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Writing Science:
Literacy and Discursive Power
(Literacy = Alfabetização ou letramento científico)
•
M. A. K. Halliday and J. R. Martin
1ª edição - 1993
Autores
Michael Alexander Kirkwood Halliday (M. A. K. Halliday) (1925 - )
• Linguista inglês.
• Estudou chinês na Universidade de Pequim e doutorou-se em Linguística em Cambridge.
• Prof. em várias universidades : Reino Unido, EUA e Austrália.
• Casado com Ruqaiya Hasan, também linguista.
• Um dos linguistas mais influentes a partir da segunda metade do século XX.
• Desenvolveu uma teoria gramatical conhecida por Linguística Sistêmica Funcional [SFL] ou
Gramática Sistêmico Funcional, cuja preocupação é explorar como a língua é estruturada
para o uso em diferentes contextos sociais.
James Robert Martin (1950- )
• Professor de Linguística, Universidade de Sydney, Austrália.
• Principal expoente do SFL na Austrália.
• Reconhecido por seu trabalho na análise do discurso, linguística, gênero, avaliação
multimodalidade e educacional.
Linguística Sistêmica Funcional [SFL] ou
Gramática Sistêmico Funcional
• Analisa toda a situação comunicativa
(evento da fala, participantes e contexto discursivo)
• Ênfase nos propósitos do uso linguístico
(a intenção de quem fala ou escreve; os recursos linguísticos a sua
disposição; como faz suas escolhas)
• A língua é um instrumento de interação social
(existe em função de seu uso: estabelecer comunicação entre os
usuários, e não como um fim em si mesma)
• A denominação Gramática Funcional diz respeito a uma teoria
lingüística que, assentada no componente significativo (caráter
funcional), procura interpretar as formas linguísticas (caráter
gramatical).
Questões do livro
Será que os alunos conseguem reconhecer a
linguagem da ciência?
Qual o efeito dessa linguagem nas crianças?
Será que a linguagem das aulas de ciências é a mesma
do ambiente de produção da ciência ou é a mesma do
cotidiano?
Quais as características dessa linguagem e qual sua função?
Discussões feitas
• Discute o uso da linguagem em sala de aula, a partir da premissa de que
aprendemos a língua interagindo no contexto e que a alfabetização escolar resulta
da recontextualização acadêmica de registros formais (ou especializados).
• O autor examina a forma e função da linguagem científica em sala de aula de
ciências, em uma variedade de níveis, incluindo gramática, a semântica do
discurso, registro, gênero e ideologia.
• Para o entendimento do texto de Ciências é preciso refletir sobre o contexto, as
condições sob as quais os textos são produzidos e consumidos, para entender os
usos dos elementos formais da língua. Isso precisa ficar claro para o aluno e o
professor.
• O professor deve interagir com o aluno buscando que ele se aproprie da
linguagem científica, pois assim estará dominando um elemento essencial tanto
para o aprendizado da ciência quanto para a prática.
Capítulo 3 - Sobre a linguagem da
ciência física
O que significa a expressão "inglês científico"?
Espaço semiótico no qual existe grande variabilidade ao mesmo tempo e uma contínua evolução no tempo.
• é atemporal (não há uma sequência linear de eventos)
• é impessoal (não há narrador presente) - usa-se a voz passiva (analítica ou
sintética)
• predominantemente estrutural, em que os processos são congelados. Isso
porque os processos são transformados em grupos nominais, e não expressos
por meio de verbos de ação, como na linguagem cotidiana.
• esses grupos nominais passam a ser relacionados por meio de verbos de
relação ou estado (como ser, simbolizar, possuir, implicar).
• o texto encadeado e articulado - parte geralmente de informação inicial e
segue estabelecendo relações entre grupos nominais.
• presença de conectivos, indicando causas, exceções, afinidades.
• o processo de transformar processos em grupos nominais aumenta a
densidade léxica (informações da linguagem), na qual quase todos os termos
usados carregam significados interligados numa estrutura conceitual.
