cor-rente nominal do dispositivo. O transformador é constituído por um núcleo laminado, de material com alta permeabilidade, com tantas bobinas primárias quantos forem os pólos do dispositivo (no caso do dispositivo da fig., bipolar, duas bobinas) e uma bobina secundária destinada a detectar a corrente diferencial-residual. As bobinas primárias são iguais e enroladas de modo que, em condi-ções normais, seja praticamente nulo o fluxo resultante no núcleo; a bo-bina secundária tem por função “sentir” um eventual fluxo resultante. O sinal na saída da bobina secundária é enviado a um relé polarizado,que aciona o mecanismo de disparo para abertura dos contatos principais. O disparador diferencial é um relê polarizado constituído por um ímã permanente, uma bobina ligada à bobina secundária do transformador e uma peça móvel, fixada de um lado por uma mola e ligada mecani-camente aos contatos do dispositivo; na condição de repouso, a peça móvel permanece na posição fechada, encostada no núcleo e tracio-nando a mola. A aplicação do relê polarizado por desmagnetização ou por saturação é generalizada nos dispositivos diferenciais, uma vez que com ele é suficiente uma pequena energia para acionar mecanismos de uma certa complexidade. Em condições de funcionamento normal, o fluxo resultante no núcleo do transformador, produzido pelas corren-tes que percorrem os condutores de alimentação, é nulo e na bobina secundária não é gerada nenhuma força eletromotriz. A parte móvel do disparador diferencial está em contato com o núcleo (como na fig.), tracionando a mola, atraída pelo campo do ímã permanente. Quando o fluxo resultante no núcleo do transformador for diferente de zero, isto é, quando existir uma corrente diferencial-residual, lDR, será gerada uma força eletromotriz na bobina secundária e uma corrente percorrerá a bobina do núcleo do disparador. Quando lDR for igual ou superior a lΔN (corrente diferencial-residual no-minal de atuação do dispositivo), o fluxo criado no núcleo do disparador pela corrente proveniente da bobina secundária do transformador pro-voca a desmagnetização do núcleo, abrindo o contato da parte móvel e, conseqüentemente, os contatos principais do dispositivo. Os dispositivos DR com lΔN superior a 0,03A (baixa sensibilidade) são destinados à proteção contra contatos indiretos e contra incêndio. Os dispositivos com IΔN igual ou inferior a 0,03A (alta sensibilidade), além de proporcionarem proteção contra contatos indiretos, se constituem, como vimos, numa proteção complementar contra contatos diretos. Em condições normais a soma das correntes que percorrem os condu-tores vivos do circuito (l1, l2, l3 e lN) é igual a zero, isto é, lDR = 0, mesmo E I1 = I2 FR = 0 I1 I2 I1 - I2 = IF = IDR que haja desequilíbrio de correntes. Esquema do disjuntor diferencial 1 3 2 Ausência de falta para terra id FR Condição de falta para terra F FR 0 R I1 I2 IF id Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 39 - Capitulo IV
  • 41. Esquema Princípio Configurações básicas Percurso da corrente de falta Tempo de seccionamento Impedância Tensão de contato Dispositivos de proteção contra contatos indiretos Condição de proteção Observações TN TN-S Alimentação aterrada; massas aterradas junto com a alimentação. No máximo 5S para circuitos de distribuição e para circuitos terminais que só alimentem equipamentos fixos (situação 1); Em todos os demais casos, no máximo igual ao obtido da curva tempo-tensão em função de UB. RPE ZS = RE + RL + RPE UB = UO ____ ZS Disjuntores Dispositivos fusíveis Dispositivos DR ZS . Ia < UO - TN-C só pode ser usado em instalações fixas com S > 10 mm2; - No TN-C não podem ser utilizados dispositivos DR; - Os dispositivos DR devem ser usados quando não puder ser cumprida a condição de proteção; - Devem ser objeto de proteção complementar contra contatos diretos por meio de dispositivos DR de alta sensibilidade (IΔN < 30mA): a) circuitos que sirvam a pontos em locais contendo banheira ou chuveiro; b) circuitos que alimentem tomadas de corrente em áreas externas; c) circuitos de tomadas de corrente em áreas internas que possam vir alimentar equipamentos no exterior; d) circuitos de tomadas de corrente em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens. TN-C Disjuntores Dispositivos fusíveis TN-CS Disjuntores Dispositivos fusíveis Dispositivos DR Alimentação por rede pública BT (TN-CS) RPE + RPEN ZS = RE + RL + RL + RPE + RPEN UB = UO ___________ ZS Dispositivos DR Disjuntores Dispositivos fusíveis TT Clássico Alimentação aterrada; massas aterradas utilizando eletrodo(s) independente(s). No máximo 5s RA ZS = RA + RB UB = UO ________ RA + RB Dispositivos DR RA . IΔN < UL - Os dispositivos DR são os únicos permitidos para proteção contra contatos indiretos. - Devem ser objeto de proteção complementar contra contatos diretos por meio de dispositivos DR de alta sensibilidade (IΔN < 30mA): a) circuitos que sirvam a pontos em locais contendo banheira ou chuveiro; b) circuitos que alimentem tomadas de corrente em áreas externas; c) circuitos de tomadas de corrente em áreas internas que possam vir alimentar equipamentos no exterior; d) circuitos de tomadas de corrente em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens. RA . Ia < UL Alimentação por rede pública BT RA RA . IΔN < UL ZS = RA + RN UB = UO ________ RA + RN Legendas U Tensão entre fases UO Tensão fase-neutro RA Resistência de aterramento das massas RB Resistência de aterramento da alimentação RN Resistência de aterramento do neutro RL Resistência do(s) condutor(es) fase RL’ Resistência do(s) condutor(es) fase no trecho à juzante do ponto de entrega RPE Resistência do(s) condutor(es) de proteção RPEN Resistência do(s) condutor(es) PEN IF Corrente de falta direta fase-massa ZS Impedância do percurso da corrente de falta Ia Corrente que provoca a atuação do dispositivo de proteção no tempo máximo indicado UF Tensão de falta UB Tensão de contato UL Tensão de contato limite IΔN Corrente diferencial-residual nominal de atuação (dispositivo DR) RE Resistência do secundário do transformador Uo/U L1 L2 L3 N PE RB Fonte Circuito de distribuição Massa genérica RB Uo/U Fonte Circuito de distribuição Massa genérica L1 L2 L3 PEN Uo/U L1 L2 L3 N PE RB Fonte Circuito de distribuição Massa genérica Uo/U RB Fonte/rede RN TAP Consumidor BT L1 L2 L3 N L1’ L2’ N’ PE Uo/U RB Fonte Circuito de distribuição Massa genérica L1 L2 L3 N PE RA L1 L2 L3 N L1’ L2’ N’ TAP RA RN Uo/U R Fonte/rede B Consumidor BT Uo IF RL TAP RPE RB RN Uo UB = UF IF RL RPEN RB RA UB = UF L N L’ N’ PE Uo RL RE RB UB = UF IF L PE(PEN) RPE TAP RN RB RA UB = UF L N Uo L’ N’ IF
  • 42. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Aplicação dos dispositivos DR As instalações elétricas sempre apresentam correntes de fuga. O valor de tais correntes, que fluem para a terra, dependerá de diversos fatores, entre os quais a qualidade dos componentes e dos equipamentos de utilização empregados, a qualidade da mão de obra de execução da instalação, a idade da instalação, o tipo de prédio, etc. Via de regra, as correntes de fuga variam desde uns poucos miliampères até alguns centésimos de ampère. É evidente que para poder instalar um dispositivo DR na proteção de um circuito ou de uma instalação (proteção geral), as respectivas correntes de fuga deverão ser inferiores ao limiar de atuação do dispositivo. Ob-serve- se, por exemplo, que não se poderia nunca utilizar um dispositivo DR (pelo menos um de alta sensibilidade) numa instalação onde exista um chuveiro elétrico metálico com resistência nua (não blindada). Nessas condições, antes de instalar um dispositivo DR, sobretudo em instalações mais antigas, é necessário efetuar uma medição preventiva destinada a verificar a existência, pelo menos, de correntes de fuga su-periores a um certo limite. Se o resultado dessa prova for favorável, isto é, se não existirem correntes significativas fluindo para a terra, poder-se- á instalar um dispositivo DR como proteção geral contra contatos indiretos; caso contrário, só poderão ser instalados dispositivos DR nas derivações da instalação (geralmente em circuitos terminais). Valores máximos de resistência de aterramento das massas (RA) num esquema TT, em função da corrente diferencial-residual de atuação do dispositivo DR (lAN) e da tensão de contato limite (UL). DR É importante observar que pequenas correntes de fuga aumentam a eficácia dos dispositivos DR. De fato, se considerarmos uma instalação protegida por um diferencial com IΔN = 0.03A, cujo limiar de atuação seja de 0,025A, e que apresente uma corrente de fuga permanente de 0.008A, um incremento de corrente diferencial (provocado, por exem-plo, por uma pessoa tocando numa parte viva, ou por uma falta fase-massa num equipamento de utilização) de 0,017A será suficiente para determinar a atuação da proteção. Para os esquemas TT a ABNT NBR 5410 recomenda que, se a instala-ção for protegida por um único dispositivo DR este deve ser colocado na origem da instalação, como proteção geral contra contatos indiretos, a menos que a parte da instalação compreendida entre a origem e o dis-positivo não possua qualquer massa e satisfaça à medida de proteção pelo emprego de equipamentos classe II ou por aplicação de isolação suplementar. Na prática essa condição pode ser realizada se entre a origem (situada, por exemplo, na caixa de entrada da instalação) e o dispositivo DR único (instalado, por exemplo, no quadro de distribuição) existirem apenas condutores isolados contidos em eletrodutos isolantes ou cabos uni ou multipolares (contidos, ou não, em condutos isolantes). A opção à utilização de um único DR é o uso de vários dispositivos, um em cada derivação (geralmente nos circuitos terminais), como mostra a figura (b) no quadro abaixo. IAN(A) Valor máximo de RA (Ω) Situação 1 (UL = 50 V) Situação 2 (UL = 25 V) 1667 167 100 833 83,3 50 Uso dos dispositivos DR DR DR DR DR DR 0,03 0,3 0,5 (a) Geral (b) Nos circuitos terminais Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 41 - Capitulo IV
