Vanessa Cunha
   O agente etiológico da toxoplasmose é
    Toxoplasma gondii.
   Para melhor compreensão, foram divididos
    em quatro ciclos biológicos separando a
    toxoplasmose congênita, do processo que
    ocorre nos felinos, relação com os herbívoros
    e nos humanos.
Cisto   Taquizoítos   Bradizoítos
   Inicialmente, ocorre a ingestão dos cistos na
    carne mal passada ou mal cozida. Esses cistos
    possuem, em seu interior, bradizoítos
    (formas de replicação lenta).
   No intestino, os bradizoítos são liberados do
    cisto e se transformam em taquizoítos, que
    podem invadir células vizinhas.
   Ao invadi-las, transformam-se em bradizoítos
    novamente e assim sucessivamente.
Mãe          Feto


   Passagem dos taquizoítos da mãe (via
    placentária) para o feto, contaminando-o.
Cistos        Oocisto



Bradizoítos   Gametócitos



Esquizontes   Merozoítos
 Os felinos alimentam-se de alguma carne contendo
  cistos, cujo interior possui bradizoítos.
 No intestino, a parede dos cistos é digerida e são
  liberados os bradizoítos que penetram nas células
  epiteliais e sofrem diversas divisões do núcleo,
  formando os esquizontes (células multinucleadas).
 Ao romper as células, os merozoítos são liberados.
  Estes podem invadir outras céllas e formar bradizoítos
  (consequentemente, taquizoítos).
 Entretanto, alguns merozoítos formam gametócitos
  (feminino e masculino). Ao ocorrer a fertilização, é
  formado o oocisto que será eliminado nas fezes.
Oocisto   Esporozoíto   Herbívoros
   O       oocisto      sofre       esporulação
    (amadurecimento) no solo, formando os
    esporozoítos.
   Os herbívoros contaminam-se ao ingerir o
    oocisto esporulado, ou seja, os esporozoítos
    presentes no solo.

Obs: humanos e felinos podem se contaminar
 dessa forma também!
   Tratamento: combinação de sulfadiazina e
    pirimetamina.
   Manifestação     clínica:   geralmente      é
    assintomático, mas em alguns casos ocorrem
    linfadenomegalia,     hepatoesplenomegalia,
    hepatite, pneumoite e miocardite. A forma
    congênita pode causar lesões oculares
    (nistagmo ou estrabismo, por exemplo) e do
    SNC (hidrocefalia e microcefalia, por ex.) ou
    abortos.
   Diagnóstico:     pesquisa    de    anticorpos
    específicos. Na fase aguda, apresenta picos
    de IgG, com presença de IgM. Já na fase de
    transição, a IgM está presente em baixa
    quantidade e IgG em maior número. Na fase
    crônica encontra-se baixos IgG e ausência de
    IgM.
   Profilaxia: pré-natal, cozimento adequado de
    carnes e evitar contato com fezes de gato.
   O agente etiológico da doença de chagas é o
    Trypanosoma cruzi.
   O vetor transmissor da doença é o Triatoma
    infestans, popularmente chamado de
    barbeiro.
Tripomastigota
         metacíclico


