1
Álgebra Linear
Espaço Vetorial
Prof. Paulo Salgado
psgmn@cin.ufpe.br
Sumário
• Espaços vetoriais
• Sub-espaços vetoriais
• Combinação linear
• Dependência e Independência linear
2
3
Espaços Vetoriais
• Definição: Um espaço vetorial real é um conjunto V,
não vazio, com duas operações: soma, V X V  V, e
multiplicação por escalar, R X V  V, tais que, para
quaisquer u, v, w V e a, b  R, as seguintes
propriedades sejam satisfeitas:
4
Espaços Vetoriais
• Propriedades:
 Adição
 i) (u + v) + w = u + (v + w) - associativa
 ii) u + v = v + u - comutativa
 iii) existe 0  V tal que u + 0 = u
– 0 é o vetor nulo
 iv) Existe –u  V tal que u + (-u) = 0
 Multiplicação
 v) a(u + v) = au + av, a escalar
 vi) (a + b)v = av + bv, a, b escalares
 vii) (ab)v = a(bv)
 viii) 1.u = u
5
Espaços Vetoriais
• Designamos por vetor um elemento do espaço
vetorial
• Exemplo: V = M(2, 2) é o conjunto de matrizes 2x2
 V é um espaço vetorial
• Todas as propriedades anteriores são satisfeitas se a adição é
entendida como a adição de matrizes; e a multiplicação por um
escalar for a forma padrão de matrizes
6
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 1: (u + v) + w = u + (v + w)
 
   
   
   
   
   
   
   
   
 
w
v
u
w
v
u





































































































































22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
21
12
11
22
22
22
21
21
21
12
12
12
11
11
11
22
22
22
21
21
21
12
12
12
11
11
11
22
21
12
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
w
w
w
w
v
v
v
v
u
u
u
u
w
v
w
v
w
v
w
v
u
u
u
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
v
u
w
w
w
w
v
u
v
u
v
u
v
u
w
w
w
w
v
v
v
v
u
u
u
u
7
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
11 12 11 12 11 12 11 12
21 22 21 22 21 22 21 22
u u v v v v u u
u u v v v v u u
       
      
       
       
u v v u
Operação vetorial genérica
Interpretação concreta
Axioma 2: u + v = v + u
8
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 3: Existe um elemento 0 em V, chamado um vetor nulo
para V, tal que u + 0 = u para todo u em V.
u
0
u
u
0
































22
21
12
11
22
21
12
11
0
0
0
0
,
Então,
.
0
0
0
0
Seja
u
u
u
u
u
u
u
u
V
9
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 4: Para todo u em V, há um objeto –u em V, chamado um
oposto ou negativo ou simétrico de u, tal que u + (-u) = 0
 
0
u
u
u
u












































































0
0
0
0
)
(
)
(
)
(
)
(
,
Então,
.
Seja
22
22
21
21
12
12
11
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
V
u
u
u
u
10
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 5: k (u + v) = k u + k v
 
   
   
v
u
v
u
k
k
v
k
v
k
v
k
v
k
u
k
u
k
u
k
u
k
v
k
u
k
v
k
u
k
v
k
u
k
v
k
u
k
v
u
k
v
u
k
v
u
k
v
u
k
v
u
v
u
v
u
v
u
k
v
v
v
v
u
u
u
u
k
k









































































22
21
12
11
22
21
12
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
21
12
11
22
21
12
11
11
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 6: (k + l ) u = k u + l u
   
   
   
u
u
u
l
k
u
l
u
l
u
l
u
l
u
k
u
k
u
k
u
k
u
l
u
k
u
l
u
k
u
l
u
k
u
l
u
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
u
u
u
l
k
l
k

















































22
21
12
11
22
21
12
11
22
22
21
21
12
12
11
11
22
21
12
11
22
21
12
11
12
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 7: k (l u) = (k l ) (u)
 
   
   
   u
u
l
k
u
u
u
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
k
u
l
u
l
u
l
u
l
k
u
u
u
u
l
k
l
k













































22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
13
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 8: 1u = u
u
u 





