  • 43. CAPÍTULO IV Proteção contra choques elétricos Aplicação típica de um dispositivo DR num esquema T Um pequeno prédio (1 único consumidor) é alimentado a partir de uma rede pública de baixa tensão, com duas fases e neutro. No quadro de entrada, além do medidor existe um disjuntor termomag-nético diferencial, que se constitui na proteção geral da instalação. O aterramento das massas é feito junto ao quadro, onde se localiza o terminal de aterramento principal da instalação. Do quadro de entrada parte o circuito de distribuição principal, com duas fases, Trafo (Poste) Rede aérea BT Ramal de entrada (aéreo) (RB) aterramento do neutro do trafo (concessionária) kWh Caixa de entrada Proteção geral DR neutro e condutor de proteção, que se dirige ao quadro de distribui-ção (terminal) da instalação onde, eventualmente, poderão existir outros dispositivos DR (por exemplo, outros disjuntores termomag-néticos diferenciais), devidamente coordenados com o primeiro, para a proteção de certos circuitos terminais; a coordenação pode ser conseguida tendo-se para o dispositivo geral lΔN = 0.3A e para os demais lΔN = 0,03A. Terminal de aterramento principal L1 L2 L3 N Circuito de distribuição Ligação eqüipotencial principal quadro terminal (PE) Terminal de aterramento do quadro Circuito terminal (RA) F FN PE Aterramento das massas Instalação alimentada por rede pública BT utilizando dispositivos DR (N) DR PE housepress - versão A - 02/08/2010 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 42 - Capitulo IV
  • 44. CAPÍTULO V Cálculos I - fator de demanda, g, é definido como o fator que caracteriza a simultaneidade de funcionamento dos equipamentos de utilização, de um conjunto de equipamentos de utilização de mesmo tipo li-gados a um quadro de distribuição, ou de todos os equipamentos de utilização ligados a um quadro de distribuição, no instante de maior solicitação (maior demanda) da instalação. As tabelas 3 a 8 são exemplos de fatores de demanda. Elas devem ser utilizadas com cautela, uma vez que os fatores podem variar em função da região onde a instalação está situada. Geralmente, as concessionárias de energia locais possuem valores mais ade-quados a serem utilizados. Corrente de projeto Os circuitos de uma instalação, ou seja, os circuitos terminais e os circuitos de distribuição, são caracterizados pela corrente de projeto, lB. Trata-se da corrente que os condutores do circuito devem transformar em condições normais de funcionamento. No cálculo de IB estão envolvidas, no caso mais geral, várias grandezas, que passamos a analisar: a - potência (ativa) nominal de saída de um equipamento de utilização b - potência (ativa) nominal de entrada de um equipamento de utilização c - rendimento de um equipamento de utilização SN (em VA ou kVA) d - potência aparente nominal de entrada de um equipamento de utilização e - fator de potência nominal de um equipamento de utilização f - fator a g - tensão nominal (de linha) do circuito P’N (em W ou kW) PN (em W ou kW) P’N η = ____ PN PN SN = ______ cosΦN cosΦN 1 a = _________ (ver tabela 2) η x cosΦN UN (em V) h - fator t, que vale A√–– 3 para circuitos trifásicos (3F ou 3F + N) e 1 para circuito monofásicos (FF ou FN ou 2F + N); i - fator que converte kVA em A 103 f = ___ (ver tabela 1) t.UN j - potência instalada, PINST (em W ou kW), é definida como a soma das potências nominais de entrada dos equipamentos de utilização ligados a um circuito terminal (potência instalada de um circuito terminal), ou de um conjunto de equipamentos de utilização de mesmo tipo ligados a um quadro de distribuição (por exemplo, con-junto de aparelhos de iluminação, conjunto de tomadas, conjunto de motores, etc), ou de todos os equipamentos de utilização ligados a um quadro de distribuição (potência instalada de um quadro de distribuição), ou de todos os equipamentos de utilização de uma instalação (potência instalada de uma instalação); k - potência de alimentação, PA (em W ou kW), é definida como a soma das potências nominais de entrada dos equipamentos de utilização de um conjunto de equipamentos de utilização de mes-mo tipo ligados a um quadro de distribuição, ou de todos os equi-pamentos de utilização ligados a um quadro de distribuição, que estejam em funcionamento no instante de maior solicitação da instalação; PA g = ____ PINST EXEMPLO Entre os equipamentos de utilização ligados a um quadro de distribui-ção de uma indústria existem 12 tornos de 3 kW cada um. O fator de demanda do conjunto é estimado em 0,3. - A potência instalada do conjunto dos tornos ligados ao quadro é de 12 x 3 = 36 kW (PINST = 36 kW) - No instante de maior solicitação da instalação estão em funcionamento 0,3 x 12 = 4 dos tornos ligados ao quadro; em outras palavras, a potên-cia de alimentação do conjunto de tornos ligados ao quadro no instante de maior demanda da instalação é PA = g x PINST = 0,3 x 36=12 kW A corrente de projeto de um circuito terminal (que só deve alimentar equipamentos de mesmo tipo) é determinada a partir da potência ins-talada do circuito, isto é, (Obs.: Se PINST for dada em kW devemos multiplicá-la por 1000) PINST IB = ___________ t x UN x cosΦN ou então, se forem dadas apenas as potências de saída (P’N) dos equi-pamentos, (Obs.: Se ΣP’N for dada em kW devemos multiplicá-la por 1000) Tabela 1 ΣP’N IB = ______________ t x UN x η x cosΦN Valores típicos do fator f Tipo de circuito Tensão UN (V) f (Valor arredondado) Monofásico (FN, FF ou 2F-N) 110 115 127 208 220 230 9 8,6 8 4,8 4,5 4,3 Trifásico (3F ou 3F-N) 208 220 230 380 440 460 2,8 2,7 2,5 1,5 1,3 1,25 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 43 - Capitulo V
  • 45. CAPÍTULO V Cálculos Tabela 2 Valores típicos do fator de potência, do rendimento e do fator a, a ser utilizados na falta de dados específicos do fabricante. Equipamento cosF η a ILUMINAÇÃO Incandescente 1,0 1,0 1,0 Mista ~1,0 1,0 1,4* Vapor de sódio à baixa pressão 0,85 0,7 a 0,8 1,6* (sempre aparelhos compensados) • 8a 180W APARELHOS NÃO COMPENSADOS (baixo cosF) lodeto metálico • 220 V-230 a 1000 W 0,6 • 380 V - 2000 W 0,6 0,9 a 0,95 0,9 3,5* 3,5’ Fluorescente • com starter -18 a 65 W • partida rápida - 20 a 110 W 0,5 0,5 0,6 a 0,83 0,54 a 0,8 3,2 a 2,4 3,7 a 2,5 Vapor de mercúrio 220 V-50 a 1000 W 0,5 0,87 a 0,95 4,0* Vapor de sódio à alta pressão • 70 a 1000 W 0,4 0,9 4,2* APARELHOS COMPENSADOS (alto cosF) lodeto metálico 0,85 • 220 V-230 a 1000 W 0,85 • 380 V - 2000 W 0,9 a 0,95 0,9 2,4* 2,4* Fluorescente • com starter-18 a 65 W • partida rápida - 20 a 110 W 0,85 0,85 0,6 a 0,83 0,54 a 0,8 1,9 a 1,4 2,2 a 1,5 Vapor de mercúrio 220 V- 50 a 1000 W 0,85 0,87 a 0,95 2,5* Vapor de sódio à alta pressão • 70 a 1000 W 0,85 0,9 2,0* MOTORES (trifásicos de gaiola) Até 600 W 0,5 — 2,0 De 1 a 4 cv 0,75 0,75 1,8 De 5 a 50 cv 0,85 0,8 1,5 Mais de 50 cv 0,9 0,9 1,2 AQUECIMENTO (por resistor) 1,0 1,0 1,0 * Para certos aparelhos de iluminação, o fator a foi majorado para levar em conta as correntes absorvidas na partida. Sendo ΣP’N a soma das potências de saída dos equipamentos, em kW, ligados ao circuito, podemos escrever também (ΣP’N dada em kW) IB = ΣP’N x a x f Exemplos 1 - Circuito terminal alimentando um motor trifásico de 5 cv (1cv = 0,736 kW), tensão de 220 V. • ΣP’N = P’N = 5 x 0,736 = 3,68 kW (só 1 motor no circuito) • dadas tabelas f = 2,7 a = 1,5 { • IB = 3,68 x 1,5 x 2,7 = 14,9 A (no caso, por haver apenas um motor no circuito, a corrente de projeto é igual à corrente nominal do motor) 2 - Circuito terminal (monofásico) alimentando 3 tomadas de 600 VA cada e 3 tomadas de 100 VA cada, todas com o fator de potência 0,8; tensão 127 V. • Potência (de entrada) duas tomadas 600 VA –– PN = 600 x 0,8 = 480 W 100 VA –– PN = 100 x 0,8 = 80 W • PINST = 3 x 480 + 3 x 80 = 1680 W • t = 1 • IB = ____1_6_8_0___ = 16,5 A 1 x 127 x 0,8 Calculando pelas potências aparentes, teremos: • ΣSN = 3 x 600 + 3 x 100 = 2100 VA • IB = __2_1_0_0__ = 16,5 A 1 x 127 Nos circuitos terminais, como todos os equipamentos de utilização alimentados são de mesmo tipo, o fator de potência é o mesmo e podemos somar as potências aparentes nominais de entrada. As-sim, a corrente de projeto pode ser calculada por ΣSN IB = _____ t x UN Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 44 - Capitulo V
  • 46. CAPÍTULO V Cálculos Tabela 3 Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral para uma unidade residencial Potência - P (kVA) Fator de demanda (%) 0 < P < 1 86 1 < P < 2 75 2 < P < 3 66 3 < P < 4 59 4 < P < 5 52 5 < P < 6 45 6 < P < 7 40 7 < P < 8 35 8 < P < 9 31 9 < P < 10 27 acima de 10 24 Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso para edifícios de apartamentos e conjuntos habitacionais Potência Instalada (kW) Fator de demanda (%) Tabela 4 Primeiros 20 40 Seguintes 40 30 Seguintes 40 25 Seguintes 100 20 Seguintes 200 15 O que exceder de 400 10 Fatores de demanda para motor de hidromassagem No de Aparelhos Fator de demanda (%) Tabela 5 2 56 3 47 4 39 5 35 6 a 10 25 11 a 20 20 21 a 30 18 acima de 30 15 3 - Circuito terminal alimentando 10 aparelhos de iluminação fluores-cente, compensados, partida rápida, cada um com 4 lâmpadas de 65 W (potência de saída); circuito monofásico de 115 V ΣP’N = 10 x (4 x 65) = 2600 W = 2,6 kW t = 1 Da tabela 2: a varia de 2,2 a 1,5; tomando a média a = 1,85. Da tabela 1: f = 8,6 IB = 2,6 x 1,85 x 8,6 = 41,4 A A corrente de projeto de um circuito de distribuição deve ser calculada a partir da potência de alimentação do quadro de distribuição alimen-tado pelo circuito. Geralmente,um quadro de distribuição alimenta, por meio de diversos circuitos terminais, diferentes conjuntos de cargas de mesmo tipo, bem como cargas isoladas (1 de cada), e, portanto, sua potência de alimentação será a soma das potências de alimentação dos diferentes conjuntos (ΣPA) mais a soma das potências nominais (de entrada) das cargas isoladas (ΣPN), ou seja: (Obs.: Se PA, ΣPA e ΣPN forem dados em kW, os numeradores das duas expressões devem ser multiplicados por 1000) PA IB = ___________ t x UN x cosΦ ou ΣPA + ΣPN IB = ___________ t x UN x cosΦ Essas expressões são válidas para quadros de distribuição que ali-mentam cargas cujos fatores de potência são iguais ou próximos. Se forem dadas as potências de saída das diversas cargas, a potência de alimentação de cada conjunto será dada por ΣP’N PA = ____ η x g e a potência de cada carga isolada por P’N PN = ___ η No caso particular de unidades residenciais, a potência de alimentação do quadro de distribuição da unidade pode ser calculada pela expressão PA = (PINST,IL + PINST,TUG) g + ΣPN Potência instalada de iluminação Potência instalada de tomadas de uso geral Soma das potências nominais das cargas isoladas Fator de demanda obtido a partir de (PINST,IL + PINST, TUG) (tabela 3) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 45 - Capitulo V
