Este documento fornece informações sobre PHP, incluindo o que é PHP, como instalá-lo e configurá-lo, sintaxe básica, tipos de dados, operadores, estruturas de controle e funções. O documento também descreve o plano de ensino para um curso de PHP.
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É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos
da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior
públicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSA
APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-
mentação Livre GNU".
Os 10 mandamentos do aluno de educação online
• 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é
pré-requisito para a participação nos cursos a distância.
• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá-
tica é necessário para poder executar as tarefas.
• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-
cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,
dos colegas e dos professores.
• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus
colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.
• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão
e a sua recuperação de materiais.
• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e
realizá-las em tempo real.
• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.
• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário à mudança tecnológica, aprendizagens
e descobertas.
• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é
ponto - chave na comunicação pela Internet.
• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não
controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.
Como participar dos fóruns e Wikipédia
Você tem um problema e precisa de ajuda?
Podemos te ajudar de 2 formas:
A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:
. O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações
que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a
9
11. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que
interesse ao grupo, favor postá-la aqui.
Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do
curso. É recomendado que você faça uso do Forum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais
efetivos para esta prática.
. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo
para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas
a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem
ajudar.
Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a
formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico
é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.
A segunda forma se dá pelas Wikis:
. Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-
ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem
ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um
ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-
dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por
pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:
• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/
Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!
Primeiros Passos
Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:
• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;
• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das
ferramentas básicas do mesmo;
• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;
• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.
Perfil do Tutor
Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.
O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos
valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as
idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.
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12. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,
para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor
ou instrutor:
• fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá
utilizar;
• gosta que lhe façam perguntas adicionais;
• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por-
que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;
• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um
reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de
ameaça e de nervossismo’)
• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;
• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;
• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;
• é flexível quando necessário;
• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,
talvez numa fase menos interessante para o tutor);
• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;
• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;
11
14. Capítulo 1
O que é o PHP
PHP é uma linguagem que permite criar sites WEB dinâmicos, possibilitando uma interação
com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links. A diferença de PHP com
relação às linguagens semelhantes a Javascript é que o código PHP é executado no servidor,
sendo enviado para o cliente apenas html puro.
13
15. Capítulo 2
Plano de ensino
2.1 Objetivo
Capacitar o usuário para o uso autônomo do PHP bem como suas aplicações e suas ferra-
mentas mais utilizadas.
2.2 Público Alvo
Usuários finais ou novatos que desejam aprender ou aprimorar seus conhecimentos em de-
senvolvimentos de sites com html e PHP.
2.3 Pré-requisitos
Os usuários deverão ser, necessariamente, funcionários públicos e ter conhecimentos básicos
para operar um computador. É desejável conhecimento básico em HTML.
2.4 Descrição
O curso será realizado na modalidade Educação a Distância e utilizará a Plataforma Moodle
como ferramenta de aprendizagem. O curso tem duração de três semanas e possui um conjunto
de atividades (lições, fóruns, glossários, questionários e outros) que deverão ser executadas de
acordo com as instruções fornecidas. O material didático estará disponível on-line de acordo com
as datas pré-estabelecidas em cada tópico.
2.5 Metodologia
O curso está dividido da seguinte maneira:
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Primeira Semana Introdução, Enviando dados para o servidor HTTP, Formulários,
Instalação e configuração, Sintaxe básica, Tipos.
Segunda Semana Operadores, Estruturas de controle, Funções, Variáveis e constantes,
Classes e Objetos, Noções de SQL.
Terceira Semana MySQL, PostGreSQL, Utilizando Headers, Utilizando cookies,
Manipulação de Arquivos. Avaliação final.
As lições contêm o contéudo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes forem ne-
cessárias, desde que esteja dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você receberá
uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cada lição,
pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição for menor
do que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição.
Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das lições
quanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveis
para que possam ser consultados durante a avaliação final.
Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de En-
sino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.
Os instrutores estarão à sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser
enviada no fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.
2.6 Programa
O curso de PHP oferecerá o seguinte conteúdo:
1. Introdução
(a) Client-Side Scripts
(b) Server-Side Scripts
(c) O que é PHP?
(d) O que pode ser feito com PHP?
(e) Como surgiu a linguagem PHP?
2. Enviando Dados para o Servidor HTTP
(a) O método GET
(b) Headers
(c) O método POST
(d) Utilizando GET e POST
3. Formulários HTML
(a) Definindo um formulário
(b) A tag <input>
(c) Campo de Texto
(d) Parâmetros:
i. Campo de Texto com Máscara
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17. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
ii. Checkbox
iii. Radio Button
iv. Submit Button
v. Reset Button
vi. Button
vii. TextArea
viii. Select
ix. Upload de arquivos
4. Instalação e configuração em ambiente windows
(a) Servidor Apache
(b) PHP
(c) mySQL
5. Instalação e configuração em ambiente linux Debian
(a) Servidor Apache
(b) PHP
(c) mySQL
6. Sintaxe Básica
(a) Delimitando o código PHP
(b) Separador de instruções
(c) Nomes de variáveis
(d) Comentários
(e) Comentários de uma linha:
(f) Comentários de mais de uma linha:
(g) Imprimindo código html
7. Tipos
(a) Tipos Suportados
(b) Inteiros (integer ou long)
(c) Números em Ponto Flutuante (double ou float)
(d) Strings
(e) Significado
(f) Arrays
(g) Listas
(h) Objetos
(i) Booleanos
(j) Transformação de tipos
(k) Coerções
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18. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
(l) Transformação explícita de tipos
(m) Com a função settype
8. Operadores
(a) Aritméticos
(b) de strings
(c) de atribuição
(d) bit a bit
(e) Lógicos
(f) Comparação
(g) Expressão condicional
(h) de incremento e decremento
9. Estruturas de Controle
(a) Blocos
(b) Comandos de seleção
(c) if
(d) switch
(e) comandos de repetição
(f) while
(g) do... while
(h) for
(i) Quebra de fluxo
(j) Break
(k) Continue
10. Funções
(a) Definindo funções
(b) Valor de retorno
(c) Argumentos
(d) Passagem de parâmetros por referência
(e) Argumentos com valores pré-definidos (default)
(f) Contexto
(g) Escopo
11. Variáveis e Constantes
(a) Declaração de uma variável
(b) O modificador static
(c) Variáveis Variáveis
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19. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
(d) Variáveis enviadas pelo navegador
(e) URLencode
(f) Utilizando arrays
(g) Variáveis de ambiente
(h) Verificando o tipo de uma variável
(i) Função que retorna o tipo da variável
(j) Funções que testam o tipo da variável
(k) Destruindo uma variável
(l) Verificando se uma variável possui um valor
(m) A função isset
(n) A função empty
(o) Constantes pré-definidas
(p) Definindo constantes
12. Classes e Objetos
(a) Classe
(b) Objeto
(c) A variável $this
(d) SubClasses
(e) Construtores
13. Noções de SQL
(a) Introdução
(b) Estrutura das tabelas
(c) Comando Create
(d) Comando Drop
(e) Comando Alter
(f) Manipulando dados das tabelas
(g) Comando SELECT
(h) Comando INSERT
(i) Comando UPDATE
(j) Comando DELETE
14. Acessando o mySQL via PHP
(a) Estabelecendo conexões
(b) Selecionando a base de dados
(c) Realizando consultas
(d) Apagando o resultado
(e) Número de linhas
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20. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
(f) Utilizando os resultados
(g) Alterando o ponteiro de um resultado
15. Acessando o PostgreSQL via PHP
(a) Estabelecendo conexões
(b) Realizando consultas
(c) Verificando o erro na execução de uma query
(d) Apagando o resultado
(e) Número de linhas
(f) Utilizando os resultados
16. Utilizando headers
17. Utilizando cookies
(a) O que são
(b) Gravando cookies
(c) Lendo cookies gravados
18. Manipulando arquivos
(a) Copiando Arquivos
(b) Verificando o tamanho de um arquivo
(c) Verificando se um arquivo existe
(d) Limpando o cache
(e) Abrindo arquivos para leitura e/ou escrita
(f) Lendo de um arquivo
(g) Escrevendo em um arquivo
(h) Exemplo
(i) Uploads com formulários HTML
19. Bibliografia e Referências
2.7 Avaliação
Toda a avaliação será feita on-line.
Aspectos a serem considerados na avaliação:
• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento;
• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados.
Instrumentos de avaliação:
• Participação ativa nas atividades programadas.
19
21. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
• Avaliação ao final do curso.
• O participante fará várias avaliações referentes ao conteúdo do curso. Para a aprovação e
obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo
com a fórmula abaixo:
• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições
• AF = Avaliações
2.8 Bibliografia
• http://www.cipsga.org.br/sections.php?op=viewarticle&artid=8
20
22. Capítulo 3
Introdução
3.1 Sobre o PHP
3.1.1 O que é PHP?
PHP é uma linguagem que permite criar sites WEB dinâmicos, possibilitando uma interação
com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links. A diferença de PHP com
relação a linguagens semelhantes a Javascript é que o código PHP é executado no servidor,
sendo enviado para o cliente apenas html puro. Desta maneira é possível interagir com bancos
de dados e aplicações existentes no servidor, com a vantagem de não expor o código fonte para
o cliente. Isso pode ser útil quando o programa está lidando com senhas ou qualquer tipo de
informação confidencial.
O que diferencia PHP de um script CGI escrito em C ou Perl é que o código PHP fica embutido
no próprio HTML, enquanto no outro caso é necessário que o script CGI gere todo o código HTML,
ou leia de um outro arquivo.O que pode ser feito com o PHP
Basicamente, qualquer coisa que possa ser feita por algum programa CGI pode ser feita
também com PHP, como coletar dados de um formulário, gerar páginas dinamicamente ou enviar
e receber cookies.
PHP também tem como uma das características mais importantes o suporte a um grande nú-
mero de bancos de dados, como dBase, Interbase, mSQL, mySQL, Oracle, Sybase, PostgreSQL
e vários outros. Construir uma página baseada em um banco de dados torna-se uma tarefa
extremamente simples com PHP.
Além disso, PHP tem suporte a outros serviços através de protocolos como IMAP, SNMP,
NNTP, POP3 e, logicamente, HTTP. Ainda é possível abrir sockets e interagir com outros proto-
colos.
3.1.2 Como surgiu a linguagem PHP?
A linguagem PHP foi concebida durante o outono de 1994 por Rasmus Lerdorf. As primeiras
versões não foram disponibilizadas, tendo sido utilizadas em sua home-page apenas para que ele
21
23. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
pudesse ter informações sobre as visitas que estavam sendo feitas. A primeira versão utilizada
por outras pessoas foi disponibilizada em 1995, e ficou conhecida como "Personal Home Page
Tools"(ferramentas para página pessoal). Era composta por um sistema bastante simples que
interpretava algumas macros e alguns utilitários que rodavam "por trás"das home-pages: um livro
de visitas, um contador e algumas outras coisas.
Em meados de 1995 o interpretador foi reescrito, e ganhou o nome de PHP/FI, o "FI"veio de
um outro pacote escrito por Rasmus que interpretava dados de formulários HTML (Form Interpre-
ter). Ele combinou os scripts do pacote Personal Home Page Tools com o FI e adicionou suporte
a mSQL, nascendo assim o PHP/FI, que cresceu bastante, e as pessoas passaram a contribuir
com o projeto.
Estima-se que em 1996 PHP/FI estava sendo usado por cerca de 15.000 sites pelo mundo, e
em meados de 1997 esse número subiu para mais de 50.000. Nessa época houve uma mudança
no desenvolvimento do PHP. Ele deixou de ser um projeto de Rasmus com contribuições de outras
pessoas para ter uma equipe de desenvolvimento mais organizada. O interpretador foi reescrito
por Zeev Suraski e Andi Gutmans, e esse novo interpretador foi a base para a versão 3.
O lançamento do PHP4, ocorrido em 22/05/2000, trouxe muitas novidades aos programado-
res de PHP. Uma das principais foi o suporte a sessões, bastante útil pra identificar o cliente que
solicitou determinada informação. Além das mudanças referentes a sintaxe e novos recursos de
programação, o PHP4 trouxe como novidade um otimizador chamado Zend, que permite a exe-
cução muito mais rápida de scripts PHP. A empresa que produz o Zend promete para este ano o
lançamento de um compilador de PHP. Códigos compilados serão executados mais rapidamente,
além de protegerem o fonte da aplicação.
3.1.3 Enviando Dados para o Servidor HTTP
Programar para a web pode ser considerado como um jogo que consiste em receber os dados
do usuário, processá-los e enviar a resposta dinâmica. Uma vez enviada a resposta, é encerrado
o contato entre o servidor e o cliente. Portanto a primeira coisa a aprender é como fazer para
receber os dados enviados pelo browser para o servidor.
O protocolo HTTP provê dois principais métodos para enviar informações para o servidor web,
além da URL referente ao arquivo solicitado. Esses métodos são o POST e o GET.
O protocolo HTTP/1.0 também especifica o método HEAD, utilizado apenas para transmitir
informações do header, além dos métodos PUT e DELETE, que não serão abordados neste
curso.
