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Dfp 2010
Índice
       EMBRAER S.A.



       3       Relatório da Administração 2010


       19      Balanços Patrimoniais Individuais e Consolidados


       20      Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado


       20      Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado Abrangente


       21      Demonstração Individual das Mutações do Patrimônio Líquido


       21      Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido


       22      Demonstrações Individuais e Consolidadas do Valor Adicionado


       22      Demonstrações Individuais e Consolidadas do Fluxo de Caixa


       23      Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras


       67      Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras


       68      Parecer do Conselho Fiscal


       68      Deliberação do Conselho de Administração


       68      Diretoria
EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A.
Dfp 2010
Relatório da Administração 2010
Prezados Acionistas,
Depois de quase dois anos de dificuldades e desafios originados pela crise financeira internacional, em 2010 o mercado aeronáutico foi marcado por sinais iniciais
de estabilização e até recuperação em alguns segmentos. Para a Embraer, o ano terminou melhor do que começou e, a despeito das adversidades que a indústria de
transporte aéreo mundial ainda enfrenta, a Empresa atingiu seus objetivos e deu mais um importante passo na construção de sua longevidade e perpetuidade.
O bom posicionamento da Embraer permitiu o aproveitamento das oportunidades que surgiram ao longo de 2010 e alguns resultados significativos foram alcançados.
Cumprimos e até superamos plenamente a maior parte de nossos objetivos empresariais, metas operacionais e de desempenho econômico financeiro, divulgadas ao
mercado, além dos diversos objetivos de programas em desenvolvimento, em particular a certificação do Legacy 650.
Além disso, os constantes esforços decorrentes do Programa de Excelência Empresarial Embraer (P3E), principalmente nas operações industriais, contribuíram
positivamente para a melhoria da margem bruta da Companhia. Ao final de 2010, a carteira de pedidos firmes da Embraer estabilizou-se em um valor de US$ 15,6
bilhões, após mais de dois anos de declínio.
A Empresa se fortaleceu operacional e financeiramente, investiu em suas pessoas, em seus processos, em desenvolvimento de novos produtos e em novas tecnologias e
continua gozando de grande credibilidade e aceitação no mercado.
Atuais e novos clientes, principalmente na aviação comercial, começaram a analisar a aquisição de nossas aeronaves e o mercado em geral tem reconhecido nossa
capacidade de resistir às dificuldades, competir e preservar nossa saúde econômico-financeira.
Fazendo uma retrospectiva sintética de fatos relevantes em 2010, no mercado de aviação comercial, depois de dois anos praticamente sem vendas e de grande volume
de cancelamentos, encerramos nossa participação na feira aeroespacial de Farnborough, na Inglaterra, tendo contabilizado conquistas muito importantes e que resultaram
em 42 ordens firmes, além de outras propostas comerciais, números relevantes no contexto que se apresentava.
Ao longo do 2º semestre de 2010, tivemos uma intensificação nas campanhas de vendas que resultaram na conquista de cerca de 100 novos pedidos para E-Jets,
reafirmando o bom posicionamento desse produto no mercado.
Em 2010, a Embraer entregou 101 jatos comerciais, superando a estimativa inicial de 90 aeronaves.
Na aviação executiva, a Embraer foi a empresa que mais se destacou no mercado em 2010, tendo entregue 145 jatos no ano, um incremento de 26 aeronaves em relação
a 2009, o maior em termos absolutos entre todos os fabricantes.
Com este patamar, a participação de mercado da Embraer atingiu 19%, ou seja, praticamente um em cada cinco jatos executivos entregues no mundo, em 2010, foi
fabricado pela Embraer.
Obtivemos um importante contrato com a NetJets, detentora da maior frota de jatos executivos do mundo, de 50 unidades do Phenom 300, além de 75 opções de
compra, e que representa uma verdadeira chancela de credibilidade para a Embraer nesse mercado.
Na área de defesa e segurança, houve igualmente inúmeras conquistas, como a primeira venda de Super Tucano na Ásia, com o contrato de oito aviões para a Indonésia.
Além disso, foram acertadas parcerias internacionais para o programa KC-390 entre os governos do Brasil, Chile, Colômbia, Portugal, República Tcheca e Argentina,
potencializando negócios futuros de exportação.
Além disso, algumas importantes datas foram celebradas em 2010, como dez anos da presença da Embraer na China e em Cingapura, além dos dez anos de listagem
das nossas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e também dez anos de funcionamento de nossa fábrica em Gavião Peixoto.
Pelo segundo ano consecutivo, estamos sendo relacionados entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil e fomos premiados por uma importante publicação
especializada, como a melhor empresa nacional do setor de veículos e indústria de transporte.
Em consonância com essas conquistas, a Pesquisa de Clima Organizacional 2010 apresentou um índice de favorabilidade geral de cerca de 78%, com a participação de
nada menos que 93% de nossas pessoas.
Conquistamos prêmios por transparência de nossa gestão e de nossos demonstrativos financeiros, que endossam nossa posição como uma das empresas globais que
efetivamente pratica os melhores princípios de governança corporativa.
No que tange à nossa responsabilidade em preservação ambiental, estamos trabalhando em conjunto à indústria do transporte aéreo para reduzir os impactos da aviação
ao meio ambiente. A meta da IATA é reduzir em 50% as emissões de gases do efeito estufa (GEE) até 2050, tendo como base o ano de 2006. Para isso, atuamos em
diferentes frentes para o desenvolvimento de aviões mais eficientes e do uso do bioquerosene sustentável, na aviação.
O compromisso da Embraer com a construção de um futuro sustentável está estabelecido em todas as suas dimensões e fundamentado pelo nosso compromisso ao Pacto
Global das Nações Unidas - ONU. Como reconhecimento das ações empreendidas nos últimos anos, ao final de 2010, a Embraer foi incluída no DJSI (Dow Jones Sustainability
Index), tendo sido avaliada como a segunda melhor empresa global do setor aeroespacial, se destacando na categoria “Gold Class” em práticas de sustentabilidade.
Importante ressaltar que fomos novamente selecionados a integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&FBOVESPA, como vem ocorrendo
desde a criação do índice, em 2005.
O dia 19 de novembro foi uma data histórica para a Embraer. Nesse dia, os acionistas, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram duas importantes alterações em nosso
estatuto social: a denominação da Empresa, de Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A.; e a ampliação de nosso objeto social, de um foco
único na área aeroespacial para nele acrescentar sistemas de defesa e segurança e energia.
Essa pode ser considerada uma das mudanças mais importantes nos 41 anos de história da Companhia, porque com a ampliação de nosso objeto social abrimos novas
portas para o crescimento e construção de nosso futuro.
Nesse sentido foi criada, a partir de janeiro de 2011, a “Embraer Defesa e Segurança”, unidade empresarial que terá a autonomia e agilidade necessárias para atender
as necessidades dos atuais e de futuros clientes no mercado de defesa e segurança, no Brasil e no exterior.
O País tem conquistado papel de crescente relevância no cenário geopolítico mundial e, através de sua Estratégia Nacional de Defesa, estabeleceu uma visão de vanguarda
para o posicionamento da indústria nacional de material de defesa. A criação dessa nova unidade empresarial é um importante passo na consolidação da posição central
da Embraer nesse contexto.
No que tange à expansão dos nossos negócios para o setor de energia, temos aprofundado estudos e análises de viabilidade de investimento, sempre tendo em mente
nossas competências centrais, aquelas que permitirão que a Embraer possa competir e conquistar clientes e mercados. Avançaremos à medida que tenhamos maior
clareza sobre o potencial retorno desses investimentos e do real benefício que eles possam agregar à nossa Empresa e aos nossos acionistas.
Encaramos o futuro com otimismo e determinação e continuamos firmes no caminho da melhoria contínua, da busca da excelência e da prática de nossos valores.
Estamos ousando, inovando, buscando a excelência no que fazemos, valorizando nossas pessoas, trabalhando para a satisfação de nossos clientes em todo o mundo e
para a criação de valor aos nossos acionistas e, em última instância, construindo nosso futuro de forma sustentável.
                                                                        A ADMINISTRAÇÃO
                                                            São José dos Campos, 24 de março de 2011.

                                                                                                                                                                3
Mercados e Produtos

 Aviação Comercial
Em 2010, o tráfego aéreo mundial apresentou um crescimento de 6,4%, de acordo com as estimativas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), o que confirmou que
o mercado de transporte aéreo encontra-se em recuperação após o período de crise em 2008-2009. Como resultado, a indústria poderá obter lucros de até US$ 15,1 bilhões em
2010 de acordo com as estimativas da IATA.

Com a retomada da demanda, a Embraer estima um crescimento médio de 4,9% ao ano nos próximos 20 anos, porém em um ambiente de maior competição e menores tarifas
devido à mudança do perfil dos passageiros. A Embraer prevê uma demanda global por volta de 6.875 jatos com capacidade de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos, estimativa
que gerará negócios da ordem de US$ 200 bilhões.

Os jatos de 30 a 120 assentos se estabelecem como ferramentas essenciais no desenvolvimento da aviação mundial. Contribuem para o aumento da qualidade dos serviços, ajudam
o sistema a ser mais eficiente, adequando a oferta com a demanda – tanto nas fases de crescimento quanto nos momentos de crise – e possibilitam a abertura de novas rotas, o que
torna o transporte aéreo mais acessível a um maior número de usuários. Além disso, por possuírem tecnologia mais atual, contribuem para diminuir o impacto ao meio ambiente,
causado por aeronaves mais antigas e ineficientes.

O segmento de 30 a 60 assentos atingiu seu ciclo de maturidade e se consolida como um importante elemento para os sistemas de alimentação dos voos (hub feed) nos principais
aeroportos norte-americanos e europeus. A demanda primária por esse tipo de aeronave deve se intensificar novamente somente na próxima década, quando se iniciar o seu ciclo
natural de substituição. Além disso, as transações de jatos regionais de 50 assentos no mercado de aeronaves usadas se intensificaram devido à sua maior utilização em mercados
de aviação regional na Rússia, Comunidade Europeia, México, África, América do Sul e Austrália.

Já o segmento dos jatos de 61 a 120 assentos continuará no auxílio às companhias aéreas no processo de aumento da eficiência por meio da adequação da oferta de assentos e
demanda de passageiros nos voos operados por aeronaves narrowbody com excesso de capacidade. Além disso, esses jatos tendem a ser utilizados na substituição de frotas antigas,
no desenvolvimento de novos mercados e no auxílio ao crescimento natural das companhias aéreas regionais que operam jatos menores na busca de aumento de receita e de
participação de mercado.

No Brasil, devido ao sucesso da operação do ERJ 145, introduzido em 2009 pela empresa Passaredo Linhas Aéreas, a frota desta empresa foi duplicada em 2010, passando a operar
com dez aeronaves desta família. Na Ucrânia, a empresa aérea Dniproavia utiliza a aeronave para a abertura de novos mercados e também na substituição de aeronaves maiores
para adequar a demanda à oferta de assentos. No México, o jato de 50 assentos é operado pela AeroMexico Connect e é um elemento cada vez mais importante para a alimentação
dos hubs da AeroMexico. A empresa opera 41 aeronaves - a quarta maior frota de ERJ145 do mundo.

Para atender a esse crescente mercado de aeronaves usadas e suportar as necessidades dos clientes, a Embraer oferece o Lifetime Programme, pacote de suporte que pode ser
totalmente personalizado e tem sido essencial para garantir o sucesso da operação do ERJ145 nestes mercados. Além disso, a Embraer também oferece a conversão de configuração
para versão shuttle como mais uma opção para os clientes desta família.

Os 888 jatos comerciais ERJ 145 entregues pela Embraer, hoje voam em mais de 30 empresas aéreas, em cinco continentes, tendo superado a impressionante marca de 13 milhões
de ciclos e 15 milhões de horas voadas.

Os jatos de 61 a 120 assentos cada vez mais se apresentam como ferramenta estratégica fundamental para as empresas aéreas protegerem seu posicionamento competitivo.
Semelhante ao que ocorreu em 11 de setembro de 2001, os efeitos da crise financeira mundial, que se iniciou em 2008 e alcançou o pico em 2009, forçaram as empresas a adequar
a oferta de assentos a uma demanda reduzida. Os E-Jets ofereceram a agilidade necessária para que as empresas fizessem o ajuste da oferta em suas malhas, mantendo o nível de
serviços e ao mesmo tempo protegendo suas participações de mercado. Esta estratégia favoreceu o posicionamento das empresas para a retomada de crescimento de seus negócios
com o início da recuperação da indústria em 2010.

Em paralelo, os E-Jets têm sido reconhecidos pelo mercado por sua capacidade de operação em todos os modelos de negócios, sejam as empresas aéreas de baixo custo, as empresas
tradicionais ou as regionais. Esta flexibilidade é fruto direto do baixo consumo de combustível e de emissões, reduzido custo operacional, elevados níveis de pontualidade e excelente
conforto oferecidos por esta família de aeronaves.

Em apenas seis anos após a entrada em serviço do 1º EMBRAER 170, os E-Jets conquistaram uma base de clientes sólida e diversificada, 56 empresas aéreas em 39 países dos
cinco continentes, ultrapassando a expressiva marca de 5 milhões de horas voadas. A entrega do 700º E-Jet, um EMBRAER 190, para a empresa BA CityFlyer do Reino Unido,
representou uma enorme conquista para a Embraer e é um marco atingido por poucos programas na história da aviação comercial mundial.

O Embraer 190 da BA CityFlyer entrou em operação no principal aeroporto de negócios de Londres, London City (LCY), onde a Embraer conquistou a certificação de aproximação
íngreme para este modelo. O Embraer 170 foi certificado em 2007 para a mesma funcionalidade e é também operado por esta empresa em LCY.

Em 2010, o mercado começou a dar sinais de recuperação que se refletiu no anúncio de novas vendas de E-Jets, o Embraer 170/190 para a Gulf Air (Bahrein), Embraer 175 (FlyBe,
Reino Unido), Embraer 190 (Air Lease, Estados Unidos), Embraer 190 (Republic Airways, Estados Unidos), Embraer 175 (Fuji Dream, Japão), Embraer 195 (Lufthansa, Alemanha)
e o Embraer 190 para a Austral Líneas Aéreas (Argentina). Adicionalmente, a Azul (Brasil), TRIP (Brasil) e BA CityFlyer (Reino Unido) confirmaram sua confiança nos produtos
Embraer, ao converterem várias opções em ordens firmes.

Também em 2010, três novos clientes iniciaram suas operações com E-Jets: Austral Líneas Aéreas (Argentina), Gulf Air (Bahrein) e Air Moldova (República da Moldávia).

Ao final de 2010, os E-Jets atingiram a expressiva marca de 947 encomendas firmes, 720 opções e 699 novos jatos entregues. Com a família ERJ 145 e os E-Jets, a Embraer atingiu
uma participação de mercado de 44% no segmento de jatos de 30 a 120 assentos. A carteira de pedidos firmes da aviação comercial atingiu US$ 7,6 bilhões, o equivalente a 250
aeronaves, conforme detalhado:


 Carteira de Pedidos 2010
 Modelo de Aeronave                                                                   Pedidos Firmes                      Opções              Entregas Pedidos Firmes em Carteira
 Família ERJ 145
  ERJ 135                                                                                         108                            -                108                             -
  ERJ 140                                                                                          74                            -                 74                             -
  ERJ 145                                                                                         708                            -                706                             2
 Total - Família ERJ 145                                                                          890                            -                888                             2
 Família EMBRAER 170/190
  EMBRAER 170                                                                                     191                         40                  181                           10
  EMBRAER 175                                                                                     173                        276                  133                           40
  EMBRAER 190                                                                                     478                        353                  321                          157
  EMBRAER 195                                                                                     105                         51                   64                           41
 Total - Família EMBRAER 170/190                                                                  947                        720                  699                          248
 TOTAL                                                                                         1.837                         720                1.587                          250

    4
 Aviação Executiva
Desde meados de 2008, o mercado de aviação executiva tem registrado os efeitos de uma das mais agressivas reduções em vendas de sua história, superando os impactos deixados
pela recessão dos anos 80 e também pelos eventos de setembro de 2001. O alto inventário de aeronaves seminovas à venda por baixos preços e as incertezas que rondam a economia
mundial, são fatores que tornam improvável uma recuperação plena da demanda por jatos executivos em 2011.
Em 2010, as entregas de jatos da indústria global de aviação executiva atingiram 763 aeronaves, representando uma queda de 12% em relação a 2009, quando foram entregues
870 jatos executivos. Em termos de receitas, o mercado cresceu de US$ 17,2 em 2009, para US$ 18,2 bilhões em 2010, principalmente pelo aumento do número de entregas
de aeronaves de maior porte e valor, em relação aos modelos menores. Para 2011, espera-se que o mercado continue seu processo de recuperação gradual, culminando em uma
possível recuperação mais intensa ao final do período ou início de 2012. O valor global desse mercado no período de 2011 a 2020 deverá chegar a US$ 210 bilhões, com entrega
de mais de 10 mil jatos executivos.
As economias emergentes demonstraram bom desempenho em 2010, especialmente a brasileira, na qual alternativas governamentais de financiamento de longo prazo, inexistentes
até então, têm acelerado a demanda, principalmente para jatos leves. O mercado da Rússia retornou à normalidade antes do que se previa, principalmente por conta da retomada da
liquidez nos mercados de ações da região, além da recuperação do fôlego dos indivíduos mais abastados. Em menor proporção, alguns países asiáticos, como a China e os do Oriente
Médio, ajudaram a amortecer a redução da demanda mundial.
Apesar de os impactos da crise mundial terem cerceado as perspectivas de crescimento no curto prazo, os Estados Unidos continuarão a ser o maior e mais maduro mercado para
a aviação executiva em números absolutos. As estimativas atuais apontam que o país será responsável por cerca de 43% da receita do mercado global esperada para os próximos
dez anos.
Apesar das dificuldades que afetaram todo o mercado de aviação no mundo, para a Embraer, o segmento de aviação executiva obteve significativa expansão de sua participação de
mercado que, em relação às unidades entregues, subiu de 14% em 2009 para 19% em 2010. Em termos de receita, houve um aumento de 6,4% para 6,9%, respectivamente,
devido ao mix de produtos entregues. O aumento da participação de mercado em unidades e em valor é considerado de extrema relevância dado o cenário atual da economia mundial.
Um sinal de recuperação foi o acordo de compra de até 125 aeronaves fechado entre a Embraer e a norte-americana NetJets, maior operador de propriedade compartilhada do
mundo e que possui uma frota com mais de 800 aeronaves das categorias light, midsize e large. Este acordo prevê a compra de 50 jatos Phenom 300, com mais 75 opções e
poderá atingir cerca de US$ 1 bilhão.
Durante 2010, a Embraer, dentro de uma estratégia planejada, atuou no mercado de aviação executiva e desempenhou ações diretas que solidificaram ainda mais o compromisso
estabelecido com o mercado no início da década. Elas fazem parte da oferta de soluções integradas para aquisição e operação das aeronaves executivas da Embraer e englobaram
desde as certificações ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e EASA (Autoridade de Aviação Civil da Europa) obtidas pelo Phenom 300 até a expansão da rede de representantes
de vendas, treinamento, serviços e suporte aos clientes.
O jato Legacy 650 teve sua estréia no mercado em 2010. Após obter as certificações ANAC e EASA, esta aeronave fez seu primeiro voo direto de Dubai, nos Emirados Árabes, para
Londres, no Reino Unido. Além disso, em dezembro foi entregue a primeira unidade desta aeronave para um cliente no Oriente Médio, reforçando a boa aceitação da plataforma
Legacy nesse mercado. Por sua vez, o jato super médio Legacy 600 entra em seu nono ano de produção com uma larga aceitação no mercado, tendo alcançado em dezembro de
2010, a marca de 185 aeronaves em operação regular em 35 países.
Também em 2010, foi entregue a centésima unidade da aeronave Phenom 100 para o operador americano de propriedade compartilhada JetSuite. Além disso, em novembro foi entregue
a primeira unidade desta aeronave para um cliente indiano, reforçando o posicionamento da Embraer no mercado asiático. Ao final do ano, a frota do Phenom foi composta por mais de
180 aeronaves em operação distribuídas em 22 países pelo mundo. O Phenom 300 teve sua primeira unidade entregue para um cliente brasileiro e a primeira unidade entregue para um
cliente indiano, confirmando a aceitação dos jatos executivos da Embraer nos mercados emergentes. Em maio de 2010, a aeronave recebeu a Certificação de Tipo EASA.
Os novos jatos midlight, Legacy 450, e midsize, Legacy 500, tiveram a produção de suas primeiras peças iniciadas em janeiro de 2010. O desenvolvimento dessas aeronaves
continua no prazo previsto. Em outubro de 2010 começaram os testes de solo e o primeiro voo do Legacy 500 é esperado para o final de 2011.
Em setembro de 2010 foi realizado o voo mais longo de um jato executivo Embraer. O Lineage 1000, da categoria ultra large, realizou um voo sem paradas entre Mumbai, na Índia
e Londres, no Reino Unido. Além disso, foi entregue a primeira unidade deste modelo de jato para um cliente mexicano e houve a ampliação da frota no Oriente Médio.
No final de 2010, a Embraer acumulava em carteira US$ 4,7 bilhões em pedidos de aviões executivos.


 Defesa e Segurança
A unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança, cujo maior cliente é a Força Aérea Brasileira - FAB, é detentora de soluções integradas que combinam elevado conteúdo
tecnológico e eficiência operacional a custos de aquisição e operação competitivos. O seu portfolio de produtos contempla aeronaves e sistemas para diferentes finalidades: comando,
controle, comunicação, computação, inteligência, vigilância e reconhecimento (C4ISR); treinamento e combate; e transporte de autoridades civis e militares. Adicionalmente, essa
unidade empresarial presta serviços de suporte aos clientes de defesa e segurança, bem como presta serviços de modernização de aeronaves para as Forças Armadas Brasileiras.
A Embraer Defesa e Segurança desempenha papel estratégico no sistema de defesa do Brasil - já forneceu quantitativo ligeiramente superior à metade da frota da FAB - e começa a
expandir mais agressivamente sua área de influência a outras regiões, além dos mais de 25 países que já atende com suas aeronaves.
Encontra-se em desenvolvimento, e pontualmente dentro do cronograma, o KC-390, aeronave militar para missões de transporte de cargas e de reabastecimento em voo. O KC-390
terá capacidade de voar a 850 quilômetros por hora e transportar até 23 toneladas de carga útil, podendo transportar 64 paraquedistas equipados para combate ou 80 soldados de
infantaria convencional, e permitirá a entrada da Embraer em um novo segmento de mercado. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2014 e a certificação da aeronave para
o final do ano seguinte. A aeronave já conta com intenção de compra de 60 unidades, sendo 28 unidades para a FAB, 12 para a Colômbia, seis para Chile, Portugal e Argentina e
dois para a República Tcheca.
Em 2010, foram entregues duas aeronaves de transporte ao mercado de defesa, oito F-5 modernizados pelo Programa F-5M da FAB, e 35 Super Tucanos para Brasil, Equador,
República Dominicana e Chile.
O ano de 2010 foi muito significativo para toda a linha de produtos do segmento de defesa e segurança. O Super Tucano, treinador avançado e de ataque leve, continuou sendo um
dos destaques, com a entrada em serviço em mais um país, o Equador, que se junta a Brasil, Colômbia, Chile e República Dominicana como operadores dessa aeronave. Além disso,
foi fechado contrato com um novo cliente, a Indonésia, para fornecimento de oito aeronaves a partir de 2012, perfazendo-se um total de 180 aeronaves contratadas e 150 entregues.
O contrato com a Indonésia representa a entrada do Super Tucano na região da Ásia Pacífico.
A Embraer Defesa e Segurança tem um contrato com a FAB para a produção de 99 aviões Super Tucano sendo que em 2010, a FAB recebeu a 89ª unidade. Foram finalizadas as
entregas das 12 unidades do Chile e das oito unidades da República Dominicana. A Força Aérea do Equador encomendou 18 aeronaves sendo que 15 já foram entregues. Esta
aceitação confirma sua versatilidade, associada ao bom desempenho para treinamento, missões operacionais e aos baixos custos de aquisição, operação e manutenção.
Em 2010, os sistemas de suporte ao treinamento e à operação (TOSS), que podem contemplar simuladores de voo, sistemas computacionais para treinamento (CBT) e estações
de planejamento (MPS) e relato de missão (MDS) também foram desenvolvidos para apoiar operadores do Super Tucano no Chile, no Equador e na República Dominicana. Foi
disponibilizado a estes países treinamentos básicos, avançados e de formação de instrutores. Serviços de treinamento também foram fornecidos em 2010 para a Tailândia (família
145), para o Panamá (Legacy 600) e para o governo Brasileiro (EMBRAER 190PR).
No que tange a sistemas ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) destaca-se o pleno andamento do programa AEW Índia, relativo ao contrato com a DRDO (Defence Research
and Development Organization), da Índia, para o fornecimento de três aeronaves EMB 145 AEW&C. A primeira entrega está prevista para 2011.
Com relação às aeronaves de transporte para forças armadas e governos, as entregas de um ERJ 135 para a Marinha Tailandesa e um Legacy 600 para o Governo do Panamá
demonstram a boa aceitação das nossas plataformas para o transporte de autoridades.

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No campo das modernizações, estão atualmente em execução três programas para as Forças Armadas Brasileiras. No programa A-1M, a Embraer é responsável pela modernização
de 43 caças subsônicos AMX. Adicionalmente a este programa, no final de 2010 foi também assinado contrato com a FAB para a revitalização destas aeronaves.

O segundo programa, F-5M da FAB, abrange um total de 46 caças F-5, dos quais, em 2010, mais oito unidades foram entregues modernizadas, restando cinco unidades para 2011.

O terceiro programa se refere à modernização de 12 aeronaves A-4 para a Marinha do Brasil, das quais duas unidades já se encontram nas instalações da empresa.

No final de 2010, a unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança acumulava uma carteira de pedidos de US$ 3,3 bilhões.



              Gestão Tecnológica e Industrial

 Gestão Tecnológica e do Conhecimento
A gestão do conhecimento segue com grande foco, com a consolidação de comunidades de prática e ambientes colaborativos para projetos. Em adição aos esforços nessa área
foi promovido o SETI – Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação, no qual foram apresentados e debatidos inúmeros trabalhos de alto conteúdo tecnológico produzidos pelos
empregados e voltados à tecnologia e inovação.

Como forma de evitar a utilização de diferentes processos nos diversos produtos em desenvolvimento, vêm sendo realizados, simultaneamente, intensos trabalhos de revisão e
harmonização de processos, para garantir contínua melhoria na qualidade e produtividade no desenvolvimento de projetos.


 Desenvolvimento de Tecnologias
A capacidade de gerar soluções tecnologicamente inovadoras é uma competência indispensável para a criação e manutenção da competitividade na indústria aeronáutica. Tendo em
vista a importância das novas tecnologias para fazer frente aos principais desafios que a indústria aeronáutica deve enfrentar nos próximos anos, a Embraer, através de seu programa
de desenvolvimento tecnológico, investiga e desenvolve soluções que criem competências internas no domínio de tecnologias críticas para os mercados em que a empresa atua ou
poderá vir a atuar.

Para garantir uma visão de futuro adequada, o programa de desenvolvimento tecnológico é definido a partir do monitoramento sistemático e análise do cenário tecnológico mundial. Os
esforços de capacitação para aplicação de tecnologias avançadas que tornarão as aeronaves mais leves, silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões,
além de projetadas e fabricadas em menos tempo, fáceis de serem mantidas e com otimização de recursos, tiveram sequência em 2010 e continuarão em andamento em 2011.


 Conhecimento em Rede
A estratégia de desenvolvimento tecnológico da Embraer é estruturada na forma de um programa capaz de gerenciar e executar projetos multidisciplinares e integrar diversas
instituições como universidades, institutos de pesquisa, instituições de fomento e outras empresas que operam como uma rede de parceiros de desenvolvimento. Atualmente na rede
de cooperação tecnológica colaboram mais de 50 Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), envolvendo mais de 250 pesquisadores da comunidade científica. Em 2010, foi
dado um passo importante na integração com redes globais de pesquisa, quando a Companhia se tornou membro da iniciativa do governo de Cingapura, A*STAR (Agency for Science,
Technology and Research), permitindo assim à Embraer acessar conhecimentos na vanguarda da tecnologia aeronáutica.

Tendo em vista a importância das atividades de P&D para o desenvolvimento nacional e a importância da indústria aeronáutica como indústria estratégica para a inovação tecnológica,
a Embraer participa ativamente das discussões com as principais lideranças empresariais e o governo para fortalecer as políticas públicas destinadas a fomentar o Sistema Nacional
de Inovação. Desta forma, a Companhia busca contribuir para a construção de um ambiente mais dinâmico que favoreça a inovação tecnológica nas empresas e a intensificação
das pesquisas em tecnologias emergentes no País.


 Inovação e Propriedade Intelectual
O programa de desenvolvimento tecnológico apresentou importantes resultados em projetos na área de eficiência energética de sistemas embarcados de aeronaves, que permitirão
mais eficiência em consumo de combustível e consequente redução das emissões para os futuros produtos Embraer.

A preocupação com a proteção legal da propriedade intelectual das inovações geradas a partir das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento é evidenciada pelo aumento considerável
no número de pedidos de patentes solicitados pela Embraer. No período de 2003 a 2010 foram depositados 64 pedidos, dos quais 26 já foram concedidos.


 Operações Industriais
Em 2010, a Embraer avançou no sentido de tornar suas unidades de produção referência de produtividade e tecnologia em seu setor de atuação.

O volume de produção de aeronaves superou em dois aviões àquele alcançado no ano anterior, incluindo a entrega das primeiras unidades do novíssimo Legacy 650.

O programa de Excelência Empresarial Embraer - P3E, avançou através da implantação de importantes iniciativas, Projetos Kaizens e 3P (Production Preparation Process). Neste
ano, houve um avanço significativo no nível de certificação das células de melhoria contínua, referentes às atividades industriais, já com a qualificação das primeiras células no nível
prata da Empresa.

A estratégia de implementação de automação avançou significativamente durante o ano de 2010. Foram implementados projetos que elevaram a produtividade e qualidade. Aos
robôs já existentes foram adicionados outros para junção de fuselagens, fabricação de painéis de asas dos E-Jets, inspeção por ultrassom e montagem de estruturas em material
compósito para a aviação executiva.

O programa Phenom 300 teve sua ascensão em 2010, com a entrega de 26 aeronaves no ano. Outro evento importante ocorrido foi a certificação da aeronave Legacy 650, que
passou a incorporar o portfolio de produtos da aviação executiva.

A expansão das atividades produtivas no exterior seguiu conforme o planejado. Em Melbourne, Estados Unidos, foi concluída a construção da nova unidade industrial da Empresa,
com uma linha de montagem final capaz de produzir os jatos Phenom 100, cabine de pintura, centro de entregas e um customer design center, que suportará o cliente no processo
de escolha de aeronaves da aviação executiva.

 Em Évora, Portugal, ocorreram o início das obras civis dos centros de excelência de usinados e de material compósitos, o detalhamento do processo produtivo e o início das
 aquisições de equipamentos para estas novas fábricas.
Em Harbin, China, a Empresa continua operando a linha de produção do ERJ-145, cujas últimas entregas devem ocorrer no primeiro semestre de 2011. Atualmente a Embraer está
em processo de avaliação, em conjunto com seu sócio AVIC e o Governo Chinês, da melhor alternativa de produto para a continuidade da joint venture.

No desenvolvimento de novos programas, foram recebidos os primeiros grandes ferramentais da asa e dos estabilizadores horizontais e verticais para a montagem do protótipo do
Legacy 500, que já teve suas primeiras peças fabricadas. O cargueiro KC-390, outro grande projeto em fase de desenvolvimento, também avançou significativamente com a definição
do processo produtivo e o planejamento preliminar da infraestrutura para a produção desses aviões.

    6
Presença Global




A Embraer mantém suas atividades de engenharia, desenvolvimento e fabricação no Brasil, com cinco unidades industriais localizadas em São José dos Campos, Eugênio de Melo,
Botucatu e Gavião Peixoto, além de dois centros logísticos em Taubaté e Campinas, todos no Estado de São Paulo. Está implantando também duas novas unidades industriais
localizadas na cidade de Évora, em Portugal, e uma em Melbourne, Flórida, EUA.

Para dar suporte às operações de pós-venda, a Embraer conta com centros de serviço e venda de peças de reposição próprias em São José dos Campos (São Paulo), Fort Lauderdale
(Flórida), Mesa (Arizona), Nashville (Tennessee) e Windsor Locks (Connecticut) nos EUA, em Villepinte (próximo ao Aeroporto Roissy - Charles de Gaulle), França e em Cingapura,
além da rede autorizada especializada no mundo. A Embraer também mantém centros de distribuição de peças de reposição e equipes de técnicos especializados na China para
prestar apoio aos clientes.

O suporte às atividades de comercialização, marketing e promoção é realizado pelos escritórios de São José dos Campos, Fort Lauderdale e Villepinte, bem como pelos escritórios de
Cingapura e Beijing, na China.

Com participação majoritária em uma associação com a EADS, a Embraer controla 65% do capital da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., uma empresa de manutenção
e produção aeronáutica. Como mencionado anteriormente, possui também uma fábrica em Harbin, China, em associação com a empresa estatal chinesa AVIC.



              Financiamento às Vendas
A despeito dos efeitos da crise na disponibilidade e no custo do financiamento de aeronaves, em 2010 as companhias aéreas conseguiram estruturar os financiamentos de suas
entregas e as agências de crédito à exportação suportaram plenamente seus fabricantes. Os clientes da Embraer, em particular, obtiveram amplo sucesso na estruturação dos
financiamentos das aeronaves.

A diversificação da base de clientes dos E-Jets e a sua versatilidade de aplicação nos diversos modelos de negócio têm contribuído para a percepção positiva do ativo como mitigador
de risco e, consequentemente, os valores residuais têm apresentado excelente performance. O sucesso na estruturação de financiamentos para os clientes da Embraer, nos últimos
anos, é a prova da ótima avaliação dos E-Jets pelo mercado financeiro. A família EMBRAER 170/190 tem sido financiada predominantemente por instituições financeiras européias e
empresas de leasing. O apoio do sistema brasileiro de financiamento à exportação, composto pelo BNDES, SBCE e Ministério da Fazenda, aumentou nos últimos anos devido à crise
financeira e representou cerca de 53% do total das entregas de 2010, devendo manter níveis similares em 2011. No entanto, o apoio governamental acumulado representa apenas
17% do total de entregas dos E-Jets desde 2004.

Há sinais de melhora na liquidez do mercado como um todo. Os bancos privados, as empresas de leasing e o mercado de capitais devem aumentar a participação em novos
financiamentos nos próximos anos. As agências de crédito à exportação continuarão atuando de forma importante em 2011 no atendimento das necessidades totais de financiamento,
estimadas em US$ 77 bilhões para a aviação comercial.

Em 2010, a Embraer anunciou o segundo Memorando de Entendimento com empresas de leasing da China para financiamento e leasing de aeronaves. Estes acordos contribuirão
para fornecer um forte suporte aos nossos clientes em todo o mundo. A expectativa é que a participação das estruturações de leasing aumente significativamente nos próximos anos.

Nesse ano, a Embraer concluiu a primeira linha de crédito de exportação “Pure Cover”. Com a criação desta estrutura, o banco financiador se beneficia de uma garantia de 100% do
Governo Brasileiro, por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Esta nova estrutura trará ainda mais oferta de crédito para os clientes da Embraer,
pois ela facilita o acesso a instituições financeiras internacionais e a uma ampla gama de investidores nos mercados de capitais.



              Administração de Ativos
Para oferecer melhor suporte às vendas e reduzir alguns riscos financeiros relacionados à comercialização de aeronaves, a Embraer criou, em 2002, a subsidiária ECC Leasing Co.
Ltd., baseada em Dublin, na Irlanda.

A missão da ECC Leasing é gerenciar e comercializar a carteira de aeronaves que, por obrigações contratuais, poderão ser adquiridas pela Embraer em transações de trade-in e
recompra. Essa companhia também presta serviços de recomercialização a terceiros ligados às campanhas de vendas.

A ECC Leasing administrou até o momento 86 aeronaves de fabricação da Embraer, das quais 37 foram recomercializadas, 30 estão em leasing operacional, 11 aeronaves estão
disponíveis para recolocação no mercado e oito são utilizadas pela Embraer para conclusão de testes e certificações principalmente para E-Jets e Legacy 650.

Além destas aeronaves, no final de 2010 a ECC Leasing adquiriu em trade-in uma frota de 25 aeronaves Citation Ultra, conforme contrato de venda de 50 jatos Phenom 300, firmado
entre a Embraer e a NetJets Inc. A ECC tem por objetivo recomercializar estas aeronaves no mercado secundário.

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Estrutura Societária
Para suportar as suas atividades operacionais, a Embraer conta com uma estrutura societária que tem como objetivo atender às exigências e particularidades de cada país onde atua,
além de melhorar, organizar e otimizar a gestão das empresas do grupo prevendo a integração de todas as operações e a satisfação dos clientes.




No Brasil, a Embraer possui filiais em Gavião Peixoto, Botucatu, São Paulo, Eugênio de Melo e Parque Tecnológico (ambos em São José dos Campos), Taubaté e Campinas.



             Desempenho Econômico-Financeiro
Em 2010, a Embraer iniciou a apuração de seus resultados através da norma internacional contábil denominada IFRS (International Financial Reporting Standards), definindo 1º de
Janeiro de 2009 como a data de transição para este novo padrão contábil, ou seja, a data da “Primeira adoção das IFRS”.
Em 2010, a Embraer registrou receita líquida de R$ 9.380,6 milhões, 14% menor que a receita líquida de 2009 de R$ 10.871,3 milhões. A diminuição da receita se deu
basicamente em decorrência da apreciação do Real frente ao Dólar, onde a taxa média anual variou 11,7%, e pela mudança no mix de produto entregues, que teve uma maior
participação do Phenom. A margem bruta apurada em 2010 foi de 19,2%, permanecendo estável em relação ao ano anterior, que apesar da valorização cambial, foi compensada
pelos ganhos de produtividade oriundos do P3E.

 Valores em R$ milhões                                                                                                                 2009                               2010
 Receita Líquida                                                                                                                   10.871,3                             9.380,6
 Custo dos Produtos Vendidos                                                                                                       (8.759,5)                           (7.582,6)
 Lucro Bruto                                                                                                                         2.111,8                            1.798,0
 Margem Bruta                                                                                                                         19,4%                              19,2%
 Despesas Operacionais                                                                                                             (1.345,1)                           (1.112,4)
 Lucro Operacional Antes dos Juros e Impostos                                                                                          766,7                              685,6
 Margem Operacional                                                                                                                     7,1%                               7,3%
 Depreciação e Amortização                                                                                                             452,1                              383,6
 EBITDA Ajustado (1)                                                                                                                1.218,8                             1.069,2
 Margem EBITDA Ajustado                                                                                                               11,2%                              11,4%
 Lucro Líquido Atribuído à Embraer                                                                                                     912,1                              573,6
 Margem Líquida                                                                                                                         8,4%                               6,1%
 Lucro por Ação                                                                                                                         1,26                               0,79
 Quantidade de Ações (2)                                                                                                            723.665                            723.665

 (1) O EBITDA ajustado, de acordo com o Ofício Circular CVM nº 1/2005 representa o lucro líquido adicionado de receitas (despesas) financeiras líquidas, imposto de renda e
 contribuição social, depreciação e amortização, receitas (despesas) não operacionais, participações minoritárias e equivalência patrimonial.
 (2) Não inclui 16,8 milhões de ações mantidas em tesouraria.

    8
As exportações da Embraer totalizaram US$ 4.159,0 milhões, mantendo a Empresa como a quarta maior exportadora brasileira, com uma contribuição de 2,06% para o saldo da
balança comercial brasileira.

Apesar dos desafios enfrentados em 2010 em razão da apreciação do Real frente ao Dólar, a Empresa conseguiu elevar sua produtividade e se fortalecer operacional e financeiramente,
alcançando relevantes resultados.

Entretanto, a crescente valorização da moeda brasileira representa desafios cada vez mais significativos para os exportadores nacionais, quadro que se agrava com os aumentos dos
custos de mão de obra acima até dos índices de inflação.

Em 2010, foram entregues 100 aeronaves para o mercado de aviação comercial, sendo 94 E-Jets e seis ERJ 145; 144 jatos foram entregues para o mercado de aviação
executiva, incluindo três Legacy 600 e sete Legacy 650, cinco Lineage 1000 e três E-170 Shuttle, 26 Phenom 300 e 100 Phenom 100. Além disso, duas aeronaves de transporte
foram entregues para o mercado de defesa e segurança, além de oito F-5 modernizados pelo Programa F-5M da FAB e 35 Super Tucanos para Brasil, Equador, República
Dominicana e Chile.

                                                                 ENTREGA DE AERONAVES POR SEGMENTO

                                                                                                                                       2009                              2010
 Aviação Comercial                                                                                                                      122                               100
 ERJ 145                                                                                                                                  7                                    6
 EMBRAER 170                                                                                                                             22                               9 (2)
 EMBRAER 175                                                                                                                             11                                   8
 EMBRAER 190                                                                                                                             62                                   58
 EMBRAER 195                                                                                                                             20                                   17
 Aviação Executiva                                                                                                                      115                               144
 Phenom 100                                                                                                                              93                                100
 Phenom 300                                                                                                                               1                                   26
 Legacy 600                                                                                                                              18                                   3
 Legacy 650                                                                                                                                -                                   7
 Lineage 1000                                                                                                                             3                                    5
 EMBRAER 170 Shuttle                                                                                                                       -                                   3
 Defesa e Segurança*                                                                                                                      7                                   2
 ERJ 135                                                                                                                                  1                                    1
 Phenom 100                                                                                                                               4                                    -
 Legacy 600                                                                                                                                -                                   1
 EMBRAER 190                                                                                                                              2                                    -
 TOTAL JATOS                                                                                                                            244                               246
* Inclui somente entregas de jatos executivos configurados para transporte de autoridade e aeronaves para companhias aéreas estatais.

* Entregas identificadas por parênteses foram contabilizadas como leasing operacional.

A receita líquida para o mercado de aviação comercial diminuiu 26% em relação aos R$ 6.811,4 milhões de 2009, atingindo o valor de R$ 5.058,8 milhões, devido principalmente
ao menor número de entregas no período e a apreciação do Real.

O mercado de aviação executiva gerou receita de R$ 1.983,4 milhões em 2010, 17% maior que a receita de R$ 1.694,1 milhões de 2009. O segmento serviços aeronáuticos
apresentou receitas de R$ 991,2 milhões em 2010, registrando queda de 17% em relação aos R$ 1.194,3 milhões do ano anterior.

A receita líquida do mercado de defesa e segurança foi de R$ 1.177,8 milhões em 2010, crescendo 24% em relação aos R$ 948,9 milhões de 2009.

Em 2010, os segmentos de negócio de aviação comercial, aviação executiva e defesa e segurança representaram respectivamente, 53%, 21% e 13% da receita líquida total, em
comparação a uma participação de 62%, 16% e 9% em 2009. Serviços aeronáuticos e outros negócios mantiveram suas participações em 11% e 2%, respectivamente, na receita
líquida total.




Como principais destaques, a participação do Brasil na receita líquida da Empresa manteve sua expansão, tendo crescido de 4% em 2008, para 11% em 2009, e encerrando 2010
com 13%. Os principais fatores foram as sete entregas feitas à Azul Linhas Aéreas Brasileiras e uma à Trip Linhas Aéreas. Contribuíram também os novos clientes do Phenom 100 e
300, além dos contratos assinados com o Governo Brasileiro. Além disso, em função da crise mundial, que afetou principalmente o mercado da América do Norte, sua participação
manteve-se em queda, passando de 23% para 13% na receita líquida.

                                                                                                                                                                          9
Em 2010, as despesas operacionais totalizaram R$ 1.112,4 milhões, apresentando queda de 17% em relação aos R$ 1.345,1 milhões de 2009, principalmente devido a provisão
de US$ 103,0 milhões feita naquele ano, por ocasião da concordata da empresa aérea Mesa Air Group. Vale ressaltar que, descontados os efeitos não recorrentes dessa concordata,
as despesas operacionais se mantiveram estáveis em 2010, apesar da apreciação de cerca de 12% do Real.

No exercício de 2010, as despesas comerciais apresentaram um acréscimo de 9% em relação ao ano anterior e totalizaram R$ 657,0 milhões, representando 7% da receita líquida
de vendas. Este crescimento ocorreu principalmente pela retomada consistente das campanhas de venda, principalmente no segundo semestre e pela expansão da rede de suporte
aos clientes na aviação executiva.

As despesas administrativas totalizaram R$ 346,1 milhões em 2010, apresentando queda de 8% quando comparadas aos R$ 376,2 milhões do exercício anterior, explicados
principalmente pelos resultados positivos oriundos do P3E e pelos ajustes feitos na estrutura de custos da Empresa.

A rubrica outras receitas (despesas) operacionais líquidas representou uma receita de R$ 16,8 milhões em 2010, frente à despesa de R$ 256,9 milhões registrada em 2009,
principalmente em função da provisão realizada naquele ano, após o pedido de concordata pela Mesa Air Group. A Embraer tem obrigações por conta de garantias financeiras
associadas às estruturas de financiamento de 36 aeronaves ERJ 145, entregues entre 2000 e 2003.

O lucro operacional (EBIT) em 2010 totalizou R$ 685,6 milhões, 11% menor que os R$ 766,7 milhões apurados no ano anterior, porém gerando margem operacional de 7,3%,
maior que os 7,1% de 2009.

Como resultado, a geração de caixa operacional medida pelo EBITDA atingiu R$ 1.069,2 milhões em 2010, 12% abaixo dos R$ 1.218,8 milhões do ano anterior, porém a margem
EBITDA foi de 11,4%, mantendo-se estável em relação a 2009.

Durante o ano de 2010, a Embraer registrou receita financeira líquida de R$ 30,9 milhões, superior àquela apurada em 2009, de R$ 16,3 milhões, explicada principalmente pela
continuidade das ações de gestão dos ativos financeiros e redução do custo da dívida.

Assim, em 2010 a Embraer obteve lucro antes dos impostos de R$ 715,1 milhões, enquanto que em 2009 foi de R$ 647,2 milhões. Porém em 2010, o lucro líquido atribuído
à Embraer de R$ 573,6 milhões diminuiu 37% em relação aos R$ 912,1 milhões apurados em 2009 e a margem líquida atingiu 6,1%, abaixo dos 8,4% apurados em 2009.
Em 2009, a margem líquida foi positivamente influenciada por um crédito tributário de imposto de renda diferido sobre a diferença entre a base fiscal e a base contábil dos ativos
não monetários, principalmente estoques. Em 2010, em razão da apreciação do Real no período, houve uma despesa de imposto de renda que contribuiu para uma redução na
margem líquida.


 Indicadores Patrimoniais
A seguir, são apresentados os principais indicadores patrimoniais da Embraer dos últimos dois anos:

 Destaques Consolidados Valores em R$ milhões                                                                                              2009                                2010
 Disponível (*)                                                                                                                         4.433,4                             3.543,4
 Contas a Receber                                                                                                                         709,3                               581,9
 Financiamentos a Clientes                                                                                                                 91,9                               117,5
 Estoques                                                                                                                               4.257,3                             3.662,8
 Ativo Permanente (**)                                                                                                                  3.180,8                             3.194,6

 Fornecedores                                                                                                                           1.038,3                             1.250,0
 Endividamento - Curto Prazo                                                                                                            1.031,5                               120,9
 Endividamento - Longo Prazo                                                                                                            2.552,5                             2.269,7
 Patrimônio Líquido                                                                                                                     5.019,8                             5.217,7

 (*) Inclui caixa e equivalentes de caixa e Instrumentos financeiros ativos
 (**) Inclui Imobilizado e Intangível
A posição de liquidez da Empresa verificada tanto pelo disponível, quanto pelo caixa líquido (disponibilidades menos endividamento total), evoluiu em relação a 2009, devido ao
pagamento de dívidas de curto prazo. Ao final do exercício de 2010 o caixa líquido teve um acréscimo de 36%, atingindo R$ 1.152,8 milhões.

A Embraer encerrou o ano com um endividamento total de R$ 2.390,6 milhões, 33% abaixo dos R$ 3.584,0 milhões do exercício anterior. Do endividamento total, 95% refere-se a
linhas de longo prazo. O endividamento é composto de R$ 1.723,3 milhões (72%) em linhas de crédito denominadas em sua maioria em Dólares e os restantes R$ 667,3 milhões
(28%) são denominados em Reais, sendo que o prazo médio de endividamento é de 6 anos.

A gestão financeira próxima aos clientes permitiu por mais um ano a diminuição do montante total de contas a receber e financiamentos aos clientes.

A posição de estoque encerrou o ano em R$ 3.662,8 milhões, 14% abaixo do valor correspondente a dezembro de 2009, diminuindo consistentemente pelo segundo ano consecutivo.
Esta queda é resultado da gestão junto aos fornecedores e do aperfeiçoamento da eficiência operacional, que vem reduzindo os ciclos produtivos.

 Indicadores Consolidados R$ Milhões IFRS                                                                                                  2009                                2010
 Dívida/Patrimônio Líquido                                                                                                                  0,7                                  0,5
 Giro dos Estoques                                                                                                                          2,1                                  2,1
 Giro dos Ativos                                                                                                                            0,7                                  0,7
 ROA                                                                                                                                      5,9%                                 4,1%
 ROE                                                                                                                                     18,2%                                11,0%
 ROCE (*)                                                                                                                                15,8%                                16,1%

 (*) em IFRS US$
A redução de 33% do endividamento e o aumento do patrimônio líquido em 4%, melhoraram a relação entre dívida e patrimônio líquido em 29%. Além disso, o giro dos estoques
e dos ativos se mantiveram estáveis graças à boa gestão da cadeia de suprimentos realizada pela empresa. A redução do lucro líquido em 2010, comparativamente a 2009, levou
a redução do ROA e do ROE.

Mesmo com a redução de receita em Dólares, de 2,4%, na comparação entre períodos, o crescimento de 3,3% no resultado operacional em Dólares, resultou na melhora do retorno
sobre o capital empregado (ROCE), evidenciando a maior eficiência operacional da Empresa.


 Valor Econômico Adicionado (VEA)
Por conta da constituição do imposto de renda e contribuição social diferidos, relativos à diferença entre o valor contábil dos ativos e passivos e a base tributária para fins fiscais e
aumento dos investimentos a serem remunerados, a Embraer apresentou queda de rentabilidade, medida pelo valor econômico adicionado (VEA).

    10
Valores em R$ milhões                                                                                                                   2009                                2010
 Total do Ativo                                                                                                                        15.478                              13.981
 Passivo com Financiamento Espontâneo                                                                                                   6.874                               6.372
 Passivo Remunerado                                                                                                                     8.604                               7.609
  Capital de Terceiros                                                                                                                  3.584                               2.391
  Capital Próprio                                                                                                                       5.020                               5.218
 Investimentos a Remunerar                                                                                                              8.604                               7.609
  Receita Operacional Líquida                                                                                                          10.871                               9.381
  Custos e Despesas Operacionais                                                                                                      (10.240)                             (8.696)
 Resultado Operacional                                                                                                                     631                                685
  Imposto de Renda e Contribuição Social                                                                                                   290                                (115)
  Custo do Capital de Terceiros                                                                                                           (286)                               (216)
 Lucro Líquido Ajustado                                                                                                                    635                                354
  Custo do Capital Próprio                                                                                                                (666)                               (675)
 Valor Econômico Adicionado                                                                                                                (31)                               (321)

 VEA/Investimento a Remunerar                                                                                                           -0,4%                               -4,2%
Nota: O cálculo do VEA exclui entidades de propósito específico (EPE)


 Destinação dos Resultados da Controladora
A Administração proporá à Assembleia Geral Ordinária, após a constituição da reserva legal e distribuição de juros sobre capital próprio e dividendos, a retenção do lucro líquido do
exercício no montante de R$ 43,5 milhões como reserva para investimentos e capital de giro, visando assegurar os investimentos em novos produtos, em novas tecnologias, processos
e modelos de gestão, na busca do aumento da sua capacitação e produtividade.



              Mercado de Capitais
O relacionamento da Embraer com a comunidade financeira e com os seus investidores é pautado pela divulgação de informações com transparência e equidade, caracterizadas pelo
profundo respeito aos princípios legais e éticos, buscando consolidar e manter sua imagem de liderança e inovação junto ao mercado de capitais, seguindo as regras do Novo Mercado
da BM&FBOVESPA, o mais elevado nível de governança corporativa no País. Suas ações estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) desde 1989, e na Bolsa
de Nova York (NYSE) através do programa de ADRs (American Depositary Receipts) nível III, onde em julho de 2010 completou dez anos de listagem.

Além disso, em 2010 a Embraer integrou também as carteiras teóricas do IBrX (Índice Brasil), do IBrX 50, do IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa), do ISE (Índice de
Sustentabilidade Empresarial), do recém criado ICO2 (Índice de Carbono Eficiente), do ITAG (Índice de Ações com Tag Along Diferenciado), do INDX (Índice do Setor Industrial) e do
IVBX-2 (Índice Valor Bovespa 2ª Linha). Nos Estados Unidos passamos a integrar a carteira do Dow Jones Sustainability Index.




O capital social da Embraer é composto somente por ações ordinárias, negociadas na BM&FBOVESPA sob o símbolo EMBR3, que registraram no ano de 2010 uma valorização de
24%, encerrando o ano cotadas a R$ 11,80. Por sua vez, o índice da BM&FBOVESPA valorizou-se 1% no mesmo período.

Os ADSs (American Depositary Shares) da Empresa, listados na NYSE sob o símbolo ERJ, atingiram a cotação de US$ 29,40 no último pregão do ano, representando uma valorização
de 33% em 2010, frente a uma valorização de 13% do índice Dow Jones.




Em 31 de dezembro de 2010, o capital social da Embraer era representado por 740.465.044 ações ordinárias (ON), sendo que 16.800.000 ações ordinárias encontram-se
depositadas em tesouraria, sem valor político ou econômico.

Do total das ações que compõem o capital da Empresa, em 31 de dezembro de 2010, 49,6% estavam sendo negociadas na BM&FBOVESPA, e 50,4% sob a forma de American
Depositary Shares (ADS) na New York Stock Exchange (NYSE).

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Em 2010, boa parte da liquidez das ações ordinárias esteve no mercado norte-americano, quando o volume de ADSs negociado na NYSE apresentou uma média diária de 938 mil
títulos, movimento equivalente ao volume financeiro médio diário de US$ 23,1 milhões. Já na bolsa brasileira, as ações ordinárias apresentaram volume médio diário de 1.731 mil
ações, com volume financeiro médio diário de R$ 18,4 milhões.
A capitalização de mercado da Embraer atingiu o valor de US$ 5,4 bilhões no final de dezembro de 2010, comparado aos US$ 4,0 bilhões registrados em 31 de dezembro do ano
anterior.


 Remuneração aos Acionistas
A partir do lucro líquido consolidado de R$ 600,2 milhões, a Embraer distribuiu aos seus acionistas em 2010, R$ 201,0 milhões, sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP),
equivalente a R$ 0,28 por ação ordinária. A distribuição de JCP aos acionistas, foi aprovada pelo Conselho de Administração em reuniões realizadas durante o exercício:
Em 10 de junho, foi aprovada a distribuição de R$ 34.540 milhões referente ao 1º semestre de 2010, sendo paga no dia 22 de novembro de 2010.
Em 16 de setembro, foi aprovada a distribuição de R$ 21.709 milhões referente ao 3º trimestre de 2010, que foi paga no dia 22 de novembro de 2010.
E no dia 9 de dezembro, foi aprovada a distribuição de R$ 144.733 milhões referente ao 4º trimestre de 2010, paga no dia 14 de janeiro de 2011.
A distribuição de proventos de 2010, representou 33,5% do lucro líquido consolidado da Empresa.




             Governança e Fundamentos da Sustentabilidade
Além da busca por elevados padrões de governança corporativa, a sustentabilidade, em suas dimensões econômica, social e ambiental, tem sido considerada um dos pilares de
sustentação das ações empresariais da Embraer.
Os esforços de inclusão de práticas de sustentabilidade em sua estrutura de governança são percebidos através de diversas ações e práticas adotadas. O Comitê de Ética, no âmbito
da Diretoria e o Comitê de Auditoria, no âmbito do Conselho de Administração, atuam com independência e transparência, conferindo à Embraer um nível elevado de governança
sobre temas de relações no trabalho, direitos humanos e combate à corrupção.
A Embraer possui um canal de denúncias que é gerido por uma empresa independente, o que garante isenção e rigor e, em 2010, foram feitas alterações no Código de Ética e
Conduta. Algumas mudanças também foram implantadas no controle de riscos corporativos como a realização de avaliações trimestrais. Ambas representam o aperfeiçoamento das
práticas de governança corporativa da Embraer.
Como resultado dos processos de gestão e inovação em sustentabilidade, a Embraer integra, desde sua criação em 2005, a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial)
da BM&FBOVESPA e, em 2010, passou a ser uma das cinco empresas aeroespaciais em todo o mundo a integrar a carteira do DJSI (Dow Jones Sustainability Index), atestando sua
dedicação diferenciada aos temas relacionados a sustentabilidade.


 Governança Corporativa
O modelo de governança corporativa da Embraer possui o comprometimento amplo e irrestrito de toda a Diretoria e do Conselho de Administração.
A Embraer está listada no Novo Mercado da BM&FBOVESPA desde 2006 e ao seguir suas diretrizes atende ao mais alto nível de governança do Brasil. Isto demonstra aos nossos
investidores, financiadores e demais públicos interessados o compromisso da Empresa com as melhores práticas de gestão adotadas pelas companhias de capital aberto.

    12
O modelo de governança corporativa adotado proporciona o fortalecimento da Administração, por meio de instrumentos de gestão e controle, ao mesmo tempo em que preserva os
direitos estratégicos da União, possuidora de uma ação de classe especial, a Golden Share.

O Estatuto Social da Embraer prevê mecanismos de proteção que garantem a pulverização do controle acionário e também que a maioria de votos nas deliberações da assembleia
geral seja exercida por acionistas brasileiros, respeitando o princípio estabelecido na privatização da Empresa.

Em novembro de 2010, os acionistas, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram duas importantes alterações no Estatuto Social: a denominação da empresa, de Embraer – Empresa
Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A.; e a ampliação do objeto social, antes com foco único na área aeroespacial, acrescentando sistemas de defesa e segurança e energia.
Com essa ampliação abrem-se novas oportunidades de crescimento e maior diversificação dos negócios para a Empresa.

Em decorrência disso, em janeiro de 2011, foi criada uma nova unidade empresarial, a Embraer Defesa e Segurança, que terá maior autonomia e agilidade para atuar no mercado
de defesa e segurança no Brasil e no exterior.

Quanto à expansão dos negócios para o setor de energia, a Empresa vem realizando estudos e análises de viabilidade de investimento, a fim de definir as diretrizes e escopo de
atuação, de forma a nos diferenciar dos concorrentes e conquistar novos clientes e mercados.


 Conselho de Administração
Cabe ao Conselho de Administração (CA) aprovar e acompanhar as estratégias da Empresa, bem como os orçamentos anuais e os programas de investimentos estabelecidos no Plano
de Ação e Plano Estratégico elaborado pela Diretoria. O Conselho de Administração tem mandato de dois anos e a partir de novembro de 2010 teve o número de reuniões ordinárias
aumentado de quatro para oito por ano. Extraordinariamente, o Conselho de Administração pode reunir-se para debater assuntos que possam impactar os negócios da Embraer.

O Conselho é composto por 11 membros e seus respectivos suplentes, eleitos diretamente pelos acionistas, sendo que desses, sete são independentes. Cabe à União indicar um
membro, na qualidade de detentora da Golden Share, e aos empregados indicar dois representantes, sendo um pelo Clube de Investimentos dos Empregados da Embraer (CIEMB) e
o outro eleito diretamente pelos empregados não acionistas.

Em novembro de 2010, o Comitê Executivo foi substituído pelo Comitê Estratégico e criado o Comitê de Riscos, ambos de assessoramento ao Conselho de Administração em áreas
tidas como relevantes e importantes para a Companhia. Além desses, a Embraer conta também com o Comitê de Recursos Humanos.

Comitê de Estratégia: entre suas principais atribuições, está auxiliar o Conselho de Administração na orientação dos planos estratégicos a serem seguidos pela Empresa.

Comitê de Riscos: tem como suas principais atribuições, validar e submeter ao Conselho de Administração diretrizes para a política de riscos e observar o cumprimento das políticas
de gerenciamento de riscos.

Comitê de Recursos Humanos: tem por função assessorar o Conselho de Administração nas questões relativas a recursos humanos.

Comitê de Auditoria: papel desempenhado pelo Conselho Fiscal, para fins de cumprimento dos requisitos de listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e da Lei Sarbanes-
Oxley, aplicáveis às empresas estrangeiras com ações listadas no mercado norte-americano.

A independência, o bom relacionamento e a maior interação entre a Diretoria e o Conselho de Administração, estão sendo essenciais para o fortalecimento da integridade da Empresa
e do zelo aos interesses dos acionistas, com os mais elevados níveis de governança corporativa.

Dentre os diversos focos estratégicos de contínua atenção conjunta do Conselho de Administração e Diretoria, destaca-se o processo de planejamento de sucessão das posições chave
da Companhia, que se integra aos planos de desenvolvimento individual e de carreira.


 Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal integra-se à política de transparência e de boa governança corporativa e tem como foco acompanhar os atos administrativos e analisar as demonstrações financeiras
da Empresa.

Em novembro de 2010, foi aprovada a flexibilização da quantidade de membros do Conselho Fiscal, que terá no mínimo três e no máximo cinco membros efetivos, sendo um deles
especialista financeiro, todos com mandato anual.


 Diretoria
A Diretoria é responsável pela administração cotidiana da Empresa. Os diretores têm responsabilidades estabelecidas pelo Estatuto Social e são eleitos pelo Conselho de Administração,
para um mandato de dois anos.

A estrutura organizacional, que representa importante e dinâmica ferramenta para a condução dos negócios, tem buscado adaptar-se e evoluir permanentemente, no intuito de facilitar
a consecução das estratégias e objetivos empresariais.

Nesse sentido, a partir de abril de 2010 a Embraer realizou algumas alterações em sua Diretoria, visando fortalecer sua capacidade de ação externa e, ao mesmo tempo, reforçar e
solidificar sua base interna, através de processo contínuo de aprimoramento da competitividade e qualidade.

Foram três as mudanças fundamentais nessa reorganização: criação de um COO (Chief Operating Officer), com forte concentração e dedicação às operações internas da Empresa;
constituição de uma frente específica para estudar, planejar e viabilizar novos programas na aviação comercial; e criação de uma nova posição voltada exclusivamente às estratégias e
políticas pertinentes a pessoas, em adição à estrutura de recursos humanos existente. Além disso, conforme mencionado anteriormente, em novembro foi criada a unidade empresarial
Embraer Defesa e Segurança.


 Relacionamento com Auditores Independentes
A política da Embraer junto aos seus auditores independentes, no que diz respeito à prestação de serviços não relacionados à auditoria externa, se consubstancia nos princípios que
preservam a independência do auditor.

No exercício de 2010, a Embraer contratou junto a estes auditores serviços de diagnóstico de IFRS, cujo valor totalizou R$ 279,0 mil correspondente a 5% do total dos honorários
relativos aos serviços de auditoria externa, prestados a todas as empresas do grupo no mundo.

A Embraer tem como política apresentar e aprovar junto ao Conselho Fiscal todos os serviços não relacionados à auditoria externa, prestados por nossos auditores independentes.


 Cláusulas Compromissórias
A Companhia está vinculada ao Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme cláusula compromissória constante do seu Estatuto Social.

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 Modelo de Gestão
O modelo de gestão da Embraer está embasado no planejamento e na realização de ações e projetos de curto, médio e longo prazo. O Plano Estratégico possui um horizonte de 15
anos e estabelece os macro projetos que deverão promover o aumento do valor da Empresa no futuro.

Para definir sua atuação de curto prazo, que sustentará as ações futuras, a Embraer se utiliza de uma ferramenta de gestão empresarial, denominada Plano de Ação – PA, com
abrangência bienal, e que considera prioritariamente fatores como:

   Viabilidade e potencialidade dos mercados em que atua do ponto de vista econômico, social e ambiental;
   Prospecção de produtos e serviços para novas regiões com potenciais de crescimento já auferidos;
   Análise criteriosa da atuação de seus principais competidores;
   Competências a serem ressaltadas e pontos fracos a serem aprimorados pela Empresa;
   Oportunidades, desafios e riscos a serem enfrentados e superados.
O   Plano de Ação é anualmente analisado e aprovado pelo Conselho de Administração e a Diretoria da Companhia é avaliada conforme o cumprimento das metas nele estipuladas.


 Gestão de Riscos
A Embraer aplica, desde 2002, processos estruturados de gestão de riscos em todos os níveis corporativos e que atendem às atuais exigências, normas e regulamentos do segmento
aeroespacial, de acordo com os padrões e legislações nacionais e mundiais.

A Companhia reforçou seus processos ao aprovar, em 2009, no Conselho de Administração, uma Política de Gestão Financeira e, em 2010, a criação do Comitê de Riscos, no âmbito
do Conselho de Administração, o que fortaleceu ainda mais seu compromisso com a transparência e perpetuidade das operações e dos recursos materiais e financeiros utilizados.

Todo o portfolio de riscos corporativos passou a ser aplicado utilizando-se do Plano de Ação como ferramenta de gestão. Todo esse processo e os resultados são periodicamente
debatidos com a Administração e apresentados ao Comitê de Riscos, Conselho Fiscal e Conselho de Administração.



               Meio Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho
A consciência ambiental da Embraer vai muito além da busca por melhorias em seus produtos, pois compreende também o aperfeiçoamento de seus processos industriais, tornando-
os mais limpos, eficientes e seguros, além da atuação responsável junto às comunidades nas quais está inserida.

No contexto de suas ações de meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, a Embraer tem atuado com o objetivo de manutenção das certificações ISO 14001 (certificação
internacional em Sistema de Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (certificação internacional em Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho) nas unidades que já as
conquistaram.

No que tange a eco-eficiência, a Embraer iniciou em 2010, levantamento de possíveis projetos de eficiência energética e de consumo de água, nos diferentes processos produtivos e
administrativos. Durante o ano corrente, a Embraer avaliará metas de redução de longo prazo no que tange aos aspectos ambientais de toda sua operação.

A Embraer vem aperfeiçoando seu processo de inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) após finalização da auditoria do processo, durante o ano de 2009. Esta
auditoria já utiliza metodologia da ISO 14064 (certificação internacional para inventário de GEEs). Além dos projetos de eco-eficiência, estamos avaliando outros projetos que
busquem reduzir essas emissões.

No que tange ao desenvolvimento de produtos, teve início projeto para introduzir diferentes requisitos ambientais aos produtos Embraer, em todo seu ciclo de vida, ou seja, desde a
concepção ao processo produtivo e futuro descarte das aeronaves, ao final de sua vida útil.

Durante o ano de 2010, a Embraer continuou a apoiar o projeto de desenvolvimento do bioquerosene sustentável para a aviação, através da parceria com a Amyris, GE e Azul
Linhas Aéreas Brasileiras. Além desse, a Embraer também participa de outros projetos de desenvolvimento do bioquerosene, sendo membro fundador da Aliança Brasileira para o
Bioquerosene de Aviação – ABRABA.

As atividades de saúde e segurança do trabalho são coordenadas por um Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança e Qualidade (SIG-MASSQ), avaliado e certificado
por um órgão certificador internacional, a ABS-QE.

No ano de 2010, com base no Programa de Excelência Empresarial Embraer (P3E) e no Programa Comportamental, foram incluídos novos requisitos ligados aos temas de Meio
Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho (MASS), em um processo de melhoria contínua. Além disto, as diferentes áreas da Empresa vem estabelecendo metas para a redução do
uso de recursos naturais e de acidentes do trabalho.

A meta é de, até dezembro de 2012, reduzir o número total de acidentes na Embraer em 70% e reduzir o índice de gravidade em 50%, que vem se mostrando factível, já que muitas
áreas têm permanecido por grandes períodos sem acidentes.

Em 2010, comparativamente a 2008, houve uma redução de 50% no número de acidentes de trabalho com afastamento e 47% no de acidentes sem afastamento: resultados que
refletem as ações preventivas, corretivas e de conscientização. A Embraer não registra óbito por acidente entre seus empregados e contratados desde 2007.



               Pessoas e Organização
Em 2010, com os primeiros sinais de recuperação do mercado, a Embraer deu continuidade ao seu plano de investimento em desenvolvimento e treinamento para empregados
e lideranças, o que se refletiu diretamente no clima interno de trabalho. Como reflexo dessa evolução e de diversos outros movimentos internos dirigidos à satisfação de nossos
empregados, a Embraer foi classificada como uma das melhores empresas para trabalhar, por alguns dos mais renomados institutos de pesquisa e meios de comunicação: o Great
Place to Work, o Guia 150 Melhores Exame/FIA e a Pesquisa Hewitt/Valor Econômico. Em todas as pesquisas, os resultados se aproximaram de 79% de satisfação, favorabilidade e
engajamento, demonstrando melhoria e equilíbrio entre eles.

Complementar a estes resultados vale ressaltar que a Pesquisa de Clima Organizacional, realizada em 2010, teve um nível de adesão de 93%, obtendo um resultado global de
favorabilidade de 78%. Desde 2007, início da pesquisa em todas as unidades, foram acrescidos 15,6 pontos percentuais em nosso índice de favorabilidade sendo que, sete pontos
somente no último ano.

O trabalho de reconhecimento das práticas dos valores Embraer permanece crescente em toda a Empresa, fortalecendo a identidade empresarial e a relação de confiança entre as
pessoas. As atividades da frente cultural do Programa de Excelência Empresarial Embraer - P3E resultaram em uma dinâmica participativa de transparência e respeito nas relações.

Nesse sentido, o programa de incentivo aos Valores Embraer deu início em 2010 ao segundo ciclo da prática de valores, que partiu de ações individuais para um movimento coletivo
e para a adequação de processos, ferramentas e políticas nas células que fazem parte do P3E.

     14
 Força de Trabalho
A Embraer encerrou o ano de 2010 com 17.149 pessoas no seu quadro de empregados, assim distribuídas:

 Quadro de empregados, por categoria funcional, incluindo subsidiárias
 Natureza do Trabalho                                                                                 Total                           Brasil                           Exterior
 Operacionais (horistas)                                                                            7.486                            7.479                                   7
 Administrativos                                                                                      840                              619                                221
 Técnicos (nível médio)                                                                             2.515                            2.130                                385
 Profissionais        Engenheiros (*)                                                                3.652                            3.579                                   73
 (nível superior)    Outros Profissionais                                                            1.644                            1.431                                213
 Liderança                                                                                          1.012                              895                                117
 Total                                                                                             17.149                           16.133                              1.016

(*) Considerando-se 513 engenheiros que ocupam cargos de liderança, o total de engenheiros é de 4.165.

Suas subsidiárias não-integrais OGMA e HEAI fecharam o ano com 1.735 empregados:


 Empresas Controladas/Coligadas
 Empresa                                                                                                                                                    Nº de Empregados
 OGMA (Portugal)                                                                                                                                                        1.512
 HEAI (China)                                                                                                                                                             223
 Total                                                                                                                                                                  1.735


 Nível educacional/escolaridade na Embraer e suas subsidiárias
A Embraer é uma empresa que depende de mão de obra altamente qualificada, sendo que do total de empregados, 38% possuem pelo menos o nível universitário, um índice três
vezes superior à média brasileira de 12%.




 Planejamento de Carreira
O programa “Plano de Voo – Carreira na Embraer”, que dá uma visão integrada ao empregado de sua carreira, desde sua admissão até a aposentadoria, se consolidou; nele, a linha
de liderança é capacitada para discutir e orientar as pessoas no processo de construção de suas carreiras.

Em julho de 2010, foi criado o programa de planejamento de carreira, denominado “Trilhas de Carreira”, que se propõe a disponibilizar informações para que as pessoas, com
autonomia, entendam quais os requisitos necessários para o desenvolvimento de sua carreira na Empresa.

Também foram concluídas nove turmas do Programa de Pós-Carreira, com a participação de 289 empregados. Este programa apóia o empregado no seu planejamento a aposentadoria
com temas relacionados a essa mudança, como elaboração de um novo projeto de vida, transferência do conhecimento e preparação da liderança para orientação e apoio às pessoas.


 Desenvolvimento de Liderança
Em 2010, as ações de desenvolvimento para a liderança tiveram continuidade com o lançamento do “Laboratório do Líder Embraer”, com o propósito de ajudar os gestores a
encontrar respostas no exercício da liderança e a inspirá-lo na construção de sua obra: liderar. O laboratório promoverá a conexão entre os líderes da Embraer e de empresas que
possam agregar conhecimentos e experiências sólidas; permitirá também que os líderes da Empresa compartilhem conhecimentos e construam soluções conjuntas para o exercício
de uma liderança cada vez mais eficaz e inovadora ao discutir temas como gestão de pessoas, inovação, equipes de alta performance, sustentabilidade, empresariamento, liderança
transformadora, gestão de cultura, estratégia, atuação global e sucessão e orientação de carreira.


 Qualificação e Desenvolvimento Profissional
Em 2010, o Programa de Especialização em Engenharia (PEE) formou 84 engenheiros especializados em aeronáutica. Desde a primeira turma, em 2001, o PEE treinou 1.116
engenheiros e o investimento total chegou a R$ 67 milhões.

Como forma de fortalecer as competências e conhecimentos, o programa “Instrutores Internos” conta com a participação de 526 empregados capacitados como instrutores em cursos
internos, tendo sido contabilizadas 10.737 horas de instrução em 722 cursos realizados.

                                                                                                                                                                        15
O programa de formação comportamental baseada em valores e com foco nas competências Embraer, denominado “Futuros Líderes Empresários”, teve a participação de 211
empregados, em 2010.

Outro programa de destaque é o programa “Bolsas de Estudos”, em que a Embraer concede bolsas para custeio parcial de cursos ligados a funções essenciais ao negócio da Empresa,
nos níveis de educação técnico ou universitário. Em 2010, 347 empregados foram beneficiados, com um investimento total de R$ 246 mil.

O investimento total em programas de qualificação profissional e programas específicos das áreas de negócios, corporativas, industriais e engenharias foi da ordem de R$ 5,3 milhões,
em 2010.


 Programas de Treinamento e Desenvolvimento - Unidades Brasil 2010
 Categoria                                         Quantidade empregados treinados                 Horas em treinamentos              Média de horas em treinamento per capta
 Liderança                                                                       759                               32.768                                                     43
 Engenheiros                                                                   3.102                             240.439                                                      78
 Técnicos                                                                      1.908                             134.498                                                      70
 Operacionais                                                                  7.279                             197.324                                                      27
 Profissionais                                                                  1.530                               86.299                                                     56
 Administrativos                                                                 606                               27.622                                                     46
 Estagiários                                                                     225                                7.425                                                     33
 Total                                                                       15.409                              726.375                                                      47


 Compartilhamento com os empregados da riqueza gerada
Em relação ao exercício de 2010, cerca de 16.800 empregados também serão remunerados através da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) da Embraer, que totalizou
R$ 71,7 milhões, 16% maior que no exercício anterior.

O Programa Boa Ideia, outra modalidade de compartilhamento da riqueza gerada, voltado ao reconhecimento e incentivo dos empregados que propõem melhorias nos processos,
rotinas, ferramentas de trabalho, redução de custos, segurança ocupacional, ergonomia e meio ambiente, premiou 5.854 empregados em 2010. As ideias implementadas geraram
uma economia para a Empresa de US$ 23 milhões.

Em 2010, o Programa Boa Ideia alcançou a marca de mais de 12.400 ideias apresentadas, com 5.854 destas implantadas, perfazendo uma média diária de 51 ideias apresentadas
e 25 implantadas.


 Benefícios aos empregados e seus familiares
A Embraer oferece uma ampla gama de benefícios aos seus empregados e familiares, o que representa um importante diferencial na atração e retenção de talentos. Isso se ratifica
com a pesquisa de clima organizacional realizada em 2010, na qual 88% dos empregados se mostraram satisfeitos com os benefícios oferecidos. Nesse ano, foram investidos cerca
de R$ 200 milhões em benefícios, com a seguinte distribuição:




Destaca-se em 2010, o incremento das ações voltadas ao bem-estar dos empregados, através do programa “Estar de Bem”, com importantes resultados nos seguintes programas:

 “Estar de Bem sem Cigarro”: a Embraer será um ambiente livre de tabaco até 2011.
 “Estar de Bem sem Drogas”: o programa apóia empregados e familiares no tratamento da dependência química.
 “Estar de Bem com a Balança”: parceria desenvolvida com o Vigilantes do Peso, que oferece aos empregados alguns métodos para emagrecer com saúde.
 “Estar de Bem com o Coração”: reintegração de empregados portadores de cardiopatia às suas atividades habituais através da realização de exercícios físicos e ações que visam
  à melhoria do estilo de vida.
 “Estar de Bem com a Maternidade”: criação do “Espaço Amamentação”, um ambiente agradável para que as mães possam amamentar seus filhos com conforto e privacidade.
 “Ciclo de palestras”: promove um ambiente ideal para a troca de informações e também de reflexão de como ter uma qualidade de vida melhor por meio da adoção de atitudes
  saudáveis no dia-a-dia.
 Incentivo à prática de esportes e lazer, através de diversas atividades e ações realizadas pela Empresa.
Outra importante ação foi a reestruturação e ampliação do benefício farmácia e do benefício odontológico, favorecendo ainda mais os empregados e seus dependentes.



                Demonstrativo do Valor Adicionado (DVA)
O DVA tem por finalidade evidenciar a riqueza gerada pela Embraer e sua distribuição aos segmentos da sociedade representados pelos acionistas, empregados, instituições
financeiras e governo (municipal, estadual e federal). O valor adicionado a distribuir totalizou R$ 2.707,0 milhões e representou 28% da receita líquida de 2010.

    16
Consolidado - R$ milhões                                                                                                               2009                                2010
 Receita                                                                                                                            11.324,3                             9.751,5
 Insumos Adquiridos de Terceiros                                                                                                    (8.208,3)                           (6.907,7)
 Valor Adicionado Bruto                                                                                                              3.116,0                             2.843,8
 Depreciação e Amortização                                                                                                            (452,1)                             (383,6)
 Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade                                                                                    2.663,9                             2.460,2
 Valor Adicionado Recebido em Transferência                                                                                            302,7                               246,8

 Valor Adicionado Total a Distribuir                                                                                                 2.966,6                             2.707,0

 Distribuição do Valor Adicionado                                                                                                    2.966,6                             2.707,0
 Pessoal                                                                                                                             1.467,6                             1.359,2
 Governo (impostos, taxas e contribuições)                                                                                             119,3                               503,7
 Juros e Aluguéis                                                                                                                      442,4                               244,0
 Juros Sobre Capital Próprio e Dividendos                                                                                              228,9                               155,7
 Lucros Retidos/Prejuízos do Exercício                                                                                                 683,2                               417,8
 Participação dos Não-Controladores                                                                                                     25,2                                26,6



              Impostos e Contribuições Sociais
Os impostos, as contribuições sociais e taxas municipais, estaduais e federais, que medem parte do grau de contribuição que a Embraer proporciona para a sociedade brasileira,
foram de R$ 586,3 milhões no exercício de 2010.



              Responsabilidade Social Corporativa
O Instituto Embraer de Educação e Pesquisa (IEEP), tem ações e projetos direcionados a iniciativas que contribuam para o processo de inclusão social através da educação. Mantido
integralmente pela Embraer, o IEEP desenvolve projetos próprios, visando criar modelos de excelência que possam ser transferidos para outras realidades, bem como em ações de
apoio a projetos de terceiros.
Além de critérios técnicos, as iniciativas do Instituto Embraer refletem também preocupações de três naturezas: qualidade, inovação e custo. A qualidade dos projetos de investimento
social deriva, em parte, da política da Empresa de exigir do IEEP padrões semelhantes aos requeridos em sua linha de produtos. Na indústria aeronáutica, qualidade é valor absoluto
e é convicção de que existe a possibilidade real de melhoria na educação pública brasileira a partir do aprimoramento da gestão e sem o aumento expressivo de custo.
Inovação é outra bandeira do Instituto. Por ser mantido integralmente por uma empresa de alta tecnologia competindo em escala global, os temas educação e gestão estão presentes
no dia a dia da Embraer e, em consequência, há o total comprometimento com o debate destes assuntos e com o apoio à melhoria da qualidade da educação e aumento do grau de
inclusão social de jovens de baixa renda.


 Colégio Embraer Juarez Wanderley
O projeto de maior destaque é o Colégio Embraer Juarez Wanderley (CEJW), que proporciona a alunos talentosos e de estratos sociais menos favorecidos, egressos das escolas
públicas de São José dos Campos e região, a oportunidade de terem uma educação que lhes permita disputar, em igualdade de condições com os alunos das melhores escolas
privadas, o ingresso em instituições de ensino superior.
Os resultados apresentados em todos os anos comprovam que o investimento em educação é o caminho para promoção do capital humano e consequentemente da comunidade.
Desde que foi criado, o CEJW tem se mostrado uma instituição de ensino modelo em todo o País. O ótimo desempenho acadêmico dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM) 2009, conferiu à instituição o oitavo lugar no Estado de São Paulo, e 35º no País. Quanto aos resultados do vestibular em 2010, 100% dos alunos foram admitidos em pelo
menos uma universidade, sendo que 82% foram admitidos em universidades públicas.
Além do ensino de alta qualidade e das atividades ambientais, sociais e culturais extracurriculares, desde 2006 o Colégio Engenheiro Juarez Wanderley oferece aos seus alunos o
Programa de Preparação para a Universidade (PPU), com o intuito de trazer a realidade de trabalho para dentro da escola e preparar o aluno para os desafios que irá encontrar na
universidade. O PPU compreende 800 horas-aula, em quatro semestres, e abrange as áreas de exatas (pré-engenharia), humanas (pré-humanas e administração) e biomédicas
(pré-biomédicas).


 Programa Parceria Social – PPS
Para dar maior capilaridade as suas ações, o IEEP mantém um outro braço de atuação, o Programa Parceria Social (PPS), que atua em duas frentes: ajudar Organizações Não
Governamentais (ONGs) a se capacitarem para conceber e desenvolver projetos, e fomentar o desenvolvimento de uma cultura social para mobilizar a sociedade civil na identificação
e solução de seus problemas. Para tanto, conta com a participação ativa de empregados da Embraer que, de forma voluntária, atuam na elaboração e execução de projetos
desenvolvidos por organizações sociais nas regiões de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto. Em 2010, o IEEP apoiou 14 projetos, a um investimento total de R$ 344,3
mil, beneficiando cerca de 3.300 pessoas.
Desde sua criação em 2004, o PPS já apoiou 75 projetos que passaram por um crivo estreito de avaliação e estão ligados a organizações sociais que possuem lastro regional legítimos.
Esses projetos já beneficiaram cerca de 33.600 pessoas das várias comunidades aonde a Embraer atua.

 PPS                                                                                          2008                        2009                 2010            Total (desde 2004)
 Projetos Recebidos                                                                              90                          80                   58                          516
 Projetos Aprovados                                                                              12                          13                   14                           75
 Beneficiários                                                                                15.304                       2.627                3.287                      33.580
 Investimento (R$)                                                                          320.785                     340.000              363.264                   2.681.413


 Programa Ação na Escola – PAE
Visando a gestão participativa da comunidade dentro da escola, de modo a integrar as ações às demandas existentes nas regiões onde atua, o IEEP colocou em prática o Programa
Ação na Escola (PAE). Utilizando a metodologia desenvolvida sob a coordenação da Ação Educativa, da Unicef, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
e do Inep-MEC, as comunidades de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto e arredores são estimuladas a refletir sobre a qualidade da gestão escolar e propor melhorias
no modelo adotado pelas escolas públicas de ensino fundamental e médio. No ano de 2010, o PAE apoiou 9 projetos, com um investimento total de R$ 225,0 mil, beneficiando
7.000 alunos.

                                                                                                                                                                            17
Desde o seu lançamento, em 2006, 222 projetos foram enviados para análise do Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, sendo que 75 foram selecionados, beneficiando um
total de cerca de 48.850 jovens.