22
21
12
11
22
21
12
11
22
21
12
11
1
1
1
1
1
1
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
14
Espaços Vetoriais
• Contra-Exemplo: Um conjunto que não é um
espaço vetorial:
 Seja u = (u1, v1) e v = (u2, v2)
 Seja V = R2 e adição e multiplicação definidas como:
• u + v = (u1 + u2, v1 + v2)
• k.u = (ku1, 0)
 Nesse caso, o axioma 8 não vale, pois:
• 1u = 1(u1, v1) = (u1, 0)  u
 Logo V não é um espaço vetorial
Espaços Vetoriais
• Exercícios:
a) O conjunto V = R2 = {(x, y)| x, y E R} é um espaço vetorial com
as operações de adição e multiplicação por um número real
assim definidas
• (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2)
• α(x, y) = (αx, αy)
• Tais operações são denominadas usuais
b) O conjunto V = R2 = {(x, y)| x, y E R} é um espaço vetorial com
as operações de adição e multiplicação por um número real
assim definidas
• (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2)
• α(x, y) = (αx, y)
15
16
Subespaços Vetoriais
• Definição: Dado um espaço vetorial V, um
subconjunto W, não vazio, será um subespaço
vetorial de V se:
 i) Para quaisquer u, v  W, tivermos u + v  W
 ii) Para quaisquer a  R, u  W, tivermos au  W
17
Subespaços Vetoriais
• Observações:
 1) Ao operarmos em W (soma e multiplicação por
escalar) não obteremos um vetor fora de W
 Isso é suficiente para afirmar que W é ele mesmo um espaço
vetorial, pois assim as operações ficam bem definidas
 Assim, não precisamos verificar novamente as propriedades (i) a
(viii) de espaço vetorial porque elas são válidas em V, que
contém W
18
Subespaços Vetoriais
• Observações:
 2) Qualquer subespaço W de V precisa necessariamente
conter o vetor nulo (por causa da condição (ii) da
definição quando a = 0)
 3) Todo espaço vetorial admite, pelo menos, dois
subespaços (que são chamados de subespaços triviais):
• O conjunto formado apenas pelo vetor nulo
• O próprio espaço vetorial
19
Subespaços Vetoriais
• Exemplo 1: V = R3 e W  V, um plano passando pela
origem
W
Observe que, se W não passasse
pela origem, não seria um subespaço
Os únicos subespaços de R3 são a
origem, as retas e planos que passam
pela origem e o próprio R3
20
Subespaços Vetoriais
• Exemplo 2: V = R5 e W = {(0,x2,x3,x4,x5); xiR}
 Isso é, W é o conjunto de vetores de R5 com a primeira
coordenada nula
 Vamos verificar as condições (i) e (ii):
 (i):u = (0, x2, x3, x4, x5), v = (0, y2, y3, y4, y5)  W
Então: u+v=(0, x2+y2, x3+y3, x4+y4, x5+y5)  W
 (ii) ku = (0, kx2, kx3, kx4, kx5)  W
 Portanto, W é subespaço vetorial de R5.
Subespaços Vetoriais
• Exercício: Seja V = R2 e S = {(x, y) E R2 | y = 2x}
• Elementos: u = (x1, 2.x1) e v = (x2, 2.x2)
• Prova: Verificar se u+v e k.u seguem as mesmas propriedades
• Solução
u + v = (x1, 2.x1) + (x2, 2.x2)
u + v = (x1 + x2, 2.x1 + 2.x2)
u + v = (x1 + x2, 2(x1 + x2))
ku = k(x1, 2.x1)
ku = (kx1, 2kx1)
ku = (kx1, 2(kx1)), logo S é subespaço
21
Subespaços Vetoriais
• Exercício: Seja V = R2 e S = {(x, y) E R2 | y = 4-2x}
• Elementos: u = (x1, 4-2x1) e v = (x2, 4-2.x2)
• Prova: Verificar se u+v e k.u seguem as mesmas propriedades
• Solução
u + v = (x1, 4-2.x1) + (x2, 4-2.x2)
u + v = (x1 + x2, 4-2.x1 + 4-2.x2)
u + v = (x1 + x2, 8-2(x1 + x2))
ku = k(x1, 4-2.x1)
ku = (kx1, k(4-2x1))
ku = (kx1, 4k-2kx1)),
ku = (kx1, 4k-2kx1)), logo S não é um subespaço
22
23
Subespaços Vetoriais
• Teorema: Interseção de subespaços
 Dados W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
V, a interseção W1  W2 ainda é um subespaço de
V
• Observe que W1  W2 nunca é vazio já que eles sempre
contêm, pelo menos, o vetor nulo
• Exemplo 1: V = R3, W1  W2 é a reta de
interseção dos planos W1 e W2
W1
W2
24
Subespaços Vetoriais
• Embora a interseção gere um subespaço
vetorial, isso necessariamente não acontece
com a união
• Teorema: Soma de subespaços
 Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
V. Então o conjunto
• W1 + W2 = {vV; v=w1 + w2, w1W1, w2W2}
 é subespaço de V
• Exemplo 1: Se W1 e W2 são duas retas, W =
W1+W2 é o plano que contém as retas
25
Subespaços Vetoriais
• Quando W1 ∩ W2 = {0}, então W1 + W2 é
chamado soma direta de W1 com W2,
denotado por W1  W2
26
Combinação Linear
• Sejam V um espaço vetorial real, v1, v2, ..., vn
V e a1, a2, ...,an números reais
• Então o vetor
 v = a1v1 + a2v2 + .... anvn
• é um elemento de V ao qual chamamos de
combinação linear de v1, v2, ..., vn
 Uma vez fixados vetores v1, v2, ..., vn em V, o
conjunto W de todos os vetores de V que são
combinação linear desse é um subespaço vetorial
• W é chamado de subespaço gerado por v1, v2, ..., vn
• W = [v1, v2, ..., vn]
27
Combinação Linear
• Exemplo 1:V = R2, v1 = (1, 0), v2 = (0, 1)
 Logo, V = [v1, v2], pois dados v = (x, y)V, temos (x,
y) = x(1, 0) + y(0, 1)
• Ou seja, v = x.v1 + y.v2
• Exemplo 2:
1 0
0 0
v1 =
0 1
0 0
v2 =
Então [v1, v2] = : a, b  R
a b
0 0
Combinação Linear
• Exercício: v = (-4,-18,7) é uma combinação linear de v1 = (1, -3, 2) e
v2 = (2, 4, -1)? Escreva o vetor v como combinação linear dos
vetores v1 e v2.
• Solução
v = av1 + bv2
(-4,-18,7) = a(1,-3,2) + b(2,4,-1)
(-4,-18,7) = (a,-3a,2a) + (2b,4b,-b)
(-4,-18,7) = (a+2b,-3a+4b,2a-b)
a+2b = -4
-3a+4b = -18
2a-b = 7 Resposta:
v = 2v1 – 3 v2
28
29
Dependência e Independência Linear
• Definição: Sejam V um espaço vetorial e v1, v2,
..., vn V. Dizemos que o conjunto {v1,v2, ...,vn} é
linearmente independente (LI), ou que o vetores
v1, v2, ..., vn são LI se a equação:
 a1v1 + a2v2 + ... + anvn = 0
implica que a1 = a2 = .... = an = 0
 {v1,v2, ...,vn} é LD se, e somente se, um destes
vetores for combinação linear dos outros.
• Se algum ai  0, dizemos que {v1,v2, ...,vn} é
linearmente dependente (LD) ou que os vetores
v1,v2, ...,vn são LD
30
Dependência e Independência Linear
• Exemplo 1: V = R2, e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1)
• e1 e e2 são LI, pois
 a1.e1 + a2.e2 = 0
 a1.(1, 0) + a2.(0, 1) = 0
 (a1, a2) = (0, 0)
 a1 = 0 e a2 = 0
• Exemplo 2: De modo análogo, para V =R3, e1
= (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1) são LI
• Exemplo 3: V = R2
 {(1, -1), (1, 0), (1, 1)} é LD pois:
 ½.(1, -1) -1.(1, 0) + ½.(1, 1) = (0, 0)
Dependência e Independência Linear
• Exercício: v1 = (2, 3) e v2 = (-4, -6) são LD?
• Solução
av1 + bv2 = 0
a(2, 3) + b(-4, -6) = 0
(2a, 3a) + (-4b, -6b) = (0, 0)
(2a-4b, 3a - 6b) = (0, 0)
2a - 4b = 0 .(3) => 6a – 12b = 0
3a - 6b = 0 .(-2) => -6a + 12b = 0
0 = 0 => 2a - 4b = 0 => 2a = 4b, LD ou LI?
Resposta: LD... Por que?
31
Dependência e Independência Linear
• Exercício: v1 = (6, 2, 3) e v2 = (0, 5, 3) são LD ou LI?
• Solução
av1 + bv2 = 0
a(6, 2, 3) + b(0, 5, 3) = (0, 0, 0)
(6a, 2a, 3a) + (0, 5b, 3b) = (0, 0, 0)
(6a, 2a + 5b, 3a + 3b) = (0, 0, 0)
6a = 0 => a = 0
2a + 5b = 0 => b = 0
3a + 3b = 0 => b = 0
Como, a = b = 0 => LD ou LI?
Resposta: LI
32
Hoje vimos...
• Espaços vetoriais
• Sub-espaços vetoriais
• Combinação linear
• Dependência e Independência linear
33
34
Álgebra Linear
Espaço Vetorial
Prof. Paulo Salgado
psgmn@cin.ufpe.br
Sumário
• Base de um Espaço Vetorial
• Dimensão de um Espaço Vetorial
• Mudança de Base
35
36
Base de um Espaço Vetorial
• Definição: Um conjunto {v1,v2, ...,vn} de vetores de
V será uma base de V se:
 i) {v1,v2, ...,vn} é LI
 av1 + bv2, + ... + nvn = 0, onde a = b = n = 0
 ii) [v1,v2, ...,vn] é V
 av1 + bv2, + ... + nvn = vetor genérico do espaço, Ex: R2 = (x,y)
Esse conjunto gera todos os vetores de V.