3.1.4 O método GET
A especificação do protocolo HTTP/0.9 (a primeira implementação do HTTP) possuía a defi-
nição do método GET, utilizado pelo browser para solicitar um documento específico.
Por exemplo: a seguinte requisição HTTP retornaria o documento "index.html", localizado no
diretório do servidor chamado "teste":
GET /teste/index.html CRLF
Devemos notar que a requisição GET inicia com a palavra GET, inclui o documento solicitado
e encerra com a combinação dos caracteres carriage return e line feed.
Para um melhor entendimento, você pode fazer uma requisição GET conectando diretamente
em algum servidor WEB, através de um programa de telnet (geralmente o servidor http utiliza a
22
24. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
porta 80). A resposta será o código da página solicitada.
telnet www.guia-aju.com.br 80
Trying 200.241.59.16...
Connected to
www.guia-aju.com.br.
Escape character is
GET /index.php3
(... página solicitada ...)
Connection closed by foreign host.
Obviamente a diferença do browser é que ele trata as informações recebidas e exibe a página já
formatada.
Através do método GET também é possível passar parâmetros da requisição ao servidor, que
pode tratar esses valores e até alterar a resposta a depender deles, como no exemplo abaixo:
telnet www.guia-aju.com.br 80
Trying 200.241.59.16...
Connected to
www.guia-aju.com.br.
Escape character is ’ˆ]’.
GET /index.php3?id=0024horas&tipo=Taxi
(... página solicitada ...)
Connection closed by foreign host.
No exemplo são passados dois parâmetros: id e tipo. Estes parâmetros estão no formato co-
nhecido por URLencode.
Apesar de ser possível passar parâmetros utilizando o método GET, e com isso gerar páginas
dinamicamente, este método tem pelo menos dois problemas que em determinadas circunstân-
cias podem ser considerados sérios:
O primeiro é que o GET permite uma quantidade de dados passados limitada a 1024 carac-
teres, o que pode gerar perda de informações em certos casos.
O segundo é que pelo fato de que as informações fazem parte da URL, todos os dados podem
ser vistos pelo usuário. Isso pode ser extremamente perigoso quando informações sigilosas estão
envolvidas (senha, por exemplo). Headers A versão 1.0 do protocolo HTTP trouxe boas inovações
ao mesmo. Uma delas foi a criação de headers nas mensagens de requisição e de resposta. Os
headers são informações trocadas entre o navegador e o servidor de maneira transparente ao
usuário, e podem conter dados sobre o tipo e a versão do navegador, a página de onde partiu a
requisição (link), os tipos de arquivos aceitos como resposta, e uma série de outras informações.
Assim foi possível definir um outro método de requisição de arquivos, que resolveu os princi-
pais problemas do método GET.
3.1.5 O método post
Através da utilização de headers é possível enviar os parâmetros da URL solicitada sem expor
esses dados ao usuário, e também sem haver um limite de tamanho.
Uma conexão ao servidor HTTP utilizando o método POST seria algo semelhante ao que se-
gue:
23
25. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
telnet www.guia-aju.com.br 80
Trying 200.241.59.16...
Connected to
www.guia-aju.com.br.
Escape character is ’ˆ]’.
POST /index.php3
Accept */*
Content-type: application/x-www-form-urlencoded
Content-length:22
id=0024horas&tipo=Taxi
(... página solicitada ...)
Connection closed by foreign host.
Devemos observar os headers enviados ao servidor: a linha "Accept"informa os tipos de da-
dos que podem ser enviados como resposta (no caso, todos). A linha "Content-type"informa o
tipo de dado que está sendo enviado (urlencoded). O terceiro header é o mais importante pois
informa o tamanho do corpo da mensagem, que contém os parâmetros. Após todos os headers
há um salto de linha e então é iniciado o corpo da mensagem, no formato urlencoded.
Obviamente o usuário não deve se preocupar com os headers, em codificar os dados ou em
calcular o tamanho do corpo da mensagem. O browser faz isso de maneira transparente.
3.1.6 Utilizando GET e POST
O método GET pode ser utilizado através da digitação de um endereço no local apropriado do
navegador ou através de um hiperlink, ou seja, uma referência de uma página a outra. Nesses
casos é preciso converter os dados para o formato urlencode. A terceira maneira de utilizar o
GET é através de formulários HTML, e neste caso o usuário não precisa se preocupar com a
codificação dos dados. A utilização de formulários HTML é a única maneira possível de submeter
dados pelo método POST.
3.2 Formulários HTML
3.2.1 Definindo um formulário
Por ser uma linguagem de marcação, a sintaxe do HTML na maioria dos casos exige uma
"tag"de início e uma de final daquele bloco. É exatamente isso que ocorre com a definição de um
formulário: uma tag no início e outra no final, sendo que todos os elementos do formulário devem
estar entre as duas tags. Isto torna possível a inclusão de mais de um formulário num mesmo
html. As tags citadas são:
<form name= action= method= enctype=>
Onde temos:
name: O identificador do formulário. Utilizado principalmente em Scripts client-side (JavaScript);
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26. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
action: Nome do script que receberá os dados do formulário ao ser submetido. Mais à frente
estão abordadas as maneiras de tratar esses dados recebidos;
method: método de envio dos dados: get ou post;
enctype: formato em que os dados serão enviados. O default é urlencoded. Se for utilizado um
elemento do tipo upload de arquivo (file) é preciso utilizar o tipo multipart/form-data.
Exemplo:
<form action="exemplo.php"method="post»
(textos e elementos do form)
</form>
Cada elemento do formulário deve possuir um nome que irá identificá-lo no momento em que o
script indicado no ACTION for tratar os dados.
3.2.2 A tag <input>
Muitos elementos de um formulário html são definidos pela tag <input>. Cada tipo de elemento
possui parâmetros próprios, mas todos possuem pelo menos dois parâmetros em comum: type,
que define o tipo de elemento, e name, que como já foi dito define o nome daquele elemento.
3.2.3 Campo de Texto
<input type="text"name= value= size= maxlength=>
O campo mais comum em formulários. Exibe na tela um campo para entrada de texto com
apenas uma linha.
Parâmetros:
Value: O valor pré-definido do elemento, que aparecerá quando a página for carregada;
Size: O tamanho do elemento na tela, em caracteres;
Maxlength: O tamanho máximo do texto contido no elemento, em caracteres;
3.2.4 Campo de Texto com Máscara
<input type="password"name= value= size= maxlength=>
Tipo de campo semelhante ao anterior, com a diferença que neste caso os dados digitados são
substituídos por asteriscos, e por isso são os mais recomendados para campos que devam conter
senhas. É importante salientar que nenhuma criptografia é utilizada. Apenas não aparece na tela
o que está sendo digitado.
Parâmetros:
Value: O valor pré-definido do elemento, que aparecerá quando a página for carregada;
25
27. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Size: O tamanho do elemento na tela, em caracteres;
Maxlength: O tamanho máximo do texto contido no elemento, em caracteres.
3.2.5 Checkbox
<input type="checkbox"name= value= checked>
Utilizado para campos de múltipla escolha, onde o usuário pode marcar mais de uma opção.
Parâmetros:
Value: O valor que será enviado ao servidor quando o formulário for submetido, no caso do
campo estar marcado
Checked: O estado inicial do elemento. Quando presente, o elemento já aparece marcado;
3.2.6 Radio Button
<input type="radio"name= value= checked>
Utilizado para campos de múltipla escolha, onde o usuário pode marcar apenas uma opção.
Para agrupar vários elementos deste tipo, fazendo com que eles sejam exclusivos, basta atribuir
o mesmo nome a todos do grupo.
Parâmetros:
Valu:e o valor que será enviado ao servidor quando o formulário for submetido, no caso do campo
estar marcado
Checked: O estado inicial do elemento. Quando presente, o elemento já aparece marcado;
3.2.7 Submit Button
<input type="submit"name= value=>
Utilizado para enviar os dados do formulário para o script descrito na seção "action"da definição
do formulário
Parâmetros:
Value o texto que aparecerá no corpo do botão.
3.2.8 Reset Button
<input type="reset"name= value=>
Utilizado para fazer com que todos os campos do formulário retornem ao valor original, quando
a página for carregada. Bastante utilizado como botão "limpar", mas na realidade só limpa os
campos se todos eles tiverem como valor uma string vazia.
Parâmetros:
Value: O texto que aparecerá no corpo do botão.
26
28. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
3.2.9 Button
<input type="button"name= value=>
Utilizado normalmente para ativar funções de scripts client-side (JavaScript, por exemplo). Sem
essa utilização, não produz efeito algum.
Parâmetros:
Value o texto que aparecerá no corpo do botão.
3.2.10 TextArea
<textarea cols= rows= name= wrap=>texto</textarea>
Exibe na tela uma caixa de texto, com o tamanho definido pelos parâmetros "cols"e "rows".
Parâmetros:
Cols: Número de colunas do campo, em caracteres;
Rows: Número de linhas do campo, em caracteres.
Wrap: Maneira como são tratadas as quebras de linha automáticas. O valor soft faz com que o
texto "quebre"somente na tela, sendo enviado para o servidor o texto da maneira como foi
digitado; O valor "hard"faz com que seja enviado para o servidor da maneira como o texto
aparece na tela, com todas as quebras de linhas inseridas automaticamente; o valor "off"faz
com que o texto não quebre na tela e nem quando enviado ao servidor.
Value: O elemento do tipo textarea não possui o parâmetro "value". O valor pré-definido do
campo é o texto que fica entre as tags <textarea> e </textarea>.
3.2.11 Select
<select name= size= multiple>
<option value=>texto</option>
</select>
Se o parâmetro "size"tiver o valor 1 e não houver o parâmetro "multiple", exibe na tela uma
"combo box". Caso contrário, exibe na tela uma "select list"
Parâmetros:
Size: Número de linhas exibidas. Default: 1;
Multiple: Parâmetro que, se presente, permite que sejam selecionadas duas ou mais linhas,
através das teclas Control ou Shift;
option: Cada item do tipo "option"acrescenta uma linha ao select;
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29. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
value: Valor a ser enviado ao servidor se aquele elemento for selecionado. Default: o texto do
item;
text: Valor a ser exibido para aquele item. Não é definido por um parâmetro, mas pelo texto que
fica entre as tags <option> e </option>.
3.2.12 Upload de arquivos
<input type="file"name= size=>
Exibe na tela do browser um campo de texto e um botão, que ao ser clicado abre uma janela
para localizar um arquivo no disco. Para utilizar este tipo de componente, o formulário deverá
utilizar o método "POST"e ter o parâmetro "enctype"com o valor "multipart/form-data".
Parâmetros:
Size: O tamanho do campo de texto exibido.
3.3 Instalação
3.3.1 Instalação e configuração em ambiente Windows
3.3.2 Servidor Apache
O servidor http que será utilizado neste curso é o Apache, que está disponível para down-
load em "http://www.apache.org/httpd.html". A instalação do Apache é bastante simples, similar a
qualquer aplicação Windows. A única restrição é que o winsock2 deve estar instalado no sistema.
Se não estiver, o download pode ser feito em:
http://www.microsoft.com/windows95/downloads/contents/wuadmintools/s_wunetworkingtools/w95sockets2/
Depois de instalado, é necessário fazer a configuração do servidor, através do arquivo httpd.conf.
Todas as configurações estão comentadas. O mínimo que deve ser configurado é o diretório onde
os documentos estarão, através da opção DocumentRoot. Basta procurar a opção e escrever o
nome do diretório em seguida, como no exemplo:
DocumentRoot "C:vivas"
Uma outra configuração básica é a DirectoryIndex, que informa ao servidor quais arquivos se-
rão exibidos automaticamente como índice do diretório. É isso que faz com que ao digitar, por
exemplo, "www.guia-aju.com.br", o servidor saiba qual dos arquivos do diretório deve ser exibido.
Abaixo temos um exemplo da utilização do DirectoryIndex:
DirectoryIndex index.html index.htm index.php3
Feito isso, crie um arquivo com um dos nomes definidos como índice e coloque no diretório
definido como root. Execute o servidor Apache e tente acessar o endereço "http://localhost"pelo
browser. Se a página for exibida, é porque o servidor foi instalado corretamente.
28
30. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
3.3.3 PHP
O PHP pode ser conseguido em "www.php.net", e sua instalação também é simples. Basta
descompactar os arquivos para o diretório "C:php3"e editar o arquivo de configuração. O arquivo
"php3.ini-dist"deve ser copiado para o diretório do Windows (geralmente C:windows ou C:winnt)
com o nome php3.ini. Depois de copiado, o arquivo pode ser editado, apenas modificando a li-
nha extension_dir, que deverá conter o diretório onde estão os módulos (c:php3). Veja o exemplo:
extension_dir = c:php3
Além disso é necessário descomentar a linha referente o módulo mysql. Já que iremos utilizá-lo
basta tirar o ";"(ponto-e-vírgula) do início da linha:
;extension=php3_mysql.dll
Feito isso, podemos partir para a configuração do servidor Apache, necessária para que este
reconheça o PHP. Editando novamente o arquivo httpd.conf, as linhas a seguir devem ser adicio-
nadas no final do arquivo:
ScriptAlias /php3/ "C:/php3/"
AddType application/x-httpd-php3 .php3 .php
Action application/x-httpd-php3 "/php3/php.exe"
A primeira linha define o diretório onde está o PHP. A segunda cria um "tipo"para o PHP, defi-
nindo que todos os arquivos com as extensões ".php3"e ".php"devem passar pelo interpretador
PHP. A terceira linha define o executável do interpretador PHP.
