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y = 10,00 reais 
y = 19,00 reais 
FÍSICA 65 
Cinemática – Módulos 
1 – Conceito de função 
2 – Como representar 
uma função em um gráfico 
1. Um exemplo 
para você entender a 
neces sidade da ideia de função 
Admita que você queira calcular o custo de uma 
corrida de táxi ao se percorrer uma certa distância. 
Para tanto, você é informado de que a “bandeirada” 
custa R$ 4,00 e, para cada quilômetro rodado, o preço 
adicional é de R$ 1,50. 
Vamos chamar de y o preço total da corrida (em 
reais) e de x a distância percorrida pelo táxi (em km) no 
percurso reali zado. 
Devemos encontrar uma igualdade matemática que 
nos permita, para cada valor da distância x, calcular o 
respectivo valor do custo y. 
Dizemos então que y será uma função de x, isto é, 
para cada valor da distância x, existe, em correspon - 
dência, um único valor do custo y. 
A expressão matemática que relaciona y e x, no 
exemplo mencionado, será: 
y = 4,00 + 1,50x 
em que x é a distância percorrida medida em quilôme - 
tros (km) e y é o preço da corrida calculado em reais. 
Exemplificando 
1) Se o percurso do carro for de 4km, teremos: 
x = 4km ⇒ y = 4,00 + 1,50 . 4 (em reais) 
y = 4,00 + 6,00 (reais) ⇒ 
2) Se o percurso do carro for de 10km, teremos: 
x = 10km ⇒ y = 4,00 + 1,50 . 10 (em reais) 
y = 4,00 + 15,00 (reais) ⇒ 
2. Generalizando 
o conceito de fun ção 
Imagine dois conjuntos, A e B. 
Vamos indicar pela letra x um elemento pertencente 
ao conjunto A e pela letra y um elemento pertencente ao 
con junto B. 
Em linguagem matemática, escrevemos: 
x ∈ A (x pertence ao conjunto A) 
y ∈ B (y pertence ao conjunto B) 
O símbolo ∈ significa pertence. 
3 – Proporcionalidade 
entre duas grandezas 
4 – Trigonometria no triângulo 
retângulo 
5 – O que é uma grandeza física 
vetorial? 
6 – Introdução à Física 
7 – Você sabe medir? 
8 – Fundamentos da Cinemática I 
9 – Fundamentos da Cinemática II 
10 – Fundamentos da Cinemática III 
11 – Velocidade escalar média I 
12 – Velocidade escalar média II 
13 – Velocidade escalar instantânea I 
14 – Velocidade 
escalar instantânea II 
15 – Aceleração escalar 
16 – Classificação dos movimentos I 
17 – Classificação dos movimentos II 
18 – Movimento uniforme I 
19 – Movimento uniforme II 
20 – Movimento uniforme III 
21 – Movimento uniforme IV 
22 – Movimento uniforme V 
23 – Movimento uniforme VI 
24 – Velocidade relativa 
1 Conceito de função • Função
Por um critério bem determinado (expressão ma te mática), vamos associar a cada valor de x um único valor de y. 
Por exemplo: o critério a ser adotado (expressão ma temá - 
tica) é y = x2, em que x e y são números inteiros. 
Para x = 1, temos y = 12 = 1 
Para x = 2, temos y = 22 = 4 
Para x = 3, temos y = 32 = 9 
... 
Dizemos então que y é função de x e represen ta mos y = f(x). 
No Portal Objetivo 
 Sabe-se que a posição S varia com o tem - 
po t para o movimento de um carro con forme a 
relação 
S = A + Bt 
Os valores de t e S são dados pela tabela 
t(h) 1,0 2,0 
S(km) 140 220 
Determine 
a) os valores de A e B 
b) o valor de S para t = 0,5h 
c) o valor de t para S = 80km 
Resolução 
a) t1 = 1,0h ⇔ S1 = 140km 
S = A + Bt ⇒ 140 = A + B . 1,0(1) 
t2 = 2,0h ⇔ S2 = 220km 
S = A + Bt ⇒ 220 = A + B 2,0 (2) 
Fazendo-se (2) – (1), vem: 220 – 140 = B 
Em (1): 140 = A + 80 . 1,0 
A = 140 – 80 ⇒ 
A = 60 
A é medido em km e B é medido em km/h 
b) S = 60 + 80t 
t3 = 0,5h ⇒ S3 = 60 + 80 . 0,5 (km) 
S3 = 60 + 40 (km) ⇒ 
c) S = 60 + 80t 
S3 = 100km 
S4 = 80km ⇒ 80 = 60 + 80t4 
80 – 60 = 80t4 
20 = 80t4 
t4 = (h) 
20 
––– 
80 
Respostas: a) A = 60km e B = 80km/h 
b) 100km 
c) 0,25h 
66 FÍSICA 
? Saiba mais 
t = 0 0 t =T 1 t = 2T 2 t = 3T 3 
 A altura h de um projétil em relação ao so - 
lo terrestre varia com o tempo t segundo a 
relação: 
h = 10,0 + 20,0t – 5,0t2 
t é medido em segundos e h é medido em 
metros. 
O projétil foi lançado no instante t1 = 0 e atinge 
sua altura máxima no instante t2 = 2,0s. 
Determine 
a) a altura do projétil no instante em que ele 
foi lançado. 
b) a altura máxima atingida pelo projétil. 
c) o que ocorre no instante t3 = 4,0s 
Resolução 
a) o projétil foi lançado no instante t1 = 0 e por - 
tanto sua altura h1 será dada por: 
h1 = 10,0 + 20,0 . 0 – 5,0 . 02 (m) 
h1 = 10,0m 
b) A altura máxima é atingida no instante 
t2 = 2,0s e portanto: 
h2 = 10,0 + 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) 
h2 = 10,0 + 40,0 – 20,0 (m) 
h2 = 30,0m 
c) Para t3 = 4,0s, temos: 
h3 = 10,0 + 20,0 . 4,0 – 5,0 . (4,0)2 (m) 
h3 = 10,0 + 80,0 – 80,0 (m) 
Isto significa que o projétil voltou ao ponto 
de onde foi lançado. 
Respostas: a) 10,0m 
b) 30,0m 
c) o projétil retornou à posi - 
ção de lançamen to. 
 (MODELO ENEM) – Já são comercializados 
no Brasil veí culos com mo tores que podem fun - 
cionar com o chamado com bustível flexí vel, ou 
seja, com gasolina ou álcool em qual quer pro - 
porção. 
Sabe-se que, para percorrer uma mesma 
distância o consumo de álcool é 25% maior 
que o consumo de gasolina. 
Para que haja equivalência entre o uso dos dois 
combustíveis, deve haver igualdade entre os 
produtos do custo do litro de combustível pelo 
volume gasto do combustível, isto é: 
PAVA = PGVG 
PA = preço de litro de álcool 
VA = volume de álcool gasto 
PG = preço do litro de gasolina 
VG = volume de gasolina gasto 
Determine, para a equivalência do uso dos 
combustíveis, qual a relação percentual entre o 
preço do álcool e o preço da gasolina. 
Resolução 
De acordo com o texto: VA = 1,25VG (25% 
maior) 
Substituindo-se na equação dada: 
PA . 1,25 VG = PG . VG 
PA= PG= PG 
1 
–––– 
1,25 
PA = 80% PG 
4 
––– 
5 
 (PISA-MODELO ENEM) – O processo 
mais rigoroso para determinar a frequência 
cardíaca máxima (número máximo de 
batimentos por minuto) é realizar um teste de 
esforço. Mas, pela fórmula indicada, qual quer 
pessoa pode estimar a sua fre quência cardíaca 
máxima (FCMáx) a partir da sua idade: 
FCMáx = 220 – Idade 
Quando realizamos esforço físico, para não 
termos dores (mus cu lares e/ou articulares) 
nem problemas cardíacos, a fre quên cia 
cardíaca não deve ultrapassar 85% da nossa 
FCMáx. 
Para um jovem de 20 anos participando de um 
jogo de futebol, para não ter problemas 
h3 = 10,0m 
t4 = 0,25h 
B = 80 
A posição do corredor é uma função do tempo. As 
posições estão intercaladas em intervalos de tempo 
iguais e, como as distâncias entre posições suces - 
sivas estão aumentando, dize mos que o deslo - 
camento do atleta é uma função crescente do tempo 
e a rapidez de seu movimento está au men tando. 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M101
FCMáx = 200 batimentos/min FC = 170 batimentos/min 
FÍSICA 67 
cardíacos nem dores musculares ou ar ti cu - 
lares, sua frequência cardíaca não deve ultra - 
passar, em ba timentos por minuto: 
a) 160 b) 170 c) 200 
d) 220 e) 240 
Resolução 
1) Para um jovem de 20 anos, a FCMáx é dada 
por: 
FCMáx = 220 – idade 
FCMáx = 220 – 20 (batimentos/min) 
2) A frequência cardíaca não deve ultrapassar 
85% da fre quên cia máxima. Para obtermos 
85% de um valor, basta multi pli cá-lo por 
0,85. 
FC = 0,85 FCMáx 
FC = 0,85 . 200 (batimentos/min) 
Resposta: B 
 Dada a função s = 2t + 1, complete a tabela a seguir: 
RESOLUÇÃO: 
Para t = 0: s = 2 . 0 + 1 ⇒ s = 1 
t = 1: s = 2 . 1 + 1 ⇒ s = 3 
t = 2: s = 2 . 2 + 1 ⇒ s = 5 
Se s = 11: 11 = 2t + 1 ⇒ t = 5 
Se s = 17: 17 = 2t + 1 ⇒ t = 8 
t s 
0 
1 
2 
11 
17 
 Dada a função s = 3t2 + 2t, complete a tabela a seguir: 
RESOLUÇÃO: 
Por substituição da variável t, a partir da 
função dada, obtemos: 
Se t = 0 : s = 0 
para t = 1 : s = 5 
quando t = 2 : s = 16 
Se t = 3 : s = 33 
 (PISA-MODELO ENEM) – Não é possível determinarmos 
exata mente a área A da superfície corporal de uma pessoa; no 
en tan to, é neces sário conhecer o seu valor aproximado para 
proceder a alguns tratamentos médicos. 
Vários cientistas têm desenvolvido fórmulas, mais ou mesmos 
simples, para calcular um valor aproximado dessa área. 
Uma das fórmulas é a seguinte: 
em que 
h é a altura da pessoa medida em centímetros; 
m é a massa da pessoa medida em quilogramas; 
A é a área da superfície do corpo medida em m2. 
Considere uma pessoa de massa m = 80kg com altura h = 1,8m. 
A área da superfície corporal desta pessoa será de: 
a) 1,0m2 b) 1,5m2 c) 2,0m2 
d) 2,5m2 e) 3,0m2 
RESOLUÇÃO: 
A2= (m4) 
80 . 180 
–––––––– 
3600 
A2 = 4,0 (m4) 
A = 2,0m2 
Resposta: C 
m . h 
A2 = ––––––– 
3600 
t s 
0 
1 
2 
3 
1. Coordenadas cartesianas 
Uma reta com um ponto escolhido como origem O e com uma orientação positiva é denominada eixo. 
Consideremos dois eixos perpendiculares entre si, Ox e Oy, com a mesma origem O. 
O eixo Ox é chamado eixo das abscissas e o eixo Oy é chamado eixo das 
ordenadas. 
Este conjunto de eixos perpendiculares é chamado siste ma de 
coordenadas cartesianas. 
Para localizarmos um ponto P1, no sistema de coor de na das cartesianas, 
devemos conhecer o valor de suas coor denadas cartesianas: a abscissa x1 e a 
ordenada y1. 
Dizemos que a posição do ponto P1 fica definida pelas coordenadas 
cartesianas x1 e y1 e escrevemos: 
P1 ≡ (x1; y1) 
2 
Como representar 
uma função em um gráfico • Função do 1.o grau 
• Gráfico cartesiano
2. Função do 1.º grau 
No estudo da Física, é comum encontrarmos gran - 
dezas que se relacionam entre si por uma função bas - 
tante simples que é chamada função do 1.o grau. Se in di - 
carmos uma das gran dezas por y e a outra por x, a 
função y = f(x) será do 1.o grau se for tipo: 
y = ax + b 
em que a e b são constantes chamadas coeficientes ou 
pa râ metros e o valor de a deve ser diferente de zero 
(a ≠ 0). O parâmetro b pode ser zero ou não. 
Quando b = 0, a função do 1.o grau assume a forma: 
y = ax 
e passa a ser chamada função proporcional 
3. Representação 
gráfica da função do 1.º grau 
Quando a função y = f(x) é do 1.o grau e repre - 
sentamos os valores de x e y em um sistema cartesiano, 
os pontos obtidos estarão alinhados, caracterizando que: 
68 FÍSICA 
Exemplificando 
Considere a função: y = 2x + 2 
Para obtermos uma reta, precisamos apenas de dois 
pontos arbitrários: 
P1: x1 = 0 ⇒ y1 = 2 . 0 + 2 ⇒ y1 = 2 
P2: x1 = 1 ⇒ y1 = 2 . 1 + 2 ⇒ y1 = 4 
Portanto: P1≡ (0; 2) e P2 ≡ (1;4) 
4. Coeficientes 
da função do 1.º grau 
Seja a função do 1.o grau: y = ax + b 
A constante b é chamada coeficiente linear da reta 
e indica a ordenada y do ponto onde a reta encontra o 
eixo das ordenadas Oy. A constante a é chamada coe - 
ficiente angular ou declividade da reta e indica se a reta 
é crescente (a  0) ou decrescente (a  0). 
O gráfico de uma função do 1.o grau é uma reta não 
paralela aos eixos cartesianos. 
? Saiba mais 
Na tela do monitor de ví - 
deo de um com pu tador, 
os eixos carte sianos Ox e 
Oy são orien tados da for - 
ma indicada. A reta in di ca - 
da tem por equa ção: 
y = –0,5x + 50.
FÍSICA 69 
 A velocidade V de um carro de corrida 
varia com o tempo t se gundo uma relação do 
tipo: 
V = 20 + 4t 
t é medido em segundos e V é medido em m/s. 
Esta relação é válida para t variando entre 0 e 
10s. 
Calcule 
a a velocidade do carro nos instantes t1 = 0 e 
t2 = 10s; 
b) construa o gráfico da função V = f(t) no 
referido intervalo de tempo. 
Resolução 
a) t1 = 0 ⇒ V1 = 20 + 4 . 0 (m/s) 
V1 = 20m/s 
t2 = 10s ⇒ V2 = 20 + 4 . 10 (m/s) 
b) 
 (UEPA-MODELO ENEM) – No mês de se - 
tembro, acon te ceu em todo Brasil a Semana 
do Trânsito. Levantamentos di ver sos foram 
apresentados à sociedade. Os números do 
trân sito são alarmantes. De 1980 a 2000 foram 
registradas mais de 600.000 mortes no trân - 
sito, devido a ruas mal con ser va das, sina liza - 
ções deficientes e motoristas embria gados. 
Preocu pa do com os constantes proble mas, um 
téc nico do Detran fez uma verificação em um 
semáforo de um cru za men to de vias. Após 
contar várias vezes a quantidade de veículos 
que atravessaram o cruzamento com o sinal 
aberto, registrou esses dados no gráfico a 
seguir: 
Com base no gráfico, é correto afirmar que 
a) nos 10 primeiros segundos, 12 carros 
atravessaram o sinal. 
b) nos 20 primeiros segundos, 12 carros 
atravessaram o sinal. 
c) nos 30 primeiros segundos, 24 carros 
atravessaram o sinal. 
d) nos 30 primeiros segundos, 34 carros 
atravessaram o sinal. 
e) até o sinal fechar, 34 carros haviam 
atravessado o sinal. 
Resolução 
Nos 10s iniciais: 10 carros 
Nos 20s iniciais: 10 + 12 = 22 carros 
Nos 30s iniciais: 10 + 12 + 12 = 34 carros 
Nos 40s iniciais: 10 + 12 + 12 + 2 = 36 carros 
Resposta: D 
 (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – A 
nova lei de trânsito, datada de junho de 2008, 
foi batizada de Lei Seca, por au mentar a 
vigilância na condução de veículos. 
Assim, o Art. 306 da referida lei torna crime: 
“conduzir veículo automotor, na via pública, 
estando com concentração de álcool por litro 
de sangue igual ou superior a 6 (seis) 
decigramas, ou sob a influência de qualquer 
outra substância psicoativa que determine 
dependência”. 
Um homem de 70kg vai a um bar à noite e, 
entre 20 e 22h, consome uma dose de uísque 
e dois copos de chope. O gráfico abaixo 
representa a quantidade de álcool no sangue 
desse indivíduo (em dg/) ao longo das horas 
do dia, e a tabela apresenta informações sobre 
os sintomas de intoxicação por álcool com a 
correspondente quantidade de álcool no 
sangue (g/). Esses sintomas variam de 
indivíduo para indivíduo. 
O homem citado estará, possivelmente, com 
descoordenação motora, e novamente sóbrio 
para dirigir, respectivamente, a partir de 
a) 19h e 2h. 
b) 20h e 4h. 
c) 22h e 6h. 
d) 23h e 7h. 
e) 0h e 8h. 
Resolução 
1) De acordo com a tabela, na coluna de sin - 
tomas, na 3.a linha, encontramos descoor - 
denação motora, que corres ponde na 1.a 
coluna a uma taxa de etanol no sangue de 
1,0 a 2,4g/ ou ainda 10 a 24 dg/, em que 
dg significa decigrama. No gráfico dado, 
para 10 dg/, o horário correspondente é o 
intervalo entre 20h e 0,5h (da manhã), 
aproximadamente. 
2) De acordo com a tabela, na coluna estágio 
(1.a linha), encon tra mos sobriedade, que 
corresponde na 1.a coluna a uma taxa de 
etanol no sangue de 0,1 a 0,4 g/ ou ainda 
de 1 a 4 dg/. No gráfico dado, abaixo de 
4 dg/, temos um horário entre 19h e 
19h e 30 min ou então após 4h da manhã. 
Resposta: B 
V2 = 60m/s 
t2 = 10s 
V2 = 60m/s 
t1 = 0 
V1 = 20m/s 
Nível de Álcool no sangue 
16 
14 
12 
10 
8 
6 
4 
2 
0 
1920 212223 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1112 
Horas da noite/dia 
10 
Álcool no sangue (dg/ ) 
Etanol no 
sangue (g/) 
Estágio Sintomas 
0,1 a 0,4 Sobriedade Nenhuma influência aparente. 
0,5 a 0,9 Euforia 
Perda de eficiência, diminuição da atenção, do julgamento 
e do con tro le. 
1,0 a 2,4 Excitação 
Instabilidade das emoções, descoordenação motora. 
Menor inibição. Perda do julgamento crítico. 
2,5 a 3,0 Confusão 
Vertigens, desequilíbrio, difi cul dade na fala e distúrbios da 
sen sa ção. 
3,1 a 4,0 Estupor 
Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e 
fecal. 
4,1 a 5,0 Coma 
Inconsciência, anestesia. 
Morte. 
Acima de 5,0 Morte Parada respiratória.
Dar as coor de na das cartesianas dos pontos indi ca dos no 
gráfico. 
A ( ; ) B ( ; ) C ( ; ) 
F ( ; ) G( ; ) H( ; ) 
RESOLUÇÃO: 
A (5; 0) B (8; 5) C (2; 4) 
F (– 4; 0) G (0; –5) H (4, –4) 
 Localize, no gráfico, os pontos cujas coorde nadas car te - 
sianas são indica das a seguir, medidas em cen tímetros. 
A (0; 2) B (0; –2) C (2; 2) 
D (–2; 3) E (–2; –1) 
RESOLUÇÃO: 
70 FÍSICA 
Nas questões  e , construa os gráficos das fun ções in - 
dica das, utilizando os eixos cartesianos Ox e Oy das figuras. 
 y = 2x 
 y = x + 2 
x y 
0 0 
3 6 
x y 
0 2 
2 4 
y 
x 
1cm 
1cm 
A 
D 
E 
B 
C 
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M102
m 
––– 
V 
FÍSICA 71 
3 
1. Proporção direta 
Imaginemos duas grandezas que estejam relaciona - 
das de tal maneira que, dobrando-se o valor de uma de - 
las, o va lor da outra também dobra; triplicando-se a pri - 
meira, a ou tra tam bém fica multiplicada por três, redu zin - 
do-se uma à metade, a outra também se reduz à meta - 
de; dividindo-se uma por três, a outra também fica dividi - 
da por três e assim por diante. 
Nesse caso, dizemos que existe entre essas duas 
gran dezas uma proporção direta ou que uma delas é 
propor cional (ou diretamente proporcional) à outra. 
Chamando uma das grandezas de y e a outra de x, 
escre vemos: 
k é uma constante diferente de zero. 
As expressões y é proporcional a x e y é dire - 
tamente proporcional a x são equivalentes. 
Exemplo 
V1 = 1 litro de água ⇒ m1 = 1 quilograma de 
água 
V2 = 2 litros de água ⇒ m2 = 2 quilogramas 
Podemos relacionar matematicamente essas gran-dezas 
pe la expressão: = k (constante não nula). 
p = 381 atm 
No caso, a constante k = (razão entre a mas - 
sa e o volume) recebe o nome de densidade da água. 
2. Proporção inversa 
Imaginemos que um carro em uma primeira viagem 
entre duas cidades, A e B, tem uma velocidade média de 
50km/h e faz o trajeto em um intervalo de tempo de 6h. 
Se o carro fizer uma segunda viagem entre as cida des 
A e B com uma velocidade média de 100km/h, o tempo 
gasto na viagem será de 3h. Se o carro fizer uma terceira 
viagem entre as cidades A e B com uma ve loci dade média 
de 150km/h, o tempo gasto na viagem será de 2h. 
V1 = 50km/h ⇔ T1 = 6h 
V2 = 100km/h ⇔ T2 = 3h 
V3 = 150km/h ⇔ T3 = 2h 
Nesse caso, dizemos que existe entre a velo cidade 
média e o tempo gasto na viagem uma proporção 
inversa ou que a velocidade média é inversa mente 
proporcional ao tempo gasto. 
Podemos então escrever: 
k é uma constante não nula. 
k 
Vm = ––– 
T 
No caso, a constante k = Vm . T (pro duto da ve - 
locidade média pelo tempo) corresponde à distância per - 
corrida pelo carro entre as cidades A e B 
m 
––– 
V 
de água 
y = kx 
Proporcionalidade 
entre duas grandezas 
• Inversamente proporcional 
• Diretamente proporcional 
 (PISA-MODELO ENEM) – O gráfico seguinte estabelece a 
relação entre a pres são, em atmosferas (atm), a que está sujei - 
to um corpo imer so em água e a profundidade, em metros, na 
qual o corpo se encontra. Sabe-se que, dentro da água, a pres - 
são aumenta 1atm por cada 10m de aumento de profundidade. 
Analise as proposições que se seguem: 
(I) A pressão e a profundidade são diretamente pro porcionais. 
(II) Se uma pessoa estiver na superfície da água, a pressão 
exercida sobre ela é de 1 atm. 
(II) Um navio afundado a 3 800m de profundidade su porta 
uma pressão de 380 atm. 
Responda mediante o código: 
a) apenas I está correta. b) apenas II está correta. 
c) apenas III está correta. d) apenas I e II estão corretas. 
e) apenas II e III estão corretas. 
RESOLUÇÃO: 
I. FALSA. Se p fosse diretamente proporcional a h, o grá fi co seria 
uma semirreta passando pela origem. 
II. VERDADEIRA. Para h = 0, resulta p = 1 atm. 
III. FALSA. A pressão é dada por: 
p = 1 atm + 380 atm 
Resposta: B
(MODELO ENEM) – Texto para as ques tões 
e . 
Considere esferas maciças feitas de mesmo 
material (mes ma densidade), porém com raios 
diferentes e, portanto, massas e volumes 
diferentes. 
O gráfico a seguir representa as massas 
dessas esferas em função de seus volumes. 
 Qual o valor da densidade do material das 
esferas, a qual é a razão entre a sua massa e o 
seu volume? 
a) 1,0 . 103 kg/m3 b) 2,0 . 103 kg/m3 
c) 3,0 . 103 kg/m3 d) 4,0 . 103 kg/m3 
e) 5,0 . 103 kg/m3 
Resolução 
A densidade μ é dada por: 
μ = = 
Resposta: B 
 Quais os valores de m1 e V2 indicados no 
gráfico, em uni dades do SI? 
a) m1 = 2,0 e V2 = 3,0 
b) m1 = 2,0 e V2 = 4,0 
72 FÍSICA 
c) m1 = 3,0 e V2 = 3,0 
d) m1 = 3,0 e V2 = 4,0 
e) m1 = 2,5 e V2 = 5,0 
Resolução 
1) Para V1 = 1,0m3, temos: 
μ = ⇒ m1 = μ . V1 
m1 = 2,0 . 103 . 1,0m3 
m1 = 2,0 . 103 kg 
2) Para m2 = 6,0 . 103 kg, temos: 
μ = ⇒ V2 = 
6,0 . 103 
––––––––– 
2,0 . 103 
V2= (m3) 
Resposta: A 
 Um carro vai de uma cidade A até uma 
cidade B percor rendo uma distância d. 
Sendo V a velocidade escalar média nesta 
viagem, o tempo gasto T é dado pela relação: 
a) Qual a relação que existe entre os valores 
de T e de Vm? 
b) Sabendo-se que quando Vm = 80km/h o 
valor de T é 1,5h, determine o valor de d. 
c) Calcule o valor de Vm quando T = 1,0h. 
d) Calcule o valor de T quando Vm = 100km/h. 
e) Esboce o gráfico de Vm em função de T. 
Resolução 
a) Como d é constante, então T e Vm são 
inversamente propor cionais. 
b) Vm = 80km/h e T = 1,5h 
d = Vm . T = 80 . 1,5h ⇒ 
c) Para d = 120km e T = 1,0h, temos: 
d) Para d = 120km e Vm = 100km/h, temos: 
T = = h 
T = 1,2h 
T = 1,0h +0,2h 
T = 1,0h + 0,2 . 60 min 
e) 
T = 1,0h + 12 min 
120 
100 
80 
60 
40 
20 
0 1,0 1,5 
2,0 
arco de hipérbole 
equilátera 
vm (km/h) 
t (h) 
1,2 
120 
–––– 
100 
d 
––– 
Vm 
d 120km 
Vm = ––– = ––––––– 
T h 
d = 120km 
km 
––– 
h 
d 
T = –––––– 
Vm 
V2 = 3,0m3 
m2 
––– 
μ 
m2 
––– 
V2 
kg 
––– 
m3 
m1 
––– 
V1 
μ = 2,0 . 103 kg/m3 
4,0 . 103 kg 
––––––––––– 
2,0m3 
m 
––– 
v 
 (FEI-SP-MODELO ENEM) – Um estádio de futebol com 
ca pa cidade para 150 000 espectadores possui 10 saídas, por 
onde pas sam em média 500 pes soas por minuto. Qual é o 
tempo mínimo para esvaziar o estádio em um dia em que 
de seus lugares estão ocupados? 
a) h b) h c) h d) h e) 1h 
RESOLUÇÃO: 
. 150 000 = 100 000 
Em um minuto, saem 500 pessoas por saída e como existem 10 
saídas o total é de 5000 pessoas por minuto: 
5000 ................... 1min 
100 000 ................... Δt 
100 000 
–––––––– 
5000 
1 
––– 
3 
Δt = (min) ⇒ Δt = 20min = h 
Resposta: B 
 (MODELO ENEM) – A figura abaixo nos mostra a relação 
entre a potência de um motor de automóvel em fun ção da 
frequência de ro ta ção do motor. 
2 
––– 
3 
1 
–– 
4 
1 
–– 
3 
1 
–– 
2 
3 
–– 
4 
2 
–– 
3
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M103 
FÍSICA 73 
Se a fre quência de rota ção é 2 . 103rpm, a po tên cia do motor 
é, em cv: 
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60 
RESOLUÇÃO: 
a = = ⇒ a = 20 
b = 0 (A reta passa pela origem do sistema de coordenadas) 
y = ax + b ⇒ Pot = 20 . f + 0 ⇒ Pot = 20f, com Pot em cv e f em 
103 rpm. 
Para f = 2 . 103 rpm: 
Pot = 20 . 2 (cv) ⇒ Pot = 40cv 
Resposta: C 
 Considere uma mangueira que esguicha um volume de 
água V em um intervalo de tempo T. 
Define-se vazão da mangueira, representada por Z, como sen - 
do a razão (quociente) entre o volume V e o tempo T, isto é: 
Com esta mangueira, pretende-se encher um reservatório cujo 
volume total vale V1 (valor mantido constante). 
A mangueira tem uma regulagem que permite variar o valor de 
sua vazão Z e, portanto, varia também o tempo T gasto para 
encher o reser vatório. 
a) Qual a relação que existe entre os valores de Z e de T? 
b) Sabendo-se que quando a vazão Z vale 2m3/s, o reser vatório 
é enchido em 10s, determine o valor de V1. 
c) Se a vazão for de 1m3/s, em quanto tempo o reservatório 
será enchido? 
d) Se o tempo gasto para encher o reservatório for de 5s, qual 
será a vazão da mangueira? 
e) Esboce um gráfico da função Z = f(T). 
RESOLUÇÃO: 
a) Sendo o volume constante, então a vazão Z e o tempo T são 
inversa mente proporcionais. 
b) Z = ⇒ V1 = Z . T 
V1 = . 10s ⇒ 
c) Se a vazão se reduzir à metade, o tempo gasto será duplicado 
e passará a valer 20s. 
d) Se o tempo gasto se reduziu à metade, é porque a vazão foi 
duplicada e passou a valer 4m3/s. 
e) 
2m3 
–––– 
s 
V1 = 20m3 
V ––1– 
T 
V 
Z = ––– 
T 
Δy 
––– 
Δx 
40 
––– 
2 
f (103rpm) 
0 
1 
3 
Pot (cv) 
0 
20 
60 
1. Grandezas trigonométricas: 
seno; cosseno; tangente 
Consideremos o triângulo retângulo ABC da figura: 
Para o ângulo α da figura, o cateto oposto é o lado 
AB = c e o cateto adjacente é o lado CA = b. 
O lado BC = a é a hipotenusa. 
Definem-se para o ângulo α as seguintes funções 
trigono métricas: 
1) 
c 
sen α = —– 
a 
cateto oposto 
seno de α = –––––––––––––––– 
hipotenusa 
Teorema de 
Pitágoras 
a2 = b 2 + c 2 
4 
Trigonometria 
no triângulo retângulo • Triângulo retângulo 
• Funções trigonométricas
Um atleta, treinando para a corrida de São 
Sil vestre, faz uma série de percursos retilíneos 
conforme des crito a seguir: 
1) 8,0km para leste 
2) 3,0km para norte 
3) 4,0km para oeste 
Determine 
a) a distância total que o atleta percorreu; 
b) a distância entre sua posição inicial e sua 
posição final. 
Resolução 
a) A distância total percorrida é dada por: 
D = AB + BC + CD 
D = 8,0km + 3,0km + 4,0km 
b) A distância entre a posição inicial A e a 
posição final D é dada pela aplicação do 
Teorema de Pitágoras. 
74 FÍSICA 
d2 = (AE)2 + (ED)2 
d2 = (4,0)2 + (3,0)2 (km)2 
d2 = 16,0 + 9,0 (km)2 
d2 = 25,0 (km)2 
Respostas: a) 15,0km 
b) 5,0km 
 Considere uma bola de futebol des - 
crevendo uma trajetória parabólica. 
Num dado instante, a velocidade da bola tem 
uma com ponente horizontal Vx e uma com - 
ponente vertical Vy, conforme mos trado na 
figu ra. 
São dados: 
V = 20km/h e Vx = 12km/h 
Determine 
a) o valor de Vy 
b) o seno, o cosseno e a tangente dos 
ângulos θ e α. 
Resolução 
a) Teorema de Pitágoras: 
V2 = Vx 
2 + Vy 
2 
(20)2 = (12)2 + Vy 
2 
2 
400 = 144 + Vy 
2 = 256 ⇒ 
Vy 
Vy = 16km/h 
b) 1) sen θ = = = 0,8 
Vx ––– 
V 
2) cos θ= = = 0,6 
Vx ––– 
V 
3) sen α = = 0,6 
4) cos α = = 0,8 
Observe que: sen θ = cos α 
sen α = cos θ 
Isto nos mostra que quando dois ân gu los são 
comple men tares (somam 90°), o seno de um 
é igual ao cosseno do outro. 
(VUNESP-MODELO ENEM) – Texto para as 
questões e . 
A partir do instante em que uma aeronave 
atinge a altura de 50 pés (aproxi madamente 
15 m) sobre a pista, ela deve manter um ângulo 
de 3° até tocar a pista. Chama-se distância de 
pouso o compri mento correspondente a 60% 
do compri mento total da pista disponível para 
aterrizagem. 
(Aero Magazine, n.° 159 . Adaptado) 
15 m 
Distância de pouso 
3º 
Vy ––– 
V 
12 
––– 
20 
Vy ––– 
V 
16 
––– 
20 
d = 5,0km 
D = 15,0km 
2) 
3) 
Apresentamos a seguir os valores do seno, cosseno 
e tan gente para os ângulos mais importantes: 
Observação: Não se define tg 90°. 
cateto adjacente 
cosseno de α = ––––––––––––––––– 
hipotenusa 
b 
cos α = —– 
a 
cateto oposto 
tangente de α = ––––––––––––––––– 
cateto adjacente 
c 
tg α = —– 
b 
sen 
cos 
tg 
0º 
0 
1 
0 
30º 45º 60º 90º 
1 
2 
3 
––– 
––– 
––– 
1 
2 
2 
2 
3 
2 
1 
––– 
––– 
––– 
0 
2 
2 
2 
3 
––– 
1 
3 
– 
3
cateto oposto 
–––––––––––––– 
hipotenusa 
FÍSICA 75 
 Se a distância de pouso necessária para 
uma aeronave é de 1800m, o com primento 
total da pista disponível para ater rizagem, em 
quilômetros, é igual a 
a) 2,6 b) 2,7 c) 2,8 
d) 2,9 e) 3,0 
Resolução 
De acordo com o texto, a distância de pouso 
(dP) corresponde a 60% do comprimento total 
da pista (LP). 
60% equivale a mul ti pli car por 0,6. 
Assim, temos: 
dP = 0,6 LP 
Como dP = 1800m, resulta: 
1800 = 0,6 . LP 
LP = (m) 
Resposta: E 
	 A partir do instante em que a aero nave 
atinge a altura de 15m sobre a pista, se o pouso 
for realizado de acordo com os parâmetros 
indicados no texto e na figura, ela percorrerá, 
até tocar o solo, a distância AB, em metros, de 
a) 260 b) 280 c) 290 
d) 300 e) 310 
Adote: sen 3° = 0,05 
Resolução 
Da figura, temos: 
sen 3° = = 
Porém, sen 3° = 0,05 
0,05 = 
15m 
––––– 
0,05 
AB = ⇒ 
Resposta: D 
AB = 300m 
15m 
––––– 
AB 
15m 
––––– 
AB 
LP = 3,0 . 103m = 3,0km 
1800 
––––– 
0,6 
É dado o triângulo retângulo ABC. Resolva as ques tões de  
a . 
 Aplicando o Teorema de Pitágoras, calcule a hipo te nusa (c). 
RESOLUÇÃO: 
c2 = a2 + b2 ⇒ c2 = (3)2 + (4)2 ⇒ c2 = 25 ⇒ c = 5 
 Calcule o seno dos ângulos α e β. 
RESOLUÇÃO: 
sen α = ⇒ sen α = ⇒ sen α = 0,6 
sen β = ⇒ sen β = ⇒ sen β = 0,8 
 Calcule o cosseno dos ângulos α e β. 
RESOLUÇÃO: 
cos α = ⇒ cos α = ⇒ cos α = 0,8 
cos β = ⇒ cos β = ⇒ cos β = 0,6 
 Calcule a tangente dos ângulos α e β. 
RESOLUÇÃO: 
tg α= = ⇒ tg α = 0,75 
b 
––– 
a 
4 
––– 
3 
tg β= = ⇒ tg β = 
4 
––– 
3 
a 
––– 
b 
3 
––– 
4 
a 
––– 
c 
3 
––– 
5 
b 
––– 
c 
4 
––– 
5 
b 
––– 
c 
4 
––– 
5 
a 
––– 
c 
3 
––– 
5
(ETEC-MODELO ENEM) – Sobre o vôo do 14-Bis realizado 
em 23 de outubro de 1906, o Professor Charly Künzi, ex-reitor 
do ITA e membro da Associação Brasileira de Cultura Aeroes - 
pacial, escreveu: 
“... O Aeroclube da França oferecia um prêmio para quem 
conseguisse voar pela primeira vez com um aparelho 'mais 
pesado que o ar'. Era a Taça Archdeacon, acompanhada da 
quantia de 3 000 francos, que seriam entregues para 'quem 
conseguisse construir um aparelho capaz de decolar por seus 
próprios meios e voar por uma distância de 25 metros sem 
exceder o ângulo de descida de 25%'. 
...Chegou então a vez de Santos Dumont. Ele subiu no seu 
14-Bis, elegantíssimo, de paletó, gravata e chapéu, cumpri - 
mentou o público com uma reverência, fez o motor dar a sua 
força máxima, começou a rolar devagar, mais rapidamente, 
mais rapidamente ainda e decolou. Ele voou 60 metros a uma 
altura de 3 metros.” 
(Fonte: http://www.ita.cta.br/online/2005) 
Para calcular, aproximadamente, a distância percorrida por 
Santos Dumont do início da descida do 14-Bis até o momento 
em que ele atingiu o solo, deve-se considerar que 
• a trajetória da descida foi retilínea; 
• a inclinação da trajetória da descida do 14-Bis manteve-se 
constante; 
• o ângulo de descida do avião é formado pela trajetória de 
descida do avião e o horizonte; 
76 FÍSICA 
• um ângulo de descida de 25% equivale, aproximada men - 
te, a um ângulo de 14°. 
Logo, essa distância em metros, é 
a) 3,1 b) 5,6 c) 7,3 d) 10,2 e) 12,5 
Dados: sen 14° = 0,24; cos 14° = 0,97 e tg 14° = 0,25 
RESOLUÇÃO: 
sen 14° = 
H 
––– 
d 
d = = = 12,5m 
Resposta: E 
3,0m 
––––––– 
0,24 
H 
––––––– 
sen 14° 
1. Direção e sentido 
Consideremos duas retas paralelas, (a) e (b). 
Elas têm a mesma direção. 
Vamos, agora, orientar quatro retas paralelas, (a), (b), 
(c) e (d), conforme in dica a figura ao la do. 
Apesar de possuírem orientações diferentes, con ti - 
nuam com a mesma dire ção. No entanto, observe mos que: 
1.o) a e b têm a mesma orientação e, portanto, têm 
o mesmo sentido; 
2.o) c e d têm a mesma orientação e, portanto, têm 
o mesmo sentido; 
3.o) b e c têm orientações opostas e, portanto, têm 
sentidos opostos. 
Isto posto, podemos definir: 
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M104 
Direção é a propriedade comum às retas paralelas, 
isto é, um conjunto de retas paralelas define uma 
direção. 
Sentido é a orientação sobre a direção. 
Assim, falamos em direção vertical e sentido para 
cima ou para baixo; direção horizontal e sentido para a 
direita ou para a esquerda. 
Uma rua reta define uma direção; nesta rua, pode - 
mos caminhar para um lado ou para o ou tro, isto é, em 
dois sen tidos. 
Na figura, os carros A e B pos suem velo cidades de mesma direção 
(para lela à pis ta), porém com sentidos opostos. 
5 
O que é uma 
grandeza física vetorial? • Escalar • Vetor
FÍSICA 77 
Quando dois carros trafegam em uma mesma rua 
reta, um de encontro ao outro, dizemos que eles se mo - 
vem na mesma direção, porém, em sentidos opostos. 
2. Grandezas físicas 
escalares e vetoriais 
As grandezas físicas podem ser classificadas em 
dois grupos: as grandezas escalares e as grandezas 
vetoriais (tam bém chamadas de grandezas orientadas 
ou dirigi das). 
Uma grandeza é escalar quando tem apenas in - 
tensidade, isto é, fica perfeita mente definida e carac - 
terizada pelo seu valor numérico, traduzido por um nú - 
mero real e uma unidade. 
São grandezas escalares: comprimento, área, volu - 
me, tempera tura, den si da de, massa, tempo, energia etc. 
Assim, quando dizemos que a massa de uma pes soa 
vale 50kg, esgotamos o assunto, não cabendo mais 
nenhuma indagação sobre a massa. 
Uma grandeza é vetorial quando exige, para sua 
completa caracterização, além de sua intensidade, tam - 
bém a sua orientação, isto é, a sua direção e sentido. 
Para caracterizarmos o efeito da aceleração da 
gravidade, por exemplo, devemos informar qual a sua 
intensidade, que sua direção é vertical e que seu 
sentido é dirigido para baixo. 
O efeito produzido por uma força não depende 
apenas de sua intensidade, mas também da direção e 
do sentido em que ela atua. 
São grandezas vetoriais: deslocamento, velocidade, 
acele ração, força etc. 
A grandeza vetorial é indicada por uma pe que na seta 
a 
→colocada em ci ma V 
→do símbolo da grandeza: des loca - 
mento (), velocidade (), aceleração (), força (→F) etc. 
d 
→? Saiba mais 
O tempo é uma grandeza es ca lar, 
pois fica perfeitamente de finido 
por um número real e a respectiva 
uni dade. 
A posição de um 
avião num dado 
ins tante pode ser 
de ter minada por 
um vetor. 
(MODELO ENEM) – Enunciado para as 
questões e . 
Um carro se move da posição A para a po si ção 
B, indicadas na figura. 
Define-se deslocamento do carro 
→d 
como 
sendo um vetor que tem origem na posição 
inicial e extremidade na posição final. 
 O deslocamento do carro 
→d 
tem orien tação 
mais bem repre sentada pelo segmento: 
a) ↖ b) c) ← 
d) ↑ e) ↓ 
Resolução 
De acordo com a definição, o deslocamento 
→ 
d 
é um vetor de origem em A e extremidade em 
B: 
Resposta: E 
 O deslocamento vetorial 
→d 
, entre as 
posições A e B, tem 
a) a mesma direção e o mesmo sentido do 
eixo y. 
b) a mesma orientação do eixo y. 
c) sentido perpendicular ao do eixo x. 
d) a mesma direção e sentido oposto ao eixo 
y. 
e) direção perpendicular e o mesmo sentido 
do eixo x. 
Resolução 
O vetor deslo ca men to 
→ 
d tem a mesma direção 
e sentido oposto ao do eixo y. 
O vetor deslocamento 
→ 
d tem direção perpen - 
dicular à do eixo x. 
Só podemos comparar os sentidos em uma 
mesma direção. 
Resposta: D 
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A massa de um corpo é grandeza escalar ou veto rial? 
Justifique sua resposta. 
RESOLUÇÃO: 
Grandeza escalar, pois fica perfeitamente caracterizada por um 
número real e uma unidade. 
 A grandeza física força é escalar ou vetorial? 
Justifique sua resposta. 
RESOLUÇÃO: 
Grandeza vetorial, pois, para ser perfeitamente caracte riza da, são 
necessárias as seguintes informações: módulo, direção e sen tido. 
 Entre as grandezas indicadas abaixo, assinale aquelas que 
são vetoriais. 
a) massa e tempo; 
b) volume e área; 
c) força e deslocamento; 
d) energia potencial e cinética; 
e) massa e aceleração. 
Resposta: C 
 Considere as grandezas físicas: 
I. Velocidade II. Temperatura 
III. Deslocamento IV. Força 
Dessas, a grandeza escalar é: 
a) I b) II c) III d) IV 
Resposta: B 
78 FÍSICA 
 (MODELO ENEM) – Quando uma grandeza física tem na - 
tu reza escalar, ela não envol ve o conceito de direção e fica 
perfeitamente carac te rizada por seu valor numérico associado 
a uma unidade. 
Para somarmos duas grandezas escalares, basta somar seus 
valores numéricos. 
Quando uma grandeza tem natureza vetorial, ela envolve o con - 
ceito de direção e vai ser representada por um elemento mate - 
mático denominado vetor ao qual associamos um módulo, uma 
direção e um sentido. 
Para somarmos duas grandezas vetoriais, não basta conhecer 
suas intensidades: devemos conhecer também o ângulo for - 
ma do entre suas direções. 
A um corpo em movimento, associamos duas grandezas físi - 
cas importantes: velocidade 
→ 
V e energia cinética Ec. 
A velocidade tem como unidade metro por segundo (m/s) e a 
energia cinética tem como unidade o joule (J). 
Considere duas velocidades, 
→V 
1 e 
→V 
2, com módulos 10,0m/s e 
20,0m/s, respectivamente. 
Considere duas energias cinéticas, E1 e E2, com valores 10,0J 
e 20,0J, respectivamente. 
Analise as proposições a seguir: 
I) A soma 
→V 
1 + 
→V 
2 tem módulo necessariamente igual a 
30,0m/s. 
II) A soma E1 + E2 vale necessariamente 30,0J. 
III) Não podemos somar 
→V 
1 com 
→V 
2 porque não existe soma de 
grandezas vetoriais. 
IV) A soma 
→V1 + 
→V 
2 poderá ter módulo igual a 30,0m/s 
Somente está correto que se afirma em: 
a) I e III b) II e IV c) II e III 
d) I e IV e) I, II e III 
RESOLUÇÃO: 
1) FALSA. A soma 
→ 
V1 + 
→ 
V2 vai depender do ângulo formado entre 
→ 
V1 e 
→ 
V2. 
2) VERDADEIRA. A energia cinética é grandeza escalar e os 
valores numéricos são somados. 
3) FALSA. Tanto as grandezas escalares como as vetoriais podem 
ser somadas. 
4) VERDADEIRA. Quando as velocidades 
→ 
V1 e 
→ 
V2 tiverem a mes ma 
direção e o mesmo sentido, as suas intensidades se somam. 
Resposta: B
6 Introdução à Física • Método científico 
• Massa • Sistema Internacional 
2H 
tq = ––g–– 
FÍSICA 79 
1. Astrologia: ciência ou crença? 
(1)Quando um ramo do conhecimento é conside rado 
uma ciência? 
(2)Será que a Física sempre foi uma ciência? 
(3)Kepler, grande físico e astrônomo, também foi um 
astrólogo? 
(4)Ufologia pode ser considerada uma ciência? 
Quais são as respostas 
para essas quatro perguntas? 
(1)Qualquer estudo ou ramo de conhecimento só 
poderá ser considerado uma ciência se as suas afir ma - 
ções ou leis pu derem ser verificadas experi mental men - 
te, isto é, se os estudio sos puderem “inventar” uma 
experiência capaz de comprovar aquela afirmação ou lei. 
(2) A Física nem sempre foi uma ciência. A Física de 
Aristóteles, que prevaleceu antes de Galileu, não era 
uma ciên cia, pois as afirmações de Aristóteles não eram 
comprovadas experimentalmente. Quando Einstein 
apresentou sua teoria da Relatividade, que revolucionou 
a Física, ela não foi aceita de imediato e Einstein não ga - 
nhou o prêmio Nobel por ela e uma das razões é que ela 
foi apresentada sem comprovação experi mental. So - 
mente mais tarde os cientistas, realizando expe riências 
para tentar provar que Einstein estava errado, puderam 
na realidade com provar que ele estava certo e a teoria da 
Rela ti vidade pôde ser aceita pe la comunidade científica. 
(3) É verdade que Ke pler foi um astrólogo, mas se rá 
que a Astrologia, in fluên cia dos astros na vida das pes - 
soas, é uma ciên cia? A resposta cate górica é não!!!, pois 
as afirma ções da Astro logia não têm nenhuma com pro - 
vação expe rimental. 
Em realidade, Kepler foi astrólogo para ganhar di nhei - 
ro e teve sucesso até um dia em que previu que um nobre 
poderoso iria ganhar uma certa batalha e a frago ro sa der - 
rota deste encerrou a carreira de astrólogo de Kepler. 
(4) A Ufologia, embora encante milhões de pessoas, 
não pode ser considera da ciência porque não há evi dên - 
cia ex perimen tal de que seres ex tra ter restres nos te - 
nham visitado. Qual quer cien tista sabe que por ques tões 
estatísticas é extre ma mente provável, dir-se-ia mesmo 
quase uma certe za, que existe vida inteligente fora da 
Terra, porém, em virtude das fantásticas distâncias que 
nos separam de outros planetas habitados por seres inte - 
li gentes, com os conhecimentos físicos atuais, o con tato 
é muito pouco provável, quase impossível. 
2. Método científico de Galileu 
Foi Galileu Galilei quem deu à Física um caráter de 
ciên cia, com a introdução do chamado “método experi - 
mental”. 
O método experimental baseia-se em quatro etapas: 
1) Observação de um fenômeno que ocorre na 
natureza; 
2) Reprodução do fenômeno em laboratório, com a 
pesquisa dos fatores que são relevantes em seu estudo; 
3) Elaboração de leis físicas que possam explicar o 
fenômeno qualitati vamente e de equações que possam 
traduzi-lo quantitativamente; 
4) Comprovação experimental das leis enunciadas 
com a variação dos fatores considerados relevantes no 
estudo do fenômeno observado. 
Exemplificando: 
1) Fenômeno observado: queda livre de um corpo; 
2) Estudo da queda livre em laboratório, pesqui san - 
do os fatores que podem influir no tempo de queda: al tu - 
ra de queda (H) e valor da aceleração da gravidade (g); 
3) A equação que traduz o tempo de queda: 
Esta equação é obtida sabendo-se que, durante a 
que da, a aceleração é cons tante (aceleração da gravi - 
dade g) e usando-se a lei física que estuda os movi - 
mentos com aceleração constante; 
4) Comprovação da validade da equação do tempo 
de queda com medidas feitas em laboratório, variando-se 
o valor da altura de queda H.
O tempo de queda é medido com um cro nômetro 
pa ra diferentes valores da altura H. Em seguida, calcula - 
mos o valor teórico do tempo de queda utilizando a 
equação apre sentada. 
Se os valores experimentais (medidos no cronô - 
metro) coincidirem (pelo menos aproximadamente) com 
os valores teóricos (calculados pela equação dada), en tão 
a lei física foi comprovada experimental mente e po de 
ser considerada verdadeira. 
Quando os astronautas estiveram na Lua, eles fize - 
ram a chamada “experiência de Galileu”: abandonaram 
um martelo e uma pluma de uma mesma altura e eles 
chagaram juntos ao solo lunar. Uma questão de vesti - 
bular perguntou se era correto dizer que os astronautas 
observaram que o martelo e a pluma caíram na Lua com 
a mesma aceleração. A resposta da questão era que a 
frase estava errada, pois não se pode observar (ver, en - 
xer gar) uma aceleração: os astronautas observaram que 
o martelo e a pluma chegaram juntos ao solo lunar e 
con cluíram, com seus conhecimentos de Cinemática, 
que, para isto ocorrer, eles caíram com a mesma ace - 
leração. 
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M106 
3. Grandezas fundamentais 
e grandezas deri vadas 
De um modo geral, chamamos de grandeza física 
to da grandeza que pode ser medida. 
Distância, tempo, massa, velocidade, aceleração, 
for ça etc. são grandezas físicas. 
Algumas dessas grandezas podem ser medidas dire - 
ta men te. 
No entanto, uma medida direta da aceleração, por 
exemplo, é impossível. 
Um método de medida da aceleração da gravidade é 
o uso de um pêndulo. Você pode amarrar um barbante a 
uma pedra, prendê-lo no teto e fazer a pedra oscilar. 
O tempo gasto pela pedra para ir e voltar é chamado 
período de oscilação (T). 
Demonstra-se, usando-se leis físicas, que o período 
T, para oscilações com pequena abertura angular, é dado 
pela equação: 
T = 2π––– 
80 FÍSICA 
Portanto, podemos me dir o valor da aceleração da 
gra vidade g, medindo-se o comprimento L do barbante 
(com uma régua), o período de osci lação T (com um cro - 
nômetro) e, em segui da, aplicando-se a equa ção que 
relaciona as três gran dezas: T, L e g. 
As grandezas que podem ser me didas diretamente 
são chamadas de gran dezas funda mentais ou primi ti - 
vas. 
As grandezas que são medidas a partir das gran de - 
zas fundamentais (por meio de equa ções) são cha ma das 
de gran dezas derivadas. 
Na Mecânica, há três gran de zas funda men tais: 
Comprimento, Massa e Tempo 
Quando dizemos que as gran dezas fun da men tais 
ou primi tivas da Mecânica são com pri mento (L), mas sa 
(M) e tempo (T), isto significa que a partir dessas três 
grandezas podemos defi nir todas as demais grandezas da 
Mecâ nica, as quais são, então, chamadas de gran dezas 
derivadas. 
Em outras palavras: qualquer grandeza de ri va da 
da Me cânica resulta de uma combinação ade quada das 
três grandezas fundamentais. Exempli ficando: a 
grandeza velocidade é obtida dividindo-se uma 
distância por um intervalo de tem po, isto é, a 
velocidade é definida a partir de uma combina ção das 
grandezas fundamentais comprimento (L) e tempo (T). 