 PAE                                                                                                                           2008                                2009                    2010                   Total (desde 2006)
 Projetos Recebidos                                                                                                               46                                  46                      17                                 222
 Projetos Aprovados                                                                                                               18                                  14                       9                                  75
 Beneficiários                                                                                                                 10.677                              11.171                   7.000                             48.848
 Investimento (R$)                                                                                                           316.952                             350.270                 224.333                          1.426.075



                 Balanço Social Anual - Controladora

    1 - Base de Cálculo                                                                                                                    2010 Valor (Mil reais)                                                  2009 Valor (Mil reais)

    Receita líquida (RL)                                                                                                                              8.231.283                                                               9.271.506
    Resultado operacional (RO)                                                                                                                        1.076.535                                                                 890.356
    Folha de pagamento bruta (FPB)                                                                                                                    1.649.730                                                               1.550.566

                                                                                                          Valor                  % sobre                 % sobre                   Valor                   % sobre                % sobre
    2 - Indicadores Sociais Internos                                                                      (mil)                     FPB                      RL                    (mil)                      FPB                     RL

    Alimentação                                                                                         20.475                    1,24%                    0,25%                22.203                     1,43%                    0,24%
    Encargos sociais compulsórios                                                                      444.839                   26,96%                    5,40%               406.853                    26,24%                    4,39%
    Previdência privada                                                                                 38.324                    2,32%                    0,47%                29.659                     1,91%                    0,32%
    Saúde                                                                                               84.895                    5,15%                    1,03%                94.428                     6,09%                    1,02%
    Segurança e saúde no trabalho                                                                        9.346                    0,57%                    0,11%                10.615                     0,68%                    0,11%
    Educação                                                                                               246                    0,01%                    0,00%                   326                     0,02%                    0,00%
    Cultura                                                                                                143                    0,01%                    0,00%                   168                     0,01%                    0,00%
    Capacitação e desenvolvimento profissional                                                           15.784                    0,96%                    0,19%                15.943                     1,03%                    0,17%
    Creches ou auxílio-creche                                                                              342                    0,02%                    0,00%                   276                     0,02%                    0,00%
    Participação nos lucros ou resultados                                                               79.162                    4,80%                    0,96%                70.175                     4,53%                    0,76%
    Outros                                                                                              29.891                    1,81%                    0,36%                34.661                     2,24%                    0,37%
    Total - Indicadores sociais internos                                                               723.447                   43,85%                    8,77%               685.307                    44,20%                    7,38%

                                                                                                          Valor                  % sobre                 % sobre                   Valor                   % sobre                % sobre
    3 - Indicadores Sociais Externos                                                                      (mil)                      RO                      RL                    (mil)                       RO                     RL

    Educação                                                                                            11.272                    1,05%                    0,14%                12.174                     1,37%                    0,13%
    Cultura                                                                                                806                    0,07%                    0,01%                   600                     0,07%                    0,01%
    Combate à fome e segurança alimentar                                                                     0                    0,00%                    0,00%                   457                     0,05%                    0,00%
    Outros                                                                                                 260                    0,02%                    0,00%                   385                     0,04%                    0,00%
    Total das contribuições para a sociedade                                                            12.338                    1,14%                    0,15%                13.616                     1,53%                    0,14%
    Tributos (excluídos encargos sociais)                                                              141.441                   13,14%                    1,72%               235.433                    26,44%                    2,54%
    Total - Indicadores sociais externos                                                               153.779                   14,28%                    1,87%               249.049                    27,97%                    2,68%

                                                                                                          Valor                  % sobre                 % sobre                   Valor                   % sobre                % sobre
    4 - Indicadores Ambientais                                                                            (mil)                      RO                      RL                    (mil)                       RO                     RL

    Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa                                        8.956                    0,83%                    0,11%                  9.017                     1,01%                   0,10%
    Investimentos em programas e/ou projetos externos                                                       92                    0,01%                    0,00%                     96                     0,01%                   0,00%
    Total dos investimentos em meio ambiente                                                             9.048                    0,84%                    0,11%                  9.113                     1,02%                   0,10%
    Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos,
     o consumo em geral na produção/ operação e aumentar                                                 ( ) não possui metas               ( ) cumpre de 51 a 75%               (X) não possui metas                 ( ) cumpre de 51 a 75%
     a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa                                             ( ) cumpre de 0 a 50%              (X) cumpre de 76 a 100%              ( ) cumpre de 0 a 50%                ( ) cumpre de 76 a 100%

    5 - Indicadores do Corpo Funcional                                                                                                                      2010                                                                      2009

    Nº de empregados(as) ao final do período                                                                                                               16.133                                                                   15.952
    Nº de admissões durante o período                                                                                                                      1.028                                                                      201
    Nº de empregados(as) terceirizados(as)                                                                                                                 2.430                                                                    2.336
    Nº de estagiários(as)                                                                                                                                    169                                                                       32
    Nº de empregados(as) acima de 45 anos                                                                                                                  2.441                                                                    2.492
    Nº de mulheres que trabalham na empresa                                                                                                                2.094                                                                    2.030
    % de cargos de chefia ocupados por mulheres                                                                                                             8,16%                                                                    8,47%
    Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais                                                                                                   740                                                                      786

    6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial                                                                                 2010                                                             Metas 2011

    Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa                                                                                                     42                                                            Não há meta
    Número total de acidentes de trabalho                                                                                                                     792                                                                   600
    Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos
     pela empresa foram definidos por:                                                                    ( ) direção              (X) direção e            ( ) todos(as)        ( ) direção              (X) direção e       ( ) todos(as)
                                                                                                                                  gerências                 empregados(as)                               gerências            empregados(as)
    Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:                    ( ) direção e            ( ) todos(as)            (x) todos(as) +      ( ) direção e            ( ) todos(as)       (x) todos(as) +
                                                                                                         gerências                 empregados(as)          Cipa                 gerências                 empregados(as)     Cipa
    Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as)     ( ) não se               ( ) segue as             (x) incentiva e      ( ) não se               ( ) seguirá as      (x) incentivará e
     trabalhadores(as), a empresa:                                                                       envolve                   normas da OIT           segue a OIT           envolverá               normas da OIT       seguirá a OIT
    A previdência privada contempla:                                                                     ( ) direção              ( ) direção e            (x) todos(as)        ( ) direção              ( ) direção e       (x) todos(as)
                                                                                                                                  gerências                empregados(as)                                gerências           empregados(as)
    A participação dos lucros ou resultados contempla:                                                   ( ) direção              ( ) direção e            (x) todos(as)        ( ) direção              ( ) direção e       (x) todos(as)
                                                                                                                                  gerências                empregados(as)                                 gerências          empregados(as)
    Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental       ( ) não são              (x) são                  ( ) são exigidos     ( ) não serão            (x) serão           ( ) serão exigidos
     adotados pela empresa:                                                                              considerados             sugeridos                                     considerados             sugeridos
    Quanto à participação de empregados(as) em                                                           ( ) não se               ( ) apóia                (x) organiza e       ( ) não se               ( ) apoiará         (x) organizará e
     programas de trabalho voluntário, a empresa:                                                        envolve                                           incentiva            envolverá                                    incentivará

    Valor adicionado total a distribuir (em mil R$):                                                                                                Em 2010: 2.397.906                                        Em 2009: 2.509.580

    Distribuição do Valor Adicionado (DVA):                                                              19,23% governo              48,26% colaboradores(as)                 1,59% governo                   48,28% colaboradores(as)
                                                                                                         6,49% acionistas            8,59% terceiros 17,43 % retido           9,12% acionistas                13,79% terceiros 27,22% retido


   18
Balanços Patrimoniais Individuais e Consolidados
   Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de Janeiro de 2009
   (Em milhares de reais)
                                                                                 Controladora                                Consolidado
ATIVO                                                 Nota       31.12.2010      31.12.2009     01.01.2009    31.12.2010     31.12.2009     01.01.2009
CIRCULANTE
 Caixa e equivalentes de caixa                            7       1.668.509       2.131.274      3.101.535     2.321.199      2.772.618      4.254.999
 Instrumentos financeiros ativos                           8         729.596         809.240        521.302     1.222.198      1.660.803        889.871
 Contas a receber de clientes, líquidas                   9         231.494         278.847        395.968       580.781        708.465      1.048.806
 Contas a receber de sociedades controladas                         167.165          94.306        208.325             -              -              -
 Instrumentos financeiros derivativos                    40                -          10.247          2.569        11.320         22.148         69.960
 Financiamento a clientes                               10            3.926               -              -        34.061         19.572         20.123
 Contas a receber vinculadas                            11                -               -              -        19.379         20.960         26.886
 Estoques                                               12        2.828.801       3.123.262      5.233.944     3.654.591      4.245.983      6.847.595
 Outros ativos                                          13          354.032         296.393        392.823       458.797        374.844        561.144
                                                                  5.983.523       6.743.569      9.856.466     8.302.326      9.825.393     13.719.384
NÃO CIRCULANTE
 Contas a receber de clientes                             9               -               -              -         1.162            807         13.689
 Contas a receber de sociedades controladas                         879.877       1.176.606      2.203.783             -              -              -
 Instrumentos financeiros ativos                          8                -             505            473        86.788         43.339        159.633
 Financiamento a clientes                               10          124.282          53.866         77.009        83.398         72.316        264.539
 Contas a receber vinculadas                            11                -               -              -       877.435        825.288      1.091.720
 Estoques                                               12                -               -              -         8.171         11.257         18.600
 Outros ativos                                          13          491.489         313.820        367.116       395.097        319.365        384.665
 Depósitos em garantia                                  14          335.088         342.230         18.691       774.503        880.306      1.152.636
 Imposto de renda e contribuição social diferidos       37          196.303         267.726              -       231.750        298.910         25.506
 Instrumentos financeiros derivativos                    40                -               -              -        25.787         20.680              -
 Investimentos                                          15        2.269.009       2.450.966      2.867.685             8              9             10
 Imobilizado                                            17          865.712         958.831      1.291.557     2.001.074      1.917.645      2.476.351
 Intangível                                             18        1.133.833       1.203.166      1.531.270     1.193.515      1.263.158      1.612.378
                                                                  6.295.593       6.767.716      8.357.584     5.678.688      5.653.080      7.199.727
TOTAL DO ATIVO                                                   12.279.116      13.511.285     18.214.050    13.981.014     15.478.473     20.919.111

PASSIVO
CIRCULANTE
 Fornecedores                                           21        1.079.498         848.140      2.212.076     1.250.029      1.038.345      2.506.226
 Financiamentos                                         20           27.218         810.204        930.096       120.883      1.031.494      1.259.671
 Dívidas com e sem direito de regresso                  11                -               -              -       186.314        236.699        321.753
 Contas a pagar                                         22           80.008         114.890         89.830       140.694        188.194        163.506
 Contas a pagar a sociedades
  controladas                                                        18.802          52.892        109.584             -              -              -
 Contribuições de parceiros                             23                -               -              -         1.474          1.540          5.823
 Adiantamentos de clientes                              24        1.141.302       1.148.970      2.401.225     1.298.699      1.328.138      2.658.708
 Impostos e encargos sociais a recolher                 25          106.378          89.559         81.366       132.538        112.976        134.468
 Imposto de renda e contribuição social                 25            1.713           5.599              -        16.658         23.617         13.542
 Instrumentos financeiros derivativos                    40              730             837        389.072         1.390            881        389.072
 Provisões diversas                                     26          426.726         315.844        413.061       515.844        406.527        498.813
 Provisões para contingências                           27           11.854          17.451         20.957        12.572         18.203         22.137
 Dividendos                                             29           82.331         208.256            188        82.331        208.256          2.001
 Receitas diferidas                                                 217.241         282.771        382.700       220.856        194.328        264.259
                                                                  3.193.801       3.895.413      7.030.155     3.980.282      4.789.198      8.239.979
NÃO CIRCULANTE
 Financiamentos                                         20        2.107.367       2.381.163      2.696.902     2.269.723      2.552.489      3.039.870
 Dívidas com e sem direito de regresso                  11                -               -              -       597.254        647.033        857.391
 Contas a pagar                                         22           10.885          10.887         13.286        45.971         43.550         51.684
 Contribuições de parceiros                             23           27.974         117.911         65.484        27.974        117.911        103.453
 Adiantamentos de clientes                              24          353.565         682.944      1.039.978       353.565        693.201      1.049.800
 Instrumentos financeiros derivativos                    40                -               -              -         2.342          7.210              -
 Impostos e encargos sociais a recolher                 25          755.085         743.456        795.552       755.254        743.573        802.884
 Imposto de renda e contribuição social diferidos       37                -               -         70.785        18.998         28.202         85.202
 Garantia financeira                                     39          365.795         447.659        404.195       365.795        447.659        404.195
 Provisões diversas                                     26           83.318         145.160        171.939        82.729        143.781        171.939
 Provisões para contingências                           27          110.260          83.600         73.125       115.459         87.628         93.190
 Receitas diferidas                                                 224.930         140.565        113.828       147.911        157.226        117.209
                                                                  4.039.179       4.753.345      5.445.074     4.782.975      5.669.463      6.776.817
TOTAL DO PASSIVO                                                  7.232.980       8.648.758     12.475.229     8.763.257     10.458.661     15.016.796
PATRIMÔNIO LÍQUIDO                                      29
 Capital social                                                    4.789.617       4.789.617     4.789.617      4.789.617      4.789.617     4.789.617
 Ações em tesouraria                                                (320.250)       (320.250)     (320.250)      (320.250)      (320.250)     (320.250)
 Reservas de lucros                                                2.372.289       2.239.478     1.578.001      2.372.289      2.239.478     1.487.677
 Remuneração baseada em ações                                          5.809               -             -          5.809              -             -
 Ajuste de avaliação patrimonial                                  (1.801.329)     (1.561.265)       (1.758)    (1.801.329)    (1.561.265)       (1.758)
 Prejuízos acumulados                                                      -        (285.053)     (306.789)             -       (285.053)     (216.465)
                                                                   5.046.136       4.862.527     5.738.821      5.046.136      4.862.527     5.738.821
 Participação de acionistas não controladores                              -               -             -        171.621        157.285       163.494
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO                                        5.046.136       4.862.527     5.738.821      5.217.757      5.019.812     5.902.315
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO                            12.279.116      13.511.285     18.214.050    13.981.014     15.478.473     20.919.111
       As notas explicativas são parte integrante das demontrações financeiras.

                                                                                                                                                 19
Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado
   Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
   (Em milhares de reais, exceto quantidade de ações e lucros por ação)
                                                                                                    Controladora                     Consolidado
                                                                                    Nota   31.12.2010        31.12.2009     31.12.2010       31.12.2009
RECEITAS LÍQUIDAS                                                                            8.130.393         9.284.481      9.380.625      10.871.275
 Custo dos produtos e serviços vendidos                                                     (6.635.392)       (7.655.651)    (7.582.662)      (8.759.483)
LUCRO BRUTO                                                                                  1.495.001         1.628.830      1.797.963        2.111.792
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
 Administrativas                                                                             (254.818)         (280.842)      (346.061)        (376.199)
 Comerciais                                                                                  (482.468)         (503.514)      (657.010)        (601.119)
 Pesquisas                                                                                   (125.090)         (110.757)      (126.102)        (110.855)
 Outras receitas (despesas), líquidas                                                33        82.500          (194.525)        16.730         (256.879)
 Equivalência patrimonial                                                            15       (69.943)          147.191              -                -
RESULTADO OPERACIONAL                                                                         645.182           686.383        685.520          766.740
Receitas (despesas) financeiras, líquidas                                             35        24.435           (21.287)        30.885           16.301
Variações monetárias e cambiais, líquidas                                            36       (16.602)          (94.045)        (1.350)        (135.824)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO                                                                        653.015           571.051        715.055          647.217
Imposto de renda e contribuição social                                               37       (79.423)          341.042       (114.877)         290.054
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO                                                                    573.592           912.093        600.178          937.271
Lucro atribuído aos:
 Acionistas da Embraer                                                                               -                 -       573.592          912.093
 Acionistas não-controladores                                                                        -                 -        26.586           25.178
Média ponderada das ações em circulação no exercício (em milhares)
 Básico                                                                              31       723.665           723.665        723.665          723.665
 Diluído                                                                             31       724.019           723.665        724.019          723.665
Lucro por ação (em Reais)
 Básico                                                                              31        0,7926            1,2604               0,7926     1,2604
 Diluído                                                                             31        0,7922            1,2604               0,7922     1,2604
         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.



   Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado Abrangente
   Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
   (Em milhares de reais)
                                                                                                   Controladora                     Consolidado
                                                                                           31.12.2010       31.12.2009      31.12.2010      31.12.2009
Lucro líquido do exercício                                                                    573.592           912.093        600.178          937.271
  Ganho atuarial com as obrigações de benefícios pós-emprego                                     (459)               10           (459)              10
  Ajustes acumulados de conversão                                                            (239.605)       (1.559.517)      (251.855)      (1.590.904)
Itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido                                         (240.064)       (1.559.507)      (252.314)      (1.590.894)
Total do resultado abrangente do exercício                                                    333.528          (647.414)       347.864         (653.623)
Lucro (prejuízo) atribuído aos:
Acionistas da Embraer                                                                                                          333.528         (647.414)
Acionistas não-controladores                                                                                                    14.336           (6.209)
                                                                                                                               347.864         (653.623)
         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.




    20
Demonstração Individual da Controladora das Mutações do Patrimônio Líquido
    Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
    (Em milhares de reais)
                                                                                                                                                                                                Ajustes de
                                                                                                                        Reserva de lucros                                                 avaliação patrimonial
                                                                                                                                                                                             Ganho
                                                                                                                                                                                       atuarial com
                                                                               Remuneração      Subvenção                          Dividendos     Reserva para               Lucros/ as obrigações         Ajustes    Total do
                                                    Capital    Ações em         baseada em            para            Reserva       adicionais investimentos e              prejuízos de benefícios acumulados patrimônio
                                     Nota            social    tesouraria            ações    investimento               legal      propostos capital de giro            acumulados pós-emprego de conversão           líquido
Em 1º de janeiro de 2009                        4.789.617      (320.250)                  -        21.210            157.760                 -     1.399.031                        -              -       (4.124) 6.043.244
Ajustes das novas práticas              5                 -             -                 -              -                   -               -               -             (306.789)         2.366               -  (304.423)
Saldo de abertura ajustado                      4.789.617      (320.250)                  -        21.210            157.760                 -     1.399.031               (306.789)         2.366         (4.124) 5.738.821
 Lucro líquido do exercício                               -             -                 -              -                   -               -               -              912.093                -             -   912.093
 Ajustes acumulados de conversão                          -             -                 -              -                   -               -               -                      -              - (1.559.517) (1.559.517)
 Outros resultados abrangentes                            -             -                 -              -                   -               -               -                      -            10              -         10
Total do resultado abrangente                             -             -                 -              -                   -               -               -              912.093              10 (1.559.517) (647.414)
Destinação dos lucros:
 Subvenção para investimentos                              -              -               -         13.495                 -                    -                    -       (13.495)                   -                -                 -
 Reserva legal                                             -              -               -              -            44.518                    -                    -       (44.518)                   -                -                 -
 Dividendos propostos
  (R$ 0,076 por ação)                                      -              -               -                   -                -                -                            (55.200)                   -                -        (55.200)
 Juros sobre o capital próprio
  (R$ 0,24 por ação)                                       -              -               -                   -                -                -                           (173.680)                   -                -       (173.680)
 Reserva para investimento
  e capital de giro                                     -             -                   -              -                 -                    -           603.464         (603.464)                 -                  -          -
Em 31 de Dezembro de 2009                       4.789.617      (320.250)                  -         34.705           202.278                    -         2.002.495         (285.053)             2.376         (1.563.641) 4.862.527
 Lucro líquido do exercício                             -             -                   -              -                 -                    -                 -          573.592                  -                  -    573.592
 Ajustes acumulados de conversão                        -             -                   -              -                 -                    -                 -                -                  -           (239.605) (239.605)
 Outros resultados abrangentes                          -             -                   -              -                 -                    -                 -                -               (459)                 -       (459)
Total do resultado abrangente                           -             -                   -              -                 -                    -                 -          573.592               (459)          (239.605)   333.528
 Remuneração baseada em ações                           -             -               5.809              -                 -                    -                 -                -                  -                  -      5.809
Destinação dos lucros:
 Subvenção para investimentos                              -              -               -         15.328                 -                    -                    -       (15.328)                   -                -                 -
 Reserva legal                                             -              -               -              -            28.680                    -                    -       (28.680)                   -                -                 -
 Juros sobre o capital próprio
  (R$ 0,28 por ação)                                       -              -               -                   -                -      45.255                         -      (200.983)                   -                -       (155.728)
 Reserva para investimento e
  capital de giro (ajustes de prática)                     -              -               -                   -                -                -          (285.053)         285.053                    -                -                 -
 Reserva para investimento
  e capital de giro
  (resultado do exercício)                              -             -                   -              -                 -               -                328.601         (328.601)                 -                  -          -
Em 31 de dezembro de 2010                       4.789.617      (320.250)              5.809         50.033           230.958          45.255              2.046.043                -              1.917         (1.803.246) 5.046.136
         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


    Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido
    Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
    (Em milhares de reais)
                                                                                                   Atribuído aos acionistas Embraer
                                                                                                                                                                            Ajustes de
                                                                                                    Reserva de lucros                                                 avaliação patrimonial
                                                                                                                                                                        Ganho
                                                                                                                                      Reserva                     atuarial com                                 Participação
                                                                      Remuneração   Subvenção                     Dividendos             para           Lucros/ as obrigações           Ajustes               de acionistas          Total do
                                               Capital   Ações em      baseada em         para     Reserva         adicionais investimentos e          prejuízos de benefícios     acumulados                           não-      patrimônio
                                     Nota       social   tesouraria         ações investimento        legal        propostos capital de giro        acumulados pós-emprego de conversão                 Total controladores           líquido
Em 1º de janeiro de 2009                   4.789.617     (320.250)               -     21.210     157.760                   -     1.308.707                    -              -         13.487     5.970.531               -      5.970.531
 Ajustes das novas práticas             5            -            -              -           -            -                 -         90.324          (306.789)         2.366          (17.611)     (231.710)     163.494           (68.216)
Saldo de abertura ajustado                 4.789.617     (320.250)               -     21.210     157.760                   -     1.399.031           (306.789)         2.366           (4.124)    5.738.821      163.494         5.902.315
 Lucro líquido do exercício                          -            -              -           -            -                 -               -          912.093                -               -      912.093        25.178          937.271
 Ajustes acumulados de conversão                     -            -              -           -            -                 -               -                  -              -    (1.559.517)    (1.559.517)      (31.387)      (1.590.904)
 Outros resultados abrangentes                       -            -              -           -            -                 -               -                  -            10                -           10               -              10
Total do resultado abrangente                        -            -              -           -            -                 -               -          912.093              10     (1.559.517)      (647.414)        (6.209)       (653.623)
Destinação dos lucros:
 Subvenção para investimentos                        -           -                -     13.495          -                  -                -          (13.495)               -              -              -                -             -
 Reserva legal                                       -           -                -          -     44.518                  -                -          (44.518)               -              -              -                -             -
 Dividendos propostos
  (R$ 0,076 por ação)                                -           -                -           -           -                -                -          (55.200)               -              -       (55.200)                -      (55.200)
 Juros sobre o capital próprio
  (R$ 0,24 por ação)                                 -          -                 -          -          -                  -               -          (173.680)              -              -      (173.680)               -  (173.680)
 Reserva para investimento e capital de giro         -          -                 -          -          -                  -         603.464          (603.464)              -              -             -                -         -
Em 31 de dezembro de 2009                    4.789.617   (320.250)                -     34.705    202.278                  -       2.002.495          (285.053)          2.376     (1.563.641)    4.862.527          157.285 5.019.812
 Lucro líquido do exercício                          -          -                 -          -          -                  -               -           573.592               -              -       573.592           26.586   600.178
 Ajustes acumulados de conversão                     -          -                 -          -          -                  -               -                 -               -       (239.605)     (239.605)         (12.250) (251.855)
 Outros resultados abrangentes                       -          -                 -          -          -                  -               -                 -            (459)             -          (459)               -      (459)
Total do resultado abrangente                        -          -                 -          -          -                  -               -           573.592            (459)      (239.605)      333.528           14.336   347.864
 Remuneração baseada em ações                        -          -             5.809          -          -                  -               -                 -               -              -         5.809                -     5.809
Destinação dos lucros:
 Subvenção para investimentos                        -           -                -     15.328          -                  -                -          (15.328)               -              -              -                -             -
 Reserva legal                                       -           -                -          -     28.680                  -                -          (28.680)               -              -              -                -             -
 Juros sobre o capital próprio
  (R$ 0,28 por ação)                                 -           -                -           -           -          45.255                 -         (200.983)               -              -     (155.728)                 -    (155.728)
 Reserva para investimento e capital de giro
  (ajustes de prática)                               -           -                -           -           -                -        (285.053)         285.053                 -              -              -                -             -
 Reserva para investimento e capital de giro
  (resultado do exercício)                           -          -                 -          -          -                 -          328.601          (328.601)              -              -             -                -             -
Em 31 de dezembro de 2010                    4.789.617   (320.250)            5.809     50.033    230.958            45.255        2.046.043                 -           1.917     (1.803.246)    5.046.136          171.621     5.217.757

         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

                                                                                                                                                                                                                                     21
Demonstrações Individuais e Consolidadas do Valor Adicionado
   Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
   (Em milhares de reais)
                                                                                                   Controladora                 Consolidado
                                                                                           31.12.2010       31.12.2009   31.12.2010     31.12.2009
RECEITAS
 Vendas brutas de mercadorias, produtos e serviços                                          8.195.243       9.318.014     9.450.053    10.903.944
 Provisão p/ devedores duvidosos - reversão e constituição                                     (2.475)           (501)      (22.762)       (4.640)
 Receitas relativas à construção de ativos próprios                                           111.339         219.378       160.682       263.000
 Outras receitas                                                                              141.253         155.194       163.526       162.007
                                                                                            8.445.360       9.692.085     9.751.499    11.324.311
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS
 Matérias-primas consumidas                                                                (4.907.860)     (5.864.969)   (5.673.584)   (6.616.806)
 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros                                        (1.002.915)     (1.353.298)   (1.234.100)   (1.591.542)
                                                                                           (5.910.775)     (7.218.267)   (6.907.684)   (8.208.348)
VALOR ADICIONADO BRUTO                                                                      2.534.585       2.473.818     2.843.814     3.115.963
Depreciação e amortização                                                                    (276.090)       (340.113)     (383.595)     (452.148)
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE                                            2.258.495       2.133.705     2.460.219     2.663.815
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
 Resultado da equivalência patrimonial                                                        (69.943)        147.191             -             -
 Receitas financeiras                                                                          209.355         228.684       246.826       302.771
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR                                                         2.397.907       2.509.580     2.707.045     2.966.586
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
 Pessoal                                                                                    1.157.304       1.211.526     1.359.157     1.467.619
 Impostos, taxas e contribuições                                                              387.172         406.103       448.663       486.869
 Débitos (créditos) tributários IR/CSSL                                                        73.970        (366.102)       55.053      (367.580)
 Juros e aluguéis                                                                             205.869         345.960       243.994       442.408
 Juros sobre capital próprio e dividendos                                                     155.728         228.880       155.728       228.880
 Lucros retidos do exercício                                                                  417.864         683.213       417.864       683.213
 Participação dos não-controladores                                                                 -               -        26.586        25.177
VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO                                                                2.397.907       2.509.580     2.707.045     2.966.586
         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.


   Demonstrações Individuais e Consolidadas do Fluxo de Caixa
   Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
   (Em milhares de reais)
                                                                                                   Controladora                 Consolidado
                                                                                    Nota   31.12.2010       31.12.2009   31.12.2010     31.12.2009
Atividades operacionais:
  Lucro líquido do exercício                                                                  573.592         912.093       600.178       937.271
Itens que não afetam o caixa:
  Depreciações                                                                       17        79.679         130.887       179.819       228.341
  Amortizações                                                                       18       196.411         209.226       203.776       223.807
  Provisão (reversão/baixa) para obsolescência dos estoques                          12       (30.472)         21.619        (7.744)       50.451
  Provisão ajuste valor de mercado                                                                  -               -       108.094        12.255
  Imposto de renda e contribuição social diferidos                                             73.970        (366.103)       55.053      (367.579)
  Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos                                         (16.390)         11.391       (17.489)       39.026
  Equivalência patrimonial                                                           15        69.943        (147.191)            -             -
  Remuneração em ações                                                                          5.809               -         5.809             -
  Variação monetária e cambial, líquidas                                                        4.622         142.653        13.169       163.217
  Garantia de valor residual                                                                    4.619          (1.916)        4.619        (1.917)
  Outros                                                                                       (6.856)           (430)       23.726        23.817
  Variação nos ativos e passivos circulantes:
  Instrumentos financeiros ativos                                                               54.461        (426.251)      362.101      (956.171)
  Contas a receber e contas a receber vinculadas                                              208.051         649.805        (4.864)      132.406
  Financiamento a clientes                                                                    (82.374)          4.027       (29.091)      132.144
  Estoques                                                                                    170.393         705.461       181.229       744.196
  Outros ativos                                                                              (234.319)       (398.186)      (89.146)       85.063
  Fornecedores                                                                                293.610        (853.104)      275.401      (902.817)
  Dívida com direito de regresso                                                                    -               -       (64.543)        4.195
  Contas a pagar                                                                              (58.501)         (2.021)      (73.764)       50.085
  Contribuição de parceiros                                                                    27.363         200.504        29.590       179.132
  Adiantamentos de clientes                                                                  (270.632)       (849.590)     (312.435)     (853.719)
  Impostos a recolher                                                                          15.438          18.017        16.700         1.457
  Garantias financeiras                                                                        (68.031)        (30.700)      (68.031)      (30.700)
  Provisões e contingências                                                                    79.859        (210.856)       79.519      (184.321)
  Receitas diferidas                                                                           39.361          60.967        34.643        74.731
  Participação dos não-controladores                                                                -               -        (4.777)       11.507
Caixa (usado) gerado nas atividades operacionais                                            1.129.606        (219.698)    1.501.542      (204.123)
Atividades de investimento:
  Venda de imobilizado                                                                         34.098           2.894        50.314        49.925
  Adições ao imobilizado                                                             17       (51.718)       (132.001)     (260.264)     (389.417)
  Adições ao intangível                                                              18      (297.552)       (414.291)     (313.087)     (435.115)
  Adição investimentos em subsidiárias                                               15       (16.215)       (178.834)            -             -
  Títulos e valores mobiliários                                                                     -               -        17.626             -
  Dividendos recebidos                                                                             64               -             -             -
  Caixa restrito para construção de ativos                                                          -               -             -        (5.466)
Caixa (usado) nas atividades de investimento                                                 (331.323)       (722.232)     (505.411)     (780.073)
Atividades financeiras:
  Financiamentos pagos                                                                     (2.460.778)     (2.328.526)   (2.766.623)   (2.946.469)
  Novos financiamentos obtidos                                                               1.492.016       2.367.839     1.636.351     2.810.316
  Dividendos e juros s/ capital próprio                                                      (281.557)              -      (280.732)            -
  Subvenção para investimentos                                                                     42               -           (39)            -
Caixa (usado) gerado nas atividades financeiras                                             (1.250.277)         39.313    (1.411.043)     (136.153)
(REDUÇÃO) LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA                                           (451.994)       (902.617)     (414.912)   (1.120.349)
EFEITO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA                                (10.771)        (67.644)      (36.507)     (362.032)
  Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício                                      2.131.274       3.101.535     2.772.618     4.254.999
  Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício                                        1.668.509       2.131.274     2.321.199     2.772.618
         As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

    22
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras
     Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2008
     (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

 1     CONTEXTO OPERACIONAL
A Embraer S.A. (“Embraer” ou “Controladora”; de forma conjunta com suas controladas como “Consolidado” ou a “Companhia”) é uma sociedade por ações com sede na Cidade de
São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil e tem como atividade preponderante o desenvolvimento, a produção e a comercialização de jatos e turboélices para aviação civil
e de defesa, de aviões para uso agrícola, de partes estruturais, de sistemas mecânicos e hidráulicos, serviços aeronáuticos e atividades técnicas vinculadas à produção e manutenção
de material aeroespacial.
Em 16 de setembro de 2010, foi aprovado pelo Conselho de Administração e em 19 de novembro de 2010, pelos acionistas, a proposta de alteração do objeto social e da razão
social da Controladora que passou a se chamar Embraer S.A. A proposta foi submetida ao membro do Conselho de Administração eleito pela União Federal, assim como ao Ministério
da Fazenda, os quais se manifestaram favoravelmente à matéria.
Foram incluídas e adicionadas as seguintes atividades ao seu objeto social:
i) Projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia, bem como
promover ou executar atividades técnicas vinculadas à respectiva produção e manutenção, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; e
ii) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos às indústrias de defesa, de segurança e de energia.
As ações da Companhia estão registradas no mais elevado nível de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (“BM&FBOVESPA”), denominado Novo Mercado
(“Novo Mercado”). Também, a Companhia possui American Depositary Shares (evidenciadas pelo American Depositary Receipt-“ADR”) registrados na U.S. Securities Exchange
Commission (“SEC”). A Companhia não tem grupo controlador e seu capital compreende apenas ações ordinárias.
A Companhia possui subsidiárias integrais consolidadas e/ou escritórios de representação comercial, que estão localizados no Brasil, Estados Unidos, França, Espanha, Portugal,
China e Singapura, e são principalmente envolvidos em vendas, marketing e pós-vendas de serviços/manutenção.
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 17 de março de 2011.
 2     APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS
2.1. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Estas demonstrações financeiras incluem as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com os International Financial Accounting Standards – IFRS e as
demonstrações financeiras individuais da Controladora, preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais diferem do IFRS somente no que se refere a
avaliação dos investimentos em controladas pelo método da equivalência patrimonial, uma vez que, para o IFRS é utilizado o método do custo ou valor justo.
a) Base de preparação
As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos financeiros (inclusive
instrumentos derivativos) mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício.
A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas críticas. Isso requer da administração julgamento para aplicação das políticas contábeis da Companhia.
As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à contabilização de certos ativos, passivos e outras transações. As áreas envolvendo alto grau
de julgamento ou complexidade, ou ainda áreas onde premissas e estimativas são relevantes para preparação das demonstrações financeiras estão descritas na (Nota 3). Os resultados
reais podem apresentar variações em relação às estimativas.
b) Demonstrações financeiras consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (“IFRS”)
emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os IFRS compreendem (i) os IFRS, (ii) os International Accounting
Standard (“IAS”), e (iii) as Interpretações originadas do International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou anteriormente Standing Interpretations Committee
(“SIC”). As demonstrações financeiras consolidadas apresentadas de acordo com os IFRS são equivalentes às apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil
(“BR GAAP”).
Estas demonstrações financeiras consolidadas são as primeiras apresentadas de acordo com os IFRS pela Companhia. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas
anteriormente pela Companhia (“antigo padrão contábil brasileiro”) e os IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente, estão descritas na (Nota 5).
As demonstrações financeiras consolidadas incluem os saldos das contas da (i) Controladora e de todas as subsidiárias que a Embraer, direta ou indiretamente, tem a maioria no
capital da subsidiária ou o controle de gestão, (ii) entidades de propósitos específicos (EPEs) que a Companhia tem controle e (iii) fundo de investimentos exclusivos, como segue:
ELEB - Equipamentos Ltda. - “ELEB” - localizada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, com participação da Embraer de 99,99% no capital social dessa subsidiária.
A ELEB produz e vende equipamentos hidráulicos e mecânicos de alta precisão para serem utilizados na indústria aeronáutica, substancialmente em aeronaves da Embraer, e possui
como subsidiária integral a ELEB Aerospace, Inc. domiciliada em Delaware, Estados Unidos, com base operacional no Estado de Kansas, Estados Unidos, cujas atividades estão em
fase de encerramento.
Embraer Aircraft Holding Inc. - “EAH” - subsidiária integral, domiciliada em Fort Lauderdale, Estados Unidos, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes
subsidiárias localizadas nos Estados Unidos:
• Embraer Aircraft Customer Services, Inc. - “EACS” - realiza vendas de peças de reposição, serviços e apoio ao produto a clientes nos Estados Unidos, Canadá e Caribe.
• Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. - “EAMS” - tem como atividade a prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes.
• Embraer Training Services - “ETS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, engloba atividades corporativas e institucionais e tem como subsidiária a Embraer CAE Training
  Services – “ECTS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, controlada pela ETS com participação de 51% no capital social e tem como atividade a prestação de serviços
  de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação.
• Embraer Executive Jet Services, LLC - “EEJS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda e manutenção de
  aeronaves executivas.
• Embraer Services Inc. - “ESI” - presta suporte nos Estados Unidos da América aos programas do mercado de defesa e comercial.
• Embraer Executive Aircraft, Inc. - constituída em 2008, está domiciliada em Delaware, com base operacional em Melbourne, Flórida, nos Estados Unidos, tem como atividade a
  montagem final e entrega do jato executivo Phenom.
Embraer Ásia Pacific PTE. Ltd. - “EAP” – subsidiária integral, domiciliada em Cingapura, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda na Ásia.
Embraer Austrália PTY Ltd. - “EAL” - subsidiária integral, domiciliada em Melbourne, Austrália, tem como objetivo prestar serviços de suporte pós-venda para os clientes da Oceania,
Ásia e região. Atualmente as atividades dessa subsidiária estão paralisadas.
Embraer Aviation Europe SAS - “EAE” - subsidiária integral, situada em Villepinte, França, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias:
• Embraer Aviation International SAS - “EAI” - domiciliada em Villepinte, França, realiza venda de peças e presta serviços de suporte pós-venda na Europa, África e no Oriente Médio.
• Embraer Europe SARL - “EES” - domiciliada em Villepinte, França, tem como atividade a representação comercial da Companhia na Europa, África e no Oriente Médio.
Embraer Credit Ltd. - “ECL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos, tem como atividade o apoio às operações de comercialização de aeronaves.
Embraer GPX Ltda. – “GPX” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, constituída em 2006, localizada em Gavião Peixoto, São Paulo, Brasil, tem como
atividade principal à exploração de serviços de manutenção de aeronaves, tendo iniciado suas operações em outubro de 2009.
Embraer Overseas Ltd. – “EOS” - subsidiária integral, domiciliada nas Ilhas Cayman, tem atividade restrita à realização de operações financeiras, incluindo a captação e aplicação de
recursos, operações de mútuo para as empresas do Grupo Embraer.

                                                                                                                                                                               23
Embraer Representation LLC - “ERL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos, tem como atividade a representação comercial e institucional da Companhia.
Embraer Spain Holding Co. SL - “ESH” - subsidiária integral, domiciliada na Espanha, tem como objetivo coordenar os investimentos em subsidiárias no exterior, inclusive aquelas voltadas
às atividades de suporte à comercialização de aeronaves e gestão dos ativos provenientes dessas operações. As atividades da ESH são operacionalizadas por suas seguintes subsidiárias:
• Airholding SGPS, S.A. - domiciliada em Portugal, com participação da ESH de 70% no seu capital social, possui como atividade preponderante à participação em 65% do capital
  votante da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. (“OGMA”), uma companhia portuguesa de manutenção e produção aeronáutica, que tem como acionista também a
  Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF, com 35% do capital votante.
• ECC Investment Switzerland AG - domiciliada na Suíça, possui participação de 100% no capital das subsidiárias ECC Insurance & Financial Co. Ltd. – “ECC Insurance” e “Embraer
  Finance Ltd. - EFL”.
• ECC Insurance & Finance Co. - domiciliada nas Ilhas Cayman, é uma companhia cativa de seguros que tem por objetivo cobrir as garantias financeiras oferecidas aos clientes e/ou
  agentes financiadores envolvidos nas estruturas de vendas de aeronaves da Companhia.
• Embraer Finance Ltd. – “EFL” - domiciliada nas Ilhas Cayman, apóia os clientes na obtenção de financiamentos de terceiros assim como fornece suporte em algumas atividades
  de compra e venda da Companhia.
• ECC Leasing Co. Ltd. - domiciliada na Irlanda, cujas atividades são arrendamento e comercialização de aeronaves usadas.
• Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - “HEAI” - com sede na cidade de Harbin, na China, destina-se a fabricar aviões visando atender às demandas do mercado de
  transporte aéreo da China.
• Embraer CAE Training Services (UK) Ltd. - constituída em 2009, está domiciliada em Burges Hill – Reino Unido, com participação de 51% no capital social, tem como objetivo
  prestar serviço de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação.
• Embraer Portugal - SGPS S.A. - subsidiária integral constituída em 2008, está domiciliada em Évora, Portugal, tem como objetivo coordenar os investimentos e atividades
  econômicas em suas subsidiárias naquele país.
• Embraer-Portugal Estruturas Metálicas S.A. - constituída em 2008, está domiciliada em Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem, manutenção
  e comercialização de peças, componentes e conjuntos metálicos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de
  produtos metálicos.
• Embraer-Portugal Estruturas em Compósitos S.A. – constituída em 2008, está domiciliada em Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem
  e comercialização de estruturas a partir de peças e conjuntos em materiais compostos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços
  relacionados à indústria de produtos fabricados com materiais compostos e não metálicos.
• Embraer (China) Aircraft Technical Services Co., Ltd. – “ECA” – domiciliada na China, em Beijing, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda, manutenção
  e comercialização de peças e componentes a clientes na China.
ECC do Brasil Cia. de Seguros – “ECC” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, domiciliada no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil,
constituída em 2004 e aprovada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP tem o objetivo de operar unicamente em seguros de crédito à exportação. Em 7 de dezembro
                                                                                    ,
de 2007, o Conselho de Administração da Embraer aprovou a intenção de alienação da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia de Seguros. Em 7 de abril de 2009, a Embraer
celebrou contrato de venda da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia. de Seguros, com condição suspensiva de aprovação do negócio pela SUSEP Em 19 de janeiro de 2011 foi
                                                                                                                                               .
concedida a aprovação pela SUSEP   .
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. - “Neiva” – subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, localizada em Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, atualmente
está envolvida na comercialização de aeronaves agrícolas, bem como de peças de reposição deste modelo de aeronave.
Entidades de propósito específico - “EPEs” - a Companhia estrutura algumas de suas transações de financiamento de vendas de aeronaves por meio de EPEs, sobre as quais a
Companhia não detém participação societária direta ou indiretamente. Mesmo não possuindo vínculo societário, a Companhia detém o controle das operações ou participa de forma
majoritária dos riscos e recompensas de algumas dessas EPEs, consolidando, desta forma, essas EPEs nas suas demonstrações financeiras. As EPEs consolidadas são: PM Limited,
Refine Inc., RS Limited, River One Ltd., Port One Ltd. e Table Inc.. As EPEs nas quais a Embraer não figura como Controladora não são consolidadas, com base em fundamentos
e análises técnicas realizadas pela Administração.
Fundos de investimentos exclusivos - “FIE” - em consonância com suas estratégias de negócios, a Companhia possui fundos de investimentos exclusivos, os quais estão consolidados
nas demonstrações financeiras. Os títulos e investimentos mobiliários mantidos por meio desses fundos são registrados nas rubricas Caixa e equivalentes de caixa ou Instrumentos
financeiros ativos, considerando os vencimentos originais dos títulos e as estratégias de investimento dos fundos, que prevêem a negociação desses títulos em prazos que caracterizam
a liquidez imediata dos valores (Nota 7 e 8).
c) Demonstrações financeiras da Controladora
As demonstrações financeiras da Controladora foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base na Lei das Sociedades por Ações, nos
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários
(“CVM”) e são publicadas juntamente com as Demonstrações Financeiras consolidadas.
O balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração da mutação do patrimônio líquido e a demonstração dos fluxos de caixa referentes ao exercício de
2009, originalmente preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil até 31 de dezembro de 2009, incluindo os Pronunciamentos Técnicos do CPC 01 ao 14,
apresentados para fins de comparação, estão sendo reapresentados.
2.2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras estão definidas a seguir. As práticas contábeis foram consistentemente aplicadas para todos
os períodos apresentados, exceto, quando diferentemente demonstrado.
a) Consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas das seguintes entidades:
(i) A Controladora e todas as subsidiárias nas quais possui participação majoritária, direta ou indiretamente, do capital da subsidiária e/ou controle administrativo;
(ii) EPEs nas quais a Controladora não detém participação societária direta ou indiretamente, no entanto, detém o controle de suas operações ou participa de forma majoritária nos
seus riscos e recompensas;
(iii) Fundos de investimentos exclusivos - “FIE”.
Todas as contas entre entidades do grupo e transações oriundas das entidades consolidadas foram eliminadas.
b) Controladas
Controladas são todas as entidades (inclusive EPEs) cujas políticas financeiras e operacionais podem ser conduzidas pela Companhia e normalmente evidenciadas por uma
participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em
consideração ao avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia
e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. A Companhia aplica a política de tratar as operações com participações não-Controladoras como operações
entre acionistas. As baixas de participações não-Controladoras resultam em ganhos e perdas para a Companhia e são registradas no patrimônio líquido.
O método de contabilização de compra é usado para registrar a aquisição de controladas pela Companhia. O custo de uma aquisição é mensurado segundo o valor justo dos ativos
ofertados, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data em que o controle é transferido para a Companhia. Os custos relacionados com
a aquisição são reconhecidos como despesa no período em que os custos são incorridos e os serviços recebidos. Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são registrados
no resultado do período em que são incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos, as contingências e os passivos assumidos em uma combinação de negócios são inicialmente
mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição, independentemente da proporção de qualquer participação minoritária. O excedente do custo de aquisição que ultrapassar o
valor justo da participação da Companhia nos ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio. Se o custo da aquisição for menor do que o valor justo dos ativos líquidos
da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado.
c) Moeda funcional e transações em moeda estrangeira
A Administração, após análise das operações e negócios da Embraer, em relação principalmente aos fatores para determinação de sua moeda funcional, concluiu que o dólar (“US$”
ou “dólar”) é a sua moeda funcional. Esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores:

    24
• Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços;
• Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos e serviços;
• Moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para fornecimento de produtos ou serviços;
• Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e
• Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais.
Os valores em reais apresentados nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram mensurados utilizando-se a moeda funcional dólar, que melhor reflete
o ambiente econômico no qual a Controladora está inserida e a forma como é, de fato, administrada.
A moeda funcional das entidades controladas pela Embraer é aquela do ambiente econômico do país em que estão inseridas exceto suas subsidiárias ELEB Equipamentos Ltda.,
Embraer Aviation Europe SAS, Embraer Asia Pacific Pte. Ltd., Embraer Spain Holding CO SL Airholding SGPS AS e ECC Investment Switzerland AG, que possuem a moeda funcional
dólar.
d) Moeda de apresentação das demonstrações financeiras
Em atendimento à legislação brasileira, estas demonstrações financeiras estão sendo apresentadas em reais, convertendo-se as demonstrações financeiras preparadas na moeda
funcional da Companhia para reais, utilizando os seguintes critérios:
• Ativos e passivos pela taxa de câmbio de fechamento do exercício;
• Contas do resultado, do resultado abrangente, demonstração dos fluxos de caixa e do valor adicionado pela taxa média mensal;
• Patrimônio líquido ao valor histórico de formação.
As variações cambiais resultantes da conversão acima referidas são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido denominada, “Ajustes acumulados de conversão”.
Demonstramos a seguir os balanços patrimoniais consolidados, demonstrações consolidadas dos resultados e os fluxos de caixa consolidados em moeda funcional (dólares) e
convertidos para a moeda de apresentação (reais).
                                                                      Balanços Patrimoniais Consolidados
                                                                                31.12.2010                          31.12.2009                          01.01.2009
ATIVO                                                                         US$                 R$               US$                 R$               US$               R$
CIRCULANTE
 Caixa e equivalentes de caixa                                          1.393.110          2.321.199          1.592.360          2.772.618       1.820.710       4.254.999
 Instrumentos financeiros ativos                                           733.524          1.222.198            953.826          1.660.803         380.775         889.871
 Contas a receber de clientes, líquidas                                   348.566            580.781            406.883            708.465         448.783       1.048.806
 Instrumentos financeiros derivativos                                        6.794             11.320             12.720             22.148          29.936          69.960
 Financiamento a clientes                                                  20.442             34.061             11.241             19.572           8.610          20.123
 Contas a receber vinculadas                                               11.631             19.379             12.038             20.960          11.504          26.886
 Estoques                                                               2.193.368          3.654.591          2.438.538          4.245.983       2.930.079       6.847.595
 Outros ativos                                                            275.356            458.797            215.281            374.844         240.113         561.144
                                                                        4.982.791          8.302.326          5.642.887          9.825.393       5.870.510      13.719.384
NÃO CIRCULANTE
 Contas a receber de clientes                                                 697              1.162                464                807           5.857          13.689
 Instrumentos financeiros derivativos                                       15.477             25.787             11.877             20.680               -               -
 Instrumentos financeiros ativos                                            52.087             86.788             24.890             43.339          68.307         159.633
 Financiamento a clientes                                                  50.053             83.398             41.532             72.316         113.196         264.539
 Contas a receber vinculadas                                              526.608            877.435            473.977            825.288         467.146       1.091.720
 Estoques                                                                   4.904              8.171              6.465             11.257           7.959          18.600
 Outros ativos                                                            237.125            395.097            183.416            319.365         164.598         384.665
 Depósitos em garantia                                                    464.832            774.503            505.574            880.306         493.212       1.152.636
 Imposto de renda e contribuição social diferidos                         139.089            231.750            171.669            298.910          10.914          25.506
 Investimentos                                                                  5                  8                  5                  9               4              10
 Imobilizado                                                            1.200.981          2.001.074          1.101.335          1.917.645       1.059.628       2.476.351
 Intangível                                                               716.309          1.193.515            725.452          1.263.158         689.935       1.612.378
                                                                        3.408.167          5.678.688          3.246.656          5.653.080       3.080.756       7.199.727
TOTAL DO ATIVO                                                          8.390.958         13.981.014          8.889.543         15.478.473       8.951.266      20.919.111

                                                                               31.12.2010                           31.12.2009                          01.01.2009
PASSIVO                                                                       US$                 R$               US$                 R$               US$               R$
CIRCULANTE
 Fornecedores                                                             750.227          1.250.029            596.339          1.038.345       1.072.411        2.506.226
 Financiamentos                                                            72.550            120.883            592.404          1.031.494         539.012        1.259.671
 Dívidas com e sem direito de regresso                                    111.820            186.314            135.940            236.699         137.678          321.753
 Contas a pagar                                                            84.439            140.694            108.084            188.194          69.963          163.506
 Contribuições de parceiros                                                   885              1.474                884              1.540           2.492            5.823
 Adiantamentos de clientes                                                779.438          1.298.699            762.772          1.328.138       1.137.659        2.658.708
 Impostos e encargos sociais a recolher                                    79.545            132.538             64.884            112.976          57.539          134.468
 Imposto de renda e contribuição social                                     9.998             16.658             13.563             23.617           5.795           13.542
 Instrumentos financeiros derivativos                                          834              1.390                506                881         166.484          389.072
 Provisões diversas                                                       309.594            515.844            233.475            406.527         213.442          498.813
 Provisão para contingência                                                 7.545             12.572             10.454             18.203           9.472           22.137
 Dividendos                                                                49.412             82.331            119.605            208.256             857            2.001
 Receitas diferidas                                                       132.551            220.856            111.606            194.328         113.076          264.259
                                                                        2.388.838          3.980.282          2.750.516          4.789.198       3.525.880        8.239.979
NÃO CIRCULANTE
 Financiamentos                                                         1.362.215          2.269.723          1.465.937          2.552.489       1.300.757        3.039.870
 Dívidas com e sem direito de regresso                                    358.453            597.254            371.602            647.033         366.877          857.391
 Contas a pagar                                                            27.590             45.971             25.012             43.550          22.115           51.684
 Contribuições de parceiros                                                16.789             27.974             67.718            117.911          44.267          103.453
 Adiantamentos de clientes                                                212.199            353.565            398.117            693.201         449.208        1.049.800
 Instrumentos financeiros derivativos                                        1.406              2.342              4.141              7.210               -                -
 Impostos e encargos sociais a recolher                                   453.279            755.254            427.046            743.573         343.553          802.884
 Imposto de renda e contribuição
  social diferidos                                                         11.402             18.998             16.197             28.202          36.458          85.202
 Garantia financeira                                                       219.539            365.795            257.098            447.659         172.955         404.195
 Provisões diversas                                                        49.650             82.729             82.576            143.781          73.573         171.939
 Provisão para contingência                                                69.295            115.459             50.326             87.628          39.876          93.190
 Receitas diferidas                                                        88.771            147.911             90.296            157.226          50.152         117.209
                                                                        2.870.588          4.782.975          3.256.066          5.669.463       2.899.791       6.776.817
TOTAL DO PASSIVO                                                        5.259.426          8.763.257          6.006.582         10.458.661       6.425.671      15.016.796

                                                                                                                                                                       25
31.12.2010                         31.12.2009                           01.01.2009
                                                                  US$                R$              US$                R$                 US$            R$
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital social                                             1.438.007        4.789.617      1.438.007             4.789.617         1.438.007     4.789.617
 Ações em tesouraria                                         (183.743)        (320.250)      (183.743)             (320.250)         (183.743)     (320.250)
 Reservas de lucros                                         1.759.935        2.372.289      1.607.464             2.239.478         1.287.779     1.487.677
 Remuneração baseada em ações                                   3.399            5.809              -                     -                 -             -
 Ajustes de avaliação patrimonial                              10.932       (1.801.329)        17.005            (1.561.265)           13.754        (1.758)
 Prejuízos acumulados                                               -                -        (86.103)             (285.053)         (100.161)     (216.465)
                                                            3.028.530        5.046.136      2.792.630             4.862.527         2.455.636     5.738.821
 Participação de acionistas não-controladores                 103.002          171.621         90.331               157.285            69.959       163.494
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO                                 3.131.532        5.217.757      2.882.961             5.019.812         2.525.595     5.902.315
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO                       8.390.958      13.981.014       8.889.543           15.478.473          8.951.266    20.919.111

                                                       Demonstrações Consolidadas do Resultado
                                                                                       31.12.2010                                   31.12.2009
                                                                                    US$                  R$                      US$                   R$
RECEITAS LÍQUIDAS                                                             5.364.068           9.380.625                5.497.756          10.871.275
Custo dos produtos vendidos                                                  (4.338.122)         (7.582.662)              (4.428.428)          (8.759.483)
LUCRO BRUTO                                                                   1.025.946           1.797.963                1.069.328            2.111.792
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
 Administrativas                                                                (197.487)             (346.061)                (191.258)            (376.199)
 Comerciais                                                                     (374.089)             (657.010)                (304.602)            (601.119)
 Pesquisas                                                                       (72.133)             (126.102)                 (55.643)            (110.855)
 Outras receitas (despesas), líquidas                                              9.416                16.730                 (138.444)            (256.879)
RESULTADO OPERACIONAL                                                            391.653               685.520                  379.381              766.740
 Receitas (despesas) financeiras líquidas                                          17.573                30.885                   10.247               16.301
 Variações monetárias e cambiais, líquidas                                        (1.080)               (1.350)                 (68.834)            (135.824)
LUCRO ANTES DO IMPOSTO                                                           408.146               715.055                  320.794              647.217
 Imposto de renda e contribuição social                                          (62.714)             (114.877)                 158.147              290.054
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO                                                       345.432               600.178                  478.941              937.271
Lucro atribuído aos:
 Acionistas da Embraer                                                          330.265               573.592                  465.195               912.093
 Acionistas não-controladores                                                    15.167                26.586                   13.746                25.178

                                                     Demonstrações Consolidadas do Fluxo de Caixa
                                                                                        31.12.2010                                    31.12.2009
                                                                                    US$                    R$                      US$                    R$
Atividades operacionais:
Lucro líquido do exercício                                                      345.432               600.178                  478.942               937.271
Itens que não afetam o caixa:
  Depreciações                                                                  102.965               179.819                   115.178              228.341
  Amortizações                                                                  116.228               203.776                   114.067              223.807
  Provisão (reversão/baixa) para obsolescência dos estoques                      (5.574)               (7.744)                   29.400               50.451
  Provisão ajuste valor de mercado                                               62.331               108.094                     6.100               12.255
  Imposto de renda e contribuição social diferidos                               28.691                55.053                  (186.880)            (367.579)
  Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos                           (10.159)              (17.489)                   21.913               39.026
  Remuneração em ações                                                            3.399                 5.809                         -                    -
Variação monetária e cambial, líquidas                                            7.321                13.169                    82.248              163.217
  Garantia de valor residual                                                      2.743                 4.619                    (1.133)              (1.917)
  Outros                                                                         13.459                23.726                     9.298               23.817
  Variação nos ativos e passivos circulantes:
  Instrumentos financeiros ativos                                                 220.037               362.101                 (458.718)            (956.171)
  Contas a receber e contas a receber vinculadas                                  (1.716)               (4.864)                  73.089              132.406
  Financiamento a Clientes                                                       (17.722)              (29.091)                  69.033              132.144
  Estoques                                                                       118.538               181.229                  473.917              744.196
  Outros ativos                                                                  (45.705)              (89.146)                  47.045               85.063
  Fornecedores                                                                   153.096               275.401                 (487.802)            (902.817)
  Dívida com direito de regresso                                                 (37.269)              (64.543)                   2.987                4.195
  Contas a pagar                                                                 (42.894)              (73.764)                  29.710               50.085
  Contribuição de parceiros                                                       18.512                29.590                   90.216              179.132
  Adiantamentos de clientes                                                     (186.219)             (312.435)                (468.902)            (853.719)
  Impostos a recolher                                                              7.521                16.700                   (7.383)               1.457
  Garantias financeiras                                                           (40.303)              (68.031)                 (15.464)             (30.700)
  Provisões e contingências                                                       44.320                79.519                  (58.500)            (184.321)
  Receitas diferidas                                                              19.417                34.643                   38.674               74.731
  Participação dos não-controladores                                              (2.496)               (4.777)                   6.626               11.507
Caixa (usado) gerado nas atividades operacionais                                 873.953             1.501.542                    3.661             (204.123)
Atividades de investimento:
  Venda de imobilizado                                                            29.271                50.314                 28.586                 49.925
  Adições ao imobilizado                                                        (149.640)             (260.264)              (184.686)              (389.417)
  Adições ao intangível                                                         (178.685)             (313.087)              (219.448)              (435.115)
  Títulos e valores mobiliários                                                   10.659                17.626                      -                      -
  Caixa restrito para construção de ativos                                             -                     -                 (2.476)                (5.466)
Caixa usado nas atividades de investimento                                      (288.395)             (505.411)              (378.024)              (780.073)
Atividades financeiras:
  Financiamentos pagos                                                      (1.583.374)          (2.766.623)              (1.498.473)              (2.946.469)
  Novos financiamentos obtidos                                                  942.755            1.636.351                1.474.591                2.810.316
  Dividendos e juros s/ capital próprio                                       (161.631)            (280.732)                       -                        -
  Subvenção para investimentos                                                       -                  (39)                       -                        -
Caixa usado nas atividades financeiras                                         (802.250)          (1.411.043)                 (23.882)                (136.153)
(REDUÇÃO) LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA                            (216.692)            (414.912)                (398.245)              (1.120.349)
EFEITO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA                  17.442              (36.507)                 169.895                 (362.032)
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício                         1.592.360            2.772.618                1.820.710                4.254.999
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício                           1.393.110            2.321.199                1.592.360                2.772.618

    26
e) Transações em moedas estrangeiras
As transações efetuadas em outras moedas (diferentes da moeda funcional) são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações
ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos
monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado.
Os ganhos e as perdas cambiais relacionados a ativos e passivos monetários são apresentados na demonstração do resultado como variações monetárias e cambiais, líquidas.
f) Instrumentos financeiros
Ativos financeiros - Classificação e mensuração
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, incluindo instrumentos mantidos para negociação,
(ii) disponíveis para venda, (iii) mantidos até o vencimento, e (iv) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.
A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo.
Os ativos financeiros são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não mensurados ao valor justo por meio
do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à
demonstração do resultado.
Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a
Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade.
(i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os ativos dessa categoria são classificados
como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na
demonstração do resultado em “Receitas (despesas) financeiras” no período em que ocorrem. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma rubrica do resultado afetada pela
referida operação.
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra e venda. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública,
a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros
instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções privilegiando informações de mercado e
minimizando informações geradas pela Administração.
(ii) Ativos financeiros disponíveis para venda
Os ativos financeiros disponíveis para venda são não derivativos que são designados nessa categoria ou que não são classificados em nenhuma outra categoria. Eles são incluídos
em ativos não circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. Os ativos financeiros disponíveis para venda são
contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado
como receitas financeiras. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada contra o patrimônio líquido, na conta ajustes de avaliação patrimonial, sendo realizada contra
resultado quando da sua liquidação ou por perda considerada permanente (impairment).
(iii) Investimentos mantidos até o vencimento
Os investimentos em valores mobiliários que a Companhia tem habilidade e intenção em manter até a data de vencimento, são classificados como investimentos mantidos até o
vencimento e são registrados pelo custo amortizado.
A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor
recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo.
(iv) Empréstimos e recebíveis
Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado
ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes).
Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes, demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são
contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.
A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor
recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo.
g) Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, usualmente com vencimento em até 90
dias a partir da data da contratação, com alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança
de valor. Incluem-se nesta classificação operações compromissadas e Certificados de Depósitos Bancários (“CDB”) com registro de liquidez diária na CETIP (Balcão Organizado de
Ativos e Derivativos).
h) Instrumentos financeiros ativos mensurados por meio do resultado
Instrumentos financeiros ativos mensurados por meio do resultado são ativos financeiros adquiridos pela Companhia, principalmente para a finalidade de venda ou de recompra no
curto prazo. Usualmente, incluem-se nesta classificação valores mobiliários com vencimentos originais acima de 90 dias na data da aplicação.
i) Derivativos e atividades de hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as variações
do valor justo lançadas contra o resultado, em “Receitas (despesas) financeiras” exceto quando o derivativo for designado como um instrumento de hedge.
Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, nenhum instrumento derivativo foi designado como hedge accounting.
j) Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e incluem valores das receitas de contratos de construção reconhecidas de acordo com os custos
incorridos. São mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão para crédito de liquidação duvidosa.
Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos por
seus clientes, como em casos de dificuldades financeiras significativas do devedor, probabilidade de o devedor entrar com pedido de falência ou concordata e falta de pagamento ou
inadimplência. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O valor contábil do ativo é reduzido pelo uso de uma conta de provisão, e o valor da perda
é reconhecido na demonstração do resultado na rubrica de despesas comerciais. Quando uma conta a receber de clientes é incobrável, esta é baixada contra a provisão para contas
a receber. As recuperações subsequentes de valores previamente baixados são creditadas contra despesas comerciais, na demonstração do resultado.
O cálculo do valor presente, quando aplicável, é efetuado na data da transação com base numa taxa de juros que reflita o prazo e as condições de mercado da época. A Companhia
não registra o ajuste a valor presente em virtude de não terem efeitos relevantes nas demonstrações financeiras.
k) Financiamento a clientes
Consiste participação em financiamentos concedidos nas vendas de algumas aeronaves e são contabilizados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva.
A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que os ativos estão registrados por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida
provisão para desvalorização desses ativos.
l) Contas a receber vinculadas e dívidas com e sem direito de regresso
Algumas das transações de venda da Companhia são compostas por financiamentos estruturados, por meio dos quais uma EPE compra a aeronave, paga à Companhia o preço de
compra, quando da sua entrega ou da conclusão do financiamento estruturado da venda, e transfere a aeronave objeto da compra ao cliente final. Uma instituição financeira financia
a compra da aeronave através de uma EPE, parte do risco desse crédito permanece com a instituição financeira e a Companhia oferece garantias financeiras e/ou garantias de valor
residual em favor da instituição.

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A Companhia classifica os riscos relativos a esta operação como sem direito de regresso quando parte do risco permanece com a instituição financiadora e com direito de regresso
quando o risco permanece com a Companhia (Nota 11).
m) Estoques
Os estoques, incluindo as peças de reposição e aeronaves usadas, estão avaliados e demonstrados ao custo médio das compras ou produção, ou ao valor realizável líquido, entre
esses o menor. O custo é determinado utilizando-se o método do custo médio ponderado.
Estoques de produtos em elaboração e acabados compreendem matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção relacionadas e, quando
aplicável, estão reduzidos ao valor líquido de realização após a dedução dos custos, dos impostos e das despesas estimadas de vendas.
Uma provisão para potenciais perdas é constituída quando, com base na estimativa da Administração, os itens são definidos como obsoletos ou estocados em quantidades superiores
àquelas a serem utilizadas em projetos. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.
n) Investimentos
Os investimentos em sociedades controladas são avaliados na Controladora pelo método da equivalência patrimonial. A participação da Companhia nos resultados das sociedades
controladas é reconhecida no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional. No caso de variação cambial de investimentos no exterior, que apresentam moeda
funcional diferente da Companhia, as variações no valor do investimento decorrentes exclusivamente de variação cambial são registradas na rubrica ajustes acumulados de conversão,
no patrimônio líquido da Companhia, e somente são levados ao resultado do exercício quando o investimento for vendido ou baixado para perda.
Para o cálculo da equivalência patrimonial, os lucros não realizados nas operações com controladas são integralmente eliminados, tanto nas operações de venda da controlada para a
Controladora ou entre as controladas; perdas não realizadas geralmente não são eliminadas, uma vez que se constituem em evidência de necessidade de reconhecimento de provisão
para “IFRS” desses ativos.
Quando necessário, as práticas contábeis das controladas são alteradas para garantir consistência com as práticas adotadas pela Companhia.
Os lucros não realizados nas vendas da Controladora para suas controladas são eliminados no resultado da Controladora nas contas de vendas e custos entre partes relacionadas
contra a conta de receitas diferidas no passivo.
o) Imobilizado
Os bens do imobilizado são avaliados pelo valor do custo de aquisição, formação ou construção, deduzido da depreciação acumulada e das perdas por impairment.
A depreciação é calculada pelo método linear, exceto para as peças de reposição ao programa “Exchange pool”, com base na vida útil estimada para o ativo. Esta estimativa leva em
conta o tempo pelo qual o ativo trará retorno financeiro para a Companhia sendo revisada anualmente. As taxas utilizadas pela Companhia são divulgadas na (Nota 17). Terrenos
não são depreciados.
A Companhia atribui valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição de aeronaves constantes do programa “Exchange Pool”. Para os demais ativos
a Companhia não atribui valor residual, uma vez que devido a característica desses ativos e de sua utilização, é pouco comum a baixa de quantidade de ativos vendidos e quando
isso acontece, normalmente os ativos são realizados por valores irrelevantes.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios
econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos
e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.
Materiais alocados a projetos específicos são adicionados a imobilizações em andamento para, posteriormente, serem transferidos para as contas definitivas do imobilizado.
Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para
o uso pretendido.
Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação do valor de venda com o valor contábil e são reconhecidos na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas
na demonstração do resultado.
Segue abaixo resumo da descrição dos itens que compõem o ativo imobilizado:
• Terrenos - compreendem áreas onde estão principalmente os edifícios industriais, de engenharia e administrativos.
• Edifícios e benfeitorias em terrenos – Edifícios compreendem principalmente fábricas, engenharia e escritórios e benfeitorias compreendem estacionamentos, arruamentos, rede
  de água e esgoto.
• Instalações - compreendem as instalações industriais auxiliares que direta ou indiretamente suportam as operações industriais da Companhia, assim como instalações das áreas
  de engenharia e administrativa.
• Máquinas e equipamentos – compreendem principalmente os maquinários e outros equipamentos utilizados direta ou indiretamente no processo fabril.
• Móveis e utensílios – compreendem principalmente mobiliários e utensílios utilizados nas áreas produtivas, engenharia e administrativa.
• Veículos – compreendem principalmente veículos industriais e automóveis.
• Aeronaves – compreendem principalmente aeronaves que são arrendadas às companhias aéreas, além daquelas utilizadas pela Controladora para auxiliar nos ensaios de novos
  projetos.
• Computadores e periféricos – compreendem equipamentos de informática utilizados principalmente no processo produtivo, engenharia e administrativo.
• Imobilizações em andamento – compreendem principalmente obras para ampliação do parque fabril e centros de manutenção de aeronaves.
• Pool de peças - compreende peças de reposição para uso exclusivo dos clientes que contrataram o Programa Exchange Pool. Esse Programa prevê que tais clientes podem trocar
   um componente danificado por outro em condições de funcionamento, conforme definido no Programa. Esse estoque é depreciado com base na estimativa de vida de sete a dez
   anos e um valor residual médio de 35%, que a Companhia acredita ser aproximadamente o tempo de utilização e valor de realização, respectivamente.
p) Intangíveis
(i) Pesquisa e desenvolvimento
Os gastos com pesquisas são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos, compostos principalmente por gastos com
desenvolvimento de produtos, incluindo desenhos, projetos de engenharia, construção de protótipos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos
irão gerar benefícios econômicos futuros, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros e somente se o custo puder ser
medido de modo confiável.
Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados a partir da ocasião em que os benefícios começam a ser gerados com base na entrega de aeronaves que se estima vender
na implementação de cada projeto, sendo os montantes amortizados apropriados ao custo de produção.
Revisões dessas estimativas são efetuadas na ocorrência de evidências que as justifiquem.
No caso de projetos paralisados ou daqueles cuja realização é considerada improvável, os gastos diferidos são baixados ou reduzidos ao valor líquido estimado de recuperação.
Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas, conforme incorridos. Os custos
de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente.
(ii) Programas de computador (softwares)
Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada.
Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a
softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos
como ativos intangíveis.
q) Redução ao valor recuperável de ativos
O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são revistos no mínimo anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda,
sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável.

    28
Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa
seu valor recuperável que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual
existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.
No caso de ativos intangíveis em desenvolvimento, o teste de recuperação é feito independente de haver evidência de perda.
r) Demais ativos circulantes e não circulantes
Demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos.
s) Financiamentos
Os empréstimos obtidos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação incorridos. Em seguida, os empréstimos
obtidos são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido, pelo método da taxa de juros efetiva.
As taxas pagas no estabelecimento de linhas de crédito são reconhecidas como custos da transação do empréstimo uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo
seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é
capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período de disponibilidade do empréstimo ao qual se relaciona.
Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses
após a data do balanço.
t) Arrendamentos
A determinação sobre se uma transação é, ou contém, arrendamento mercantil, é baseada na essência da transação e exige a avaliação se (i) o cumprimento do acordo depende do
uso de ativo ou ativo específico e (ii) o acordo transfere o direito de usar o ativo.
(i) Arrendamento de aeronaves
As aeronaves disponíveis para arrendamento ou arrendadas por meio de arrendamentos operacionais são registradas no balanço da Companhia como ativo imobilizado, sendo
depreciadas ao longo da sua vida útil estimada. A receita de aluguel (líquida de qualquer incentivo dado aos arrendatários) é reconhecida pelo método linear pelo período do
arrendamento. Aeronaves eventualmente arrendadas por meio de arrendamentos financeiros deixam de ser reconhecidas no ativo da Companhia após o início do arrendamento sendo
a receita e o respectivo custo de venda reconhecidos na data da transação do arrendamento.
(ii) Outros arrendamentos
Os arrendamentos mercantis nos quais a Companhia permanece substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro.
Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento).
O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas divulgadas na (Nota 17).
Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade permanecem com o arrendador são classificados como arrendamentos
operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento.
u) Custo de empréstimos
Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou
venda pretendidos são capitalizados como parte do custo destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. Custos
de empréstimos são juros e outros custos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
v) Adiantamento de clientes
Correspondem basicamente aos adiantamentos recebidos antes das entregas das aeronaves, denominados em grande parte na moeda funcional da Companhia.
w) Ativos e passivos contingentes, obrigações legais e depósitos judiciais
Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Companhia julgar que o ganho é praticamente certo ou quando há garantias reais ou decisões judiciais
favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos.
Provisões para contingências – provisões são reconhecidas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores,
complexidade e no posicionamento de tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações
e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente,
sendo apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não são provisionados e nem divulgados.
Obrigações legais - decorrem de obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade cujos montantes são reconhecidos integralmente nas
demonstrações financeiras.
Depósitos judiciais - são atualizados monetariamente e apresentados como outros ativos.
O montante registrado nas provisões é considerado suficiente para cobrir as estimativas de eventuais perdas para a Companhia.
x) Benefícios a empregados
(i) Contribuição definida
A Controladora e suas subsidiárias patrocinam um plano de pensão fechado de contribuição definida para seus empregados. Para as empresas sediadas no Brasil, o plano que estava
sendo administrado pelo Banco do Brasil S.A. – BB Previdência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar em 2010.
(ii) Benefício médico pós-emprego
A Companhia e suas subsidiárias proveem benefícios de assistência médica para seus aposentados, que tenham se aposentado em anos anteriores, não sendo mais concedido tal
benefício para novos empregados.
Os custos previstos para o oferecimento de benefícios médicos pós-emprego e a cobertura dos dependentes são provisionados durante os anos de prestação de serviços dos
funcionários.
A Companhia contabiliza esses benefícios reconhecendo no balanço o excesso ou a falta de provisão de fundos do plano de benefício médico pós-emprego, com base na diferença
entre o valor justo do plano de ativos e a obrigação do benefício. A Companhia também reconhece alterações na provisão desse plano em outros resultados abrangentes, líquido de
impostos, na medida que tais mudanças não são reconhecidas nos lucros como componentes do custo líquido do benefício.
Esta provisão é revisada anualmente na data do balanço. O custo do plano de benefício médico pós-emprego é determinado usando o método de unidade de crédito e diversas
premissas atuariais, sendo as mais significativas: a taxa de desconto, a taxa de longo prazo do retorno do ativo do plano e a taxa de tendência de custo médico.
y) Lucro por ação
Nas demonstrações financeiras, a Companhia divulga o lucro básico por ação e o lucro diluído por ação. O lucro básico por ação ordinária é calculado pela divisão do lucro líquido
atribuído aos acionistas Embraer, disponível aos acionistas pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em aberto durante o período.
O lucro por ação diluído é calculado de maneira similar ao lucro por ação básico, exceto pelo fato de que as quantidades de ações em circulação são ajustadas para refletir ações
adicionais em circulação caso as ações com potencial de diluição atribuíveis a opções de compra de ações tivessem sido emitidas durante os períodos apresentados.
z) Programa para outorga de opções de ações
O programa para outorga de opções de ações instituído pela Companhia que recebe os serviços dos empregados e como retribuição efetua o pagamento através de instrumentos de
capital próprio (opções de ações de sua emissão). O valor justo dos serviços dos empregados recebidos em troca da concessão das opções é reconhecido como despesa. O montante
total a ser contabilizado é determinado pelo valor justo das opções outorgadas.
A despesa total é reconhecida durante o período de aquisição, que é o período durante o qual todas as condições de aquisição sejam satisfeitas. No final de cada período, a Companhia
revisa suas estimativas sobre o número de opções que se espera que sejam adquiridas. A Companhia reconhece o impacto da revisão de estimativas iniciais, se for o caso, na
demonstração do resultado, com um ajuste correspondente em conta específica do patrimônio líquido.
aa) Participação nos lucros
A participação nos lucros pelos empregados, é vinculada ao lucro líquido da Companhia, e condicionada a atingimento de metas. Mensalmente são provisionados os valores apurados
através da aplicação da proporção dos salários a pagar. As políticas determinadas para a participação nos lucros da Companhia estão descritas na (Nota 32).

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bb) Dividendos e juros sobre o capital próprio
A proposta de distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer
valor acima do mínimo obrigatório por lei somente é provisionado na data em que são aprovados em Assembleia pelos acionistas.
Os juros sobre o capital próprio pagos ou provisionados são registrados na contabilidade como despesa financeira para fins fiscais. Entretanto, para fins de apresentação nas
demonstrações financeiras, esses são apresentados diretamente como dedução do patrimônio líquido, pelo valor bruto, e os benefícios fiscais por ele gerados são mantidos no
resultado do exercício.
cc) Imposto de renda e contribuição social
As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver
relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.
São calculados observando-se suas alíquotas nominais de cada país, que conjuntamente, no caso das operações brasileiras, totalizam 34% - sendo imposto de renda (25%) e
contribuição social sobre o lucro líquido (9%).
O imposto de renda diferido é reconhecido, usando o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus
valores contábeis nas demonstrações financeiras.
Impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre os prejuízos fiscais de imposto de renda, base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as
bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras, na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável seja suficiente
para absorver esses créditos tributários. Essa avaliação é efetuada com base em estimativas de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários
econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
Os prejuízos fiscais acumulados das operações brasileiras não possuem prazo de prescrição, porém a sua compensação é limitada em anos futuros em até 30% do montante do lucro
tributável de cada exercício.
dd) Garantias dos produtos
Gastos com garantia relacionados a aeronaves e peças de reposição são reconhecidos à época da entrega com base nos valores estimados a incorrer. Essas estimativas são baseadas
em fatores históricos que incluem, entre outros, reclamações com garantia e respectivos custos de reparos e substituições, garantia dada pelos fornecedores e período contratual de
cobertura. O período de cobertura da garantia varia de 36 a 60 meses.
Eventualmente, a Companhia pode vir a ser obrigada a realizar modificações no produto devido à exigência das autoridades de certificação aeronáutica ou após a entrega, devido à
introdução de melhorias ou ao desempenho das aeronaves. Os custos previstos para tais modificações são provisionados no momento em que os novos requisitos ou melhorias são
exigidos e conhecidos.
Alguns contratos de venda pode conter cláusulas de garantia de um nível mínimo de desempenho da aeronave subsequente à entrega, baseado em metas operacionais predeterminadas.
Se a aeronave sujeita a esse tipo de garantia não atingir índices de desempenho requeridos depois da entrega, a Companhia pode ser obrigada a reembolsar seus clientes pelo aumento
dos custos e serviços operacionais incorridos com base em fórmulas definidas em contrato. As perdas relacionadas a garantias de desempenho são registradas no momento em que
são conhecidas ou quando as circunstâncias indicam que a aeronave não atingirá os requerimentos mínimos de desempenho esperados, com base na estimativa da Administração
da Companhia.
ee) Garantias financeiras e de valor residual
Mediante análise do mercado e do cenário, a Companhia pode conceder, em alguns casos, garantias financeiras ou de valor residual como parte da estrutura de financiamento no
momento da entrega de suas aeronaves. O valor garantido tem como base o valor futuro esperado dessas aeronaves em um determinado momento ao longo da vigência desses
financiamentos e estão sujeitos a um limite máximo garantido. Caso as garantias sejam acionadas a Companhia deverá suportar a diferença, caso haja, entre o valor garantido e valor
justo de mercado da respectiva aeronave.
A provisão para garantias é determinada em bases estatísticas e com base em avaliações efetuadas por terceiros que levam em consideração, entre outros, os valores futuros das
aeronaves nas datas de vencimento e dentro dos limites garantidos pela Companhia. Para fazer face ao risco de perda com essas garantias a Companhia constitui uma provisão e sua
estimativa é revisada na ocorrência de eventos que justifiquem tais revisões quando provisão adicional poderá ser reconhecida com base nas estimativas de perda para fazer frente
a essas garantias (Nota 39).
As garantias de valor residual (Residual Value Guarantee – “RVG”) são contabilizadas como instrumentos financeiros de derivativos (Nota 40). A exposição é mitigada pelo fato de
que, para se beneficiar da garantia, a contraparte garantida deve fazer com que os ativos correspondentes atendam às rigorosas condições para devolução das aeronaves.
A Companhia mantém, em alguns casos, depósitos em garantia em favor de terceiros para os quais foram fornecidas garantias financeiras e de valor residual relacionadas às estruturas
de financiamento de aeronaves (Nota 11).
ff) Receitas diferidas
Referem-se às obrigações para fornecimento de peças de reposição, treinamento, representante técnico e outras obrigações constantes nos contratos de venda de aeronaves já
entregues, cujas receitas serão apropriadas quando o serviço ou produto for entregue para o cliente.
Também se encontram registrados nesta rubrica os saldos de receitas diferidas de algumas vendas de aeronaves, que, de acordo com obrigações contratuais, são contabilizadas como
arrendamentos operacionais.
Na Controladora referem-se ainda ao diferimento dos lucros não realizados nas vendas para suas controladas.
gg) Demais passivos circulantes e não circulantes
Demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, quando aplicável, acrescidos dos respectivos encargos e variações cambiais incorridos.
hh) Reconhecimento de receitas
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é
apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como, no Consolidado, após a eliminação das vendas intercompanhias.
(i) Receitas de vendas de aeronaves e peças de reposição
As receitas de vendas de aeronaves comerciais, executivas e agrícolas, de peças de reposição e de serviços, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque, quando
os riscos e benefícios são transferidos para o cliente. Existem algumas vendas de aeronaves, que, de acordo com as obrigações contratuais são classificadas na rubrica de receitas a
realizar e são levadas a resultado à medida que as obrigações sejam cumpridas.
(ii) Contratos com múltiplos elementos
As receitas oriundas de negociação de contratos de vendas de aeronaves, que envolvem o fornecimento de peças de reposição, treinamento e representante técnico, são reconhecidas
quando efetivamente realizadas.
(iii) Receitas do Exchange Pool Program
As receitas do Exchange Pool Program são reconhecidas mensalmente durante o período do contrato e consiste parte em uma taxa fixa e outra parte em uma taxa variável diretamente
relacionada com as horas efetivamente voadas pela aeronave coberta por este programa.
(iv) Receitas de contratos de construção
No segmento de defesa e segurança, algumas operações consistem em contratos de longo prazo, sendo as receitas reconhecidas pelo método de custo incorrido, além do
reconhecimento no ato da entrega ou embarque. Alguns contratos contêm cláusulas para reajuste de preço com base em índices preestabelecidos e estes são reconhecidos no período
de competência. A adequação do reconhecimento de receitas, relativas aos contratos de vendas do segmento de defesa e segurança, é realizada com base nas melhores estimativas
da Administração, quando se tornam evidentes.
(v) Receitas de arrendamentos operacionais
A Companhia também reconhece a receita com aluguel de aeronaves como arrendamentos operacionais, proporcionalmente ao período do arrendamento, e registra essas receitas
como resultado de outros segmentos.

    30
(vi) Deduções de vendas
Deduções de vendas compreendem impostos de vendas indiretos e concessões contratuais. A Companhia oferece concessões contratuais que proporcionam aos nossos clientes uma
redução do montante pago pela aeronave. As concessões são contabilizadas como deduções de vendas em conformidade com a norma contábil que trata de contabilização para a
consideração dada por um fornecedor a um cliente, porque as concessões representam uma redução do preço de venda.
ii) Custo dos produtos e serviços vendidos
O custo de vendas e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo:
(i) Material
Substancialmente todos os custos de material são cobertos por contratos com fornecedores. Os preços nesses contratos são geralmente reajustados com base em uma fórmula de
escala que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos.
(ii) Mão de obra
Esses custos são denominados principalmente em reais.
(iii) Depreciação
O imobilizado é depreciado com o passar de sua vida útil, variando de cinco a 48 anos, linearmente.
A depreciação de uma aeronave sob arrendamento operacional é registrada como custo dos produtos vendidos, desde o início do termo do arrendamento, utilizando-se o método linear
ao longo da vida útil estimada e considerando-se um valor residual no fim do termo do arrendamento.
(iv) Amortização
Os ativos intagíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a série das aeronaves que se estima vender e os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados
de forma linear de acordo com a vida útil prevista para os ativos.
De acordo com as normas contábeis sobre contingências, a Companhia reconhece um passivo para as obrigações associadas a garantias dos produtos na data da entrega da aeronave,
que é estimada com base na experiência histórica e registrada como custo dos produtos vendidos.
A Companhia efetua transações que representam contratos de múltiplos elementos, tais como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos
são reconhecidos quando o produto ou serviço é entregue ou prestado ao cliente.
jj) Despesas e outras receitas operacionais
As despesas operacionais são representadas basicamente por despesas comerciais, administrativas, com pesquisas e outras receitas (despesas) operacionais.
kk) Subvenções
Trata-se de subvenções para investimentos, recebidas da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, para desenvolvimento conjunto de projetos de inovação tecnológica, respaldados
pela Lei 10.973/04, que trata dos incentivos à pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Estes valores são reconhecidos no resultado à medida em que os recursos são aplicados e
as cláusulas contratuais são cumpridas.
As subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas que atendem as condições necessárias à sua efetivação são levadas ao resultado como redução das
despesas incorridas com tais pesquisas.
ll) Receitas e despesas financeiras
As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, encargos financeiros sobre empréstimos, impostos com exigibilidade
suspensa, provisões para contingências (Nota 35), bem como por variações cambiais sobre ativos e passivos expressos em moedas diferentes da moeda funcional, registrados
contabilmente em regime de competência.
Receitas e despesas financeiras excluem os custos de empréstimos atribuíveis às aquisições, construções ou produção dos bens que necessitam de um período substancial de tempo
para estar pronto para uso ou venda, que são capitalizados como parte do custo do ativo.
mm) Regime tributário de transição
O Regime Tributário de Transição (“RTT”), terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.
O regime foi optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009 e obrigatório para 2010, respeitando-se:
(i) A aplicação ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e
(ii) A manifestação da opção na Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ).
A Companhia optou pela adoção do RTT em 2008. Consequentemente, para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios findos
em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia adotou as prerrogativas definidas no RTT.
nn) Demonstrações dos fluxos de caixa
As demonstrações dos fluxos de caixa foram elaboradas pelo método indireto partindo das informações contábeis.
oo) Demonstração do valor adicionado
As demonstrações dos valores adicionados (“DVA”) foram elaboradas a partir das informações contábeis.
pp) Apresentação de informações por segmentos
As informações por segmentos operacionais, são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal
tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Diretor-Presidente.

 3    ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os CPCs/IFRSs, exige que a Companhia utilize estimativas e adote premissas que afetam os valores relatados
dos ativos e passivos, receitas e despesas e declarações contábeis. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual, são utilizadas variáveis e
premissas derivadas de experiências passadas e diversos outros fatores que consideramos razoáveis e pertinentes. Embora essas estimativas e premissas sejam revistas durante o
curso normal dos negócios, a apresentação da nossa situação financeira e dos resultados da operação requerem, com frequência, que avaliemos os efeitos de questões inerentemente
incertas. Os resultados reais podem ser diferentes daqueles estimados usando variáveis, suposições ou condições diferentes. Para explicar como a administração avalia eventos
futuros, incluindo as variáveis e suposições usadas nas estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições, incluímos uma breve análise das nossas
políticas de contabilidade mais importantes.
Receita das vendas e outras receitas operacionais
A Companhia reconhece receitas de vendas pelos segmentos comerciais, de jatos executivos, de serviços de aviação e de defesa e segurança, quando os benefícios e riscos de perda
são transferidos aos clientes, o que, no caso de aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso de serviços de aviação, quando o serviço é prestado ao cliente.
A Companhia reconhece, também, a receita de aluguel de aeronaves arrendadas mediante contrato de arrendamento de forma avaliável pelo prazo do arrendamento, sendo registrada
a receita como vendas líquidas de outros negócios relacionados ao apresentar a informação por segmento operacional.
No segmento de defesa e segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros,
pelos quais reconhecemos receitas de acordo com o método de percentual da conclusão, ou POC (Percentage-of-Completion). Esses contratos contêm disposições sobre reajuste
de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Periodicamente, é reavaliada a margem prevista de certos contratos de
longo prazo, ajustando o reconhecimento da receita com base nos custos projetados para a conclusão. O uso do método POC requer que a Companhia estime os custos totais para
a conclusão dos contratos. Se os custos totais fossem 10% menor em relação às estimativas da administração, a receita reconhecida no exercício aumentaria em R$ 122.569; caso
os custos fossem 10% maior em relação às estimativas da administração, a receita reconhecida no exercício sofreria queda de R$ 152.314.
As receitas do Exchange Pool Program são contabilizadas mensalmente em relação ao prazo do contrato e consistem em uma parte referente a uma taxa fixa e outra parte referente
a uma taxa variável diretamente relacionada às horas de voo da aeronave coberta.