37
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 1: V = R2, e1=(1,0) e e2=(0,1)
• {e1, e2} é base de V, conhecida como base
canônica de R2
• O conjunto {(1,1),(0,1)} também é uma base de
V = R2
De fato, se (0,0) = a(1,1) + b(0,1) = (a, a + b), então
a = b = 0
• Assim, {(1, 1), (0, 1)} é LI
Ainda [(1, 1), (0, 1)] = V pois dado v = (x, y)  V,
temos: (x, y) = x(1, 1) + (y – x)(0, 1)
Ou seja, todo vetor de R2 é uma combinação linear
dos vetores (1,1) e (0,1)
38
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 2: {(0,1), (0,2)} não é base de R2,
pois é um conjunto LD
Se (0,0) = a(0,1) + b(0,2), então a = -2b e a e b não
são zero necessariamente
• Exemplo 3: {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é uma
base de R3?
Base canônica de R3
i) {e1, e2, e3} é LI
ii) (x, y, z) = x.e1 + y.e2 + z.e3
• Exemplo 4: {(1,0,0), (0,1,0)} não é base de R3.
Por que?
É LI mas não gera todo R3
39
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Sejam v1,v2, ...,vn vetores não nulos
que geram um espaço vetorial V. Então dentre
esses vetores podemos extrair uma base de V.
Isso independe de v1,v2, ...,vn serem LD ou LI
• Teorema: Seja um espaço vetorial V gerado
por um conjunto finito de vetores v1,v2,...,vn.
• Então, qualquer conjunto com mais de n
vetores é necessariamente LD (e, portanto,
qualquer conjunto LI tem no máximo n vetores)
40
Base de um Espaço Vetorial
• Corolário: Qualquer base de um espaço
vetorial tem sempre o mesmo número de
elementos. Este número é chamado dimensão
de V, e denotado por dim V
• Exemplo 1: V = R2: dim V = 2
{(1,0), (0,1)} e {(1,1),(0,1)} são bases de V
• Exemplo 2: V = R3: dim V = 3
• Exemplo 3: V = M(2, 2): dim V = 4
1 0
0 0
0 1
0 0
É uma
base de V
0 0
1 0
0 0
0 1
41
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um
espaço vetorial V de dimensão finita pode ser
completado de modo a formar uma base de V
• Corolário: Se dim V = n, qualquer conjunto de n
vetores LI formará uma base de V
• Teorema: Se U e W são subespaços de um
espaço vetorial V que tem dimensão finita, então
dim U  dim V e dim W  dim V. Além disso:
dim(U + W) = dim U + dim W – dim(U  W)
42
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Dada uma base  = {v1,v2, ...,vn} de
V, cada vetor de V é escrito de maneira única
como combinação linear de v1, v2, ...,vn.
• Definição: Sejam  = {v1,v2, ...,vn} base de V e
v  V onde v = a1v1 +...+ anvn. Chamamos
esses números ai de coordenadas de v em
relação à base  e denotamos por:
[v] =
a1
...
an
43
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 1: V = R2
•  = {(1, 0), (0, 1)}
• (4, 3) = 4.(1, 0) + 3.(0, 1)
• Logo:
[(4, 3)] =
4
3
Observe que os
coeficientes são
representados
como elementos
de uma matriz
coluna.
44
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 2: V = R2
•  = {(1, 1), (0, 1)}
• (4, 3) = x.(1, 1) + y.(0, 1)  x=4 e y=-1
• Logo:
[(4, 3)] =
4
-1
45
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 3: Observe que a ordem dos
elementos de uma base influi na matriz das
coordenadas de um vetor em relação à esta
base
• V = R2
• 1 = {(1, 0), (0, 1)} e 2 = {(0, 1), (1, 0)}
[(4, 3)]1 =
4
3
[(4, 3)]2 =
3
4
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: Considere:
V = {(x, y, z): x + y – z = 0}
W = {(x, y, z): x = y}
Determine V + W
V: x + y – z = 0  z = x + y
• Base: (x, y, z)=(x, y, x + y) = x.(1, 0, 1) + y.(0, 1, 1)
• Logo: Base = [(1, 0 , 1),(0, 1, 1)]
W: x = y
• Base: (x, y, z) = (y, y, z) = y.(1, 1, 0) + z.(0, 0, 1)
• Logo: Base = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)]
46
cont…
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
Como:
V = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)]
W = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)]
Então V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (1,1,0), (0,0,1)]
Mas espera-se que o resultado esteja no R3,
logo essa base deve ter algum elemento LD
47
cont…
x
y
z
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
– Vamos escalonar....
48
cont…
1 0 1
0 1 1
1 1 0
0 0 1
1 0 1
0 1 1
0 -1 -1
0 0 1
1 0 1
0 1 1
0 0 0
0 0 1
1 0 1
0 1 1
0 0 1
0 0 0
Elemento
LD (v3)
v1
v2
v3
v4
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
Logo V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (0,0,1)]
Assim, V + W = R3
dim R3 = dim V + dim W – dim(VW)
VW = ??
49
cont…
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
VW = {(x,y,z); x + y – z = 0 e x = y}
= Resolva o sistema...
= {(x,y,z); x = y = z/2}
= [(1, 1, 2)]
dim (VW) = 1
dim R3 = dim V + dim W – dim(VW)
dim R3 = 2 + 2 – 1 = 3
• Como esperado....
50
Mudança de Base
• Contextualizando...
51
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Problema: imagine um veículo de direção
autônoma para percorrer um caminho:
Grama verde
Caminho cinza
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Problema: imagine agora um caminho com
sombra...
Grama verde
Caminho cinza
Sombra
verde escura
Sombra cinza
claro
Sombra cinza escuro
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Imagem no sistema RGB (R = Red, G = Green, B =
Blue) que é o sistema computacional de cores
comum do computador
• Mas um “vermelho” tem valores de cada componente
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Como detectar a sombra pelo RGB? Problema
complicado...
– Mas existem outros sistemas de cores....
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Sistema HSL (H = Hue/Matiz, S = Saturação, L =
Lightness/Brilho)
– RGB -> HSL
• Mudança de base, feita através de uma matriz
transformação de uma base para outra
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Sistema HSL (H = Hue/Matiz, S = Saturação, L =
Lightness/Brilho)
– RGB -> HSL
• Mudança de base, feita através de uma matriz
transformação de uma base para outra
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Mesma imagem anterior no HSL (cada
componente em separado)
Matiz
Saturação
Brilho
Mudança de base - exemplo
• Visão Computacional
– Mesma imagem anterior no HSL (cada
componente em separado)
Matiz
Sombra bem destacada!!!
Mudança de Base - Exemplo
Mudança de Base - Exemplo
61
Mudança de Base
• Sejam ={u1,...,un} e ’= {w1,...,wn} duas bases
ordenadas de um mesmo espaço vetorial V
• Dado o vetor v V, podemos escrevê-lo como:
v = x1u1 + ... + xnun
v = y1w1 + ... + ynwn
(1)
62
Mudança de Base
• Como podemos relacionar as coordenadas de
v em relação à base 
• com as coordenadas do mesmo vetor v em
relação à base ’
[v] =
x1
…
xn
[v]’ =
y1
…
yn
63
Mudança de Base
• Já que {u1,...,un} é base () de V, podemos
escrever os vetores v e w como combinação linear
dos uj, isto é: (Lembrando que v = y1w1 + ... + ynwn)
w1 = a11u1 + a21u2 + ...+ an1un
w2 = a12u1 + a22u2 + ...+ an2un
......
wn = a1nu1 + a2nu2 + ...+ annun
• Substituindo (2) em (1):
v=y1w1+...+ynwn=y1(a11u1+...+an1un)+..+yn(a1nu1+...+annun)
= u1(a11y1+...+an1yn)+..+un(a1ny1+...+annyn)
64
(2)
Mudança de Base
• Mas v = x1u1 + ... + xnun, e como as coordenadas
em relação a uma base () são únicas temos:
v = x1u1 + ... + xnun = u1(a11y1+...+an1yn)+...+un(a1ny1+...+annyn)
x1 = a11y1 + ... + an1yn
.....
xn = a1ny1 + ... + annyn
• Ou, em forma matricial
65
x1
…
xn
y1
…
yn
=
a11 ... a1n
… … …
an1 … ann
Observe que as linhas
viraram colunas!
Mudança de Base
• Isso é denotado por:
• Temos:
66
=
a11 ... a1n
… … …
an1 … ann
[ I ]
’
[v] = [ I ] [v]’

