Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Licenciatura em História
Grazieli Fernandes Gonçalves
Jean Augusto Azevedo Rodine
“Web Quest - Indústria”
Lorena 2017
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Licenciatura em História
Grazieli Fernandes Gonçalves
Jean Augusto Azevedo Rodine
“Web Quest - Indústria”
Lorena 2017
Segundowebquest paraavaliaçãodoProfessor
Mestre FranciscoSoderoToledo.
 1. Selecionem 3 textos sobre o assunto em foco e façam resumo e
comentários (artigos, estudos, resenhas e livros). Citem as fontes dos textos.
Texto I
“A interiorização da indústria tinha como objetivo evitar que São Paulo perdesse
seu espaço como locomotiva do país, pois a capital paulista apresentava cada
vez mais dificuldade para atrair novas empresas, devido a uma deseconomia de
escala, causada por problemas de transporte e poluição, consequência do
intenso crescimento populacional. O processo de interiorização foi resultado das
políticas criadas pelo governo do estado, para evitar essa excessiva
concentração industrial na região metropolitana. Por outro lado, a criação de
centros tecnológicos, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE /
Centro Técnico Aeroespacial - CTA, e investimentos das grandes empresas
estatais no interior do estado, como Petrobrás e Embraer, contribuíram para o
avanço da atividade industrial. A industrialização do interior do estado foi
resultado de um processo de desconcentração da metrópole paulista, pois a
cidade de São Paulo continuou sendo o centro de mando e distribuição da
produção, enquanto a maioria das cidades realizava apenas o processo de
produção.”
Neste trecho do artigo podemos entender que o processo de industrialização do
vale do Paraíba não foi autônomo e espontâneo, estando sempre à disposição
da capital do estado, a qual articulava planos de intervenção e desenvolvimento
para o interior.
“INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: POLÍTICA DO
CODIVAP NO VALE DO PARAÍBA NA DÉCADA DE 1970”. Disponível em:
<http://www.almanaqueurupes.com.br/portal/wpcontent/uploads/2013/11/industria
.pdf>. Acesso em 03/11/17
Texto II
“Na década de 1960, com a implantação do Programa Estratégico de
Desenvolvimento – PED, o governo do estado de São Paulo e suas instituições
adotaram o conceito de polos de desenvolvimento na definição de diretrizes de
políticas econômicas e de áreas prioritárias para os investimentos. Acreditava-se
que o crescimento dessas áreas acabaria por irradiar o desenvolvimento de regiões
vizinhas. Em 1967, o Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos – CPEU –
organizou uma proposta de regionalização do estado de São Paulo, sob o patrocínio
da Secretaria de Planejamento. O objetivo era fazer uma divisão regional e sub-
regional voltada ao bom funcionamento da máquina administrativa estadual, com a
criação de novos polos de desenvolvimento. A política de polos visava a promover a
descentralização industrial, no estado de São Paulo, para as sedes das regiões
administrativas. No Vale do Paraíba, São José dos Campos foi essa sede. A
desconcentração da região metropolitana de São Paulo e a concentração nos
municípios próximos, com uso de uma política de incentivos fiscais agressiva,
possibilitaram o crescimento industrial rápido, reduzindo os efeitos da deseconomia
de escala gerados na metrópole.”
Neste pequeno texto há uma explicação contundente para o fato da industrialização
do vale do Paraíba: esta não se deu somente por conta das demandas da capital
paulista, mas também por conta de incentivos fiscais oferecidos pelas prefeituras
dos municípios da região. Nem todos os municípios ofereceram tal tipo de incentivo
e isso gerou desigualdade na distribuição de renda regional, pois as cidades que
receberam indústrias atraíram mão de obra das outras cidades e cresceram de
forma mais acelerada. Ao passo que algumas cidades adquiriram características das
metrópoles, com São José dos Campos e Taubaté, outras relegaram-se ao
esquecimento, como Bananal e Areias.
“INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: POLÍTICA DO
CODIVAP NO VALE DO PARAÍBA NA DÉCADA DE 1970”. Disponível em:
<http://www.almanaqueurupes.com.br/portal/wpcontent/uploads/2013/11/industria
.pdf>. Acesso em 03/11/17
Texto III
“Na década de 1950, o movimento centrífugo de indústrias da Grande São Paulo
começa a atingir o Vale do Paraíba. A opção por transporte rodoviário como
prioritário no Brasil obriga a construção da Via Dutra, que vai ligar São Paulo ao Rio
de Janeiro e passará pela cidade. A região do Vale do Paraíba tem um verdadeiro
surto industrial entre 1966 e 1970. Este surto tem ligação com o avanço já planejado
de indústrias em direção ao interior paulista, e no caso do Vale uma intrínseca
ligação com o processo de duplicação da Rodovia Presidente Dutra, em 1967. Na
década de 1970 o governo faz uma verdadeira ofensiva dando apoio a diversas
cidades do interior, como Campinas, São Carlos e a própria São José dos Campos.
Costa (1982) concorda que estes fatores ajudaram em muito a industrialização da
cidade, mas acredita que os estímulos de ordem geral não devem ser
supervalorizados em detrimento dos estímulos de ordem local. Para o autor, além
dos fatores já citados da expansão rumo ao interior e as políticas adotadas para
facilitar que isto ocorresse, por parte do Governo do Estado e do Governo Federal, é
preciso levar em conta as políticas regionais para a atração destas indústrias.”
Novamente discute-se o “jogo de forças” que é responsável pela industrialização do
vale do Paraíba: planejamentos federais, estaduais e incentivos fiscais municipais. O
grande fator, abordado neste texto, de atração das indústrias para a região do vale
do Paraíba é a rodovia Presidente Dutra que passava por um processo de
duplicação das suas pistas na década de 60.
“Indústria e circulação no Vale do Paraíba: Situação atual do município de São
José dos Campos”. Disponível em
<http://www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=2083>. Acesso em
03/11/17.
 2. Relacionem imagens (3) e vídeos (3) sobre o assunto proposto com
indicação e comentário crítico sobre o conteúdo.
Primeira fábrica da General Motors no Brasil, localizada no bairro do Ipiranga em
São Paulo, na década de 20 do século XX. Percebemos que se trata de uma
fábrica nos moldes tradicionais da primeira Revolução Industrial na Inglaterra,
chegando aqui com duzentos anos de atraso.
A General Motors em São José dos Campos. O complexo industrial foi construído
em 1950, no governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Esse período ficou
famoso por conta das fábricas de artigos automobilísticos que aqui se instalaram,
evidenciando o caráter da industrialização brasileira voltada para interesses
internacionais de mercado.
A fábrica Yakult em Lorena, São Paulo. Fábrica, razoavelmente grande, é uma
das duas unidades localizadas no Brasil. Ela é responsável por empregar muitas
pessoas e conhecida por receber excursões de escolas, mas quase nos
esquecemos de sua importante presença por seus produtos não estarem muito
presentes no nosso mercado.
 3. Apresentem as dúvidas e questionamentos “caixa de minhocas”.
Atividade em sala de aula.
 4. Caracterize: patrimônio cultural e região metropolitana.
O patrimônio cultural geralmente é definido por órgão ou instituição do governo,
ou órgão oficial, tal como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional) ou a Unesco ou, ainda aqui em São Paulo, o CONDEPHAAT. Essas
instituições adotam regras específicas para tombar um bem como patrimônio,
sendo que podem ser variáveis e muitas vezes não concordarem entre si.
Normalmente a Unesco (órgão oficial das Nações Unidas) é a principal
referência nessas questões.
Regiões metropolitanas são também conhecidas como conurbações e são
distinguidas por representarem grandes áreas urbanas que dividem serviços
urbanos básicos entre si. Também são dividas por jurisdições administrativas.
Normalmente as regiões metropolitanas se desenvolvem graças à forte presença
de indústrias em uma região e ao desenvolvimento econômico-social da sua
população.