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São efetuadas transações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência técnica, peças sobressalentes e outras concessões, incluídas no preço de
venda da aeronave. Contratos de vários elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade contábil, caso sejam atendidos todos estes
critérios:
- item entregue tem valor para o cliente de maneira independente;
- existe evidência objetiva e confiável do valor justo do item não entregue; e se o contrato incluir um direito geral de devolução do item entregue, a entrega ou execução do item não
entregue é considerada provável e substancialmente sob nosso controle.
Se esses critérios não forem cumpridos, o contrato será considerado uma unidade contábil, que resulta em receita sendo diferida até esses critérios começarem a ser cumpridos ou
após a entrega do último elemento que não havia sido entregue. Se esses critérios forem cumpridos para cada elemento e houver evidência objetiva e confiável do valor justo de todas
as unidades contábeis de um contrato, a consideração do contrato é alocada em unidades contábeis separadas conforme o valor justo relativo de cada unidade.
Garantias de produtos
De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas, acessórios, equipamentos, peças e software fabricados por nós e/ou nossos
parceiros de risco e fornecedores. A Companhia reconhece a despesa de garantia como componente de custos de vendas e serviços, no momento da venda e com base nos montantes
estimados dos custos da garantia que se espera incorrer. Essas estimativas são baseadas em diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias e experiência com custos,
tipo e duração da cobertura da garantia, volume e variedade de aeronaves vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos fornecedores correspondentes. Os custos
reais da garantia do produto, podem ter padrões diferentes da nossa experiência prévia, principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços de receita, o que
pode exigir que aumentemos a provisão de garantia do produto. O período de garantia varia de três anos para peças sobressalentes a cinco anos para componentes que sejam parte
da aeronave no momento da venda.
Garantias financeiras
A Companhia pode vir a oferecer garantias financeiras e garantias de valor residual relacionados às nossas aeronaves. A Embraer revisa o valor desses compromissos relativos ao
valor justo futuro previsto da aeronave e, no caso de garantias financeiras, a situação de crédito do financiado. As provisões e perdas são contabilizadas quando e se os pagamentos
se tornam prováveis e podem ser estimados com razoabilidade. O valor justo futuro é estimado utilizando avaliações das aeronaves por terceiros, incluindo informações obtidas da
venda ou leasing de aeronaves similares no mercado secundário. A situação de crédito de financiados que recebem garantias de crédito é avaliada pela análise de diversos fatores,
incluindo avaliação de crédito realizada por terceiros e custos estimados do financiamento do beneficiário.
Participação no valor residual de aeronaves
Nos financiamentos estruturados, uma entidade compra uma de nossas aeronaves, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato
de leasing da aeronave em questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave e uma parte do risco do crédito fica
com essa instituição.
Embora não tenha participação acionária, a Companhia controla as operações de algumas EPEs ou tem uma participação majoritária, absorvendo a maior parte das perdas esperadas
destas entidades, se ocorrerem, ou recebendo a maior parte do retorno residual esperado, se ocorrer, ou ambos. Da mesma forma, EPEs de propriedade de terceiros, em que a
Companhia detém o controle das operações ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas, são consolidadas. Quando a Companhia deixa de ter o controle das operações,
os ativos e passivos relativos à aeronave são desconsolidados do nosso balanço.
A Companhia determina que detém o controle das operações das EPEs ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas, principalmente com base na avaliação qualitativa.
Isso inclui uma análise da estrutura de capital das EPEs, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e operações das EPEs, natureza das participações nas EPEs emitidas
e a nossa participação na entidade que cria ou absorve variabilidade. São avaliados o projeto das EPEs e os riscos associados aos quais a entidade e os detentores de participação
variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados, quando pode não estar claro sob o ponto de vista qualitativo se temos o controle, é utilizado uma análise
quantitativa para calcular a probabilidade ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada dos retornos residuais esperados usando a modelagem de fluxo de caixa e
de medição estatística de riscos.
Redução ao valor recuperável dos ativos (Impairment)
Ativos não circulantes detidos para o uso estão sujeitos a uma avaliação de impairment, se os fatos e as circunstâncias indicarem que o valor contábil não é recuperável com base
no maior entre os fluxos de caixa futuros descontados ou valor líquido de venda do ativo. Os ativos são agrupados de acordo com nossas várias famílias de aeronaves. A Companhia
utiliza vários pressupostos ao determinar o fluxo de caixa descontado a valor presente, incluindo as previsões de fluxos de caixa futuros, que se baseiam em nossa melhor estimativa de
vendas e custos operacionais futuros, de acordo, principalmente, com pedidos firmes existentes, pedidos futuros esperados, contratos com fornecedores e condições gerais do mercado.
Mudanças nessas previsões podem alterar, de forma significativa, o valor de uma perda por impairment, se houver. Os valores escriturais líquidos dos ativos correspondentes são
ajustados, quando o valor recuperável é menor que o valor contábil. Até a presente data, essas análises não indicaram a necessidade de reconhecer qualquer perda por impairment.
Valor justo de instrumentos financeiros
O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em um mercado ativo é determinado utilizando-se técnicas de valorização. A Companhia utiliza seu julgamento para a
seleção de métodos e utiliza premissas baseadas em condições de mercado existentes ao final de cada data de balanço.
Imposto de renda e contribuição social
A Companhia está sujeita ao imposto de renda em diversos países em que opera. É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda
nesses diversos países. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. A Companhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que
valores adicionais de impostos forem devidos. Quando o resultado final dessas questões é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos
e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado.
Os valores contábeis das demonstrações financeiras são apurados na moeda funcional da Companhia (Dólar) enquanto que a base de cálculo do imposto de renda sobre ativos e
passivos é determinada na moeda local (Real). Portanto, flutuações na taxa de câmbio podem afetar significativamente o valor da despesa de imposto de renda reconhecida em cada
período, principalmente decorrente do impacto sobre os ativos não monetários.
Se a taxa de câmbio apresentasse uma diferença de 10% em dezembro de 2010, o imposto de renda e contribuição social diferidos, relacionados a certos ativos não monetários,
precisaria diminuir o ativo de imposto de renda diferido em cerca de R$ 160 milhões, caso o Real depreciasse em relação ao Dólar, ou aumentar o ativo de imposto de renda diferido
em cerca de R$ 160 milhões, caso o Real apreciasse em relação ao Dólar.
 4    PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS RECENTES
Pronunciamentos contábeis existentes que ainda não estão em vigor e que não foram adotados pela Companhia
As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis da Companhia iniciados em 1º de janeiro de 2011, ou após
essa data, ou para períodos subsequentes. Entretanto, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Companhia.
- IFRS 9, “Instrumentos financeiros”, emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo no processo para substituir o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento
e Mensuração”. O IFRS 9 introduz novas exigências para classificar e mensurar os ativos financeiros e provavelmente afetará a contabilização da Companhia para seus ativos
financeiros. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013, mas pode ser adotada antecipadamente. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações financeiras.
- IAS 24 Revisado, “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24, “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em 2003. O IAS 24
(revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1º de janeiro de 2011. A adoção antecipada, no todo ou em parte, é permitida. A Companhia aplicará a interpretação a
partir de 1º de janeiro de 2011. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações financeiras.
- IAS 32 - A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo divulgarem detalhes de todas as
transações com o governo e outras entidades relacionadas do governo. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. A Companhia está analisando os
impactos nas demonstrações financeiras.
- “Classificação das emissões de direitos” (alteração ao IAS 32), emitida em outubro de 2009. A alteração aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1º de fevereiro de 2010.
Aplicação prévia é permitida. A alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda que não a funcional do emissor. Contanto que determinadas
condições sejam atendidas, esses direitos de ações agora são classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço de exercício é denominado. Anteriormente, as
ações tinham de ser contabilizadas como passivos derivativos. A alteração aplica-se retroativamente, de acordo com o IAS 8 “Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis
e Erros”. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.

     32
- O IFRIC 19, “Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais” está em vigor desde 1º de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de
uma entidade quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade dos instrumentos patrimoniais a um credor da entidade para extinguir
todo ou parte do passivo financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a diferença entre o valor contábil
do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira confiável,
os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011.
Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
- “Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos” (alteração ao IFRIC 14). As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS
19 - “Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua Interação”. Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo,
alguns pagamentos antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de fundos. Essa não era a intenção quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As
alterações entram em vigor em períodos anuais iniciando em 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período
comparativo apresentado. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia.
 5    TRANSIÇÃO PARA O IFRS E CPCS
5.1. Base de transição
5.1.1. Aplicação de IFRS 1
A Companhia está divulgando em 31 de dezembro de 2010 as primeiras demonstrações financeiras anuais que contemplam os IFRS, emitidos pelo IASB. A Companhia aplicou
o IFRS 1/ CPC 37 “Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade” e CPC 43 (R1) “Adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC 15 a 41” na preparação destas
demonstrações financeiras consolidadas. A Companhia definiu 1º de janeiro de 2009, como a data de transição para IFRS.
A prática contábil anterior utilizada pela Companhia eram as práticas contábeis adotadas no Brasil. A reconciliação (Nota 5.2) do Patrimônio Líquido e resultado divulgados de acordo
com a prática anterior utilizada em 1º de janeiro de 2009 e em 31 de dezembro de 2009 com o saldos em IFRS, estão apresentados abaixo.
As políticas contábeis determinadas na Nota 2 têm sido aplicadas na preparação das demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, na informação
comparativa apresentada em 31 de dezembro de 2009 e na preparação do balanço patrimonial de abertura em IFRS em 1º de janeiro de 2009.
Na preparação dessas demonstrações financeiras de acordo com o IFRS1, CPC 37 e CPC 43 (R1) a Companhia tem aplicado exceções obrigatórias e certas isenções opcionais do
período retrospectivo na aplicação dos IFRS, conforme requerido nos pronunciamentos.
5.1.2. Aplicação das isenções no período retrospectivo eleitas pela Companhia
IFRS1/CPC 37 permite a primeira adoção de certas isenções dos requerimentos gerais incluso nos IFRS.
A Companhia optou em aplicar as seguintes exceções:
• Combinação de negócios
A Companhia não apresentou ágio relacionado a combinações de negócio de acordo com as práticas contábeis adotadas anteriormente.
• Arrendamento mercantil
A Companhia optou por rever seus contratos na data de transição, sendo que não houve impacto nas demonstrações financeiras, uma vez que as práticas contábeis adotadas
anteriormente e os IFRS estavam totalmente alinhados.
As isenções voluntárias remanescentes não se aplicam à Companhia:
• Isenção para transação de pagamento baseado em ações
Esta isenção não é aplicável para opções outorgadas pela Companhia que já foram exercidas antes da data de transição.
• Isenção de contratos de seguro (IFRS 4/CPC 11 “contratos de seguro”)
A Companhia não emite contratos de seguro, portanto esta isenção não é aplicável.
• Isenção do valor justo do custo atribuído
A Companhia esteve em total conformidade com os requerimentos do IAS 16/CPC 27 – “ativo imobilizado” na data de transição.
• Isenção para ajustes acumulados de conversão
A Companhia optou por reconhecer os ajustes de conversão acumulados de anos anteriores na data de transição de 1º de janeiro de 2009, e portanto esta isenção não é aplicável.
• Isenção para ativos e passivos de controladas
Esta isenção não é aplicável, já que o uso desta isenção é feito no nível da subsidiária, associada ou joint venture que adota IFRS depois da Controladora.
• Instrumentos financeiros compostos
Não há operações envolvendo esse tipo de instrumento financeiro.
• Designação de instrumentos financeiros previamente reconhecidos
Esta isenção não é aplicável, uma vez que a Companhia não tem instrumentos financeiros para serem designados como disponível para venda.
• Ativos e passivos financeiros medidos a valor justo
A Companhia não tem aplicado a isenção oferecida pela revisão do IAS 39/IAS 38 “instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração” no reconhecimento inicial dos
instrumentos financeiros medidos a valor justo por meio do resultado onde não existe um mercado ativo, esta isenção não é aplicável.
• Isenção relacionada às mudanças em passivos por desativação, restauração e outros passivos similares incluídos no custo do imobilizado
A Companhia não tem passivos por desativação relacionado ao imobilizado e, portanto esta isenção não é aplicável.
• Contratos de concessão
A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 12, “Contratos de Serviço de Concessão” e, portanto esta isenção não é aplicável.
• Custo de empréstimos
Esta isenção não é aplicável à Companhia.
• Transferência de ativos de clientes
A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 18, “Transferência de Ativos dos Clientes”, a isenção não se aplica.
• Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência
A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 19, “Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência”, esta isenção não se aplica.
• Benefícios a empregados
A Companhia não possui planos de benefícios definidos significativos. Desta forma, a isenção não é relevante.
5.1.3 Exceções à aplicação retrospectiva adotadas pela Companhia
A Companhia aplicou as seguintes exceções obrigatórias na aplicação retrospectiva:
• Estimativas
As estimativas segundo os IFRS em 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2009 são consistentes com as estimativas utilizadas nas mesmas datas segundo práticas adotadas
anteriormente pela Companhia. Não há evidência que estas estimativas apresentavam erros.
• Baixa de ativos e passivos financeiros
Ativos e passivos financeiros baixados antes de 1º de janeiro de 2009 não foram reconhecidos novamente para IFRS. A aplicação desta exceção não tem impacto significativo nestas
demonstrações financeiras.

                                                                                                                                                                              33
• Contabilização de Hedge
A Companhia optou pela não aplicação da contabilização de hedge accounting. Desta forma, nenhum ajuste foi requerido.
• Participação de não-controladores
A Companhia aplicou prospectivamente da data da transição para IFRS o requerimento do IAS 27/ CPC 36 (R1) “demonstrações consolidadas” atribuindo total resultado abrangente
do período aos não-controladores; e para a contabilização de mudanças na participação da Controladora com relação a uma subsidiária.
5.2. Reconciliação entre as antigas práticas contábeis adotadas no Brasil e IFRS
Como descrevemos acima, na preparação do balanço patrimonial de abertura, a Companhia ajustou os montantes reportados previamente nas demonstrações financeiras preparadas
de acordo com as práticas contábeis brasileiras adotadas anteriormente, as quais foram publicadas para o ano findo em 31 de dezembro de 2008.
5.2.1. Explicação dos efeitos de transição para IFRS
a) Garantias Financeiras
As práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente não ofereciam um guia específico de contabilização dos contratos de garantia financeira. A Companhia determinou a política de
contabilização baseada nos requerimentos dos US GAAP Baseado nesse, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias financeiras emitidos depois de 31 de dezembro de 2002.
                                                        .
De acordo com a norma, IAS 39/CPC 38, contratos de garantia financeira são contratos que requerem que o emissor faça pagamentos para reembolsar o emitente de uma perda que
incorreu porque o devedor falhou em fazer os pagamentos quando necessário, de acordo com os termos do instrumento de dívida. O IAS 39/CPC 38 define que esses contratos sejam
inicialmente reconhecidos a valor justo. Além disso, o IAS 39/CPC 38 não tem isenção para aplicação retrospectiva na contabilização de contratos de garantia financeira ocorridos
antes de 1º de janeiro de 2002.
Todas as vendas com garantias financeiras embutidas são tratadas como contratos de múltiplo elemento. As receitas relativas a essas garantias financeiras são diferidas e reconhecidas
durante o tempo de vigência dos contratos.
A Companhia reconheceu contratos de garantias financeiras de R$ 318.093 e R$ 293.306, em 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009, respectivamente e foi reconhecido no
resultado de 2009 R$ 30.700 como receita de vendas.
b) Garantia de valor residual
As práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente não ofereciam um guia específico de contabilização de contratos de garantia de valor residual. A Companhia determinou
sua política de contabilização baseada nas definições dos US GAAP Com base neste, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias de valor residual emitidos após 31 de
                                                                   .
dezembro de 2002.
Com relação às garantias de valor residual, o IFRS 4/CPC 11 “Contratos de seguros” definem a garantia de valor residual como uma garantia concedida por uma parte sobre o valor
justo de um ativo não financeiro em uma determinada data futura.
Considerando que os contratos de garantia de valor residual emitidos pela Companhia compensam os detentores dessas garantias apenas pelas mudanças no valor justo dos ativos
garantidos, esses contratos têm tratamento similar a dos instrumentos derivativos de acordo com o IAS 39/CPC 38 e, desta forma, devem ser mensurados a valor justo. As variações
de valor justo destes instrumentos são reconhecidas diretamente no resultado do exercício. O IAS 39/CPC 38 não oferece isenção de aplicação retrospectiva na contabilização de
instrumentos derivativos e, portanto, a Companhia reconheceu na data de transição todos os contratos de valor residual emitidos em ou antes de 31 de dezembro de 2002.
De acordo com o IFRS, os montantes de R$ 22.138 e R$ 14.521 foram reconhecidos respectivamente em 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009, e o ajuste de remensuração de
valor justo de R$ 1.923 foi registrado em despesas financeiras em 2009.
c) Benefícios pós-emprego
A Companhia elegeu aplicar o IFRS 1/CPC 37, isenção de benefícios aos empregados. Desta forma, os ganhos atuariais líquidos acumulados totalizaram R$ 2.366 os quais não
haviam sido reconhecidas pelas práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente, foram reconhecidos em lucros acumulados em 1º de janeiro de 2009. O mesmo ajuste foi
aplicado em 31 de dezembro de 2009.
d) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes
Os ajustes nos saldos patrimoniais do imposto de renda e contribuição social diferidos decorrentes dos efeitos dos ajustes de transição totalizaram R$ 115.679 em 1º janeiro de 2009
e R$ 104.663 em dezembro de 2009 e R$ 11.016 no resultado de 2009.
e) Resultados acumulados
Exceto pelas reclassificações, todos os ajustes descritos acima foram registrados em contrapartida dos resultados acumulados em 1º de janeiro de 2009.
f) Lucro por ação
De acordo com a norma brasileira, o lucro (perda) líquido por ação era apenas apresentado nas demonstrações financeiras da controladora e não era apresentado nas demonstrações
financeiras consolidadas. O lucro (perda) por ação é calculado com base no número de ações em circulação no final do exercício.
De acordo com os IFRS, o lucro por ação passou a ser apresentado com base na média ponderada das ações em circulação durante o exercício, excluindo ações em tesouraria. O
resultado por ação diluído também passou a ser apresentado, levando em consideração o efeito potencial decorrente de opções de ações que podem diluir o resultado pelo aumento
da quantidade de ações.
g) Reclassificações
(i) De acordo com IAS 12/CPC 26 “tributos sobre o lucro” os impostos diferidos ativos e passivos são apresentados de forma líquida quando a Companhia possui o direito legal para
tal apresentação, sendo apresentados, em sua totalidade, no ativo ou passivo não circulante.
(ii) De acordo com as práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente, a participação de não Controladoras era apresentada em rubrica específica no balanço patrimonial, fora
do patrimônio líquido. De acordo com a norma, as participações de não-controladores são apresentadas no balanço patrimonial, no patrimônio líquido.
5.2.2. Reconciliações
a) Reconciliação do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2009 e 1º de janeiro de 2009
                                                                                                                       Controladora                        Consolidado
                                                                                                     Nota     31.12.2009         01.01.2009        31.12.2009      01.01.2009
Patrimônio líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP (GAAP anterior)                               5.069.182          6.043.244          5.020.805       5.970.531
  Garantias financeiras                                                                         (5.2.1(a))        (293.306)         (318.093)          (293.306)       (318.093)
  Garantias financeiras de valor residual                                                       (5.2.1(b))         (14.521)           (22.138)          (14.521)        (22.138)
  Plano de benefício definido                                                                     (5.2.(c))          2.366              2.366             2.366           2.366
  Efeitos do IR diferido sobre os ajustes do IFRS                                              (5.2.1(d))         104.663           115.679            104.663         115.679
  Apresentação da participação dos não-controladores                                                                      -                 -          157.285         163.494
  Lucros não realizados                                                                                           (82.419)           (82.237)                 -                -
  Ajuste de conversão                                                                                              76.562                   -           55.928                 -
  Outras diferenças                                                                                                       -                 -          (13.408)         (9.524)
Patrimônio líquido reportado de acordo com os IFRS                                                             4.862.527          5.738.821          5.019.812       5.902.315
b) Reconciliação do resultado abrangente em 31 de dezembro de 2009
                                                                                                                                                  Controladora     Consolidado
                                                                                                                                         Nota          890.357         894.592
Lucro Líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP (GAAP anterior)
  Garantias financeiras                                                                                                               (5.2.1(a))         30.700          30.700
  Garantias financeiras de valor residual                                                                                             (5.2.1(b))          1.923           1.923
  Efeitos do IR diferido sobre os ajustes de IFRS                                                                                    (5.2.1(d))        (11.016)        (11.016)
  Apresentação da participação dos não-controladores                                                                                 (5.2.1(g))               -         25.179
  Lucros não realizados                                                                                                                                    129                 -
  Outros resultados abrangentes                                                                                                                     (1.559.507)     (1.590.894)
  Outras diferenças                                                                                                                                           -         (4.107)
Resultado abrangente reportado de acordo com IFRS                                                                                                     (647.414)       (653.623)

    34
6    INSTRUMENTOS FINANCEIROS ATIVOS POR CATEGORIA
a) Classificação por categoria:
(i) Controladora                                                                                           31.12.2010
                                                                                      Caixa e                      Ativos mensurados
                                                                                  equivalente     Empréstimos       ao valor justo por
                                                                     Nota            de caixa      e recebíveis     meio do resultado          Total
Caixa e equivalentes de caixa                                           7         1.668.509                   -                      -    1.668.509
Instrumentos financeiros ativos                                          8                   -                 -              729.596        729.596
Contas a receber de clientes, líquidas                                  9                   -         231.494                        -      231.494
Contas a receber de sociedades
 controladas                                                                                -        1.047.042                     -      1.047.042
Financiamento a clientes                                               10                   -          128.208                     -        128.208
                                                                                    1.668.509        1.406.744               729.596      3.804.849
                                                                                                           31.12.2009
                                                                                      Caixa e                      Ativos mensurados
                                                                                  equivalente     Empréstimos       ao valor justo por
                                                                     Nota            de caixa      e recebíveis     meio do resultado          Total
Caixa e equivalentes de caixa                                           7         2.131.274                   -                      -    2.131.274
Instrumentos financeiros ativos                                          8                   -                 -              809.745        809.745
Contas a receber de clientes, líquidas                                  9                   -         278.847                        -      278.847
Contas a receber de sociedades
 controladas                                                                                -        1.270.912                     -      1.270.912
Financiamento a clientes                                               10                   -           53.866                     -         53.866
Instrumentos financeiros derivativos                                    40                   -                -                10.247         10.247
                                                                                    2.131.274        1.603.625               819.992      4.554.891
                                                                                                           01.01.2009
                                                                                      Caixa e                      Ativos mensurados
                                                                                  equivalente     Empréstimos       ao valor justo por
                                                                     Nota            de caixa      e recebíveis     meio do resultado          Total
Caixa e equivalentes de caixa                                           7         3.101.535                   -                      -    3.101.535
Instrumentos financeiros ativos                                          8                   -                 -              521.775        521.775
Contas a receber de clientes, líquidas                                  9                   -         395.968                        -      395.968
Contas a receber de sociedades
 controladas                                                                                -        2.412.108                     -      2.412.108
Financiamento a clientes                                               10                   -           77.009                     -         77.009
Instrumentos financeiros derivativos                                    40                   -                -                 2.569          2.569
                                                                                    3.101.535        2.885.085               524.344      6.510.964
(ii) Consolidado
                                                                                                31.12.2010
                                                                  Caixa e                        Ativos mensurados      Investimentos
                                                              equivalente      Empréstimos         ao valor justo por    mantidos até
                                                      Nota       de caixa       e recebíveis      meio do resultado      o vencimento          Total
Caixa e equivalentes de caixa                            7    2.321.199                    -                        -               -     2.321.199
Instrumentos financeiros ativos                           8              -                  -             1.207.270           101.716      1.308.986
Contas a receber de clientes, líquidas                   9              -          581.943                          -               -       581.943
Financiamento a clientes                               10               -          117.459                          -               -       117.459
Contas a receber vinculadas                            11               -          896.814                          -               -       896.814
Instrumentos financeiros derivativos                    40               -                  -                 37.107                 -        37.107
                                                              2.321.199          1.596.216               1.244.377           101.716      5.263.508
                                                                                                31.12.2009
                                                                  Caixa e                        Ativos mensurados      Investimentos
                                                              equivalente      Empréstimos         ao valor justo por    mantidos até
                                                      Nota       de caixa       e recebíveis      meio do resultado      o vencimento          Total
Caixa e equivalentes de caixa                            7    2.772.618                    -                        -               -     2.772.618
Instrumentos financeiros ativos                           8              -                  -             1.628.518            75.624      1.704.142
Contas a receber de clientes, líquidas                   9              -          709.272                          -               -       709.272
Financiamento a clientes                               10               -           91.888                          -               -        91.888
Contas a receber vinculadas                            11               -          846.248                          -               -       846.248
Instrumentos financeiros derivativos                    40               -                  -                 42.828                 -        42.828
                                                              2.772.618          1.647.408               1.671.346            75.624      6.166.996
                                                                                                01.01.2009
                                                                  Caixa e                        Ativos mensurados      Investimentos
                                                              equivalente      Empréstimos         ao valor justo por    mantidos até
                                                      Nota       de caixa       e recebíveis      meio do resultado      o vencimento          Total
Caixa e equivalentes de caixa                            7    4.254.999                    -                        -               -     4.254.999
Instrumentos financeiros ativos                           8              -                  -                951.359           98.145      1.049.504
Contas a receber de clientes, líquidas                   9              -        1.062.495                          -               -     1.062.495
Financiamento a clientes                               10               -          284.662                          -               -       284.662
Contas a receber vinculadas                            11               -        1.118.606                          -               -     1.118.606
Instrumentos financeiros derivativos                    40               -                  -                 69.960                 -        69.960
                                                              4.254.999          2.465.763               1.021.319            98.145      7.840.226
b) Risco de crédito dos instrumentos financeiros:
                                                                     Controladora                                        Consolidado
                                                      31.12.2010     31.12.2009         01.01.2009       31.12.2010      31.12.2009      01.01.2009
Caixa e equivalentes de caixa                          1.668.509      2.131.274          3.101.535        2.321.199       2.772.618       4.254.999
Instrumentos financeiros ativos                           729.596        809.745            521.775        1.308.986       1.704.142       1.049.504
Total                                                  2.398.105      2.941.019          3.623.310        3.630.185       4.476.760       5.304.503
Contraparte com avaliação externa:
AAA                                                    2.054.348      2.753.361          3.494.504        3.041.609        3.888.503      4.699.368
AA                                                       213.440        135.406             38.142          388.323          383.038        363.814
A                                                        130.317         52.252             88.190          200.253          179.071        238.847
BBB                                                            -              -              2.474                -           26.148          2.474
Total                                                  2.398.105      2.941.019          3.623.310        3.630.185        4.476.760      5.304.503

                                                                                                                                               35
Controladora                                          Consolidado
                                                                         31.12.2010        31.12.2009         01.01.2009         31.12.2010      31.12.2009       01.01.2009
Contas a receber                                                            231.494           278.847            395.968            581.943         709.272        1.062.495
Contas a receber de sociedades controladas                                1.047.042         1.270.912          2.412.108                  -                 -              -
Financiamentos a clientes                                                   128.208             53.866            77.009            117.459          91.888          284.662
Contas a receber vinculadas                                                       -                    -               -            896.814         846.248        1.118.606
Total                                                                     1.406.744         1.603.625          2.885.085          1.596.216       1.647.408        2.465.763
Contraparte sem avaliação externa:
Grupo 1                                                                       2.254             33.616             8.698              3.300           62.751           15.019
Grupo 2                                                                      63.958            125.944           160.526            293.967          267.326          382.851
Grupo 3                                                                   1.340.532          1.444.065         2.715.861          1.298.949        1.317.331        2.067.893
Total                                                                     1.406.744          1.603.625         2.885.085          1.596.216        1.647.408        2.465.763
Grupo 1 : Novos clientes (menos de um ano)
Grupo 2 : Clientes (mais de um ano) inadimplentes
Grupo 3 : Clientes (mais de um ano) adimplentes

 7    CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
                                                                                           Controladora                                          Consolidado
                                                                         31.12.2010        31.12.2009         01.01.2009         31.12.2010      31.12.2009       01.01.2009
Caixa e bancos:
 Dólar norte-americano                                                         5.075            15.105                928            68.730           71.514           31.068
 Reais                                                                         1.136             1.737            254.841             2.368            8.348          258.737
 Euro                                                                             20                33                 89            34.328           64.768           88.906
 Outras                                                                            6             1.385              1.169            63.001           32.264           26.542
 Numerário em trânsito (USD)                                                     528            13.158            252.464             2.790           13.159          252.464
                                                                               6.765            31.418            509.491           171.217          190.053          657.717
Aplicações financeiras:
 Em Reais:
 Fundos de investimento exclusivos (FIEs)
  Títulos públicos (i)                                                            -                 25             1.468                  -               25            1.720
  Operações compromissadas (ii)                                             843.611          1.353.028         1.189.872            843.611        1.353.028        1.190.022
  Títulos privados (iii)                                                      3.176            146.633            44.609              3.176          146.633           45.667
 Títulos em carteira
  Títulos privados (iii)                                                    283.285                  -                 -            299.032            7.729                -
                                                                          1.130.072          1.499.686         1.235.949          1.145.819        1.507.415        1.237.409
Em dólar norte-americano:
 Depósitos a prazo fixo (iv)                                                 331.311             34.875           149.444            635.773          259.385          285.062
 Fundos de investimento (v)                                                 200.361            565.295         1.197.186            319.633          808.455        2.007.888
 Overnight                                                                        -                  -             9.465                  -            1.033           55.948
Outras moedas:
 Overnight                                                                        -                  -                 -             48.757            6.277           10.975
                                                                            531.672            600.170         1.356.095          1.004.163        1.075.150        2.359.873
                                                                          1.668.509          2.131.274         3.101.535          2.321.199        2.772.618        4.254.999
As taxas de juros em 31 de dezembro de 2010, relacionadas às aplicações financeiras efetuadas em reais e em dólares foram de 10,05% e 1,58% (10,16% e 3,06% em 31 de
dezembro de 2009), respectivamente.
Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de janeiro de 2010, os equivalentes de caixa denominados em reais eram compostos por:
(i) Títulos emitidos pelo Governo Brasileiro compostos, substancialmente, por Letras do Tesouro Nacional – LTN, Letras Financeiras do Tesouro – LFT e Notas do Tesouro Nacional –
NTN, com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação.
(ii) Referem-se às operações de compra de ativos, substancialmente, títulos públicos, com o compromisso de recompra à uma taxa previamente estabelecida pelas partes, geralmente
com prazo de um dia.
(iii) Referem-se, substancialmente, a Certificados de Depósito Bancário – CDBs, emitidos por instituições financeiras no Brasil, podendo ser resgatados em prazo inferior a 90 dias
sem penalizar a remuneração.
Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e em 1º de janeiro de 2009, as carteiras dos Fundos de Investimento Exclusivos (FIEs), eram compostas substancialmente, por títulos
públicos federais de alta liquidez, registrados pelos seus valores de realização. Nessas mesmas datas, esses fundos não possuíam obrigações significativas com terceiros, estando
essas limitadas às taxas de administração de ativos e outros serviços inerentes às operações de Fundos, despesas essas que já foram deduzidas da rentabilidade apurada.
Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de janeiro de 2010, os equivalentes de caixa denominados em dólares eram compostos por:
(i) Depósitos a prazo fixo junto a instituições financeiras de primeira linha com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação; e
(ii) Fundos de investimento (Money Market Funds) com liquidez diária, emissão de instituições de primeira linha no exterior.

 8    INSTRUMENTOS FINANCEIROS ATIVOS
                                                                                                                     CONTROLADORA
                                                                                 31.12.2010                            31.12.2009                        01.01.2009
                                                                         Destinado à                           Destinado à                        Destinado à
                                                                         negociação                Total       negociação         Total           negociação              Total
Em Reais:
Fundos de investimento exclusivos (FIEs)
 Títulos privados                                                           566.065            566.065             8.853              8.853           30.440           30.440
 Títulos públicos                                                            33.743             33.743           606.381            606.381          300.416          300.416
 Outros                                                                         759                759               759                759              759              759
Total em Reais                                                              600.567            600.567           615.993            615.993          331.615          331.615
Em dólar norte-americano:
 Depósito a prazo fixo                                                       129.029            129.029           193.247            193.247          189.687          189.687
 Fundo de investimentos                                                           -                  -                 -                  -                -                -
 Títulos públicos (i)                                                             -                  -               505                505              473              473
 Outros                                                                           -                  -                 -                  -                -                -
Total em dólar norte-americano                                              129.029            129.029           193.752            193.752          190.160          190.160
Total                                                                       729.596            729.596           809.745            809.745          521.775          521.775
Ativo Circulante                                                            729.596            729.596           809.240            809.240          521.302          521.302
Não Circulante                                                                    -                  -               505                505              473              473

     36
CONSOLIDADO
                                                         31.12.2010                                     31.12.2009                                       01.01.2009
                                           Destinado à   Mantido até o                    Destinado à   Mantido até o                     Destinado à    Mantido até o
Em Reais:                                  negociação     vencimento            Total     negociação     vencimento               Total   negociação      vencimento            Total
Fundos de investimento exclusivos (FIEs)
 Títulos privados                            566.065                -       566.065           8.853                  -          8.853        30.440                  -       30.440
 Títulos públicos                             33.743                -        33.743         606.381                  -        606.381       300.416                  -      300.416
 Outros                                          759            3.946         4.705             759                  -            759           759                  -          759
Total em reais                               600.567            3.946       604.513         615.993                  -        615.993       331.615                  -      331.615
Em dólar norte-americano:
 Depósito a prazo fixo                        196.224               -        196.224          417.368                 -         417.368      189.687                -         189.687
 Fundo de investimentos                      389.957               -        389.957          531.774                 -         531.774      346.542                -         346.542
 Títulos públicos (i)                         20.505          36.223         56.728           62.466            75.624         138.090       82.092           98.145         180.237
 Outros                                           17          61.547         61.564              917                 -             917        1.423                -           1.423
Total em dólar norte-americano               606.703          97.770        704.473        1.012.525            75.624       1.088.149      619.744           98.145         717.889
Total                                      1.207.270         101.716      1.308.986        1.628.518            75.624       1.704.142      951.359           98.145       1.049.504
Ativo Circulante                           1.207.253          14.945      1.222.198        1.627.096            33.707       1.660.803      867.844           22.027         889.871
Não Circulante                                    17          86.771         86.788            1.422            41.917          43.339       83.515           76.118         159.633
Em 31 de dezembro de 2010, 2009 e em 1º de janeiro de 2009, a Companhia mantinha investimentos em fundos privados do mercado monetário, cujos ativos essencialmente
consistiam em títulos emitidos pela União, certificados de depósito bancários e debêntures emitidas por empresas públicas no Brasil. Os fundos são exclusivamente para o benefício
da Companhia e são administrados por terceiros que cobram uma comissão mensal. Os investimentos são ajustados ao valor de Mercado diariamente com as alterações em valor
justo refletidas no resultado das operações uma vez que a Companhia considere estes investimentos como Destinados à negociação.
Os referidos fundos privados de investimento não têm obrigações financeiras significativas. As obrigações financeiras limitam-se à gestão de ativos e a taxas de custódia, a taxas de
auditoria e a despesas similares. Nenhum ativo da Companhia foi usado como garantia para essas obrigações e os credores dos fundos não têm direito de regresso contra o crédito
geral da Companhia.
(i) Títulos da Dívida Pública Externa emitida pelo Governo Brasileiro que estão classificados como Destinados à negociação.
São recebíveis representados por títulos do Governo Brasileiro NTNs, que estão denominados em dólar, adquiridos pela Companhia de seus clientes, relacionados à equalização da
taxa de juros a ser paga pelo Programa de Financiamento às Exportações – PROEX, entre o 11º e 15º ano após a venda das respectivas aeronaves, os quais foram reconhecidos a
valor presente. Esses títulos estão classificados como Mantidos até o vencimento, uma vez que a Companhia tem a intenção e a capacidade de manter em carteira.
 9      CONTAS A RECEBER DE CLIENTES, LÍQUIDAS
                                                                                          Controladora                                              Consolidado
                                                                         31.12.2010       31.12.2009         01.01.2009           31.12.2010        31.12.2009           01.01.2009
Clientes no exterior                                                        194.104          187.334            284.965              515.558           532.304              909.423
Comando da Aeronáutica (i)                                                   37.598            83.502           114.939              106.606           216.979              223.004
Clientes no País                                                             10.390            18.704             8.202               21.200            26.145               12.850
                                                                            242.092          289.540            408.106              643.364           775.428            1.145.277
Provisão para créditos de liquidação duvidosa                               (10.598)          (10.693)          (12.138)             (61.421)          (66.156)             (82.782)
                                                                            231.494          278.847            395.968              581.943           709.272            1.062.495
Menos - Circulante                                                          231.494          278.847            395.968              580.781           708.465            1.048.806
Não Circulante                                                                    -                   -               -                1.162                807              13.689
(i) Comando da Aeronáutica é considerado parte relacionada da Companhia.
O saldo do contas a receber reconhecido pelo método do POC (Percentage-of-Completion) totalizou R$ 224.147, em 31 de dezembro de 2010, já a receita registrada no ano foi
de R$ 805.225.
Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de R$ 167.536 Controladora e R$ 287.976 Consolidado (31 de dezembro de 2009 R$ 152.903 Controladora e R$ 441.946
Consolidado e 1º de janeiro de 2009 R$ 235.442 Controladora e R$ 679.644 Consolidado) estavam totalmente adimplentes.
Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de clientes no valor de R$ 63.958 na Controladora e R$ 293.967 no Consolidado (31 de dezembro de 2009 R$ 125.944
Controladora e R$ 267.326 Consolidado e 1º de janeiro de 2009 R$ 160.526 Controladora e R$ 382.851 Consolidado) encontram-se vencidas, mas não impaired. Essas contas
referem-se a uma série de clientes independentes que não têm histórico de inadimplência recente. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo:
                                                                                                                                                   Controladora
                                                                                                                                     2010             2009       01.01.2009
Até 90 dias                                                                                                                        37.568           87.712           123.797
De 91 a 180 dias                                                                                                                   13.314           20.259            18.300
Mais de 180 dias                                                                                                                   13.076           17.973            18.429
                                                                                                                                   63.958         125.944            160.526
                                                                                                                                                   Consolidado
                                                                                                                                     2010             2009       01.01.2009
Até 90 dias                                                                                                                       256.023         179.796            255.902
De 91 a 180 dias                                                                                                                   22.173           40.924            43.871
Mais de 180 dias                                                                                                                   15.771           46.606            83.078
                                                                                                                                  293.967         267.326            382.851
As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas:
                                                                                                                                                        Controladora
                                                                                                                                        2010              2009       01.01.2009
Real                                                                                                                                   41.355           181.951         117.795
Dólar                                                                                                                                 190.139            96.896         278.173
                                                                                                                                      231.494           278.847         395.968
                                                                                                                                                        Consolidado
                                                                                                                                        2010              2009       01.01.2009
Real                                                                                                                                   74.449           188.348         121.545
Dólar                                                                                                                                 420.993           362.624         694.121
Euro                                                                                                                                   85.782           157.853         246.525
Outras moedas                                                                                                                             719               447             304
                                                                                                                                      581.943           709.272       1.062.495
A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue:
                                                                                                          Controladora                                      Consolidado
                                                                                                 2010                     2009                     2010                       2009
Saldo inicial                                                                                   10.693                   12.138                   66.156                     82.782
 Variação cambial                                                                                 (107)                  (1.924)                  (4.684)                   (18.654)
 Adição                                                                                          2.521                      539                   24.991                      8.979
 Reversão                                                                                          (46)                     (38)                  (2.229)                    (4.339)
 Baixas                                                                                         (2.463)                     (22)                 (22.813)                    (2.612)
Saldo final                                                                                      10.598                   10.693                   61.421                     66.156

                                                                                                                                                                               37
10 FINANCIAMENTO A CLIENTES
Refere-se ao financiamento parcial de algumas vendas de aeronaves novas efetuadas pela Companhia, substancialmente denominadas em dólares, com taxa de juros média em 31
de dezembro de 2010 de 5,20% a.a. na Controladora e 6,31 % a.a. no Consolidado (31 de dezembro de 2009 de 5,94% a.a. no Consolidado e 1º de janeiro de 2009 de 5,46%
a.a. no Consolidado), tendo como garantia as aeronaves objeto dos financiamentos, e estão a valor presente, quando aplicável. Os vencimentos desses financiamentos são mensais,
trimestrais e semestrais, classificados como a seguir:
                                                                                        Controladora                                            Consolidado
                                                                      31.12.2010         31.12.2009         01.01.2009         31.12.2010       31.12.2009     01.01.2009
Circulante                                                                  3.926                    -                 -           34.061            19.572         20.123
Não Circulante                                                            124.282             53.866            77.009             83.398            72.316        264.539
Total                                                                     128.208             53.866            77.009            117.459            91.888        284.662
Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e em 1º de janeiro de 2010, a carteira de financiamentos a clientes estava adimplente.
Em 31 de dezembro de 2010, os vencimentos de longo prazo dos financiamentos a clientes são os seguintes:
Ano                                                                                                                                   Controladora             Consolidado
2012                                                                                                                                       10.852                  19.607
2013                                                                                                                                        7.714                  11.696
2014                                                                                                                                        7.945                  10.545
2015                                                                                                                                       15.600                  17.568
2016                                                                                                                                       29.071                  23.982
Após 2016                                                                                                                                  53.100                        -
                                                                                                                                         124.282                   83.398
11 CONTAS A RECEBER VINCULADAS E DÍVIDAS COM E SEM DIREITO DE REGRESSO
a) Contas a receber vinculadas
                                                                                                                                              Consolidado
                                                                                                                            31.12.2010        31.12.2009      01.01.2009
Pagamentos mínimos de arrendamentos a receber                                                                                  758.659           713.165        1.082.748
Valor residual estimado de imobilizado de arrendamento                                                                         763.786           806.565        1.082.553
Receitas não realizadas – juros futuros                                                                                       (625.631)         (673.482)      (1.046.695)
Valor líquido a receber                                                                                                        896.814           846.248        1.118.606
Menos - Circulante                                                                                                              19.379            20.960           26.886
Não Circulante                                                                                                                 877.435           825.288        1.091.720
Em 31 de dezembro de 2010, o montante classificado como Não circulante possui os seguintes vencimentos:
Ano                                                                                                                                                            Consolidado
2012                                                                                                                                                             135.904
2013                                                                                                                                                               23.349
2014                                                                                                                                                               19.360
2015                                                                                                                                                               17.583
2016                                                                                                                                                               23.983
Após 2016                                                                                                                                                        657.256
                                                                                                                                                                 877.435
b) Dívidas com e sem direito de regresso
                                                                                                                                              Consolidado
                                                                                                                            31.12.2010        31.12.2009      01.01.2009
Com direito de regresso                                                                                                        738.482           793.526       1.042.454
Sem direito de regresso                                                                                                         45.086            90.206         136.690
                                                                                                                               783.568           883.732       1.179.144
Menos - Circulante                                                                                                             186.314           236.699         321.753
Não circulante                                                                                                                 597.254           647.033         857.391
Em 31 de dezembro de 2010, o montante classificado como passivo Não circulante tem os seguintes vencimentos:
Ano                                                                                                                                                            Consolidado
2012                                                                                                                                                             347.688
2013                                                                                                                                                               17.292
2014                                                                                                                                                               17.973
2015                                                                                                                                                               17.583
2016                                                                                                                                                               23.983
Após 2016                                                                                                                                                        172.735
                                                                                                                                                                 597.254
12 ESTOQUES
                                                                                        Controladora                                          Consolidado
                                                                      31.12.2010        31.12.2009        01.01.2009        31.12.2010        31.12.2009      01.01.2009
Produtos acabados (i)                                                    422.496           477.608           400.543           422.496           477.608         400.543
Produtos em elaboração (ii)                                            1.004.328         1.045.427         2.065.101         1.182.064         1.205.139       2.439.160
Matéria-prima                                                          1.014.891         1.270.136         1.945.820         1.253.771         1.563.351       2.343.954
Peças de reposição                                                       183.945           160.224           200.451           536.456           581.267         722.586
Aeronaves usadas para venda (iii)                                              -                   -               -           221.218           261.228         348.110
Materiais de consumo                                                      31.997            34.436            42.182            32.957            35.502          43.620
Mercadorias em trânsito                                                  267.328           246.432           687.520           348.485           377.192         852.207
Adiantamentos a fornecedores                                              19.999            43.118            74.723            58.625            92.978          82.859
Provisão para obsolescência (iv)                                        (116.183)         (154.119)         (182.396)         (254.722)         (277.474)       (301.282)
Provisão de ajuste ao valor de mercado (v)                                     -                   -               -          (138.588)          (59.551)        (65.562)
                                                                       2.828.801         3.123.262         5.233.944         3.662.762         4.257.240       6.866.195
Menos - Circulante                                                     2.828.801         3.123.262         5.233.944         3.654.591         4.245.983       6.847.595
Não Circulante                                                                 -                   -               -             8.171            11.257          18.600
(i) Aeronaves no estoque em:
31 de dezembro de 2010: 1 Legacy 600, 1 Legacy 650, 3 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195, 5 Phenom 100, 6 Phenom 300, 2 Lineage e 1 Ipanema;
31 de dezembro de 2009: 2 Legacy 600, 5 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 2 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195 e 12 Phenom 100;
1º de janeiro de 2009: 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 4 EMBRAER 190 e 1 EMBRAER 195.
Do total das aeronaves em estoque em 31 de dezembro de 2010, foram entregues até 16 de março 2011, 1 EMBRAER 195, 2 EMBRAER 190, 3 Phenom 300 e 1 Ipanema.
(ii) Incluem aeronaves pré-séries do Programa Phenom 100 e 300 no montante de R$ 39.405 (R$ 50.356 em 2009 e R$ 31.810 em 1º de janeiro de 2009), utilizadas para ensaios
visando à certificação da aeronave. Após as campanhas de certificação, a Companhia pretende vender essas aeronaves.

    38
(iii) Encontrava-se no estoque de produtos acabados Consolidado em 31 de dezembro de 2010: 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 3 EMBRAER 190
e 25 Citation Ultra e em 31 de dezembro de 2009 e 1º de janeiro de 2009: 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175 e 3 EMBRAER 190.
(iv) É constituída provisão para itens não movimentados há mais de dois anos e sem previsão de uso definido, de acordo com o programa de produção, bem como para cobrir eventuais
perdas com estoques de almoxarifado e produtos em processo excessivos ou obsoletos, exceto para o estoque de peças de reposição, cuja provisão é constituída por obsolescência
técnica ou itens sem movimentação há mais de seis anos. A movimentação da provisão para obsolescência:
                                                                                                          Controladora                                 Consolidado
                                                                                                   2010                   2009                   2010                    2009
Saldo inicial                                                                                   154.119                 182.396              277.474                301.282
  Provisão                                                                                              -                21.619                27.824                  52.576
  Baixa                                                                                         (30.472)                       -              (32.762)                 (2.125)
  Reversão                                                                                              -                      -               (2.806)                       -
  Efeito da variação cambial                                                                      (7.464)               (49.896)              (15.008)               (74.259)
Saldo final                                                                                      116.183                 154.119              254.722                277.474
Menos - Circulante                                                                              116.183                 154.119              254.722                277.474
Não Circulante                                                                                          -                      -                     -                       -
As baixas apresentadas referem-se a materiais sucateados.
(v) Refere-se à provisão constituída para ajuste ao valor de realização das aeronaves usadas e a movimentação está apresentada abaixo:
                                                                                                                                                     Consolidado
                                                                                                                                           31.12.2010            31.12.2009
Saldo inicial                                                                                                                                  59.551                65.562
 Provisão (i)                                                                                                                                  86.161                12.807
 Reversão                                                                                                                                           -                  (552)
 Efeito da variação cambial                                                                                                                    (7.124)              (18.266)
Saldo final                                                                                                                                    138.588                59.551
Menos - Circulante                                                                                                                            138.588                59.551
Não Circulante                                                                                                                                      -                     -
(i) Refere-se principalmente ao ajuste ao valor de realização de aeronaves pré-séries.
O custo dos estoques reconhecidos na Controladora em 2010 foi de R$ 6.359.302 (R$ 7.345.618 em 2009) e no Consolidado R$ 7.199.067 (R$ 8.281.938 em 2009).
Em 31 de dezembro de 2010, R$ 22.257 do montante de estoques foi concedido como garantia financeira.
13 OUTROS ATIVOS
                                                                                           Controladora                                            Consolidado
                                                                      31.12.2010           31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010         31.12.2009       01.01.2009
Depósito judicial (i)                                                    304.351              239.959           288.062            307.376            240.878          289.258
Crédito com fornecedores (ii)                                             43.559               34.396            41.493             44.610             35.311           41.846
Crédito de impostos (iii)                                                265.380              225.643           225.225            309.865            258.461          322.572
Caixa restrito                                                                 -                      -               -             47.748             35.838           64.782
Adiantamentos a empregados                                                24.718               22.891            22.429             26.092             24.205           23.421
Seguros a receber                                                         15.594               15.031            21.944             15.604             14.846           21.921
Incentivo fiscal - Fundo de Investimento da Amazônia – FINAM (líquido)      9.604                 9.604            9.604              9.604               9.604           9.604
Adiantamento de comissão                                                   1.972                      -               -              1.972                    -              -
Penhoras e cauções                                                           669                      -               -              9.191                    -              -
Adiantamento para serviços prestados                                       6.403                 6.579           12.124              6.505               6.579          12.124
Benefícios a receber                                                       1.269                      -               -              1.269                    -              -
Empréstimo compulsório                                                         -                      -               -              1.318                    -              -
Contribuição de parceiros a receber                                            -                      -          46.740                  -                    -         46.740
Dividendos a receber                                                       2.721                      -               -                  -                    -              -
Adiantamento para futuro aumento de capital                              126.848                      -               -                  -                    -              -
Despesas pagas antecipadamente                                            32.017               33.187            70.896             47.291             40.734           77.009
Outros                                                                    10.416               22.923            21.422             25.449             27.753           36.532
                                                                         845.521              610.213           759.939            853.894            694.209          945.809
Menos - Circulante                                                       354.032              296.393           392.823            458.797            374.844          561.144
Não Circulante                                                           491.489              313.820           367.116            395.097            319.365          384.665
(i) Refere-se aos depósitos sobre causas tributárias, substancialmente o imposto de renda e contribuição social, as quais estão sendo contestadas judicialmente. Tendo em vista que
esses depósitos não foram efetuados pelo valor integral da obrigação tributária em discussão ou não há provisão constituída no passivo por não ser essa perda considerada provável,
os mesmos estão sendo apresentados no ativo circulante (Nota 24).
(ii) Corresponde a retrabalhos realizados em produtos fornecidos por terceiros, os quais serão reembolsados pelos mesmos consoante termos contratuais.
(iii) Crédito de impostos:
                                                                                           Controladora                                            Consolidado
                                                                          31.12.2010       31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010         31.12.2009       01.01.2009
ICMS e IPI                                                                    50.569           55.415            73.778             66.461             68.000          122.183
Imposto de renda                                                             151.904          134.597            87.507            168.033            149.959          122.358
PIS e COFINS                                                                  53.508           31.453            60.488             57.584             32.596           69.061
Outros                                                                         9.399             4.178            3.452             17.787               7.906           8.970
                                                                             265.380          225.643           225.225            309.865            258.461          322.572
Menos - Circulante                                                           217.997          173.756           157.970            249.006            198.220          246.100
Não Circulante                                                                47.383           51.887            67.255             60.859             60.241           76.472
14 DEPÓSITOS EM GARANTIA
                                                                                           Controladora                                            Consolidado
                                                                          31.12.2010       31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010         31.12.2009       01.01.2009
Garantia de estrutura de vendas (i)                                                -                  -               -            439.137            537.788          700.518
Garantia de financiamento de vendas (ii)                                      331.694          338.913                 -            331.694            338.913          433.232
Outras                                                                         3.394             3.317           18.691              3.672               3.605          18.886
                                                                             335.088          342.230            18.691            774.503            880.306        1.152.636
Menos - Circulante                                                                 -                  -               -                  -                    -              -
Não Circulante                                                               335.088          342.230            18.691            774.503            880.306        1.152.636
(i) Valores em dólares depositados em uma conta de caução como garantia de financiamento de certas aeronaves vendidas. Caso o fiador da dívida (parte não relacionada) seja
requerido a pagar ao credor do financiamento, o fiador terá direito ao saldo da conta de caução. O montante depositado será liberado por ocasião do vencimento dos contratos de
financiamento (de 2013 a 2021) caso não ocorra inadimplência do comprador das aeronaves. Os juros sobre a conta de caução são adicionados ao saldo do principal e reconhecidos
pela Companhia como Receita financeira.

                                                                                                                                                                           39
Buscando garantir rentabilidade compatível com o prazo da caução, em 2004, a Embraer aplicou US$ 123.400 mil de principal em notas estruturadas. Em caso de evento de
default da Embraer, tais notas terão seus vencimentos antecipados, e serão realizadas pelo seu valor de mercado, limitando-se, no mínimo, aos valores originalmente aplicados. A
diferença entre o valor de mercado e o valor aplicado, se positiva, será paga à Companhia em forma de títulos ou empréstimos da mesma. Eventos de default que podem antecipar
o vencimento das notas são, entre outros: (a) insolvência ou concordata da Embraer; e (b) inadimplência ou reestruturação de dívidas da Embraer em contratos de financiamento. Os
juros apurados mensalmente são incorporados ao principal e reconhecidos como receita financeira do período. Em 2010, o montante US$ 35.330 mil (US$ 26.385 mil de principal)
foi transferido para investimentos de longo prazo, uma vez que cessou o gravame sobre tal parcela.
(ii) Aplicações financeiras denominadas em dólares, vinculadas às estruturas de vendas, cuja desvinculação depende da conclusão dessas estruturas. Essas aplicações são remuneradas
com base na variação da LIBOR anual.
15 INVESTIMENTOS
a) Valores dos investimentos
                                                                                                   Controladora                                                 Consolidado
                                                                            31.12.2010             31.12.2009           01.01.2009            31.12.2010        31.12.2009         01.01.2009
Em sociedades controladas:
ECC do Brasil Cia. de Seguros                                                    4.003                  4.017                4.468                       -                     -              -
ELEB Equipamentos Ltda.                                                         74.827                 57.210               87.261                       -                     -              -
Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL                                                   681                    811                1.270                       -                     -              -
Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH                                            352.155                356.720              222.347                       -                     -              -
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd.                                                    21.576                 18.984               24.577                       -                     -              -
Embraer Aviation Europe SAS - EAE                                              171.195                177.414              174.865                       -                     -              -
Embraer Credit Ltd. – ECL                                                        6.160                  5.206                5.329                       -                     -              -
Embraer GPX Ltda.                                                                1.949                    318                    1                       -                     -              -
Embraer Overseas Limited                                                        15.905                 15.677                9.699                       -                     -              -
Embraer Representation LLC – ERL                                               190.949                253.597              304.340                       -                     -              -
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                           1.429.609              1.561.012            2.032.382                       -                     -              -
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA                                            -                      -                1.146                       -                     -              -
Outros                                                                               -                      -                    -                       8                     9             10
                                                                             2.269.009              2.450.966            2.867.685                       8                     9             10
b) Movimentação do investimento na Controladora
                                                                                                                          Var.camb/                             Transfer. p/
                                                                                                                              ajuste                               prov. p/
                                                                               Saldo em              Equival.            acumulado                                passivo a           Saldo em
                                                                            31.12.2009                patrim.             conversão             Adição          descoberto         31.12.2010
ECC do Brasil Cia. de Seguros                                                     4.017                   (14)                     -                 -                     -             4.003
ELEB Equipamentos Ltda.                                                         57.210                21.861                 (4.244)                 -                     -           74.827
Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL                                                    811                 (209)                     79                 -                     -               681
Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH                                            356.720                11.961               (16.526)                  -                     -          352.155
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd.                                                    18.984                 3.705                 (1.113)                 -                     -           21.576
Embraer Aviation Europe SAS - EAE                                              177.414                14.848               (21.067)                  -                     -          171.195
Embraer Credit Ltd. – ECL                                                         5.206                1.244                   (290)                 -                     -             6.160
Embraer GPX Ltda.                                                                   318                1.631                       -                 -                     -             1.949
Embraer Overseas Limited                                                        15.677                   949                   (721)                 -                     -           15.905
Embraer Representation LLC – ERL                                               253.597               (52.972)                (9.676)                 -                     -          190.949
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                           1.561.012               (73.737)              (73.882)            16.216                      -        1.429.609
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA                                              -                 790                     (24)                -                (766)                   -
                                                                             2.450.966               (69.943)             (127.464)            16.216                 (766)         2.269.009

                                                                                                          Var.camb/                                             Transfer. p/
                                                                                                              ajuste                                               prov. p/
                                                                     Saldo em          Equival.          acumulado                                                passivo a           Saldo em
                                                                  01.01.2009            patrim.           conversão         Dividendos           Adição         descoberto         31.12.2009
ECC do Brasil Cia. de Seguros                                           4.468               (35)               (258)              (158)               -                    -             4.017
ELEB Equipamentos Ltda.                                               87.261            (7.406)            (22.647)                  2                -                    -           57.210
Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL                                        1.270             (398)                  (61)                -                -                    -               811
Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH                                  222.347           13.470              (57.932)                  -         178.835                     -          356.720
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd.                                          24.577             1.571               (7.164)                 -                -                    -           18.984
Embraer Aviation Europe SAS - EAE                                    174.865           48.696              (46.147)                  -                -                    -          177.414
Embraer Credit Ltd. – ECL                                               5.329            1.416               (1.539)                 -                -                    -             5.206
Embraer GPX Ltda.                                                           1              314                     3                 -                -                    -               318
Embraer Overseas Limited                                                9.699          11.651                (5.673)                 -                -                    -           15.677
Embraer Representation LLC – ERL                                     304.340           33.261              (84.004)                  -                -                    -          253.597
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                 2.032.382           47.255             (518.625)                  -                -                    -        1.561.012
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA                               1.146           (2.604)                (797)                 -                -              2.255                    -
                                                                   2.867.685          147.191             (744.844)               (156)        178.835               2.255          2.450.966
c) Informações relativas às controladas diretas
                                                                         31.12.2010                                                                       31.12.2009
                                          Participação                                                            Lucro                                                                    Lucro
                                            no capital     Total dos      Total dos        Patrimônio         (prejuízo)          Total dos         Total dos       Patrimônio         (prejuízo)
                                              social %        ativos       passivos            líquido      do exercício             ativos          passivos           líquido      do exercício
ECC do Brasil Cia. de Seguros                   99,99         4.111               5             4.106               (14)             4.122                  2            4.120               (33)
ELEB Equipamentos Ltda.                         99,99      252.010        170.880             81.130            24.929            268.331           208.606            59.725             (8.128)
Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL               100,00         1.137            455                682              (209)             1.222               410               812              (348)
Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH            100,00      508.183        152.674            355.509            12.192            504.849           144.902           359.947              9.226
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd.                   100,00      127.315        105.738             21.577             3.705            139.906           120.922            18.984                672
Embraer Aviation Europe SAS - EAE              100,00      176.883           1.714           175.169            17.017            183.070              3.699          179.371            40.884
Embraer Credit Ltd. – ECL                      100,00       44.517          38.358              6.159            1.244             46.852             41.647             5.205             1.233
Embraer GPX Ltda.                               99,99       17.176          15.227              1.949            1.631               8.034             7.716               318               314
Embraer Overseas Limited                       100,00    1.497.332      1.481.428             15.904                949         1.562.339         1.546.663            15.676              8.438
Embraer Representation LLC – ERL               100,00      250.047          59.098           190.949           (52.972)           291.670             38.073          253.597            26.807
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH             100,00    1.466.041          36.432         1.429.609           (73.739)         1.588.079             27.067        1.561.012            44.664
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA       99,99       22.671          23.152               (481)              726            21.367             22.574            (1.207)           (1.706)
                                                                                                               (64.541)                                                                122.023
Para apuração da equivalência patrimonial foram excluídos lucros não realizados nas operações tanto de venda da Controladora para a controlada quanto da controlada para a
Controladora ou entre as controladas.
A Controladora constituiu provisão correspondente ao valor do passivo a descoberto de suas controladas no montante de R$ 766 em 2010, a qual está registrada na rubrica provisão para
perdas em investimentos em sociedades controladas. As contrapartidas das provisões constituídas foram classificadas em contrapartida do resultado, na rubrica “equivalência patrimonial”.


    40
16 PARTES RELACIONADAS
a) Operações com partes relacionadas
Operações com partes relacionadas são transações realizadas entre a Controladora com suas subsidiárias diretas ou indiretas (descritas na Nota 2.b) ou acionistas diretos ou indiretos
(Banco do Brasil, BNDES e Comando da Aeronáutica), em condições similares àquelas praticadas com partes independentes, e referem-se basicamente a:
• valores ativos: (i) contas a receber das controladas pela venda de peças de reposição e aeronaves e desenvolvimento de produtos, em condições semelhantes àquelas realizadas
  com terceiros, considerando-se os volumes, prazos , riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas
  pela Companhia na captação de recursos em moeda estrangeira; (iii) recebimentos em nome da Embraer pela controlada Embraer Finance Ltd. - EFL, sem remuneração; (iv) saldos
  em aplicações financeiras e (v) saldos em conta corrente bancária;
• valores passivos: (i) aquisição de partes de aeronaves e peças de reposição, em condições semelhantes àquelas realizadas com terceiros, considerando-se os volumes, prazos, riscos
  envolvidos e políticas corporativas; (ii) adiantamentos recebidos por conta de contratos de vendas, conforme cláusula contratual; (iii) comissão por venda de aeronaves e peças de
  reposição em condições semelhantes àquelas realizadas com terceiros; (iv) financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos a taxas de juros de mercado para esse
  tipo de modalidade de financiamento; (v) empréstimos e financiamentos nas condições normais de mercado; (vi) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de
  juros praticadas pela Companhia na captação desses recursos e (vii) financiamentos à exportação;
• valores no resultado: (i) compra e venda de aeronaves, partes e peças de reposição e desenvolvimento de produtos para o mercado de defesa e segurança; (ii) receitas financeiras
  provenientes de contratos de mútuo e aplicações financeiras; (iii) encargos financeiros sobre financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos, financiamento de
  importação, financiamento à exportação e adiantamento de contrato de câmbio e (iv) despesas com comissão de vendas de aeronaves e peças de reposição.
i) Controladora – 31.12.2010
                                                                                     Circulante                         Não circulante                  Resultado             Lucro
                                                                                Ativo           Passivo               Ativo           Passivo           Financeiro         (prejuízo)
Banco do Brasil S.A.                                                         271.987                  -            331.358                  -              10.312                  -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES                     331             2.145                    -         550.000               (37.325)                 -
Comando da Aeronáutica                                                        37.598           144.664                    -           16.490                     -         244.920
ECC Leasing Co. Ltd.                                                          32.878               217             122.003                  -               4.870           79.321
ELEB - Equipamentos Ltda.                                                      3.251            12.434              45.192                  -               2.055         (164.712)
Embraer Aircraft Customer Services, Inc. – EACS                               69.699            12.457                    -                 -                 259           45.639
Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH                                                 -                 -             66.648                  -               2.795            (1.419)
Embraer Aircraft Maintenance Services Inc.- EAMS                               1.615               670                    -                 -                    -              139
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. - EAP                                            17.651             3.731              72.804                  -               1.612            (1.460)
Embraer Aviation International SAS – EAI                                      28.499            40.509                    -                 -                 129          (10.963)
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA                                      2.482                  -             12.600                  -                    -          23.937
Embraer Australia PTY Ltd. - EAL                                                  60                  -                   -                 -                    -                 -
Embraer CAE Training Services - ECTS                                                -            2.473                    -                 -                    -           (4.805)
Embraer Credit Ltd. – ECL                                                           -                 -             35.025                  -                    -                 -
Embraer Executive Jet Services - EEJS                                               -              694                    -                 -                    -                 -
Embraer Finance Ltd. – EFL                                                          -              184             575.702                  -               7.190                  -
Embraer GPX Ltda                                                              10.576             1.044               2.109                  -                  69             3.308
Embraer Representation LLC - ERL                                                    -             (192)                   -                 -                    -        (172.104)
Embraer Services Inc. – ESI                                                      187             9.570                    -                 -                    -         (42.590)
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                                  -                 -             36.383                  -                 697                  -
Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP                                           -           23.957                    -           62.173               (1.026)                 -
Harbin Embraer Aircraft Industry
 Company Ltd. - HEAI                                                            4.317                    -                  -                   -                 -          22.052
OGMA – Indústria Aeronáutica de
 Portugal S.A.                                                                      18             1.034                    -                   -                 -          (3.993)
Embraer CAE Training Services
 (UK Limited)-ECUK                                                              1.050              1.376                    -                   -                 -           1.858
Embraer Aviation Europe SAS - EAE                                                   5                932                    -                   -                 -          (1.932)
Embraer China Aircraft Technical
 Services Co., Ltd. - BJG                                                        673              1.326                  -                   -                   -             (658)
Embraer Europe SARL - EES                                                          -              6.888                  -                   -                   -          (14.290)
EPEs                                                                               -                  -            114.248                   -                   -                -
                                                                             482.877            266.113          1.414.072             628.663              (8.363)           2.248
ii) Controladora - 31.12.2009
                                                                                     Circulante                         Não circulante                  Resultado             Lucro
                                                                                Ativo           Passivo               Ativo           Passivo           Financeiro         (Prejuízo)
Banco do Brasil S.A.                                                         211.152                  -            338.913                  -              (1.242)                 -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES                     726           765.528                    -         300.000               (87.547)                 -
Comando da Aeronáutica                                                        83.502           121.334                    -                 -                    -         275.360
ECC Leasing Co. Ltd.                                                              61                  -             55.614                  -               4.274            (9.200)
ELEB - Equipamentos Ltda.                                                      3.274            13.162              16.485                  -                  93         (121.353)
Embraer Aircraft Customer Services, Inc. – EACS                               34.219             7.317                    -                 -                    -           58.941
Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH                                              495                  -             69.714                  -               3.144                  -
Embraer Aircraft Maintenance Services Inc.- EAMS                               1.547               607                    -                 -                    -              345
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. - EAP                                            11.727             5.495             100.956                  -               1.535              (266)
Embraer Aviation International SAS – EAI                                      18.369            27.650                    -                 -                    -           16.699
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA                                      4.611               113              11.491                  -                    -              868
Embraer Australia PTY Ltd. - EAL                                                  98                  -                   -                 -                    -                 -
Embraer CAE Training Services - ECTS                                           5.159             1.537                    -                 -                    -            3.558
Embraer Credit Ltd. – ECL                                                           -                 -             37.163                  -                    -                 -
Embraer Executive Jet Services - EEJS                                             34                41                    -                 -                    -               50
Embraer Finance Ltd. – EFL                                                          -              497             868.332                  -               7.066            (1.493)
Embraer GPX Ltda                                                               4.555             1.925               1.180                  -                  15            (1.644)
Embraer Representation LLC - ERL                                                    -           53.305                    -                 -                    -        (392.084)
Embraer Services Inc. – ESI                                                      170             3.182                    -                 -                    -          (31.921)
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                                  -            1.216              27.056                  -               1.277                  -
Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP                                           -           23.930                    -           86.053               (1.258)                 -
Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - HEAI                          14.045             6.832                    -                 -                    -           11.688
OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A.                                     14             1.129                    -                 -                    -           (4.836)
                                                                             393.758         1.034.800           1.526.904          386.053               (72.643)        (195.288)

                                                                                                                                                                               41
iii) Controladora – 01.01.2009
                                                                                                              Circulante                               Não circulante
                                                                                                     Ativo                  Passivo                Ativo               Passivo
Banco do Brasil S.A.                                                                              125.348                  540.275                     -                     -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES                                        1.671                      444                     -            1.248.463
Comando da Aeronáutica                                                                            114.939                   32.524                     -                     -
ECC do Brasil Cia. de Seguros                                                                         187                         -                    -                     -
ECC Leasing Co. Ltd.                                                                                1.101                         -              71.052                      -
ELEB - Equipamentos Ltda.                                                                           4.836                    2.356                     -                     -
Embraer Aircraft Customer Services, Inc. - EACS                                                   184.784                   18.339                     -                     -
Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH                                                                   658                         -              92.345                      -
Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. - EAMS                                                   5.286                    3.841                     -                     -
Embraer Ásia Pacific PTE Ltd.                                                                       14.251                    4.426                     -                     -
Embraer Aviation International SAS - EAI                                                           22.350                   19.834                     -                     -
Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. - NEIVA                                                           1.100                      179                     -                     -
Embraer Credit Ltd. - ECL                                                                                -                        -              54.401                      -
Embraer Finance Ltd. - EFL                                                                               -                  19.378            1.874.720                      -
Embraer Representation LLC - ERL                                                                         -                 123.312                     -                     -
Embraer Services Inc. - ESI                                                                         9.433                   13.023                     -                     -
Embraer Spain Holding Co. SL - ESH                                                                       -                        -              45.733                      -
Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP                                                                -                  19.323                     -              109.805
Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - HEAI                                               58.241                         5                    -                     -
OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A.                                                         876                      833                     -                     -
                                                                                                  545.061                  798.092            2.138.251             1.358.268
iv) Consolidado – 31.12.2010
                                                                                       Circulante                         Não circulante             Resultado
                                                                                   Ativo           Passivo             Ativo            Passivo      Financeiro           Lucro
Banco do Brasil S.A.                                                            599.764           164.945           331.358           331.358           17.536                -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES                        331             7.988                  -          570.222          (35.065)               -
Comando da Aeronáutica                                                          106.606           266.563                  -           16.490                 -         358.862
Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF                                                -                 -                 -           12.996                 -               -
Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP                                              -           26.930                  -           62.173             (778)               -
                                                                                706.701           466.426           331.358           993.239          (18.307)         358.862
v) Consolidado – 31.12.2009
                                                                                       Circulante                         Não circulante             Resultado
                                                                                   Ativo           Passivo             Ativo            Passivo      Financeiro           Lucro
Banco do Brasil S.A.                                                            707.016           227.469           338.913           356.177           20.185                -
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES                        726           785.934                  -          326.223          (91.740)               -
Comando da Aeronáutica                                                          216.979           231.784                  -                  -               -         403.767
Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF                                                -                 -                 -           14.636                 -               -
Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP                                              -           27.576                  -           89.067           (1.661)               -
                                                                                924.721        1.272.763            338.913           786.103          (73.216)         403.767
vi) Consolidado – 01.01.2009
                                                                                                             Circulante                                Não circulante
                                                                                                     Ativo                  Passivo                Ativo                Passivo
Banco do Brasil S.A.                                                                            1.028.349                  861.564                     -               442.362
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES                                             -                   9.630                     -             1.295.243
Comando da Aeronáutica                                                                            223.004                  102.440                     -                      -
Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF                                                                  -                        -                    -                18.949
Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP                                                                -                  22.977                     -               116.427
                                                                                                1.251.353                  996.611                     -             1.872.981
Governo Brasileiro
O Governo Brasileiro, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de nossa golden share, é um dos principais acionistas da Companhia. Em 31 de dezembro de
2010, o Governo Brasileiro era proprietário de nossa golden share e detinha participação indireta de 5,37% em nossa empresa, por meio do BNDESPAR, uma subsidiária integral
do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (o banco de desenvolvimento do Brasil) que, por sua vez, é controlada pelo Governo Brasileiro. Portanto, as transações
entre a Embraer e o Governo Brasileiro ou suas agências correspondem à definição de operações com partes relacionadas.
O Governo Brasileiro desempenha uma função importante em nossas atividades de negócios, inclusive como:
(i) cliente importante de nossos produtos de defesa e segurança (por meio da Força Aérea Brasileira);
(ii) fonte de financiamento para pesquisa e desenvolvimento, por meio de instituições de desenvolvimento
tecnológico, como FINEP e BNDES;
(iii) agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e
(iv) fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de administração de capital e de banco comercial (por meio do Banco do Brasil).
b) Remuneração do pessoal-chave da administração                                                                                                 2010                     2009
Benefícios de curto prazo (i)                                                                                                                  28.759                    27.025
Pagamento baseado em ações                                                                                                                      3.217                         -
Remuneração total                                                                                                                              31.976                    27.025
(i) Inclui ordenados, salários, participação nos lucros, bônus e indenização.
São considerados pessoal-chave da administração os membros da diretoria estatutária e do conselho de administração.
Durante os exercícios de 2010 e 2009, não houve remuneração vinculada a benefícios pós-emprego, benefícios de rescisão de contrato de trabalho ou outros benefícios de longo
prazo.
17 IMOBILIZADO
(i) Revisão da estimativa da vida útil dos ativos imobilizados
Em 1º de abril de 2010, a Companhia revisou sua base de estimativas de vida útil para seus ativos imobilizados, o que resultou de uma maneira geral na redução das taxas de
depreciação utilizadas, devido ao prolongamento da vida útil econômica dos ativos.
Para fins desta análise, os especialistas internos emitiram um laudo de avaliação, considerando o planejamento operacional da Companhia para os próximos exercícios, os antecedentes
internos e o plano de manutenção e utilização dos itens do ativo. Também foram considerados elementos externos de comparação, tais como tecnologias disponíveis, recomendações
e manuais dos fabricantes e taxas de vivência dos bens. Foi atribuído valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição constante no programa
Exchange Pool. Para os demais itens do ativo imobilizado não foi atribuído valor residual, uma vez que devido às suas características e forma de utilização esses ativos quando
realizados por venda possuem valores irrelevantes.

    42
A nova vida útil estimada foi aplicada prospectivamente a partir 1º de abril de 2010, baseando-se nos saldos líquidos dos itens do ativo imobilizado da Companhia. Como resultado
da alteração da vida útil estimada dos ativos, os encargos de depreciação reconhecidos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foram reduzidos em R$ 31.921, quando
comparados com aqueles que seriam registrados pelos critérios anteriores. A Companhia estima que a mudança desta política contábil afetaria o resultado em aproximadamente
R$ 42.561 para os próximos anos.
Nova vida útil média aplicada a partir de 1º de abril de 2010:                                                                                                         Vida útil
Classes de ativo                                                                                                                                                   média (anos)
Edifícios e benfeitorias em terrenos                                                                                                                                         29
Instalações                                                                                                                                                               20,5
Máquinas e equipamentos                                                                                                                                                      11
Móveis e utensílios                                                                                                                                                         7,5
Veículos                                                                                                                                                                    9,5
Aeronaves                                                                                                                                                                 12,5
Computadores e periféricos                                                                                                                                                    5
Ferramental                                                                                                                                                                  10
Outros bens                                                                                                                                                                   5
Pool de peças de reposição                                                                                                                                                  11
(ii) Não utilização do custo atribuído na adoção inicial dos IFRS
A Companhia não atribuiu custos aos seus ativos (deemed cost) diferentes daqueles que já vinham sendo registrados e suas demonstrações financeiras. Esta decisão se baseou em
análise detalhada cujos principais aspectos e motivações são descritos a seguir:
• A moeda funcional da Companhia é o dólar. Em função disto seus ativos foram mensurados em USD no momento de sua aquisição eliminando os impactos dos efeitos inflacionários
  gerados ao longo dos anos com altos índices de inflação;
• De modo geral a Companhia não recebe incentivos para aquisição de seus ativos, o que não poderiam resultar em valores contábeis mais baixos do que o valor de mercado;
• Grande parte de seus ativos, se refere a edifícios ou construções e considerando o negócio da Companhia seria difícil de ser realizado por venda. Um exemplo disso são seus
  edifícios próximos a aeroportos;
• A própria característica de seu negócio, trata-se de uma indústria muito específica e com processos diferenciados, acaba por restringir ou ao menos dificultar a comercialização de
  muitos de seus equipamentos e maquinários. Dessa forma, a Companhia tem um volume muito baixo de realização destes ativos por meio de venda;
• No caso de suas aeronaves, os valores de custo se aproximam aos de realização. Valores de custo superiores à avaliação de especialistas do mercado, são ajustados.
a) Controladora                     Edifícios e
                                            benfeitorias                     Máquinas e    Móveis e                                  Computadores                                    Imobilizações em
                              Terrenos      em terrenos      Instalações   equipamentos    utensílios   Veículos   Aeronaves (i)       e periféricos   Ferramental     Outros bens     andamento (ii)            Total
Custo do imobilizado bruto
Saldo em 31.12.2009            17.763         490.925          203.295         470.522      51.395      12.278           1.511              153.257        456.552          3.622              7.587 1.868.707
 Adições                            -               -                -          10.804       1.598          24               -               16.990         17.590              -              4.712     51.718
 Baixas                             -               -              (48)        (30.187)       (554)       (319)              -                 (659)             -         (3.230)                (8)   (35.005)
 Reclassificação*                    -           7.822            4.576          (2.633)      1.599         917               -               (8.226)             1          5.170             (9.226)         -
 Efeito de conversão             (765)        (21.558)          (9.022)        (19.689)     (2.334)       (570)            (65)              (7.056)       (20.407)          (203)               (14)  (81.683)
Saldo em 31.12.2010            16.998         477.189          198.801         428.817      51.704      12.330           1.446              154.306        453.736          5.359              3.051 1.803.737
Depreciação acumulada
Saldo em 31.12.2009                     -     (144.347)       (134.750)       (270.679)     (26.378)     (9.161)         (1.511)         (134.404)      (186.706)          (1.940)                     -    (909.876)
 Depreciação                            -       (8.533)         (3.521)        (18.861)      (2.547)       (507)              -            (9.795)       (35.915)               -                      -     (79.679)
 Baixas                                 -            -              43           7.000          474         253               -               678              -                -                      -       8.448
 Reclassificação*                        -           17              (7)             (6)           -           -               -                (4)             -                -                      -           -
 Efeito de conversão                    -        6.642           5.961          12.402        1.243         407              65             6.394          9.884               84                      -      43.082
Saldo em 31.12.2010                     -     (146.221)       (132.274)       (270.144)     (27.208)     (9.008)         (1.446)         (137.131)      (212.737)          (1.856)                     -    (938.025)
Imobilizado líquido
Saldo em 31.12.2009            17.763         346.578           68.545         199.843      25.017         3.117               -             18.853        269.846          1.682              7.587         958.831
Saldo em 31.12.2010            16.998         330.968           66.527         158.673      24.496         3.322               -             17.175        240.999          3.503              3.051         865.712
                                             Edifícios e
                                            benfeitorias                     Máquinas e    Móveis e                                  Computadores                                    Imobilizações em
                              Terrenos      em terrenos      Instalações   equipamentos    utensílios   Veículos   Aeronaves (i)       e periféricos   Ferramental     Outros bens     andamento (ii)            Total
Custo do imobilizado bruto
Saldo em 01.01.2009            21.573          594.029         229.409         561.312       66.360     16.338           2.075              202.913       588.709           4.947             98.002 2.385.667
 Adições                        1.710                -             570          48.244          830        861               -                2.587        20.914          40.157             16.128   132.001
 Baixas                             -                -               -         (19.828)        (303)    (1.271)            (35)              (2.423)            -          (1.225)                 -    (25.085)
 Reclassificação*                  315           58.936          39.975          34.076        1.689        456               -                2.359             -         (39.000)           (98.806)         -
 Efeito de conversão           (5.835)        (162.040)        (66.659)       (153.282)     (17.181)    (4.106)           (529)             (52.179)     (153.071)         (1.257)            (7.737) (623.876)
Saldo em 31.12.2009            17.763          490.925         203.295         470.522       51.395     12.278           1.511              153.257       456.552           3.622              7.587 1.868.707
Depreciação acumulada
Saldo em 01.01.2009                     -     (169.812)       (164.073)       (329.781)     (31.418)    (11.817)         (2.047)         (170.907)      (211.651)          (2.604)                     - (1.094.110)
 Depreciação                            -      (20.357)        (14.215)        (47.696)      (3.626)     (1.207)             (7)          (10.555)       (33.224)               -                      -   (130.887)
 Baixas                                 -            -               -          19.627          247         823              21             2.396              -                -                      -     23.114
 Reclassificação*                        -            -               -               -            -           -               -                 -              -                -                      -          -
 Efeito de conversão                    -       45.822          43.538          87.171        8.419       3.040             522            44.662         58.169              664                      -    292.007
Saldo em 31.12.2009                     -     (144.347)       (134.750)       (270.679)     (26.378)     (9.161)         (1.511)         (134.404)      (186.706)          (1.940)                     -   (909.876)
Imobilizado líquido
Saldo em 01.01.2009            21.573         424.217           65.336         231.531      34.942         4.521             28              32.006        377.058          2.343            98.002 1.291.557
Saldo em 31.12.2009            17.763         346.578           68.545         199.843      25.017         3.117              -              18.853        269.846          1.682             7.587   958.831
*Transações que não afetam caixa.
O montante de R$ 71.209 (2009 - R$ 117.578) referente à despesa de depreciação, foi debitado ao resultado na rubrica de custo dos produtos e serviços vendidos, o montante de
R$ 1.021 (2009 - R$ 3.415) como despesas comerciais e o montante de R$ 7.449 (2009 - R$ 9.895) como despesas administrativas.
Os gastos com depreciação de arrendamentos financeiros de máquinas e bens totalizaram R$ 1.308 (2009 – R$ 4.425) e estão incluídos na demonstração de resultado, na rubrica
de “custo dos produtos vendidos”.
b) Consolidado                    Edifícios e                                                                                           “Pool” Imobilizações
                                      benfeitorias              Máquinas e Móveis e                          Computadores                                     Outros        de peças          em
                             Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i)   e periféricos                 Ferramental       bens     de reposição andamento (ii)              Total
Custo do imobilizado bruto
Saldo em 31.12.2009           19.361        678.726        212.944         799.534     76.404 23.010          654.414         189.321           460.006       4.325        230.793          28.185         3.377.023
 Adições                           -          2.985             47          36.400      2.631    149           50.229          21.305            17.590         720         76.932          51.276           260.264
 Baixas                            -            (40)           (52)        (53.364)    (1.662)  (508)         (29.906)           (984)                -      (3.880)             -              (8)           (90.404)
 Redução ao valor recuperável
  dos ativos                       -              -              -               -          -       -         (21.933)              -                 -           -              -                -          (21.933)
 Reclassificação*                   -          5.922          4.576          (8.422)     1.599     917         161.013          (8.191)                1       5.170              -          (10.740)         151.845
 Efeito de conversão            (945)       (30.525)        (9.480)        (43.232)    (4.121) (1.590)        (26.652)         (9.644)          (20.556)     (1.021)        (8.387)          (1.988)        (158.141)
Saldo em 31.12.2010           18.416        657.068        208.035         730.916     74.851 21.978          787.165         191.807           457.041       5.314        299.338           66.725        3.518.654
Depreciação acumulada
Saldo em 31.12.2009                -        (189.190)      (139.924)       (490.012)   (44.711) (17.939)     (132.773)       (162.551)         (189.403)     (1.940)       (90.935)                -       (1.459.378)
 Depreciação                       -         (16.119)        (3.861)        (28.980)    (3.917)    (899)      (44.494)        (11.978)          (36.216)          -        (33.355)                -         (179.819)
 Baixas                            -              39             46          16.699      1.458      442        16.578             968                 -           -              -                 -           36.230
 Reclassificação*                   -              17             (7)             (6)         -        -         1.331              (4)                -           -              -                 -            1.331
 Efeito de conversão               -           9.254          6.193          38.228      2.719    1.314         7.715           8.976            10.018          85           (446)                -           84.056
Saldo em 31.12.2010                -        (195.999)      (137.553)       (464.071)   (44.451) (17.082)     (151.643)       (164.589)         (215.601)     (1.855)      (124.736)                -       (1.517.580)
Imobilizado líquido
Saldo em 31.12.2009           19.361        489.536         73.020         309.522     31.693      5.071      521.641              26.770       270.603       2.385        139.858          28.185         1.917.645
Saldo em 31.12.2010           18.416        461.069         70.482         266.845     30.400      4.896      635.522              27.218       241.440       3.459        174.602          66.725         2.001.074


                                                                                                                                                                                                               43
Edifícios e                                                                                                          “Pool”   Imobilizações
                                      benfeitorias              Máquinas e Móveis e                         Computadores                    Outros        de peças             em
                             Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i) e periféricos    Ferramental    bens     de reposição   andamento (ii)          Total
Custo do imobilizado bruto
Saldo em 01.01.2009          21.573     784.769     239.462        952.912     97.762 29.493       789.983       246.947         593.345   5.603         266.998         173.879 4.202.726
 Adições                      3.426      39.813         583         66.080      4.582   1.348      153.472         13.525         20.914  40.667          36.482            8.525     389.417
 Baixas                           -           -          (5)       (28.304)    (1.589) (1.283)     (52.195)        (3.393)             -  (1.225)              -           (3.308)    (91.302)
 Reclassificação*                315      68.281      41.626         60.763        663     765       (4.828)          (345)             - (39.041)              -        (128.199)           -
 Efeito de conversão         (5.953)   (214.137)    (68.722)      (251.917)   (25.014) (7.313)    (232.018)       (67.413)      (154.253) (1.679)        (72.687)         (22.712) (1.123.818)
Saldo em 31.12.2009          19.361     678.726     212.944        799.534     76.404 23.010       654.414       189.321         460.006   4.325         230.793           28.185 3.377.023
Depreciação acumulada
Saldo em 01.01.2009                -   (219.554)   (170.117)      (604.231)   (54.775) (22.728)   (140.827)      (205.644)     (215.041)    (2.604)      (90.854)                -     (1.726.375)
 Depreciação                       -    (28.795)    (14.758)       (67.451)    (5.606) (1.678)     (36.712)       (13.305)      (33.424)         -       (26.612)                -       (228.341)
 Baixas                            -          -           5         27.503      1.507      834       4.301          3.173             -          -             -                 -         37.323
 Reclassificação*                   -          -           -              -          -        -           -              -             -          -             -                 -              -
 Efeito de conversão               -     59.159      44.946        154.167     14.163    5.633      40.465         53.225        59.062        664        26.531                 -        458.015
Saldo em 31.12.2009                -   (189.190)   (139.924)      (490.012)   (44.711) (17.939)   (132.773)      (162.551)     (189.403)    (1.940)      (90.935)                -     (1.459.378)
Imobilizado líquido
Saldo em 01.01.2009          21.573     565.215      69.345       348.681     42.987    6.765      649.156         41.303       378.304     2.999        176.144         173.879       2.476.351
Saldo em 31.12.2009          19.361     489.536      73.020       309.522     31.693    5.071      521.641         26.770       270.603     2.385        139.858          28.185       1.917.645

*Transações que não afetam caixa.
(i) As aeronaves destinam-se a uso em ensaios, voos corporativos e leasing operacional e estão ajustados ao valor de realização, quando aplicável. A Companhia possuía aeronaves
contabilizadas no ativo imobilizado, como segue:
31 de dezembro de 2010: 5 EMB 120, 28 ERJ 145, 6 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190, 2 Phenom 100 e 2 de outros modelos.
31 de dezembro de 2009: 5 EMB 120, 26 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 190 e 2 de outros modelos.
1º de janeiro de 2009: 5 EMB 120, 21 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190 e 3 de outros modelos.
Destas aeronaves, 29 estavam destinadas a arrendamento operacional, três para ensaios e uma para voos corporativos.
(ii) Referem-se principalmente às obras para ampliação da capacidade instalada para atender à fabricação de novos produtos.
Em 31 de dezembro de 2010, R$ 77.607 em bens do ativo imobilizado tinham sido dados em garantia de empréstimos e financiamentos e contingências trabalhistas.
O montante de R$ 150.817 (2009 - R$ 201.088) referente à despesa de depreciação foi reconhecido no resultado na rubrica de custo dos produtos vendidos, o montante de R$
16.240 (2009 - R$ 11.200) como despesas comerciais e o montante de R$ 12.762 (2009 - R$ 16.053) como despesas administrativas.
Os gastos com depreciação de arrendamentos financeiros de máquinas e bens totalizaram R$ 5.679 (2009 – R$ 4.760) e estão incluídos na demonstração de resultado, na rubrica
de “custo dos produtos vendidos”.
Em 2010, os encargos financeiros capitalizados totalizaram R$ 197 com uma taxa de 4,05% (2009 – R$ 1.741 com uma taxa de 5,29% e 1º de janeiro de 2009 – R$ 7.011
com a taxa de 7%).