’
[ I ]  Matriz de mudança da base ’ para a base 

’
Mudança de Base
• Observe que, encontrando , podemos
encontrar as coordenadas de qualquer vetor v
em relação à base , multiplicando a matriz
pelas coordenadas de v na base ’
67
[ I ]
’
Mudança de Base
• Exemplo: Sejam ={(2,-1), (3,4)} e ’={(1,0),(0,1)}
bases de R2:
w1 = (1,0) = a11(2,-1) + a21(3,4) = (2a11+ 3a21, -a11+ 4a21)
 2a11+3a21 = 1 e -a11+4a21 = 0
 a11 = 4a21  a21 = 1/11 e a11 = 4/11
w2 = (0,1) = a12(2,-1) + a22(3,4) = (2a12+ 3a22, -a12+ 4a22)
 2a12+3a22 = 0 e -a12+4a22 = 1
 a22 = 2/11 e a12 = -3/11
[ I ] = ?

’
68
Mudança de Base
• Exemplo: (cont.)
– Assim:
• w1 = (1,0) = (4/11)(2,-1) + (1/11)(3,4)
• w2 = (0,1) = (-3/11)(2,-1) + (2/11)(3,4)
=
4/11 -3/11
1/11 2/11
[ I ]
’
69
Linhas tornam-se
colunas!!!
Mudança de Base
• Exemplo: (cont.) Podemos usar essa matriz para
encontrar, por exemplo, [v] para v = (5, -8)
[(5, -8)] = [(5, -8)]’
= =
[ I ]
’
70
4/11 -3/11
1/11 2/11
5
-8
4
-1
Isto é: (5, -8) = 4.(2, -1) + (-1).(3, 4)
A Inversa da Matriz Mudança de Base
• Temos [v] = [v]’
• Um fato importante é que e são
matrizes inversíveis:
( )-1 =
[ I ]
’
71
[ I ]’

[ I ]
’
[ I ]
’
[ I ]’

A Inversa da Matriz Mudança de Base
• Exemplo:
Do exemplo anterior, vamos calcular a partir
de . Note que é fácil de ser
calculada pois ’ é a base canônica:
• (2, -1) = 2.(1, 0) + (-1).(0, 1)
• (3, 4) = 3.(1, 0) + 4.(0, 1)
Assim: =
Então: = -1 =
[ I ]
’
72
[ I ]’

[ I ]
’
[ I ]’

[ I ]’

2 3
-1 4
2 3
-1 4
4/11 -3/11
1/11 2/11
Espaço Vetorial
• Exercício 18: Considere o subespaço de
R4 gerado pelos vetores v1 = (1,-1,0,0),
v2=(0,0,1,1), v3=(-2,2,1,1) e v4=(1,0,0,0)
 a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]?
 b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
 c) [v1,v2,v3,v4] = R4?
73
Espaço Vetorial
• Exercício 18:
– a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]?
– Ou seja, existem a, b, c, d, tal que:
(2, -3, 2, 2) = a.(1,-1,0,0) + b.(0,0,1,1) +
c.(-2,2,1,1) + d.(1,0,0,0)
74
Cont.
a – 2c + d = 2
-a + 2c = -3
b + c = 2
b + c = 2
1 0 -2 1 2
-1 0 2 0 -3
0 1 1 0 2
Espaço Vetorial
• Exercício 18:
– a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]?
Sistema admite infinitas soluções.
Por exemplo: a = 3, b = 2, c = 0, d = -1
Logo, como existe solução, o vetor pertence a
[v1,v2,v3,v4]
75
Cont.
Espaço Vetorial
• Exercício 18:
 b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
76
Cont.
1 -1 0 0
0 0 1 1
-2 2 1 1
1 0 0 0
1 -1 0 0
0 0 1 1
0 0 1 1
0 1 0 0
Com isso, descobrimos que v2 (ou v3) é combinação
linear dos outros vetores. Logo, a base é formada por
[v1,v2,v4] ou [v1, v3, v4].
Espaço Vetorial
• Exercício 18:
 b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
sua dimensão?
 Base = [v1,v2,v4]  dim = 3
 c) [v1,v2,v3,v4] = R4?
 Como dim Base = 3 e dim R4 = 4, então
[v1,v2,v3,v4] ≠ R4
77
Cont.
Espaço Vetorial
• Exercício 19: Considere o subespaço de
R3 gerado pelos vetores v1=(1,1,0),
v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1).
• [v1,v2,v3]=R3?
• v1=(1,1,0), v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1) é LI?
78
Espaço Vetorial
• Exercício 19: Solução 1:
 Existem a, b, c tal que:
(x, y, z) = a.(1,1,0) + b.(0,-1,1) + c.(1,1,1)
79
Cont.
a + c = x
a - b = y
b + c = z
a = 2x – y - z
b = x - y
c = -x + y + z
Ou seja, há valores para a, b e c que
podem gerar qualquer vetor no R3.
Espaço Vetorial
• Exercício 19: Solução 2:
 Vamos tentar escalonar:
80
Cont.
1 1 0
0 -1 1
1 1 1
1 0 0
0 1 0
0 0 1
…
O que isso significa?
Significa que, com esses vetores e operações
lineares, conseguimos gerar a base canônica.
Logo, podemos gerar todo o R3.
81
Exercícios Sugeridos
• 2
• 4
• 6
• 7
• 8
• 9
• 11
• 15
• 25
• 29
A Seguir...
• Transformações Lineares
82