  • 47. CAPÍTULO V Cálculos Tabela 6 Fatores de demanda para aparelhos de ar condicionado para uso residencial. No de Aparelhos Fator de demanda (%) 2 88 3 82 4 78 5 76 6 74 7 72 8 71 9 a 11 70 12 a 14 68 15 a 16 67 17 a 22 66 23 a 30 65 31 a 50 64 acima de 50 62 NOTA 1 - A tabela refere-se a aparelhos tipo janela ou centrais individuais. NOTA 2 - A tabela aplica-se a conjuntos de unidades residenciais. Para cada unidade, recomenda-se utilizar o fator de demanda 100%. Tabela 7 Fatores de demanda para aparelhos de ar condicionado para uso comercial No de Aparelhos Fator de demanda (%) 2 a 10 100 11 a 20 90 21 a 30 82 31 a 40 80 41 a 50 77 acima de 50 75 NOTA 1 - A tabela refere-se a aparelhos tipo janela ou centrais individuais. NOTA 2 - A tabela aplica-se a conjuntos de unidades comerciais. Para cada unidade, recomenda-se utilizar o fator de demanda 100%. Tabela 8 Fatores de demanda de outros aparelhos de uso residencial (%) No de Aparelhos Chuveiro elétrico Torneira elétrica, máq. lavar louça, aquec. água passagem Aquecedor de água de acumulação Forno micro ondas Máq. secar roupa 02 68 72 71 60 100 03 56 62 64 48 100 04 48 57 60 40 100 05 43 54 57 37 80 06 39 52 54 35 70 07 36 50 53 33 62 08 33 49 51 32 50 09 31 48 50 31 54 10 a 11 30 46 50 30 50 12 a 15 29 44 50 28 46 16 a 20 28 42 47 26 40 21 a 25 27 40 46 26 36 26 a 35 26 38 45 25 32 36 a 40 26 36 45 25 26 41 a 45 25 35 45 24 25 46 a 55 25 34 45 24 25 56 a 65 24 33 45 24 25 65 a 75 24 32 45 24 25 76 a 80 24 31 45 23 25 81 a 90 23 31 45 23 25 91 a 100 23 30 45 23 25 101 a 120 22 30 45 23 25 121 a 150 22 29 45 23 25 151 a 200 21 28 45 23 25 201 a 250 21 27 45 23 25 251 a 350 20 26 45 23 25 351 a 450 20 25 45 23 25 451 a 800 20 24 45 23 25 801 a 1000 20 23 45 23 25 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 46 - Capitulo V
  • 48. CAPÍTULO V Cálculos Aparelhos de iluminação A quantidade de aparelhos de iluminação, suas potências nominais, bem como sua disposição num dado local devem, em princípio, ser ob-tidas a partir de um projeto de luminotécnica. No caso de unidades re-sidenciais (casas e apartamentos) e em apartamentos de hotéis, motéis e similares deve ser previsto pelo menos um ponto de luz no teto, com potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor de parede. No caso de apartamentos de hotéis, motéis e similares, o ponto de luz fixo no teto pode ser substituído por uma tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. Para as casas e apartamentos, as cargas de iluminação podem ser determinadas da seguinte maneira: • Locais com área menor ou igual a 6m2, potência mínima de 100 VA; • Locais com área superior a 6m2, potência mínima de 100 VA para os primeiros 6m2, mais 60 VA para cada aumento de 4m2 inteiros. Tomadas de corrente Grande parte dos equipamentos de utilização (principalmente os apa-relhos tomadas de corrente. Podemos caracterizar dois tipos de tomadas: as de uso específico (TUE’s) e as de uso geral (TUG’s). As tomadas de uso específico são destinadas à ligação de equipa-mentos Muitas vezes não são “tomadas” propriamente ditas e sim caixas de ligação (como acontece, por exemplo, com a maioria dos chuveiros). A essas tomadas deve ser atribuída a potência do equipamento de maior potência que possa ser ligado, ou, se esta não for conhecida, uma po-tência tensão nominal do circuito (por exemplo, tomada de ida em circuito terminal de 127 V –– 10 x 127 = 1270 VA). As tomadas de uso geral não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados aparelhos móveis (enceradeiras, aspiradores de pó, etc.),ou portáteis (secadores de cabelo, furadeiras, etc). Sua quantidade e potências mínimas podem ser determinadas pela tabela 9. Tabela 9 eletrodomésticos e eletroprofissionais) é alimentada por meio de fixos e estacionários, como é o caso de chuveiros, condiciona-dores de ar, copiadora xerox, etc. determinada pelo produto da corrente nominal da tomada pela Exemplo: Sala de apartamento com 28m2 A potência mínima de iluminação será: 28m2 = 6m2 + 5 x 4m2 + 2m2 100 VA + 5 x 60 VA = 400 VA Quantidade mínima e potências mínimas de tomadas de uso geral. Local Área (m2) Quantidade Mínima Potência Mínima (VA) Observações Unidades Residenciais Cozinha, copa-cozinha Qualquer 1 para cada 3,5m ou fração de perímetro 600 por tomada até 3 tomadas e 100 por tomada para as demais Acima de cada bancada com largura mínima de 30cm, pelo menos 1 tomada Área de serviço, lavanderia Até 6 1 600 – Maior que 6 1 para cada 6m ou fração de perímetro 600 por tomada até 3 tomadas e 100 por tomada para as demais Distribuição uniforme Banheiro Qualquer 1 junto à pia 600 – Subsolo, garagem, varanda Qualquer 1 100 – Salas, quartos e demais dependências Até 6 1 100 – Maior que 6 1 para cada 6m ou fração de perímetro 100 por tomada Distribuição uniforme Locais Comerciais e Análogos Salas Até 40 1 para cada 3m ou fração de perímetro ou 1 para cada 4m2 ou fração de área (adota-se o critério que conduzir ao maior número) 200 por tomada Distribuição uniforme Maior que 40 10 para os primeiros 40m2 mais 1 para cada 10m2 ou fração excedente 200 por tomada Distribuição uniforme Lojas Até 20 1 200 Não computadas as destinadas a vitrines, lâmpadas e demonstrações de aparelhos Maior que 20 1 para cada 20m2 ou fração 200 Veja exemplos de aplicação na tabela 10 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 47 - Capitulo V
  • 49. CAPÍTULO V Cálculos Apartamento cujas dependências e respectivas dimensões vão indica-das • o quadro de distribuição é alimentado com 2F-N, tensões 127/220V; • são previstas tomadas de uso específico para os seguintes equipa-mentos Lavadora de pratos ___________________ UN = 220V PN = 2000VA Forno de microondas __________________ UN = 127V PN = 1200VA Lavadora de roupas ___________________ UN = 127V PN = 770VA Aquecedor de água central ______________ UN = 220V PN = 2000W, cosΦN = 1 PN = 2000/1 = 2000VA Chuveiro elétrico ___________________ UN = 220V PN = 6500W, cosΦN = 1 PN = 6500/1 = 6500VA • a determinação das potências mínimas de iluminação é feita na co-luna • a determinação das quantidades de tomadas de uso geral é feita na coluna (e); • a determinação das potências mínimas de tomadas de uso geral é feita na coluna (f). Tabela 10 nas colunas (a), (b) e (e) da tabela 10. (ver tabela páqina 25): (d); Exemplos (aplicação da tabela 9) 1- Cozinha de apartamento com 15 m de perímetro. 15 • ___ = 4,28  5 tomadas 3,5 • potência mínima total  (3 x 600) + (2 x 100) = 2000 VA 2 - Sala de apartamento com 22,5 m2 e 19 m de perímetro. 19 • ___ = 3,16  4 tomadas • potência mínima total  4 x 100 = 400 VA 3 - Escritóri comercial com 72 m2 de área e 34 m de perímetro. 34 • 1o critério  ___ = 11,3  12 tomadas 3 72 • 2o critério  ___ = 18  18 tomadas 4 adota-se o 2o critério • potência mínima total  18 x 200 = 3600 VA (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) 6 Dependência Área (m2) Perímetro (m) Potência mínima de luminação (VA) Tomadas de uso geral Tomadas de uso específico Quantidade mínima Potência mínima (VA) Especificação Potência (VA) Entrada 4 – 100 1 100 – – Sala 40 26 100 + 5 x 60 = 400 26/6 = 4,3 – 5 5 x 100 = 500 – – Distribuição 7,5 11 100 11/6 = 1,8 – 2 2 x 100 = 200 Lavabo 3 – 100 – – – – Quarto 1 24 20 100 + 4 x 60 = 340 20/6 = 3,3 – 4 4 x 100 = 400 – – Banheiro 1 6 – 100 1 600 – – Quarto II 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6=2,7 – 3 3 x 100 = 300 – – Banheiro II 4 – 100 1 600 – – Quarto III 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6 = 2,7 – 3 3 x 100 = 300 Copa-cozinha 24 20 100 + 4 x 60 = 340 20/3,5 = 5,7 – 6 3 x 600 + 3 x 100 = 2100 Lavadora de pratos 2000 Forno microondas 1200 Área de serviço 16 16 100 + 2 x 60 = 220 16/6 = 2,7 – 3 3 x 600 = 1800 Lavadora de roupas 770 Aquecedor água 2000 Quarto de empregada 5 – 100 1 100 – – WC 3 – 100 – – Chuveiro 6500 2440 7000 12470 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 48 - Capitulo V
  • 50. CAPÍTULO V Cálculos • fator de demanda de iluminação e tomadas de uso geral (tabela 3) 9440 VA = g = 0,27 • potência de alimentação do quadro de distribuição PA = ( PINST ,IL + PINST,TUG) g + ΣPN = 9440 x 0,27 + 12470 PA = 15019 VA • corrente de projeto do circuito de distribuição Tabela 11 Exemplos • potência instalada de iluminação PINST,IL = 2440 VA • potência instalada de tomadas de uso geral PINST,TUG = 7000 VA • soma das potências nominais das tomadas de uso específico (cargas isoladas) ΣPN = 12470 VA • soma das potências instaladas de iluminação e tomadas de uso geral PINST ,IL + PINST,TUG = 2440 + 7000 = 9440 VA Circuito No Especificação Tensão (V) 15019 IB = ______ = 68,3 A 1 x 220 A tabela 11 indica as características dos circuitos terminais (considerando a divisão ideal) Potência instalada (VA) Corrente de projeto (A) 1 Iluminação entrada, sala, distribuição, lavabo 127 700 700/127 = 5,5 2 Iluminação quartos e banheiros 127 980 980/127= 7,7 3 Iluminação setor de serviços 127 760 760/127 = 6 4 TUG’s entrada, sala, distribuição 127 800 800/127 = 6,3 5 TUG’s quartos e banheiros 127 2200 2200/127=17,3 6 TUG’s copa-cozinha 127 2100 2100/127= 16,5 7 TUG’s área e quarto de empregada; lavadora de roupas 127 2516 2516/127=19,8 8 Forno microondas 127 1200 1200/127 = 9,4 9 Aquecedor de água 220 2000 2000/220= 9,1 10 Chuveiro 220 6500 6500/220 = 29,5 11 Lavadora de pratos 220 2000 2000/220 = 9,1 housepress - versão A - 01/09/2010 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 49 - Capitulo V