Depois de salvar o arquivo, podemos testar se a instalação do PHP foi bem sucedida. A me-
lhor maneira é criar um arquivo chamado teste.php3 e salvar no diretório raiz do servidor Apache.
O arquivo deve conter a seguinte informação:
<?
phpinfo();
?>
Acessando a página através do servidor (http://localhost/teste.php3), devemos ter como resul-
tado uma listagem de todas as configurações do PHP, incluindo o módulo mysql, que foi definido
como ativo no arquivo php3.ini.
3.3.4 MySQL
O banco de dados mySQL pode ser conseguido em "http://www.mysql.com/download.html".
Sua instalação também é bastante simples, seguindo o modelo de instalação de qualquer aplica-
tivo para Windows.
As configurações necessárias são relativas à segurança, e exigem um conhecimento mais
29
31. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
avançado de administração de servidores. Como essa instalação destina-se apenas a praticar
o PHP, não é necessário fazer muitas alterações na segurança, bastando apenas saber como
adicionar usuários.
Para isto, basta utilizar o comando GRANT, que tem a seguinte sintaxe:
GRANT privilegio [(lista_colunas)]
[, privilegio [(colunas)] ...]
ON {tabela | * | *.* | db.*}
TO usuario [IDENTIFIED BY ’senha’]
[, usuario [IDENTIFIED BY ’senha’] ...]
[WITH GRANT OPTION]
Onde privilégio é uma das palavras reservadas listadas a seguir:
ALL PRIVILEGES
FILE
RELOAD
ALTER
INDEX
SELECT
CREATE
INSERT
SHUTDOWN
DELETE
PROCESS
UPDATE
DROP
REFERENCES
USAGE
Cada palavra representa um tipo de acesso à(s) coluna(s), tabela(s) ou base(s) de dados listadas
logo depois da cláusula ON.
Usuário deve conter o nome do usuário (login) e o host permitido (ex.: teste@localhost).
Abaixo temos um exemplo da utilização do comando grant:
GRANT SELECT, INSERT, UPDATE ON *
TO vivas@localhost IDENTIFIED BY "senhateste";
O exemplo cria o usuário "vivas", com a senha "senhateste", que só pode acessar da mesma
máquina onde está o servidor (localhost), e só pode utilizar os comandos select, insert e update.
Também é possível adicionar usuários utilizando o comando INSERT, para alterar diretamente
na tabela de privilégios, que é a tabela "user"da base de dados "mysql", que possui os campos
para definir nome de usuário, host, senha, e permissões específicas.
30
32. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
3.3.5 Pacotes Apache+PHP+Mysql
Uma forma mais simples de fazer a instalação no Windows é através de pacotes instaladores,
que instalam e configuram os três pacotes e mais alguns adicionais. Alguns dos mais conhecidos
são:
Xampp: http://www.apachefriends.org/en/xampp-windows.html
Appserv: http://www.appservnetwork.com/
Easyphp: http://www.easyphp.org/
Wamp: http://www.en.wampserver.com/
Vertrigo http://vertrigo.sourceforge.net/
Mamp (Mac OS X): http://www.mamp.info/es/home/
3.3.6 Instalação e configuração em ambiente linux Debian
3.3.7 Servidor Apache
O servidor http que será utilizado neste curso para o Debian também será o Apache, que
está disponível para download em "http://www.apache.org/httpd.html". No caso do Debian, e das
distribuições baseadas no Debian, uma forma mais fácil é pelo comando apt-get. Para instalar
proceda da seguinte forma:
Executamos o seguinte comando para verificar se existem atualizações para os pacotes dis-
poníveis, como root:
# apt-get update
Após os downloads das listas dos novos pacotes tiverem sido concluídas, executaremos o se-
guinte comando:
# apt-get install apache2
obs: Caso você coloque somente "apache", uma versão anterior será instalada, mas que também
poderá ser usada.
Os seguintes pacotes serão selecionados automaticamente, são as dependências:
apache2-common apache2-mpm-worker apache2-utils libapr0 ssl-cert
Será feito um download de aproximadamente 1,3MB, que depois de concluído, a instalação será
efetuada automaticamente.
Após essa etapa, o servidor http deverá estar funcionando. Para verificar, digite o seguinte
endereço no seu navegador de internet:
http://localhost/ ou http://127.0.0.1/
Esses endereços somente poderão ser usados caso você esteja no computador no qual o servi-
dor Apache foi instalado. Será mostrado uma tela com o título "index of /".
O Apache2 terá sido instalado no diretório "/etc/apache2/", onde se localiza os arquivos de
configuração. A configuração do Apache2 é similar à do Apache (1.3), entretanto as configura-
ções do Apache2 foram divididas em vários arquivos diferentes. Para alterar o DocumentRoot no
Apache (1.3), que é o diretório inicial onde o arquivo index deve ser localizado, basta procurar no
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33. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
arquivo httpd.conf pela seguinte linha e alterar conforme a necessidade:
DocumentRoot /var/www
No caso do Apache2, você tera que buscar pela linha no seguinte arquivo :
/etc/apache2/sites-enabled/000-default
Uma outra configuração importante é a da porta que deverá ser usada pelo servidor http. Al-
gumas vezes não é possível acessar o website de uma outra máquina, pois a porta 80 (porta
default) está bloqueada ou sendo usada por outro serviço. Nesse caso você deverá configurar o
apache para responder por mais de uma porta. Para isso edite o seguinte arquivo adicionando
as portas que você deseja:
/etc/apache2/ports.conf
Ex:
Listen 80
Listen 8090
Obs: No caso do Apache (1.3) essa configuração se encontra no arquivo httpd.conf.
Sempre que for efetuada uma alteração nos arquivos de configuração, o apache deverá ser
reiniciado para que as configurações façam efeito. Para isso execute o comando:
# apache2ctl restart
ou
# /etc/init.d/apache2 restart
3.3.8 PHP
A instalação do suporte a PHP também é bastante simples. Para efetuar a instalação deve-
mos executar o seguinte comando:
# apt-get install php4
Com isso os seguintes pacotes serão selecionados automaticamente para a instalação:
apache2-mpm-prefork libapache2-mod-php4 libzzip-0-12 php4 php4-common
Deverá ser feito o download de aproximadamente 2MB de pacotes, e instalados posteriormente.
Após a instalação o Apache deverá ser reiniciado automaticamente para que as alterações te-
nham efeito.
Para verificar se o suporte ao PHP foi corretamente instalado, crie um arquivo na pasta root
32
34. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
do Apache - /var/www/ - com nome teste.php e com o seguinte conteúdo:
<?
phpinfo();
?>
Você poderá utilizar um editor de texto de sua escolha, como o VI, nano, ou mesmo gedit. Para
verificar se o Apache interpretou devidamente o código PHP, entramos com o seguinte endereço:
http://127.0.0.1/teste.php
Deverá ser exibida uma página com informações sobre o servidor Apache, versão do PHP, e
algumas configurações.
Caso não sejam exibidas tais informações, uma causa possível seria que o suporte ao PHP
não está habilitado no Apache. Para habilitá-lo execute os seguintes comandos:
# cd /etc/apache2/mods-available/
A pasta "mods-avaliable"contém os módulos disponíveis, e para ativá-los, basta copiar os mó-
dulos para a pasta "mods-enabled"da seguinte forma:
# cp -a php4.conf php4.load ../mods-enabled/
3.3.9 MySQL
A instalação do banco de dados MySQL tambem é bastante simples. Para isso você deve
instalar o servidor da seguinte forma:
# apt-get install mysql-server
O apt irá selecionar os seguintres pacotes para instalação:
libdbd-mysql-perl libdbi-perl libmysqlclient15off libnet-daemon-perl
libplrpc-perl mysql-client-5.0 mysql-common mysql-server mysql-server-5.0
Será feito então o download de aproximadamente 30MB, e feita a instalação posteriormente.
Após a instalação você deve criar a base de dados "mysql"usada para armazenar as informa-
ções principais do MySQL e a "test", uma base de dados para testes. Com o seguinte comando
serão criadas as bases de dados "mysql"e "test":
# mysql_install_db
Feito isso você poderá reiniciar o servidor do MySQL com o seguinte comando:
33
35. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
# /etc/init.d/mysql restart
O próximo passo será estabelecer uma senha para o usuário root, que é o usuário com acesso
total a todas as bases de dados contidas no MySQL. Essa senha inicialmente vem vazia, e deve
ser alterada com o seguinte comando:
# mysqladmin -u root password 123123
34
36. Capítulo 4
Sintaxe Básica
4.1 Delimitando o código PHP
O código PHP fica embutido no próprio HTML. O interpretador identifica quando um código é
PHP pelas seguintes tags:
<?php
comandos
?>
<script Xlanguage="php»
comandos
</script>
<?
comandos
?>
<%
comandos
%>
O tipo de tags mais utilizado é o terceiro, que consiste em uma "abreviação"do primeiro. Para
35
37. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
utilizá-lo, é necessário habilitar a opção short-tags na configuração do PHP. O último tipo serve
para facilitar o uso por programadores acostumados à sintaxe de ASP. Para utilizá-lo também é
necessário habilitá-lo no PHP, através do arquivo de configuração php.ini.
4.2 Separador de instruções
Entre cada instrução em PHP é preciso utilizar o ponto-e-vírgula, assim como em C, Perl e
outras linguagens mais conhecidas. Na última instrução do bloco de script não é necessário o
uso do ponto-e-vírgula, mas por questões estéticas recomenda-se o uso sempre.
4.3 Nomes de variáveis
Toda variável em PHP tem seu nome composto pelo caractere $ e uma string, que deve iniciar
por uma letra ou o caractere "_". PHP é case sensitive, ou seja, as variáveis $vivas e $VIVAS são
diferentes. Por isso é preciso ter muito cuidado ao definir os nomes das variáveis. É bom evitar
os nomes em maiúsculas, pois como veremos mais adiante, o PHP já possui alguma variáveis
pré-definidas cujos nomes são formados por letras maiúsculas.
4.4 Comentários
Há dois tipos de comentários em código PHP:
1. Comentários de uma linha:
Marca como comentário até o final da linha ou até o final do bloco de código PHP o que vier
antes. Pode ser delimitado pelo caractere "#"ou por duas barras ( // ).
Exemplo:
<? echo "teste"; #isto é um teste ?>
<? echo "teste"; //este teste é similar ao anterior ?>
2. Comentários de mais de uma linha:
Tem como delimitadores os caracteres "/*"para o início do bloco e "*/"para o final do comen-
tário. Se o delimitador de final de código PHP ( ?> ) estiver dentro de um comentário, não
será reconhecido pelo interpretador.
Exemplos:
<?
echo "teste"; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha, mas não funciona corretamente ?>
36
38. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
*/
<?
echo "teste"; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha que funciona corretamente
*/
?>
4.5 Imprimindo código html
Um script php geralmente tem como resultado uma página html, ou algum outro texto. Para
gerar esse resultado, deve ser utilizada uma das funções de impressão, echo e print. Para utilizá-
las deve-se utilizar um dos seguintes formatos:
print(argumento);
echo (argumento1, argumento2, ... );
echo argumento;
37
39. Capítulo 5
Tipos
5.1 Tipos suportados
PHP suporta os seguintes tipos de dados:
1. Inteiro
2. Ponto flutuante
3. String
4. Array
5. Objeto
PHP utiliza checagem de tipos dinâmica, ou seja, uma variável pode conter valores de dife-
rentes tipos em diferentes momentos da execução do script. Por este motivo não é necessário
declarar o tipo de uma variável para usá-la. O interpretador PHP decidirá qual o tipo daquela
variável, verificando o conteúdo em tempo de execução.
Ainda assim, é permitido converter os valores de um tipo para outro desejado, utilizando o
typecasting ou a função settype (ver adiante).
5.1.1 Inteiros (integer ou long)
Uma variável pode conter um valor inteiro com atribuições que sigam as seguintes sintaxes:
$vivas = 1234; # inteiro positivo na base decimal
$vivas = -234; # inteiro negativo na base decimal
$vivas = 0234; # inteiro na base octal-simbolizado pelo 0
# equivale a 156 decimal
$vivas = 0x34; # inteiro na base hexadecimal(simbolizado
38
40. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
# pelo 0x) - equivale a 52 decimal.
A diferença entre inteiros simples e long está no número de bytes utilizados para armazenar a
variável. Como a escolha é feita pelo interpretador PHP de maneira transparente para o usuário,
podemos afirmar que os tipos são iguais.