18 INTANGÍVEL
Refere-se aos gastos incorridos no desenvolvimento de programas para cada nova aeronave, incluindo serviços de suporte, mão de obra produtiva, material e mão de obra direta
alocados para a construção de protótipos de aeronaves ou componentes significativos, bem como aplicações de tecnologias avançadas que visam tornar as aeronaves mais leves,
silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões, além de projetadas e fabricadas em menos tempo e com otimização de recursos.
a) Controladora
                                                                                       Desenvolvido internamente                               Adquirido de terceiros
Custo do intangível                                                             Comercial       Executiva                 Defesa               Outros          Software                    Total
Saldo em 31.12.2009                                                            1.627.180         839.752                 40.579                 1.727          149.561                2.658.799
 Adições                                                                          26.650         247.360                    931                      -          22.611                  297.552
 Adições de contribuição de parceiros                                             (4.191)       (169.989)                      -                     -                -                (174.180)
 Efeito de conversão                                                             (71.279)         (40.513)               (1.801)                  (75)           (3.972)               (117.640)
Saldo em 31.12.2010                                                            1.578.360         876.610                 39.709                 1.652          168.200                2.664.531
Amortização acumulada
Saldo em 31.12.2009                                                           (1.142.134)          (166.983)            (34.224)                 (878)           (111.414)           (1.455.633)
 Amortizações                                                                    (90.115)           (88.954)             (4.687)                 (408)            (12.247)             (196.411)
 Amortizações de contribuição parceiros                                           35.296             17.165                   -                     -                   -                52.461
 Efeito de conversão                                                              51.862              9.580               1.779                    56               5.608                68.885
Saldo em 31.12.2010                                                           (1.145.091)          (229.192)            (37.132)               (1.230)           (118.053)           (1.530.698)
Intangível líquido
Saldo em 31.12.2009                                                              485.046            672.769                  6.355                849                38.147           1.203.166
Saldo em 31.12.2010                                                              433.269            647.418                  2.577                422                50.147           1.133.833

                                                                                       Desenvolvido internamente                               Adquirido de terceiros
Custo do intangível                                                             Comercial       Executiva                 Defesa               Outros          Software                    Total
Saldo em 01.01.2009                                                            2.156.155         931.301                 53.643                 2.318          175.678                3.319.095
 Adições                                                                          37.827         355.844                    711                      -           19.909                 414.291
 Adições de contribuição de parceiros                                            (13.723)       (180.269)                      -                     -                -                (193.992)
 Efeito de conversão                                                            (553.079)       (267.124)               (13.775)                 (591)          (46.026)               (880.595)
Saldo em 31.12.2009                                                            1.627.180         839.752                 40.579                 1.727          149.561                2.658.799
Amortização acumulada
Saldo em 01.01.2009                                                           (1.425.607)          (182.877)            (44.895)                 (676)           (133.770)           (1.787.825)
 Amortizações                                                                   (145.964)           (48.775)               (773)                 (402)            (13.312)             (209.226)
 Amortizações de contribuição parceiros                                           54.026             15.803                   -                     -                   -                69.829
 Efeito de conversão                                                             375.411             48.866              11.444                   200              35.668               471.589
Saldo em 31.12.2009                                                           (1.142.134)          (166.983)            (34.224)                 (878)           (111.414)           (1.455.633)
Intangível líquido
Saldo em 01.01.2009                                                              730.548            748.424                  8.748             1.642                 41.908           1.531.270
Saldo em 31.12.2009                                                              485.046            672.769                  6.355               849                 38.147           1.203.166

    44
b) Consolidado
                                                             Desenvolvido internamente                     Adquirido de terceiros
Custo do intangível                                   Comercial       Executiva           Defesa            Outros         Software         Total
Saldo em 31.12.2009                                  1.646.047         879.749           42.719             9.938          211.163     2.789.616
 Adições                                                27.848         255.853              932             2.753            25.701      313.087
 Adições de Contribuição de parceiros                   (4.191)       (169.989)                -                 -                -     (174.180)
 Baixas                                                       -                 -              -                 -          (15.350)     (15.350)
 Efeito de conversão                                   (70.541)         (43.866)         (1.892)           (5.509)           (5.347)    (127.155)
Saldo em 31.12.2010                                  1.599.163         921.747           41.759             7.182          216.167     2.786.018
Amortização acumulada
Saldo em 31.12.2009                                  (1.153.005)      (169.626)          (35.266)          (3.385)       (165.176)     (1.526.458)
 Amortizações                                           (91.254)       (93.459)           (5.248)            (503)        (13.312)       (203.776)
 Amortizações de Contribuição parceiros                  35.296         17.165                 -                -               -          52.461
 Baixas                                                       -              -                 -                -           6.976           6.976
 Efeito de conversão                                     52.391         10.600             1.859              479          12.965          78.294
Saldo em 31.12.2010                                  (1.156.572)      (235.320)          (38.655)          (3.409)       (158.547)     (1.592.503)
Intangível líquido
Saldo em 31.12.2009                                    493.042         710.123            7.453             6.553          45.987      1.263.158
Saldo em 31.12.2010                                    442.591         686.427            3.104             3.773          57.620      1.193.515

                                                             Desenvolvido internamente                     Adquirido de terceiros
Custo do intangível                                   Comercial       Executiva            Defesa           Outros         Software         Total
Saldo em 01.01.2009                                  2.201.822         973.697            56.508           29.172          235.933     3.497.132
 Adições                                                39.049         366.118               717            2.629            26.602      435.115
 Adições de Contribuição de parceiros                  (13.723)       (180.269)                 -                -                -     (193.992)
 Baixas                                                (18.577)            (645)                -         (18.220)              198      (37.244)
 Efeito de conversão                                  (562.524)       (279.152)          (14.506)          (3.643)          (51.570)    (911.395)
Saldo em 31.12.2009                                  1.646.047         879.749            42.719            9.938          211.163     2.789.616
Amortização acumulada
Saldo em 01.01.2009                                  (1.460.240)      (183.200)          (46.068)         (9.735)        (185.511)     (1.884.754)
 Amortizações                                          (147.148)       (51.525)             (966)         (7.607)         (16.561)       (223.807)
 Amortizações de Contribuição parceiros                  54.026         15.803                 -               -                -          69.829
 Baixas                                                  18.281              -                 -          12.417               15          30.713
 Efeito de conversão                                    382.076         49.296            11.768           1.540           36.881         481.561
Saldo em 31.12.2009                                  (1.153.005)      (169.626)          (35.266)         (3.385)        (165.176)     (1.526.458)
Intangível líquido
Saldo em 01.01.2009                                    741.582         790.497           10.440           19.437           50.422      1.612.378
Saldo em 31.12.2009                                    493.042         710.123            7.453            6.553           45.987      1.263.158

19 INSTRUMENTOS FINANCEIROS PASSIVOS POR CATEGORIA
a) Controladora
                                                                                                               31.12.2010
                                                                                               Passivos                Passivos
                                                                                        mensurados ao                financeiros
                                                                                   valor justo por meio        mensurados pelo
                                                                           Nota            do resultado        custo amortizado             Total
Financiamentos                                                              20                        -              2.133.350         2.133.350
Obrigações de arrendamento financeiro                                        20                        -                  1.235             1.235
Instrumentos derivativos                                                    40                     730                        -              730
Garantias financeiras RVG                                                    39                  18.466                        -           18.466
Garantias financeiras                                                        39                        -                220.531           220.531
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                  -              1.189.193         1.189.193
                                                                                                19.196               3.544.309         3.563.505

                                                                                                               31.12.2009
                                                                                               Passivos                Passivos
                                                                                        mensurados ao                financeiros
                                                                                   valor justo por meio        mensurados pelo
                                                                           Nota            do resultado        custo amortizado             Total
Financiamentos                                                              20                        -              3.188.270         3.188.270
Obrigações de arrendamento financeiro                                        20                        -                  3.097             3.097
Instrumentos derivativos                                                    40                     837                        -              837
Garantias financeiras RVG                                                    39                  14.521                        -           14.521
Garantias financeiras                                                        39                        -                253.798           253.798
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                  -              1.026.809         1.026.809
                                                                                                15.358               4.471.974         4.487.332

                                                                                                               01.01.2009
                                                                                               Passivos                Passivos
                                                                                        mensurados ao                financeiros
                                                                                   valor justo por meio        mensurados pelo
                                                                           Nota            do resultado        custo amortizado             Total
Financiamentos                                                              20                        -              3.617.969         3.617.969
Obrigações de arrendamento financeiro                                        20                        -                  9.029             9.029
Instrumentos derivativos                                                    40                 389.072                        -          389.072
Garantias financeiras RVG                                                    39                  22.138                        -           22.138
Garantias financeiras                                                        39                        -                382.057           382.057
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                  -              2.424.776         2.424.776
                                                                                               411.210               6.433.831         6.845.041

                                                                                                                                            45
b) Consolidado                                                                                                                        31.12.2010
                                                                                                                         Passivos              Passivos
                                                                                                                  mensurados ao              financeiros
                                                                                                             valor justo por meio      mensurados pelo
                                                                                                    Nota             do resultado      custo amortizado              Total
Financiamentos                                                                                       20                         -            2.384.504          2.384.504
Obrigações de arrendamento financeiro                                                                 20                         -                6.102              6.102
Instrumentos derivativos                                                                             40                    3.732                      -             3.732
Garantias financeiras RVG                                                                             39                   18.466                      -            18.466
Garantias financeiras                                                                                 39                         -              220.531            220.531
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                                            -            2.220.262          2.220.262
                                                                                                                          22.198             4.831.399          4.853.597
                                                                                                                                      31.12.2009
                                                                                                                         Passivos              Passivos
                                                                                                                  mensurados ao              financeiros
                                                                                                             valor justo por meio      mensurados pelo
                                                                                                    Nota             do resultado      custo amortizado              Total
Financiamentos                                                                                       20                         -            3.550.919          3.550.919
Obrigações de arrendamento financeiro                                                                 20                         -               33.064             33.064
Instrumentos derivativos                                                                             40                    8.091                      -             8.091
Garantias financeiras RVG                                                                             39                   14.521                      -            14.521
Garantias financeiras                                                                                 39                         -              253.798            253.798
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                                            -            2.153.821          2.153.821
                                                                                                                          22.612             5.991.602          6.014.214
                                                                                                                                      01.01.2009
                                                                                                                         Passivos              Passivos
                                                                                                                  mensurados ao              financeiros
                                                                                                             valor justo por meio      mensurados pelo
                                                                                                    Nota             do resultado      custo amortizado              Total
Financiamentos                                                                                       20                         -            4.255.353          4.255.353
Obrigações de arrendamento financeiro                                                                 20                         -               44.188             44.188
Instrumentos derivativos                                                                             40                  389.072                      -           389.072
Garantias financeiras RVG                                                                             39                   22.138                      -            22.138
Garantias financeiras                                                                                 39                         -              382.057            382.057
Fornecedores e outras obrigações (i)                                                                                            -            3.900.560          3.900.560
                                                                                                                         411.210             8.582.158          8.993.368
(i) O montante refere-se a fornecedores, contas a pagar e dívidas com e sem direito de regresso.
20 FINANCIAMENTOS
a) Controladora                                                                                                                                   Controladora
                                            Moeda      Taxa contratual de juros - %          Taxa efetiva de juros - %   Vencimento       2010          2009 01.01.2009
Outras moedas:
Capital de giro                               US$                       6,375%                            6,375%               2020   1.495.125   1.558.542       952.373
Adiantamentos sobre contratos de câmbio       US$                  5,26 a 6,00%                      5,26 a 6,00%              2009           -           -       778.088
Desenvolvimento de projetos                   US$       LIBOR + 0,875% a 1,75%            LIBOR + 0,875% a 1,75%               2016           -           -       305.793
                                                                                                                                              -     454.217        84.847
Aquisição de materiais                        US$    LIBOR 3M + 0,45% a 1,10%          LIBOR 3M + 0,45% a 1,10%                2012
Financiamento de exportação                   US$                       7,81%                             7,81%                2010           -           -        118.827
Arrendamento mercantil financeiro              US$               6,16% a 7,95%                     6,16% a 7,95%                2012       1.235       3.097          9.029
                                                                                                                                      1.496.360   2.015.856      2.248.957
Moeda nacional:
Pré-embarque                                  R$                          4,50%                             4,50%
                                                           TJLP + 2,09% a 2,10%              TJLP + 2,09% a 2,10%              2013     552.135   1.065.527      1.248.911
Desenvolvimento de projetos                   R$                    TJLP + 5,0%                       TJLP + 5,0%              2015      86.090     109.984        129.130
                                                                                                                                        638.225   1.175.511      1.378.041
Total                                                                                                                                 2.134.585   3.191.367      3.626.998
Menos - Circulante                                                                                                                       27.218     810.204        930.096
Não Circulante                                                                                                                        2.107.367   2.381.163      2.696.902
b) Consolidado
                                                                                                                                                  Consolidado
                                            Moeda      Taxa contratual de juros - %          Taxa efetiva de juros - %   Vencimento       2010         2009     01.01.2009
Outras moedas:
Capital de giro                               US$                  1,00% a 6,375%                    1,00% a 6,716%
                                                       LIBOR 6M+ 0,50% a 1,10%           LIBOR 6M+ 0,50% a 1,10%               2020   1.581.587   1.746.344      1.270.673
                                             Euro         Euribor + 0,12% a 1,70%           Euribor + 0,12% a 1,70%                      16.880      64.996        108.758
                                                                            1,00%                             1,00%
                                            Outras                          4,78%                             4,78%                          -            -        51.539
Desenvolvimento de projetos                  US$                            6,87%                             6,87%            2015      2.404        2.857       309.514
Aquisição de materiais                       US$                            5,75%                             5,75%
                                                      LIBOR 3M + 0,45% a 1,12%          LIBOR 3M + 0,45% a 1,12%               2013           -     455.107        86.292
Financiamento de exportação                   US$                           6,30%                             6,30%            2010           -           -       130.565
Adiantamentos sobre contratos de câmbio       US$                   4,20% a 8,50%                     4,20% a 8,50%            2009           -           -       797.455
Aquisição de imobilizado                      US$                   3,53% a 5,75%                     3,53% a 5,75%
                                                                LIBOR 1M + 2,44%                  LIBOR 1M + 2,44%             2035    118.848       56.000        59.984
Arrendamento mercantil financeiro              US$                   6,16% a 7,95%                     6,16% a 7,95%
                                                     LIBOR 12M+ 2,54% a 3,40%          LIBOR 12M+ 2,54% a 3,40%                2014       3.626       6.560         14.379
                                                                                                                                      1.723.345   2.331.864      2.829.159
Moeda nacional:
Pré-embarque                                  R$                          4,50%                             4,50%
                                                           TJLP + 2,09% a 2,80%              TJLP + 2,09% a 2,80%              2013     552.135   1.081.866      1.274.073
Desenvolvimento de projetos                   R$            TJLP + 2,41% a 5,0%               TJLP + 2,41% a 5,0%              2015     112.650     143.749        166.500
Arrendamento mercantil financeiro              R$            CDI + 0,49% a 2,46%               CDI + 0,49% a 2,46%              2015       2.476      26.504         29.809
                                                                                                                                        667.261   1.252.119      1.470.382
                                                                                                                                      2.390.606   3.583.983      4.299.541
Menos - Circulante                                                                                                                      120.883   1.031.494      1.259.671
Não Circulante                                                                                                                        2.269.723   2.552.489      3.039.870

    46
No mês de setembro de 2010 a Companhia renegociou a linha de crédito sindicalizada, na modalidade standby. A renegociação compreendeu a antecipação do pagamento do valor
de USD 250 milhões que havia sido desembolsado em março e abril de 2009, cujo vencimento original seria março e abril de 2011, e a ampliação do valor total da linha para USD
1 bilhão com a ampliação do prazo para desembolso até setembro de 2012. O custo de manutenção é incluso nas despesas financeiras. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia
não havia realizado nenhum desembolso nesta linha.
O saldo não utilizado nesta linha de crédito está demonstrado abaixo:
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                        31.12.2010        31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Taxa variável:
- Com vencimento em mais de um ano                                 1.666.200         435.300         1.168.500                   1.666.200           435.300        1.168.500
                                                                   1.666.200         435.300         1.168.500                   1.666.200           435.300        1.168.500
c) Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos a longo prazo possuem a seguinte composição por ano de vencimento:
Ano                                                                                                                                      Controladora              Consolidado
2012                                                                                                                                        323.951                   387.323
2013                                                                                                                                        273.882                   293.370
2014                                                                                                                                           8.233                   18.082
2015                                                                                                                                           6.175                   12.756
Após 2015                                                                                                                                 1.495.126                 1.558.192
                                                                                                                                          2.107.367                 2.269.723
d) Análise de moedas
O total da dívida está denominado nas seguintes moedas:
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                        31.12.2010        31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Empréstimos e financiamentos
Dólar                                                                    1.496.360         2.015.856         2.248.957           1.706.465         2.266.867        2.668.999
Real                                                                       638.225         1.175.511         1.378.041             667.261         1.252.119        1.470.382
Euro                                                                             -                 -                 -              16.880            64.997          108.620
Outras                                                                           -                 -                 -                   -                 -           51.540
                                                                         2.134.585         3.191.367         3.626.998           2.390.606         3.583.983        4.299.541
e) Obrigações de arrendamento financeiro
As obrigações de arrendamento são garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados.
                                                                                                                                                 Controladora
                                                                                                                               31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009

Menos de um ano                                                                                                                      1.194              2.104           4.787
Mais de um ano e menos de cinco anos                                                                                                    73              1.264           4.542
Mais de cinco anos                                                                                                                       -                  -               -
                                                                                                                                     1.267              3.368           9.329
Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros                                                                    (32)              (271)           (300)
Valor presente das obrigações de arrendamento financeiro                                                                              1.235              3.097           9.029
O valor presente das obrigações de arrendamento financeiro é como segue:
Menos de um ano                                                                                                                      1.154              1.833           4.487
Mais de um ano e menos de cinco anos                                                                                                    70              1.264           4.542
Mais de cinco anos                                                                                                                       -                  -               -
                                                                                                                                     1.224              3.097           9.029

                                                                                                                                                 Consolidado
                                                                                                                               31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Menos de um ano                                                                                                                     2.882             9.021           13.165
Mais de um ano e menos de cinco anos                                                                                                4.261            24.233           30.240
Mais de cinco anos                                                                                                                      -             1.619            3.239
                                                                                                                                    7.143            34.873           46.644
Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros                                                                (1.041)           (1.809)          (2.456)
Valor presente das obrigações de arrendamento financeiro                                                                             6.102            33.064           44.188
O valor presente das obrigações de arrendamento financeiro é como segue:
Menos de um ano                                                                                                                      2.571             8.191           12.263
Mais de um ano e menos de cinco anos                                                                                                 3.531            23.293           28.686
Mais de cinco anos                                                                                                                       -             1.580            3.239
                                                                                                                                     6.102            33.064           44.188
f) Encargos e garantias
Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos em reais (27,9% do total) estão sujeitos a encargos fixos e ou baseados na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP Em
                                                                                                                                                                     .
31 de dezembro de 2010, a taxa média ponderada era de 4,24% a.a. (7,19% em dezembro de 2009).
Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos em dólares (71,4 % do total) eram, predominantemente, sujeitos a encargos fixos e sua taxa média ponderada era 5,89% (4,52%
em 31 dezembro de 2009). Além desses endividamentos, em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tinha endividamento em Euros (0,7% do total), predominantemente, sujeitos
a encargos baseado na EURIBOR com taxa média ponderada de 2,23% (1,5% em 31 de dezembro de 2009).
Considerando os efeitos da análise das taxas efetivas sobre os financiamentos em moeda estrangeira que incluem os custos de estruturação financeira incorridos e já pagos, as taxas
médias efetivas ponderadas são equivalentes a LIBOR, mais 3,13% a.a. em 2010 (LIBOR mais 1,65% a.a. em 2009).
Em garantia de parte dos financiamentos foram oferecidos imóveis, máquinas, equipamentos, penhor mercantil de itens do estoque de materiais e garantia bancária, no montante
total de R$ 186.323. Os financiamentos das controladas, garantidos por fiança ou aval da Controladora, atingiram o montante de R$ 174.785 em 31 de dezembro de 2010 (2009 –
R$ 218.258).
g) Cláusulas restritivas
Os contratos de financiamentos de longo prazo estão sujeitos a cláusulas restritivas, em linha com as práticas usuais de mercado, que estabelecem controle sobre o grau de
alavancagem obtido da relação endividamento líquido/EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como limites para a cobertura do serviço da
dívida obtido da relação EBITDA/despesa financeira líquida. Há também uma cláusula que define um valor mínimo para o patrimônio líquido da Companhia. Incluem, também,
restrições normais sobre criação de novos gravames sobre bens do ativo, mudanças significativas no controle acionário da Companhia, venda de bens do ativo e pagamento de
dividendos excedentes ao mínimo obrigatório por lei em casos de inadimplência nos financiamentos e nas transações com empresas afiliadas.
Em 31 de dezembro de 2010, a Controladora e as controladas estavam totalmente adimplentes com as cláusulas restritivas.
Em outubro de 2006, a Embraer Overseas Limited, subsidiária financeira cujo capital pertence integralmente a Companhia e suas operações tem se restringido às captações a seguir
mencionadas, emitiu US$ 400 milhões em títulos com taxa de juros de 6,375% ao ano com vencimento em 23 de janeiro 2017 numa oferta que posteriormente foi registrada
parcialmente com a US Securities and Exchange Commission. Em outubro de 2009, novamente a Embraer Overseas Limited captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos
(guaranteed notes) com vencimento em 15 de janeiro 2020, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 6,375% ao ano. As duas operações
são garantidas integralmente e incondicionalmente pela Controladora e, por esse motivo são apresentadas no balanço desta como operações com terceiros.

                                                                                                                                                                         47
21 FORNECEDORES
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                       31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Fornecedores no exterior:
Parceiros de risco (i)                                                     501.376           372.946         1.117.271             501.376           372.946        1.117.271
Outros                                                                     444.699           378.417           928.907             648.674           591.018        1.279.173
Fornecedores no País                                                        60.514            42.715            69.968              99.979            74.381          109.782
Sociedades controladas                                                      72.909            54.062            95.930                   -                 -                -
                                                                         1.079.498           848.140         2.212.076           1.250.029         1.038.345        2.506.226
Menos - Circulante                                                       1.079.498           848.140         2.212.076           1.250.029         1.038.345        2.506.226
Não Circulante                                                                   -                 -                 -                   -                 -                -
(i) Os parceiros de risco da Companhia desenvolvem e produzem componentes significativos da aeronave, incluindo motores, componentes hidráulicos, aviônicos, asas, cauda,
interior, partes da fuselagem etc. Determinados contratos firmados entre a Companhia e esses parceiros de risco caracterizam-se parcerias de longo prazo e incluem o diferimento
de pagamentos para componentes e sistemas por um prazo negociado após a entrega desses. Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o programa de desenvolvimento
e produção de aeronaves, é difícil substituí-los. Em alguns casos, como os motores, a aeronave é projetada especialmente para acomodar um determinado componente, o qual não
pode ser substituído por outro fornecedor sem incorrer em atrasos e despesas adicionais significativas. Essa dependência torna a Companhia suscetível a desempenho, qualidade
e condições financeiras de seus parceiros de risco.
O montante total por moeda está disponível na nota de instrumentos financeiros (Nota 40.d).
22 CONTAS A PAGAR
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                       31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Obrigações contratuais (i)                                                      -                    -               -             48.699            50.502           49.987
Concessões comerciais                                                      21.478             21.285            17.383             21.478            21.285           17.383
Comando da aeronáutica (ii)                                                 4.469             17.713                 -              4.469            17.713                -
Partes relacionadas (iii)                                                       -                    -               -            (12.996)           17.238           20.132
Seguros                                                                    10.746             13.601             9.627             10.721            13.667            9.890
Caução                                                                          -                    -               -             16.862              9.957           9.051
Materiais faltantes (iv)                                                    2.594               7.225            8.885              2.594              7.225           8.885
Créditos financeiros (v)                                                         -                    -               -              3.333              4.483           7.630
Demais contas a pagar (vi)                                                 51.606             65.953            67.221             91.505            89.674           92.232
                                                                           90.893            125.777           103.116            186.665           231.744          215.190
Menos - Circulante                                                         80.008            114.890            89.830            140.694           188.194          163.506
Não Circulante                                                             10.885             10.887            13.286             45.971            43.550           51.684
(i) Representam substancialmente valores provisionados para fazer face aos custos de manutenção de aeronaves alugadas por meio de arrendamento operacional.
(ii) Comando da aeronáutica é considerado como parte relacionada da Companhia.
(iii) Referem-se basicamente a contrato de mútuo entre a OGMA e EMPORDEF, acionista da OGMA.
(iv) Referem-se aos acessórios ou componentes a serem instalados em aeronaves entregues, consoante termos contratuais.
(v) Representam valores provisionados para compensar clientes por certos custos de financiamentos.
(vi) Representam basicamente despesas incorridas no mês de dezembro, cujos pagamentos ocorrem no mês seguinte.
23 CONTRIBUIÇÕES DE PARCEIROS
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                       31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Circulante                                                                      -                    -               -              1.474              1.540           5.823
Não Circulante                                                             27.974            117.911            65.484             27.974           117.911          103.453
Total                                                                      27.974            117.911            65.484             29.448           119.451          109.276
A Companhia possui acordos com determinados fornecedores-chave, aqui denominados parceiros, para participação em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Alguns contratos
de fornecimento requerem que o fornecedor contribua com dinheiro para a Companhia como forma de compensação de suas atividades de pesquisa e desenvolvimento. Como
parte desse acordo de fornecimento, essas contribuições estão atreladas ao cumprimento pela Companhia de algumas etapas e eventos importantes do desenvolvimento, incluindo
certificação da aeronave, primeira entrega e número mínimo de aeronaves entregues. A Companhia registra essas contribuições quando recebidas como passivo não circulante, as
quais não serão exigidas caso os objetivos contratuais sejam alcançados. À medida que essas etapas e eventos sejam alcançados e, portanto, não mais passíveis de devolução, esses
valores são abatidos dos gastos de desenvolvimento das aeronaves registrados no Intangível, no ativo não circulante.
24 ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                       31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Em dólar americano                                                      1.270.755          1.647.265         3.337.914          1.423.629         1.827.543        3.595.466
Em reais                                                                  224.112            184.649           103.289            228.635           193.796          113.042
                                                                        1.494.867          1.831.914         3.441.203          1.652.264         2.021.339        3.708.508
Menos - Circulante                                                      1.141.302          1.148.970         2.401.225          1.298.699         1.328.138        2.658.708
Não Circulante                                                            353.565            682.944         1.039.978            353.565           693.201        1.049.800
25 IMPOSTOS E ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER
                                                                                          Controladora                                           Consolidado
                                                                       31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Imposto de renda e contribuição social                                      1.713               5.599                -             16.658            23.617           13.542
Contribuição social (i)                                                   507.844            482.853           487.927            513.977           487.665          493.913
INSS (ii)                                                                 205.214            188.032           186.078            208.665           191.345          190.416
PIS e COFINS (iii)                                                         48.913             84.378           135.102             48.922            84.383          135.108
INSS - parcelamentos                                                       32.293             20.087            25.670             32.643            20.087           34.836
IRRF                                                                       44.344             44.067            26.914             46.181            45.379           28.891
FGTS                                                                       11.923             10.387            12.439             12.363            10.779           12.787
Outros                                                                     10.932               3.211            2.788             25.041            16.911           41.401
                                                                          863.176            838.614           876.918            904.450           880.166          950.894
Menos - Circulante                                                        108.091             95.158            81.366            149.196           136.593          148.010
Não Circulante                                                            755.085            743.456           795.552            755.254           743.573          802.884
A Companhia está questionando administrativa e judicialmente a constitucionalidade da instituição, da base de cálculo e sua expansão, bem como das majorações de alíquotas de
alguns impostos, encargos e contribuições sociais, no intuito de assegurar o não recolhimento ou a recuperação de pagamentos efetuados em exercícios anteriores. A Companhia, por
meio de processos administrativos e judiciais, obteve liminares e medidas congêneres para não recolher ou compensar pagamentos de impostos, encargos e contribuições sociais.
Os valores de tributos não recolhidos, com base em decisões judiciais preliminares, são provisionados e atualizados com base na variação da SELIC até que se obtenha uma decisão
final e definitiva e correspondem às seguintes questões:

    48
(i) A Companhia está pleiteando o reconhecimento da imunidade constitucional da contribuição social sobre exportações e o direito ao crédito de IPI decorrente de entradas isentas,
tributadas à alíquota zero ou não tributadas. Com relação à contribuição social sobre exportações, o processo encontra-se no Supremo Tribunal Federal, aguardando julgamento
do Recurso Extraordinário, ao qual foi atribuído efeito suspensivo em favor da Companhia. Do montante envolvido em 31 de dezembro de 2010 de R$ 500.152 (Controladora e
Consolidado), foram efetivados depósitos judiciais no montante de R$ 172.413, os quais estão apresentados na rubrica outros ativos (Nota 13).
Com relação aos créditos de IPI, a empresa aderiu aos termos do parcelamento instituído pela Medida Provisória n.º 470/09. Os requisitos de adesão ao parcelamento foram exauridos
dentro do prazo previsto na legislação, qual seja, 30 de novembro de 2009 e a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito
dos processos judiciais.
(ii) Corresponde à majoração da alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT). A Companhia questiona a legalidade e ausência de critérios técnicos para fixação das alíquotas
das referidas contribuições desde 1995, cujos valores encontram-se com exigibilidade suspensa por força de sentença de primeira instância em ação ordinária. O montante envolvido
nesse processo em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 177.069 (2009 - R$ 153.126 e 1º de janeiro de 2009 – R$ 153.369).
Adicionalmente, em 18 de fevereiro de 2009, a Companhia ingressou com ação judicial para questionar a incidência de contribuições sociais sobre o aviso prévio indenizado. Por força
de sentença de primeiro grau, os valores relativos ao aviso prévio indenizado foram excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal e provisionados, até o êxito
definitivo na demanda judicial. O processo encontra-se aguardando distribuição junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para apreciação do Recurso de Ofício. O montante
envolvido neste processo em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 11.120 (2009 – R$ 8.942) na Controladora e R$ 11.469 (2009 – R$ 9.055) no Consolidado.
(iii) Referem-se às contribuições ao Programa de Integração Social - PIS/Programa de Formação ao Patrimônio do Servidor Público – PASEP A Companhia questiona a incidência em
                                                                                                                                           .
alguns períodos. Este processo teve o direito material reconhecido definitivamente pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e remanesce a discussão no Superior Tribunal de Justiça
apenas com relação à prescrição de parte do crédito. A outra discussão, envolvendo a base de cálculo do sistema não-cumulativo, foi incluída nos termos da Lei nº 11.941/09, com
a consequente desistência da ação. O montante envolvido no processo é de R$ 48.639 e a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento
no âmbito dos processos judiciais.
Com relação às questões em discussão judicial acima mencionadas, as provisões remanescentes serão mantidas até que haja um desfecho final e não seja cabível mais nenhum recurso.
Adicionalmente, nos termos da adesão à Medida Provisória nº 470/09, a controlada ELEB liquidou em 2009 débitos tributários com crédito de imposto de renda diferido sobre
prejuízos fiscais, no montante de R$ 8.675.
26 PROVISÕES DIVERSAS
                                                                                            Controladora                                             Consolidado
                                                                          31.12.2010        31.12.2009          01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Provisões relacionadas com folha de pagamento                                216.798           190.686             243.344            257.535           232.360          292.150
Programa de participação dos empregados nos lucros                            62.692            56.916              63.924             71.603            66.531           71.201
Garantia de produtos (i)                                                     203.481           202.493             265.214            214.478           212.718          274.764
Obrigação de benefícios pós-emprego (Nota 28)                                 16.000                   -                 -             22.658             5.914            7.685
Provisão para perdas em investimentos em sociedades controladas                  589              1.379                  -                  -                   -              -
Outras                                                                        10.484              9.530             12.518             32.299            32.785           24.952
                                                                             510.044           461.004             585.000            598.573           550.308          670.752
Menos - Circulante                                                           426.726           315.844             413.061            515.844           406.527          498.813
Não Circulante                                                                83.318           145.160             171.939             82.729           143.781          171.939
(i) Constituídas para fazer face aos gastos relacionados a produtos, incluindo garantias e obrigações contratuais para implementação de melhorias em aeronaves entregues com a
finalidade de assegurar o atingimento de indicadores de desempenho.
Movimentação das provisões:
                                                                                                            Controladora
                                                                                                                                      Provisão para
                                                                               Programa de                           Obrigações          perdas em
                                                              Provisões    participação dos       Garantia        por benefícios      investimentos
                                                      relacionadas com          empregados              de         de aposenta-      em sociedades
                                                   folha de pagamento             nos lucros      produtos       doria e pensão         controladas         Outras           Total
Saldo em 01.01.2009                                            243.344              63.924        265.214                      -                  -        12.518         585.000
 Adições                                                       107.017             128.271        129.721                      -              1.579        28.401         394.989
 Baixas                                                               -            (61.057)      (124.118)                     -                  -       (12.038)       (197.213)
 Reversão                                                     (159.675)            (74.222)              -                     -                  -       (20.005)       (253.902)
 Ajuste de conversão                                                  -                    -      (68.324)                     -               (200)          654         (67.870)
Saldo em 31.12.2009                                            190.686              56.916        202.493                      -              1.379         9.530         461.004
 Adições                                                       108.429              83.545        113.156               16.000                  766        13.426         335.322
 Baixas                                                               -            (52.961)       (88.646)                     -                  -        (7.998)       (149.605)
 Reversão                                                      (82.317)            (24.808)       (15.431)                     -                  -        (3.070)       (125.626)
 Ajuste de conversão                                                  -                    -        (8.091)                    -             (1.556)       (1.404)        (11.051)
Saldo em 31.12.2010                                            216.798              62.692        203.481               16.000                  589        10.484         510.044

                                                                                                                    Consolidado
                                                                                                Programa de
                                                                            Provisões       participação dos           Garantia        Obrigação de
                                                                    relacionadas com             empregados                  de          benefícios
                                                                 folha de pagamento                nos lucros          produtos        pós-emprego          Outras           Total
Saldo em 01.01.2009                                                          292.150                 71.201            274.764                7.685        24.952         670.752
 Adições                                                                     141.445                144.745            129.720                  223        61.437         477.570
 Baixas                                                                             -               (61.057)          (124.118)                   -       (12.038)       (197.213)
 Reversão                                                                   (186.375)               (85.516)                  -                   -       (36.961)       (308.852)
 Ajuste de conversão                                                         (14.860)                 (2.842)          (67.648)              (1.994)       (4.605)        (91.949)
Saldo em 31.12.2009                                                          232.360                 66.531            212.718                5.914        32.785         550.308
 Adições                                                                     132.173                101.042            115.421              17.053         23.967         389.656
 Baixas                                                                             -               (62.008)           (90.192)                   -        (7.998)       (160.198)
 Reversão                                                                   (105.799)               (32.380)           (15.431)                   -       (13.251)       (166.861)
 Ajuste de conversão                                                          (1.199)                 (1.582)            (8.038)               (309)       (3.204)        (14.332)
Saldo em 31.12.2010                                                          257.535                 71.603            214.478              22.658         32.299         598.573
27 PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS
A Companhia apresentava os seguintes passivos relacionados às provisões para contingências:
                                                                                        Controladora                                                 Consolidado
                                                                      31.12.2010        31.12.2009              01.01.2009         31.12.2010        31.12.2009       01.01.2009
Trabalhistas                                                               74.232            54.602                 48.018             76.849            57.320           53.653
Fiscais                                                                    47.882            46.449                 46.064             51.182            48.511           47.544
Cíveis                                                                            -                -                     -                  -                   -         14.130
                                                                         122.114            101.051                 94.082            128.031           105.831          115.327
Menos - Circulante                                                         11.854            17.451                 20.957             12.572            18.203           22.137
Não Circulante                                                           110.260             83.600                 73.125            115.459            87.628           93.190

                                                                                                                                                                             49
Movimentação das provisões para contingências:                                                                                        Controladora
                                                                                             Trabalhistas                  Fiscais                     Cíveis               Total
Saldo em 01.01.2009                                                                              48.018                   46.064                            -             94.082
 Adições                                                                                         14.995                          -                          -             14.995
 Juros                                                                                            6.436                    1.294                            -              7.730
 Atualização monetária                                                                               317                         -                          -                317
 Baixas                                                                                         (14.725)                  (1.403)                           -            (16.128)
 Ajuste de conversão                                                                                (439)                     494                           -                 55
Saldo em 31.12.2009                                                                              54.602                   46.449                            -            101.051
 Adições                                                                                         11.536                          -                          -             11.536
 Juros                                                                                            8.039                    1.434                            -              9.473
 Atualização monetária                                                                               896                         -                          -                896
 Baixas                                                                                             (841)                        -                          -               (841)
 Ajuste de conversão                                                                                    -                       (1)                         -                  (1)
Saldo em 31.12.2010                                                                              74.232                   47.882                            -            122.114
                                                                                                                                      Consolidado
                                                                                             Trabalhistas                  Fiscais                     Cíveis               Total
Saldo em 01.01.2009                                                                              53.653                   47.544                      14.130             115.327
 Adições                                                                                         15.630                          -                          -             15.630
 Juros                                                                                            6.491                    1.490                            -              7.981
 Atualização monetária                                                                               317                         -                          -                317
 Baixas                                                                                         (16.766)                  (1.412)                    (12.167)            (30.345)
 Ajuste de conversão                                                                             (2.005)                      889                     (1.963)             (3.079)
Saldo em 31.12.2009                                                                              57.320                   48.511                            -            105.831
 Adições                                                                                         11.845                    1.043                            -             12.888
 Juros                                                                                            8.155                    1.500                            -              9.655
 Transferências                                                                                     (170)                     170                           -                   -
 Baixas                                                                                          (1.099)                     (782)                          -             (1.881)
 Ajuste de conversão                                                                                 798                      740                           -              1.538
Saldo em 31.12.2010                                                                              76.849                   51.182                            -            128.031
A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas e tributários e está discutindo essas questões tanto nas esferas administrativa quanto na judicial, as quais, quando
aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais registrados no ativo da Companhia na rubrica outros ativos. As provisões para as perdas prováveis decorrentes desses processos são
estimadas e atualizadas pela Companhia amparadas pela posição dos consultores legais externos.
A natureza das obrigações pode ser sumarizada como segue:
(i) Trabalhistas
As provisões para contingências trabalhistas caracterizam-se por processos movidos pelos sindicatos que representam os empregados ou por processos individuais, nos quais ex-
empregados reclamam horas extras, produtividade, readmissões, adicionais, retroatividade de aumentos e reajustes salariais.
As principais ações em aberto foram movidas pelo sindicato em 1991, que procura aplicar retroativamente aos meses de novembro e dezembro de 1990 um aumento salarial
concedido pela Companhia em janeiro e fevereiro de 1991. Até 30 de setembro de 2009, aproximadamente 97% dos empregados e ex-empregados já haviam feito acordo com a
Companhia. Outra ação reivindica os ajustes dos Planos Verão e Collor I sobre a multa de 40% do FGTS paga aos empregados que estavam na Companhia entre fevereiro de 1989 e
abril de 1990, e que foram demitidos entre 1989 e junho de 2003. Em setembro de 2007, o Sindicato e a Companhia firmaram acordo que prevê o início dos pagamentos a partir
de outubro de 2007. Até 31 de dezembro de 2010, a Companhia efetuou pagamentos para 80% dos ex-empregados.
A exposição total dos processos é estimada em aproximadamente R$ 102.345. Os processos encontram-se em diversas instâncias, aguardando julgamento. Com base na avaliação
dos assessores jurídicos da Companhia e no sucesso de alguns julgamentos e negociações que se espera realizar, o montante provisionado é considerado adequado para cobrir perdas
prováveis com estas questões.
(ii) Fiscais
Os principais processos fiscais em andamento são os seguintes:
• Contribuições previdenciárias - a Companhia foi notificada pelas autoridades pela não retenção da contribuição previdenciária de prestadores de serviços. Os processos encontram-
  se na 2ª instância da esfera judicial. Além desses processos, a Companhia foi notificada para recolhimento de adicionais de riscos ambientais do trabalho. Esse processo encontra-se
  também na 2ª instância. O montante envolvido relativamente a esses processos, cuja provisão foi constituída integralmente, é de R$ 22.877.
• FUNDAF - Em março de 2005, foi lavrado AIIM contra a Companhia, exigindo o recolhimento da contribuição. Em decorrência do lançamento, a Companhia ajuizou na 1ª Instância
  da esfera judicial, Ação Anulatória de Débito Fiscal, que se encontra pendente de julgamento. O montante envolvido nessa questão em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 10.712,
  integralmente provisionado.
• Imposto de Importação - Trata-se de AIIM lavrado em decorrência de pretensa violação do prazo para cumprimento do drawback e divergências quanto à classificação fiscal de
  produtos. Esses processos encontram-se na 2ª e 1ª instâncias da esfera judicial, respectivamente. O montante envolvido nesses processos em 31 de dezembro de 2010, cuja
  provisão foi constituída integralmente, é de R$ 5.184. O valor acima mencionado está líquido dos depósitos judiciais efetuados em igual montante.
• CIDE – A Companhia, de janeiro a setembro de 2002, procedeu ao recolhimento da CIDE sobre royalties, serviços técnicos e assistência técnica, sem o reajuste da base de cálculo.
  Após uma primeira fiscalização deste período e o êxito na esfera administrativa quanto aos fatos controversos, a Receita Federal do Brasil intimou a Companhia a proceder ao
  pagamento da diferença da base reajustada do período em epígrafe. Foi apresentada defesa no processo administrativo, que se encontra junto à Delegacia de Julgamento da Receita
  Federal para apreciação da questão em 1ª Instância. O montante envolvido provisionado é de R$ 4.904 em 31 de dezembro de 2010.
Passivos contingentes
Em razão de auto de infração, lavrado pela Receita Federal do Brasil em junho de 2010, a Companhia discute a base de cálculo e alíquotas de tributos incidentes sobre determinadas
e específicas remessas para o exterior. O valor do auto de infração é de R$ 200.179. A Companhia apresentou impugnação dentro do prazo legal e aguarda apreciação das razões
de defesa pela Delegacia de Julgamento correspondente. A probabilidade de êxito da discussão é considerada “possível” pelos Advogados responsáveis e, por esse motivo nenhuma
provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras.
28 OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO
a) Benefícios de plano de pensão – Contribuição definida
A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam um plano de contribuição definida para seus empregados, na qual a participação é opcional. Esse o plano era administrado pelo
Banco do Brasil S.A. – BB Previdência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar. As contribuições da Companhia para o plano
durante os anos de 2010 e 2009 foram de R$ 40.142 e R$ 31.615, respectivamente.
b) Benefício médico pós-emprego Controladora
A Controladora mantém um plano de assistência médica pós-emprego para os funcionários aposentados e em linha com as práticas de mercado. Em dezembro de 2010, a
Controladora procedeu alterações neste plano reconhecendo uma provisão de benefícios pós-emprego no valor de R$ 16 milhões, tendo como contrapartida o resultado do exercício.
O referido valor foi obtido por meio de cálculo atuarial considerando as seguintes principais premissas:
                                                                                                                                                          Percentual anual
                                                                                                                                                     (em termos nominais)
Taxa de desconto financeiro                                                                                                                                               12
Crescimento das despesas médicas (reduzindo 0,5% ao ano)                                                                                                          11 a 5,5
Inflação                                                                                                                                                                 5,5
Tábua de mortalidade geral                                                                                                                                        AT 1983

    50
c) Benefícios médico pós-emprego subsidiárias
A EAH (subsidiária integral da Embraer S.A) patrocina um plano médico pós-emprego, cujos custos esperados de pensão e prestação de benefício médico pós-emprego para os
empregados beneficiários e seus dependentes são provisionados em regime de competência com base em estudos atuariais.
Os valores reconhecidos no balanço patrimonial foram determinados como segue:
                                                                                                                                                   31.12.2010                31.12.2009
Obrigações de benefícios - no início do exercício                                                                                                       7.045                     7.176
 Custo dos juros                                                                                                                                          494                       495
 Perda atuarial                                                                                                                                           462                        79
 Benefícios pagos aos participantes                                                                                                                      (353)                     (388)
Obrigação do benefício - no fim do exercício                                                                                                             7.648                     7.362
As mudanças nos ativos do plano para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009, são as seguintes:
                                                                                                                          31.12.2010                       31.12.2009        01.01.2009
Valor justo dos ativos do plano - no início do exercício                                                                        2.292                           2.365             4.439
 Retorno do investimento do plano                                                                                                 244                             418            (1.025)
 Benefícios pagos aos participantes                                                                                              (353)                           (388)             (474)
Valor justo dos ativos do plano - no fim do exercício                                                                            2.183                           2.395             2.940
O valor justo dos ativos do plano é medido baseado nos inputs de Nível 1 de acordo com a norma contábil sobre medições de valor justo. Não houve alteração desde o ano anterior
nas técnicas de valorização e níveis de inputs. O custo líquido de benefícios pré-pagos (provisionados) em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 está incluído em
provisões diversas (Nota 26) e seus componentes estão resumidos conforme segue:
                                                                                                                                31.12.2010        31.12.2009     01.01.2009
Custo provisionado - Grau de suficiência financeira                                                                                    (5.465)           (4.967)          (6.527)
                                                                                                                                     (5.465)           (4.967)          (6.527)
As principais premissas atuariais utilizadas em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 foram conforme abaixo:
                                                                                                                                                                      %
                                                                                                                                                   31.12.2010                31.12.2009
Taxa de desconto média                                                                                                                                    5,75                      6,25
Custo líquido do beneficio periódico                                                                                                                       5,25                      5,75
Taxa de rendimento esperada sobre ativos                                                                                                                  7,75                      7,75
Taxa de aumento de remuneração                                                                                                                            5,50                      5,50
Os componentes dos custos líquidos dos benefícios periódicos foram os seguintes:
                                                                                                                                                   31.12.2010                31.12.2009
Custo do serviço                                                                                                                                          (92)                      (75)
Custo dos juros                                                                                                                                          (402)                     (420)
Taxa de rendimento esperada sobre ativos                                                                                                                  159                       165
Amortização do custo do serviço passado                                                                                                                   371                       388
Amortização das perdas                                                                                                                                   (165)                     (171)
Custo líquido dos benefícios periódicos (benefícios)                                                                                                     (129)                     (113)
Custo líquido                                                                                                                                            (129)                     (113)
O custo líquido de benefícios está incluído nas Despesas comerciais e nas Despesas administrativas.
A composição dos ativos do plano em 31 de dezembro de 2010 e 2009 era conforme segue:
                                                                                                                                        31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009
Fundos mútuos investidos principalmente em ações                                                                                               60%                74%               59%
Fundos mútuos investidos principalmente em bônus                                                                                               37%                23%               38%
Outros caixas                                                                                                                                   3%                 3%                3%
                                                                                                                                             100%               100%              100%
Os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serviços futuros previstos, deverão ser efetuados aos participantes de acordo com o plano de saúde pós-emprego:
Ano
2011                                                                                                                                                                                  516
2012                                                                                                                                                                                  511
2013                                                                                                                                                                                  523
2014                                                                                                                                                                                  476
2015                                                                                                                                                                                  452
2016 - 2020                                                                                                                                                                         2.415
                                                                                                                                                                                    4.893
Para fins de quantificação, uma taxa anual de crescimento no custo por pessoa de benefícios médicos cobertos de 7%, foi assumida para os exercícios findos em 31 de dezembro
de 2010 e de 2009, respectivamente. Está prevista redução gradual da taxa para 5% até 2012. A tendência de taxas do custo de assistência médica tem um efeito significativo
nos montantes reportados para o plano de saúde pós-emprego. Uma mudança de 1% nas taxas de custo de assistência médica assumidos não produziria efeitos relevantes das
Demonstrações Financeiras.

29 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1. Capital social
O capital social autorizado está dividido em 1.000.000.000 ações ordinárias. O capital social da Controladora, subscrito e integralizado, é de R$ 4.789.617, representado por
740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal, das quais 16.800.000 ações encontram-se em tesouraria.
2. Ação ordinária especial
A União Federal detém uma ação ordinária especial, com mesmo direito de voto dos outros acionistas detentores de ações ordinárias, porém com direitos especiais conforme descrito
no Artigo 9º do Estatuto Social.
A ação ordinária de classe especial confere à União poder de veto nas seguintes matérias:
I - Mudança de denominação da Companhia ou de seu objeto social;
II - Alteração e/ou aplicação da logomarca da Companhia;
III - Criação e/ou alteração de programas militares, que envolvam ou não a República Federativa do Brasil;
IV - Capacitação de terceiros em tecnologia para programas militares;
V - Interrupção de fornecimento de peças de manutenção e reposição de aeronaves militares;
VI - Transferência do controle acionário da Companhia;
VII - Quaisquer alterações: (i) às disposições deste artigo 9, do art. 4, do caput do art. 10, dos arts. 11, 14 e 15 , do inciso III do art. 18, dos parágrafos 1º e 2º do art. 27, do inciso
X do art. 33, do inciso XII do art. 39 ou do Capítulo VII; ou ainda (ii) de direitos atribuídos pelo Estatuto à ação de classe especial.

                                                                                                                                                                                     51
a) Composição acionária
                                                                                         Quantidade ordinária                                   Sobre o capital total - %
Acionistas                                                                31.12.2010         31.12.2009        01.01.2009            31.12.2010       31.12.2009        01.01.2009
Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ          92.983.001        101.787.901       103.082.901                 12,56             13,75            13,92
Cia. Bozano                                                               43.771.789         45.632.189        58.136.689                   5,91              6,16             7,85
Janus Capital Management (NYSE)                                                    -                     -     75.807.944                      -                   -         10,24
Franklin Resources (NYSE)                                                          -         47.647.852                 -                      -              6,43                -
Oppenheimer Fund’s (NYSE)                                                 52.262.796         50.171.337        44.721.636                   7,06              6,78             6,04
Thornburg Investment Management’s (NYSE)                                  45.525.296         43.289.188        37.726.280                   6,15              5,85             5,09
BNDES Participações S.A. - BNDESPAR                                       39.762.489         39.762.489        37.412.579                   5,37              5,37             5,05
Hotchkis & Wiley Capital (NYSE)                                                    -         38.163.308                 -                      -              5,15                -
BLACKROCK                                                                          -         43.608.599                 -                      -              5,89                -
Ações em Tesouraria                                                       16.800.000         16.800.000        16.800.000                   2,27              2,27             2,27
União Federal                                                                      1                    1       2.349.911                      -                   -           0,32
Outros                                                                   449.359.672        313.602.180       364.427.104                 60,68             42,35            49,22
                                                                         740.465.044        740.465.044       740.465.044                100,00           100,00            100,00
b) Juros sobre o capital próprio
Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Embraer S.A., em reuniões realizadas durante 2010, a distribuição de juros sobre capital próprio, os quais são atribuídos aos
dividendos conforme a seguir:
• Em 10 de junho de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 1º semestre de 2010 no valor de R$ 34.540, sendo, R$ 0,04664 por ação, sujeito
  à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração;
• Em 16 de setembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 3º trimestre de 2010 no valor de R$ 21.710, sendo, R$ 0,03 por ação, sujeito
  à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração;
• Em 9 de dezembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 4º trimestre de 2010 no valor de R$ 144.733, sendo, R$ 0,20 por ação, sujeito
  à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 14 de janeiro de 2011, sem nenhuma remuneração;
Em atendimento à legislação fiscal, o montante dos juros sobre o capital próprio de R$ 200.983, foi contabilizado como despesa financeira. No entanto, para efeito dessas
demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio são apresentados como distribuição do lucro líquido do exercício, portanto, reclassificados para o patrimônio líquido, pelo
valor bruto, uma vez que os benefícios fiscais por ele gerados são mantidos no resultado do exercício.
Em atendimento ao ICPC 08 “Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos”, a Companhia reclassificou para o patrimônio líquido o montante de R$ 45.255, referente a
juros sobre capital próprio que excedeu o dividendos mínimo obrigatório de 25% ainda não ratificado em Assembleia Geral Ordinária.
c) Dividendos propostos
A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária, calculada nos termos da Lei
das Sociedades por Ações, é assim demonstrada:
Calculada com base nos valores da Controladora
                                                                                                                                     31.12.2010                31.12.2009
Lucro líquido da controladora de acordo com IFRS                                                                                         573.592                   912.093
Ajustes de adoção do IFRS                                                                                                                         -                (21.736)
Lucro líquido da controladora de acordo com o GAAP anterior                                                                              573.592                   890.357
Subvenções                                                                                                                                (15.328)                 (13.495)
Reserva legal                                                                                                                             (28.680)                 (44.518)
                                                                                                                                         529.584                   832.344
Dividendos mínimos obrigatórios (25%)                                                                                                    132.396                   208.086
Juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda retido na fonte                                                               176.945                   152.886
Dividendos propostos – complemento                                                                                                                -                 55.200
Juros sobre o capital próprio, excedente ao mínimo obrigatório (i)                                                                        (45.255)                        -
Remuneração total dos acionistas                                                                                                         131.690                   208.086
Pagamentos efetuados no exercício                                                                                                         (49.561)                        -
Remuneração total dos acionistas do exercício em aberto                                                                                    82.129                  208.086
Remuneração total dos acionistas de exercícios anteriores em aberto                                                                           202                      170
Remuneração total dos acionistas em aberto                                                                                                 82.331                  208.256
(i) o valor excedente é reclassificado do passivo circulante para a conta de “dividendos adicional proposto” dentro da reserva de lucros no patrimônio líquido.
d) Reserva legal
Constituída anualmente com destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social ou 30% no somatório dessa reserva e reservas de capital.
e) Reserva de subvenção para investimentos
Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações (alteração introduzida pela Lei 11.638 de 2007), essa reserva corresponde à apropriação
da parcela de lucros acumulados decorrente das subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas efetuados pela Companhia, as quais não podem ser
distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, reconhecidas no resultado do exercício na mesma rubrica dos investimentos realizados.
Essas subvenções não incorporam a base de cálculo dos dividendos obrigatórios.
f) Reserva para investimentos e de capital de giro
Esta reserva tem a finalidade de: (i) assegurar recursos para investimentos em bens do ativo permanente, sem prejuízo de retenção de lucros nos termos do artigo 196 da Lei
6.404/76; (ii) reforço de capital de giro; podendo ainda (iii) ser utilizada em operações de resgate, reembolso ou aquisição de ações do capital da Companhia e (iv) pode ser distribuída
aos acionistas da Companhia.
g) Ações em tesouraria
Correspondem a 16.800.000 ações ordinárias adquiridas até 4 de abril de 2008, no montante de R$ 320.250, com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital
de giro.
Esta operação foi realizada conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 7 de dezembro de 2007.
As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria, período no qual perderão seus direitos políticos e econômicos.
Em 31 de dezembro de 2010 o valor de mercado das ações em tesouraria era R$ 198.240, R$ 159.768 em 31 de dezembro de 2009 e R$ 148.008 em 1º de janeiro de 2009.
h) Ajustes de avaliação patrimonial
Compreendem os seguintes ajustes:
(i) Variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras consolidadas da moeda funcional da Controladora para a moeda de apresentação destas demonstrações
financeiras (Real).
(ii) Variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das controladas para a moeda funcional da Controladora (Dólar).
(iii) Outros resultados abrangentes: Referem-se aos ganhos (perdas) atuariais não realizados decorrentes dos planos de benefícios médicos patrocinados pela Companhia.

    52
30 REMUNERAÇÃO EM AÇÕES
Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19 de abril de 2010, na sede da Companhia, foi aprovado o “Programa para a outorga de opções de compra de ações”, destinado
a diretores e empregados da Companhia ou de suas controladas e que tenham pelo menos dois anos de vínculo de trabalho. A aquisição do direito de exercício das opções se dará
em três momentos: 20% após 1º ano, 30% após o 2º e 50% restantes após o 3º ano, sempre em relação à data da outorga de cada opção.
O preço de exercício de cada opção é definido na data da outorga de opção pela média ponderada da cotação dos últimos sessenta pregões, podendo ser ajustados em até 30% para
anular eventuais movimentos especulativos. O participante terá um prazo máximo de 5 anos para exercício da opção, iniciado a partir da data da outorga. Em 30 de abril de 2010,
foram outorgadas opções de compra de 6.510.000 ações, às quais foi atribuído um preço de exercício de R$ 10,19 por ação.
O valor justo, atribuído a estas opções foi determinado com base no modelo de precificação Black & Scholes, onde o valor de cada opção foi calculado em R$ 1,77 para o lote com
início de direito de exercício ao final do primeiro ano, R$ 2,74 para lote com início de direito de exercício ao final do segundo ano e R$ 3,44 para o lote com início de direito de
exercício ao final do terceiro ano. Este modelo leva em consideração o valor do ativo objeto, preço de exercício, tempo a decorrer até o exercício, probabilidade da opção ser exercida,
volatilidade histórica baseada nos preços de fechamento diário das ações dos últimos 6 meses e taxa de juros ponderada para o período de cada lote baseadas na taxa DI divulgada
pela BM&F. Vale destacar que o tempo a decorrer até o exercício foi mensurado conforme decisão da administração e considera o final do período de carência como base para o
cálculo, ou seja, as opções foram calculadas com os prazos de exercício determinados de um ano, dois anos e três anos. Esta premissa foi adotada pois a administração entende que
o exercício da opção ocorrerá ao final de cada período de carência devido à alta liquidez ao alto ganho previsto para cada ação.
                                                                                                                                                                 2010
                                                                                                                                                      Ações                    Preço
                                                                                                                                                  (milhares)             médio (R$)
Em aberto no início do exercício                                                                                                                            -                       -
Outorgas                                                                                                                                              6.510                    10,19
Posição ao fim do exercício                                                                                                                            6.510                    10,19
31 LUCRO POR AÇÃO
(a) Básico
Em atendimento à legislação das sociedades anônimas, na Controladora o lucro por ação é calculado mediante a divisão do lucro líquido do exercício pela quantidade de ações
ordinárias existentes no fim do exercício, excluindo as ações adquiridas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria.
                                                                                                     Controladora                                 Consolidado
                                                                                          31.12.2010            31.12.2009           31.12.2010               31.12.2009
Lucro atribuível aos acionistas da Companhia                                                  573.592               912.093              573.592                 912.093
                                                                                              573.592               912.093              573.592                 912.093
Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares                            723.665               723.665              723.665                 723.665
Lucro básico por ação                                                                         0,79262               1,26038              0,79262                 1,26038
(b) Diluído
O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias
potenciais diluídas. A Companhia tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais diluídas, sendo ela opções de compra de ações. Para estas opções de compra de ações, é
feito um cálculo para determinar a quantidade de ações que poderiam ter sido adquiridas pelo valor justo (determinado como o preço médio anual de mercado da ação da Companhia),
com base no valor monetário dos direitos de subscrição vinculados às opções de compra de ações em circulação. A quantidade de ações calculada conforme descrito anteriormente
é comparada com a quantidade de ações emitidas, pressupondo-se o exercício das opções de compra das ações.
                                                                                                          Controladora                                 Consolidado
                                                                                            31.12.2010               31.12.2009            31.12.2010              31.12.2009
Lucro atribuível aos acionistas da Companhia                                                    573.592                 912.093                573.592                912.093
Lucro usado para determinar o lucro diluído por ação                                            573.592                 912.093                573.592                912.093
Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares                              723.665                 723.665                723.665                723.665
Média ponderada do número de ações (em milhares) - diluído (i)                                        354                       -                  354                       -
Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por ação – milhares         724.019                 723.665                724.019                723.665
Lucro diluído por ação                                                                          0,79223                 1,26038                0,79223                1,26038
(i) Refere-se ao efeito dilutivo potencial das ações para o período findo em 31 de dezembro de 2010. Não existe efeito potencialmente dilutivo das ações para o ano findo em 31 de
dezembro de 2009.
32 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS
A Companhia, baseada na política de remuneração variável, aprovada pelo Conselho de Administração em abril de 1996 e renovada em dezembro de 2008, concede participação
nos lucros e resultados aos seus empregados, que está vinculada a um plano de ação, objeto da avaliação dos resultados, bem como ao alcance de objetivos específicos, os quais
são estabelecidos e acordados no início de cada ano. Até 2009, o valor da Participação nos Lucros e Resultados era equivalente a 12,5% do lucro líquido do exercício social apurado
de acordo com o US GAAP   .
A partir de 2010, com a adoção e apresentação das demonstrações financeiras em IFRS no Brasil, este passou a ser o novo princípio contábil base para cálculo da participação
desses lucros e resultados. Desse montante, 30% são distribuídos em partes iguais a todos os empregados e 70% de forma proporcional ao salário. A Controladora contabilizou à
participação nos lucros e resultados nos montantes de R$ 65.670 e R$ 58.339 em 2010 e 2009, respectivamente (no Consolidado R$ 71.759 em 2010 e R$ 61.929 em 2009).
33 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS), LÍQUIDAS
                                                                                                      Controladora                                      Consolidado
                                                                                             31.12.2010          31.12.2009                   31.12.2010            31.12.2009
Garantia financeira - mesa (i)                                                                         -            (179.344)                           -              (179.344)
Despesas com reestruturação (ii)                                                                      -            (119.905)                           -              (137.321)
Multas contratuais (iii)                                                                         41.506             128.513                       39.117               122.267
Manutenção e custo de voos das aeronaves - frota                                                 (9.034)            (15.262)                     (10.438)              (47.986)
Ressarcimento de despesas                                                                        14.057              14.582                       14.180                16.115
Impostos sobre outras receitas                                                                    2.096             (12.729)                       1.382               (15.083)
Royalties                                                                                        18.935              21.374                       11.948                11.581
Modificação de produtos                                                                           (8.442)             (9.733)                      (8.442)               (9.733)
Vendas diversas                                                                                   9.106               7.462                       11.117                 7.750
Gastos com programas                                                                            (12.727)             (6.648)                     (12.727)               (6.648)
Normas de segurança de voo                                                                       (6.217)             (5.653)                      (6.217)               (5.653)
Manutenção de aeronaves de terceiros                                                             (2.268)             (4.331)                      (2.268)               (4.331)
Provisões para contingências                                                                    (11.529)             (1.017)                     (11.692)                 (102)
Outras (iv)                                                                                      47.017             (11.834)                      (9.230)               (8.391)
                                                                                                 82.500            (194.525)                      16.730              (256.879)
(i) Refere-se ao valor para cobrir perdas relativas a garantias financeiras referente ao pedido de concordata da MESA AirGroup em janeiro de 2010.
(ii) Correspondem a custos incorridos em decorrência da revisão de base de custos e de efetivo de pessoal, adequando-os à realidade de demanda por aeronaves comerciais e
executivas.
(iii) Substancialmente composto por multas cobradas dos clientes pelo cancelamento de contratos de vendas, conforme previstos nos referidos contratos.
(iv) Em dezembro de 2010, na Controladora, foi reconhecido o montante de R$ 45.824, corresponde à indenização de seguro pago pela Controlada ECC Insurance para a
Controladora decorrente das garantias financeiras exercidas por terceiros, relacionadas com a concordata da MESA AirGroup.

                                                                                                                                                                               53
34 RECEITAS (DESPESAS) POR NATUREZA
A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado do exercício por função. A seguir apresenta o detalhamento dos custos e despesas por natureza:
                                                                                                     Controladora                                   Consolidado
                                                                                         31.12.2010              31.12.2009            31.12.2010              31.12.2009
Conforme demonstração de resultado:
Receitas líquidas                                                                          8.130.393               9.284.481             9.380.625             10.871.275
Custo dos produtos e serviços vendidos                                                    (6.635.392)             (7.655.651)           (7.582.662)             (8.759.483)
Administrativas                                                                             (254.818)               (280.842)             (346.061)               (376.199)
Comerciais                                                                                  (482.468)               (503.514)             (657.010)               (601.119)
Pesquisa                                                                                    (125.090)               (110.757)             (126.102)               (110.855)
Outras receitas (despesas), líquidas                                                          82.500                (194.525)               16.730                (256.879)
Equivalência patrimonial                                                                     (69.943)                147.191                       -                     -
                                                                                             645.182                 686.383               685.520                 766.740
Receitas (despesas) por natureza:
Receita de produtos                                                                        7.937.871               9.058.116             8.700.525             10.275.165
Receita de serviços                                                                          268.998                 304.225               787.987                 722.624
Dedução de vendas                                                                            (76.476)                (77.860)             (107.887)               (126.514)
Custo atribuído ao produto                                                                (6.359.302)             (7.345.618)           (7.199.067)             (8.281.938)
Depreciação                                                                                  (79.679)               (130.887)             (179.819)               (228.341)
Amortização                                                                                 (196.411)               (209.226)             (203.776)               (223.807)
Despesa com pessoal                                                                         (335.639)               (302.205)             (509.981)               (496.891)
Despesa com comercialização                                                                 (120.142)               (119.755)             (175.460)               (170.524)
Outras despesas (receitas), líquidas                                                        (394.038)               (490.407)             (427.002)               (703.034)
                                                                                             645.182                 686.383               685.520                 766.740
35 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS LÍQUIDAS
                                                                                                     Controladora                                     Consolidado
                                                                                            31.12.2010          31.12.2009                  31.12.2010           31.12.2009
Despesas financeiras:
 Juros sobre financiamentos                                                                     (146.157)               (207.564)               (159.080)                (232.692)
 Juros sobre impostos, encargos sociais
  e contribuições                                                                               (19.711)                (21.207)                (19.737)                 (22.092)
 Despesas com estruturação financeira                                                             (1.121)                 (1.529)                (15.025)                     (27)
 IOF sobre operações financeiras                                                                  (2.284)                 (5.010)                 (2.781)                  (5.347)
 Despesas com garantias financeiras de
  valor residual                                                                                 (4.674)                      -                  (4.674)                       -
 Outras                                                                                         (10.973)                (14.661)                (14.644)                 (26.312)
Total despesas financeiras                                                                      (184.920)               (249.971)               (215.941)                (286.470)
Receitas financeiras:
Juros sobre caixa e equivalentes de caixa
 e instrumentos financeiros ativos                                                              170.791                  170.369                 203.209                 196.222
Juros sobre recebíveis                                                                          37.032                   55.989                  41.415                  90.978
Estruturação financeira                                                                           1.145                        -                   1.321                   1.739
Garantias financeiras                                                                                 -                    1.917                       -                   1.917
Outras                                                                                             387                      409                     881                  11.915
Total receitas financeiras                                                                      209.355                  228.684                 246.826                 302.771
Receitas (despesas) financeiras                                                                  24.435                  (21.287)                 30.885                  16.301
36 VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS LÍQUIDAS
                                                                                                     Controladora                                     Consolidado
                                                                                            31.12.2010          31.12.2009                  31.12.2010           31.12.2009
Variações monetárias e cambiais, líquidas:
Ativas:
 Caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos                                  45.739                 477.602                  45.804                 477.604
 Contas a receber de clientes, líquida                                                             (671)                 54.566                  19.733                  74.222
 Adiantamentos a fornecedores                                                                         -                       -                  (1.408)                    623
 Crédito de impostos                                                                            (18.190)                 51.902                 (17.570)                 55.061
 Outras                                                                                          59.822                  36.553                  52.547                  23.408
                                                                                                 86.700                 620.623                  99.106                 630.918
Passivas:
 Adiantamentos de clientes                                                                      (10.529)                (60.460)                (19.500)                 (59.697)
 Financiamentos                                                                                  (7.136)               (410.220)                (12.057)                (436.138)
 Fornecedores                                                                                      (759)                (10.579)                 (1.517)                 (10.401)
 Contas a pagar                                                                                  (6.168)                (13.445)                 (7.203)                 (15.615)
 Impostos e encargos a recolher                                                                 (47.473)               (189.629)                (50.567)                (191.313)
 Imposto de renda e contribuição social diferidos                                                 2.843                     (70)                  2.840                      (70)
 Provisões                                                                                      (15.038)                (70.513)                (15.097)                 (72.613)
 Provisões para contingências                                                                    (6.187)                 (8.052)                 (6.270)                  (8.096)
 Outras                                                                                            (875)                   (308)                 (2.904)                    (192)
                                                                                                (91.322)               (763.276)               (112.275)                (794.135)
 Variações monetárias e cambiais                                                                 (4.622)               (142.653)                (13.169)                (163.217)
 Instrumentos financeiros derivativos                                                            (11.980)                 48.608                  11.819                   27.393
 Variações monetárias e cambiais, líquidas                                                      (16.602)                (94.045)                 (1.350)                (135.824)
37 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
a) Impostos diferidos
Face à base tributária dos ativos e passivos da Controladora ser mantida em reais históricos e a base contábil em dólares (moeda funcional), as flutuações na taxa de câmbio
impactaram significativamente a base tributária e, consequentemente as despesas/receitas de imposto de renda diferido registradas no resultado (item “e” a seguir).
A Companhia, fundamentada na expectativa provável de geração de lucros tributáveis, registrou em suas demonstrações financeiras o ativo fiscal diferido representado pelos prejuízos
fiscais e base negativa de contribuição.
Quanto aos créditos referentes a diferenças temporárias relativas às provisões não dedutíveis, representados principalmente por provisões de contingências trabalhistas, provisões e
tributos em discussão judicial, serão realizados à medida que os processos correspondentes forem concluídos.

    54
Os ativos de impostos diferidos líquidos são apresentados nas demonstrações financeiras como seguem:
                                                                                         Controladora                                                 Consolidado
                                                                       31.12.2010        31.12.2009         01.01.2009         31.12.2010             31.12.2009    01.01.2009
Impostos diferidos ativos                                                 196.303           267.726                  -            231.750                298.910        25.506
Impostos diferidos passivos                                                       -                 -          (70.785)           (18.998)               (28.202)      (85.202)
Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos                            196.303           267.726            (70.785)           212.752                270.708       (59.696)
Os componentes de impostos ativos e passivos diferidos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009 são demonstrados a seguir:
                                                                                     Controladora                                          Consolidado
                                                                     31.12.2010      31.12.2009         01.01.2009      31.12.2010         31.12.2009               01.01.2009
Prejuízos fiscais a compensar                                               6.017          12.022             28.831           32.341           24.715                   47.662
Base negativa de contribuição social                                           -                 -                -            2.154             2.822                   3.255
Créditos não reconhecidos                                                      -                 -                -          (25.017)           (9.416)                 (5.076)
Provisões temporariamente não dedutíveis                                583.770         568.821            674.542          648.919           631.731                  733.196
Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária
 do estoque, imobilizado e intangível                                   267.844         287.979           (268.114)         280.379           297.326                 (279.664)
Diferenças de prática IFRS                                                99.770        104.663            115.679            99.770          104.663                  115.679
Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05)          (624.275)       (602.733)          (535.553)        (637.145)         (615.338)                (548.056)
Reavaliação do imobilizado                                               (12.996)        (13.589)           (14.194)         (12.996)         (13.589)                 (14.194)
Reserva de correção monetária especial                                    (3.658)         (4.012)            (4.359)          (3.658)           (4.012)                 (4.359)
Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos                      (10.136)        (16.215)           (13.593)         (10.136)         (16.215)                 (13.593)
Efeito da Lei 11.638                                                     (43.921)        (32.623)           (32.990)         (43.740)         (33.206)                 (31.710)
Outros                                                                   (66.112)        (36.587)           (21.034)       (118.119)          (98.773)                 (62.836)
Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos                          196.303         267.726             (70.785)        212.752           270.708                  (59.696)
Segue abaixo a movimentação dos impostos diferidos que afetaram o resultado:
                                                                                          Controladora                                                Consolidado
                                                                        Do exercício       Abrangente              Total           Do exercício       Abrangente          Total
Saldos em 1º de janeiro de 2009                                            (57.192)           (13.593)          (70.785)              (46.103)           (13.593)      (59.696)
Prejuízos fiscais a compensar                                               (16.809)                  -          (16.809)              (22.947)                  -      (22.947)
Base negativa de contribuição social                                               -                 -                 -                  (433)                 -         (433)
Créditos não reconhecidos                                                          -                 -                 -                (4.340)                 -       (4.340)
Provisões temporariamente não dedutíveis                                  (105.721)                  -         (105.721)             (101.465)                  -     (101.465)
Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária
 do estoque, imobilizado e intangível                                      556.093                  -          556.093               576.990                   -      576.990
Diferenças de prática IFRS                                                 (11.016)                 -          (11.016)              (11.016)                  -      (11.016)
Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05)              (67.180)                 -          (67.180)              (67.282)                  -      (67.282)
Efeito de conversão dos impostos diferidos                                       -            (24.969)         (24.969)                    -             (34.554)     (34.554)
Reserva de correção monetária especial                                         347                  -              347                   347                   -          347
Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos                              -             (2.622)          (2.622)                    -              (2.622)      (2.622)
Efeito da Lei 11.638                                                           367                  -              367                (1.496)                  -       (1.496)
Outros                                                                      10.021                  -           10.021                  (778)                  -         (778)
Saldos em 31 de dezembro de 2009                                           308.910            (41.184)         267.726               321.477             (50.769)     270.708
Prejuízos fiscais a compensar                                                (6.005)                 -           (6.005)                7.625                   -        7.625
Base negativa de contribuição social                                             -                  -                -                  (668)                  -         (668)
Créditos não reconhecidos                                                        -                  -                -               (15.601)                  -      (15.601)
Provisões temporariamente não dedutíveis                                    14.949                  -           14.949                17.188                   -       17.188
Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária
 do estoque, imobilizado e intangível                                      (20.135)                 -          (20.135)              (16.947)                  -      (16.947)
Diferenças de prática IFRS                                                  (4.893)                 -           (4.893)               (4.893)                  -       (4.893)
Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05)              (21.542)                 -          (21.542)              (21.807)                  -      (21.807)
Efeito de conversão dos impostos diferidos                                       -             (3.532)          (3.532)                    -              (8.982)      (8.982)
Reserva de correção monetária especial                                         354                  -              354                   354                   -          354
Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos                              -              6.079            6.079                     -               6.079        6.079
Efeito da Lei 11.638                                                       (11.298)                 -          (11.298)              (10.534)                  -      (10.534)
Outros                                                                     (25.400)                 -          (25.400)               (9.770)                  -       (9.770)
Saldos em 31 de dezembro de 2010                                           234.940            (38.637)         196.303               266.424             (53.672)     212.752
b) Composição dos impostos correntes e diferidos
A seguir apresentamos a composição da receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social entre corrente e diferido:
                                                                                                      Controladora                                    Consolidado
                                                                                         31.12.2010               31.12.2009                31.12.2010           31.12.2009
Constituição de prejuízos fiscais e base negativa                                               (6.005)                 (16.809)                  6.958              (23.380)
Aumento (redução) dos créditos não reconhecidos                                                       -                       -                (15.601)              (4.340)
Sobre prejuízos fiscais e bases negativas                                                       (6.005)                 (16.809)                 (8.643)             (27.720)
Efeito das diferenças temporárias                                                            (51.774)                  393.560                 (30.983)             407.812
Diferenças de prática (Lei 6.404 x Lei 11.638)                                               (11.298)                       367                (10.534)              (1.496)
Diferenças de prática (Lei 11.638 x IFRS/CPC)                                                  (4.893)                 (11.016)                 (4.893)             (11.016)
Sobre diferenças temporárias                                                                 (67.965)                  382.911                 (46.410)             395.300
Receita (despesa) de imposto de renda diferido                                               (73.970)                  366.102                 (55.053)             367.580
Receita (despesa) de imposto de renda corrente                                                 (5.453)                 (25.060)                (59.824)             (77.526)
Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social diferidos e correntes            (79.423)                  341.042                (114.877)             290.054
c) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social
                                                                                                      Controladora                                    Consolidado
                                                                                         31.12.2010               31.12.2009                31.12.2010           31.12.2009
Lucro antes da provisão para imposto de renda e contribuição social                          653.015                   571.051                 715.055              647.217
Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas oficiais - 34%                (222.025)                 (194.157)               (243.119)            (220.054)
Despesas não dedutíveis:
Tributação do lucro das controladas no exterior                                                (2.420)                 (13.393)                     (2.420)                  -
Outras                                                                                       (25.694)                    (8.369)                   (25.869)             (8.670)
                                                                                             (28.114)                  (21.762)                    (28.289)             (8.670)
Receitas não tributáveis e/ou incentivos fiscais:
Equivalência patrimonial                                                                      10.149                    38.472                          -                   -
Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 19 Lei 11.196/05)                                109.991                   118.999                    109.991             118.999
Juros sobre capital próprio                                                                   52.947                    59.051                     52.947              59.051
Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque, imobilizado
 e intangível                                                                                (20.135)                  556.093                     (16.947)            576.990
Efeito de conversão do resultado (i)                                                          30.342                  (240.820)                     24.049            (243.495)
Outros                                                                                       (12.578)                   25.166                     (13.509)              7.233
                                                                                             170.716                   556.961                     156.531             518.778
Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado     (79.423)                  341.042                    (114.877)            290.054

                                                                                                                                                                         55
O reconhecimento dos valores acima mencionados, resultou em uma alíquota efetiva de 12,16% na Controladora e 16,07% no Consolidado em 2010. A despesa de imposto de renda
e contribuição social diferidas gerada em 2010 em comparação com a receita gerada em 2009 decorre substancialmente do impacto da variação cambial sobre a base tributária dos
ativos não monetários (estoques, imobilizado e intangível) ainda não realizados na data de encerramento do exercício.
(i) os efeitos da conversão do resultado decorrem substancialmente da variação cambial sobre a base tributária dos ativos não monetários (estoques, imobilizado e intangível)
realizados no exercício.

38 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT)
Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia efetuou uma avaliação de todas as suas unidades geradoras de caixa sem encontrar indicadores de perda, no entanto, existem
unidades geradoras de caixa relacionadas a ativos intangíveis em desenvolvimento, desta forma a Companhia efetuou análise de impairment para estes casos.
O valor recuperável de uma UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses cálculos usam projeções de fluxo de caixa, antes do imposto de renda e da contribuição
social, baseada em orçamentos financeiros aprovados pela administração para um período de cinco anos.
Principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso:
Margem bruta
A administração determinou a margem bruta orçada com base no seu desempenho passado e em suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. Essas margens também
consideram os ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto.
Taxas de crescimento
As taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receita orçada pela Companhia, consistentemente com as previsões incluídas nos relatórios do setor.
Taxas de desconto
As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas antes dos impostos e foram baseadas em cotações de mercado considerando o período de fluxo de caixa orçado utilizado pela
Companhia, sendo 2,17% ao ano em 31 de dezembro de 2010 e 2,98% ao ano em 31 de dezembro de 2009.
Nenhuma perda por impairment foi registrada para o ativo intangível ou ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2010 e 2009.

39 GARANTIAS FINANCEIRAS

                                                                                                                       Garantias
                                                                                               Garantias           financeiras de                Provisão
                                                                                              financeiras           valor residual            adicional (i)                Total
Saldo em 01/01/2009                                                                            382.057                   22.138                          -             404.195
 Adições                                                                                          1.708                         -              179.340                 181.048
 Marcação a mercado                                                                                    -                  (1.699)                        -              (1.699)
 Apropriação ao resultado                                                                       (36.329)                        -                        -             (36.329)
 Ajuste de conversão                                                                            (93.638)                  (5.918)                        -             (99.556)
Saldo em 31/12/2009                                                                            253.798                   14.521                179.340                 447.659
 Adições                                                                                            966                         -                        -                 966
 Baixa                                                                                                 -                        -               (45.824)               (45.824)
 Marcação a mercado                                                                                    -                   4.674                         -               4.674
 Apropriação ao resultado                                                                       (27.290)                        -                        -             (27.290)
 Ajuste de conversão                                                                             (6.943)                    (729)                 (6.718)              (14.390)
Saldo em 31/12/2010                                                                            220.531                   18.466                126.798                 365.795
(i) Em 2009, em decorrência do pedido de concordata (Chapter 11) em 5 de janeiro de 2010, do cliente MESA AirGroup, junto à Corte Distrital Sul da cidade de Nova York, nos
Estados Unidos da América, a Companhia constitui provisão para cobrir perdas relativas às suas obrigações com garantias financeiras oferecidas ao agente financiador em relação às
36 aeronaves ERJ145 adquiridas da Companhia em poder dessa empresa. Em 2010, face à inadimplência da MESA AirGroup, parte dessas garantias foram exercidas pelo agente
financiador e a Companhia procedeu aos desembolsos. A Companhia, com base em suas melhores estimativas atuais, acredita que a provisão constituída é suficiente para cobrir
as perdas relativas a essas garantias financeiras.