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  • 1. 1 Álgebra Linear Espaço Vetorial Prof. Paulo Salgado psgmn@cin.ufpe.br
  • 2. Sumário • Espaços vetoriais • Sub-espaços vetoriais • Combinação linear • Dependência e Independência linear 2
  • 3. 3 Espaços Vetoriais • Definição: Um espaço vetorial real é um conjunto V, não vazio, com duas operações: soma, V X V  V, e multiplicação por escalar, R X V  V, tais que, para quaisquer u, v, w V e a, b  R, as seguintes propriedades sejam satisfeitas:
  • 4. 4 Espaços Vetoriais • Propriedades:  Adição  i) (u + v) + w = u + (v + w) - associativa  ii) u + v = v + u - comutativa  iii) existe 0  V tal que u + 0 = u – 0 é o vetor nulo  iv) Existe –u  V tal que u + (-u) = 0  Multiplicação  v) a(u + v) = au + av, a escalar  vi) (a + b)v = av + bv, a, b escalares  vii) (ab)v = a(bv)  viii) 1.u = u
  • 5. 5 Espaços Vetoriais • Designamos por vetor um elemento do espaço vetorial • Exemplo: V = M(2, 2) é o conjunto de matrizes 2x2  V é um espaço vetorial • Todas as propriedades anteriores são satisfeitas se a adição é entendida como a adição de matrizes; e a multiplicação por um escalar for a forma padrão de matrizes
  • 6. 6 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 1: (u + v) + w = u + (v + w)                                     w v u w v u                                                                                                                                      22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 21 12 11 22 22 22 21 21 21 12 12 12 11 11 11 22 22 22 21 21 21 12 12 12 11 11 11 22 21 12 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 w w w w v v v v u u u u w v w v w v w v u u u u w v u w v u w v u w v u w v u w v u w v u w v u w w w w v u v u v u v u w w w w v v v v u u u u
  • 7. 7 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova 11 12 11 12 11 12 11 12 21 22 21 22 21 22 21 22 u u v v v v u u u u v v v v u u                                u v v u Operação vetorial genérica Interpretação concreta Axioma 2: u + v = v + u
  • 8. 8 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 3: Existe um elemento 0 em V, chamado um vetor nulo para V, tal que u + 0 = u para todo u em V. u 0 u u 0                                 22 21 12 11 22 21 12 11 0 0 0 0 , Então, . 0 0 0 0 Seja u u u u u u u u V
  • 9. 9 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 4: Para todo u em V, há um objeto –u em V, chamado um oposto ou negativo ou simétrico de u, tal que u + (-u) = 0   0 u u u u                                                                             0 0 0 0 ) ( ) ( ) ( ) ( , Então, . Seja 22 22 21 21 12 12 11 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u u V u u u u
  • 10. 10 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 5: k (u + v) = k u + k v           v u v u k k v k v k v k v k u k u k u k u k v k u k v k u k v k u k v k u k v u k v u k v u k v u k v u v u v u v u k v v v v u u u u k k                                                                          22 21 12 11 22 21 12 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 21 12 11 22 21 12 11
  • 11. 11 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 6: (k + l ) u = k u + l u             u u u l k u l u l u l u l u k u k u k u k u l u k u l u k u l u k u l u k u l k u l k u l k u l k u u u u l k l k                                                  22 21 12 11 22 21 12 11 22 22 21 21 12 12 11 11 22 21 12 11 22 21 12 11
  • 12. 12 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 7: k (l u) = (k l ) (u)              u u l k u u u u l k u l k u l k u l k u l k u l k u l k u l k u l k u l u l u l u l k u u u u l k l k                                              22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11
  • 13. 13 Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 8: 1u = u u u                       22 21 12 11 22 21 12 11 22 21 12 11 1 1 1 1 1 1 u u u u u u u u u u u u
  • 14. 14 Espaços Vetoriais • Contra-Exemplo: Um conjunto que não é um espaço vetorial:  Seja u = (u1, v1) e v = (u2, v2)  Seja V = R2 e adição e multiplicação definidas como: • u + v = (u1 + u2, v1 + v2) • k.u = (ku1, 0)  Nesse caso, o axioma 8 não vale, pois: • 1u = 1(u1, v1) = (u1, 0)  u  Logo V não é um espaço vetorial
  • 15. Espaços Vetoriais • Exercícios: a) O conjunto V = R2 = {(x, y)| x, y E R} é um espaço vetorial com as operações de adição e multiplicação por um número real assim definidas • (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2) • α(x, y) = (αx, αy) • Tais operações são denominadas usuais b) O conjunto V = R2 = {(x, y)| x, y E R} é um espaço vetorial com as operações de adição e multiplicação por um número real assim definidas • (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2) • α(x, y) = (αx, y) 15
  • 16. 16 Subespaços Vetoriais • Definição: Dado um espaço vetorial V, um subconjunto W, não vazio, será um subespaço vetorial de V se:  i) Para quaisquer u, v  W, tivermos u + v  W  ii) Para quaisquer a  R, u  W, tivermos au  W
  • 17. 17 Subespaços Vetoriais • Observações:  1) Ao operarmos em W (soma e multiplicação por escalar) não obteremos um vetor fora de W  Isso é suficiente para afirmar que W é ele mesmo um espaço vetorial, pois assim as operações ficam bem definidas  Assim, não precisamos verificar novamente as propriedades (i) a (viii) de espaço vetorial porque elas são válidas em V, que contém W
  • 18. 18 Subespaços Vetoriais • Observações:  2) Qualquer subespaço W de V precisa necessariamente conter o vetor nulo (por causa da condição (ii) da definição quando a = 0)  3) Todo espaço vetorial admite, pelo menos, dois subespaços (que são chamados de subespaços triviais): • O conjunto formado apenas pelo vetor nulo • O próprio espaço vetorial