5.1.2 Números em Ponto Flutuante (double ou float)
Uma variável pode ter um valor em ponto flutuante com atribuições que sigam as seguintes
sintaxes:
$vivas = 1.234;
$vivas = 23e4; # equivale a 230.000
5.1.3 Strings
Strings podem ser atribuídas de duas maneiras:
1. Utilizando aspas simples ( ’ ) - Desta maneira, o valor da variável será exatamente o texto
contido entre as aspas (com exceção de e ’ - ver tabela abaixo)
2. Utilizando aspas duplas ( ") - Desta maneira, qualquer variável ou caractere de escape será
expandido antes de ser atribuído.
Exemplo:
<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = ’- - -$teste- -n’;
echo "$vivas";
?>
A saída desse script será - - -$teste- -n".
<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = - - -$teste- - -n";
echo "$vivas";
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41. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
?>
A saída desse script será - - -Mauricio- - -"(com uma quebra de linha no final).
A tabela seguinte lista os caracteres de escape:
Sintaxe Significado
n Nova linha
r Retorno de carro (semelhante a n)
t Tabulação horizontal
A própria barra ( )
$ O símbolo $
’ Aspa simples
" Aspa dupla
No apêndice 01 está disponível uma lista das funções utilizadas no tratamento de strings.
5.1.4 Arrays
Arrays em PHP podem ser observados como mapeamentos ou como vetores indexados. Mais
precisamente, um valor do tipo array é um dicionário onde os índices são as chaves de acesso.
Vale ressaltar que os índices podem ser valores de qualquer tipo e não somente inteiros. Inclu-
sive, se os índices forem todos inteiros, estes não precisam formar um intervalo contínuo.
Como a checagem de tipos em PHP é dinâmica, valores de tipos diferentes podem ser usados
como índices de array, assim como os valores mapeados também podem ser de diversos tipos.
Exemplo:
<?
$cor[1] = "vermelho";
$cor[2] = "verde";
$cor[3] = "azul";
$cor["teste"] = 1;
?>
Equivalentemente, pode-se escrever:
<?
$cor = array(1 => "vermelho", 2 => "verde", 3 => "azul", "teste"=> 1);
?>
40
42. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
5.1.5 Listas
As listas são utilizadas em PHP para realizar atribuições múltiplas. Através de listas é possível
atribuir valores que estão num array para variáveis. Vejamos o exemplo:
Exemplo:
list($a, $b, $c) = array("a", "b", "c");
O comando acima atribui valores às três variáveis simultaneamente. É bom notar que só são
atribuídos às variáveis da lista os elementos do array que possuem índices inteiros e não nega-
tivos. No exemplo acima as três atribuições foram bem sucedidas porque ao inicializar um array
sem especificar os índices eles passam a ser inteiros, a partir do zero. Um fator importante é
que cada variável da lista possui um índice inteiro e ordinal, iniciando com zero, que serve para
determinar qual valor será atribuído. No exemplo anterior temos $a com índice 0, $b com índice
1 e $c com índice 2. Vejamos um outro exemplo:
$arr = array(1=>"um",3=>"tres","a"=>"letraA",2=>"dois");
list($a,$b,$c,$d) = $arr;
Após a execução do código acima temos os seguintes valores:
$a == null
$b == "um"
$c == "dois"
$d == "tres"
Devemos observar que à variável $a não foi atribuído valor, pois no array não existe elemento
com índice 0 (zero). Outro detalhe importante é que o valor "três"foi atribuído à variável $d, e não
a $b, pois seu índice é 3, o mesmo que $d na lista. Por fim, vemos que o valor "letraA"não foi
atribuído a elemento algum da lista pois seu índice não é inteiro.
Os índices da lista servem apenas como referência ao interpretador PHP para realizar as atri-
buições, não podendo ser acessados de maneira alguma pelo programador. De maneira diferente
do array, uma lista não pode ser atribuída a uma variável, servindo apenas para fazer múltiplas
atribuições através de um array.
5.1.6 Objetos
Um objeto pode ser inicializado utilizando o comando new para instanciar uma classe para
uma variável.
Exemplo:
class teste {
function nada() {
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43. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
echo "nada";
}
}
$vivas = new teste;
$vivas -> nada();
A utilização de objetos será mais detalhada mais à frente.
5.1.7 Booleanos
PHP não possui um tipo booleano, mas é capaz de avaliar expressões e retornar true ou false,
através do tipo integer: é usado o valor 0 (zero) para representar o estado false, e qualquer valor
diferente de zero (geralmente 1) para representar o estado true.
5.1.8 Transformação de Tipos
A transformação de tipos em PHP pode ser feita das seguintes maneiras:
5.1.9 Coerções
Quando ocorrem determinadas operações "+", por exemplo) entre dois valores de tipos dife-
rentes, o PHP converte o valor de um deles automaticamente (coerção). É interessante notar que
se o operando for uma variável, seu valor não será alterado.
O tipo para o qual os valores dos operandos serão convertidos é determinado da seguinte
forma: Se um dos operandos for float, o outro será convertido para float, se um deles for integer,
o outro será convertido para integer.
Exemplo:
$vivas = "1"; // $vivas é a string "1"
$vivas = $vivas + 1; // $vivas é o integer 2
$vivas = $vivas + 3.7; // $vivas é o double 5.7
$vivas = 1 + 1.5 // $vivas é o double 2.5
Como podemos notar, o PHP converte string para integer ou double mantendo o valor. O sis-
tema utilizado pelo PHP para converter de strings para números é o seguinte:
1. É analisado o início da string. Se contiver um número, ele será avaliado. Senão, o valor
será 0 (zero);
2. O número pode conter um sinal no início ("+"ou -");
42
44. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
3. Se a string contiver um ponto em sua parte numérica a ser analisada, ele será considerado,
e o valor obtido será double;
4. Se a string contiver um "e"ou "E"em sua parte numérica a ser analisada, o valor seguinte
será considerado como expoente da base 10, e o valor obtido será double;
Exemplos:
$vivas = 1 + "10.5"; // $vivas == 11.5
$vivas = 1 + -1.3e3"; // $vivas == -1299
$vivas = 1 + "teste10.5"; // $vivas == 1
$vivas = 1 + "10testes"; // $vivas == 11
$vivas = 1 + "10testes"; // $vivas == 11
$vivas = 1 + "+ 10testes"; // $vivas == 1
5.1.10 Transformação explícita de tipos
A sintaxe do typecast de PHP é semelhante ao C:. Basta escrever o tipo entre parênteses
antes do valor.
Exemplo:
$vivas = 15; // $vivas é integer (15)
$vivas = (double) $vivas // $vivas é double (15.0)
$vivas = 3.9 // $vivas é double (3.9)
$vivas = (int) $vivas // $vivas é integer (3)
// o valor decimal é truncado
Os tipos de cast permitidos são:
(int), (integer) Þ muda para integer;
(real), (double), (float) Þ muda para float;
(string) Þ muda para string;
(array) Þ muda para array;
(object) Þ muda para objeto.
43
45. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
5.1.11 Com a função settype
A função settype converte uma variável para o tipo especificado, que pode ser "integer", "dou-
ble", "string", "array"ou "object".
Exemplo:
$vivas = 15; // $vivas é integer
settype($vivas,double) // $vivas é double
44
46. Capítulo 6
Operadores
6.1 Aritméticos
Só podem ser utilizados quando os operandos são números (integer ou float). Se forem de
outro tipo, terão seus valores convertidos antes da realização da operação.
+ adição
- subtração
* multiplicação
/ divisão
% módulo
6.2 de strings
Só há um operador exclusivo para strings:
. concatenação
6.3 de atribuição
Existe um operador básico de atribuição e diversos derivados. Sempre retornam o valor atri-
buído. No caso dos operadores derivados de atribuição, a operação é feita entre os dois ope-
randos, sendo atribuído o resultado para o primeiro. A atribuição é sempre por valor, e não por
referência.
= atribuição simples
+= atribuição com adição
-= atribuição com subtração
*= atribuição com multiplicação
/= atribuição com divisão
%= atribuição com módulo
.= atribuição com concatenação
Exemplo:
45
47. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
$a = 7;
$a += 2; // $a passa a conter o valor 9
6.4 Bit a bit
6.4.1 Comparam dois números bit a bit:
& "e"lógico
| "ou"lógico
ˆ ou exclusivo
˜ não (inversão)
« shift left
» shift right
6.5 Lógicos
Utilizados para inteiros representando valores booleanos.
and "e"lógico
or "ou"lógico
xor ou exclusivo
! não (inversão)
&& "e"lógico
|| "ou"lógico
Existem dois operadores para "e"e para "ou"porque eles têm diferentes posições na ordem de
precedência.
6.6 Comparação
As comparações são feitas entre os valores contidos nas variáveis, e não as referências.
Sempre retornam um valor booleano.
== igual a
!= diferente de
< menor que
> maior que
<= menor ou igual a
>= maior ou igual a
6.7 Expressão condicional
Existe um operador de seleção que é ternário. Funciona assim:
46
48. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
(expressao1)?(expressao2): (expressao3)
O interpretador PHP avalia a primeira expressão. Se ela for verdadeira, a expressão retorna
o valor de expressão2. Senão, retorna o valor de expressão3.
6.8 De incremento e decremento
++ incremento
- - decremento
< menor que
> maior que
<= menor ou igual a
>= maior ou igual a
Podem ser utilizados de duas formas: antes ou depois da variável. Quando utilizado antes,
retorna o valor da variável já incrementada ou decrementada. Quando utilizado depois, retorna o
valor da variável antes de incrementá-la ou decrementá-la.
Exemplos:
$a = $b = 10; // $a e $b recebem o valor 10
$c = $a++; // $c recebe 10 e $a passa a ter 11
$d = ++$b; // $d recebe 11, valor de $b já incrementado
47
49. Capítulo 7
Estruturas de Controle
As estruturas que veremos a seguir são comuns para as linguagens de programação impera-
tivas, bastando descrever a sintaxe de cada uma delas, resumindo o funcionamento.
7.1 Blocos
Um bloco consiste de vários comandos agrupados com o objetivo de relacioná-los com de-
terminado comando ou função. Em comandos como if, for, while, switch e em declarações de
funções,blocos podem ser utilizados para permitir que um comando faça parte do contexto dese-
jado. Blocos em PHP são delimitados pelos caracteres "{"e "}". A utilização dos delimitadores de
bloco em uma parte qualquer do código não relacionada com os comandos citados ou funções,
não produzirá efeito algum, e será tratada normalmente pelo interpretador.
Exemplo:
if ($x == $y)
comando1;
comando2;
Para que comando2 esteja relacionado ao if é preciso utilizar um bloco:
if ($x == $y){
comando1;
comando2;
}
48
50. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
7.2 Comandos de seleção
Também chamados de condicionais, os comandos de seleção permitem executar comandos
ou blocos de comandos com base em testes feitos durante a execução.
7.2.1 if
O mais trivial dos comandos condicionais é o if. Ele testa a condição e executa o comando
indicado se o resultado for true (valor diferente de zero). Ele possui duas sintaxes:
if (expressão)
comando;
if (expressão):
comando;
. . .
comando;
endif;
Para incluir mais de um comando no if da primeira sintaxe, é preciso utilizar um bloco, demar-
cado por chaves.
O else é um complemento opcional para o if. Se utilizado, o comando será executado se a
expressão retornar o valor false (zero). Suas duas sintaxes são:
if (expressão)
comando;
else
comando;
if (expressão):
comando;
. . .
comando;
49
51. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
else
comando;
. . .
comando;
endif;
A seguir, temos um exemplo do comando if utilizado com else:
if ($a > $b)
$maior = $a;
else
$maior = $b;
O exemplo acima coloca em $maior o maior valor entre $a e $b
Em determinadas situações é necessário fazer mais de um teste, e executar condicionalmente
diversos comandos ou blocos de comandos. Para facilitar o entendimento de uma estrutura do
tipo:
if (expressao1)
comando1;
else
if (expressao2)
comando2;
else
if (expressao3)
comando3;
else
comando4;
foi criado o comando, também opcional elseif. Ele tem a mesma função de um else e um if
usados sequencialmente, como no exemplo acima. Num mesmo if podem ser utilizados diversos
50
52. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
elseif’s, ficando essa utilização a critério do programador, que deve zelar pela legibilidade de seu
script.
O comando elseif também pode ser utilizado com dois tipos de sintaxe. Em resumo, a sintaxe
geral do comando if fica das seguintes maneiras:
if (expressao1)
comando;
[ elseif (expressao2)
comando; ]
[ else
comando; ]
if (expressao1) :
comando;
. . .
comando;
[ elseif (expressao2)
comando;
. . .
comando; ]
[ else
comando;
. . .
comando; ]
endif;
7.2.2 switch
O comando switch atua de maneira semelhante a uma série de comandos if na mesma expres-
são. Frequentemente o programador pode querer comparar uma variável com diversos valores,
51
53. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
e executar um código diferente a depender de qual valor é igual ao da variável.
