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Optimized Production Technology
(Tecnologia de Produção Otimizada)
   Inicialmente desenvolvida em 1978, com o
    nome de Optimized Production Timetables
    (Produção otimizada a horários), por um
    grupo de pesquisadores israelenses - tendo à
    frente o Dr. Eliyahu Moshe Goldratt (1947 –
    2011) -, passou a ser denominada Optimized
    Production Technology em 1982, com o
    lançamento de um software para aplicação de
    seus conceitos em empresas.
   O desenvolvimento do software OPT inspirou
    a criação, pelo Dr. Goldratt, da Teoria das
    Restrições, que tem como postulado que todo
    sistema possui restrições que limitam seu
    negócio. A teoria fornece, então, uma série
    de ferramentas para identificá-las e tratá-las.
   A Optimized Production Technology
    (Tecnologia de Produção Otimizada) é um
    sistema de programação da produção que
    leva em consideração três elementos básicos:
    ◦ o fluxo de materiais passando pela linha de
      produção (throughput);
    ◦ o estoque;
    ◦ os gastos (despesas) operativos.
   Fluxo ou ganho: refere-se à velocidade com a
    qual o sistema gera dinheiro através das vendas
    dos produtos.
   Estoques: representa todo gasto realizado no
    processo de geração de dinheiro. Inclui matéria-
    prima, produtos em processo e os produtos
    fabricados e não vendidos.
   Gastos operativos: é todo gasto realizado no
    sistema para converter o estoque em dinheiro
    (fluxo), excluindo o custo da matéria-prima.
    Inclui gastos com mão-de-obra, energia elétrica,
    manutenção, depreciação, etc.
   Segundo a OPT, para que a empresa ganhe
    mais dinheiro, é preciso que, no nível da
    fábrica, aumente-se o fluxo de materiais e,
    ao mesmo tempo, reduza-se o estoque e os
    gastos operativos.
   Para a aplicação da OPT em um processo
    produtivo, devemos considerar dois tipos de
    recursos:
    ◦ recurso gargalo;
    ◦ recurso não-gargalo.
   Recurso gargalo: são aqueles que provocam
    uma redução no fluxo produtivo. Apresentam
    velocidade e disponibilidade inferior aos
    demais componentes da linha de produção;

   Recurso não-gargalo: são aqueles que não
    provocam nenhuma alteração no fluxo.
    Apresentam capacidade superior àquela
    exigida pelo fluxo;
   Um recurso pode ser entendido como
    sendo qualquer elemento necessário
    para a produção de um produto, como
    pessoas, maquinaria, dispositivos,
    instrumentos de medida, espaço, etc.
   Todo o método OPT baseia-se na gestão da
    empresa a partir dos seus gargalos. Um
    gargalo pode ser uma máquina ou uma
    oficina cuja capacidade real de produção
    pode ser inferior à procura do mercado. Esses
    gargalos definem as condições de produção
    de uma empresa, sendo necessário levá-los
    em consideração para melhor gerir a
    empresa.
   Uma vez identificados os recursos da
    empresa e feita a categorização de gargalos e
    não-gargalos, é possível a aplicação dos
    princípios da OPT no processo produtivo.

   Dado que, numa linha de produção, surgirão
    uma série de imprevistos, o importante é
    controlar o fluxo, não a capacidade. Este é o
    1º princípio (ou regra) e a, partir dele,
    derivam os outros.
   1º princício: Balancear o fluxo e não a
    capacidade
    ◦ Dado que a capacidade está sujeita a inúmeros
      imprevistos, o importante é conseguir fazer com
      que o fluxo esteja equilibrado, ou seja, encontrar
      um equilíbrio na forma como a empresa gera
      dinheiro e outros recursos. Isso é feito
      identificando os gargalos no sistema.
   2º princício: O nível de utilização de um não-
    gargalo não é determinado pelo seu próprio
    potencial, mas por outras imposições do
    sistema
    ◦ Um recurso não-gargalo pode ser restringido por
      recursos gargalo ou imposições do mercado.
   3º princício: Utilização e ativação de um
    recurso não são sinônimos
    ◦ Recursos devem ser ativados apenas na medida em
      que incrementarem o fluxo produtivo, ficando
      parados sempre que atingirem a limitação dos
      gargalos.
    ◦ A ativação de um recurso não gargalo (seu uso
      além das limitações impostas pelos gargalos) só
      serve para gerar estoques, aumentando os gastos
      operacionais e de estoque.
