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Praxe   Integração ou Humilhação?
A Praxe Académica é um conjunto de tradições, usos e costumes académicos que se praticam e repetem ao longo dos anos. Fortemente ligada ao conceito de  Praxe Académica , está a tradição de integrar os caloiros na sua nova escola e nos próprios costumes.
Os alunos são integrados na vida académica pela praxe, pelos seus “doutores” e pela socialização com os pares. as actividades que compõem o "gozo ao caloiro" incluem comer sem recorrer a talheres, cantar em conjunto ou a solo, banhar-se em fontes públicas, etc... Embora estas actividades sejam aparentemente pacíficas, os excessos e os efeitos que causam nos alunos que as praticam, são mais controversos
Apesar desta aparente facilidade de integração, há alunos que não a sentem. Muitos deles interpretam a praxe com uma humilhação uma vez que são levados a experimentar actos que nunca antes imaginaram fazer. Segundo alguns alunos: « A praxe é um espaço sem graça nenhuma em que se cai constantemente na piada sexual e no exagero de situações ridículas e muitas vezes humilhantes, como as ofensas pessoais.
Anti-praxe Na sequência do que os alunos consideram humilhante, há aqueles que se declaram anti-praxe, isto é, não participam nem na praxe nem na tradição académica. Como consequência  estes alunos são descriminados. Ser anti-praxe não é ser contra a Academia ou contra a Universidade, muitos fazem passar a imagem de que a praxe é o que melhor representa a Academia e quem é contra a praxe é contra tudo.  Não pode andar trajado,  uma vez que o traje é sinónimo de status universitário, de poder na praxe (todas as religiões têm trajes próprios para identificar os seus seguidores e os dirigentes têm também roupas próprias), um aluno anti-praxe assume-se contra a praxe e por isso não pode usá-lo.
Independentemente dos contras, a praxe continua sem sombra de dúvidas, a ser uma das maiores tradições académicas de todas as universidades do país e uma das formas de integração do aluno na vida académica. Embora nem todos concordem, todos os alunos são livres de participar ou não na mesma.

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Praxe

  • 1. Praxe Integração ou Humilhação?
  • 2. A Praxe Académica é um conjunto de tradições, usos e costumes académicos que se praticam e repetem ao longo dos anos. Fortemente ligada ao conceito de Praxe Académica , está a tradição de integrar os caloiros na sua nova escola e nos próprios costumes.
  • 3. Os alunos são integrados na vida académica pela praxe, pelos seus “doutores” e pela socialização com os pares. as actividades que compõem o "gozo ao caloiro" incluem comer sem recorrer a talheres, cantar em conjunto ou a solo, banhar-se em fontes públicas, etc... Embora estas actividades sejam aparentemente pacíficas, os excessos e os efeitos que causam nos alunos que as praticam, são mais controversos
  • 4. Apesar desta aparente facilidade de integração, há alunos que não a sentem. Muitos deles interpretam a praxe com uma humilhação uma vez que são levados a experimentar actos que nunca antes imaginaram fazer. Segundo alguns alunos: « A praxe é um espaço sem graça nenhuma em que se cai constantemente na piada sexual e no exagero de situações ridículas e muitas vezes humilhantes, como as ofensas pessoais.
  • 5. Anti-praxe Na sequência do que os alunos consideram humilhante, há aqueles que se declaram anti-praxe, isto é, não participam nem na praxe nem na tradição académica. Como consequência estes alunos são descriminados. Ser anti-praxe não é ser contra a Academia ou contra a Universidade, muitos fazem passar a imagem de que a praxe é o que melhor representa a Academia e quem é contra a praxe é contra tudo. Não pode andar trajado, uma vez que o traje é sinónimo de status universitário, de poder na praxe (todas as religiões têm trajes próprios para identificar os seus seguidores e os dirigentes têm também roupas próprias), um aluno anti-praxe assume-se contra a praxe e por isso não pode usá-lo.
  • 6. Independentemente dos contras, a praxe continua sem sombra de dúvidas, a ser uma das maiores tradições académicas de todas as universidades do país e uma das formas de integração do aluno na vida académica. Embora nem todos concordem, todos os alunos são livres de participar ou não na mesma.