  • 51. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Critérios Dimensionar um circuito, terminal ou de distribuição, é determinar a seção dos condutores e a corrente nominal do dispositivo de proteção contra sobrecorrentes. No caso mais geral, o dimensionamento de um circuito deve seguir as seguintes etapas: 1- Determinação da corrente de projeto 2- Escolha do tipo de condutor e sua maneira de instalar (isto é, escolha do tipo de tinha elétrica) 3- Determinação da seção pelo critério da capacidade de condução de corrente 4- Verificação da seção pelo critério da queda de tensão 5- Escolha da proteção contra correntes de sobrecarga e aplicação dos critérios de coordenação entre condutores e proteção contra correntes de sobrecargas 6- Escolha da proteção contra correntes de curto-circuito e aplicação dos critérios de coordenação entre condutores e proteção contra correntes de curtos-circuitos A seção dos condutores será a maior das seções nominais que atenda a todos os critérios. A determinação da corrente de projeto foi vista no capítulo 5 e a escolha do tipo de linha elétrica no capítulo 3. Para a aplicação do critério da capacidade de condução de corrente, devemos conhecer: • a corrente de projeto (lB) • a maneira de instalar e o tipo de condutor • a temperatura ambiente ou a temperatura do solo (no caso de linhas subterrâneas) • a resistividade térmica do solo (no caso de linhas subterrâneas) • o número de condutores carregados e/ou de circuitos agrupados Critério da capacidade de condução de corrente Em condições de funcionamento normal, a temperatura de um con-dutor, isto é, a temperatura da superfície de separação entre o condu-tor propriamente dito e sua isolação, não pode ultrapassar a chamada temperatura máxima para serviço contínuo, θZ (para condutores com isolação de PVC θZ = 70°C). A corrente transportada por um condutor produz, pelo chamado efeito Joule, energia térmica. Essa energia é gasta, em parte, para elevar a temperatura do condutor, sendo que o restante se dissipa. Decorrido um certo tempo e continuando a circular corrente, a temperatura do condutor não mais se eleva e toda a energia produzida é dissipada; dizemos então que foi alcançado o “equilíbrio térmico”. A corrente que, circulando continuamente pelo condutor faz com que, em condições de equilíbrio térmico, a temperatura (do condutor) atinja um valor igual à temperatura máxima para serviço contínuo (θZ) é a chamada capacidade de condução de corrente, lZ. θZ IZ Condutor Isolação (PVC – θ = 70°C) As tabelas 2 e 4 dão as capacidades de condução de corrente de acordo com a maneira de instalar e o número de condutores carregados indicados na tabela 1 — Circuito F-N ou FF 2 condutores carregados; — Circuito 2F-N 3 condutores carregados; — Circuito 3F 3 condutores carregados; — Circuito 3F-N (supostoequilibrado) 3 condutores carregados; — Circuito 3F-N (alimentando lâmpadas à descarga) 4 condutores carregados (consideram-se 2 circuitos com 2 condutores carregados cada). Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 50 - Capitulo VI
  • 52. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Método de instalação (1) Condutor isolado Cabo unipolar Cabo multipolar Cabo Superastic Cabo Superastic Flex Fio Superastic Cabo Afumex Plus Cabo Sintenax Flex Cabo Sintenax Cabo Eprotenax Gsette Cabo Eprotenax Cabo Voltalene Cabo Afumex 1 kV TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 1 (*) Métodos de instalação e determinação das colunas das tabelas 2 a 5 Tipo de linha elétrica Afastado da parede ou suspenso por cabo de suporte (2) 15/17 – F E Bandejas não perfuradas ou prateleiras 12 – C C Bandejas perfuradas (horizontais ou verticais) 13 – F E Canaleta fechada no piso, solo ou parede 33/34/72/72A/75/75A B1 B1 B2 Canaleta ventilada no piso ou no solo 43 – B1 B1 Diretamente em espaço de construção - 1,5 De < V < 5 De (4) 21 – B2 B2 Diretamente em espaço de construção - 5 De < V < 50 De (4) 21 – B1 B1 Diretamente enterrado 63 – D D Eletrocalha 31/31A/32/32A/35/36 B1 B1 B2 Eletroduto aparente 3/4/5/6 B1 B1 B2 Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria 27 – B2 B2 Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria - 1,5 De < V < 5 De (4) 26 B2 – – Eletroduto de seção não circular embutido em alvenaria - 5 De < V < 50 De (4) 26 B1 – – Eletroduto em canaleta fechada - 1,5 De < V < 20 De (4) 41 B2 B2 – Eletroduto em canaleta fechada - V > 20 De (4) 41 B1 B1 – Eletroduto em canaleta ventilada no piso ou solo 42 B1 – – Eletroduto em espaço de construção 23/25 – B2 B2 Eletroduto em espaço de construção - 1,5 De < V < 20 De (4) 22/24 B2 – – Eletroduto em espaço de construção - V > 20 De (4) 22/24 B1 – – Eletroduto embutido em alvenaria 7/8 B1 B1 B2 Eletroduto embutido em caixilho de porta ou janela 73/74 A1 – – Eletroduto embutido em parede isolante 1/2 A1 A1 A1 Eletroduto enterrado no solo ou canaleta não ventilada no solo 61/61A – D D Embutimento direto em alvenaria 52/53 – C C Eletroduto direto em caixilho de porta ou janela 73/74 – A1 A1 Embutimento direto em parede isolante 51 – – A1 Fixação direta à parede ou teto (3) 11/11A/11B – C C Forro falso ou piso elevado - 1,5 De < V < 5 De (4) 28 – B2 B2 Forro falso ou piso elevado - 5 De < V < 50 De (4) 28 – B1 B1 Leitos, suportes horizontais ou telas 14/16 – F E Moldura 71 A1 A1 – Sobre isoladores 18 G – – (1) método de instalação conforme a tabela 33 da ABNT NBR 5410/2004 - (2) distância entre o cabo e a parede > 0,3 diâmetro externo do cabo - (3) distância entre o cabo e a parede < 0,3 diâmetro externo do cabo - (4) V = altura do espaço de construção ou da canaleta / De = diâmetro externo do cabo - (*) Os locais da tabela assinalados por (—) significam que os cabos correspondentes não podem, de acordo com a ABNT NBR 5410/2004, ser instalados na maneira especificada ou então trata-se de uma maneira de inslalar não usual para o tipo de cabo escolhido. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 51 - Capitulo VI
  • 53. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 2 (*) Capacidades de condução de corrente, em ampéres, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1 - Cabos isolados em termoplástico, condutor de cobre. • Afumex Plus, Fio, Cabo e Cabo flexível Superastic, Cabo Sintenax e Cabo Sintenax Flex • 2 e 3 condutores carregados • Temperatura no condutor: 70 °C • Temperaturas: 30 °C (ambiente) e 20 °C (solo) Seções nominais (mm2) Métodos de instalação definidos na Tabela 1 A1 A2 B1 B2 C D 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) 0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10 0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12 1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15 1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18 2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24 4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31 6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39 10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52 16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67 25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86 35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103 50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122 70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151 95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179 120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203 150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230 185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258 240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297 300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336 400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394 500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445 630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506 800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577 1000 767 679 698 618 1012 906 827 738 1125 996 792 652 (*) De acordo com a tabela 36 da ABNT NBR 5410/2004. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 52 - Capitulo VI
  • 54. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 3 (*) Capacidades de Condução de Corrente, em ampéres, para os métodos de referência E, F, G da Tabela 1 - Cabos isolados em termoplástico, condutor de cobre. • Afumex Plus, Cabo e Cabo Flexível Superastic, Cabo Sintenax e Cabo Sintenax Flex • Temperatura no condutor: 70 °C • Temperatura ambiente: 30 °C Seções nominais (mm2) Métodos de instalação definidos na Tabela 1 Cabos muItipolares Cabos unipolares ou condutores isolados E E F F F G G Cabos bipolares Cabos tripolares e tetrapolares 2 condutores isolados ou 2 cabos unipolares Condutores isolados ou cabos unipolares em trifóllo 3 cabos unipolares ou 3 condutores isolados Contíguos Espaçados horizontalmente Espaçados verticalmente ou ou De (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) 0,5 11 9 11 8 9 12 10 0,75 14 12 14 11 11 16 13 1 17 14 17 13 14 19 16 1,5 22 18,5 22 17 18 24 21 2,5 30 25 31 24 25 34 29 4 40 34 41 33 34 45 39 6 51 43 53 43 45 59 51 10 70 60 73 60 63 81 71 16 94 80 99 82 85 110 97 25 119 101 131 110 114 146 130 35 148 126 162 137 143 181 162 50 180 153 196 167 174 219 197 70 232 196 251 216 225 281 254 95 282 238 304 264 275 341 311 120 328 276 352 308 321 396 362 150 379 319 406 356 372 456 419 185 434 364 463 409 427 521 480 240 514 430 546 485 507 615 569 300 593 497 629 561 587 709 659 400 715 597 754 656 689 852 795 500 826 689 868 749 789 982 920 630 958 789 1005 855 905 1138 1070 800 1118 930 1169 971 1119 1325 1251 1000 1292 1073 1346 1079 1296 1528 1448 (*) De acordo com a tabela 38 da ABNT NBR 5410/2004. De Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 53 - Capitulo VI