   4º princício: Um imprevisto/aperfeiçoamento
    de um recurso gargalo afeta todo o sistema
    ◦ Já que são os recursos gargalo que limitam todo o
      sistema, qualquer alteração em seu funcionamento
      será refletida no restante do sistema.
   5º princício: O aperfeiçoamento de um
    recurso não gargalo é uma ilusão
    ◦ O aperfeiçoamento de um recurso não gargalo
      aumentará o estoque, já que os recursos gargalos
      não conseguirão absorver esse ganho.
   6º princício: O lote de transferência não pode
    ser - e, frequentemente, não deveria ser -
    maior que o lote de processamento
    ◦ Lote de processamento é aquele a ser processado
      por um centro de trabalho entre duas preparações
      sucessivas.
    ◦ Lote de transferencia é a quantidade de itens
      transferidos de um centro de trabalho para outro.
    ◦ A aplicação desse princípio permite que os lotes
      sejam divididos, reduzindo o tempo de fabricação
      dos produtos.
   7º princício: Os lotes de processamento
    devem ser variáveis e não fixos
    ◦ Num recurso gargalo, os lotes devem ser
      suficientemente grandes para minimizar os tempos
      unitários de preparação.
    ◦ Em recursos não gargalos, os lotes devem ser
      pequenos para reduzir os custos de estoque em
      processo e agilizar o fluxo de produção dos
      gargalos.
   8º princício: Os recursos gargalo, além de
    definirem o fluxo do sistema, também
    definem os seus estoques
    ◦ Para permitir a máxima utilização dos recursos
      gargalos (reduzindo seu impacto no sistema), deve-
      se programar a produção de acordo com as
      restrições, como também projetar estoques de
      segurança na frente dos mesmos, buscando evitar
      interrupções no fluxo.
   9º princício: A programação de atividades e a
    capacidade produtiva devem ser consideradas
    simultaneamente e não sequencialmente
    ◦ Considerando as limitações de capacidade dos
      recursos gargalos, o sistema OPT decide por
      prioridades na ocupação destes recursos e, com
      base na sequência definida, calcula como resultado
      os lead times e, portanto, pode programar melhor a
      produção.
   Inicialmente, é feita a identificação de todos
    os recursos a serem utilizados nos processos
    de produção, sejam eles externos ou não
    (matéria-prima, subprodutos, equipamentos,
    etc.), e quais as restrições existentes (limite
    da capacidade de produção , procura do
    mercado ou restrições da própria empresa).
   Começando pelos recursos críticos que
    existem no processo de produção, o OPT
    identifica estes recursos como os que irão
    definir o ritmo e o volume de produção do
    sistema.

   É feita, então, a programação da produção
    máxima para estes recursos de acordo com
    as necessidades existentes.
   Em seguida, tenta-se prever todos os
    acontecimentos possíveis de atrasar a
    produção relacionados a recursos existentes
    ou com o fornecimento das matérias.

   Criam-se, então, estoques de segurança, que
    servirão para diminuir o risco de parada da
    linha de produção.
   Finalmente, é definido um circuito virtual, de
    modo a que sempre que aconteça a saída de
    uma unidade do depósito, inicie-se o
    processo de produção de outra.

   Assim, garante-se a produção contínua e,
    consequentemente, mantém-se o estoque
    dessa matéria com o mesmo valor do estoque
    de segurança.
   O sistema OPT utiliza uma terminologia para
    explicar sua abordagem de planejamento e
    controle:
    ◦ Tambor: centros de trabalho gargalo, já que dita o
      ritmo da produção;
    ◦ Corda: circuito virtual da produção (linha de
      produção);
    ◦ Pulmões: estoques de segurança que mantém os
      recursos gargalo sempre ativos .
   "Tecnologia da Produção Otimizada E Teoria das
    Restrições". Site:
    http://www.univasf.edu.br/~cprod/disciplinas/PROD0048/Aula%
    2004/TOC.pdf. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.
   "OPT - Teoria das Restrições". Site:
    http://amigonerd.net/trabalho/12723-opt-teoria-das-
    restricoes. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.