 5. O movimento de 1932 no Vale do Paraíba: análise e perspectiva histórica.
A Revolução Constitucionalista foi um movimento de motivações político-
econômicas. Apesar de o Governo Provisório atuar na ilegalidade e recorrer a
métodos autoritários para submeter os estados representantes de sua oposição
(São Paulo entre eles), a grande insatisfação dos paulistas era com o
desrespeito ao modelo federalista de organização política da República brasileira
e ao liberalismo econômico por parte do novo governo, que afetava
principalmente aos grupos que dependiam da economia cafeeira.
 6. Relacione: indústria, urbanização e modernidade no Vale do Paraíba.
A industrialização no Vale do Paraíba se deu de forma marcante, sobretudo após
1950. Com a política econômica de abertura ao capital externo do presidente
Juscelino Kubitschek muitas indústrias multinacionais abriram filiais no Brasil, ou
criaram ainda outras filiais, como a GM de São José dos Campos construída em
1953. Essa fase da industrialização no Brasil é conhecida com
internacionalização do mercado e da economia brasileiros. O vale do Paraíba foi
uma das principais regiões palco deste processo, também responsável por
grande parte da modernização do Brasil - somente São Paulo chegou a
representar 50% de toda produção nacional da indústria - fato que evidencia o
papel de destaque do vale do Paraíba para o Brasil em seu novo papel na
economia internacional e na divisão internacional do trabalho.
 7. Qual o significado das comemorações de 12 de outubro próximo passado
em Aparecida?
As comemorações do dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora de Aparecida
(padroeira do Brasil) é uma festa de caráter religioso que não está ligada
diretamente a fenômenos econômicos. A tradição, no entanto, é muito mais
antiga e diz respeito às mais antigas manifestações da fé cristã no Brasil – no
ano de 2017 completou-se 300 anos a tradição – portanto, seu significado para o
vale do Paraíba está além de qualquer fato contemporâneo que possa a ela (a
tradição) se ligar.
 8. No panorama do mundo pós-moderno quais as experiências individuais e
coletivas mais significativas observadas no contexto da nossa região que
apontam para novas transformações sociais?
Sem dúvida, a presença de muitas universidades na nossa região contribui para
as inovações tecnológicas, experimentais e intelectuais em nível de
transformação nacional. Isso proporciona maior qualidade de vida e contato com
outras realidades de maneira mais direta e menos superficial.

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  • 3.  1. Selecionem 3 textos sobre o assunto em foco e façam resumo e comentários (artigos, estudos, resenhas e livros). Citem as fontes dos textos. Texto I “A interiorização da indústria tinha como objetivo evitar que São Paulo perdesse seu espaço como locomotiva do país, pois a capital paulista apresentava cada vez mais dificuldade para atrair novas empresas, devido a uma deseconomia de escala, causada por problemas de transporte e poluição, consequência do intenso crescimento populacional. O processo de interiorização foi resultado das políticas criadas pelo governo do estado, para evitar essa excessiva concentração industrial na região metropolitana. Por outro lado, a criação de centros tecnológicos, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE / Centro Técnico Aeroespacial - CTA, e investimentos das grandes empresas estatais no interior do estado, como Petrobrás e Embraer, contribuíram para o avanço da atividade industrial. A industrialização do interior do estado foi resultado de um processo de desconcentração da metrópole paulista, pois a cidade de São Paulo continuou sendo o centro de mando e distribuição da produção, enquanto a maioria das cidades realizava apenas o processo de produção.” Neste trecho do artigo podemos entender que o processo de industrialização do vale do Paraíba não foi autônomo e espontâneo, estando sempre à disposição da capital do estado, a qual articulava planos de intervenção e desenvolvimento para o interior. “INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: POLÍTICA DO CODIVAP NO VALE DO PARAÍBA NA DÉCADA DE 1970”. Disponível em: <http://www.almanaqueurupes.com.br/portal/wpcontent/uploads/2013/11/industria .pdf>. Acesso em 03/11/17 Texto II “Na década de 1960, com a implantação do Programa Estratégico de Desenvolvimento – PED, o governo do estado de São Paulo e suas instituições adotaram o conceito de polos de desenvolvimento na definição de diretrizes de políticas econômicas e de áreas prioritárias para os investimentos. Acreditava-se
