SlideShare uma empresa Scribd logo
MOHALYI, Yolanda Lederer (1909-1978). Nascida em Kolozsvar (Hungria) e falecida em São
Paulo. Após estudar na Real Academia de Belas Artes de Budapeste, em 1931 emigrou para o
Brasil, fixando-se em São Paulo e logo se integrando ao movimento artístico local, passando a
fazer parte do Grupo dos Sete, ao qual pertenciam entre outros Brecheret e Antonio Gomide.
No dizer de Wolfgang Pfeiffer, um de seus exegetas mais constantes, "suas figuras e
paisagens da época apresentavam motivos com forte concentração formal, seja nas suas
formas compactas, seja nas cores carregadas e densas". Era, em resumo, uma artista que
sentira o impacto do pós-impressionismo e que se avizinhara de um brando expressionismo,
praticando uma arte estribada em denso cromatismo e num desenho discretamente deformado.
Foi com essas pinturas iniciais que, em 1935, conquistou no Salão Paulista de Arte Moderna
uma pequena medalha de ouro.

Ligando-se, em começos da década de 1930, a outros artistas brasileiros ou estrangeiros no
Brasil radicados, sentiu Yolanda Mohalyi a influência toda especial de Segall, mesmo porque
sua pintura possuía evidentes afinidades com a desse grande artista expressionista, oriundo,
como ela própria, da Europa Central. Por algum tempo sua arte será como que um pastiche
atenuado da de Segall, distinguindo-se da produção do mestre apenas por detalhes de
colorido, menos profundo, e de expressão, menos dramática. É que, como escreveu Walter
Zanini, praticava um Expressionismo "sem paixões e veemências", fiel a um "temperamento
introspectivo", suavemente nostálgico e elegíaco.

Durante a década de 1940, continuando embora figurativista, Yolanda Mohalyi afasta-se
paulatinamente da marcante presença de Segall, e tenta estruturar melhor suas composições.
Do mesmo modo, sob o impacto das primeiras Bienais de São Paulo, vai-se afastando aos
poucos da representação das formas e cores naturais, ao mesmo tempo em que se aproxima
do Abstracionismo. Primeiro em guaches, por volta de 1956, logo em seguida em pinturas a
óleo, essa mudança estilística faz-se sentir muito nítida na arte de Mohalyi, que permanecerá
contudo excepcional colorista. E será pela sábia modulação das cores, impregnadas de
luminosidade e transparência, que a artista irá se transformando aos poucos numa das mais
típicas representantes do não-figurativismo expressionista no Brasil, inculcando em toda a sua
produção um extraordinário sentimento cósmico e profundo misticismo. Yolanda Mohalyi, ela
mesma, assim se referiu a essa faceta de sua personalidade, num dos raríssimos momentos
em que se externou sobre a própria arte:

- O subconsciente religioso, na minha vida particular, me equilibra, e na arte me levou a um
profundo sentido místico cósmico, à totalidade, à atividade entre a vida e a morte.

E no que concerne à essência expressionista de sua pintura:

- Além do sentimento puramente humano em relação ao sofrimento humano, tenho, e
certamente todos temos, em escala diferente, uma consciência coletiva que nos questiona, nos
culpa e nos impõe um dever com o próximo. É isto que eu sinto e a que procuro responder.