40 INSTRUMENTOS FINANCEIROS
(a) Valor justo de instrumentos financeiros
O valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados mediante informações disponíveis no mercado e com a aplicação de metodologias que a Companhia
julga apropriada para melhor avaliar cada tipo de instrumento, sendo necessário à utilização de considerável julgamento na interpretação dos dados de mercado para se produzir
a mais adequada estimativa do valor justo. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no
mercado de troca corrente. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material nos valores estimados de realização.
Os métodos abaixo foram utilizados para estimar o valor justo de cada classe de instrumento financeiro para os quais é praticável estimar-se valor justo.
O valor contábil do caixa, equivalentes de caixa, contas a receber e passivo circulante se aproximam do valor justo. O valor justo dos títulos mantidos até o vencimento é estimado
através da metodologia de fluxo de caixa descontado. O valor justo das dívidas de longo prazo é baseado no valor descontado de seus fluxos de caixa contratuais. A taxa de desconto
utilizada é baseada na curva futura de mercado para o fluxo de cada obrigação.
Os valores justos dos instrumentos financeiros são como segue:
                                                                                                                         Controladora
                                                                                   31.12.2010                           31.12.2009                           01.01.2009
                                                                              Valores         Valores              Valores            Valores            Valores       Valores
                                                                            contábeis          justos            contábeis             justos          contábeis        justos
Ativos financeiros
 Caixa e equivalentes de caixa                                            1.668.509          1.668.509         2.131.274            2.131.274        3.101.535       3.101.535
 Instrumentos financeiros ativos                                             729.596            729.596           809.745              809.745          521.775         521.775
 Contas a receber de clientes, líquidas                                     231.494            231.494           278.847              278.847          395.968         395.968
 Contas a receber de sociedades controladas                               1.047.042          1.047.042         1.270.912            1.270.912        2.412.108       2.412.108
 Financiamento a clientes                                                   128.208            128.208            53.866               53.866           77.009          77.009
 Instrumentos financeiros derivativos                                              -                  -            10.247               10.247            2.569           2.569
Passivos financeiros
 Empréstimos e financiamentos                                              2.134.585          2.200.118         3.191.367            3.650.341        3.626.998       3.319.490
 Instrumentos Derivativos                                                       730                730               837                  837          389.072         389.072
 Garantias Financeiras RVG                                                   18.466             18.466            14.521               14.521           22.138          22.138
 Garantias Financeiras                                                      220.531            220.531           253.798              253.798          382.057         382.057
 Fornecedores e outras obrigações                                         1.189.193          1.189.193         1.026.809            1.026.809        2.424.776       2.424.776

    56
Consolidado
                                                                                     31.12.2010                             31.12.2009                             01.01.2009
                                                                                Valores         Valores                Valores           Valores               Valores       Valores
                                                                              contábeis          justos              contábeis            justos             contábeis        justos
Ativos financeiros
 Caixa e equivalentes de caixa                                               2.321.199          2.321.199           2.772.618           2.772.618          4.254.999         4.254.999
 Instrumentos financeiros ativos                                              1.308.986          1.308.986           1.704.142           1.704.142          1.049.504         1.049.504
 Contas a receber de clientes, líquidas                                        581.943            581.943             709.272             709.272          1.062.495         1.062.495
 Financiamento a clientes                                                      117.459            117.459              91.888              91.888            284.662           284.662
 Contas a receber vinculadas                                                   896.814            896.814             846.248             846.248          1.118.606         1.118.606
 Instrumentos financeiros derivativos                                            37.107             37.107              42.828              42.828             69.960            69.960
Passivos financeiros
 Empréstimos e financiamentos                                                 2.390.606          2.474.641           3.583.983           4.062.066          4.299.541         3.966.167
 Instrumentos Derivativos                                                        3.732              3.732               8.091               8.091            389.072           389.072
 Garantias Financeiras RVG                                                      18.466             18.466              14.521              14.521             22.138            22.138
 Garantias Financeiras                                                         220.531            220.531             253.798             253.798            382.057           382.057
 Fornecedores e outras obrigações                                            2.220.262          2.220.262           2.153.821           2.153.821          3.900.560         3.900.560
(b) Classificação
A Companhia considera “valor justo” como sendo o preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para liquidar um passivo em uma transação normal entre participantes
do Mercado na data de medição (preço de saída). A Companhia emprega dados ou premissas de mercado que outros participantes do mercado utilizariam para determinar o preço
do ativo ou passivo em questão, inclusive premissas sobre risco e os riscos inerentes nas fontes usadas na técnica de valorização. A Companhia aplica principalmente o método de
mercado para valorizações recorrentes de valor justo e procura utilizar as melhores informações disponíveis. Neste sentido, a Companhia usa técnicas de valorização que maximizem
o uso de fontes de informações observáveis e minimizem o uso de fontes de informações não-observáveis. A Companhia classifica hierarquicamente os saldos conforme a qualidade
das fontes utilizadas para gerar os preços dos valores justos. A hierarquia é composta por três níveis de valor justo conforme segue:
(i) Nível 1 - preços cotados estão disponíveis em mercados com liquidez elevada para ativos e passivos idênticos na data das demonstrações financeiras. Mercados com liquidez
elevada são aqueles nos quais transações para o ativo ou passivo em questão ocorrem com uma freqüência suficiente e em volumes que permitam obter informações sobre preços a
qualquer momento. O Nível 1 consiste principalmente em instrumentos financeiros tais como derivativos, ações e outros ativos negociados em bolsas de valores.
(ii) Nível 2 – preços utilizados são outros que os preços cotados em mercados com liquidez elevada incluídos no Nível 1, porém que sejam direta ou indiretamente observáveis na
data do reporte. Nível 2 inclui instrumentos financeiros valorizados utilizando algum tipo de modelagem ou de outra metodologia de valorização. Estes são modelos padronizados
de mercado que são amplamente utilizados por outros participantes, que consideram diversas premissas, inclusive preços futuros de commodities, valores no tempo, fatores de
volatilidade e preços atuais de mercado e contratuais para os instrumentos subjacentes, bem como quaisquer outras medições econômicas relevantes. Praticamente todas estas
premissas podem ser observados no mercado ao longo do prazo inteiro do instrumento em questão, derivados a partir de dados observáveis ou substanciadas por níveis que possam
ser observados onde são executadas transações no mercado. Instrumentos que se enquadram nesta categoria incluem derivativos não negociados em bolsas como contratos de swap
ou futuros e opções de balcão.
(iii) Nível 3 - as fontes de informação sobre preços utilizados incluem fontes que geralmente são menos observáveis, mas que possam partir de fontes objetivas. Estas fontes podem
ser usadas junto com metodologias desenvolvidas internamente que resultem na melhor estimativa da administração de valor justo. Na data de cada balanço, a Companhia efetua
uma análise de todos os instrumentos e inclui dentro da classificação de Nível 3 todos aqueles cujos valores justos estão baseados em informações geralmente não observáveis.
A tabela a seguir classifica por nível utilizando a hierarquia de valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2010. A avaliação da Companhia sobre
a significância de determinadas informações é subjetiva e poderá afetar a valorização de ativos e passivos ao valor justo e sua classificação dentro dos níveis de hierarquia de valor justo.
a) Controladora:                                                                               Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2010
                                                                     Preços cotados em                         Outras fontes                           Fontes
                                                                    mercados ativos por                   significativas não-               significativas não-
                                                               ativos idênticos (nível 1)              observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                     Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                           597.699                             131.897                                   -                729.596
Passivos
 Derivativos                                                                             -                              730                                  -                      730
                                                                                               Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2009
                                                                     Preços cotados em                         Outras fontes                           Fontes
                                                                    mercados ativos por                   significativas não-               significativas não-
                                                               ativos idênticos (nível 1)              observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                     Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                           604.412                             205.333                                   -                809.745
 Derivativos                                                                             -                           10.247                                  -                  10.247
Passivos
 Derivativos                                                                             -                              837                                  -                      837
                                                                                                 Modificações de valor justo em 1 de janeiro de 2009
                                                                     Preços cotados em                         Outras fontes                           Fontes
                                                                    mercados ativos por                   significativas não-               significativas não-
                                                               ativos idênticos (nível 1)              observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                     Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                           305.049                             216.726                                   -                521.775
 Derivativos                                                                             -                            2.569                                  -                   2.569
Passivos
 Derivativos                                                                             -                         389.072                                   -                389.072
b) Consolidado:
                                                                                               Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2010
                                                                     Preços cotados em                         Outras fontes                           Fontes
                                                                    mercados ativos por                   significativas não-               significativas não-
                                                               ativos idênticos (nível 1)              observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                     Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                           669.792                             365.142                          172.336                 1.207.270
 Derivativos                                                                             -                           37.107                                  -                  37.107
Passivos
 Derivativos                                                                             -                            3.732                                  -                   3.732
                                                                                               Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2009
                                                                     Preços cotados em                         Outras fontes                           Fontes
                                                                    mercados ativos por                   significativas não-               significativas não-
                                                               ativos idênticos (nível 1)              observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                     Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                           730.782                             657.451                          240.285                 1.628.518
 Derivativos                                                                             -                           42.828                                  -                  42.828
Passivos
 Derivativos                                                                             -                            8.091                                  -                   8.091

                                                                                                                                                                                   57
Modificações de valor justo em 1 de janeiro de 2009
                                                               Preços cotados em                      Outras fontes                             Fontes
                                                              mercados ativos por                significativas não-                 significativas não-
                                                         ativos idênticos (nível 1)            observáveis (nível 2)             observáveis (nível 3)                      Total
Ativos
 Títulos negociáveis                                                     386.774                           308.217                             256.368                  951.359
 Derivativos                                                                   -                            69.960                                   -                   69.960
Passivos
 Derivativos                                                                      -                        389.072                                   -                 389.072
                                                                                                                                           Modificações de valor justo utilizando
                                                                                                                                                           fontes significativas
                                                                                                                                                  não-observáveis (nível 3) em
                                                                                                                                                     31 de dezembro de 2010
Saldo inicial                                                                                                                                                          240.285
 Compras (vendas)                                                                                                                                                      (62.166)
 Ganhos (perdas) não realizadas                                                                                                                                           4.566
 Efeito de conversão                                                                                                                                                   (10.349)
Saldo final                                                                                                                                                             172.336
                                                                                                                                           Modificações de valor justo utilizando
                                                                                                                                                           fontes significativas
                                                                                                                                                  não-observáveis (nível 3) em
                                                                                                                                                     31 de dezembro de 2009
Saldo inicial                                                                                                                                                          256.368
 Compras (vendas)                                                                                                                                                       44.348
 Ganhos (perdas) não realizadas                                                                                                                                           4.930
 Efeito de conversão                                                                                                                                                   (65.361)
Saldo final                                                                                                                                                             240.285
                                                                                                                                           Modificações de valor justo utilizando
                                                                                                                                                           fontes significativas
                                                                                                                                                  não-observáveis (nível 3) em
                                                                                                                                                        01 de janeiro de 2009
Saldo inicial                                                                                                                                                                  -
 Compras (vendas)                                                                                                                                                      280.440
 Ganhos (perdas) não realizadas                                                                                                                                        (24.072)
 Efeito de conversão                                                                                                                                                           -
Saldo final                                                                                                                                                             256.368
Política de gestão de riscos financeiros
A Companhia possui e segue política de gerenciamento de riscos, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartes. Nos termos dessa
política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também
são revistos, periodicamente, os limites de crédito e a qualidade do risco das contrapartes.
A política de gerenciamento de risco da Companhia foi estabelecida pela Diretoria e aprovada pelo Conselho de Administração, e prevê a existência de um comitê de gestão financeira.
Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando não têm contrapartida nas operações da Companhia e quando é considerado necessário suportar a estratégia
corporativa. Os procedimentos de controles internos da Companhia proporcionam o acompanhamento de forma consolidada dos resultados financeiros e dos impactos no fluxo de
caixa.
O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar informações relacionadas com o cenário econômico e seus possíveis impactos nas operações da
Companhia, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco.
Nas condições da política de gestão financeira, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos derivativos, com propósito de mitigar suas operações
contra os riscos de flutuação na taxa de juros e de câmbio, sendo vedada à utilização desse tipo de instrumento para fins especulativos.
a) Gestão de Capital
Através da gestão de capitais a Companhia busca manter níveis de liquidez adequados para assegurar a continuidade do seu programa de investimentos e para oferecer retorno aos
seus acionistas, em linha com as práticas do setor Aeroespacial, cujas empresas apresentam, em geral, baixos índices de alavancagem financeira.
Nesse sentido a Companhia busca manter saldo de caixa superior ao saldo de endividamento financeiro, bem como procura manter acesso à liquidez através do estabelecimento e
manutenção de linha de crédito da modalidade standby conforme descrito na (Nota 20).
No período findo em 31 de Dezembro de 2010 a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa superava o endividamento financeiro da Companhia em R$ 1.152,8 milhões
(R$ 849,4 milhões em 2009) resultando, em termos líquidos, em uma estrutura de capital sem alavancagem.
Do endividamento financeiro total em 31 de Dezembro de 2010, apenas 5,1% era de curto prazo (28,8% em 2009) e o prazo médio ponderado era equivalente há 6,3 anos em 31
de Dezembro de 2010 (4,9 anos em 2009). O capital próprio representava 37,3% e 32,4% do passivo total ao final de 2010 e 2009, respectivamente.
b) Risco de crédito
A Companhia pode incorrer em perdas com valores a receber oriundos de faturamentos de peças de reposição e serviços. Para reduzir esse risco, é realizada constantemente a análise
de crédito dos clientes. Quanto às contas a receber oriundas de faturamento de aeronaves, a Companhia pode incorrer em risco de crédito, enquanto a estruturação de financiamento
não for finalizada. Para minimizar esse risco de crédito, a Companhia atua com instituições financeiras com o objetivo de agilizar a estruturação dos financiamentos.
Para fazer face às possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas provisões, cujo montante é considerado suficiente pela Administração, para a cobertura
de eventuais perdas com a realização dos ativos.
A política de gestão financeira determina que os ativos que compõem as carteiras de investimento no Brasil e no exterior possuam classificação de risco mínima como grau de
investimento, bem como estabelece uma concentração máxima de risco equivalente a 15% do Patrimônio Líquido da instituição financeira emitente e, quando se tratar de instituição
não financeira, uma participação máxima equivalente a 5% do valor total da emissão.
Os riscos de contraparte nas operações derivativas são administrados com a contratação de operações por meio de instituições financeiras de primeira linha e registro na Câmara
Especial de Liquidação e Custódia - CETIP.
c) Risco de liquidez
É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os
recebimentos e pagamentos previstos.
Para administrar a liquidez do caixa em reais e em dólares, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de
Tesouraria.

    58
A tabela a seguir fornece informações adicionais relativas aos passivos financeiros da Companhia e seus respectivos vencimentos.
                                                                                                                                  Controladora
                                                                                                                Menos de           Entre um e       Entre três e            Acima de
                                                                                                   Total         um ano              três anos       cinco anos            cinco anos
Em 31 de dezembro de 2010
Empréstimos                                                                                 2.913.858           144.647              812.630          202.802          1.753.779
Obrigações com arrendamento financeiro                                                           1.267             1.194                   73                -                  -
Fornecedores                                                                                1.079.498         1.079.498                    -                -                  -
Garantias financeiras                                                                          365.795           158.357               61.093           71.865             74.480
Outros passivos                                                                               175.047            20.167               30.888          104.620             19.372
Total                                                                                       4.535.465         1.403.863              904.684          379.287          1.847.631
Em 31 de dezembro de 2009
Empréstimos                                                                                 1.695.120           843.621              812.800           32.498                 6.201
Obrigações com arrendamento financeiro                                                           3.308             2.104                1.204                -                     -
Fornecedores                                                                                  848.140           848.140                    -                -                     -
Garantias financeiras                                                                          447.659           209.797               60.977           73.100               103.785
Outros passivos                                                                               145.390            29.837               29.955           29.536                56.062
Total                                                                                       3.139.617         1.933.499              904.936          135.134               166.048
Em 1º de janeiro de 2009
Empréstimos                                                                                 2.877.757         1.050.237            1.622.643          142.643                62.234
Obrigações com arrendamento financeiro                                                           9.348             4.787                2.785            1.657                   119
Fornecedores                                                                                2.212.076         2.212.076                    -                -                     -
Garantias financeiras                                                                          404.194            40.865               81.992           85.989               195.348
Outros passivos                                                                               186.960            26.492               41.273           36.424                82.771
Total                                                                                       5.690.335         3.334.457            1.748.693          266.713               340.472

                                                                                                                                  Consolidado
                                                                                                                Menos de           Entre um e       Entre três e            Acima de
                                                                                                   Total         um ano              três anos       cinco anos            cinco anos
Em 31 de dezembro de 2010
Empréstimos                                                                                 3.245.161           219.628              910.850          226.791          1.887.892
Obrigações com arrendamento financeiro                                                           7.143             2.882                4.261                -                  -
Fornecedores                                                                                1.250.029         1.250.029                    -                -                  -
Dívida com e sem direito de regresso                                                          783.568           186.314              364.980           35.556            196.718
Garantias financeiras                                                                          365.795           158.357               61.093           71.865             74.480
Outros passivos                                                                               190.939            34.604               67.325           39.653             49.357
Total                                                                                       5.842.635         1.851.814            1.408.509          373.865          2.208.447
Em 31 de dezembro de 2009
Empréstimos                                                                                 4.483.552         1.078.759            1.177.325          243.834          1.983.634
Obrigações com arrendamento financeiro                                                          34.824             9.021               14.110           10.123              1.570
Fornecedores                                                                                1.038.345         1.038.345                    -                -                  -
Dívida com e sem direito de regresso                                                          883.732           236.699               37.954          387.831            221.248
Garantias financeiras                                                                          447.659           209.797               60.977           73.100            103.785
Outros passivos                                                                               183.959            27.741               51.438           35.557             69.223
Total                                                                                       7.072.071         2.600.362            1.341.804          750.445          2.379.460
Em 1º de janeiro de 2009
Empréstimos                                                                                 5.037.170         1.380.735            1.849.612          529.338          1.277.485
Obrigações com arrendamento financeiro                                                          45.805            11.375               17.217           11.516              5.697
Fornecedores                                                                                2.506.226         2.506.226                    -                -                  -
Dívida com e sem direito de regresso                                                        1.179.144           321.753               39.887          497.593            319.911
Garantias financeiras                                                                          404.195            40.865               81.992           85.989            195.349
Outros passivos                                                                               153.416            20.330               29.715           21.031             82.340
Total                                                                                       9.325.956         4.281.284            2.018.423        1.145.467          1.880.782
A tabela acima mostra o valor do principal do passivo e juros quando aplicáveis na data de seus respectivos vencimentos. Para os passivos de taxa fixa, as despesas de juros foram
calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato e para passivos com taxas flutuantes. As despesas de juros foram calculadas com base na previsão de mercado para
cada período (exemplo: LIBOR 6m – 12m).
d) Risco de mercado
(i) Risco com taxa de juros
Possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a passivos sujeitos a juros flutuantes
e/ou reduzam os rendimentos dos ativos sujeito a juros flutuantes.
Aplicações financeiras – Como parte da política de gerenciamento do risco de flutuação nas taxas de juros relativamente às aplicações financeiras, a Companhia mantém um
sistema de mensuração de risco de mercado, utilizando o método “Value-At-Risk – VAR”, que compreende uma análise conjunta da variedade de fatores de risco que podem afetar
a rentabilidade dessas aplicações. As receitas financeiras apuradas no período já refletem o efeito de marcação a mercado dos ativos que compõe as carteiras de investimento no
Brasil e no exterior.
Empréstimos e Financiamentos – A Companhia tem pactuado contratos de derivativos para fazer proteção contra o risco de flutuação nas taxas de juros em algumas operações e,
além disso, monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações de derivativos para se proteger
contra o risco de volatilidade dessas taxas.
Em 31 de dezembro de 2010, as aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos consolidados da Companhia, estão indexados como segue:
                                                                                                                 Controladora
                                                                              Pré-Fixado                       Pós-Fixado                                          Total
                                                                          Valor                %           Valor                  %                      Valor                    %
Aplicações financeiras                                                  465.969            19,44       1.931.377               80,56                 2.397.346                100,00
. Denominadas em reais                                                        -             0,00      1.731.016               72,21                 1.731.016                 72,21
. Denominadas em US$                                                   465.943            19,44         200.361                8,36                   666.304                 27,79
. Denominadas em outras moedas                                              26              0,00                -              0,00                        26                  0,00
Empréstimos                                                          2.048.494            95,97          86.091                4,03                 2.134.585                100,00
. Denominadas em reais                                                 552.134            25,87          86.091                4,03                   638.225                 29,90
. Denominadas em US$                                                 1.496.360            70,10                 -              0,00                 1.496.360                 70,10

                                                                                                                                                                               59
Para a Controladora, não temos efeitos após os derivativos.
                                                                                                                          Consolidado
                                                                                  Pré-Fixado                           Pós-Fixado                                 Total
                                                                              Valor                  %              Valor                  %              Valor               %
Aplicações financeiras                                                    1.070.109                 30,3        2.457.584                 69,7        3.527.693             100,0
. Denominadas em reais                                                            -                 0,0        1.747.995                 49,6        1.747.995              49,6
. Denominadas em US$                                                       924.023                 26,2          709.589                 20,1        1.633.612              46,3
. Denominadas em outras moedas                                             146.086                  4,1                 -                 0,0          146.086               4,1
Empréstimos                                                              2.116.959                 88,6          273.647                 11,5        2.390.606             100,0
. Denominadas em reais                                                     551.872                 23,1          115.389                  4,8          667.261              27,9
. Denominadas em US$                                                     1.559.907                 62,3          146.558                  6,1        1.706.465              71,4
. Denominadas em outras moedas                                               5.180                  0,2           11.700                  0,5           16.880               0,7
Tabela após os Derivativos
                                                                                  Pré-Fixado                           Pós-Fixado                                 Total
                                                                              Valor                  %              Valor                   %             Valor                %
Aplicações financeiras                                                    1.070.109               30,33         2.457.584                69,67        3.527.693            100,00
. Denominadas em reais                                                            -               0,00         1.747.995                49,55        1.747.995             49,55
. Denominadas em US$                                                       924.023               26,19           709.589                20,11        1.633.612             46,31
. Denominadas em outras moedas                                             146.086                4,14                  -                0,00          146.086              4,14
Empréstimos                                                              2.127.300               88,99           263.306                11,01        2.390.606            100,00
. Denominadas em reais                                                     551.872               23,09           115.389                 4,83          667.261             27,91
. Denominadas em US$                                                     1.570.248               65,68           136.217                 5,70        1.706.465             71,38
. Denominadas em outras moedas                                               5.180                0,22            11.700                 0,49           16.880              0,71

                                                                                                                                Controladora
                                                                                                    Sem efeito dos                                       Com efeito
                                                                                                      derivativos                                      dos derivativos
                                                                                                  Valor                      %                     Valor                       %
Aplicações financeiras                                                                        1.931.377                  100,00                1.931.377                   100,00
CDI                                                                                          1.731.016                   89,63                1.731.016                    89,63
LIBOR                                                                                          200.361                   10,37                  200.361                    10,37
Empréstimos                                                                                     86.091                  100,00                   86.091                   100,00
TJLP                                                                                            86.091                  100,00                   86.091                   100,00

                                                                                                                                Consolidado
                                                                                                    Sem efeito dos                                       Com efeito
                                                                                                      derivativos                                      dos derivativos
                                                                                                  Valor                      %                     Valor                       %
Aplicações financeiras                                                                        2.457.584                  100,00                2.457.584                   100,00
CDI                                                                                          1.747.995                   71,13                1.747.995                    71,13
LIBOR                                                                                          709.589                   28,87                  709.589                    28,87
Empréstimos                                                                                    273.647                  100,00                  263.306                   100,00
TJLP                                                                                           112.912                   41,26                  112.912                    42,88
LIBOR                                                                                          146.558                   53,56                  136.217                    51,73
CDI                                                                                              2.477                    0,91                    2.477                     0,94
Euro                                                                                            11.700                    4,28                   11.700                     4,44
(ii) Risco com taxa de câmbio
A Companhia adota o dólar como moeda funcional de seus negócios (Nota 2.2.d).
Como consequência, as operações da Companhia expostas ao risco de variação cambial são, majoritariamente, as operações denominadas em reais (custo de mão de obra, despesas
no Brasil, aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos denominados em reais), bem como os ativos e passivos em sociedades controladas e coligadas em moedas diferentes
das suas respectivas moedas funcionais.
A política de proteção de riscos cambiais adotada pela Companhia está substancialmente baseada na busca pela manutenção do equilíbrio de ativos e passivos sujeitos a variação
cambial indexados em cada moeda e na gestão diária das operações de compra e venda de moeda estrangeira visando assegurar que, na realização das transações contratadas,
esse hedge natural efetivamente se materialize. Essa política minimiza o efeito da variação cambial sobre ativos e passivos já contratados, mas não protege o risco de flutuação dos
resultados futuros em função da apreciação ou depreciação do Real que pode, quando medida em dólares, apresentar um aumento ou redução da parcela de custos denominados
em reais.
A busca pela minimização do risco cambial sobre os direitos e obrigações denominadas em moedas diferentes da moeda funcional podem originar operações com instrumentos
derivativos, como por exemplo, swaps, opções cambiais e Non-Deliverable Forward (“NDF”) para equalização da parcela denominada em reais das despesas e obrigações da
Companhia.
Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía ativos e passivos financeiros denominados por diversas moedas nos montantes descritos a seguir:
                                                                                    Controladora                                          Controladora
                                                                                   Sem efeito das                                        Com efeito das
                                                                               operações de derivativos                             operações de derivativos
                                                                   31.12.2010        31.12.2009        01.01.2009      31.12.2010         31.12.2009      01.01.2009
Empréstimos e financiamentos:
 Real                                                                 638.225         1.175.511         1.378.041         638.225           1.175.511       1.378.041
 Dólar                                                              1.496.360         2.015.856         2.248.957       1.496.360           2.015.856       2.248.957
                                                                    2.134.585         3.191.367         3.626.998       2.134.585           3.191.367       3.626.998
Fornecedores:
 Real                                                                  72.949            54.218            68.754           60.514             54.218          68.754
 Dólar                                                                994.153           773.210         2.129.168         987.707             773.210       2.129.168
 Euro                                                                  10.199              7.156           12.179            8.700              7.156          12.179
 Outras moedas                                                           2.197           13.556             1.975           22.577             13.556           1.975
                                                                    1.079.498           848.140         2.212.076       1.079.498             848.140       2.212.076
Total (1)                                                           3.214.083         4.039.507         5.839.074       3.214.083           4.039.507       5.839.074
Caixa e equivalentes de caixas e
 instrumentos financeiros ativos:
 Real                                                               1.731.775         2.117.416         1.822.405       1.731.775           2.117.416       1.822.405
 Dólar                                                                666.304           822.185         1.799.647         666.304             822.185       1.799.647
 Euro                                                                       20                33               89                20                33              89
 Outras moedas                                                                6            1.385            1.169                  6            1.385           1.169
                                                                    2.398.105         2.941.019         3.623.310       2.398.105           2.941.019       3.623.310

    60
Controladora                                                Controladora
                                                                                       Sem efeito das                                              Com efeito das
                                                                                   operações de derivativos                                    operações de derivativos
                                                                         31.12.2010      31.12.2009        01.01.2009                31.12.2010     31.12.2009       01.01.2009
Contas a Receber:
 Real                                                                        41.355            181.951               117.795             41.355           181.951           117.795
 Dólar                                                                      190.139             96.896               278.173            190.139            96.896           278.173
                                                                            231.494            278.847               395.968            231.494           278.847           395.968
Total (2)                                                                 2.629.599          3.219.866             4.019.278          2.629.599         3.219.866         4.019.278
Exposição líquida (1 - 2):
 Real                                                                     (1.061.956)       (1.069.638)             (493.405)        (1.074.391)        (1.069.638)        (493.405)
 Dólar                                                                     1.634.070         1.869.985             2.300.305          1.627.624          1.869.985        2.300.305
 Euro                                                                         10.179             7.123                12.090              8.680              7.123           12.090
 Outras moedas                                                                 2.191            12.171                   806             22.571             12.171              806

                                                                                         Consolidado                                                 Consolidado
                                                                                       Sem efeito das                                              Com efeito das
                                                                                   operações de derivativos                                    operações de derivativos
                                                                         31.12.2010      31.12.2009        01.01.2009                31.12.2010     31.12.2009       01.01.2009
Empréstimos e financiamentos:
 Real                                                                       667.261          1.252.119             1.470.382            667.261         1.252.119         1.470.382
 Dólar                                                                    1.706.465          2.266.867             2.668.999          1.706.465         2.266.867         2.668.999
 Euro                                                                        16.880             64.997               108.620             16.880            64.997           108.620
 Outras moedas                                                                    -                  -                51.540                  -                 -            51.540
                                                                          2.390.606          3.583.983             4.299.541          2.390.606         3.583.983         4.299.541
Fornecedores:
 Real                                                                        63.631             43.234                73.508             63.631            43.234            73.508
 Dólar                                                                    1.113.069            934.399             2.336.537          1.113.069           934.399         2.336.537
 Euro                                                                        68.948             50.551                91.422             68.948            50.551            91.422
 Outras moedas                                                                4.381             10.161                 4.759              4.381            10.161             4.759
                                                                          1.250.029          1.038.345             2.506.226          1.250.029         1.038.345         2.506.226
Total (1)                                                                 3.640.635          4.622.328             6.805.767          3.640.635         4.622.328         6.805.767
Caixa e equivalentes de caixas e
 instrumentos financeiros ativos:
 Real                                                                     1.752.700          2.131.756             1.827.761          1.752.700         2.131.756         1.827.761
 Dólar                                                                    1.731.399          2.241.695             3.350.319          1.731.399         2.241.695         3.350.319
 Euro                                                                        34.328             64.768                88.906             34.328            64.768            88.906
 Outras moedas                                                              111.758             38.541                37.517            111.758            38.541            37.517
                                                                          3.630.185          4.476.760             5.304.503          3.630.185         4.476.760         5.304.503
Contas a Receber:
 Real                                                                        74.449            188.348               121.545             74.449           188.348           121.545
 Dólar                                                                      420.993            362.624               694.121            420.993           362.624           694.121
 Euro                                                                        85.782            157.853               246.525             85.782           157.853           246.525
 Outras moedas                                                                  719                447                   304                719               447               304
                                                                            581.943            709.272             1.062.495            581.943           709.272         1.062.495
Total (2)                                                                 4.212.128          5.186.032             6.366.998          4.212.128         5.186.032         6.366.998
Exposição líquida (1 - 2):
 Real                                                                     (1.096.257)       (1.024.751)             (405.416)        (1.096.257)        (1.024.751)        (405.416)
 Dólar                                                                       667.142           596.947               961.096            667.142            596.947          961.096
 Euro                                                                        (34.282)         (107.073)             (135.389)           (34.282)          (107.073)        (135.389)
 Outras moedas                                                              (108.096)          (28.827)               18.478           (108.096)           (28.827)          18.478
A Companhia possui outros ativos e passivos que também estão sujeitos a variação cambial e não foram incluídos na nota acima, porém são utilizados para minimizar a exposição
nas moedas apresentadas.
(iii) Derivativos
Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados
para fins especulativos.
As perdas e os ganhos com as operações de derivativos são reconhecidos mensalmente no resultado, considerando-se o valor de realização desses instrumentos (valor de mercado).
A provisão para as perdas e ganhos não realizados é reconhecida na conta “Instrumentos Financeiros Derivativos”, no balanço patrimonial, e a contrapartida no resultado é na rubrica
Variações cambiais e monetárias, líquidas.
Contratos de swap de juros
São contratados com o objetivo principal de trocar o indexador de dívidas a taxas flutuantes para taxas de juros fixas, bem como para troca de dólares para o Real ou inversos conforme
o caso. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não possuía nenhum contrato derivativo sujeito a chamadas de margem.
Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia pactuou contratos de swap por meio dos quais efetivamente converteu o montante de R$ 281.324 das obrigações com e sem direito
de regresso de uma taxa de juros fixa de 5,98% a.a. para uma taxa de juros flutuante equivalente a LIBOR + 1,21% a.a., e por meio de uma subsidiária contratou uma operação
de swap no montante de R$ 10.341 equivalentes a US$ 6.206 convertendo operações de financiamentos sujeitos a taxa de juros flutuantes de LIBOR 1 mês + 2,44% a.a. a juros
fixos de 5,23% a.a., conforme demonstrativo abaixo:


Veja abaixo a tabela com as operações de Swaps descritas:
                                                                             Controladora
                                                                                                                               Ganho (perda)                    Ganho (perda)
                                                                                                                             Valor           Valor de         Valor           Valor de
                                                 Moeda       Moeda          Notional                                       contábil          mercado        contábil          mercado
Objeto amparado                    Modalidade   original      atual     (em milhares)        Taxa média pactuada       31.12.2010        31.12.2010     31.12.2009        31.12.2009
Financiamento de exportação
Ativo da Empresa                        Swap        R$          R$          104.000                   4,50% a.a.                 -                  -         (837)              (837)
Passivo da Empresa                      Swap                                104.000              42,33% CDI a.a.
Contrapartes
Itaú BBA                                                                                                                         -                  -         (837)              (837)
Total                                                                                                                            -                  -         (837)              (837)


                                                                                                                                                                                61
Consolidado
                                                                                                                              Ganho (Perda)                    Ganho (Perda)
                                                                                                                            Valor           Valor de         Valor           Valor de
                                                 Moeda       Moeda          Notional                                      contábil          mercado        contábil          mercado
Objeto amparado                  Modalidade     original      atual     (em milhares)         Taxa média pactuada     31.12.2010        31.12.2010     31.12.2009        31.12.2009
Obrigações com e sem
 direito de regresso
 Ativo da Empresa                      Swap        US$         US$          281.324                   5,98% a.a.          34.725            34.725         25.327             25.327
 Passivo da Empresa                    Swap                                 281.324            Libor + 1,21% a.a.
 Contrapartes
  Natixis                                                                                                                 34.725            34.725         25.327             25.327
Financiamento de exportação
Ativo da Empresa                       Swap         R$          R$          104.000                   4,50% a.a.                -                  -         (837)              (837)
Passivo da Empresa                     Swap                                 104.000            Libor + 1,21% a.a.
 Contrapartes
  Itaú BBA                                                                                                                      -                  -         (837)              (837)
Aquisição de Imobilizado
Ativo da Empresa                       Swap        US$         US$           10.341         Libor 1M + 2,44% a.a.            (620)             (620)             -                  -
Passivo da Empresa                     Swap                                  10.341                   5,23% a.a.
Contrapartes
 Compass Bank                                                                                                                (620)             (620)             -                  -
  Total                                                                                                                   34.105            34.105         24.490             24.490

Swaps - são avaliados pelo valor presente do fluxo futuro apurado pela aplicação das taxas contratuais até o vencimento e descontado a valor presente na data das demonstrações
financeiras pelas taxas de mercado vigentes.
Contratos de swap cambial
A Companhia em 31 de dezembro de 2010 não possuía nenhuma operação contratada de swap cambial, conforme demonstrado abaixo:
                                                                                                                              Ganho (perda)                    Ganho (perda)
                                                                                                                            Valor           Valor de         Valor           Valor de
                                                 Moeda       Moeda          Notional                                      contábil          mercado        contábil          mercado
Objeto amparado                  Modalidade     original      atual     (em milhares)         Taxa média pactuada     31.12.2010        31.12.2010     31.12.2009        31.12.2009
Financiamento de exportação
Ativo da Empresa                       Swap                                                                                     -                  -        4.921              4.921
Passivo da Empresa                     Swap
 Contrapartes
  Citibank                                                                                                                      -                  -        4.921              4.921
Desenvolvimento de projetos
Ativo da Empresa                       Swap                                                                                     -                  -        5.326              5.326
Passivo da Empresa                     Swap                                                                                     -                  -             -                  -
 Contrapartes
  Santander                                                                                                                     -                  -        5.326              5.326
Total                                                                                                                           -                  -       10.247             10.247

Outros Derivativos
Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tem pactuado operações de swap equivalentes a R$ 41.655 por meio das quais passou a ter um ativo indexado ao Cupom Cambial e
um passivo a uma taxa de juros pré-fixada. Conforme demonstrado abaixo, com efeito na Controladora e Consolidado:
                                                                                                                              Ganho (perda)                    Ganho (perda)
                                                                                                                            Valor           Valor de         Valor           Valor de
                                                 Moeda       Moeda          Notional                                      contábil          mercado        contábil          mercado
Objeto amparado                  Modalidade     original      atual     (em milhares)         Taxa média pactuada     31.12.2010        31.12.2010     31.12.2009        31.12.2009
Outros
Ativo da Empresa                       Swap        US$         US$           41.655                       Cupom              (730)             (730)             -                  -
Passivo da Empresa                     Swap                                  41.655                      USD Pré
 Contrapartes
  JP Morgan                                                                                                                  (730)             (730)             -                  -
Total                                                                                                                        (730)             (730)             -                  -

Esses contratos de swap são sujeitos ao risco Soberano Brasileiro e, em caso de um evento que limite à conversibilidade do Real e/ou altere os tributos incidentes, poderá resultar no
resgate da operação no Brasil na forma de títulos públicos de emissão do Governo Brasileiro no mercado interno (LTNs – Letras do Tesouro Nacional) juntamente com uma operação
de swap de tais títulos para dólar.
Análise de sensibilidade
Nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução nº 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de variação positiva e negativa na variável de risco considerada apresentamos,
a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, que descreve os efeitos sobre as variações monetárias e cambiais,
bem como sobre as receitas e despesas financeiras apuradas sobre os saldos contábeis registrados em 31 de dezembro de 2010 caso tais variações no componente de risco
identificado ocorressem.
Entretanto, simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variabilidade do fator de risco em análise. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não
indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito
material sobre as estimativas apresentadas a seguir.
Metodologia utilizada:
A partir dos saldos dos valores expostos, conforme demonstrado nas tabelas do item (c) acima, e assumindo que os mesmos se mantenham constantes, apuramos o diferencial de
juros e de variação cambial para cada um dos cenários projetados.
Na avaliação dos valores expostos ao risco de taxa de juros, consideramos apenas os riscos para as demonstrações financeiras, ou seja, não foram incluídas as operações sujeitas a
juros pré-fixados.

        62
O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para cada uma das variáveis indicadas e, as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre
as taxas vigentes na data das demonstrações financeiras.
Para análise de sensibilidade dos contratos de derivativos as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre a curva de mercado (BM&F BOVESPA) vigente na
data das demonstrações financeiras.
a) Fator de risco juros
                                                                                                                                    Controladora
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Aplicações Financeiras                             CDI                             1.731.016           (92.090)        (46.045)         10.559           46.045        92.090
Empréstimos                                        CDI                                        -                -               -               -                 -           -
Impacto Líquido                                    CDI                             1.731.016           (92.090)        (46.045)         10.559           46.045        92.090
Aplicações Financeiras                             LIBOR                              200.361              (345)           (173)             70              173           345
Empréstimos                                        LIBOR                                      -                -               -               -                 -           -
Impacto Líquido                                    LIBOR                              200.361              (345)           (173)             70              173           345
Aplicações Financeiras                             TJLP                                       -                -               -               -                 -           -
Empréstimos                                        TJLP                                86.091             2.583           1.291                -         (1.291)      (2.583)
Impacto Líquido                                    TJLP                                86.091             2.583           1.291                -         (1.291)      (2.583)
Taxas Consideradas                                 CDI                                 10,64%             5,32%           7,98%         11,25%           13,30%       15,96%
Taxas Consideradas                                 LIBOR                                0,34%             0,17%           0,26%          0,38%            0,43%         0,52%
Taxas Consideradas                                 TJLP                                 6,00%             3,00%           4,50%          6,00%            7,50%         9,00%
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.
                                                                                                                                     Consolidado
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Aplicações Financeiras                             CDI                             1.747.995           (92.993)        (46.497)         10.663           46.497        92.993
Empréstimos                                        CDI                                  2.477                132              66            (15)            (66)         (132)
Impacto Líquido                                    CDI                             1.745.518           (92.861)        (46.431)         10.648           46.431        92.861
Aplicações Financeiras                             LIBOR                              709.589           (1.223)            (612)            250              612        1.223
Empréstimos                                        LIBOR                              146.558                253             126            (52)           (126)         (253)
Impacto Líquido                                    LIBOR                              563.031              (970)           (486)            198              486           970
Aplicações Financeiras                             TJLP                                       -                -               -               -                 -           -
Empréstimos                                        TJLP                               112.912             3.387           1.694                -         (1.694)      (3.387)
Impacto Líquido                                    TJLP                              (112.912)            3.387           1.694                -         (1.694)      (3.387)
Taxas Consideradas                                 CDI                                 10,64%             5,32%           7,98%         11,25%           13,30%       15,96%
Taxas Consideradas                                 LIBOR                                0,34%             0,17%           0,26%          0,38%            0,43%         0,52%
Taxas Consideradas                                 TJLP                                 6,00%             3,00%           4,50%          6,00%            7,50%         9,00%
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.
b) Fator de risco câmbio
                                                                                                                                    Controladora
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Ativos                                                                             2.449.696         1.224.848         612.424         (93.801)       (612.424) (1.224.848)
Aplicações Financeiras                             BRL                             1.731.016           865.508         432.754         (66.282)       (432.754)    (865.508)
Demais Ativos                                      BRL                                718.680          359.340         179.670         (27.519)       (179.670)    (359.340)
Passivos                                                                           2.377.733       (1.173.712)       (586.856)          89.884          586.856    1.173.712
Financiamentos                                     BRL                                638.225        (319.113)       (159.557)          24.438          159.557      319.113
Demais Passivos                                    BRL                             1.739.508         (854.599)       (427.299)          65.446          427.299      854.599
Total Líquido                                                                          71.963            51.136          25.568          (3.917)       (25.568)      (51.136)
Taxa de Câmbio Considerada                                                             1,6662            0,8331          1,2497         1,7300           2,0826        2,4993
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.
                                                                                                                                     Consolidado
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Ativos                                                                             2.472.950         1.236.476         618.238         (94.691)       (618.238) (1.236.476)
Aplicações Financeiras                             BRL                             1.747.995           873.998         436.999         (66.932)       (436.999)    (873.998)
Demais Ativos                                      BRL                                724.955          362.478         181.239         (27.759)       (181.239)    (362.478)
Passivos                                                                           2.406.769       (1.203.385)       (601.692)          92.157          601.692    1.203.385
Financiamentos                                     BRL                                667.261        (333.631)       (166.815)          25.550          166.815      333.631
Demais Passivos                                    BRL                             1.739.508         (869.754)       (434.877)          66.607          434.877      869.754
Total Líquido                                                                          66.181            33.091          16.546          (2.534)       (16.546)      (33.091)
Taxa de Câmbio Considerada                                                             1,6662            0,8331          1,2497         1,7300           2,0826        2,4993
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.
c) Contratos derivativos
                                                                                                                                    Controladora
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Outros Derivativos                                 Cupom Cambial                          (730)              665             396             66            (143)         (412)
Total                                                                                     (730)              665             396             66            (143)         (412)
Taxas de Cupom Cambial Consideradas                2,53%                                1,26%             1,90%           2,83%          3,16%            3,79%
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.
                                                                                                                                     Consolidado
                                                                                                                      Variações adicionais no saldo contábil (*)
                                                                              Valores expostos                                          Cenário
                                                   Fator de risco             em 31/12/2010               (50)%           (25)%        provável             25%           50%
Swap Juros                                         LIBOR                               34.105            23.049          11.355          (4.967)       (10.281)      (20.339)
Outros Derivativos                                 Cupom Cambial                          (730)              665             396             66            (143)         (412)
Total                                                                                  33.375            23.714          11.751          (4.901)       (10.424)      (20.751)
Taxas de LIBOR Consideradas                                                             0,34%             0,17%           0,26%          0,38%            0,43%         0,52%
Taxas de Cupom Cambial Consideradas                                                     2,53%             1,26%           1,90%          2,83%            3,16%         3,79%
(*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010.

                                                                                                                                                                      63
d) Garantia financeira de valor residual
As garantias financeiras de valor residual são contabilizadas de forma semelhante aos instrumentos financeiros derivativos conforme (Nota 2.2 x).
Metodologia utilizada:
A partir dos contratos vigentes de garantia de valor residual, apuramos a variação dos valores com base em avaliações de terceiros. O cenário provável está baseado nas expectativas
da Companhia para registro das provisões em bases estatísticas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as avaliações de terceiros na data das
demonstrações financeiras.
                                                                                                                       Variações adicionais no saldo contábil
                                                                               Valor de
                                                                          mercado em                                                    Cenário
                                                                          31/12/2010               (50)%            (25)%              provável              25%             50%
Garantia Financeira de Valor Residual                                          18.466           (147.977)         (26.655)              (4.281)             3.223          8.866
Total                                                                          18.466           (147.977)         (26.655)              (4.281)             3.223          8.866
Os contratos vigentes de garantias de valor residual são analisados tomando por base as opiniões independentes de terceiros (appraisers).
Com base nestas opiniões, simulações de cenários hipotéticos são elaboradas pela Companhia a fim de mensurar o impacto das variações nos valores residuais das aeronaves,
comparando-as aos valores de provisão.
Sempre que for detectada a insuficiência da provisão atual para fazer frente ao provável exercício futuro destas garantias, a provisão é complementada a fim de apresentar a posição
adequada de exposição da Companhia ao final do período.
e) Contratos derivativos que compõem a carteira de fundos de investimentos exclusivos
A Companhia mantém uma estrutura de fundos exclusivos que são consolidados às suas demonstrações financeiras, uma vez que a Companhia detém o controle destes fundos.
Esses fundos foram constituídos com o propósito de terceirização da gestão de aplicações financeiras da Companhia e os gestores contratados têm, respeitado os limites estabelecidos
na política de investimentos, discricionariedade na seleção dos ativos que irão compor o portfólio de investimentos.
Todos os fundos são classificados como multimercado e podem manter em seu portfólio instrumentos derivativos como ferramentas para atingir o objetivo de rentabilidade proposta,
derivativos esses exclusivamente relacionados às posições assumidas pelo próprio fundo não tendo qualquer relação com instrumentos derivativos contratados pela Companhia para
proteção de suas próprias exposições.
Os quadros a seguir detalham os instrumentos derivativos mantidos pelos fundos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, bem como a análise de sensibilidade à variação do
principal fator de risco de que tais instrumentos estão expostos.
Simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variável de risco em análise, e, como conseqüência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente,
os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras da Companhia. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre
as estimativas apresentadas a seguir.
i) Descrição dos contratos de instrumentos derivativos detidos pelos fundos de investimentos exclusivos
                                                                                             Quantidade                  Data de            Preço unitário     Valor de referência
Modalidade                                                                                  de contratos             vencimento               de mercado             31.12.2010
Compra - Futuro de DI                                                                                 36              Janeiro-11                  99.960                    3.599
Compra - Futuro de DI                                                                               1438                Julho-11                  94.694                 136.170
Compra - Futuro de DI                                                                                 44             Outubro-11                   91.868                    4.042
Compra - Futuro de DI                                                                                196              Janeiro-12                  89.249                  17.493
Compra - Futuro de DI                                                                                982                Julho-12                  84.119                  82.605
Venda - Futuro de DI                                                                                 160              Janeiro-13                  79.368                  12.699
Compra - Futuro de DI                                                                                 98              Janeiro-14                  70.889                    6.947
Compra - Futuro de DI                                                                                   2             Janeiro-17                  51.006                      102
Compra - Futuro de DI                                                                                324              Janeiro-21                  32.586                  10.558
Swap                                                                                                    1             Janeiro-11                731.530                       (5,0)
Total                                                                                                                                                                    274.210
ii) Análise de sensibilidade
                                                                                                                      Variações adicionais no retorno do fundo
                                                                             Valor de
                                                                           referência                                                  Cenário
Fator de risco                                                           31/12/2010              (50)%              (25)%             provável             25%              50%
CDI                                                                         274.210            (19.568)            (8.799)                   -           58.379           65.425
Total                                                                       274.210            (19.568)            (8.799)                   -           58.379           65.425
Taxas consideradas
CDI                                                                          10,64%              5,32%              7,98%             10,75%             13,30%          15,96%
41 COOBRIGAÇÕES, RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS
(a) Trade-in
A Companhia está sujeita a opções de trade-in para 18 aeronaves. Em quaisquer operações de trade-in a condição fundamental é a aquisição de aeronaves novas pelos respectivos
clientes. O exercício de opção de trade-in está vinculado ao cumprimento das cláusulas contratuais por parte dos clientes. Essas opções determinam que o preço do bem dado em
pagamento poderá ser aplicado ao preço de compra de um novo modelo mais atualizado produzido pela Companhia. O preço de trade-in é baseado em uma porcentagem do preço
de compra original da aeronave. A Companhia continua a monitorar todos os compromissos de trade-in para antecipar-se a situações adversas. Com base nas estimativas atuais da
Companhia e na avaliação de terceiros, a Administração acredita que qualquer aeronave potencialmente aceita sob trade-in poderá ser vendida no mercado sem ganhos ou perdas
relevantes.
(b) Arrendamentos
A subsidiária EAH é responsável por arrendamentos operacionais não canceláveis de terrenos e equipamentos. Esses arrendamentos expiram em várias datas até 2020.
As instalações da subsidiária EACS estão localizadas em um terreno alugado por meio de um arrendamento mercantil, cujo prazo de vigência do contrato expira em 2020.
Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía contratos de arrendamento mercantil operacional para terrenos, equipamentos de informática e veículos, cujos pagamentos
ocorrerão conforme demonstrado a seguir:
Ano                                                                                                                             Controladora              Consolidado
2011                                                                                                                                  4.794                    6.686
2012                                                                                                                                  2.599                    4.470
2013                                                                                                                                  1.590                    3.389
2014                                                                                                                                      48                   1.730
2015                                                                                                                                        -                  1.829
Após 2015                                                                                                                                   -                 29.702
                                                                                                                                      9.031                   47.806
(c) Garantias financeiras
A tabela a seguir fornece dados quantitativos relativos a garantias financeiras dadas pela Companhia a terceiros. O pagamento potencial máximo (exposição fora do balanço)
representa o “pior cenário” e não reflete, necessariamente, os resultados esperados pela Companhia. Os recursos estimados das garantias de performance e dos ativos vinculados
representam valores antecipados dos ativos, os quais a Companhia poderia liquidar ou receber de outras partes para compensar os pagamentos relativos a essas garantias dadas.

    64
31/12/2010               31/12/2009
Valor máximo de garantias financeiras                                                                                                           1.889.304                2.173.714
Valor máximo de garantia de valor residual                                                                                                     1.238.653                1.342.117
Exposição mutuamente exclusiva (i)                                                                                                              (656.316)                (685.859)
Provisões e obrigações registradas (Nota 39)                                                                                                    (238.997)                (268.319)
Exposição fora do balanço                                                                                                                      2.232.644                2.561.653
Estimativa do desempenho da garantia e ativos vinculados                                                                                       2.092.581                2.574.190
(i) Quando um ativo estiver coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente excludentes, a garantia de valor residual só poderá ser exercida caso a garantia financeira
tenha expirado sem ter sido exercida. Caso a garantia financeira tenha sido exercida, a garantia de valor residual fica automaticamente cancelada.

42 COBERTURA DE SEGUROS (INFORMAÇÕES NÃO AUDITADAS)
Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contratada com terceiros para bens do imobilizado e estoques é de R$ 8.837 milhões sendo os valores considerados suficientes
para cobrir os riscos envolvidos. Esse valor não inclui seguros de veículos cuja cobertura é pelo valor de mercado.
Além das coberturas acima, a Companhia mantém em vigor apólices de responsabilidade civil produtos, responsabilidade civil geral, seguro aeronáutico e responsabilidade civil
diretores (Director and Officer - D&O) em montantes considerados adequados pela Administração.

43 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA
                                                                                                      Controladora                                      Consolidado
                                                                                             31.12.2010          31.12.2009                   31.12.2010           31.12.2009
Pagamentos durante o período:
 IR e CSLL                                                                                         8.986                       -                  50.063                   31.416
 Juros                                                                                           142.655                 160.776                 107.133                  171.664
Transações que não envolvem o desembolso de caixa:
 Adições ao imobilizado com capitalização de juros                                                    209                   2.121                    209                     2.121
 Adições ao imobilizado pela transferência de estoques de aeronaves                                     -                       -                174.701                         -
 Baixa do imobilizado pela disponibilização para venda de estoques                                      -                       -                 13.688                         -
Transferência depósito em garantia para instrumentos financeiros ativos                                  -                       -                 25.265                         -
Caixa restrito                                                                                          -                       -                 47.748                         -

44 INFORMAÇÕES POR SEGMENTO - CONSOLIDADO
A administração determinou os segmentos operacionais do Grupo, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pelo Diretor-Presidente.
O Diretor-Presidente efetua sua análise do negócio baseado no resultado consolidado da Companhia, segmentando-o sob a perspectiva geográfica, e também, sob a ótica de produto
comercializado. Geograficamente, a administração considera o desempenho do Brasil, América do Norte, América Latina, Ásia Pacífico, Europa e Outros.
Sob a ótica dos produtos comercializados, a análise é efetuado considerando os seguintes segmentos:
I - Mercado de Aviação Comercial
As atividades voltadas ao mercado de aviação comercial envolvem, principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos comerciais e o fornecimento de serviços de
suporte, com ênfase no segmento de aviação regional.
• Família ERJ 145 integrada pelos jatos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145, certificados para operar com 37, 44 e 50 assentos, respectivamente.
• Família EMBRAER 170/190 é integrada pelo EMBRAER 170, com 70 assentos, EMBRAER 175, com 76 assentos, EMBRAER 190, com 100 assentos e o EMBRAER 195, com
  108 assentos. O modelo EMBRAER 170 está em operação comercial desde 2004 e os modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190 começaram a operar comercialmente a partir
  de 2006, e o modelo EMBRAER 195 começou a operar comercialmente a partir de 2007.
II - Mercado de Defesa e Segurança
As atividades voltadas ao mercado de defesa e segurança envolvem, principalmente a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a modificação e o suporte para aeronaves de defesa
e segurança, assim como produtos e sistemas relacionados. O principal cliente da Companhia é o Ministério da Defesa do Brasil e em particular, o Comando da Aeronáutica.
• Super Tucano - aeronave leve de ataque, especialmente desenvolvida para operar em ambientes severos, sujeitos a condições extremas de temperatura e umidade, equipada com
  sofisticados sistemas de navegação e ataque, treinamento e simulação em voo.
• AMX - Jato avançado de ataque ao solo, desenvolvido e produzido através da cooperação entre Brasil e Itália. A Embraer foi contratada pelo Comando da Aeronáutica para
  modernização dessas aeronaves.
• Programa F-5BR - Modernização dos caças a jato F-5.
• Família ISR (Intelligence, Surveillance and Reconaissance) baseada na plataforma do ERJ 145 inclui os modelos EMB 145 AEW&C - Alerta Aéreo Antecipado e Controle, EMB
  145 Multi Intel - Sensoriamento Remoto e Vigilância Ar-Terra e EMB 145 MP - Patrulha Marítima e Guerra Anti-submarino. Originalmente desenvolvida para atender ao programa
  SIVAM, teve versões encomendadas pelos governos da Grécia, do México e mais recentemente da Índia.
• KC-390 - O Programa KC-390 tem como escopo o desenvolvimento e produção de 2 aeronaves protótipos para transporte militar e reabastecimento em voo.
• 190PR – Derivada da plataforma EMBRAER 170/190, este jato tem a finalidade de transportar o Presidente da República do Brasil e membros de sua comitiva.
III - Mercado de Aviação Executiva
As atividades voltadas ao mercado de Aviação Executiva envolvem principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda, de jatos executivos e o fornecimento de serviços de
suporte relacionados com esse segmento de mercado.
• Legacy 600 - Jato executivo na categoria Super Mid Size que utiliza a plataforma do jato regional ERJ 135.
• Legacy 500 e Legacy 450 – Jato executivo na categoria Mid Size e Midlight, respectivamente, lançados em abril de 2008.
• Phenom - Jatos executivos nas categorias Entry Level e Light Jet e integrada pelos modelos Phenom 100, cujas primeiras unidades foram entregues em 2008 e Phenom 300,
  cujas entregas iniciaram em 2009.
• Lineage – Jato executivo ultra-large baseado na plataforma do avião comercial EMBRAER 190. As entregas deste modelo iniciaram em 2009.
IV - Serviços Aeronáuticos
O segmento de Serviços Aeronáuticos, é relativo principalmente a: (i) serviços de apoio pós-venda aos clientes, incluindo manutenção e treinamento; (ii) comercialização de peças de
reposição para as aeronaves fabricadas pela Companhia; e (iii) prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes.
V - Outros
As atividades deste segmento referem-se ao arrendamento operacional de aeronaves, fornecimento de partes estruturais e sistemas hidráulicos e produção de aviões agrícolas
pulverizadores.
Para melhor apresentação das demonstrações financeiras, a Companhia realocou os valores anteriormente apresentados como “não alocados” de acordo com percentual de
participação de cada segmento.

                                                                                                                                                                              65
Além disso, com novos mercados em crescimento, a Companhia para melhor administrar seus negócios, introduziu alterações na segregação dos mercados onde atua.
a) Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2010
                                                      Aviação         Defesa e            Aviação            Serviços                               Não
                                                    comercial       segurança            executiva      aeronáuticos             Outros      segmentado              Total
Receita líquida                                    5.058.760       1.177.765          1.983.378             991.156            169.566                 -       9.380.625
Custo dos produtos e serviços vendidos            (4.248.526)        (848.543)       (1.677.400)           (705.234)          (102.959)                -      (7.582.662)
Lucro bruto                                          810.234          329.222            305.978            285.922             66.607                 -       1.797.963
Margem bruta                                           16,0%            28,0%              15,4%              28,8%              39,3%                 -           19,2%
Despesas operacionais                               (390.275)        (169.283)          (208.330)          (258.611)           (85.944)                -      (1.112.443)
Lucro operacional                                    419.959          159.939             97.648             27.311            (19.337)                -         685.520
Despesas (receitas) financeiras                              -                -                   -                  -                 -          30.885           30.885
Variações monetárias e cambiais, líquidas                   -                -                   -                  -                 -          (1.350)          (1.350)
Lucro antes do imposto de renda                             -                -                   -                  -                 -                -         715.055
Imposto de renda e contribuição social                      -                -                   -                  -                 -        (114.877)        (114.877)
Lucro líquido do exercício                                  -                -                   -                  -                 -                -         600.178

b) Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2010
                                                                        Aviação           Defesa e          Aviação           Serviços
                                                                      comercial          segurança         executiva      aeronáuticos           Outros            Total
América do Norte                                                       267.655             17.653          470.199           440.734            64.153        1.260.394
Europa                                                               2.296.155              2.744          383.874           385.241             4.382        3.072.396
Ásia Pacífico                                                         1.284.042            213.075          487.657             64.025           16.775        2.065.574
América Latina, exceto Brasil                                          715.303            495.662          212.001             10.946            9.814        1.443.726
Brasil                                                                 337.520            386.498          353.047             45.633           68.327        1.191.025
Outros                                                                 158.085             62.133            76.600            44.577            6.115          347.510
Total                                                                5.058.760          1.177.765        1.983.378           991.156           169.566        9.380.625

c) Ativos consolidados da Companhia por segmentos em 31 de dezembro    de 2010
                                                      Aviação           Defesa e           Aviação          Serviços                                Não
                                                    comercial          segurança          executiva     aeronáuticos            Outros       segmentado            Total
Contas a receber                                            -           224.147                   -        315.377             42.419                 -         581.943
Ativo imobilizado                                    734.458             71.379           221.585          382.699            590.953                 -       2.001.074
Ativo intangível                                     442.591               3.104          686.427                  -            3.773            57.620       1.193.515
Total                                              1.177.049            298.630           908.012          698.076            637.145            57.620       3.776.532

d) Ativos consolidados da Companhia por região em 31 de dezembro de 2010
                                                                                           América                                Ásia
                                                                                          do Norte          Europa             Pacífico           Brasil            Total
Contas a receber                                                                           48.530          270.685             15.005          247.723          581.943
Ativo imobilizado                                                                         300.076          692.836             72.217          935.945        2.001.074
Ativo intangível                                                                            4.337            4.388                432        1.184.358        1.193.515
Total                                                                                     352.943          967.909             87.654        2.368.026        3.776.532

e) Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2009
                                                     Aviação         Defesa e              Aviação           Serviços                               Não
                                                   comercial       segurança              executiva     aeronáuticos            Outros       segmentado             Total
Receita líquida                                   6.811.449          948.944            1.694.073        1.194.214            222.595                 -      10.871.275
Custo dos produtos e serviços vendidos           (5.648.556)        (737.833)          (1.393.319)         (843.822)         (135.953)                -      (8.759.483)
Lucro bruto                                       1.162.893          211.111              300.754           350.392            86.642                 -       2.111.792
Margem bruta                                          17,1%            22,2%                17,8%             29,3%             38,9%                 -           19,4%
Despesas operacionais                              (881.927)        (114.435)            (119.482)         (160.712)          (68.496)                -      (1.345.052)
Lucro operacional                                   280.966           96.676              181.272           189.680            18.146                 -         766.740
Despesas (receitas) financeiras                             -                -                     -                 -                -           16.301          16.301
Variações monetárias e cambiais, líquidas                  -                -                     -                 -                -         (135.824)       (135.824)
Lucro antes do imposto de renda                            -                -                     -                 -                -                -         647.217
Imposto de renda e contribuição social                     -                -                     -                 -                -          290.054         290.054
Lucro líquido do exercício                                 -                -                     -                 -                -                -         937.271

f) Vendas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2009
                                                                        Aviação           Defesa e          Aviação           Serviços
                                                                      comercial          segurança         executiva      aeronáuticos           Outros           Total
América do Norte                                                     1.246.292             17.528          573.463           598.400            61.244       2.496.927
Europa                                                               2.760.025             20.835          330.902           384.259            26.443       3.522.464
Ásia Pacífico                                                         1.539.491            143.376          464.427           101.182             3.117       2.251.593
América Latina, exceto Brasil                                          319.332            330.970            85.169            11.101            6.513         753.085
Brasil                                                                 488.664            426.858          136.467             30.337           63.108       1.145.434
Outros                                                                 457.645              9.377          103.645             68.935           62.170         701.772
Total                                                                6.811.449            948.944        1.694.073         1.194.214           222.595      10.871.275

g) Ativos consolidados da Companhia por segmento em 31 de dezembro de 2009
                                                     Aviação         Defesa e              Aviação          Serviços                                Não
                                                   comercial        segurança             executiva     aeronáuticos            Outros       segmentado            Total
Contas a receber                                      6.064          220.004                 1.000         414.074             68.130                 -         709.272
Ativo imobilizado                                   770.773           46.628              186.000          235.938            678.306                 -       1.917.645
Ativo intangível                                    493.042            7.452              710.123                  -            4.175            48.366       1.263.158
Total                                             1.269.879          274.084              897.123          650.012            750.611            48.366       3.890.075

h) Ativos da Companhia por região em 31 de dezembro de 2009
                                                                                           América                                Ásia
                                                                                          do Norte          Europa             Pacífico           Brasil            Total
Contas a receber                                                                           62.866          342.973             10.704          292.729          709.272
Ativo imobilizado                                                                         228.031          588.445             76.128        1.025.041        1.917.645
Ativo intangível                                                                            3.647            4.981              1.462        1.253.068        1.263.158
Total                                                                                     294.544          936.399             88.294        2.570.838        3.890.075

    66
i) Ativos consolidados da Companhia por segmento em 1º de janeiro de 2009
                                                              Aviação             Defesa e            Aviação         Serviços                            Não
                                                            comercial            segurança           executiva    aeronáuticos         Outros      segmentado            Total
Contas a receber                                                     -            231.100                    -       681.844         149.551                -       1.062.495
Ativo imobilizado                                          1.060.883               43.474            224.610         297.785         849.599                -       2.476.351
Ativo intangível                                             740.768                9.446            785.632                 -        25.002           51.530       1.612.378
Total                                                      1.801.651              284.020          1.010.242         979.629       1.024.152           51.530       5.151.224

j) Ativos consolidados da Companhia por região em 1º de janeiro de 2009
                                                                                                      América                             Ásia
                                                                                                     do Norte          Europa          Pacífico          Brasil          Total
Contas a receber                                                                                     148.628          464.742          37.874         411.251      1.062.495
Ativo imobilizado                                                                                    224.554          764.567         114.342       1.372.888      2.476.351
Ativo intangível                                                                                       3.778            4.735           1.139       1.602.726      1.612.378
Total                                                                                                376.960        1.234.044         153.355       3.386.865      5.151.224
Outros ativos não divulgados no quadro acima correspondem principalmente a disponibilidades, estoques, depósitos em garantias e contas a receber vinculadas que não são
gerenciados por segmentos pela Companhia.
45 EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 15 de março de 2011 a Companhia assinou um contrato de compra de 64,7% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. no valor de R$ 28,5 milhões.
O objetivo desta aquisição estratégica é aumentar a participação da Embraer Defesa e Segurança no Sistema Brasileiro de Segurança.




   Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras


Aos Administradores e Acionistas
Embraer S.A.
São José dos Campos - SP
Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Embraer S.A. (a “Companhia”) que compreendem o balanço patrimonial em reais em 31 de dezembro de 2010 e as
respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo
das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Embraer S.A. e suas controladas (“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em reais
em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o
exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas
no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações
financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança
razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras.
Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente
se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações
financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses
controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela
administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
Embraer S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil.
Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
Embraer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data,
de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Ênfase
Conforme descrito na Nota 2.1, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Embraer S.A., essas
práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência
patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é
requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações
foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes,
em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
                                                                    São José dos Campos, 17 de março de 2011




Auditores Independentes                                                                                                                          Valdir Augusto de Assunção
CRC 2SP000160/O-5                                                                                                                                Contador CRC 1SP135319/O-9

                                                                                                                                                                         67
Parecer do Conselho Fiscal


O Conselho Fiscal da Embraer S.A., no uso de suas competências legais e estatutárias, examinou o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e a Destinação do Lucro
Líquido da Companhia proposta pela Administração, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010.
Com base nas análises realizadas, nos esclarecimentos prestados pela Administração e no parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, o Conselho Fiscal opina no
sentido de que os referidos documentos estão em condições adequadas de serem submetidos à Assembleia Geral Ordinária para aprovação pelos acionistas da Companhia.

                                                                  São José dos Campos, 17 de março de 2011

                                                        IVAN MENDES DO CARMO - Presidente do Conselho Fiscal
                                                ALBERTO CARLOS MONTEIRO DOS ANJOS - Vice-Presidente do Conselho Fiscal
                                                            ADOLPHO GONÇALVES NOGUEIRA - Conselheiro
                                                             EDUARDO COUTINHO GUERRA - Conselheiro
                                                                  TAIKI HIRASHIMA - Conselheiro




   Deliberação do Conselho de Administração


Considerando os pareceres favoráveis do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes, o Conselho de Administração decidiu, por unanimidade, em 17 de março de 2011, que as
contas da administração e as demonstrações financeiras estavam em ordem para serem submetidas à Assembleia Geral Ordinária.

                                                    MAURÍCIO NOVIS BOTELHO - Presidente do Conselho de Administração
                                                    HERMANN H. WEVER - Vice-Presidente do Conselho de Administração

                                                                               Conselheiros
                                                                    CECÍLIA MENDES GARCEZ SIQUEIRA
                                                                    CLAUDEMIR MARQUES DE ALMEIDA
                                                                            ISRAEL VAINBOIM
                                                                  APRÍGIO EDUARDO DE MOURA AZEVEDO
                                                                      PAULO CESAR DE SOUZA LUCAS
                                                                              SAMIR ZRAICK
                                                                    SÉRGIO ERALDO DE SALLES PINTO
                                                                    WILSON CARLOS DUARTE DELFINO
                                                                              INGO PLÖGER




   Diretoria



                                                         FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO - Diretor-Presidente
                                                              ANTONIO JÚLIO FRANCO - Diretor Vice-Presidente
                                                      ARTUR APARECIDO VALÉRIO COUTINHO - Diretor Vice-Presidente
                                                             EMÍLIO KAZUNOLI MATSUO - Diretor Vice-Presidente
                                                                    FLÁVIO RÍMOLI - Diretor Vice-Presidente
                                                            HORACIO ARAGONÉS FORJAZ - Diretor Vice-Presidente
                                                               LUIS CARLOS AFFONSO - Diretor Vice-Presidente
                                                           LUIZ CARLOS SIQUEIRA AGUIAR - Diretor Vice-Presidente
                        CYNTHIA MARCONDES FERREIRA BENEDETTO - Diretora Vice-Presidente Executiva Financeira e de Relações com Investidores
                                                                MAURO KERN JUNIOR - Diretor Vice-Presidente


                             RODRIGO ALMEIDA ROSA                                                               JOÃO FRANCISCO PENZINGER ARANTES
                              Diretor de Controladoria                                                              Contador - CRC1SP177673/O-3




    68
Dfp 2010
Declaração dos Diretores sobre as
Demonstrações Financeiras

Embraer S.A.

DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


Em conformidade com o inciso VI do artigo 25 da Instrução CVM Nº 480, de
7 de dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e
concordou com as Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao
exercício de 2010.

São Paulo, 17 de março de 2011.
Declaração dos Diretores sobre o Parecer
dos Auditores Independentes

Enbraer S.A.

DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE O PARECER DOS AUDITORES


Em conformidade com o inciso V do artigo 25 da Instrução CVM Nº 480, de 7
de dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e
concordou com o relatório dos auditores independentes sobre as
Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2010


São Paulo, 17 de março   de 2011.