Epimastigota     Amastigota


       Tripomastigota
          sanguíneo
 Ao se alimentar, o barbeiro defeca. A pessoa, ao
  coçar, faz com que o tripomastigota presente
  nas fezes do barbeiro possa infectá-la, visto que
  só é capaz de invadir a mucosa ou tecido lesado.
 O tripomastigota metacíclico invade ativamente
  células nucleadas, vivendo no citosol da célula
  ao se transformar em amastigota, formando um
  vacúolo parasitóforo que se funde com
  lisossomos. Dentro de célula se transformará em
  tripomastigota sanguíneo.
   Quando o vetor sugar o sangue do
    hospedeiro, vai ingerir também o
    tripomastigota sanguíneo que, no interior do
    barbeiro, se transformará em epimastigota.
    O epimastigota se divide por divisão binária
    no intestino do vetor e, depois, se transforma
    em tripomastigota metacíclico.
 Tratamento: bendonidazol.
 Diagnóstico: cultivo de barbeiros saudáveis
  (alimentam-se do sangue do paciente e procura-se
  por tripomastigotas nas fezes do barbeiro), pesquisa
  dos anticorpos da doença e método da gota espessa.
 Profilaxia: eliminação do vetor, inseticidas, telas e
  limpeza do peridomicílio.
 Transmissão: congênita, transfusão e através do
  vetor. Espirros de sangue na mucosa também podem
  ocasionar a doença.
Obs: animais, exceto aves, são reservatórios – ou seja,
  possuem o protozoário, mas não apresentam a
  doença.
 Manifestação clínica:
Forma aguda: 1-4 meses. Grande quantidade
  de tripomastigota na corrente sanguínea,
  miocardites, encefalites e sinal de Romanã
  (inflamação do local da picada, chamado
  também de chagoma de inoculação).
Forma indeterminada: pode desenvolver ou
  não a doença.
Forma crônica: nenhum sinal aparente, baixa
  parasitismo e cardiopatias.

Mais conteúdo relacionado

PPTX
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
PPT
Toxoplasmose
PPTX
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
PPT
Doenças causadas por protozoários Sem estruturas locomotoras
PPT
Toxoplasmose
PPTX
Doenças causadas por protozoários (protozooses) 3º ANO
DOC
toxoplasmose
PPT
Aula toxoplasmose
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Toxoplasmose
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários Sem estruturas locomotoras
Toxoplasmose
Doenças causadas por protozoários (protozooses) 3º ANO
toxoplasmose
Aula toxoplasmose

Mais procurados (18)

PPT
Protozooses
PPT
Protozooses
DOCX
Toxoplasma gondii
PDF
PPT
PPT
Estudo dos protozoários (versão para aula)
PPTX
Protozooses
PPTX
Helmintos - Enfermegem
PPT
2.protozooses3m
PPT
Parasitas
PDF
Aula 2 t cruzi e chagas
PPTX
Helmintos (1)
PPT
Revisão para a globalizada
PPTX
Parasitoses
PPT
Protozooses
PPT
Protozoários
PDF
Malária
PDF
Aula 21 protozoários parasitas
Protozooses
Protozooses
Toxoplasma gondii
Estudo dos protozoários (versão para aula)
Protozooses
Helmintos - Enfermegem
2.protozooses3m
Parasitas
Aula 2 t cruzi e chagas
Helmintos (1)
Revisão para a globalizada
Parasitoses
Protozooses
Protozoários
Malária
Aula 21 protozoários parasitas
Anúncio

Semelhante a Protozooses – II (20)

DOCX
Resumo parasitologia 3
PPTX
Protozooses
PPTX
Protozoários - características e protozooses
PPT
Aula Protozooses.ppt
PPTX
Aula Protozooses - Eletiva Biodiversidade e Saúde.pptx
PPT
Reino protista protozoarios
PPT
Protozooses_doencas_ecaracteristicas.ppt
PPT
Protozooses.ppt programa biologia 203032
PPT
Aula Protozooses.pptbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
PPT
2.protozooses3m
PPT
Protozooses
PPT
aula 03.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
PPTX
Parasitologia
PDF
Parasitologia
PPT
Proto
PPTX
aula parasito.pptxzxzxdc zxvxcvzxcvssd
PPT
Protozoarios
PPTX
Teníase
PPT
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Resumo parasitologia 3
Protozooses
Protozoários - características e protozooses
Aula Protozooses.ppt
Aula Protozooses - Eletiva Biodiversidade e Saúde.pptx
Reino protista protozoarios
Protozooses_doencas_ecaracteristicas.ppt
Protozooses.ppt programa biologia 203032
Aula Protozooses.pptbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
2.protozooses3m
Protozooses
aula 03.pptxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Parasitologia
Parasitologia
Proto
aula parasito.pptxzxzxdc zxvxcvzxcvssd
Protozoarios
Teníase
Parasitologia - Leishmaniose cutânea e visceral
Anúncio

Mais de Vanessa Cunha (10)