Yolanda Mohalyi realizou numerosas exposições, a partir da de 1945 no Instituto dos Arquitetos
do Brasil - Seção de São Paulo: em São Paulo em 1950, 1954, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961,
1962, 1964, 1965 (Sala Especial na VIII Bienal), 1971 (Sala Especial na XII Bienal), 1976
(Retrospectiva no Museu de Arte Moderna), 1979 (Sala Póstuma na XVI Bienal); no Rio de
Janeiro (1964, 1965), Nova Iorque (1955, 1970), Buenos Aires (1956), Paris (1957), Munique
(1963), Lima (1964), México (1968), Washington (1970, 1974), etc. Participou também de
importantes coletivas, como as Bienais de São Paulo e Tóquio, Córdoba e Bogotá, mostras de
arte brasileira em Genebra, Zurique, Lugano, Santiago, México, Argentina e Japão, e bem
assim dos Panoramas de Arte Atual Brasileira do MAM de São Paulo, em 1970 e 1973, e da
grande mostra Brasil Bienal Século XX (São Paulo, 1994). Entre suas numerosas premiações,
cite-se a de melhor Pintor Nacional, obtida em 1963 na VII Bienal de São Paulo. Além da
pintura, praticou o vitralismo, fez painéis em mosaico para diversas residências paulistanas e
em 1951 executou um mural na Igreja Cristo Operário em São Paulo. Lecionou ainda, a partir
de 1960 e até 1962, na Escola de Arte da Fundação Armando Álvares Penteado.
Após a morte da pintora, seus familiares doaram ao Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo seus arquivos, bem como um significativo número de pinturas a
óleo e de aquarelas de diferentes fases, possibilitando assim aos estudiosos a recomposição
de toda a sua trajetória estética.

                      Composição, guache e nanquim s/ cartão, 1959;
                    0,74 X 1,10, Museu de Arte Contemporânea da USP.

                             Em alguma parte, óleo s/ tela, 1970;
                    1,75 X 1,50, Museu de Arte Contemporânea da USP.

Mais conteúdo relacionado

DOC
Serpa, ivan ferreira
PPTX
Expressionismo Abstrato
PPTX
1 séc, xx no brasil- o modernismo- lasar segall
PPT
Plano de aula -Arte Contemporânea-Individual
DOC
Flexor, samson
DOC
Schendel hergesheimer, mira
PPTX
Arte Contemporanea no Brasil
PPT
Expressionismo abstrato (1)
Serpa, ivan ferreira
Expressionismo Abstrato
1 séc, xx no brasil- o modernismo- lasar segall
Plano de aula -Arte Contemporânea-Individual
Flexor, samson
Schendel hergesheimer, mira
Arte Contemporanea no Brasil
Expressionismo abstrato (1)

Mais procurados (20)

PPTX
Abstracionismo (Arte Abstrata)
DOCX
Concretismo
PPTX
Missão artistica francesa, academicismo e impressionismo
PPTX
Modernismo america latina
PPT
Helena almeida
DOC
Arte moderna
DOC
Arte alfredo volpi
PPT
Semana 22 parte 1
PDF
97753484 atividade-de-artes-expressionismo
PPTX
PPTX
Século xx no brasil- o modernismo- anita malfatti
PDF
Ensino médio 1o. bimestre- a arte da primeira metade do século xx-expression...
PPT
Semana 22 parte 3
PPTX
NeoConcretismo Brasileiro
PPT
Helena almeida
PPTX
Arte abstrata 1910 1950
PPTX
Caso prático 3 helena almeida
PPTX
Arte abstrata 2019
PPTX
Módulo 5 - Caso Prático Inicial (Helena Almeida)
PDF
Arte contemporanea
Abstracionismo (Arte Abstrata)
Concretismo
Missão artistica francesa, academicismo e impressionismo
Modernismo america latina
Helena almeida
Arte moderna
Arte alfredo volpi
Semana 22 parte 1
97753484 atividade-de-artes-expressionismo
Século xx no brasil- o modernismo- anita malfatti
Ensino médio 1o. bimestre- a arte da primeira metade do século xx-expression...
Semana 22 parte 3
NeoConcretismo Brasileiro
Helena almeida
Arte abstrata 1910 1950
Caso prático 3 helena almeida
Arte abstrata 2019
Módulo 5 - Caso Prático Inicial (Helena Almeida)
Arte contemporanea
Anúncio

Destaque (20)