Essa variedade foi sendo construída historicamente, atendendo
a necessidades da comunidade científica, em que os textos têm de
ser conceituados passo a passo, de modo objetivo, carregando o que
é conhecido para contextualizar e legitimar o novo.
Dessa forma, a linguagem da ciência inaugura os escritos de
Newton e Galileu e opta por representar a experiência humana,não
através da dinâmica cambiante dos processos (expressos pelos
verbos), mas através da solidez persistente das coisas (expressas nos
substantivos).
(OLIVEIRA, J. As vozes da ciência: a representação do discurso nos gêneros artigo acadêmico e de divulgação científica. Tese
apresentada ao PPG em Estudos Lingüísticos. UFMG. Faculdade de Letras, 2005.)
Para além dessa constatação, os autores afirmam que essa
linguagem:
• adquire função de estabelecer hierarquia, que privilegia o perito e
limita acesso de pessoas que não a dominam em várias atividades
especializadas.
• antidemocrática e elitista - exclui aqueles que não compreendem sua
estrutura léxico-gramatical.
Exemplos
A variação do espaço de um corpo qq é dada pela distância entre suas
posições inicial e final.
• Como poderia ficar na linguagem cotidiana?
Observam-se características do discurso científico:
• É impessoal, na voz passiva.
• Estabelece relação entre dois processos transformados em metáfora
gramatical (processos são substituídos por grupos nominais).
1. variação do espaço de um corpo qq
2. distância entre suas posições inicial e final
• O agente normalmente está ausente, o que faz com que ela seja
descontextualizada, sem a perspectiva de um narrador.
OUTROS EXEMPLOS:
• A pedra cai (no presente)
• No gráfico o processo congelado - presente, passado e futuro coexistem - não há
história - onde a onda está em determinado momento?
• Texto encadeado - Informação inicial servindo de base, é o pré-requisito. A partir dele
estabelece-se uma relação entre dois grupos nominais.
• A frase ainda poderia ser ainda mais científica: A uma maior energia transferida
corresponde uma maior elevação do pulso.
• Presença de conectivo indicando conclusão: portanto. “Quanto maior a energia ...
maior será a deformação ... e, portanto, a elevação do pulso” O que já se sabe e a nova
informação são representadas por grupos nominais e o verbo as relaciona.
Concentração de significados; presença de causalidade.
Na mesma frase há o efeito e a causa.
Em linguagem cotidiana poderia ser: Quanto mais tempo uma reação demora para acontecer (um processo substituído
pelo grupo nominal a taxa de reação), mais reagentes ela vai consumindo (quantidade consumida do reagente) e mais
produtos ela vai formando (ou de produtos).
O grupo nominal em determinado intervalo de tempo dá um enfoque a-histórico, congela o processo.
Livro de M.A.K. Halliday e J.R. Martin sobre o texto científico
Outras explicações sobre a estrutura das frases
Na linguagem comum, a estrutura das frases apresenta-se desse modo:
Na linguagem científica há o rearranjo de o processo realizar-se por meio de
grupo nominal, em vez de grupo verbal.
Quanto à escolha da voz
ativa ou voz passiva, o
quadro ao lado mostra
diferenças de ênfases.
Observar que o sujeito é
chamado tema na análise
textual, para Halliday.
Breve exemplo do livro:
A fratura do vidro
A taxa de crescimento da fissura depende não só do ambiente
químico, mas também da magnitude da pressão aplicada. O
desenvolvimento de um modelo completo para a cinética da fratura requer
uma compreensão de como a pressão acelera as reações de ruptura de
ligação. Na ausência de pressão, a sílica reage muito lentamente com água.
Nessa frase há exemplos de características que fazem parte da síndrome referida.
1. A expressão "taxa de crescimento” é um grupo nominal tendo como núcleo a
palavra taxa que é o nome de um atributo de um processo; neste caso, um atributo
variável, cognato (de mesma origem) de: "quão rapidamente?" ou a taxa de
rapidez.