PPTX
Hipoglicemiantes orais
PPTX
Glicocorticoides (AIES) e Antiinflamatórios não esteroidais (AINES)
PPTX
Hemostasia e trombose
PPTX
Diuréticos
PPTX
Placenta
PPTX
Secreção - Sistema Gastrointestinal
PPTX
Fisiologia do sistema gastrointestinal
PPTX
Neurofisiologia: potencial de repouso e ação
PPTX
Questionario de fisiologia renal
PPTX
Helmintoses
Hipoglicemiantes orais
Glicocorticoides (AIES) e Antiinflamatórios não esteroidais (AINES)
Hemostasia e trombose
Diuréticos
Placenta
Secreção - Sistema Gastrointestinal
Fisiologia do sistema gastrointestinal
Neurofisiologia: potencial de repouso e ação
Questionario de fisiologia renal
Helmintoses

Último (20)

PPTX
Solos usos e impactos...............pptx
PDF
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
PDF
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
PDF
Fronteira escrito por José de Souza Martins
PPTX
125511 - Aula 1 - América portuguesa antes da conquista patrimônio e preserva...
PDF
DECISÃO (2).pdf Derrota histórica do Sintero expõe racha interno e fragilidad...
PDF
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
PPTX
Treinamento de Espaço Confinado_Trabalhadores e Vigias NR 33.pptx
PDF
639039693-CURSO-DE-PORTUGUES-Prof-Deivid-Xavier.pdf
PDF
morfologia5.pdfllllllllllllllllllllllllllll
PDF
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
PDF
Mudanças Climáticas. Texto e atividade
PDF
SLIDES da Palestra Da Educação especial para Educação Inclusiva.pdf
PPTX
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
PPTX
125519 - Aula 2 - Riqueza e diversidade povos indígenas na América Portuguesa...
PDF
Artigo sobre o discurso do sujeito coletivo
PPTX
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE Aula 1.pptx
PPT
Aula_02_Logica_Externa_dos_Esportes_de_Invasao_2025.ppt
PPTX
QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO/QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO.pptx
PPTX
NR 5 Treinamento completo gestão CIPA.pptx
Solos usos e impactos...............pptx
historia-e-geografia-do-amapa.pdf slides
projeto 5 Em movimento Ciencias Humanas.pdf
Fronteira escrito por José de Souza Martins
125511 - Aula 1 - América portuguesa antes da conquista patrimônio e preserva...
DECISÃO (2).pdf Derrota histórica do Sintero expõe racha interno e fragilidad...
_Filosofia_-_SLIDES___questões.pdf.pptx (3).pdf
Treinamento de Espaço Confinado_Trabalhadores e Vigias NR 33.pptx
639039693-CURSO-DE-PORTUGUES-Prof-Deivid-Xavier.pdf
morfologia5.pdfllllllllllllllllllllllllllll
Historia da Gastronomia Mundial por Daianna Marques dos Santos
Mudanças Climáticas. Texto e atividade
SLIDES da Palestra Da Educação especial para Educação Inclusiva.pdf
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
125519 - Aula 2 - Riqueza e diversidade povos indígenas na América Portuguesa...
Artigo sobre o discurso do sujeito coletivo
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE Aula 1.pptx
Aula_02_Logica_Externa_dos_Esportes_de_Invasao_2025.ppt
QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO/QUIZ_LÍNGUA PORTUGUESA_WALDO.pptx
NR 5 Treinamento completo gestão CIPA.pptx