Quando isso for necessário, deve-se usar o comando switch. O exemplo seguinte mostra dois
trechos de código que fazem a mesma coisa, sendo que o primeiro utiliza uma série de if’s e o
segundo utiliza switch:
if ($i == 0)
print "i é igual a zero";
elseif ($i == 1)
print "i é igual a um";
elseif ($i == 2)
print "i é igual a dois";
switch ($i) {
case 0:
print "i é igual a zero";
break;
case 1:
print "i é igual a um";
break;
case 2:
print "i é igual a dois";
break;
}
É importante compreender o funcionamento do switch para não cometer enganos. O comando
switch testa linha a linha os cases encontrados, e a partir do momento que encontra um valor
igual ao da variável testada, passa a executar todos os comandos seguintes, mesmo os que fa-
zem parte de outro teste, até o fim do bloco. por isso usa-se o comando break, quebrando o fluxo
e fazendo com que o código seja executado da maneira desejada. Veremos mais sobre o break
mais adiante. Veja o exemplo:
switch ($i) {
52
54. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
case 0:
print "i é igual a zero";
case 1:
print "i é igual a um";
case 2:
print "i é igual a dois";
}
No exemplo acima, se $i for igual a zero, os três comandos "print"serão executados. Se $i for
igual a 1, os dois últimos "print"serão executados. O comando só funcionará da maneira dese-
jada se $i for igual a 2.
Em outras linguagens que implementam o comando switch, ou similar, os valores a serem
testados só podem ser do tipo inteiro. Em PHP é permitido usar valores do tipo string como ele-
mentos de teste do comando switch. O exemplo abaixo funciona perfeitamente:
switch ($s) {
case "casa":
print "A casa é amarela";
case "arvore":
print "a árvore é bonita";
case "lampada":
print "joao apagou a lampada";
}
7.3 Comandos de repetição
7.3.1 while
O while é o comando de repetição (laço) mais simples. Ele testa uma condição e executa um
comando, ou um bloco de comandos, até que a condição testada seja falsa. Assim como o if, o
while também possui duas sintaxes alternativas:
53
55. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
while (<expressao>)
<comando>;
while (<expressao>):
<comando>;
. . .
<comando>;
endwhile;
A expressão só é testada a cada vez que o bloco de instruções termina, além do teste inicial.
Se o valor da expressão passar a ser false no meio do bloco de instruções, a execução segue até
o final do bloco. Se no teste inicial a condição for avaliada como false, o bloco de comandos não
será executado.
O exemplo a seguir mostra o uso do while para imprimir os números de 1 a 10:
$i = 1;
while ($i <=10)
print $i++;
7.3.2 do... while
O laço do..while funciona de maneira bastante semelhante ao while, com a simples diferença
de que a expressão é testada ao final do bloco de comandos. O laço do..while possui apenas
uma sintaxe, que é a seguinte:
do {
<comando>
. . .
<comando>
} while (<expressao>);
O exemplo utilizado para ilustrar o uso do while pode ser feito da seguinte maneira utilizando
o do.. while:
54
56. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
$i = 0;
do {
print ++$i;
} while ($i < 10);
7.3.3 for
O tipo de laço mais complexo é o for. Para os que programam em C, C++ ou Java, a assimi-
lação do funcionamento do for é natural. Mas para aqueles que estão acostumados a linguagens
como Pascal, há uma grande mudança para o uso do for. As duas sintaxes permitidas são:
for (<inicializacao>;<condicao>;<incremento>)
<comando>;
for (<inicializacao>;<condicao>;<incremento>) :
<comando>;
. . .
<comando>;
endfor;
As três expressões que ficam entre parênteses têm as seguintes finalidades:
Inicialização: Comando ou seqüencia de comandos a serem realizados antes do inicio do laço.
Serve para inicializar variáveis;
Condição: Expressão booleana que define se os comandos que estão dentro do laço serão exe-
cutados ou não. Enquanto a expressão for verdadeira (valor diferente de zero) os comandos
serão executados;
Incremento: Comando executado ao final de cada execução do laço.
Um comando for funciona de maneira semelhante a um while escrito da seguinte forma:
<inicializacao>
while (<condicao>) {
55
57. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
comandos
. . .
<incremento>
}
7.4 Quebra de fluxo
7.4.1 Break
O comando break pode ser utilizado em laços de do, for e while, além do uso já visto no
comando switch. Ao encontrar um break dentro de um desses laços, o interpretador PHP pára
imediatamente a execução do laço, seguindo normalmente o fluxo do script.
while ($x > 0) {
...
if ($x == 20) {
echo "erro! x = 20";
break;
...
}
No trecho de código acima, o laço while tem uma condição para seu término normal ($x <=
0), mas foi utilizado o break para o caso de um término não previsto no início do laço. Assim o
interpretador seguirá para o comando seguinte ao laço.
7.4.2 Continue
O comando continue também deve ser utilizado no interior de laços, e funciona de maneira
semelhante ao break, com a diferença que o fluxo ao invés de sair do laço volta para o início dele.
Vejamos o exemplo:
for ($i = 0; $i < 100; $i++) {
if ($i % 2) continue;
echo "$i ";
56
58. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
}
O exemplo acima é uma maneira ineficiente de imprimir os números pares entre 0 e 99. O que
o laço faz é testar se o resto da divisão entre o número e 2 é 0. Se for diferente de zero (valor
lógico true) o interpretador encontrará um continue, que faz com que os comandos seguintes do
interior do laço sejam ignorados, seguindo para a próxima iteração.
57
59. Capítulo 8
Funções
8.1 Definindo funções
A sintaxe básica para definir uma função é:
function nome_da_função([arg1, arg2, arg3]) {
Comandos;
... ;
[return <valor de retorno>];
}
Qualquer código PHP válido pode estar contido no interior de uma função. Como a checagem
de tipos em PHP é dinâmica, o tipo de retorno não deve ser declarado, sendo necessário que
o programador esteja atento para que a função retorne o tipo desejado. É recomendável que
esteja tudo bem documentado para facilitar a leitura e compreensão do código. Para efeito de
documentação, utiliza-se o seguinte formato de declaração de função:
tipo function nome_da_funcao(tipo arg1, tipo arg2, ...);
Este formato só deve ser utilizado na documentação do script, pois o PHP não aceita a de-
claração de tipos. Isso significa que em muitos casos o programador deve estar atento aos tipos
dos valores passados como parâmetros, pois se não for passado o tipo esperado não é emitido
nenhum alerta pelo interpretador PHP, já que este não testa os tipos.
8.1.1 Valor de retorno
Toda função pode opcionalmente retornar um valor, ou simplesmente executar os comandos
e não retornar valor algum.
Não é possível que uma função retorne mais de um valor, mas é permitido fazer com que uma
função retorne um valor composto, como listas ou arrays.
58
60. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
8.1.2 Argumentos
É possível passar argumentos para uma função. Eles devem ser declarados logo após o nome
da função, entre parênteses, e tornam-se variáveis pertencentes ao escopo local da função. A
declaração do tipo de cada argumento também é utilizada apenas para efeito de documentação.
Exemplo:
function imprime($texto){
echo $texto;
}
imprime("teste de funções");
8.1.3 Passagem de parâmetros por referência
Normalmente, a passagem de parâmetros em PHP é feita por valor, ou seja, se o conteúdo
da variável for alterado, essa alteração não afeta a variável original.
Exemplo:
function mais5($numero) {
$numero += 5;
}
$a = 3;
mais5($a); //$a continua valendo 3
No exemplo acima, como a passagem de parâmetros é por valor, a função mais5 é inútil, já
que após a execução sair da função, o valor anterior da variável é recuperado. Se a passagem de
valor fosse feita por referência, a variável $a teria 8 como valor. O que ocorre normalmente é que
ao ser chamada uma função, o interpretador salva todo o escopo atual, ou seja, os conteúdos
das variáveis. Se uma dessas variáveis for passada como parâmetro, seu conteúdo ficará preser-
vado, pois a função irá trabalhar na verdade com uma cópia da variável. Porém, se a passagem
de parâmetros for feita por referência, toda alteração que a função realizar no valor passado como
parâmetro afetará a variável que o contém.
Há duas maneiras de fazer com que uma função tenha parâmetros passados por referência:
indicando isso na declaração da função, o que faz com que a pasagem de parâmetros sempre
seja assim; e também na própria chamada da função. Nos dois casos utiliza-se o modificador
"&". Vejamos um exemplo que ilustra os dois casos:
function mais5(&$num1, $num2) {
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61. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
$num1 += 5;
$num2 += 5;
}
$a = $b = 1;
mais5($a, $b); /* Neste caso, só $a terá seu valor alterado, pois a passagem por referência
está definida na
declaração da função. */
mais5(a, &b); /* Aqui as duas variáveis terão seus valores alterados. */
8.1.4 Argumentos com valores pré-definidos (default)
Em PHP é possível ter valores default para argumentos de funções, ou seja, valores que serão
assumidos em caso de nada ser passado no lugar do argumento. Quando algum parâmetro é
declarado desta maneira, a passagem do mesmo na chamada da função torna-se opcional.
function teste($vivas = "testando") {
echo $vivas;
}
teste(); // imprime "testando"
teste("outro teste"); // imprime "outro teste"
É bom lembrar que quando a função tiver mais de um parâmetro, o que tiver valor default de-
verá ser declarado por último:
function teste($figura = "circulo", $cor) {
echo "a figura é um ".$figura."de cor ".$cor;
}
teste(azul);
/* A função não vai funcionar da maneira esperada, ocorrendo um erro no interpretador. A decla-
60
62. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
ração correta é: */
function teste2($cor, $figura = "circulo") {
echo "a figura é um ".$figura."de cor ".$cor;
}
teste2(azul);
/* Aqui a função funciona da maneira esperada, ou seja, imprime o texto: "a figura é um cír-
culo de cor azul"*/
8.2 Contexto
O contexto é o conjunto de variáveis e seus respectivos valores num determinado ponto do
programa. Na chamada de uma função, ao iniciar a execução do bloco que contém a implemen-
tação da mesma é criado um novo contexto, contendo as variáveis declaradas dentro do bloco, ou
seja, todas as variáveis utilizadas dentro daquele bloco serão eliminadas ao término da execução
da função.
8.3 Escopo
O escopo de uma variável em PHP define a porção do programa onde ela pode ser utilizada.
Na maioria dos casos todas as variáveis têm escopo global. Entretanto, em funções definidas
pelo usuário um escopo local é criado. Uma variável de escopo global não pode ser utilizada no
interior de uma função sem que haja uma declaração.
Exemplo:
$vivas = "Testando";
function Teste() {zz
echo $vivas;
}
Teste();
O trecho acima não produzirá saída alguma, pois a variável $vivas é de escopo global, e não
pode ser referida num escopo local, mesmo que não haja outra com nome igual que cubra a sua
visibilidade. Para que o script funcione da forma desejada, a variável global a ser utilizada deve
ser declarada.
Exemplo:
$vivas = "Testando";
function Teste() {
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63. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
global $vivas;
echo $vivas;
}
Teste();
Uma declaração "global"pode conter várias variáveis, separadas por vírgulas. Uma outra
maneira de acessar variáveis de escopo global dentro de uma função é utilizando um array pré-
definido pelo PHP cujo nome é $GLOBALS. O índice para a variável referida é o próprio nome da
variável, sem o caractere $. O exemplo acima e o abaixo produzem o mesmo resultado:
Exemplo:
$vivas = "Testando";
function Teste() {
echo $GLOBALS["vivas"]; // imprime $vivas
echo $vivas; // não imprime nada
}
Teste();
62
64. Capítulo 9
Variáveis e Constantes
9.1 Declaração de uma variável
Como a tipagem em PHP é dinâmica, as variáveis não precisam ser declaradas. Uma variável
é inicializada no momento em que é feita a primeira atribuição. O tipo da variável será definido de
acordo com o valor atribuído.
9.2 O modificador static
Uma variável estática é visível num escopo local, mas ela é inicializada apenas uma vez e seu
valor não é perdido quando a execução do script deixa esse escopo. Veja o seguinte exemplo:
function Teste() {
<F2>$a = 0;
echo $a;
$a++;
}
O último comando da função é inútil, pois assim que for encerrada a execução da função, a va-
riável $a perde seu valor. Já no exemplo seguinte, a cada chamada da função, a variável $a terá
seu valor impresso e será incrementada:
function Teste() {
static $a = 0;
echo $a;
$a++;
}
O modificador static é muito utilizado em funções recursivas, já que o valor de algumas variáveis
precisa ser mantido. Ele funciona da seguinte forma: O valor das variáveis declaradas como
estáticas é mantido ao terminar a execução da função. Na próxima execução da função, ao
encontrar novamente a declaração com static, o valor da variável é recuperado.
Em outras palavras, uma variável declarada como static tem o mesmo "tempo de vida"que
uma variável global, porém sua visibilidade é restrita ao escopo local em que foi declarada e só é
recuperada após a declaração.
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65. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Exemplo:
function Teste() {
echo "$a";
static $a = 0;
$a++;
}
O exemplo acima não produzirá saída alguma. Na primeira execução da função, a impressão
ocorre antes da atribuição de um valor à função, e portanto o conteúdo de $a é nulo (string va-
zia). Nas execuções seguintes da função Teste() a impressão ocorre antes da recuperação do
valor de $a, e portanto nesse momento seu valor ainda é nulo. Para que a função retorne algum
valor o modificador static deve ser utilizado.