  • 55. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 4 (*) Capacidades de condução de corrente, em ampéres, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D da Tabela 1 - Cabos isolados em termofixo, condutor de cobre. • Afumex 1kV e Gsette • 2 e 3 condutores carregados • Temperatura no condutor: 90 °C • Temperaturas: 30°C (ambiente) e 20°C (solo) Seções nominais (mm2) Métodos de instalação definidos na Tabela 1 A1 A2 B1 B2 C D 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados 2 condutores carregados 3 condutores carregados (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13) 0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12 0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15 1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17 1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22 2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29 4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37 6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46 10 61 54 57 51 75 66 69 60 90 71 73 61 16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79 25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 121 101 35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122 50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144 70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178 95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211 120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240 150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271 185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304 240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351 300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396 400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464 500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525 630 765 685 696 623 998 879 825 725 1122 923 711 596 800 885 792 805 721 1158 1020 952 837 1311 1074 811 679 1000 1014 908 923 826 1332 1173 1088 957 1515 1237 916 767 (*) De acordo com a tabela 37 da ABNT NBR 5410/2004. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 54 - Capitulo VI
  • 56. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 5 (*) Capacidades de Condução de Corrente, em ampéres, para os métodos de referência E, F, G da Tabela 1 - Cabos isolados em termofixo, condutor de cobre. • Afumex 1 kV e Gsette • Temperatura no condutor: 90°C • Temperatura ambiente: 30°C Seções nominais (mm2) Métodos de instalação definidos na Tabela 1 Cabos multipolares Cabos unipolares ou condutores isolados E E F F F G G Cabos bipolares Cabos tripolares e tetrapolares 2 condutores isolados ou 2 cabos unipolares Condutores isolados ou cabos unipolares em trifólio 3 cabos unipolares ou condutores isolados Contíguos Espaçados horizontalmente Espaçados verticalmente ou ou De (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) 0,5 13 12 13 10 10 15 12 0,75 17 15 17 13 14 19 16 1 21 18 21 16 17 23 19 1,5 26 23 27 21 22 30 25 2,5 36 32 37 29 30 41 35 4 49 42 50 40 42 56 48 6 63 54 65 53 55 73 63 10 86 75 90 74 77 101 88 16 115 100 121 101 105 137 120 25 149 127 161 135 141 182 161 35 185 158 200 169 176 226 201 50 225 192 242 207 216 275 246 70 289 246 310 268 279 353 318 95 352 298 377 328 342 430 389 120 410 346 437 383 400 500 454 150 473 399 504 444 464 577 527 185 542 456 575 510 533 661 605 240 641 538 679 607 634 781 719 300 741 621 783 703 736 902 833 400 892 745 940 823 868 1085 1008 500 1030 859 1083 946 998 1253 1169 630 1196 995 1254 1088 1151 1454 1362 800 1396 1159 1460 1252 1328 1696 1595 1000 1613 1336 1683 1420 1511 1958 1849 (*) De acordo com a tabela 39 da ABNT NBR 5410/2004. De Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 55 - Capitulo VI
  • 57. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 6 (*) Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes de 30°C para linhas não subterrâneas e de 20°C (temperatura do solo) para linhas subterrâneas. Temperatura (°C) Isolação Superastic e Afumex Plus Afumex 1 kV e Gsette Superastic e Afumex Plus Afumex 1 kV e Gsette Ambiente Do solo 10 1,22 1,15 1,10 1,07 15 1,17 1,12 1,05 1,04 20 1,12 1,08 1 1 25 1,06 1,04 0,95 0,96 30 1 1 0,89 0,93 35 0,94 0,96 0,84 0,89 40 0,87 0,91 0,77 0,85 45 0,79 0,87 0,71 0,80 50 0,71 0,82 0,63 0,76 55 0,61 0,76 0,55 0,71 60 0,50 0,71 0,45 0,65 65 –– 0,65 –– 0,60 70 –– 0,58 –– 0,53 75 –– 0,50 –– 0,45 80 –– 0,41 –– 0,38 (*) De acordo com a tabela 40 da ABNT NBR 5410/2004. TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 7 (*) Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares. Item Disposição 1 dos cabos justapostos Número de circuitos ou de cabos multipolares Tabelas dos métodos de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 16 20 referência 1 Feixe de cabos ao ar livre ou sobre superfície; cabos em condutos fechados 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 2 a 5 (métodos A a F) 2 Camada única sobre parede, piso ou em bandeja não perfurada ou prateleira 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 Nenhum fator de redução adicional 2 e 4 (método C) 3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 4 Camada única em bandeja perfurada, horizontal ou vertical (nota G) 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 Para mais de 9 circuitos ou cabos multipolares 3 e 5 (métodos E a F) 5 Camada única em leito, suporte (nota G) 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78 (*) De acordo com a tabela 42 da ABNT NBR 5410/2004. Notas: A) Esses fatores são aplicáveis a grupos de cabos, uniformemente carregados. B) Quando a distância horizontal entre cabos adjacentes for superior ao dobro de seu diâmetro externo, não é necessário aplicar nenhum fator de redução. C) Os mesmos fatores de correção são aplicáveis a: • grupos de 2 ou 3 condutores isolados ou cabos unipolares; • cabos multipolares. D) Se um agrupamento é constituído tanto de cabos bipolares como de cabos tripolares, o número total de cabos é tomado igual ao número de circuitos e o fator de correção correspondente é aplicado às tabelas de 3 condutores carre-gados para cabos tripolares. E) Se um agrupamento consiste de N condutores isolados ou cabos unipolares, pode-se considerar tanto N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos com 3 condutores carregados. F) Os valores indicados são médios para a faixa usual de seções nominais, com precisão de ± 5%. G) Os fatores de correção dos itens 4 e 5 são genéricos e podem não atender a situações específicas. Nesses casos, deve-se recorrer às tabelas 12 e 13. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 56 - Capitulo VI
  • 58. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos (*) Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistidos em mais de uma camada de condutores (método de referência C, das tabelas 2 e 4, E e F, da tabelas 3 e 5) Quantidade de camada TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 8 Quantidade de circuitos trifásicos ou de cabos multipolares por camada 2 3 4 ou 5 6 a 8 9 e mais 2 0,68 0,62 0,60 0,58 0,56 3 0,62 0,57 0,55 0,53 0,51 4 ou 5 0,60 0,55 0,52 0,51 0,49 6 a 8 0,58 0,53 0,51 0,49 0,48 9 e mais 0,56 0,51 0,49 0,48 0,46 (*) De acordo com a tabela 43 da ABNT NBR 5410/2004. Notas: A) Os fatores são válidos independentemente da disposição da camada, se horizontal ou vertical. B) Sobre condutores agrupados em uma única camada, ver tabela 42 (linhas 2 a 5 da tabela). C) Se forem necessários valores mais precisos, deve-se recorrer à ABNT NBR 11301. (*) Fatores de correção de agrupamento para mais de um circuito de cabos unipolares ou multipolares diretamente enterrados (método de referência D, das tabelas 2 e 4) Número de circuitos TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 9 Distância entre cabos (a) Nula 1 diâmetro de cabo 0,125 m 0,25 m 0,5 m 2 0,75 0,80 0,85 0,90 0,90 3 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 4 0,60 0,60 0,70 0,75 0,80 5 0,55 0,55 0,65 0,70 0,80 6 0,50 0,55 0,60 0,70 0,80 (*) De acordo com a tabela 44 da ABNT NBR 5410/2004. CABOS MULTIPOLARES  CABOS UNIPOLARES  a a a a TABELAS DE DIMENSIONAMENTO - Tabela 10 (*) Fatores de agrupamento para mais de um circuito - cabos em eletrodutos diretamente enterrados, (método de referência D na tabela 2 e 4) a) Cabos multipolares em eletrodutos -1 cabo por eletroduto Número de Distância entre Dutos (a) circuitos Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m 2 0,85 0,90 0,95 0,95 3 0,75 0,85 0,90 0,95 4 0,70 0,80 0,85 0,90 5 0,65 0,80 0,85 0,90 6 0,60 0,80 0,80 0,80 b) Cabos unipolares em eletrodutos -1 cabo por eletroduto (**) Número de Espaçamento entre Dutos (a) circuitos Nulo 0,25 m 0,5 m 1,0 m 2 0,80 0,90 0,90 0,90 3 0,70 0,80 0,85 0,90 4 0,65 0,75 0,80 0,90 5 0,60 0,70 0,80 0,90 6 0,60 0,70 0,80 0,90 (*) De acordo com a tabela 45 da ABNT NBR 5410/2004. (**) Somente deve ser instalado 1 cabo unipolar por eletroduto, no caso deste ser em material não-magnético. CABOS MULTIPOLARES  CABOS UNIPOLARES  a a a Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 57 - Capitulo VI
  • 59. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Grupos contendo cabos de dimensões diferentes • Os fatores de correção tabelados (tabelas 5 a 8) são aplicáveis a grupos de cabos semelhantes, igualmente carregados. O cálculo dos fatores de correção para grupos contendo condutores isolados ou cabos unipolares ou multipolares de diferentes seções nominais de-pende da quantidade de condutores ou cabos e da faixa de seções. Tais fatores não podem ser tabelados e devem ser calculados caso a caso, utilizando, por exemplo, a ABNT NBR 11301. NOTA: São considerados cabos semelhantes aqueles cujas capacidades de condução de corrente baseiam-se na mesma temperatura máxima para serviço contínuo e cujas seções nominais estão contidas no intervalo de 3 seções normalizadas sucessivas. • No caso de condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipo-lares de dimensões diferentes em condutos fechados ou em bande-jas, leitos, prateleiras ou suportes, caso não seja viável um cálculo mais específico, deve-se utilizar a expressão: (*) Fator fh para a determinação da corrente de neutro onde é prevista a presença de correntes harmônicas de 3a ordem (tabela F.1 da ABNT NBR 5410/2004) Taxa de terceira harmônica (%) 1 Onde: F = fator de correção n = número de circuitos ou de cabos multipolares NOTA: A expressão dada está a favor da segurança e reduz os perigos de so-brecarga sobre os cabos de menor seção nominal. Pode, no entanto, re-sultar no superdimensionamento dos cabos de seções mais elevadas. fh F = _ ___ √n Tabela 11 circuito trifásico com neutro circuito com duas fases e neutro 33 a 35 1,15 1,15 36 a 40 1,19 1,19 41 a 45 1,24 1,23 46 a 50 1,35 1,27 51 a 55 1,45 1,30 56 a 60 1,55 1,34 61 a 65 1,64 1,38 > - 66 1,73 1,41 Onde: I1 = valor eficaz da componente fundamental ou componente 60 Hz. Ii , Ij ... In = valores eficazes das componentes harmônica de orden i, j ... n presentes na corrente de fase e fh é o fator multiplicativo em função da taxa da terceira harmônica. In = fh x IB _______________ IB = √I1 2 + Ii 2 + Ij 2 + ... In 2 OBSERVAÇÃO: Na falta de uma estimativa mais precisa da taxa de terceira harmônica esperada, recomenda-se a adoção de um fh igual a 1,73 no caso de circuito trifásico com neutro e igual a 1,41 no caso de circuito com duas fases e neutro. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 58 - Capitulo VI