2. A expressão crescimento da fissura, um grupo nominal tendo como núcleo a palavra
crescimento, que é o nome de um processo, cognato (mesma origem, semelhante) a
(ela) crescer; e como classificador fissura palavra que é o nome de um atributo
resultante de um processo, cognato a rachado (por exemplo, o vidro é rachado), bem
como do próprio processo, cognato a (o vidro) rachou; crescimento da fissura como um
todo é cognato a crescer. [foram feitas aproximações na tradução, pois a estrutura dos grupos nominais em inglês e português
são diferentes]
3. O grupo nominal taxa de crescimento da fissura, tendo como qualificador
a preposição de crescimento da fissura; essa frase é semelhante à
sentença qualificadora (a taxa) com que a fissura cresce.
4. A função de taxa de crescimento da fissura como tema da frase: a própria
frase sendo inicial e, portanto, temática (inicial), no parágrafo.
5. O grupo do verbo finito depende de expressando relação entre duas
coisas, "a depende de" x: uma forma de uma relação causal comparável a
é determinada por.
6. A expressão a magnitude da pressão aplicada: ver os tópicos 1 e 3 acima;
tem suas funções como culminativas na sentença.
7. O ranquemento integrado grupo nominal em frase preposicional dentro do
grupo nominal...) em o desenvolvimento [de [um modelo completo [para
[a cinética [das [fissuras]]]]]];
8. o grupo verbal finito requer expressando a relação entre duas
coisas, desenvolvimento... requer... compreensão (conferir tópico 5
acima).
9. o paralelismo entre (taxa de) crescimento... depende de... (magnitude de)
pressão e desenvolvimento ... requer... compreensão, porém havendo
um contraste, pois o primeiro exemplo expressa uma relação externa (3ª
pessoa, in rebus: se (este) é comprimido, (aquele) irá crescer), enquanto o
segundo exemplo expressa uma relação interna (1ª e 2ª pessoas, in verbs:
se (nós) queremos modelar, (nós) temos de entender).
• 10. a expressão uma compreensão de como..., com o substantivo agindo
como núcleo sendo o nome de um processo mental: similar a (nós)
devemos compreender; com a frase projetada como a pressão acelera...
funcionando, pelo ranqueamento, no qualificador.
• 11. a frase pressão acelera a reação de ruptura de ligações, com o grupo
verbal finito acelera como a relação entre duas coisas que são elas
mesmas processos: uma trás a mudança no atributo da outra, similar a
faz... acontecer mais rapidamente.
• 12. a estrutura simples de cada frase (de apenas três elementos: grupo
nominal + grupo verbal + grupo nominal / preposição) e a simples
estrutura de cada sentença (de apenas uma frase).
• 13. a relação de todas essas características com o que se passou no
discurso.
Toda vez que nós interpretamos um texto científico, nós estamos
reagindo a conjuntos de características como essas que nós pudemos
identificar nesse curto parágrafo.
Mas é o efeito combinado de um número de características
relacionadas, e a relação que elas possuem enquanto o texto como um
todo, do que a obrigatoriedade da presença de quaisquer dessas, que nos
dizem o que está sendo construído no discurso da ciência.
Breve esboço de como as características do texto científico evoluíram
Em 1391 Chaucer escreveu o que hoje é conhecido como o Tratado do
Astrolábio, explicando o funcionamento desse instrumento a seu filho Lewis, a
quem ele havia dado o objeto como um presente em seu décimo aniversário.
The plate under thy riet ['grid'] is descryved ['inscribed'] with 3 principal cercles; of whiche the leste ['smallest'] is cleped ['called'] the cercle of
Câncer, by-cause that the heved ['head'] of Câncer turneth evermor consentrik up-on the same cercle. In this heved of Câncer is the grettest
declinacioun northward of the sonne. And ther-for is he cleped the Solsticioun of Somer; whiche declinacioun, aftur Ptholome, is 23 degrees and
50 minutes, as wel in Câncer as in Capricorne.
Neste tratado, encontramos os dois primeiros passos para o discurso
nominalizado:
(i) nomes técnicos, que são ou partes do astrolábio ou abstrações geométricas e
matemáticas (como latitude, declinacioun, solsticioun), por exemplo.