  • 19. 19 Subespaços Vetoriais • Exemplo 1: V = R3 e W  V, um plano passando pela origem W Observe que, se W não passasse pela origem, não seria um subespaço Os únicos subespaços de R3 são a origem, as retas e planos que passam pela origem e o próprio R3
  • 20. 20 Subespaços Vetoriais • Exemplo 2: V = R5 e W = {(0,x2,x3,x4,x5); xiR}  Isso é, W é o conjunto de vetores de R5 com a primeira coordenada nula  Vamos verificar as condições (i) e (ii):  (i):u = (0, x2, x3, x4, x5), v = (0, y2, y3, y4, y5)  W Então: u+v=(0, x2+y2, x3+y3, x4+y4, x5+y5)  W  (ii) ku = (0, kx2, kx3, kx4, kx5)  W  Portanto, W é subespaço vetorial de R5.
  • 21. Subespaços Vetoriais • Exercício: Seja V = R2 e S = {(x, y) E R2 | y = 2x} • Elementos: u = (x1, 2.x1) e v = (x2, 2.x2) • Prova: Verificar se u+v e k.u seguem as mesmas propriedades • Solução u + v = (x1, 2.x1) + (x2, 2.x2) u + v = (x1 + x2, 2.x1 + 2.x2) u + v = (x1 + x2, 2(x1 + x2)) ku = k(x1, 2.x1) ku = (kx1, 2kx1) ku = (kx1, 2(kx1)), logo S é subespaço 21
  • 22. Subespaços Vetoriais • Exercício: Seja V = R2 e S = {(x, y) E R2 | y = 4-2x} • Elementos: u = (x1, 4-2x1) e v = (x2, 4-2.x2) • Prova: Verificar se u+v e k.u seguem as mesmas propriedades • Solução u + v = (x1, 4-2.x1) + (x2, 4-2.x2) u + v = (x1 + x2, 4-2.x1 + 4-2.x2) u + v = (x1 + x2, 8-2(x1 + x2)) ku = k(x1, 4-2.x1) ku = (kx1, k(4-2x1)) ku = (kx1, 4k-2kx1)), ku = (kx1, 4k-2kx1)), logo S não é um subespaço 22
  • 23. 23 Subespaços Vetoriais • Teorema: Interseção de subespaços  Dados W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial V, a interseção W1  W2 ainda é um subespaço de V • Observe que W1  W2 nunca é vazio já que eles sempre contêm, pelo menos, o vetor nulo • Exemplo 1: V = R3, W1  W2 é a reta de interseção dos planos W1 e W2 W1 W2
  • 24. 24 Subespaços Vetoriais • Embora a interseção gere um subespaço vetorial, isso necessariamente não acontece com a união • Teorema: Soma de subespaços  Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial V. Então o conjunto • W1 + W2 = {vV; v=w1 + w2, w1W1, w2W2}  é subespaço de V • Exemplo 1: Se W1 e W2 são duas retas, W = W1+W2 é o plano que contém as retas
  • 25. 25 Subespaços Vetoriais • Quando W1 ∩ W2 = {0}, então W1 + W2 é chamado soma direta de W1 com W2, denotado por W1  W2
  • 26. 26 Combinação Linear • Sejam V um espaço vetorial real, v1, v2, ..., vn V e a1, a2, ...,an números reais • Então o vetor  v = a1v1 + a2v2 + .... anvn • é um elemento de V ao qual chamamos de combinação linear de v1, v2, ..., vn  Uma vez fixados vetores v1, v2, ..., vn em V, o conjunto W de todos os vetores de V que são combinação linear desse é um subespaço vetorial • W é chamado de subespaço gerado por v1, v2, ..., vn • W = [v1, v2, ..., vn]
  • 27. 27 Combinação Linear • Exemplo 1:V = R2, v1 = (1, 0), v2 = (0, 1)  Logo, V = [v1, v2], pois dados v = (x, y)V, temos (x, y) = x(1, 0) + y(0, 1) • Ou seja, v = x.v1 + y.v2 • Exemplo 2: 1 0 0 0 v1 = 0 1 0 0 v2 = Então [v1, v2] = : a, b  R a b 0 0
  • 28. Combinação Linear • Exercício: v = (-4,-18,7) é uma combinação linear de v1 = (1, -3, 2) e v2 = (2, 4, -1)? Escreva o vetor v como combinação linear dos vetores v1 e v2. • Solução v = av1 + bv2 (-4,-18,7) = a(1,-3,2) + b(2,4,-1) (-4,-18,7) = (a,-3a,2a) + (2b,4b,-b) (-4,-18,7) = (a+2b,-3a+4b,2a-b) a+2b = -4 -3a+4b = -18 2a-b = 7 Resposta: v = 2v1 – 3 v2 28
  • 29. 29 Dependência e Independência Linear • Definição: Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, ..., vn V. Dizemos que o conjunto {v1,v2, ...,vn} é linearmente independente (LI), ou que o vetores v1, v2, ..., vn são LI se a equação:  a1v1 + a2v2 + ... + anvn = 0 implica que a1 = a2 = .... = an = 0  {v1,v2, ...,vn} é LD se, e somente se, um destes vetores for combinação linear dos outros. • Se algum ai  0, dizemos que {v1,v2, ...,vn} é linearmente dependente (LD) ou que os vetores v1,v2, ...,vn são LD
  • 30. 30 Dependência e Independência Linear • Exemplo 1: V = R2, e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1) • e1 e e2 são LI, pois  a1.e1 + a2.e2 = 0  a1.(1, 0) + a2.(0, 1) = 0  (a1, a2) = (0, 0)  a1 = 0 e a2 = 0 • Exemplo 2: De modo análogo, para V =R3, e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1) são LI • Exemplo 3: V = R2  {(1, -1), (1, 0), (1, 1)} é LD pois:  ½.(1, -1) -1.(1, 0) + ½.(1, 1) = (0, 0)
  • 31. Dependência e Independência Linear • Exercício: v1 = (2, 3) e v2 = (-4, -6) são LD? • Solução av1 + bv2 = 0 a(2, 3) + b(-4, -6) = 0 (2a, 3a) + (-4b, -6b) = (0, 0) (2a-4b, 3a - 6b) = (0, 0) 2a - 4b = 0 .(3) => 6a – 12b = 0 3a - 6b = 0 .(-2) => -6a + 12b = 0 0 = 0 => 2a - 4b = 0 => 2a = 4b, LD ou LI? Resposta: LD... Por que? 31
  • 32. Dependência e Independência Linear • Exercício: v1 = (6, 2, 3) e v2 = (0, 5, 3) são LD ou LI? • Solução av1 + bv2 = 0 a(6, 2, 3) + b(0, 5, 3) = (0, 0, 0) (6a, 2a, 3a) + (0, 5b, 3b) = (0, 0, 0) (6a, 2a + 5b, 3a + 3b) = (0, 0, 0) 6a = 0 => a = 0 2a + 5b = 0 => b = 0 3a + 3b = 0 => b = 0 Como, a = b = 0 => LD ou LI? Resposta: LI 32
  • 33. Hoje vimos... • Espaços vetoriais • Sub-espaços vetoriais • Combinação linear • Dependência e Independência linear 33
  • 34. 34 Álgebra Linear Espaço Vetorial Prof. Paulo Salgado psgmn@cin.ufpe.br
  • 35. Sumário • Base de um Espaço Vetorial • Dimensão de um Espaço Vetorial • Mudança de Base 35
  • 36. 36 Base de um Espaço Vetorial • Definição: Um conjunto {v1,v2, ...,vn} de vetores de V será uma base de V se:  i) {v1,v2, ...,vn} é LI  av1 + bv2, + ... + nvn = 0, onde a = b = n = 0  ii) [v1,v2, ...,vn] é V  av1 + bv2, + ... + nvn = vetor genérico do espaço, Ex: R2 = (x,y) Esse conjunto gera todos os vetores de V.