  • 60. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos As capacidades de condução de corrente para linhas não subterrâneas consideram uma temperatura ambiente de 30°C. Para linhas subterrâneas foram consideradas as seguintes condições: • Temperatura do solo 20°C • Profundidade de instalação 70 cm; • Resistividade térmica do solo 2,5 K.m/W. Exemplos I) Circuito F-N com condutores isolados Afumex Plus em eletroduto em-butido, com IB = 46 A. • Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 • Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/Iz = 57 A) II) Circuito F-N com cabo Afumex 1 kV bandeja não perfurada, IB = 52 A • Da tabela 1  Coluna C da tabela 4 • Da tabela 2  S = 6 mm2 (c/Iz = 58 A) III) Circuito 3F com cabo Gsette em eletroduto enterrado, IB = 65 A • Da tabela 1  Coluna D da tabela 4 • Da tabela 2  S = 16 mm2 (c/Iz = 79 A) Quando tivermos condições diferentes de temperatura (ambiente ou do solo) ou de agrupamento de circuitos (mais de 3 condutores carrega-dos), devemos aplicar os seguintes fatores de correção: • f1 - fator de correção de temperatura - aplicável a todos os con-dutores instalados em locais cuja temperatura seja diferente de 30°C (linhas não subterrâneas) ou enterrados em solos cuja temperatura seja diferente de 20°C (tabela 6) • f2 - fator de agrupamento - aplicável quando houver mais de 3 condutores carregados (tabelas 7, 8, 9 e 10). Calculamos então a corrente fictícia de projeto, l’B (aplicável apenas no critério da capacidade de condução de corrente), que é dada por IB I’B = __ f Sendo f igual a f1 ou a f2 ou ao produto f1 x f2, conforme o caso. Exemplos I) Circuito 3F com condutores isolados: Afumex Plus eletroduto aparen-te, IB = 35A, temperaura ambiente local de 45°C • Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 • Da tabela 4  f= 0,79 1 • I’= ____ 35 = 44,3 A B 0,79 • Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/I= 50 x 0,79 = 39,5 A) Z II) Circuito 3F-N com condutores isolados Afumex Plus eletroduto embutido, alimentando aparelhos de iluminação fluorescente, com IB = 38 A.  Consideramos 2 circuitos com dois condutores carregados cada • Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 • Da tabela 5  f= 0,8 2 • I’= ____ 38 = 47,5 A B 0,8 • Da tabela 2  S = 10 mm2 (c/I= 50 x 0,8= 40 A) Z III) Dois circuitos, A e B, com cabos unipolares Gsette em eletrodu-to enterrado, temperatura do solo 30°C, sendo: circuito A – 2F, IB = 32 A e B – 3F – N (suposto equilibrado), IB = 39 A • Da tabela 1  circuito A – coluna D da tabela 4  circuito B – coluna D da tabela 4 • Da tabela 6  f1 = 0,93 • Da tabela 7  f2 = 0,8 } f = 0,93 x 0,8 = 0,74 32  Circuito A: – IB = ____ = 43,2 A 0,74 • Da tabela 4  S = 4 mm2 (c/IZ = 44 x 0,74 = 32,6 A) 39  Circuito B: – I’B = ____ = 52,7 A 0,74 • Da tabela 4  S = 10 mm2 (c/IZ = 61 x 0,74 = 45,1 A) IV) Três circuitos, A, B e C, com cabos unipolares Afumex Plus 1 kV todos com 3F, correspondentes de projeto 84 A, 52 A e 98 A, respecti-vamente, instalados contidos em uma bandeja perfurada, contíguos: • Da tabela 1  Coluna F da tabela 5 • Da tabela 7  f2 = 0,82 84  Circuito A: – I’B = _____ = 102,4 A 0,82 • Da tabela 5  S = 16 mm2 (c/IZ = 105 x 0,82= 86,1 A) 52  Circuito B: – I’B = _____ = 63,4 A 0,82 • Da tabela 3  S = 10 mm2 (c/IZ = 77 x 0,82= 63,1 A) 98  Circuito C: – I’B = _____ = 119,5 A 0,82 • Da tabela 3  S = 25 mm2 (c/IZ = 141 x 0,82= 115,6 A) V) Mesmo caso do exemplo anterior, utilizando cabos Afumex Plus 1 kV tripolares contiguos (1 por circuito) em bandeja perfurada. • Da tabela 1  Coluna E da tabela 5 • Da tabela 7  f2 = 0,82 84  Circuito A: – I’B = _____ = 102,4 A 0,82 • Da tabela 5  S = 25 mm2 (c/IZ = 127 x 0,82= 104,1 A) 52  Circuito B: – I’B = _____ = 63,4 A 0,82 • Da tabela 5  S = 10 mm2 (c/IZ = 75 x 0,82= 61,5 A) 98  Circuito C: – I’B = _____ = 119,5 A 0,82 • Da tabela 3  S = 25 mm2 (c/IZ = 127 x 0,82= 104,1 A) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 59 - Capitulo VI
  • 61. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Seção Nominal (mm2) Eletroduto e Eletrocalha (Material Magnético) Eletroduto e Eletrocalha (Material não Magnético) Instalação ao ar (C) Cabos Gsette e Afumex 1kV Tabela 12 Queda de tensão em V/A.km Cabos unipolares (D) Cabos uni e bipolares Cabos tri e tetrapolares Afumex Plus, Superastic e Sintenax Afumex Plus, Superastic e Sintenax (2) CIrc. Monofásico CIrc. Trifásico CIrc. Trifásico(B) CIrc. Monofásico (B) CIrc. Trifásico Circ. Monofásico S D S D S e Trifásico Circ. Monofásico Circ. Trifásico S = 10 cm S = 20 cm S = 2 D S = 10 cm S = 20 cm S = 2D FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 FP=0,8 FP=0,95 1,50 23 27,4 23,3 27,6 20,2 23,9 23,8 28,0 23,9 28,0 23,6 27,9 20,7 24,3 20,5 24,1 20,4 24,1 20,4 24,1 23,5 27,8 20,3 24,1 2,50 14 16,8 14,3 16,9 12,4 14,7 14,9 17,4 15,0 17,5 14,7 17,3 12,9 15,1 13,0 15,1 12,8 15,0 12,7 15,0 14,6 17,3 12,7 15,0 4 9,0 10,5 8,96 10,6 7,79 9,15 9,4 10,9 9,5 10,9 9,2 10,8 8,2 9,5 8,2 9,5 8,0 9,4 7,9 9,3 9,1 10,8 7,9 9,3 6 5,87 7,00 6,03 7,07 5,25 6,14 6,4 7,3 6,4 7,3 6,2 7,2 5,5 6,3 5,6 6,3 5,4 6,2 5,3 6,2 6,1 7,1 5,3 6,2 10 3,54 4,20 3,63 4,23 3,17 3,67 3,9 4,4 4,0 4,4 3,7 4,3 3,4 3,8 3,5 3,8 3,3 3,7 3,2 3,7 3,6 4,2 3,2 3,7 16 2,27 2,70 2,32 2,68 2,03 2,33 2,58 2,83 2,64 2,86 2,42 2,74 2,25 2,46 2,31 2,48 2,12 2,39 2,05 2,35 2,34 2,70 2,03 2,34 25 1,50 1,72 1,51 1,71 1,33 1,49 1,74 1,85 1,81 1,88 1,61 1,77 1,53 1,61 1,58 1,64 1,41 1,55 1,34 1,51 1,52 1,73 1,32 1,50 35 1,12 1,25 1,12 1,25 0,98 1,09 1,34 1,37 1,40 1,41 1,21 1,30 1,18 1,20 1,23 1,23 1,06 1,14 0,99 1,10 1,15 1,26 0,98 1,09 50 0,86 0,95 0,98 0,94 0,76 0,82 1,06 1,05 1,12 1,09 0,94 0,99 0,94 0,92 0,99 0,95 0,83 0,87 0,76 0,83 0,86 0,95 0,75 0,82 70 0,64 0,67 0,62 0,67 0,55 0,59 0,81 0,77 0,88 0,80 0,70 0,71 0,72 0,68 0,78 0,70 0,63 0,63 0,56 0,59 0,63 0,67 0,54 0,58 95 0,50 0,51 0,48 0,50 0,43 0,44 0,66 0,59 0,72 0,62 0,56 0,54 0,59 0,52 0,64 0,55 0,50 0,48 0,43 0,44 0,48 0,50 0,42 0,44 120 0,42 0,42 0,40 0,41 0,36 0,36 0,57 0,49 0,63 0,53 0,48 0,45 0,51 0,44 0,56 0,46 0,43 0,40 0,36 0,36 0,40 0,41 0,35 0,35 150 0,37 0,35 0,35 0,34 0,31 0,30 0,50 0,42 0,57 0,46 0,42 0,38 0,45 0,38 0,51 0,41 0,39 0,34 0,32 0,31 0,35 0,35 0,30 0,30 185 0,32 0,30 0,30 0,29 0,27 0,25 0,44 0,36 0,51 0,39 0,38 0,32 0,40 0,32 0,46 0,35 0,34 0,29 0,27 0,26 0,30 0,29 0,26 0,25 240 0,29 0,25 0,26 0,24 0,23 0,21 0,39 0,30 0,45 0,33 0,33 0,27 0,35 0,27 0,41 0,30 0,30 0,24 0,23 0,21 0,26 0,24 0,22 0,21 300 0,27 0,22 0,23 0,20 0,21 0,18 0,35 0,26 0,41 0,29 0,30 0,24 0,32 0,24 0,37 0,26 0,28 0,21 0,21 0,18 0,23 0,20 0,20 0,18 400 0,24 0,20 0,21 0,17 0,19 0,15 0,31 0,23 0,38 0,26 0,27 0,21 0,29 0,21 0,34 0,23 0,25 0,19 0,19 0,16 – – – – 500 0,23 0,19 0,19 0,16 0,17 0,14 0,28 0,20 0,34 0,23 0,25 0,18 0,26 0,18 0,32 0,21 0,24 0,17 0,17 0,14 – – – – 630 0,22 0,17 0,17 0,13 0,16 0,12 0,26 0,17 0,32 0,21 0,24 0,16 0,24 0,16 0,29 0,19 0,22 0,15 0,16 0,12 – – – – 800 0,21 0,16 0,16 0,12 0,15 0,11 0,23 0,15 0,29 0,18 0,22 0,15 0,22 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,15 0,11 – – – – 1000 0,21 0,16 0,16 0,11 0,14 0,10 0,21 0,14 0,27 0,17 0,21 0,14 0,21 0,13 0,25 0,16 0,20 0,13 0,14 0,10 – – – – 1 - As dimensões do eletroduto e da calha adotadas são tais que a área dos cabos não ultrapasse 40% da área interna dos mesmos • 2 - Nos blocos alveolados só devem ser usados cabos GSette e Afumex 1 kV • 3 - Aplicável à fixação direta a parede ou teto, canaleta aberta, ventilada ou fechada, poço, espaço de construção, bandeja, prateleira, suportes sobre isoladores e linha aérea • 4 - Aplicável também aos condutores isolados Superastic e Afumex Plus sobre isoladores e linha aérea. Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 60 - Capitulo VI