PDF
Practicas que faltan
PDF
Joao e lainine
DOCX
Final fantasy retrospectiva
DOC
Uma pista para a gincana1
PDF
O dia de sao[1]
PPTX
modalidad
PDF
IMA- Portaria 1.091, de 4 de outubro de 2010
PDF
Cv blogue
PDF
Pranchas 1 e 2
DOCX
Foto mama
PDF
Res. 014 09 - ppp história
PDF
His m03t088
PDF
Res. 04 2009 - prazo adequação estatuto
PDF
Etiquetas
PPTX
Biblioteca virtual
PPTX
Poster
PDF
Apresentação1
PPTX
Presentacion del proyecto
PDF
Xornada semanal. 1 2 eso (1)
PDF
Tabela 1° cfc 2010
Practicas que faltan
Joao e lainine
Final fantasy retrospectiva
Uma pista para a gincana1
O dia de sao[1]
modalidad
IMA- Portaria 1.091, de 4 de outubro de 2010
Cv blogue
Pranchas 1 e 2
Foto mama
Res. 014 09 - ppp história
His m03t088
Res. 04 2009 - prazo adequação estatuto
Etiquetas
Biblioteca virtual
Poster
Apresentação1
Presentacion del proyecto
Xornada semanal. 1 2 eso (1)
Tabela 1° cfc 2010
Anúncio

Semelhante a Mohalyi, yolanda lederer (20)

DOC
Camargo, iberê
PPT
Thiago de carvalho caique xavier
PPTX
Centro de ensino edison lobão bruno
PPTX
Luana lima ribeiro
PPTX
Luana lima ribeiro
DOC
Wega nery
PPT
O modernismo brasileiro
PPT
Expressionismo e surrealismo no brasil
DOC
Tarsila do amaral
DOC
Valentim, rubem
DOC
Gruber, mário
DOC
Valentim
PPS
Galeria de Arte - Expressionismo e Surrealismo no Brasil
DOC
Nery, ismael
DOC
Segall, lasar
PPTX
Centro de ensino sâmela
DOC
Rodrigues, glauco
PPTX
Modernismo brasileiro
Camargo, iberê
Thiago de carvalho caique xavier
Centro de ensino edison lobão bruno
Luana lima ribeiro
Luana lima ribeiro
Wega nery
O modernismo brasileiro
Expressionismo e surrealismo no brasil
Tarsila do amaral
Valentim, rubem
Gruber, mário
Valentim
Galeria de Arte - Expressionismo e Surrealismo no Brasil
Nery, ismael
Segall, lasar
Centro de ensino sâmela
Rodrigues, glauco
Modernismo brasileiro

Mais de deniselugli2 (20)

DOC
Zeferino da costa, joão
DOC
Weingärtner, pedro
DOC
Wakabayashi, kazuo
DOC
Volpi, alfredo
DOC
Vítor meireles de lima
DOC
Visconti, eliseu d'angelo
DOC
Vicente do rego monteiro
DOC
Viaro, guido
DOC
Tozzi, cláudio.
DOC
Timóteo da costa, artur
DOC
Taunay, nicolas antoine
DOC
Sigaud, eugênio de proença
DOC
Seelinger, helios aristides
DOC
Scliar, carlos
DOC
Samico, gilvan
DOC
Sacilotto, luís
DOC
Rugendas, johann moritz
DOC
Rebolo gonzales, francisco
DOC
Ramos, nuno
DOC
Prazeres, heitor dos
Zeferino da costa, joão
Weingärtner, pedro
Wakabayashi, kazuo
Volpi, alfredo
Vítor meireles de lima
Visconti, eliseu d'angelo
Vicente do rego monteiro
Viaro, guido
Tozzi, cláudio.
Timóteo da costa, artur
Taunay, nicolas antoine
Sigaud, eugênio de proença
Seelinger, helios aristides
Scliar, carlos
Samico, gilvan
Sacilotto, luís
Rugendas, johann moritz
Rebolo gonzales, francisco
Ramos, nuno
Prazeres, heitor dos

Último (20)