  • 4. que o crescimento dessas áreas acabaria por irradiar o desenvolvimento de regiões vizinhas. Em 1967, o Centro de Pesquisas e Estudos Urbanísticos – CPEU – organizou uma proposta de regionalização do estado de São Paulo, sob o patrocínio da Secretaria de Planejamento. O objetivo era fazer uma divisão regional e sub- regional voltada ao bom funcionamento da máquina administrativa estadual, com a criação de novos polos de desenvolvimento. A política de polos visava a promover a descentralização industrial, no estado de São Paulo, para as sedes das regiões administrativas. No Vale do Paraíba, São José dos Campos foi essa sede. A desconcentração da região metropolitana de São Paulo e a concentração nos municípios próximos, com uso de uma política de incentivos fiscais agressiva, possibilitaram o crescimento industrial rápido, reduzindo os efeitos da deseconomia de escala gerados na metrópole.” Neste pequeno texto há uma explicação contundente para o fato da industrialização do vale do Paraíba: esta não se deu somente por conta das demandas da capital paulista, mas também por conta de incentivos fiscais oferecidos pelas prefeituras dos municípios da região. Nem todos os municípios ofereceram tal tipo de incentivo e isso gerou desigualdade na distribuição de renda regional, pois as cidades que receberam indústrias atraíram mão de obra das outras cidades e cresceram de forma mais acelerada. Ao passo que algumas cidades adquiriram características das metrópoles, com São José dos Campos e Taubaté, outras relegaram-se ao esquecimento, como Bananal e Areias. “INDUSTRIALIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: POLÍTICA DO CODIVAP NO VALE DO PARAÍBA NA DÉCADA DE 1970”. Disponível em: <http://www.almanaqueurupes.com.br/portal/wpcontent/uploads/2013/11/industria .pdf>. Acesso em 03/11/17 Texto III “Na década de 1950, o movimento centrífugo de indústrias da Grande São Paulo começa a atingir o Vale do Paraíba. A opção por transporte rodoviário como prioritário no Brasil obriga a construção da Via Dutra, que vai ligar São Paulo ao Rio de Janeiro e passará pela cidade. A região do Vale do Paraíba tem um verdadeiro surto industrial entre 1966 e 1970. Este surto tem ligação com o avanço já planejado de indústrias em direção ao interior paulista, e no caso do Vale uma intrínseca
  • 5. ligação com o processo de duplicação da Rodovia Presidente Dutra, em 1967. Na década de 1970 o governo faz uma verdadeira ofensiva dando apoio a diversas cidades do interior, como Campinas, São Carlos e a própria São José dos Campos. Costa (1982) concorda que estes fatores ajudaram em muito a industrialização da cidade, mas acredita que os estímulos de ordem geral não devem ser supervalorizados em detrimento dos estímulos de ordem local. Para o autor, além dos fatores já citados da expansão rumo ao interior e as políticas adotadas para facilitar que isto ocorresse, por parte do Governo do Estado e do Governo Federal, é preciso levar em conta as políticas regionais para a atração destas indústrias.” Novamente discute-se o “jogo de forças” que é responsável pela industrialização do vale do Paraíba: planejamentos federais, estaduais e incentivos fiscais municipais. O grande fator, abordado neste texto, de atração das indústrias para a região do vale do Paraíba é a rodovia Presidente Dutra que passava por um processo de duplicação das suas pistas na década de 60. “Indústria e circulação no Vale do Paraíba: Situação atual do município de São José dos Campos”. Disponível em <http://www.agb.org.br/evento/download.php?idTrabalho=2083>. Acesso em 03/11/17.  2. Relacionem imagens (3) e vídeos (3) sobre o assunto proposto com indicação e comentário crítico sobre o conteúdo.