L (grandeza fundamental) 
Velocidade = ––––––––––––––––––––––––––– 
(grandeza derivada) T (grandeza fundamental) 
4. Conceito da 
grandeza fundamental massa 
Conceito de inércia 
Inércia é uma propriedade da matéria que consiste 
na difi culdade que um corpo oferece à mudança 
de sua velocidade. 
Por exemplo, quando você chuta com a mesma for - 
ça uma bola de borracha, uma bola de futebol de campo 
e uma bola de futebol de salão, você verifica que as 
velocidades adquiridas serão diferentes: 
Vbola de borracha  Vbola de campo  Vbola de salão 
Isso significa que a bola de futebol de salão tem 
mais inércia que a bola de futebol de campo que, por sua 
vez, tem mais inércia que a bola de borracha. 
Uma das famosas leis de Newton afirma que: 
Um corpo, livre da ação de forças, mantém sua ve - 
lo cidade constante graças à propriedade chama da 
inércia. 
L 
g
Massa é uma propriedade associada a um corpo 
que mede a sua inércia e a sua atratibilidade. 
FÍSICA 81 
Conceito de atratibilidade 
Todo corpo cria em torno de si o que chamamos de 
um campo gravitacional, isto é, todo corpo é capaz de 
atrair outros com forças chamadas gravitacionais. 
Newton traduziu esse fato dizendo que “matéria 
atrai ma téria”. 
Essa capacidade de um corpo de atrair outros corpos 
por meio de forças gravitacionais é chamada de atratibi - 
lidade. 
Conceito de massa 
Tanto a inércia como a atratibilidade são medidas por 
uma propriedade associada ao corpo que se conven - 
cionou chamar de massa. 
Quanto maior a massa de um corpo, maior é a sua 
inércia. 
A rigor, existem dois conceitos de massa: 
1) Massa inercial: medida da inércia. 
2) Massa gravitacional: medida da atratibilidade. 
Porém, verificou-se que as duas massas (inercial e 
gra vita cional) associadas a um corpo eram diretamente 
propor cionais. 
Isto significa que, se a massa inercial de um corpo A 
era o dobro da massa inercial de um corpo B, então a 
massa gravi tacional de A também era o dobro da massa 
gravitacional de B. 
Matematicamente: minercial = k mgravitacional 
k = constante de proporcionalidade 
Para não complicar as equações da Física, adotou-se 
para k o valor 1 e admitiu-se que as duas massas (inercial 
e gravitacional) teriam o mesmo valor. 
Portanto: 
5. Sistema 
Internacional de Unidades (SIU) 
Para medirmos as grandezas físicas, de vemos ado - 
tar padrões que são chama dos de unidades de medidas. 
O sistema de unidades adotado pratica mente no 
mun do todo é o Sistema Inter na cional de Unidades, re - 
pre sentado pela sigla SI ou SIU, que adota para as gran - 
dezas fundamentais as seguintes unidades: 
Massa: quilograma (símbolo: kg) 
Comprimento: metro (símbolo: m) 
Tempo: segundo (símbolo: s) 
Quanto maior a massa de um corpo, maior é sua 
atrati bilidade. 
 (MODELO ENEM) – Define-se ano-luz como sendo a dis tân cia 
que a luz per cor re, no vácuo, em um ano. A estrela mais próxima da 
Terra, ex cluin do o Sol, está a uma distância de 4,5 anos-luz. Isto signi - 
fica que a luz da estrela gasta 4,5 anos para chegar até nós. A nebulosa 
de Caranguejo está a cerca de 6500 anos-luz e resultou da explosão de 
uma estrela classifi cada como supernova. Esta explosão foi regis trada 
por astrônomos chineses em 1054 dC (depois de Cristo). 
A explosão ocorreu em 
a) 1054 aC b) 1054 dC c) 6500 aC 
d) 6500 dC e) 5446 aC 
Resolução 
Como a distância da nebulosa até a Terra é de 6500 anos-luz, a explo - 
são ocorreu 6500 anos antes de ser detectada na Terra, isto é, 6500 
anos antes do ano de 1054: 
T = 1054 – 6500 
T = –5446, isto é, no ano 5446 aC (antes de Cristo). 
Resposta: E 
 (VUNESP-MODELO ENEM) – Parsec é uma unidade de medida 
frequen te mente usada na Astronomia, correspondente a 3,26 anos-luz. 
Define-se ano-luz como sendo a distância que a luz per corre, no vácuo, 
em um ano. Portanto, o parsec é uma unidade de medida de 
a) brilho. 
b) velocidade. 
c) tempo. 
d) distância. 
e) magnitude. 
Resolução 
Ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo em um ano e o parsec 
tem as mesmas dimensões do ano-luz. 
Resposta: D 
 Analise as proposições a seguir e assinale a correta. 
a) A Física sempre foi uma ciência. 
b) A Física de Aristóteles, que viveu antes de Cristo, era uma 
ciência. 
c) A Astrologia é uma ciência. 
d) Somente a partir de Einstein a Física tornou-se uma ciên cia. 
e) A Física tornou-se uma ciência quando Galileu introduziu a 
comprovação experimental para a validade das leis físicas.
7 Você sabe medir? • Algarismos significativos 
1. Algarismos significativos 
Qualquer medida de uma grandeza física está sujeita a erros. 
Tais erros estão ligados ao limite de precisão da apa relhagem utilizada e à perícia do operador. 
Exemplificando: se medirmos um comprimento com uma régua graduada em centímetros, podemos afirmar que 
os algarismos que medem centímetros estão cor retos; o algarismo que mede décimo de centímetro será apenas uma 
avaliação e, portanto, é um algarismo duvi doso; o algarismo que mede centésimo de centí metro não terá nenhum 
significado na medida feita. 
No Portal Objetivo 
82 FÍSICA 
• Medidas 
Os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvi - 
doso são chamados de algarismos significativos. 
A figura mostra uma régua mi li me trada e um ob - 
jeto (re du zidos na mesma pro por ção). Qual o com - 
pri mento real do objeto? 
6,42cm 
1.º duvidoso 
correto 
correto 
RESOLUÇÃO: 
Qualquer ramo do conhecimento só pode ser considerado uma 
ciência se tiver comprovação experimental. 
Resposta: E 
 Imagine que um cientista louco propusesse definir massa 
como sendo o número total de átomos de um corpo. Qual seria 
sua maior crítica a esta definição? 
RESOLUÇÃO: 
Não existe um critério para contarmos quantos átomos existem 
em um corpo. 
 (INEP-MODELO ENEM) – No fim do século XVIII, algu mas 
unidades de medida na Europa eram definidas a partir das 
partes do corpo do rei de cada país: palmo, pé e polegada. Em 
1875, foi criado o Sistema Métrico Decimal: centímetro, metro, 
quilômetro. Este sistema hoje é utilizado em grande parte dos 
países. 
A criação desse novo sistema de medidas ocorreu, principal - 
mente, por causa da 
a) ausência de reis em vários países. 
b) necessidade de um padrão mundial de medidas. 
c) procura constante por revoluções tecnológicas. 
d) escassez de novos conhecimentos científicos. 
e) necessidade de padrões de unidades ligados ao cotidiano. 
RESOLUÇÃO: 
A universalização da unidade de medida feita com o sistema 
internacional de medidas (SI) é uma necessidade. 
Resposta: B 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M107
Massa (kg) 
1,0 . 105 
Carro pequeno 1000 
Ser humano grande 100 
Cachorro médio 10 
Livro didático 1,0 
Maçã 0,1 
Lápis 0,01 
Uva passa 1 . 10–3 
Mosca 1,0 . 10–4 
FÍSICA 83 
2. Múltiplos e submúltiplos das unidades 
Para a obtenção de múltiplos e submúltiplos das unidades de medida, usamos os prefixos indicados na tabela a seguir: 
Prefixo 
tera 
giga 
mega 
quilo 
hecto 
deca 
deci 
Símbolo 
T 
G 
M 
k 
h 
da 
d 
Fator de 
Multiplicação 
1012 
109 
106 
103 
102 
101 
10–1 
Prefixo 
centi 
mili 
micro 
nano 
pico 
femto 
atto 
Símbolo 
c 
m 
μ 
n 
p 
f 
a 
Fator de 
Multiplicação 
10–2 
10–3 
10–6 
10–9 
10–12 
10–15 
10–18 
Entenda as potências de 10 
10–3 = 0,001 
10–2 = 0,01 
10–1 = 0,1 
100 = 1 
102 = 100 
103 = 1000 
... 
106 = 1 000 000 
3. Notação científica 
É a representação de um número N com o uso de uma 
potência de 10 acom pa nhada de um número n tal que 1 ≤ n  10. 
N = n . 10x 
Veja alguns exem - 
plos na tabela ao lado. 
N 
343 
0,0010 
0,07 
35,80 
Notação Científica 
3,43 . 102 
1,0 . 10–3 
7 . 10–2 
3,580 . 101 
Nas calcu lado ras cien - 
tíficas, quan do a no ta - 
ção cien tí fi ca é utiliza - 
da, omi te-se a base 
10. 
Na figura, temos o nú - 
mero 2,58 . 1012. 
? Saiba mais 
 Na medida de um comprimento L, usa mos 
uma régua gradua da em centímetros. A medida 
de L foi apresentada da seguinte forma: 
L = 2,5789m 
Responda aos quesitos a seguir: 
a) Nesta medida, quais são os algarismos 
corretos, o primeiro duvidoso e quais são os 
algarismos significativos? 
b) Como seria a medida de L expressa em 
milímetros (mm) com notação científica e com 
dois algarismos significativos? 
Resolução 
a) Se colocarmos a medida em centímetros, 
teremos: 
L = 257,89cm 
Os algarismos 2, 5 e 7 medem a quanti - 
dade de centí me tros e, por tanto, são 
corretos. 
O algarismo 8 mede décimo de centí - 
metro e, portanto, é o 1.° duvi do so. 
O algarismo 9 não tem significado nesta 
medida e deve ser eliminado. 
Portanto, os algarismos significativos são 
os corretos: 2, 5 e 7 e o 1.° duvidoso, 8. 
b) Como 1m = 103 mm, temos: 
L = 2,578 . 103 mm 
Como queremos apenas dois algarismos 
significativos, aproximamos para: 
Na aproximação, quando o primeiro 
algarismo eliminado (7) for superior a 5, o 
anterior (5) é acrescido de uma unidade 
(passa a ser 6). 
(MODELO ENEM) – Enunciado para os 
exercícios e . 
Considere a seguinte tabela com valores 
aproximados de algu mas massas. 
Avião comercial 
grande 
 O número de algarismos significati vos das 
massas do avião, do carro pequeno e do lápis 
são, res pec tivamente: 
a) 2 – 4 – 1 b) 1 – 4 – 1 
c) 2 – 4 – 2 d) 1 – 3 – 2 
e) 2 – 4 – 4 
L = 2,6 . 103 mm
Um estudante mediu um comprimento com uma régua 
graduada em milí metros e apresentou o seguinte resultado: 
L = 2,30456m 
Nesta medida: 
a) quais são os algarismos corretos? 
b) qual o primeiro algarismo duvidoso? 
c) quais são os algarismos significativos? 
RESOLUÇÃO: 
a) 2 3 0 4 
m dm cm mm 
b) 5 
c) 2 3 0 4 5 
Observação: No item “a”, se interpretarmos que algarismos cor - 
retos seriam aqueles obtidos de uma leitura cor reta, a res posta 
seria: 2 3 0 4 5 
O algarismo “6” não pode ser obtido numa régua mili me trada e 
foi inserto incorretamente. Trata-se de um segundo algarismo 
duvi doso. 
 Qual o número de algarismos significativos nas se guintes 
medidas? 
a) 4,80kg b) 3,4g 
c) 0,03040kg d) 80,4kg 
e) 3,00kg f) 4,732 . 10–3kg 
g) 6,0130 . 103 kg h) 4 . 10–3kg 
RESOLUÇÃO: 
a) 3 b) 2 c) 4 d) 3 
e) 3 f) 4 g) 5 h) 1 
84 FÍSICA 
MA 
–––– = 1,0 . 109 
MM 
105 
–––– 
10–4 
1,0 
–––– 
1,0 
MA 
–––– 
MM 
 Ache as relações entre as seguintes unidades: 
a) km e mm b) m2 e (cm)2 
RESOLUÇÃO: 
a) 1km = 1 . 103m = 1 . 103 . 103 mm ⇒ 1km = 1 . 106 mm 
b) 1 m2 = 1 . (102cm)2 
1 m2 = 1 . 104 cm2 
 A velocidade da luz no vácuo é expressa por: 
c = 2,99792458 . 108m/s 
Exprimir o valor c em km/s e com dois algarismos significa - 
tivos: 
RESOLUÇÃO: 
c = 3,0 . 105km/s 

 (FATEC-SP-MODELO ENEM) – César Cielo se tornou o 
maior nadador brasileiro na história dos Jogos Olímpicos ao 
con quistar a medalha de ouro na prova dos 50 m livres. Pri mei - 
ro ouro da natação brasileira em Jogos Olímpicos, Cielo que - 
brou o recorde olímpico com o tempo de 21s30’’, ficando a 
ape nas dois centésimos de segundo do recorde mundial con - 
quistado pelo australiano Eamon Sullivan num tempo igual a 
a) 19s28’’. b) 19s30’’. c) 21s10’’. 
d) 21s28’’. e) 21s32’’. 
RESOLUÇÃO: 
O tempo do recorde mundial é de: 
T = 21s + 0,30s – 0,02s 
T = 21s + 0,28s 
T = 21s28” 
Resposta: D 
Resolução 
1) Para o avião: 1,0 . 105 kg 
Temos dois algarismos significativos: 1 e 0; a potência de 10 não 
interfere na quantidade de algarismos significativos. 
2) Para o carro pequeno: 1000kg 
Os quatro algarismos são significativos. 
3) Para o lápis: 0,01kg 
Apenas o 1 é significativo; 0 à esquerda não é algarismo signifi - 
cativo. 
Resposta: A 
 A razão entre a massa do avião comercial grande e da mos ca é 
mais bem expressa por: 
a) 1,0 . 10–9 b) 1,0 . 109 c) 1,0 . 10–9 . kg 
d) 0,1 . 109 e) 0,1 . 1010 
Resolução 
MA = 1,0 . 105kg 
MM = 1,0 . 10–4kg 
= . ⇒ 
Observe que a razão não tem unidades e a opção e é falsa porque 
apresenta apenas 1 algarismo significativo. 
Resposta: B
8 Fundamentos da Cinemática I • Posição • Referencial 
Quando o auto mó vel é manobrado 
em uma gara gem, o seu tamanho 
é re le vante e ele é tratado como 
corpo extenso. 
Quando o automóvel está per - 
correndo uma estrada, o seu 
ta manho é irre le van te e ele é 
tratado co mo ponto material. 
Ponto material tem tamanho desprezível, porém 
sua massa não é des prezível. 
FÍSICA 85 
Operação de abastecimento de um caça em pleno voo. Embora os 
aviões estejam em movimento em relação à Terra, não há movimento 
relativo entre eles. 
1. O que é Mecânica? 
Mecânica é a ciência que estuda os movimentos. 
Por razões didáticas, a Mecânica costuma ser divi di - 
da em três capítulos: 
I. Cinemática 
II. Dinâmica 
III . Estática 
A Cinemática é a descrição geo métrica do movi - 
men to, por meio de fun ções mate má ticas, isto é, é o 
equa cio namento do movimento. 
Na Cinemática, usamos apenas os conceitos da 
Geo metria associados à ideia de tempo; as grandezas 
fun da mentais utilizadas são apenas o com primento (L) e 
o tempo (T). 
A Dinâmica investiga os fatores que produzem ou 
alteram os movimentos; traduz as leis que explicam os 
movi mentos. 
Na Dinâmica, utilizamos como grandezas funda - 
mentais o comprimento (L), o tempo (T) e a massa (M). 
A Estática é o estudo das condições de equilíbrio de 
um corpo. 
2. Ponto material ou partícula 
Ponto material (ou partícula) é um corpo de tama - 
nho desprezível em compa ração com as distâncias 
envolvidas no fenômeno estudado. 
Quando as dimensões do corpo são relevantes para 
o equacionamento de seu movimento, ele é chamado de 
corpo extenso. 
Exemplificando: 
(I) Um automóvel em uma viagem de São Paulo ao 
Rio de Janeiro (distância de 400km) é tratado como pon - 
to material, isto é, o seu tamanho não é importante no 
equacionamento de seu movimento. 
(II) Um automóvel fazendo manobras em uma gara - 
gem é tratado como corpo ex ten so. 
(III) Um atleta disputando a corrida de São Silvestre 
(extensão de 15km) é tra tado como ponto material. 
(IV) O planeta Terra em seu movimento de trans - 
lação em torno do Sol é tra tado como ponto material. 
(V) O planeta Terra em seu movimento de rotação é 
tratado como corpo extenso. 
Quando vamos calcular quanto tempo um trem gasta para ultrapassar 
o outro, os tamanhos dos trens são relevantes e eles são tratados 
como corpos extensos. 
Quando calculamos quanto tempo um trem gasta entre duas 
estações, o tamanho do trem é irrelevante e ele é tratado como ponto 
material. 
Quando se estuda a rotação de um corpo, suas 
dimensões não são despre zíveis; e o corpo é sempre 
tratado como corpo extenso. 
3. Posição de um ponto material 
A posição de um ponto material é definida pelas 
suas coordenadas cartesianas (x, y, z) (figura a seguir). 
O conjunto de eixos Ox, Oy e Oz, de mesma origem 
O e perpendiculares entre si, é chamado sistema 
cartesiano triortogonal.
Se o ponto ma terial estiver sempre no mesmo pla - 
no, sua posição pode ser de fi nida por apenas duas 
coordenadas car tesianas: x e y. 
Se o ponto material estiver sempre na mesma reta, 
sua posição pode ser definida por uma única coordenada 
cartesiana: x. 
4. Referencial ou 
sistema de referência 
O sistema cartesiano triortogonal deve ser fixado em 
um local, em relação ao qual pretendemos estudar a 
posição do ponto material. 
Esse local é chamado sistema de referência ou 
referencial. 
Quando o referencial for omitido, vamos assumi-lo 
como sendo a superfície terrestre. 
5. Repouso – Movimento 
Repouso e movimento são conceitos relativos, isto 
é, dependem do referencial adotado. 
Uma partícula está em repouso, para um dado re fe - 
ren cial, quando sua posição permanece invariável, isto é, 
as três coordenadas cartesianas (x, y e z) permane cem 
constantes no decurso do tempo. 
86 FÍSICA 
Uma partícula está em movimento, para um dado 
referencial, quando sua po sição varia no decurso do 
tempo, isto é, pelo menos uma das coordenadas carte - 
sianas está variando. 
Exemplos 
(I) Considere um carro em uma rua e um poste. O 
velocímetro do carro marca 100km/h. O motorista do 
carro está em repouso ou em movimento? A resposta 
correta é: depende do referencial. 
Se o referencial for a superfície terrestre, o poste 
está em repouso e o mo toris ta está em movimento a 
100km/h. 
Se o referencial for o carro, o motorista está em 
repou so e o poste está em mo vi mento a 100km/h. 
(II) Considere um avião em pleno voo e um passa - 
geiro dormindo em uma poltrona. 
Se o referencial for o avião, o passageiro está em 
repouso e se o referencial for a superfície terrestre, o 
passageiro está em movimento. 
A ideia de movimento está asso ciada à mudança de posição. Uma 
pessoa sen tada no banco de um ôni bus, que trafega em uma rodo via, 
está sem pre na mesma posição em rela ção ao ôni bus, isto é, está em 
repouso em relação ao ôni bus. Porém, esta pes soa está mudando de 
posição em relação à rodo via, isto é, está em movi mento em relação 
à rodo via. 
Não existe repouso absoluto nem movimento ab - 
so luto. 
 (UFRJ) – Heloísa, sentada na poltrona de um ônibus, afirma que o 
passageiro sentado à sua frente não se move, ou seja, está em re - 
pouso. Ao mesmo tempo, Abelardo, sentado à margem da rodovia, vê 
o ônibus passar e afirma que o referido passageiro está em movi - 
mento. 
De acordo com os conceitos de movimento e repouso usados em 
Mecânica, explique de que maneira devemos interpretar as afirma - 
ções de Heloísa e Abelardo para dizer que ambas estão corretas. 
Resolução 
Os conceitos de repouso e movimento são relativos, isto é, dependem 
do referencial adotado. Para o referencial fixo no ônibus (Heloísa), o 
passa geiro está em repouso. 
Para o referencial fixo na superfície terrestre (Abelardo), o passageiro 
está em movimento. 
 (GAVE-MODELO ENEM) – No Campeo nato da Europa de Atletis mo 
em 2006, na Alemanha, Francis Obikwelu, atleta de nacio nalidade portu - 
guesa, ganhou a medalha de ouro nas corridas de 100 e de 200 metros. 
As tabelas referem as marcas alcançadas, na prova final da corrida de 100 
metros, pelos atletas masculinos e femininos que ficaram nos quatro 
primeiros lugares. Numa corrida, consi dera-se tempo de reação o intervalo 
de tempo entre o tiro de partida e o mo mento em que o atleta sai dos 
blocos de partida. O tempo final inclui o tempo de reação e o tempo de 
corrida.
No Portal Objetivo 
FÍSICA 87 
100m MASCULINOS (PROVA FINAL) 
Considere as proposições a seguir: 
(I) Na prova de 100m masculinos, o atleta 
Francis Obikwelu partiu antes que os 
outros e por isso ganhou a corrida. 
(II) O tempo de corrida da atleta Irina 
Khabarova foi maior que da atleta 
Yekaterina Grigoryva. 
(III) O tempo médio de reação das mulheres é 
menor que o dos homens. 
(IV) O tempo médio de corrida dos homens é 
menor que o das mulheres. 
Somente está correto o que se afirma em: 
a) I e III b) I e IV c) II e III 
d) II e IV e) II, III e IV 
Resolução 
I. (F) O atleta Andrey teve o menor tempo 
de reação e, portanto, partiu antes dos 
outros. 
II. (V) O tempo de corrida é a diferença entre 
o tempo final e o tempo de reação: 
Para Irina: 
tC = 11,22s – 0,144s = 11,076s 
Para Yekaterina: 
tC = 11,22s – 0,150s = 11,070s 
III. (V) Os dados da tabela confirmam esta 
proposição. 
IV. (V) Como o tempo final dos homens é 
menor e o tempo de reação é maior, então 
o tempo médio de corrida é menor para os 
homens. 
Resposta: E 
 (MODELO ENEM) – Os conceitos de re - 
pou so e movi mento são relativos, pois depen - 
dem do referencial adotado. 
Dona Gertrudes, em seu carro novo, se projeta 
em cima de um poste a 100km/h. 
Tendo resistido ao evento, ela foi prestar 
depoimento na dele ga cia e afirmou que o 
poste estava com velocidade de 100km/h. Do 
ponto de vista exclusivamente da Física, pode - 
mos afirmar que 
a) o argumento de Gertrudes é absurdo 
b) para um referencial no solo terrestre, o 
poste tem veloci dade de 100km/h. 
c) para um referencial no carro, Gertrudes está 
com velocidade de 100km/h. 
d) para um referencial no carro, o poste está 
com velocidade de 100km/h. 
e) em relação a qualquer referencial, o poste 
está com velo cidade de 100km/h. 
Resolução 
Para um referencial no solo terrestre, o carro e 
dona Gertrudes estão em movimento com 
velocidade de 100km/h e o poste está em 
repouso. 
Para um referencial no carro, dona Gertrudes 
está em repouso e o poste está em movimento 
a 100km/h. 
Repouso e movimento são conceitos relativos 
que dependem do referencial adotado. 
Resposta: D 
100m FEMININOS (PROVA FINAL) 
Lugar Nome 
Tempo de 
reação 
(segundo) 
Tempo final 
(segundos) 
1.o Kim Gevaert 0,144 11,00 
2.o Yekaterina 
Grigoryva 
0,150 11,22 
3.o Irina 
Khabarova 
0,144 11,22 
4.o Joice 
Maduaka 
0,164 11,24 
Lugar Nome 
Tempo de 
reação 
(segundo) 
Tempo final 
(segundos) 
1.o Francis 
Obikwelu 
0,183 9,99 
2.o Andrey 
Yepishin 
0,148 10,10 
3.o Matic 
Osovnikar 
0,167 10,14 
4.o Ronald 
Pognon 
0,184 10,16 
 (MODELO ENEM) – Considere o seguinte texto, extraído 
de um Manual de Física: 
“O objetivo da .................................................... cir cuns creve-se, 
fundamentalmente, ao problema se guinte: partindo da 
posição presente do móvel, num dado referencial, determinar 
a sua posição futura no mesmo referencial; ou em outras 
palavras: dado o aqui e agora do móvel – posição e instante 
iniciais para um determinado observador –, prever o ali e 
depois do móvel em relação ao mesmo observador.” 
O espaço pontilhado no texto é mais bem pre en chi do pela pala - 
vra: 
a) Mecânica; b) Cinemática; c) Estática; 
d) Dinâmica; e) Hidrostática. 
Resposta: B 
Responda às questões de a de acordo com o seguinte 
código: 
a) O corpo em estudo é considerado um ponto mate rial. 
b) O corpo em estudo é considerado um corpo exten so. 
c) Não há dados suficientes para julgarmos se o corpo é ponto 
material ou corpo extenso. 
 Um atleta praticando judô. 
Resposta: B 
 Um atleta disputando a corrida de São Silvestre. 
Resposta: A 
 A Terra, em movimento de translação. 
Resposta: A 
 A Terra, em movimento de rotação. 
Resposta: B
Um carro, viajando de São Paulo para o Rio de Janeiro. 
Resposta: A 

 Um elefante. 
Resposta: C 
 Uma pulga. 
Resposta: C 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M108
9 Fundamentos da Cinemática II • Trajetória 
1. Trajetória 
Trajetória de um ponto material é o conjunto das 
posições ocupadas pelo ponto material no de cur so do 
tempo, isto é, é a união de todas as posições por onde o 
ponto material passou. 
P1 : posição no instante t1 
P2 : posição no instante t2 . . . . . 
. . . . . 
. . . . . 
Pn : posição no instante tn 
A linha geométrica P1, P2, …, Pn (união de todas as 
posições por onde o ponto material passou) é a 
trajetória do ponto material. 
Para uma trajetória plana, a equação da trajetória é a 
equação que relaciona as coordenadas cartesianas de 
posição x e y entre si. 
Se o ponto material estiver em repouso, ele ocupa 
uma única posição no espaço, e a sua trajetória se reduz 
a um ponto. 
Como a trajetória está ligada ao conceito de posição, 
concluímos que: 
Exemplificando 
Considere um avião voando em linha reta, paralela 
ao solo horizontal, com velocidade constante de valor 
500km/h, em um local onde o efeito do ar é despre zível. 
Num dado instante, o avião abandona uma bomba. 
Qual a trajetória descrita pela bomba? (veja a figura) 
A) Para um referencial ligado ao avião, a bomba terá 
apenas a queda vertical provocada pela ação da gravi dade 
e sua trajetória será um segmento de reta verti cal. 
B) Para um referencial ligado à superfície terrestre, 
a bomba terá dois movi mentos simultâneos: 
(1) movimento horizontal para frente com a mesma 
velocidade do avião (500km/h), mantido graças à 
propriedade chamada inércia; 
88 FÍSICA 
(2) movimento de queda vertical provocado pela 
ação da gravidade. 
A superposição destes dois movimentos origina 
uma traje tó ria parabólica. 
C) Para um referencial li gado à própria bomba, ela 
está em re pou so e sua tra jetória será um ponto. 
2. Equação da trajetória 
Consideremos uma partícula movendo-se ao longo 
de um plano. A posição da partícula é definida pelas 
suas coordenadas cartesianas x e y. 
A equação da trajetória relaciona as coordenadas 
cartesianas x e y entre si. 
Se conhecermos como x e y variam com o tempo t, 
para obter a equação da trajetória, basta eliminar a va - 
riável t. 
Exemplo 1 
x = 2,0t2 (SI) e y = 4,0t2 (SI) 
Dividindo-se membro a membro: 
(SI) 
y 4,0t2 
–– = ––––– = 2,0 ⇒ 
x 2,0t2 
y = 2,0x 
Como a relação y = f(x) é do 1.° grau, concluímos 
que a trajetória é retilínea. 
Exemplo 2 
x = 2,0t (SI) e y = 4,0t2 (SI) 
x 
Isolando-se o tempo na relação x = f(t), vem: t = ––– 
2,0 
Substituindo-se o valor de t na relação y = f(t), vem: 
x x2 
y = 4,0 –––2 
⇒ y = 4,0 –––– 
2,0 4,0 
(SI) 
y = 1,0x2 
Como a relação y = f(x) é do 2.° grau, concluímos que 
a trajetória é parabólica. 
Cada forma de trajetória: retilínea, parabólica, cir - 
cular, elíptica etc. é tradu zida por uma determinada 
equa ção da trajetória. 
A trajetória depende do referencial. 
• Equação da trajetória
t t0 
t t0 
t 
b) 
t t0 
t t0 
t 
d) 
t t0 
t 
FÍSICA 89 
 Um projétil foi lançado obliquamente a 
partir do solo terrestre. Seu movimento é 
descrito por suas coordenadas cartesianas de 
posição x (horizontal) e y (vertical), que variam 
com o tempo conforme as relações: 
x = 20,0 t (SI) 
y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) 
Determine 
a) o instante T (tempo de voo) em que o 
projétil chega ao solo (y = 0). 
b) o valor da distância D (alcance do projétil) 
indicada no grá fico. 
c) o instante em que o projétil atinge sua 
altura máxima, sa bendo-se que o tempo de 
subida é igual ao tempo de queda. 
d) o valor da altura máxima H atingida pelo 
projétil. 
e) a equação da trajetória do projétil: y = f(x). 
Resolução 
a) Para obtermos o tempo de voo, basta 
procurar o ins tante T em que a coordenada 
vertical y, que representa a altura do projétil, 
se anula: 
y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) 
20,0 T – 5,0 T2 = 0 
5,0 T (4,0 – T) = 0 
Soluções da equação do 2.° grau: 
T = 0 (instante de lançamento) 
(tempo de voo pedido) 
b) O alcance D indicado no gráfico representa 
o valor da coor denada x quan do o projétil 
vol ta ao solo, isto é, o valor de x quando 
t = T = 4,0s. 
x = 20,0 t (SI) 
D = 20,0 . 4,0 (m) ⇒ 
D = 80,0m 
c) O tempo de voo T é a soma do tempo de 
subida TS com o tempo de queda TQ. 
De acordo com o enunciado, TS = TQ. 
Portanto: T = TS + TQ = 2TS 
TS= = ⇒ 
d) O valor da altura máxima H é o valor da 
coordenada vertical y quando t = TS = 2,0s. 
y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) 
H = 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) 
H = 40,0 – 20,0 (m) 
e) Para obter a equação da trajetória, devemos 
eliminar a variá vel tempo t nas relações: 
x = f(t) e y = f(t). 
x = 20,0 t (SI) (1) 
y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) (2) 
Em (1): t = 
Em (2): y = x – 5,0 
y = x – 5,0 
(SI) 
x 2 –––– 20,0 
x2 
–––– 
400 
Como a função y = f(x), que traduz a trajetória, 
é do 2.° grau, con cluí mos que a trajetória é 
parabólica. 
Observe que, na equação da trajetória, se 
fizermos x = D = 80,0m, resultará y = 0. 
De fato: 
y = 80,0 – = 80,0 – 80,0 = 0 
Observe ainda que, se fizermos 
x = = 40,0m, resultará y = H = 20,0m. 
De fato: 
(40,0)2 
–––––– 
80,0 
y = 40,0 – (m) 
y = 40,0 – (m) 
y = 40,0 – 20,0 (m) ⇒ 
 (UFABC-MODELO ENEM) – Era 6 de agos - 
to de 1945, 8h15min da manhã, no Japão, quan - 
do o Enola Gay, um bombardeiro B-29 nor - 
teamericano, lançou, contra a cidade de Hiro - 
xima, o primeiro ataque atômico da história da 
humanidade, despejando sobre a cidade uma 
bomba atômica de 4500kg. A cidade foi arrasada, 
e 70 mil pessoas morre ram nos primeiros se gun - 
dos após a explosão. Até hoje, o nú mero de 
mortos decorrentes dessa operação está sendo 
conta bilizado, e já ultrapassou 250 mil. Lan çada a 
bomba, a tripu lação do B-29 assume tática evasi - 
va, que permite seu retorno à base. 
Supondo-se que a tripulação não realizasse a 
manobra evasiva e man tivesse o voo em 
trajetória reta e hori zontal com velocidade 
constante e, levando-se em conta a resistência 
do ar sobre o artefato nuclear, bem como o fato 
de que essa bomba não possuía sistema próprio 
de propulsão, a situação que melhor descreve a 
trajetória da bomba entre os instantes t0 
(lançamento) e t (mo mento da explosão) é: 
a) 
t 
t 
c) 
e) 
Resolução 
Levando-se em conta a resistência do ar, a 
velocidade ho ri zon tal da bomba vai diminuir e 
vai ficar menor que a velocidade horizontal do 
avião. Isto significa que, em relação ao avião, a 
bomba cai verticalmente e desloca-se para trás 
em uma traje tória curva que não é uma 
parábola. 
Resposta: C 
 (MODELO ENEM) – Se o efeito do ar 
fosse desprezível, a trajetória da bomba seria 
descrita por qual opção? 
Resolução 
Se o efeito do ar fosse desprezível, a bomba 
conservaria uma velocidade horizontal igual à 
do avião, isto é, o avião e a bomba estariam 
sempre na mesma vertical. 
Em relação ao solo terrestre, a trajetória da 
bomba seria para bó lica e, em relação a piloto, a 
trajetória seria vertical. 
Resposta: B 
y = H = 20,0m 
1600 
––––– 
80,0 
D 
––– 
2 
(80,0)2 
–––––– 
80,0 
x2 
y = x – ––––– 
80,0 
x 
–––– 
20,0 
H = 20,0m 
T 
–– 
2 
4,0s 
––––– 
2 
TS = 2,0s 
T = 4,0s
Considere um carro e um helicóptero. O carro movi menta-se 
em uma estrada reta horizontal com velocidade constante 
de valor 100km/h. O heli cóptero, voando sempre à mesma 
altura, acompa nha o movimento do carro, exatamente na mes - 
ma vertical, com a mesma velocidade horizontal de valor 
100km/h. 
Num dado instante, o motorista do carro aponta um revólver 
para o helicóptero, e dispara verticalmente. 
Admita que o ar não afeta o movimento do projétil. 
Qual a trajetória do projétil 
a) para um observador no carro? 
b) para um observador no helicóptero? 
c) para um observador fixo na superfície terrestre? 
RESOLUÇÃO: 
a) Segmento de reta vertical ao solo; 
b) Segmento de reta vertical ao solo; 
c) Arco de parábola. 
 A lei de movimento de uma partícula, relativamente a um 
referencial cartesiano, é dada pelas equações x = 1,0t e 
y = 2,0t2 + 1,0 em unidades do SI. 
A trajetória da partícula é uma 
a) circunferência; b) elipse; c) hipérbole; 
d) parábola; e) reta. 
RESOLUÇÃO: 
t = 
y = 2,0  2 
+ 1,0 
y = 2,0x2 + 1,0 (parábola) 
Resposta: D 
 Uma partícula está em movimento em um plano de modo 
que suas coordenadas cartesianas de posição x e y variam com 
o tempo t, segundo as relações: 
x = 2,0t2 (SI) y = 8,0t2 (SI) 
a) Obter a equação da trajetória y = f(x); 
b) Especificar, justificando, qual a forma da trajetória. 
RESOLUÇÃO: 
a) t2 = 
x 
––– 
2,0 
x 
––– 
2,0 
y = 8,0 . ⇒ y = 4,0x 
b) A função que relaciona as coordenadas cartesianas é do 1.o 
grau, logo, a trajetória é retilínea. 
 (MODELO ENEM) – Um jovem, em um carro conversível, 
se movimenta em linha reta em um plano horizontal com 
velocidade constante. 
Num dado instante, o jovem lança verticalmente para cima 
uma bola. Despreze o efeito do ar. 
Assinale a opção que representa corretamente a trajetória des - 
cri ta pela bola para um referencial no carro (R1) e para um refe - 
rencial no solo terrestre (R2). 
x 
––– 
1,0 
x 
––– 
1,0 
90 FÍSICA
RESOLUÇÃO: 
A trajetória depende do referencial adotado. Em relação ao carro 
(R1), a trajetória é um segmento de reta vertical. 
Em relação ao solo terrestre (R2), a trajetória é um arco de 
parábola. 
Resposta: C 
No Portal Objetivo 
10 Fundamentos da Cinemática III • Espaço • Equação horária 
FÍSICA 91 
1. Espaço 
Considere uma trajetória orientada e um ponto O 
escolhido arbitrariamente como referência (vide figura). 
Seja A a posição do ponto material em um instante t. 
O espaço (s) indica ape nas onde está o móvel na tra - 
je tória, isto é, o espaço é um indicador da posição do 
móvel. 
O espaço não indica a distância que o móvel percor - 
reu, mas apenas o local onde ele se encontra. 
O espaço pode ser positivo (ponto A), negativo 
(ponto B) ou nulo (ponto O). 
O ponto de referência (O) é denominado origem dos 
espaços. 
Dizer que o espaço (s) é nulo, num dado instante, 
significa apenas que, naquele instante, o móvel está 
posicionado na origem dos espaços. 
Exemplifiquemos 
Consideremos um carro em movimento de São 
Paulo para Campinas. 
Admitamos que a distância entre São Paulo e Jundiaí 
seja 60km e de Jundiaí a Campinas, 30km, medidas ao 
longo da estrada. 
Tomemos Jundiaí como sendo a origem dos 
espaços e orientemos a trajetória de São Paulo para 
Campinas. 
Quando o carro parte de São Paulo, o seu espaço 
vale – 60km; ao passar por Jundiaí, o espaço vale zero e, 
ao chegar a Campinas, o espaço vale + 30km. 
Se tomássemos São Paulo como origem (marco ze - 
ro da estrada), o valor do espaço se ria dado pela “quilo - 
metragem” marcada à beira da estrada. 
Assim, por exemplo, quando o carro passa pelo 
“km 20”, significa que o espaço vale 20km, isto é, o 
carro está a 20km da origem dos espaços (a 20km de 
São Paulo). 
Se adotarmos Campinas como origem dos es paços, 
quan do o carro partir de São Paulo, ele terá um espaço 
inicial igual a – 90km (s0 = –90km); ao passar por Jun - 
diaí, o seu espaço valerá –30km (sJ = –30km) e, ao che - 
gar a Campinas, o seu espaço valerá zero. 
2. Variação de 
espaço e distância percorrida 
O espaço (s) é um indicador da posição (local) do 
móvel em cada instante (t). 
A variação de espaço ou deslocamento escalar 
indicado por Δs é a dife rença entre o espaço final (s2) e 
o espaço inicial (s1) num dado intervalo de tempo. 
Define-se espaço (s), no instante t, como sen do a 
medida algé brica (leva em conta o sinal) do arco de 
traje tória OA. 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M109
Δs = s2 – s1 
A distância per corrida (d) so men te coincidirá com o 
valor absoluto de Δs quando o mó vel ca minhar sem pre 
no mesmo sen ti do, is to é, quando não hou ver inver são 
no sen tido do movi mento. 
Exemplificando 
Consideremos um móvel descrevendo a trajetória 
retilínea indicada a seguir. 
O móvel passa por A no instante t0 = 0, passa por B 
no instante t1, para no pon to C no ins tante t2, inverte o 
sentido de seu movi mento e chega a B no instante t3. 
A variação de espaço (Δs), entre os instan tes t0 e t3, 
é dada por: 
Δs = 3m 
Δs = sB – sA = 5m – 2m ⇒ 
A distância percorrida, entre os instantes t0 e t3, é 
dada por: 
d = AC + CB = 5m + 2m ⇒ 
3. Função 
horária do espaço: s = f(t) 
d = 7m 
Quando um ponto material está em repouso, o seu 
espaço permanece cons tante, podendo ser igual a zero 
(parado na origem dos espaços) ou diferente de zero 
(parado fora da origem dos espaços). 
Quando um ponto material está em movimento, o 
seu espaço (s) varia com o tempo (t). 
A função horária do espaço é também chamada de 
equação horária do movimento. Esta denominação é 
equivocada, pois, na realidade, trata-se de uma função e 
não de uma equação. 
Quando a equação horária é do 1.° grau, temos o 
movimento chamado uniforme. 
Quando a equação horária é do 2.° grau, temos o 
movimento chamado unifor me mente variado. 
92 FÍSICA 
Exemplos 
Movimentos uniformes 
(1) s = 2,0 + 5,0 t (SI) 
(2) s = 4,0t (SI) 
Movimentos uniformemente variados 
(3) s = –3,0 + 8,0t – 5,0t2 (SI) 
(4) s = 4,0 + 2,0t2 (SI) 
(SI) significa Sistema Internacional de Unidades; o 
tempo (t) é medido em segundos e o espaço (s) é 
medido em metros. 
4. Espaço inicial (s0) 
Denomina-se origem dos tempos, instante inicial ou 
instante de referência o instante t = 0. 
Na origem dos tempos, o móvel ocupa uma posi - 
ção (P0) que é definida por um espaço (s0) deno - 
minado espaço inicial. 
Observe que o espaço inicial (s0) indica apenas onde 
está o móvel no instante t = 0. 
Nas equações de (1) a (4), citadas no item 3, o 
espaço inicial vale, respecti va mente: 
(1) s0 = 2,0m; (2) s0 = 0; 
(3) s0 = –3,0m; (4) s0 = 4,0m. 
Um instante t positivo significa posterior à origem 
dos tempos e um instante t negativo significa 
anterior à origem dos tempos. 
Não se pode confundir a origem dos tempos (instan te 
t = 0) com a origem dos espaços (posição em que s = 0). 
Quando o espaço inicial é nulo (s0 = 0), então, na 
origem dos tempos (t = 0), o móvel está posicionado na 
origem dos espaços (s = 0). 
A função que relaciona o espaço (s) com o tempo 
(t) é denominada função horária do espaço. 
O espaço (s) é um 
indicador da posi - 
ção do mó vel ao 
longo da tra jetória. 
Em uma estra da, o 
mar co “ze ro” cor - 
res pon de à ori gem 
dos es pa ços e a 
q u i l o me t r a gem 
mar ca da à beira da 
es tra da in dica o va - 
lor do espaço. 
? Saiba mais 
Quando um guar da rodoviário descreve em seu re - 
la tório que um aci dente ocorreu no km 70 da 
rodovia, ele está indicando ape nas o “local”, isto é, 
a posição onde acon teceu o acidente. Isto não 
significa que o carro percorreu 70km, mas apenas 
que, no momento do acidente, ele estava posi - 
cionado a 70km do marco zero da rodovia.
s1 = 100km 
s2 = 62,5km 
No Portal Objetivo 
FÍSICA 93 
 Um carro tem equação horária dos espa - 
ços dada por: 
s = 20,0t (SI), válida para t ≥ 0 
Responda aos quesitos a seguir: 
a) Construa o gráfico espaço x tempo. 
b) Qual a trajetória descrita pelo móvel? 
c) Qual a posição do móvel na origem dos 
tempos (t = 0)? 
d) Se a trajetória for uma circunferência de 
comprimento c = 200m, em que instantes o 
móvel passará pela origem dos espaços? 
Resolução 
a) 
b) A trajetória não está determinada; a 
equação horária não tem nada que ver com 
a trajetória. 
c) t = 0 ⇒ s = 0: o carro está na origem dos 
espaços. 
d) Toda vez que o espaço for múltiplo de c 
s = 0 …… t0 = 0 
s = c = 200m ........... t1 = 10,0s (1 volta) 
s = 2c = 400m ......... t2 = 20,0s (2 voltas) 
... 
s = nc = n . 400m ..... tn = n . 10,0s (n voltas) 
(MODELO ENEM) – Texto para as questões 
de a . 
O esquema a seguir representa o perfil de uma 
estrada, que vai ser percorrida por um carro. 
O ponto A corresponde ao marco zero da es - 
trada e é adotado como origem dos espaços. A 
convenção de sinais para a medi da do espa ço é 
indicada no desenho (de A para F). A me dida dos 
arcos entre os pontos sucessivos é sempre de 
50km (AB = BC = CD = DE = EF = 50km). 
No instante t = 0, denominado origem dos 
tempos, o carro inicia seu movimento, 
obedecendo à seguinte lei horária: 
(t em h; s em km) 
s = 50 + 50t2 
Depois de uma hora de viagem, o movimento 
do carro passou a obedecer à seguinte lei 
horária: 
(t ≥ 1,0h) 
(t em h; s em km) 
Nota: o tempo t é medido desde a partida do 
carro. 
 O ponto de partida do carro é o ponto: 
a) A b) B c) C 
d) D e) E 
Resolução 
Como a partida se dá no instante t = 0, temos: 
s0 = 50 + 50 . 02 (km) ⇒ 
Esta posição corresponde, na figura, ao ponto 
B. 
Resposta: B 
 O carro mudou o tipo de movimento (a lei 
horária) no ponto: 
a) A b) B c) C 
d) D e) E 
Resolução 
Como a mudança do tipo de movimento se dá 
no instante t = 1,0h, temos: 
s1 = 50 + 50 . (1,0)2 (km) ⇒ 
Esta posição corresponde, na figura, ao ponto 
C. 
Resposta: C 
 Após meia hora do início da viagem, o 
carro se encontra em uma posição na estrada 
entre 
a) o quilômetro 12 e o quilômetro 13. 
b) o quilômetro 50 e o quilômetro 60. 
c) o quilômetro 62 e o quilômetro 63. 
d) o quilômetro 0 e o quilômetro 1. 
e) o quilômetro 30 e o quilômetro 31. 
Resolução 
Para t = 0,5h, ainda é válida a primeira função 
horária. Assim: 
s2 = 50 + 50 . (0,5)2 (km) ⇒ 
Resposta: C 
 O carro passa pelo ponto E da estrada após 
um tempo de viagem de: 
a) 1,0h b) 2,0h c) 3,0h 
d) 4,0h e) 5,0h 
Resolução 
O ponto E da estrada está numa posição tal 
que é válida a segunda função horária (ela é 
válida a partir do ponto C). Como o arco AE 
mede 200km, temos: 
200 = 100tE ⇒ 
Resposta: B 
tE = 2,0h 
s0 = 50km 
s = 100t 
 Podemos definir o espaço como sendo a distância do mó - 
vel até a origem dos espaços? Justifique. 
RESOLUÇÃO: 
O espaço é medido ao longo da trajetória: é o comprimento do 
arco de trajetória entre a origem e a posição do móvel, associado 
a um sinal. 
Distância é definida, em Matemática, sempre em linha reta. 
Se a trajetória for retilínea, então a distância entre o móvel e a 
origem dos espaços coincidirá com o valor absoluto do espaço. Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M110
Complete as lacunas: 
I) Se um corpo está em repouso, o seu espaço é 
______________ e sua velocidade é ______________. 
II) Se um corpo está em movimento, o seu espaço é 
______________ e sua velocidade é ______________ . 
III) Para um corpo em movimento, a relação entre o espaço (s) 
e o tempo (t) é chamada ________________ . 
RESOLUÇÃO: 
(I) cons tante; nula (II) variável; diferente de zero 
(III) função horária dos espaços (eq. horária) 
 Um carro desenvolve, em uma trajetória reta, um mo vi - 
mento descrito pela seguinte função horária do espaço: 
s = 200 – 50t (para s em km e t em h) 
O ponto “0” representa a origem dos espaços. 
a) Qual a posição do carro no instante t = 1,0h? 
b) Em que instante o carro passa pela origem dos espa ços? 
RESOLUÇÃO: 
a) Para t = 1,0h, da função horária dos espaços, obtemos: 
s = 200 – 50 . (1,0) (km) ⇒ s = 150km (Ponto Q) 
b) Quando o carro passar pela origem dos espaços, teremos s = 0 
Substituindo-se na função horária, teremos 
0 = 200 – 50 t ⇒ t = 4,0h 
 (MODELO ENEM) – Participar de uma maratona, corrida 
de longa dis tância, é uma ativi dade que não está ao alcance de 
qual quer pessoa, mesmo sendo um atleta treinado. 
A Folha de São Paulo publicou um texto sobre o as sunto, que 
está parcialmente reproduzido a seguir. 
94 FÍSICA 
Com base no exposto no texto e usando seus conhe cimentos, 
analise as proposições a seguir: 
(I) O atleta deve ingerir muito líquido e carboi dra tos (bana - 
nas, batatas ou barras de cereais) durante a prova para 
evitar hipoglicemia e desidratação. 
(II) Um atleta amador com massa de 70kg pode perder 3,5kg 
ao disputar uma maratona. 
(III) Os diabéticos não podem participar de corridas de longo al - 
cance em virtude de seu baixo teor de açúcar no san gue. 
(IV) Um atleta amador com 1,80m de altura pode perder 9cm 
de altura ao disputar uma maratona. 
Estão corretas apenas as proposições: 
a) III e IV b) II e III c) I e III 
d) I, II e III e) I e II 
RESOLUÇÃO: 
(I) C 
(II) C: 3,5kg correspondem a 5% de 70kg. 
(III) F: os diabéticos têm alto teor de açúcar no sangue. 
(IV) F: a perda de altura não foi quan tificada no texto e certa - 
mente não corresponde a 5% da altura total. 
Resposta: E
11 e 12 Velocidade escalar média • Velocidade média 
cm 
• Relação entre unidades 
u(V) = —–– = cm . s–1 
s 
km 
u (V) = —– = km . h–1 
h 
km 1000m 1 m 
1 —– = ––––––– = ––– ––– 
h 3600s 3,6 s 
FÍSICA 95 
1. Definição 
P1 = posição no instante t1, defini da pe lo espaço 
s1. 
P2 = posição no instante t2, definida pe lo espaço 
s2. 
Δs = s2 – s1 = variação de espaço. 
Δt = t2 – t1 = intervalo de tempo. 
Define-se veloci da de escalar média (Vm), entre os 
ins tantes t1 e t2 (ou entre as posições P1 e P2), pela re la - 
ção: 
Notas 
(1) se o móvel avançar e, em seguida, recuar, vol - 
tando ao ponto de partida, se guindo a mesma trajetória, 
então Δs = 0 e Vm = 0. 
(2) a velocidade escalar média traduz a velocidade 
escalar constante que o móvel deveria ter para partir da 
mesma posição inicial e chegar à mesma posição final, 
no mesmo intervalo de tempo Δt, seguindo a mesma 
trajetória. 
2. Unidades de velocidade 
Representemos por: u(L) = unidade de comprimento 
u(T) = unidade de tempo 
a) No Sistema Internacional, temos: 
u(L) = metro (m) 
u(T) = segundo (s) 
b) No Sistema CGS (centímetro-grama-se gundo), te - 
mos: 
u(L) = centímetro (cm) 
u(T) = segundo (s) 
c) Unidade prática: 
u(L) = quilômetro (km) 
u(T) = hora (h) 
d) Relações: 
1m 102cm 
—– = ––––––– 
s s 
m 
u (V) = —– = m . s–1 
s 
Δs s2 – s1 Vm = –––– = ––––––– 
Δt t2 – t1 
Se o carro per cor reu 
400km em 4,0h, sua 
ve loci da de escalar 
mé dia foi de 100km/h. 
Porém, durante a via - 
gem, a veloci da de do 
carro não per maneceu 
cons tan te: há tre chos 
em que a veloci da de 
dimi nui ou, até mes - 
mo, situa ções em que 
o carro para. 
Quando dizemos que 
a velocidade es calar 
média foi de 100km/h, 
? Saiba mais 
isto signi fi ca que, se o carro pudesse reali zar a viagem 
com ve lo cidade escalar cons tan te, o seu valor de ve ria 
ser de 100km/h para percorrer a dis tân cia de 400km no 
intervalo de tempo de 4,0h. 
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M111
(MODELO ENEM) – Uma família viaja 
de carro com velo cidade esca lar cons tante 
de 100km/h, durante 2,0h. Após parar em 
um posto de gasolina por 30 min, continua 
sua viagem por mais 1h 30 min com 
velocidade escalar constante de 80km/h. 
A velocidade escalar média do carro 
durante toda a viagem foi de: 
a) 80km/h b) 100km/h 
c) 120km/h d) 140km/h 
e) 150km/h 
Resolução 
t = 1,5h V = 100km/h 2 1 
Δs1 = V1 Δt1 = 100 . 2,0 (km) = 200km 
Δs2 = V2 Δt2 = 80 . 1,5 (km) = 120km 
Posição A B C D E 
Tempo 0 1,0h 3,0h 5,0h 6,0h 
96 FÍSICA 
Δs = Δs1 + Δs2 = 320km 
Δt = Δt1 + ΔtP + Δt2 = 4,0h 
Resposta: A 
 (ENEM) – As cidades de Quito e 
Cingapura encontram-se pró ximas à linha 
do Equador e em pontos diametralmente 
opostos no globo terrestre. Considerando-se 
o raio da Terra igual a 6400 km, pode-se 
afirmar que um avião saindo de Quito, 
voando em média 800 km/h, chega a 
Cingapura em aproxi ma damente 
a) 16 horas. b) 20 horas. 
c) 24 horas. d) 32 horas. 
e) 36 horas. 