9.3 Variáveis variáveis
O PHP tem um recurso conhecido como variáveis variáveis, que consiste em variáveis cujos
nomes também são variáveis. Sua utilização é feita através do duplo cifrão.
$a = "teste";
$$a ="Mauricio Vivas";
O exemplo acima e equivalente ao seguinte:
$a = "teste";
$teste = "Mauricio Vivas";
9.4 Variáveis enviadas pelo navegador
Para interagir com a navegação feita pelo usuário, é necessário que o PHP possa enviar e
receber informações para o software de navegação. A maneira de enviar informações, como já
foi visto anteriormente, geralmente é através de um comando de impressão, como o echo. Para
receber informações vindas do navegador através de um link ou um formulário html o PHP utiliza
as informações enviadas através da URL.
Por exemplo: se seu script php está localizado em "http://localhost/teste.php3"e você o chama
com a url "http://localhost/teste.php3?vivas=teste", automaticamente o PHP criará uma variável
com o nome $vivas contendo a string "teste". Note que o conteúdo da variável está no formato
urlencode. Os formulários html já enviam informações automaticamente nesse formato, e o PHP
decodifica sem necessitar de tratamento pelo programador.
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66. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
9.5 URLencode
O formato urlencode é obtido substituindo os espaços pelo caractere "+"e todos os outros
caracteres não alfa-numéricos (com exceção de "_") pelo caractere "%"seguido do código ASCII
em hexadecimal.
Por exemplo: o texto "Testando 1 2 3 !!"em urlencode fica "Testando+1+2+3+%21%21"
O PHP possui duas funções para tratar com texto em urlencode. Seguem suas sintaxes:
string urlencode(string texto);
string urldecode(string texto);
Essas funções servem respectivamente para codificar ou decodificar um texto passado como
argumento. Para entender melhor o que é um argumento e como funciona uma função, leia o
tópico "funções".
9.6 Utilizando arrays
Cada elemento de um formulário HTML submetido a um script PHP cria no ambiente do
mesmo uma variável cujo nome é o mesmo nome do elemento. Por exemplo: um campo definido
como:
<input type="text"name="endereco»
Ao ser submetido a um script PHP fará com que seja criada uma variável com o nome $ende-
reco. Isto acontece de forma semelhante para cookies, como veremos mais adiante.
Uma boa técnica de programação é utilizar a notação de arrays para nomes de cookies ou
itens de um formulário html. Para um conjunto de checkboxes, por exemplo, podemos utilizar a
seguinte notação:
<input type="checkbox"name="teste[]"value="valor1»opcao1
<input type="checkbox"name="teste[]"value="valor2»opcao2
<input type="checkbox"name="teste[]"value="valor3»opcao3
<input type="checkbox"name="teste[]"value="valor4»opcao4
<input type="checkbox"name="teste[]"value="valor5»opcao5
Ao submeter o formulário, o script que recebe os valores submetidos terá uma variável chamada
$teste contendo os valores marcados num array, com índices a partir de zero. Assim, se forem
marcadas as opções 2, 3 e 5, poderemos fazer as seguintes afirmações:
$teste == array("valor2", "valor3", "valor5");
$teste[0] == "valor2";
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67. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
$teste[1] == "valor3";
$teste[2] == "valor5";
O mesmo artifício pode ser utilizado com outros elementos de formulários e até com cookies.
9.7 Variáveis de ambiente
O PHP possui diversas variáveis de ambiente, como a $PHP_SELF, por exemplo, que contém
o nome e o path do próprio arquivo. Algumas outras contém informações sobre o navegador do
usuário, o servidor http, a versão do PHP e diversas informações. Para ter uma listagem de todas
as variáveis e constantes de ambiente e seus respectivos conteúdos, deve-se utilizar a função
phpinfo().
9.8 Verificando o tipo de uma variável
Por causa da tipagem dinâmica utilizada pelo PHP, nem sempre é possível saber qual o tipo
de uma variável em determinado instante se não contar com a ajuda de algumas funções que
ajudam a verificar isso. A verificação pode ser feita de duas maneiras:
9.9 Função que retorna o tipo da variável
Esta função é a gettype. Sua assinatura é a seguinte:
string gettype(mixed var);
A palavra "mixed"indica que a variável var pode ser de diversos tipos.
A funçãogettype pode retornar as seguintes strings: "integer", "double", "string", "array", "ob-
ject"e "unknown type".
9.10 Funções que testam o tipo da variável
São as funções is_int, is_integer, is_real, is_long, is_float, is_string, is_array e is_object. To-
das têm o mesmo formato, seguindo modelo da assinatura a seguir:
int is_integer(mixed var);
Todas essas funções retornarão true se a variável for daquele tipo, e false em caso contrário.
9.11 Destruindo uma variável
É possível deslocar uma variável se ela não for usada posteriormente através da função un-
set, que tem a seguinte assinatura:
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68. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
int unset(mixed var);
A função destrói a variável, ou seja, libera a memória ocupada por ela, fazendo com que ela
deixe de existir. Se mais na frente for feita uma chamada à variável, será criada uma nova variá-
vel de mesmo nome e de conteúdo vazio,a não ser que a chamada seja pela função isset. Se a
operação for bem sucedida, retornará true.
9.12 Verificando se uma variável possui um valor
Existem dois tipos de teste que podem ser feitos para verificar se uma variável está setada:
com a função isset e com a função empty.
9.13 A função isset
Possui o seguinte protótipo:
int isset(mixed var);
E retornará true se a variável estiver setada (ainda que com uma string vazia ou o valor zero), e
false em caso contrário.
9.14 A função empty
Possui a seguinte assinatura:
int empty(mixed var);
E retornará true se a variável não contiver um valor (não estiver setada) ou possuir valor 0 (zero)
ou uma string vazia. Caso contrário, retornará false.
9.15 Constantes pré-definidas
O PHP possui algumas constantes pré-definidas, indicando a versão do PHP, o Sistema Ope-
racional do servidor, o arquivo em execução, e diversas outras informações. Para ter acesso
a todas as constantes pré-definidas, pode-se utilizar a função phpinfo(), que exibe uma tabela
contendo todas as constantes pré-definidas, assim como configurações da máquina, sistema
operacional, servidor http e versão do PHP instalada.
9.15.1 Definindo constantes
Para definir constantes utiliza-se a função define. Uma vez definido, o valor de uma constante
não poderá mais ser alterado. Uma constante só pode conter valores escalares, ou seja, não
pode conter nem um array nem um objeto. A assinatura da função define é a seguinte:
67
69. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
int define(string nome_da_constante, mixed valor);
A função retorna true se for bem-sucedida. Veja um exemplo de sua utilização a seguir:
define ("pi", 3.1415926536);
$circunf = 2*pi*$raio;
68
70. Capítulo 10
Classes e Objetos
10.1 Classe
Uma classe é um conjunto de variáveis e funções relacionadas a essas variáveis. Uma van-
tagem da utilização de programação orientada a objetos é poder usufruir do recurso de encap-
sulamento de informação. Com o encapsulamento o usuário de uma classe não precisa saber
como ela é implementada, bastando para a utilização conhecer a interface, ou seja, as funções
disponíveis. Uma classe é um tipo, e portanto não pode ser atribuída a uma variável. Para definir
uma classe, deve-se utilizar a seguinte sintaxe:
class Nome_da_classe {
var $variavel1;
var $variavel2;
function funcao1 ($parametro) {
/* === corpo da função === */
}
}
10.2 Objeto
Como foi dito anteriormente, classes são tipos, e não podem ser atribuídas a variáveis. Variá-
veis do tipo de uma classe são chamadas de objetos, e devem ser criadas utilizando o operador
new, seguindo o exemplo abaixo:
$variavel = new $nome_da_classe;
Para utilizar as funções definidas na classe, deve ser utilizado o operador ->", como no exem-
69
71. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
plo:
$variavel->funcao1()
10.3 A variável $this
Na definição de uma classe, pode-se utilizar a variável $this, que é o próprio objeto. Assim,
quando uma classe é instanciada em um objeto, e uma função desse objeto na definição da
classe utiliza a variável $this, essa variável significa o objeto que estamos utilizando.
Como exemplo da utilização de classes e objetos, podemos utilizar a classe conta, que define
uma conta bancária bastante simples, com funções para ver saldo e fazer um crédito.
class conta {
var $saldo;
function saldo() {
return $this->saldo;
}
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}
$minhaconta = new conta;
$minhaconta->saldo(); // a variavel interna não foi
// inicializada, e não contém
// valor algum
$minhaconta->credito(50);
$minhaconta->saldo(); // retorna 50
70
72. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
10.4 SubClasses
Uma classe pode ser uma extensão de outra. Isso significa que ela herdará todas as variáveis
e funções da outra classe, e ainda terá as que forem adicionadas pelo programador. Em PHP
não é permitido utilizar herança múltipla, ou seja, uma classe pode ser extensão de apenas uma
outra. Para criar uma classe extendida, ou derivada de outra, deve ser utilizada a palavra reser-
vada extends, como pode ser visto no exemplo seguinte:
class novaconta extends conta {
var $num;
function numero() {
return $this->num;
}
}
A classe acima é derivada da classe conta, tendo as mesmas funções e variáveis, com a adi-
ção da variável $num e a função numero().
10.5 Construtores
Um construtor é uma função definida na classe que é automaticamente chamada no momento
em que a classe é instanciada (através do operador new). O construtor deve ter o mesmo nome
que a classe a que pertence. Veja o exemplo:
class conta {
var $saldo;
function conta () {
$this->saldo = 0;
}
function saldo() {
return $this->saldo;
}
71
73. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}
Podemos perceber que a classe conta agora possui um construtor, que inicializa a variável $saldo
com o valor 0.
Um construtor pode conter argumentos, que são opcionais, o que torna esta ferramenta mais
poderosa. No exemplo acima, o construtor da classe conta pode receber como argumento um
valor, que seria o valor inicial da conta.
Vale observar que para classes derivadas, o construtor da classe pai não é automaticamente
herdado quando o construtor da classe derivada é chamado.
72
74. Capítulo 11
Noções de SQL
11.1 Introdução
Quando os Bancos de Dados Relacionais estavam sendo desenvolvidos, foram criadas lin-
guagens destinadas à sua manipulação. O Departamento de Pesquisas da IBM, desenvolveu a
SQL como forma de interface para o sistema de BD relacional denominado SYSTEM R, início dos
anos 70. Em 1986 o American National Standard Institute ( ANSI ), publicou um padrão SQL.
A SQL estabeleceu-se como linguagem padrão de Banco de Dados Relacional.
SQL apresenta uma série de comandos que permitem a definição dos dados, chamada de
DDL (Data Definition Language), composta entre outros pelos comandos Create, que são desti-
nados à criação do Banco de Dados, das tabelas que o compõe, além das relações existentes
entre as tabelas. Como exemplo de comandos da classe DDL temos os comandos Create, Alter
e Drop.
Os comandos da série DML (Data Manipulation Language) são destinados às consultas, in-
serções, exclusões e alterações em um ou mais registros de uma ou mais tabelas de maneira
simultânea. Como exemplo de comandos da classe DML temos os comandos Select, Insert,
Update e Delete.
Uma subclasse de comandos DML, a DCL (Data Control Language), dispõe de comandos de
controle como Grant e Revoke.
A linguagem SQL tem como grande virtude sua capacidade de gerenciar índices sem a ne-
cessidade de controle individualizado de índice corrente, algo muito comum nas linguagens de
manipulação de dados do tipo registro a registro. Outra característica muito importante disponível
em SQL é sua capacidade de construção de visões, que são formas de visualizarmos os dados
na forma de listagens, independente das tabelas e organização lógica dos dados.
Outra característica interessante na linguagem SQL é a capacidade que dispomos de can-
celar uma série de atualizações ou de as gravarmos, depois de iniciarmos uma seqüência de
atualizações. Os comandos Commit e Rollback são responsáveis por estas facilidades.
Devemos notar que a linguagem SQL consegue implementar estas soluções, somente pelo
fato de estar baseada em um Banco de Dados, que garante por si mesmo a integridade das
relações existentes entre as tabelas e seus índices.
73
75. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
11.2 Estrutura das tabelas
11.2.1 Comando Create
Este comando permite a criação de tabelas no banco de dados ou mesmo de sua criação.
Sintaxe:
CREATE DATABASE < nome_db >;
onde:
nome_db - indica o nome do Banco de Dados a ser criado.
Sintaxe:
CREATE TABLE < nome_tabela > (
nome_atributo1 < tipo > [ NOT NULL ],
nome_atributo2 < tipo > [ NOT NULL ],
......
nome_atributoN < tipo > [ NOT NULL ]
) ;
onde:
nome_table - indica o nome da tabela a ser criada;
nome_atributo - indica o nome do campo a ser criado na tabela;
tipo - indica a definição do tipo de atributo ( integer(n), char(n), ... ).
11.2.2 Comando Drop
Este comando elimina a definição da tabela, seus dados e referências.