  • 62. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Critério da queda de tensão A queda de tensão provocada pela passagem de corrente nos condutores dos circuitos de uma instalação deve estar dentro de limites pré-fixados, a fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos terminais. A queda de tensão (total) é considerada entre a origem da instalação e o último ponto de utilização de qualquer circuito terminal. São os seguintes os limites fixados para a queda total: • instalações alimentadas diretamente em baixa tensão — 5% • instalações alimentadas a partir de instalações de alta tensão — 7% Para os dois casos ainda deve ser respeitado o limite de 4% para os circuitos terminais. Rede pública BT Quadro de entrada Circuito de distribuição Origem Quadro de distribuição 4% Circuitos terminais 5% 4% Rede pública AT Circuito de distribuição principal Transformador Quadro geral Circuito de distribuição divisionário Quadro de distribuição Circuitos terminais 4% Circuitos terminais 4% Quadro de distribuição Origem 7% O problema do cálculo da seção pelo critério da queda de tensão pode ser posto da seguinte forma: • conhecemos as características dos equipamentos a alimentar, bem como as da linha elétrica (tipo de condutor, maneira de instalar, corren-te de projeto, fator de potência e distância de sua origem às cargas); • desejamos determinar a seção dos condutores para permitir a cir-culação da corrente de projeto lB, com um fator de potência cosΦ, de modo que, na extremidade do circuito, a queda de tensão não ultrapasse um valor pré-fixado; • ou, determinada a seção por outro critério (geralmente pelo critério da capacidade de condução de corrente),desejamos verificar se a queda está dentro do limite pré-fixado. A Tabela 12 dá as quedas de tensão ΔU –– em V/A. km para os condutores isolados Afumex Plus e Superastic e para os cabos Gsette e Afumex 1 kV considerando circuitos monofásicos e trifásicos, as maneiras de instalar mais comuns e fatores de potência 0,8 e 0,95; no caso de condutos são indicados separadamente os valores para condutos magnéticos (nos quais, por efeito magnético, é maior a queda de tensão) e para condutos não magnéticos. A queda de tensão pode ser obtida pela expressão: I) Circuito de distribuição trifásico com condutor isolado Superastic Flex em eletroduto de PVC aparente, 220V; comprimento do circuito (desde seu ponto inicial até o quadro alimentado) 100m, queda máxima pre-vista (pelas condições particulares do projeto) 3%, fator de potência considerado 0,8, corrente de projeto 85A. a) Critério da capacidade de condução de corrente • Da tabela 1  Coluna B1 da tabela 2 • Da tabela 2  S = 25 mm2 (c/IZ = 89 A) b) Critério da queda de tensão –– • Da tabela 8, p/S = 25 mm2  ΔU = 1,33 V/A.km 11,3 • ΔU = 1,33 x 85 x 0,1 = 11,3 V  ____ = 0,051 = 5,1% > 3% Passamos para S = 35 mm2 –– • Da tabela 8  ΔU = 0,98 V/A.km 220 • ΔU = 0,98 x 85 x 0,1 = 8,33 V  3,78% > 3% Passamos para S = 50 mm2 –– • Da tabela 8  ΔU = 0,76 V/A.km • ΔU = 0,76 x 85 x 0,1 = 6,46 V  2,94% < 3% Cálculo alternativo (determinação direta da seção) –– • 3% de 220 V  ΔU = 6,6 V –– • ΔU –– –– ΔU = ____  ΔU 6,6 = _______ = 0,815 V/A.km –– IB x l 85 x 0,1 • Da tabela 8  S = 50 mm2 (c/ ΔU = 0,76 V/A.km) II) Mesmo caso do exemplo anterior considerando eletroduto magnético. –– • ΔU = 0,815 V/A.km –– • Da tabela 8  S = 70 mm2 (c/ ΔU = 0,64 V/A.km) III) Circuito terminal monofásico de tomadas de corrente com conduto-res Superastic Flex em eletroduto de PVC embutido, 127 V; comprimen-tos indicados na figura, queda máxima prevista 2%, fator de potência considerado 0,95, correntes indicadas na figura. –– ΔU = ΔU x IB x l Queda de tensão em V Queda de tensão em V/A.km Corrente de projeto em A Comprimento do circuito em km Quadro Terminal 2,5 m 3 m 3,5 m 7 m D A B C D 14,95A 10,23A 5,51A 0,79A 4,72A 4,72A 4,72A 0,79A 600 VA 600 VA 600 VA 100 VA a) Critério da capacidade de condução de corrente. • Da tabela 1  coluna B1 da tabela 2 • Da tabela 2  S = 1,5 mm2 (c/IZ = 17,5 A) b) Critério da queda de tensão –– • Queda por trecho OA  ΔU x 14,95 x 0,0025 = _______ –– AB  ΔU x 10,23 x 0,003 = ________ –– BC  ΔU x 5,51 x 0,0035 = ________ –– CD  ΔU x 0,79 x 0,007 = _________ 2% de 127 V = 2,54 V –– ΔU x (14,95 x 0,0025 + 10,23 x 0,003 + 5,51 x 0,0035 + 0,79 x 0,007) = 2,54 ΔU –– –– x 0,0929 = 2,54 ∴ ΔU 2,54 0,0929 = ______ = 27,3 V/A.km –– • Da tabela 8  S = 2,5 mm2 (c/ ΔU = 16,9 V/A.km) Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 61 - Capitulo VI
  • 63. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Critério da proteção contra correntes de sobrecarga Disjuntores t tC I2 = α IN I Fusíveis t tC I2 = α IN I • tC – tempo convencional (definido por norma para cada faixa de valores de lN); • I2 – corrente convencional de atuação (definida por norma para faixas de valores de lN) - quando passa pelo dispositivo um corrente igual a l2 ele deverá atuar, no máximo, num tempo igual a tC. Fusíveis Característica de funcionamento (zona tempo-corrente) de um disjuntor termomagnético Correntes nominais (IN) - 5, 6, 10, 15, 16, 20, 25, 32, 35, 40, 50,60, 63, 70, 90 e 100 A Característica de funciona-mento (zona tempo-corrente) de um fusível tipo g Correntes nominais (IN) – 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, e 100 A Para estabelecer a coordenação entre a seção dos condutores de um circuito e a respectiva proteção contra correntes de sobrecarga, deve-mos conhecer: • a corrente de projeto, lB • a capacidade de condução de corrente dos condutores, lZ (levando em consideração os eventuais fatores de redução, f1 e f2) • o tipo de dispositivo (fusível ou disjuntor) • a corrente nominal do dispositivo, lN • a corrente convencional do dispositivo, l2 = 1,45 IN As condições impostas pela ABNT NBR 5410/2004 são: a) Proteção com fusíveis ou disjuntores I< I< Ie I< 1,45 IB N Z 2 Z A ABNT NBR 5410 define que I2 < 1,45 IZ A ABNT NBR NM 60898 define que I2 = 1,45 IN Exemplos Circuito de distribuição trifásico 3F, com condutores isolados Afumex Plus eletroduto embutido, com lB = 35A. I) Critério da capacidade de condução de corrente • Da tabela 2  S = 6 mm2 (c/IZ = 36 A) II) Proteção com fusíveis • IB < IN  35 < IN  escolhemos IN = 35A • I2 < 1,45IZ α = 1,6  I2 = 1,6 x 35 = 56A 1,45 IZ = 1,45 x 36 = 52,2A Passando para S = 10 mm2 (c/IZ = 50A) • I2 < 1,45 IZ I2 = 56A 1,45 I2 = 1,45 x 50 = 72,5A III) Proteção com disjuntor curva Tipo C } 56 > 52,2A não atende } 56 < 72,5A atende c/ S = 10 mm2 • IB < IN  35 < IN  escolhemos IN = 35A • IN < IZ  35 < 36A  atende com S = 6 mm2 IV) Proteção com disjuntor curva Tipo C com f = 0,8 35 0,8 • IB < 0,8 IN  35 < 0,8 IN ∴ IN > ___ = 43,75A  escolhemos IN = 50 A • IN < IZ  50 > 36A  não atende Passando para S = 10 mm2 (c/IZ = 50 A) • IN < IZ  50 = 50A atende c/ S = 10 mm2 I2 = α IN IN < 10A  α = 1,9 10 < IN < 25A  α = 1,75 25 < IN < 100A  α = 1,6 Disjuntores que atendem à ABNT NBR NM 60898 I2 = 1,45 IN Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 62 - Capitulo VI
  • 64. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Critério da proteção contra correntes de curto-circuito Para a aplicação do critério da proteção contra correntes de curto-cir-cuito devemos conhecer: • a corrente de curto-circuito, lCC, no ponto em que vai ser instalado o dispositivo de proteção • a capacidade de interrupção nominal do dispositivo de proteção, lCN • a temperatura de curto-circuito do condutor, θcc (para isolação de PVC θcc = 160°C) • a duração do curto-circuito, t • o material condutor As condições impostas pela ABNT NBR 5410 são: I2 CC . t < K2S2 ICN > ICC t = _________ = 0,052s onde K é um fator que depende do tipo de condutor, valendo 115 para os condutores isolados Superastic e Afumex Plus. O tempo máximo de duração do curto-circuito será, da expressão abaixo K2S2 t = ____ I2 CC que pode ser obtido do gráfico apresentado a seguir. Nele vemos, por exemplo, que um cabo de 16 mm2 só suporta uma corrente de curto-circuito de 10.000A (10 kA) por um tempo máximo de 2 ciclos, isto é, 0,0335 (aplicando a fórmula obtemos o mesmo valor). A proteção deverá atuar num tempo não superior ao obtido da fórmula ou do gráfico, do contrário a temperatura do condutor ultrapassará o valor θcc. O tempo de atuação da proteção pode ser obtido da caracte-rística de atuação fornecida pelo fabricante. EXEMPLO Na origem de um circuito de distribuição com condutores isolados Superastic Flex de 10 mm2, a corrente de circuito calculada foi de 5 kA. Assim: • a capacidade de interrupção nominal mínima do dispositivo que irá proteger o circuito contra correntes de curto-circuito será de 5 kA; • tal dispositivo deverá atuar num tempo não superior a: 1152 x 102 5.0002 • Um disjuntor termomagnético adequado atuaria em cerca de 0,02 s. • Um fusível adequado atuaria em cerca de 0,001 s. CORENTES MÁXIMAS DE CURTO-CIRCUITO Gsette e Afumex 0,6/1 kV Condutor - cobre conexões prensadas Máxima temperatura em regime contínuo................................. 90°C Máxima temperatura do curto circuito........................ 250°C 200 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 987 6 5 4 3 2 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 1 ciclo 2 ciclos 4 ciclos 8 ciclos 16 ciclos 30 ciclos 60 ciclos 100 ciclos 1 2 3 5 6 10 789 20 60 80 100 30 40 1,5 200 250 70 95 120 150 185 240 300 400 500 630 800 1000 600 700 900 2,5 4 16 25 35 50 Secção nominal do condutor (mm²) Corrente de curto circuito (ampères) x 10³ Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 63 - Capitulo VI
  • 65. CAPÍTULO VI Dimensionamento de circuitos Seção mínima dos condutores isolados a) Condutores fase Tabela 13 Uso Seção Mínima (mm2) Instalações fixas em geral Circuitos de iluminação 1,5 Circuitos de força (incl. de tomadas) 2,5 Circuitos de sinalização e controle 0,5 Ligações com cordões e cabos flexíveis Equipamento específico Indicado na norma respectiva Qualquer outra aplicação 0,75 b) Condutor neutro Nos circuitos de distribuição com 3F-N é possível reduzir a seção do condutor neutro quando: • não for prevista a presença de harmônicas; • a máxima corrente susceptível de percorrer o netro seja inferior à ca-pacidade de condução de corrente correspondente à seção reduzida do condutor neutro. Nessas condições podem ser adotadas as seções mínimas indicadas na tabela 12. Tabela 14 (*) Seção do Condutor Neutro. Seção dos condutores fase (mm2) Seção mínima do condutor neutro (mm2) S < 25 S 35 25 50 25 70 35 95 50 120 70 150 70 185 95 240 120 300 150 400 240 500 240 630 400 800 400 1000 500 Eletrodutos – Observações importantes • Como vimos no capítulo 6, os eletrodutos são caracterizados por seu tamanho nominal. • Nos eletrodutos só podem ser instalados condutores que possuam isolação (isto é, condutores isolados, cabos unipolares e cabos muI-tipolares). Ocupação dos eletrodutos • Num mesmo eletroduto só podem ser instalados condutores de cir-cuitos diferentes quando eles pertencerem à mesma instalação. • A soma das áreas totais dos condutores contidos num eletroduto não pode ser superior a 53%, 31 % e 40% da área útil do eletroduto, respectivamente para 1,2,3 ou mais condutores. Exemplo Eletroduto de aço - carbono série extra de acordo com a ABNT NBR 5597 contendo 4 condutores isolados (fios) de 4 mm2 e 6 condutores isolados de 10mm2, todos Afumex Plus.  Diâmetro externo (dE) dos condutores (ver catálogo Prysmian) • 4 mm2  dE = 4,1 mm • 10 mm2  dE = 6 mm π dE 2  Área total dos condutores ( A = ____ ) 4,12 • 4 mm2  A = π x ____ = 13,2 mm2 4 62 • 10 mm2  A = π x ____ = 28,3 mm2 4  Área ocupada pelos 10 condutores • At = 4 x 13,2 + 6 x 28,3 = 222,6 mm2  Área útil mínima do eletroduto 222,6 • AU = _____ = 557 mm2 4 0,4 ____ π √ 4AU  Diâmetro interno (mínimo) correspondente DI = ____ ________ π √ 4 x 557 • DI = _______ = 26,6 mm  Na Tabela de dimensões de eletrodutos, no Capítulo 3, verificamos que o eletroduto indicado é o de tamanho nominal 25, cujo diâmetro externo é (33,4 x 0,38) mm e cuja espessura de parede é 3 mm. (*) De acordo com a tabela 48 da ABNT NBR 5410/2004. housepress - versão B - 18/10/2010 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 64 - Capitulo VI