Protozooses – II

  • 2. O agente etiológico da toxoplasmose é Toxoplasma gondii.  Para melhor compreensão, foram divididos em quatro ciclos biológicos separando a toxoplasmose congênita, do processo que ocorre nos felinos, relação com os herbívoros e nos humanos.
  • 3. Cisto Taquizoítos Bradizoítos
  • 4. Inicialmente, ocorre a ingestão dos cistos na carne mal passada ou mal cozida. Esses cistos possuem, em seu interior, bradizoítos (formas de replicação lenta).  No intestino, os bradizoítos são liberados do cisto e se transformam em taquizoítos, que podem invadir células vizinhas.  Ao invadi-las, transformam-se em bradizoítos novamente e assim sucessivamente.
  • 5. Mãe Feto  Passagem dos taquizoítos da mãe (via placentária) para o feto, contaminando-o.
  • 6. Cistos Oocisto Bradizoítos Gametócitos Esquizontes Merozoítos
  • 7.  Os felinos alimentam-se de alguma carne contendo cistos, cujo interior possui bradizoítos.  No intestino, a parede dos cistos é digerida e são liberados os bradizoítos que penetram nas células epiteliais e sofrem diversas divisões do núcleo, formando os esquizontes (células multinucleadas).  Ao romper as células, os merozoítos são liberados. Estes podem invadir outras céllas e formar bradizoítos (consequentemente, taquizoítos).  Entretanto, alguns merozoítos formam gametócitos (feminino e masculino). Ao ocorrer a fertilização, é formado o oocisto que será eliminado nas fezes.
  • 8. Oocisto Esporozoíto Herbívoros
  • 9. O oocisto sofre esporulação (amadurecimento) no solo, formando os esporozoítos.  Os herbívoros contaminam-se ao ingerir o oocisto esporulado, ou seja, os esporozoítos presentes no solo. Obs: humanos e felinos podem se contaminar dessa forma também!
  • 10. Tratamento: combinação de sulfadiazina e pirimetamina.  Manifestação clínica: geralmente é assintomático, mas em alguns casos ocorrem linfadenomegalia, hepatoesplenomegalia, hepatite, pneumoite e miocardite. A forma congênita pode causar lesões oculares (nistagmo ou estrabismo, por exemplo) e do SNC (hidrocefalia e microcefalia, por ex.) ou abortos.
  • 11. Diagnóstico: pesquisa de anticorpos específicos. Na fase aguda, apresenta picos de IgG, com presença de IgM. Já na fase de transição, a IgM está presente em baixa quantidade e IgG em maior número. Na fase crônica encontra-se baixos IgG e ausência de IgM.  Profilaxia: pré-natal, cozimento adequado de carnes e evitar contato com fezes de gato.
  • 12. O agente etiológico da doença de chagas é o Trypanosoma cruzi.  O vetor transmissor da doença é o Triatoma infestans, popularmente chamado de barbeiro.
  • 13. Tripomastigota metacíclico Epimastigota Amastigota Tripomastigota sanguíneo
  • 14.  Ao se alimentar, o barbeiro defeca. A pessoa, ao coçar, faz com que o tripomastigota presente nas fezes do barbeiro possa infectá-la, visto que só é capaz de invadir a mucosa ou tecido lesado.  O tripomastigota metacíclico invade ativamente células nucleadas, vivendo no citosol da célula ao se transformar em amastigota, formando um vacúolo parasitóforo que se funde com lisossomos. Dentro de célula se transformará em tripomastigota sanguíneo.
  • 15. Quando o vetor sugar o sangue do hospedeiro, vai ingerir também o tripomastigota sanguíneo que, no interior do barbeiro, se transformará em epimastigota. O epimastigota se divide por divisão binária no intestino do vetor e, depois, se transforma em tripomastigota metacíclico.
  • 16.  Tratamento: bendonidazol.  Diagnóstico: cultivo de barbeiros saudáveis (alimentam-se do sangue do paciente e procura-se por tripomastigotas nas fezes do barbeiro), pesquisa dos anticorpos da doença e método da gota espessa.  Profilaxia: eliminação do vetor, inseticidas, telas e limpeza do peridomicílio.  Transmissão: congênita, transfusão e através do vetor. Espirros de sangue na mucosa também podem ocasionar a doença. Obs: animais, exceto aves, são reservatórios – ou seja, possuem o protozoário, mas não apresentam a doença.
  • 17.  Manifestação clínica: Forma aguda: 1-4 meses. Grande quantidade de tripomastigota na corrente sanguínea, miocardites, encefalites e sinal de Romanã (inflamação do local da picada, chamado também de chagoma de inoculação). Forma indeterminada: pode desenvolver ou não a doença. Forma crônica: nenhum sinal aparente, baixa parasitismo e cardiopatias.