(ii) E grupos nominais com iterado frase-e-grupo qualificador, especialmente nas
passagens mais matemáticas, por exemplo;
a latitude [de [qualquer lugar [em [a região]]]] é a distância [a partir de [o zênite]]
[[ao] equinocial]
Para registrar o nascimento do “inglês científica” Hallyday toma o
Tratado de Newton no Opticks (publicado 1704; escrito 1675-1687)
Newton cria um discurso de experimentação:
 Em vez de instruções de Chaucer, descreve detalhadamente suas ações: não “fazer isso", mas sim
"eu fiz isso".
 (As frases apresentam ação, observação e raciocínio (Eu segurei / parado / eu olhei através do
Prisma em cima do buraco, observei o comprimento da sua imagem...)
Tais descrições muitas vezes vêm na passiva, como:
que foi propagada para o quarto; ... Despedaçada...
um raio como se fosse dividido espalhou em muitos raios divergentes.
Note-se que essa voz passiva não têm nada a ver com a 'pessoa reprimida’ cultivada por
professores modernos e editores científicos, em moda apenas no final do séc.XIX, mas
simplesmente o passivo na sua função típica em Inglês: o de alcançar o equilíbrio das
informações do falante ou do escritor.
Se o contexto do discurso requer Ator como tema (ponto de partida no início da frase) Newton
não apresenta nenhuma timidez sobre o uso de Eu.
Além disso:
Há cadeias de frases criando complexos intricados;
Em uma única frase há grupos nominais muito longos e complexos;
Termos técnicos: luz, cor, feixe, prisma, matemáticos (proporção, axial, teorema), etc.
Depois do tema, informação nova: "Você se lembra o que eu disse agora? - Bem, nós vamos
passar de lá “.
Halliday, usando ainda o texto de Newton, procura mostrar como a linguagem
científica foi criada de modo a possibilitar a própria criação da ciência.
Este padrão, de uma frase uma frase que engloba o processo (grupo nominal) + relação
(grupo verbal) + processo (grupo nominal / locução prepositiva) dá conta de situações
complexas em que é preciso estabelecer muitas relações e realizar grande densidade
léxica.
Assim, o dispositivo de nominalização, longe de ser uma característica arbitrária ou
ritualística, é um recurso essencial para a construção de discurso científico.
Fala também de circunstâncias tipicamente representadas por um verbo:
provar, mostrando, sugerindo...
O outro motivo é a relação estabelecida entre os processos em si, por exemplo, pelo
verbo surge (na Experiência 4: ...)
Os recursos gramaticais apontados não foram inventados por cientistas. Estes tomaram
recursos já existentes em Inglês e os trouxeram para seus propósitos retóricos: criar um
discurso que avança por etapas lógicas e coerentes, cada prédio sobre o anterior. O
contexto inicial era o tipo de argumentação chamado por método experimental na ciência
física.
1 Elementos nominais:
- Formação de conceitos por taxonomias (classificações em categorias) técnicas
(A) categorias tecnológicas
(B) categorias metodológicas
(C) categorias teóricas
- Resumir e representar “pacotes de processos”
(A) backgrounding (dado material como Theme)
(B) primeiro plano (material remáticos como Nova)
2 Elementos verbais:
- Relacionar os processos nominalizada
(A) externamente (entre si)
(B) internamente (a nossa interpretação deles)
- Processo nominalizam presente (como está acontecendo)
Breve resumo das características consideradas para definir a linguagem da ciência
Halliday prossegue explicando a evolução da linguagem científica:
Analisa a linguagem utilizada pelo cientista inglês Joseph Priestley, que escreveu
cerca de cinquenta anos após Isaac Newton: "The History and Present State of
Electricity" , com experimentos originais, publicada em três volumes, nos anos 1760.
Joseph Priestley (1733-1804). Foi teólogo, clérigo dissidente, gramático, filósofo
natural, educador, historiador e político.
Quando o equilíbrio do fluido em todo o corpo não é perturbado, isto é, quando não está
presente em nenhum corpo nem mais nem menos do que a sua quota natural, ou do que
a quantidade que é capaz de reter a sua própria atração, não se faz descobrir aos nossos
sentidos por qualquer efeito.