Note e adote 
1) O comprimento C de uma 
circunferência de raio R é dado por: 
Resolução 
A distância percorrida entre dois pontos 
da linha do Equador, dia metral men te 
opostos, corres ponde à metade da cir cun - 
ferência ter res tre: 
Δs = = 3 . 6400km = 19 200km 
Sendo Vm= , vem: 
Δs 
–––– 
Vm 
Δt = = (h) ⇒ 
Resposta: C 
19200 
–––––– 
800 
Δt = 24h 
Δs 
–––– 
Δt 
2πR 
–––– 
2 
C = 2πR 
2) Adote π = 3 
Δs 320km 
Vm = ––– = ––––––– = 80km/h 
Δt 4,0h 
A 
t = 2,0h 1 
V = 80km/h 2 
t = 0,5h P 
B 
C 
 Um ponto material percorre a trajetória representada a 
seguir, na qual AB = BC = CD = DE = 10km. 
A posição do ponto material varia com o tempo, de acordo com 
a tabela: 
Determine a velocidade escalar média do móvel entre as 
posições B e D. 
RESOLUÇÃO: 
Vm= = ⇒ Vm = 5,0km/h 
 Um carrinho de autorama passa pelo ponto A da pista no 
instante t1 = 3,0s, vai até B, onde permanece parado 5,0s. Em 
seguida, vai até o ponto C, aí che gan do no instante t2 = 13,0s. 
Admitindo-se que o carrinho seja um ponto material, determine 
sua velocidade escalar média no percurso AC. 
RESOLUÇÃO: 
VAC= = 
Δs 
––– 
Δt 
VAC = 0,60m/s 
6,0(m) 
–––––––– 
10,0(s) 
20 (km) 
–––––––– 
4,0 (h) 
Δs 
––– 
Δt 
Exercícios Resolvidos – Módulo 11 
Exercícios Propostos – Módulo 11
FÍSICA 97 
 Na trajetória escalonada da figura abaixo, o carrinho que a 
percorre pode ser considerado um ponto mate rial. 
O carrinho parte do ponto A no instante t0 = 0, vai até o ponto 
C e retorna ao ponto B, onde chega no instante t1 = 3,0s. 
Calcule 
a) a distância percorrida pelo carrinho, entre os ins tan tes t0 e 
t1. 
b) a velocidade escalar média entre os instantes t0 e t1. 
RESOLUÇÃO: 
a) d = |ΔsAC| + |ΔsCB| 
d = 5,0 + 2,0 (m) ⇒ d = 7,0m 
b) Vm= = ⇒ Vm = 1,0m/s 
 (MODELO ENEM) – Num campeonato mundial de atletis - 
mo, realizado em Tó quio, os atletas Leroy Burrel e Carl Lewis ga - 
nha ram as me dalhas de ouro e prata na corrida de 100m rasos. 
Os desempenhos dos atletas a cada intervalo de 10m estão 
descritos na tabela a seguir. 
Assinale a proposição correta. 
a) Burrel ganhou a medalha de ouro. 
b) Os atletas tiveram velocidade escalar constante em todo o 
percurso. 
c) Lewis ultrapassou Burrel após a marca de 80m. 
d) Para os dois atletas, a velocidade escalar média nos últimos 
50m é menor do que nos primeiros 50m. 
e) A velocidade escalar média de Lewis, nos 100m, foi menor 
que a de Burrel. 
Distância em 
metros 
RESOLUÇÃO: 
a) Falsa: Lewis venceu porque com ple tou os 100m em um tempo 
menor. 
b) Falsa: Os intervalos de tempo para per correr a mesma distância 
são dife rentes. 
c) Correta: Até 80m, o tempo gasto por Burrel era menor e, 
portanto, ele es tava à frente. 
d) Falsa: Os últimos 50m foram percor ridos em um intervalo de 
tempo menor. 
e) Falsa: Lewis gastou menos tempo e, portanto, tem velocidade 
escalar média maior. 
Resposta: C 
Tempo em segundos 
Lewis Burrel 
10 1,88 1,83 
20 2,96 2,89 
30 3,88 3,79 
40 4,77 4,68 
50 5,61 5,55 
60 6,46 6,41 
70 7,30 7,28 
80 8,13 8,12 
90 9,00 9,01 
100 9,86 9,88 
m (–––) s 
4,0 – 1,0 
–––––––– 
3,0 
Δs 
––– 
Δt 
 (VUNESP-MODELO ENEM) – O crescen - 
te aumento do nú me ro de veículos automo - 
tores e o consequente aumento de en gar - 
rafamentos têm levado a Prefeitura do Mu - 
nicípio de São Paulo a um monitoramento 
intensivo das condições de circu la ção nas vias 
da cidade. Em uma sondagem, um funcionário 
da companhia de trânsito deslocou seu veículo, 
constatando que 
• permaneceu parado, durante 30 minutos; 
• movimentou-se com velocidade de 
módulo 20km/h, du rante 12 minutos; 
• movimentou-se com velocidade de 
módulo 45km/h, du rante 6 minutos. 
Da análise de seus movimentos, pôde-se 
constatar que, para o deslocamento realizado, a 
velocidade escalar média desen vol vida foi, em 
km/h, 
a) de 10,6 b) de 12,0 c) de 13,5 
d) de 15,0 e) de 17,5 
Resolução 
1) Δs = V . Δt 
Δs1 = 20 . (km) = 4,0km 
Δs2 = 45 . (km) = 4,5km 
Δs = Δs1 + Δs2 = 8,5km 
Δt = Δt1 + Δt2 + ΔtP = 48 min = h = 0,8h 
2) Vm= = ≅ 10,6 
Resposta: A 
 (MODELO ENEM) – Durante a fase de 
treinos e testes de fórmula 1, foi feito um estu - 
do do desempenho médio D de um combustível 
(medido em km rodados para cada litro do 
combustível) em função da velocidade escalar 
média Vm para um novo modelo de carro. 
O gráfico de D em função de Vm é apresentado 
a seguir. 
A pista de provas tem um comprimento total 
de 24,0km e formato circular. 
Considere as proposições a seguir: 
I) Se a velocidade escalar média for de 96km/h, 
o carro consu mirá 4,0 litros de combustível 
para dar uma volta completa na pista. 
II) Nas condições de desempenho máximo, o 
carro con sumirá 3,0 li tros de combustível 
para dar uma volta com pleta na pista. 
III) Nas condições de desempenho máximo, o 
carro levará 6,0 min para dar uma volta 
completa na pista. 
IV) Se o carro estiver com velocidade escalar 
média de 300km/h para realizar 10 voltas na 
pista, o consumo de combustível será de 
480 litros. 
Somente está correto o que se afirma em: 
a) I b) I e II c) I, II e III 
d) IV e) III e IV 
Resolução 
I. (V) Para Vm = 96km/h, o desempenho D é 
de 6,0km/ 
km 
––– 
h 
8,5km 
––––––– 
0,8 h 
Δs 
––– 
Δt 
48 
––– 
60 
6 
––– 
60 
12 
––– 
60 
Exercícios Resolvidos – Módulo 12
Exercícios Propostos – Módulo 12 
V = 4,0 
 (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – 
Oscar, de 2,05m de altura, e seu amigo João, de ape nas 
1,60m, partem juntos para uma caminhada de 5,0km ao longo 
de uma pista de preparação física. Com passadas que medem 
o dobro das de João, Oscar caminhou os primei ros 2,0km, 
tendo sempre ao seu lado seu companheiro João, quando teve 
de parar por um momento, mas pediu que João seguisse em 
frente. João manteve o seu ritmo e depois de certo tempo 
Oscar o alcança, completando a caminhada lado a lado. 
Podemos afirmar que 
a) nos primeiros 2,0km, a velocidade de Oscar é o do bro da de 
João. 
b) nos primeiros 2,0km, a velocidade de João foi o dobro da de 
Oscar. 
c) ambos completaram a caminhada de 5,0km com a mesma 
velocidade escalar média. 
d) ao longo dos 5,0km, a velocidade escalar média de Oscar foi 
maior que a de João. 
e) como as passadas de Oscar medem o dobro das de João, a 
velocidade de Oscar sempre foi maior que a de João. 
RESOLUÇÃO: 
Ambos percorreram a mesma distância no mesmo intervalo de 
tempo, portanto 
Resposta: C 
 Em uma corrida de 800m, um atleta fez um tempo de 1 mi - 
nuto e 40 segundos. Sabendo-se que a extensão do passo do 
atleta é de 80cm, pedem-se: 
a) a velocidade escalar média do atleta nesta corrida, em km/h. 
b) o número de passos que o atleta deu durante a cor rida. 
RESOLUÇÃO: 
Δs 
––– 
Δt 
800 (m) 
––––––––– 
100 (s) 
a) Vm= = ⇒ Vm = 8,00m/s ou Vm = 28,8km/h 
b) 800m –––––––– x 
0,80m –––––––– 1 passo 
98 FÍSICA 
 (FUVEST) – Um ônibus sai de São Paulo às 8 horas e che - 
ga a Jaboticabal, que dista 350km da capital, às 11h e 30min. 
No trecho de Jundiaí a Campinas, de apro xima damente 45km, 
a sua velocidade escalar foi cons tante e igual a 90km/h. 
a) Qual a velocidade escalar média, em km/h, no trajeto São 
Paulo-Jaboticabal? 
b) Em quanto tempo o ônibus cumpre o trecho Jundiaí- 
Campinas? 
RESOLUÇÃO: 
a) Vm= = ⇒ Vm = 100km/h 
b) Δt = ⇒ Δt = (h) ⇒ Δt = 0,50h 
 Um automóvel viaja a uma velocidade escalar média de 
50km/h durante 10min e a 80km/h durante os 20min seguin - 
tes. Qual é a velocidade escalar média no intervalo de 30min? 
RESOLUÇÃO: 
Vm = V1 Δt1 + V2 Δt2 –––––––––––––––– 
⇒ Vm= (km/h) 
Δt1 + Δt2 
Vm = 70km/h 
50 . 10 + 80 . 20 
–––––––––––––––– 
10 + 20 
Δs 
––– 
V 
45 
–––– 
90 
Δs 
––– 
Δt 
350 (km) 
––––––––– 
3,5(h) 
x = 1,0 . 103 passos 
VMJoão 
= VMOscar 
6,0km –––––––––– 1 
24,0km –––––––––– V 
II. (V) Para o desempenho máximo 
D = 8,0km/, temos: 
8,0km –––––––––– 1 
24,0km –––––––––– V 
III. (V) Para o desempenho máximo 
D = 8,0km/, a velocidade escalar 
média vale 240km/h. 
Vm = ⇒ 240 = 
Δt = 0,1h = 6,0min 
IV. (F) Para Vm = 300km/h, temos D = 2,0km/ 
2,0km –––––––––– 1 
240km –––––––––– V 
V = 3,0 Resposta: C 
V = 120 
24,0 
––––– 
Δt 
Δs 
––– 
Δt
13 e 14 Velocidade escalar instantânea • Velocidade • Derivação 
FÍSICA 99 
1. Definição 
A velocidade escalar instantânea traduz a rapidez de 
movimento, isto é, a rapidez com que a posição (espaço) 
varia no decurso do tempo. 
Uma grande velocidade significa movimento rápido; 
pequena velocidade significa movimento lento e veloci - 
dade nula significa que não há movimento. 
Admitamos que se pre - 
tenda calcular a velocidade 
escalar de um móvel em um 
instante t em que ele passa 
por uma posição P de sua 
trajetória. 
Para tanto, calculamos sua velocidade escalar média 
entre a posição P (instante t) e a posição P’ (instante t + Δt). 
Se fizermos o intervalo de tempo Δt ir di mi nuindo e 
ten dendo a zero (Δt → 0), o valor da velocidade escalar 
mé dia Vm =  vai tender para o valor da veloci da de 
escalar no instante t, isto é: 
A velocidade escalar instantânea é o limite para o 
qual tende a velocidade escalar média, quando o 
intervalo de tempo considerado tende a zero. 
A velocidade escalar instan - 
tânea corresponde à velocidade 
escalar média calcu lada em um 
intervalo de tempo extre - 
mamente pequeno. Para um 
automóvel, a velocidade escalar 
instan tânea é indica da em seu 
velocí metro. 
O cálculo desse limite é uma operação matemática 
chamada derivação. 
Escreve-se V = e lê-se: a velocidade escalar é a 
derivada do espaço em relação ao tempo. 
Em nosso estudo de Cinemática, só nos interessa a 
derivação da função polinomial 
Nota: a, b, c e n 
são constantes. 
Exemplos 
(I) s = 5,0 t3 + 8,0 t2 – 9,0 t + 10,0 (SI) 
ds 
––– 
dt 
V = = 15,0 t2 + 16,0 t – 9,0 (SI) 
(II) s = – 3,0 t2 + 1,0 t – 8,0 (SI) 
ds 
––– 
dt 
V = = – 6,0t + 1,0 (SI) 
(III) s = – 4,0 + 2,0 t (SI) 
ds 
––– 
dt 
V = = 2,0m/s (constante) 
s = atn + bt + c 
ds 
V = ––– = na tn–1 + b 
dt 
ds 
––– 
dt 
Δs 
V = lim Vm = lim –––– 
Δt → 0 Δt → 0 Δt 
Δs 
––– 
Δt 
O trem-bala, no Japão, atin - 
ge a fan tás tica velocidade 
es ca lar de 500km/h. 
Apresentamos, a seguir, 
as veloci dades escalares 
mé dias do movi mento de 
alguns corpos, bem co - 
mo do som e da luz, 
medi das em m/s e km/h: 
? Saiba mais 
1) Lesma: 0,0014m/s – 0,0050km/h 
2) Tartaruga: 0,02m/s – 0,072km/h 
3) Pedestre: 1,4m/s – 5,0km/h 
4) Atleta recordista dos 100m: 10m/s – 36km/h 
5) Atleta em corrida de 1 500m: 7,0m/s – 25km/h 
6) Atleta em corrida de 10 000m: 5,5m/s – 20km/h 
7) Galgo: 17m/s – 61km/h 
8) Pombo-correio: 18m/s – 65km/h 
9) Lebre: 19m/s – 68km/h 
10) Avestruz – Gazela: 22m/s – 79km/h 
11) Chita (o mais rápido dos mamíferos): 28m/s – 101km/h 
12) Automóvel de passeio: 30m/s – 108km/h 
13) Esquiador em competição: 32m/s – 115km/h 
14) Carro de corridas: 100m/s – 360km/h 
15) Trem-bala: 140m/s – 504km/h 
16) Aviões turboélices: 200m/s – 720km/h 
17) Som no ar: 340m/s – 1224km/h 
18) Aviões supersônicos: 555m/s – 1998km/h 
19) Bala de metralhadora: 715m/s – 2574km/h 
20) Lua em torno da Terra: 1,0.103m/s – 3,6.103km/h 
21) Satélite estacionário da Terra: 
3,0.103m/s – 1,08.104km/h 
22) Terra em torno do Sol: 3,0.104m/s – 1,08.105km/h 
23) Luz no vácuo: 3,0.108m/s – 1,08.109km/h
Um projétil é lançado verticalmente para 
cima a par tir do solo terrestre. A altura h do 
projétil (espaço) varia com o tempo t, se gundo 
a relação: 
h = 20,0t – 5,0t2 (SI) 
Determine 
a) o instante t1 em que o projétil atinge sua 
altura máxima. 
b) a altura máxima atingida pelo projétil. 
Resolução 
a) Atinge a altura máxima quando V = 0. 
V = = 20,0 – 10,0t (SI) 
20,0 – 10,0 t1 = 0 ⇒ 
b) t = t1 = 2,0s 
h = hmáx = 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) 
hmáx = 40,0 – 20,0 (m) 
Respostas: a) 2,0s 
b) 20,0m 
 (MODELO ENEM) – Uma pessoa preten - 
de ir de carro de uma cidade A até uma cidade 
B percorrendo uma distância de 120km com 
velocidade constante de módulo V, com menor 
gasto possível de combustível. 
Despreze o tempo gasto pelo carro para 
acelerar de 0 a V e para frear de V até zero. Ob - 
viamente, o carro parte do repouso da cidade A 
e volta ao repouso ao chegar a cidade B. 
O desempenho do combustível D corresponde 
à distância que o carro percorre para cada litro 
de combustível que é gasto. 
Para velocidades no intervalo entre 20km/h e 
120km/h, o desem penho D, medido em 
100 FÍSICA 
km/litro, em função de V, medida em km/h, é 
dada pela função: 
D = – + V – 
5 
–– 
4 
Nas condições de desempenho máximo, isto é, 
menor consumo de combustível nesta viagem, 
o tempo de percurso entre A e B será de: 
a) 1,0h b) 1,5h c) 2,0h 
d) 2,5h e) 3,0h 
Dado: Para uma função do 2.o grau do tipo 
y = ax2 + bx + c, o valor de y será máximo 
(a  0) ou mínimo (a  0) para 
Resolução 
1) D = – + V – 
a = – e b = 
O desempenho será máximo para V dado 
por: 
V = – = – . (–320) (km/h) 
V = 60km/h 
2) V = ⇒ 60 = 
Resposta: C 
 (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO 
ENEM) – Para manter a se gu rança na 
estrada, recomenda-se que as velocidades dos 
veículos sejam tais que a distância entre um e 
outro seja vencida em no mínimo dois 
segundos. Considere uma situação ideal em 
que todos os motoristas respeitam esta 
recomendação, que os carros seguem em uma 
única fila a uma distância segura, que o 
tamanho dos automóveis sejam desconsi - 
derados e que a velocidade dos veículos, 
72km/h (20m/s), seja a máxima permitida para 
esta rodovia. Mantendo-se a recomendação de 
segurança, se a velocidade máxima permitida 
for alterada para 144km/h (40m/s), é correto 
afirmar que o fluxo de veículos (número de 
veículos que chegam ao destino por hora) 
_________, que a distância entre eles na 
rodovia _________ e que o tempo de percurso 
fique _________. 
As expressões que completam corretamente 
as lacunas são, respectivamente: 
a) não mude; não mude; reduzido à metade 
b) dobre; dobre; reduzido à metade 
c) dobre; não mude; o mesmo 
d) dobre; não mude; reduzido à metade 
e) não mude; dobre; reduzido à metade 
Resolução 
Quando a velocidade dos carros for duplicada, 
para que a distância entre eles seja percorrida 
em 2,0s, é preciso que essa distância duplique. 
O número de carros que chegam ao des tino, 
por hora, é o mesmo porque a cada 2,0s, chega 
um carro. O tempo de percurso entre a origem 
e o destino vai re duzir-se à metade porque a 
velocidade escalar duplicou. 
Resposta: E 
Δt = 2,0h 
120 
––– 
Δt 
Δs 
––– 
Δt 
3 
––– 
16 
b 
–––– 
2a 
3 
–– 
8 
1 
–––– 
320 
5 
–– 
4 
3 
–– 
8 
V2 
–––– 
320 
b 
x = – ––– 
2a 
3 
–– 
8 
V2 
–––– 
320 
hmáx = 20,0m 
t1 = 2,0s 
dh 
––– 
dt 
 (OLIMPÍADA DE FÍSICA) – A equação horária de um mó - 
vel que se desloca numa trajetória retilínea é: 
s = 20,0 + 2,0t – 0,50t2. A equação da velocidade escalar deste 
móvel é: 
a) V = 2,0 – 1,0t b) V = 2,0 – 0,50t 
c) V = 20,0 – 0,50t d) V = 20,0 + 2,0t 
e) V = 20,0 – 1,0t 
RESOLUÇÃO: 
Resposta: A 
 Um ponto material em movimento obedece à se guin te 
fun ção horária: s = 20,0 – 2,0t + 4,0t2 (com o es paço em me - 
tros e o tempo em segundos). 
a) Determine a função horária da velocidade escalar instantâ - 
nea. 
b) Determine o valor da velocidade escalar no instante 
t1 = 2,0s. 
RESOLUÇÃO: 
ds 
a) 
V = –––– = –2,0 + 8,0t (SI) 
dt 
b) Para t = 2,0s: 
V = – 2,0 + 8,0 . 2,0 (m/s) ⇒ V = 14,0m/s 
ds 
V = –––– = 2,0 – 1,0t (SI) 
dt 
Exercícios Resolvidos – Módulo 13 
Exercícios Propostos – Módulo 13
FÍSICA 101 
 (FUVEST) – Um corpo se movimenta sobre o eixo x, de 
acordo com a equação horária: x = 2,0 + 2,0t – 2,0t2, em que t 
é dado em segundos e x em metros. 
a) Qual a velocidade escalar média entre os instantes t1 = 0 e 
t2 = 2,0s? 
b) Qual é a velocidade escalar nos instantes t1 = 0 e 
t2 = 2,0s? 
RESOLUÇÃO: 
a) t1 = 0 ⇒ S1 = 2,0m 
t2 = 2,0s ⇒ S2 = – 2,0m 
b) 
t1 = 0 ⇒ V = 2,0m/s 
t2 = 2,0s ⇒ V = – 6,0m/s 
 (MODELO ENEM) – Um gato vai partir do repouso e des - 
cre ver uma trajetória retilínea. Uma lata é amarrada ao rabo 
dele e cada vez que ouve a lata bater no solo, ele, 
instantaneamente, au menta sua velo cidade escalar de 10m/s. 
Esse é o único fato que o faz aumen tar sua veloci dade escalar. 
Considere os seguintes da dos: 
1) velocidade com que a luz se propaga no vácuo: 3,0 . 108m/s 
2) velocidade com que o som se propaga no ar: 3,4 . 102m/s 
3) velocidade da Terra em seu movimento orbital: 30km/s 
4) velocidade da Lua em seu movimento orbital: 1,0km/s 
5) velocidade de um satélite geoestacionário: 3,0km/s 
A máxima velocidade teórica que o referido gato pode atingir é: 
a) 3,0 . 108m/s b) 3,4 . 102m/s c) 30km/s 
d) 1,0km/s e) 3,0km/s 
RESOLUÇÃO: 
Quando o gato atingir a velocidade do som, 3,4 . 102m/s, ele deixa 
de ouvir o som da lata batendo no chão e sua velocidade não 
aumenta mais, permanecendo igual a 3,4 . 102m/s. 
Resposta: B 
Δs – 2,0 – 2,0 
Vm = –––– ⇒ Vm = –––––––––– (m/s) 
Δt 2,0 Vm = – 2,0m/s 
ds 
V = –––– ⇒ V = 2,0 – 4,0t (SI) 
dt 
 Um carro movimenta-se ao longo de uma 
reta e sua posição é definida em função do 
tem po pela relação: 
s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) 
Esta relação vale desde o instante t = 0 até o 
instante t = T para o qual o carro para. 
Determine 
a) a função velocidade escalar – tempo: V = f(t). 
b) a velocidade escalar do carro na origem dos 
tempos (v0). 
c) o instante T em que o carro para. 
d) a velocidade escalar média entre os 
instantes t = 0 e t = T. 
e) o gráfico da função V = f(t) entre os instantes 
t = 0 e t = T. 
Resolução 
a) A velocidade escalar é obtida derivando-se a 
equação horária: 
s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) 
b) Para t = 0, temos V = V0 
V0 = 30,0 – 2,0 . 0 (m/s) ⇒ 
c) O carro para quando sua velocidade escalar 
V se anula: 
V = 30,0 – 2,0t (SI) 
30,0 – 2,0T = 0 
30,0 = 2,0T ⇒ 
d) s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) 
t = 0 ⇒ s = s0 = 20,0m 
t = T = 15,0s 
s = sf = 20,0 + 30,0 . 15,0 – 1,0 (15,0)2 (m) 
sf = 20,0 + 450 – 225 (m) 
sf = 245m 
Vm= = = (m/s) 
Vm= (m/s) ⇒ 
Nota: Como a função V = f(t) é do 1.° grau, a 
velocidade es ca lar média pode ser calculada 
pela média aritmética entre a velocidade ini - 
cial (V0 = 30,0m/s) e a velocidade final (Vf = 0) 
Vm= = (m/s) 
e) V = 30,0 – 2,0t (SI) 
Como a função V = f(t) é do 1.° grau, o seu 
gráfico se rá um seg men to de reta: 
t = 0 ⇒ V = V0 = 30,0m/s 
t = T = 15,0s ⇒ V = 0 
30,0 
0 
 (PUC-RS-MODELO ENEM) – O eco é o 
fenômeno que ocor re quando um som emitido 
e seu reflexo em um anteparo são percebidos 
por uma pessoa com um intervalo de tempo 
que permite ao cérebro distingui-los como sons 
diferentes. Para que se perceba o eco de um 
som no ar, no qual a veloci dade de propagação 
tem módulo de 340m/s, é necessário que haja 
uma distância de 17,0m entre a fonte e o 
anteparo. Na água, em que a velocidade de 
propagação do som tem módulo de 1.600m/s, 
essa distância precisa ser de 
a) 34,0m b) 60,0m c) 80,0m 
d) 160,0m e) 320,0m 
Resolução 
1) VS = ⇒ 340 = ⇒ 
2) V’S = ⇒ 1600 = 
2d = 160 ⇒ 
Resposta: C 
d = 80,0m 
2d 
––– 
0,1 
2d 
––– 
T 
T = 0,1s 
34,0 
––––– 
T 
Δs 
––– 
Δt 
V(m/s) 
t(s) 
15,0 
Vm = 15,0m/s 
30,0 + 0 
–––––––––– 
2 
V0 + Vf ––––––– 
2 
Vm = 15,0m/s 
225 
––––– 
15,0 
245 – 20,0 
–––––––––– 
15,0 
sf – s0 ––––––– 
Δt 
Δs 
––– 
Δt 
T = 15,0s 
V0 = 30,0m/s 
ds 
V = ––– = 30,0 – 2,0t (SI) 
dt 
Exercícios Resolvidos – Módulo 14
(UFMS-MODELO ENEM) – O gráfico 
abai xo ilustra a mar cação de um sinaleiro 
eletrônico. Nesse tipo de equi pa men to, dois 
sensores são ativados quando o carro passa. 
Na figura, os pulsos vazios correspondem à 
marcação do primeiro sensor, e os pulsos 
cheios à marcação do segundo sensor. Con - 
sidere que a distância entre os dois sensores 
seja de 1,0m. 
Δs 
––– 
V 
Exercícios Propostos – Módulo 14 
 Um ponto material está em movimento obedecendo à 
seguinte função horária dos espaços: 
s = 2,0t3 + 4,0t – 4,0 (SI) 
Calcule 
a) a velocidade escalar média entre os instantes t1 = 0 e 
t2 = 2,0s; 
b) a velocidade escalar nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. 
RESOLUÇÃO: 
a) t1 = 0 ⇒ s1 = – 4,0m 
t2 = 2,0s ⇒ s2 = 20,0m 
b) 
Δs 24,0 (m) 
Vm = –––– = ––––– –––– ⇒ Vm = 12,0m/s 
Δt 2,0 (s) 
ds 
V = –––– ⇒ V = 6,0t2 + 4,0 (SI) 
dt 
t1 = 0 ⇒ v1 = 4,0m/s 
t2 = 2,0s ⇒ v2 = 28,0m/s 
 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) – Uma partí cu la exe - 
cuta um movimento, em trajetória retilínea, obedecendo à 
função horária s = 16,0 – 40,0t + 25,0t2, em que s é o espaço 
medido em metros e t é o tempo medido em segundos. 
a) Qual a velocidade escalar média entre os instantes 
t1 = 2,0s e t2 = 6,0s? 
b) A partir de que instante a partícula inverte o sen tido de seu 
movimento? 
RESOLUÇÃO: 
a) t1 = 2,0s ⇒ s1 = 36,0m 
t2 = 6,0s ⇒ s2 = 676,0m 
102 FÍSICA 
b) 
Vm = 1,6 . 102m/s 
V = 0 ⇒ t = 0,80s 
3,6 
––– 
30 
 Em uma corrida, em uma pista retilínea, com extensão de 
50m, a função horária do espaço que descreve o movimento 
de um atleta é dada por: 
s = 0,5t2 (SI) 
Determine 
a) o tempo gasto pelo atleta para completar a corrida. 
b) a velocidade escalar com que o atleta cruza a linha de 
chegada, em km/h. 
c) a velocidade escalar média nesta corrida. 
RESOLUÇÃO: 
a) t = T ⇔ s = 50m 
50 = 0,5T2 ⇒ T2 = 100 ⇒ 
ds 
–––– 
dt 
b) V = = 1,0t (SI) 
t = 10s ⇒ V = 10m/s = 36km/h 
Δs 
–––– 
Δt 
50m 
––––– 
10s Vm = 5,0m/s 
c) Vm= = ⇒ 
T = 10s 
ds 
V = –––– ⇒ V = – 40,0 + 50,0t (SI) 
dt 
Δs 676,0 – 36,0 640,0 
Vm = –––– = ––––––––––––– (m/s) = ––––––– m/s 
Δt 4,0 4,0 
Qual(is) veículo(s) teria(m) sido multado(s), 
considerando-se que a velocidade máxima 
permitida no local seja de 30km/h? 
a) Os carros 2 e 4, apenas. 
b) Os carros 1 e 2, apenas. 
c) Os carros 1 e 4, apenas. 
d) Os carros 1 e 3, apenas. 
e) Nenhum carro seria multado. 
Resolução 
V = ⇒ Δt = 
V = 30km/h = m/s 
Δt = 1,0 . (s) = 0,12s 
A velocidade do carro será maior que 30km/h e, 
portanto, será multado quando Δt  0,12s. 
Δt1 = 0,10s 
Δt2 = 0,30s 
Δt3 = 0,09s 
Δt4 = 0,25s 
Os carros (1) e (3) serão multados. 
Resposta: D 
30 
––– 
3,6 
Δs 
––– 
Δt
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M112 
15 Aceleração escalar • Aceleração 
cm 
u(γ) = –––– = cm . s–2 
s2 
m cm 
FÍSICA 103 
 Uma partícula, em trajetória retilínea, tem função horária 
do espaço dada por: 
s = 4,0t2 – 8,0t (unidades do SI) 
Determine 
a) os instantes em que o móvel passa pela origem dos 
espaços; 
b) o instante e a posição em que o móvel para. 
RESOLUÇÃO: 
a) Na origem dos espaços: s = 0 
0 = 4,0 t2 – 8,0t ⇒ t1 = 0 e t2 = 2,0s 
b) No instante da inversão do movimento: V = 0 
Quando V = 0: t = 1,0s e s = –4,0m 
 (UEM-PR-MODELO ENEM) – Quanto tempo um carro, 
viajando com uma velocidade escalar de 15km/h, levará para 
percorrer um trajeto, em linha reta, correspondente a 3,0cm, 
em uma carta topográfica cuja escala é 1:100.000? 
a) 10 minutos b) 12 minutos c) 15 minutos 
d) 30 minutos e) 45 minutos 
RESOLUÇÃO: 
1) 1 ............. 100 000 
3,0cm ............. d 
d = 3,0 . 105cm = 3,0 . 103m = 3,0km 
Δs 
––– 
Δt 
2) V = ⇒ 15 = 
Δt = h 
1 
–– 
5 
Δt = 60 min ⇒ 
Resposta: B 
Δt = 12 min 
1 
–– 
5 
3,0 
––– 
Δt 
ds 
V = ––– ⇒ V = 8,0t – 8,0 (SI) 
dt 
1. Aceleração escalar média (γm) 
Sejam: 
V1 = velocidade escalar no instante t1 
V2 = velocidade escalar no instante t2 
Define-se aceleração escalar média (γm), entre os 
instantes t1 e t2, pela relação: 
ΔV V2 – V1 γm = –––– = –––––––––– 
2. Unidades 
a) No SI: 
Δt t2 – t1 
u(V) m/s 
u(γ) = ––––– = –––– 
u(t) s 
b) NO CGS: 
u(V) cm/s 
u(γ) = ––––– = ––––– 
u(t) s 
c) Relação entre as unidades: 
1 –––– = 102 –––– 
s2 s2 
3. Aceleração 
escalar instantânea 
A aceleração escalar instantânea traduz a rapidez 
com que a velocidade escalar varia no decurso do tem - 
po, isto é, traduz a velocidade da velocidade. 
m 
u(γ) = –––– = m . s–2 
s2 
• Mudança de velocidade
Uma grande aceleração escalar significa que a velo - 
ci dade escalar varia rapi damente; uma pequena acele - 
ração escalar significa que a velocidade escalar varia len - 
ta mente e aceleração escalar nula significa que a veloci - 
da de escalar não varia. 
A aceleração escalar instantânea é o limite para o 
qual tende a aceleração escalar média, quando o 
intervalo de tempo considerado tende a zero. 
Portanto: 
Quando um carro tem uma gran de aceleração escalar, sua velo ci dade 
escalar es tá varian do ra pi damente. 
A aceleração escalar (instantânea) é a derivada 
da velocidade escalar (instantânea) em relação ao 
tempo. 
Exemplos 
s = 2,0t3 + 4,0t2 – 7,0 t + 10,0 (SI) 
s = 10,0 + 20,0t – 3,0t2 (SI) 
ds 
V = –––– = 20,0 – 6,0t (SI) 
dt 
dV 
γ = –––– = –6,0m/s2 (constante) 
dt 
104 FÍSICA 
4. Relações entre 
as grandezas cinemáticas 
ΔV 
γ = lim γm = lim ––––– 
Δt → 0 Δt → 0 Δt 
dV 
γ = —– 
dt 
s = f(t) 
s indica a posição do móvel (local) 
V traduz a rapidez de movimento 
γ traduz a rapidez com que a velo-cidade 
escalar varia. 
(veloc. instantânea) 
γ = –d– V– 
d t 
(eq. horária) 
(vel. média) 
(acel. média) (acel. instantânea) 
Vm = ––– Δs 
Δt 
V = –d– s– 
d t 
Δt γm = –Δ–V– 
s = 10,0 – 4,0t (SI) 
ds 
V = –––– = – 4,0m/s (constante) 
dt 
dV 
γ = –––– = 0 (constante) 
dt 
ds 
V = –––– = 6,0t2 + 8,0t – 7,0 (SI) 
dt 
dV 
γ = –––– = 12,0t + 8,0 (SI) 
dt 
? Saiba mais 
Os “dragsters” são veículos destinados a atin gir 
velo ci dades fantásticas em uma cor ri da de pequena 
ex ten são (da or dem de 400m) e de pequena 
duração (da ordem de 8,0s). 
O “dragster”, partindo do repouso, per corre os 
400m em um intervalo de tempo de 8,0s, atingindo 
a incrível velo cidade escalar de 140m/s (504km/h). 
Sua aceleração escalar média, nesta fase, foi de: 
γm 
140 
–––– 
8,0 
ΔV 
––– 
Δt 
= = (m/s2) 
γm 
= 17,5m/s2 
Como os freios são insu fi cientes para de ter o “dragster”, na 
fase de retar da men to, é acio nado um sistema de paraque das 
que per mi te uma desaceleração em um pequeno intervalo de 
tempo.
30,0 – 10,0 
––––––––––– 
10,0 – 0 
ΔV 
––– 
Δt 
γm = 2,0m/s2 
Marcha 
ΔV 
––– 
Δt 
ΔV 
––– 
Δt 
10 
––– 
8,0 
10 
––––– 
10,0 
γm = 1,0m/s2 
FÍSICA 105 
 Consideremos uma partícula em movi - 
mento com função horária do espaço dada por 
s = 3,0t3 – 4,0t2 + 10,0 (Sl) 
a) Cálculo da velocidade escalar média entre 
os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. 
Para t1 = 0, temos s1 = 10,0m 
Para t2 =2,0s, temos 
s2 = 3,0 . (2,0)3– 4,0(2,0)2 + 10,0(m) 
s2 = 3,0 . 8,0 – 4,0 . 4,0 + 10,0 (m) 
s2 = 24,0 – 16,0 + 10,0 (m) ⇒ s2 = 18,0m 
Δs s2 – s1 18,0 – 10,0 
Vm = –––– = ––––––– = ––––––––––– (m/s) 
Δt t2 – t1 2,0 – 0 
b) Cálculo da velocidade escalar instantânea 
nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. 
Para obtermos a relação V = f(t), basta 
derivar o espaço em relação ao tem po. 
ds 
V = —– = 9,0t2 – 8,0t (SI) 
dt 
Para t1 = 0, temos 
Para t2 = 2,0s, temos 
V2 = 9,0(2,0)2 – 8,0 . 2,0 (m/s) 
V2 = 9,0 . 4,0 – 16,0 (m/s) 
c) Cálculo da aceleração escalar média entre 
os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s 
Para t1 = 0, temos V1 = 0 
Para t2 = 2,0s, temos V2 = 20,0m/s 
ΔV 20,0 – 0 
γm = –––– = –––––––– (m/s2) 
Δt 2,0 – 0 
d) Cálculo da aceleração escalar instantânea 
nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. 
Para obtermos a relação γ = f(t), basta 
derivar a veloci dade escalar em relação ao 
tempo. 
dV 
γ = –––– = 18,0t – 8,0 (SI) 
dt 
Para t1 = 0, temos 
Para t2 = 2,0s, temos 
γ2 = 18,0 . 2,0 – 8,0(m/s2) 
 Durante um teste de aceleração, um carro 
parte do repou so e sua posição, medida a partir 
da origem dos espaços, varia com o tempo 
conforme a relação: 
s = 2,0t2 (SI) válida para 0 ≤ t ≤ 10,0s 
Determine 
a) a função velocidade escalar – tempo: 
V = f(t). 
b) a aceleração escalar do carro. 
c) a velocidade escalar atingida no instante 
t = 10,0s. 
d) a distância percorrida pelo carro no intervalo 
de t = 0 até t = 10,0s. 
Resolução 
a) A função V = f(t) é obtida derivando-se a 
equação horária: 
ds 
––– 
dt 
V = = 4,0t (SI) 
b) A aceleração escalar do carro é obtida 
derivando-se a função V = f(t): 
γ = ⇒ (constante) 
c) Para t = 10,0s, temos: 
Vf = 4,0 . 10,0 (m/s) ⇒ 
d) A distância percorrida pelo carro é dada por: 
s = 2,0t2 (SI) 
t1 = 0 ⇒ s1 = 0 
t2 = 10,0s ⇒ s2 = 2,0 (10,0)2 (m) = 200m 
Respostas:a) V = 4,0t (SI) 
b) γ = 4,0m/s2 
c) Vf = 40,0m/s 
d) Δs = 200m 
 (UEL-PR-MODELO ENEM) – A velocidade 
escalar de um carro está repre sentada em 
função do tempo na figura abai xo. 
Podemos concluir que a aceleração escalar 
média en tre t1 = 0 e t2 = 10,0s é 
a) nula b) 1,0m/s2 c) 1,5m/s2 
d) 2,0m/s2 e) 3,0m/s2 
Resolução 
t1 = 0 ⇒ V1 = 10,0m/s 
t2 = 10,0s ⇒ V2 = 30,0m/s 
γm= = (m/s2) 
Resposta: D 
(MODELO ENEM) – Observe o texto e a tabela 
para responder às questões de a . 
Em um teste de retomada de velocidade de um 
automóvel, foram anotados os seguintes 
dados: 
Sabe-se que, quando a aceleração escalar é 
constante, a veloci da de escalar média entre 
dois instantes é dada pela média arit mética 
entre as velocidades escalares nos referidos 
instantes. 
 As acelerações escalares médias na 3.a e 
na 4.a marcha são, respectivamente, iguais a: 
a) 1,25m/s2 e 1,0m/s2 
b) 1,0m/s2 e 1,0m/s2 
c) 1,25m/s2 e 1,25m/s2 
d) 1,5m/s2 e 1,0m/s2 
e) 1,0m/s2 e 1,25m/s2 
Resolução 
γm = 
3.a marcha: 
ΔV = 72km/h – 36km/h = 36km/h = 10m/s 
Δt = 8,0s 
γm= = m/s2 ⇒ 
4.a marcha: 
ΔV = 108km/h – 72km/h = 36km/h = 10m/s 
Δt = 10,0s 
γm= = (m/s2) 
Resposta: A 

 Na 3.a marcha, podemos afirmar que 
a) a aceleração escalar se manteve, necessa - 
riamente, cons tante. 
γm = 1,25m/s2 
γm = 10,0m/s2 
ΔV 
––– 
Δt 
Variação de 
velocidade 
(em km/h) 
Tempo 
gasto 
(em s) 
Distância 
percorrida 
(em 
metros) 
3.a 36 a 72 8,0 120 
4.a 72 a 108 10,0 ? 
Δs = s2 – s1 = 200m 
Vf = 40,0m/s 
dV γ = 4,0m/s2 
––– 
dt 
γ2 = 28,0m/s2 
γ1 = – 8,0m/s2 
V2 = 20,0m/s 
V1 = 0 
Vm = 4,0m/s
b) a aceleração escalar pode ter-se mantido 
constante. 
c) a aceleração escalar certamente aumentou. 
d) a aceleração escalar certamente diminuiu. 
e) a aceleração escalar variou, podendo ter 
aumentado ou di minuído. 
Resolução 
Vm = = = 15m/s 
MA = = (m/s) = 15m/s 
 Partindo do repouso, um avião percorre a pista e atinge a 
velocidade escalar de 360km/h, em 25 segundos. Qual o valor 
da aceleração escalar média em m/s2? 
a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 7,2 e) 9,8 
RESOLUÇÃO: 
γ = 4,0m/s2 ΔV 100 
γ = –––– = ––––– (m/s2) ⇒ 
Δt 25 
Resposta: B 
 Um trem está com velocidade escalar de 72km/h quando 
freia com aceleração escalar constante de mó dulo igual a 
0,40m/s2. Calcule o intervalo de tempo que o trem gasta para 
parar. 
RESOLUÇÃO: 
 Um móvel percorre uma trajetória retilínea com um movi - 
mento descrito pela equação horária: 
s = 2,0 + 4,0t + 3,0t2 (SI) 
Calcule 
a) a velocidade escalar no instante t1 = 2,0s. 
b) a aceleração escalar. 
RESOLUÇÃO: 
ds 
20 + 30 
–––––––– 
Δs = 250m 
V = –––– ⇒ V = 4,0 + 6,0t (SI) 
dt 
Para t = 2,0s: V = 16,0m/s 
dv 
γ = –––– ⇒ γ = 6,0m/s2 
dt 
 Uma partícula desloca-se, em traje tória retilínea, com 
equa ção horária dos espaços dada por: 
s = 2,0t3 – 16,0 (SI) 
No instante t1, a partícula passa pela origem dos espaços. 
No instante t1, a velocidade escalar vale V1 e a ace leração 
escalar vale γ1. 
Os valores de V1 e γ1 são dados por: 
a) V1 = 24,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. 
b) V1 = 6,0m/s e γ1 = 24,0m/s2. 
c) V1 = 6,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. 
d) V1 = 12,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. 
e) V1 = 24,0m/s e γ1 = 24,0m/s2. 
RESOLUÇÃO: 
1) t = t1 ⇒ s = s1 = 0 
2,0 t3 
1 – 16,0 = 0 
t3 
1 = 8,0 ⇒ 
ds 
––– 
dt 
t1 = 2,0s 
2) V = = 6,0t2 (SI) 
t1 = 2,0s ⇒ V1 = 24,0m/s 
Δv – 20 
Δt = –––– = –––––––– (s) ⇒ 
γ – 0,40 Δt = 50s 
106 FÍSICA 
Como Vm = MA, a aceleração escalar pode ter-se 
mantido constante, porém tal condição, 
verificada apenas para dois instantes, é 
condição necessária mas não suficiente para a 
aceleração escalar ser constante. 
Resposta: B 
 Admitindo-se que, na 4.a marcha, a 
aceleração escalar se manteve constante, a 
distância percorrida nos 10,0s de movi mento 
será igual a: 
a) 10m b) 120m c) 150m 
d) 250m e) 500m 
Resolução 
Se a aceleração escalar for constante, temos: 
Vm = = 
= 
Resposta: D 
2 
Δs 
––––– 
10,0 
V1 + V2 –––––––– 
2 
Δs 
––– 
Δt 
10 + 20 
–––––––– 
2 
V1 + V2 –––––––– 
2 
120m 
––––– 
8,0s 
Δs 
––– 
Δt
No Portal Objetivo 
16 e 17 Classificação dos movimentos • Progressivo – Retrógrado 
MOVIMENTO ⇔ s decrescente ⇔ V  0 
RETRÓGRADO 
Movimento Acelerado: o módulo da velocidade 
aumenta. 
FÍSICA 107 
1. Quanto à equação horária 
a) Quando a relação s = f(t) é do 1.o grau, o movi - 
men to é chamado uniforme. 
b) Quando a relação s = f(t) é do 2.o grau, o movi - 
mento é chamado uniforme mente variado. 
2. Quanto ao 
sentido do movimento 
Movimento Progressivo: o sentido do movi mento 
coincide com o sentido positivo da trajetória. 
Neste caso, o espaço (s) é crescente e a velo - 
cidade escalar (V) é positiva. 
Neste caso, o espaço (s) é decrescente e a velo - 
cidade escalar (V) é negativa. 
3. Quanto ao 
módulo da velocidade 
Neste caso, a velocidade escalar (V) e a aceleração 
escalar (γ) têm mesmo sinal. 
V  0 e γ  0 V  0 e γ  0 
MOVIMENTO ⇔ s crescente ⇔ V  0 
PROGRESSIVO 
Movimento Retrógrado: o sentido do movi mento 
é oposto ao sentido positivo da trajetória. 
• Acelerado – Retardado 
3) γ = = 12,0t (SI) 
t1 = 2,0s ⇒ 
Resposta: E 

 (MODELO ENEM) – Num jogo do Brasil, o tira-teima mos - 
trou que o jogador brasileiro chutou a bola diretamente contra 
o goleiro do time adversário. A bola atingiu o goleiro com 
velocidade de módulo igual a 108km/h e este conseguiu 
imobilizá-la em 0,10s, com um movimento de recuo dos 
braços. O módulo da aceleração escalar média da bola, durante 
a ação do goleiro, foi, em m/s2, igual a: 
a) 3,0 . 103 b) 1,1 . 103 c) 3,0 . 102 
d) 1,1 . 102 e) 3,0 
RESOLUÇÃO: 
v = 108km/h = 30m/s 
γm= = (m/s2) ⇒ 
Resposta: C 
γ1 = 24,0m/s2 
dV 
––– 
dt 
ΔV 
––– 
Δt 
30 
––––– 
0,10 
γm = 3,0 . 102m/s2 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M113
Na largada de uma corrida, os automóveis 
descrevem movimentos acelerados. 
Neste caso, a velocidade escalar (V) e a aceleração 
Exercícios Resolvidos – Módulo 16 
escalar (γ) têm sinais opostos. 
? Saiba mais 
 Uma partícula está em movimento com 
equação horá ria dos espaços dada, em unidades 
do SI, por: 
s = 4,0t2 – 10,0t + 7,0 
a) Qual a trajetória da partícula? 
b) Calcule, no instante t = 1,0s, os valores da 
veloci dade escalar e da aceleração escalar. 
c) Classifique o movimento (progressivo ou 
retró gra do e ace le rado ou retardado) no 
instante t = 1,0s. 
Resolução 
a) A trajetória não está determinada, pois a 
equa ção horária dos es pa ços não indica a 
trajetória do móvel. 
b) V = 8,0t – 10,0 (SI) 
γ = 8,0m/s2 (constante) 
t = 1,0s  γ1 = 8,0m/s2 
V1 = –2,0m/s 
c) O movimento é retrógrado, porque a 
velocidade escalar é negativa, e é retarda - 
108 FÍSICA 
do, porque a velocidade escalar e a acelera - 
ção escalar têm sinais opostos. 
Respostas:a) Não está definida. 
b) –2,0m/s e 8,0m/s2. 
c) Retrógrado e retardado. 
 (MODELO ENEM) – Uma bola foi abando - 
nada na Lua, a partir do repouso, de uma altura 
H acima do solo lunar. Durante a queda da bola, 
a) sua aceleração é nula. 
b) seu movimento é progressivo e acelerado. 
c) seu movimento é retrógrado e acelerado. 
d) seu movimento é acelerado, podendo ser 
progressivo ou retrógrado. 
e) seu movimento é progressivo e retardado. 
Resolução 
Durante a queda, a velocidade da bola terá 
módulo crescente e seu movimento será, 
certamente, acelerado. 
O sinal de sua velocidade escalar, que definirá 
se o movimento é progressivo (V  0) ou 
retrógrado (V  0) não está deter mi nado, pois 
dependerá da orientação da trajetória. 
Se a trajetória foi orientada para baixo, teremos 
V  0 e o movimento será progressivo. Se a tra - 
jetória foi orientada para cima, teremos V  0 e 
o movimento será retrógrado. 
Resposta: D 
 (MODELO ENEM) – Um revólver dispara 
um projétil verti calmente para cima e sua velo - 
cidade escalar V varia com o tempo t segundo 
a relação: 
V = 200 – 10t (SI) 
O movimento do projétil será retardado durante 
o intervalo de tempo que vai do instante t1 = 0 
até o instante: 
a) t2 = 5s b) t2 = 10s c) t2 = 20s 
d) t2 = 40s e) t2 = 50s 
Resolução 
O projétil terá movimento retardado enquanto 
estiver subindo (V  0), isto é, até o instante t2 
em que sua velocidade escalar vai anular-se: 
V = 0 
200 – 10 t2 = 0 ⇒ 10 t2 = 200 
t2 = 20s 
Resposta: C 
O ônibus, ao aproximar-se do ponto pa ra dei xar o 
passageiro, efetua um movimento retar dado até 
parar. 
A classificação de um movimento, quanto 
ao sinal da velocidade escalar (V), está re la - 
cionada ao sentido do movimento. 
Neste caso, a aceleração escalar (γ) será nula. 
Movimento Retardado: o módulo da velocidade 
diminui. 
Movimento Uniforme ⇔ | V | constante ⇔ γ = 0 
V  0 e γ  0 V  0 e γ  0 
Movimento Uniforme: o módulo da velocidade 
per manece constante.
No Portal Objetivo 
FÍSICA 109 
Exercícios Propostos – Módulo 16 
 Complete as lacunas: 
(I) Quando o móvel caminha no sentido positivo da trajetória, 
sua velocidade escalar é _____________ e o movimento é 
chama do_____________. 
(II) Quando o móvel caminha no sentido negativo da trajetória, 
sua velocidade escalar é _____________ e o movimento é 
chamado_____________. 
(III) Quando o valor absoluto da velocidade escalar aumenta, o 
movimento é _____________ e, neste caso, a velocidade 
escalar e a aceleração escalar têm _____________. 
(IV) Quando o valor absoluto da velocidade escalar diminui, o 
movimento é _____________ e, neste caso, a ve locidade 
escalar e a aceleração escalar têm _____________. 
RESOLUÇÃO: 
(I) positiva – progressivo (II) negativa – retrógrado 
(III) acelerado – sinais iguais (IV) retardado – sinais opostos 
 Um móvel desloca-se em uma trajetória retilínea com equa - 
ção horária do espaço dada por: 
x = 4,0 + 2,0t – 2,0t2 (SI) 
No instante t = 1,0s, o movimento é 
a) uniforme e retrógrado; 
b) progressivo e acelerado; 
c) retrógrado e acelerado; 
d) progressivo e retardado; 
e) retrógrado e retardado. 
RESOLUÇÃO: 
V = 2,0 – 4,0t 
γ = – 4,0m/s2 (constante) 
t = 1,0s ⇒ V = – 2,0m/s e γ = – 4,0m/s2 
movimento retrógrado e acelerado 
(V  0) (V e γ com sinais iguais) 
Resposta: C 
 Um ponto material está-se movendo, em uma tra je tória re - 
ti línea, com equação horária do espaço dada por: 
s = 2,0t3 – 5,0t2 + 2,0t – 10,0 (SI) 
Na origem dos tempos, o movimento é 
a) progressivo e acelerado; b) progressivo e retardado; 
c) retrógrado e acelerado; d) retrógrado e retardado; 
e) uniformemente variado. 
RESOLUÇÃO: 
V = 6,0t2 – 10,0t + 2,0 (SI) 
γ = 12,0t – 10,0 
t = 0 ⇒ V = 2,0m/s e γ = –10,0m/s2 
Movimento progressivo e retardado. 
Resposta: B 
 A velocidade escalar de uma partícula é dada pela expres - 
são: 
V = 3,0 – 1,5t (em unidades do SI) 
a) Determine o instante em que ela para e a partir do qual 
inverte o sentido de seu movimento. 
b) Classifique seu movimento nos instantes t1 = 1,0s e 
t2 = 3,0s. 
RESOLUÇÃO: 
a) t = 2,0s 
b) V = 3,0 – 1,5t (SI) 
γ = – 1,5m/s2 (constante) 
t1 = 1,0s 
 V = 1,5m/s 
t2 = 3,0s  V = – 1,5m/s 
Mov. retrógrado e acelerado 
γ = – 1,5m/s2 
Mov. progressivo retardado 
γ = – 1,5m/s2 
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OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M114
RECRUTA ZERO Mort Walker 
Com relação à historinha acima, digamos que a limu sine passe 
por dois quebra-molas seguidos, nos ins tantes t1 e t2. Qual é o 
gráfico que melhor descreve a velocidade do veículo no trecho 
considerado? 