   "OPT - Optimized Production Tecnology - Gestão a
    partir de Gargalos!". Site:
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   "Planejamento e controle da produção". Site:
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   "Optimized Production Technology". Site:
    http://bulatov.org.ua/teaching_courses/logistics_files/Logistics%
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   "Theory of Constraints Summary". Site:
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OPT - Optimized Production Technology

  • 2. Inicialmente desenvolvida em 1978, com o nome de Optimized Production Timetables (Produção otimizada a horários), por um grupo de pesquisadores israelenses - tendo à frente o Dr. Eliyahu Moshe Goldratt (1947 – 2011) -, passou a ser denominada Optimized Production Technology em 1982, com o lançamento de um software para aplicação de seus conceitos em empresas.
  • 3. O desenvolvimento do software OPT inspirou a criação, pelo Dr. Goldratt, da Teoria das Restrições, que tem como postulado que todo sistema possui restrições que limitam seu negócio. A teoria fornece, então, uma série de ferramentas para identificá-las e tratá-las.
  • 4. A Optimized Production Technology (Tecnologia de Produção Otimizada) é um sistema de programação da produção que leva em consideração três elementos básicos: ◦ o fluxo de materiais passando pela linha de produção (throughput); ◦ o estoque; ◦ os gastos (despesas) operativos.
  • 5. Fluxo ou ganho: refere-se à velocidade com a qual o sistema gera dinheiro através das vendas dos produtos.  Estoques: representa todo gasto realizado no processo de geração de dinheiro. Inclui matéria- prima, produtos em processo e os produtos fabricados e não vendidos.  Gastos operativos: é todo gasto realizado no sistema para converter o estoque em dinheiro (fluxo), excluindo o custo da matéria-prima. Inclui gastos com mão-de-obra, energia elétrica, manutenção, depreciação, etc.
  • 6. Segundo a OPT, para que a empresa ganhe mais dinheiro, é preciso que, no nível da fábrica, aumente-se o fluxo de materiais e, ao mesmo tempo, reduza-se o estoque e os gastos operativos.
  • 7. Para a aplicação da OPT em um processo produtivo, devemos considerar dois tipos de recursos: ◦ recurso gargalo; ◦ recurso não-gargalo.
  • 8. Recurso gargalo: são aqueles que provocam uma redução no fluxo produtivo. Apresentam velocidade e disponibilidade inferior aos demais componentes da linha de produção;  Recurso não-gargalo: são aqueles que não provocam nenhuma alteração no fluxo. Apresentam capacidade superior àquela exigida pelo fluxo;
  • 9. Um recurso pode ser entendido como sendo qualquer elemento necessário para a produção de um produto, como pessoas, maquinaria, dispositivos, instrumentos de medida, espaço, etc.
  • 10. Todo o método OPT baseia-se na gestão da empresa a partir dos seus gargalos. Um gargalo pode ser uma máquina ou uma oficina cuja capacidade real de produção pode ser inferior à procura do mercado. Esses gargalos definem as condições de produção de uma empresa, sendo necessário levá-los em consideração para melhor gerir a empresa.
  • 11. Uma vez identificados os recursos da empresa e feita a categorização de gargalos e não-gargalos, é possível a aplicação dos princípios da OPT no processo produtivo.  Dado que, numa linha de produção, surgirão uma série de imprevistos, o importante é controlar o fluxo, não a capacidade. Este é o 1º princípio (ou regra) e a, partir dele, derivam os outros.
  • 12. 1º princício: Balancear o fluxo e não a capacidade ◦ Dado que a capacidade está sujeita a inúmeros imprevistos, o importante é conseguir fazer com que o fluxo esteja equilibrado, ou seja, encontrar um equilíbrio na forma como a empresa gera dinheiro e outros recursos. Isso é feito identificando os gargalos no sistema.
  • 13. 2º princício: O nível de utilização de um não- gargalo não é determinado pelo seu próprio potencial, mas por outras imposições do sistema ◦ Um recurso não-gargalo pode ser restringido por recursos gargalo ou imposições do mercado.
  • 14. 3º princício: Utilização e ativação de um recurso não são sinônimos ◦ Recursos devem ser ativados apenas na medida em que incrementarem o fluxo produtivo, ficando parados sempre que atingirem a limitação dos gargalos. ◦ A ativação de um recurso não gargalo (seu uso além das limitações impostas pelos gargalos) só serve para gerar estoques, aumentando os gastos operacionais e de estoque.