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  • 2. Índice EMBRAER S.A. 3 Relatório da Administração 2010 19 Balanços Patrimoniais Individuais e Consolidados 20 Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado 20 Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado Abrangente 21 Demonstração Individual das Mutações do Patrimônio Líquido 21 Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido 22 Demonstrações Individuais e Consolidadas do Valor Adicionado 22 Demonstrações Individuais e Consolidadas do Fluxo de Caixa 23 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 67 Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras 68 Parecer do Conselho Fiscal 68 Deliberação do Conselho de Administração 68 Diretoria EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A.
  • 4. Relatório da Administração 2010 Prezados Acionistas, Depois de quase dois anos de dificuldades e desafios originados pela crise financeira internacional, em 2010 o mercado aeronáutico foi marcado por sinais iniciais de estabilização e até recuperação em alguns segmentos. Para a Embraer, o ano terminou melhor do que começou e, a despeito das adversidades que a indústria de transporte aéreo mundial ainda enfrenta, a Empresa atingiu seus objetivos e deu mais um importante passo na construção de sua longevidade e perpetuidade. O bom posicionamento da Embraer permitiu o aproveitamento das oportunidades que surgiram ao longo de 2010 e alguns resultados significativos foram alcançados. Cumprimos e até superamos plenamente a maior parte de nossos objetivos empresariais, metas operacionais e de desempenho econômico financeiro, divulgadas ao mercado, além dos diversos objetivos de programas em desenvolvimento, em particular a certificação do Legacy 650. Além disso, os constantes esforços decorrentes do Programa de Excelência Empresarial Embraer (P3E), principalmente nas operações industriais, contribuíram positivamente para a melhoria da margem bruta da Companhia. Ao final de 2010, a carteira de pedidos firmes da Embraer estabilizou-se em um valor de US$ 15,6 bilhões, após mais de dois anos de declínio. A Empresa se fortaleceu operacional e financeiramente, investiu em suas pessoas, em seus processos, em desenvolvimento de novos produtos e em novas tecnologias e continua gozando de grande credibilidade e aceitação no mercado. Atuais e novos clientes, principalmente na aviação comercial, começaram a analisar a aquisição de nossas aeronaves e o mercado em geral tem reconhecido nossa capacidade de resistir às dificuldades, competir e preservar nossa saúde econômico-financeira. Fazendo uma retrospectiva sintética de fatos relevantes em 2010, no mercado de aviação comercial, depois de dois anos praticamente sem vendas e de grande volume de cancelamentos, encerramos nossa participação na feira aeroespacial de Farnborough, na Inglaterra, tendo contabilizado conquistas muito importantes e que resultaram em 42 ordens firmes, além de outras propostas comerciais, números relevantes no contexto que se apresentava. Ao longo do 2º semestre de 2010, tivemos uma intensificação nas campanhas de vendas que resultaram na conquista de cerca de 100 novos pedidos para E-Jets, reafirmando o bom posicionamento desse produto no mercado. Em 2010, a Embraer entregou 101 jatos comerciais, superando a estimativa inicial de 90 aeronaves. Na aviação executiva, a Embraer foi a empresa que mais se destacou no mercado em 2010, tendo entregue 145 jatos no ano, um incremento de 26 aeronaves em relação a 2009, o maior em termos absolutos entre todos os fabricantes. Com este patamar, a participação de mercado da Embraer atingiu 19%, ou seja, praticamente um em cada cinco jatos executivos entregues no mundo, em 2010, foi fabricado pela Embraer. Obtivemos um importante contrato com a NetJets, detentora da maior frota de jatos executivos do mundo, de 50 unidades do Phenom 300, além de 75 opções de compra, e que representa uma verdadeira chancela de credibilidade para a Embraer nesse mercado. Na área de defesa e segurança, houve igualmente inúmeras conquistas, como a primeira venda de Super Tucano na Ásia, com o contrato de oito aviões para a Indonésia. Além disso, foram acertadas parcerias internacionais para o programa KC-390 entre os governos do Brasil, Chile, Colômbia, Portugal, República Tcheca e Argentina, potencializando negócios futuros de exportação. Além disso, algumas importantes datas foram celebradas em 2010, como dez anos da presença da Embraer na China e em Cingapura, além dos dez anos de listagem das nossas ações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e também dez anos de funcionamento de nossa fábrica em Gavião Peixoto. Pelo segundo ano consecutivo, estamos sendo relacionados entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil e fomos premiados por uma importante publicação especializada, como a melhor empresa nacional do setor de veículos e indústria de transporte. Em consonância com essas conquistas, a Pesquisa de Clima Organizacional 2010 apresentou um índice de favorabilidade geral de cerca de 78%, com a participação de nada menos que 93% de nossas pessoas. Conquistamos prêmios por transparência de nossa gestão e de nossos demonstrativos financeiros, que endossam nossa posição como uma das empresas globais que efetivamente pratica os melhores princípios de governança corporativa. No que tange à nossa responsabilidade em preservação ambiental, estamos trabalhando em conjunto à indústria do transporte aéreo para reduzir os impactos da aviação ao meio ambiente. A meta da IATA é reduzir em 50% as emissões de gases do efeito estufa (GEE) até 2050, tendo como base o ano de 2006. Para isso, atuamos em diferentes frentes para o desenvolvimento de aviões mais eficientes e do uso do bioquerosene sustentável, na aviação. O compromisso da Embraer com a construção de um futuro sustentável está estabelecido em todas as suas dimensões e fundamentado pelo nosso compromisso ao Pacto Global das Nações Unidas - ONU. Como reconhecimento das ações empreendidas nos últimos anos, ao final de 2010, a Embraer foi incluída no DJSI (Dow Jones Sustainability Index), tendo sido avaliada como a segunda melhor empresa global do setor aeroespacial, se destacando na categoria “Gold Class” em práticas de sustentabilidade. Importante ressaltar que fomos novamente selecionados a integrar a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&FBOVESPA, como vem ocorrendo desde a criação do índice, em 2005. O dia 19 de novembro foi uma data histórica para a Embraer. Nesse dia, os acionistas, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram duas importantes alterações em nosso estatuto social: a denominação da Empresa, de Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A.; e a ampliação de nosso objeto social, de um foco único na área aeroespacial para nele acrescentar sistemas de defesa e segurança e energia. Essa pode ser considerada uma das mudanças mais importantes nos 41 anos de história da Companhia, porque com a ampliação de nosso objeto social abrimos novas portas para o crescimento e construção de nosso futuro. Nesse sentido foi criada, a partir de janeiro de 2011, a “Embraer Defesa e Segurança”, unidade empresarial que terá a autonomia e agilidade necessárias para atender as necessidades dos atuais e de futuros clientes no mercado de defesa e segurança, no Brasil e no exterior. O País tem conquistado papel de crescente relevância no cenário geopolítico mundial e, através de sua Estratégia Nacional de Defesa, estabeleceu uma visão de vanguarda para o posicionamento da indústria nacional de material de defesa. A criação dessa nova unidade empresarial é um importante passo na consolidação da posição central da Embraer nesse contexto. No que tange à expansão dos nossos negócios para o setor de energia, temos aprofundado estudos e análises de viabilidade de investimento, sempre tendo em mente nossas competências centrais, aquelas que permitirão que a Embraer possa competir e conquistar clientes e mercados. Avançaremos à medida que tenhamos maior clareza sobre o potencial retorno desses investimentos e do real benefício que eles possam agregar à nossa Empresa e aos nossos acionistas. Encaramos o futuro com otimismo e determinação e continuamos firmes no caminho da melhoria contínua, da busca da excelência e da prática de nossos valores. Estamos ousando, inovando, buscando a excelência no que fazemos, valorizando nossas pessoas, trabalhando para a satisfação de nossos clientes em todo o mundo e para a criação de valor aos nossos acionistas e, em última instância, construindo nosso futuro de forma sustentável. A ADMINISTRAÇÃO São José dos Campos, 24 de março de 2011. 3
  • 5. Mercados e Produtos  Aviação Comercial Em 2010, o tráfego aéreo mundial apresentou um crescimento de 6,4%, de acordo com as estimativas da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional), o que confirmou que o mercado de transporte aéreo encontra-se em recuperação após o período de crise em 2008-2009. Como resultado, a indústria poderá obter lucros de até US$ 15,1 bilhões em 2010 de acordo com as estimativas da IATA. Com a retomada da demanda, a Embraer estima um crescimento médio de 4,9% ao ano nos próximos 20 anos, porém em um ambiente de maior competição e menores tarifas devido à mudança do perfil dos passageiros. A Embraer prevê uma demanda global por volta de 6.875 jatos com capacidade de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos, estimativa que gerará negócios da ordem de US$ 200 bilhões. Os jatos de 30 a 120 assentos se estabelecem como ferramentas essenciais no desenvolvimento da aviação mundial. Contribuem para o aumento da qualidade dos serviços, ajudam o sistema a ser mais eficiente, adequando a oferta com a demanda – tanto nas fases de crescimento quanto nos momentos de crise – e possibilitam a abertura de novas rotas, o que torna o transporte aéreo mais acessível a um maior número de usuários. Além disso, por possuírem tecnologia mais atual, contribuem para diminuir o impacto ao meio ambiente, causado por aeronaves mais antigas e ineficientes. O segmento de 30 a 60 assentos atingiu seu ciclo de maturidade e se consolida como um importante elemento para os sistemas de alimentação dos voos (hub feed) nos principais aeroportos norte-americanos e europeus. A demanda primária por esse tipo de aeronave deve se intensificar novamente somente na próxima década, quando se iniciar o seu ciclo natural de substituição. Além disso, as transações de jatos regionais de 50 assentos no mercado de aeronaves usadas se intensificaram devido à sua maior utilização em mercados de aviação regional na Rússia, Comunidade Europeia, México, África, América do Sul e Austrália. Já o segmento dos jatos de 61 a 120 assentos continuará no auxílio às companhias aéreas no processo de aumento da eficiência por meio da adequação da oferta de assentos e demanda de passageiros nos voos operados por aeronaves narrowbody com excesso de capacidade. Além disso, esses jatos tendem a ser utilizados na substituição de frotas antigas, no desenvolvimento de novos mercados e no auxílio ao crescimento natural das companhias aéreas regionais que operam jatos menores na busca de aumento de receita e de participação de mercado. No Brasil, devido ao sucesso da operação do ERJ 145, introduzido em 2009 pela empresa Passaredo Linhas Aéreas, a frota desta empresa foi duplicada em 2010, passando a operar com dez aeronaves desta família. Na Ucrânia, a empresa aérea Dniproavia utiliza a aeronave para a abertura de novos mercados e também na substituição de aeronaves maiores para adequar a demanda à oferta de assentos. No México, o jato de 50 assentos é operado pela AeroMexico Connect e é um elemento cada vez mais importante para a alimentação dos hubs da AeroMexico. A empresa opera 41 aeronaves - a quarta maior frota de ERJ145 do mundo. Para atender a esse crescente mercado de aeronaves usadas e suportar as necessidades dos clientes, a Embraer oferece o Lifetime Programme, pacote de suporte que pode ser totalmente personalizado e tem sido essencial para garantir o sucesso da operação do ERJ145 nestes mercados. Além disso, a Embraer também oferece a conversão de configuração para versão shuttle como mais uma opção para os clientes desta família. Os 888 jatos comerciais ERJ 145 entregues pela Embraer, hoje voam em mais de 30 empresas aéreas, em cinco continentes, tendo superado a impressionante marca de 13 milhões de ciclos e 15 milhões de horas voadas. Os jatos de 61 a 120 assentos cada vez mais se apresentam como ferramenta estratégica fundamental para as empresas aéreas protegerem seu posicionamento competitivo. Semelhante ao que ocorreu em 11 de setembro de 2001, os efeitos da crise financeira mundial, que se iniciou em 2008 e alcançou o pico em 2009, forçaram as empresas a adequar a oferta de assentos a uma demanda reduzida. Os E-Jets ofereceram a agilidade necessária para que as empresas fizessem o ajuste da oferta em suas malhas, mantendo o nível de serviços e ao mesmo tempo protegendo suas participações de mercado. Esta estratégia favoreceu o posicionamento das empresas para a retomada de crescimento de seus negócios com o início da recuperação da indústria em 2010. Em paralelo, os E-Jets têm sido reconhecidos pelo mercado por sua capacidade de operação em todos os modelos de negócios, sejam as empresas aéreas de baixo custo, as empresas tradicionais ou as regionais. Esta flexibilidade é fruto direto do baixo consumo de combustível e de emissões, reduzido custo operacional, elevados níveis de pontualidade e excelente conforto oferecidos por esta família de aeronaves. Em apenas seis anos após a entrada em serviço do 1º EMBRAER 170, os E-Jets conquistaram uma base de clientes sólida e diversificada, 56 empresas aéreas em 39 países dos cinco continentes, ultrapassando a expressiva marca de 5 milhões de horas voadas. A entrega do 700º E-Jet, um EMBRAER 190, para a empresa BA CityFlyer do Reino Unido, representou uma enorme conquista para a Embraer e é um marco atingido por poucos programas na história da aviação comercial mundial. O Embraer 190 da BA CityFlyer entrou em operação no principal aeroporto de negócios de Londres, London City (LCY), onde a Embraer conquistou a certificação de aproximação íngreme para este modelo. O Embraer 170 foi certificado em 2007 para a mesma funcionalidade e é também operado por esta empresa em LCY. Em 2010, o mercado começou a dar sinais de recuperação que se refletiu no anúncio de novas vendas de E-Jets, o Embraer 170/190 para a Gulf Air (Bahrein), Embraer 175 (FlyBe, Reino Unido), Embraer 190 (Air Lease, Estados Unidos), Embraer 190 (Republic Airways, Estados Unidos), Embraer 175 (Fuji Dream, Japão), Embraer 195 (Lufthansa, Alemanha) e o Embraer 190 para a Austral Líneas Aéreas (Argentina). Adicionalmente, a Azul (Brasil), TRIP (Brasil) e BA CityFlyer (Reino Unido) confirmaram sua confiança nos produtos Embraer, ao converterem várias opções em ordens firmes. Também em 2010, três novos clientes iniciaram suas operações com E-Jets: Austral Líneas Aéreas (Argentina), Gulf Air (Bahrein) e Air Moldova (República da Moldávia). Ao final de 2010, os E-Jets atingiram a expressiva marca de 947 encomendas firmes, 720 opções e 699 novos jatos entregues. Com a família ERJ 145 e os E-Jets, a Embraer atingiu uma participação de mercado de 44% no segmento de jatos de 30 a 120 assentos. A carteira de pedidos firmes da aviação comercial atingiu US$ 7,6 bilhões, o equivalente a 250 aeronaves, conforme detalhado:  Carteira de Pedidos 2010 Modelo de Aeronave Pedidos Firmes Opções Entregas Pedidos Firmes em Carteira Família ERJ 145 ERJ 135 108 - 108 - ERJ 140 74 - 74 - ERJ 145 708 - 706 2 Total - Família ERJ 145 890 - 888 2 Família EMBRAER 170/190 EMBRAER 170 191 40 181 10 EMBRAER 175 173 276 133 40 EMBRAER 190 478 353 321 157 EMBRAER 195 105 51 64 41 Total - Família EMBRAER 170/190 947 720 699 248 TOTAL 1.837 720 1.587 250 4
  • 6.  Aviação Executiva Desde meados de 2008, o mercado de aviação executiva tem registrado os efeitos de uma das mais agressivas reduções em vendas de sua história, superando os impactos deixados pela recessão dos anos 80 e também pelos eventos de setembro de 2001. O alto inventário de aeronaves seminovas à venda por baixos preços e as incertezas que rondam a economia mundial, são fatores que tornam improvável uma recuperação plena da demanda por jatos executivos em 2011. Em 2010, as entregas de jatos da indústria global de aviação executiva atingiram 763 aeronaves, representando uma queda de 12% em relação a 2009, quando foram entregues 870 jatos executivos. Em termos de receitas, o mercado cresceu de US$ 17,2 em 2009, para US$ 18,2 bilhões em 2010, principalmente pelo aumento do número de entregas de aeronaves de maior porte e valor, em relação aos modelos menores. Para 2011, espera-se que o mercado continue seu processo de recuperação gradual, culminando em uma possível recuperação mais intensa ao final do período ou início de 2012. O valor global desse mercado no período de 2011 a 2020 deverá chegar a US$ 210 bilhões, com entrega de mais de 10 mil jatos executivos. As economias emergentes demonstraram bom desempenho em 2010, especialmente a brasileira, na qual alternativas governamentais de financiamento de longo prazo, inexistentes até então, têm acelerado a demanda, principalmente para jatos leves. O mercado da Rússia retornou à normalidade antes do que se previa, principalmente por conta da retomada da liquidez nos mercados de ações da região, além da recuperação do fôlego dos indivíduos mais abastados. Em menor proporção, alguns países asiáticos, como a China e os do Oriente Médio, ajudaram a amortecer a redução da demanda mundial. Apesar de os impactos da crise mundial terem cerceado as perspectivas de crescimento no curto prazo, os Estados Unidos continuarão a ser o maior e mais maduro mercado para a aviação executiva em números absolutos. As estimativas atuais apontam que o país será responsável por cerca de 43% da receita do mercado global esperada para os próximos dez anos. Apesar das dificuldades que afetaram todo o mercado de aviação no mundo, para a Embraer, o segmento de aviação executiva obteve significativa expansão de sua participação de mercado que, em relação às unidades entregues, subiu de 14% em 2009 para 19% em 2010. Em termos de receita, houve um aumento de 6,4% para 6,9%, respectivamente, devido ao mix de produtos entregues. O aumento da participação de mercado em unidades e em valor é considerado de extrema relevância dado o cenário atual da economia mundial. Um sinal de recuperação foi o acordo de compra de até 125 aeronaves fechado entre a Embraer e a norte-americana NetJets, maior operador de propriedade compartilhada do mundo e que possui uma frota com mais de 800 aeronaves das categorias light, midsize e large. Este acordo prevê a compra de 50 jatos Phenom 300, com mais 75 opções e poderá atingir cerca de US$ 1 bilhão. Durante 2010, a Embraer, dentro de uma estratégia planejada, atuou no mercado de aviação executiva e desempenhou ações diretas que solidificaram ainda mais o compromisso estabelecido com o mercado no início da década. Elas fazem parte da oferta de soluções integradas para aquisição e operação das aeronaves executivas da Embraer e englobaram desde as certificações ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e EASA (Autoridade de Aviação Civil da Europa) obtidas pelo Phenom 300 até a expansão da rede de representantes de vendas, treinamento, serviços e suporte aos clientes. O jato Legacy 650 teve sua estréia no mercado em 2010. Após obter as certificações ANAC e EASA, esta aeronave fez seu primeiro voo direto de Dubai, nos Emirados Árabes, para Londres, no Reino Unido. Além disso, em dezembro foi entregue a primeira unidade desta aeronave para um cliente no Oriente Médio, reforçando a boa aceitação da plataforma Legacy nesse mercado. Por sua vez, o jato super médio Legacy 600 entra em seu nono ano de produção com uma larga aceitação no mercado, tendo alcançado em dezembro de 2010, a marca de 185 aeronaves em operação regular em 35 países. Também em 2010, foi entregue a centésima unidade da aeronave Phenom 100 para o operador americano de propriedade compartilhada JetSuite. Além disso, em novembro foi entregue a primeira unidade desta aeronave para um cliente indiano, reforçando o posicionamento da Embraer no mercado asiático. Ao final do ano, a frota do Phenom foi composta por mais de 180 aeronaves em operação distribuídas em 22 países pelo mundo. O Phenom 300 teve sua primeira unidade entregue para um cliente brasileiro e a primeira unidade entregue para um cliente indiano, confirmando a aceitação dos jatos executivos da Embraer nos mercados emergentes. Em maio de 2010, a aeronave recebeu a Certificação de Tipo EASA. Os novos jatos midlight, Legacy 450, e midsize, Legacy 500, tiveram a produção de suas primeiras peças iniciadas em janeiro de 2010. O desenvolvimento dessas aeronaves continua no prazo previsto. Em outubro de 2010 começaram os testes de solo e o primeiro voo do Legacy 500 é esperado para o final de 2011. Em setembro de 2010 foi realizado o voo mais longo de um jato executivo Embraer. O Lineage 1000, da categoria ultra large, realizou um voo sem paradas entre Mumbai, na Índia e Londres, no Reino Unido. Além disso, foi entregue a primeira unidade deste modelo de jato para um cliente mexicano e houve a ampliação da frota no Oriente Médio. No final de 2010, a Embraer acumulava em carteira US$ 4,7 bilhões em pedidos de aviões executivos.  Defesa e Segurança A unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança, cujo maior cliente é a Força Aérea Brasileira - FAB, é detentora de soluções integradas que combinam elevado conteúdo tecnológico e eficiência operacional a custos de aquisição e operação competitivos. O seu portfolio de produtos contempla aeronaves e sistemas para diferentes finalidades: comando, controle, comunicação, computação, inteligência, vigilância e reconhecimento (C4ISR); treinamento e combate; e transporte de autoridades civis e militares. Adicionalmente, essa unidade empresarial presta serviços de suporte aos clientes de defesa e segurança, bem como presta serviços de modernização de aeronaves para as Forças Armadas Brasileiras. A Embraer Defesa e Segurança desempenha papel estratégico no sistema de defesa do Brasil - já forneceu quantitativo ligeiramente superior à metade da frota da FAB - e começa a expandir mais agressivamente sua área de influência a outras regiões, além dos mais de 25 países que já atende com suas aeronaves. Encontra-se em desenvolvimento, e pontualmente dentro do cronograma, o KC-390, aeronave militar para missões de transporte de cargas e de reabastecimento em voo. O KC-390 terá capacidade de voar a 850 quilômetros por hora e transportar até 23 toneladas de carga útil, podendo transportar 64 paraquedistas equipados para combate ou 80 soldados de infantaria convencional, e permitirá a entrada da Embraer em um novo segmento de mercado. O primeiro voo do protótipo está previsto para 2014 e a certificação da aeronave para o final do ano seguinte. A aeronave já conta com intenção de compra de 60 unidades, sendo 28 unidades para a FAB, 12 para a Colômbia, seis para Chile, Portugal e Argentina e dois para a República Tcheca. Em 2010, foram entregues duas aeronaves de transporte ao mercado de defesa, oito F-5 modernizados pelo Programa F-5M da FAB, e 35 Super Tucanos para Brasil, Equador, República Dominicana e Chile. O ano de 2010 foi muito significativo para toda a linha de produtos do segmento de defesa e segurança. O Super Tucano, treinador avançado e de ataque leve, continuou sendo um dos destaques, com a entrada em serviço em mais um país, o Equador, que se junta a Brasil, Colômbia, Chile e República Dominicana como operadores dessa aeronave. Além disso, foi fechado contrato com um novo cliente, a Indonésia, para fornecimento de oito aeronaves a partir de 2012, perfazendo-se um total de 180 aeronaves contratadas e 150 entregues. O contrato com a Indonésia representa a entrada do Super Tucano na região da Ásia Pacífico. A Embraer Defesa e Segurança tem um contrato com a FAB para a produção de 99 aviões Super Tucano sendo que em 2010, a FAB recebeu a 89ª unidade. Foram finalizadas as entregas das 12 unidades do Chile e das oito unidades da República Dominicana. A Força Aérea do Equador encomendou 18 aeronaves sendo que 15 já foram entregues. Esta aceitação confirma sua versatilidade, associada ao bom desempenho para treinamento, missões operacionais e aos baixos custos de aquisição, operação e manutenção. Em 2010, os sistemas de suporte ao treinamento e à operação (TOSS), que podem contemplar simuladores de voo, sistemas computacionais para treinamento (CBT) e estações de planejamento (MPS) e relato de missão (MDS) também foram desenvolvidos para apoiar operadores do Super Tucano no Chile, no Equador e na República Dominicana. Foi disponibilizado a estes países treinamentos básicos, avançados e de formação de instrutores. Serviços de treinamento também foram fornecidos em 2010 para a Tailândia (família 145), para o Panamá (Legacy 600) e para o governo Brasileiro (EMBRAER 190PR). No que tange a sistemas ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) destaca-se o pleno andamento do programa AEW Índia, relativo ao contrato com a DRDO (Defence Research and Development Organization), da Índia, para o fornecimento de três aeronaves EMB 145 AEW&C. A primeira entrega está prevista para 2011. Com relação às aeronaves de transporte para forças armadas e governos, as entregas de um ERJ 135 para a Marinha Tailandesa e um Legacy 600 para o Governo do Panamá demonstram a boa aceitação das nossas plataformas para o transporte de autoridades. 5
  • 7. No campo das modernizações, estão atualmente em execução três programas para as Forças Armadas Brasileiras. No programa A-1M, a Embraer é responsável pela modernização de 43 caças subsônicos AMX. Adicionalmente a este programa, no final de 2010 foi também assinado contrato com a FAB para a revitalização destas aeronaves. O segundo programa, F-5M da FAB, abrange um total de 46 caças F-5, dos quais, em 2010, mais oito unidades foram entregues modernizadas, restando cinco unidades para 2011. O terceiro programa se refere à modernização de 12 aeronaves A-4 para a Marinha do Brasil, das quais duas unidades já se encontram nas instalações da empresa. No final de 2010, a unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança acumulava uma carteira de pedidos de US$ 3,3 bilhões. Gestão Tecnológica e Industrial  Gestão Tecnológica e do Conhecimento A gestão do conhecimento segue com grande foco, com a consolidação de comunidades de prática e ambientes colaborativos para projetos. Em adição aos esforços nessa área foi promovido o SETI – Seminário Embraer de Tecnologia e Inovação, no qual foram apresentados e debatidos inúmeros trabalhos de alto conteúdo tecnológico produzidos pelos empregados e voltados à tecnologia e inovação. Como forma de evitar a utilização de diferentes processos nos diversos produtos em desenvolvimento, vêm sendo realizados, simultaneamente, intensos trabalhos de revisão e harmonização de processos, para garantir contínua melhoria na qualidade e produtividade no desenvolvimento de projetos.  Desenvolvimento de Tecnologias A capacidade de gerar soluções tecnologicamente inovadoras é uma competência indispensável para a criação e manutenção da competitividade na indústria aeronáutica. Tendo em vista a importância das novas tecnologias para fazer frente aos principais desafios que a indústria aeronáutica deve enfrentar nos próximos anos, a Embraer, através de seu programa de desenvolvimento tecnológico, investiga e desenvolve soluções que criem competências internas no domínio de tecnologias críticas para os mercados em que a empresa atua ou poderá vir a atuar. Para garantir uma visão de futuro adequada, o programa de desenvolvimento tecnológico é definido a partir do monitoramento sistemático e análise do cenário tecnológico mundial. Os esforços de capacitação para aplicação de tecnologias avançadas que tornarão as aeronaves mais leves, silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões, além de projetadas e fabricadas em menos tempo, fáceis de serem mantidas e com otimização de recursos, tiveram sequência em 2010 e continuarão em andamento em 2011.  Conhecimento em Rede A estratégia de desenvolvimento tecnológico da Embraer é estruturada na forma de um programa capaz de gerenciar e executar projetos multidisciplinares e integrar diversas instituições como universidades, institutos de pesquisa, instituições de fomento e outras empresas que operam como uma rede de parceiros de desenvolvimento. Atualmente na rede de cooperação tecnológica colaboram mais de 50 Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), envolvendo mais de 250 pesquisadores da comunidade científica. Em 2010, foi dado um passo importante na integração com redes globais de pesquisa, quando a Companhia se tornou membro da iniciativa do governo de Cingapura, A*STAR (Agency for Science, Technology and Research), permitindo assim à Embraer acessar conhecimentos na vanguarda da tecnologia aeronáutica. Tendo em vista a importância das atividades de P&D para o desenvolvimento nacional e a importância da indústria aeronáutica como indústria estratégica para a inovação tecnológica, a Embraer participa ativamente das discussões com as principais lideranças empresariais e o governo para fortalecer as políticas públicas destinadas a fomentar o Sistema Nacional de Inovação. Desta forma, a Companhia busca contribuir para a construção de um ambiente mais dinâmico que favoreça a inovação tecnológica nas empresas e a intensificação das pesquisas em tecnologias emergentes no País.  Inovação e Propriedade Intelectual O programa de desenvolvimento tecnológico apresentou importantes resultados em projetos na área de eficiência energética de sistemas embarcados de aeronaves, que permitirão mais eficiência em consumo de combustível e consequente redução das emissões para os futuros produtos Embraer. A preocupação com a proteção legal da propriedade intelectual das inovações geradas a partir das iniciativas de pesquisa e desenvolvimento é evidenciada pelo aumento considerável no número de pedidos de patentes solicitados pela Embraer. No período de 2003 a 2010 foram depositados 64 pedidos, dos quais 26 já foram concedidos.  Operações Industriais Em 2010, a Embraer avançou no sentido de tornar suas unidades de produção referência de produtividade e tecnologia em seu setor de atuação. O volume de produção de aeronaves superou em dois aviões àquele alcançado no ano anterior, incluindo a entrega das primeiras unidades do novíssimo Legacy 650. O programa de Excelência Empresarial Embraer - P3E, avançou através da implantação de importantes iniciativas, Projetos Kaizens e 3P (Production Preparation Process). Neste ano, houve um avanço significativo no nível de certificação das células de melhoria contínua, referentes às atividades industriais, já com a qualificação das primeiras células no nível prata da Empresa. A estratégia de implementação de automação avançou significativamente durante o ano de 2010. Foram implementados projetos que elevaram a produtividade e qualidade. Aos robôs já existentes foram adicionados outros para junção de fuselagens, fabricação de painéis de asas dos E-Jets, inspeção por ultrassom e montagem de estruturas em material compósito para a aviação executiva. O programa Phenom 300 teve sua ascensão em 2010, com a entrega de 26 aeronaves no ano. Outro evento importante ocorrido foi a certificação da aeronave Legacy 650, que passou a incorporar o portfolio de produtos da aviação executiva. A expansão das atividades produtivas no exterior seguiu conforme o planejado. Em Melbourne, Estados Unidos, foi concluída a construção da nova unidade industrial da Empresa, com uma linha de montagem final capaz de produzir os jatos Phenom 100, cabine de pintura, centro de entregas e um customer design center, que suportará o cliente no processo de escolha de aeronaves da aviação executiva. Em Évora, Portugal, ocorreram o início das obras civis dos centros de excelência de usinados e de material compósitos, o detalhamento do processo produtivo e o início das aquisições de equipamentos para estas novas fábricas. Em Harbin, China, a Empresa continua operando a linha de produção do ERJ-145, cujas últimas entregas devem ocorrer no primeiro semestre de 2011. Atualmente a Embraer está em processo de avaliação, em conjunto com seu sócio AVIC e o Governo Chinês, da melhor alternativa de produto para a continuidade da joint venture. No desenvolvimento de novos programas, foram recebidos os primeiros grandes ferramentais da asa e dos estabilizadores horizontais e verticais para a montagem do protótipo do Legacy 500, que já teve suas primeiras peças fabricadas. O cargueiro KC-390, outro grande projeto em fase de desenvolvimento, também avançou significativamente com a definição do processo produtivo e o planejamento preliminar da infraestrutura para a produção desses aviões. 6
  • 8. Presença Global A Embraer mantém suas atividades de engenharia, desenvolvimento e fabricação no Brasil, com cinco unidades industriais localizadas em São José dos Campos, Eugênio de Melo, Botucatu e Gavião Peixoto, além de dois centros logísticos em Taubaté e Campinas, todos no Estado de São Paulo. Está implantando também duas novas unidades industriais localizadas na cidade de Évora, em Portugal, e uma em Melbourne, Flórida, EUA. Para dar suporte às operações de pós-venda, a Embraer conta com centros de serviço e venda de peças de reposição próprias em São José dos Campos (São Paulo), Fort Lauderdale (Flórida), Mesa (Arizona), Nashville (Tennessee) e Windsor Locks (Connecticut) nos EUA, em Villepinte (próximo ao Aeroporto Roissy - Charles de Gaulle), França e em Cingapura, além da rede autorizada especializada no mundo. A Embraer também mantém centros de distribuição de peças de reposição e equipes de técnicos especializados na China para prestar apoio aos clientes. O suporte às atividades de comercialização, marketing e promoção é realizado pelos escritórios de São José dos Campos, Fort Lauderdale e Villepinte, bem como pelos escritórios de Cingapura e Beijing, na China. Com participação majoritária em uma associação com a EADS, a Embraer controla 65% do capital da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., uma empresa de manutenção e produção aeronáutica. Como mencionado anteriormente, possui também uma fábrica em Harbin, China, em associação com a empresa estatal chinesa AVIC. Financiamento às Vendas A despeito dos efeitos da crise na disponibilidade e no custo do financiamento de aeronaves, em 2010 as companhias aéreas conseguiram estruturar os financiamentos de suas entregas e as agências de crédito à exportação suportaram plenamente seus fabricantes. Os clientes da Embraer, em particular, obtiveram amplo sucesso na estruturação dos financiamentos das aeronaves. A diversificação da base de clientes dos E-Jets e a sua versatilidade de aplicação nos diversos modelos de negócio têm contribuído para a percepção positiva do ativo como mitigador de risco e, consequentemente, os valores residuais têm apresentado excelente performance. O sucesso na estruturação de financiamentos para os clientes da Embraer, nos últimos anos, é a prova da ótima avaliação dos E-Jets pelo mercado financeiro. A família EMBRAER 170/190 tem sido financiada predominantemente por instituições financeiras européias e empresas de leasing. O apoio do sistema brasileiro de financiamento à exportação, composto pelo BNDES, SBCE e Ministério da Fazenda, aumentou nos últimos anos devido à crise financeira e representou cerca de 53% do total das entregas de 2010, devendo manter níveis similares em 2011. No entanto, o apoio governamental acumulado representa apenas 17% do total de entregas dos E-Jets desde 2004. Há sinais de melhora na liquidez do mercado como um todo. Os bancos privados, as empresas de leasing e o mercado de capitais devem aumentar a participação em novos financiamentos nos próximos anos. As agências de crédito à exportação continuarão atuando de forma importante em 2011 no atendimento das necessidades totais de financiamento, estimadas em US$ 77 bilhões para a aviação comercial. Em 2010, a Embraer anunciou o segundo Memorando de Entendimento com empresas de leasing da China para financiamento e leasing de aeronaves. Estes acordos contribuirão para fornecer um forte suporte aos nossos clientes em todo o mundo. A expectativa é que a participação das estruturações de leasing aumente significativamente nos próximos anos. Nesse ano, a Embraer concluiu a primeira linha de crédito de exportação “Pure Cover”. Com a criação desta estrutura, o banco financiador se beneficia de uma garantia de 100% do Governo Brasileiro, por meio da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Esta nova estrutura trará ainda mais oferta de crédito para os clientes da Embraer, pois ela facilita o acesso a instituições financeiras internacionais e a uma ampla gama de investidores nos mercados de capitais. Administração de Ativos Para oferecer melhor suporte às vendas e reduzir alguns riscos financeiros relacionados à comercialização de aeronaves, a Embraer criou, em 2002, a subsidiária ECC Leasing Co. Ltd., baseada em Dublin, na Irlanda. A missão da ECC Leasing é gerenciar e comercializar a carteira de aeronaves que, por obrigações contratuais, poderão ser adquiridas pela Embraer em transações de trade-in e recompra. Essa companhia também presta serviços de recomercialização a terceiros ligados às campanhas de vendas. A ECC Leasing administrou até o momento 86 aeronaves de fabricação da Embraer, das quais 37 foram recomercializadas, 30 estão em leasing operacional, 11 aeronaves estão disponíveis para recolocação no mercado e oito são utilizadas pela Embraer para conclusão de testes e certificações principalmente para E-Jets e Legacy 650. Além destas aeronaves, no final de 2010 a ECC Leasing adquiriu em trade-in uma frota de 25 aeronaves Citation Ultra, conforme contrato de venda de 50 jatos Phenom 300, firmado entre a Embraer e a NetJets Inc. A ECC tem por objetivo recomercializar estas aeronaves no mercado secundário. 7
  • 9. Estrutura Societária Para suportar as suas atividades operacionais, a Embraer conta com uma estrutura societária que tem como objetivo atender às exigências e particularidades de cada país onde atua, além de melhorar, organizar e otimizar a gestão das empresas do grupo prevendo a integração de todas as operações e a satisfação dos clientes. No Brasil, a Embraer possui filiais em Gavião Peixoto, Botucatu, São Paulo, Eugênio de Melo e Parque Tecnológico (ambos em São José dos Campos), Taubaté e Campinas. Desempenho Econômico-Financeiro Em 2010, a Embraer iniciou a apuração de seus resultados através da norma internacional contábil denominada IFRS (International Financial Reporting Standards), definindo 1º de Janeiro de 2009 como a data de transição para este novo padrão contábil, ou seja, a data da “Primeira adoção das IFRS”. Em 2010, a Embraer registrou receita líquida de R$ 9.380,6 milhões, 14% menor que a receita líquida de 2009 de R$ 10.871,3 milhões. A diminuição da receita se deu basicamente em decorrência da apreciação do Real frente ao Dólar, onde a taxa média anual variou 11,7%, e pela mudança no mix de produto entregues, que teve uma maior participação do Phenom. A margem bruta apurada em 2010 foi de 19,2%, permanecendo estável em relação ao ano anterior, que apesar da valorização cambial, foi compensada pelos ganhos de produtividade oriundos do P3E. Valores em R$ milhões 2009 2010 Receita Líquida 10.871,3 9.380,6 Custo dos Produtos Vendidos (8.759,5) (7.582,6) Lucro Bruto 2.111,8 1.798,0 Margem Bruta 19,4% 19,2% Despesas Operacionais (1.345,1) (1.112,4) Lucro Operacional Antes dos Juros e Impostos 766,7 685,6 Margem Operacional 7,1% 7,3% Depreciação e Amortização 452,1 383,6 EBITDA Ajustado (1) 1.218,8 1.069,2 Margem EBITDA Ajustado 11,2% 11,4% Lucro Líquido Atribuído à Embraer 912,1 573,6 Margem Líquida 8,4% 6,1% Lucro por Ação 1,26 0,79 Quantidade de Ações (2) 723.665 723.665 (1) O EBITDA ajustado, de acordo com o Ofício Circular CVM nº 1/2005 representa o lucro líquido adicionado de receitas (despesas) financeiras líquidas, imposto de renda e contribuição social, depreciação e amortização, receitas (despesas) não operacionais, participações minoritárias e equivalência patrimonial. (2) Não inclui 16,8 milhões de ações mantidas em tesouraria. 8
  • 10. As exportações da Embraer totalizaram US$ 4.159,0 milhões, mantendo a Empresa como a quarta maior exportadora brasileira, com uma contribuição de 2,06% para o saldo da balança comercial brasileira. Apesar dos desafios enfrentados em 2010 em razão da apreciação do Real frente ao Dólar, a Empresa conseguiu elevar sua produtividade e se fortalecer operacional e financeiramente, alcançando relevantes resultados. Entretanto, a crescente valorização da moeda brasileira representa desafios cada vez mais significativos para os exportadores nacionais, quadro que se agrava com os aumentos dos custos de mão de obra acima até dos índices de inflação. Em 2010, foram entregues 100 aeronaves para o mercado de aviação comercial, sendo 94 E-Jets e seis ERJ 145; 144 jatos foram entregues para o mercado de aviação executiva, incluindo três Legacy 600 e sete Legacy 650, cinco Lineage 1000 e três E-170 Shuttle, 26 Phenom 300 e 100 Phenom 100. Além disso, duas aeronaves de transporte foram entregues para o mercado de defesa e segurança, além de oito F-5 modernizados pelo Programa F-5M da FAB e 35 Super Tucanos para Brasil, Equador, República Dominicana e Chile. ENTREGA DE AERONAVES POR SEGMENTO 2009 2010 Aviação Comercial 122 100 ERJ 145 7 6 EMBRAER 170 22 9 (2) EMBRAER 175 11 8 EMBRAER 190 62 58 EMBRAER 195 20 17 Aviação Executiva 115 144 Phenom 100 93 100 Phenom 300 1 26 Legacy 600 18 3 Legacy 650 - 7 Lineage 1000 3 5 EMBRAER 170 Shuttle - 3 Defesa e Segurança* 7 2 ERJ 135 1 1 Phenom 100 4 - Legacy 600 - 1 EMBRAER 190 2 - TOTAL JATOS 244 246 * Inclui somente entregas de jatos executivos configurados para transporte de autoridade e aeronaves para companhias aéreas estatais. * Entregas identificadas por parênteses foram contabilizadas como leasing operacional. A receita líquida para o mercado de aviação comercial diminuiu 26% em relação aos R$ 6.811,4 milhões de 2009, atingindo o valor de R$ 5.058,8 milhões, devido principalmente ao menor número de entregas no período e a apreciação do Real. O mercado de aviação executiva gerou receita de R$ 1.983,4 milhões em 2010, 17% maior que a receita de R$ 1.694,1 milhões de 2009. O segmento serviços aeronáuticos apresentou receitas de R$ 991,2 milhões em 2010, registrando queda de 17% em relação aos R$ 1.194,3 milhões do ano anterior. A receita líquida do mercado de defesa e segurança foi de R$ 1.177,8 milhões em 2010, crescendo 24% em relação aos R$ 948,9 milhões de 2009. Em 2010, os segmentos de negócio de aviação comercial, aviação executiva e defesa e segurança representaram respectivamente, 53%, 21% e 13% da receita líquida total, em comparação a uma participação de 62%, 16% e 9% em 2009. Serviços aeronáuticos e outros negócios mantiveram suas participações em 11% e 2%, respectivamente, na receita líquida total. Como principais destaques, a participação do Brasil na receita líquida da Empresa manteve sua expansão, tendo crescido de 4% em 2008, para 11% em 2009, e encerrando 2010 com 13%. Os principais fatores foram as sete entregas feitas à Azul Linhas Aéreas Brasileiras e uma à Trip Linhas Aéreas. Contribuíram também os novos clientes do Phenom 100 e 300, além dos contratos assinados com o Governo Brasileiro. Além disso, em função da crise mundial, que afetou principalmente o mercado da América do Norte, sua participação manteve-se em queda, passando de 23% para 13% na receita líquida. 9
  • 11. Em 2010, as despesas operacionais totalizaram R$ 1.112,4 milhões, apresentando queda de 17% em relação aos R$ 1.345,1 milhões de 2009, principalmente devido a provisão de US$ 103,0 milhões feita naquele ano, por ocasião da concordata da empresa aérea Mesa Air Group. Vale ressaltar que, descontados os efeitos não recorrentes dessa concordata, as despesas operacionais se mantiveram estáveis em 2010, apesar da apreciação de cerca de 12% do Real. No exercício de 2010, as despesas comerciais apresentaram um acréscimo de 9% em relação ao ano anterior e totalizaram R$ 657,0 milhões, representando 7% da receita líquida de vendas. Este crescimento ocorreu principalmente pela retomada consistente das campanhas de venda, principalmente no segundo semestre e pela expansão da rede de suporte aos clientes na aviação executiva. As despesas administrativas totalizaram R$ 346,1 milhões em 2010, apresentando queda de 8% quando comparadas aos R$ 376,2 milhões do exercício anterior, explicados principalmente pelos resultados positivos oriundos do P3E e pelos ajustes feitos na estrutura de custos da Empresa. A rubrica outras receitas (despesas) operacionais líquidas representou uma receita de R$ 16,8 milhões em 2010, frente à despesa de R$ 256,9 milhões registrada em 2009, principalmente em função da provisão realizada naquele ano, após o pedido de concordata pela Mesa Air Group. A Embraer tem obrigações por conta de garantias financeiras associadas às estruturas de financiamento de 36 aeronaves ERJ 145, entregues entre 2000 e 2003. O lucro operacional (EBIT) em 2010 totalizou R$ 685,6 milhões, 11% menor que os R$ 766,7 milhões apurados no ano anterior, porém gerando margem operacional de 7,3%, maior que os 7,1% de 2009. Como resultado, a geração de caixa operacional medida pelo EBITDA atingiu R$ 1.069,2 milhões em 2010, 12% abaixo dos R$ 1.218,8 milhões do ano anterior, porém a margem EBITDA foi de 11,4%, mantendo-se estável em relação a 2009. Durante o ano de 2010, a Embraer registrou receita financeira líquida de R$ 30,9 milhões, superior àquela apurada em 2009, de R$ 16,3 milhões, explicada principalmente pela continuidade das ações de gestão dos ativos financeiros e redução do custo da dívida. Assim, em 2010 a Embraer obteve lucro antes dos impostos de R$ 715,1 milhões, enquanto que em 2009 foi de R$ 647,2 milhões. Porém em 2010, o lucro líquido atribuído à Embraer de R$ 573,6 milhões diminuiu 37% em relação aos R$ 912,1 milhões apurados em 2009 e a margem líquida atingiu 6,1%, abaixo dos 8,4% apurados em 2009. Em 2009, a margem líquida foi positivamente influenciada por um crédito tributário de imposto de renda diferido sobre a diferença entre a base fiscal e a base contábil dos ativos não monetários, principalmente estoques. Em 2010, em razão da apreciação do Real no período, houve uma despesa de imposto de renda que contribuiu para uma redução na margem líquida.  Indicadores Patrimoniais A seguir, são apresentados os principais indicadores patrimoniais da Embraer dos últimos dois anos: Destaques Consolidados Valores em R$ milhões 2009 2010 Disponível (*) 4.433,4 3.543,4 Contas a Receber 709,3 581,9 Financiamentos a Clientes 91,9 117,5 Estoques 4.257,3 3.662,8 Ativo Permanente (**) 3.180,8 3.194,6 Fornecedores 1.038,3 1.250,0 Endividamento - Curto Prazo 1.031,5 120,9 Endividamento - Longo Prazo 2.552,5 2.269,7 Patrimônio Líquido 5.019,8 5.217,7 (*) Inclui caixa e equivalentes de caixa e Instrumentos financeiros ativos (**) Inclui Imobilizado e Intangível A posição de liquidez da Empresa verificada tanto pelo disponível, quanto pelo caixa líquido (disponibilidades menos endividamento total), evoluiu em relação a 2009, devido ao pagamento de dívidas de curto prazo. Ao final do exercício de 2010 o caixa líquido teve um acréscimo de 36%, atingindo R$ 1.152,8 milhões. A Embraer encerrou o ano com um endividamento total de R$ 2.390,6 milhões, 33% abaixo dos R$ 3.584,0 milhões do exercício anterior. Do endividamento total, 95% refere-se a linhas de longo prazo. O endividamento é composto de R$ 1.723,3 milhões (72%) em linhas de crédito denominadas em sua maioria em Dólares e os restantes R$ 667,3 milhões (28%) são denominados em Reais, sendo que o prazo médio de endividamento é de 6 anos. A gestão financeira próxima aos clientes permitiu por mais um ano a diminuição do montante total de contas a receber e financiamentos aos clientes. A posição de estoque encerrou o ano em R$ 3.662,8 milhões, 14% abaixo do valor correspondente a dezembro de 2009, diminuindo consistentemente pelo segundo ano consecutivo. Esta queda é resultado da gestão junto aos fornecedores e do aperfeiçoamento da eficiência operacional, que vem reduzindo os ciclos produtivos. Indicadores Consolidados R$ Milhões IFRS 2009 2010 Dívida/Patrimônio Líquido 0,7 0,5 Giro dos Estoques 2,1 2,1 Giro dos Ativos 0,7 0,7 ROA 5,9% 4,1% ROE 18,2% 11,0% ROCE (*) 15,8% 16,1% (*) em IFRS US$ A redução de 33% do endividamento e o aumento do patrimônio líquido em 4%, melhoraram a relação entre dívida e patrimônio líquido em 29%. Além disso, o giro dos estoques e dos ativos se mantiveram estáveis graças à boa gestão da cadeia de suprimentos realizada pela empresa. A redução do lucro líquido em 2010, comparativamente a 2009, levou a redução do ROA e do ROE. Mesmo com a redução de receita em Dólares, de 2,4%, na comparação entre períodos, o crescimento de 3,3% no resultado operacional em Dólares, resultou na melhora do retorno sobre o capital empregado (ROCE), evidenciando a maior eficiência operacional da Empresa.  Valor Econômico Adicionado (VEA) Por conta da constituição do imposto de renda e contribuição social diferidos, relativos à diferença entre o valor contábil dos ativos e passivos e a base tributária para fins fiscais e aumento dos investimentos a serem remunerados, a Embraer apresentou queda de rentabilidade, medida pelo valor econômico adicionado (VEA). 10
  • 12. Valores em R$ milhões 2009 2010 Total do Ativo 15.478 13.981 Passivo com Financiamento Espontâneo 6.874 6.372 Passivo Remunerado 8.604 7.609 Capital de Terceiros 3.584 2.391 Capital Próprio 5.020 5.218 Investimentos a Remunerar 8.604 7.609 Receita Operacional Líquida 10.871 9.381 Custos e Despesas Operacionais (10.240) (8.696) Resultado Operacional 631 685 Imposto de Renda e Contribuição Social 290 (115) Custo do Capital de Terceiros (286) (216) Lucro Líquido Ajustado 635 354 Custo do Capital Próprio (666) (675) Valor Econômico Adicionado (31) (321) VEA/Investimento a Remunerar -0,4% -4,2% Nota: O cálculo do VEA exclui entidades de propósito específico (EPE)  Destinação dos Resultados da Controladora A Administração proporá à Assembleia Geral Ordinária, após a constituição da reserva legal e distribuição de juros sobre capital próprio e dividendos, a retenção do lucro líquido do exercício no montante de R$ 43,5 milhões como reserva para investimentos e capital de giro, visando assegurar os investimentos em novos produtos, em novas tecnologias, processos e modelos de gestão, na busca do aumento da sua capacitação e produtividade. Mercado de Capitais O relacionamento da Embraer com a comunidade financeira e com os seus investidores é pautado pela divulgação de informações com transparência e equidade, caracterizadas pelo profundo respeito aos princípios legais e éticos, buscando consolidar e manter sua imagem de liderança e inovação junto ao mercado de capitais, seguindo as regras do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, o mais elevado nível de governança corporativa no País. Suas ações estão listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA) desde 1989, e na Bolsa de Nova York (NYSE) através do programa de ADRs (American Depositary Receipts) nível III, onde em julho de 2010 completou dez anos de listagem. Além disso, em 2010 a Embraer integrou também as carteiras teóricas do IBrX (Índice Brasil), do IBrX 50, do IGC (Índice de Ações com Governança Corporativa), do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), do recém criado ICO2 (Índice de Carbono Eficiente), do ITAG (Índice de Ações com Tag Along Diferenciado), do INDX (Índice do Setor Industrial) e do IVBX-2 (Índice Valor Bovespa 2ª Linha). Nos Estados Unidos passamos a integrar a carteira do Dow Jones Sustainability Index. O capital social da Embraer é composto somente por ações ordinárias, negociadas na BM&FBOVESPA sob o símbolo EMBR3, que registraram no ano de 2010 uma valorização de 24%, encerrando o ano cotadas a R$ 11,80. Por sua vez, o índice da BM&FBOVESPA valorizou-se 1% no mesmo período. Os ADSs (American Depositary Shares) da Empresa, listados na NYSE sob o símbolo ERJ, atingiram a cotação de US$ 29,40 no último pregão do ano, representando uma valorização de 33% em 2010, frente a uma valorização de 13% do índice Dow Jones. Em 31 de dezembro de 2010, o capital social da Embraer era representado por 740.465.044 ações ordinárias (ON), sendo que 16.800.000 ações ordinárias encontram-se depositadas em tesouraria, sem valor político ou econômico. Do total das ações que compõem o capital da Empresa, em 31 de dezembro de 2010, 49,6% estavam sendo negociadas na BM&FBOVESPA, e 50,4% sob a forma de American Depositary Shares (ADS) na New York Stock Exchange (NYSE). 11
  • 13. Em 2010, boa parte da liquidez das ações ordinárias esteve no mercado norte-americano, quando o volume de ADSs negociado na NYSE apresentou uma média diária de 938 mil títulos, movimento equivalente ao volume financeiro médio diário de US$ 23,1 milhões. Já na bolsa brasileira, as ações ordinárias apresentaram volume médio diário de 1.731 mil ações, com volume financeiro médio diário de R$ 18,4 milhões. A capitalização de mercado da Embraer atingiu o valor de US$ 5,4 bilhões no final de dezembro de 2010, comparado aos US$ 4,0 bilhões registrados em 31 de dezembro do ano anterior.  Remuneração aos Acionistas A partir do lucro líquido consolidado de R$ 600,2 milhões, a Embraer distribuiu aos seus acionistas em 2010, R$ 201,0 milhões, sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP), equivalente a R$ 0,28 por ação ordinária. A distribuição de JCP aos acionistas, foi aprovada pelo Conselho de Administração em reuniões realizadas durante o exercício: Em 10 de junho, foi aprovada a distribuição de R$ 34.540 milhões referente ao 1º semestre de 2010, sendo paga no dia 22 de novembro de 2010. Em 16 de setembro, foi aprovada a distribuição de R$ 21.709 milhões referente ao 3º trimestre de 2010, que foi paga no dia 22 de novembro de 2010. E no dia 9 de dezembro, foi aprovada a distribuição de R$ 144.733 milhões referente ao 4º trimestre de 2010, paga no dia 14 de janeiro de 2011. A distribuição de proventos de 2010, representou 33,5% do lucro líquido consolidado da Empresa. Governança e Fundamentos da Sustentabilidade Além da busca por elevados padrões de governança corporativa, a sustentabilidade, em suas dimensões econômica, social e ambiental, tem sido considerada um dos pilares de sustentação das ações empresariais da Embraer. Os esforços de inclusão de práticas de sustentabilidade em sua estrutura de governança são percebidos através de diversas ações e práticas adotadas. O Comitê de Ética, no âmbito da Diretoria e o Comitê de Auditoria, no âmbito do Conselho de Administração, atuam com independência e transparência, conferindo à Embraer um nível elevado de governança sobre temas de relações no trabalho, direitos humanos e combate à corrupção. A Embraer possui um canal de denúncias que é gerido por uma empresa independente, o que garante isenção e rigor e, em 2010, foram feitas alterações no Código de Ética e Conduta. Algumas mudanças também foram implantadas no controle de riscos corporativos como a realização de avaliações trimestrais. Ambas representam o aperfeiçoamento das práticas de governança corporativa da Embraer. Como resultado dos processos de gestão e inovação em sustentabilidade, a Embraer integra, desde sua criação em 2005, a carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&FBOVESPA e, em 2010, passou a ser uma das cinco empresas aeroespaciais em todo o mundo a integrar a carteira do DJSI (Dow Jones Sustainability Index), atestando sua dedicação diferenciada aos temas relacionados a sustentabilidade.  Governança Corporativa O modelo de governança corporativa da Embraer possui o comprometimento amplo e irrestrito de toda a Diretoria e do Conselho de Administração. A Embraer está listada no Novo Mercado da BM&FBOVESPA desde 2006 e ao seguir suas diretrizes atende ao mais alto nível de governança do Brasil. Isto demonstra aos nossos investidores, financiadores e demais públicos interessados o compromisso da Empresa com as melhores práticas de gestão adotadas pelas companhias de capital aberto. 12
  • 14. O modelo de governança corporativa adotado proporciona o fortalecimento da Administração, por meio de instrumentos de gestão e controle, ao mesmo tempo em que preserva os direitos estratégicos da União, possuidora de uma ação de classe especial, a Golden Share. O Estatuto Social da Embraer prevê mecanismos de proteção que garantem a pulverização do controle acionário e também que a maioria de votos nas deliberações da assembleia geral seja exercida por acionistas brasileiros, respeitando o princípio estabelecido na privatização da Empresa. Em novembro de 2010, os acionistas, reunidos em Assembleia Geral, aprovaram duas importantes alterações no Estatuto Social: a denominação da empresa, de Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. para Embraer S.A.; e a ampliação do objeto social, antes com foco único na área aeroespacial, acrescentando sistemas de defesa e segurança e energia. Com essa ampliação abrem-se novas oportunidades de crescimento e maior diversificação dos negócios para a Empresa. Em decorrência disso, em janeiro de 2011, foi criada uma nova unidade empresarial, a Embraer Defesa e Segurança, que terá maior autonomia e agilidade para atuar no mercado de defesa e segurança no Brasil e no exterior. Quanto à expansão dos negócios para o setor de energia, a Empresa vem realizando estudos e análises de viabilidade de investimento, a fim de definir as diretrizes e escopo de atuação, de forma a nos diferenciar dos concorrentes e conquistar novos clientes e mercados.  Conselho de Administração Cabe ao Conselho de Administração (CA) aprovar e acompanhar as estratégias da Empresa, bem como os orçamentos anuais e os programas de investimentos estabelecidos no Plano de Ação e Plano Estratégico elaborado pela Diretoria. O Conselho de Administração tem mandato de dois anos e a partir de novembro de 2010 teve o número de reuniões ordinárias aumentado de quatro para oito por ano. Extraordinariamente, o Conselho de Administração pode reunir-se para debater assuntos que possam impactar os negócios da Embraer. O Conselho é composto por 11 membros e seus respectivos suplentes, eleitos diretamente pelos acionistas, sendo que desses, sete são independentes. Cabe à União indicar um membro, na qualidade de detentora da Golden Share, e aos empregados indicar dois representantes, sendo um pelo Clube de Investimentos dos Empregados da Embraer (CIEMB) e o outro eleito diretamente pelos empregados não acionistas. Em novembro de 2010, o Comitê Executivo foi substituído pelo Comitê Estratégico e criado o Comitê de Riscos, ambos de assessoramento ao Conselho de Administração em áreas tidas como relevantes e importantes para a Companhia. Além desses, a Embraer conta também com o Comitê de Recursos Humanos. Comitê de Estratégia: entre suas principais atribuições, está auxiliar o Conselho de Administração na orientação dos planos estratégicos a serem seguidos pela Empresa. Comitê de Riscos: tem como suas principais atribuições, validar e submeter ao Conselho de Administração diretrizes para a política de riscos e observar o cumprimento das políticas de gerenciamento de riscos. Comitê de Recursos Humanos: tem por função assessorar o Conselho de Administração nas questões relativas a recursos humanos. Comitê de Auditoria: papel desempenhado pelo Conselho Fiscal, para fins de cumprimento dos requisitos de listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e da Lei Sarbanes- Oxley, aplicáveis às empresas estrangeiras com ações listadas no mercado norte-americano. A independência, o bom relacionamento e a maior interação entre a Diretoria e o Conselho de Administração, estão sendo essenciais para o fortalecimento da integridade da Empresa e do zelo aos interesses dos acionistas, com os mais elevados níveis de governança corporativa. Dentre os diversos focos estratégicos de contínua atenção conjunta do Conselho de Administração e Diretoria, destaca-se o processo de planejamento de sucessão das posições chave da Companhia, que se integra aos planos de desenvolvimento individual e de carreira.  Conselho Fiscal O Conselho Fiscal integra-se à política de transparência e de boa governança corporativa e tem como foco acompanhar os atos administrativos e analisar as demonstrações financeiras da Empresa. Em novembro de 2010, foi aprovada a flexibilização da quantidade de membros do Conselho Fiscal, que terá no mínimo três e no máximo cinco membros efetivos, sendo um deles especialista financeiro, todos com mandato anual.  Diretoria A Diretoria é responsável pela administração cotidiana da Empresa. Os diretores têm responsabilidades estabelecidas pelo Estatuto Social e são eleitos pelo Conselho de Administração, para um mandato de dois anos. A estrutura organizacional, que representa importante e dinâmica ferramenta para a condução dos negócios, tem buscado adaptar-se e evoluir permanentemente, no intuito de facilitar a consecução das estratégias e objetivos empresariais. Nesse sentido, a partir de abril de 2010 a Embraer realizou algumas alterações em sua Diretoria, visando fortalecer sua capacidade de ação externa e, ao mesmo tempo, reforçar e solidificar sua base interna, através de processo contínuo de aprimoramento da competitividade e qualidade. Foram três as mudanças fundamentais nessa reorganização: criação de um COO (Chief Operating Officer), com forte concentração e dedicação às operações internas da Empresa; constituição de uma frente específica para estudar, planejar e viabilizar novos programas na aviação comercial; e criação de uma nova posição voltada exclusivamente às estratégias e políticas pertinentes a pessoas, em adição à estrutura de recursos humanos existente. Além disso, conforme mencionado anteriormente, em novembro foi criada a unidade empresarial Embraer Defesa e Segurança.  Relacionamento com Auditores Independentes A política da Embraer junto aos seus auditores independentes, no que diz respeito à prestação de serviços não relacionados à auditoria externa, se consubstancia nos princípios que preservam a independência do auditor. No exercício de 2010, a Embraer contratou junto a estes auditores serviços de diagnóstico de IFRS, cujo valor totalizou R$ 279,0 mil correspondente a 5% do total dos honorários relativos aos serviços de auditoria externa, prestados a todas as empresas do grupo no mundo. A Embraer tem como política apresentar e aprovar junto ao Conselho Fiscal todos os serviços não relacionados à auditoria externa, prestados por nossos auditores independentes.  Cláusulas Compromissórias A Companhia está vinculada ao Regulamento de Arbitragem da Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme cláusula compromissória constante do seu Estatuto Social. 13
  • 15.  Modelo de Gestão O modelo de gestão da Embraer está embasado no planejamento e na realização de ações e projetos de curto, médio e longo prazo. O Plano Estratégico possui um horizonte de 15 anos e estabelece os macro projetos que deverão promover o aumento do valor da Empresa no futuro. Para definir sua atuação de curto prazo, que sustentará as ações futuras, a Embraer se utiliza de uma ferramenta de gestão empresarial, denominada Plano de Ação – PA, com abrangência bienal, e que considera prioritariamente fatores como:  Viabilidade e potencialidade dos mercados em que atua do ponto de vista econômico, social e ambiental;  Prospecção de produtos e serviços para novas regiões com potenciais de crescimento já auferidos;  Análise criteriosa da atuação de seus principais competidores;  Competências a serem ressaltadas e pontos fracos a serem aprimorados pela Empresa;  Oportunidades, desafios e riscos a serem enfrentados e superados. O Plano de Ação é anualmente analisado e aprovado pelo Conselho de Administração e a Diretoria da Companhia é avaliada conforme o cumprimento das metas nele estipuladas.  Gestão de Riscos A Embraer aplica, desde 2002, processos estruturados de gestão de riscos em todos os níveis corporativos e que atendem às atuais exigências, normas e regulamentos do segmento aeroespacial, de acordo com os padrões e legislações nacionais e mundiais. A Companhia reforçou seus processos ao aprovar, em 2009, no Conselho de Administração, uma Política de Gestão Financeira e, em 2010, a criação do Comitê de Riscos, no âmbito do Conselho de Administração, o que fortaleceu ainda mais seu compromisso com a transparência e perpetuidade das operações e dos recursos materiais e financeiros utilizados. Todo o portfolio de riscos corporativos passou a ser aplicado utilizando-se do Plano de Ação como ferramenta de gestão. Todo esse processo e os resultados são periodicamente debatidos com a Administração e apresentados ao Comitê de Riscos, Conselho Fiscal e Conselho de Administração. Meio Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho A consciência ambiental da Embraer vai muito além da busca por melhorias em seus produtos, pois compreende também o aperfeiçoamento de seus processos industriais, tornando- os mais limpos, eficientes e seguros, além da atuação responsável junto às comunidades nas quais está inserida. No contexto de suas ações de meio ambiente, saúde e segurança no trabalho, a Embraer tem atuado com o objetivo de manutenção das certificações ISO 14001 (certificação internacional em Sistema de Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (certificação internacional em Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho) nas unidades que já as conquistaram. No que tange a eco-eficiência, a Embraer iniciou em 2010, levantamento de possíveis projetos de eficiência energética e de consumo de água, nos diferentes processos produtivos e administrativos. Durante o ano corrente, a Embraer avaliará metas de redução de longo prazo no que tange aos aspectos ambientais de toda sua operação. A Embraer vem aperfeiçoando seu processo de inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) após finalização da auditoria do processo, durante o ano de 2009. Esta auditoria já utiliza metodologia da ISO 14064 (certificação internacional para inventário de GEEs). Além dos projetos de eco-eficiência, estamos avaliando outros projetos que busquem reduzir essas emissões. No que tange ao desenvolvimento de produtos, teve início projeto para introduzir diferentes requisitos ambientais aos produtos Embraer, em todo seu ciclo de vida, ou seja, desde a concepção ao processo produtivo e futuro descarte das aeronaves, ao final de sua vida útil. Durante o ano de 2010, a Embraer continuou a apoiar o projeto de desenvolvimento do bioquerosene sustentável para a aviação, através da parceria com a Amyris, GE e Azul Linhas Aéreas Brasileiras. Além desse, a Embraer também participa de outros projetos de desenvolvimento do bioquerosene, sendo membro fundador da Aliança Brasileira para o Bioquerosene de Aviação – ABRABA. As atividades de saúde e segurança do trabalho são coordenadas por um Sistema de Gestão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança e Qualidade (SIG-MASSQ), avaliado e certificado por um órgão certificador internacional, a ABS-QE. No ano de 2010, com base no Programa de Excelência Empresarial Embraer (P3E) e no Programa Comportamental, foram incluídos novos requisitos ligados aos temas de Meio Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho (MASS), em um processo de melhoria contínua. Além disto, as diferentes áreas da Empresa vem estabelecendo metas para a redução do uso de recursos naturais e de acidentes do trabalho. A meta é de, até dezembro de 2012, reduzir o número total de acidentes na Embraer em 70% e reduzir o índice de gravidade em 50%, que vem se mostrando factível, já que muitas áreas têm permanecido por grandes períodos sem acidentes. Em 2010, comparativamente a 2008, houve uma redução de 50% no número de acidentes de trabalho com afastamento e 47% no de acidentes sem afastamento: resultados que refletem as ações preventivas, corretivas e de conscientização. A Embraer não registra óbito por acidente entre seus empregados e contratados desde 2007. Pessoas e Organização Em 2010, com os primeiros sinais de recuperação do mercado, a Embraer deu continuidade ao seu plano de investimento em desenvolvimento e treinamento para empregados e lideranças, o que se refletiu diretamente no clima interno de trabalho. Como reflexo dessa evolução e de diversos outros movimentos internos dirigidos à satisfação de nossos empregados, a Embraer foi classificada como uma das melhores empresas para trabalhar, por alguns dos mais renomados institutos de pesquisa e meios de comunicação: o Great Place to Work, o Guia 150 Melhores Exame/FIA e a Pesquisa Hewitt/Valor Econômico. Em todas as pesquisas, os resultados se aproximaram de 79% de satisfação, favorabilidade e engajamento, demonstrando melhoria e equilíbrio entre eles. Complementar a estes resultados vale ressaltar que a Pesquisa de Clima Organizacional, realizada em 2010, teve um nível de adesão de 93%, obtendo um resultado global de favorabilidade de 78%. Desde 2007, início da pesquisa em todas as unidades, foram acrescidos 15,6 pontos percentuais em nosso índice de favorabilidade sendo que, sete pontos somente no último ano. O trabalho de reconhecimento das práticas dos valores Embraer permanece crescente em toda a Empresa, fortalecendo a identidade empresarial e a relação de confiança entre as pessoas. As atividades da frente cultural do Programa de Excelência Empresarial Embraer - P3E resultaram em uma dinâmica participativa de transparência e respeito nas relações. Nesse sentido, o programa de incentivo aos Valores Embraer deu início em 2010 ao segundo ciclo da prática de valores, que partiu de ações individuais para um movimento coletivo e para a adequação de processos, ferramentas e políticas nas células que fazem parte do P3E. 14
  • 16.  Força de Trabalho A Embraer encerrou o ano de 2010 com 17.149 pessoas no seu quadro de empregados, assim distribuídas:  Quadro de empregados, por categoria funcional, incluindo subsidiárias Natureza do Trabalho Total Brasil Exterior Operacionais (horistas) 7.486 7.479 7 Administrativos 840 619 221 Técnicos (nível médio) 2.515 2.130 385 Profissionais Engenheiros (*) 3.652 3.579 73 (nível superior) Outros Profissionais 1.644 1.431 213 Liderança 1.012 895 117 Total 17.149 16.133 1.016 (*) Considerando-se 513 engenheiros que ocupam cargos de liderança, o total de engenheiros é de 4.165. Suas subsidiárias não-integrais OGMA e HEAI fecharam o ano com 1.735 empregados:  Empresas Controladas/Coligadas Empresa Nº de Empregados OGMA (Portugal) 1.512 HEAI (China) 223 Total 1.735  Nível educacional/escolaridade na Embraer e suas subsidiárias A Embraer é uma empresa que depende de mão de obra altamente qualificada, sendo que do total de empregados, 38% possuem pelo menos o nível universitário, um índice três vezes superior à média brasileira de 12%.  Planejamento de Carreira O programa “Plano de Voo – Carreira na Embraer”, que dá uma visão integrada ao empregado de sua carreira, desde sua admissão até a aposentadoria, se consolidou; nele, a linha de liderança é capacitada para discutir e orientar as pessoas no processo de construção de suas carreiras. Em julho de 2010, foi criado o programa de planejamento de carreira, denominado “Trilhas de Carreira”, que se propõe a disponibilizar informações para que as pessoas, com autonomia, entendam quais os requisitos necessários para o desenvolvimento de sua carreira na Empresa. Também foram concluídas nove turmas do Programa de Pós-Carreira, com a participação de 289 empregados. Este programa apóia o empregado no seu planejamento a aposentadoria com temas relacionados a essa mudança, como elaboração de um novo projeto de vida, transferência do conhecimento e preparação da liderança para orientação e apoio às pessoas.  Desenvolvimento de Liderança Em 2010, as ações de desenvolvimento para a liderança tiveram continuidade com o lançamento do “Laboratório do Líder Embraer”, com o propósito de ajudar os gestores a encontrar respostas no exercício da liderança e a inspirá-lo na construção de sua obra: liderar. O laboratório promoverá a conexão entre os líderes da Embraer e de empresas que possam agregar conhecimentos e experiências sólidas; permitirá também que os líderes da Empresa compartilhem conhecimentos e construam soluções conjuntas para o exercício de uma liderança cada vez mais eficaz e inovadora ao discutir temas como gestão de pessoas, inovação, equipes de alta performance, sustentabilidade, empresariamento, liderança transformadora, gestão de cultura, estratégia, atuação global e sucessão e orientação de carreira.  Qualificação e Desenvolvimento Profissional Em 2010, o Programa de Especialização em Engenharia (PEE) formou 84 engenheiros especializados em aeronáutica. Desde a primeira turma, em 2001, o PEE treinou 1.116 engenheiros e o investimento total chegou a R$ 67 milhões. Como forma de fortalecer as competências e conhecimentos, o programa “Instrutores Internos” conta com a participação de 526 empregados capacitados como instrutores em cursos internos, tendo sido contabilizadas 10.737 horas de instrução em 722 cursos realizados. 15
  • 17. O programa de formação comportamental baseada em valores e com foco nas competências Embraer, denominado “Futuros Líderes Empresários”, teve a participação de 211 empregados, em 2010. Outro programa de destaque é o programa “Bolsas de Estudos”, em que a Embraer concede bolsas para custeio parcial de cursos ligados a funções essenciais ao negócio da Empresa, nos níveis de educação técnico ou universitário. Em 2010, 347 empregados foram beneficiados, com um investimento total de R$ 246 mil. O investimento total em programas de qualificação profissional e programas específicos das áreas de negócios, corporativas, industriais e engenharias foi da ordem de R$ 5,3 milhões, em 2010.  Programas de Treinamento e Desenvolvimento - Unidades Brasil 2010 Categoria Quantidade empregados treinados Horas em treinamentos Média de horas em treinamento per capta Liderança 759 32.768 43 Engenheiros 3.102 240.439 78 Técnicos 1.908 134.498 70 Operacionais 7.279 197.324 27 Profissionais 1.530 86.299 56 Administrativos 606 27.622 46 Estagiários 225 7.425 33 Total 15.409 726.375 47  Compartilhamento com os empregados da riqueza gerada Em relação ao exercício de 2010, cerca de 16.800 empregados também serão remunerados através da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) da Embraer, que totalizou R$ 71,7 milhões, 16% maior que no exercício anterior. O Programa Boa Ideia, outra modalidade de compartilhamento da riqueza gerada, voltado ao reconhecimento e incentivo dos empregados que propõem melhorias nos processos, rotinas, ferramentas de trabalho, redução de custos, segurança ocupacional, ergonomia e meio ambiente, premiou 5.854 empregados em 2010. As ideias implementadas geraram uma economia para a Empresa de US$ 23 milhões. Em 2010, o Programa Boa Ideia alcançou a marca de mais de 12.400 ideias apresentadas, com 5.854 destas implantadas, perfazendo uma média diária de 51 ideias apresentadas e 25 implantadas.  Benefícios aos empregados e seus familiares A Embraer oferece uma ampla gama de benefícios aos seus empregados e familiares, o que representa um importante diferencial na atração e retenção de talentos. Isso se ratifica com a pesquisa de clima organizacional realizada em 2010, na qual 88% dos empregados se mostraram satisfeitos com os benefícios oferecidos. Nesse ano, foram investidos cerca de R$ 200 milhões em benefícios, com a seguinte distribuição: Destaca-se em 2010, o incremento das ações voltadas ao bem-estar dos empregados, através do programa “Estar de Bem”, com importantes resultados nos seguintes programas:  “Estar de Bem sem Cigarro”: a Embraer será um ambiente livre de tabaco até 2011.  “Estar de Bem sem Drogas”: o programa apóia empregados e familiares no tratamento da dependência química.  “Estar de Bem com a Balança”: parceria desenvolvida com o Vigilantes do Peso, que oferece aos empregados alguns métodos para emagrecer com saúde.  “Estar de Bem com o Coração”: reintegração de empregados portadores de cardiopatia às suas atividades habituais através da realização de exercícios físicos e ações que visam à melhoria do estilo de vida.  “Estar de Bem com a Maternidade”: criação do “Espaço Amamentação”, um ambiente agradável para que as mães possam amamentar seus filhos com conforto e privacidade.  “Ciclo de palestras”: promove um ambiente ideal para a troca de informações e também de reflexão de como ter uma qualidade de vida melhor por meio da adoção de atitudes saudáveis no dia-a-dia.  Incentivo à prática de esportes e lazer, através de diversas atividades e ações realizadas pela Empresa. Outra importante ação foi a reestruturação e ampliação do benefício farmácia e do benefício odontológico, favorecendo ainda mais os empregados e seus dependentes. Demonstrativo do Valor Adicionado (DVA) O DVA tem por finalidade evidenciar a riqueza gerada pela Embraer e sua distribuição aos segmentos da sociedade representados pelos acionistas, empregados, instituições financeiras e governo (municipal, estadual e federal). O valor adicionado a distribuir totalizou R$ 2.707,0 milhões e representou 28% da receita líquida de 2010. 16
  • 18. Consolidado - R$ milhões 2009 2010 Receita 11.324,3 9.751,5 Insumos Adquiridos de Terceiros (8.208,3) (6.907,7) Valor Adicionado Bruto 3.116,0 2.843,8 Depreciação e Amortização (452,1) (383,6) Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 2.663,9 2.460,2 Valor Adicionado Recebido em Transferência 302,7 246,8 Valor Adicionado Total a Distribuir 2.966,6 2.707,0 Distribuição do Valor Adicionado 2.966,6 2.707,0 Pessoal 1.467,6 1.359,2 Governo (impostos, taxas e contribuições) 119,3 503,7 Juros e Aluguéis 442,4 244,0 Juros Sobre Capital Próprio e Dividendos 228,9 155,7 Lucros Retidos/Prejuízos do Exercício 683,2 417,8 Participação dos Não-Controladores 25,2 26,6 Impostos e Contribuições Sociais Os impostos, as contribuições sociais e taxas municipais, estaduais e federais, que medem parte do grau de contribuição que a Embraer proporciona para a sociedade brasileira, foram de R$ 586,3 milhões no exercício de 2010. Responsabilidade Social Corporativa O Instituto Embraer de Educação e Pesquisa (IEEP), tem ações e projetos direcionados a iniciativas que contribuam para o processo de inclusão social através da educação. Mantido integralmente pela Embraer, o IEEP desenvolve projetos próprios, visando criar modelos de excelência que possam ser transferidos para outras realidades, bem como em ações de apoio a projetos de terceiros. Além de critérios técnicos, as iniciativas do Instituto Embraer refletem também preocupações de três naturezas: qualidade, inovação e custo. A qualidade dos projetos de investimento social deriva, em parte, da política da Empresa de exigir do IEEP padrões semelhantes aos requeridos em sua linha de produtos. Na indústria aeronáutica, qualidade é valor absoluto e é convicção de que existe a possibilidade real de melhoria na educação pública brasileira a partir do aprimoramento da gestão e sem o aumento expressivo de custo. Inovação é outra bandeira do Instituto. Por ser mantido integralmente por uma empresa de alta tecnologia competindo em escala global, os temas educação e gestão estão presentes no dia a dia da Embraer e, em consequência, há o total comprometimento com o debate destes assuntos e com o apoio à melhoria da qualidade da educação e aumento do grau de inclusão social de jovens de baixa renda.  Colégio Embraer Juarez Wanderley O projeto de maior destaque é o Colégio Embraer Juarez Wanderley (CEJW), que proporciona a alunos talentosos e de estratos sociais menos favorecidos, egressos das escolas públicas de São José dos Campos e região, a oportunidade de terem uma educação que lhes permita disputar, em igualdade de condições com os alunos das melhores escolas privadas, o ingresso em instituições de ensino superior. Os resultados apresentados em todos os anos comprovam que o investimento em educação é o caminho para promoção do capital humano e consequentemente da comunidade. Desde que foi criado, o CEJW tem se mostrado uma instituição de ensino modelo em todo o País. O ótimo desempenho acadêmico dos alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2009, conferiu à instituição o oitavo lugar no Estado de São Paulo, e 35º no País. Quanto aos resultados do vestibular em 2010, 100% dos alunos foram admitidos em pelo menos uma universidade, sendo que 82% foram admitidos em universidades públicas. Além do ensino de alta qualidade e das atividades ambientais, sociais e culturais extracurriculares, desde 2006 o Colégio Engenheiro Juarez Wanderley oferece aos seus alunos o Programa de Preparação para a Universidade (PPU), com o intuito de trazer a realidade de trabalho para dentro da escola e preparar o aluno para os desafios que irá encontrar na universidade. O PPU compreende 800 horas-aula, em quatro semestres, e abrange as áreas de exatas (pré-engenharia), humanas (pré-humanas e administração) e biomédicas (pré-biomédicas).  Programa Parceria Social – PPS Para dar maior capilaridade as suas ações, o IEEP mantém um outro braço de atuação, o Programa Parceria Social (PPS), que atua em duas frentes: ajudar Organizações Não Governamentais (ONGs) a se capacitarem para conceber e desenvolver projetos, e fomentar o desenvolvimento de uma cultura social para mobilizar a sociedade civil na identificação e solução de seus problemas. Para tanto, conta com a participação ativa de empregados da Embraer que, de forma voluntária, atuam na elaboração e execução de projetos desenvolvidos por organizações sociais nas regiões de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto. Em 2010, o IEEP apoiou 14 projetos, a um investimento total de R$ 344,3 mil, beneficiando cerca de 3.300 pessoas. Desde sua criação em 2004, o PPS já apoiou 75 projetos que passaram por um crivo estreito de avaliação e estão ligados a organizações sociais que possuem lastro regional legítimos. Esses projetos já beneficiaram cerca de 33.600 pessoas das várias comunidades aonde a Embraer atua. PPS 2008 2009 2010 Total (desde 2004) Projetos Recebidos 90 80 58 516 Projetos Aprovados 12 13 14 75 Beneficiários 15.304 2.627 3.287 33.580 Investimento (R$) 320.785 340.000 363.264 2.681.413  Programa Ação na Escola – PAE Visando a gestão participativa da comunidade dentro da escola, de modo a integrar as ações às demandas existentes nas regiões onde atua, o IEEP colocou em prática o Programa Ação na Escola (PAE). Utilizando a metodologia desenvolvida sob a coordenação da Ação Educativa, da Unicef, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Inep-MEC, as comunidades de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto e arredores são estimuladas a refletir sobre a qualidade da gestão escolar e propor melhorias no modelo adotado pelas escolas públicas de ensino fundamental e médio. No ano de 2010, o PAE apoiou 9 projetos, com um investimento total de R$ 225,0 mil, beneficiando 7.000 alunos. 17
  • 19. Desde o seu lançamento, em 2006, 222 projetos foram enviados para análise do Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, sendo que 75 foram selecionados, beneficiando um total de cerca de 48.850 jovens. PAE 2008 2009 2010 Total (desde 2006) Projetos Recebidos 46 46 17 222 Projetos Aprovados 18 14 9 75 Beneficiários 10.677 11.171 7.000 48.848 Investimento (R$) 316.952 350.270 224.333 1.426.075 Balanço Social Anual - Controladora 1 - Base de Cálculo 2010 Valor (Mil reais) 2009 Valor (Mil reais) Receita líquida (RL) 8.231.283 9.271.506 Resultado operacional (RO) 1.076.535 890.356 Folha de pagamento bruta (FPB) 1.649.730 1.550.566 Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre 2 - Indicadores Sociais Internos (mil) FPB RL (mil) FPB RL Alimentação 20.475 1,24% 0,25% 22.203 1,43% 0,24% Encargos sociais compulsórios 444.839 26,96% 5,40% 406.853 26,24% 4,39% Previdência privada 38.324 2,32% 0,47% 29.659 1,91% 0,32% Saúde 84.895 5,15% 1,03% 94.428 6,09% 1,02% Segurança e saúde no trabalho 9.346 0,57% 0,11% 10.615 0,68% 0,11% Educação 246 0,01% 0,00% 326 0,02% 0,00% Cultura 143 0,01% 0,00% 168 0,01% 0,00% Capacitação e desenvolvimento profissional 15.784 0,96% 0,19% 15.943 1,03% 0,17% Creches ou auxílio-creche 342 0,02% 0,00% 276 0,02% 0,00% Participação nos lucros ou resultados 79.162 4,80% 0,96% 70.175 4,53% 0,76% Outros 29.891 1,81% 0,36% 34.661 2,24% 0,37% Total - Indicadores sociais internos 723.447 43,85% 8,77% 685.307 44,20% 7,38% Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre 3 - Indicadores Sociais Externos (mil) RO RL (mil) RO RL Educação 11.272 1,05% 0,14% 12.174 1,37% 0,13% Cultura 806 0,07% 0,01% 600 0,07% 0,01% Combate à fome e segurança alimentar 0 0,00% 0,00% 457 0,05% 0,00% Outros 260 0,02% 0,00% 385 0,04% 0,00% Total das contribuições para a sociedade 12.338 1,14% 0,15% 13.616 1,53% 0,14% Tributos (excluídos encargos sociais) 141.441 13,14% 1,72% 235.433 26,44% 2,54% Total - Indicadores sociais externos 153.779 14,28% 1,87% 249.049 27,97% 2,68% Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre 4 - Indicadores Ambientais (mil) RO RL (mil) RO RL Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa 8.956 0,83% 0,11% 9.017 1,01% 0,10% Investimentos em programas e/ou projetos externos 92 0,01% 0,00% 96 0,01% 0,00% Total dos investimentos em meio ambiente 9.048 0,84% 0,11% 9.113 1,02% 0,10% Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% (X) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa ( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% 5 - Indicadores do Corpo Funcional 2010 2009 Nº de empregados(as) ao final do período 16.133 15.952 Nº de admissões durante o período 1.028 201 Nº de empregados(as) terceirizados(as) 2.430 2.336 Nº de estagiários(as) 169 32 Nº de empregados(as) acima de 45 anos 2.441 2.492 Nº de mulheres que trabalham na empresa 2.094 2.030 % de cargos de chefia ocupados por mulheres 8,16% 8,47% Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 740 786 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 2010 Metas 2011 Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 42 Não há meta Número total de acidentes de trabalho 792 600 Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: ( ) direção (X) direção e ( ) todos(as) ( ) direção (X) direção e ( ) todos(as) gerências empregados(as) gerências empregados(as) Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: ( ) direção e ( ) todos(as) (x) todos(as) + ( ) direção e ( ) todos(as) (x) todos(as) + gerências empregados(as) Cipa gerências empregados(as) Cipa Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) ( ) não se ( ) segue as (x) incentiva e ( ) não se ( ) seguirá as (x) incentivará e trabalhadores(as), a empresa: envolve normas da OIT segue a OIT envolverá normas da OIT seguirá a OIT A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e (x) todos(as) ( ) direção ( ) direção e (x) todos(as) gerências empregados(as) gerências empregados(as) A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e (x) todos(as) ( ) direção ( ) direção e (x) todos(as) gerências empregados(as) gerências empregados(as) Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental ( ) não são (x) são ( ) são exigidos ( ) não serão (x) serão ( ) serão exigidos adotados pela empresa: considerados sugeridos considerados sugeridos Quanto à participação de empregados(as) em ( ) não se ( ) apóia (x) organiza e ( ) não se ( ) apoiará (x) organizará e programas de trabalho voluntário, a empresa: envolve incentiva envolverá incentivará Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2010: 2.397.906 Em 2009: 2.509.580 Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 19,23% governo 48,26% colaboradores(as) 1,59% governo 48,28% colaboradores(as) 6,49% acionistas 8,59% terceiros 17,43 % retido 9,12% acionistas 13,79% terceiros 27,22% retido 18
  • 20. Balanços Patrimoniais Individuais e Consolidados Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de Janeiro de 2009 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado ATIVO Nota 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 7 1.668.509 2.131.274 3.101.535 2.321.199 2.772.618 4.254.999 Instrumentos financeiros ativos 8 729.596 809.240 521.302 1.222.198 1.660.803 889.871 Contas a receber de clientes, líquidas 9 231.494 278.847 395.968 580.781 708.465 1.048.806 Contas a receber de sociedades controladas 167.165 94.306 208.325 - - - Instrumentos financeiros derivativos 40 - 10.247 2.569 11.320 22.148 69.960 Financiamento a clientes 10 3.926 - - 34.061 19.572 20.123 Contas a receber vinculadas 11 - - - 19.379 20.960 26.886 Estoques 12 2.828.801 3.123.262 5.233.944 3.654.591 4.245.983 6.847.595 Outros ativos 13 354.032 296.393 392.823 458.797 374.844 561.144 5.983.523 6.743.569 9.856.466 8.302.326 9.825.393 13.719.384 NÃO CIRCULANTE Contas a receber de clientes 9 - - - 1.162 807 13.689 Contas a receber de sociedades controladas 879.877 1.176.606 2.203.783 - - - Instrumentos financeiros ativos 8 - 505 473 86.788 43.339 159.633 Financiamento a clientes 10 124.282 53.866 77.009 83.398 72.316 264.539 Contas a receber vinculadas 11 - - - 877.435 825.288 1.091.720 Estoques 12 - - - 8.171 11.257 18.600 Outros ativos 13 491.489 313.820 367.116 395.097 319.365 384.665 Depósitos em garantia 14 335.088 342.230 18.691 774.503 880.306 1.152.636 Imposto de renda e contribuição social diferidos 37 196.303 267.726 - 231.750 298.910 25.506 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - - 25.787 20.680 - Investimentos 15 2.269.009 2.450.966 2.867.685 8 9 10 Imobilizado 17 865.712 958.831 1.291.557 2.001.074 1.917.645 2.476.351 Intangível 18 1.133.833 1.203.166 1.531.270 1.193.515 1.263.158 1.612.378 6.295.593 6.767.716 8.357.584 5.678.688 5.653.080 7.199.727 TOTAL DO ATIVO 12.279.116 13.511.285 18.214.050 13.981.014 15.478.473 20.919.111 PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 21 1.079.498 848.140 2.212.076 1.250.029 1.038.345 2.506.226 Financiamentos 20 27.218 810.204 930.096 120.883 1.031.494 1.259.671 Dívidas com e sem direito de regresso 11 - - - 186.314 236.699 321.753 Contas a pagar 22 80.008 114.890 89.830 140.694 188.194 163.506 Contas a pagar a sociedades controladas 18.802 52.892 109.584 - - - Contribuições de parceiros 23 - - - 1.474 1.540 5.823 Adiantamentos de clientes 24 1.141.302 1.148.970 2.401.225 1.298.699 1.328.138 2.658.708 Impostos e encargos sociais a recolher 25 106.378 89.559 81.366 132.538 112.976 134.468 Imposto de renda e contribuição social 25 1.713 5.599 - 16.658 23.617 13.542 Instrumentos financeiros derivativos 40 730 837 389.072 1.390 881 389.072 Provisões diversas 26 426.726 315.844 413.061 515.844 406.527 498.813 Provisões para contingências 27 11.854 17.451 20.957 12.572 18.203 22.137 Dividendos 29 82.331 208.256 188 82.331 208.256 2.001 Receitas diferidas 217.241 282.771 382.700 220.856 194.328 264.259 3.193.801 3.895.413 7.030.155 3.980.282 4.789.198 8.239.979 NÃO CIRCULANTE Financiamentos 20 2.107.367 2.381.163 2.696.902 2.269.723 2.552.489 3.039.870 Dívidas com e sem direito de regresso 11 - - - 597.254 647.033 857.391 Contas a pagar 22 10.885 10.887 13.286 45.971 43.550 51.684 Contribuições de parceiros 23 27.974 117.911 65.484 27.974 117.911 103.453 Adiantamentos de clientes 24 353.565 682.944 1.039.978 353.565 693.201 1.049.800 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - - 2.342 7.210 - Impostos e encargos sociais a recolher 25 755.085 743.456 795.552 755.254 743.573 802.884 Imposto de renda e contribuição social diferidos 37 - - 70.785 18.998 28.202 85.202 Garantia financeira 39 365.795 447.659 404.195 365.795 447.659 404.195 Provisões diversas 26 83.318 145.160 171.939 82.729 143.781 171.939 Provisões para contingências 27 110.260 83.600 73.125 115.459 87.628 93.190 Receitas diferidas 224.930 140.565 113.828 147.911 157.226 117.209 4.039.179 4.753.345 5.445.074 4.782.975 5.669.463 6.776.817 TOTAL DO PASSIVO 7.232.980 8.648.758 12.475.229 8.763.257 10.458.661 15.016.796 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 29 Capital social 4.789.617 4.789.617 4.789.617 4.789.617 4.789.617 4.789.617 Ações em tesouraria (320.250) (320.250) (320.250) (320.250) (320.250) (320.250) Reservas de lucros 2.372.289 2.239.478 1.578.001 2.372.289 2.239.478 1.487.677 Remuneração baseada em ações 5.809 - - 5.809 - - Ajuste de avaliação patrimonial (1.801.329) (1.561.265) (1.758) (1.801.329) (1.561.265) (1.758) Prejuízos acumulados - (285.053) (306.789) - (285.053) (216.465) 5.046.136 4.862.527 5.738.821 5.046.136 4.862.527 5.738.821 Participação de acionistas não controladores - - - 171.621 157.285 163.494 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 5.046.136 4.862.527 5.738.821 5.217.757 5.019.812 5.902.315 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 12.279.116 13.511.285 18.214.050 13.981.014 15.478.473 20.919.111 As notas explicativas são parte integrante das demontrações financeiras. 19
  • 21. Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais, exceto quantidade de ações e lucros por ação) Controladora Consolidado Nota 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 RECEITAS LÍQUIDAS 8.130.393 9.284.481 9.380.625 10.871.275 Custo dos produtos e serviços vendidos (6.635.392) (7.655.651) (7.582.662) (8.759.483) LUCRO BRUTO 1.495.001 1.628.830 1.797.963 2.111.792 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Administrativas (254.818) (280.842) (346.061) (376.199) Comerciais (482.468) (503.514) (657.010) (601.119) Pesquisas (125.090) (110.757) (126.102) (110.855) Outras receitas (despesas), líquidas 33 82.500 (194.525) 16.730 (256.879) Equivalência patrimonial 15 (69.943) 147.191 - - RESULTADO OPERACIONAL 645.182 686.383 685.520 766.740 Receitas (despesas) financeiras, líquidas 35 24.435 (21.287) 30.885 16.301 Variações monetárias e cambiais, líquidas 36 (16.602) (94.045) (1.350) (135.824) LUCRO ANTES DO IMPOSTO 653.015 571.051 715.055 647.217 Imposto de renda e contribuição social 37 (79.423) 341.042 (114.877) 290.054 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 573.592 912.093 600.178 937.271 Lucro atribuído aos: Acionistas da Embraer - - 573.592 912.093 Acionistas não-controladores - - 26.586 25.178 Média ponderada das ações em circulação no exercício (em milhares) Básico 31 723.665 723.665 723.665 723.665 Diluído 31 724.019 723.665 724.019 723.665 Lucro por ação (em Reais) Básico 31 0,7926 1,2604 0,7926 1,2604 Diluído 31 0,7922 1,2604 0,7922 1,2604 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações Individuais e Consolidadas do Resultado Abrangente Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Lucro líquido do exercício 573.592 912.093 600.178 937.271 Ganho atuarial com as obrigações de benefícios pós-emprego (459) 10 (459) 10 Ajustes acumulados de conversão (239.605) (1.559.517) (251.855) (1.590.904) Itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido (240.064) (1.559.507) (252.314) (1.590.894) Total do resultado abrangente do exercício 333.528 (647.414) 347.864 (653.623) Lucro (prejuízo) atribuído aos: Acionistas da Embraer 333.528 (647.414) Acionistas não-controladores 14.336 (6.209) 347.864 (653.623) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 20