Exercícios Resolvidos – Módulo 17 
 (USS-RJ-MODELO ENEM) 
 O gráfico a seguir representa a altura h em 
função do tem po t para um projétil lançado 
verticalmente para cima a partir do solo 
terrestre, que é tomado como referencial. 
O gráfico tem a forma de um arco de parábola. 
a) O que ocorre no instante t = t2? 
b) Classifique o movimento nos instantes t1 e 
t3 como progressivo ou retrógrado e 
acelerado ou retardado. 
hmáx arco de parábola 
Resolução 
a) No instante t = t2 (vértice da parábola), 
temos o ponto de inversão do movimento e 
a velocidade é nula. 
b) 1) No gráfico espaço x tempo, a ace - 
leração escalar será positiva ou nega - 
tiva conforme a parábola tenha conca - 
vidade para cima ou para baixo, res - 
pec tivamente. 
110 FÍSICA 
2) No gráfico espaço x tempo, a veloci - 
dade escalar será positiva ou ne ga tiva 
conforme o espaço seja crescente ou 
decrescente, respecti va mente. 
 V  0 
γ  0  
3) instante t1 progressivo e 
retardado 
instante t3 retrógrado e 
acelerado 
Respostas: a) velocidade nula 
b) t1: progressivo e 
retardado 
t3: retrógrado e acelerado 
 (MODELO ENEM) – A velocidade escalar 
de um carro va ria com o tem po de acordo com 
o gráfico a seguir. 
O movimento é 
a) retardado no intervalo de tempo de t1 a t4. 
b) retardado no intervalo de tempo de t0 a t2. 
c) retardado somente no intervalo de tempo 
de t3 a t4. 
d) acelerado no intervalo de tempo de t2 a t3. 
e) acelerado no intervalo de tempo de t1 a t2. 
Resolução 
1) A velocidade escalar é positiva quando o 
gráfico V = f(t) estiver acima do eixo dos 
tempos. 
2) A velocidade escalar é negativa quando o grá - 
fico V = f(t) estiver abaixo do eixo dos tem - 
pos. 
3) A aceleração escalar é positiva quando a 
função V = f(t) for crescente. 
4) A aceleração escalar é negativa quando a 
função V = f(t) for decrescente. 
V  0   γ  0 
t0 → t1 progressivo e retardado 
V  0   γ  0 
t1 → t2 retrógrado e acelerado 
V  0   γ  0 
t3 → t4 retrógrado e retardado 
Resposta: E 
 V  0 
γ  0  
h 
t t 1 0 t2 t3 
RESOLUÇÃO 
Antes de chegar ao primeiro quebra-molas (instante t1), o carro 
deve frear e o módulo de sua velocidade vai diminuir. 
Imediatamente após passar o primeiro quebra-molas, o carro ace - 
lera e o módulo de sua velocidade aumenta. 
Antes de chegar ao segundo quebra-molas (instante t2), o carro 
vol ta a frear e o módulo de sua velocidade volta a diminuir. Ime - 
diatamente após passar o segundo quebra-molas, o carro volta a 
acelerar e o módulo de sua velocidade volta a aumentar. 
Esta sequência de eventos ocorre na opção A. 
Resposta: A 
OBRIGADO POR ME DEIXAR 
DIRIGIR A LIMUSINE, 
JULIUS! 
CUIDADO! ALI 
TEM UM QUEBRA-MOLAS! 
O QUE É UM 
QUEBRA-MOLAS? 
SÃO ELEVAÇÕES NA 
PISTA QUE VOCÊ ACE-LERA 
ENTRE ELAS! 
GREG 
MORT 
WALTER
FÍSICA 111 
Exercícios Propostos – Módulo 17 
 O gráfico a seguir representa o espaço em função do 
tempo para o movimento de uma partícula que descreve uma 
trajetória retilínea. 
O gráfico tem a forma de um arco de parábola com vértice 
corres pon dente ao instante t = t1. 
Classifique o movi men to como progres sivo ou retró grado e 
ace lerado ou retardado 
a) para 0  t  t1 
b) para t1  t  t2 
RESOLUÇÃO: 
a) De 0 a t1 
1) Espaço crescente ⇒ V  0 
2) Parábola com concavidade para baixo ⇒ γ  0 
Movimento progressivo (V  0) e retardado (V . γ  0) 
b) De t1 a t2 
1) Espaço decrescente ⇒ V  0 
2) Parábola com concavidade para baixo, γ  0 
Movimento retrógrado (V  0) e acelerado (V . γ  0) 
Respostas:a) progressivo e retardado 
b) retrógrado e acelerado 
 O gráfico representa o espaço em função do tempo para 
uma partícula que se desloca ao longo de uma trajetória retilínea. 
O trecho OA é retilíneo e os trechos AB, BCD e DEF são arcos 
de parábola com eixos de simetria paralelos ao eixo Ox. 
Classifique os movimentos nos trechos: 
a) OA b) AB c) BC 
d) CD e) DE f) EF 
RESOLUÇÃO: 
a) OA: Movimento uniforme e progressivo (V  0) 
b) AB: MUV (arco de parábola) 
progressivo (espaço crescente) 
acelerado (V  0 e γ  0) 
c) BC: MUV; progressivo (V  0) e retardado (V  0 e γ  0) 
d) CD: MUV; retrógrado (V  0) e acelerado (V  0 e γ  0) 
e) DE: MUV; retrógrado (V  0) e retardado (V  0 e γ  0) 
f) EF: MUV; progressivo (V  0) e acelerado (V  0 e γ  0) 
 (MODELO ENEM) – Um carro está-se 
movimen tan do em uma rodovia retilínea e sua 
posição x determinada pelo marco quilométrico 
da estrada, num certo intervalo de tempo, é 
defi ni da pelo gráfico a seguir, formado por dois 
arcos de parábola com vértices nos instantes 
t = 0 e t = t2. 
A análise do gráfico nos permite concluir: 
a) No intervalo de tempo de 0 a t1, o movi - 
mento do carro é progressivo e retardado. 
b) No intervalo de tempo de 0 a t1, o movi - 
mento do carro é retrógrado e acelerado. 
c) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - 
mento do carro é progressivo e acelerado. 
d) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - 
mento do carro é progressivo e retardado. 
e) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - 
mento do carro é retrógrado e acelerado. 
Resolução 
1) O sinal da velocidade escalar V será positi - 
vo ou negativo con forme o espaço seja 
crescente ou decrescente, respec tiva men - 
te. 
2) O sinal de aceleração escalar γ será positivo 
ou negativo conforme o arco de parábola 
tenha concavidade para cima (0 a t1) ou para 
baixo (t1 a t2), respectivamente. 
3) Intervalo de 0 e t1: 
Espaço crescente: V  0 
Arco de parábola com concavidade para 
cima: γ  0 
Sendo V  0, o movimento é progressivo: 
Como V e γ têm o mesmo sinal, o 
movimento é acelerado. 
4) Intervalo de t1 a t2: 
Espaço crescente: V  0 
arco de parábola com concavidade para 
baixo: γ  0 
Sendo V  0, o movimento é progressivo. 
Como V e γ têm sinais opostos, o 
movimento é retardado. 
Resposta: D
(MODELO ENEM) – A seguir, está representado o gráfico 
da velocidade es calar (V) de um carro em função do tempo (t). 
A respeito desse movimento, é correto afirmar que 
a) entre 0 e t3 é sempre acelerado. 
b) entre 0 e t3 é sempre retardado. 
c) entre 0 e t1 é retardado. 
d) entre t1 e t2 é retardado. 
e) entre t2 e t3 é retrógrado. 
RESOLUÇÃO: 
1) A velocidade escalar será positiva ou negativa conforme o 
gráfico V = f(t) esteja acima ou abaixo do eixo dos tem pos. 
2) A aceleração escalar será positiva ou negativa conforme a 
velocidade escalar seja crescente ou decrescente. 
1) retrógrado porque V  0 
0 → t1 {2) retardado porque |V| diminui 
1) progressivo porque V  0 
t1 → t2 {2) acelerado porque |V| aumenta 
1) progressivo porque V  0 
t2 → t3 {2) retardado porque |V| diminui 
Resposta: C 
18 a 23 Movimento uniforme • Velocidade contante 
s = A + Bt 
112 FÍSICA 
 A velocidade escalar de uma partícula varia com o tempo, 
confor me o gráfico apresentado a seguir. 
No gráfico, destacamos quatro secções distintas indicadas por 
I (0 ≤ t  t1), II (t1  t  t2), III (t2  t  t3) e IV (t3  t  t4). 
Classifique, em cada secção, o movimento como progressivo 
ou retrógrado; acelerado ou retardado. 
RESOLUÇÃO: 
(I) O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po - 
sitiva e é retardado porque V está diminuindo. 
(II) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne - 
gativa e é acelerado porque V está aumentando. 
(III) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne - 
gativa e é retardado porque V está diminuindo. 
(IV) O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po - 
sitiva e é acelerado porque V está aumentando. 
1. Definição 
Um movimento é chamado uniforme quando a rela - 
ção espaço-tempo é do 1.o grau, isto é, da forma: 
em que A e B são parâmetros constantes com B ≠ 0. 
2. Parâmetro A 
Para t = 0 (origem dos tempos), temos s0 = A e, por - 
tanto: 
O parâmetro A representa o espaço inicial. 
3. Parâmetro B 
A velocidade escalar V é dada por: 
ds 
V = ––– = 0 + B ⇒ 
dt 
O parâmetro B representa a velocidade escalar. 
4. Propriedades do 
movimento uniforme 
a) Equação horária do espaço: 
s = s0 + Vt 
B = V 
A = s0 
• Aceleração nula
Δs 
tg α N = –––– = V 
Δt 
No gráfico espaço x tempo, a declividade da reta 
s = f(t) mede a velocidade escalar. 
Área N= V . Δt = Δs 
FÍSICA 113 
b) A velocidade escalar média é igual à velocidade 
escalar instantânea, é constante e diferente de zero. 
c) A aceleração escalar média é igual à aceleração 
escalar instantânea, é cons tante e igual a zero. 
d) O movimento pode ser progressivo (V  0) ou 
retrógrado (V  0), porém não é nem acelerado nem 
retardado, pois a velocidade escalar é constante (γ = 0). 
5. A denominação uniforme deriva do fato de a velo - 
cidade escalar ser constante, isto é, é um movimento 
que se processa sempre da mesma forma, com o móvel 
percorrendo distâncias iguais em intervalos de tempo 
iguais. 
6. Podemos ter movimento uniforme em qualquer tra - 
jetória. 
7. Gráficos do 
movimento uniforme 
8. Interpretações gráficas 
a) Gráfico espaço x tempo: 
b) Gráfico velocidade escalar x tempo: 
No gráfico velocidade escalar x tempo, a área sob 
o gráfico mede a variação de espaço Δs. 
Δs 
Vm = V = —– = constante ≠ 0 
Δt 
γm = γ = constante = 0 
? Saiba mais 
Um paraquedista, partindo do 
re pou so e em trajetória vertical, 
tem uma fa se inicial de movi - 
men to acele rado (pra ti ca mente 
uma queda livre) com o para - 
que das fecha do; em segui da, 
uma fase de movi mento re tar - 
dado, com a aber tura do para - 
que das, e final men te atin ge 
uma veloci dade escalar limite da 
ordem de 5,0m/s (18km/h) que é man ti da constante. 
Assim, após atingir a velocidade esca lar limite, o para - 
quedista assu me um movi mento uni forme. 
Uma nave espacial, com o sistema 
de jatos desligados e afastada de 
outros corpos celestes, desloca-se 
em linha reta com ve lo cidade es - 
calar cons tan te, isto é, em mo vi - 
mento unifor me.
Um carro descreve uma trajetória retilínea 
com movimento uniforme. 
No instante t1 = 10,0s, a posição do carro é 
definida por um espaço s1 = 250m. 
No instante t2 = 20,0s, a posição do carro é 
definida por um espaço s2 = 450m. 
Determine 
a) a velocidade escalar do carro em km/h. 
b) a posição do carro na origem dos tempos 
(t = 0). 
Resolução 
a) V = = = (m/s) 
V = 20,0m/s = 20,0 . 3,6km/h 
b) s = s0 + V t 
t1 = 10,0s 
s1 = 250m 
250 = s0 + 20,0 . 10,0 ⇒ 
Respostas: a) 72,0km/h 
b) 50,0m 
(PISA-MODELO ENEM) – VOO ESPACIAL 
Questões de a . 
A estação espacial Mir perma ne ceu em órbita 
por 15 anos e deu cerca de 87 600 voltas em 
114 FÍSICA 
torno da Terra, durante o tempo em que esteve 
no espaço. 
A permanência mais longa de um astronauta na 
Mir foi de, aproximadamente, 680 dias. 
 Aproximadamente, quantas voltas este 
astronauta deu ao redor da Terra? 
a) 110 b) 1100 c) 11000 
d) 110 000 e) 1100000 
Resolução 
87 600 ———— 15 . 365 
x ———— 680 
x = = 10880 
Resposta: C 
 A massa total da Mir é de 143 000kg. 
Quando a Mir retornou à Terra, cerca de 80% da 
estação queimou-se ao atravessar a atmosfera. 
O restante quebrou-se em aproximadamente 
1500 pedaços e caiu no Oceano Pacífico. 
Qual é a massa média dos pedaços que caíram 
no Oceano Pacífico? 
a) 19kg b) 76kg c) 95kg 
d) 480kg e) 500kg 
Resolução 
M’ = 0,20M = 0,20 . 143 000kg = 28 600kg 
m = = kg ≅ 19kg 
Resposta: A 
 A Mir girou ao redor da Terra a uma altura de, 
aproxima da mente, 400 quilômetros. O diâmetro 
da Terra mede cerca de 12 700km e sua circun - 
ferência, cerca de 40 000km. 
Estime a distância total que a Mir percorreu 
durante as 87600 voltas realizadas enquanto 
estava em órbita. Adote π = 3 
Dê a resposta em km, com notação científica e 
com dois algaris mos significativos. 
a) 3,1 . 109km b) 3,5 . 109km 
c) 3,7 . 109km d) 4,2 . 109km 
e) 3,5 . 1010km 
Resolução 
R = RT + h = 6350km + 400km = 6750km 
C = 2πR = 6 . 6750km = 40500km 
Δs = n C = 87600 . 40500km 
Δs = 3548.105km 
Δs = 3548.106km 
Δs = 3,5 . 109km 
Resposta: B 
28600 
–––––– 
1500 
M’ 
–––– 
1500 
680 . 87600 
–––––––––––– 
15 . 365 
s0 = 50,0m 
V = 72,0km/h 
450 – 250 
––––––––––– 
20,0 – 10,0 
s2 – s1 ––––––– 
t2 – t1 
Δs 
––– 
Δt 
Exercícios Resolvidos – Módulo 18 
 A função horária do espaço, para o movimento de um 
ponto material, é dada por: 
s = (a – 5,0)t2 + (b – 3,0) t + 7,0 (SI) 
Que valores devem assumir os parâmetros a e b para que o 
movimento seja uniforme e retrógrado? 
RESOLUÇÃO: 
No movimento uniforme, a função horária dos espaços é do 1.o 
grau, logo: a – 5,0 = 0 ⇒ a = 5,0. 
No movimento retrógrado, V  0, assim: 
 V = b – 3,0  0 
b  3,0 
Respostas: a = 5,0 b  3,0 
 Um automóvel desloca-se em uma estrada com movi - 
mento uniforme. No instante inicial (t0 = 0), o automóvel passa 
pelo km 20 e duas horas depois passa pelo km 160. 
a) Determine a velocidade escalar do automóvel. 
b) Determine a função que relaciona a posição do automóvel com 
o tempo. Adote para origem dos espaços o marco km 30. 
RESOLUÇÃO: 
a) 
Δs 140 (km) 
V = –––– = ––––––––––– ⇒ V = 70km/h 
Δt 2 (h) 
b) s = – 10 + 70t (s em km, t em h) 
S = S0 + V . t 
S = (b – 3,0)t + 7,0 
Exercícios Propostos – Módulo 18
FÍSICA 115 
 (VUNESP-MODELO ENEM) – Conhecida pelo nome de 
seu ideali zador, a sonda de Behm determinava com precisão a 
profundidade do leito oceânico. Consistia em um cartucho 
explosivo que era detonado na água, em um dos lados do 
casco do navio. O abalo pro du zido, propagan do-se na água, 
atingia o leito do mar e refletia-se para a superfície, onde, do 
outro lado da embar cação, um microfone protegido do som 
inicial pelo casco do navio recolhia o eco proveniente do fun do. 
Um navio em águas oceânicas, após detonar uma sonda, 
registra o eco 1,2s após a detonação. Sa ben do-se que o 
módulo da veloci dade de propa ga ção do som na água do mar 
é 1,4 . 103m/s, a pro fun didade local do leito é, aproxima da - 
mente, 
a) 260m b) 420m c) 840m 
d) 1 260m e) 1 680m 
RESOLUÇÃO: 
1) O intervalo de tempo dado (1,2s) é o tempo gasto pelo abalo 
para ir até o fundo do mar e voltar. 
Portanto, o tempo gasto para percorrer a profundidade d do 
ocea no é apenas a metade, 0,60s. 
2) Δs = Vt (MU) 
d = 1,4 . 103 . 0,60(m) 
Resposta: C 
d = 8,4 . 102m 
Exercícios Resolvidos – Módulo 19 
 Um carro move-se com velocidade escalar 
constante de 100km/h sobre uma estrada retilí - 
nea, e seu movimento é acom panhado numa 
tela de radar. Um trecho de 5,0km de compri - 
mento da estrada aparece na tela como tendo 
10,0cm. Quando o carro está no marco zero da 
estrada, o ponto luminoso está na origem do 
sistema de coordenadas na tela do radar. 
Sabendo-se que no instante t0 = 0 (origem dos 
tempos) o carro está em um ponto da estrada 
que dista 10,0km do marco zero, obtenha 
a) a velocidade escalar do ponto luminoso na 
tela do radar, em m/h; 
b) a equação horária para o movimento do 
ponto luminoso, com s em centímetros e t 
em horas. 
Resolução 
a) A escala que relaciona as distâncias na tela 
do radar e na estrada é dada por uma regra 
de três: 
5,0km –––––––––––––– 10,0cm 
D km –––––––––––––– d cm 
D em km 
5,0 d = 10,0 D ⇒ d = 2,0 D   d em cm 
Para D = 100km, temos d = 200cm = 2,0m. 
A velocidade do carro de 100km/h 
corresponde na tela do radar a uma 
velocidade de 2,0m/h. 
b) De acordo com o texto, s0 = 10,0km para o 
carro e s0 = 20,0cm na tela do radar. 
Vtela = 2,0m/h = 200cm/h 
Portanto: s = s0 + V t 
t em horas  s em centímetros 
Respostas:a) V = 2,0m/h 
b) s = 20,0 + 200t 
 (MODELO ENEM) – Uma bolinha está-se 
deslocando com velocidade cons tante de mó - 
du lo V ao longo da reta AB indicada na figura. 
A luz solar incide perpendicularmente à sua 
trajetória, pro vo cando o aparecimento de uma 
sombra no plano inclinado CB. 
O ângulo θ indicado na figura é um ângulo 
agudo (menor que 90°). 
P1,P2,P3,… posições da bolinha ao longo da 
reta AB. 
S1,S2,S3,… posições da sombra da bolinha ao 
longo da reta CB. 
A velocidade da sombra da bolinha tem módulo 
a) igual a V para qualquer valor de θ. 
b) maior que V. 
c) menor que V. 
d) maior ou menor que V, dependendo do 
ângulo θ. 
e) igual a V somente se θ = 45°. 
Resolução 
No mesmo intervalo de tempo, a bolinha vai de 
A para B e a sombra vai de C para B. 
Como a sombra percorre distância maior que a 
bolinha, no mes mo intervalo de tempo, 
concluímos que a velocidade da sombra é 
maior que a da bolinha. 
Resposta: B 
 (UFT-MODELO ENEM) – Em uma tem - 
pes tade, o som da descarga atmos férica é 
observado depois de seu respectivo clarão, que 
acon tece quase que instantaneamente. Foi 
obser vado inicialmente que havia um tempo 
médio de 7s de atraso entre os clarões e seus 
respectivos sons. Após 1 minuto, o tempo 
médio de atraso passou a ser de 13s. 
Considerando-se que o módulo da velocidade 
de propagação do som na atmosfera é de 
aproximadamente 340m/s, podemos afirmar: 
a) A tempestade está-se aproximando do 
observador com uma velocidade de módulo 
22m/s. 
b) A tempestade está parada com relação ao 
observador. 
c) A tempestade está-se afastando do obser - 
vador com uma velocidade de módulo 
22m/s. 
d) A tempestade está-se afastando do obser - 
vador com uma velocidade de módulo 34m/s. 
s = 20,0 + 200 t
Resolução 
1) Distância inicial do local do raio ao observa - 
dor: d1 = Vsom . T1 
2) Distância final do local do raio ao observa - 
dor: d2 = Vsom . T2 
3) Velocidade com que a tempestade se afasta 
do observador: 
116 FÍSICA 
V = = 
V = 
340 . (13 – 7) 
––––––––––––– 
V = (m/s) 
V = 34m/s 
Resposta: D 
60 
Vsom (T2 – T1) 
–––––––––––––– 
Δt 
Δd 
––– 
Δt 
d2 – d1 ––––––– 
Δt 
Exercícios Propostos – Módulo 19 
 Dois móveis, A e B, percorrem uma mesma trajetória reti - 
lí nea com movimentos uniformes e velocidades com inten sida - 
des respectivamente iguais a 2,0m/s e 1,0m/s e sentidos indi - 
cados na figura. No instante t0, o móvel A está posicionado em 
A0 e o móvel B em B0. 
Adotando-se o ponto 0 como origem dos es pa ços e o ins tante 
t0 como origem dos tem pos, determine 
a) as equações horárias para os movimentos de A e B; 
b) a distância entre os móveis A e B no instante t1 = 10,0s. 
RESOLUÇÃO: 
a) sA = 1,0 + 2,0 t (SI) 
sB = – 1,0 – 1,0 t (SI) 
b) Em t = 10,0s: 
d = 21,0 – (–11,0) ⇒ d = 32,0m 
 Um cidadão ouve o trovão 4,0s após ter visto o relâmpago. 
A velocidade do som no ar é praticamente constante e tem 
módulo igual a 340m/s. Determine a distân cia entre o cidadão 
e o local onde foi produzido o relâmpago. 
RESOLUÇÃO: 
Δs = V . Δt ⇒ Δs = 340 . 4,0 (m) ⇒ Δs = 1360m 
 Considere o seguinte texto: 
“Podemos medir o tempo de reação de uma pessoa usando o 
seguinte processo: a pessoa fica com a mão próxima de uma 
campainha enquanto observa uma lâmpada que deverá acen - 
der-se subitamente; quando a luz aparece, a pessoa aciona a 
campainha rapidamente. O tempo de reação da pessoa, para 
as mãos, é o intervalo de tempo decorrido entre a luz aparecer 
e a campainha tocar; esse tempo é medido por um cronômetro 
eletrônico ligado entre a lâmpada e a campainha e é da ordem 
de 0,20s. 
Para os pés, o tempo de reação é, aproximadamente, 0,40s, 
pois os impulsos nervosos que comandam o movimento dos 
pés, a partir do cérebro, devem per correr uma distância de, 
aproximadamente o dobro da distância do cérebro às mãos.” 
Com base neste texto, responda às questões que se seguem: 
a) Estime o valor do módulo da velocidade de trans missão dos 
impulsos nervosos; 
b) Considere um carro a 72km/h quando o motorista vê um 
obstáculo à frente. Qual a distância per corrida pelo carro 
desde a visão do obstáculo até o motorista acionar o freio? 
RESOLUÇÃO: 
Δs 
––– 
Δt 
1,0 (m) 
––––––––– 
0,20 (s) 
a) V = = ⇒ 
V = 5,0m/s 
b) Δs = V Δt ⇒ Δs = 20 . 0,40 (m) ⇒ Δs = 8,0m
H—h 
(H – h) 
——— 
H 
FÍSICA 117 
 (INEP-MODELO ENEM) – Sabe-se que o tempo que um 
motorista leva para pôr os pés no freio, a partir do instante em 
que ele vê um acontecimento (tempo de reação), é de, aproxi - 
madamente, 0,70 segundo. Se um carro está trafegando numa 
avenida a 108km/h (igual a 30,0m/s), apenas nesse intervalo de 
tempo de reação do motorista o carro percorrerá uma distância 
de, aproximadamente, 
a) 2,0m b) 10,0m c) 21,0m 
d) 40,0m e) 50,0m 
RESOLUÇÃO: 
Δs = V t (MU) 
D = 30,0 . 0,70 (m) 
D = 21,0m 
Resposta: C 
 Um trem possui 12 vagões de 10m de 
com pri mento ca da um e uma locomotiva de 
15m de comprimento. Sua velocidade es calar é 
constante e igual a 45m/s. Deter mine em 
quanto tempo o trem ultrapassa com ple - 
tamente 
a) um poste ao lado da ferrovia; 
b) a plataforma de 90m de comprimento de 
uma es tação ferro viária. 
Resolução 
LTREM = 12 . 10 + 15 (m) ⇒ LTREM = 135m 
a) Para ultrapassar um poste: 
ΔsTREM = LTREM + Lposte 
Como Lposte  LTREM 
ΔsTREM ≅ LTREM = 135m 
Δt = ≅ (s) 
Δt ≅ 3,0s 
b) ΔsTREM = LTREM + Lplataforma = 225m 
Δt = = (s) 
 (UFSC-MODELO ENEM) – Um trem A, de 
150m de compri men to, deslocando-se de Sul 
para Norte, começa a atraves sar uma ponte 
férrea de pista dupla com trilhos retilí neos, no 
mesmo instante em que outro trem, B, de 500m 
de compri men to, que se desloca de Norte para 
Sul, inicia a traves sia da mesma ponte. 
O maquinista do trem A observa que seu trem 
se desloca com velocidade constante de mó - 
dulo 36km/h, enquanto o maqui nis ta do trem B 
verifica que seu trem está com veloci dade 
cons tan te de módulo 72km/h, ambas as veloci - 
dades medidas em relação ao solo. Um obser - 
va dor, situado em uma das extremi dades da 
ponte, observa que os trens completam a tra - 
ves sia da ponte no mesmo intervalo de tempo. 
Assinale a proposição correta. 
a) Como o trem B tem uma velocidade, em 
módulo, igual ao dobro da velocidade do 
trem A, é impossível que gastem o mesmo 
tempo para atravessar a ponte. 
b) Não podemos calcular o comprimento da 
ponte, pois não foi dado o tempo gasto 
pelos trens para atravessá-la. 
c) O comprimento da ponte é de 125m. 
d) O tempo gasto pelos trens para atravessar a 
ponte é de 15s. 
e) O comprimento da ponte é de 200m e o 
tempo gasto pelos trens para atravessá-la é 
de 35s. 
Resolução 
O trem começa a atravessar a ponte quando 
sua dianteira está no início da ponte e termina 
de atravessá-la quando sua traseira está no 
final da ponte. 
A distância total percorrida pelo trem na traves - 
sia da ponte é a soma de seu comprimento 
com o da ponte. 
VT= = ⇒ 
De acordo com o enunciado temos: ΔtA = ΔtB 
= 
= 
300 + 2LP = 500 + LP 
e Δt = (s) 
Resposta: E 
 (MODELO ENEM) – Em uma rua escura, 
está acesa uma única lâmpada L a uma altura H 
do solo horizontal. 
Uma pessoa de altura h caminha em trajetória 
re ti lí nea com velocidade constante de módulo 
V, em relação ao solo. 
Seja S a sombra de sua cabeça projetada no 
solo. 
A velocidade de S, em relação ao solo, tem 
módulo 
a) variável. b) igual a V. 
c) igual a V. d) igual a V. 
e) igual a . 
Resolução 
Tomando-se o ponto A como origem dos 
espaços e orientando-se a trajetória de A para 
S, temos: 
—– 
AB 
= espaço no movimento da pessoa: sP 
—– 
AS 
= espaço no movimento da sombra da 
cabeça: sS 
H 
——— 
H – h 
Δt = 35s 
150 + 200 
–––––––––– 
10 
LP = 200m 
500 + LP –––––––– 
20 
150 + LP –––––––– 
10 
LB + LP –––––––– 
VB 
LA + LP –––––––– 
VA 
LT + LP Δt = –––––––– 
VT 
LT + LP –––––––– 
Δt 
Δs 
––– 
Δt 
Δt = 5,0s 
225 
––––– 
45 
ΔsTREM ––––––– 
V 
135 
––––– 
45 
ΔsTREM ––––––– 
V 
Exercícios Resolvidos – Módulo 20
Da semelhança dos triângulos ALS e BCS, 
vem: 
Porém : 
––– 
LA = H; 
––– 
CB = h; 
––– 
AS = sS; 
––– 
BS = sS – sP 
118 FÍSICA 
H sS Portanto : —– = —–—— 
h sS – sP 
H (sS – sP) = h sS 
H sS – Hsp = hsS 
sS (H – h) = HsP 
H 
sS = —––– sP H – h 
Dividindo-se os dois membros pelo intervalo de 
tempo Δt, vem: 
Resposta: B 
––– ––– 
LA AS 
–––––––– = – – ––––––– 
CB BS 
H 
Vs = —––— V 
H – h 
Exercícios Propostos – Módulo 20 
 Quantos segundos gasta um trem de 60m de com pri men - 
to e com velo ci dade escalar cons tan te de 36km/h, para 
atravessar uma ponte de 40m de compri men to? 
RESOLUÇÃO: 
Δt = = ⇒ Δt = ⇒ 
 (UFCE) – Determine o intervalo de tempo para que um 
trem de 240m, com velocidade escalar constante de 108km/h, 
atra vesse comple ta mente um túnel de comprimento 1980m. 
RESOLUÇÃO: 
ΔsT = LTR + LTU = 2220m 
Δt = = (s) ⇒ 
 Um automóvel de 5,0m de comprimento está em movi - 
mento uniforme com velocidade escalar de 54,0km/h. A circun - 
ferência externa do pneu do auto mó vel tem raio de 50cm. 
Adotando-se π ≅ 3, pedem-se: 
a) o intervalo de tempo para que o carro atravesse com - 
pletamente um túnel de 40,0m de comprimento; 
b) o número de voltas dadas pelo pneu do carro du rante essa 
travessia. 
RESOLUÇÃO: 
a) ΔsA = LA + LT = 5,0 + 40,0 (m) ⇒ ΔsA = 45,0m 
Δt = = (s) ⇒ 
b) L = 2πR L = 2 . 3 . 0,50(m) L = 3,0m 
N = = ⇒ 
 (MODELO ENEM) – Num relógio con ven cional, que fun - 
ciona correta men te, o ponteiro dos minutos tem 1,00cm de 
com pri mento e o das horas, 0,80cm. Entre o meio-dia e a meia-noite, 
a diferença entre a distância percorrida pela ponta do 
ponteiro dos minutos e a distância percorrida pela ponta do 
ponteiro das horas é aproximadamente igual a: 
a) 35,2cm b) 70,3cm c) 75,4cm 
d) 140,8cm e) 145,4cm 
Dados: 
1) O comprimento de uma circunferência de raio R vale 2πR. 
2) O período do ponteiro das horas vale 12h. 
3) O período do ponteiro dos minutos vale 1h. 
4) O valor de π a ser usado é 3,14. 
RESOLUÇÃO: 
As distâncias percorridas pelas extremidades dos pon teiros dos 
minutos e das horas, no intervalo de tempo considerado, são, 
respectivamente, ΔsM e ΔsH. 
ΔsM = 12 . 2π RM e ΔsH = 2π RH 
Sendo D a diferença pedida, temos: 
D = ΔsM – ΔsH ⇒ D = 12 . 2π RM – 2π RH 
D = 2π (12RM – RH) ⇒ D = 2 . 3,14 (12 . 1,0 – 0,80) cm 
Da qual: 
Resposta: B 
D ≅ 70,3cm 
Δs 
––– 
L 
45,0 (m) 
–––––––– 
3,0 (m) 
N = 15 voltas 
Δs 
––– 
V 
45,0 
–––– 
15,0 
Δt = 3,0s 
Δs 
––– 
Δt 
2220 
––––––– 
30 
Δt = 74s 
Δs 
––– 
V 
Lp + Lt ––––––– 
V 
100m 
–––––– 
10m/s 
Δt = 10s
FÍSICA 119 
 A distância que separa dois automóveis, 
num dado ins tante (t0), é 50km. Ambos per - 
correm a mesma estrada retilínea, no mesmo 
sentido com movimentos uniformes. O carro 
da frente tem velocidade escalar de 60km/h e o 
de trás, 70km/h. 
a) Determine após quanto tempo o de trás 
alcançará o da frente. 
b) Quantos quilômetros deverá andar o de trás 
até alcançar o da frente? 
Resolução 
a) 
Adotando-se como origem dos espaços a 
posição do corpo A no instante t0: 
SA = S0 + VAt ⇒ SA = 70t (S em km; 
t em h) 
SB = S0 + VBt ⇒ SB = 50 + 60t (S em km; 
t em h) 
No encontro: SA = SB 
70tE = 50 + 60 . tE ⇒ 10tE = 50 
tE = 5,0h 
b) ΔsA = VA tE 
ΔsA = 70 . 5,0 (km) 
(PISA-MODELO ENEM) – Texto para as 
ques tões de a . 
À VOLTA DA MONTANHA 
Desde sempre que os textos de matemática 
incluem problemas para os leitores resolverem. 
O problema seguinte é adaptado de um 
problema de um livro de matemática de um 
autor chinês do século V. O li é uma antiga 
unidade de medida de comprimento chinesa. 
Cada li equivalia a, aproxima damente, 500 
metros. 
 Uma estrada circular à volta de uma 
montanha tem 300 li de com primento. Três 
pessoas, A, B e C, percorrem a estrada. A 
pessoa A caminha a 150 li por dia, a pessoa B, 
a 120 li por dia e a pessoa C, a 90 li por dia. Se 
partirem todas do mesmo ponto, ao mesmo 
tempo, e caminharem no mesmo sentido, ao 
fim de quantos dias voltarão a encontrar-se no 
ponto de partida pela primeira vez? 
a) 5d b) 8d c) 10d 
d) 12d e) 15d 
Resolução 
V = 
150 = ⇒ 
120 = ⇒ 
90 = ⇒ 
Para que as três pessoas se encontrem, no 
ponto de partida, o intervalo de tempo deve ser 
múltiplo dos três períodos. 
Isto ocorre para Δt = 10d 
A pessoa A terá dado 5 voltas, a pessoa B, 4 
voltas e a pessoa C, 3 voltas. 
Resposta: C 
 Imagine que existisse uma quarta pessoa, 
D, que partisse do mes mo ponto, ao mesmo 
tempo, caminhando por dia sempre a mes ma 
distância, mas em sentido contrário. D 
encontraria C ao fim de dois dias. 
A velocidade escalar de D, medida em li por 
dia, seria de: 
a) 150 b) 90 c) 60 
d) 40 e) 30 
Resolução 
Para o encontro, devemos ter 
|ΔsD| + |ΔsC| = C 
VD Δt + VC Δt = C 
VD + VC = 
VD + 90 = 
C 
––– 
Δt 
300 
–––– 
2 
Resposta: C 
 As pessoas B e D partindo juntas de uma 
mesma posição X, em sentidos opostos, com 
as velocidades anteriormente citadas, voltarão 
a se encontrar na mesma posição X após: 
a) 2d b) 3d c)5d 
d) 6d e) 8d 
Resolução 
Δs 
––– 
Δt 
VD = ⇒ 60 = ⇒ 
TE = mmc (TB e TD) = mmc (2,5d; 5d) = 5d 
Resposta: C 
300 
–––– 
TD 
TD = 5d 
VD = 60li/d 
300 
–––– 
TC 
10d 
TC = –––– 
3 
300 
–––– 
TB 
TB = 2,5d 
300 
–––– 
TA 
TA = 2d 
C 
–– 
T 
ΔsA = 350km 
Exercícios Resolvidos – Módulo 21 
 Dois móveis, A e B, deslocam-se sobre uma mesma reta, 
segundo as equações horárias: 
xA = – 40 + 5,0t e xB = 100 – 2,0t, 
com as abscissas medidas em metros e os instantes em 
segun dos. 
a) Calcule o instante e o local de encontro entre A e B. 
b) Calcule a distância percorrida por cada móvel, des de a ori gem 
dos tempos até o instante de en con tro. 
RESOLUÇÃO: 
a) No encontro: xA = xB 
– 40 + 5,0 tE = 100 – 2,0 tE ⇒ 7,0 tE = 140 ⇒ 
t = tE = 20s 
xA = xE = 60m 
tE = 20s 
Exercícios Propostos – Módulo 21
b) ΔxA = VA tE = 5,0 . 20 (m) = 100m 
ΔxB = VB tE = 2,0 . 20 (m) = 40m 
 As velocidades escalares de dois pontos materiais, A e B, 
são constantes. A figura os representa no instante t = 0 e as 
setas indicam o sentido de cada movimento. Também estão 
indicados os módulos das suas veloci dades escalares. 
a) Escreva a função horária dos espaços de cada um e deter - 
mine o instante de encontro. 
b) Determine o local de encontro. 
RESOLUÇÃO: 
a) Como os movimentos são uniformes, as funções horárias são 
do tipo: s = s0 + V . t 
sA = –2,0 + 1,0t (SI) ⇒ sB = 4,0 – 2,0 t (SI) 
No encontro: sA = sB 
–2,0 + 1,0tE = 4,0 – 2,0 tE ⇒ 
b) No instante tE = 2,0s: 
sA = –2,0 + 1,0 (2,0) (m) ⇒ sA = 0 
Assim, concluímos que os corpos encontram-se na origem dos 
espaços. 
 Eduardo e Bena, um jovem casal, costumam fazer cami - 
nhadas matinais em torno de um lago percorrendo uma circun - 
ferência de comprimento 600m. 
Os dois partem de uma mesma posição, no mesmo instante, 
com movimentos uniformes em sentidos opostos. Eduardo 
tem velocidade escalar com módulo 1,5m/s e Bena tem 
velocidade escalar com módulo 1,0m/s. 
Determine 
a) o tempo gasto por cada um para completar uma volta. 
b) o intervalo de tempo desde a partida para que se encontrem 
pela primeira vez. 
120 FÍSICA 
RESOLUÇÃO: 
a) Δs = Vt (MU) 
Δs = V t 
1) 600 = 1,5 t1 
t1 = 400s 
2) 600 = 1,0t2 
b) Para o encontro: 
ΔsE + ΔsB = 600 
1,5tE + 1,0tE = 600 
2,5tE = 600 ⇒ 
Respostas:a) Eduardo: 400s Bena: 600s 
b) 240s 
tE = 240s 
	 (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – O sr. José sai de 
sua casa caminhan do com velocidade escalar constante de 
3,6km/h, dirigindo-se para o supermercado que está a 1,5km. 
Seu filho Fernão, 5 minutos após, corre ao encontro do pai, 
levando a carteira que ele havia esquecido. Sabendo-se que o 
rapaz encontra o pai no instante em que este chega ao 
supermercado, podemos afirmar que a velocidade escalar 
média de Fernão foi igual a: 
a) 5,4km/h b) 5,0km/h c) 4,5km/h 
d) 4,0km/h e) 3,8km/h 
RESOLUÇÃO: 
1) Tempo gasto pelo sr. José: 
Δs = V t (MU) 
3,6 
–––– 
3,6 
1500 = t1 ⇒ 
t1 = 1500s 
t2 = 600s 
tE = 2,0s
FÍSICA 121 
2) Tempo gasto pelo filho: 
t2 = t1 – 300s 
t2 = 1500s – 300s ⇒ 
3) Velocidade escalar média do filho: 
Vm = 
Vm= = 1,25 
Vm = 1,25 . 3,6 = 4,5km/h 
Resposta: C 
t2 = 1200s 
Δs 
––– 
Δt 
km 
––– 
h 
1500m 
––––––– 
1200s 
m 
––– 
s 
 O gráfico a seguir representa o espaço (s) 
de um atle ta em função do tempo de trajeto (t). 
Assinale a opção correta: 
a) a trajetória descrita pelo atle ta é retilínea; 
b) a velocidade escalar do atle ta é crescente; 
c) o atleta partiu da origem dos espaços; 
d) a velocidade escalar do atleta, no instante 
t = 5s, vale 2m/s; 
e) a distância percorrida pelo atleta, no inter - 
valo de 0 a 10s, vale 30m. 
Resolução 
a) Falsa, pois com os dados fornecidos a 
trajetória está inde terminada. 
b) Falsa. Sendo o movimento uniforme 
(diagrama s x t é cons ti tuído de uma reta 
inclinada), a velocidade escalar é cons tante. 
c) Falsa. A posição inicial do atleta é tal que 
s0 = 10m. 
d) Verdadeira. 
V = = (m/s) 
e) Falsa. No movimento progressivo: 
d = Δs = V . Δt = 2 . 10 (m) ⇒ d = 20m 
Resposta: D 
 (PISA-MODELO ENEM) 
MEDINDO O TEMPO COM VELAS 
Tanto quanto se sa be, no século IX, o rei de 
Ingla terra, Alfred, o Grande, in ven tou um pro - 
ces so de medir o tem po com velas. Utili zou 6 
velas cilín dricas, todas com o mesmo diâ me tro 
e mes ma altura, e graduou cada uma delas ao 
longo da sua altu ra, co locan do marcas de 
2,5cm em 2,5cm. As velas eram colocadas 
den tro de uma proteção, como a da fo to grafia, 
para evitar o contato com o ven to. As 6 velas 
queimavam suces siva mente e, quando a 
última se apa gava, tinham passado as 24 horas 
do dia. Verificou que uma vela ardia 2,5cm em 
20 minutos, de um modo uniforme. 
O gráfico que melhor representa a altura h de 
cada vela em função do tempo t em que a vela 
queima é mais bem traduzido por: 
a) h (cm) 
c) h (cm) 
b) h (cm) 
30 
0 24 t (h) 
d) h (cm) 
e) h (cm) 
Resolução 
Em 1d = 24h, as seis velas vão queimar 
totalmente, uma em se quência da outra. 
24h 
–––– 
6 
Cada vela queima em = 4h. 
A velocidade com que a vela queima vale: 
V = = = 7,5cm/h 
Como a vela queima em 4h, sua altura inicial H0 
é dada por: 
H0 = V Δt = 7,5 . 4h = 30cm 
Resposta: C 
 (MODELO ENEM) – Eduardo foi com seu 
cachorro ao super mer cado. O cachorro tem 
uma coleira com uma guia com um extenso fio. 
Na impossibilidade de entrar no supermercado 
com seu cachorro, Eduardo amarra a extre mi - 
dade do fio em um poste e vai fazer compras. 
O cachorro, inicialmente parado junto ao poste, 
corre com velo cidade constante, em linha reta, 
afastando-se do poste até o fio ficar comple - 
tamente esticado. 
Em seguida, o cachorro descreve uma 
trajetória circular em torno do poste com o fio 
esticado em seu comprimento máximo e sem 
enrolar no poste. 
Depois de um certo tempo, já muito cansado, 
o cão se dirige lentamente rumo ao poste, com 
velocidade constante, em linha reta, parando 
junto ao poste. 
Despreze o intervalo de tempo gasto pelo cão 
para acelerar e para frear. 
 
Assinale a opção que representa como a dis - 
tância d entre o cão e o poste varia com o tem - 
po t 
  
t 
a) 
  
t 
b) 
0 
d 
0 
d 
 
  
t 
c) 
0 
d 
 
  
t 
d) 
0 
d 
 
  
t 
e) 
0 
d 
 
V 
Poste 
cão afastando-se 
do poste 
V 
cão girando em 
torno do poste 
(vista de cima) 
V 
Poste 
cão 
aproximando 
do poste 
-se 
cm 
––– 
h 
2,5cm 
––––––– 
20 min 
2,5cm 
––––––– 
1 
–– h 
3 
30 
0 6 t (h) 
30 
0 4 t (h) 
7,5 
0 4 t (h) 
7,5 
0 1 t (h) 
V = 2m/s 
30 – 10 
–––––– 
10 – 0 
Δs 
––– 
Δt 
Exercícios Resolvidos – Módulo 22
Resolução 
1) Inicialmente o cão se afasta do poste com velocidade cons tante (movimento unifor me). A distância d cresce com o tem po t e o gráfico da 
função d = f(t) é um seg mento de reta crescente a partir da origem. O ângulo α é função crescente da velocidade do cão. 
2) Quando o cão descreve uma trajetória circular em torno do poste, a distância d permanece constante e o gráfico da fun ção d = f(t) será um 
segmento de reta paralela ao eixo dos tempos. 
3) Quando o cão volta a se aproximar do poste com velo cidade cons tante, a função d = f(t) passa a ser um seg mento de reta com d decrescente 
e, como o ângulo θ é função crescente da velocidade do cão e este está cansa do, a sua velocidade é menor e resulta θ  α. 
Resposta: D 
 Assinale a opção que indica a associação de gráficos que 
representam corretamente um mesmo movi men to uniforme. 
a) apenas (I) b) apenas (II) c) apenas (III) 
d) apenas (I) e (III) e) todos os três 
RESOLUÇÃO: 
A função horária dos espaços de um móvel em movimento 
uniforme é de 1.o grau em t, assim o respectivo diagrama horário 
dos espaços é constituído de uma reta oblíqua em relação ao eixo 
dos tempos. 
A referida função é crescente se o movimento for progressivo 
(V  0) e decrescente se o movimento for retrógrado (V  0). Em 
ambos os casos, a velocidade escalar é constante. 
Resposta: D 
 (ENEM) – Em uma prova de 100m rasos, o desem penho 
típi co de um corredor padrão é representado pe lo grá fi co a 
seguir: 
Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velo ci dade 
do corredor é aproximadamente cons tante? 
a) Entre 0 e 1 segundo. b) Entre 1 e 5 segundos. 
c) Entre 5 e 8 segundos. d) Entre 8 e 11 segundos. 
e) Entre 12 e 15 segundos. 
RESOLUÇÃO: 
Por simples leitura do gráfico, observamos que a velocidade 
escalar é constante entre os instantes t1 = 5s e t2 = 8s. 
Resposta: C 
 (UELON-PR-MODELO ENEM) – O atletismo moderno te - 
ve início em meados do século XIX, e muitas de suas provas 
atuais foram dis putadas já na Olimpíada de Atenas (Grécia) em 
1896. É nesse esporte que o Brasil tem o maior número de 
medalhas ganhas, seja em Olimpíadas e Campeonatos 
Mundiais, seja em Jogos Pan-Americanos. O gráfico a seguir, 
velocidade escalar versus tempo, corresponde à prova, fictícia, 
de 100 metros rasos entre dois dos melhores atletas 
brasileiros. Vamos supor que cada uma das curvas represente 
o desempenho de um dos atletas. Por exemplo, a Robson 
Caetano da Silva (medalha de bronze nas Olimpíadas de Seul, 
em 1988) associamos a linha pontilhada, enquanto a linha cheia 
corresponde ao desempenho do atleta Joaquim Cruz (medalha 
de ouro nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984). 
Sabendo-se que a prova foi concluída pelo vencedor em 10 se - 
gundos, é correto afirmar: 
a) Robson Caetano da Silva venceu a prova, e sua acele ração 
escalar no intervalo entre 0 e 3 segundos é menor que a de 
Joaquim Cruz. 
b) No intervalo entre 0 e 3 segundos, os corredores têm a 
mesma velocidade escalar e a mesma aceleração esca lar. 
c) Robson Caetano da Silva venceu a prova, e no inter valo 
entre 3 e 10 segundos ele e Joaquim Cruz têm a mesma 
velocidade escalar. 
122 FÍSICA 
Exercícios Propostos – Módulo 22
s = 12,0 – 2,0 . t (SI) 
t1 = 6,0s 
FÍSICA 123 
d) Joaquim Cruz venceu a prova, e sua aceleração escalar no 
intervalo entre 0 e 3 segundos é maior que a de Robson 
Caetano da Silva. 
e) Joaquim Cruz venceu a prova, e sua aceleração escalar no 
intervalo entre 10 e 14 segundos é maior que a de Robson 
Caetano da Silva. 
RESOLUÇÃO: 
Entre t = 3s e t = 10s, os dois gráficos estão superpostos evi - 
denciando que as velocidades escalares de Robson e Joaquim são 
iguais. 
Até o instante t = 3s, a velocidade escalar de Robson é maior (pon - 
tilhado acima da linha cheia) e por isso Robson venceu a corrida. 
Resposta: C 
 (UFRN-MODELO ENEM) – A cidade de João Câmara, a 
80km de Natal, no Rio Grande do Norte (RN), tem sido o 
epicentro (ponto da superfície terrestre atingido em primeiro 
lugar, e com mais intensidade, pelas ondas sísmicas) de alguns 
terremotos ocorridos nesse estado. O departamento de Física 
da UFRN tem um grupo de pesquisadores que trabalha na área 
de sismologia utilizando um sismógrafo instalado nas suas 
depen dências, para detecção de terremotos. Num terremoto, 
em geral, duas ondas, denominadas de primária (P) e 
secundária (S), percorrem o interior da Terra com velocidades 
diferentes. 
Dados referentes às ondas P e S, associadas a um terremoto 
ocorrido no Rio Grande do Norte. 
Admita que as informações contidas no gráfico anterior são 
referentes a um dos terremotos ocorridos no RN. Considere 
ainda que a origem dos eixos da figura é coincidente com a 
posição da cidade de João Câmara. 
Diante das informações contidas no gráfico, é correto afirmar 
que a onda mais rápida e a diferença de tempo de chegada das 
ondas P e S ao sismógrafo da UFRN, em Natal, correspondem, 
respectivamente, 
a) a onda S e 4 segundos. b) a onda P e 8 segundos. 
c) a onda P e 16 segundos. d) a onda S e 24 segundos. 
RESOLUÇÃO: 
De acordo com o gráfico, a onda P chegou a Natal (80km) em 16s, 
e a onda S, em 24s. Portanto, a onda P é mais rápida e Δt = 8s. 
Resposta: B 
Exercícios Resolvidos – Módulo 23 
 O gráfico abaixo re presenta o espaço (s) 
em função do tempo (t) para o mo vi men to de 
um pon to ma te rial. 
a) Calcule a velo ci dade es calar e o es paço 
inicial. 
b) Classifique o mo vi mento e escre va a 
equação ho rá ria do espaço. 
c) Determine o instante t1 em que o ponto 
material pas sa pela origem dos espaços. 
Resolução 
a) I. Do diagrama, sabemos que, para 
t1 = 2,0s, tem-se s1 = 8,0m e para 
t2 = 4,0s, s2 = 4,0m. 
Sendo o movimento uniforme, a fun - 
ção horária dos espaços é do tipo: 
s = s0 + V . t. 
Substituindo-se nessa expressão os 
valores conhe ci dos, obtemos o 
sistema: 
{8,0 = s0 + V . 2,0 4,0 = s0 + V . 4,0 
Resolvendo-se o sistema de equações, 
vem: 
s0 = 12,0m e 
V = –2,0 m/s 
4,0 – 8,0 
–––––––– 
4,0 – 2,0 
Δs 
––– 
Δt 
II. V = = (m/s) 
V = –2,0 m/s 
s = s0 + V . t 
8,0 = s0 – 2,0 . 2,0 (m) 
b) O movimento é uniforme e retrógrado 
(V  0) e sua equa ção horária é: 
s = s0 + V . t 
c) Na origem dos espaços, s = 0, e no instante 
t1, teremos: 
0 = 12,0 – 2,0 . t1 (SI) 
Portanto: 
 (MODELO ENEM) – Considere o gráfico 
posição x tempo para um carro que se desloca 
ao longo de uma estrada retilínea (eixo Ox) 
onde a velocidade máxima permitida é de 
80km/h. 
s0 = 12,0m
Tendo como base o gráfico acima, considere as 
afirmações: 
I. O carro partiu da origem. 
II. O carro nunca se afastou mais do que 
100km do seu ponto de partida. 
III. O carro excedeu o limite de velocidade 
entre a 2.a e a 3.a hora. 
IV. O carro deslocou-se sempre afastando-se 
da origem. 
V. O carro esteve sempre em movimento 
entre t = 0 e t = 7h. 
VI. A distância entre o ponto de partida e a 
posição em t = 7h é de 30km. 
Somente está correto o que se afirma em: 
a) II e III b) II e IV 
c) I e III d) V e VI 
e) IV, V e VI 
Resolução 
I. (F) Para t = 0 ⇒ x0 = 50km 
II. (V) O afastamento máximo é de 100km 
III. (V) V = = = 150km/h 
IV. (F) Quando x aumentou, o móvel se afas - 
tou da origem e quan do x diminuiu, o 
móvel se aproximou da origem. 
V. (F) Nos intervalos entre 1h e 2h e entre 3h 
e 5h, o móvel permaneceu parado. 
VI. (F) É nula. 
Resposta: A 
124 FÍSICA 
 (FMTM-MG-MODELO ENEM) – Na figu - 
ra, estão repre sen tados, num plano carte - 
siano, os gráficos posição x tempo do movi - 
mento de dois carros, A e B, que percorrem 
uma mesma reta. 