PDF
E-BOOK-Inovacao-em-Ciencia-e-Tecnologia-de-Alimentos.pdf
PDF
Fiqh da adoração (islamismo)
PPTX
Slides Lição 8, CPAD, Uma Igreja que Enfrenta os seus Problemas, 3Tr25.pptx
PPTX
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
DOCX
PLANEJAMENTO QUINZENAL - 18.08.2025 à 29.08.2025 - 2ºANO - PROFESSORA PATRÍCI...
PPTX
PERÍODO SIMPLES - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - Valdeci.pptx
PPTX
matriaesuastransformaes-1ano-230402203238-f3b10049.pptx
DOC
PPP 2024 (2) (2) feito EM REELABORAÇÃO MORENA ( ABRIL 2024).doc
PPSX
A epistemologia de Wilheim G Leibniz.ppsx
PPTX
BIÓTICOS E ABIOTICOS CADEIA ALIMENTAR.pptx
PPTX
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
PPTX
Fronteiras e soberania..........................pptx
PPTX
AULA 01 - INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO HUMANIZADO.pptx
PPTX
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
PDF
HORÁRIO GERAL SIGAA 2025_PRÉVIA_SIGAA-1.pdf
PDF
HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES...
PPTX
1. A Cultura do Palco - muitos palcos, um espetáculo.pptx
PPTX
4. A cultura do cinema e as vanguardas.pptx
PDF
Urbanização no Brasil LEVANDO EM CONTA CONCEITOS
PPTX
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx
E-BOOK-Inovacao-em-Ciencia-e-Tecnologia-de-Alimentos.pdf
Fiqh da adoração (islamismo)
Slides Lição 8, CPAD, Uma Igreja que Enfrenta os seus Problemas, 3Tr25.pptx
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
PLANEJAMENTO QUINZENAL - 18.08.2025 à 29.08.2025 - 2ºANO - PROFESSORA PATRÍCI...
PERÍODO SIMPLES - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - Valdeci.pptx
matriaesuastransformaes-1ano-230402203238-f3b10049.pptx
PPP 2024 (2) (2) feito EM REELABORAÇÃO MORENA ( ABRIL 2024).doc
A epistemologia de Wilheim G Leibniz.ppsx
BIÓTICOS E ABIOTICOS CADEIA ALIMENTAR.pptx
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
Fronteiras e soberania..........................pptx
AULA 01 - INTRODUÇÃO AO ATENDIMENTO HUMANIZADO.pptx
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
HORÁRIO GERAL SIGAA 2025_PRÉVIA_SIGAA-1.pdf
HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES...
1. A Cultura do Palco - muitos palcos, um espetáculo.pptx
4. A cultura do cinema e as vanguardas.pptx
Urbanização no Brasil LEVANDO EM CONTA CONCEITOS
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx

Mohalyi, yolanda lederer

  • 1. MOHALYI, Yolanda Lederer (1909-1978). Nascida em Kolozsvar (Hungria) e falecida em São Paulo. Após estudar na Real Academia de Belas Artes de Budapeste, em 1931 emigrou para o Brasil, fixando-se em São Paulo e logo se integrando ao movimento artístico local, passando a fazer parte do Grupo dos Sete, ao qual pertenciam entre outros Brecheret e Antonio Gomide. No dizer de Wolfgang Pfeiffer, um de seus exegetas mais constantes, "suas figuras e paisagens da época apresentavam motivos com forte concentração formal, seja nas suas formas compactas, seja nas cores carregadas e densas". Era, em resumo, uma artista que sentira o impacto do pós-impressionismo e que se avizinhara de um brando expressionismo, praticando uma arte estribada em denso cromatismo e num desenho discretamente deformado. Foi com essas pinturas iniciais que, em 1935, conquistou no Salão Paulista de Arte Moderna uma pequena medalha de ouro. Ligando-se, em começos da década de 1930, a outros artistas brasileiros ou estrangeiros no Brasil radicados, sentiu Yolanda Mohalyi a influência toda especial de Segall, mesmo porque sua pintura possuía evidentes afinidades com a desse grande artista expressionista, oriundo, como ela própria, da Europa Central. Por algum tempo sua arte será como que um pastiche atenuado da de Segall, distinguindo-se da produção do mestre apenas por detalhes de colorido, menos profundo, e de expressão, menos dramática. É que, como escreveu Walter Zanini, praticava um Expressionismo "sem paixões e veemências", fiel a um "temperamento introspectivo", suavemente nostálgico e elegíaco. Durante a década de 1940, continuando embora figurativista, Yolanda Mohalyi afasta-se paulatinamente da marcante presença de Segall, e tenta estruturar melhor suas composições. Do mesmo modo, sob o impacto das primeiras Bienais de São Paulo, vai-se afastando aos poucos da representação das formas e cores naturais, ao mesmo tempo em que se aproxima do Abstracionismo. Primeiro em guaches, por volta de 1956, logo em seguida em pinturas a óleo, essa mudança estilística faz-se sentir muito nítida na arte de Mohalyi, que permanecerá contudo excepcional colorista. E será pela sábia modulação das cores, impregnadas de luminosidade e transparência, que a artista irá se transformando aos poucos numa das mais típicas representantes do não-figurativismo expressionista no Brasil, inculcando em toda a sua produção um extraordinário sentimento cósmico e profundo misticismo. Yolanda Mohalyi, ela mesma, assim se referiu a essa faceta de sua personalidade, num dos raríssimos momentos em que se externou sobre a própria arte: - O subconsciente religioso, na minha vida particular, me equilibra, e na arte me levou a um profundo sentido místico cósmico, à totalidade, à atividade entre a vida e a morte. E no que concerne à essência expressionista de sua pintura: - Além do sentimento puramente humano em relação ao sofrimento humano, tenho, e certamente todos temos, em escala diferente, uma consciência coletiva que nos questiona, nos culpa e nos impõe um dever com o próximo. É isto que eu sinto e a que procuro responder. Yolanda Mohalyi realizou numerosas exposições, a partir da de 1945 no Instituto dos Arquitetos do Brasil - Seção de São Paulo: em São Paulo em 1950, 1954, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 (Sala Especial na VIII Bienal), 1971 (Sala Especial na XII Bienal), 1976 (Retrospectiva no Museu de Arte Moderna), 1979 (Sala Póstuma na XVI Bienal); no Rio de Janeiro (1964, 1965), Nova Iorque (1955, 1970), Buenos Aires (1956), Paris (1957), Munique (1963), Lima (1964), México (1968), Washington (1970, 1974), etc. Participou também de importantes coletivas, como as Bienais de São Paulo e Tóquio, Córdoba e Bogotá, mostras de arte brasileira em Genebra, Zurique, Lugano, Santiago, México, Argentina e Japão, e bem assim dos Panoramas de Arte Atual Brasileira do MAM de São Paulo, em 1970 e 1973, e da grande mostra Brasil Bienal Século XX (São Paulo, 1994). Entre suas numerosas premiações, cite-se a de melhor Pintor Nacional, obtida em 1963 na VII Bienal de São Paulo. Além da pintura, praticou o vitralismo, fez painéis em mosaico para diversas residências paulistanas e em 1951 executou um mural na Igreja Cristo Operário em São Paulo. Lecionou ainda, a partir de 1960 e até 1962, na Escola de Arte da Fundação Armando Álvares Penteado.
  • 2. Após a morte da pintora, seus familiares doaram ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo seus arquivos, bem como um significativo número de pinturas a óleo e de aquarelas de diferentes fases, possibilitando assim aos estudiosos a recomposição de toda a sua trajetória estética. Composição, guache e nanquim s/ cartão, 1959; 0,74 X 1,10, Museu de Arte Contemporânea da USP. Em alguma parte, óleo s/ tela, 1970; 1,75 X 1,50, Museu de Arte Contemporânea da USP.