Outros cientistas cujos textos são examinados por Halliday:
John Dalton
James Clark Maxwell

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Livro de M.A.K. Halliday e J.R. Martin sobre o texto científico

  • 1. Writing Science: Literacy and Discursive Power (Literacy = Alfabetização ou letramento científico) • M. A. K. Halliday and J. R. Martin 1ª edição - 1993
  • 2. Autores Michael Alexander Kirkwood Halliday (M. A. K. Halliday) (1925 - ) • Linguista inglês. • Estudou chinês na Universidade de Pequim e doutorou-se em Linguística em Cambridge. • Prof. em várias universidades : Reino Unido, EUA e Austrália. • Casado com Ruqaiya Hasan, também linguista. • Um dos linguistas mais influentes a partir da segunda metade do século XX. • Desenvolveu uma teoria gramatical conhecida por Linguística Sistêmica Funcional [SFL] ou Gramática Sistêmico Funcional, cuja preocupação é explorar como a língua é estruturada para o uso em diferentes contextos sociais. James Robert Martin (1950- ) • Professor de Linguística, Universidade de Sydney, Austrália. • Principal expoente do SFL na Austrália. • Reconhecido por seu trabalho na análise do discurso, linguística, gênero, avaliação multimodalidade e educacional.
  • 3. Linguística Sistêmica Funcional [SFL] ou Gramática Sistêmico Funcional • Analisa toda a situação comunicativa (evento da fala, participantes e contexto discursivo) • Ênfase nos propósitos do uso linguístico (a intenção de quem fala ou escreve; os recursos linguísticos a sua disposição; como faz suas escolhas) • A língua é um instrumento de interação social (existe em função de seu uso: estabelecer comunicação entre os usuários, e não como um fim em si mesma) • A denominação Gramática Funcional diz respeito a uma teoria lingüística que, assentada no componente significativo (caráter funcional), procura interpretar as formas linguísticas (caráter gramatical).
  • 4. Questões do livro Será que os alunos conseguem reconhecer a linguagem da ciência? Qual o efeito dessa linguagem nas crianças? Será que a linguagem das aulas de ciências é a mesma do ambiente de produção da ciência ou é a mesma do cotidiano? Quais as características dessa linguagem e qual sua função?
  • 5. Discussões feitas • Discute o uso da linguagem em sala de aula, a partir da premissa de que aprendemos a língua interagindo no contexto e que a alfabetização escolar resulta da recontextualização acadêmica de registros formais (ou especializados). • O autor examina a forma e função da linguagem científica em sala de aula de ciências, em uma variedade de níveis, incluindo gramática, a semântica do discurso, registro, gênero e ideologia. • Para o entendimento do texto de Ciências é preciso refletir sobre o contexto, as condições sob as quais os textos são produzidos e consumidos, para entender os usos dos elementos formais da língua. Isso precisa ficar claro para o aluno e o professor. • O professor deve interagir com o aluno buscando que ele se aproprie da linguagem científica, pois assim estará dominando um elemento essencial tanto para o aprendizado da ciência quanto para a prática.
  • 6. Capítulo 3 - Sobre a linguagem da ciência física O que significa a expressão "inglês científico"? Espaço semiótico no qual existe grande variabilidade ao mesmo tempo e uma contínua evolução no tempo. • é atemporal (não há uma sequência linear de eventos) • é impessoal (não há narrador presente) - usa-se a voz passiva (analítica ou sintética) • predominantemente estrutural, em que os processos são congelados. Isso porque os processos são transformados em grupos nominais, e não expressos por meio de verbos de ação, como na linguagem cotidiana. • esses grupos nominais passam a ser relacionados por meio de verbos de relação ou estado (como ser, simbolizar, possuir, implicar). • o texto encadeado e articulado - parte geralmente de informação inicial e segue estabelecendo relações entre grupos nominais. • presença de conectivos, indicando causas, exceções, afinidades. • o processo de transformar processos em grupos nominais aumenta a densidade léxica (informações da linguagem), na qual quase todos os termos usados carregam significados interligados numa estrutura conceitual.