Se esses carros se mantiverem em movimento 
com as mes mas carac terísticas, durante o 
tempo sufi cien te, eles deverão cruzar-se no 
instante e na posição iguais, respectivamente, 
a 
a) 10s; 200m. b) 10s; 300m. 
c) 20s; 400m. d) 25s; 400m. 
e) 20s; 200m. 
Resolução 
1) Cálculo das velocidades escalares de A e B. 
400 – 600 
––––––––– 
VA = (m/s) = – 40m/s 
5,0 
100 – 0 
––––––––– 
VB = (m/s) = 20m/s 
2) Equações horárias para os movimentos de 
A e B. 
MU: s = s0 + Vt 
sA = 600 – 40t (SI) 
sB = 20t (SI) 
3) Cálculo do instante de encontro. 
No instante de encontro t = tE, os espaços 
de A e B são iguais: 
sA = sB 
600 – 40tE = 20tE 
60tE = 600 ⇒ 
4) A posição de encontro s = sE é obtida subs - 
tituindo-se o tempo de encontro tE = 10s 
em uma das equações horárias (A ou B): 
sB = 20t (SI) 
sE = 20 . 10 (m) 
sE = 200m 
Resposta: A 
tE = 10s 
5,0 
Δs 
V = –––– 
Δt 
150km 
––––––– 
1h 
Δx 
–––– 
Δt 
Exercícios Propostos – Módulo 23 
 (VUNESP) – O movimento de uma partícula efetua-se ao 
longo do eixo x. Num gráfico (x,t) desse mo vimento, podemos 
lo ca lizar os pontos P0(25;0), P1(20;1), P2(15;2), P3(10;3) e 
P4(5;4), com x em me tros e t em segun dos. 
a) Represente no grá fi co (x, t) os pontos da dos; 
b) Identifique o tipo de movimento; 
c) Deduza a equação ho rária do movi men to; 
d) Qual a distância per corrida entre os ins tantes 0 e 5s? 
RESOLUÇÃO: 
a) 
b) Movimento uniforme e retrógrado. 
c) Do diagrama, conclui-se que no instante t = 0s o espaço do 
móvel é s0 = 25m. Sendo o movimento uniforme: 
Δs 
––– 
Δt 
5 – 25 
–––––– 
4 – 0 
V = = (m/s) ⇒ V = – 5m/s 
A função horária dos espaços é do tipo s = s0 + V . t, então: 
s = 25 – 5 . t (SI). 
d) d = |ΔS| = |V| . Δt ⇒ d = 5 . 5 (m) ⇒ d = 25m
tE = 30s 
FÍSICA 125 
 (FUVEST-MODELO ENEM) – O gráfico ilustra a po si ção s, 
em função do tem po t, de uma pes soa caminhando em linha 
reta durante 400 se gun dos. Assi na le a alterna tiva cor reta. 
a) A velocidade escalar no instante t = 200s vale 0,50m/s. 
b) Em nenhum instante a pessoa parou. 
c) A distância total percorrida durante os 400 se gundos foi 
120m. 
d) O deslocamento escalar durante os 400 segundos foi 180m. 
e) O módulo de sua velocidade escalar no instante t = 50s é 
me nor do que no instante t = 350s. 
RESOLUÇÃO: 
a) Falsa, pois, no intervalo de tempo 100s  t  300s, o móvel 
encontra-se em repouso. 
b) Falsa. 
c) Verdadeira: 
d = |Δsida| + |Δsvolta| 
d = 100m + 20m ⇒ d = 120m 
d) Falsa. Δs = s2 – s1 ⇒ Δs = 80 – 0 (m) ⇒ Δs = 80m 
e) Falsa. No intervalo de tempo 0 ≤ t  100s: 
V1= = (m/s) ⇒ v1 = 1,0m/s 
No intervalo de tempo 300s  t  400s: 
V2= = (m/s) ⇒ v2 = –0,20m/s 
Assim, sendo |v1|  |v2|, concluímos que a afirmação é falsa. 
Resposta: C 
 (PUCC) – O movi mento dos corpos A e B é re pre sentado 
pelo gráfico po si ção x tem po. 
Su pon do-se que os mó veis per mane çam em seus estados de 
mo vi men to, po de-se afir mar que os cor pos se encon tram no ins - 
tante: 
a) 40s b) 30s c) 20s d) 10s e) 0 
RESOLUÇÃO: 
Os movimentos dos corpos A e B são uniformes e suas funções 
horárias dos espaços são do tipo s = s0 + V . t. 
Assim, de acordo com o diagrama: 
sA = 45 – 1,0t (SI) e sB = 0,50 t (SI) 
No instante do encontro: sB = sA 
0,50 tE = 45 – 1,0 tE ⇒ 1,5 tE = 45 ⇒ 
Resposta: B 
 (FFFCMPA-RS-MODELO ENEM) – Para responder à ques - 
tão, considere a figura a seguir, que repre senta uma circun - 
ferência na qual θ = 1 rad. Um inseto pode andar de diversas 
maneiras sobre os raios AB e BC e sobre o arco AC sempre 
com velocidade escalar constante. Os gráficos relacionam a 
distância d, do inseto ao centro da circunferência, em função 
do tempo. 
Δs 
––– 
Δt 
80 – 100 
––––––––– 
400 – 300 
Δs 
––– 
Δt 
100 – 0 
–––––––– 
100 – 0 
No Portal Objetivo 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL 
OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, 
digite FIS1M115
Os gráficos I, II e III podem referir-se, respectivamente, aos 
trajetos: 
a) ABCA, BCAB, ACBA. b) CBAC, BACB, ABCA. 
c) CBCA, BACB, BCAB. d) ABAC, BACB, BCAB. 
e) ABCA, BCAB, CAAC. 
RESOLUÇÃO: 
Se θ = 1 rad, então med(AC) = R e o tempo gasto para percorrer 
cada trecho (AB, BC e CA) é o mesmo. 
De A para B, d varia de R para zero. 
24 Velocidade relativa • Movimento relativo 
VBA = VB – VA 
126 FÍSICA 
De B para C, d aumenta de zero para R. 
De C para A, d permanece constante. 
Resposta: A 
1. Definição 
Consideremos dois móveis, A e B, percorrendo uma 
mesma trajetória retilínea, com velocidades escalares 
respectivamente iguais a VA e VB. 
A velocidade do carro A em re lação 
ao car ro B tem mó dulo de 200km/h e 
em relação ao carro C tem módulo de 
20km/h. 
Define-se velocidade esca lar relativa do móvel B, 
em re lação ao móvel A, co mo sendo a grandeza VBA 
dada por: 
Segue-se imediatamente que: 
2. Exemplos 
3. Regra prática 
Para obter o módulo da velocidade escalar relati va 
entre dois corpos, A e B, uti li zamos a seguinte regra 
prática, que decorre imediatamente da definição de velo - 
ci dade escalar relativa: 
Quando os móveis caminham no mesmo sentido, o 
mó dulo da velocidade escalar re la tiva é dado pela 
dife ren ça entre os módulos das velocidades esca - 
lares de A e B. 
|Vrel| = |VA| – |VB| 
(com |VA|  |VB|) 
Quando os móveis caminham em sentidos opos - 
tos, o módulo da velocidade re lativa é dado pela 
soma dos módulos das velocidades escalares de A 
e B. 
|Vrel | = |VA| + |VB| 
VAB = VA – VB e VBA = –VAB 
• Diferença de velocidades
B 
d 
––– 
T 
b) 
A 
d) 
A 
C 
FÍSICA 127 
VOANDO EM FORMAÇÃO 
? Saiba mais 
Na formação abaixo, um caça está em re pouso em 
relação ao outro, pois todos têm a mesma veloci dade 
em relação ao solo. 
 Determine o intervalo de tempo que um 
auto móvel, de 5,0m de comprimento, gasta 
para ultrapassar um caminhão de 15,0m de 
com primento. 
O automóvel e o caminhão estão em mo - 
vimento, no mesmo sentido, com velo cidades 
escalares constan tes de 72,0km/h e 36,0km/h, 
respectivamente. 
Resolução 
Em relação ao caminhão: 
Vrel = VA – VC ⇒ Vrel = 72,0 – 36,0 (km/h) 
Vrel = 36,0km/h = 10,0m/s 
Para efetuar a travessia, o automóvel deverá 
deslocar-se: 
ΔSrel = LC + LA ⇒ ΔSrel = 15,0 + 5,0 (m) 
ΔSrel = 20,0m 
20,0 
–––– 
10,0 
ΔSrel ––––– 
Vrel 
Δt = = (s) ⇒ 
 (VUNESP-MODELO ENEM) – Leia a 
tirinha a seguir. 
CALVIN - Bill Watterson 
O Sr. Jones mora 
a 80 km de você. 
Vocês dois saem 
de casa às 5 horas, 
dirigindo-se 
um ao encontro 
do outro. 
O Sr. Jones viaja 
a 55 km/h e você 
a 65 km/h. A que 
horas você e o Sr. 
Jones vão se 
encontrar na 
estrada? 
Com o trânsito 
das 5 horas, 
quem sabe? 
Eu sempre percebo 
as pegadinhas. 
Considerando-se as informações da tirinha e 
admitindo-se que a sua velo cidade escalar e a 
do Sr. Jones sejam constantes, ou seja, não se 
levando em conta os prováveis problemas de 
trân sito das 5 horas, o encontro entre vocês na 
estrada, suposta retilínea, ocorreria às 
a) 5h 20min b) 5h 30min c) 5h 40min 
d) 12h 40min e) 13h 
Resolução 
Vrel = ⇒ 120 = 
Δt = h = h 
Δt = . 60 min = 40 min 
Horário de encontro: TE = 5h + 40 min 
Resposta: C 
 (PISA-MODELO ENEM) – A fotografia 
abaixo é de estei ras rolantes. 
O gráfico distância-tempo, apresentado abaixo, 
permite com parar a marcha em cima da esteira 
rolante com a marcha ao lado da esteira rolante. 
Supondo-se que, no gráfico anterior, a veloci - 
dade com que as duas pessoas andam é apro - 
xi madamente a mesma, acrescen te ao gráfico 
uma semirreta (indicada pela letra C) que 
corres ponda a uma pessoa que permaneça 
imó vel na esteira rolante. 
a) 
c) 
e) 
Resolução 
Para o gráfico A, temos: VA = VE + VB (1) 
VE = velocidade da esteira 
VB = velocidade da pessoa 
De acordo com os dados do gráfico: 
2d 
–––– 
T 
VA = e VB = ⇒ VA = 2VB (2) 
Substituindo-se (2) em (1): 2VB = VE + VB 
VE = VB 
Quando a pessoa está imóvel em relação à 
esteira, sua velocidade é igual à da esteira e o 
gráfico C vai coincidir com o gráfico B. 
Resposta: B 
Δt = 2,0s 
D 
0 
D 
0 
D 
0 
t 
A 
C 
B 
D 
0 t 
t 
A  C 
B 
D 
0 t 
B 
t 
A 
C 
B  C 
2 
––– 
3 
2 
––– 
3 
80 
––– 
120 
80 
––– 
Δt 
Δsrel ––––– 
Δt 
(Bill Watterson, As Aventuras de Calvin e Haroldo) 
A velocidade resultante do míssil é a soma da veloci - 
dade do avião com a velocidade própria do míssil 
(velocidade do míssil em relação ao avião).

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Cinemática

  • 1. y = 10,00 reais y = 19,00 reais FÍSICA 65 Cinemática – Módulos 1 – Conceito de função 2 – Como representar uma função em um gráfico 1. Um exemplo para você entender a neces sidade da ideia de função Admita que você queira calcular o custo de uma corrida de táxi ao se percorrer uma certa distância. Para tanto, você é informado de que a “bandeirada” custa R$ 4,00 e, para cada quilômetro rodado, o preço adicional é de R$ 1,50. Vamos chamar de y o preço total da corrida (em reais) e de x a distância percorrida pelo táxi (em km) no percurso reali zado. Devemos encontrar uma igualdade matemática que nos permita, para cada valor da distância x, calcular o respectivo valor do custo y. Dizemos então que y será uma função de x, isto é, para cada valor da distância x, existe, em correspon - dência, um único valor do custo y. A expressão matemática que relaciona y e x, no exemplo mencionado, será: y = 4,00 + 1,50x em que x é a distância percorrida medida em quilôme - tros (km) e y é o preço da corrida calculado em reais. Exemplificando 1) Se o percurso do carro for de 4km, teremos: x = 4km ⇒ y = 4,00 + 1,50 . 4 (em reais) y = 4,00 + 6,00 (reais) ⇒ 2) Se o percurso do carro for de 10km, teremos: x = 10km ⇒ y = 4,00 + 1,50 . 10 (em reais) y = 4,00 + 15,00 (reais) ⇒ 2. Generalizando o conceito de fun ção Imagine dois conjuntos, A e B. Vamos indicar pela letra x um elemento pertencente ao conjunto A e pela letra y um elemento pertencente ao con junto B. Em linguagem matemática, escrevemos: x ∈ A (x pertence ao conjunto A) y ∈ B (y pertence ao conjunto B) O símbolo ∈ significa pertence. 3 – Proporcionalidade entre duas grandezas 4 – Trigonometria no triângulo retângulo 5 – O que é uma grandeza física vetorial? 6 – Introdução à Física 7 – Você sabe medir? 8 – Fundamentos da Cinemática I 9 – Fundamentos da Cinemática II 10 – Fundamentos da Cinemática III 11 – Velocidade escalar média I 12 – Velocidade escalar média II 13 – Velocidade escalar instantânea I 14 – Velocidade escalar instantânea II 15 – Aceleração escalar 16 – Classificação dos movimentos I 17 – Classificação dos movimentos II 18 – Movimento uniforme I 19 – Movimento uniforme II 20 – Movimento uniforme III 21 – Movimento uniforme IV 22 – Movimento uniforme V 23 – Movimento uniforme VI 24 – Velocidade relativa 1 Conceito de função • Função
  • 2. Por um critério bem determinado (expressão ma te mática), vamos associar a cada valor de x um único valor de y. Por exemplo: o critério a ser adotado (expressão ma temá - tica) é y = x2, em que x e y são números inteiros. Para x = 1, temos y = 12 = 1 Para x = 2, temos y = 22 = 4 Para x = 3, temos y = 32 = 9 ... Dizemos então que y é função de x e represen ta mos y = f(x). No Portal Objetivo Sabe-se que a posição S varia com o tem - po t para o movimento de um carro con forme a relação S = A + Bt Os valores de t e S são dados pela tabela t(h) 1,0 2,0 S(km) 140 220 Determine a) os valores de A e B b) o valor de S para t = 0,5h c) o valor de t para S = 80km Resolução a) t1 = 1,0h ⇔ S1 = 140km S = A + Bt ⇒ 140 = A + B . 1,0(1) t2 = 2,0h ⇔ S2 = 220km S = A + Bt ⇒ 220 = A + B 2,0 (2) Fazendo-se (2) – (1), vem: 220 – 140 = B Em (1): 140 = A + 80 . 1,0 A = 140 – 80 ⇒ A = 60 A é medido em km e B é medido em km/h b) S = 60 + 80t t3 = 0,5h ⇒ S3 = 60 + 80 . 0,5 (km) S3 = 60 + 40 (km) ⇒ c) S = 60 + 80t S3 = 100km S4 = 80km ⇒ 80 = 60 + 80t4 80 – 60 = 80t4 20 = 80t4 t4 = (h) 20 ––– 80 Respostas: a) A = 60km e B = 80km/h b) 100km c) 0,25h 66 FÍSICA ? Saiba mais t = 0 0 t =T 1 t = 2T 2 t = 3T 3 A altura h de um projétil em relação ao so - lo terrestre varia com o tempo t segundo a relação: h = 10,0 + 20,0t – 5,0t2 t é medido em segundos e h é medido em metros. O projétil foi lançado no instante t1 = 0 e atinge sua altura máxima no instante t2 = 2,0s. Determine a) a altura do projétil no instante em que ele foi lançado. b) a altura máxima atingida pelo projétil. c) o que ocorre no instante t3 = 4,0s Resolução a) o projétil foi lançado no instante t1 = 0 e por - tanto sua altura h1 será dada por: h1 = 10,0 + 20,0 . 0 – 5,0 . 02 (m) h1 = 10,0m b) A altura máxima é atingida no instante t2 = 2,0s e portanto: h2 = 10,0 + 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) h2 = 10,0 + 40,0 – 20,0 (m) h2 = 30,0m c) Para t3 = 4,0s, temos: h3 = 10,0 + 20,0 . 4,0 – 5,0 . (4,0)2 (m) h3 = 10,0 + 80,0 – 80,0 (m) Isto significa que o projétil voltou ao ponto de onde foi lançado. Respostas: a) 10,0m b) 30,0m c) o projétil retornou à posi - ção de lançamen to. (MODELO ENEM) – Já são comercializados no Brasil veí culos com mo tores que podem fun - cionar com o chamado com bustível flexí vel, ou seja, com gasolina ou álcool em qual quer pro - porção. Sabe-se que, para percorrer uma mesma distância o consumo de álcool é 25% maior que o consumo de gasolina. Para que haja equivalência entre o uso dos dois combustíveis, deve haver igualdade entre os produtos do custo do litro de combustível pelo volume gasto do combustível, isto é: PAVA = PGVG PA = preço de litro de álcool VA = volume de álcool gasto PG = preço do litro de gasolina VG = volume de gasolina gasto Determine, para a equivalência do uso dos combustíveis, qual a relação percentual entre o preço do álcool e o preço da gasolina. Resolução De acordo com o texto: VA = 1,25VG (25% maior) Substituindo-se na equação dada: PA . 1,25 VG = PG . VG PA= PG= PG 1 –––– 1,25 PA = 80% PG 4 ––– 5 (PISA-MODELO ENEM) – O processo mais rigoroso para determinar a frequência cardíaca máxima (número máximo de batimentos por minuto) é realizar um teste de esforço. Mas, pela fórmula indicada, qual quer pessoa pode estimar a sua fre quência cardíaca máxima (FCMáx) a partir da sua idade: FCMáx = 220 – Idade Quando realizamos esforço físico, para não termos dores (mus cu lares e/ou articulares) nem problemas cardíacos, a fre quên cia cardíaca não deve ultrapassar 85% da nossa FCMáx. Para um jovem de 20 anos participando de um jogo de futebol, para não ter problemas h3 = 10,0m t4 = 0,25h B = 80 A posição do corredor é uma função do tempo. As posições estão intercaladas em intervalos de tempo iguais e, como as distâncias entre posições suces - sivas estão aumentando, dize mos que o deslo - camento do atleta é uma função crescente do tempo e a rapidez de seu movimento está au men tando. Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M101
  • 3. FCMáx = 200 batimentos/min FC = 170 batimentos/min FÍSICA 67 cardíacos nem dores musculares ou ar ti cu - lares, sua frequência cardíaca não deve ultra - passar, em ba timentos por minuto: a) 160 b) 170 c) 200 d) 220 e) 240 Resolução 1) Para um jovem de 20 anos, a FCMáx é dada por: FCMáx = 220 – idade FCMáx = 220 – 20 (batimentos/min) 2) A frequência cardíaca não deve ultrapassar 85% da fre quên cia máxima. Para obtermos 85% de um valor, basta multi pli cá-lo por 0,85. FC = 0,85 FCMáx FC = 0,85 . 200 (batimentos/min) Resposta: B Dada a função s = 2t + 1, complete a tabela a seguir: RESOLUÇÃO: Para t = 0: s = 2 . 0 + 1 ⇒ s = 1 t = 1: s = 2 . 1 + 1 ⇒ s = 3 t = 2: s = 2 . 2 + 1 ⇒ s = 5 Se s = 11: 11 = 2t + 1 ⇒ t = 5 Se s = 17: 17 = 2t + 1 ⇒ t = 8 t s 0 1 2 11 17 Dada a função s = 3t2 + 2t, complete a tabela a seguir: RESOLUÇÃO: Por substituição da variável t, a partir da função dada, obtemos: Se t = 0 : s = 0 para t = 1 : s = 5 quando t = 2 : s = 16 Se t = 3 : s = 33 (PISA-MODELO ENEM) – Não é possível determinarmos exata mente a área A da superfície corporal de uma pessoa; no en tan to, é neces sário conhecer o seu valor aproximado para proceder a alguns tratamentos médicos. Vários cientistas têm desenvolvido fórmulas, mais ou mesmos simples, para calcular um valor aproximado dessa área. Uma das fórmulas é a seguinte: em que h é a altura da pessoa medida em centímetros; m é a massa da pessoa medida em quilogramas; A é a área da superfície do corpo medida em m2. Considere uma pessoa de massa m = 80kg com altura h = 1,8m. A área da superfície corporal desta pessoa será de: a) 1,0m2 b) 1,5m2 c) 2,0m2 d) 2,5m2 e) 3,0m2 RESOLUÇÃO: A2= (m4) 80 . 180 –––––––– 3600 A2 = 4,0 (m4) A = 2,0m2 Resposta: C m . h A2 = ––––––– 3600 t s 0 1 2 3 1. Coordenadas cartesianas Uma reta com um ponto escolhido como origem O e com uma orientação positiva é denominada eixo. Consideremos dois eixos perpendiculares entre si, Ox e Oy, com a mesma origem O. O eixo Ox é chamado eixo das abscissas e o eixo Oy é chamado eixo das ordenadas. Este conjunto de eixos perpendiculares é chamado siste ma de coordenadas cartesianas. Para localizarmos um ponto P1, no sistema de coor de na das cartesianas, devemos conhecer o valor de suas coor denadas cartesianas: a abscissa x1 e a ordenada y1. Dizemos que a posição do ponto P1 fica definida pelas coordenadas cartesianas x1 e y1 e escrevemos: P1 ≡ (x1; y1) 2 Como representar uma função em um gráfico • Função do 1.o grau • Gráfico cartesiano
  • 4. 2. Função do 1.º grau No estudo da Física, é comum encontrarmos gran - dezas que se relacionam entre si por uma função bas - tante simples que é chamada função do 1.o grau. Se in di - carmos uma das gran dezas por y e a outra por x, a função y = f(x) será do 1.o grau se for tipo: y = ax + b em que a e b são constantes chamadas coeficientes ou pa râ metros e o valor de a deve ser diferente de zero (a ≠ 0). O parâmetro b pode ser zero ou não. Quando b = 0, a função do 1.o grau assume a forma: y = ax e passa a ser chamada função proporcional 3. Representação gráfica da função do 1.º grau Quando a função y = f(x) é do 1.o grau e repre - sentamos os valores de x e y em um sistema cartesiano, os pontos obtidos estarão alinhados, caracterizando que: 68 FÍSICA Exemplificando Considere a função: y = 2x + 2 Para obtermos uma reta, precisamos apenas de dois pontos arbitrários: P1: x1 = 0 ⇒ y1 = 2 . 0 + 2 ⇒ y1 = 2 P2: x1 = 1 ⇒ y1 = 2 . 1 + 2 ⇒ y1 = 4 Portanto: P1≡ (0; 2) e P2 ≡ (1;4) 4. Coeficientes da função do 1.º grau Seja a função do 1.o grau: y = ax + b A constante b é chamada coeficiente linear da reta e indica a ordenada y do ponto onde a reta encontra o eixo das ordenadas Oy. A constante a é chamada coe - ficiente angular ou declividade da reta e indica se a reta é crescente (a 0) ou decrescente (a 0). O gráfico de uma função do 1.o grau é uma reta não paralela aos eixos cartesianos. ? Saiba mais Na tela do monitor de ví - deo de um com pu tador, os eixos carte sianos Ox e Oy são orien tados da for - ma indicada. A reta in di ca - da tem por equa ção: y = –0,5x + 50.
  • 5. FÍSICA 69 A velocidade V de um carro de corrida varia com o tempo t se gundo uma relação do tipo: V = 20 + 4t t é medido em segundos e V é medido em m/s. Esta relação é válida para t variando entre 0 e 10s. Calcule a a velocidade do carro nos instantes t1 = 0 e t2 = 10s; b) construa o gráfico da função V = f(t) no referido intervalo de tempo. Resolução a) t1 = 0 ⇒ V1 = 20 + 4 . 0 (m/s) V1 = 20m/s t2 = 10s ⇒ V2 = 20 + 4 . 10 (m/s) b) (UEPA-MODELO ENEM) – No mês de se - tembro, acon te ceu em todo Brasil a Semana do Trânsito. Levantamentos di ver sos foram apresentados à sociedade. Os números do trân sito são alarmantes. De 1980 a 2000 foram registradas mais de 600.000 mortes no trân - sito, devido a ruas mal con ser va das, sina liza - ções deficientes e motoristas embria gados. Preocu pa do com os constantes proble mas, um téc nico do Detran fez uma verificação em um semáforo de um cru za men to de vias. Após contar várias vezes a quantidade de veículos que atravessaram o cruzamento com o sinal aberto, registrou esses dados no gráfico a seguir: Com base no gráfico, é correto afirmar que a) nos 10 primeiros segundos, 12 carros atravessaram o sinal. b) nos 20 primeiros segundos, 12 carros atravessaram o sinal. c) nos 30 primeiros segundos, 24 carros atravessaram o sinal. d) nos 30 primeiros segundos, 34 carros atravessaram o sinal. e) até o sinal fechar, 34 carros haviam atravessado o sinal. Resolução Nos 10s iniciais: 10 carros Nos 20s iniciais: 10 + 12 = 22 carros Nos 30s iniciais: 10 + 12 + 12 = 34 carros Nos 40s iniciais: 10 + 12 + 12 + 2 = 36 carros Resposta: D (CESGRANRIO-MODELO ENEM) – A nova lei de trânsito, datada de junho de 2008, foi batizada de Lei Seca, por au mentar a vigilância na condução de veículos. Assim, o Art. 306 da referida lei torna crime: “conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. Um homem de 70kg vai a um bar à noite e, entre 20 e 22h, consome uma dose de uísque e dois copos de chope. O gráfico abaixo representa a quantidade de álcool no sangue desse indivíduo (em dg/) ao longo das horas do dia, e a tabela apresenta informações sobre os sintomas de intoxicação por álcool com a correspondente quantidade de álcool no sangue (g/). Esses sintomas variam de indivíduo para indivíduo. O homem citado estará, possivelmente, com descoordenação motora, e novamente sóbrio para dirigir, respectivamente, a partir de a) 19h e 2h. b) 20h e 4h. c) 22h e 6h. d) 23h e 7h. e) 0h e 8h. Resolução 1) De acordo com a tabela, na coluna de sin - tomas, na 3.a linha, encontramos descoor - denação motora, que corres ponde na 1.a coluna a uma taxa de etanol no sangue de 1,0 a 2,4g/ ou ainda 10 a 24 dg/, em que dg significa decigrama. No gráfico dado, para 10 dg/, o horário correspondente é o intervalo entre 20h e 0,5h (da manhã), aproximadamente. 2) De acordo com a tabela, na coluna estágio (1.a linha), encon tra mos sobriedade, que corresponde na 1.a coluna a uma taxa de etanol no sangue de 0,1 a 0,4 g/ ou ainda de 1 a 4 dg/. No gráfico dado, abaixo de 4 dg/, temos um horário entre 19h e 19h e 30 min ou então após 4h da manhã. Resposta: B V2 = 60m/s t2 = 10s V2 = 60m/s t1 = 0 V1 = 20m/s Nível de Álcool no sangue 16 14 12 10 8 6 4 2 0 1920 212223 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1112 Horas da noite/dia 10 Álcool no sangue (dg/ ) Etanol no sangue (g/) Estágio Sintomas 0,1 a 0,4 Sobriedade Nenhuma influência aparente. 0,5 a 0,9 Euforia Perda de eficiência, diminuição da atenção, do julgamento e do con tro le. 1,0 a 2,4 Excitação Instabilidade das emoções, descoordenação motora. Menor inibição. Perda do julgamento crítico. 2,5 a 3,0 Confusão Vertigens, desequilíbrio, difi cul dade na fala e distúrbios da sen sa ção. 3,1 a 4,0 Estupor Apatia e inércia geral. Vômitos, incontinência urinária e fecal. 4,1 a 5,0 Coma Inconsciência, anestesia. Morte. Acima de 5,0 Morte Parada respiratória.
  • 6. Dar as coor de na das cartesianas dos pontos indi ca dos no gráfico. A ( ; ) B ( ; ) C ( ; ) F ( ; ) G( ; ) H( ; ) RESOLUÇÃO: A (5; 0) B (8; 5) C (2; 4) F (– 4; 0) G (0; –5) H (4, –4) Localize, no gráfico, os pontos cujas coorde nadas car te - sianas são indica das a seguir, medidas em cen tímetros. A (0; 2) B (0; –2) C (2; 2) D (–2; 3) E (–2; –1) RESOLUÇÃO: 70 FÍSICA Nas questões e , construa os gráficos das fun ções in - dica das, utilizando os eixos cartesianos Ox e Oy das figuras. y = 2x y = x + 2 x y 0 0 3 6 x y 0 2 2 4 y x 1cm 1cm A D E B C No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M102
  • 7. m ––– V FÍSICA 71 3 1. Proporção direta Imaginemos duas grandezas que estejam relaciona - das de tal maneira que, dobrando-se o valor de uma de - las, o va lor da outra também dobra; triplicando-se a pri - meira, a ou tra tam bém fica multiplicada por três, redu zin - do-se uma à metade, a outra também se reduz à meta - de; dividindo-se uma por três, a outra também fica dividi - da por três e assim por diante. Nesse caso, dizemos que existe entre essas duas gran dezas uma proporção direta ou que uma delas é propor cional (ou diretamente proporcional) à outra. Chamando uma das grandezas de y e a outra de x, escre vemos: k é uma constante diferente de zero. As expressões y é proporcional a x e y é dire - tamente proporcional a x são equivalentes. Exemplo V1 = 1 litro de água ⇒ m1 = 1 quilograma de água V2 = 2 litros de água ⇒ m2 = 2 quilogramas Podemos relacionar matematicamente essas gran-dezas pe la expressão: = k (constante não nula). p = 381 atm No caso, a constante k = (razão entre a mas - sa e o volume) recebe o nome de densidade da água. 2. Proporção inversa Imaginemos que um carro em uma primeira viagem entre duas cidades, A e B, tem uma velocidade média de 50km/h e faz o trajeto em um intervalo de tempo de 6h. Se o carro fizer uma segunda viagem entre as cida des A e B com uma velocidade média de 100km/h, o tempo gasto na viagem será de 3h. Se o carro fizer uma terceira viagem entre as cidades A e B com uma ve loci dade média de 150km/h, o tempo gasto na viagem será de 2h. V1 = 50km/h ⇔ T1 = 6h V2 = 100km/h ⇔ T2 = 3h V3 = 150km/h ⇔ T3 = 2h Nesse caso, dizemos que existe entre a velo cidade média e o tempo gasto na viagem uma proporção inversa ou que a velocidade média é inversa mente proporcional ao tempo gasto. Podemos então escrever: k é uma constante não nula. k Vm = ––– T No caso, a constante k = Vm . T (pro duto da ve - locidade média pelo tempo) corresponde à distância per - corrida pelo carro entre as cidades A e B m ––– V de água y = kx Proporcionalidade entre duas grandezas • Inversamente proporcional • Diretamente proporcional (PISA-MODELO ENEM) – O gráfico seguinte estabelece a relação entre a pres são, em atmosferas (atm), a que está sujei - to um corpo imer so em água e a profundidade, em metros, na qual o corpo se encontra. Sabe-se que, dentro da água, a pres - são aumenta 1atm por cada 10m de aumento de profundidade. Analise as proposições que se seguem: (I) A pressão e a profundidade são diretamente pro porcionais. (II) Se uma pessoa estiver na superfície da água, a pressão exercida sobre ela é de 1 atm. (II) Um navio afundado a 3 800m de profundidade su porta uma pressão de 380 atm. Responda mediante o código: a) apenas I está correta. b) apenas II está correta. c) apenas III está correta. d) apenas I e II estão corretas. e) apenas II e III estão corretas. RESOLUÇÃO: I. FALSA. Se p fosse diretamente proporcional a h, o grá fi co seria uma semirreta passando pela origem. II. VERDADEIRA. Para h = 0, resulta p = 1 atm. III. FALSA. A pressão é dada por: p = 1 atm + 380 atm Resposta: B
  • 8. (MODELO ENEM) – Texto para as ques tões e . Considere esferas maciças feitas de mesmo material (mes ma densidade), porém com raios diferentes e, portanto, massas e volumes diferentes. O gráfico a seguir representa as massas dessas esferas em função de seus volumes. Qual o valor da densidade do material das esferas, a qual é a razão entre a sua massa e o seu volume? a) 1,0 . 103 kg/m3 b) 2,0 . 103 kg/m3 c) 3,0 . 103 kg/m3 d) 4,0 . 103 kg/m3 e) 5,0 . 103 kg/m3 Resolução A densidade μ é dada por: μ = = Resposta: B Quais os valores de m1 e V2 indicados no gráfico, em uni dades do SI? a) m1 = 2,0 e V2 = 3,0 b) m1 = 2,0 e V2 = 4,0 72 FÍSICA c) m1 = 3,0 e V2 = 3,0 d) m1 = 3,0 e V2 = 4,0 e) m1 = 2,5 e V2 = 5,0 Resolução 1) Para V1 = 1,0m3, temos: μ = ⇒ m1 = μ . V1 m1 = 2,0 . 103 . 1,0m3 m1 = 2,0 . 103 kg 2) Para m2 = 6,0 . 103 kg, temos: μ = ⇒ V2 = 6,0 . 103 ––––––––– 2,0 . 103 V2= (m3) Resposta: A Um carro vai de uma cidade A até uma cidade B percor rendo uma distância d. Sendo V a velocidade escalar média nesta viagem, o tempo gasto T é dado pela relação: a) Qual a relação que existe entre os valores de T e de Vm? b) Sabendo-se que quando Vm = 80km/h o valor de T é 1,5h, determine o valor de d. c) Calcule o valor de Vm quando T = 1,0h. d) Calcule o valor de T quando Vm = 100km/h. e) Esboce o gráfico de Vm em função de T. Resolução a) Como d é constante, então T e Vm são inversamente propor cionais. b) Vm = 80km/h e T = 1,5h d = Vm . T = 80 . 1,5h ⇒ c) Para d = 120km e T = 1,0h, temos: d) Para d = 120km e Vm = 100km/h, temos: T = = h T = 1,2h T = 1,0h +0,2h T = 1,0h + 0,2 . 60 min e) T = 1,0h + 12 min 120 100 80 60 40 20 0 1,0 1,5 2,0 arco de hipérbole equilátera vm (km/h) t (h) 1,2 120 –––– 100 d ––– Vm d 120km Vm = ––– = ––––––– T h d = 120km km ––– h d T = –––––– Vm V2 = 3,0m3 m2 ––– μ m2 ––– V2 kg ––– m3 m1 ––– V1 μ = 2,0 . 103 kg/m3 4,0 . 103 kg ––––––––––– 2,0m3 m ––– v (FEI-SP-MODELO ENEM) – Um estádio de futebol com ca pa cidade para 150 000 espectadores possui 10 saídas, por onde pas sam em média 500 pes soas por minuto. Qual é o tempo mínimo para esvaziar o estádio em um dia em que de seus lugares estão ocupados? a) h b) h c) h d) h e) 1h RESOLUÇÃO: . 150 000 = 100 000 Em um minuto, saem 500 pessoas por saída e como existem 10 saídas o total é de 5000 pessoas por minuto: 5000 ................... 1min 100 000 ................... Δt 100 000 –––––––– 5000 1 ––– 3 Δt = (min) ⇒ Δt = 20min = h Resposta: B (MODELO ENEM) – A figura abaixo nos mostra a relação entre a potência de um motor de automóvel em fun ção da frequência de ro ta ção do motor. 2 ––– 3 1 –– 4 1 –– 3 1 –– 2 3 –– 4 2 –– 3
  • 9. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M103 FÍSICA 73 Se a fre quência de rota ção é 2 . 103rpm, a po tên cia do motor é, em cv: a) 20 b) 30 c) 40 d) 50 e) 60 RESOLUÇÃO: a = = ⇒ a = 20 b = 0 (A reta passa pela origem do sistema de coordenadas) y = ax + b ⇒ Pot = 20 . f + 0 ⇒ Pot = 20f, com Pot em cv e f em 103 rpm. Para f = 2 . 103 rpm: Pot = 20 . 2 (cv) ⇒ Pot = 40cv Resposta: C Considere uma mangueira que esguicha um volume de água V em um intervalo de tempo T. Define-se vazão da mangueira, representada por Z, como sen - do a razão (quociente) entre o volume V e o tempo T, isto é: Com esta mangueira, pretende-se encher um reservatório cujo volume total vale V1 (valor mantido constante). A mangueira tem uma regulagem que permite variar o valor de sua vazão Z e, portanto, varia também o tempo T gasto para encher o reser vatório. a) Qual a relação que existe entre os valores de Z e de T? b) Sabendo-se que quando a vazão Z vale 2m3/s, o reser vatório é enchido em 10s, determine o valor de V1. c) Se a vazão for de 1m3/s, em quanto tempo o reservatório será enchido? d) Se o tempo gasto para encher o reservatório for de 5s, qual será a vazão da mangueira? e) Esboce um gráfico da função Z = f(T). RESOLUÇÃO: a) Sendo o volume constante, então a vazão Z e o tempo T são inversa mente proporcionais. b) Z = ⇒ V1 = Z . T V1 = . 10s ⇒ c) Se a vazão se reduzir à metade, o tempo gasto será duplicado e passará a valer 20s. d) Se o tempo gasto se reduziu à metade, é porque a vazão foi duplicada e passou a valer 4m3/s. e) 2m3 –––– s V1 = 20m3 V ––1– T V Z = ––– T Δy ––– Δx 40 ––– 2 f (103rpm) 0 1 3 Pot (cv) 0 20 60 1. Grandezas trigonométricas: seno; cosseno; tangente Consideremos o triângulo retângulo ABC da figura: Para o ângulo α da figura, o cateto oposto é o lado AB = c e o cateto adjacente é o lado CA = b. O lado BC = a é a hipotenusa. Definem-se para o ângulo α as seguintes funções trigono métricas: 1) c sen α = —– a cateto oposto seno de α = –––––––––––––––– hipotenusa Teorema de Pitágoras a2 = b 2 + c 2 4 Trigonometria no triângulo retângulo • Triângulo retângulo • Funções trigonométricas
  • 10. Um atleta, treinando para a corrida de São Sil vestre, faz uma série de percursos retilíneos conforme des crito a seguir: 1) 8,0km para leste 2) 3,0km para norte 3) 4,0km para oeste Determine a) a distância total que o atleta percorreu; b) a distância entre sua posição inicial e sua posição final. Resolução a) A distância total percorrida é dada por: D = AB + BC + CD D = 8,0km + 3,0km + 4,0km b) A distância entre a posição inicial A e a posição final D é dada pela aplicação do Teorema de Pitágoras. 74 FÍSICA d2 = (AE)2 + (ED)2 d2 = (4,0)2 + (3,0)2 (km)2 d2 = 16,0 + 9,0 (km)2 d2 = 25,0 (km)2 Respostas: a) 15,0km b) 5,0km Considere uma bola de futebol des - crevendo uma trajetória parabólica. Num dado instante, a velocidade da bola tem uma com ponente horizontal Vx e uma com - ponente vertical Vy, conforme mos trado na figu ra. São dados: V = 20km/h e Vx = 12km/h Determine a) o valor de Vy b) o seno, o cosseno e a tangente dos ângulos θ e α. Resolução a) Teorema de Pitágoras: V2 = Vx 2 + Vy 2 (20)2 = (12)2 + Vy 2 2 400 = 144 + Vy 2 = 256 ⇒ Vy Vy = 16km/h b) 1) sen θ = = = 0,8 Vx ––– V 2) cos θ= = = 0,6 Vx ––– V 3) sen α = = 0,6 4) cos α = = 0,8 Observe que: sen θ = cos α sen α = cos θ Isto nos mostra que quando dois ân gu los são comple men tares (somam 90°), o seno de um é igual ao cosseno do outro. (VUNESP-MODELO ENEM) – Texto para as questões e . A partir do instante em que uma aeronave atinge a altura de 50 pés (aproxi madamente 15 m) sobre a pista, ela deve manter um ângulo de 3° até tocar a pista. Chama-se distância de pouso o compri mento correspondente a 60% do compri mento total da pista disponível para aterrizagem. (Aero Magazine, n.° 159 . Adaptado) 15 m Distância de pouso 3º Vy ––– V 12 ––– 20 Vy ––– V 16 ––– 20 d = 5,0km D = 15,0km 2) 3) Apresentamos a seguir os valores do seno, cosseno e tan gente para os ângulos mais importantes: Observação: Não se define tg 90°. cateto adjacente cosseno de α = ––––––––––––––––– hipotenusa b cos α = —– a cateto oposto tangente de α = ––––––––––––––––– cateto adjacente c tg α = —– b sen cos tg 0º 0 1 0 30º 45º 60º 90º 1 2 3 ––– ––– ––– 1 2 2 2 3 2 1 ––– ––– ––– 0 2 2 2 3 ––– 1 3 – 3
  • 11. cateto oposto –––––––––––––– hipotenusa FÍSICA 75 Se a distância de pouso necessária para uma aeronave é de 1800m, o com primento total da pista disponível para ater rizagem, em quilômetros, é igual a a) 2,6 b) 2,7 c) 2,8 d) 2,9 e) 3,0 Resolução De acordo com o texto, a distância de pouso (dP) corresponde a 60% do comprimento total da pista (LP). 60% equivale a mul ti pli car por 0,6. Assim, temos: dP = 0,6 LP Como dP = 1800m, resulta: 1800 = 0,6 . LP LP = (m) Resposta: E A partir do instante em que a aero nave atinge a altura de 15m sobre a pista, se o pouso for realizado de acordo com os parâmetros indicados no texto e na figura, ela percorrerá, até tocar o solo, a distância AB, em metros, de a) 260 b) 280 c) 290 d) 300 e) 310 Adote: sen 3° = 0,05 Resolução Da figura, temos: sen 3° = = Porém, sen 3° = 0,05 0,05 = 15m ––––– 0,05 AB = ⇒ Resposta: D AB = 300m 15m ––––– AB 15m ––––– AB LP = 3,0 . 103m = 3,0km 1800 ––––– 0,6 É dado o triângulo retângulo ABC. Resolva as ques tões de a . Aplicando o Teorema de Pitágoras, calcule a hipo te nusa (c). RESOLUÇÃO: c2 = a2 + b2 ⇒ c2 = (3)2 + (4)2 ⇒ c2 = 25 ⇒ c = 5 Calcule o seno dos ângulos α e β. RESOLUÇÃO: sen α = ⇒ sen α = ⇒ sen α = 0,6 sen β = ⇒ sen β = ⇒ sen β = 0,8 Calcule o cosseno dos ângulos α e β. RESOLUÇÃO: cos α = ⇒ cos α = ⇒ cos α = 0,8 cos β = ⇒ cos β = ⇒ cos β = 0,6 Calcule a tangente dos ângulos α e β. RESOLUÇÃO: tg α= = ⇒ tg α = 0,75 b ––– a 4 ––– 3 tg β= = ⇒ tg β = 4 ––– 3 a ––– b 3 ––– 4 a ––– c 3 ––– 5 b ––– c 4 ––– 5 b ––– c 4 ––– 5 a ––– c 3 ––– 5
  • 12. (ETEC-MODELO ENEM) – Sobre o vôo do 14-Bis realizado em 23 de outubro de 1906, o Professor Charly Künzi, ex-reitor do ITA e membro da Associação Brasileira de Cultura Aeroes - pacial, escreveu: “... O Aeroclube da França oferecia um prêmio para quem conseguisse voar pela primeira vez com um aparelho 'mais pesado que o ar'. Era a Taça Archdeacon, acompanhada da quantia de 3 000 francos, que seriam entregues para 'quem conseguisse construir um aparelho capaz de decolar por seus próprios meios e voar por uma distância de 25 metros sem exceder o ângulo de descida de 25%'. ...Chegou então a vez de Santos Dumont. Ele subiu no seu 14-Bis, elegantíssimo, de paletó, gravata e chapéu, cumpri - mentou o público com uma reverência, fez o motor dar a sua força máxima, começou a rolar devagar, mais rapidamente, mais rapidamente ainda e decolou. Ele voou 60 metros a uma altura de 3 metros.” (Fonte: http://www.ita.cta.br/online/2005) Para calcular, aproximadamente, a distância percorrida por Santos Dumont do início da descida do 14-Bis até o momento em que ele atingiu o solo, deve-se considerar que • a trajetória da descida foi retilínea; • a inclinação da trajetória da descida do 14-Bis manteve-se constante; • o ângulo de descida do avião é formado pela trajetória de descida do avião e o horizonte; 76 FÍSICA • um ângulo de descida de 25% equivale, aproximada men - te, a um ângulo de 14°. Logo, essa distância em metros, é a) 3,1 b) 5,6 c) 7,3 d) 10,2 e) 12,5 Dados: sen 14° = 0,24; cos 14° = 0,97 e tg 14° = 0,25 RESOLUÇÃO: sen 14° = H ––– d d = = = 12,5m Resposta: E 3,0m ––––––– 0,24 H ––––––– sen 14° 1. Direção e sentido Consideremos duas retas paralelas, (a) e (b). Elas têm a mesma direção. Vamos, agora, orientar quatro retas paralelas, (a), (b), (c) e (d), conforme in dica a figura ao la do. Apesar de possuírem orientações diferentes, con ti - nuam com a mesma dire ção. No entanto, observe mos que: 1.o) a e b têm a mesma orientação e, portanto, têm o mesmo sentido; 2.o) c e d têm a mesma orientação e, portanto, têm o mesmo sentido; 3.o) b e c têm orientações opostas e, portanto, têm sentidos opostos. Isto posto, podemos definir: No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M104 Direção é a propriedade comum às retas paralelas, isto é, um conjunto de retas paralelas define uma direção. Sentido é a orientação sobre a direção. Assim, falamos em direção vertical e sentido para cima ou para baixo; direção horizontal e sentido para a direita ou para a esquerda. Uma rua reta define uma direção; nesta rua, pode - mos caminhar para um lado ou para o ou tro, isto é, em dois sen tidos. Na figura, os carros A e B pos suem velo cidades de mesma direção (para lela à pis ta), porém com sentidos opostos. 5 O que é uma grandeza física vetorial? • Escalar • Vetor
  • 13. FÍSICA 77 Quando dois carros trafegam em uma mesma rua reta, um de encontro ao outro, dizemos que eles se mo - vem na mesma direção, porém, em sentidos opostos. 2. Grandezas físicas escalares e vetoriais As grandezas físicas podem ser classificadas em dois grupos: as grandezas escalares e as grandezas vetoriais (tam bém chamadas de grandezas orientadas ou dirigi das). Uma grandeza é escalar quando tem apenas in - tensidade, isto é, fica perfeita mente definida e carac - terizada pelo seu valor numérico, traduzido por um nú - mero real e uma unidade. São grandezas escalares: comprimento, área, volu - me, tempera tura, den si da de, massa, tempo, energia etc. Assim, quando dizemos que a massa de uma pes soa vale 50kg, esgotamos o assunto, não cabendo mais nenhuma indagação sobre a massa. Uma grandeza é vetorial quando exige, para sua completa caracterização, além de sua intensidade, tam - bém a sua orientação, isto é, a sua direção e sentido. Para caracterizarmos o efeito da aceleração da gravidade, por exemplo, devemos informar qual a sua intensidade, que sua direção é vertical e que seu sentido é dirigido para baixo. O efeito produzido por uma força não depende apenas de sua intensidade, mas também da direção e do sentido em que ela atua. São grandezas vetoriais: deslocamento, velocidade, acele ração, força etc. A grandeza vetorial é indicada por uma pe que na seta a →colocada em ci ma V →do símbolo da grandeza: des loca - mento (), velocidade (), aceleração (), força (→F) etc. d →? Saiba mais O tempo é uma grandeza es ca lar, pois fica perfeitamente de finido por um número real e a respectiva uni dade. A posição de um avião num dado ins tante pode ser de ter minada por um vetor. (MODELO ENEM) – Enunciado para as questões e . Um carro se move da posição A para a po si ção B, indicadas na figura. Define-se deslocamento do carro →d como sendo um vetor que tem origem na posição inicial e extremidade na posição final. O deslocamento do carro →d tem orien tação mais bem repre sentada pelo segmento: a) ↖ b) c) ← d) ↑ e) ↓ Resolução De acordo com a definição, o deslocamento → d é um vetor de origem em A e extremidade em B: Resposta: E O deslocamento vetorial →d , entre as posições A e B, tem a) a mesma direção e o mesmo sentido do eixo y. b) a mesma orientação do eixo y. c) sentido perpendicular ao do eixo x. d) a mesma direção e sentido oposto ao eixo y. e) direção perpendicular e o mesmo sentido do eixo x. Resolução O vetor deslo ca men to → d tem a mesma direção e sentido oposto ao do eixo y. O vetor deslocamento → d tem direção perpen - dicular à do eixo x. Só podemos comparar os sentidos em uma mesma direção. Resposta: D No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M105
  • 14. A massa de um corpo é grandeza escalar ou veto rial? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO: Grandeza escalar, pois fica perfeitamente caracterizada por um número real e uma unidade. A grandeza física força é escalar ou vetorial? Justifique sua resposta. RESOLUÇÃO: Grandeza vetorial, pois, para ser perfeitamente caracte riza da, são necessárias as seguintes informações: módulo, direção e sen tido. Entre as grandezas indicadas abaixo, assinale aquelas que são vetoriais. a) massa e tempo; b) volume e área; c) força e deslocamento; d) energia potencial e cinética; e) massa e aceleração. Resposta: C Considere as grandezas físicas: I. Velocidade II. Temperatura III. Deslocamento IV. Força Dessas, a grandeza escalar é: a) I b) II c) III d) IV Resposta: B 78 FÍSICA (MODELO ENEM) – Quando uma grandeza física tem na - tu reza escalar, ela não envol ve o conceito de direção e fica perfeitamente carac te rizada por seu valor numérico associado a uma unidade. Para somarmos duas grandezas escalares, basta somar seus valores numéricos. Quando uma grandeza tem natureza vetorial, ela envolve o con - ceito de direção e vai ser representada por um elemento mate - mático denominado vetor ao qual associamos um módulo, uma direção e um sentido. Para somarmos duas grandezas vetoriais, não basta conhecer suas intensidades: devemos conhecer também o ângulo for - ma do entre suas direções. A um corpo em movimento, associamos duas grandezas físi - cas importantes: velocidade → V e energia cinética Ec. A velocidade tem como unidade metro por segundo (m/s) e a energia cinética tem como unidade o joule (J). Considere duas velocidades, →V 1 e →V 2, com módulos 10,0m/s e 20,0m/s, respectivamente. Considere duas energias cinéticas, E1 e E2, com valores 10,0J e 20,0J, respectivamente. Analise as proposições a seguir: I) A soma →V 1 + →V 2 tem módulo necessariamente igual a 30,0m/s. II) A soma E1 + E2 vale necessariamente 30,0J. III) Não podemos somar →V 1 com →V 2 porque não existe soma de grandezas vetoriais. IV) A soma →V1 + →V 2 poderá ter módulo igual a 30,0m/s Somente está correto que se afirma em: a) I e III b) II e IV c) II e III d) I e IV e) I, II e III RESOLUÇÃO: 1) FALSA. A soma → V1 + → V2 vai depender do ângulo formado entre → V1 e → V2. 2) VERDADEIRA. A energia cinética é grandeza escalar e os valores numéricos são somados. 3) FALSA. Tanto as grandezas escalares como as vetoriais podem ser somadas. 4) VERDADEIRA. Quando as velocidades → V1 e → V2 tiverem a mes ma direção e o mesmo sentido, as suas intensidades se somam. Resposta: B
  • 15. 6 Introdução à Física • Método científico • Massa • Sistema Internacional 2H tq = ––g–– FÍSICA 79 1. Astrologia: ciência ou crença? (1)Quando um ramo do conhecimento é conside rado uma ciência? (2)Será que a Física sempre foi uma ciência? (3)Kepler, grande físico e astrônomo, também foi um astrólogo? (4)Ufologia pode ser considerada uma ciência? Quais são as respostas para essas quatro perguntas? (1)Qualquer estudo ou ramo de conhecimento só poderá ser considerado uma ciência se as suas afir ma - ções ou leis pu derem ser verificadas experi mental men - te, isto é, se os estudio sos puderem “inventar” uma experiência capaz de comprovar aquela afirmação ou lei. (2) A Física nem sempre foi uma ciência. A Física de Aristóteles, que prevaleceu antes de Galileu, não era uma ciên cia, pois as afirmações de Aristóteles não eram comprovadas experimentalmente. Quando Einstein apresentou sua teoria da Relatividade, que revolucionou a Física, ela não foi aceita de imediato e Einstein não ga - nhou o prêmio Nobel por ela e uma das razões é que ela foi apresentada sem comprovação experi mental. So - mente mais tarde os cientistas, realizando expe riências para tentar provar que Einstein estava errado, puderam na realidade com provar que ele estava certo e a teoria da Rela ti vidade pôde ser aceita pe la comunidade científica. (3) É verdade que Ke pler foi um astrólogo, mas se rá que a Astrologia, in fluên cia dos astros na vida das pes - soas, é uma ciên cia? A resposta cate górica é não!!!, pois as afirma ções da Astro logia não têm nenhuma com pro - vação expe rimental. Em realidade, Kepler foi astrólogo para ganhar di nhei - ro e teve sucesso até um dia em que previu que um nobre poderoso iria ganhar uma certa batalha e a frago ro sa der - rota deste encerrou a carreira de astrólogo de Kepler. (4) A Ufologia, embora encante milhões de pessoas, não pode ser considera da ciência porque não há evi dên - cia ex perimen tal de que seres ex tra ter restres nos te - nham visitado. Qual quer cien tista sabe que por ques tões estatísticas é extre ma mente provável, dir-se-ia mesmo quase uma certe za, que existe vida inteligente fora da Terra, porém, em virtude das fantásticas distâncias que nos separam de outros planetas habitados por seres inte - li gentes, com os conhecimentos físicos atuais, o con tato é muito pouco provável, quase impossível. 2. Método científico de Galileu Foi Galileu Galilei quem deu à Física um caráter de ciên cia, com a introdução do chamado “método experi - mental”. O método experimental baseia-se em quatro etapas: 1) Observação de um fenômeno que ocorre na natureza; 2) Reprodução do fenômeno em laboratório, com a pesquisa dos fatores que são relevantes em seu estudo; 3) Elaboração de leis físicas que possam explicar o fenômeno qualitati vamente e de equações que possam traduzi-lo quantitativamente; 4) Comprovação experimental das leis enunciadas com a variação dos fatores considerados relevantes no estudo do fenômeno observado. Exemplificando: 1) Fenômeno observado: queda livre de um corpo; 2) Estudo da queda livre em laboratório, pesqui san - do os fatores que podem influir no tempo de queda: al tu - ra de queda (H) e valor da aceleração da gravidade (g); 3) A equação que traduz o tempo de queda: Esta equação é obtida sabendo-se que, durante a que da, a aceleração é cons tante (aceleração da gravi - dade g) e usando-se a lei física que estuda os movi - mentos com aceleração constante; 4) Comprovação da validade da equação do tempo de queda com medidas feitas em laboratório, variando-se o valor da altura de queda H.