  • 22. Demonstração Individual da Controladora das Mutações do Patrimônio Líquido Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Ajustes de Reserva de lucros avaliação patrimonial Ganho atuarial com Remuneração Subvenção Dividendos Reserva para Lucros/ as obrigações Ajustes Total do Capital Ações em baseada em para Reserva adicionais investimentos e prejuízos de benefícios acumulados patrimônio Nota social tesouraria ações investimento legal propostos capital de giro acumulados pós-emprego de conversão líquido Em 1º de janeiro de 2009 4.789.617 (320.250) - 21.210 157.760 - 1.399.031 - - (4.124) 6.043.244 Ajustes das novas práticas 5 - - - - - - - (306.789) 2.366 - (304.423) Saldo de abertura ajustado 4.789.617 (320.250) - 21.210 157.760 - 1.399.031 (306.789) 2.366 (4.124) 5.738.821 Lucro líquido do exercício - - - - - - - 912.093 - - 912.093 Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - (1.559.517) (1.559.517) Outros resultados abrangentes - - - - - - - - 10 - 10 Total do resultado abrangente - - - - - - - 912.093 10 (1.559.517) (647.414) Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos - - - 13.495 - - - (13.495) - - - Reserva legal - - - - 44.518 - - (44.518) - - - Dividendos propostos (R$ 0,076 por ação) - - - - - - (55.200) - - (55.200) Juros sobre o capital próprio (R$ 0,24 por ação) - - - - - - (173.680) - - (173.680) Reserva para investimento e capital de giro - - - - - - 603.464 (603.464) - - - Em 31 de Dezembro de 2009 4.789.617 (320.250) - 34.705 202.278 - 2.002.495 (285.053) 2.376 (1.563.641) 4.862.527 Lucro líquido do exercício - - - - - - - 573.592 - - 573.592 Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - (239.605) (239.605) Outros resultados abrangentes - - - - - - - - (459) - (459) Total do resultado abrangente - - - - - - - 573.592 (459) (239.605) 333.528 Remuneração baseada em ações - - 5.809 - - - - - - - 5.809 Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos - - - 15.328 - - - (15.328) - - - Reserva legal - - - - 28.680 - - (28.680) - - - Juros sobre o capital próprio (R$ 0,28 por ação) - - - - - 45.255 - (200.983) - - (155.728) Reserva para investimento e capital de giro (ajustes de prática) - - - - - - (285.053) 285.053 - - - Reserva para investimento e capital de giro (resultado do exercício) - - - - - - 328.601 (328.601) - - - Em 31 de dezembro de 2010 4.789.617 (320.250) 5.809 50.033 230.958 45.255 2.046.043 - 1.917 (1.803.246) 5.046.136 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Atribuído aos acionistas Embraer Ajustes de Reserva de lucros avaliação patrimonial Ganho Reserva atuarial com Participação Remuneração Subvenção Dividendos para Lucros/ as obrigações Ajustes de acionistas Total do Capital Ações em baseada em para Reserva adicionais investimentos e prejuízos de benefícios acumulados não- patrimônio Nota social tesouraria ações investimento legal propostos capital de giro acumulados pós-emprego de conversão Total controladores líquido Em 1º de janeiro de 2009 4.789.617 (320.250) - 21.210 157.760 - 1.308.707 - - 13.487 5.970.531 - 5.970.531 Ajustes das novas práticas 5 - - - - - - 90.324 (306.789) 2.366 (17.611) (231.710) 163.494 (68.216) Saldo de abertura ajustado 4.789.617 (320.250) - 21.210 157.760 - 1.399.031 (306.789) 2.366 (4.124) 5.738.821 163.494 5.902.315 Lucro líquido do exercício - - - - - - - 912.093 - - 912.093 25.178 937.271 Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - (1.559.517) (1.559.517) (31.387) (1.590.904) Outros resultados abrangentes - - - - - - - - 10 - 10 - 10 Total do resultado abrangente - - - - - - - 912.093 10 (1.559.517) (647.414) (6.209) (653.623) Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos - - - 13.495 - - - (13.495) - - - - - Reserva legal - - - - 44.518 - - (44.518) - - - - - Dividendos propostos (R$ 0,076 por ação) - - - - - - - (55.200) - - (55.200) - (55.200) Juros sobre o capital próprio (R$ 0,24 por ação) - - - - - - - (173.680) - - (173.680) - (173.680) Reserva para investimento e capital de giro - - - - - - 603.464 (603.464) - - - - - Em 31 de dezembro de 2009 4.789.617 (320.250) - 34.705 202.278 - 2.002.495 (285.053) 2.376 (1.563.641) 4.862.527 157.285 5.019.812 Lucro líquido do exercício - - - - - - - 573.592 - - 573.592 26.586 600.178 Ajustes acumulados de conversão - - - - - - - - - (239.605) (239.605) (12.250) (251.855) Outros resultados abrangentes - - - - - - - - (459) - (459) - (459) Total do resultado abrangente - - - - - - - 573.592 (459) (239.605) 333.528 14.336 347.864 Remuneração baseada em ações - - 5.809 - - - - - - - 5.809 - 5.809 Destinação dos lucros: Subvenção para investimentos - - - 15.328 - - - (15.328) - - - - - Reserva legal - - - - 28.680 - - (28.680) - - - - - Juros sobre o capital próprio (R$ 0,28 por ação) - - - - - 45.255 - (200.983) - - (155.728) - (155.728) Reserva para investimento e capital de giro (ajustes de prática) - - - - - - (285.053) 285.053 - - - - - Reserva para investimento e capital de giro (resultado do exercício) - - - - - - 328.601 (328.601) - - - - - Em 31 de dezembro de 2010 4.789.617 (320.250) 5.809 50.033 230.958 45.255 2.046.043 - 1.917 (1.803.246) 5.046.136 171.621 5.217.757 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 21
  • 23. Demonstrações Individuais e Consolidadas do Valor Adicionado Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 RECEITAS Vendas brutas de mercadorias, produtos e serviços 8.195.243 9.318.014 9.450.053 10.903.944 Provisão p/ devedores duvidosos - reversão e constituição (2.475) (501) (22.762) (4.640) Receitas relativas à construção de ativos próprios 111.339 219.378 160.682 263.000 Outras receitas 141.253 155.194 163.526 162.007 8.445.360 9.692.085 9.751.499 11.324.311 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Matérias-primas consumidas (4.907.860) (5.864.969) (5.673.584) (6.616.806) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.002.915) (1.353.298) (1.234.100) (1.591.542) (5.910.775) (7.218.267) (6.907.684) (8.208.348) VALOR ADICIONADO BRUTO 2.534.585 2.473.818 2.843.814 3.115.963 Depreciação e amortização (276.090) (340.113) (383.595) (452.148) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 2.258.495 2.133.705 2.460.219 2.663.815 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado da equivalência patrimonial (69.943) 147.191 - - Receitas financeiras 209.355 228.684 246.826 302.771 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 2.397.907 2.509.580 2.707.045 2.966.586 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal 1.157.304 1.211.526 1.359.157 1.467.619 Impostos, taxas e contribuições 387.172 406.103 448.663 486.869 Débitos (créditos) tributários IR/CSSL 73.970 (366.102) 55.053 (367.580) Juros e aluguéis 205.869 345.960 243.994 442.408 Juros sobre capital próprio e dividendos 155.728 228.880 155.728 228.880 Lucros retidos do exercício 417.864 683.213 417.864 683.213 Participação dos não-controladores - - 26.586 25.177 VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO 2.397.907 2.509.580 2.707.045 2.966.586 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações Individuais e Consolidadas do Fluxo de Caixa Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 (Em milhares de reais) Controladora Consolidado Nota 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Atividades operacionais: Lucro líquido do exercício 573.592 912.093 600.178 937.271 Itens que não afetam o caixa: Depreciações 17 79.679 130.887 179.819 228.341 Amortizações 18 196.411 209.226 203.776 223.807 Provisão (reversão/baixa) para obsolescência dos estoques 12 (30.472) 21.619 (7.744) 50.451 Provisão ajuste valor de mercado - - 108.094 12.255 Imposto de renda e contribuição social diferidos 73.970 (366.103) 55.053 (367.579) Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos (16.390) 11.391 (17.489) 39.026 Equivalência patrimonial 15 69.943 (147.191) - - Remuneração em ações 5.809 - 5.809 - Variação monetária e cambial, líquidas 4.622 142.653 13.169 163.217 Garantia de valor residual 4.619 (1.916) 4.619 (1.917) Outros (6.856) (430) 23.726 23.817 Variação nos ativos e passivos circulantes: Instrumentos financeiros ativos 54.461 (426.251) 362.101 (956.171) Contas a receber e contas a receber vinculadas 208.051 649.805 (4.864) 132.406 Financiamento a clientes (82.374) 4.027 (29.091) 132.144 Estoques 170.393 705.461 181.229 744.196 Outros ativos (234.319) (398.186) (89.146) 85.063 Fornecedores 293.610 (853.104) 275.401 (902.817) Dívida com direito de regresso - - (64.543) 4.195 Contas a pagar (58.501) (2.021) (73.764) 50.085 Contribuição de parceiros 27.363 200.504 29.590 179.132 Adiantamentos de clientes (270.632) (849.590) (312.435) (853.719) Impostos a recolher 15.438 18.017 16.700 1.457 Garantias financeiras (68.031) (30.700) (68.031) (30.700) Provisões e contingências 79.859 (210.856) 79.519 (184.321) Receitas diferidas 39.361 60.967 34.643 74.731 Participação dos não-controladores - - (4.777) 11.507 Caixa (usado) gerado nas atividades operacionais 1.129.606 (219.698) 1.501.542 (204.123) Atividades de investimento: Venda de imobilizado 34.098 2.894 50.314 49.925 Adições ao imobilizado 17 (51.718) (132.001) (260.264) (389.417) Adições ao intangível 18 (297.552) (414.291) (313.087) (435.115) Adição investimentos em subsidiárias 15 (16.215) (178.834) - - Títulos e valores mobiliários - - 17.626 - Dividendos recebidos 64 - - - Caixa restrito para construção de ativos - - - (5.466) Caixa (usado) nas atividades de investimento (331.323) (722.232) (505.411) (780.073) Atividades financeiras: Financiamentos pagos (2.460.778) (2.328.526) (2.766.623) (2.946.469) Novos financiamentos obtidos 1.492.016 2.367.839 1.636.351 2.810.316 Dividendos e juros s/ capital próprio (281.557) - (280.732) - Subvenção para investimentos 42 - (39) - Caixa (usado) gerado nas atividades financeiras (1.250.277) 39.313 (1.411.043) (136.153) (REDUÇÃO) LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (451.994) (902.617) (414.912) (1.120.349) EFEITO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (10.771) (67.644) (36.507) (362.032) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 2.131.274 3.101.535 2.772.618 4.254.999 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.668.509 2.131.274 2.321.199 2.772.618 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 22
  • 24. Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras Para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2008 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1 CONTEXTO OPERACIONAL A Embraer S.A. (“Embraer” ou “Controladora”; de forma conjunta com suas controladas como “Consolidado” ou a “Companhia”) é uma sociedade por ações com sede na Cidade de São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil e tem como atividade preponderante o desenvolvimento, a produção e a comercialização de jatos e turboélices para aviação civil e de defesa, de aviões para uso agrícola, de partes estruturais, de sistemas mecânicos e hidráulicos, serviços aeronáuticos e atividades técnicas vinculadas à produção e manutenção de material aeroespacial. Em 16 de setembro de 2010, foi aprovado pelo Conselho de Administração e em 19 de novembro de 2010, pelos acionistas, a proposta de alteração do objeto social e da razão social da Controladora que passou a se chamar Embraer S.A. A proposta foi submetida ao membro do Conselho de Administração eleito pela União Federal, assim como ao Ministério da Fazenda, os quais se manifestaram favoravelmente à matéria. Foram incluídas e adicionadas as seguintes atividades ao seu objeto social: i) Projetar, construir e comercializar equipamentos, materiais, sistemas, softwares, acessórios e componentes para as indústrias de defesa, de segurança e de energia, bem como promover ou executar atividades técnicas vinculadas à respectiva produção e manutenção, mantendo os mais altos padrões de tecnologia e qualidade; e ii) Executar outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços correlatos às indústrias de defesa, de segurança e de energia. As ações da Companhia estão registradas no mais elevado nível de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (“BM&FBOVESPA”), denominado Novo Mercado (“Novo Mercado”). Também, a Companhia possui American Depositary Shares (evidenciadas pelo American Depositary Receipt-“ADR”) registrados na U.S. Securities Exchange Commission (“SEC”). A Companhia não tem grupo controlador e seu capital compreende apenas ações ordinárias. A Companhia possui subsidiárias integrais consolidadas e/ou escritórios de representação comercial, que estão localizados no Brasil, Estados Unidos, França, Espanha, Portugal, China e Singapura, e são principalmente envolvidos em vendas, marketing e pós-vendas de serviços/manutenção. As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Companhia em 17 de março de 2011. 2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS 2.1. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Estas demonstrações financeiras incluem as demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com os International Financial Accounting Standards – IFRS e as demonstrações financeiras individuais da Controladora, preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais diferem do IFRS somente no que se refere a avaliação dos investimentos em controladas pelo método da equivalência patrimonial, uma vez que, para o IFRS é utilizado o método do custo ou valor justo. a) Base de preparação As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e ajustadas para refletir a avaliação de ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas críticas. Isso requer da administração julgamento para aplicação das políticas contábeis da Companhia. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à contabilização de certos ativos, passivos e outras transações. As áreas envolvendo alto grau de julgamento ou complexidade, ou ainda áreas onde premissas e estimativas são relevantes para preparação das demonstrações financeiras estão descritas na (Nota 3). Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. b) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (“IFRS”) emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Os IFRS compreendem (i) os IFRS, (ii) os International Accounting Standard (“IAS”), e (iii) as Interpretações originadas do International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou anteriormente Standing Interpretations Committee (“SIC”). As demonstrações financeiras consolidadas apresentadas de acordo com os IFRS são equivalentes às apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (“BR GAAP”). Estas demonstrações financeiras consolidadas são as primeiras apresentadas de acordo com os IFRS pela Companhia. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente pela Companhia (“antigo padrão contábil brasileiro”) e os IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente, estão descritas na (Nota 5). As demonstrações financeiras consolidadas incluem os saldos das contas da (i) Controladora e de todas as subsidiárias que a Embraer, direta ou indiretamente, tem a maioria no capital da subsidiária ou o controle de gestão, (ii) entidades de propósitos específicos (EPEs) que a Companhia tem controle e (iii) fundo de investimentos exclusivos, como segue: ELEB - Equipamentos Ltda. - “ELEB” - localizada em São José dos Campos, Estado de São Paulo, Brasil, com participação da Embraer de 99,99% no capital social dessa subsidiária. A ELEB produz e vende equipamentos hidráulicos e mecânicos de alta precisão para serem utilizados na indústria aeronáutica, substancialmente em aeronaves da Embraer, e possui como subsidiária integral a ELEB Aerospace, Inc. domiciliada em Delaware, Estados Unidos, com base operacional no Estado de Kansas, Estados Unidos, cujas atividades estão em fase de encerramento. Embraer Aircraft Holding Inc. - “EAH” - subsidiária integral, domiciliada em Fort Lauderdale, Estados Unidos, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias localizadas nos Estados Unidos: • Embraer Aircraft Customer Services, Inc. - “EACS” - realiza vendas de peças de reposição, serviços e apoio ao produto a clientes nos Estados Unidos, Canadá e Caribe. • Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. - “EAMS” - tem como atividade a prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes. • Embraer Training Services - “ETS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, engloba atividades corporativas e institucionais e tem como subsidiária a Embraer CAE Training Services – “ECTS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, controlada pela ETS com participação de 51% no capital social e tem como atividade a prestação de serviços de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação. • Embraer Executive Jet Services, LLC - “EEJS” - domiciliada em Delaware – Estados Unidos, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda e manutenção de aeronaves executivas. • Embraer Services Inc. - “ESI” - presta suporte nos Estados Unidos da América aos programas do mercado de defesa e comercial. • Embraer Executive Aircraft, Inc. - constituída em 2008, está domiciliada em Delaware, com base operacional em Melbourne, Flórida, nos Estados Unidos, tem como atividade a montagem final e entrega do jato executivo Phenom. Embraer Ásia Pacific PTE. Ltd. - “EAP” – subsidiária integral, domiciliada em Cingapura, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda na Ásia. Embraer Austrália PTY Ltd. - “EAL” - subsidiária integral, domiciliada em Melbourne, Austrália, tem como objetivo prestar serviços de suporte pós-venda para os clientes da Oceania, Ásia e região. Atualmente as atividades dessa subsidiária estão paralisadas. Embraer Aviation Europe SAS - “EAE” - subsidiária integral, situada em Villepinte, França, engloba atividades corporativas e institucionais e tem as seguintes subsidiárias: • Embraer Aviation International SAS - “EAI” - domiciliada em Villepinte, França, realiza venda de peças e presta serviços de suporte pós-venda na Europa, África e no Oriente Médio. • Embraer Europe SARL - “EES” - domiciliada em Villepinte, França, tem como atividade a representação comercial da Companhia na Europa, África e no Oriente Médio. Embraer Credit Ltd. - “ECL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos, tem como atividade o apoio às operações de comercialização de aeronaves. Embraer GPX Ltda. – “GPX” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, constituída em 2006, localizada em Gavião Peixoto, São Paulo, Brasil, tem como atividade principal à exploração de serviços de manutenção de aeronaves, tendo iniciado suas operações em outubro de 2009. Embraer Overseas Ltd. – “EOS” - subsidiária integral, domiciliada nas Ilhas Cayman, tem atividade restrita à realização de operações financeiras, incluindo a captação e aplicação de recursos, operações de mútuo para as empresas do Grupo Embraer. 23
  • 25. Embraer Representation LLC - “ERL” - subsidiária integral, domiciliada em Delaware, Estados Unidos, tem como atividade a representação comercial e institucional da Companhia. Embraer Spain Holding Co. SL - “ESH” - subsidiária integral, domiciliada na Espanha, tem como objetivo coordenar os investimentos em subsidiárias no exterior, inclusive aquelas voltadas às atividades de suporte à comercialização de aeronaves e gestão dos ativos provenientes dessas operações. As atividades da ESH são operacionalizadas por suas seguintes subsidiárias: • Airholding SGPS, S.A. - domiciliada em Portugal, com participação da ESH de 70% no seu capital social, possui como atividade preponderante à participação em 65% do capital votante da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. (“OGMA”), uma companhia portuguesa de manutenção e produção aeronáutica, que tem como acionista também a Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF, com 35% do capital votante. • ECC Investment Switzerland AG - domiciliada na Suíça, possui participação de 100% no capital das subsidiárias ECC Insurance & Financial Co. Ltd. – “ECC Insurance” e “Embraer Finance Ltd. - EFL”. • ECC Insurance & Finance Co. - domiciliada nas Ilhas Cayman, é uma companhia cativa de seguros que tem por objetivo cobrir as garantias financeiras oferecidas aos clientes e/ou agentes financiadores envolvidos nas estruturas de vendas de aeronaves da Companhia. • Embraer Finance Ltd. – “EFL” - domiciliada nas Ilhas Cayman, apóia os clientes na obtenção de financiamentos de terceiros assim como fornece suporte em algumas atividades de compra e venda da Companhia. • ECC Leasing Co. Ltd. - domiciliada na Irlanda, cujas atividades são arrendamento e comercialização de aeronaves usadas. • Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - “HEAI” - com sede na cidade de Harbin, na China, destina-se a fabricar aviões visando atender às demandas do mercado de transporte aéreo da China. • Embraer CAE Training Services (UK) Ltd. - constituída em 2009, está domiciliada em Burges Hill – Reino Unido, com participação de 51% no capital social, tem como objetivo prestar serviço de treinamento de pilotos, mecânicos e tripulação. • Embraer Portugal - SGPS S.A. - subsidiária integral constituída em 2008, está domiciliada em Évora, Portugal, tem como objetivo coordenar os investimentos e atividades econômicas em suas subsidiárias naquele país. • Embraer-Portugal Estruturas Metálicas S.A. - constituída em 2008, está domiciliada em Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem, manutenção e comercialização de peças, componentes e conjuntos metálicos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de produtos metálicos. • Embraer-Portugal Estruturas em Compósitos S.A. – constituída em 2008, está domiciliada em Portugal, na cidade de Évora, tem como objeto social a fabricação, montagem e comercialização de estruturas a partir de peças e conjuntos em materiais compostos e a execução de outras atividades tecnológicas, industriais, comerciais e de serviços relacionados à indústria de produtos fabricados com materiais compostos e não metálicos. • Embraer (China) Aircraft Technical Services Co., Ltd. – “ECA” – domiciliada na China, em Beijing, tem como atividade a prestação de serviços de suporte pós-venda, manutenção e comercialização de peças e componentes a clientes na China. ECC do Brasil Cia. de Seguros – “ECC” - subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, domiciliada no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil, constituída em 2004 e aprovada pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP tem o objetivo de operar unicamente em seguros de crédito à exportação. Em 7 de dezembro , de 2007, o Conselho de Administração da Embraer aprovou a intenção de alienação da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia de Seguros. Em 7 de abril de 2009, a Embraer celebrou contrato de venda da totalidade das ações da ECC do Brasil Cia. de Seguros, com condição suspensiva de aprovação do negócio pela SUSEP Em 19 de janeiro de 2011 foi . concedida a aprovação pela SUSEP . Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. - “Neiva” – subsidiária com participação da Embraer de 99,99% no capital social, localizada em Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil, atualmente está envolvida na comercialização de aeronaves agrícolas, bem como de peças de reposição deste modelo de aeronave. Entidades de propósito específico - “EPEs” - a Companhia estrutura algumas de suas transações de financiamento de vendas de aeronaves por meio de EPEs, sobre as quais a Companhia não detém participação societária direta ou indiretamente. Mesmo não possuindo vínculo societário, a Companhia detém o controle das operações ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas de algumas dessas EPEs, consolidando, desta forma, essas EPEs nas suas demonstrações financeiras. As EPEs consolidadas são: PM Limited, Refine Inc., RS Limited, River One Ltd., Port One Ltd. e Table Inc.. As EPEs nas quais a Embraer não figura como Controladora não são consolidadas, com base em fundamentos e análises técnicas realizadas pela Administração. Fundos de investimentos exclusivos - “FIE” - em consonância com suas estratégias de negócios, a Companhia possui fundos de investimentos exclusivos, os quais estão consolidados nas demonstrações financeiras. Os títulos e investimentos mobiliários mantidos por meio desses fundos são registrados nas rubricas Caixa e equivalentes de caixa ou Instrumentos financeiros ativos, considerando os vencimentos originais dos títulos e as estratégias de investimento dos fundos, que prevêem a negociação desses títulos em prazos que caracterizam a liquidez imediata dos valores (Nota 7 e 8). c) Demonstrações financeiras da Controladora As demonstrações financeiras da Controladora foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base na Lei das Sociedades por Ações, nos Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) e são publicadas juntamente com as Demonstrações Financeiras consolidadas. O balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração da mutação do patrimônio líquido e a demonstração dos fluxos de caixa referentes ao exercício de 2009, originalmente preparados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil até 31 de dezembro de 2009, incluindo os Pronunciamentos Técnicos do CPC 01 ao 14, apresentados para fins de comparação, estão sendo reapresentados. 2.2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras estão definidas a seguir. As práticas contábeis foram consistentemente aplicadas para todos os períodos apresentados, exceto, quando diferentemente demonstrado. a) Consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas das seguintes entidades: (i) A Controladora e todas as subsidiárias nas quais possui participação majoritária, direta ou indiretamente, do capital da subsidiária e/ou controle administrativo; (ii) EPEs nas quais a Controladora não detém participação societária direta ou indiretamente, no entanto, detém o controle de suas operações ou participa de forma majoritária nos seus riscos e recompensas; (iii) Fundos de investimentos exclusivos - “FIE”. Todas as contas entre entidades do grupo e transações oriundas das entidades consolidadas foram eliminadas. b) Controladas Controladas são todas as entidades (inclusive EPEs) cujas políticas financeiras e operacionais podem ser conduzidas pela Companhia e normalmente evidenciadas por uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. A Companhia aplica a política de tratar as operações com participações não-Controladoras como operações entre acionistas. As baixas de participações não-Controladoras resultam em ganhos e perdas para a Companhia e são registradas no patrimônio líquido. O método de contabilização de compra é usado para registrar a aquisição de controladas pela Companhia. O custo de uma aquisição é mensurado segundo o valor justo dos ativos ofertados, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data em que o controle é transferido para a Companhia. Os custos relacionados com a aquisição são reconhecidos como despesa no período em que os custos são incorridos e os serviços recebidos. Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são registrados no resultado do período em que são incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos, as contingências e os passivos assumidos em uma combinação de negócios são inicialmente mensurados pelo seu valor justo na data de aquisição, independentemente da proporção de qualquer participação minoritária. O excedente do custo de aquisição que ultrapassar o valor justo da participação da Companhia nos ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio. Se o custo da aquisição for menor do que o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado. c) Moeda funcional e transações em moeda estrangeira A Administração, após análise das operações e negócios da Embraer, em relação principalmente aos fatores para determinação de sua moeda funcional, concluiu que o dólar (“US$” ou “dólar”) é a sua moeda funcional. Esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores: 24
  • 26. • Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços; • Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos e serviços; • Moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para fornecimento de produtos ou serviços; • Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e • Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais. Os valores em reais apresentados nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia foram mensurados utilizando-se a moeda funcional dólar, que melhor reflete o ambiente econômico no qual a Controladora está inserida e a forma como é, de fato, administrada. A moeda funcional das entidades controladas pela Embraer é aquela do ambiente econômico do país em que estão inseridas exceto suas subsidiárias ELEB Equipamentos Ltda., Embraer Aviation Europe SAS, Embraer Asia Pacific Pte. Ltd., Embraer Spain Holding CO SL Airholding SGPS AS e ECC Investment Switzerland AG, que possuem a moeda funcional dólar. d) Moeda de apresentação das demonstrações financeiras Em atendimento à legislação brasileira, estas demonstrações financeiras estão sendo apresentadas em reais, convertendo-se as demonstrações financeiras preparadas na moeda funcional da Companhia para reais, utilizando os seguintes critérios: • Ativos e passivos pela taxa de câmbio de fechamento do exercício; • Contas do resultado, do resultado abrangente, demonstração dos fluxos de caixa e do valor adicionado pela taxa média mensal; • Patrimônio líquido ao valor histórico de formação. As variações cambiais resultantes da conversão acima referidas são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido denominada, “Ajustes acumulados de conversão”. Demonstramos a seguir os balanços patrimoniais consolidados, demonstrações consolidadas dos resultados e os fluxos de caixa consolidados em moeda funcional (dólares) e convertidos para a moeda de apresentação (reais). Balanços Patrimoniais Consolidados 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 ATIVO US$ R$ US$ R$ US$ R$ CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 1.393.110 2.321.199 1.592.360 2.772.618 1.820.710 4.254.999 Instrumentos financeiros ativos 733.524 1.222.198 953.826 1.660.803 380.775 889.871 Contas a receber de clientes, líquidas 348.566 580.781 406.883 708.465 448.783 1.048.806 Instrumentos financeiros derivativos 6.794 11.320 12.720 22.148 29.936 69.960 Financiamento a clientes 20.442 34.061 11.241 19.572 8.610 20.123 Contas a receber vinculadas 11.631 19.379 12.038 20.960 11.504 26.886 Estoques 2.193.368 3.654.591 2.438.538 4.245.983 2.930.079 6.847.595 Outros ativos 275.356 458.797 215.281 374.844 240.113 561.144 4.982.791 8.302.326 5.642.887 9.825.393 5.870.510 13.719.384 NÃO CIRCULANTE Contas a receber de clientes 697 1.162 464 807 5.857 13.689 Instrumentos financeiros derivativos 15.477 25.787 11.877 20.680 - - Instrumentos financeiros ativos 52.087 86.788 24.890 43.339 68.307 159.633 Financiamento a clientes 50.053 83.398 41.532 72.316 113.196 264.539 Contas a receber vinculadas 526.608 877.435 473.977 825.288 467.146 1.091.720 Estoques 4.904 8.171 6.465 11.257 7.959 18.600 Outros ativos 237.125 395.097 183.416 319.365 164.598 384.665 Depósitos em garantia 464.832 774.503 505.574 880.306 493.212 1.152.636 Imposto de renda e contribuição social diferidos 139.089 231.750 171.669 298.910 10.914 25.506 Investimentos 5 8 5 9 4 10 Imobilizado 1.200.981 2.001.074 1.101.335 1.917.645 1.059.628 2.476.351 Intangível 716.309 1.193.515 725.452 1.263.158 689.935 1.612.378 3.408.167 5.678.688 3.246.656 5.653.080 3.080.756 7.199.727 TOTAL DO ATIVO 8.390.958 13.981.014 8.889.543 15.478.473 8.951.266 20.919.111 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 PASSIVO US$ R$ US$ R$ US$ R$ CIRCULANTE Fornecedores 750.227 1.250.029 596.339 1.038.345 1.072.411 2.506.226 Financiamentos 72.550 120.883 592.404 1.031.494 539.012 1.259.671 Dívidas com e sem direito de regresso 111.820 186.314 135.940 236.699 137.678 321.753 Contas a pagar 84.439 140.694 108.084 188.194 69.963 163.506 Contribuições de parceiros 885 1.474 884 1.540 2.492 5.823 Adiantamentos de clientes 779.438 1.298.699 762.772 1.328.138 1.137.659 2.658.708 Impostos e encargos sociais a recolher 79.545 132.538 64.884 112.976 57.539 134.468 Imposto de renda e contribuição social 9.998 16.658 13.563 23.617 5.795 13.542 Instrumentos financeiros derivativos 834 1.390 506 881 166.484 389.072 Provisões diversas 309.594 515.844 233.475 406.527 213.442 498.813 Provisão para contingência 7.545 12.572 10.454 18.203 9.472 22.137 Dividendos 49.412 82.331 119.605 208.256 857 2.001 Receitas diferidas 132.551 220.856 111.606 194.328 113.076 264.259 2.388.838 3.980.282 2.750.516 4.789.198 3.525.880 8.239.979 NÃO CIRCULANTE Financiamentos 1.362.215 2.269.723 1.465.937 2.552.489 1.300.757 3.039.870 Dívidas com e sem direito de regresso 358.453 597.254 371.602 647.033 366.877 857.391 Contas a pagar 27.590 45.971 25.012 43.550 22.115 51.684 Contribuições de parceiros 16.789 27.974 67.718 117.911 44.267 103.453 Adiantamentos de clientes 212.199 353.565 398.117 693.201 449.208 1.049.800 Instrumentos financeiros derivativos 1.406 2.342 4.141 7.210 - - Impostos e encargos sociais a recolher 453.279 755.254 427.046 743.573 343.553 802.884 Imposto de renda e contribuição social diferidos 11.402 18.998 16.197 28.202 36.458 85.202 Garantia financeira 219.539 365.795 257.098 447.659 172.955 404.195 Provisões diversas 49.650 82.729 82.576 143.781 73.573 171.939 Provisão para contingência 69.295 115.459 50.326 87.628 39.876 93.190 Receitas diferidas 88.771 147.911 90.296 157.226 50.152 117.209 2.870.588 4.782.975 3.256.066 5.669.463 2.899.791 6.776.817 TOTAL DO PASSIVO 5.259.426 8.763.257 6.006.582 10.458.661 6.425.671 15.016.796 25
  • 27. 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 US$ R$ US$ R$ US$ R$ PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 1.438.007 4.789.617 1.438.007 4.789.617 1.438.007 4.789.617 Ações em tesouraria (183.743) (320.250) (183.743) (320.250) (183.743) (320.250) Reservas de lucros 1.759.935 2.372.289 1.607.464 2.239.478 1.287.779 1.487.677 Remuneração baseada em ações 3.399 5.809 - - - - Ajustes de avaliação patrimonial 10.932 (1.801.329) 17.005 (1.561.265) 13.754 (1.758) Prejuízos acumulados - - (86.103) (285.053) (100.161) (216.465) 3.028.530 5.046.136 2.792.630 4.862.527 2.455.636 5.738.821 Participação de acionistas não-controladores 103.002 171.621 90.331 157.285 69.959 163.494 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 3.131.532 5.217.757 2.882.961 5.019.812 2.525.595 5.902.315 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.390.958 13.981.014 8.889.543 15.478.473 8.951.266 20.919.111 Demonstrações Consolidadas do Resultado 31.12.2010 31.12.2009 US$ R$ US$ R$ RECEITAS LÍQUIDAS 5.364.068 9.380.625 5.497.756 10.871.275 Custo dos produtos vendidos (4.338.122) (7.582.662) (4.428.428) (8.759.483) LUCRO BRUTO 1.025.946 1.797.963 1.069.328 2.111.792 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Administrativas (197.487) (346.061) (191.258) (376.199) Comerciais (374.089) (657.010) (304.602) (601.119) Pesquisas (72.133) (126.102) (55.643) (110.855) Outras receitas (despesas), líquidas 9.416 16.730 (138.444) (256.879) RESULTADO OPERACIONAL 391.653 685.520 379.381 766.740 Receitas (despesas) financeiras líquidas 17.573 30.885 10.247 16.301 Variações monetárias e cambiais, líquidas (1.080) (1.350) (68.834) (135.824) LUCRO ANTES DO IMPOSTO 408.146 715.055 320.794 647.217 Imposto de renda e contribuição social (62.714) (114.877) 158.147 290.054 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 345.432 600.178 478.941 937.271 Lucro atribuído aos: Acionistas da Embraer 330.265 573.592 465.195 912.093 Acionistas não-controladores 15.167 26.586 13.746 25.178 Demonstrações Consolidadas do Fluxo de Caixa 31.12.2010 31.12.2009 US$ R$ US$ R$ Atividades operacionais: Lucro líquido do exercício 345.432 600.178 478.942 937.271 Itens que não afetam o caixa: Depreciações 102.965 179.819 115.178 228.341 Amortizações 116.228 203.776 114.067 223.807 Provisão (reversão/baixa) para obsolescência dos estoques (5.574) (7.744) 29.400 50.451 Provisão ajuste valor de mercado 62.331 108.094 6.100 12.255 Imposto de renda e contribuição social diferidos 28.691 55.053 (186.880) (367.579) Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos (10.159) (17.489) 21.913 39.026 Remuneração em ações 3.399 5.809 - - Variação monetária e cambial, líquidas 7.321 13.169 82.248 163.217 Garantia de valor residual 2.743 4.619 (1.133) (1.917) Outros 13.459 23.726 9.298 23.817 Variação nos ativos e passivos circulantes: Instrumentos financeiros ativos 220.037 362.101 (458.718) (956.171) Contas a receber e contas a receber vinculadas (1.716) (4.864) 73.089 132.406 Financiamento a Clientes (17.722) (29.091) 69.033 132.144 Estoques 118.538 181.229 473.917 744.196 Outros ativos (45.705) (89.146) 47.045 85.063 Fornecedores 153.096 275.401 (487.802) (902.817) Dívida com direito de regresso (37.269) (64.543) 2.987 4.195 Contas a pagar (42.894) (73.764) 29.710 50.085 Contribuição de parceiros 18.512 29.590 90.216 179.132 Adiantamentos de clientes (186.219) (312.435) (468.902) (853.719) Impostos a recolher 7.521 16.700 (7.383) 1.457 Garantias financeiras (40.303) (68.031) (15.464) (30.700) Provisões e contingências 44.320 79.519 (58.500) (184.321) Receitas diferidas 19.417 34.643 38.674 74.731 Participação dos não-controladores (2.496) (4.777) 6.626 11.507 Caixa (usado) gerado nas atividades operacionais 873.953 1.501.542 3.661 (204.123) Atividades de investimento: Venda de imobilizado 29.271 50.314 28.586 49.925 Adições ao imobilizado (149.640) (260.264) (184.686) (389.417) Adições ao intangível (178.685) (313.087) (219.448) (435.115) Títulos e valores mobiliários 10.659 17.626 - - Caixa restrito para construção de ativos - - (2.476) (5.466) Caixa usado nas atividades de investimento (288.395) (505.411) (378.024) (780.073) Atividades financeiras: Financiamentos pagos (1.583.374) (2.766.623) (1.498.473) (2.946.469) Novos financiamentos obtidos 942.755 1.636.351 1.474.591 2.810.316 Dividendos e juros s/ capital próprio (161.631) (280.732) - - Subvenção para investimentos - (39) - - Caixa usado nas atividades financeiras (802.250) (1.411.043) (23.882) (136.153) (REDUÇÃO) LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (216.692) (414.912) (398.245) (1.120.349) EFEITO DAS VARIAÇÕES CAMBIAIS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 17.442 (36.507) 169.895 (362.032) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.592.360 2.772.618 1.820.710 4.254.999 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.393.110 2.321.199 1.592.360 2.772.618 26
  • 28. e) Transações em moedas estrangeiras As transações efetuadas em outras moedas (diferentes da moeda funcional) são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados a ativos e passivos monetários são apresentados na demonstração do resultado como variações monetárias e cambiais, líquidas. f) Instrumentos financeiros Ativos financeiros - Classificação e mensuração A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: (i) mensurados ao valor justo por meio do resultado, incluindo instrumentos mantidos para negociação, (ii) disponíveis para venda, (iii) mantidos até o vencimento, e (iv) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financeiros são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. (i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação ativa e frequente. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em “Receitas (despesas) financeiras” no período em que ocorrem. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma rubrica do resultado afetada pela referida operação. Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra e venda. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções privilegiando informações de mercado e minimizando informações geradas pela Administração. (ii) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são não derivativos que são designados nessa categoria ou que não são classificados em nenhuma outra categoria. Eles são incluídos em ativos não circulantes, a menos que a administração pretenda alienar o investimento em até 12 meses após a data do balanço. Os ativos financeiros disponíveis para venda são contabilizados pelo valor justo. Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados com o uso do método da taxa de juros efetiva, são reconhecidos na demonstração do resultado como receitas financeiras. A parcela correspondente à variação no valor justo é lançada contra o patrimônio líquido, na conta ajustes de avaliação patrimonial, sendo realizada contra resultado quando da sua liquidação ou por perda considerada permanente (impairment). (iii) Investimentos mantidos até o vencimento Os investimentos em valores mobiliários que a Companhia tem habilidade e intenção em manter até a data de vencimento, são classificados como investimentos mantidos até o vencimento e são registrados pelo custo amortizado. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo. (iv) Empréstimos e recebíveis Incluem-se nessa categoria os empréstimos concedidos e os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem os empréstimos a coligadas, contas a receber de clientes, demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo. g) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa compreendem numerário em espécie, depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, usualmente com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação, com alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Incluem-se nesta classificação operações compromissadas e Certificados de Depósitos Bancários (“CDB”) com registro de liquidez diária na CETIP (Balcão Organizado de Ativos e Derivativos). h) Instrumentos financeiros ativos mensurados por meio do resultado Instrumentos financeiros ativos mensurados por meio do resultado são ativos financeiros adquiridos pela Companhia, principalmente para a finalidade de venda ou de recompra no curto prazo. Usualmente, incluem-se nesta classificação valores mobiliários com vencimentos originais acima de 90 dias na data da aplicação. i) Derivativos e atividades de hedge Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo, com as variações do valor justo lançadas contra o resultado, em “Receitas (despesas) financeiras” exceto quando o derivativo for designado como um instrumento de hedge. Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, nenhum instrumento derivativo foi designado como hedge accounting. j) Contas a receber de clientes As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e incluem valores das receitas de contratos de construção reconhecidas de acordo com os custos incorridos. São mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão para crédito de liquidação duvidosa. Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos por seus clientes, como em casos de dificuldades financeiras significativas do devedor, probabilidade de o devedor entrar com pedido de falência ou concordata e falta de pagamento ou inadimplência. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável. O valor contábil do ativo é reduzido pelo uso de uma conta de provisão, e o valor da perda é reconhecido na demonstração do resultado na rubrica de despesas comerciais. Quando uma conta a receber de clientes é incobrável, esta é baixada contra a provisão para contas a receber. As recuperações subsequentes de valores previamente baixados são creditadas contra despesas comerciais, na demonstração do resultado. O cálculo do valor presente, quando aplicável, é efetuado na data da transação com base numa taxa de juros que reflita o prazo e as condições de mercado da época. A Companhia não registra o ajuste a valor presente em virtude de não terem efeitos relevantes nas demonstrações financeiras. k) Financiamento a clientes Consiste participação em financiamentos concedidos nas vendas de algumas aeronaves e são contabilizados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que os ativos estão registrados por valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desses ativos. l) Contas a receber vinculadas e dívidas com e sem direito de regresso Algumas das transações de venda da Companhia são compostas por financiamentos estruturados, por meio dos quais uma EPE compra a aeronave, paga à Companhia o preço de compra, quando da sua entrega ou da conclusão do financiamento estruturado da venda, e transfere a aeronave objeto da compra ao cliente final. Uma instituição financeira financia a compra da aeronave através de uma EPE, parte do risco desse crédito permanece com a instituição financeira e a Companhia oferece garantias financeiras e/ou garantias de valor residual em favor da instituição. 27
  • 29. A Companhia classifica os riscos relativos a esta operação como sem direito de regresso quando parte do risco permanece com a instituição financiadora e com direito de regresso quando o risco permanece com a Companhia (Nota 11). m) Estoques Os estoques, incluindo as peças de reposição e aeronaves usadas, estão avaliados e demonstrados ao custo médio das compras ou produção, ou ao valor realizável líquido, entre esses o menor. O custo é determinado utilizando-se o método do custo médio ponderado. Estoques de produtos em elaboração e acabados compreendem matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção relacionadas e, quando aplicável, estão reduzidos ao valor líquido de realização após a dedução dos custos, dos impostos e das despesas estimadas de vendas. Uma provisão para potenciais perdas é constituída quando, com base na estimativa da Administração, os itens são definidos como obsoletos ou estocados em quantidades superiores àquelas a serem utilizadas em projetos. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. n) Investimentos Os investimentos em sociedades controladas são avaliados na Controladora pelo método da equivalência patrimonial. A participação da Companhia nos resultados das sociedades controladas é reconhecida no resultado do exercício como receita (ou despesa) operacional. No caso de variação cambial de investimentos no exterior, que apresentam moeda funcional diferente da Companhia, as variações no valor do investimento decorrentes exclusivamente de variação cambial são registradas na rubrica ajustes acumulados de conversão, no patrimônio líquido da Companhia, e somente são levados ao resultado do exercício quando o investimento for vendido ou baixado para perda. Para o cálculo da equivalência patrimonial, os lucros não realizados nas operações com controladas são integralmente eliminados, tanto nas operações de venda da controlada para a Controladora ou entre as controladas; perdas não realizadas geralmente não são eliminadas, uma vez que se constituem em evidência de necessidade de reconhecimento de provisão para “IFRS” desses ativos. Quando necessário, as práticas contábeis das controladas são alteradas para garantir consistência com as práticas adotadas pela Companhia. Os lucros não realizados nas vendas da Controladora para suas controladas são eliminados no resultado da Controladora nas contas de vendas e custos entre partes relacionadas contra a conta de receitas diferidas no passivo. o) Imobilizado Os bens do imobilizado são avaliados pelo valor do custo de aquisição, formação ou construção, deduzido da depreciação acumulada e das perdas por impairment. A depreciação é calculada pelo método linear, exceto para as peças de reposição ao programa “Exchange pool”, com base na vida útil estimada para o ativo. Esta estimativa leva em conta o tempo pelo qual o ativo trará retorno financeiro para a Companhia sendo revisada anualmente. As taxas utilizadas pela Companhia são divulgadas na (Nota 17). Terrenos não são depreciados. A Companhia atribui valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição de aeronaves constantes do programa “Exchange Pool”. Para os demais ativos a Companhia não atribui valor residual, uma vez que devido a característica desses ativos e de sua utilização, é pouco comum a baixa de quantidade de ativos vendidos e quando isso acontece, normalmente os ativos são realizados por valores irrelevantes. Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Materiais alocados a projetos específicos são adicionados a imobilizações em andamento para, posteriormente, serem transferidos para as contas definitivas do imobilizado. Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação do valor de venda com o valor contábil e são reconhecidos na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas na demonstração do resultado. Segue abaixo resumo da descrição dos itens que compõem o ativo imobilizado: • Terrenos - compreendem áreas onde estão principalmente os edifícios industriais, de engenharia e administrativos. • Edifícios e benfeitorias em terrenos – Edifícios compreendem principalmente fábricas, engenharia e escritórios e benfeitorias compreendem estacionamentos, arruamentos, rede de água e esgoto. • Instalações - compreendem as instalações industriais auxiliares que direta ou indiretamente suportam as operações industriais da Companhia, assim como instalações das áreas de engenharia e administrativa. • Máquinas e equipamentos – compreendem principalmente os maquinários e outros equipamentos utilizados direta ou indiretamente no processo fabril. • Móveis e utensílios – compreendem principalmente mobiliários e utensílios utilizados nas áreas produtivas, engenharia e administrativa. • Veículos – compreendem principalmente veículos industriais e automóveis. • Aeronaves – compreendem principalmente aeronaves que são arrendadas às companhias aéreas, além daquelas utilizadas pela Controladora para auxiliar nos ensaios de novos projetos. • Computadores e periféricos – compreendem equipamentos de informática utilizados principalmente no processo produtivo, engenharia e administrativo. • Imobilizações em andamento – compreendem principalmente obras para ampliação do parque fabril e centros de manutenção de aeronaves. • Pool de peças - compreende peças de reposição para uso exclusivo dos clientes que contrataram o Programa Exchange Pool. Esse Programa prevê que tais clientes podem trocar um componente danificado por outro em condições de funcionamento, conforme definido no Programa. Esse estoque é depreciado com base na estimativa de vida de sete a dez anos e um valor residual médio de 35%, que a Companhia acredita ser aproximadamente o tempo de utilização e valor de realização, respectivamente. p) Intangíveis (i) Pesquisa e desenvolvimento Os gastos com pesquisas são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos, compostos principalmente por gastos com desenvolvimento de produtos, incluindo desenhos, projetos de engenharia, construção de protótipos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos irão gerar benefícios econômicos futuros, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados a partir da ocasião em que os benefícios começam a ser gerados com base na entrega de aeronaves que se estima vender na implementação de cada projeto, sendo os montantes amortizados apropriados ao custo de produção. Revisões dessas estimativas são efetuadas na ocorrência de evidências que as justifiquem. No caso de projetos paralisados ou daqueles cuja realização é considerada improvável, os gastos diferidos são baixados ou reduzidos ao valor líquido estimado de recuperação. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa na rubrica de outras receitas (despesas), líquidas, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento previamente reconhecidos como despesa não são reconhecidos como ativo em período subsequente. (ii) Programas de computador (softwares) Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada. Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que, provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um ano, são reconhecidos como ativos intangíveis. q) Redução ao valor recuperável de ativos O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são revistos no mínimo anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. 28
  • 30. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente. No caso de ativos intangíveis em desenvolvimento, o teste de recuperação é feito independente de haver evidência de perda. r) Demais ativos circulantes e não circulantes Demonstrados aos valores de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos. s) Financiamentos Os empréstimos obtidos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação incorridos. Em seguida, os empréstimos obtidos são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido, pelo método da taxa de juros efetiva. As taxas pagas no estabelecimento de linhas de crédito são reconhecidas como custos da transação do empréstimo uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período de disponibilidade do empréstimo ao qual se relaciona. Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço. t) Arrendamentos A determinação sobre se uma transação é, ou contém, arrendamento mercantil, é baseada na essência da transação e exige a avaliação se (i) o cumprimento do acordo depende do uso de ativo ou ativo específico e (ii) o acordo transfere o direito de usar o ativo. (i) Arrendamento de aeronaves As aeronaves disponíveis para arrendamento ou arrendadas por meio de arrendamentos operacionais são registradas no balanço da Companhia como ativo imobilizado, sendo depreciadas ao longo da sua vida útil estimada. A receita de aluguel (líquida de qualquer incentivo dado aos arrendatários) é reconhecida pelo método linear pelo período do arrendamento. Aeronaves eventualmente arrendadas por meio de arrendamentos financeiros deixam de ser reconhecidas no ativo da Companhia após o início do arrendamento sendo a receita e o respectivo custo de venda reconhecidos na data da transação do arrendamento. (ii) Outros arrendamentos Os arrendamentos mercantis nos quais a Companhia permanece substancialmente com todos os riscos e benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fosse uma compra financiada reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). O imobilizado adquirido nos arrendamentos financeiros é depreciado pelas taxas divulgadas na (Nota 17). Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade permanecem com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento. u) Custo de empréstimos Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos são capitalizados como parte do custo destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimos são juros e outros custos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de recursos. v) Adiantamento de clientes Correspondem basicamente aos adiantamentos recebidos antes das entregas das aeronaves, denominados em grande parte na moeda funcional da Companhia. w) Ativos e passivos contingentes, obrigações legais e depósitos judiciais Ativos contingentes - não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Companhia julgar que o ganho é praticamente certo ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, sobre as quais não cabem mais recursos. Provisões para contingências – provisões são reconhecidas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável o que ocasionaria uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis não são reconhecidos contabilmente, sendo apenas divulgados nas demonstrações financeiras, e os classificados como remotos não são provisionados e nem divulgados. Obrigações legais - decorrem de obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade cujos montantes são reconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras. Depósitos judiciais - são atualizados monetariamente e apresentados como outros ativos. O montante registrado nas provisões é considerado suficiente para cobrir as estimativas de eventuais perdas para a Companhia. x) Benefícios a empregados (i) Contribuição definida A Controladora e suas subsidiárias patrocinam um plano de pensão fechado de contribuição definida para seus empregados. Para as empresas sediadas no Brasil, o plano que estava sendo administrado pelo Banco do Brasil S.A. – BB Previdência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar em 2010. (ii) Benefício médico pós-emprego A Companhia e suas subsidiárias proveem benefícios de assistência médica para seus aposentados, que tenham se aposentado em anos anteriores, não sendo mais concedido tal benefício para novos empregados. Os custos previstos para o oferecimento de benefícios médicos pós-emprego e a cobertura dos dependentes são provisionados durante os anos de prestação de serviços dos funcionários. A Companhia contabiliza esses benefícios reconhecendo no balanço o excesso ou a falta de provisão de fundos do plano de benefício médico pós-emprego, com base na diferença entre o valor justo do plano de ativos e a obrigação do benefício. A Companhia também reconhece alterações na provisão desse plano em outros resultados abrangentes, líquido de impostos, na medida que tais mudanças não são reconhecidas nos lucros como componentes do custo líquido do benefício. Esta provisão é revisada anualmente na data do balanço. O custo do plano de benefício médico pós-emprego é determinado usando o método de unidade de crédito e diversas premissas atuariais, sendo as mais significativas: a taxa de desconto, a taxa de longo prazo do retorno do ativo do plano e a taxa de tendência de custo médico. y) Lucro por ação Nas demonstrações financeiras, a Companhia divulga o lucro básico por ação e o lucro diluído por ação. O lucro básico por ação ordinária é calculado pela divisão do lucro líquido atribuído aos acionistas Embraer, disponível aos acionistas pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em aberto durante o período. O lucro por ação diluído é calculado de maneira similar ao lucro por ação básico, exceto pelo fato de que as quantidades de ações em circulação são ajustadas para refletir ações adicionais em circulação caso as ações com potencial de diluição atribuíveis a opções de compra de ações tivessem sido emitidas durante os períodos apresentados. z) Programa para outorga de opções de ações O programa para outorga de opções de ações instituído pela Companhia que recebe os serviços dos empregados e como retribuição efetua o pagamento através de instrumentos de capital próprio (opções de ações de sua emissão). O valor justo dos serviços dos empregados recebidos em troca da concessão das opções é reconhecido como despesa. O montante total a ser contabilizado é determinado pelo valor justo das opções outorgadas. A despesa total é reconhecida durante o período de aquisição, que é o período durante o qual todas as condições de aquisição sejam satisfeitas. No final de cada período, a Companhia revisa suas estimativas sobre o número de opções que se espera que sejam adquiridas. A Companhia reconhece o impacto da revisão de estimativas iniciais, se for o caso, na demonstração do resultado, com um ajuste correspondente em conta específica do patrimônio líquido. aa) Participação nos lucros A participação nos lucros pelos empregados, é vinculada ao lucro líquido da Companhia, e condicionada a atingimento de metas. Mensalmente são provisionados os valores apurados através da aplicação da proporção dos salários a pagar. As políticas determinadas para a participação nos lucros da Companhia estão descritas na (Nota 32). 29
  • 31. bb) Dividendos e juros sobre o capital próprio A proposta de distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório por lei somente é provisionado na data em que são aprovados em Assembleia pelos acionistas. Os juros sobre o capital próprio pagos ou provisionados são registrados na contabilidade como despesa financeira para fins fiscais. Entretanto, para fins de apresentação nas demonstrações financeiras, esses são apresentados diretamente como dedução do patrimônio líquido, pelo valor bruto, e os benefícios fiscais por ele gerados são mantidos no resultado do exercício. cc) Imposto de renda e contribuição social As despesas fiscais do período compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido. São calculados observando-se suas alíquotas nominais de cada país, que conjuntamente, no caso das operações brasileiras, totalizam 34% - sendo imposto de renda (25%) e contribuição social sobre o lucro líquido (9%). O imposto de renda diferido é reconhecido, usando o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Impostos diferidos ativos são reconhecidos sobre os prejuízos fiscais de imposto de renda, base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras, na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável seja suficiente para absorver esses créditos tributários. Essa avaliação é efetuada com base em estimativas de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. Os prejuízos fiscais acumulados das operações brasileiras não possuem prazo de prescrição, porém a sua compensação é limitada em anos futuros em até 30% do montante do lucro tributável de cada exercício. dd) Garantias dos produtos Gastos com garantia relacionados a aeronaves e peças de reposição são reconhecidos à época da entrega com base nos valores estimados a incorrer. Essas estimativas são baseadas em fatores históricos que incluem, entre outros, reclamações com garantia e respectivos custos de reparos e substituições, garantia dada pelos fornecedores e período contratual de cobertura. O período de cobertura da garantia varia de 36 a 60 meses. Eventualmente, a Companhia pode vir a ser obrigada a realizar modificações no produto devido à exigência das autoridades de certificação aeronáutica ou após a entrega, devido à introdução de melhorias ou ao desempenho das aeronaves. Os custos previstos para tais modificações são provisionados no momento em que os novos requisitos ou melhorias são exigidos e conhecidos. Alguns contratos de venda pode conter cláusulas de garantia de um nível mínimo de desempenho da aeronave subsequente à entrega, baseado em metas operacionais predeterminadas. Se a aeronave sujeita a esse tipo de garantia não atingir índices de desempenho requeridos depois da entrega, a Companhia pode ser obrigada a reembolsar seus clientes pelo aumento dos custos e serviços operacionais incorridos com base em fórmulas definidas em contrato. As perdas relacionadas a garantias de desempenho são registradas no momento em que são conhecidas ou quando as circunstâncias indicam que a aeronave não atingirá os requerimentos mínimos de desempenho esperados, com base na estimativa da Administração da Companhia. ee) Garantias financeiras e de valor residual Mediante análise do mercado e do cenário, a Companhia pode conceder, em alguns casos, garantias financeiras ou de valor residual como parte da estrutura de financiamento no momento da entrega de suas aeronaves. O valor garantido tem como base o valor futuro esperado dessas aeronaves em um determinado momento ao longo da vigência desses financiamentos e estão sujeitos a um limite máximo garantido. Caso as garantias sejam acionadas a Companhia deverá suportar a diferença, caso haja, entre o valor garantido e valor justo de mercado da respectiva aeronave. A provisão para garantias é determinada em bases estatísticas e com base em avaliações efetuadas por terceiros que levam em consideração, entre outros, os valores futuros das aeronaves nas datas de vencimento e dentro dos limites garantidos pela Companhia. Para fazer face ao risco de perda com essas garantias a Companhia constitui uma provisão e sua estimativa é revisada na ocorrência de eventos que justifiquem tais revisões quando provisão adicional poderá ser reconhecida com base nas estimativas de perda para fazer frente a essas garantias (Nota 39). As garantias de valor residual (Residual Value Guarantee – “RVG”) são contabilizadas como instrumentos financeiros de derivativos (Nota 40). A exposição é mitigada pelo fato de que, para se beneficiar da garantia, a contraparte garantida deve fazer com que os ativos correspondentes atendam às rigorosas condições para devolução das aeronaves. A Companhia mantém, em alguns casos, depósitos em garantia em favor de terceiros para os quais foram fornecidas garantias financeiras e de valor residual relacionadas às estruturas de financiamento de aeronaves (Nota 11). ff) Receitas diferidas Referem-se às obrigações para fornecimento de peças de reposição, treinamento, representante técnico e outras obrigações constantes nos contratos de venda de aeronaves já entregues, cujas receitas serão apropriadas quando o serviço ou produto for entregue para o cliente. Também se encontram registrados nesta rubrica os saldos de receitas diferidas de algumas vendas de aeronaves, que, de acordo com obrigações contratuais, são contabilizadas como arrendamentos operacionais. Na Controladora referem-se ainda ao diferimento dos lucros não realizados nas vendas para suas controladas. gg) Demais passivos circulantes e não circulantes Demonstrados pelos valores conhecidos ou exigíveis, quando aplicável, acrescidos dos respectivos encargos e variações cambiais incorridos. hh) Reconhecimento de receitas A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como, no Consolidado, após a eliminação das vendas intercompanhias. (i) Receitas de vendas de aeronaves e peças de reposição As receitas de vendas de aeronaves comerciais, executivas e agrícolas, de peças de reposição e de serviços, são geralmente reconhecidas no ato da entrega ou do embarque, quando os riscos e benefícios são transferidos para o cliente. Existem algumas vendas de aeronaves, que, de acordo com as obrigações contratuais são classificadas na rubrica de receitas a realizar e são levadas a resultado à medida que as obrigações sejam cumpridas. (ii) Contratos com múltiplos elementos As receitas oriundas de negociação de contratos de vendas de aeronaves, que envolvem o fornecimento de peças de reposição, treinamento e representante técnico, são reconhecidas quando efetivamente realizadas. (iii) Receitas do Exchange Pool Program As receitas do Exchange Pool Program são reconhecidas mensalmente durante o período do contrato e consiste parte em uma taxa fixa e outra parte em uma taxa variável diretamente relacionada com as horas efetivamente voadas pela aeronave coberta por este programa. (iv) Receitas de contratos de construção No segmento de defesa e segurança, algumas operações consistem em contratos de longo prazo, sendo as receitas reconhecidas pelo método de custo incorrido, além do reconhecimento no ato da entrega ou embarque. Alguns contratos contêm cláusulas para reajuste de preço com base em índices preestabelecidos e estes são reconhecidos no período de competência. A adequação do reconhecimento de receitas, relativas aos contratos de vendas do segmento de defesa e segurança, é realizada com base nas melhores estimativas da Administração, quando se tornam evidentes. (v) Receitas de arrendamentos operacionais A Companhia também reconhece a receita com aluguel de aeronaves como arrendamentos operacionais, proporcionalmente ao período do arrendamento, e registra essas receitas como resultado de outros segmentos. 30
  • 32. (vi) Deduções de vendas Deduções de vendas compreendem impostos de vendas indiretos e concessões contratuais. A Companhia oferece concessões contratuais que proporcionam aos nossos clientes uma redução do montante pago pela aeronave. As concessões são contabilizadas como deduções de vendas em conformidade com a norma contábil que trata de contabilização para a consideração dada por um fornecedor a um cliente, porque as concessões representam uma redução do preço de venda. ii) Custo dos produtos e serviços vendidos O custo de vendas e serviços consiste no custo da aeronave, peças de reposição e serviços prestados, incluindo: (i) Material Substancialmente todos os custos de material são cobertos por contratos com fornecedores. Os preços nesses contratos são geralmente reajustados com base em uma fórmula de escala que reflete, em parte, a inflação nos Estados Unidos. (ii) Mão de obra Esses custos são denominados principalmente em reais. (iii) Depreciação O imobilizado é depreciado com o passar de sua vida útil, variando de cinco a 48 anos, linearmente. A depreciação de uma aeronave sob arrendamento operacional é registrada como custo dos produtos vendidos, desde o início do termo do arrendamento, utilizando-se o método linear ao longo da vida útil estimada e considerando-se um valor residual no fim do termo do arrendamento. (iv) Amortização Os ativos intagíveis gerados internamente são amortizados de acordo com a série das aeronaves que se estima vender e os ativos intangíveis adquiridos de terceiros são amortizados de forma linear de acordo com a vida útil prevista para os ativos. De acordo com as normas contábeis sobre contingências, a Companhia reconhece um passivo para as obrigações associadas a garantias dos produtos na data da entrega da aeronave, que é estimada com base na experiência histórica e registrada como custo dos produtos vendidos. A Companhia efetua transações que representam contratos de múltiplos elementos, tais como treinamento, assistência técnica, peças de reposição e outras concessões. Esses custos são reconhecidos quando o produto ou serviço é entregue ou prestado ao cliente. jj) Despesas e outras receitas operacionais As despesas operacionais são representadas basicamente por despesas comerciais, administrativas, com pesquisas e outras receitas (despesas) operacionais. kk) Subvenções Trata-se de subvenções para investimentos, recebidas da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos, para desenvolvimento conjunto de projetos de inovação tecnológica, respaldados pela Lei 10.973/04, que trata dos incentivos à pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Estes valores são reconhecidos no resultado à medida em que os recursos são aplicados e as cláusulas contratuais são cumpridas. As subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas que atendem as condições necessárias à sua efetivação são levadas ao resultado como redução das despesas incorridas com tais pesquisas. ll) Receitas e despesas financeiras As receitas e despesas financeiras são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, encargos financeiros sobre empréstimos, impostos com exigibilidade suspensa, provisões para contingências (Nota 35), bem como por variações cambiais sobre ativos e passivos expressos em moedas diferentes da moeda funcional, registrados contabilmente em regime de competência. Receitas e despesas financeiras excluem os custos de empréstimos atribuíveis às aquisições, construções ou produção dos bens que necessitam de um período substancial de tempo para estar pronto para uso ou venda, que são capitalizados como parte do custo do ativo. mm) Regime tributário de transição O Regime Tributário de Transição (“RTT”), terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária. O regime foi optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009 e obrigatório para 2010, respeitando-se: (i) A aplicação ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e (ii) A manifestação da opção na Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ). A Companhia optou pela adoção do RTT em 2008. Consequentemente, para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia adotou as prerrogativas definidas no RTT. nn) Demonstrações dos fluxos de caixa As demonstrações dos fluxos de caixa foram elaboradas pelo método indireto partindo das informações contábeis. oo) Demonstração do valor adicionado As demonstrações dos valores adicionados (“DVA”) foram elaboradas a partir das informações contábeis. pp) Apresentação de informações por segmentos As informações por segmentos operacionais, são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Diretor-Presidente. 3 ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS CRÍTICOS A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com os CPCs/IFRSs, exige que a Companhia utilize estimativas e adote premissas que afetam os valores relatados dos ativos e passivos, receitas e despesas e declarações contábeis. Portanto, para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual, são utilizadas variáveis e premissas derivadas de experiências passadas e diversos outros fatores que consideramos razoáveis e pertinentes. Embora essas estimativas e premissas sejam revistas durante o curso normal dos negócios, a apresentação da nossa situação financeira e dos resultados da operação requerem, com frequência, que avaliemos os efeitos de questões inerentemente incertas. Os resultados reais podem ser diferentes daqueles estimados usando variáveis, suposições ou condições diferentes. Para explicar como a administração avalia eventos futuros, incluindo as variáveis e suposições usadas nas estimativas, e a sensibilidade dessas avaliações às diferentes variáveis e condições, incluímos uma breve análise das nossas políticas de contabilidade mais importantes. Receita das vendas e outras receitas operacionais A Companhia reconhece receitas de vendas pelos segmentos comerciais, de jatos executivos, de serviços de aviação e de defesa e segurança, quando os benefícios e riscos de perda são transferidos aos clientes, o que, no caso de aeronaves, ocorre quando a entrega é realizada e, no caso de serviços de aviação, quando o serviço é prestado ao cliente. A Companhia reconhece, também, a receita de aluguel de aeronaves arrendadas mediante contrato de arrendamento de forma avaliável pelo prazo do arrendamento, sendo registrada a receita como vendas líquidas de outros negócios relacionados ao apresentar a informação por segmento operacional. No segmento de defesa e segurança, uma parcela significativa das receitas é oriunda de contratos de desenvolvimento de longo prazo com o governo brasileiro e governos estrangeiros, pelos quais reconhecemos receitas de acordo com o método de percentual da conclusão, ou POC (Percentage-of-Completion). Esses contratos contêm disposições sobre reajuste de preços com base em uma combinação de índices relativos ao custo da matéria-prima e da mão de obra. Periodicamente, é reavaliada a margem prevista de certos contratos de longo prazo, ajustando o reconhecimento da receita com base nos custos projetados para a conclusão. O uso do método POC requer que a Companhia estime os custos totais para a conclusão dos contratos. Se os custos totais fossem 10% menor em relação às estimativas da administração, a receita reconhecida no exercício aumentaria em R$ 122.569; caso os custos fossem 10% maior em relação às estimativas da administração, a receita reconhecida no exercício sofreria queda de R$ 152.314. As receitas do Exchange Pool Program são contabilizadas mensalmente em relação ao prazo do contrato e consistem em uma parte referente a uma taxa fixa e outra parte referente a uma taxa variável diretamente relacionada às horas de voo da aeronave coberta. 31
  • 33. São efetuadas transações que representam contratos de vários elementos, como treinamento, assistência técnica, peças sobressalentes e outras concessões, incluídas no preço de venda da aeronave. Contratos de vários elementos são avaliados para determinar se podem ser separados em mais de uma unidade contábil, caso sejam atendidos todos estes critérios: - item entregue tem valor para o cliente de maneira independente; - existe evidência objetiva e confiável do valor justo do item não entregue; e se o contrato incluir um direito geral de devolução do item entregue, a entrega ou execução do item não entregue é considerada provável e substancialmente sob nosso controle. Se esses critérios não forem cumpridos, o contrato será considerado uma unidade contábil, que resulta em receita sendo diferida até esses critérios começarem a ser cumpridos ou após a entrega do último elemento que não havia sido entregue. Se esses critérios forem cumpridos para cada elemento e houver evidência objetiva e confiável do valor justo de todas as unidades contábeis de um contrato, a consideração do contrato é alocada em unidades contábeis separadas conforme o valor justo relativo de cada unidade. Garantias de produtos De modo geral, as vendas de aeronaves são acompanhadas de uma garantia padrão para sistemas, acessórios, equipamentos, peças e software fabricados por nós e/ou nossos parceiros de risco e fornecedores. A Companhia reconhece a despesa de garantia como componente de custos de vendas e serviços, no momento da venda e com base nos montantes estimados dos custos da garantia que se espera incorrer. Essas estimativas são baseadas em diversos fatores, incluindo despesas históricas com garantias e experiência com custos, tipo e duração da cobertura da garantia, volume e variedade de aeronaves vendidas e em operação e da cobertura da garantia disponível dos fornecedores correspondentes. Os custos reais da garantia do produto, podem ter padrões diferentes da nossa experiência prévia, principalmente quando uma nova família de aeronaves inicia seus serviços de receita, o que pode exigir que aumentemos a provisão de garantia do produto. O período de garantia varia de três anos para peças sobressalentes a cinco anos para componentes que sejam parte da aeronave no momento da venda. Garantias financeiras A Companhia pode vir a oferecer garantias financeiras e garantias de valor residual relacionados às nossas aeronaves. A Embraer revisa o valor desses compromissos relativos ao valor justo futuro previsto da aeronave e, no caso de garantias financeiras, a situação de crédito do financiado. As provisões e perdas são contabilizadas quando e se os pagamentos se tornam prováveis e podem ser estimados com razoabilidade. O valor justo futuro é estimado utilizando avaliações das aeronaves por terceiros, incluindo informações obtidas da venda ou leasing de aeronaves similares no mercado secundário. A situação de crédito de financiados que recebem garantias de crédito é avaliada pela análise de diversos fatores, incluindo avaliação de crédito realizada por terceiros e custos estimados do financiamento do beneficiário. Participação no valor residual de aeronaves Nos financiamentos estruturados, uma entidade compra uma de nossas aeronaves, paga o preço total na entrega ou na conclusão da estrutura de financiamento e faz um contrato de leasing da aeronave em questão com o cliente final. Uma instituição financeira externa facilita o financiamento da compra de uma aeronave e uma parte do risco do crédito fica com essa instituição. Embora não tenha participação acionária, a Companhia controla as operações de algumas EPEs ou tem uma participação majoritária, absorvendo a maior parte das perdas esperadas destas entidades, se ocorrerem, ou recebendo a maior parte do retorno residual esperado, se ocorrer, ou ambos. Da mesma forma, EPEs de propriedade de terceiros, em que a Companhia detém o controle das operações ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas, são consolidadas. Quando a Companhia deixa de ter o controle das operações, os ativos e passivos relativos à aeronave são desconsolidados do nosso balanço. A Companhia determina que detém o controle das operações das EPEs ou participa de forma majoritária dos riscos e recompensas, principalmente com base na avaliação qualitativa. Isso inclui uma análise da estrutura de capital das EPEs, relações e termos contratuais, natureza das finalidades e operações das EPEs, natureza das participações nas EPEs emitidas e a nossa participação na entidade que cria ou absorve variabilidade. São avaliados o projeto das EPEs e os riscos associados aos quais a entidade e os detentores de participação variável estão expostos na avaliação da consolidação. Em casos limitados, quando pode não estar claro sob o ponto de vista qualitativo se temos o controle, é utilizado uma análise quantitativa para calcular a probabilidade ponderada das perdas esperadas e a probabilidade ponderada dos retornos residuais esperados usando a modelagem de fluxo de caixa e de medição estatística de riscos. Redução ao valor recuperável dos ativos (Impairment) Ativos não circulantes detidos para o uso estão sujeitos a uma avaliação de impairment, se os fatos e as circunstâncias indicarem que o valor contábil não é recuperável com base no maior entre os fluxos de caixa futuros descontados ou valor líquido de venda do ativo. Os ativos são agrupados de acordo com nossas várias famílias de aeronaves. A Companhia utiliza vários pressupostos ao determinar o fluxo de caixa descontado a valor presente, incluindo as previsões de fluxos de caixa futuros, que se baseiam em nossa melhor estimativa de vendas e custos operacionais futuros, de acordo, principalmente, com pedidos firmes existentes, pedidos futuros esperados, contratos com fornecedores e condições gerais do mercado. Mudanças nessas previsões podem alterar, de forma significativa, o valor de uma perda por impairment, se houver. Os valores escriturais líquidos dos ativos correspondentes são ajustados, quando o valor recuperável é menor que o valor contábil. Até a presente data, essas análises não indicaram a necessidade de reconhecer qualquer perda por impairment. Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros que não são cotados em um mercado ativo é determinado utilizando-se técnicas de valorização. A Companhia utiliza seu julgamento para a seleção de métodos e utiliza premissas baseadas em condições de mercado existentes ao final de cada data de balanço. Imposto de renda e contribuição social A Companhia está sujeita ao imposto de renda em diversos países em que opera. É necessário um julgamento significativo para determinar a provisão para impostos sobre a renda nesses diversos países. Em muitas operações, a determinação final do imposto é incerta. A Companhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionais de impostos forem devidos. Quando o resultado final dessas questões é diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo é determinado. Os valores contábeis das demonstrações financeiras são apurados na moeda funcional da Companhia (Dólar) enquanto que a base de cálculo do imposto de renda sobre ativos e passivos é determinada na moeda local (Real). Portanto, flutuações na taxa de câmbio podem afetar significativamente o valor da despesa de imposto de renda reconhecida em cada período, principalmente decorrente do impacto sobre os ativos não monetários. Se a taxa de câmbio apresentasse uma diferença de 10% em dezembro de 2010, o imposto de renda e contribuição social diferidos, relacionados a certos ativos não monetários, precisaria diminuir o ativo de imposto de renda diferido em cerca de R$ 160 milhões, caso o Real depreciasse em relação ao Dólar, ou aumentar o ativo de imposto de renda diferido em cerca de R$ 160 milhões, caso o Real apreciasse em relação ao Dólar. 4 PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS RECENTES Pronunciamentos contábeis existentes que ainda não estão em vigor e que não foram adotados pela Companhia As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis da Companhia iniciados em 1º de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos subsequentes. Entretanto, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Companhia. - IFRS 9, “Instrumentos financeiros”, emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo no processo para substituir o IAS 39 “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”. O IFRS 9 introduz novas exigências para classificar e mensurar os ativos financeiros e provavelmente afetará a contabilização da Companhia para seus ativos financeiros. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013, mas pode ser adotada antecipadamente. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações financeiras. - IAS 24 Revisado, “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24, “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1º de janeiro de 2011. A adoção antecipada, no todo ou em parte, é permitida. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações financeiras. - IAS 32 - A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras entidades relacionadas do governo. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. A Companhia está analisando os impactos nas demonstrações financeiras. - “Classificação das emissões de direitos” (alteração ao IAS 32), emitida em outubro de 2009. A alteração aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1º de fevereiro de 2010. Aplicação prévia é permitida. A alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda que não a funcional do emissor. Contanto que determinadas condições sejam atendidas, esses direitos de ações agora são classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço de exercício é denominado. Anteriormente, as ações tinham de ser contabilizadas como passivos derivativos. A alteração aplica-se retroativamente, de acordo com o IAS 8 “Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e Erros”. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. 32
  • 34. - O IFRIC 19, “Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais” está em vigor desde 1º de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade dos instrumentos patrimoniais a um credor da entidade para extinguir todo ou parte do passivo financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. - “Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos” (alteração ao IFRIC 14). As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS 19 - “Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua Interação”. Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo, alguns pagamentos antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de fundos. Essa não era a intenção quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As alterações entram em vigor em períodos anuais iniciando em 1º de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período comparativo apresentado. A Companhia aplicará a interpretação a partir de 1º de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras da Companhia. 5 TRANSIÇÃO PARA O IFRS E CPCS 5.1. Base de transição 5.1.1. Aplicação de IFRS 1 A Companhia está divulgando em 31 de dezembro de 2010 as primeiras demonstrações financeiras anuais que contemplam os IFRS, emitidos pelo IASB. A Companhia aplicou o IFRS 1/ CPC 37 “Adoção inicial das normas internacionais de contabilidade” e CPC 43 (R1) “Adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC 15 a 41” na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas. A Companhia definiu 1º de janeiro de 2009, como a data de transição para IFRS. A prática contábil anterior utilizada pela Companhia eram as práticas contábeis adotadas no Brasil. A reconciliação (Nota 5.2) do Patrimônio Líquido e resultado divulgados de acordo com a prática anterior utilizada em 1º de janeiro de 2009 e em 31 de dezembro de 2009 com o saldos em IFRS, estão apresentados abaixo. As políticas contábeis determinadas na Nota 2 têm sido aplicadas na preparação das demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, na informação comparativa apresentada em 31 de dezembro de 2009 e na preparação do balanço patrimonial de abertura em IFRS em 1º de janeiro de 2009. Na preparação dessas demonstrações financeiras de acordo com o IFRS1, CPC 37 e CPC 43 (R1) a Companhia tem aplicado exceções obrigatórias e certas isenções opcionais do período retrospectivo na aplicação dos IFRS, conforme requerido nos pronunciamentos. 5.1.2. Aplicação das isenções no período retrospectivo eleitas pela Companhia IFRS1/CPC 37 permite a primeira adoção de certas isenções dos requerimentos gerais incluso nos IFRS. A Companhia optou em aplicar as seguintes exceções: • Combinação de negócios A Companhia não apresentou ágio relacionado a combinações de negócio de acordo com as práticas contábeis adotadas anteriormente. • Arrendamento mercantil A Companhia optou por rever seus contratos na data de transição, sendo que não houve impacto nas demonstrações financeiras, uma vez que as práticas contábeis adotadas anteriormente e os IFRS estavam totalmente alinhados. As isenções voluntárias remanescentes não se aplicam à Companhia: • Isenção para transação de pagamento baseado em ações Esta isenção não é aplicável para opções outorgadas pela Companhia que já foram exercidas antes da data de transição. • Isenção de contratos de seguro (IFRS 4/CPC 11 “contratos de seguro”) A Companhia não emite contratos de seguro, portanto esta isenção não é aplicável. • Isenção do valor justo do custo atribuído A Companhia esteve em total conformidade com os requerimentos do IAS 16/CPC 27 – “ativo imobilizado” na data de transição. • Isenção para ajustes acumulados de conversão A Companhia optou por reconhecer os ajustes de conversão acumulados de anos anteriores na data de transição de 1º de janeiro de 2009, e portanto esta isenção não é aplicável. • Isenção para ativos e passivos de controladas Esta isenção não é aplicável, já que o uso desta isenção é feito no nível da subsidiária, associada ou joint venture que adota IFRS depois da Controladora. • Instrumentos financeiros compostos Não há operações envolvendo esse tipo de instrumento financeiro. • Designação de instrumentos financeiros previamente reconhecidos Esta isenção não é aplicável, uma vez que a Companhia não tem instrumentos financeiros para serem designados como disponível para venda. • Ativos e passivos financeiros medidos a valor justo A Companhia não tem aplicado a isenção oferecida pela revisão do IAS 39/IAS 38 “instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração” no reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros medidos a valor justo por meio do resultado onde não existe um mercado ativo, esta isenção não é aplicável. • Isenção relacionada às mudanças em passivos por desativação, restauração e outros passivos similares incluídos no custo do imobilizado A Companhia não tem passivos por desativação relacionado ao imobilizado e, portanto esta isenção não é aplicável. • Contratos de concessão A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 12, “Contratos de Serviço de Concessão” e, portanto esta isenção não é aplicável. • Custo de empréstimos Esta isenção não é aplicável à Companhia. • Transferência de ativos de clientes A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 18, “Transferência de Ativos dos Clientes”, a isenção não se aplica. • Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência A Companhia não tem contratos no escopo do IFRIC 19, “Extinguir passivos financeiros com instrumentos de equivalência”, esta isenção não se aplica. • Benefícios a empregados A Companhia não possui planos de benefícios definidos significativos. Desta forma, a isenção não é relevante. 5.1.3 Exceções à aplicação retrospectiva adotadas pela Companhia A Companhia aplicou as seguintes exceções obrigatórias na aplicação retrospectiva: • Estimativas As estimativas segundo os IFRS em 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2009 são consistentes com as estimativas utilizadas nas mesmas datas segundo práticas adotadas anteriormente pela Companhia. Não há evidência que estas estimativas apresentavam erros. • Baixa de ativos e passivos financeiros Ativos e passivos financeiros baixados antes de 1º de janeiro de 2009 não foram reconhecidos novamente para IFRS. A aplicação desta exceção não tem impacto significativo nestas demonstrações financeiras. 33
  • 35. • Contabilização de Hedge A Companhia optou pela não aplicação da contabilização de hedge accounting. Desta forma, nenhum ajuste foi requerido. • Participação de não-controladores A Companhia aplicou prospectivamente da data da transição para IFRS o requerimento do IAS 27/ CPC 36 (R1) “demonstrações consolidadas” atribuindo total resultado abrangente do período aos não-controladores; e para a contabilização de mudanças na participação da Controladora com relação a uma subsidiária. 5.2. Reconciliação entre as antigas práticas contábeis adotadas no Brasil e IFRS Como descrevemos acima, na preparação do balanço patrimonial de abertura, a Companhia ajustou os montantes reportados previamente nas demonstrações financeiras preparadas de acordo com as práticas contábeis brasileiras adotadas anteriormente, as quais foram publicadas para o ano findo em 31 de dezembro de 2008. 5.2.1. Explicação dos efeitos de transição para IFRS a) Garantias Financeiras As práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente não ofereciam um guia específico de contabilização dos contratos de garantia financeira. A Companhia determinou a política de contabilização baseada nos requerimentos dos US GAAP Baseado nesse, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias financeiras emitidos depois de 31 de dezembro de 2002. . De acordo com a norma, IAS 39/CPC 38, contratos de garantia financeira são contratos que requerem que o emissor faça pagamentos para reembolsar o emitente de uma perda que incorreu porque o devedor falhou em fazer os pagamentos quando necessário, de acordo com os termos do instrumento de dívida. O IAS 39/CPC 38 define que esses contratos sejam inicialmente reconhecidos a valor justo. Além disso, o IAS 39/CPC 38 não tem isenção para aplicação retrospectiva na contabilização de contratos de garantia financeira ocorridos antes de 1º de janeiro de 2002. Todas as vendas com garantias financeiras embutidas são tratadas como contratos de múltiplo elemento. As receitas relativas a essas garantias financeiras são diferidas e reconhecidas durante o tempo de vigência dos contratos. A Companhia reconheceu contratos de garantias financeiras de R$ 318.093 e R$ 293.306, em 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009, respectivamente e foi reconhecido no resultado de 2009 R$ 30.700 como receita de vendas. b) Garantia de valor residual As práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente não ofereciam um guia específico de contabilização de contratos de garantia de valor residual. A Companhia determinou sua política de contabilização baseada nas definições dos US GAAP Com base neste, a Companhia reconheceu apenas contratos de garantias de valor residual emitidos após 31 de . dezembro de 2002. Com relação às garantias de valor residual, o IFRS 4/CPC 11 “Contratos de seguros” definem a garantia de valor residual como uma garantia concedida por uma parte sobre o valor justo de um ativo não financeiro em uma determinada data futura. Considerando que os contratos de garantia de valor residual emitidos pela Companhia compensam os detentores dessas garantias apenas pelas mudanças no valor justo dos ativos garantidos, esses contratos têm tratamento similar a dos instrumentos derivativos de acordo com o IAS 39/CPC 38 e, desta forma, devem ser mensurados a valor justo. As variações de valor justo destes instrumentos são reconhecidas diretamente no resultado do exercício. O IAS 39/CPC 38 não oferece isenção de aplicação retrospectiva na contabilização de instrumentos derivativos e, portanto, a Companhia reconheceu na data de transição todos os contratos de valor residual emitidos em ou antes de 31 de dezembro de 2002. De acordo com o IFRS, os montantes de R$ 22.138 e R$ 14.521 foram reconhecidos respectivamente em 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009, e o ajuste de remensuração de valor justo de R$ 1.923 foi registrado em despesas financeiras em 2009. c) Benefícios pós-emprego A Companhia elegeu aplicar o IFRS 1/CPC 37, isenção de benefícios aos empregados. Desta forma, os ganhos atuariais líquidos acumulados totalizaram R$ 2.366 os quais não haviam sido reconhecidas pelas práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente, foram reconhecidos em lucros acumulados em 1º de janeiro de 2009. O mesmo ajuste foi aplicado em 31 de dezembro de 2009. d) Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre os ajustes Os ajustes nos saldos patrimoniais do imposto de renda e contribuição social diferidos decorrentes dos efeitos dos ajustes de transição totalizaram R$ 115.679 em 1º janeiro de 2009 e R$ 104.663 em dezembro de 2009 e R$ 11.016 no resultado de 2009. e) Resultados acumulados Exceto pelas reclassificações, todos os ajustes descritos acima foram registrados em contrapartida dos resultados acumulados em 1º de janeiro de 2009. f) Lucro por ação De acordo com a norma brasileira, o lucro (perda) líquido por ação era apenas apresentado nas demonstrações financeiras da controladora e não era apresentado nas demonstrações financeiras consolidadas. O lucro (perda) por ação é calculado com base no número de ações em circulação no final do exercício. De acordo com os IFRS, o lucro por ação passou a ser apresentado com base na média ponderada das ações em circulação durante o exercício, excluindo ações em tesouraria. O resultado por ação diluído também passou a ser apresentado, levando em consideração o efeito potencial decorrente de opções de ações que podem diluir o resultado pelo aumento da quantidade de ações. g) Reclassificações (i) De acordo com IAS 12/CPC 26 “tributos sobre o lucro” os impostos diferidos ativos e passivos são apresentados de forma líquida quando a Companhia possui o direito legal para tal apresentação, sendo apresentados, em sua totalidade, no ativo ou passivo não circulante. (ii) De acordo com as práticas contábeis brasileiras vigentes anteriormente, a participação de não Controladoras era apresentada em rubrica específica no balanço patrimonial, fora do patrimônio líquido. De acordo com a norma, as participações de não-controladores são apresentadas no balanço patrimonial, no patrimônio líquido. 5.2.2. Reconciliações a) Reconciliação do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2009 e 1º de janeiro de 2009 Controladora Consolidado Nota 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2009 01.01.2009 Patrimônio líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP (GAAP anterior) 5.069.182 6.043.244 5.020.805 5.970.531 Garantias financeiras (5.2.1(a)) (293.306) (318.093) (293.306) (318.093) Garantias financeiras de valor residual (5.2.1(b)) (14.521) (22.138) (14.521) (22.138) Plano de benefício definido (5.2.(c)) 2.366 2.366 2.366 2.366 Efeitos do IR diferido sobre os ajustes do IFRS (5.2.1(d)) 104.663 115.679 104.663 115.679 Apresentação da participação dos não-controladores - - 157.285 163.494 Lucros não realizados (82.419) (82.237) - - Ajuste de conversão 76.562 - 55.928 - Outras diferenças - - (13.408) (9.524) Patrimônio líquido reportado de acordo com os IFRS 4.862.527 5.738.821 5.019.812 5.902.315 b) Reconciliação do resultado abrangente em 31 de dezembro de 2009 Controladora Consolidado Nota 890.357 894.592 Lucro Líquido originalmente reportado de acordo com BR GAAP (GAAP anterior) Garantias financeiras (5.2.1(a)) 30.700 30.700 Garantias financeiras de valor residual (5.2.1(b)) 1.923 1.923 Efeitos do IR diferido sobre os ajustes de IFRS (5.2.1(d)) (11.016) (11.016) Apresentação da participação dos não-controladores (5.2.1(g)) - 25.179 Lucros não realizados 129 - Outros resultados abrangentes (1.559.507) (1.590.894) Outras diferenças - (4.107) Resultado abrangente reportado de acordo com IFRS (647.414) (653.623) 34