  • 66. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Instalação elétrica de uma unidade residencial (apartamento). Dados iniciais: • alimentação com 2F-N,127/220 V • planta de arquitetura em escala 1:50 • iluminação incandescente (cosΦ = 1) • tomadas de uso geral com cosΦ = 0,8 • tomadas (pontos) de uso específico previstas para: - chuveiro (banheiro)______6000W, cosΦ = 1 - torneira (cozinha)______4400W, cosΦ = 1 - lavadora de roupas (área)______770 VA, cosΦ = 0,8 • instalação com cosΦ = 0,95 • instalação do esquema de aterramento TN Potência instalada (1) Iluminação Entrada, banheiro, hall e área Sala Dormitório 1 Dormitório 2 Cozinha Dependência S < 6 m2  100 VA em cada dependência 26,24 m2 = 6 m2 + 5 x 4 m2 + 0,24 m2 100 VA + 5 x 60 VA = 400 VA 12,87 m2 = 6 m2 + 1 x 4 m2 + 1,31 m2 100 VA + 1 x 60 VA = 160 VA 11,31 m2 = 6 m2 + 1 x 4 m2 + 1,31 m2 100 VA + 1 x 60 VA = 160 VA 9,75 m2 = 6 m2 + 3,75 m2 100 VA Dimensões Potência de iluminação Potência instalada (2) Tomadas de uso geral (tug’s) entrada, banheiro, hall e área S < 6 m2  1 tug de 100 VA na entrada e no hall e 1 de 600 VA no banheiro e na área 22,8 ____ = 3,8  4 tug’s 6 4 x 100 VA = 400 VA 14,4 ____ = 2,4  3 tug’s 6 3 x 100 VA = 300 VA 13,6 ____ = 2,3  3 tug’s 6 3 x 100 VA = 300 VA 12,8 ____ = 3,6  4 tug’s 3,5 3 x 600 VA + 100 VA = 1900 VA Resultado da tabela abaixo PINST.IL = 1200 VA PINST.TUG = 4300 VA PINST.TUE = 11170 VA PINST = 16690 VA sala dormitório 1 dormitório 2 cozinha Área (m2) Perímetro (m) Quantidade Potência (VA) Discriminação Potência (VA) (VA) Tomadas de uso geral Tomadas de uso específico Entrada 2,75 – 100 1 100 – – Sala 26,24 22,8 400 4 400 – – Dormitório 1 12,87 14,4 160 3 300 – – Bamheiro 4,68 – 100 1 600 Chuveiro 6000 Dormitório 2 11,31 13,6 160 3 300 – – Hall 2,34 – 100 1 100 – – Cozinha 9,75 12,8 100 4 1900 Torneira 4400 Área 5,25 – 100 1 600 Lavadora de roupa 770 1220 4300 11170 Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 65 - Capitulo VII
  • 67. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Potência de alimentação • PINST.IL + P INST.TUG = 5520 VA onde g = 0,45 (Fator de demanda, tabela 3, capítulo V) • PA = 5520 x 0,45 + 11170 = 13654 VA Circuitos Circuitos __ S II= B terminais CT U (V) Discriminação B (CT’s) I’B = __ S f S (mm2) IU f N (VA) (A) (A) Vivos PE (A) 1 127 llum. entrada, sala, cozinha, área e hall 800 6,3 0,7 9,0 1,5 – 10 2 127 llum. dormitórios e banheiro 420 3,3 0,8 4,1 1,5 – 10 3 127 Tug’s entrada, sala, dormitórios, banheiro e hall 1800 14,2 0,7 20,3 2,5 2,5 15 4 127 Tug’s cozinha 1900 15,0 0,8 18,8 2,5 2,5 15 5 127 Tug’s área; lavadora de roupa 1370 10,8 0,7 15,4 2,5 2,5 15 6 220 Tue torneira 4400 20,0 0,8 25,0 4 4 25 7 220 Tue chuveiro 6000 27,3 0,8 34,1 6 6 35 Circuito F1 - N F2 - N F1 - F2 VA VA VA 1 800 – – 2 420 – – 3 1800 – – 4 – 1900 – 5 – 1370 – 6 – – 4400 7 – – 6000 Totais 3020 3270 10400 Distribuição nas fases Circuito de I= ______ 13654 distribuição = 62 A  S = 25 mm2 (I= 89 A) B Z 220 ΔU = 1,71 V/A.km (eletroduto não magnético, cosΦ = 0,95) (Tabela 12 capítulo VI) ΔU = 2% de 220 V = 4,4 V 4,4 comprimento máximo (prumada) l max = ________ = 0,041 km = 41 m 62 x 1,71 proteção geral no centro de medição - disjuntor bipolar c/IN = 70 A Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 66 - Capitulo VII
  • 68. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Planta da instalação do exemplo. 5 # 2,5 100 1 d 4 4 6 3 1 3 # 2,5 # 2,5 # 4 4 6 4 100 1 k a # 2,5 # 2,5 6 # 2,5 # 4 3 200 1 b 2.50 d 2.10 20 mm 5 160 2 a 20 mm TORNEIRA 3.90 3.20 # 2,5 # 2,5 # 2,5 # 2,5 # 2,5 3 # 2,5 100 1 h 3 # 2,5 BANHEIRO 3 2 b # 2,5 160 2 c 1 3 b 200 1 c 7 1 5 d # 6 100 2 b QD o 3 1 3 5 100 1 a MLR 5 Á. DE SERVIÇO # 2,5 3 3.30 2.90 3 3 # 2,5 DORMITÓRIO 2.60 20 mm 7 2 # 6 CHUVEIRO 3 7 3 2 # 2,5 DORMITÓRIO COZINHA ENTRADA 3 HALL 1 3 # 2,5 20 mm # 2,5 SALA 3 # 2,5 3 3 2 7 # 6 3 3 3 1.80 3 3 3 20 mm 20 mm 3.90 3 a 1 3 3 b 4 4 2 a a 3 3 1 h 3 2 c c c h b b # 2,5 # 25 # 16 20 mm 4 4 20 mm # 2,5 # 2,5 # 2,5 # 2,5 1 k # 2,5 a b a k 20 mm # 2,5 1 3 bc 3 8.20 3 # 2,5 Os condutores e eletrodutos sem indicações serão = 1,5 mm2 e Ø 16 mm Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 67 - Capitulo VII
  • 69. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Diagrama unifilar do exemplo QD F1 6 id id id 1 5 3 CIRC. 6 Quadro de distribuição Ponto de luz no teto Interruptor simples Interruptor paralelo 70 A 25 A 25 A 10 A 15 A 15 A 15 A 15 A Tomada 127 V, 2 P + T, baixa id id 7 2 4 CIRC. 1 CIRC. 5 CIRC. 3 Tomada 127 V, 2 P + T, média Ponto 220 V, bifásico, médio CIRC. 4 CIRC. 2 CIRC. 7 Ponto 220 V, bifásico, alto Condutores: retorno, fase, neutro e de proteção Eletroduto no teto ou parede Eletroduto no piso Disjuntor termostático diferencial (bipolar), 30 mA Disjuntor termomagnético (unipolar) Disjuntor termomagnético (bipolar) F2 N PE 35 A 35 A 10 A 15 A 15 A Legenda Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 68 - Capitulo VII
  • 70. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Especificação e contagem de componentes do exemplo Especificação e contagem de componentes do exemplo Especificação Quantidade Condutor isolado, 450/750 V, classe de encordoamento 5, com isolação em camada dupla, livre de halogênios, de acordo com a ABNT NBR 13248 (Afumex Plus) 1,5mm2, isolação preta 100 m 1,5mm2, isolação azul-claro 100 m 2,5mm2, isolação preta 170 m 2,5mm2, isolação azul-claro 70 m 2,5mm2, isolação verde-amarelo 70 m 4mm2, isolação preta 20 m 6mm2, isolação preta 30 m Eletroduto rígido de PVC, de acordo com a ABNT NBR 15465 (barras de 3 m) 16 (1/2”) 27 barras 20 (3/4”) 14 barras Disjuntor termo magnético em caixa moldada, de acordo com a ABNT NBR NM 60898, sem fator de correção para temperatura ambiente Unipolar, 10A 2 pç Bipolar, 70A 1 pç Disjuntor termomagnético diferencial em caixa moldada, corrente diferencial nominal de atuação 30 mA Bipolar 15A 3 pç Bipolar 25A 1 pç Bipolar 35A 1 pç Equipamento (com placa) Interruptor simples 3 pç Interruptor paralelo 1 pç 2 interruptores paralelos 1 pç 1 interruptor paralelo + 2 interruptores simples 1 pç 1 interruptor simples + 1 tomada (2P + T) 2 pç Tomada (2P + T) 17 pç Placa para saída de fio 2 pç Plafonier para ponto de luz 9 Pç Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 69 - Capitulo VII
  • 71. CAPÍTULO VII Exemplo de projeto Estimativa de consumo mensal para a unidade residencial do exemplo Ambiente Uso Consumo (kWh) Sala iluminação 0,2 kW x 2h/dia x 30 dias 12,0 tomadas 0,4 kW x 3h/dia x 30 dias (TV) 36,0 Dormitório 1 iluminação 0,1 kW x 1h/dia x 30 dias 3,0 tomadas 0,5 kW x 0,2h/dia x 30 dias 3,0 Dormitório 2 iluminação 0,1 kW x 1h/dia x 30 dias 3,0 tomadas 0,4 kW x 0,2h/dia x 30 dias 2,4 Cozinha iluminação 0,1 kW x 3h/dia x 30 dias 9,0 tomadas 0,3 kW x 0,5h/dia x 30 dias 4,5 geladeira * 0,4 kW x 6h/dia x 30 dias 72,0 freezer * 0,5 kW x 6h/dia x 30 dias 90,0 MLP - Máq. de lavar pratos 2,2 kW x 1h/dia x 30 dias 66,0 torneira 4,4 kW x 1h/dia x 30 dias 132,0 Área de Serviço . iluminação 0,1 kW x 0,5h/dia x 30 dias 1,5 MLR - Máq. de lavar roupas 0,6 kW x 6h/semana x 4 semanas 9,6 Ferro 0,6 kW x 4h/semana x 4 semanas 14,4 Banheiro iluminação 0.1 kW x1h/dia x 30 dias 3,0 tomada 0,1 kWx 0,1h/dia x 30dÍas 0,3 chuveiro 6,0 kW x 1 h/dia x 30 dias 180,0 Total** 641,7 *Para a geladeira e freezer foi computado apenas o tempo de funcionamento dos compressores. ** Este valor é uma estimativa para o consumo de uma família com 4 pessoas e não foram levadas em conta as correntes de partida dos motores (geladeira, freezer, MLR E MLP). Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 70 - Capitulo VII
  • 72. CAPÍTULO VII Anexo - fluxo do cobre 1 - Mineração 2 - Beneficiamento 3 - Redução 4 - Refino eletrolítico 5 - Vergalhão Britagem (0,5 a 2% Cu) Minério de cobre Secagem do concentrado O cobre é, ainda hoje, o metal mais importante para a condução de eletricidade e ainda o será por muito tempo. Por suas propriedades elétricas e mecânicas é, sem sombra de dúvidas, o material ideal para os condutores elétricos, principalmente os de baixa tensão. Condutores elétricos Outros produtos 6 - Trefilação Moagem Flotação Refino a Fogo Anodo Blister Forno conversor Planta de ácido sulfúrico Mate (30 a 50% Cu) Gás Forno reverbéreo Refinação eletrolítica Cátodo Fundição e laminação contínua Vergalhão 1 Mineração O minério de cobre é explorado no Brasil em Jaguararí, na Bahia, Camaquã, no Rio Grande do Sul e inicia-se a produção em Salobo (Carajás) no Pará 2 Beneficiamento O minério contém até cerca de 2% de cobre. É necessário beneficiá-lo e concentrá-lo. O concentrado é um pó escuro com aproximadamente 30% de cobre 3 Redução O concentrado, constituido normalmente de sulfeto de cobre, é reduzido ao metal em etapas metalúrgicas secessivas, que aumentam a pureza do metal. O cobre produzido tem um teor de 99,7% 4 Refino eletrolítico O metal é moldado em peças chamadas anodos. Os anodos são dissolvidos por eletrólise, depositando cobre quase puro (99,99%) nos cátodos Outros produtos Barras, perfis, tubos, tiras, chapas, arames 5 Vergalhão Os cátodos são fundidos, tomando-se cuidado para não contaminar o metal. O cobre fundido passa por máquinas contínuas, onde solidifica, é laminado e forma grandes rolos 6 Trefilação Para produzir os condutores elétricos, o vergalhão de cobre puro passa por diversas fases de trefilação e cozimento Britagem Manual Prysmian de Instalações Elétricas 2010 Pág 71 - Capitulo VII