  • 16. O tempo de queda é medido com um cro nômetro pa ra diferentes valores da altura H. Em seguida, calcula - mos o valor teórico do tempo de queda utilizando a equação apre sentada. Se os valores experimentais (medidos no cronô - metro) coincidirem (pelo menos aproximadamente) com os valores teóricos (calculados pela equação dada), en tão a lei física foi comprovada experimental mente e po de ser considerada verdadeira. Quando os astronautas estiveram na Lua, eles fize - ram a chamada “experiência de Galileu”: abandonaram um martelo e uma pluma de uma mesma altura e eles chagaram juntos ao solo lunar. Uma questão de vesti - bular perguntou se era correto dizer que os astronautas observaram que o martelo e a pluma caíram na Lua com a mesma aceleração. A resposta da questão era que a frase estava errada, pois não se pode observar (ver, en - xer gar) uma aceleração: os astronautas observaram que o martelo e a pluma chegaram juntos ao solo lunar e con cluíram, com seus conhecimentos de Cinemática, que, para isto ocorrer, eles caíram com a mesma ace - leração. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M106 3. Grandezas fundamentais e grandezas deri vadas De um modo geral, chamamos de grandeza física to da grandeza que pode ser medida. Distância, tempo, massa, velocidade, aceleração, for ça etc. são grandezas físicas. Algumas dessas grandezas podem ser medidas dire - ta men te. No entanto, uma medida direta da aceleração, por exemplo, é impossível. Um método de medida da aceleração da gravidade é o uso de um pêndulo. Você pode amarrar um barbante a uma pedra, prendê-lo no teto e fazer a pedra oscilar. O tempo gasto pela pedra para ir e voltar é chamado período de oscilação (T). Demonstra-se, usando-se leis físicas, que o período T, para oscilações com pequena abertura angular, é dado pela equação: T = 2π––– 80 FÍSICA Portanto, podemos me dir o valor da aceleração da gra vidade g, medindo-se o comprimento L do barbante (com uma régua), o período de osci lação T (com um cro - nômetro) e, em segui da, aplicando-se a equa ção que relaciona as três gran dezas: T, L e g. As grandezas que podem ser me didas diretamente são chamadas de gran dezas funda mentais ou primi ti - vas. As grandezas que são medidas a partir das gran de - zas fundamentais (por meio de equa ções) são cha ma das de gran dezas derivadas. Na Mecânica, há três gran de zas funda men tais: Comprimento, Massa e Tempo Quando dizemos que as gran dezas fun da men tais ou primi tivas da Mecânica são com pri mento (L), mas sa (M) e tempo (T), isto significa que a partir dessas três grandezas podemos defi nir todas as demais grandezas da Mecâ nica, as quais são, então, chamadas de gran dezas derivadas. Em outras palavras: qualquer grandeza de ri va da da Me cânica resulta de uma combinação ade quada das três grandezas fundamentais. Exempli ficando: a grandeza velocidade é obtida dividindo-se uma distância por um intervalo de tem po, isto é, a velocidade é definida a partir de uma combina ção das grandezas fundamentais comprimento (L) e tempo (T). L (grandeza fundamental) Velocidade = ––––––––––––––––––––––––––– (grandeza derivada) T (grandeza fundamental) 4. Conceito da grandeza fundamental massa Conceito de inércia Inércia é uma propriedade da matéria que consiste na difi culdade que um corpo oferece à mudança de sua velocidade. Por exemplo, quando você chuta com a mesma for - ça uma bola de borracha, uma bola de futebol de campo e uma bola de futebol de salão, você verifica que as velocidades adquiridas serão diferentes: Vbola de borracha Vbola de campo Vbola de salão Isso significa que a bola de futebol de salão tem mais inércia que a bola de futebol de campo que, por sua vez, tem mais inércia que a bola de borracha. Uma das famosas leis de Newton afirma que: Um corpo, livre da ação de forças, mantém sua ve - lo cidade constante graças à propriedade chama da inércia. L g
  • 17. Massa é uma propriedade associada a um corpo que mede a sua inércia e a sua atratibilidade. FÍSICA 81 Conceito de atratibilidade Todo corpo cria em torno de si o que chamamos de um campo gravitacional, isto é, todo corpo é capaz de atrair outros com forças chamadas gravitacionais. Newton traduziu esse fato dizendo que “matéria atrai ma téria”. Essa capacidade de um corpo de atrair outros corpos por meio de forças gravitacionais é chamada de atratibi - lidade. Conceito de massa Tanto a inércia como a atratibilidade são medidas por uma propriedade associada ao corpo que se conven - cionou chamar de massa. Quanto maior a massa de um corpo, maior é a sua inércia. A rigor, existem dois conceitos de massa: 1) Massa inercial: medida da inércia. 2) Massa gravitacional: medida da atratibilidade. Porém, verificou-se que as duas massas (inercial e gra vita cional) associadas a um corpo eram diretamente propor cionais. Isto significa que, se a massa inercial de um corpo A era o dobro da massa inercial de um corpo B, então a massa gravi tacional de A também era o dobro da massa gravitacional de B. Matematicamente: minercial = k mgravitacional k = constante de proporcionalidade Para não complicar as equações da Física, adotou-se para k o valor 1 e admitiu-se que as duas massas (inercial e gravitacional) teriam o mesmo valor. Portanto: 5. Sistema Internacional de Unidades (SIU) Para medirmos as grandezas físicas, de vemos ado - tar padrões que são chama dos de unidades de medidas. O sistema de unidades adotado pratica mente no mun do todo é o Sistema Inter na cional de Unidades, re - pre sentado pela sigla SI ou SIU, que adota para as gran - dezas fundamentais as seguintes unidades: Massa: quilograma (símbolo: kg) Comprimento: metro (símbolo: m) Tempo: segundo (símbolo: s) Quanto maior a massa de um corpo, maior é sua atrati bilidade. (MODELO ENEM) – Define-se ano-luz como sendo a dis tân cia que a luz per cor re, no vácuo, em um ano. A estrela mais próxima da Terra, ex cluin do o Sol, está a uma distância de 4,5 anos-luz. Isto signi - fica que a luz da estrela gasta 4,5 anos para chegar até nós. A nebulosa de Caranguejo está a cerca de 6500 anos-luz e resultou da explosão de uma estrela classifi cada como supernova. Esta explosão foi regis trada por astrônomos chineses em 1054 dC (depois de Cristo). A explosão ocorreu em a) 1054 aC b) 1054 dC c) 6500 aC d) 6500 dC e) 5446 aC Resolução Como a distância da nebulosa até a Terra é de 6500 anos-luz, a explo - são ocorreu 6500 anos antes de ser detectada na Terra, isto é, 6500 anos antes do ano de 1054: T = 1054 – 6500 T = –5446, isto é, no ano 5446 aC (antes de Cristo). Resposta: E (VUNESP-MODELO ENEM) – Parsec é uma unidade de medida frequen te mente usada na Astronomia, correspondente a 3,26 anos-luz. Define-se ano-luz como sendo a distância que a luz per corre, no vácuo, em um ano. Portanto, o parsec é uma unidade de medida de a) brilho. b) velocidade. c) tempo. d) distância. e) magnitude. Resolução Ano-luz é a distância que a luz percorre no vácuo em um ano e o parsec tem as mesmas dimensões do ano-luz. Resposta: D Analise as proposições a seguir e assinale a correta. a) A Física sempre foi uma ciência. b) A Física de Aristóteles, que viveu antes de Cristo, era uma ciência. c) A Astrologia é uma ciência. d) Somente a partir de Einstein a Física tornou-se uma ciên cia. e) A Física tornou-se uma ciência quando Galileu introduziu a comprovação experimental para a validade das leis físicas.
  • 18. 7 Você sabe medir? • Algarismos significativos 1. Algarismos significativos Qualquer medida de uma grandeza física está sujeita a erros. Tais erros estão ligados ao limite de precisão da apa relhagem utilizada e à perícia do operador. Exemplificando: se medirmos um comprimento com uma régua graduada em centímetros, podemos afirmar que os algarismos que medem centímetros estão cor retos; o algarismo que mede décimo de centímetro será apenas uma avaliação e, portanto, é um algarismo duvi doso; o algarismo que mede centésimo de centí metro não terá nenhum significado na medida feita. No Portal Objetivo 82 FÍSICA • Medidas Os algarismos corretos e o primeiro algarismo duvi - doso são chamados de algarismos significativos. A figura mostra uma régua mi li me trada e um ob - jeto (re du zidos na mesma pro por ção). Qual o com - pri mento real do objeto? 6,42cm 1.º duvidoso correto correto RESOLUÇÃO: Qualquer ramo do conhecimento só pode ser considerado uma ciência se tiver comprovação experimental. Resposta: E Imagine que um cientista louco propusesse definir massa como sendo o número total de átomos de um corpo. Qual seria sua maior crítica a esta definição? RESOLUÇÃO: Não existe um critério para contarmos quantos átomos existem em um corpo. (INEP-MODELO ENEM) – No fim do século XVIII, algu mas unidades de medida na Europa eram definidas a partir das partes do corpo do rei de cada país: palmo, pé e polegada. Em 1875, foi criado o Sistema Métrico Decimal: centímetro, metro, quilômetro. Este sistema hoje é utilizado em grande parte dos países. A criação desse novo sistema de medidas ocorreu, principal - mente, por causa da a) ausência de reis em vários países. b) necessidade de um padrão mundial de medidas. c) procura constante por revoluções tecnológicas. d) escassez de novos conhecimentos científicos. e) necessidade de padrões de unidades ligados ao cotidiano. RESOLUÇÃO: A universalização da unidade de medida feita com o sistema internacional de medidas (SI) é uma necessidade. Resposta: B Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M107
  • 19. Massa (kg) 1,0 . 105 Carro pequeno 1000 Ser humano grande 100 Cachorro médio 10 Livro didático 1,0 Maçã 0,1 Lápis 0,01 Uva passa 1 . 10–3 Mosca 1,0 . 10–4 FÍSICA 83 2. Múltiplos e submúltiplos das unidades Para a obtenção de múltiplos e submúltiplos das unidades de medida, usamos os prefixos indicados na tabela a seguir: Prefixo tera giga mega quilo hecto deca deci Símbolo T G M k h da d Fator de Multiplicação 1012 109 106 103 102 101 10–1 Prefixo centi mili micro nano pico femto atto Símbolo c m μ n p f a Fator de Multiplicação 10–2 10–3 10–6 10–9 10–12 10–15 10–18 Entenda as potências de 10 10–3 = 0,001 10–2 = 0,01 10–1 = 0,1 100 = 1 102 = 100 103 = 1000 ... 106 = 1 000 000 3. Notação científica É a representação de um número N com o uso de uma potência de 10 acom pa nhada de um número n tal que 1 ≤ n 10. N = n . 10x Veja alguns exem - plos na tabela ao lado. N 343 0,0010 0,07 35,80 Notação Científica 3,43 . 102 1,0 . 10–3 7 . 10–2 3,580 . 101 Nas calcu lado ras cien - tíficas, quan do a no ta - ção cien tí fi ca é utiliza - da, omi te-se a base 10. Na figura, temos o nú - mero 2,58 . 1012. ? Saiba mais Na medida de um comprimento L, usa mos uma régua gradua da em centímetros. A medida de L foi apresentada da seguinte forma: L = 2,5789m Responda aos quesitos a seguir: a) Nesta medida, quais são os algarismos corretos, o primeiro duvidoso e quais são os algarismos significativos? b) Como seria a medida de L expressa em milímetros (mm) com notação científica e com dois algarismos significativos? Resolução a) Se colocarmos a medida em centímetros, teremos: L = 257,89cm Os algarismos 2, 5 e 7 medem a quanti - dade de centí me tros e, por tanto, são corretos. O algarismo 8 mede décimo de centí - metro e, portanto, é o 1.° duvi do so. O algarismo 9 não tem significado nesta medida e deve ser eliminado. Portanto, os algarismos significativos são os corretos: 2, 5 e 7 e o 1.° duvidoso, 8. b) Como 1m = 103 mm, temos: L = 2,578 . 103 mm Como queremos apenas dois algarismos significativos, aproximamos para: Na aproximação, quando o primeiro algarismo eliminado (7) for superior a 5, o anterior (5) é acrescido de uma unidade (passa a ser 6). (MODELO ENEM) – Enunciado para os exercícios e . Considere a seguinte tabela com valores aproximados de algu mas massas. Avião comercial grande O número de algarismos significati vos das massas do avião, do carro pequeno e do lápis são, res pec tivamente: a) 2 – 4 – 1 b) 1 – 4 – 1 c) 2 – 4 – 2 d) 1 – 3 – 2 e) 2 – 4 – 4 L = 2,6 . 103 mm
  • 20. Um estudante mediu um comprimento com uma régua graduada em milí metros e apresentou o seguinte resultado: L = 2,30456m Nesta medida: a) quais são os algarismos corretos? b) qual o primeiro algarismo duvidoso? c) quais são os algarismos significativos? RESOLUÇÃO: a) 2 3 0 4 m dm cm mm b) 5 c) 2 3 0 4 5 Observação: No item “a”, se interpretarmos que algarismos cor - retos seriam aqueles obtidos de uma leitura cor reta, a res posta seria: 2 3 0 4 5 O algarismo “6” não pode ser obtido numa régua mili me trada e foi inserto incorretamente. Trata-se de um segundo algarismo duvi doso. Qual o número de algarismos significativos nas se guintes medidas? a) 4,80kg b) 3,4g c) 0,03040kg d) 80,4kg e) 3,00kg f) 4,732 . 10–3kg g) 6,0130 . 103 kg h) 4 . 10–3kg RESOLUÇÃO: a) 3 b) 2 c) 4 d) 3 e) 3 f) 4 g) 5 h) 1 84 FÍSICA MA –––– = 1,0 . 109 MM 105 –––– 10–4 1,0 –––– 1,0 MA –––– MM Ache as relações entre as seguintes unidades: a) km e mm b) m2 e (cm)2 RESOLUÇÃO: a) 1km = 1 . 103m = 1 . 103 . 103 mm ⇒ 1km = 1 . 106 mm b) 1 m2 = 1 . (102cm)2 1 m2 = 1 . 104 cm2 A velocidade da luz no vácuo é expressa por: c = 2,99792458 . 108m/s Exprimir o valor c em km/s e com dois algarismos significa - tivos: RESOLUÇÃO: c = 3,0 . 105km/s (FATEC-SP-MODELO ENEM) – César Cielo se tornou o maior nadador brasileiro na história dos Jogos Olímpicos ao con quistar a medalha de ouro na prova dos 50 m livres. Pri mei - ro ouro da natação brasileira em Jogos Olímpicos, Cielo que - brou o recorde olímpico com o tempo de 21s30’’, ficando a ape nas dois centésimos de segundo do recorde mundial con - quistado pelo australiano Eamon Sullivan num tempo igual a a) 19s28’’. b) 19s30’’. c) 21s10’’. d) 21s28’’. e) 21s32’’. RESOLUÇÃO: O tempo do recorde mundial é de: T = 21s + 0,30s – 0,02s T = 21s + 0,28s T = 21s28” Resposta: D Resolução 1) Para o avião: 1,0 . 105 kg Temos dois algarismos significativos: 1 e 0; a potência de 10 não interfere na quantidade de algarismos significativos. 2) Para o carro pequeno: 1000kg Os quatro algarismos são significativos. 3) Para o lápis: 0,01kg Apenas o 1 é significativo; 0 à esquerda não é algarismo signifi - cativo. Resposta: A A razão entre a massa do avião comercial grande e da mos ca é mais bem expressa por: a) 1,0 . 10–9 b) 1,0 . 109 c) 1,0 . 10–9 . kg d) 0,1 . 109 e) 0,1 . 1010 Resolução MA = 1,0 . 105kg MM = 1,0 . 10–4kg = . ⇒ Observe que a razão não tem unidades e a opção e é falsa porque apresenta apenas 1 algarismo significativo. Resposta: B
  • 21. 8 Fundamentos da Cinemática I • Posição • Referencial Quando o auto mó vel é manobrado em uma gara gem, o seu tamanho é re le vante e ele é tratado como corpo extenso. Quando o automóvel está per - correndo uma estrada, o seu ta manho é irre le van te e ele é tratado co mo ponto material. Ponto material tem tamanho desprezível, porém sua massa não é des prezível. FÍSICA 85 Operação de abastecimento de um caça em pleno voo. Embora os aviões estejam em movimento em relação à Terra, não há movimento relativo entre eles. 1. O que é Mecânica? Mecânica é a ciência que estuda os movimentos. Por razões didáticas, a Mecânica costuma ser divi di - da em três capítulos: I. Cinemática II. Dinâmica III . Estática A Cinemática é a descrição geo métrica do movi - men to, por meio de fun ções mate má ticas, isto é, é o equa cio namento do movimento. Na Cinemática, usamos apenas os conceitos da Geo metria associados à ideia de tempo; as grandezas fun da mentais utilizadas são apenas o com primento (L) e o tempo (T). A Dinâmica investiga os fatores que produzem ou alteram os movimentos; traduz as leis que explicam os movi mentos. Na Dinâmica, utilizamos como grandezas funda - mentais o comprimento (L), o tempo (T) e a massa (M). A Estática é o estudo das condições de equilíbrio de um corpo. 2. Ponto material ou partícula Ponto material (ou partícula) é um corpo de tama - nho desprezível em compa ração com as distâncias envolvidas no fenômeno estudado. Quando as dimensões do corpo são relevantes para o equacionamento de seu movimento, ele é chamado de corpo extenso. Exemplificando: (I) Um automóvel em uma viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro (distância de 400km) é tratado como pon - to material, isto é, o seu tamanho não é importante no equacionamento de seu movimento. (II) Um automóvel fazendo manobras em uma gara - gem é tratado como corpo ex ten so. (III) Um atleta disputando a corrida de São Silvestre (extensão de 15km) é tra tado como ponto material. (IV) O planeta Terra em seu movimento de trans - lação em torno do Sol é tra tado como ponto material. (V) O planeta Terra em seu movimento de rotação é tratado como corpo extenso. Quando vamos calcular quanto tempo um trem gasta para ultrapassar o outro, os tamanhos dos trens são relevantes e eles são tratados como corpos extensos. Quando calculamos quanto tempo um trem gasta entre duas estações, o tamanho do trem é irrelevante e ele é tratado como ponto material. Quando se estuda a rotação de um corpo, suas dimensões não são despre zíveis; e o corpo é sempre tratado como corpo extenso. 3. Posição de um ponto material A posição de um ponto material é definida pelas suas coordenadas cartesianas (x, y, z) (figura a seguir). O conjunto de eixos Ox, Oy e Oz, de mesma origem O e perpendiculares entre si, é chamado sistema cartesiano triortogonal.
  • 22. Se o ponto ma terial estiver sempre no mesmo pla - no, sua posição pode ser de fi nida por apenas duas coordenadas car tesianas: x e y. Se o ponto material estiver sempre na mesma reta, sua posição pode ser definida por uma única coordenada cartesiana: x. 4. Referencial ou sistema de referência O sistema cartesiano triortogonal deve ser fixado em um local, em relação ao qual pretendemos estudar a posição do ponto material. Esse local é chamado sistema de referência ou referencial. Quando o referencial for omitido, vamos assumi-lo como sendo a superfície terrestre. 5. Repouso – Movimento Repouso e movimento são conceitos relativos, isto é, dependem do referencial adotado. Uma partícula está em repouso, para um dado re fe - ren cial, quando sua posição permanece invariável, isto é, as três coordenadas cartesianas (x, y e z) permane cem constantes no decurso do tempo. 86 FÍSICA Uma partícula está em movimento, para um dado referencial, quando sua po sição varia no decurso do tempo, isto é, pelo menos uma das coordenadas carte - sianas está variando. Exemplos (I) Considere um carro em uma rua e um poste. O velocímetro do carro marca 100km/h. O motorista do carro está em repouso ou em movimento? A resposta correta é: depende do referencial. Se o referencial for a superfície terrestre, o poste está em repouso e o mo toris ta está em movimento a 100km/h. Se o referencial for o carro, o motorista está em repou so e o poste está em mo vi mento a 100km/h. (II) Considere um avião em pleno voo e um passa - geiro dormindo em uma poltrona. Se o referencial for o avião, o passageiro está em repouso e se o referencial for a superfície terrestre, o passageiro está em movimento. A ideia de movimento está asso ciada à mudança de posição. Uma pessoa sen tada no banco de um ôni bus, que trafega em uma rodo via, está sem pre na mesma posição em rela ção ao ôni bus, isto é, está em repouso em relação ao ôni bus. Porém, esta pes soa está mudando de posição em relação à rodo via, isto é, está em movi mento em relação à rodo via. Não existe repouso absoluto nem movimento ab - so luto. (UFRJ) – Heloísa, sentada na poltrona de um ônibus, afirma que o passageiro sentado à sua frente não se move, ou seja, está em re - pouso. Ao mesmo tempo, Abelardo, sentado à margem da rodovia, vê o ônibus passar e afirma que o referido passageiro está em movi - mento. De acordo com os conceitos de movimento e repouso usados em Mecânica, explique de que maneira devemos interpretar as afirma - ções de Heloísa e Abelardo para dizer que ambas estão corretas. Resolução Os conceitos de repouso e movimento são relativos, isto é, dependem do referencial adotado. Para o referencial fixo no ônibus (Heloísa), o passa geiro está em repouso. Para o referencial fixo na superfície terrestre (Abelardo), o passageiro está em movimento. (GAVE-MODELO ENEM) – No Campeo nato da Europa de Atletis mo em 2006, na Alemanha, Francis Obikwelu, atleta de nacio nalidade portu - guesa, ganhou a medalha de ouro nas corridas de 100 e de 200 metros. As tabelas referem as marcas alcançadas, na prova final da corrida de 100 metros, pelos atletas masculinos e femininos que ficaram nos quatro primeiros lugares. Numa corrida, consi dera-se tempo de reação o intervalo de tempo entre o tiro de partida e o mo mento em que o atleta sai dos blocos de partida. O tempo final inclui o tempo de reação e o tempo de corrida.
  • 23. No Portal Objetivo FÍSICA 87 100m MASCULINOS (PROVA FINAL) Considere as proposições a seguir: (I) Na prova de 100m masculinos, o atleta Francis Obikwelu partiu antes que os outros e por isso ganhou a corrida. (II) O tempo de corrida da atleta Irina Khabarova foi maior que da atleta Yekaterina Grigoryva. (III) O tempo médio de reação das mulheres é menor que o dos homens. (IV) O tempo médio de corrida dos homens é menor que o das mulheres. Somente está correto o que se afirma em: a) I e III b) I e IV c) II e III d) II e IV e) II, III e IV Resolução I. (F) O atleta Andrey teve o menor tempo de reação e, portanto, partiu antes dos outros. II. (V) O tempo de corrida é a diferença entre o tempo final e o tempo de reação: Para Irina: tC = 11,22s – 0,144s = 11,076s Para Yekaterina: tC = 11,22s – 0,150s = 11,070s III. (V) Os dados da tabela confirmam esta proposição. IV. (V) Como o tempo final dos homens é menor e o tempo de reação é maior, então o tempo médio de corrida é menor para os homens. Resposta: E (MODELO ENEM) – Os conceitos de re - pou so e movi mento são relativos, pois depen - dem do referencial adotado. Dona Gertrudes, em seu carro novo, se projeta em cima de um poste a 100km/h. Tendo resistido ao evento, ela foi prestar depoimento na dele ga cia e afirmou que o poste estava com velocidade de 100km/h. Do ponto de vista exclusivamente da Física, pode - mos afirmar que a) o argumento de Gertrudes é absurdo b) para um referencial no solo terrestre, o poste tem veloci dade de 100km/h. c) para um referencial no carro, Gertrudes está com velocidade de 100km/h. d) para um referencial no carro, o poste está com velocidade de 100km/h. e) em relação a qualquer referencial, o poste está com velo cidade de 100km/h. Resolução Para um referencial no solo terrestre, o carro e dona Gertrudes estão em movimento com velocidade de 100km/h e o poste está em repouso. Para um referencial no carro, dona Gertrudes está em repouso e o poste está em movimento a 100km/h. Repouso e movimento são conceitos relativos que dependem do referencial adotado. Resposta: D 100m FEMININOS (PROVA FINAL) Lugar Nome Tempo de reação (segundo) Tempo final (segundos) 1.o Kim Gevaert 0,144 11,00 2.o Yekaterina Grigoryva 0,150 11,22 3.o Irina Khabarova 0,144 11,22 4.o Joice Maduaka 0,164 11,24 Lugar Nome Tempo de reação (segundo) Tempo final (segundos) 1.o Francis Obikwelu 0,183 9,99 2.o Andrey Yepishin 0,148 10,10 3.o Matic Osovnikar 0,167 10,14 4.o Ronald Pognon 0,184 10,16 (MODELO ENEM) – Considere o seguinte texto, extraído de um Manual de Física: “O objetivo da .................................................... cir cuns creve-se, fundamentalmente, ao problema se guinte: partindo da posição presente do móvel, num dado referencial, determinar a sua posição futura no mesmo referencial; ou em outras palavras: dado o aqui e agora do móvel – posição e instante iniciais para um determinado observador –, prever o ali e depois do móvel em relação ao mesmo observador.” O espaço pontilhado no texto é mais bem pre en chi do pela pala - vra: a) Mecânica; b) Cinemática; c) Estática; d) Dinâmica; e) Hidrostática. Resposta: B Responda às questões de a de acordo com o seguinte código: a) O corpo em estudo é considerado um ponto mate rial. b) O corpo em estudo é considerado um corpo exten so. c) Não há dados suficientes para julgarmos se o corpo é ponto material ou corpo extenso. Um atleta praticando judô. Resposta: B Um atleta disputando a corrida de São Silvestre. Resposta: A A Terra, em movimento de translação. Resposta: A A Terra, em movimento de rotação. Resposta: B
  • 24. Um carro, viajando de São Paulo para o Rio de Janeiro. Resposta: A Um elefante. Resposta: C Uma pulga. Resposta: C Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M108
  • 25. 9 Fundamentos da Cinemática II • Trajetória 1. Trajetória Trajetória de um ponto material é o conjunto das posições ocupadas pelo ponto material no de cur so do tempo, isto é, é a união de todas as posições por onde o ponto material passou. P1 : posição no instante t1 P2 : posição no instante t2 . . . . . . . . . . . . . . . Pn : posição no instante tn A linha geométrica P1, P2, …, Pn (união de todas as posições por onde o ponto material passou) é a trajetória do ponto material. Para uma trajetória plana, a equação da trajetória é a equação que relaciona as coordenadas cartesianas de posição x e y entre si. Se o ponto material estiver em repouso, ele ocupa uma única posição no espaço, e a sua trajetória se reduz a um ponto. Como a trajetória está ligada ao conceito de posição, concluímos que: Exemplificando Considere um avião voando em linha reta, paralela ao solo horizontal, com velocidade constante de valor 500km/h, em um local onde o efeito do ar é despre zível. Num dado instante, o avião abandona uma bomba. Qual a trajetória descrita pela bomba? (veja a figura) A) Para um referencial ligado ao avião, a bomba terá apenas a queda vertical provocada pela ação da gravi dade e sua trajetória será um segmento de reta verti cal. B) Para um referencial ligado à superfície terrestre, a bomba terá dois movi mentos simultâneos: (1) movimento horizontal para frente com a mesma velocidade do avião (500km/h), mantido graças à propriedade chamada inércia; 88 FÍSICA (2) movimento de queda vertical provocado pela ação da gravidade. A superposição destes dois movimentos origina uma traje tó ria parabólica. C) Para um referencial li gado à própria bomba, ela está em re pou so e sua tra jetória será um ponto. 2. Equação da trajetória Consideremos uma partícula movendo-se ao longo de um plano. A posição da partícula é definida pelas suas coordenadas cartesianas x e y. A equação da trajetória relaciona as coordenadas cartesianas x e y entre si. Se conhecermos como x e y variam com o tempo t, para obter a equação da trajetória, basta eliminar a va - riável t. Exemplo 1 x = 2,0t2 (SI) e y = 4,0t2 (SI) Dividindo-se membro a membro: (SI) y 4,0t2 –– = ––––– = 2,0 ⇒ x 2,0t2 y = 2,0x Como a relação y = f(x) é do 1.° grau, concluímos que a trajetória é retilínea. Exemplo 2 x = 2,0t (SI) e y = 4,0t2 (SI) x Isolando-se o tempo na relação x = f(t), vem: t = ––– 2,0 Substituindo-se o valor de t na relação y = f(t), vem: x x2 y = 4,0 –––2 ⇒ y = 4,0 –––– 2,0 4,0 (SI) y = 1,0x2 Como a relação y = f(x) é do 2.° grau, concluímos que a trajetória é parabólica. Cada forma de trajetória: retilínea, parabólica, cir - cular, elíptica etc. é tradu zida por uma determinada equa ção da trajetória. A trajetória depende do referencial. • Equação da trajetória
  • 26. t t0 t t0 t b) t t0 t t0 t d) t t0 t FÍSICA 89 Um projétil foi lançado obliquamente a partir do solo terrestre. Seu movimento é descrito por suas coordenadas cartesianas de posição x (horizontal) e y (vertical), que variam com o tempo conforme as relações: x = 20,0 t (SI) y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) Determine a) o instante T (tempo de voo) em que o projétil chega ao solo (y = 0). b) o valor da distância D (alcance do projétil) indicada no grá fico. c) o instante em que o projétil atinge sua altura máxima, sa bendo-se que o tempo de subida é igual ao tempo de queda. d) o valor da altura máxima H atingida pelo projétil. e) a equação da trajetória do projétil: y = f(x). Resolução a) Para obtermos o tempo de voo, basta procurar o ins tante T em que a coordenada vertical y, que representa a altura do projétil, se anula: y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) 20,0 T – 5,0 T2 = 0 5,0 T (4,0 – T) = 0 Soluções da equação do 2.° grau: T = 0 (instante de lançamento) (tempo de voo pedido) b) O alcance D indicado no gráfico representa o valor da coor denada x quan do o projétil vol ta ao solo, isto é, o valor de x quando t = T = 4,0s. x = 20,0 t (SI) D = 20,0 . 4,0 (m) ⇒ D = 80,0m c) O tempo de voo T é a soma do tempo de subida TS com o tempo de queda TQ. De acordo com o enunciado, TS = TQ. Portanto: T = TS + TQ = 2TS TS= = ⇒ d) O valor da altura máxima H é o valor da coordenada vertical y quando t = TS = 2,0s. y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) H = 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) H = 40,0 – 20,0 (m) e) Para obter a equação da trajetória, devemos eliminar a variá vel tempo t nas relações: x = f(t) e y = f(t). x = 20,0 t (SI) (1) y = 20,0 t – 5,0 t2 (SI) (2) Em (1): t = Em (2): y = x – 5,0 y = x – 5,0 (SI) x 2 –––– 20,0 x2 –––– 400 Como a função y = f(x), que traduz a trajetória, é do 2.° grau, con cluí mos que a trajetória é parabólica. Observe que, na equação da trajetória, se fizermos x = D = 80,0m, resultará y = 0. De fato: y = 80,0 – = 80,0 – 80,0 = 0 Observe ainda que, se fizermos x = = 40,0m, resultará y = H = 20,0m. De fato: (40,0)2 –––––– 80,0 y = 40,0 – (m) y = 40,0 – (m) y = 40,0 – 20,0 (m) ⇒ (UFABC-MODELO ENEM) – Era 6 de agos - to de 1945, 8h15min da manhã, no Japão, quan - do o Enola Gay, um bombardeiro B-29 nor - teamericano, lançou, contra a cidade de Hiro - xima, o primeiro ataque atômico da história da humanidade, despejando sobre a cidade uma bomba atômica de 4500kg. A cidade foi arrasada, e 70 mil pessoas morre ram nos primeiros se gun - dos após a explosão. Até hoje, o nú mero de mortos decorrentes dessa operação está sendo conta bilizado, e já ultrapassou 250 mil. Lan çada a bomba, a tripu lação do B-29 assume tática evasi - va, que permite seu retorno à base. Supondo-se que a tripulação não realizasse a manobra evasiva e man tivesse o voo em trajetória reta e hori zontal com velocidade constante e, levando-se em conta a resistência do ar sobre o artefato nuclear, bem como o fato de que essa bomba não possuía sistema próprio de propulsão, a situação que melhor descreve a trajetória da bomba entre os instantes t0 (lançamento) e t (mo mento da explosão) é: a) t t c) e) Resolução Levando-se em conta a resistência do ar, a velocidade ho ri zon tal da bomba vai diminuir e vai ficar menor que a velocidade horizontal do avião. Isto significa que, em relação ao avião, a bomba cai verticalmente e desloca-se para trás em uma traje tória curva que não é uma parábola. Resposta: C (MODELO ENEM) – Se o efeito do ar fosse desprezível, a trajetória da bomba seria descrita por qual opção? Resolução Se o efeito do ar fosse desprezível, a bomba conservaria uma velocidade horizontal igual à do avião, isto é, o avião e a bomba estariam sempre na mesma vertical. Em relação ao solo terrestre, a trajetória da bomba seria para bó lica e, em relação a piloto, a trajetória seria vertical. Resposta: B y = H = 20,0m 1600 ––––– 80,0 D ––– 2 (80,0)2 –––––– 80,0 x2 y = x – ––––– 80,0 x –––– 20,0 H = 20,0m T –– 2 4,0s ––––– 2 TS = 2,0s T = 4,0s
  • 27. Considere um carro e um helicóptero. O carro movi menta-se em uma estrada reta horizontal com velocidade constante de valor 100km/h. O heli cóptero, voando sempre à mesma altura, acompa nha o movimento do carro, exatamente na mes - ma vertical, com a mesma velocidade horizontal de valor 100km/h. Num dado instante, o motorista do carro aponta um revólver para o helicóptero, e dispara verticalmente. Admita que o ar não afeta o movimento do projétil. Qual a trajetória do projétil a) para um observador no carro? b) para um observador no helicóptero? c) para um observador fixo na superfície terrestre? RESOLUÇÃO: a) Segmento de reta vertical ao solo; b) Segmento de reta vertical ao solo; c) Arco de parábola. A lei de movimento de uma partícula, relativamente a um referencial cartesiano, é dada pelas equações x = 1,0t e y = 2,0t2 + 1,0 em unidades do SI. A trajetória da partícula é uma a) circunferência; b) elipse; c) hipérbole; d) parábola; e) reta. RESOLUÇÃO: t = y = 2,0 2 + 1,0 y = 2,0x2 + 1,0 (parábola) Resposta: D Uma partícula está em movimento em um plano de modo que suas coordenadas cartesianas de posição x e y variam com o tempo t, segundo as relações: x = 2,0t2 (SI) y = 8,0t2 (SI) a) Obter a equação da trajetória y = f(x); b) Especificar, justificando, qual a forma da trajetória. RESOLUÇÃO: a) t2 = x ––– 2,0 x ––– 2,0 y = 8,0 . ⇒ y = 4,0x b) A função que relaciona as coordenadas cartesianas é do 1.o grau, logo, a trajetória é retilínea. (MODELO ENEM) – Um jovem, em um carro conversível, se movimenta em linha reta em um plano horizontal com velocidade constante. Num dado instante, o jovem lança verticalmente para cima uma bola. Despreze o efeito do ar. Assinale a opção que representa corretamente a trajetória des - cri ta pela bola para um referencial no carro (R1) e para um refe - rencial no solo terrestre (R2). x ––– 1,0 x ––– 1,0 90 FÍSICA
  • 28. RESOLUÇÃO: A trajetória depende do referencial adotado. Em relação ao carro (R1), a trajetória é um segmento de reta vertical. Em relação ao solo terrestre (R2), a trajetória é um arco de parábola. Resposta: C No Portal Objetivo 10 Fundamentos da Cinemática III • Espaço • Equação horária FÍSICA 91 1. Espaço Considere uma trajetória orientada e um ponto O escolhido arbitrariamente como referência (vide figura). Seja A a posição do ponto material em um instante t. O espaço (s) indica ape nas onde está o móvel na tra - je tória, isto é, o espaço é um indicador da posição do móvel. O espaço não indica a distância que o móvel percor - reu, mas apenas o local onde ele se encontra. O espaço pode ser positivo (ponto A), negativo (ponto B) ou nulo (ponto O). O ponto de referência (O) é denominado origem dos espaços. Dizer que o espaço (s) é nulo, num dado instante, significa apenas que, naquele instante, o móvel está posicionado na origem dos espaços. Exemplifiquemos Consideremos um carro em movimento de São Paulo para Campinas. Admitamos que a distância entre São Paulo e Jundiaí seja 60km e de Jundiaí a Campinas, 30km, medidas ao longo da estrada. Tomemos Jundiaí como sendo a origem dos espaços e orientemos a trajetória de São Paulo para Campinas. Quando o carro parte de São Paulo, o seu espaço vale – 60km; ao passar por Jundiaí, o espaço vale zero e, ao chegar a Campinas, o espaço vale + 30km. Se tomássemos São Paulo como origem (marco ze - ro da estrada), o valor do espaço se ria dado pela “quilo - metragem” marcada à beira da estrada. Assim, por exemplo, quando o carro passa pelo “km 20”, significa que o espaço vale 20km, isto é, o carro está a 20km da origem dos espaços (a 20km de São Paulo). Se adotarmos Campinas como origem dos es paços, quan do o carro partir de São Paulo, ele terá um espaço inicial igual a – 90km (s0 = –90km); ao passar por Jun - diaí, o seu espaço valerá –30km (sJ = –30km) e, ao che - gar a Campinas, o seu espaço valerá zero. 2. Variação de espaço e distância percorrida O espaço (s) é um indicador da posição (local) do móvel em cada instante (t). A variação de espaço ou deslocamento escalar indicado por Δs é a dife rença entre o espaço final (s2) e o espaço inicial (s1) num dado intervalo de tempo. Define-se espaço (s), no instante t, como sen do a medida algé brica (leva em conta o sinal) do arco de traje tória OA. Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M109
  • 29. Δs = s2 – s1 A distância per corrida (d) so men te coincidirá com o valor absoluto de Δs quando o mó vel ca minhar sem pre no mesmo sen ti do, is to é, quando não hou ver inver são no sen tido do movi mento. Exemplificando Consideremos um móvel descrevendo a trajetória retilínea indicada a seguir. O móvel passa por A no instante t0 = 0, passa por B no instante t1, para no pon to C no ins tante t2, inverte o sentido de seu movi mento e chega a B no instante t3. A variação de espaço (Δs), entre os instan tes t0 e t3, é dada por: Δs = 3m Δs = sB – sA = 5m – 2m ⇒ A distância percorrida, entre os instantes t0 e t3, é dada por: d = AC + CB = 5m + 2m ⇒ 3. Função horária do espaço: s = f(t) d = 7m Quando um ponto material está em repouso, o seu espaço permanece cons tante, podendo ser igual a zero (parado na origem dos espaços) ou diferente de zero (parado fora da origem dos espaços). Quando um ponto material está em movimento, o seu espaço (s) varia com o tempo (t). A função horária do espaço é também chamada de equação horária do movimento. Esta denominação é equivocada, pois, na realidade, trata-se de uma função e não de uma equação. Quando a equação horária é do 1.° grau, temos o movimento chamado uniforme. Quando a equação horária é do 2.° grau, temos o movimento chamado unifor me mente variado. 92 FÍSICA Exemplos Movimentos uniformes (1) s = 2,0 + 5,0 t (SI) (2) s = 4,0t (SI) Movimentos uniformemente variados (3) s = –3,0 + 8,0t – 5,0t2 (SI) (4) s = 4,0 + 2,0t2 (SI) (SI) significa Sistema Internacional de Unidades; o tempo (t) é medido em segundos e o espaço (s) é medido em metros. 4. Espaço inicial (s0) Denomina-se origem dos tempos, instante inicial ou instante de referência o instante t = 0. Na origem dos tempos, o móvel ocupa uma posi - ção (P0) que é definida por um espaço (s0) deno - minado espaço inicial. Observe que o espaço inicial (s0) indica apenas onde está o móvel no instante t = 0. Nas equações de (1) a (4), citadas no item 3, o espaço inicial vale, respecti va mente: (1) s0 = 2,0m; (2) s0 = 0; (3) s0 = –3,0m; (4) s0 = 4,0m. Um instante t positivo significa posterior à origem dos tempos e um instante t negativo significa anterior à origem dos tempos. Não se pode confundir a origem dos tempos (instan te t = 0) com a origem dos espaços (posição em que s = 0). Quando o espaço inicial é nulo (s0 = 0), então, na origem dos tempos (t = 0), o móvel está posicionado na origem dos espaços (s = 0). A função que relaciona o espaço (s) com o tempo (t) é denominada função horária do espaço. O espaço (s) é um indicador da posi - ção do mó vel ao longo da tra jetória. Em uma estra da, o mar co “ze ro” cor - res pon de à ori gem dos es pa ços e a q u i l o me t r a gem mar ca da à beira da es tra da in dica o va - lor do espaço. ? Saiba mais Quando um guar da rodoviário descreve em seu re - la tório que um aci dente ocorreu no km 70 da rodovia, ele está indicando ape nas o “local”, isto é, a posição onde acon teceu o acidente. Isto não significa que o carro percorreu 70km, mas apenas que, no momento do acidente, ele estava posi - cionado a 70km do marco zero da rodovia.