  • 7. Essa variedade foi sendo construída historicamente, atendendo a necessidades da comunidade científica, em que os textos têm de ser conceituados passo a passo, de modo objetivo, carregando o que é conhecido para contextualizar e legitimar o novo. Dessa forma, a linguagem da ciência inaugura os escritos de Newton e Galileu e opta por representar a experiência humana,não através da dinâmica cambiante dos processos (expressos pelos verbos), mas através da solidez persistente das coisas (expressas nos substantivos). (OLIVEIRA, J. As vozes da ciência: a representação do discurso nos gêneros artigo acadêmico e de divulgação científica. Tese apresentada ao PPG em Estudos Lingüísticos. UFMG. Faculdade de Letras, 2005.) Para além dessa constatação, os autores afirmam que essa linguagem: • adquire função de estabelecer hierarquia, que privilegia o perito e limita acesso de pessoas que não a dominam em várias atividades especializadas. • antidemocrática e elitista - exclui aqueles que não compreendem sua estrutura léxico-gramatical.
  • 8. Exemplos A variação do espaço de um corpo qq é dada pela distância entre suas posições inicial e final. • Como poderia ficar na linguagem cotidiana? Observam-se características do discurso científico: • É impessoal, na voz passiva. • Estabelece relação entre dois processos transformados em metáfora gramatical (processos são substituídos por grupos nominais). 1. variação do espaço de um corpo qq 2. distância entre suas posições inicial e final • O agente normalmente está ausente, o que faz com que ela seja descontextualizada, sem a perspectiva de um narrador.
  • 9. OUTROS EXEMPLOS: • A pedra cai (no presente) • No gráfico o processo congelado - presente, passado e futuro coexistem - não há história - onde a onda está em determinado momento? • Texto encadeado - Informação inicial servindo de base, é o pré-requisito. A partir dele estabelece-se uma relação entre dois grupos nominais. • A frase ainda poderia ser ainda mais científica: A uma maior energia transferida corresponde uma maior elevação do pulso. • Presença de conectivo indicando conclusão: portanto. “Quanto maior a energia ... maior será a deformação ... e, portanto, a elevação do pulso” O que já se sabe e a nova informação são representadas por grupos nominais e o verbo as relaciona.
  • 10. Concentração de significados; presença de causalidade. Na mesma frase há o efeito e a causa. Em linguagem cotidiana poderia ser: Quanto mais tempo uma reação demora para acontecer (um processo substituído pelo grupo nominal a taxa de reação), mais reagentes ela vai consumindo (quantidade consumida do reagente) e mais produtos ela vai formando (ou de produtos). O grupo nominal em determinado intervalo de tempo dá um enfoque a-histórico, congela o processo.
  • 12. Outras explicações sobre a estrutura das frases Na linguagem comum, a estrutura das frases apresenta-se desse modo: Na linguagem científica há o rearranjo de o processo realizar-se por meio de grupo nominal, em vez de grupo verbal. Quanto à escolha da voz ativa ou voz passiva, o quadro ao lado mostra diferenças de ênfases. Observar que o sujeito é chamado tema na análise textual, para Halliday.