  • 15. 4º princício: Um imprevisto/aperfeiçoamento de um recurso gargalo afeta todo o sistema ◦ Já que são os recursos gargalo que limitam todo o sistema, qualquer alteração em seu funcionamento será refletida no restante do sistema.
  • 16. 5º princício: O aperfeiçoamento de um recurso não gargalo é uma ilusão ◦ O aperfeiçoamento de um recurso não gargalo aumentará o estoque, já que os recursos gargalos não conseguirão absorver esse ganho.
  • 17. 6º princício: O lote de transferência não pode ser - e, frequentemente, não deveria ser - maior que o lote de processamento ◦ Lote de processamento é aquele a ser processado por um centro de trabalho entre duas preparações sucessivas. ◦ Lote de transferencia é a quantidade de itens transferidos de um centro de trabalho para outro. ◦ A aplicação desse princípio permite que os lotes sejam divididos, reduzindo o tempo de fabricação dos produtos.
  • 18. 7º princício: Os lotes de processamento devem ser variáveis e não fixos ◦ Num recurso gargalo, os lotes devem ser suficientemente grandes para minimizar os tempos unitários de preparação. ◦ Em recursos não gargalos, os lotes devem ser pequenos para reduzir os custos de estoque em processo e agilizar o fluxo de produção dos gargalos.
  • 19. 8º princício: Os recursos gargalo, além de definirem o fluxo do sistema, também definem os seus estoques ◦ Para permitir a máxima utilização dos recursos gargalos (reduzindo seu impacto no sistema), deve- se programar a produção de acordo com as restrições, como também projetar estoques de segurança na frente dos mesmos, buscando evitar interrupções no fluxo.
  • 20. 9º princício: A programação de atividades e a capacidade produtiva devem ser consideradas simultaneamente e não sequencialmente ◦ Considerando as limitações de capacidade dos recursos gargalos, o sistema OPT decide por prioridades na ocupação destes recursos e, com base na sequência definida, calcula como resultado os lead times e, portanto, pode programar melhor a produção.
  • 21. Inicialmente, é feita a identificação de todos os recursos a serem utilizados nos processos de produção, sejam eles externos ou não (matéria-prima, subprodutos, equipamentos, etc.), e quais as restrições existentes (limite da capacidade de produção , procura do mercado ou restrições da própria empresa).
  • 22. Começando pelos recursos críticos que existem no processo de produção, o OPT identifica estes recursos como os que irão definir o ritmo e o volume de produção do sistema.  É feita, então, a programação da produção máxima para estes recursos de acordo com as necessidades existentes.
  • 23. Em seguida, tenta-se prever todos os acontecimentos possíveis de atrasar a produção relacionados a recursos existentes ou com o fornecimento das matérias.  Criam-se, então, estoques de segurança, que servirão para diminuir o risco de parada da linha de produção.
  • 24. Finalmente, é definido um circuito virtual, de modo a que sempre que aconteça a saída de uma unidade do depósito, inicie-se o processo de produção de outra.  Assim, garante-se a produção contínua e, consequentemente, mantém-se o estoque dessa matéria com o mesmo valor do estoque de segurança.
  • 25. O sistema OPT utiliza uma terminologia para explicar sua abordagem de planejamento e controle: ◦ Tambor: centros de trabalho gargalo, já que dita o ritmo da produção; ◦ Corda: circuito virtual da produção (linha de produção); ◦ Pulmões: estoques de segurança que mantém os recursos gargalo sempre ativos .
  • 26. "Tecnologia da Produção Otimizada E Teoria das Restrições". Site: http://www.univasf.edu.br/~cprod/disciplinas/PROD0048/Aula% 2004/TOC.pdf. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.  "OPT - Teoria das Restrições". Site: http://amigonerd.net/trabalho/12723-opt-teoria-das- restricoes. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.  "OPT - Optimized Production Tecnology - Gestão a partir de Gargalos!". Site: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/opt- optimized-production-tecnology-gestao-a-partir-de- gargalos/45113/. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.
  • 27. "Planejamento e controle da produção". Site: http://www.eps.ufsc.br/disserta96/armando/cap3/cap3.htm. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.  "Optimized Production Technology". Site: http://bulatov.org.ua/teaching_courses/logistics_files/Logistics% 20Lec2%20OPT.pdf. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.  "Theory of Constraints Summary". Site: http://www.pinnacle- strategies.com/Theory%20of%20Constraints.htm. Acessado em: 10/03/2012, 17:30.