Sintaxe:
DROP TABLE < nome_tabela > ;
11.2.3 Comando Alter
Este comando permite inserir/eliminar atributos nas tabelas já existentes.
Comando:
ALTER TABLE < nome_tabela > ADD / DROP (
nome_atributo1 < tipo > [ NOT NULL ],
nome_atributoN < tipo > [ NOT NULL ]
74
76. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
) ;
11.3 Manipulando dados das tabelas
11.3.1 Comando SELECT
Permite recuperar informações existentes nas tabelas.
Sintaxe básica:
SELECT [DISTINCT] expressao [AS nom-atributo]
[FROM from-list]
[WHERE condicao]
[ORDER BY attr_name1 [ASC | DESC ]]
onde:
DISTINCT : Para eliminar linhas duplicadas na saída;
Expressão: Define os dados que queremos na saída, normalmente uma ou mais colunas de
uma tabela da lista FROM;
AS nom-atributo : Um alias para o nome da coluna, exemplo:
FROM : lista das tabelas na entrada;
WHERE : critérios da seleção;
ORDER BY : Critério de ordenação das tabelas de saída. ASC ordem ascendente, DESC
ordem descendente.
Exemplo:
SELECT cidade, estado from brasil where populacao > 100000;
11.3.2 Comando INSERT
Adiciona um ou vários registros a uma tabela. Isto é referido como consulta anexação.
Sintaxe básica
INSERT INTO destino [(campo1[, campo2[, ...]])]
VALUES (valor1[, valor2[, ...]])
A instrução INSERT INTO tem as partes abaixo:
Destino- O nome da tabela ou consulta em que os registros devem ser anexados.
campo1, campo2 - Os nomes dos campos aos quais os dados devem ser anexados
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77. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
valor1, valor2 - Os valores para inserir em campos específicos do novo registro. Cada valor
é inserido no campo que corresponde à posição do valor na lista: valor1 é inserido no campo1
do novo registro, valor2 no campo2 e assim por diante. Você deve separar os valores com uma
vírgula e colocar os campos de textos entre aspas ().
11.3.3 Comando UPDATE
Cria uma consulta atualização que altera os valores dos campos em uma tabela especificada
com base em critérios específicos.
Sintaxe:
UPDATE tabela
SET campo1 = valornovo, ...
WHERE critério;
Onde:
Tabela - O nome da tabela cujos os dados você quer modificar;
Valornovo - Uma expressão que determina o valor a ser inserido em um campo específico nos
registros atualizados;
Critério - Uma expressão que determina quais registros devem ser atualizados. Só os registros
que satisfazem a expressão são atualizados;
UPDATE - É especialmente útil quando você quer alterar muitos registros ou quando os regis-
tros que você quer alterar estão em várias tabelas. Você pode alterar vários campos ao mesmo
tempo.
UPDATE não gera um conjunto de resultados. Se você quiser saber quais resultados serão
alterados, examine primeiro os resultados da consulta seleção que usarem os mesmos critérios
e então execute a consulta atualização.
11.3.4 Comando DELETE
Remove registros de uma ou mais tabelas listadas na cláusula FROM que satisfaçam a cláu-
sula WHERE.
Sintaxe
DELETE [tabela.*]
FROM tabela
WHERE critério
Onde:
tabela.* - O nome opcional da tabela da qual os registros são excluídos;
tabela - O nome da tabela da qual os registros são excluídos;
critério - Uma expressão que determina qual registro deve ser excluído.
DELETE é especialmente útil quando você quer excluir muitos registros. Para eliminar uma
tabela inteira do banco de dados, você pode usar o método Execute com uma instrução DROP.
76
78. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Entretanto, se você eliminar a tabela, a estrutura é perdida. Por outro lado, quando você usa
DELETE, apenas os dados são excluídos. A estrutura da tabela e todas as propriedades da
tabela, como atributos de campo e índices, permanecem intactos.
Você pode usar DELETE para remover registros de tabelas que estão em uma relação um por
vários com outras tabelas. Operações de exclusão em cascata fazem com que os registros das
tabelas que estão no lado "vários"da relação sejam excluídos quando os registros corresponden-
tes do lado "um"da relação são excluídos na consulta. Por exemplo, nas relações entre as tabelas
Clientes e Pedidos, a tabela Clientes está do lado "um"e a tabela Pedidos está no lado "vários"da
relação. Excluir um registro em Clientes faz com que os registros correspondentes em Pedidos
sejam excluídos se a opção de exclusão em cascata for especificada.
O DELETE exclui registros inteiros e não apenas dados em campos específicos. Se você
quiser excluir valores de um campo específico, crie uma consulta atualização que mude os valores
para Null.
Após remover os registros usando uma consulta exclusão, você não poderá desfazer a ope-
ração. Se quiser saber quais arquivos foram excluídos, primeiro examine os resultados de uma
consulta seleção que use o mesmo critério e então, execute a consulta exclusão. Mantenha os
backups de seus dados. Se você excluir os registros errados, poderá recuperá-los a partir dos
seus backups.
77
79. Capítulo 12
Acessando o MySQL
12.1 Acessando o MySQL via PHP
12.1.1 Estabelecendo Conexões
Para acessar bases de dados num servidor mySQL, é necessário antes estabelecer uma co-
nexão. Para isso, deve ser utilizado o comando mysql_connect, ou o mysql_pconnect. A diferença
entre os dois comandos é que o mysql_pconnect estabelece uma conexão permanente, ou seja,
que não é encerrada ao final da execução do script. As assinaturas dos dois comandos são se-
melhantes, como pode ser verificado a seguir:
int mysql_connect(string [host[:porta]] , string [login] , string [senha] );
int mysql_pconnect(string [host[:porta]] , string [login] , string [senha] );
O valor de retorno é um inteiro que identifica a conexão, ou falso se a conexão falhar. Antes
de tentar estabelecer uma conexão, o interpretador PHP verifica se já existe uma conexão esta-
belecida com o mesmo host, o mesmo login e a mesma senha. Se existir, o identificador desta
conexão é retornado. Senão, uma nova conexão é criada.
Uma conexão estabelecida com o comando mysql_connect é encerrada ao final da execução
do script. Para encerrá-la antes disso deve ser utilizado o comando mysql_close, que tem a se-
guinte assinatura:
int mysql_close(int [identificador da conexão] );
Se o identificador não for fornecido, a última conexão estabelecida será encerrada.
IMPORTANTE: O comando mysql_close não encerra conexões estabelecidas com o comando
mysql_pconnect.
12.1.2 Selecionando a base de dados
Depois de estabelecida a conexão, é preciso selecionar a base de dados a ser utilizada, atra-
vés do comando mysql_select_db, que segue o seguinte modelo:
int mysql_select_db(string base, int [conexao] );
78
80. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Novamente, se o identificador da conexão não for fornecido, a última conexão estabelecida será
utilizada.
12.1.3 Realizando consultas
Para executar consultas SQL no mySQL, utiliza-se o comando mysql_query, que tem a se-
guinte assinatura:
int mysql_query(string query, int [conexao] );
Onde query é a expressão SQL a ser executada, sem o ponto-e-vírgula no final, e conexao é
o identificador da conexão a ser utilizada. A consulta será executada na base de dados selecio-
nada pelo comando mysql_select_db.
É bom lembrar que uma consulta não significa apenas um comando SELECT. A consulta pode
conter qualquer comando SQL aceito pelo banco.
O valor de retorno é falso se a expressão SQL for incorreta, e diferente de zero se for correta.
No caso de uma expressão SELECT, as linhas retornadas são armazenadas numa memória de
resultados, e o valor de retorno é o identificador do resultado. Alguns comandos podem ser
realizados com esse resultado.
12.1.4 Apagando o resultado
int mysql_free_result(int result);
O comando mysql_free_result deve ser utilizado para apagar da memória o resultado indicado.
12.1.5 Número de linhas
int mysql_num_rows(int result);
O comando mysql_num_rows retorna o número de linhas contidas num resultado.
12.1.6 Utilizando os resultados
Existem diversas maneiras de ler os resultados de uma query SELECT. As mais comuns se-
rão vistas a seguir:
int mysql_result(int result, int linha, mixed [campo] );
Retorna o conteúdo de uma célula da tabela de resultados.
result: é o identificador do resultado;
linha: é o número da linha, iniciado por 0;
campo: é uma string com o nome do campo, ou um número correspondente ao número da co-
luna. Se for utilizado um alias na consulta, este deverá ser utilizado no comando mysql_result.
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81. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Este comando deve ser utilizado apenas para resultados pequenos. Quando o volume de
dados for maior, é recomendado utilizar um dos métodos a seguir:
array mysql_fetch_array(int result);
Lê uma linha do resultado e devolve um array, cujos índices são os nomes dos campos. A
execução seguinte do mesmo comando lerá a próxima linha, até chegar ao final do resultado.
array mysql_fetch_row(int result);
Semelhante ao comando anterior, com a diferença que os índices do array são numéricos, inici-
ando pelo 0 (zero).
12.1.7 Alterando o ponteiro de um resultado
int mysql_data_seek(int result, int numero);
Cada resultado possui um "ponteiro", que indica qual será a próxima linha lida com o comando
mysql_fetch_row (ou mysql_fetch_array). Para alterar a posição indicada por esse ponteiro deve-
se utilizar a função mysql_data_seek, sendo que o número da primeira linha de um resultado é
zero.
80
82. Capítulo 13
Acessando o PostgreSQL
13.1 Acessando o PostgreSQL via PHP
13.1.1 Estabelecendo conexões
Para acessar bases de dados num servidor Postgres, é necessário antes estabelecer uma
conexão. Para isso, deve-se utilizar o comando pg_connect, ou o pg_pconnect. A diferença entre
os dois comandos é que o pg_pconnect estabelece uma conexão permanente, ou seja, que não
é encerrada ao final da execução do script. As assinaturas dos dois comandos são semelhantes,
como pode ser verificado a seguir:
int pg_connect(string host, string porta, string opcoes, string tty, string db);
int pg_pconnect(string host, string porta, string opcoes, string tty, string db);
O valor de retorno é um inteiro que identifica a conexão, ou falso se a conexão falhar. Uma
conexão estabelecida com o comando pg_connect é encerrada ao final da execução do script.
Para encerrá-la antes disso deve ser utilizado o comando pg_close, que tem a seguinte assina-
tura:
int pg_close(int identificador da conexão );
IMPORTANTE: O comando pg_close não encerra conexões estabelecidas com o comando pg_pconnect.
Os comandos pg_connect e pg_pconnect também podem ser utilizados da seguinte forma:
pg_connect("dbname=db port=n host=localhost tty=tty options=opcoes user=usuario password=senha");
Não é necessário ter todos os argumentos para efetuar uma conexão.
13.2 Realizando consultas
Para executar consultas SQL no Postgres, utiliza-se o comando pg_exec, que tem a seguinte
assinatura:
int pg_exec(int conexao, string query );
81
83. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Onde query é a expressão SQL a ser executada, sem o ponto-e-vírgula no final, e conexao é
o identificador da conexão a ser utilizada. A consulta será executada na base de dados selecio-
nada quando for efetuada a conexão com o banco. Para saber qual a base de dados selecionada,
basta utilizar a função string pg_dbname, que tem a seguinte assinatura:
string pg_dbname(int conexão);
É bom lembrar que uma consulta não significa apenas um comando SELECT. A consulta pode
conter qualquer comando SQL aceito pelo banco.
O valor de retorno é falso se a expressão SQL for incorreta, e diferente de zero se for correta.
No caso de uma expressão SELECT, as linhas retornadas são armazenadas numa memória de
resultados, e o valor de retorno é o identificador do resultado. Alguns comandos podem ser
realizados com esse resultado:
13.2.1 Verificando o erro na execução de uma query
Para ter acesso à mensagem de erro no caso de falha na execução de uma query SQl, basta
utilizar o comando pg_errormessage():
string pg_errormessage(int connection);
13.2.2 Apagando o resultado
int pg_freeresult(int result);
O comando pg_freeresult deve ser utilizado para apagar da memória o resultado indicado.
No PHP 4, este comando tornou-se obsoleto, já que o interpretador trata de apagar o resultado
automaticamente em caso de não ser mais utilizado.
13.2.3 Número de linhas
int pg_numrows(int result);
O comando pg_numrows retorna o número de linhas contidas num resultado.
13.2.4 Utilizando os resultados
Existem diversas maneiras de ler os resultados de uma query SELECT. As mais comuns se-
rão vistas a seguir:
int pg_result(int result, int linha, mixed [campo] );
Retorna o conteúdo de uma célula da tabela de resultados.
result: é o identificador do resultado;
linha: é o número da linha, iniciado por 0;
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84. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
campo: é uma string com o nome do campo, ou um número correspondente ao número da co-
luna. Se for utilizado um alias na consulta, este deverá ser utilizado no comando pg_result.
Este comando deve ser utilizado apenas para resultados pequenos. Quando o volume de
dados for maior, é recomendado utilizar um dos métodos a seguir:
array pg_fetch_array(int result, int linha);
Lê uma linha do resultado e devolve um array, cujos índices são os nomes dos campos. O
índice das linhas é iniciado por zero.
array pg_fetch_row(int result, int linha);
Semelhante ao comando anterior, com a diferença que os índices do array são numéricos, inici-
ando pelo 0 (zero).