  • 30. s1 = 100km s2 = 62,5km No Portal Objetivo FÍSICA 93 Um carro tem equação horária dos espa - ços dada por: s = 20,0t (SI), válida para t ≥ 0 Responda aos quesitos a seguir: a) Construa o gráfico espaço x tempo. b) Qual a trajetória descrita pelo móvel? c) Qual a posição do móvel na origem dos tempos (t = 0)? d) Se a trajetória for uma circunferência de comprimento c = 200m, em que instantes o móvel passará pela origem dos espaços? Resolução a) b) A trajetória não está determinada; a equação horária não tem nada que ver com a trajetória. c) t = 0 ⇒ s = 0: o carro está na origem dos espaços. d) Toda vez que o espaço for múltiplo de c s = 0 …… t0 = 0 s = c = 200m ........... t1 = 10,0s (1 volta) s = 2c = 400m ......... t2 = 20,0s (2 voltas) ... s = nc = n . 400m ..... tn = n . 10,0s (n voltas) (MODELO ENEM) – Texto para as questões de a . O esquema a seguir representa o perfil de uma estrada, que vai ser percorrida por um carro. O ponto A corresponde ao marco zero da es - trada e é adotado como origem dos espaços. A convenção de sinais para a medi da do espa ço é indicada no desenho (de A para F). A me dida dos arcos entre os pontos sucessivos é sempre de 50km (AB = BC = CD = DE = EF = 50km). No instante t = 0, denominado origem dos tempos, o carro inicia seu movimento, obedecendo à seguinte lei horária: (t em h; s em km) s = 50 + 50t2 Depois de uma hora de viagem, o movimento do carro passou a obedecer à seguinte lei horária: (t ≥ 1,0h) (t em h; s em km) Nota: o tempo t é medido desde a partida do carro. O ponto de partida do carro é o ponto: a) A b) B c) C d) D e) E Resolução Como a partida se dá no instante t = 0, temos: s0 = 50 + 50 . 02 (km) ⇒ Esta posição corresponde, na figura, ao ponto B. Resposta: B O carro mudou o tipo de movimento (a lei horária) no ponto: a) A b) B c) C d) D e) E Resolução Como a mudança do tipo de movimento se dá no instante t = 1,0h, temos: s1 = 50 + 50 . (1,0)2 (km) ⇒ Esta posição corresponde, na figura, ao ponto C. Resposta: C Após meia hora do início da viagem, o carro se encontra em uma posição na estrada entre a) o quilômetro 12 e o quilômetro 13. b) o quilômetro 50 e o quilômetro 60. c) o quilômetro 62 e o quilômetro 63. d) o quilômetro 0 e o quilômetro 1. e) o quilômetro 30 e o quilômetro 31. Resolução Para t = 0,5h, ainda é válida a primeira função horária. Assim: s2 = 50 + 50 . (0,5)2 (km) ⇒ Resposta: C O carro passa pelo ponto E da estrada após um tempo de viagem de: a) 1,0h b) 2,0h c) 3,0h d) 4,0h e) 5,0h Resolução O ponto E da estrada está numa posição tal que é válida a segunda função horária (ela é válida a partir do ponto C). Como o arco AE mede 200km, temos: 200 = 100tE ⇒ Resposta: B tE = 2,0h s0 = 50km s = 100t Podemos definir o espaço como sendo a distância do mó - vel até a origem dos espaços? Justifique. RESOLUÇÃO: O espaço é medido ao longo da trajetória: é o comprimento do arco de trajetória entre a origem e a posição do móvel, associado a um sinal. Distância é definida, em Matemática, sempre em linha reta. Se a trajetória for retilínea, então a distância entre o móvel e a origem dos espaços coincidirá com o valor absoluto do espaço. Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M110
  • 31. Complete as lacunas: I) Se um corpo está em repouso, o seu espaço é ______________ e sua velocidade é ______________. II) Se um corpo está em movimento, o seu espaço é ______________ e sua velocidade é ______________ . III) Para um corpo em movimento, a relação entre o espaço (s) e o tempo (t) é chamada ________________ . RESOLUÇÃO: (I) cons tante; nula (II) variável; diferente de zero (III) função horária dos espaços (eq. horária) Um carro desenvolve, em uma trajetória reta, um mo vi - mento descrito pela seguinte função horária do espaço: s = 200 – 50t (para s em km e t em h) O ponto “0” representa a origem dos espaços. a) Qual a posição do carro no instante t = 1,0h? b) Em que instante o carro passa pela origem dos espa ços? RESOLUÇÃO: a) Para t = 1,0h, da função horária dos espaços, obtemos: s = 200 – 50 . (1,0) (km) ⇒ s = 150km (Ponto Q) b) Quando o carro passar pela origem dos espaços, teremos s = 0 Substituindo-se na função horária, teremos 0 = 200 – 50 t ⇒ t = 4,0h (MODELO ENEM) – Participar de uma maratona, corrida de longa dis tância, é uma ativi dade que não está ao alcance de qual quer pessoa, mesmo sendo um atleta treinado. A Folha de São Paulo publicou um texto sobre o as sunto, que está parcialmente reproduzido a seguir. 94 FÍSICA Com base no exposto no texto e usando seus conhe cimentos, analise as proposições a seguir: (I) O atleta deve ingerir muito líquido e carboi dra tos (bana - nas, batatas ou barras de cereais) durante a prova para evitar hipoglicemia e desidratação. (II) Um atleta amador com massa de 70kg pode perder 3,5kg ao disputar uma maratona. (III) Os diabéticos não podem participar de corridas de longo al - cance em virtude de seu baixo teor de açúcar no san gue. (IV) Um atleta amador com 1,80m de altura pode perder 9cm de altura ao disputar uma maratona. Estão corretas apenas as proposições: a) III e IV b) II e III c) I e III d) I, II e III e) I e II RESOLUÇÃO: (I) C (II) C: 3,5kg correspondem a 5% de 70kg. (III) F: os diabéticos têm alto teor de açúcar no sangue. (IV) F: a perda de altura não foi quan tificada no texto e certa - mente não corresponde a 5% da altura total. Resposta: E
  • 32. 11 e 12 Velocidade escalar média • Velocidade média cm • Relação entre unidades u(V) = —–– = cm . s–1 s km u (V) = —– = km . h–1 h km 1000m 1 m 1 —– = ––––––– = ––– ––– h 3600s 3,6 s FÍSICA 95 1. Definição P1 = posição no instante t1, defini da pe lo espaço s1. P2 = posição no instante t2, definida pe lo espaço s2. Δs = s2 – s1 = variação de espaço. Δt = t2 – t1 = intervalo de tempo. Define-se veloci da de escalar média (Vm), entre os ins tantes t1 e t2 (ou entre as posições P1 e P2), pela re la - ção: Notas (1) se o móvel avançar e, em seguida, recuar, vol - tando ao ponto de partida, se guindo a mesma trajetória, então Δs = 0 e Vm = 0. (2) a velocidade escalar média traduz a velocidade escalar constante que o móvel deveria ter para partir da mesma posição inicial e chegar à mesma posição final, no mesmo intervalo de tempo Δt, seguindo a mesma trajetória. 2. Unidades de velocidade Representemos por: u(L) = unidade de comprimento u(T) = unidade de tempo a) No Sistema Internacional, temos: u(L) = metro (m) u(T) = segundo (s) b) No Sistema CGS (centímetro-grama-se gundo), te - mos: u(L) = centímetro (cm) u(T) = segundo (s) c) Unidade prática: u(L) = quilômetro (km) u(T) = hora (h) d) Relações: 1m 102cm —– = ––––––– s s m u (V) = —– = m . s–1 s Δs s2 – s1 Vm = –––– = ––––––– Δt t2 – t1 Se o carro per cor reu 400km em 4,0h, sua ve loci da de escalar mé dia foi de 100km/h. Porém, durante a via - gem, a veloci da de do carro não per maneceu cons tan te: há tre chos em que a veloci da de dimi nui ou, até mes - mo, situa ções em que o carro para. Quando dizemos que a velocidade es calar média foi de 100km/h, ? Saiba mais isto signi fi ca que, se o carro pudesse reali zar a viagem com ve lo cidade escalar cons tan te, o seu valor de ve ria ser de 100km/h para percorrer a dis tân cia de 400km no intervalo de tempo de 4,0h. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M111
  • 33. (MODELO ENEM) – Uma família viaja de carro com velo cidade esca lar cons tante de 100km/h, durante 2,0h. Após parar em um posto de gasolina por 30 min, continua sua viagem por mais 1h 30 min com velocidade escalar constante de 80km/h. A velocidade escalar média do carro durante toda a viagem foi de: a) 80km/h b) 100km/h c) 120km/h d) 140km/h e) 150km/h Resolução t = 1,5h V = 100km/h 2 1 Δs1 = V1 Δt1 = 100 . 2,0 (km) = 200km Δs2 = V2 Δt2 = 80 . 1,5 (km) = 120km Posição A B C D E Tempo 0 1,0h 3,0h 5,0h 6,0h 96 FÍSICA Δs = Δs1 + Δs2 = 320km Δt = Δt1 + ΔtP + Δt2 = 4,0h Resposta: A (ENEM) – As cidades de Quito e Cingapura encontram-se pró ximas à linha do Equador e em pontos diametralmente opostos no globo terrestre. Considerando-se o raio da Terra igual a 6400 km, pode-se afirmar que um avião saindo de Quito, voando em média 800 km/h, chega a Cingapura em aproxi ma damente a) 16 horas. b) 20 horas. c) 24 horas. d) 32 horas. e) 36 horas. Note e adote 1) O comprimento C de uma circunferência de raio R é dado por: Resolução A distância percorrida entre dois pontos da linha do Equador, dia metral men te opostos, corres ponde à metade da cir cun - ferência ter res tre: Δs = = 3 . 6400km = 19 200km Sendo Vm= , vem: Δs –––– Vm Δt = = (h) ⇒ Resposta: C 19200 –––––– 800 Δt = 24h Δs –––– Δt 2πR –––– 2 C = 2πR 2) Adote π = 3 Δs 320km Vm = ––– = ––––––– = 80km/h Δt 4,0h A t = 2,0h 1 V = 80km/h 2 t = 0,5h P B C Um ponto material percorre a trajetória representada a seguir, na qual AB = BC = CD = DE = 10km. A posição do ponto material varia com o tempo, de acordo com a tabela: Determine a velocidade escalar média do móvel entre as posições B e D. RESOLUÇÃO: Vm= = ⇒ Vm = 5,0km/h Um carrinho de autorama passa pelo ponto A da pista no instante t1 = 3,0s, vai até B, onde permanece parado 5,0s. Em seguida, vai até o ponto C, aí che gan do no instante t2 = 13,0s. Admitindo-se que o carrinho seja um ponto material, determine sua velocidade escalar média no percurso AC. RESOLUÇÃO: VAC= = Δs ––– Δt VAC = 0,60m/s 6,0(m) –––––––– 10,0(s) 20 (km) –––––––– 4,0 (h) Δs ––– Δt Exercícios Resolvidos – Módulo 11 Exercícios Propostos – Módulo 11
  • 34. FÍSICA 97 Na trajetória escalonada da figura abaixo, o carrinho que a percorre pode ser considerado um ponto mate rial. O carrinho parte do ponto A no instante t0 = 0, vai até o ponto C e retorna ao ponto B, onde chega no instante t1 = 3,0s. Calcule a) a distância percorrida pelo carrinho, entre os ins tan tes t0 e t1. b) a velocidade escalar média entre os instantes t0 e t1. RESOLUÇÃO: a) d = |ΔsAC| + |ΔsCB| d = 5,0 + 2,0 (m) ⇒ d = 7,0m b) Vm= = ⇒ Vm = 1,0m/s (MODELO ENEM) – Num campeonato mundial de atletis - mo, realizado em Tó quio, os atletas Leroy Burrel e Carl Lewis ga - nha ram as me dalhas de ouro e prata na corrida de 100m rasos. Os desempenhos dos atletas a cada intervalo de 10m estão descritos na tabela a seguir. Assinale a proposição correta. a) Burrel ganhou a medalha de ouro. b) Os atletas tiveram velocidade escalar constante em todo o percurso. c) Lewis ultrapassou Burrel após a marca de 80m. d) Para os dois atletas, a velocidade escalar média nos últimos 50m é menor do que nos primeiros 50m. e) A velocidade escalar média de Lewis, nos 100m, foi menor que a de Burrel. Distância em metros RESOLUÇÃO: a) Falsa: Lewis venceu porque com ple tou os 100m em um tempo menor. b) Falsa: Os intervalos de tempo para per correr a mesma distância são dife rentes. c) Correta: Até 80m, o tempo gasto por Burrel era menor e, portanto, ele es tava à frente. d) Falsa: Os últimos 50m foram percor ridos em um intervalo de tempo menor. e) Falsa: Lewis gastou menos tempo e, portanto, tem velocidade escalar média maior. Resposta: C Tempo em segundos Lewis Burrel 10 1,88 1,83 20 2,96 2,89 30 3,88 3,79 40 4,77 4,68 50 5,61 5,55 60 6,46 6,41 70 7,30 7,28 80 8,13 8,12 90 9,00 9,01 100 9,86 9,88 m (–––) s 4,0 – 1,0 –––––––– 3,0 Δs ––– Δt (VUNESP-MODELO ENEM) – O crescen - te aumento do nú me ro de veículos automo - tores e o consequente aumento de en gar - rafamentos têm levado a Prefeitura do Mu - nicípio de São Paulo a um monitoramento intensivo das condições de circu la ção nas vias da cidade. Em uma sondagem, um funcionário da companhia de trânsito deslocou seu veículo, constatando que • permaneceu parado, durante 30 minutos; • movimentou-se com velocidade de módulo 20km/h, du rante 12 minutos; • movimentou-se com velocidade de módulo 45km/h, du rante 6 minutos. Da análise de seus movimentos, pôde-se constatar que, para o deslocamento realizado, a velocidade escalar média desen vol vida foi, em km/h, a) de 10,6 b) de 12,0 c) de 13,5 d) de 15,0 e) de 17,5 Resolução 1) Δs = V . Δt Δs1 = 20 . (km) = 4,0km Δs2 = 45 . (km) = 4,5km Δs = Δs1 + Δs2 = 8,5km Δt = Δt1 + Δt2 + ΔtP = 48 min = h = 0,8h 2) Vm= = ≅ 10,6 Resposta: A (MODELO ENEM) – Durante a fase de treinos e testes de fórmula 1, foi feito um estu - do do desempenho médio D de um combustível (medido em km rodados para cada litro do combustível) em função da velocidade escalar média Vm para um novo modelo de carro. O gráfico de D em função de Vm é apresentado a seguir. A pista de provas tem um comprimento total de 24,0km e formato circular. Considere as proposições a seguir: I) Se a velocidade escalar média for de 96km/h, o carro consu mirá 4,0 litros de combustível para dar uma volta completa na pista. II) Nas condições de desempenho máximo, o carro con sumirá 3,0 li tros de combustível para dar uma volta com pleta na pista. III) Nas condições de desempenho máximo, o carro levará 6,0 min para dar uma volta completa na pista. IV) Se o carro estiver com velocidade escalar média de 300km/h para realizar 10 voltas na pista, o consumo de combustível será de 480 litros. Somente está correto o que se afirma em: a) I b) I e II c) I, II e III d) IV e) III e IV Resolução I. (V) Para Vm = 96km/h, o desempenho D é de 6,0km/ km ––– h 8,5km ––––––– 0,8 h Δs ––– Δt 48 ––– 60 6 ––– 60 12 ––– 60 Exercícios Resolvidos – Módulo 12
  • 35. Exercícios Propostos – Módulo 12 V = 4,0 (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Oscar, de 2,05m de altura, e seu amigo João, de ape nas 1,60m, partem juntos para uma caminhada de 5,0km ao longo de uma pista de preparação física. Com passadas que medem o dobro das de João, Oscar caminhou os primei ros 2,0km, tendo sempre ao seu lado seu companheiro João, quando teve de parar por um momento, mas pediu que João seguisse em frente. João manteve o seu ritmo e depois de certo tempo Oscar o alcança, completando a caminhada lado a lado. Podemos afirmar que a) nos primeiros 2,0km, a velocidade de Oscar é o do bro da de João. b) nos primeiros 2,0km, a velocidade de João foi o dobro da de Oscar. c) ambos completaram a caminhada de 5,0km com a mesma velocidade escalar média. d) ao longo dos 5,0km, a velocidade escalar média de Oscar foi maior que a de João. e) como as passadas de Oscar medem o dobro das de João, a velocidade de Oscar sempre foi maior que a de João. RESOLUÇÃO: Ambos percorreram a mesma distância no mesmo intervalo de tempo, portanto Resposta: C Em uma corrida de 800m, um atleta fez um tempo de 1 mi - nuto e 40 segundos. Sabendo-se que a extensão do passo do atleta é de 80cm, pedem-se: a) a velocidade escalar média do atleta nesta corrida, em km/h. b) o número de passos que o atleta deu durante a cor rida. RESOLUÇÃO: Δs ––– Δt 800 (m) ––––––––– 100 (s) a) Vm= = ⇒ Vm = 8,00m/s ou Vm = 28,8km/h b) 800m –––––––– x 0,80m –––––––– 1 passo 98 FÍSICA (FUVEST) – Um ônibus sai de São Paulo às 8 horas e che - ga a Jaboticabal, que dista 350km da capital, às 11h e 30min. No trecho de Jundiaí a Campinas, de apro xima damente 45km, a sua velocidade escalar foi cons tante e igual a 90km/h. a) Qual a velocidade escalar média, em km/h, no trajeto São Paulo-Jaboticabal? b) Em quanto tempo o ônibus cumpre o trecho Jundiaí- Campinas? RESOLUÇÃO: a) Vm= = ⇒ Vm = 100km/h b) Δt = ⇒ Δt = (h) ⇒ Δt = 0,50h Um automóvel viaja a uma velocidade escalar média de 50km/h durante 10min e a 80km/h durante os 20min seguin - tes. Qual é a velocidade escalar média no intervalo de 30min? RESOLUÇÃO: Vm = V1 Δt1 + V2 Δt2 –––––––––––––––– ⇒ Vm= (km/h) Δt1 + Δt2 Vm = 70km/h 50 . 10 + 80 . 20 –––––––––––––––– 10 + 20 Δs ––– V 45 –––– 90 Δs ––– Δt 350 (km) ––––––––– 3,5(h) x = 1,0 . 103 passos VMJoão = VMOscar 6,0km –––––––––– 1 24,0km –––––––––– V II. (V) Para o desempenho máximo D = 8,0km/, temos: 8,0km –––––––––– 1 24,0km –––––––––– V III. (V) Para o desempenho máximo D = 8,0km/, a velocidade escalar média vale 240km/h. Vm = ⇒ 240 = Δt = 0,1h = 6,0min IV. (F) Para Vm = 300km/h, temos D = 2,0km/ 2,0km –––––––––– 1 240km –––––––––– V V = 3,0 Resposta: C V = 120 24,0 ––––– Δt Δs ––– Δt
  • 36. 13 e 14 Velocidade escalar instantânea • Velocidade • Derivação FÍSICA 99 1. Definição A velocidade escalar instantânea traduz a rapidez de movimento, isto é, a rapidez com que a posição (espaço) varia no decurso do tempo. Uma grande velocidade significa movimento rápido; pequena velocidade significa movimento lento e veloci - dade nula significa que não há movimento. Admitamos que se pre - tenda calcular a velocidade escalar de um móvel em um instante t em que ele passa por uma posição P de sua trajetória. Para tanto, calculamos sua velocidade escalar média entre a posição P (instante t) e a posição P’ (instante t + Δt). Se fizermos o intervalo de tempo Δt ir di mi nuindo e ten dendo a zero (Δt → 0), o valor da velocidade escalar mé dia Vm = vai tender para o valor da veloci da de escalar no instante t, isto é: A velocidade escalar instantânea é o limite para o qual tende a velocidade escalar média, quando o intervalo de tempo considerado tende a zero. A velocidade escalar instan - tânea corresponde à velocidade escalar média calcu lada em um intervalo de tempo extre - mamente pequeno. Para um automóvel, a velocidade escalar instan tânea é indica da em seu velocí metro. O cálculo desse limite é uma operação matemática chamada derivação. Escreve-se V = e lê-se: a velocidade escalar é a derivada do espaço em relação ao tempo. Em nosso estudo de Cinemática, só nos interessa a derivação da função polinomial Nota: a, b, c e n são constantes. Exemplos (I) s = 5,0 t3 + 8,0 t2 – 9,0 t + 10,0 (SI) ds ––– dt V = = 15,0 t2 + 16,0 t – 9,0 (SI) (II) s = – 3,0 t2 + 1,0 t – 8,0 (SI) ds ––– dt V = = – 6,0t + 1,0 (SI) (III) s = – 4,0 + 2,0 t (SI) ds ––– dt V = = 2,0m/s (constante) s = atn + bt + c ds V = ––– = na tn–1 + b dt ds ––– dt Δs V = lim Vm = lim –––– Δt → 0 Δt → 0 Δt Δs ––– Δt O trem-bala, no Japão, atin - ge a fan tás tica velocidade es ca lar de 500km/h. Apresentamos, a seguir, as veloci dades escalares mé dias do movi mento de alguns corpos, bem co - mo do som e da luz, medi das em m/s e km/h: ? Saiba mais 1) Lesma: 0,0014m/s – 0,0050km/h 2) Tartaruga: 0,02m/s – 0,072km/h 3) Pedestre: 1,4m/s – 5,0km/h 4) Atleta recordista dos 100m: 10m/s – 36km/h 5) Atleta em corrida de 1 500m: 7,0m/s – 25km/h 6) Atleta em corrida de 10 000m: 5,5m/s – 20km/h 7) Galgo: 17m/s – 61km/h 8) Pombo-correio: 18m/s – 65km/h 9) Lebre: 19m/s – 68km/h 10) Avestruz – Gazela: 22m/s – 79km/h 11) Chita (o mais rápido dos mamíferos): 28m/s – 101km/h 12) Automóvel de passeio: 30m/s – 108km/h 13) Esquiador em competição: 32m/s – 115km/h 14) Carro de corridas: 100m/s – 360km/h 15) Trem-bala: 140m/s – 504km/h 16) Aviões turboélices: 200m/s – 720km/h 17) Som no ar: 340m/s – 1224km/h 18) Aviões supersônicos: 555m/s – 1998km/h 19) Bala de metralhadora: 715m/s – 2574km/h 20) Lua em torno da Terra: 1,0.103m/s – 3,6.103km/h 21) Satélite estacionário da Terra: 3,0.103m/s – 1,08.104km/h 22) Terra em torno do Sol: 3,0.104m/s – 1,08.105km/h 23) Luz no vácuo: 3,0.108m/s – 1,08.109km/h
  • 37. Um projétil é lançado verticalmente para cima a par tir do solo terrestre. A altura h do projétil (espaço) varia com o tempo t, se gundo a relação: h = 20,0t – 5,0t2 (SI) Determine a) o instante t1 em que o projétil atinge sua altura máxima. b) a altura máxima atingida pelo projétil. Resolução a) Atinge a altura máxima quando V = 0. V = = 20,0 – 10,0t (SI) 20,0 – 10,0 t1 = 0 ⇒ b) t = t1 = 2,0s h = hmáx = 20,0 . 2,0 – 5,0 (2,0)2 (m) hmáx = 40,0 – 20,0 (m) Respostas: a) 2,0s b) 20,0m (MODELO ENEM) – Uma pessoa preten - de ir de carro de uma cidade A até uma cidade B percorrendo uma distância de 120km com velocidade constante de módulo V, com menor gasto possível de combustível. Despreze o tempo gasto pelo carro para acelerar de 0 a V e para frear de V até zero. Ob - viamente, o carro parte do repouso da cidade A e volta ao repouso ao chegar a cidade B. O desempenho do combustível D corresponde à distância que o carro percorre para cada litro de combustível que é gasto. Para velocidades no intervalo entre 20km/h e 120km/h, o desem penho D, medido em 100 FÍSICA km/litro, em função de V, medida em km/h, é dada pela função: D = – + V – 5 –– 4 Nas condições de desempenho máximo, isto é, menor consumo de combustível nesta viagem, o tempo de percurso entre A e B será de: a) 1,0h b) 1,5h c) 2,0h d) 2,5h e) 3,0h Dado: Para uma função do 2.o grau do tipo y = ax2 + bx + c, o valor de y será máximo (a 0) ou mínimo (a 0) para Resolução 1) D = – + V – a = – e b = O desempenho será máximo para V dado por: V = – = – . (–320) (km/h) V = 60km/h 2) V = ⇒ 60 = Resposta: C (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA-MODELO ENEM) – Para manter a se gu rança na estrada, recomenda-se que as velocidades dos veículos sejam tais que a distância entre um e outro seja vencida em no mínimo dois segundos. Considere uma situação ideal em que todos os motoristas respeitam esta recomendação, que os carros seguem em uma única fila a uma distância segura, que o tamanho dos automóveis sejam desconsi - derados e que a velocidade dos veículos, 72km/h (20m/s), seja a máxima permitida para esta rodovia. Mantendo-se a recomendação de segurança, se a velocidade máxima permitida for alterada para 144km/h (40m/s), é correto afirmar que o fluxo de veículos (número de veículos que chegam ao destino por hora) _________, que a distância entre eles na rodovia _________ e que o tempo de percurso fique _________. As expressões que completam corretamente as lacunas são, respectivamente: a) não mude; não mude; reduzido à metade b) dobre; dobre; reduzido à metade c) dobre; não mude; o mesmo d) dobre; não mude; reduzido à metade e) não mude; dobre; reduzido à metade Resolução Quando a velocidade dos carros for duplicada, para que a distância entre eles seja percorrida em 2,0s, é preciso que essa distância duplique. O número de carros que chegam ao des tino, por hora, é o mesmo porque a cada 2,0s, chega um carro. O tempo de percurso entre a origem e o destino vai re duzir-se à metade porque a velocidade escalar duplicou. Resposta: E Δt = 2,0h 120 ––– Δt Δs ––– Δt 3 ––– 16 b –––– 2a 3 –– 8 1 –––– 320 5 –– 4 3 –– 8 V2 –––– 320 b x = – ––– 2a 3 –– 8 V2 –––– 320 hmáx = 20,0m t1 = 2,0s dh ––– dt (OLIMPÍADA DE FÍSICA) – A equação horária de um mó - vel que se desloca numa trajetória retilínea é: s = 20,0 + 2,0t – 0,50t2. A equação da velocidade escalar deste móvel é: a) V = 2,0 – 1,0t b) V = 2,0 – 0,50t c) V = 20,0 – 0,50t d) V = 20,0 + 2,0t e) V = 20,0 – 1,0t RESOLUÇÃO: Resposta: A Um ponto material em movimento obedece à se guin te fun ção horária: s = 20,0 – 2,0t + 4,0t2 (com o es paço em me - tros e o tempo em segundos). a) Determine a função horária da velocidade escalar instantâ - nea. b) Determine o valor da velocidade escalar no instante t1 = 2,0s. RESOLUÇÃO: ds a) V = –––– = –2,0 + 8,0t (SI) dt b) Para t = 2,0s: V = – 2,0 + 8,0 . 2,0 (m/s) ⇒ V = 14,0m/s ds V = –––– = 2,0 – 1,0t (SI) dt Exercícios Resolvidos – Módulo 13 Exercícios Propostos – Módulo 13
  • 38. FÍSICA 101 (FUVEST) – Um corpo se movimenta sobre o eixo x, de acordo com a equação horária: x = 2,0 + 2,0t – 2,0t2, em que t é dado em segundos e x em metros. a) Qual a velocidade escalar média entre os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s? b) Qual é a velocidade escalar nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s? RESOLUÇÃO: a) t1 = 0 ⇒ S1 = 2,0m t2 = 2,0s ⇒ S2 = – 2,0m b) t1 = 0 ⇒ V = 2,0m/s t2 = 2,0s ⇒ V = – 6,0m/s (MODELO ENEM) – Um gato vai partir do repouso e des - cre ver uma trajetória retilínea. Uma lata é amarrada ao rabo dele e cada vez que ouve a lata bater no solo, ele, instantaneamente, au menta sua velo cidade escalar de 10m/s. Esse é o único fato que o faz aumen tar sua veloci dade escalar. Considere os seguintes da dos: 1) velocidade com que a luz se propaga no vácuo: 3,0 . 108m/s 2) velocidade com que o som se propaga no ar: 3,4 . 102m/s 3) velocidade da Terra em seu movimento orbital: 30km/s 4) velocidade da Lua em seu movimento orbital: 1,0km/s 5) velocidade de um satélite geoestacionário: 3,0km/s A máxima velocidade teórica que o referido gato pode atingir é: a) 3,0 . 108m/s b) 3,4 . 102m/s c) 30km/s d) 1,0km/s e) 3,0km/s RESOLUÇÃO: Quando o gato atingir a velocidade do som, 3,4 . 102m/s, ele deixa de ouvir o som da lata batendo no chão e sua velocidade não aumenta mais, permanecendo igual a 3,4 . 102m/s. Resposta: B Δs – 2,0 – 2,0 Vm = –––– ⇒ Vm = –––––––––– (m/s) Δt 2,0 Vm = – 2,0m/s ds V = –––– ⇒ V = 2,0 – 4,0t (SI) dt Um carro movimenta-se ao longo de uma reta e sua posição é definida em função do tem po pela relação: s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) Esta relação vale desde o instante t = 0 até o instante t = T para o qual o carro para. Determine a) a função velocidade escalar – tempo: V = f(t). b) a velocidade escalar do carro na origem dos tempos (v0). c) o instante T em que o carro para. d) a velocidade escalar média entre os instantes t = 0 e t = T. e) o gráfico da função V = f(t) entre os instantes t = 0 e t = T. Resolução a) A velocidade escalar é obtida derivando-se a equação horária: s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) b) Para t = 0, temos V = V0 V0 = 30,0 – 2,0 . 0 (m/s) ⇒ c) O carro para quando sua velocidade escalar V se anula: V = 30,0 – 2,0t (SI) 30,0 – 2,0T = 0 30,0 = 2,0T ⇒ d) s = 20,0 + 30,0t – 1,0t2 (SI) t = 0 ⇒ s = s0 = 20,0m t = T = 15,0s s = sf = 20,0 + 30,0 . 15,0 – 1,0 (15,0)2 (m) sf = 20,0 + 450 – 225 (m) sf = 245m Vm= = = (m/s) Vm= (m/s) ⇒ Nota: Como a função V = f(t) é do 1.° grau, a velocidade es ca lar média pode ser calculada pela média aritmética entre a velocidade ini - cial (V0 = 30,0m/s) e a velocidade final (Vf = 0) Vm= = (m/s) e) V = 30,0 – 2,0t (SI) Como a função V = f(t) é do 1.° grau, o seu gráfico se rá um seg men to de reta: t = 0 ⇒ V = V0 = 30,0m/s t = T = 15,0s ⇒ V = 0 30,0 0 (PUC-RS-MODELO ENEM) – O eco é o fenômeno que ocor re quando um som emitido e seu reflexo em um anteparo são percebidos por uma pessoa com um intervalo de tempo que permite ao cérebro distingui-los como sons diferentes. Para que se perceba o eco de um som no ar, no qual a veloci dade de propagação tem módulo de 340m/s, é necessário que haja uma distância de 17,0m entre a fonte e o anteparo. Na água, em que a velocidade de propagação do som tem módulo de 1.600m/s, essa distância precisa ser de a) 34,0m b) 60,0m c) 80,0m d) 160,0m e) 320,0m Resolução 1) VS = ⇒ 340 = ⇒ 2) V’S = ⇒ 1600 = 2d = 160 ⇒ Resposta: C d = 80,0m 2d ––– 0,1 2d ––– T T = 0,1s 34,0 ––––– T Δs ––– Δt V(m/s) t(s) 15,0 Vm = 15,0m/s 30,0 + 0 –––––––––– 2 V0 + Vf ––––––– 2 Vm = 15,0m/s 225 ––––– 15,0 245 – 20,0 –––––––––– 15,0 sf – s0 ––––––– Δt Δs ––– Δt T = 15,0s V0 = 30,0m/s ds V = ––– = 30,0 – 2,0t (SI) dt Exercícios Resolvidos – Módulo 14
  • 39. (UFMS-MODELO ENEM) – O gráfico abai xo ilustra a mar cação de um sinaleiro eletrônico. Nesse tipo de equi pa men to, dois sensores são ativados quando o carro passa. Na figura, os pulsos vazios correspondem à marcação do primeiro sensor, e os pulsos cheios à marcação do segundo sensor. Con - sidere que a distância entre os dois sensores seja de 1,0m. Δs ––– V Exercícios Propostos – Módulo 14 Um ponto material está em movimento obedecendo à seguinte função horária dos espaços: s = 2,0t3 + 4,0t – 4,0 (SI) Calcule a) a velocidade escalar média entre os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s; b) a velocidade escalar nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. RESOLUÇÃO: a) t1 = 0 ⇒ s1 = – 4,0m t2 = 2,0s ⇒ s2 = 20,0m b) Δs 24,0 (m) Vm = –––– = ––––– –––– ⇒ Vm = 12,0m/s Δt 2,0 (s) ds V = –––– ⇒ V = 6,0t2 + 4,0 (SI) dt t1 = 0 ⇒ v1 = 4,0m/s t2 = 2,0s ⇒ v2 = 28,0m/s (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) – Uma partí cu la exe - cuta um movimento, em trajetória retilínea, obedecendo à função horária s = 16,0 – 40,0t + 25,0t2, em que s é o espaço medido em metros e t é o tempo medido em segundos. a) Qual a velocidade escalar média entre os instantes t1 = 2,0s e t2 = 6,0s? b) A partir de que instante a partícula inverte o sen tido de seu movimento? RESOLUÇÃO: a) t1 = 2,0s ⇒ s1 = 36,0m t2 = 6,0s ⇒ s2 = 676,0m 102 FÍSICA b) Vm = 1,6 . 102m/s V = 0 ⇒ t = 0,80s 3,6 ––– 30 Em uma corrida, em uma pista retilínea, com extensão de 50m, a função horária do espaço que descreve o movimento de um atleta é dada por: s = 0,5t2 (SI) Determine a) o tempo gasto pelo atleta para completar a corrida. b) a velocidade escalar com que o atleta cruza a linha de chegada, em km/h. c) a velocidade escalar média nesta corrida. RESOLUÇÃO: a) t = T ⇔ s = 50m 50 = 0,5T2 ⇒ T2 = 100 ⇒ ds –––– dt b) V = = 1,0t (SI) t = 10s ⇒ V = 10m/s = 36km/h Δs –––– Δt 50m ––––– 10s Vm = 5,0m/s c) Vm= = ⇒ T = 10s ds V = –––– ⇒ V = – 40,0 + 50,0t (SI) dt Δs 676,0 – 36,0 640,0 Vm = –––– = ––––––––––––– (m/s) = ––––––– m/s Δt 4,0 4,0 Qual(is) veículo(s) teria(m) sido multado(s), considerando-se que a velocidade máxima permitida no local seja de 30km/h? a) Os carros 2 e 4, apenas. b) Os carros 1 e 2, apenas. c) Os carros 1 e 4, apenas. d) Os carros 1 e 3, apenas. e) Nenhum carro seria multado. Resolução V = ⇒ Δt = V = 30km/h = m/s Δt = 1,0 . (s) = 0,12s A velocidade do carro será maior que 30km/h e, portanto, será multado quando Δt 0,12s. Δt1 = 0,10s Δt2 = 0,30s Δt3 = 0,09s Δt4 = 0,25s Os carros (1) e (3) serão multados. Resposta: D 30 ––– 3,6 Δs ––– Δt
  • 40. No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M112 15 Aceleração escalar • Aceleração cm u(γ) = –––– = cm . s–2 s2 m cm FÍSICA 103 Uma partícula, em trajetória retilínea, tem função horária do espaço dada por: s = 4,0t2 – 8,0t (unidades do SI) Determine a) os instantes em que o móvel passa pela origem dos espaços; b) o instante e a posição em que o móvel para. RESOLUÇÃO: a) Na origem dos espaços: s = 0 0 = 4,0 t2 – 8,0t ⇒ t1 = 0 e t2 = 2,0s b) No instante da inversão do movimento: V = 0 Quando V = 0: t = 1,0s e s = –4,0m (UEM-PR-MODELO ENEM) – Quanto tempo um carro, viajando com uma velocidade escalar de 15km/h, levará para percorrer um trajeto, em linha reta, correspondente a 3,0cm, em uma carta topográfica cuja escala é 1:100.000? a) 10 minutos b) 12 minutos c) 15 minutos d) 30 minutos e) 45 minutos RESOLUÇÃO: 1) 1 ............. 100 000 3,0cm ............. d d = 3,0 . 105cm = 3,0 . 103m = 3,0km Δs ––– Δt 2) V = ⇒ 15 = Δt = h 1 –– 5 Δt = 60 min ⇒ Resposta: B Δt = 12 min 1 –– 5 3,0 ––– Δt ds V = ––– ⇒ V = 8,0t – 8,0 (SI) dt 1. Aceleração escalar média (γm) Sejam: V1 = velocidade escalar no instante t1 V2 = velocidade escalar no instante t2 Define-se aceleração escalar média (γm), entre os instantes t1 e t2, pela relação: ΔV V2 – V1 γm = –––– = –––––––––– 2. Unidades a) No SI: Δt t2 – t1 u(V) m/s u(γ) = ––––– = –––– u(t) s b) NO CGS: u(V) cm/s u(γ) = ––––– = ––––– u(t) s c) Relação entre as unidades: 1 –––– = 102 –––– s2 s2 3. Aceleração escalar instantânea A aceleração escalar instantânea traduz a rapidez com que a velocidade escalar varia no decurso do tem - po, isto é, traduz a velocidade da velocidade. m u(γ) = –––– = m . s–2 s2 • Mudança de velocidade
  • 41. Uma grande aceleração escalar significa que a velo - ci dade escalar varia rapi damente; uma pequena acele - ração escalar significa que a velocidade escalar varia len - ta mente e aceleração escalar nula significa que a veloci - da de escalar não varia. A aceleração escalar instantânea é o limite para o qual tende a aceleração escalar média, quando o intervalo de tempo considerado tende a zero. Portanto: Quando um carro tem uma gran de aceleração escalar, sua velo ci dade escalar es tá varian do ra pi damente. A aceleração escalar (instantânea) é a derivada da velocidade escalar (instantânea) em relação ao tempo. Exemplos s = 2,0t3 + 4,0t2 – 7,0 t + 10,0 (SI) s = 10,0 + 20,0t – 3,0t2 (SI) ds V = –––– = 20,0 – 6,0t (SI) dt dV γ = –––– = –6,0m/s2 (constante) dt 104 FÍSICA 4. Relações entre as grandezas cinemáticas ΔV γ = lim γm = lim ––––– Δt → 0 Δt → 0 Δt dV γ = —– dt s = f(t) s indica a posição do móvel (local) V traduz a rapidez de movimento γ traduz a rapidez com que a velo-cidade escalar varia. (veloc. instantânea) γ = –d– V– d t (eq. horária) (vel. média) (acel. média) (acel. instantânea) Vm = ––– Δs Δt V = –d– s– d t Δt γm = –Δ–V– s = 10,0 – 4,0t (SI) ds V = –––– = – 4,0m/s (constante) dt dV γ = –––– = 0 (constante) dt ds V = –––– = 6,0t2 + 8,0t – 7,0 (SI) dt dV γ = –––– = 12,0t + 8,0 (SI) dt ? Saiba mais Os “dragsters” são veículos destinados a atin gir velo ci dades fantásticas em uma cor ri da de pequena ex ten são (da or dem de 400m) e de pequena duração (da ordem de 8,0s). O “dragster”, partindo do repouso, per corre os 400m em um intervalo de tempo de 8,0s, atingindo a incrível velo cidade escalar de 140m/s (504km/h). Sua aceleração escalar média, nesta fase, foi de: γm 140 –––– 8,0 ΔV ––– Δt = = (m/s2) γm = 17,5m/s2 Como os freios são insu fi cientes para de ter o “dragster”, na fase de retar da men to, é acio nado um sistema de paraque das que per mi te uma desaceleração em um pequeno intervalo de tempo.
  • 42. 30,0 – 10,0 ––––––––––– 10,0 – 0 ΔV ––– Δt γm = 2,0m/s2 Marcha ΔV ––– Δt ΔV ––– Δt 10 ––– 8,0 10 ––––– 10,0 γm = 1,0m/s2 FÍSICA 105 Consideremos uma partícula em movi - mento com função horária do espaço dada por s = 3,0t3 – 4,0t2 + 10,0 (Sl) a) Cálculo da velocidade escalar média entre os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. Para t1 = 0, temos s1 = 10,0m Para t2 =2,0s, temos s2 = 3,0 . (2,0)3– 4,0(2,0)2 + 10,0(m) s2 = 3,0 . 8,0 – 4,0 . 4,0 + 10,0 (m) s2 = 24,0 – 16,0 + 10,0 (m) ⇒ s2 = 18,0m Δs s2 – s1 18,0 – 10,0 Vm = –––– = ––––––– = ––––––––––– (m/s) Δt t2 – t1 2,0 – 0 b) Cálculo da velocidade escalar instantânea nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. Para obtermos a relação V = f(t), basta derivar o espaço em relação ao tem po. ds V = —– = 9,0t2 – 8,0t (SI) dt Para t1 = 0, temos Para t2 = 2,0s, temos V2 = 9,0(2,0)2 – 8,0 . 2,0 (m/s) V2 = 9,0 . 4,0 – 16,0 (m/s) c) Cálculo da aceleração escalar média entre os instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s Para t1 = 0, temos V1 = 0 Para t2 = 2,0s, temos V2 = 20,0m/s ΔV 20,0 – 0 γm = –––– = –––––––– (m/s2) Δt 2,0 – 0 d) Cálculo da aceleração escalar instantânea nos instantes t1 = 0 e t2 = 2,0s. Para obtermos a relação γ = f(t), basta derivar a veloci dade escalar em relação ao tempo. dV γ = –––– = 18,0t – 8,0 (SI) dt Para t1 = 0, temos Para t2 = 2,0s, temos γ2 = 18,0 . 2,0 – 8,0(m/s2) Durante um teste de aceleração, um carro parte do repou so e sua posição, medida a partir da origem dos espaços, varia com o tempo conforme a relação: s = 2,0t2 (SI) válida para 0 ≤ t ≤ 10,0s Determine a) a função velocidade escalar – tempo: V = f(t). b) a aceleração escalar do carro. c) a velocidade escalar atingida no instante t = 10,0s. d) a distância percorrida pelo carro no intervalo de t = 0 até t = 10,0s. Resolução a) A função V = f(t) é obtida derivando-se a equação horária: ds ––– dt V = = 4,0t (SI) b) A aceleração escalar do carro é obtida derivando-se a função V = f(t): γ = ⇒ (constante) c) Para t = 10,0s, temos: Vf = 4,0 . 10,0 (m/s) ⇒ d) A distância percorrida pelo carro é dada por: s = 2,0t2 (SI) t1 = 0 ⇒ s1 = 0 t2 = 10,0s ⇒ s2 = 2,0 (10,0)2 (m) = 200m Respostas:a) V = 4,0t (SI) b) γ = 4,0m/s2 c) Vf = 40,0m/s d) Δs = 200m (UEL-PR-MODELO ENEM) – A velocidade escalar de um carro está repre sentada em função do tempo na figura abai xo. Podemos concluir que a aceleração escalar média en tre t1 = 0 e t2 = 10,0s é a) nula b) 1,0m/s2 c) 1,5m/s2 d) 2,0m/s2 e) 3,0m/s2 Resolução t1 = 0 ⇒ V1 = 10,0m/s t2 = 10,0s ⇒ V2 = 30,0m/s γm= = (m/s2) Resposta: D (MODELO ENEM) – Observe o texto e a tabela para responder às questões de a . Em um teste de retomada de velocidade de um automóvel, foram anotados os seguintes dados: Sabe-se que, quando a aceleração escalar é constante, a veloci da de escalar média entre dois instantes é dada pela média arit mética entre as velocidades escalares nos referidos instantes. As acelerações escalares médias na 3.a e na 4.a marcha são, respectivamente, iguais a: a) 1,25m/s2 e 1,0m/s2 b) 1,0m/s2 e 1,0m/s2 c) 1,25m/s2 e 1,25m/s2 d) 1,5m/s2 e 1,0m/s2 e) 1,0m/s2 e 1,25m/s2 Resolução γm = 3.a marcha: ΔV = 72km/h – 36km/h = 36km/h = 10m/s Δt = 8,0s γm= = m/s2 ⇒ 4.a marcha: ΔV = 108km/h – 72km/h = 36km/h = 10m/s Δt = 10,0s γm= = (m/s2) Resposta: A Na 3.a marcha, podemos afirmar que a) a aceleração escalar se manteve, necessa - riamente, cons tante. γm = 1,25m/s2 γm = 10,0m/s2 ΔV ––– Δt Variação de velocidade (em km/h) Tempo gasto (em s) Distância percorrida (em metros) 3.a 36 a 72 8,0 120 4.a 72 a 108 10,0 ? Δs = s2 – s1 = 200m Vf = 40,0m/s dV γ = 4,0m/s2 ––– dt γ2 = 28,0m/s2 γ1 = – 8,0m/s2 V2 = 20,0m/s V1 = 0 Vm = 4,0m/s
  • 43. b) a aceleração escalar pode ter-se mantido constante. c) a aceleração escalar certamente aumentou. d) a aceleração escalar certamente diminuiu. e) a aceleração escalar variou, podendo ter aumentado ou di minuído. Resolução Vm = = = 15m/s MA = = (m/s) = 15m/s Partindo do repouso, um avião percorre a pista e atinge a velocidade escalar de 360km/h, em 25 segundos. Qual o valor da aceleração escalar média em m/s2? a) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 7,2 e) 9,8 RESOLUÇÃO: γ = 4,0m/s2 ΔV 100 γ = –––– = ––––– (m/s2) ⇒ Δt 25 Resposta: B Um trem está com velocidade escalar de 72km/h quando freia com aceleração escalar constante de mó dulo igual a 0,40m/s2. Calcule o intervalo de tempo que o trem gasta para parar. RESOLUÇÃO: Um móvel percorre uma trajetória retilínea com um movi - mento descrito pela equação horária: s = 2,0 + 4,0t + 3,0t2 (SI) Calcule a) a velocidade escalar no instante t1 = 2,0s. b) a aceleração escalar. RESOLUÇÃO: ds 20 + 30 –––––––– Δs = 250m V = –––– ⇒ V = 4,0 + 6,0t (SI) dt Para t = 2,0s: V = 16,0m/s dv γ = –––– ⇒ γ = 6,0m/s2 dt Uma partícula desloca-se, em traje tória retilínea, com equa ção horária dos espaços dada por: s = 2,0t3 – 16,0 (SI) No instante t1, a partícula passa pela origem dos espaços. No instante t1, a velocidade escalar vale V1 e a ace leração escalar vale γ1. Os valores de V1 e γ1 são dados por: a) V1 = 24,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. b) V1 = 6,0m/s e γ1 = 24,0m/s2. c) V1 = 6,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. d) V1 = 12,0m/s e γ1 = 12,0m/s2. e) V1 = 24,0m/s e γ1 = 24,0m/s2. RESOLUÇÃO: 1) t = t1 ⇒ s = s1 = 0 2,0 t3 1 – 16,0 = 0 t3 1 = 8,0 ⇒ ds ––– dt t1 = 2,0s 2) V = = 6,0t2 (SI) t1 = 2,0s ⇒ V1 = 24,0m/s Δv – 20 Δt = –––– = –––––––– (s) ⇒ γ – 0,40 Δt = 50s 106 FÍSICA Como Vm = MA, a aceleração escalar pode ter-se mantido constante, porém tal condição, verificada apenas para dois instantes, é condição necessária mas não suficiente para a aceleração escalar ser constante. Resposta: B Admitindo-se que, na 4.a marcha, a aceleração escalar se manteve constante, a distância percorrida nos 10,0s de movi mento será igual a: a) 10m b) 120m c) 150m d) 250m e) 500m Resolução Se a aceleração escalar for constante, temos: Vm = = = Resposta: D 2 Δs ––––– 10,0 V1 + V2 –––––––– 2 Δs ––– Δt 10 + 20 –––––––– 2 V1 + V2 –––––––– 2 120m ––––– 8,0s Δs ––– Δt
  • 44. No Portal Objetivo 16 e 17 Classificação dos movimentos • Progressivo – Retrógrado MOVIMENTO ⇔ s decrescente ⇔ V 0 RETRÓGRADO Movimento Acelerado: o módulo da velocidade aumenta. FÍSICA 107 1. Quanto à equação horária a) Quando a relação s = f(t) é do 1.o grau, o movi - men to é chamado uniforme. b) Quando a relação s = f(t) é do 2.o grau, o movi - mento é chamado uniforme mente variado. 2. Quanto ao sentido do movimento Movimento Progressivo: o sentido do movi mento coincide com o sentido positivo da trajetória. Neste caso, o espaço (s) é crescente e a velo - cidade escalar (V) é positiva. Neste caso, o espaço (s) é decrescente e a velo - cidade escalar (V) é negativa. 3. Quanto ao módulo da velocidade Neste caso, a velocidade escalar (V) e a aceleração escalar (γ) têm mesmo sinal. V 0 e γ 0 V 0 e γ 0 MOVIMENTO ⇔ s crescente ⇔ V 0 PROGRESSIVO Movimento Retrógrado: o sentido do movi mento é oposto ao sentido positivo da trajetória. • Acelerado – Retardado 3) γ = = 12,0t (SI) t1 = 2,0s ⇒ Resposta: E (MODELO ENEM) – Num jogo do Brasil, o tira-teima mos - trou que o jogador brasileiro chutou a bola diretamente contra o goleiro do time adversário. A bola atingiu o goleiro com velocidade de módulo igual a 108km/h e este conseguiu imobilizá-la em 0,10s, com um movimento de recuo dos braços. O módulo da aceleração escalar média da bola, durante a ação do goleiro, foi, em m/s2, igual a: a) 3,0 . 103 b) 1,1 . 103 c) 3,0 . 102 d) 1,1 . 102 e) 3,0 RESOLUÇÃO: v = 108km/h = 30m/s γm= = (m/s2) ⇒ Resposta: C γ1 = 24,0m/s2 dV ––– dt ΔV ––– Δt 30 ––––– 0,10 γm = 3,0 . 102m/s2 Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M113
  • 45. Na largada de uma corrida, os automóveis descrevem movimentos acelerados. Neste caso, a velocidade escalar (V) e a aceleração Exercícios Resolvidos – Módulo 16 escalar (γ) têm sinais opostos. ? Saiba mais Uma partícula está em movimento com equação horá ria dos espaços dada, em unidades do SI, por: s = 4,0t2 – 10,0t + 7,0 a) Qual a trajetória da partícula? b) Calcule, no instante t = 1,0s, os valores da veloci dade escalar e da aceleração escalar. c) Classifique o movimento (progressivo ou retró gra do e ace le rado ou retardado) no instante t = 1,0s. Resolução a) A trajetória não está determinada, pois a equa ção horária dos es pa ços não indica a trajetória do móvel. b) V = 8,0t – 10,0 (SI) γ = 8,0m/s2 (constante) t = 1,0s γ1 = 8,0m/s2 V1 = –2,0m/s c) O movimento é retrógrado, porque a velocidade escalar é negativa, e é retarda - 108 FÍSICA do, porque a velocidade escalar e a acelera - ção escalar têm sinais opostos. Respostas:a) Não está definida. b) –2,0m/s e 8,0m/s2. c) Retrógrado e retardado. (MODELO ENEM) – Uma bola foi abando - nada na Lua, a partir do repouso, de uma altura H acima do solo lunar. Durante a queda da bola, a) sua aceleração é nula. b) seu movimento é progressivo e acelerado. c) seu movimento é retrógrado e acelerado. d) seu movimento é acelerado, podendo ser progressivo ou retrógrado. e) seu movimento é progressivo e retardado. Resolução Durante a queda, a velocidade da bola terá módulo crescente e seu movimento será, certamente, acelerado. O sinal de sua velocidade escalar, que definirá se o movimento é progressivo (V 0) ou retrógrado (V 0) não está deter mi nado, pois dependerá da orientação da trajetória. Se a trajetória foi orientada para baixo, teremos V 0 e o movimento será progressivo. Se a tra - jetória foi orientada para cima, teremos V 0 e o movimento será retrógrado. Resposta: D (MODELO ENEM) – Um revólver dispara um projétil verti calmente para cima e sua velo - cidade escalar V varia com o tempo t segundo a relação: V = 200 – 10t (SI) O movimento do projétil será retardado durante o intervalo de tempo que vai do instante t1 = 0 até o instante: a) t2 = 5s b) t2 = 10s c) t2 = 20s d) t2 = 40s e) t2 = 50s Resolução O projétil terá movimento retardado enquanto estiver subindo (V 0), isto é, até o instante t2 em que sua velocidade escalar vai anular-se: V = 0 200 – 10 t2 = 0 ⇒ 10 t2 = 200 t2 = 20s Resposta: C O ônibus, ao aproximar-se do ponto pa ra dei xar o passageiro, efetua um movimento retar dado até parar. A classificação de um movimento, quanto ao sinal da velocidade escalar (V), está re la - cionada ao sentido do movimento. Neste caso, a aceleração escalar (γ) será nula. Movimento Retardado: o módulo da velocidade diminui. Movimento Uniforme ⇔ | V | constante ⇔ γ = 0 V 0 e γ 0 V 0 e γ 0 Movimento Uniforme: o módulo da velocidade per manece constante.
  • 46. No Portal Objetivo FÍSICA 109 Exercícios Propostos – Módulo 16 Complete as lacunas: (I) Quando o móvel caminha no sentido positivo da trajetória, sua velocidade escalar é _____________ e o movimento é chama do_____________. (II) Quando o móvel caminha no sentido negativo da trajetória, sua velocidade escalar é _____________ e o movimento é chamado_____________. (III) Quando o valor absoluto da velocidade escalar aumenta, o movimento é _____________ e, neste caso, a velocidade escalar e a aceleração escalar têm _____________. (IV) Quando o valor absoluto da velocidade escalar diminui, o movimento é _____________ e, neste caso, a ve locidade escalar e a aceleração escalar têm _____________. RESOLUÇÃO: (I) positiva – progressivo (II) negativa – retrógrado (III) acelerado – sinais iguais (IV) retardado – sinais opostos Um móvel desloca-se em uma trajetória retilínea com equa - ção horária do espaço dada por: x = 4,0 + 2,0t – 2,0t2 (SI) No instante t = 1,0s, o movimento é a) uniforme e retrógrado; b) progressivo e acelerado; c) retrógrado e acelerado; d) progressivo e retardado; e) retrógrado e retardado. RESOLUÇÃO: V = 2,0 – 4,0t γ = – 4,0m/s2 (constante) t = 1,0s ⇒ V = – 2,0m/s e γ = – 4,0m/s2 movimento retrógrado e acelerado (V 0) (V e γ com sinais iguais) Resposta: C Um ponto material está-se movendo, em uma tra je tória re - ti línea, com equação horária do espaço dada por: s = 2,0t3 – 5,0t2 + 2,0t – 10,0 (SI) Na origem dos tempos, o movimento é a) progressivo e acelerado; b) progressivo e retardado; c) retrógrado e acelerado; d) retrógrado e retardado; e) uniformemente variado. RESOLUÇÃO: V = 6,0t2 – 10,0t + 2,0 (SI) γ = 12,0t – 10,0 t = 0 ⇒ V = 2,0m/s e γ = –10,0m/s2 Movimento progressivo e retardado. Resposta: B A velocidade escalar de uma partícula é dada pela expres - são: V = 3,0 – 1,5t (em unidades do SI) a) Determine o instante em que ela para e a partir do qual inverte o sentido de seu movimento. b) Classifique seu movimento nos instantes t1 = 1,0s e t2 = 3,0s. RESOLUÇÃO: a) t = 2,0s b) V = 3,0 – 1,5t (SI) γ = – 1,5m/s2 (constante) t1 = 1,0s V = 1,5m/s t2 = 3,0s V = – 1,5m/s Mov. retrógrado e acelerado γ = – 1,5m/s2 Mov. progressivo retardado γ = – 1,5m/s2 Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M114
  • 47. RECRUTA ZERO Mort Walker Com relação à historinha acima, digamos que a limu sine passe por dois quebra-molas seguidos, nos ins tantes t1 e t2. Qual é o gráfico que melhor descreve a velocidade do veículo no trecho considerado? Exercícios Resolvidos – Módulo 17 (USS-RJ-MODELO ENEM) O gráfico a seguir representa a altura h em função do tem po t para um projétil lançado verticalmente para cima a partir do solo terrestre, que é tomado como referencial. O gráfico tem a forma de um arco de parábola. a) O que ocorre no instante t = t2? b) Classifique o movimento nos instantes t1 e t3 como progressivo ou retrógrado e acelerado ou retardado. hmáx arco de parábola Resolução a) No instante t = t2 (vértice da parábola), temos o ponto de inversão do movimento e a velocidade é nula. b) 1) No gráfico espaço x tempo, a ace - leração escalar será positiva ou nega - tiva conforme a parábola tenha conca - vidade para cima ou para baixo, res - pec tivamente. 110 FÍSICA 2) No gráfico espaço x tempo, a veloci - dade escalar será positiva ou ne ga tiva conforme o espaço seja crescente ou decrescente, respecti va mente. V 0 γ 0 3) instante t1 progressivo e retardado instante t3 retrógrado e acelerado Respostas: a) velocidade nula b) t1: progressivo e retardado t3: retrógrado e acelerado (MODELO ENEM) – A velocidade escalar de um carro va ria com o tem po de acordo com o gráfico a seguir. O movimento é a) retardado no intervalo de tempo de t1 a t4. b) retardado no intervalo de tempo de t0 a t2. c) retardado somente no intervalo de tempo de t3 a t4. d) acelerado no intervalo de tempo de t2 a t3. e) acelerado no intervalo de tempo de t1 a t2. Resolução 1) A velocidade escalar é positiva quando o gráfico V = f(t) estiver acima do eixo dos tempos. 2) A velocidade escalar é negativa quando o grá - fico V = f(t) estiver abaixo do eixo dos tem - pos. 3) A aceleração escalar é positiva quando a função V = f(t) for crescente. 4) A aceleração escalar é negativa quando a função V = f(t) for decrescente. V 0 γ 0 t0 → t1 progressivo e retardado V 0 γ 0 t1 → t2 retrógrado e acelerado V 0 γ 0 t3 → t4 retrógrado e retardado Resposta: E V 0 γ 0 h t t 1 0 t2 t3 RESOLUÇÃO Antes de chegar ao primeiro quebra-molas (instante t1), o carro deve frear e o módulo de sua velocidade vai diminuir. Imediatamente após passar o primeiro quebra-molas, o carro ace - lera e o módulo de sua velocidade aumenta. Antes de chegar ao segundo quebra-molas (instante t2), o carro vol ta a frear e o módulo de sua velocidade volta a diminuir. Ime - diatamente após passar o segundo quebra-molas, o carro volta a acelerar e o módulo de sua velocidade volta a aumentar. Esta sequência de eventos ocorre na opção A. Resposta: A OBRIGADO POR ME DEIXAR DIRIGIR A LIMUSINE, JULIUS! CUIDADO! ALI TEM UM QUEBRA-MOLAS! O QUE É UM QUEBRA-MOLAS? SÃO ELEVAÇÕES NA PISTA QUE VOCÊ ACE-LERA ENTRE ELAS! GREG MORT WALTER
  • 48. FÍSICA 111 Exercícios Propostos – Módulo 17 O gráfico a seguir representa o espaço em função do tempo para o movimento de uma partícula que descreve uma trajetória retilínea. O gráfico tem a forma de um arco de parábola com vértice corres pon dente ao instante t = t1. Classifique o movi men to como progres sivo ou retró grado e ace lerado ou retardado a) para 0 t t1 b) para t1 t t2 RESOLUÇÃO: a) De 0 a t1 1) Espaço crescente ⇒ V 0 2) Parábola com concavidade para baixo ⇒ γ 0 Movimento progressivo (V 0) e retardado (V . γ 0) b) De t1 a t2 1) Espaço decrescente ⇒ V 0 2) Parábola com concavidade para baixo, γ 0 Movimento retrógrado (V 0) e acelerado (V . γ 0) Respostas:a) progressivo e retardado b) retrógrado e acelerado O gráfico representa o espaço em função do tempo para uma partícula que se desloca ao longo de uma trajetória retilínea. O trecho OA é retilíneo e os trechos AB, BCD e DEF são arcos de parábola com eixos de simetria paralelos ao eixo Ox. Classifique os movimentos nos trechos: a) OA b) AB c) BC d) CD e) DE f) EF RESOLUÇÃO: a) OA: Movimento uniforme e progressivo (V 0) b) AB: MUV (arco de parábola) progressivo (espaço crescente) acelerado (V 0 e γ 0) c) BC: MUV; progressivo (V 0) e retardado (V 0 e γ 0) d) CD: MUV; retrógrado (V 0) e acelerado (V 0 e γ 0) e) DE: MUV; retrógrado (V 0) e retardado (V 0 e γ 0) f) EF: MUV; progressivo (V 0) e acelerado (V 0 e γ 0) (MODELO ENEM) – Um carro está-se movimen tan do em uma rodovia retilínea e sua posição x determinada pelo marco quilométrico da estrada, num certo intervalo de tempo, é defi ni da pelo gráfico a seguir, formado por dois arcos de parábola com vértices nos instantes t = 0 e t = t2. A análise do gráfico nos permite concluir: a) No intervalo de tempo de 0 a t1, o movi - mento do carro é progressivo e retardado. b) No intervalo de tempo de 0 a t1, o movi - mento do carro é retrógrado e acelerado. c) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - mento do carro é progressivo e acelerado. d) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - mento do carro é progressivo e retardado. e) No intervalo de tempo entre t1 e t2, o movi - mento do carro é retrógrado e acelerado. Resolução 1) O sinal da velocidade escalar V será positi - vo ou negativo con forme o espaço seja crescente ou decrescente, respec tiva men - te. 2) O sinal de aceleração escalar γ será positivo ou negativo conforme o arco de parábola tenha concavidade para cima (0 a t1) ou para baixo (t1 a t2), respectivamente. 3) Intervalo de 0 e t1: Espaço crescente: V 0 Arco de parábola com concavidade para cima: γ 0 Sendo V 0, o movimento é progressivo: Como V e γ têm o mesmo sinal, o movimento é acelerado. 4) Intervalo de t1 a t2: Espaço crescente: V 0 arco de parábola com concavidade para baixo: γ 0 Sendo V 0, o movimento é progressivo. Como V e γ têm sinais opostos, o movimento é retardado. Resposta: D
  • 49. (MODELO ENEM) – A seguir, está representado o gráfico da velocidade es calar (V) de um carro em função do tempo (t). A respeito desse movimento, é correto afirmar que a) entre 0 e t3 é sempre acelerado. b) entre 0 e t3 é sempre retardado. c) entre 0 e t1 é retardado. d) entre t1 e t2 é retardado. e) entre t2 e t3 é retrógrado. RESOLUÇÃO: 1) A velocidade escalar será positiva ou negativa conforme o gráfico V = f(t) esteja acima ou abaixo do eixo dos tem pos. 2) A aceleração escalar será positiva ou negativa conforme a velocidade escalar seja crescente ou decrescente. 1) retrógrado porque V 0 0 → t1 {2) retardado porque |V| diminui 1) progressivo porque V 0 t1 → t2 {2) acelerado porque |V| aumenta 1) progressivo porque V 0 t2 → t3 {2) retardado porque |V| diminui Resposta: C 18 a 23 Movimento uniforme • Velocidade contante s = A + Bt 112 FÍSICA A velocidade escalar de uma partícula varia com o tempo, confor me o gráfico apresentado a seguir. No gráfico, destacamos quatro secções distintas indicadas por I (0 ≤ t t1), II (t1 t t2), III (t2 t t3) e IV (t3 t t4). Classifique, em cada secção, o movimento como progressivo ou retrógrado; acelerado ou retardado. RESOLUÇÃO: (I) O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po - sitiva e é retardado porque V está diminuindo. (II) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne - gativa e é acelerado porque V está aumentando. (III) O movimento é retrógrado porque a velocidade escalar é ne - gativa e é retardado porque V está diminuindo. (IV) O movimento é progressivo porque a velocidade escalar é po - sitiva e é acelerado porque V está aumentando. 1. Definição Um movimento é chamado uniforme quando a rela - ção espaço-tempo é do 1.o grau, isto é, da forma: em que A e B são parâmetros constantes com B ≠ 0. 2. Parâmetro A Para t = 0 (origem dos tempos), temos s0 = A e, por - tanto: O parâmetro A representa o espaço inicial. 3. Parâmetro B A velocidade escalar V é dada por: ds V = ––– = 0 + B ⇒ dt O parâmetro B representa a velocidade escalar. 4. Propriedades do movimento uniforme a) Equação horária do espaço: s = s0 + Vt B = V A = s0 • Aceleração nula
  • 50. Δs tg α N = –––– = V Δt No gráfico espaço x tempo, a declividade da reta s = f(t) mede a velocidade escalar. Área N= V . Δt = Δs FÍSICA 113 b) A velocidade escalar média é igual à velocidade escalar instantânea, é constante e diferente de zero. c) A aceleração escalar média é igual à aceleração escalar instantânea, é cons tante e igual a zero. d) O movimento pode ser progressivo (V 0) ou retrógrado (V 0), porém não é nem acelerado nem retardado, pois a velocidade escalar é constante (γ = 0). 5. A denominação uniforme deriva do fato de a velo - cidade escalar ser constante, isto é, é um movimento que se processa sempre da mesma forma, com o móvel percorrendo distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. 6. Podemos ter movimento uniforme em qualquer tra - jetória. 7. Gráficos do movimento uniforme 8. Interpretações gráficas a) Gráfico espaço x tempo: b) Gráfico velocidade escalar x tempo: No gráfico velocidade escalar x tempo, a área sob o gráfico mede a variação de espaço Δs. Δs Vm = V = —– = constante ≠ 0 Δt γm = γ = constante = 0 ? Saiba mais Um paraquedista, partindo do re pou so e em trajetória vertical, tem uma fa se inicial de movi - men to acele rado (pra ti ca mente uma queda livre) com o para - que das fecha do; em segui da, uma fase de movi mento re tar - dado, com a aber tura do para - que das, e final men te atin ge uma veloci dade escalar limite da ordem de 5,0m/s (18km/h) que é man ti da constante. Assim, após atingir a velocidade esca lar limite, o para - quedista assu me um movi mento uni forme. Uma nave espacial, com o sistema de jatos desligados e afastada de outros corpos celestes, desloca-se em linha reta com ve lo cidade es - calar cons tan te, isto é, em mo vi - mento unifor me.