  • 37. 37 Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 1: V = R2, e1=(1,0) e e2=(0,1) • {e1, e2} é base de V, conhecida como base canônica de R2 • O conjunto {(1,1),(0,1)} também é uma base de V = R2 De fato, se (0,0) = a(1,1) + b(0,1) = (a, a + b), então a = b = 0 • Assim, {(1, 1), (0, 1)} é LI Ainda [(1, 1), (0, 1)] = V pois dado v = (x, y)  V, temos: (x, y) = x(1, 1) + (y – x)(0, 1) Ou seja, todo vetor de R2 é uma combinação linear dos vetores (1,1) e (0,1)
  • 38. 38 Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 2: {(0,1), (0,2)} não é base de R2, pois é um conjunto LD Se (0,0) = a(0,1) + b(0,2), então a = -2b e a e b não são zero necessariamente • Exemplo 3: {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é uma base de R3? Base canônica de R3 i) {e1, e2, e3} é LI ii) (x, y, z) = x.e1 + y.e2 + z.e3 • Exemplo 4: {(1,0,0), (0,1,0)} não é base de R3. Por que? É LI mas não gera todo R3
  • 39. 39 Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Sejam v1,v2, ...,vn vetores não nulos que geram um espaço vetorial V. Então dentre esses vetores podemos extrair uma base de V. Isso independe de v1,v2, ...,vn serem LD ou LI • Teorema: Seja um espaço vetorial V gerado por um conjunto finito de vetores v1,v2,...,vn. • Então, qualquer conjunto com mais de n vetores é necessariamente LD (e, portanto, qualquer conjunto LI tem no máximo n vetores)
  • 40. 40 Base de um Espaço Vetorial • Corolário: Qualquer base de um espaço vetorial tem sempre o mesmo número de elementos. Este número é chamado dimensão de V, e denotado por dim V • Exemplo 1: V = R2: dim V = 2 {(1,0), (0,1)} e {(1,1),(0,1)} são bases de V • Exemplo 2: V = R3: dim V = 3 • Exemplo 3: V = M(2, 2): dim V = 4 1 0 0 0 0 1 0 0 É uma base de V 0 0 1 0 0 0 0 1
  • 41. 41 Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um espaço vetorial V de dimensão finita pode ser completado de modo a formar uma base de V • Corolário: Se dim V = n, qualquer conjunto de n vetores LI formará uma base de V • Teorema: Se U e W são subespaços de um espaço vetorial V que tem dimensão finita, então dim U  dim V e dim W  dim V. Além disso: dim(U + W) = dim U + dim W – dim(U  W)
  • 42. 42 Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Dada uma base  = {v1,v2, ...,vn} de V, cada vetor de V é escrito de maneira única como combinação linear de v1, v2, ...,vn. • Definição: Sejam  = {v1,v2, ...,vn} base de V e v  V onde v = a1v1 +...+ anvn. Chamamos esses números ai de coordenadas de v em relação à base  e denotamos por: [v] = a1 ... an
  • 43. 43 Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 1: V = R2 •  = {(1, 0), (0, 1)} • (4, 3) = 4.(1, 0) + 3.(0, 1) • Logo: [(4, 3)] = 4 3 Observe que os coeficientes são representados como elementos de uma matriz coluna.
  • 44. 44 Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 2: V = R2 •  = {(1, 1), (0, 1)} • (4, 3) = x.(1, 1) + y.(0, 1)  x=4 e y=-1 • Logo: [(4, 3)] = 4 -1
  • 45. 45 Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 3: Observe que a ordem dos elementos de uma base influi na matriz das coordenadas de um vetor em relação à esta base • V = R2 • 1 = {(1, 0), (0, 1)} e 2 = {(0, 1), (1, 0)} [(4, 3)]1 = 4 3 [(4, 3)]2 = 3 4
  • 46. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: Considere: V = {(x, y, z): x + y – z = 0} W = {(x, y, z): x = y} Determine V + W V: x + y – z = 0  z = x + y • Base: (x, y, z)=(x, y, x + y) = x.(1, 0, 1) + y.(0, 1, 1) • Logo: Base = [(1, 0 , 1),(0, 1, 1)] W: x = y • Base: (x, y, z) = (y, y, z) = y.(1, 1, 0) + z.(0, 0, 1) • Logo: Base = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)] 46 cont…
  • 47. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) Como: V = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)] W = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)] Então V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (1,1,0), (0,0,1)] Mas espera-se que o resultado esteja no R3, logo essa base deve ter algum elemento LD 47 cont… x y z
  • 48. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) – Vamos escalonar.... 48 cont… 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 -1 -1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 Elemento LD (v3) v1 v2 v3 v4
  • 49. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) Logo V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (0,0,1)] Assim, V + W = R3 dim R3 = dim V + dim W – dim(VW) VW = ?? 49 cont…
  • 50. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) VW = {(x,y,z); x + y – z = 0 e x = y} = Resolva o sistema... = {(x,y,z); x = y = z/2} = [(1, 1, 2)] dim (VW) = 1 dim R3 = dim V + dim W – dim(VW) dim R3 = 2 + 2 – 1 = 3 • Como esperado.... 50
  • 51. Mudança de Base • Contextualizando... 51
  • 52. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Problema: imagine um veículo de direção autônoma para percorrer um caminho: Grama verde Caminho cinza
  • 53. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Problema: imagine agora um caminho com sombra... Grama verde Caminho cinza Sombra verde escura Sombra cinza claro Sombra cinza escuro
  • 54. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Imagem no sistema RGB (R = Red, G = Green, B = Blue) que é o sistema computacional de cores comum do computador • Mas um “vermelho” tem valores de cada componente
  • 55. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Como detectar a sombra pelo RGB? Problema complicado... – Mas existem outros sistemas de cores....
  • 56. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Sistema HSL (H = Hue/Matiz, S = Saturação, L = Lightness/Brilho) – RGB -> HSL • Mudança de base, feita através de uma matriz transformação de uma base para outra