  • 13. Breve exemplo do livro: A fratura do vidro A taxa de crescimento da fissura depende não só do ambiente químico, mas também da magnitude da pressão aplicada. O desenvolvimento de um modelo completo para a cinética da fratura requer uma compreensão de como a pressão acelera as reações de ruptura de ligação. Na ausência de pressão, a sílica reage muito lentamente com água. Nessa frase há exemplos de características que fazem parte da síndrome referida. 1. A expressão "taxa de crescimento” é um grupo nominal tendo como núcleo a palavra taxa que é o nome de um atributo de um processo; neste caso, um atributo variável, cognato (de mesma origem) de: "quão rapidamente?" ou a taxa de rapidez. 2. A expressão crescimento da fissura, um grupo nominal tendo como núcleo a palavra crescimento, que é o nome de um processo, cognato (mesma origem, semelhante) a (ela) crescer; e como classificador fissura palavra que é o nome de um atributo resultante de um processo, cognato a rachado (por exemplo, o vidro é rachado), bem como do próprio processo, cognato a (o vidro) rachou; crescimento da fissura como um todo é cognato a crescer. [foram feitas aproximações na tradução, pois a estrutura dos grupos nominais em inglês e português são diferentes]
  • 14. 3. O grupo nominal taxa de crescimento da fissura, tendo como qualificador a preposição de crescimento da fissura; essa frase é semelhante à sentença qualificadora (a taxa) com que a fissura cresce. 4. A função de taxa de crescimento da fissura como tema da frase: a própria frase sendo inicial e, portanto, temática (inicial), no parágrafo. 5. O grupo do verbo finito depende de expressando relação entre duas coisas, "a depende de" x: uma forma de uma relação causal comparável a é determinada por. 6. A expressão a magnitude da pressão aplicada: ver os tópicos 1 e 3 acima; tem suas funções como culminativas na sentença. 7. O ranquemento integrado grupo nominal em frase preposicional dentro do grupo nominal...) em o desenvolvimento [de [um modelo completo [para [a cinética [das [fissuras]]]]]]; 8. o grupo verbal finito requer expressando a relação entre duas coisas, desenvolvimento... requer... compreensão (conferir tópico 5 acima). 9. o paralelismo entre (taxa de) crescimento... depende de... (magnitude de) pressão e desenvolvimento ... requer... compreensão, porém havendo um contraste, pois o primeiro exemplo expressa uma relação externa (3ª pessoa, in rebus: se (este) é comprimido, (aquele) irá crescer), enquanto o segundo exemplo expressa uma relação interna (1ª e 2ª pessoas, in verbs: se (nós) queremos modelar, (nós) temos de entender).
  • 15. • 10. a expressão uma compreensão de como..., com o substantivo agindo como núcleo sendo o nome de um processo mental: similar a (nós) devemos compreender; com a frase projetada como a pressão acelera... funcionando, pelo ranqueamento, no qualificador. • 11. a frase pressão acelera a reação de ruptura de ligações, com o grupo verbal finito acelera como a relação entre duas coisas que são elas mesmas processos: uma trás a mudança no atributo da outra, similar a faz... acontecer mais rapidamente. • 12. a estrutura simples de cada frase (de apenas três elementos: grupo nominal + grupo verbal + grupo nominal / preposição) e a simples estrutura de cada sentença (de apenas uma frase). • 13. a relação de todas essas características com o que se passou no discurso. Toda vez que nós interpretamos um texto científico, nós estamos reagindo a conjuntos de características como essas que nós pudemos identificar nesse curto parágrafo. Mas é o efeito combinado de um número de características relacionadas, e a relação que elas possuem enquanto o texto como um todo, do que a obrigatoriedade da presença de quaisquer dessas, que nos dizem o que está sendo construído no discurso da ciência.