  • 51. Um carro descreve uma trajetória retilínea com movimento uniforme. No instante t1 = 10,0s, a posição do carro é definida por um espaço s1 = 250m. No instante t2 = 20,0s, a posição do carro é definida por um espaço s2 = 450m. Determine a) a velocidade escalar do carro em km/h. b) a posição do carro na origem dos tempos (t = 0). Resolução a) V = = = (m/s) V = 20,0m/s = 20,0 . 3,6km/h b) s = s0 + V t t1 = 10,0s s1 = 250m 250 = s0 + 20,0 . 10,0 ⇒ Respostas: a) 72,0km/h b) 50,0m (PISA-MODELO ENEM) – VOO ESPACIAL Questões de a . A estação espacial Mir perma ne ceu em órbita por 15 anos e deu cerca de 87 600 voltas em 114 FÍSICA torno da Terra, durante o tempo em que esteve no espaço. A permanência mais longa de um astronauta na Mir foi de, aproximadamente, 680 dias. Aproximadamente, quantas voltas este astronauta deu ao redor da Terra? a) 110 b) 1100 c) 11000 d) 110 000 e) 1100000 Resolução 87 600 ———— 15 . 365 x ———— 680 x = = 10880 Resposta: C A massa total da Mir é de 143 000kg. Quando a Mir retornou à Terra, cerca de 80% da estação queimou-se ao atravessar a atmosfera. O restante quebrou-se em aproximadamente 1500 pedaços e caiu no Oceano Pacífico. Qual é a massa média dos pedaços que caíram no Oceano Pacífico? a) 19kg b) 76kg c) 95kg d) 480kg e) 500kg Resolução M’ = 0,20M = 0,20 . 143 000kg = 28 600kg m = = kg ≅ 19kg Resposta: A A Mir girou ao redor da Terra a uma altura de, aproxima da mente, 400 quilômetros. O diâmetro da Terra mede cerca de 12 700km e sua circun - ferência, cerca de 40 000km. Estime a distância total que a Mir percorreu durante as 87600 voltas realizadas enquanto estava em órbita. Adote π = 3 Dê a resposta em km, com notação científica e com dois algaris mos significativos. a) 3,1 . 109km b) 3,5 . 109km c) 3,7 . 109km d) 4,2 . 109km e) 3,5 . 1010km Resolução R = RT + h = 6350km + 400km = 6750km C = 2πR = 6 . 6750km = 40500km Δs = n C = 87600 . 40500km Δs = 3548.105km Δs = 3548.106km Δs = 3,5 . 109km Resposta: B 28600 –––––– 1500 M’ –––– 1500 680 . 87600 –––––––––––– 15 . 365 s0 = 50,0m V = 72,0km/h 450 – 250 ––––––––––– 20,0 – 10,0 s2 – s1 ––––––– t2 – t1 Δs ––– Δt Exercícios Resolvidos – Módulo 18 A função horária do espaço, para o movimento de um ponto material, é dada por: s = (a – 5,0)t2 + (b – 3,0) t + 7,0 (SI) Que valores devem assumir os parâmetros a e b para que o movimento seja uniforme e retrógrado? RESOLUÇÃO: No movimento uniforme, a função horária dos espaços é do 1.o grau, logo: a – 5,0 = 0 ⇒ a = 5,0. No movimento retrógrado, V 0, assim: V = b – 3,0 0 b 3,0 Respostas: a = 5,0 b 3,0 Um automóvel desloca-se em uma estrada com movi - mento uniforme. No instante inicial (t0 = 0), o automóvel passa pelo km 20 e duas horas depois passa pelo km 160. a) Determine a velocidade escalar do automóvel. b) Determine a função que relaciona a posição do automóvel com o tempo. Adote para origem dos espaços o marco km 30. RESOLUÇÃO: a) Δs 140 (km) V = –––– = ––––––––––– ⇒ V = 70km/h Δt 2 (h) b) s = – 10 + 70t (s em km, t em h) S = S0 + V . t S = (b – 3,0)t + 7,0 Exercícios Propostos – Módulo 18
  • 52. FÍSICA 115 (VUNESP-MODELO ENEM) – Conhecida pelo nome de seu ideali zador, a sonda de Behm determinava com precisão a profundidade do leito oceânico. Consistia em um cartucho explosivo que era detonado na água, em um dos lados do casco do navio. O abalo pro du zido, propagan do-se na água, atingia o leito do mar e refletia-se para a superfície, onde, do outro lado da embar cação, um microfone protegido do som inicial pelo casco do navio recolhia o eco proveniente do fun do. Um navio em águas oceânicas, após detonar uma sonda, registra o eco 1,2s após a detonação. Sa ben do-se que o módulo da veloci dade de propa ga ção do som na água do mar é 1,4 . 103m/s, a pro fun didade local do leito é, aproxima da - mente, a) 260m b) 420m c) 840m d) 1 260m e) 1 680m RESOLUÇÃO: 1) O intervalo de tempo dado (1,2s) é o tempo gasto pelo abalo para ir até o fundo do mar e voltar. Portanto, o tempo gasto para percorrer a profundidade d do ocea no é apenas a metade, 0,60s. 2) Δs = Vt (MU) d = 1,4 . 103 . 0,60(m) Resposta: C d = 8,4 . 102m Exercícios Resolvidos – Módulo 19 Um carro move-se com velocidade escalar constante de 100km/h sobre uma estrada retilí - nea, e seu movimento é acom panhado numa tela de radar. Um trecho de 5,0km de compri - mento da estrada aparece na tela como tendo 10,0cm. Quando o carro está no marco zero da estrada, o ponto luminoso está na origem do sistema de coordenadas na tela do radar. Sabendo-se que no instante t0 = 0 (origem dos tempos) o carro está em um ponto da estrada que dista 10,0km do marco zero, obtenha a) a velocidade escalar do ponto luminoso na tela do radar, em m/h; b) a equação horária para o movimento do ponto luminoso, com s em centímetros e t em horas. Resolução a) A escala que relaciona as distâncias na tela do radar e na estrada é dada por uma regra de três: 5,0km –––––––––––––– 10,0cm D km –––––––––––––– d cm D em km 5,0 d = 10,0 D ⇒ d = 2,0 D d em cm Para D = 100km, temos d = 200cm = 2,0m. A velocidade do carro de 100km/h corresponde na tela do radar a uma velocidade de 2,0m/h. b) De acordo com o texto, s0 = 10,0km para o carro e s0 = 20,0cm na tela do radar. Vtela = 2,0m/h = 200cm/h Portanto: s = s0 + V t t em horas s em centímetros Respostas:a) V = 2,0m/h b) s = 20,0 + 200t (MODELO ENEM) – Uma bolinha está-se deslocando com velocidade cons tante de mó - du lo V ao longo da reta AB indicada na figura. A luz solar incide perpendicularmente à sua trajetória, pro vo cando o aparecimento de uma sombra no plano inclinado CB. O ângulo θ indicado na figura é um ângulo agudo (menor que 90°). P1,P2,P3,… posições da bolinha ao longo da reta AB. S1,S2,S3,… posições da sombra da bolinha ao longo da reta CB. A velocidade da sombra da bolinha tem módulo a) igual a V para qualquer valor de θ. b) maior que V. c) menor que V. d) maior ou menor que V, dependendo do ângulo θ. e) igual a V somente se θ = 45°. Resolução No mesmo intervalo de tempo, a bolinha vai de A para B e a sombra vai de C para B. Como a sombra percorre distância maior que a bolinha, no mes mo intervalo de tempo, concluímos que a velocidade da sombra é maior que a da bolinha. Resposta: B (UFT-MODELO ENEM) – Em uma tem - pes tade, o som da descarga atmos férica é observado depois de seu respectivo clarão, que acon tece quase que instantaneamente. Foi obser vado inicialmente que havia um tempo médio de 7s de atraso entre os clarões e seus respectivos sons. Após 1 minuto, o tempo médio de atraso passou a ser de 13s. Considerando-se que o módulo da velocidade de propagação do som na atmosfera é de aproximadamente 340m/s, podemos afirmar: a) A tempestade está-se aproximando do observador com uma velocidade de módulo 22m/s. b) A tempestade está parada com relação ao observador. c) A tempestade está-se afastando do obser - vador com uma velocidade de módulo 22m/s. d) A tempestade está-se afastando do obser - vador com uma velocidade de módulo 34m/s. s = 20,0 + 200 t
  • 53. Resolução 1) Distância inicial do local do raio ao observa - dor: d1 = Vsom . T1 2) Distância final do local do raio ao observa - dor: d2 = Vsom . T2 3) Velocidade com que a tempestade se afasta do observador: 116 FÍSICA V = = V = 340 . (13 – 7) ––––––––––––– V = (m/s) V = 34m/s Resposta: D 60 Vsom (T2 – T1) –––––––––––––– Δt Δd ––– Δt d2 – d1 ––––––– Δt Exercícios Propostos – Módulo 19 Dois móveis, A e B, percorrem uma mesma trajetória reti - lí nea com movimentos uniformes e velocidades com inten sida - des respectivamente iguais a 2,0m/s e 1,0m/s e sentidos indi - cados na figura. No instante t0, o móvel A está posicionado em A0 e o móvel B em B0. Adotando-se o ponto 0 como origem dos es pa ços e o ins tante t0 como origem dos tem pos, determine a) as equações horárias para os movimentos de A e B; b) a distância entre os móveis A e B no instante t1 = 10,0s. RESOLUÇÃO: a) sA = 1,0 + 2,0 t (SI) sB = – 1,0 – 1,0 t (SI) b) Em t = 10,0s: d = 21,0 – (–11,0) ⇒ d = 32,0m Um cidadão ouve o trovão 4,0s após ter visto o relâmpago. A velocidade do som no ar é praticamente constante e tem módulo igual a 340m/s. Determine a distân cia entre o cidadão e o local onde foi produzido o relâmpago. RESOLUÇÃO: Δs = V . Δt ⇒ Δs = 340 . 4,0 (m) ⇒ Δs = 1360m Considere o seguinte texto: “Podemos medir o tempo de reação de uma pessoa usando o seguinte processo: a pessoa fica com a mão próxima de uma campainha enquanto observa uma lâmpada que deverá acen - der-se subitamente; quando a luz aparece, a pessoa aciona a campainha rapidamente. O tempo de reação da pessoa, para as mãos, é o intervalo de tempo decorrido entre a luz aparecer e a campainha tocar; esse tempo é medido por um cronômetro eletrônico ligado entre a lâmpada e a campainha e é da ordem de 0,20s. Para os pés, o tempo de reação é, aproximadamente, 0,40s, pois os impulsos nervosos que comandam o movimento dos pés, a partir do cérebro, devem per correr uma distância de, aproximadamente o dobro da distância do cérebro às mãos.” Com base neste texto, responda às questões que se seguem: a) Estime o valor do módulo da velocidade de trans missão dos impulsos nervosos; b) Considere um carro a 72km/h quando o motorista vê um obstáculo à frente. Qual a distância per corrida pelo carro desde a visão do obstáculo até o motorista acionar o freio? RESOLUÇÃO: Δs ––– Δt 1,0 (m) ––––––––– 0,20 (s) a) V = = ⇒ V = 5,0m/s b) Δs = V Δt ⇒ Δs = 20 . 0,40 (m) ⇒ Δs = 8,0m
  • 54. H—h (H – h) ——— H FÍSICA 117 (INEP-MODELO ENEM) – Sabe-se que o tempo que um motorista leva para pôr os pés no freio, a partir do instante em que ele vê um acontecimento (tempo de reação), é de, aproxi - madamente, 0,70 segundo. Se um carro está trafegando numa avenida a 108km/h (igual a 30,0m/s), apenas nesse intervalo de tempo de reação do motorista o carro percorrerá uma distância de, aproximadamente, a) 2,0m b) 10,0m c) 21,0m d) 40,0m e) 50,0m RESOLUÇÃO: Δs = V t (MU) D = 30,0 . 0,70 (m) D = 21,0m Resposta: C Um trem possui 12 vagões de 10m de com pri mento ca da um e uma locomotiva de 15m de comprimento. Sua velocidade es calar é constante e igual a 45m/s. Deter mine em quanto tempo o trem ultrapassa com ple - tamente a) um poste ao lado da ferrovia; b) a plataforma de 90m de comprimento de uma es tação ferro viária. Resolução LTREM = 12 . 10 + 15 (m) ⇒ LTREM = 135m a) Para ultrapassar um poste: ΔsTREM = LTREM + Lposte Como Lposte LTREM ΔsTREM ≅ LTREM = 135m Δt = ≅ (s) Δt ≅ 3,0s b) ΔsTREM = LTREM + Lplataforma = 225m Δt = = (s) (UFSC-MODELO ENEM) – Um trem A, de 150m de compri men to, deslocando-se de Sul para Norte, começa a atraves sar uma ponte férrea de pista dupla com trilhos retilí neos, no mesmo instante em que outro trem, B, de 500m de compri men to, que se desloca de Norte para Sul, inicia a traves sia da mesma ponte. O maquinista do trem A observa que seu trem se desloca com velocidade constante de mó - dulo 36km/h, enquanto o maqui nis ta do trem B verifica que seu trem está com veloci dade cons tan te de módulo 72km/h, ambas as veloci - dades medidas em relação ao solo. Um obser - va dor, situado em uma das extremi dades da ponte, observa que os trens completam a tra - ves sia da ponte no mesmo intervalo de tempo. Assinale a proposição correta. a) Como o trem B tem uma velocidade, em módulo, igual ao dobro da velocidade do trem A, é impossível que gastem o mesmo tempo para atravessar a ponte. b) Não podemos calcular o comprimento da ponte, pois não foi dado o tempo gasto pelos trens para atravessá-la. c) O comprimento da ponte é de 125m. d) O tempo gasto pelos trens para atravessar a ponte é de 15s. e) O comprimento da ponte é de 200m e o tempo gasto pelos trens para atravessá-la é de 35s. Resolução O trem começa a atravessar a ponte quando sua dianteira está no início da ponte e termina de atravessá-la quando sua traseira está no final da ponte. A distância total percorrida pelo trem na traves - sia da ponte é a soma de seu comprimento com o da ponte. VT= = ⇒ De acordo com o enunciado temos: ΔtA = ΔtB = = 300 + 2LP = 500 + LP e Δt = (s) Resposta: E (MODELO ENEM) – Em uma rua escura, está acesa uma única lâmpada L a uma altura H do solo horizontal. Uma pessoa de altura h caminha em trajetória re ti lí nea com velocidade constante de módulo V, em relação ao solo. Seja S a sombra de sua cabeça projetada no solo. A velocidade de S, em relação ao solo, tem módulo a) variável. b) igual a V. c) igual a V. d) igual a V. e) igual a . Resolução Tomando-se o ponto A como origem dos espaços e orientando-se a trajetória de A para S, temos: —– AB = espaço no movimento da pessoa: sP —– AS = espaço no movimento da sombra da cabeça: sS H ——— H – h Δt = 35s 150 + 200 –––––––––– 10 LP = 200m 500 + LP –––––––– 20 150 + LP –––––––– 10 LB + LP –––––––– VB LA + LP –––––––– VA LT + LP Δt = –––––––– VT LT + LP –––––––– Δt Δs ––– Δt Δt = 5,0s 225 ––––– 45 ΔsTREM ––––––– V 135 ––––– 45 ΔsTREM ––––––– V Exercícios Resolvidos – Módulo 20
  • 55. Da semelhança dos triângulos ALS e BCS, vem: Porém : ––– LA = H; ––– CB = h; ––– AS = sS; ––– BS = sS – sP 118 FÍSICA H sS Portanto : —– = —–—— h sS – sP H (sS – sP) = h sS H sS – Hsp = hsS sS (H – h) = HsP H sS = —––– sP H – h Dividindo-se os dois membros pelo intervalo de tempo Δt, vem: Resposta: B ––– ––– LA AS –––––––– = – – ––––––– CB BS H Vs = —––— V H – h Exercícios Propostos – Módulo 20 Quantos segundos gasta um trem de 60m de com pri men - to e com velo ci dade escalar cons tan te de 36km/h, para atravessar uma ponte de 40m de compri men to? RESOLUÇÃO: Δt = = ⇒ Δt = ⇒ (UFCE) – Determine o intervalo de tempo para que um trem de 240m, com velocidade escalar constante de 108km/h, atra vesse comple ta mente um túnel de comprimento 1980m. RESOLUÇÃO: ΔsT = LTR + LTU = 2220m Δt = = (s) ⇒ Um automóvel de 5,0m de comprimento está em movi - mento uniforme com velocidade escalar de 54,0km/h. A circun - ferência externa do pneu do auto mó vel tem raio de 50cm. Adotando-se π ≅ 3, pedem-se: a) o intervalo de tempo para que o carro atravesse com - pletamente um túnel de 40,0m de comprimento; b) o número de voltas dadas pelo pneu do carro du rante essa travessia. RESOLUÇÃO: a) ΔsA = LA + LT = 5,0 + 40,0 (m) ⇒ ΔsA = 45,0m Δt = = (s) ⇒ b) L = 2πR L = 2 . 3 . 0,50(m) L = 3,0m N = = ⇒ (MODELO ENEM) – Num relógio con ven cional, que fun - ciona correta men te, o ponteiro dos minutos tem 1,00cm de com pri mento e o das horas, 0,80cm. Entre o meio-dia e a meia-noite, a diferença entre a distância percorrida pela ponta do ponteiro dos minutos e a distância percorrida pela ponta do ponteiro das horas é aproximadamente igual a: a) 35,2cm b) 70,3cm c) 75,4cm d) 140,8cm e) 145,4cm Dados: 1) O comprimento de uma circunferência de raio R vale 2πR. 2) O período do ponteiro das horas vale 12h. 3) O período do ponteiro dos minutos vale 1h. 4) O valor de π a ser usado é 3,14. RESOLUÇÃO: As distâncias percorridas pelas extremidades dos pon teiros dos minutos e das horas, no intervalo de tempo considerado, são, respectivamente, ΔsM e ΔsH. ΔsM = 12 . 2π RM e ΔsH = 2π RH Sendo D a diferença pedida, temos: D = ΔsM – ΔsH ⇒ D = 12 . 2π RM – 2π RH D = 2π (12RM – RH) ⇒ D = 2 . 3,14 (12 . 1,0 – 0,80) cm Da qual: Resposta: B D ≅ 70,3cm Δs ––– L 45,0 (m) –––––––– 3,0 (m) N = 15 voltas Δs ––– V 45,0 –––– 15,0 Δt = 3,0s Δs ––– Δt 2220 ––––––– 30 Δt = 74s Δs ––– V Lp + Lt ––––––– V 100m –––––– 10m/s Δt = 10s
  • 56. FÍSICA 119 A distância que separa dois automóveis, num dado ins tante (t0), é 50km. Ambos per - correm a mesma estrada retilínea, no mesmo sentido com movimentos uniformes. O carro da frente tem velocidade escalar de 60km/h e o de trás, 70km/h. a) Determine após quanto tempo o de trás alcançará o da frente. b) Quantos quilômetros deverá andar o de trás até alcançar o da frente? Resolução a) Adotando-se como origem dos espaços a posição do corpo A no instante t0: SA = S0 + VAt ⇒ SA = 70t (S em km; t em h) SB = S0 + VBt ⇒ SB = 50 + 60t (S em km; t em h) No encontro: SA = SB 70tE = 50 + 60 . tE ⇒ 10tE = 50 tE = 5,0h b) ΔsA = VA tE ΔsA = 70 . 5,0 (km) (PISA-MODELO ENEM) – Texto para as ques tões de a . À VOLTA DA MONTANHA Desde sempre que os textos de matemática incluem problemas para os leitores resolverem. O problema seguinte é adaptado de um problema de um livro de matemática de um autor chinês do século V. O li é uma antiga unidade de medida de comprimento chinesa. Cada li equivalia a, aproxima damente, 500 metros. Uma estrada circular à volta de uma montanha tem 300 li de com primento. Três pessoas, A, B e C, percorrem a estrada. A pessoa A caminha a 150 li por dia, a pessoa B, a 120 li por dia e a pessoa C, a 90 li por dia. Se partirem todas do mesmo ponto, ao mesmo tempo, e caminharem no mesmo sentido, ao fim de quantos dias voltarão a encontrar-se no ponto de partida pela primeira vez? a) 5d b) 8d c) 10d d) 12d e) 15d Resolução V = 150 = ⇒ 120 = ⇒ 90 = ⇒ Para que as três pessoas se encontrem, no ponto de partida, o intervalo de tempo deve ser múltiplo dos três períodos. Isto ocorre para Δt = 10d A pessoa A terá dado 5 voltas, a pessoa B, 4 voltas e a pessoa C, 3 voltas. Resposta: C Imagine que existisse uma quarta pessoa, D, que partisse do mes mo ponto, ao mesmo tempo, caminhando por dia sempre a mes ma distância, mas em sentido contrário. D encontraria C ao fim de dois dias. A velocidade escalar de D, medida em li por dia, seria de: a) 150 b) 90 c) 60 d) 40 e) 30 Resolução Para o encontro, devemos ter |ΔsD| + |ΔsC| = C VD Δt + VC Δt = C VD + VC = VD + 90 = C ––– Δt 300 –––– 2 Resposta: C As pessoas B e D partindo juntas de uma mesma posição X, em sentidos opostos, com as velocidades anteriormente citadas, voltarão a se encontrar na mesma posição X após: a) 2d b) 3d c)5d d) 6d e) 8d Resolução Δs ––– Δt VD = ⇒ 60 = ⇒ TE = mmc (TB e TD) = mmc (2,5d; 5d) = 5d Resposta: C 300 –––– TD TD = 5d VD = 60li/d 300 –––– TC 10d TC = –––– 3 300 –––– TB TB = 2,5d 300 –––– TA TA = 2d C –– T ΔsA = 350km Exercícios Resolvidos – Módulo 21 Dois móveis, A e B, deslocam-se sobre uma mesma reta, segundo as equações horárias: xA = – 40 + 5,0t e xB = 100 – 2,0t, com as abscissas medidas em metros e os instantes em segun dos. a) Calcule o instante e o local de encontro entre A e B. b) Calcule a distância percorrida por cada móvel, des de a ori gem dos tempos até o instante de en con tro. RESOLUÇÃO: a) No encontro: xA = xB – 40 + 5,0 tE = 100 – 2,0 tE ⇒ 7,0 tE = 140 ⇒ t = tE = 20s xA = xE = 60m tE = 20s Exercícios Propostos – Módulo 21
  • 57. b) ΔxA = VA tE = 5,0 . 20 (m) = 100m ΔxB = VB tE = 2,0 . 20 (m) = 40m As velocidades escalares de dois pontos materiais, A e B, são constantes. A figura os representa no instante t = 0 e as setas indicam o sentido de cada movimento. Também estão indicados os módulos das suas veloci dades escalares. a) Escreva a função horária dos espaços de cada um e deter - mine o instante de encontro. b) Determine o local de encontro. RESOLUÇÃO: a) Como os movimentos são uniformes, as funções horárias são do tipo: s = s0 + V . t sA = –2,0 + 1,0t (SI) ⇒ sB = 4,0 – 2,0 t (SI) No encontro: sA = sB –2,0 + 1,0tE = 4,0 – 2,0 tE ⇒ b) No instante tE = 2,0s: sA = –2,0 + 1,0 (2,0) (m) ⇒ sA = 0 Assim, concluímos que os corpos encontram-se na origem dos espaços. Eduardo e Bena, um jovem casal, costumam fazer cami - nhadas matinais em torno de um lago percorrendo uma circun - ferência de comprimento 600m. Os dois partem de uma mesma posição, no mesmo instante, com movimentos uniformes em sentidos opostos. Eduardo tem velocidade escalar com módulo 1,5m/s e Bena tem velocidade escalar com módulo 1,0m/s. Determine a) o tempo gasto por cada um para completar uma volta. b) o intervalo de tempo desde a partida para que se encontrem pela primeira vez. 120 FÍSICA RESOLUÇÃO: a) Δs = Vt (MU) Δs = V t 1) 600 = 1,5 t1 t1 = 400s 2) 600 = 1,0t2 b) Para o encontro: ΔsE + ΔsB = 600 1,5tE + 1,0tE = 600 2,5tE = 600 ⇒ Respostas:a) Eduardo: 400s Bena: 600s b) 240s tE = 240s (MACKENZIE-SP-MODELO ENEM) – O sr. José sai de sua casa caminhan do com velocidade escalar constante de 3,6km/h, dirigindo-se para o supermercado que está a 1,5km. Seu filho Fernão, 5 minutos após, corre ao encontro do pai, levando a carteira que ele havia esquecido. Sabendo-se que o rapaz encontra o pai no instante em que este chega ao supermercado, podemos afirmar que a velocidade escalar média de Fernão foi igual a: a) 5,4km/h b) 5,0km/h c) 4,5km/h d) 4,0km/h e) 3,8km/h RESOLUÇÃO: 1) Tempo gasto pelo sr. José: Δs = V t (MU) 3,6 –––– 3,6 1500 = t1 ⇒ t1 = 1500s t2 = 600s tE = 2,0s
  • 58. FÍSICA 121 2) Tempo gasto pelo filho: t2 = t1 – 300s t2 = 1500s – 300s ⇒ 3) Velocidade escalar média do filho: Vm = Vm= = 1,25 Vm = 1,25 . 3,6 = 4,5km/h Resposta: C t2 = 1200s Δs ––– Δt km ––– h 1500m ––––––– 1200s m ––– s O gráfico a seguir representa o espaço (s) de um atle ta em função do tempo de trajeto (t). Assinale a opção correta: a) a trajetória descrita pelo atle ta é retilínea; b) a velocidade escalar do atle ta é crescente; c) o atleta partiu da origem dos espaços; d) a velocidade escalar do atleta, no instante t = 5s, vale 2m/s; e) a distância percorrida pelo atleta, no inter - valo de 0 a 10s, vale 30m. Resolução a) Falsa, pois com os dados fornecidos a trajetória está inde terminada. b) Falsa. Sendo o movimento uniforme (diagrama s x t é cons ti tuído de uma reta inclinada), a velocidade escalar é cons tante. c) Falsa. A posição inicial do atleta é tal que s0 = 10m. d) Verdadeira. V = = (m/s) e) Falsa. No movimento progressivo: d = Δs = V . Δt = 2 . 10 (m) ⇒ d = 20m Resposta: D (PISA-MODELO ENEM) MEDINDO O TEMPO COM VELAS Tanto quanto se sa be, no século IX, o rei de Ingla terra, Alfred, o Grande, in ven tou um pro - ces so de medir o tem po com velas. Utili zou 6 velas cilín dricas, todas com o mesmo diâ me tro e mes ma altura, e graduou cada uma delas ao longo da sua altu ra, co locan do marcas de 2,5cm em 2,5cm. As velas eram colocadas den tro de uma proteção, como a da fo to grafia, para evitar o contato com o ven to. As 6 velas queimavam suces siva mente e, quando a última se apa gava, tinham passado as 24 horas do dia. Verificou que uma vela ardia 2,5cm em 20 minutos, de um modo uniforme. O gráfico que melhor representa a altura h de cada vela em função do tempo t em que a vela queima é mais bem traduzido por: a) h (cm) c) h (cm) b) h (cm) 30 0 24 t (h) d) h (cm) e) h (cm) Resolução Em 1d = 24h, as seis velas vão queimar totalmente, uma em se quência da outra. 24h –––– 6 Cada vela queima em = 4h. A velocidade com que a vela queima vale: V = = = 7,5cm/h Como a vela queima em 4h, sua altura inicial H0 é dada por: H0 = V Δt = 7,5 . 4h = 30cm Resposta: C (MODELO ENEM) – Eduardo foi com seu cachorro ao super mer cado. O cachorro tem uma coleira com uma guia com um extenso fio. Na impossibilidade de entrar no supermercado com seu cachorro, Eduardo amarra a extre mi - dade do fio em um poste e vai fazer compras. O cachorro, inicialmente parado junto ao poste, corre com velo cidade constante, em linha reta, afastando-se do poste até o fio ficar comple - tamente esticado. Em seguida, o cachorro descreve uma trajetória circular em torno do poste com o fio esticado em seu comprimento máximo e sem enrolar no poste. Depois de um certo tempo, já muito cansado, o cão se dirige lentamente rumo ao poste, com velocidade constante, em linha reta, parando junto ao poste. Despreze o intervalo de tempo gasto pelo cão para acelerar e para frear. Assinale a opção que representa como a dis - tância d entre o cão e o poste varia com o tem - po t t a) t b) 0 d 0 d t c) 0 d t d) 0 d t e) 0 d V Poste cão afastando-se do poste V cão girando em torno do poste (vista de cima) V Poste cão aproximando do poste -se cm ––– h 2,5cm ––––––– 20 min 2,5cm ––––––– 1 –– h 3 30 0 6 t (h) 30 0 4 t (h) 7,5 0 4 t (h) 7,5 0 1 t (h) V = 2m/s 30 – 10 –––––– 10 – 0 Δs ––– Δt Exercícios Resolvidos – Módulo 22
  • 59. Resolução 1) Inicialmente o cão se afasta do poste com velocidade cons tante (movimento unifor me). A distância d cresce com o tem po t e o gráfico da função d = f(t) é um seg mento de reta crescente a partir da origem. O ângulo α é função crescente da velocidade do cão. 2) Quando o cão descreve uma trajetória circular em torno do poste, a distância d permanece constante e o gráfico da fun ção d = f(t) será um segmento de reta paralela ao eixo dos tempos. 3) Quando o cão volta a se aproximar do poste com velo cidade cons tante, a função d = f(t) passa a ser um seg mento de reta com d decrescente e, como o ângulo θ é função crescente da velocidade do cão e este está cansa do, a sua velocidade é menor e resulta θ α. Resposta: D Assinale a opção que indica a associação de gráficos que representam corretamente um mesmo movi men to uniforme. a) apenas (I) b) apenas (II) c) apenas (III) d) apenas (I) e (III) e) todos os três RESOLUÇÃO: A função horária dos espaços de um móvel em movimento uniforme é de 1.o grau em t, assim o respectivo diagrama horário dos espaços é constituído de uma reta oblíqua em relação ao eixo dos tempos. A referida função é crescente se o movimento for progressivo (V 0) e decrescente se o movimento for retrógrado (V 0). Em ambos os casos, a velocidade escalar é constante. Resposta: D (ENEM) – Em uma prova de 100m rasos, o desem penho típi co de um corredor padrão é representado pe lo grá fi co a seguir: Baseado no gráfico, em que intervalo de tempo a velo ci dade do corredor é aproximadamente cons tante? a) Entre 0 e 1 segundo. b) Entre 1 e 5 segundos. c) Entre 5 e 8 segundos. d) Entre 8 e 11 segundos. e) Entre 12 e 15 segundos. RESOLUÇÃO: Por simples leitura do gráfico, observamos que a velocidade escalar é constante entre os instantes t1 = 5s e t2 = 8s. Resposta: C (UELON-PR-MODELO ENEM) – O atletismo moderno te - ve início em meados do século XIX, e muitas de suas provas atuais foram dis putadas já na Olimpíada de Atenas (Grécia) em 1896. É nesse esporte que o Brasil tem o maior número de medalhas ganhas, seja em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais, seja em Jogos Pan-Americanos. O gráfico a seguir, velocidade escalar versus tempo, corresponde à prova, fictícia, de 100 metros rasos entre dois dos melhores atletas brasileiros. Vamos supor que cada uma das curvas represente o desempenho de um dos atletas. Por exemplo, a Robson Caetano da Silva (medalha de bronze nas Olimpíadas de Seul, em 1988) associamos a linha pontilhada, enquanto a linha cheia corresponde ao desempenho do atleta Joaquim Cruz (medalha de ouro nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984). Sabendo-se que a prova foi concluída pelo vencedor em 10 se - gundos, é correto afirmar: a) Robson Caetano da Silva venceu a prova, e sua acele ração escalar no intervalo entre 0 e 3 segundos é menor que a de Joaquim Cruz. b) No intervalo entre 0 e 3 segundos, os corredores têm a mesma velocidade escalar e a mesma aceleração esca lar. c) Robson Caetano da Silva venceu a prova, e no inter valo entre 3 e 10 segundos ele e Joaquim Cruz têm a mesma velocidade escalar. 122 FÍSICA Exercícios Propostos – Módulo 22
  • 60. s = 12,0 – 2,0 . t (SI) t1 = 6,0s FÍSICA 123 d) Joaquim Cruz venceu a prova, e sua aceleração escalar no intervalo entre 0 e 3 segundos é maior que a de Robson Caetano da Silva. e) Joaquim Cruz venceu a prova, e sua aceleração escalar no intervalo entre 10 e 14 segundos é maior que a de Robson Caetano da Silva. RESOLUÇÃO: Entre t = 3s e t = 10s, os dois gráficos estão superpostos evi - denciando que as velocidades escalares de Robson e Joaquim são iguais. Até o instante t = 3s, a velocidade escalar de Robson é maior (pon - tilhado acima da linha cheia) e por isso Robson venceu a corrida. Resposta: C (UFRN-MODELO ENEM) – A cidade de João Câmara, a 80km de Natal, no Rio Grande do Norte (RN), tem sido o epicentro (ponto da superfície terrestre atingido em primeiro lugar, e com mais intensidade, pelas ondas sísmicas) de alguns terremotos ocorridos nesse estado. O departamento de Física da UFRN tem um grupo de pesquisadores que trabalha na área de sismologia utilizando um sismógrafo instalado nas suas depen dências, para detecção de terremotos. Num terremoto, em geral, duas ondas, denominadas de primária (P) e secundária (S), percorrem o interior da Terra com velocidades diferentes. Dados referentes às ondas P e S, associadas a um terremoto ocorrido no Rio Grande do Norte. Admita que as informações contidas no gráfico anterior são referentes a um dos terremotos ocorridos no RN. Considere ainda que a origem dos eixos da figura é coincidente com a posição da cidade de João Câmara. Diante das informações contidas no gráfico, é correto afirmar que a onda mais rápida e a diferença de tempo de chegada das ondas P e S ao sismógrafo da UFRN, em Natal, correspondem, respectivamente, a) a onda S e 4 segundos. b) a onda P e 8 segundos. c) a onda P e 16 segundos. d) a onda S e 24 segundos. RESOLUÇÃO: De acordo com o gráfico, a onda P chegou a Natal (80km) em 16s, e a onda S, em 24s. Portanto, a onda P é mais rápida e Δt = 8s. Resposta: B Exercícios Resolvidos – Módulo 23 O gráfico abaixo re presenta o espaço (s) em função do tempo (t) para o mo vi men to de um pon to ma te rial. a) Calcule a velo ci dade es calar e o es paço inicial. b) Classifique o mo vi mento e escre va a equação ho rá ria do espaço. c) Determine o instante t1 em que o ponto material pas sa pela origem dos espaços. Resolução a) I. Do diagrama, sabemos que, para t1 = 2,0s, tem-se s1 = 8,0m e para t2 = 4,0s, s2 = 4,0m. Sendo o movimento uniforme, a fun - ção horária dos espaços é do tipo: s = s0 + V . t. Substituindo-se nessa expressão os valores conhe ci dos, obtemos o sistema: {8,0 = s0 + V . 2,0 4,0 = s0 + V . 4,0 Resolvendo-se o sistema de equações, vem: s0 = 12,0m e V = –2,0 m/s 4,0 – 8,0 –––––––– 4,0 – 2,0 Δs ––– Δt II. V = = (m/s) V = –2,0 m/s s = s0 + V . t 8,0 = s0 – 2,0 . 2,0 (m) b) O movimento é uniforme e retrógrado (V 0) e sua equa ção horária é: s = s0 + V . t c) Na origem dos espaços, s = 0, e no instante t1, teremos: 0 = 12,0 – 2,0 . t1 (SI) Portanto: (MODELO ENEM) – Considere o gráfico posição x tempo para um carro que se desloca ao longo de uma estrada retilínea (eixo Ox) onde a velocidade máxima permitida é de 80km/h. s0 = 12,0m
  • 61. Tendo como base o gráfico acima, considere as afirmações: I. O carro partiu da origem. II. O carro nunca se afastou mais do que 100km do seu ponto de partida. III. O carro excedeu o limite de velocidade entre a 2.a e a 3.a hora. IV. O carro deslocou-se sempre afastando-se da origem. V. O carro esteve sempre em movimento entre t = 0 e t = 7h. VI. A distância entre o ponto de partida e a posição em t = 7h é de 30km. Somente está correto o que se afirma em: a) II e III b) II e IV c) I e III d) V e VI e) IV, V e VI Resolução I. (F) Para t = 0 ⇒ x0 = 50km II. (V) O afastamento máximo é de 100km III. (V) V = = = 150km/h IV. (F) Quando x aumentou, o móvel se afas - tou da origem e quan do x diminuiu, o móvel se aproximou da origem. V. (F) Nos intervalos entre 1h e 2h e entre 3h e 5h, o móvel permaneceu parado. VI. (F) É nula. Resposta: A 124 FÍSICA (FMTM-MG-MODELO ENEM) – Na figu - ra, estão repre sen tados, num plano carte - siano, os gráficos posição x tempo do movi - mento de dois carros, A e B, que percorrem uma mesma reta. Se esses carros se mantiverem em movimento com as mes mas carac terísticas, durante o tempo sufi cien te, eles deverão cruzar-se no instante e na posição iguais, respectivamente, a a) 10s; 200m. b) 10s; 300m. c) 20s; 400m. d) 25s; 400m. e) 20s; 200m. Resolução 1) Cálculo das velocidades escalares de A e B. 400 – 600 ––––––––– VA = (m/s) = – 40m/s 5,0 100 – 0 ––––––––– VB = (m/s) = 20m/s 2) Equações horárias para os movimentos de A e B. MU: s = s0 + Vt sA = 600 – 40t (SI) sB = 20t (SI) 3) Cálculo do instante de encontro. No instante de encontro t = tE, os espaços de A e B são iguais: sA = sB 600 – 40tE = 20tE 60tE = 600 ⇒ 4) A posição de encontro s = sE é obtida subs - tituindo-se o tempo de encontro tE = 10s em uma das equações horárias (A ou B): sB = 20t (SI) sE = 20 . 10 (m) sE = 200m Resposta: A tE = 10s 5,0 Δs V = –––– Δt 150km ––––––– 1h Δx –––– Δt Exercícios Propostos – Módulo 23 (VUNESP) – O movimento de uma partícula efetua-se ao longo do eixo x. Num gráfico (x,t) desse mo vimento, podemos lo ca lizar os pontos P0(25;0), P1(20;1), P2(15;2), P3(10;3) e P4(5;4), com x em me tros e t em segun dos. a) Represente no grá fi co (x, t) os pontos da dos; b) Identifique o tipo de movimento; c) Deduza a equação ho rária do movi men to; d) Qual a distância per corrida entre os ins tantes 0 e 5s? RESOLUÇÃO: a) b) Movimento uniforme e retrógrado. c) Do diagrama, conclui-se que no instante t = 0s o espaço do móvel é s0 = 25m. Sendo o movimento uniforme: Δs ––– Δt 5 – 25 –––––– 4 – 0 V = = (m/s) ⇒ V = – 5m/s A função horária dos espaços é do tipo s = s0 + V . t, então: s = 25 – 5 . t (SI). d) d = |ΔS| = |V| . Δt ⇒ d = 5 . 5 (m) ⇒ d = 25m
  • 62. tE = 30s FÍSICA 125 (FUVEST-MODELO ENEM) – O gráfico ilustra a po si ção s, em função do tem po t, de uma pes soa caminhando em linha reta durante 400 se gun dos. Assi na le a alterna tiva cor reta. a) A velocidade escalar no instante t = 200s vale 0,50m/s. b) Em nenhum instante a pessoa parou. c) A distância total percorrida durante os 400 se gundos foi 120m. d) O deslocamento escalar durante os 400 segundos foi 180m. e) O módulo de sua velocidade escalar no instante t = 50s é me nor do que no instante t = 350s. RESOLUÇÃO: a) Falsa, pois, no intervalo de tempo 100s t 300s, o móvel encontra-se em repouso. b) Falsa. c) Verdadeira: d = |Δsida| + |Δsvolta| d = 100m + 20m ⇒ d = 120m d) Falsa. Δs = s2 – s1 ⇒ Δs = 80 – 0 (m) ⇒ Δs = 80m e) Falsa. No intervalo de tempo 0 ≤ t 100s: V1= = (m/s) ⇒ v1 = 1,0m/s No intervalo de tempo 300s t 400s: V2= = (m/s) ⇒ v2 = –0,20m/s Assim, sendo |v1| |v2|, concluímos que a afirmação é falsa. Resposta: C (PUCC) – O movi mento dos corpos A e B é re pre sentado pelo gráfico po si ção x tem po. Su pon do-se que os mó veis per mane çam em seus estados de mo vi men to, po de-se afir mar que os cor pos se encon tram no ins - tante: a) 40s b) 30s c) 20s d) 10s e) 0 RESOLUÇÃO: Os movimentos dos corpos A e B são uniformes e suas funções horárias dos espaços são do tipo s = s0 + V . t. Assim, de acordo com o diagrama: sA = 45 – 1,0t (SI) e sB = 0,50 t (SI) No instante do encontro: sB = sA 0,50 tE = 45 – 1,0 tE ⇒ 1,5 tE = 45 ⇒ Resposta: B (FFFCMPA-RS-MODELO ENEM) – Para responder à ques - tão, considere a figura a seguir, que repre senta uma circun - ferência na qual θ = 1 rad. Um inseto pode andar de diversas maneiras sobre os raios AB e BC e sobre o arco AC sempre com velocidade escalar constante. Os gráficos relacionam a distância d, do inseto ao centro da circunferência, em função do tempo. Δs ––– Δt 80 – 100 ––––––––– 400 – 300 Δs ––– Δt 100 – 0 –––––––– 100 – 0 No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M115
  • 63. Os gráficos I, II e III podem referir-se, respectivamente, aos trajetos: a) ABCA, BCAB, ACBA. b) CBAC, BACB, ABCA. c) CBCA, BACB, BCAB. d) ABAC, BACB, BCAB. e) ABCA, BCAB, CAAC. RESOLUÇÃO: Se θ = 1 rad, então med(AC) = R e o tempo gasto para percorrer cada trecho (AB, BC e CA) é o mesmo. De A para B, d varia de R para zero. 24 Velocidade relativa • Movimento relativo VBA = VB – VA 126 FÍSICA De B para C, d aumenta de zero para R. De C para A, d permanece constante. Resposta: A 1. Definição Consideremos dois móveis, A e B, percorrendo uma mesma trajetória retilínea, com velocidades escalares respectivamente iguais a VA e VB. A velocidade do carro A em re lação ao car ro B tem mó dulo de 200km/h e em relação ao carro C tem módulo de 20km/h. Define-se velocidade esca lar relativa do móvel B, em re lação ao móvel A, co mo sendo a grandeza VBA dada por: Segue-se imediatamente que: 2. Exemplos 3. Regra prática Para obter o módulo da velocidade escalar relati va entre dois corpos, A e B, uti li zamos a seguinte regra prática, que decorre imediatamente da definição de velo - ci dade escalar relativa: Quando os móveis caminham no mesmo sentido, o mó dulo da velocidade escalar re la tiva é dado pela dife ren ça entre os módulos das velocidades esca - lares de A e B. |Vrel| = |VA| – |VB| (com |VA| |VB|) Quando os móveis caminham em sentidos opos - tos, o módulo da velocidade re lativa é dado pela soma dos módulos das velocidades escalares de A e B. |Vrel | = |VA| + |VB| VAB = VA – VB e VBA = –VAB • Diferença de velocidades
  • 64. B d ––– T b) A d) A C FÍSICA 127 VOANDO EM FORMAÇÃO ? Saiba mais Na formação abaixo, um caça está em re pouso em relação ao outro, pois todos têm a mesma veloci dade em relação ao solo. Determine o intervalo de tempo que um auto móvel, de 5,0m de comprimento, gasta para ultrapassar um caminhão de 15,0m de com primento. O automóvel e o caminhão estão em mo - vimento, no mesmo sentido, com velo cidades escalares constan tes de 72,0km/h e 36,0km/h, respectivamente. Resolução Em relação ao caminhão: Vrel = VA – VC ⇒ Vrel = 72,0 – 36,0 (km/h) Vrel = 36,0km/h = 10,0m/s Para efetuar a travessia, o automóvel deverá deslocar-se: ΔSrel = LC + LA ⇒ ΔSrel = 15,0 + 5,0 (m) ΔSrel = 20,0m 20,0 –––– 10,0 ΔSrel ––––– Vrel Δt = = (s) ⇒ (VUNESP-MODELO ENEM) – Leia a tirinha a seguir. CALVIN - Bill Watterson O Sr. Jones mora a 80 km de você. Vocês dois saem de casa às 5 horas, dirigindo-se um ao encontro do outro. O Sr. Jones viaja a 55 km/h e você a 65 km/h. A que horas você e o Sr. Jones vão se encontrar na estrada? Com o trânsito das 5 horas, quem sabe? Eu sempre percebo as pegadinhas. Considerando-se as informações da tirinha e admitindo-se que a sua velo cidade escalar e a do Sr. Jones sejam constantes, ou seja, não se levando em conta os prováveis problemas de trân sito das 5 horas, o encontro entre vocês na estrada, suposta retilínea, ocorreria às a) 5h 20min b) 5h 30min c) 5h 40min d) 12h 40min e) 13h Resolução Vrel = ⇒ 120 = Δt = h = h Δt = . 60 min = 40 min Horário de encontro: TE = 5h + 40 min Resposta: C (PISA-MODELO ENEM) – A fotografia abaixo é de estei ras rolantes. O gráfico distância-tempo, apresentado abaixo, permite com parar a marcha em cima da esteira rolante com a marcha ao lado da esteira rolante. Supondo-se que, no gráfico anterior, a veloci - dade com que as duas pessoas andam é apro - xi madamente a mesma, acrescen te ao gráfico uma semirreta (indicada pela letra C) que corres ponda a uma pessoa que permaneça imó vel na esteira rolante. a) c) e) Resolução Para o gráfico A, temos: VA = VE + VB (1) VE = velocidade da esteira VB = velocidade da pessoa De acordo com os dados do gráfico: 2d –––– T VA = e VB = ⇒ VA = 2VB (2) Substituindo-se (2) em (1): 2VB = VE + VB VE = VB Quando a pessoa está imóvel em relação à esteira, sua velocidade é igual à da esteira e o gráfico C vai coincidir com o gráfico B. Resposta: B Δt = 2,0s D 0 D 0 D 0 t A C B D 0 t t A C B D 0 t B t A C B C 2 ––– 3 2 ––– 3 80 ––– 120 80 ––– Δt Δsrel ––––– Δt (Bill Watterson, As Aventuras de Calvin e Haroldo) A velocidade resultante do míssil é a soma da veloci - dade do avião com a velocidade própria do míssil (velocidade do míssil em relação ao avião).
  • 65. Nas questões e , temos dois automóveis, A e B, em uma mesma estrada retilínea, orientada. Estão in dicados os módulos das velocidades escalares dos carros bem como os sentidos dos movimentos. Cal cule, em cada ca so, a velocidade escalar de A em re lação a B. RESOLUÇÃO: VAB = VA – VB VAB = 60 – 60 (km/h) VAB = 0 RESOLUÇÃO: VAB = VA – VB VAB = 80 – (–60) (km/h) VAB = 140km/h (OLIMPÍADA BRASILEIRA DE FÍSICA) – Dois automóveis trafegam ao longo de uma estrada horizontal e retilínea. Sejam L e λ os comprimentos dos automóveis, com velocidades de módulos cons tan tes respectivamente iguais a V e v. Na situa - ção 1 (ver figura), os automóveis movem-se no mesmo sen - tido. Na situação 2, os automóveis movem-se em sentidos opostos. Supondo-se que V v, calcule quanto tempo dura a passagem de um automóvel pelo outro: a) na situação 1; b) na situação 2. RESOLUÇÃO: ΔSrel ––––– Δt a) Vrel = ⇒ V – V = ⇒ b) Δt’ = 128 FÍSICA (MODELO ENEM) – Considere um rio retilíneo com uma correnteza muito forte e com velocidade constante. Duas boias e uma pessoa estão sendo arrastados pela correnteza, isto é, deslocam-se com a mesma velocidade da correnteza. A pessoa está equidistante das boias, como indica a figura. De repente, a pessoa começa a se afogar e para salvar-se deve agarrar-se em uma das boias. A pessoa consegue na dar com a mesma velocidade constante, relativa às águas (em módulo), tanto a favor como contra a correnteza. Para chegar no menor tempo possível a uma das boias, a pes - soa a) deve dirigir-se para a boia B1. b) deve dirigir-se para boia B2. c) pode dirigir-se para qualquer uma das boias, pois o tempo gasto para atingi-las será o mesmo. d) deve dirigir-se para a boia B2 somente se sua velocidade própria (relativa às águas) for maior que a da correnteza. e) deve dirigir-se para a boia B2 somente se sua veloci dade própria (relativa às águas) for menor que a da correnteza. RESOLUÇÃO: Para resolvermos esta questão, basta colocarmos o referencial na água, isto é, a água é suposta parada, o mesmo ocorrendo com as boias B1 e B2. Como a pessoa está exatamente no ponto médio entre as boias e sua velocidade relativa às águas tem o mesmo valor, quando nada rumo à boia B1 ou rumo à boia B2, o tempo gasto será exatamente o mesmo e dado por: Vrelativa = ⇒ d ––– T Resposta: C d T = ––––––––– Vrelativa L + λ ––––– V + v L + λ ––––– Δt L + λ Δt = –––––– V – v No Portal Objetivo Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO (www.portal.objetivo.br) e, em “localizar”, digite FIS1M116