  • 6. Primeira fábrica da General Motors no Brasil, localizada no bairro do Ipiranga em São Paulo, na década de 20 do século XX. Percebemos que se trata de uma fábrica nos moldes tradicionais da primeira Revolução Industrial na Inglaterra, chegando aqui com duzentos anos de atraso. A General Motors em São José dos Campos. O complexo industrial foi construído em 1950, no governo do presidente Juscelino Kubitscheck. Esse período ficou famoso por conta das fábricas de artigos automobilísticos que aqui se instalaram,
  • 7. evidenciando o caráter da industrialização brasileira voltada para interesses internacionais de mercado. A fábrica Yakult em Lorena, São Paulo. Fábrica, razoavelmente grande, é uma das duas unidades localizadas no Brasil. Ela é responsável por empregar muitas pessoas e conhecida por receber excursões de escolas, mas quase nos esquecemos de sua importante presença por seus produtos não estarem muito presentes no nosso mercado.  3. Apresentem as dúvidas e questionamentos “caixa de minhocas”. Atividade em sala de aula.  4. Caracterize: patrimônio cultural e região metropolitana. O patrimônio cultural geralmente é definido por órgão ou instituição do governo, ou órgão oficial, tal como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) ou a Unesco ou, ainda aqui em São Paulo, o CONDEPHAAT. Essas instituições adotam regras específicas para tombar um bem como patrimônio, sendo que podem ser variáveis e muitas vezes não concordarem entre si.
  • 8. Normalmente a Unesco (órgão oficial das Nações Unidas) é a principal referência nessas questões. Regiões metropolitanas são também conhecidas como conurbações e são distinguidas por representarem grandes áreas urbanas que dividem serviços urbanos básicos entre si. Também são dividas por jurisdições administrativas. Normalmente as regiões metropolitanas se desenvolvem graças à forte presença de indústrias em uma região e ao desenvolvimento econômico-social da sua população.  5. O movimento de 1932 no Vale do Paraíba: análise e perspectiva histórica. A Revolução Constitucionalista foi um movimento de motivações político- econômicas. Apesar de o Governo Provisório atuar na ilegalidade e recorrer a métodos autoritários para submeter os estados representantes de sua oposição (São Paulo entre eles), a grande insatisfação dos paulistas era com o desrespeito ao modelo federalista de organização política da República brasileira e ao liberalismo econômico por parte do novo governo, que afetava principalmente aos grupos que dependiam da economia cafeeira.  6. Relacione: indústria, urbanização e modernidade no Vale do Paraíba. A industrialização no Vale do Paraíba se deu de forma marcante, sobretudo após 1950. Com a política econômica de abertura ao capital externo do presidente Juscelino Kubitschek muitas indústrias multinacionais abriram filiais no Brasil, ou criaram ainda outras filiais, como a GM de São José dos Campos construída em 1953. Essa fase da industrialização no Brasil é conhecida com internacionalização do mercado e da economia brasileiros. O vale do Paraíba foi uma das principais regiões palco deste processo, também responsável por grande parte da modernização do Brasil - somente São Paulo chegou a representar 50% de toda produção nacional da indústria - fato que evidencia o papel de destaque do vale do Paraíba para o Brasil em seu novo papel na economia internacional e na divisão internacional do trabalho.  7. Qual o significado das comemorações de 12 de outubro próximo passado em Aparecida?
  • 9. As comemorações do dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora de Aparecida (padroeira do Brasil) é uma festa de caráter religioso que não está ligada diretamente a fenômenos econômicos. A tradição, no entanto, é muito mais antiga e diz respeito às mais antigas manifestações da fé cristã no Brasil – no ano de 2017 completou-se 300 anos a tradição – portanto, seu significado para o vale do Paraíba está além de qualquer fato contemporâneo que possa a ela (a tradição) se ligar.  8. No panorama do mundo pós-moderno quais as experiências individuais e coletivas mais significativas observadas no contexto da nossa região que apontam para novas transformações sociais? Sem dúvida, a presença de muitas universidades na nossa região contribui para as inovações tecnológicas, experimentais e intelectuais em nível de transformação nacional. Isso proporciona maior qualidade de vida e contato com outras realidades de maneira mais direta e menos superficial.