83
85. Capítulo 14
Utilizando headers e cookies
14.1 Utilizando headers
O comando header permite enviar cabeçalhos html para o cliente. Deve ser utilizado por
usuários que conheçam a função de cada header que possa ser enviado. Não pode ser enviado
depois de algum texto. veja o seguinte exemplo:
<html>
<? header("Location: http://www.php.net ") ; ?>
<body>
...
O código acima causará um erro, já que tentou-se enviar um header depois de ter sido enviado
um texto(«html>n").
A sintaxe do comando header é bastante simples:
int header(string header);
Algumas utilizações do header são:
//redirecionar para outra página:
header("Location: http://www.php.net ");
// Definir o script como uma mensagem de erro:
header("http/1.0 404 Not Found");
// Definir a expiração da página:
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86. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
header("Cache-Control: no-cache, must-revalidate "); // HTTP/1.1 header("Pragma: no-cache"); //
HTTP/1.0
Para obter uma lista completa dos headers HTTP, visite o seguinte endereço:
http://www.w3.org/Protocols/rfc2068/rfc2068
14.2 Utilizando cookies
14.2.1 O que são
Cookies são variáveis gravadas no cliente(browser) por um determinado site. Somente o
site que gravou o cookie pode ler a informação contida nele. Este recurso é muito útil para
que determinadas informações sejam fornecidas pelo usuário apenas uma vez. Exemplos de
utilização de cookies são sites que informam a quantidade de vezes que você já visitou, ou alguma
informação fornecida numa visita anterior.
Existem cookies persistentes e cookies de sessão. Os persistentes são aqueles gravados em
arquivo, e que permanecem após o browser ser fechado, e possuem data e hora de expiração.
Os cookies de sessão não são armazenados em disco e permanecem ativos apenas enquanto a
sessão do browser não for encerrada.
Por definição, existem algumas limitações para o uso de cookies, listadas a seguir:
• 300 cookies no total;
• 4 kilobytes por cookie;
• 20 cookies por servidor ou domínio.
14.2.2 Gravando cookies
Para gravar cookies no cliente, deve ser utilizada a função setcookie, que possui a seguinte
assinatura:
int setcookie(string nome, string valor, int exp, string path, string dominio, int secure);
onde:
nome: nome do cookie;
valor: valor armazenado no cookie;
exp: data de expiração do cookie (opcional), no formato Unix. Se não for definida, o cookie será
de sessão;
path: path do script que gravou o cookie;
dominio: domínio responsável pelo cookie;
secure: se tiver valor 1, indica que o cookie só pode ser transmitido por uma conexão segura
(https).
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87. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
Observações:
Um cookie não pode ser recuperado na mesma página que o gravou, a menos que esta seja
recarregada pelo browser.
Múltiplas chamadas à função setcookie serão executadas em ordem inversa;
Cookies só podem ser gravados antes do envio de qualquer informação para o cliente. Por-
tanto todas as chamadas à função setcookie devem ser feitas antes do envio de qualquer header
ou texto.
14.2.3 Lendo cookies gravados
Os cookies lidos por um script PHP ficam armazenados em duas variáveis, no array $_COO-
KIE[], tendo como índice a string do nome do cookie, e numa variável cujo nome é o mesmo do
cookie, precedido pelo símbolo $.
Exemplo:
Um cookie que foi gravado numa página anterior pelo seguinte comando:
setcookie("teste", "meu cookie");
Pode ser lida pela variável
$_COOKIE["teste"]
86
88. Capítulo 15
Manipulando Arquivos
Através do PHP é possível ter acesso aos arquivos do sistema, e até arquivos remotos. A
seguir veremos alguns dos comandos utilizados para manipular arquivos no PHP.
15.1 Copiando Arquivos
Para fazer uma cópia de arquivo utilizando PHP basta utilizar a função copy, desde que o
usuário tenha as permissões necessárias para isso. A assinatura da função copy é a seguinte:
int copy(string origem, string destino);
Lembrando que as strings contendo origem e destino devem conter os caminhos completos.
Retorna false caso a cópia não seja realizada.
ex: No exemplo listado abaixo, o "@"oculta os erros caso o arquivo origem não exista, ou caso
não tenha permissão de leitura ou escrita.
<?php
$origem = "/var/www/index.php";
$destino = "./copia.txt";
if (@copy($origem,$destino)) {echo "copiou";} else {echo "não copiou";}
?>
15.2 Verificando o tamanho de um arquivo
A função filesize pode ser bastante útil na criação de um script que liste o conteúdo de um
diretório, mas também é utilizada em casos como a função fread, que será vista mais adiante.
int filesize(string arquivo);
Esta função retorna um inteiro com o tamanho do arquivo, em bytes, ou false em caso de erro.
Ex:
<?php
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89. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
$tam = @filesize("/var/www/index.php");
echo ($tam/1024)."kB";
?>
15.3 Verificando se um arquivo existe
Para evitar erros em tratamento de arquivos, em certos casos é aconselhável verificar se de-
terminado arquivo existe. para isso deve ser utilizada a função file_exists:
int file_exists(string arquivo);
Esta função tem um comportamento booleano: retorna apenas true ou false, não informando
mais nada sobre o arquivo.
15.4 Limpando o cache
Por terem execução lenta, algumas funções que verificam o estado de arquivos utilizam um
cache, ou seja, chamadas sucessivas da mesma função com relação ao mesmo arquivo não
verificam se houve mudança no mesmo, retornando sempre o mesmo valor. Para eliminar esse
cache, obrigando o PHP a reavaliar o valor de retorno de uma função, deve ser utilizada a se-
guinte função:
void clearstatcache();
A palavra "void"indica que a função não retorna valor algum.
As funções filesize e file_exists utilizam cache.
15.5 Abrindo arquivos para leitura e/ou escrita
Para ler ou escrever num arquivo é preciso antes de qualquer coisa abri-lo. Para isso deve ser
utilizada a função fopen, como visto a seguir:
int fopen(string arquivo, string modo, int [use_include_path]);
A função fopen retorna false em caso de erro, e um identificador do arquivo em caso de su-
cesso. Esse identificador será utilizado em outras funções que manipulam o conteúdo do arquivo.
O primeiro argumento é uma string contendo o nome do arquivo; o segundo, o modo como o
arquivo será aberto, que pode ser um dos seguintes:
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90. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
r Abre o arquivo com permissão apenas para leitura.
r+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura, posicionando o ponteiro no
início do mesmo.
w Abre o arquivo com permissão apenas para escrita. Se o arquivo existir, todo o
conteúdo é apagado. Se não existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado
no início do arquivo
w+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura. Se o arquivo existir, todo o
conteúdo é apagado. Se não existir, o PHP tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado no
início do arquivo
a Abre o arquivo com permissão apenas para escrita. Se o arquivo não existir, o PHP
tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado no final do arquivo
a+ Abre o arquivo com permissão para escrita e leitura. Se o arquivo não existir, o PHP
tenta criá-lo. O ponteiro é posicionado no final do arquivo.
O ponteiro citado na tabela dos modos de abrir um arquivo refere-se à posição a partir de
onde os dados serão lidos e/ou gravados. Para alterar a posição desse ponteiro, pode-se utilizar
a função fseek:
int fseek(int fp, int posição);
Onde fp é um identificador de arquivo, retornado da função fopen.
O terceiro parâmetro da função fopen, que pode ter valor "0"ou "1", indica se o include_path
deverá ser utilizado para localizar o arquivo. O include_path é um parâmetro determinado no
php.ini que indica exatamente em quais diretórios determinados arquivos serão procurados.
Além de abrir arquivos localmente, utilizando o sistema de arquivos, a função fopen também
permite abrir arquivos remotos, utilizando os protocolos http ou ftp, da seguinte maneira:
Se a string como o nome do arquivo iniciar por "http://"(maiúsculas e minúsculas são iguais),
uma conexão é aberta com o servidor e o arquivo contendo o texto de retorno será aberto.
ATENÇÃO: Qualquer alteração feita no arquivo afetará apenas o arquivo temporário local. O
original será mantido.
Se a string com o nome do arquivo iniciar por "ftp://"(maiúsculas e minúsculas são iguais),
uma conexão é aberta com o servidor e o arquivo será aberto. utilizando ftp o arquivo poderá ser
aberto para leitura ou escrita, mas não simultaneamente.
Para encerrar a manipulação de um arquivo deve-se utilizar a função fclose, que tem o se-
guinte formato:
int fclose(int fp);
Onde fp é o identificador do arquivo, retornado pela função fopen.
15.6 Lendo de um arquivo
string fread(int fp, int tamanho);
Esta função retorna uma string com o conteúdo do arquivo. O segundo parâmetro determina
até onde o arquivo será lido. Se o tamanho determinado for maior que o arquivo, não ocorre erro,
tendo como retorno apenas o arquivo. Na maioria dos casos a função filesize é bastante útil,
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91. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
como no exemplo abaixo:
$meuarquivo = "/var/www/texto.txt";
$id = fopen($meuarquivo, "r");
$conteudo = fread($id,filesize($meuarquivo));
A função fread é "binary-safe", ou seja, pode ser usada para ler o conteúdo de um arquivo bi-
nário. Obviamente nesse caso é preciso saber exatamente onde utilizar o valor lido, para não
obter resultados indesejados.
15.7 Escrevendo em um arquivo
int fwrite(int fp, string conteudo, int [tamanho]);
Esta função grava num arquivo o conteúdo do segundo parâmetro. Se o tamanho é fornecido
e for menor que o tamanho da string, será feita a gravação apenas de uma parte da mesma,
determinada pelo terceiro parâmetro.
Exemplo:
Para demonstrar a leitura de um arquivo, utilizaremos um exemplo que necessita apenas de
uma imagem do tipo GIF, que deve estar no mesmo diretório que nosso script de exemplo.
<?
$arquivo = "teste.gif"; /* este nome deve ser alterado para o nome do arquivo a ser utilizado
*/
$id = fopen($arquivo, "r"); /* abre o arquivo para leitura */
$conteudo = fread($id,filesize($arquivo)); /* le o conteudo do arquivo e grava na variavel $con-
teudo */
fclose($id); /* fecha o arquivo */
header("Content-type: image/gif"); /* esta linha envia um header ao browser informando que o
tipo de arquivo que está sendo enviado é uma imagem no formato gif */
echo $conteudo; /* esta última linha envia ao browser o conteúdo do arquivo */
?>
Para que o exemplo funcione corretamente é preciso que o script seja apenas o que está lis-
tado, não podendo haver texto algum (nem mesmo espaço ou linha em branco) antes e depois
do script. Visualisando o script pelo browser, teremos a imagem selecionada.
90
92. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
15.8 Uploads com formulários HTML
Vimos que os formulários HTML têm um tipo de componente utilizado em upload de arquivos.
Vimos também que todos os elementos de formulários quando submetidos a scripts PHP criam
variáveis com os mesmos nomes. Mas no caso do elemento "file", o tratamento é diferente. Ao se
submeter o formulário, o arquivo é gravado num arquivo temporário do disco, que será apagado
ao final da execução do script. Além disso, quatro variáveis são criadas no contexto do script PHP.
$_FILES[’arquivo’][’name’] - nome original do arquivo selecionado pelo usuário;
$_FILES[’arquivo’][’tmp_name’] - nome do arquivo temporario criado;
$_FILES[’arquivo’][’type’] - tipo do arquivo, se esta informação for fornecida pelo browser;
$_FILES[’arquivo’][’size’] - tamanho do arquivo enviado.
Para criar um formulário de upload de arquivos, é preciso informar o enctype=’multipart/form-
data’ no formulário, e especificar um name para o input do tipo file:
<form name=’upload’ action="index.php"enctype=’multipart/form-data’ method=’post’>
<input type=file name=’arquivo’>
<input type="submit"value="Upload»
</form>
Uma vez que o arquivo foi enviado pelo formulário, a função move_uploaded_file() grava o ar-
quivo no diretório especificado na variável $_FILES[’arquivo’][’name’], fazendo uma cópia do ar-
quivo temporário $_FILES[’arquivo’][’tmp_name’] gravado pelo servidor Apache na pasta /tmp/.
<?php
if(!move_uploaded_file($_FILES[’arquivo’][’tmp_name’], $_FILES[’arquivo’][’name’])) {
echo "Nenhum arquivo enviado.";
} else {
echo "Arquivo enviado.";
}
?>
Da mesma forma, a função copy() poderia ser usada:
copy($_FILES[’arquivo’][’tmp_name’],$_FILES[’arquivo’][’name’]);
É importante lembrar que há um limite de tamanho do arquivo carregado. Sendo assim é preciso
configurar o arquivo php.ini para que o Apache aceite arquivos maiores, se necessário:
file_uploads = On
upload_max_filesize = 20M
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93. CDTC Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF
O seguinte comando poderá te informar o endereço do php.ini, que pode ser diferente depen-
dendo do Apache e da distribuição Linux que você estiver utilizando.
# updatedb
# locate php.ini
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