  • 16. Breve esboço de como as características do texto científico evoluíram Em 1391 Chaucer escreveu o que hoje é conhecido como o Tratado do Astrolábio, explicando o funcionamento desse instrumento a seu filho Lewis, a quem ele havia dado o objeto como um presente em seu décimo aniversário. The plate under thy riet ['grid'] is descryved ['inscribed'] with 3 principal cercles; of whiche the leste ['smallest'] is cleped ['called'] the cercle of Câncer, by-cause that the heved ['head'] of Câncer turneth evermor consentrik up-on the same cercle. In this heved of Câncer is the grettest declinacioun northward of the sonne. And ther-for is he cleped the Solsticioun of Somer; whiche declinacioun, aftur Ptholome, is 23 degrees and 50 minutes, as wel in Câncer as in Capricorne. Neste tratado, encontramos os dois primeiros passos para o discurso nominalizado: (i) nomes técnicos, que são ou partes do astrolábio ou abstrações geométricas e matemáticas (como latitude, declinacioun, solsticioun), por exemplo. (ii) E grupos nominais com iterado frase-e-grupo qualificador, especialmente nas passagens mais matemáticas, por exemplo; a latitude [de [qualquer lugar [em [a região]]]] é a distância [a partir de [o zênite]] [[ao] equinocial]
  • 17. Para registrar o nascimento do “inglês científica” Hallyday toma o Tratado de Newton no Opticks (publicado 1704; escrito 1675-1687) Newton cria um discurso de experimentação:  Em vez de instruções de Chaucer, descreve detalhadamente suas ações: não “fazer isso", mas sim "eu fiz isso".  (As frases apresentam ação, observação e raciocínio (Eu segurei / parado / eu olhei através do Prisma em cima do buraco, observei o comprimento da sua imagem...) Tais descrições muitas vezes vêm na passiva, como: que foi propagada para o quarto; ... Despedaçada... um raio como se fosse dividido espalhou em muitos raios divergentes. Note-se que essa voz passiva não têm nada a ver com a 'pessoa reprimida’ cultivada por professores modernos e editores científicos, em moda apenas no final do séc.XIX, mas simplesmente o passivo na sua função típica em Inglês: o de alcançar o equilíbrio das informações do falante ou do escritor. Se o contexto do discurso requer Ator como tema (ponto de partida no início da frase) Newton não apresenta nenhuma timidez sobre o uso de Eu. Além disso: Há cadeias de frases criando complexos intricados; Em uma única frase há grupos nominais muito longos e complexos; Termos técnicos: luz, cor, feixe, prisma, matemáticos (proporção, axial, teorema), etc. Depois do tema, informação nova: "Você se lembra o que eu disse agora? - Bem, nós vamos passar de lá “.
  • 18. Halliday, usando ainda o texto de Newton, procura mostrar como a linguagem científica foi criada de modo a possibilitar a própria criação da ciência. Este padrão, de uma frase uma frase que engloba o processo (grupo nominal) + relação (grupo verbal) + processo (grupo nominal / locução prepositiva) dá conta de situações complexas em que é preciso estabelecer muitas relações e realizar grande densidade léxica. Assim, o dispositivo de nominalização, longe de ser uma característica arbitrária ou ritualística, é um recurso essencial para a construção de discurso científico. Fala também de circunstâncias tipicamente representadas por um verbo: provar, mostrando, sugerindo... O outro motivo é a relação estabelecida entre os processos em si, por exemplo, pelo verbo surge (na Experiência 4: ...) Os recursos gramaticais apontados não foram inventados por cientistas. Estes tomaram recursos já existentes em Inglês e os trouxeram para seus propósitos retóricos: criar um discurso que avança por etapas lógicas e coerentes, cada prédio sobre o anterior. O contexto inicial era o tipo de argumentação chamado por método experimental na ciência física.
  • 19. 1 Elementos nominais: - Formação de conceitos por taxonomias (classificações em categorias) técnicas (A) categorias tecnológicas (B) categorias metodológicas (C) categorias teóricas - Resumir e representar “pacotes de processos” (A) backgrounding (dado material como Theme) (B) primeiro plano (material remáticos como Nova) 2 Elementos verbais: - Relacionar os processos nominalizada (A) externamente (entre si) (B) internamente (a nossa interpretação deles) - Processo nominalizam presente (como está acontecendo) Breve resumo das características consideradas para definir a linguagem da ciência
  • 20. Halliday prossegue explicando a evolução da linguagem científica: Analisa a linguagem utilizada pelo cientista inglês Joseph Priestley, que escreveu cerca de cinquenta anos após Isaac Newton: "The History and Present State of Electricity" , com experimentos originais, publicada em três volumes, nos anos 1760. Joseph Priestley (1733-1804). Foi teólogo, clérigo dissidente, gramático, filósofo natural, educador, historiador e político. Quando o equilíbrio do fluido em todo o corpo não é perturbado, isto é, quando não está presente em nenhum corpo nem mais nem menos do que a sua quota natural, ou do que a quantidade que é capaz de reter a sua própria atração, não se faz descobrir aos nossos sentidos por qualquer efeito. Outros cientistas cujos textos são examinados por Halliday: John Dalton James Clark Maxwell