  • 57. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Sistema HSL (H = Hue/Matiz, S = Saturação, L = Lightness/Brilho) – RGB -> HSL • Mudança de base, feita através de uma matriz transformação de uma base para outra
  • 58. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Mesma imagem anterior no HSL (cada componente em separado) Matiz Saturação Brilho
  • 59. Mudança de base - exemplo • Visão Computacional – Mesma imagem anterior no HSL (cada componente em separado) Matiz Sombra bem destacada!!!
  • 60. Mudança de Base - Exemplo
  • 61. Mudança de Base - Exemplo 61
  • 62. Mudança de Base • Sejam ={u1,...,un} e ’= {w1,...,wn} duas bases ordenadas de um mesmo espaço vetorial V • Dado o vetor v V, podemos escrevê-lo como: v = x1u1 + ... + xnun v = y1w1 + ... + ynwn (1) 62
  • 63. Mudança de Base • Como podemos relacionar as coordenadas de v em relação à base  • com as coordenadas do mesmo vetor v em relação à base ’ [v] = x1 … xn [v]’ = y1 … yn 63
  • 64. Mudança de Base • Já que {u1,...,un} é base () de V, podemos escrever os vetores v e w como combinação linear dos uj, isto é: (Lembrando que v = y1w1 + ... + ynwn) w1 = a11u1 + a21u2 + ...+ an1un w2 = a12u1 + a22u2 + ...+ an2un ...... wn = a1nu1 + a2nu2 + ...+ annun • Substituindo (2) em (1): v=y1w1+...+ynwn=y1(a11u1+...+an1un)+..+yn(a1nu1+...+annun) = u1(a11y1+...+an1yn)+..+un(a1ny1+...+annyn) 64 (2)
  • 65. Mudança de Base • Mas v = x1u1 + ... + xnun, e como as coordenadas em relação a uma base () são únicas temos: v = x1u1 + ... + xnun = u1(a11y1+...+an1yn)+...+un(a1ny1+...+annyn) x1 = a11y1 + ... + an1yn ..... xn = a1ny1 + ... + annyn • Ou, em forma matricial 65 x1 … xn y1 … yn = a11 ... a1n … … … an1 … ann Observe que as linhas viraram colunas!
  • 66. Mudança de Base • Isso é denotado por: • Temos: 66 = a11 ... a1n … … … an1 … ann [ I ] ’ [v] = [ I ] [v]’  ’ [ I ]  Matriz de mudança da base ’ para a base   ’
  • 67. Mudança de Base • Observe que, encontrando , podemos encontrar as coordenadas de qualquer vetor v em relação à base , multiplicando a matriz pelas coordenadas de v na base ’ 67 [ I ] ’
  • 68. Mudança de Base • Exemplo: Sejam ={(2,-1), (3,4)} e ’={(1,0),(0,1)} bases de R2: w1 = (1,0) = a11(2,-1) + a21(3,4) = (2a11+ 3a21, -a11+ 4a21)  2a11+3a21 = 1 e -a11+4a21 = 0  a11 = 4a21  a21 = 1/11 e a11 = 4/11 w2 = (0,1) = a12(2,-1) + a22(3,4) = (2a12+ 3a22, -a12+ 4a22)  2a12+3a22 = 0 e -a12+4a22 = 1  a22 = 2/11 e a12 = -3/11 [ I ] = ?  ’ 68
  • 69. Mudança de Base • Exemplo: (cont.) – Assim: • w1 = (1,0) = (4/11)(2,-1) + (1/11)(3,4) • w2 = (0,1) = (-3/11)(2,-1) + (2/11)(3,4) = 4/11 -3/11 1/11 2/11 [ I ] ’ 69 Linhas tornam-se colunas!!!
  • 70. Mudança de Base • Exemplo: (cont.) Podemos usar essa matriz para encontrar, por exemplo, [v] para v = (5, -8) [(5, -8)] = [(5, -8)]’ = = [ I ] ’ 70 4/11 -3/11 1/11 2/11 5 -8 4 -1 Isto é: (5, -8) = 4.(2, -1) + (-1).(3, 4)
  • 71. A Inversa da Matriz Mudança de Base • Temos [v] = [v]’ • Um fato importante é que e são matrizes inversíveis: ( )-1 = [ I ] ’ 71 [ I ]’  [ I ] ’ [ I ] ’ [ I ]’ 
  • 72. A Inversa da Matriz Mudança de Base • Exemplo: Do exemplo anterior, vamos calcular a partir de . Note que é fácil de ser calculada pois ’ é a base canônica: • (2, -1) = 2.(1, 0) + (-1).(0, 1) • (3, 4) = 3.(1, 0) + 4.(0, 1) Assim: = Então: = -1 = [ I ] ’ 72 [ I ]’  [ I ] ’ [ I ]’  [ I ]’  2 3 -1 4 2 3 -1 4 4/11 -3/11 1/11 2/11
  • 73. Espaço Vetorial • Exercício 18: Considere o subespaço de R4 gerado pelos vetores v1 = (1,-1,0,0), v2=(0,0,1,1), v3=(-2,2,1,1) e v4=(1,0,0,0)  a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]?  b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão?  c) [v1,v2,v3,v4] = R4? 73
  • 74. Espaço Vetorial • Exercício 18: – a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]? – Ou seja, existem a, b, c, d, tal que: (2, -3, 2, 2) = a.(1,-1,0,0) + b.(0,0,1,1) + c.(-2,2,1,1) + d.(1,0,0,0) 74 Cont. a – 2c + d = 2 -a + 2c = -3 b + c = 2 b + c = 2 1 0 -2 1 2 -1 0 2 0 -3 0 1 1 0 2
  • 75. Espaço Vetorial • Exercício 18: – a) O vetor (2, -3, 2, 2)  [v1,v2,v3,v4]? Sistema admite infinitas soluções. Por exemplo: a = 3, b = 2, c = 0, d = -1 Logo, como existe solução, o vetor pertence a [v1,v2,v3,v4] 75 Cont.
  • 76. Espaço Vetorial • Exercício 18:  b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão? 76 Cont. 1 -1 0 0 0 0 1 1 -2 2 1 1 1 0 0 0 1 -1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 0 Com isso, descobrimos que v2 (ou v3) é combinação linear dos outros vetores. Logo, a base é formada por [v1,v2,v4] ou [v1, v3, v4].
  • 77. Espaço Vetorial • Exercício 18:  b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão?  Base = [v1,v2,v4]  dim = 3  c) [v1,v2,v3,v4] = R4?  Como dim Base = 3 e dim R4 = 4, então [v1,v2,v3,v4] ≠ R4 77 Cont.
  • 78. Espaço Vetorial • Exercício 19: Considere o subespaço de R3 gerado pelos vetores v1=(1,1,0), v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1). • [v1,v2,v3]=R3? • v1=(1,1,0), v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1) é LI? 78
  • 79. Espaço Vetorial • Exercício 19: Solução 1:  Existem a, b, c tal que: (x, y, z) = a.(1,1,0) + b.(0,-1,1) + c.(1,1,1) 79 Cont. a + c = x a - b = y b + c = z a = 2x – y - z b = x - y c = -x + y + z Ou seja, há valores para a, b e c que podem gerar qualquer vetor no R3.
  • 80. Espaço Vetorial • Exercício 19: Solução 2:  Vamos tentar escalonar: 80 Cont. 1 1 0 0 -1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 … O que isso significa? Significa que, com esses vetores e operações lineares, conseguimos gerar a base canônica. Logo, podemos gerar todo o R3.
  • 81. 81 Exercícios Sugeridos • 2 • 4 • 6 • 7 • 8 • 9 • 11 • 15 • 25 • 29