  • 36. 6 INSTRUMENTOS FINANCEIROS ATIVOS POR CATEGORIA a) Classificação por categoria: (i) Controladora 31.12.2010 Caixa e Ativos mensurados equivalente Empréstimos ao valor justo por Nota de caixa e recebíveis meio do resultado Total Caixa e equivalentes de caixa 7 1.668.509 - - 1.668.509 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 729.596 729.596 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 231.494 - 231.494 Contas a receber de sociedades controladas - 1.047.042 - 1.047.042 Financiamento a clientes 10 - 128.208 - 128.208 1.668.509 1.406.744 729.596 3.804.849 31.12.2009 Caixa e Ativos mensurados equivalente Empréstimos ao valor justo por Nota de caixa e recebíveis meio do resultado Total Caixa e equivalentes de caixa 7 2.131.274 - - 2.131.274 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 809.745 809.745 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 278.847 - 278.847 Contas a receber de sociedades controladas - 1.270.912 - 1.270.912 Financiamento a clientes 10 - 53.866 - 53.866 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - 10.247 10.247 2.131.274 1.603.625 819.992 4.554.891 01.01.2009 Caixa e Ativos mensurados equivalente Empréstimos ao valor justo por Nota de caixa e recebíveis meio do resultado Total Caixa e equivalentes de caixa 7 3.101.535 - - 3.101.535 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 521.775 521.775 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 395.968 - 395.968 Contas a receber de sociedades controladas - 2.412.108 - 2.412.108 Financiamento a clientes 10 - 77.009 - 77.009 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - 2.569 2.569 3.101.535 2.885.085 524.344 6.510.964 (ii) Consolidado 31.12.2010 Caixa e Ativos mensurados Investimentos equivalente Empréstimos ao valor justo por mantidos até Nota de caixa e recebíveis meio do resultado o vencimento Total Caixa e equivalentes de caixa 7 2.321.199 - - - 2.321.199 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 1.207.270 101.716 1.308.986 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 581.943 - - 581.943 Financiamento a clientes 10 - 117.459 - - 117.459 Contas a receber vinculadas 11 - 896.814 - - 896.814 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - 37.107 - 37.107 2.321.199 1.596.216 1.244.377 101.716 5.263.508 31.12.2009 Caixa e Ativos mensurados Investimentos equivalente Empréstimos ao valor justo por mantidos até Nota de caixa e recebíveis meio do resultado o vencimento Total Caixa e equivalentes de caixa 7 2.772.618 - - - 2.772.618 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 1.628.518 75.624 1.704.142 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 709.272 - - 709.272 Financiamento a clientes 10 - 91.888 - - 91.888 Contas a receber vinculadas 11 - 846.248 - - 846.248 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - 42.828 - 42.828 2.772.618 1.647.408 1.671.346 75.624 6.166.996 01.01.2009 Caixa e Ativos mensurados Investimentos equivalente Empréstimos ao valor justo por mantidos até Nota de caixa e recebíveis meio do resultado o vencimento Total Caixa e equivalentes de caixa 7 4.254.999 - - - 4.254.999 Instrumentos financeiros ativos 8 - - 951.359 98.145 1.049.504 Contas a receber de clientes, líquidas 9 - 1.062.495 - - 1.062.495 Financiamento a clientes 10 - 284.662 - - 284.662 Contas a receber vinculadas 11 - 1.118.606 - - 1.118.606 Instrumentos financeiros derivativos 40 - - 69.960 - 69.960 4.254.999 2.465.763 1.021.319 98.145 7.840.226 b) Risco de crédito dos instrumentos financeiros: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Caixa e equivalentes de caixa 1.668.509 2.131.274 3.101.535 2.321.199 2.772.618 4.254.999 Instrumentos financeiros ativos 729.596 809.745 521.775 1.308.986 1.704.142 1.049.504 Total 2.398.105 2.941.019 3.623.310 3.630.185 4.476.760 5.304.503 Contraparte com avaliação externa: AAA 2.054.348 2.753.361 3.494.504 3.041.609 3.888.503 4.699.368 AA 213.440 135.406 38.142 388.323 383.038 363.814 A 130.317 52.252 88.190 200.253 179.071 238.847 BBB - - 2.474 - 26.148 2.474 Total 2.398.105 2.941.019 3.623.310 3.630.185 4.476.760 5.304.503 35
  • 37. Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Contas a receber 231.494 278.847 395.968 581.943 709.272 1.062.495 Contas a receber de sociedades controladas 1.047.042 1.270.912 2.412.108 - - - Financiamentos a clientes 128.208 53.866 77.009 117.459 91.888 284.662 Contas a receber vinculadas - - - 896.814 846.248 1.118.606 Total 1.406.744 1.603.625 2.885.085 1.596.216 1.647.408 2.465.763 Contraparte sem avaliação externa: Grupo 1 2.254 33.616 8.698 3.300 62.751 15.019 Grupo 2 63.958 125.944 160.526 293.967 267.326 382.851 Grupo 3 1.340.532 1.444.065 2.715.861 1.298.949 1.317.331 2.067.893 Total 1.406.744 1.603.625 2.885.085 1.596.216 1.647.408 2.465.763 Grupo 1 : Novos clientes (menos de um ano) Grupo 2 : Clientes (mais de um ano) inadimplentes Grupo 3 : Clientes (mais de um ano) adimplentes 7 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Caixa e bancos: Dólar norte-americano 5.075 15.105 928 68.730 71.514 31.068 Reais 1.136 1.737 254.841 2.368 8.348 258.737 Euro 20 33 89 34.328 64.768 88.906 Outras 6 1.385 1.169 63.001 32.264 26.542 Numerário em trânsito (USD) 528 13.158 252.464 2.790 13.159 252.464 6.765 31.418 509.491 171.217 190.053 657.717 Aplicações financeiras: Em Reais: Fundos de investimento exclusivos (FIEs) Títulos públicos (i) - 25 1.468 - 25 1.720 Operações compromissadas (ii) 843.611 1.353.028 1.189.872 843.611 1.353.028 1.190.022 Títulos privados (iii) 3.176 146.633 44.609 3.176 146.633 45.667 Títulos em carteira Títulos privados (iii) 283.285 - - 299.032 7.729 - 1.130.072 1.499.686 1.235.949 1.145.819 1.507.415 1.237.409 Em dólar norte-americano: Depósitos a prazo fixo (iv) 331.311 34.875 149.444 635.773 259.385 285.062 Fundos de investimento (v) 200.361 565.295 1.197.186 319.633 808.455 2.007.888 Overnight - - 9.465 - 1.033 55.948 Outras moedas: Overnight - - - 48.757 6.277 10.975 531.672 600.170 1.356.095 1.004.163 1.075.150 2.359.873 1.668.509 2.131.274 3.101.535 2.321.199 2.772.618 4.254.999 As taxas de juros em 31 de dezembro de 2010, relacionadas às aplicações financeiras efetuadas em reais e em dólares foram de 10,05% e 1,58% (10,16% e 3,06% em 31 de dezembro de 2009), respectivamente. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de janeiro de 2010, os equivalentes de caixa denominados em reais eram compostos por: (i) Títulos emitidos pelo Governo Brasileiro compostos, substancialmente, por Letras do Tesouro Nacional – LTN, Letras Financeiras do Tesouro – LFT e Notas do Tesouro Nacional – NTN, com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação. (ii) Referem-se às operações de compra de ativos, substancialmente, títulos públicos, com o compromisso de recompra à uma taxa previamente estabelecida pelas partes, geralmente com prazo de um dia. (iii) Referem-se, substancialmente, a Certificados de Depósito Bancário – CDBs, emitidos por instituições financeiras no Brasil, podendo ser resgatados em prazo inferior a 90 dias sem penalizar a remuneração. Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e em 1º de janeiro de 2009, as carteiras dos Fundos de Investimento Exclusivos (FIEs), eram compostas substancialmente, por títulos públicos federais de alta liquidez, registrados pelos seus valores de realização. Nessas mesmas datas, esses fundos não possuíam obrigações significativas com terceiros, estando essas limitadas às taxas de administração de ativos e outros serviços inerentes às operações de Fundos, despesas essas que já foram deduzidas da rentabilidade apurada. Em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1º de janeiro de 2010, os equivalentes de caixa denominados em dólares eram compostos por: (i) Depósitos a prazo fixo junto a instituições financeiras de primeira linha com vencimento em até 90 dias a partir da data da contratação; e (ii) Fundos de investimento (Money Market Funds) com liquidez diária, emissão de instituições de primeira linha no exterior. 8 INSTRUMENTOS FINANCEIROS ATIVOS CONTROLADORA 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Destinado à Destinado à Destinado à negociação Total negociação Total negociação Total Em Reais: Fundos de investimento exclusivos (FIEs) Títulos privados 566.065 566.065 8.853 8.853 30.440 30.440 Títulos públicos 33.743 33.743 606.381 606.381 300.416 300.416 Outros 759 759 759 759 759 759 Total em Reais 600.567 600.567 615.993 615.993 331.615 331.615 Em dólar norte-americano: Depósito a prazo fixo 129.029 129.029 193.247 193.247 189.687 189.687 Fundo de investimentos - - - - - - Títulos públicos (i) - - 505 505 473 473 Outros - - - - - - Total em dólar norte-americano 129.029 129.029 193.752 193.752 190.160 190.160 Total 729.596 729.596 809.745 809.745 521.775 521.775 Ativo Circulante 729.596 729.596 809.240 809.240 521.302 521.302 Não Circulante - - 505 505 473 473 36
  • 38. CONSOLIDADO 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Destinado à Mantido até o Destinado à Mantido até o Destinado à Mantido até o Em Reais: negociação vencimento Total negociação vencimento Total negociação vencimento Total Fundos de investimento exclusivos (FIEs) Títulos privados 566.065 - 566.065 8.853 - 8.853 30.440 - 30.440 Títulos públicos 33.743 - 33.743 606.381 - 606.381 300.416 - 300.416 Outros 759 3.946 4.705 759 - 759 759 - 759 Total em reais 600.567 3.946 604.513 615.993 - 615.993 331.615 - 331.615 Em dólar norte-americano: Depósito a prazo fixo 196.224 - 196.224 417.368 - 417.368 189.687 - 189.687 Fundo de investimentos 389.957 - 389.957 531.774 - 531.774 346.542 - 346.542 Títulos públicos (i) 20.505 36.223 56.728 62.466 75.624 138.090 82.092 98.145 180.237 Outros 17 61.547 61.564 917 - 917 1.423 - 1.423 Total em dólar norte-americano 606.703 97.770 704.473 1.012.525 75.624 1.088.149 619.744 98.145 717.889 Total 1.207.270 101.716 1.308.986 1.628.518 75.624 1.704.142 951.359 98.145 1.049.504 Ativo Circulante 1.207.253 14.945 1.222.198 1.627.096 33.707 1.660.803 867.844 22.027 889.871 Não Circulante 17 86.771 86.788 1.422 41.917 43.339 83.515 76.118 159.633 Em 31 de dezembro de 2010, 2009 e em 1º de janeiro de 2009, a Companhia mantinha investimentos em fundos privados do mercado monetário, cujos ativos essencialmente consistiam em títulos emitidos pela União, certificados de depósito bancários e debêntures emitidas por empresas públicas no Brasil. Os fundos são exclusivamente para o benefício da Companhia e são administrados por terceiros que cobram uma comissão mensal. Os investimentos são ajustados ao valor de Mercado diariamente com as alterações em valor justo refletidas no resultado das operações uma vez que a Companhia considere estes investimentos como Destinados à negociação. Os referidos fundos privados de investimento não têm obrigações financeiras significativas. As obrigações financeiras limitam-se à gestão de ativos e a taxas de custódia, a taxas de auditoria e a despesas similares. Nenhum ativo da Companhia foi usado como garantia para essas obrigações e os credores dos fundos não têm direito de regresso contra o crédito geral da Companhia. (i) Títulos da Dívida Pública Externa emitida pelo Governo Brasileiro que estão classificados como Destinados à negociação. São recebíveis representados por títulos do Governo Brasileiro NTNs, que estão denominados em dólar, adquiridos pela Companhia de seus clientes, relacionados à equalização da taxa de juros a ser paga pelo Programa de Financiamento às Exportações – PROEX, entre o 11º e 15º ano após a venda das respectivas aeronaves, os quais foram reconhecidos a valor presente. Esses títulos estão classificados como Mantidos até o vencimento, uma vez que a Companhia tem a intenção e a capacidade de manter em carteira. 9 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES, LÍQUIDAS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Clientes no exterior 194.104 187.334 284.965 515.558 532.304 909.423 Comando da Aeronáutica (i) 37.598 83.502 114.939 106.606 216.979 223.004 Clientes no País 10.390 18.704 8.202 21.200 26.145 12.850 242.092 289.540 408.106 643.364 775.428 1.145.277 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (10.598) (10.693) (12.138) (61.421) (66.156) (82.782) 231.494 278.847 395.968 581.943 709.272 1.062.495 Menos - Circulante 231.494 278.847 395.968 580.781 708.465 1.048.806 Não Circulante - - - 1.162 807 13.689 (i) Comando da Aeronáutica é considerado parte relacionada da Companhia. O saldo do contas a receber reconhecido pelo método do POC (Percentage-of-Completion) totalizou R$ 224.147, em 31 de dezembro de 2010, já a receita registrada no ano foi de R$ 805.225. Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de R$ 167.536 Controladora e R$ 287.976 Consolidado (31 de dezembro de 2009 R$ 152.903 Controladora e R$ 441.946 Consolidado e 1º de janeiro de 2009 R$ 235.442 Controladora e R$ 679.644 Consolidado) estavam totalmente adimplentes. Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de clientes no valor de R$ 63.958 na Controladora e R$ 293.967 no Consolidado (31 de dezembro de 2009 R$ 125.944 Controladora e R$ 267.326 Consolidado e 1º de janeiro de 2009 R$ 160.526 Controladora e R$ 382.851 Consolidado) encontram-se vencidas, mas não impaired. Essas contas referem-se a uma série de clientes independentes que não têm histórico de inadimplência recente. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada abaixo: Controladora 2010 2009 01.01.2009 Até 90 dias 37.568 87.712 123.797 De 91 a 180 dias 13.314 20.259 18.300 Mais de 180 dias 13.076 17.973 18.429 63.958 125.944 160.526 Consolidado 2010 2009 01.01.2009 Até 90 dias 256.023 179.796 255.902 De 91 a 180 dias 22.173 40.924 43.871 Mais de 180 dias 15.771 46.606 83.078 293.967 267.326 382.851 As contas a receber de clientes da Companhia são mantidas nas seguintes moedas: Controladora 2010 2009 01.01.2009 Real 41.355 181.951 117.795 Dólar 190.139 96.896 278.173 231.494 278.847 395.968 Consolidado 2010 2009 01.01.2009 Real 74.449 188.348 121.545 Dólar 420.993 362.624 694.121 Euro 85.782 157.853 246.525 Outras moedas 719 447 304 581.943 709.272 1.062.495 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa é como segue: Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 Saldo inicial 10.693 12.138 66.156 82.782 Variação cambial (107) (1.924) (4.684) (18.654) Adição 2.521 539 24.991 8.979 Reversão (46) (38) (2.229) (4.339) Baixas (2.463) (22) (22.813) (2.612) Saldo final 10.598 10.693 61.421 66.156 37
  • 39. 10 FINANCIAMENTO A CLIENTES Refere-se ao financiamento parcial de algumas vendas de aeronaves novas efetuadas pela Companhia, substancialmente denominadas em dólares, com taxa de juros média em 31 de dezembro de 2010 de 5,20% a.a. na Controladora e 6,31 % a.a. no Consolidado (31 de dezembro de 2009 de 5,94% a.a. no Consolidado e 1º de janeiro de 2009 de 5,46% a.a. no Consolidado), tendo como garantia as aeronaves objeto dos financiamentos, e estão a valor presente, quando aplicável. Os vencimentos desses financiamentos são mensais, trimestrais e semestrais, classificados como a seguir: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Circulante 3.926 - - 34.061 19.572 20.123 Não Circulante 124.282 53.866 77.009 83.398 72.316 264.539 Total 128.208 53.866 77.009 117.459 91.888 284.662 Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 e em 1º de janeiro de 2010, a carteira de financiamentos a clientes estava adimplente. Em 31 de dezembro de 2010, os vencimentos de longo prazo dos financiamentos a clientes são os seguintes: Ano Controladora Consolidado 2012 10.852 19.607 2013 7.714 11.696 2014 7.945 10.545 2015 15.600 17.568 2016 29.071 23.982 Após 2016 53.100 - 124.282 83.398 11 CONTAS A RECEBER VINCULADAS E DÍVIDAS COM E SEM DIREITO DE REGRESSO a) Contas a receber vinculadas Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Pagamentos mínimos de arrendamentos a receber 758.659 713.165 1.082.748 Valor residual estimado de imobilizado de arrendamento 763.786 806.565 1.082.553 Receitas não realizadas – juros futuros (625.631) (673.482) (1.046.695) Valor líquido a receber 896.814 846.248 1.118.606 Menos - Circulante 19.379 20.960 26.886 Não Circulante 877.435 825.288 1.091.720 Em 31 de dezembro de 2010, o montante classificado como Não circulante possui os seguintes vencimentos: Ano Consolidado 2012 135.904 2013 23.349 2014 19.360 2015 17.583 2016 23.983 Após 2016 657.256 877.435 b) Dívidas com e sem direito de regresso Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Com direito de regresso 738.482 793.526 1.042.454 Sem direito de regresso 45.086 90.206 136.690 783.568 883.732 1.179.144 Menos - Circulante 186.314 236.699 321.753 Não circulante 597.254 647.033 857.391 Em 31 de dezembro de 2010, o montante classificado como passivo Não circulante tem os seguintes vencimentos: Ano Consolidado 2012 347.688 2013 17.292 2014 17.973 2015 17.583 2016 23.983 Após 2016 172.735 597.254 12 ESTOQUES Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Produtos acabados (i) 422.496 477.608 400.543 422.496 477.608 400.543 Produtos em elaboração (ii) 1.004.328 1.045.427 2.065.101 1.182.064 1.205.139 2.439.160 Matéria-prima 1.014.891 1.270.136 1.945.820 1.253.771 1.563.351 2.343.954 Peças de reposição 183.945 160.224 200.451 536.456 581.267 722.586 Aeronaves usadas para venda (iii) - - - 221.218 261.228 348.110 Materiais de consumo 31.997 34.436 42.182 32.957 35.502 43.620 Mercadorias em trânsito 267.328 246.432 687.520 348.485 377.192 852.207 Adiantamentos a fornecedores 19.999 43.118 74.723 58.625 92.978 82.859 Provisão para obsolescência (iv) (116.183) (154.119) (182.396) (254.722) (277.474) (301.282) Provisão de ajuste ao valor de mercado (v) - - - (138.588) (59.551) (65.562) 2.828.801 3.123.262 5.233.944 3.662.762 4.257.240 6.866.195 Menos - Circulante 2.828.801 3.123.262 5.233.944 3.654.591 4.245.983 6.847.595 Não Circulante - - - 8.171 11.257 18.600 (i) Aeronaves no estoque em: 31 de dezembro de 2010: 1 Legacy 600, 1 Legacy 650, 3 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195, 5 Phenom 100, 6 Phenom 300, 2 Lineage e 1 Ipanema; 31 de dezembro de 2009: 2 Legacy 600, 5 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 2 EMBRAER 190, 1 EMBRAER 195 e 12 Phenom 100; 1º de janeiro de 2009: 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 4 EMBRAER 190 e 1 EMBRAER 195. Do total das aeronaves em estoque em 31 de dezembro de 2010, foram entregues até 16 de março 2011, 1 EMBRAER 195, 2 EMBRAER 190, 3 Phenom 300 e 1 Ipanema. (ii) Incluem aeronaves pré-séries do Programa Phenom 100 e 300 no montante de R$ 39.405 (R$ 50.356 em 2009 e R$ 31.810 em 1º de janeiro de 2009), utilizadas para ensaios visando à certificação da aeronave. Após as campanhas de certificação, a Companhia pretende vender essas aeronaves. 38
  • 40. (iii) Encontrava-se no estoque de produtos acabados Consolidado em 31 de dezembro de 2010: 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 3 EMBRAER 190 e 25 Citation Ultra e em 31 de dezembro de 2009 e 1º de janeiro de 2009: 1 EMB 120, 1 Legacy 600, 2 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175 e 3 EMBRAER 190. (iv) É constituída provisão para itens não movimentados há mais de dois anos e sem previsão de uso definido, de acordo com o programa de produção, bem como para cobrir eventuais perdas com estoques de almoxarifado e produtos em processo excessivos ou obsoletos, exceto para o estoque de peças de reposição, cuja provisão é constituída por obsolescência técnica ou itens sem movimentação há mais de seis anos. A movimentação da provisão para obsolescência: Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009 Saldo inicial 154.119 182.396 277.474 301.282 Provisão - 21.619 27.824 52.576 Baixa (30.472) - (32.762) (2.125) Reversão - - (2.806) - Efeito da variação cambial (7.464) (49.896) (15.008) (74.259) Saldo final 116.183 154.119 254.722 277.474 Menos - Circulante 116.183 154.119 254.722 277.474 Não Circulante - - - - As baixas apresentadas referem-se a materiais sucateados. (v) Refere-se à provisão constituída para ajuste ao valor de realização das aeronaves usadas e a movimentação está apresentada abaixo: Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 Saldo inicial 59.551 65.562 Provisão (i) 86.161 12.807 Reversão - (552) Efeito da variação cambial (7.124) (18.266) Saldo final 138.588 59.551 Menos - Circulante 138.588 59.551 Não Circulante - - (i) Refere-se principalmente ao ajuste ao valor de realização de aeronaves pré-séries. O custo dos estoques reconhecidos na Controladora em 2010 foi de R$ 6.359.302 (R$ 7.345.618 em 2009) e no Consolidado R$ 7.199.067 (R$ 8.281.938 em 2009). Em 31 de dezembro de 2010, R$ 22.257 do montante de estoques foi concedido como garantia financeira. 13 OUTROS ATIVOS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Depósito judicial (i) 304.351 239.959 288.062 307.376 240.878 289.258 Crédito com fornecedores (ii) 43.559 34.396 41.493 44.610 35.311 41.846 Crédito de impostos (iii) 265.380 225.643 225.225 309.865 258.461 322.572 Caixa restrito - - - 47.748 35.838 64.782 Adiantamentos a empregados 24.718 22.891 22.429 26.092 24.205 23.421 Seguros a receber 15.594 15.031 21.944 15.604 14.846 21.921 Incentivo fiscal - Fundo de Investimento da Amazônia – FINAM (líquido) 9.604 9.604 9.604 9.604 9.604 9.604 Adiantamento de comissão 1.972 - - 1.972 - - Penhoras e cauções 669 - - 9.191 - - Adiantamento para serviços prestados 6.403 6.579 12.124 6.505 6.579 12.124 Benefícios a receber 1.269 - - 1.269 - - Empréstimo compulsório - - - 1.318 - - Contribuição de parceiros a receber - - 46.740 - - 46.740 Dividendos a receber 2.721 - - - - - Adiantamento para futuro aumento de capital 126.848 - - - - - Despesas pagas antecipadamente 32.017 33.187 70.896 47.291 40.734 77.009 Outros 10.416 22.923 21.422 25.449 27.753 36.532 845.521 610.213 759.939 853.894 694.209 945.809 Menos - Circulante 354.032 296.393 392.823 458.797 374.844 561.144 Não Circulante 491.489 313.820 367.116 395.097 319.365 384.665 (i) Refere-se aos depósitos sobre causas tributárias, substancialmente o imposto de renda e contribuição social, as quais estão sendo contestadas judicialmente. Tendo em vista que esses depósitos não foram efetuados pelo valor integral da obrigação tributária em discussão ou não há provisão constituída no passivo por não ser essa perda considerada provável, os mesmos estão sendo apresentados no ativo circulante (Nota 24). (ii) Corresponde a retrabalhos realizados em produtos fornecidos por terceiros, os quais serão reembolsados pelos mesmos consoante termos contratuais. (iii) Crédito de impostos: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 ICMS e IPI 50.569 55.415 73.778 66.461 68.000 122.183 Imposto de renda 151.904 134.597 87.507 168.033 149.959 122.358 PIS e COFINS 53.508 31.453 60.488 57.584 32.596 69.061 Outros 9.399 4.178 3.452 17.787 7.906 8.970 265.380 225.643 225.225 309.865 258.461 322.572 Menos - Circulante 217.997 173.756 157.970 249.006 198.220 246.100 Não Circulante 47.383 51.887 67.255 60.859 60.241 76.472 14 DEPÓSITOS EM GARANTIA Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Garantia de estrutura de vendas (i) - - - 439.137 537.788 700.518 Garantia de financiamento de vendas (ii) 331.694 338.913 - 331.694 338.913 433.232 Outras 3.394 3.317 18.691 3.672 3.605 18.886 335.088 342.230 18.691 774.503 880.306 1.152.636 Menos - Circulante - - - - - - Não Circulante 335.088 342.230 18.691 774.503 880.306 1.152.636 (i) Valores em dólares depositados em uma conta de caução como garantia de financiamento de certas aeronaves vendidas. Caso o fiador da dívida (parte não relacionada) seja requerido a pagar ao credor do financiamento, o fiador terá direito ao saldo da conta de caução. O montante depositado será liberado por ocasião do vencimento dos contratos de financiamento (de 2013 a 2021) caso não ocorra inadimplência do comprador das aeronaves. Os juros sobre a conta de caução são adicionados ao saldo do principal e reconhecidos pela Companhia como Receita financeira. 39
  • 41. Buscando garantir rentabilidade compatível com o prazo da caução, em 2004, a Embraer aplicou US$ 123.400 mil de principal em notas estruturadas. Em caso de evento de default da Embraer, tais notas terão seus vencimentos antecipados, e serão realizadas pelo seu valor de mercado, limitando-se, no mínimo, aos valores originalmente aplicados. A diferença entre o valor de mercado e o valor aplicado, se positiva, será paga à Companhia em forma de títulos ou empréstimos da mesma. Eventos de default que podem antecipar o vencimento das notas são, entre outros: (a) insolvência ou concordata da Embraer; e (b) inadimplência ou reestruturação de dívidas da Embraer em contratos de financiamento. Os juros apurados mensalmente são incorporados ao principal e reconhecidos como receita financeira do período. Em 2010, o montante US$ 35.330 mil (US$ 26.385 mil de principal) foi transferido para investimentos de longo prazo, uma vez que cessou o gravame sobre tal parcela. (ii) Aplicações financeiras denominadas em dólares, vinculadas às estruturas de vendas, cuja desvinculação depende da conclusão dessas estruturas. Essas aplicações são remuneradas com base na variação da LIBOR anual. 15 INVESTIMENTOS a) Valores dos investimentos Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Em sociedades controladas: ECC do Brasil Cia. de Seguros 4.003 4.017 4.468 - - - ELEB Equipamentos Ltda. 74.827 57.210 87.261 - - - Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL 681 811 1.270 - - - Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH 352.155 356.720 222.347 - - - Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. 21.576 18.984 24.577 - - - Embraer Aviation Europe SAS - EAE 171.195 177.414 174.865 - - - Embraer Credit Ltd. – ECL 6.160 5.206 5.329 - - - Embraer GPX Ltda. 1.949 318 1 - - - Embraer Overseas Limited 15.905 15.677 9.699 - - - Embraer Representation LLC – ERL 190.949 253.597 304.340 - - - Embraer Spain Holding Co. SL - ESH 1.429.609 1.561.012 2.032.382 - - - Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA - - 1.146 - - - Outros - - - 8 9 10 2.269.009 2.450.966 2.867.685 8 9 10 b) Movimentação do investimento na Controladora Var.camb/ Transfer. p/ ajuste prov. p/ Saldo em Equival. acumulado passivo a Saldo em 31.12.2009 patrim. conversão Adição descoberto 31.12.2010 ECC do Brasil Cia. de Seguros 4.017 (14) - - - 4.003 ELEB Equipamentos Ltda. 57.210 21.861 (4.244) - - 74.827 Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL 811 (209) 79 - - 681 Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH 356.720 11.961 (16.526) - - 352.155 Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. 18.984 3.705 (1.113) - - 21.576 Embraer Aviation Europe SAS - EAE 177.414 14.848 (21.067) - - 171.195 Embraer Credit Ltd. – ECL 5.206 1.244 (290) - - 6.160 Embraer GPX Ltda. 318 1.631 - - - 1.949 Embraer Overseas Limited 15.677 949 (721) - - 15.905 Embraer Representation LLC – ERL 253.597 (52.972) (9.676) - - 190.949 Embraer Spain Holding Co. SL - ESH 1.561.012 (73.737) (73.882) 16.216 - 1.429.609 Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA - 790 (24) - (766) - 2.450.966 (69.943) (127.464) 16.216 (766) 2.269.009 Var.camb/ Transfer. p/ ajuste prov. p/ Saldo em Equival. acumulado passivo a Saldo em 01.01.2009 patrim. conversão Dividendos Adição descoberto 31.12.2009 ECC do Brasil Cia. de Seguros 4.468 (35) (258) (158) - - 4.017 ELEB Equipamentos Ltda. 87.261 (7.406) (22.647) 2 - - 57.210 Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL 1.270 (398) (61) - - - 811 Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH 222.347 13.470 (57.932) - 178.835 - 356.720 Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. 24.577 1.571 (7.164) - - - 18.984 Embraer Aviation Europe SAS - EAE 174.865 48.696 (46.147) - - - 177.414 Embraer Credit Ltd. – ECL 5.329 1.416 (1.539) - - - 5.206 Embraer GPX Ltda. 1 314 3 - - - 318 Embraer Overseas Limited 9.699 11.651 (5.673) - - - 15.677 Embraer Representation LLC – ERL 304.340 33.261 (84.004) - - - 253.597 Embraer Spain Holding Co. SL - ESH 2.032.382 47.255 (518.625) - - - 1.561.012 Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA 1.146 (2.604) (797) - - 2.255 - 2.867.685 147.191 (744.844) (156) 178.835 2.255 2.450.966 c) Informações relativas às controladas diretas 31.12.2010 31.12.2009 Participação Lucro Lucro no capital Total dos Total dos Patrimônio (prejuízo) Total dos Total dos Patrimônio (prejuízo) social % ativos passivos líquido do exercício ativos passivos líquido do exercício ECC do Brasil Cia. de Seguros 99,99 4.111 5 4.106 (14) 4.122 2 4.120 (33) ELEB Equipamentos Ltda. 99,99 252.010 170.880 81.130 24.929 268.331 208.606 59.725 (8.128) Embraer Austrália PTY Ltd. – EAL 100,00 1.137 455 682 (209) 1.222 410 812 (348) Embraer Aircraft Holding Inc. – EAH 100,00 508.183 152.674 355.509 12.192 504.849 144.902 359.947 9.226 Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. 100,00 127.315 105.738 21.577 3.705 139.906 120.922 18.984 672 Embraer Aviation Europe SAS - EAE 100,00 176.883 1.714 175.169 17.017 183.070 3.699 179.371 40.884 Embraer Credit Ltd. – ECL 100,00 44.517 38.358 6.159 1.244 46.852 41.647 5.205 1.233 Embraer GPX Ltda. 99,99 17.176 15.227 1.949 1.631 8.034 7.716 318 314 Embraer Overseas Limited 100,00 1.497.332 1.481.428 15.904 949 1.562.339 1.546.663 15.676 8.438 Embraer Representation LLC – ERL 100,00 250.047 59.098 190.949 (52.972) 291.670 38.073 253.597 26.807 Embraer Spain Holding Co. SL - ESH 100,00 1.466.041 36.432 1.429.609 (73.739) 1.588.079 27.067 1.561.012 44.664 Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA 99,99 22.671 23.152 (481) 726 21.367 22.574 (1.207) (1.706) (64.541) 122.023 Para apuração da equivalência patrimonial foram excluídos lucros não realizados nas operações tanto de venda da Controladora para a controlada quanto da controlada para a Controladora ou entre as controladas. A Controladora constituiu provisão correspondente ao valor do passivo a descoberto de suas controladas no montante de R$ 766 em 2010, a qual está registrada na rubrica provisão para perdas em investimentos em sociedades controladas. As contrapartidas das provisões constituídas foram classificadas em contrapartida do resultado, na rubrica “equivalência patrimonial”. 40
  • 42. 16 PARTES RELACIONADAS a) Operações com partes relacionadas Operações com partes relacionadas são transações realizadas entre a Controladora com suas subsidiárias diretas ou indiretas (descritas na Nota 2.b) ou acionistas diretos ou indiretos (Banco do Brasil, BNDES e Comando da Aeronáutica), em condições similares àquelas praticadas com partes independentes, e referem-se basicamente a: • valores ativos: (i) contas a receber das controladas pela venda de peças de reposição e aeronaves e desenvolvimento de produtos, em condições semelhantes àquelas realizadas com terceiros, considerando-se os volumes, prazos , riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação de recursos em moeda estrangeira; (iii) recebimentos em nome da Embraer pela controlada Embraer Finance Ltd. - EFL, sem remuneração; (iv) saldos em aplicações financeiras e (v) saldos em conta corrente bancária; • valores passivos: (i) aquisição de partes de aeronaves e peças de reposição, em condições semelhantes àquelas realizadas com terceiros, considerando-se os volumes, prazos, riscos envolvidos e políticas corporativas; (ii) adiantamentos recebidos por conta de contratos de vendas, conforme cláusula contratual; (iii) comissão por venda de aeronaves e peças de reposição em condições semelhantes àquelas realizadas com terceiros; (iv) financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos a taxas de juros de mercado para esse tipo de modalidade de financiamento; (v) empréstimos e financiamentos nas condições normais de mercado; (vi) contratos de mútuo com as subsidiárias no exterior com taxas de juros praticadas pela Companhia na captação desses recursos e (vii) financiamentos à exportação; • valores no resultado: (i) compra e venda de aeronaves, partes e peças de reposição e desenvolvimento de produtos para o mercado de defesa e segurança; (ii) receitas financeiras provenientes de contratos de mútuo e aplicações financeiras; (iii) encargos financeiros sobre financiamentos para pesquisa e desenvolvimento de produtos, financiamento de importação, financiamento à exportação e adiantamento de contrato de câmbio e (iv) despesas com comissão de vendas de aeronaves e peças de reposição. i) Controladora – 31.12.2010 Circulante Não circulante Resultado Lucro Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro (prejuízo) Banco do Brasil S.A. 271.987 - 331.358 - 10.312 - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 331 2.145 - 550.000 (37.325) - Comando da Aeronáutica 37.598 144.664 - 16.490 - 244.920 ECC Leasing Co. Ltd. 32.878 217 122.003 - 4.870 79.321 ELEB - Equipamentos Ltda. 3.251 12.434 45.192 - 2.055 (164.712) Embraer Aircraft Customer Services, Inc. – EACS 69.699 12.457 - - 259 45.639 Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH - - 66.648 - 2.795 (1.419) Embraer Aircraft Maintenance Services Inc.- EAMS 1.615 670 - - - 139 Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. - EAP 17.651 3.731 72.804 - 1.612 (1.460) Embraer Aviation International SAS – EAI 28.499 40.509 - - 129 (10.963) Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA 2.482 - 12.600 - - 23.937 Embraer Australia PTY Ltd. - EAL 60 - - - - - Embraer CAE Training Services - ECTS - 2.473 - - - (4.805) Embraer Credit Ltd. – ECL - - 35.025 - - - Embraer Executive Jet Services - EEJS - 694 - - - - Embraer Finance Ltd. – EFL - 184 575.702 - 7.190 - Embraer GPX Ltda 10.576 1.044 2.109 - 69 3.308 Embraer Representation LLC - ERL - (192) - - - (172.104) Embraer Services Inc. – ESI 187 9.570 - - - (42.590) Embraer Spain Holding Co. SL - ESH - - 36.383 - 697 - Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP - 23.957 - 62.173 (1.026) - Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - HEAI 4.317 - - - - 22.052 OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. 18 1.034 - - - (3.993) Embraer CAE Training Services (UK Limited)-ECUK 1.050 1.376 - - - 1.858 Embraer Aviation Europe SAS - EAE 5 932 - - - (1.932) Embraer China Aircraft Technical Services Co., Ltd. - BJG 673 1.326 - - - (658) Embraer Europe SARL - EES - 6.888 - - - (14.290) EPEs - - 114.248 - - - 482.877 266.113 1.414.072 628.663 (8.363) 2.248 ii) Controladora - 31.12.2009 Circulante Não circulante Resultado Lucro Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro (Prejuízo) Banco do Brasil S.A. 211.152 - 338.913 - (1.242) - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 726 765.528 - 300.000 (87.547) - Comando da Aeronáutica 83.502 121.334 - - - 275.360 ECC Leasing Co. Ltd. 61 - 55.614 - 4.274 (9.200) ELEB - Equipamentos Ltda. 3.274 13.162 16.485 - 93 (121.353) Embraer Aircraft Customer Services, Inc. – EACS 34.219 7.317 - - - 58.941 Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH 495 - 69.714 - 3.144 - Embraer Aircraft Maintenance Services Inc.- EAMS 1.547 607 - - - 345 Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. - EAP 11.727 5.495 100.956 - 1.535 (266) Embraer Aviation International SAS – EAI 18.369 27.650 - - - 16.699 Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. – NEIVA 4.611 113 11.491 - - 868 Embraer Australia PTY Ltd. - EAL 98 - - - - - Embraer CAE Training Services - ECTS 5.159 1.537 - - - 3.558 Embraer Credit Ltd. – ECL - - 37.163 - - - Embraer Executive Jet Services - EEJS 34 41 - - - 50 Embraer Finance Ltd. – EFL - 497 868.332 - 7.066 (1.493) Embraer GPX Ltda 4.555 1.925 1.180 - 15 (1.644) Embraer Representation LLC - ERL - 53.305 - - - (392.084) Embraer Services Inc. – ESI 170 3.182 - - - (31.921) Embraer Spain Holding Co. SL - ESH - 1.216 27.056 - 1.277 - Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP - 23.930 - 86.053 (1.258) - Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - HEAI 14.045 6.832 - - - 11.688 OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. 14 1.129 - - - (4.836) 393.758 1.034.800 1.526.904 386.053 (72.643) (195.288) 41
  • 43. iii) Controladora – 01.01.2009 Circulante Não circulante Ativo Passivo Ativo Passivo Banco do Brasil S.A. 125.348 540.275 - - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES 1.671 444 - 1.248.463 Comando da Aeronáutica 114.939 32.524 - - ECC do Brasil Cia. de Seguros 187 - - - ECC Leasing Co. Ltd. 1.101 - 71.052 - ELEB - Equipamentos Ltda. 4.836 2.356 - - Embraer Aircraft Customer Services, Inc. - EACS 184.784 18.339 - - Embraer Aircraft Holding Inc. - EAH 658 - 92.345 - Embraer Aircraft Maintenance Services Inc. - EAMS 5.286 3.841 - - Embraer Ásia Pacific PTE Ltd. 14.251 4.426 - - Embraer Aviation International SAS - EAI 22.350 19.834 - - Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. - NEIVA 1.100 179 - - Embraer Credit Ltd. - ECL - - 54.401 - Embraer Finance Ltd. - EFL - 19.378 1.874.720 - Embraer Representation LLC - ERL - 123.312 - - Embraer Services Inc. - ESI 9.433 13.023 - - Embraer Spain Holding Co. SL - ESH - - 45.733 - Financiadora de Estudo e Projetos - FINEP - 19.323 - 109.805 Harbin Embraer Aircraft Industry Company Ltd. - HEAI 58.241 5 - - OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S.A. 876 833 - - 545.061 798.092 2.138.251 1.358.268 iv) Consolidado – 31.12.2010 Circulante Não circulante Resultado Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro Lucro Banco do Brasil S.A. 599.764 164.945 331.358 331.358 17.536 - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 331 7.988 - 570.222 (35.065) - Comando da Aeronáutica 106.606 266.563 - 16.490 - 358.862 Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 12.996 - - Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 26.930 - 62.173 (778) - 706.701 466.426 331.358 993.239 (18.307) 358.862 v) Consolidado – 31.12.2009 Circulante Não circulante Resultado Ativo Passivo Ativo Passivo Financeiro Lucro Banco do Brasil S.A. 707.016 227.469 338.913 356.177 20.185 - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 726 785.934 - 326.223 (91.740) - Comando da Aeronáutica 216.979 231.784 - - - 403.767 Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 14.636 - - Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 27.576 - 89.067 (1.661) - 924.721 1.272.763 338.913 786.103 (73.216) 403.767 vi) Consolidado – 01.01.2009 Circulante Não circulante Ativo Passivo Ativo Passivo Banco do Brasil S.A. 1.028.349 861.564 - 442.362 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES - 9.630 - 1.295.243 Comando da Aeronáutica 223.004 102.440 - - Empresa Portuguesa de Defesa – EMPORDEF - - - 18.949 Financiadora de Estudo e Projetos – FINEP - 22.977 - 116.427 1.251.353 996.611 - 1.872.981 Governo Brasileiro O Governo Brasileiro, por meio de participações diretas e indiretas e da propriedade de nossa golden share, é um dos principais acionistas da Companhia. Em 31 de dezembro de 2010, o Governo Brasileiro era proprietário de nossa golden share e detinha participação indireta de 5,37% em nossa empresa, por meio do BNDESPAR, uma subsidiária integral do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (o banco de desenvolvimento do Brasil) que, por sua vez, é controlada pelo Governo Brasileiro. Portanto, as transações entre a Embraer e o Governo Brasileiro ou suas agências correspondem à definição de operações com partes relacionadas. O Governo Brasileiro desempenha uma função importante em nossas atividades de negócios, inclusive como: (i) cliente importante de nossos produtos de defesa e segurança (por meio da Força Aérea Brasileira); (ii) fonte de financiamento para pesquisa e desenvolvimento, por meio de instituições de desenvolvimento tecnológico, como FINEP e BNDES; (iii) agência de crédito para exportação (por meio do BNDES); e (iv) fonte de financiamentos de curto e longo prazo e fornecedor de serviços de administração de capital e de banco comercial (por meio do Banco do Brasil). b) Remuneração do pessoal-chave da administração 2010 2009 Benefícios de curto prazo (i) 28.759 27.025 Pagamento baseado em ações 3.217 - Remuneração total 31.976 27.025 (i) Inclui ordenados, salários, participação nos lucros, bônus e indenização. São considerados pessoal-chave da administração os membros da diretoria estatutária e do conselho de administração. Durante os exercícios de 2010 e 2009, não houve remuneração vinculada a benefícios pós-emprego, benefícios de rescisão de contrato de trabalho ou outros benefícios de longo prazo. 17 IMOBILIZADO (i) Revisão da estimativa da vida útil dos ativos imobilizados Em 1º de abril de 2010, a Companhia revisou sua base de estimativas de vida útil para seus ativos imobilizados, o que resultou de uma maneira geral na redução das taxas de depreciação utilizadas, devido ao prolongamento da vida útil econômica dos ativos. Para fins desta análise, os especialistas internos emitiram um laudo de avaliação, considerando o planejamento operacional da Companhia para os próximos exercícios, os antecedentes internos e o plano de manutenção e utilização dos itens do ativo. Também foram considerados elementos externos de comparação, tais como tecnologias disponíveis, recomendações e manuais dos fabricantes e taxas de vivência dos bens. Foi atribuído valor residual para determinados modelos de aeronaves e para peças de reposição constante no programa Exchange Pool. Para os demais itens do ativo imobilizado não foi atribuído valor residual, uma vez que devido às suas características e forma de utilização esses ativos quando realizados por venda possuem valores irrelevantes. 42
  • 44. A nova vida útil estimada foi aplicada prospectivamente a partir 1º de abril de 2010, baseando-se nos saldos líquidos dos itens do ativo imobilizado da Companhia. Como resultado da alteração da vida útil estimada dos ativos, os encargos de depreciação reconhecidos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foram reduzidos em R$ 31.921, quando comparados com aqueles que seriam registrados pelos critérios anteriores. A Companhia estima que a mudança desta política contábil afetaria o resultado em aproximadamente R$ 42.561 para os próximos anos. Nova vida útil média aplicada a partir de 1º de abril de 2010: Vida útil Classes de ativo média (anos) Edifícios e benfeitorias em terrenos 29 Instalações 20,5 Máquinas e equipamentos 11 Móveis e utensílios 7,5 Veículos 9,5 Aeronaves 12,5 Computadores e periféricos 5 Ferramental 10 Outros bens 5 Pool de peças de reposição 11 (ii) Não utilização do custo atribuído na adoção inicial dos IFRS A Companhia não atribuiu custos aos seus ativos (deemed cost) diferentes daqueles que já vinham sendo registrados e suas demonstrações financeiras. Esta decisão se baseou em análise detalhada cujos principais aspectos e motivações são descritos a seguir: • A moeda funcional da Companhia é o dólar. Em função disto seus ativos foram mensurados em USD no momento de sua aquisição eliminando os impactos dos efeitos inflacionários gerados ao longo dos anos com altos índices de inflação; • De modo geral a Companhia não recebe incentivos para aquisição de seus ativos, o que não poderiam resultar em valores contábeis mais baixos do que o valor de mercado; • Grande parte de seus ativos, se refere a edifícios ou construções e considerando o negócio da Companhia seria difícil de ser realizado por venda. Um exemplo disso são seus edifícios próximos a aeroportos; • A própria característica de seu negócio, trata-se de uma indústria muito específica e com processos diferenciados, acaba por restringir ou ao menos dificultar a comercialização de muitos de seus equipamentos e maquinários. Dessa forma, a Companhia tem um volume muito baixo de realização destes ativos por meio de venda; • No caso de suas aeronaves, os valores de custo se aproximam aos de realização. Valores de custo superiores à avaliação de especialistas do mercado, são ajustados. a) Controladora Edifícios e benfeitorias Máquinas e Móveis e Computadores Imobilizações em Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i) e periféricos Ferramental Outros bens andamento (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 31.12.2009 17.763 490.925 203.295 470.522 51.395 12.278 1.511 153.257 456.552 3.622 7.587 1.868.707 Adições - - - 10.804 1.598 24 - 16.990 17.590 - 4.712 51.718 Baixas - - (48) (30.187) (554) (319) - (659) - (3.230) (8) (35.005) Reclassificação* - 7.822 4.576 (2.633) 1.599 917 - (8.226) 1 5.170 (9.226) - Efeito de conversão (765) (21.558) (9.022) (19.689) (2.334) (570) (65) (7.056) (20.407) (203) (14) (81.683) Saldo em 31.12.2010 16.998 477.189 198.801 428.817 51.704 12.330 1.446 154.306 453.736 5.359 3.051 1.803.737 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2009 - (144.347) (134.750) (270.679) (26.378) (9.161) (1.511) (134.404) (186.706) (1.940) - (909.876) Depreciação - (8.533) (3.521) (18.861) (2.547) (507) - (9.795) (35.915) - - (79.679) Baixas - - 43 7.000 474 253 - 678 - - - 8.448 Reclassificação* - 17 (7) (6) - - - (4) - - - - Efeito de conversão - 6.642 5.961 12.402 1.243 407 65 6.394 9.884 84 - 43.082 Saldo em 31.12.2010 - (146.221) (132.274) (270.144) (27.208) (9.008) (1.446) (137.131) (212.737) (1.856) - (938.025) Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2009 17.763 346.578 68.545 199.843 25.017 3.117 - 18.853 269.846 1.682 7.587 958.831 Saldo em 31.12.2010 16.998 330.968 66.527 158.673 24.496 3.322 - 17.175 240.999 3.503 3.051 865.712 Edifícios e benfeitorias Máquinas e Móveis e Computadores Imobilizações em Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i) e periféricos Ferramental Outros bens andamento (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 01.01.2009 21.573 594.029 229.409 561.312 66.360 16.338 2.075 202.913 588.709 4.947 98.002 2.385.667 Adições 1.710 - 570 48.244 830 861 - 2.587 20.914 40.157 16.128 132.001 Baixas - - - (19.828) (303) (1.271) (35) (2.423) - (1.225) - (25.085) Reclassificação* 315 58.936 39.975 34.076 1.689 456 - 2.359 - (39.000) (98.806) - Efeito de conversão (5.835) (162.040) (66.659) (153.282) (17.181) (4.106) (529) (52.179) (153.071) (1.257) (7.737) (623.876) Saldo em 31.12.2009 17.763 490.925 203.295 470.522 51.395 12.278 1.511 153.257 456.552 3.622 7.587 1.868.707 Depreciação acumulada Saldo em 01.01.2009 - (169.812) (164.073) (329.781) (31.418) (11.817) (2.047) (170.907) (211.651) (2.604) - (1.094.110) Depreciação - (20.357) (14.215) (47.696) (3.626) (1.207) (7) (10.555) (33.224) - - (130.887) Baixas - - - 19.627 247 823 21 2.396 - - - 23.114 Reclassificação* - - - - - - - - - - - - Efeito de conversão - 45.822 43.538 87.171 8.419 3.040 522 44.662 58.169 664 - 292.007 Saldo em 31.12.2009 - (144.347) (134.750) (270.679) (26.378) (9.161) (1.511) (134.404) (186.706) (1.940) - (909.876) Imobilizado líquido Saldo em 01.01.2009 21.573 424.217 65.336 231.531 34.942 4.521 28 32.006 377.058 2.343 98.002 1.291.557 Saldo em 31.12.2009 17.763 346.578 68.545 199.843 25.017 3.117 - 18.853 269.846 1.682 7.587 958.831 *Transações que não afetam caixa. O montante de R$ 71.209 (2009 - R$ 117.578) referente à despesa de depreciação, foi debitado ao resultado na rubrica de custo dos produtos e serviços vendidos, o montante de R$ 1.021 (2009 - R$ 3.415) como despesas comerciais e o montante de R$ 7.449 (2009 - R$ 9.895) como despesas administrativas. Os gastos com depreciação de arrendamentos financeiros de máquinas e bens totalizaram R$ 1.308 (2009 – R$ 4.425) e estão incluídos na demonstração de resultado, na rubrica de “custo dos produtos vendidos”. b) Consolidado Edifícios e “Pool” Imobilizações benfeitorias Máquinas e Móveis e Computadores Outros de peças em Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i) e periféricos Ferramental bens de reposição andamento (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 31.12.2009 19.361 678.726 212.944 799.534 76.404 23.010 654.414 189.321 460.006 4.325 230.793 28.185 3.377.023 Adições - 2.985 47 36.400 2.631 149 50.229 21.305 17.590 720 76.932 51.276 260.264 Baixas - (40) (52) (53.364) (1.662) (508) (29.906) (984) - (3.880) - (8) (90.404) Redução ao valor recuperável dos ativos - - - - - - (21.933) - - - - - (21.933) Reclassificação* - 5.922 4.576 (8.422) 1.599 917 161.013 (8.191) 1 5.170 - (10.740) 151.845 Efeito de conversão (945) (30.525) (9.480) (43.232) (4.121) (1.590) (26.652) (9.644) (20.556) (1.021) (8.387) (1.988) (158.141) Saldo em 31.12.2010 18.416 657.068 208.035 730.916 74.851 21.978 787.165 191.807 457.041 5.314 299.338 66.725 3.518.654 Depreciação acumulada Saldo em 31.12.2009 - (189.190) (139.924) (490.012) (44.711) (17.939) (132.773) (162.551) (189.403) (1.940) (90.935) - (1.459.378) Depreciação - (16.119) (3.861) (28.980) (3.917) (899) (44.494) (11.978) (36.216) - (33.355) - (179.819) Baixas - 39 46 16.699 1.458 442 16.578 968 - - - - 36.230 Reclassificação* - 17 (7) (6) - - 1.331 (4) - - - - 1.331 Efeito de conversão - 9.254 6.193 38.228 2.719 1.314 7.715 8.976 10.018 85 (446) - 84.056 Saldo em 31.12.2010 - (195.999) (137.553) (464.071) (44.451) (17.082) (151.643) (164.589) (215.601) (1.855) (124.736) - (1.517.580) Imobilizado líquido Saldo em 31.12.2009 19.361 489.536 73.020 309.522 31.693 5.071 521.641 26.770 270.603 2.385 139.858 28.185 1.917.645 Saldo em 31.12.2010 18.416 461.069 70.482 266.845 30.400 4.896 635.522 27.218 241.440 3.459 174.602 66.725 2.001.074 43
  • 45. Edifícios e “Pool” Imobilizações benfeitorias Máquinas e Móveis e Computadores Outros de peças em Terrenos em terrenos Instalações equipamentos utensílios Veículos Aeronaves (i) e periféricos Ferramental bens de reposição andamento (ii) Total Custo do imobilizado bruto Saldo em 01.01.2009 21.573 784.769 239.462 952.912 97.762 29.493 789.983 246.947 593.345 5.603 266.998 173.879 4.202.726 Adições 3.426 39.813 583 66.080 4.582 1.348 153.472 13.525 20.914 40.667 36.482 8.525 389.417 Baixas - - (5) (28.304) (1.589) (1.283) (52.195) (3.393) - (1.225) - (3.308) (91.302) Reclassificação* 315 68.281 41.626 60.763 663 765 (4.828) (345) - (39.041) - (128.199) - Efeito de conversão (5.953) (214.137) (68.722) (251.917) (25.014) (7.313) (232.018) (67.413) (154.253) (1.679) (72.687) (22.712) (1.123.818) Saldo em 31.12.2009 19.361 678.726 212.944 799.534 76.404 23.010 654.414 189.321 460.006 4.325 230.793 28.185 3.377.023 Depreciação acumulada Saldo em 01.01.2009 - (219.554) (170.117) (604.231) (54.775) (22.728) (140.827) (205.644) (215.041) (2.604) (90.854) - (1.726.375) Depreciação - (28.795) (14.758) (67.451) (5.606) (1.678) (36.712) (13.305) (33.424) - (26.612) - (228.341) Baixas - - 5 27.503 1.507 834 4.301 3.173 - - - - 37.323 Reclassificação* - - - - - - - - - - - - - Efeito de conversão - 59.159 44.946 154.167 14.163 5.633 40.465 53.225 59.062 664 26.531 - 458.015 Saldo em 31.12.2009 - (189.190) (139.924) (490.012) (44.711) (17.939) (132.773) (162.551) (189.403) (1.940) (90.935) - (1.459.378) Imobilizado líquido Saldo em 01.01.2009 21.573 565.215 69.345 348.681 42.987 6.765 649.156 41.303 378.304 2.999 176.144 173.879 2.476.351 Saldo em 31.12.2009 19.361 489.536 73.020 309.522 31.693 5.071 521.641 26.770 270.603 2.385 139.858 28.185 1.917.645 *Transações que não afetam caixa. (i) As aeronaves destinam-se a uso em ensaios, voos corporativos e leasing operacional e estão ajustados ao valor de realização, quando aplicável. A Companhia possuía aeronaves contabilizadas no ativo imobilizado, como segue: 31 de dezembro de 2010: 5 EMB 120, 28 ERJ 145, 6 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190, 2 Phenom 100 e 2 de outros modelos. 31 de dezembro de 2009: 5 EMB 120, 26 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 190 e 2 de outros modelos. 1º de janeiro de 2009: 5 EMB 120, 21 ERJ 145, 4 EMBRAER 170, 1 EMBRAER 175, 1 EMBRAER 190 e 3 de outros modelos. Destas aeronaves, 29 estavam destinadas a arrendamento operacional, três para ensaios e uma para voos corporativos. (ii) Referem-se principalmente às obras para ampliação da capacidade instalada para atender à fabricação de novos produtos. Em 31 de dezembro de 2010, R$ 77.607 em bens do ativo imobilizado tinham sido dados em garantia de empréstimos e financiamentos e contingências trabalhistas. O montante de R$ 150.817 (2009 - R$ 201.088) referente à despesa de depreciação foi reconhecido no resultado na rubrica de custo dos produtos vendidos, o montante de R$ 16.240 (2009 - R$ 11.200) como despesas comerciais e o montante de R$ 12.762 (2009 - R$ 16.053) como despesas administrativas. Os gastos com depreciação de arrendamentos financeiros de máquinas e bens totalizaram R$ 5.679 (2009 – R$ 4.760) e estão incluídos na demonstração de resultado, na rubrica de “custo dos produtos vendidos”. Em 2010, os encargos financeiros capitalizados totalizaram R$ 197 com uma taxa de 4,05% (2009 – R$ 1.741 com uma taxa de 5,29% e 1º de janeiro de 2009 – R$ 7.011 com a taxa de 7%). 18 INTANGÍVEL Refere-se aos gastos incorridos no desenvolvimento de programas para cada nova aeronave, incluindo serviços de suporte, mão de obra produtiva, material e mão de obra direta alocados para a construção de protótipos de aeronaves ou componentes significativos, bem como aplicações de tecnologias avançadas que visam tornar as aeronaves mais leves, silenciosas, confortáveis e eficientes em consumo de energia e em emissões, além de projetadas e fabricadas em menos tempo e com otimização de recursos. a) Controladora Desenvolvido internamente Adquirido de terceiros Custo do intangível Comercial Executiva Defesa Outros Software Total Saldo em 31.12.2009 1.627.180 839.752 40.579 1.727 149.561 2.658.799 Adições 26.650 247.360 931 - 22.611 297.552 Adições de contribuição de parceiros (4.191) (169.989) - - - (174.180) Efeito de conversão (71.279) (40.513) (1.801) (75) (3.972) (117.640) Saldo em 31.12.2010 1.578.360 876.610 39.709 1.652 168.200 2.664.531 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2009 (1.142.134) (166.983) (34.224) (878) (111.414) (1.455.633) Amortizações (90.115) (88.954) (4.687) (408) (12.247) (196.411) Amortizações de contribuição parceiros 35.296 17.165 - - - 52.461 Efeito de conversão 51.862 9.580 1.779 56 5.608 68.885 Saldo em 31.12.2010 (1.145.091) (229.192) (37.132) (1.230) (118.053) (1.530.698) Intangível líquido Saldo em 31.12.2009 485.046 672.769 6.355 849 38.147 1.203.166 Saldo em 31.12.2010 433.269 647.418 2.577 422 50.147 1.133.833 Desenvolvido internamente Adquirido de terceiros Custo do intangível Comercial Executiva Defesa Outros Software Total Saldo em 01.01.2009 2.156.155 931.301 53.643 2.318 175.678 3.319.095 Adições 37.827 355.844 711 - 19.909 414.291 Adições de contribuição de parceiros (13.723) (180.269) - - - (193.992) Efeito de conversão (553.079) (267.124) (13.775) (591) (46.026) (880.595) Saldo em 31.12.2009 1.627.180 839.752 40.579 1.727 149.561 2.658.799 Amortização acumulada Saldo em 01.01.2009 (1.425.607) (182.877) (44.895) (676) (133.770) (1.787.825) Amortizações (145.964) (48.775) (773) (402) (13.312) (209.226) Amortizações de contribuição parceiros 54.026 15.803 - - - 69.829 Efeito de conversão 375.411 48.866 11.444 200 35.668 471.589 Saldo em 31.12.2009 (1.142.134) (166.983) (34.224) (878) (111.414) (1.455.633) Intangível líquido Saldo em 01.01.2009 730.548 748.424 8.748 1.642 41.908 1.531.270 Saldo em 31.12.2009 485.046 672.769 6.355 849 38.147 1.203.166 44
  • 46. b) Consolidado Desenvolvido internamente Adquirido de terceiros Custo do intangível Comercial Executiva Defesa Outros Software Total Saldo em 31.12.2009 1.646.047 879.749 42.719 9.938 211.163 2.789.616 Adições 27.848 255.853 932 2.753 25.701 313.087 Adições de Contribuição de parceiros (4.191) (169.989) - - - (174.180) Baixas - - - - (15.350) (15.350) Efeito de conversão (70.541) (43.866) (1.892) (5.509) (5.347) (127.155) Saldo em 31.12.2010 1.599.163 921.747 41.759 7.182 216.167 2.786.018 Amortização acumulada Saldo em 31.12.2009 (1.153.005) (169.626) (35.266) (3.385) (165.176) (1.526.458) Amortizações (91.254) (93.459) (5.248) (503) (13.312) (203.776) Amortizações de Contribuição parceiros 35.296 17.165 - - - 52.461 Baixas - - - - 6.976 6.976 Efeito de conversão 52.391 10.600 1.859 479 12.965 78.294 Saldo em 31.12.2010 (1.156.572) (235.320) (38.655) (3.409) (158.547) (1.592.503) Intangível líquido Saldo em 31.12.2009 493.042 710.123 7.453 6.553 45.987 1.263.158 Saldo em 31.12.2010 442.591 686.427 3.104 3.773 57.620 1.193.515 Desenvolvido internamente Adquirido de terceiros Custo do intangível Comercial Executiva Defesa Outros Software Total Saldo em 01.01.2009 2.201.822 973.697 56.508 29.172 235.933 3.497.132 Adições 39.049 366.118 717 2.629 26.602 435.115 Adições de Contribuição de parceiros (13.723) (180.269) - - - (193.992) Baixas (18.577) (645) - (18.220) 198 (37.244) Efeito de conversão (562.524) (279.152) (14.506) (3.643) (51.570) (911.395) Saldo em 31.12.2009 1.646.047 879.749 42.719 9.938 211.163 2.789.616 Amortização acumulada Saldo em 01.01.2009 (1.460.240) (183.200) (46.068) (9.735) (185.511) (1.884.754) Amortizações (147.148) (51.525) (966) (7.607) (16.561) (223.807) Amortizações de Contribuição parceiros 54.026 15.803 - - - 69.829 Baixas 18.281 - - 12.417 15 30.713 Efeito de conversão 382.076 49.296 11.768 1.540 36.881 481.561 Saldo em 31.12.2009 (1.153.005) (169.626) (35.266) (3.385) (165.176) (1.526.458) Intangível líquido Saldo em 01.01.2009 741.582 790.497 10.440 19.437 50.422 1.612.378 Saldo em 31.12.2009 493.042 710.123 7.453 6.553 45.987 1.263.158 19 INSTRUMENTOS FINANCEIROS PASSIVOS POR CATEGORIA a) Controladora 31.12.2010 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 2.133.350 2.133.350 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 1.235 1.235 Instrumentos derivativos 40 730 - 730 Garantias financeiras RVG 39 18.466 - 18.466 Garantias financeiras 39 - 220.531 220.531 Fornecedores e outras obrigações (i) - 1.189.193 1.189.193 19.196 3.544.309 3.563.505 31.12.2009 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 3.188.270 3.188.270 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 3.097 3.097 Instrumentos derivativos 40 837 - 837 Garantias financeiras RVG 39 14.521 - 14.521 Garantias financeiras 39 - 253.798 253.798 Fornecedores e outras obrigações (i) - 1.026.809 1.026.809 15.358 4.471.974 4.487.332 01.01.2009 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 3.617.969 3.617.969 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 9.029 9.029 Instrumentos derivativos 40 389.072 - 389.072 Garantias financeiras RVG 39 22.138 - 22.138 Garantias financeiras 39 - 382.057 382.057 Fornecedores e outras obrigações (i) - 2.424.776 2.424.776 411.210 6.433.831 6.845.041 45
  • 47. b) Consolidado 31.12.2010 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 2.384.504 2.384.504 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 6.102 6.102 Instrumentos derivativos 40 3.732 - 3.732 Garantias financeiras RVG 39 18.466 - 18.466 Garantias financeiras 39 - 220.531 220.531 Fornecedores e outras obrigações (i) - 2.220.262 2.220.262 22.198 4.831.399 4.853.597 31.12.2009 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 3.550.919 3.550.919 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 33.064 33.064 Instrumentos derivativos 40 8.091 - 8.091 Garantias financeiras RVG 39 14.521 - 14.521 Garantias financeiras 39 - 253.798 253.798 Fornecedores e outras obrigações (i) - 2.153.821 2.153.821 22.612 5.991.602 6.014.214 01.01.2009 Passivos Passivos mensurados ao financeiros valor justo por meio mensurados pelo Nota do resultado custo amortizado Total Financiamentos 20 - 4.255.353 4.255.353 Obrigações de arrendamento financeiro 20 - 44.188 44.188 Instrumentos derivativos 40 389.072 - 389.072 Garantias financeiras RVG 39 22.138 - 22.138 Garantias financeiras 39 - 382.057 382.057 Fornecedores e outras obrigações (i) - 3.900.560 3.900.560 411.210 8.582.158 8.993.368 (i) O montante refere-se a fornecedores, contas a pagar e dívidas com e sem direito de regresso. 20 FINANCIAMENTOS a) Controladora Controladora Moeda Taxa contratual de juros - % Taxa efetiva de juros - % Vencimento 2010 2009 01.01.2009 Outras moedas: Capital de giro US$ 6,375% 6,375% 2020 1.495.125 1.558.542 952.373 Adiantamentos sobre contratos de câmbio US$ 5,26 a 6,00% 5,26 a 6,00% 2009 - - 778.088 Desenvolvimento de projetos US$ LIBOR + 0,875% a 1,75% LIBOR + 0,875% a 1,75% 2016 - - 305.793 - 454.217 84.847 Aquisição de materiais US$ LIBOR 3M + 0,45% a 1,10% LIBOR 3M + 0,45% a 1,10% 2012 Financiamento de exportação US$ 7,81% 7,81% 2010 - - 118.827 Arrendamento mercantil financeiro US$ 6,16% a 7,95% 6,16% a 7,95% 2012 1.235 3.097 9.029 1.496.360 2.015.856 2.248.957 Moeda nacional: Pré-embarque R$ 4,50% 4,50% TJLP + 2,09% a 2,10% TJLP + 2,09% a 2,10% 2013 552.135 1.065.527 1.248.911 Desenvolvimento de projetos R$ TJLP + 5,0% TJLP + 5,0% 2015 86.090 109.984 129.130 638.225 1.175.511 1.378.041 Total 2.134.585 3.191.367 3.626.998 Menos - Circulante 27.218 810.204 930.096 Não Circulante 2.107.367 2.381.163 2.696.902 b) Consolidado Consolidado Moeda Taxa contratual de juros - % Taxa efetiva de juros - % Vencimento 2010 2009 01.01.2009 Outras moedas: Capital de giro US$ 1,00% a 6,375% 1,00% a 6,716% LIBOR 6M+ 0,50% a 1,10% LIBOR 6M+ 0,50% a 1,10% 2020 1.581.587 1.746.344 1.270.673 Euro Euribor + 0,12% a 1,70% Euribor + 0,12% a 1,70% 16.880 64.996 108.758 1,00% 1,00% Outras 4,78% 4,78% - - 51.539 Desenvolvimento de projetos US$ 6,87% 6,87% 2015 2.404 2.857 309.514 Aquisição de materiais US$ 5,75% 5,75% LIBOR 3M + 0,45% a 1,12% LIBOR 3M + 0,45% a 1,12% 2013 - 455.107 86.292 Financiamento de exportação US$ 6,30% 6,30% 2010 - - 130.565 Adiantamentos sobre contratos de câmbio US$ 4,20% a 8,50% 4,20% a 8,50% 2009 - - 797.455 Aquisição de imobilizado US$ 3,53% a 5,75% 3,53% a 5,75% LIBOR 1M + 2,44% LIBOR 1M + 2,44% 2035 118.848 56.000 59.984 Arrendamento mercantil financeiro US$ 6,16% a 7,95% 6,16% a 7,95% LIBOR 12M+ 2,54% a 3,40% LIBOR 12M+ 2,54% a 3,40% 2014 3.626 6.560 14.379 1.723.345 2.331.864 2.829.159 Moeda nacional: Pré-embarque R$ 4,50% 4,50% TJLP + 2,09% a 2,80% TJLP + 2,09% a 2,80% 2013 552.135 1.081.866 1.274.073 Desenvolvimento de projetos R$ TJLP + 2,41% a 5,0% TJLP + 2,41% a 5,0% 2015 112.650 143.749 166.500 Arrendamento mercantil financeiro R$ CDI + 0,49% a 2,46% CDI + 0,49% a 2,46% 2015 2.476 26.504 29.809 667.261 1.252.119 1.470.382 2.390.606 3.583.983 4.299.541 Menos - Circulante 120.883 1.031.494 1.259.671 Não Circulante 2.269.723 2.552.489 3.039.870 46
  • 48. No mês de setembro de 2010 a Companhia renegociou a linha de crédito sindicalizada, na modalidade standby. A renegociação compreendeu a antecipação do pagamento do valor de USD 250 milhões que havia sido desembolsado em março e abril de 2009, cujo vencimento original seria março e abril de 2011, e a ampliação do valor total da linha para USD 1 bilhão com a ampliação do prazo para desembolso até setembro de 2012. O custo de manutenção é incluso nas despesas financeiras. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não havia realizado nenhum desembolso nesta linha. O saldo não utilizado nesta linha de crédito está demonstrado abaixo: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Taxa variável: - Com vencimento em mais de um ano 1.666.200 435.300 1.168.500 1.666.200 435.300 1.168.500 1.666.200 435.300 1.168.500 1.666.200 435.300 1.168.500 c) Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos a longo prazo possuem a seguinte composição por ano de vencimento: Ano Controladora Consolidado 2012 323.951 387.323 2013 273.882 293.370 2014 8.233 18.082 2015 6.175 12.756 Após 2015 1.495.126 1.558.192 2.107.367 2.269.723 d) Análise de moedas O total da dívida está denominado nas seguintes moedas: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Empréstimos e financiamentos Dólar 1.496.360 2.015.856 2.248.957 1.706.465 2.266.867 2.668.999 Real 638.225 1.175.511 1.378.041 667.261 1.252.119 1.470.382 Euro - - - 16.880 64.997 108.620 Outras - - - - - 51.540 2.134.585 3.191.367 3.626.998 2.390.606 3.583.983 4.299.541 e) Obrigações de arrendamento financeiro As obrigações de arrendamento são garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados. Controladora 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Menos de um ano 1.194 2.104 4.787 Mais de um ano e menos de cinco anos 73 1.264 4.542 Mais de cinco anos - - - 1.267 3.368 9.329 Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros (32) (271) (300) Valor presente das obrigações de arrendamento financeiro 1.235 3.097 9.029 O valor presente das obrigações de arrendamento financeiro é como segue: Menos de um ano 1.154 1.833 4.487 Mais de um ano e menos de cinco anos 70 1.264 4.542 Mais de cinco anos - - - 1.224 3.097 9.029 Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Menos de um ano 2.882 9.021 13.165 Mais de um ano e menos de cinco anos 4.261 24.233 30.240 Mais de cinco anos - 1.619 3.239 7.143 34.873 46.644 Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros (1.041) (1.809) (2.456) Valor presente das obrigações de arrendamento financeiro 6.102 33.064 44.188 O valor presente das obrigações de arrendamento financeiro é como segue: Menos de um ano 2.571 8.191 12.263 Mais de um ano e menos de cinco anos 3.531 23.293 28.686 Mais de cinco anos - 1.580 3.239 6.102 33.064 44.188 f) Encargos e garantias Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos em reais (27,9% do total) estão sujeitos a encargos fixos e ou baseados na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP Em . 31 de dezembro de 2010, a taxa média ponderada era de 4,24% a.a. (7,19% em dezembro de 2009). Em 31 de dezembro de 2010, os financiamentos em dólares (71,4 % do total) eram, predominantemente, sujeitos a encargos fixos e sua taxa média ponderada era 5,89% (4,52% em 31 dezembro de 2009). Além desses endividamentos, em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tinha endividamento em Euros (0,7% do total), predominantemente, sujeitos a encargos baseado na EURIBOR com taxa média ponderada de 2,23% (1,5% em 31 de dezembro de 2009). Considerando os efeitos da análise das taxas efetivas sobre os financiamentos em moeda estrangeira que incluem os custos de estruturação financeira incorridos e já pagos, as taxas médias efetivas ponderadas são equivalentes a LIBOR, mais 3,13% a.a. em 2010 (LIBOR mais 1,65% a.a. em 2009). Em garantia de parte dos financiamentos foram oferecidos imóveis, máquinas, equipamentos, penhor mercantil de itens do estoque de materiais e garantia bancária, no montante total de R$ 186.323. Os financiamentos das controladas, garantidos por fiança ou aval da Controladora, atingiram o montante de R$ 174.785 em 31 de dezembro de 2010 (2009 – R$ 218.258). g) Cláusulas restritivas Os contratos de financiamentos de longo prazo estão sujeitos a cláusulas restritivas, em linha com as práticas usuais de mercado, que estabelecem controle sobre o grau de alavancagem obtido da relação endividamento líquido/EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), bem como limites para a cobertura do serviço da dívida obtido da relação EBITDA/despesa financeira líquida. Há também uma cláusula que define um valor mínimo para o patrimônio líquido da Companhia. Incluem, também, restrições normais sobre criação de novos gravames sobre bens do ativo, mudanças significativas no controle acionário da Companhia, venda de bens do ativo e pagamento de dividendos excedentes ao mínimo obrigatório por lei em casos de inadimplência nos financiamentos e nas transações com empresas afiliadas. Em 31 de dezembro de 2010, a Controladora e as controladas estavam totalmente adimplentes com as cláusulas restritivas. Em outubro de 2006, a Embraer Overseas Limited, subsidiária financeira cujo capital pertence integralmente a Companhia e suas operações tem se restringido às captações a seguir mencionadas, emitiu US$ 400 milhões em títulos com taxa de juros de 6,375% ao ano com vencimento em 23 de janeiro 2017 numa oferta que posteriormente foi registrada parcialmente com a US Securities and Exchange Commission. Em outubro de 2009, novamente a Embraer Overseas Limited captou recursos por meio de oferta de bônus garantidos (guaranteed notes) com vencimento em 15 de janeiro 2020, por meio de uma oferta no exterior, no montante de US$ 500 milhões a uma taxa de 6,375% ao ano. As duas operações são garantidas integralmente e incondicionalmente pela Controladora e, por esse motivo são apresentadas no balanço desta como operações com terceiros. 47
  • 49. 21 FORNECEDORES Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Fornecedores no exterior: Parceiros de risco (i) 501.376 372.946 1.117.271 501.376 372.946 1.117.271 Outros 444.699 378.417 928.907 648.674 591.018 1.279.173 Fornecedores no País 60.514 42.715 69.968 99.979 74.381 109.782 Sociedades controladas 72.909 54.062 95.930 - - - 1.079.498 848.140 2.212.076 1.250.029 1.038.345 2.506.226 Menos - Circulante 1.079.498 848.140 2.212.076 1.250.029 1.038.345 2.506.226 Não Circulante - - - - - - (i) Os parceiros de risco da Companhia desenvolvem e produzem componentes significativos da aeronave, incluindo motores, componentes hidráulicos, aviônicos, asas, cauda, interior, partes da fuselagem etc. Determinados contratos firmados entre a Companhia e esses parceiros de risco caracterizam-se parcerias de longo prazo e incluem o diferimento de pagamentos para componentes e sistemas por um prazo negociado após a entrega desses. Uma vez selecionados os parceiros de risco e iniciado o programa de desenvolvimento e produção de aeronaves, é difícil substituí-los. Em alguns casos, como os motores, a aeronave é projetada especialmente para acomodar um determinado componente, o qual não pode ser substituído por outro fornecedor sem incorrer em atrasos e despesas adicionais significativas. Essa dependência torna a Companhia suscetível a desempenho, qualidade e condições financeiras de seus parceiros de risco. O montante total por moeda está disponível na nota de instrumentos financeiros (Nota 40.d). 22 CONTAS A PAGAR Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Obrigações contratuais (i) - - - 48.699 50.502 49.987 Concessões comerciais 21.478 21.285 17.383 21.478 21.285 17.383 Comando da aeronáutica (ii) 4.469 17.713 - 4.469 17.713 - Partes relacionadas (iii) - - - (12.996) 17.238 20.132 Seguros 10.746 13.601 9.627 10.721 13.667 9.890 Caução - - - 16.862 9.957 9.051 Materiais faltantes (iv) 2.594 7.225 8.885 2.594 7.225 8.885 Créditos financeiros (v) - - - 3.333 4.483 7.630 Demais contas a pagar (vi) 51.606 65.953 67.221 91.505 89.674 92.232 90.893 125.777 103.116 186.665 231.744 215.190 Menos - Circulante 80.008 114.890 89.830 140.694 188.194 163.506 Não Circulante 10.885 10.887 13.286 45.971 43.550 51.684 (i) Representam substancialmente valores provisionados para fazer face aos custos de manutenção de aeronaves alugadas por meio de arrendamento operacional. (ii) Comando da aeronáutica é considerado como parte relacionada da Companhia. (iii) Referem-se basicamente a contrato de mútuo entre a OGMA e EMPORDEF, acionista da OGMA. (iv) Referem-se aos acessórios ou componentes a serem instalados em aeronaves entregues, consoante termos contratuais. (v) Representam valores provisionados para compensar clientes por certos custos de financiamentos. (vi) Representam basicamente despesas incorridas no mês de dezembro, cujos pagamentos ocorrem no mês seguinte. 23 CONTRIBUIÇÕES DE PARCEIROS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Circulante - - - 1.474 1.540 5.823 Não Circulante 27.974 117.911 65.484 27.974 117.911 103.453 Total 27.974 117.911 65.484 29.448 119.451 109.276 A Companhia possui acordos com determinados fornecedores-chave, aqui denominados parceiros, para participação em atividades de pesquisa e desenvolvimento. Alguns contratos de fornecimento requerem que o fornecedor contribua com dinheiro para a Companhia como forma de compensação de suas atividades de pesquisa e desenvolvimento. Como parte desse acordo de fornecimento, essas contribuições estão atreladas ao cumprimento pela Companhia de algumas etapas e eventos importantes do desenvolvimento, incluindo certificação da aeronave, primeira entrega e número mínimo de aeronaves entregues. A Companhia registra essas contribuições quando recebidas como passivo não circulante, as quais não serão exigidas caso os objetivos contratuais sejam alcançados. À medida que essas etapas e eventos sejam alcançados e, portanto, não mais passíveis de devolução, esses valores são abatidos dos gastos de desenvolvimento das aeronaves registrados no Intangível, no ativo não circulante. 24 ADIANTAMENTOS DE CLIENTES Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Em dólar americano 1.270.755 1.647.265 3.337.914 1.423.629 1.827.543 3.595.466 Em reais 224.112 184.649 103.289 228.635 193.796 113.042 1.494.867 1.831.914 3.441.203 1.652.264 2.021.339 3.708.508 Menos - Circulante 1.141.302 1.148.970 2.401.225 1.298.699 1.328.138 2.658.708 Não Circulante 353.565 682.944 1.039.978 353.565 693.201 1.049.800 25 IMPOSTOS E ENCARGOS SOCIAIS A RECOLHER Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Imposto de renda e contribuição social 1.713 5.599 - 16.658 23.617 13.542 Contribuição social (i) 507.844 482.853 487.927 513.977 487.665 493.913 INSS (ii) 205.214 188.032 186.078 208.665 191.345 190.416 PIS e COFINS (iii) 48.913 84.378 135.102 48.922 84.383 135.108 INSS - parcelamentos 32.293 20.087 25.670 32.643 20.087 34.836 IRRF 44.344 44.067 26.914 46.181 45.379 28.891 FGTS 11.923 10.387 12.439 12.363 10.779 12.787 Outros 10.932 3.211 2.788 25.041 16.911 41.401 863.176 838.614 876.918 904.450 880.166 950.894 Menos - Circulante 108.091 95.158 81.366 149.196 136.593 148.010 Não Circulante 755.085 743.456 795.552 755.254 743.573 802.884 A Companhia está questionando administrativa e judicialmente a constitucionalidade da instituição, da base de cálculo e sua expansão, bem como das majorações de alíquotas de alguns impostos, encargos e contribuições sociais, no intuito de assegurar o não recolhimento ou a recuperação de pagamentos efetuados em exercícios anteriores. A Companhia, por meio de processos administrativos e judiciais, obteve liminares e medidas congêneres para não recolher ou compensar pagamentos de impostos, encargos e contribuições sociais. Os valores de tributos não recolhidos, com base em decisões judiciais preliminares, são provisionados e atualizados com base na variação da SELIC até que se obtenha uma decisão final e definitiva e correspondem às seguintes questões: 48
  • 50. (i) A Companhia está pleiteando o reconhecimento da imunidade constitucional da contribuição social sobre exportações e o direito ao crédito de IPI decorrente de entradas isentas, tributadas à alíquota zero ou não tributadas. Com relação à contribuição social sobre exportações, o processo encontra-se no Supremo Tribunal Federal, aguardando julgamento do Recurso Extraordinário, ao qual foi atribuído efeito suspensivo em favor da Companhia. Do montante envolvido em 31 de dezembro de 2010 de R$ 500.152 (Controladora e Consolidado), foram efetivados depósitos judiciais no montante de R$ 172.413, os quais estão apresentados na rubrica outros ativos (Nota 13). Com relação aos créditos de IPI, a empresa aderiu aos termos do parcelamento instituído pela Medida Provisória n.º 470/09. Os requisitos de adesão ao parcelamento foram exauridos dentro do prazo previsto na legislação, qual seja, 30 de novembro de 2009 e a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito dos processos judiciais. (ii) Corresponde à majoração da alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT). A Companhia questiona a legalidade e ausência de critérios técnicos para fixação das alíquotas das referidas contribuições desde 1995, cujos valores encontram-se com exigibilidade suspensa por força de sentença de primeira instância em ação ordinária. O montante envolvido nesse processo em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 177.069 (2009 - R$ 153.126 e 1º de janeiro de 2009 – R$ 153.369). Adicionalmente, em 18 de fevereiro de 2009, a Companhia ingressou com ação judicial para questionar a incidência de contribuições sociais sobre o aviso prévio indenizado. Por força de sentença de primeiro grau, os valores relativos ao aviso prévio indenizado foram excluídos da base de cálculo da contribuição previdenciária patronal e provisionados, até o êxito definitivo na demanda judicial. O processo encontra-se aguardando distribuição junto ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para apreciação do Recurso de Ofício. O montante envolvido neste processo em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 11.120 (2009 – R$ 8.942) na Controladora e R$ 11.469 (2009 – R$ 9.055) no Consolidado. (iii) Referem-se às contribuições ao Programa de Integração Social - PIS/Programa de Formação ao Patrimônio do Servidor Público – PASEP A Companhia questiona a incidência em . alguns períodos. Este processo teve o direito material reconhecido definitivamente pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região e remanesce a discussão no Superior Tribunal de Justiça apenas com relação à prescrição de parte do crédito. A outra discussão, envolvendo a base de cálculo do sistema não-cumulativo, foi incluída nos termos da Lei nº 11.941/09, com a consequente desistência da ação. O montante envolvido no processo é de R$ 48.639 e a Companhia prossegue discutindo critérios de aplicação dos benefícios do parcelamento no âmbito dos processos judiciais. Com relação às questões em discussão judicial acima mencionadas, as provisões remanescentes serão mantidas até que haja um desfecho final e não seja cabível mais nenhum recurso. Adicionalmente, nos termos da adesão à Medida Provisória nº 470/09, a controlada ELEB liquidou em 2009 débitos tributários com crédito de imposto de renda diferido sobre prejuízos fiscais, no montante de R$ 8.675. 26 PROVISÕES DIVERSAS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Provisões relacionadas com folha de pagamento 216.798 190.686 243.344 257.535 232.360 292.150 Programa de participação dos empregados nos lucros 62.692 56.916 63.924 71.603 66.531 71.201 Garantia de produtos (i) 203.481 202.493 265.214 214.478 212.718 274.764 Obrigação de benefícios pós-emprego (Nota 28) 16.000 - - 22.658 5.914 7.685 Provisão para perdas em investimentos em sociedades controladas 589 1.379 - - - - Outras 10.484 9.530 12.518 32.299 32.785 24.952 510.044 461.004 585.000 598.573 550.308 670.752 Menos - Circulante 426.726 315.844 413.061 515.844 406.527 498.813 Não Circulante 83.318 145.160 171.939 82.729 143.781 171.939 (i) Constituídas para fazer face aos gastos relacionados a produtos, incluindo garantias e obrigações contratuais para implementação de melhorias em aeronaves entregues com a finalidade de assegurar o atingimento de indicadores de desempenho. Movimentação das provisões: Controladora Provisão para Programa de Obrigações perdas em Provisões participação dos Garantia por benefícios investimentos relacionadas com empregados de de aposenta- em sociedades folha de pagamento nos lucros produtos doria e pensão controladas Outras Total Saldo em 01.01.2009 243.344 63.924 265.214 - - 12.518 585.000 Adições 107.017 128.271 129.721 - 1.579 28.401 394.989 Baixas - (61.057) (124.118) - - (12.038) (197.213) Reversão (159.675) (74.222) - - - (20.005) (253.902) Ajuste de conversão - - (68.324) - (200) 654 (67.870) Saldo em 31.12.2009 190.686 56.916 202.493 - 1.379 9.530 461.004 Adições 108.429 83.545 113.156 16.000 766 13.426 335.322 Baixas - (52.961) (88.646) - - (7.998) (149.605) Reversão (82.317) (24.808) (15.431) - - (3.070) (125.626) Ajuste de conversão - - (8.091) - (1.556) (1.404) (11.051) Saldo em 31.12.2010 216.798 62.692 203.481 16.000 589 10.484 510.044 Consolidado Programa de Provisões participação dos Garantia Obrigação de relacionadas com empregados de benefícios folha de pagamento nos lucros produtos pós-emprego Outras Total Saldo em 01.01.2009 292.150 71.201 274.764 7.685 24.952 670.752 Adições 141.445 144.745 129.720 223 61.437 477.570 Baixas - (61.057) (124.118) - (12.038) (197.213) Reversão (186.375) (85.516) - - (36.961) (308.852) Ajuste de conversão (14.860) (2.842) (67.648) (1.994) (4.605) (91.949) Saldo em 31.12.2009 232.360 66.531 212.718 5.914 32.785 550.308 Adições 132.173 101.042 115.421 17.053 23.967 389.656 Baixas - (62.008) (90.192) - (7.998) (160.198) Reversão (105.799) (32.380) (15.431) - (13.251) (166.861) Ajuste de conversão (1.199) (1.582) (8.038) (309) (3.204) (14.332) Saldo em 31.12.2010 257.535 71.603 214.478 22.658 32.299 598.573 27 PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A Companhia apresentava os seguintes passivos relacionados às provisões para contingências: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Trabalhistas 74.232 54.602 48.018 76.849 57.320 53.653 Fiscais 47.882 46.449 46.064 51.182 48.511 47.544 Cíveis - - - - - 14.130 122.114 101.051 94.082 128.031 105.831 115.327 Menos - Circulante 11.854 17.451 20.957 12.572 18.203 22.137 Não Circulante 110.260 83.600 73.125 115.459 87.628 93.190 49
  • 51. Movimentação das provisões para contingências: Controladora Trabalhistas Fiscais Cíveis Total Saldo em 01.01.2009 48.018 46.064 - 94.082 Adições 14.995 - - 14.995 Juros 6.436 1.294 - 7.730 Atualização monetária 317 - - 317 Baixas (14.725) (1.403) - (16.128) Ajuste de conversão (439) 494 - 55 Saldo em 31.12.2009 54.602 46.449 - 101.051 Adições 11.536 - - 11.536 Juros 8.039 1.434 - 9.473 Atualização monetária 896 - - 896 Baixas (841) - - (841) Ajuste de conversão - (1) - (1) Saldo em 31.12.2010 74.232 47.882 - 122.114 Consolidado Trabalhistas Fiscais Cíveis Total Saldo em 01.01.2009 53.653 47.544 14.130 115.327 Adições 15.630 - - 15.630 Juros 6.491 1.490 - 7.981 Atualização monetária 317 - - 317 Baixas (16.766) (1.412) (12.167) (30.345) Ajuste de conversão (2.005) 889 (1.963) (3.079) Saldo em 31.12.2009 57.320 48.511 - 105.831 Adições 11.845 1.043 - 12.888 Juros 8.155 1.500 - 9.655 Transferências (170) 170 - - Baixas (1.099) (782) - (1.881) Ajuste de conversão 798 740 - 1.538 Saldo em 31.12.2010 76.849 51.182 - 128.031 A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas e tributários e está discutindo essas questões tanto nas esferas administrativa quanto na judicial, as quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais registrados no ativo da Companhia na rubrica outros ativos. As provisões para as perdas prováveis decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela Companhia amparadas pela posição dos consultores legais externos. A natureza das obrigações pode ser sumarizada como segue: (i) Trabalhistas As provisões para contingências trabalhistas caracterizam-se por processos movidos pelos sindicatos que representam os empregados ou por processos individuais, nos quais ex- empregados reclamam horas extras, produtividade, readmissões, adicionais, retroatividade de aumentos e reajustes salariais. As principais ações em aberto foram movidas pelo sindicato em 1991, que procura aplicar retroativamente aos meses de novembro e dezembro de 1990 um aumento salarial concedido pela Companhia em janeiro e fevereiro de 1991. Até 30 de setembro de 2009, aproximadamente 97% dos empregados e ex-empregados já haviam feito acordo com a Companhia. Outra ação reivindica os ajustes dos Planos Verão e Collor I sobre a multa de 40% do FGTS paga aos empregados que estavam na Companhia entre fevereiro de 1989 e abril de 1990, e que foram demitidos entre 1989 e junho de 2003. Em setembro de 2007, o Sindicato e a Companhia firmaram acordo que prevê o início dos pagamentos a partir de outubro de 2007. Até 31 de dezembro de 2010, a Companhia efetuou pagamentos para 80% dos ex-empregados. A exposição total dos processos é estimada em aproximadamente R$ 102.345. Os processos encontram-se em diversas instâncias, aguardando julgamento. Com base na avaliação dos assessores jurídicos da Companhia e no sucesso de alguns julgamentos e negociações que se espera realizar, o montante provisionado é considerado adequado para cobrir perdas prováveis com estas questões. (ii) Fiscais Os principais processos fiscais em andamento são os seguintes: • Contribuições previdenciárias - a Companhia foi notificada pelas autoridades pela não retenção da contribuição previdenciária de prestadores de serviços. Os processos encontram- se na 2ª instância da esfera judicial. Além desses processos, a Companhia foi notificada para recolhimento de adicionais de riscos ambientais do trabalho. Esse processo encontra-se também na 2ª instância. O montante envolvido relativamente a esses processos, cuja provisão foi constituída integralmente, é de R$ 22.877. • FUNDAF - Em março de 2005, foi lavrado AIIM contra a Companhia, exigindo o recolhimento da contribuição. Em decorrência do lançamento, a Companhia ajuizou na 1ª Instância da esfera judicial, Ação Anulatória de Débito Fiscal, que se encontra pendente de julgamento. O montante envolvido nessa questão em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 10.712, integralmente provisionado. • Imposto de Importação - Trata-se de AIIM lavrado em decorrência de pretensa violação do prazo para cumprimento do drawback e divergências quanto à classificação fiscal de produtos. Esses processos encontram-se na 2ª e 1ª instâncias da esfera judicial, respectivamente. O montante envolvido nesses processos em 31 de dezembro de 2010, cuja provisão foi constituída integralmente, é de R$ 5.184. O valor acima mencionado está líquido dos depósitos judiciais efetuados em igual montante. • CIDE – A Companhia, de janeiro a setembro de 2002, procedeu ao recolhimento da CIDE sobre royalties, serviços técnicos e assistência técnica, sem o reajuste da base de cálculo. Após uma primeira fiscalização deste período e o êxito na esfera administrativa quanto aos fatos controversos, a Receita Federal do Brasil intimou a Companhia a proceder ao pagamento da diferença da base reajustada do período em epígrafe. Foi apresentada defesa no processo administrativo, que se encontra junto à Delegacia de Julgamento da Receita Federal para apreciação da questão em 1ª Instância. O montante envolvido provisionado é de R$ 4.904 em 31 de dezembro de 2010. Passivos contingentes Em razão de auto de infração, lavrado pela Receita Federal do Brasil em junho de 2010, a Companhia discute a base de cálculo e alíquotas de tributos incidentes sobre determinadas e específicas remessas para o exterior. O valor do auto de infração é de R$ 200.179. A Companhia apresentou impugnação dentro do prazo legal e aguarda apreciação das razões de defesa pela Delegacia de Julgamento correspondente. A probabilidade de êxito da discussão é considerada “possível” pelos Advogados responsáveis e, por esse motivo nenhuma provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras. 28 OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO a) Benefícios de plano de pensão – Contribuição definida A Companhia e algumas subsidiárias patrocinam um plano de contribuição definida para seus empregados, na qual a participação é opcional. Esse o plano era administrado pelo Banco do Brasil S.A. – BB Previdência, passou a ser administrado pela EMBRAERPREV – Sociedade de Previdência Complementar. As contribuições da Companhia para o plano durante os anos de 2010 e 2009 foram de R$ 40.142 e R$ 31.615, respectivamente. b) Benefício médico pós-emprego Controladora A Controladora mantém um plano de assistência médica pós-emprego para os funcionários aposentados e em linha com as práticas de mercado. Em dezembro de 2010, a Controladora procedeu alterações neste plano reconhecendo uma provisão de benefícios pós-emprego no valor de R$ 16 milhões, tendo como contrapartida o resultado do exercício. O referido valor foi obtido por meio de cálculo atuarial considerando as seguintes principais premissas: Percentual anual (em termos nominais) Taxa de desconto financeiro 12 Crescimento das despesas médicas (reduzindo 0,5% ao ano) 11 a 5,5 Inflação 5,5 Tábua de mortalidade geral AT 1983 50
  • 52. c) Benefícios médico pós-emprego subsidiárias A EAH (subsidiária integral da Embraer S.A) patrocina um plano médico pós-emprego, cujos custos esperados de pensão e prestação de benefício médico pós-emprego para os empregados beneficiários e seus dependentes são provisionados em regime de competência com base em estudos atuariais. Os valores reconhecidos no balanço patrimonial foram determinados como segue: 31.12.2010 31.12.2009 Obrigações de benefícios - no início do exercício 7.045 7.176 Custo dos juros 494 495 Perda atuarial 462 79 Benefícios pagos aos participantes (353) (388) Obrigação do benefício - no fim do exercício 7.648 7.362 As mudanças nos ativos do plano para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009, são as seguintes: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Valor justo dos ativos do plano - no início do exercício 2.292 2.365 4.439 Retorno do investimento do plano 244 418 (1.025) Benefícios pagos aos participantes (353) (388) (474) Valor justo dos ativos do plano - no fim do exercício 2.183 2.395 2.940 O valor justo dos ativos do plano é medido baseado nos inputs de Nível 1 de acordo com a norma contábil sobre medições de valor justo. Não houve alteração desde o ano anterior nas técnicas de valorização e níveis de inputs. O custo líquido de benefícios pré-pagos (provisionados) em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 está incluído em provisões diversas (Nota 26) e seus componentes estão resumidos conforme segue: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Custo provisionado - Grau de suficiência financeira (5.465) (4.967) (6.527) (5.465) (4.967) (6.527) As principais premissas atuariais utilizadas em 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1º de janeiro de 2009 foram conforme abaixo: % 31.12.2010 31.12.2009 Taxa de desconto média 5,75 6,25 Custo líquido do beneficio periódico 5,25 5,75 Taxa de rendimento esperada sobre ativos 7,75 7,75 Taxa de aumento de remuneração 5,50 5,50 Os componentes dos custos líquidos dos benefícios periódicos foram os seguintes: 31.12.2010 31.12.2009 Custo do serviço (92) (75) Custo dos juros (402) (420) Taxa de rendimento esperada sobre ativos 159 165 Amortização do custo do serviço passado 371 388 Amortização das perdas (165) (171) Custo líquido dos benefícios periódicos (benefícios) (129) (113) Custo líquido (129) (113) O custo líquido de benefícios está incluído nas Despesas comerciais e nas Despesas administrativas. A composição dos ativos do plano em 31 de dezembro de 2010 e 2009 era conforme segue: 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Fundos mútuos investidos principalmente em ações 60% 74% 59% Fundos mútuos investidos principalmente em bônus 37% 23% 38% Outros caixas 3% 3% 3% 100% 100% 100% Os seguintes pagamentos de benefícios, que refletem serviços futuros previstos, deverão ser efetuados aos participantes de acordo com o plano de saúde pós-emprego: Ano 2011 516 2012 511 2013 523 2014 476 2015 452 2016 - 2020 2.415 4.893 Para fins de quantificação, uma taxa anual de crescimento no custo por pessoa de benefícios médicos cobertos de 7%, foi assumida para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, respectivamente. Está prevista redução gradual da taxa para 5% até 2012. A tendência de taxas do custo de assistência médica tem um efeito significativo nos montantes reportados para o plano de saúde pós-emprego. Uma mudança de 1% nas taxas de custo de assistência médica assumidos não produziria efeitos relevantes das Demonstrações Financeiras. 29 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1. Capital social O capital social autorizado está dividido em 1.000.000.000 ações ordinárias. O capital social da Controladora, subscrito e integralizado, é de R$ 4.789.617, representado por 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal, das quais 16.800.000 ações encontram-se em tesouraria. 2. Ação ordinária especial A União Federal detém uma ação ordinária especial, com mesmo direito de voto dos outros acionistas detentores de ações ordinárias, porém com direitos especiais conforme descrito no Artigo 9º do Estatuto Social. A ação ordinária de classe especial confere à União poder de veto nas seguintes matérias: I - Mudança de denominação da Companhia ou de seu objeto social; II - Alteração e/ou aplicação da logomarca da Companhia; III - Criação e/ou alteração de programas militares, que envolvam ou não a República Federativa do Brasil; IV - Capacitação de terceiros em tecnologia para programas militares; V - Interrupção de fornecimento de peças de manutenção e reposição de aeronaves militares; VI - Transferência do controle acionário da Companhia; VII - Quaisquer alterações: (i) às disposições deste artigo 9, do art. 4, do caput do art. 10, dos arts. 11, 14 e 15 , do inciso III do art. 18, dos parágrafos 1º e 2º do art. 27, do inciso X do art. 33, do inciso XII do art. 39 ou do Capítulo VII; ou ainda (ii) de direitos atribuídos pelo Estatuto à ação de classe especial. 51
  • 53. a) Composição acionária Quantidade ordinária Sobre o capital total - % Acionistas 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ 92.983.001 101.787.901 103.082.901 12,56 13,75 13,92 Cia. Bozano 43.771.789 45.632.189 58.136.689 5,91 6,16 7,85 Janus Capital Management (NYSE) - - 75.807.944 - - 10,24 Franklin Resources (NYSE) - 47.647.852 - - 6,43 - Oppenheimer Fund’s (NYSE) 52.262.796 50.171.337 44.721.636 7,06 6,78 6,04 Thornburg Investment Management’s (NYSE) 45.525.296 43.289.188 37.726.280 6,15 5,85 5,09 BNDES Participações S.A. - BNDESPAR 39.762.489 39.762.489 37.412.579 5,37 5,37 5,05 Hotchkis & Wiley Capital (NYSE) - 38.163.308 - - 5,15 - BLACKROCK - 43.608.599 - - 5,89 - Ações em Tesouraria 16.800.000 16.800.000 16.800.000 2,27 2,27 2,27 União Federal 1 1 2.349.911 - - 0,32 Outros 449.359.672 313.602.180 364.427.104 60,68 42,35 49,22 740.465.044 740.465.044 740.465.044 100,00 100,00 100,00 b) Juros sobre o capital próprio Foi aprovado pelo Conselho de Administração da Embraer S.A., em reuniões realizadas durante 2010, a distribuição de juros sobre capital próprio, os quais são atribuídos aos dividendos conforme a seguir: • Em 10 de junho de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 1º semestre de 2010 no valor de R$ 34.540, sendo, R$ 0,04664 por ação, sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração; • Em 16 de setembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 3º trimestre de 2010 no valor de R$ 21.710, sendo, R$ 0,03 por ação, sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 22 de novembro de 2010, sem nenhuma remuneração; • Em 9 de dezembro de 2010, aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao 4º trimestre de 2010 no valor de R$ 144.733, sendo, R$ 0,20 por ação, sujeito à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, respeitadas as exceções legais, com início de pagamento no dia 14 de janeiro de 2011, sem nenhuma remuneração; Em atendimento à legislação fiscal, o montante dos juros sobre o capital próprio de R$ 200.983, foi contabilizado como despesa financeira. No entanto, para efeito dessas demonstrações financeiras, os juros sobre o capital próprio são apresentados como distribuição do lucro líquido do exercício, portanto, reclassificados para o patrimônio líquido, pelo valor bruto, uma vez que os benefícios fiscais por ele gerados são mantidos no resultado do exercício. Em atendimento ao ICPC 08 “Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos”, a Companhia reclassificou para o patrimônio líquido o montante de R$ 45.255, referente a juros sobre capital próprio que excedeu o dividendos mínimo obrigatório de 25% ainda não ratificado em Assembleia Geral Ordinária. c) Dividendos propostos A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas, em Assembleia Geral Ordinária, calculada nos termos da Lei das Sociedades por Ações, é assim demonstrada: Calculada com base nos valores da Controladora 31.12.2010 31.12.2009 Lucro líquido da controladora de acordo com IFRS 573.592 912.093 Ajustes de adoção do IFRS - (21.736) Lucro líquido da controladora de acordo com o GAAP anterior 573.592 890.357 Subvenções (15.328) (13.495) Reserva legal (28.680) (44.518) 529.584 832.344 Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 132.396 208.086 Juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda retido na fonte 176.945 152.886 Dividendos propostos – complemento - 55.200 Juros sobre o capital próprio, excedente ao mínimo obrigatório (i) (45.255) - Remuneração total dos acionistas 131.690 208.086 Pagamentos efetuados no exercício (49.561) - Remuneração total dos acionistas do exercício em aberto 82.129 208.086 Remuneração total dos acionistas de exercícios anteriores em aberto 202 170 Remuneração total dos acionistas em aberto 82.331 208.256 (i) o valor excedente é reclassificado do passivo circulante para a conta de “dividendos adicional proposto” dentro da reserva de lucros no patrimônio líquido. d) Reserva legal Constituída anualmente com destinação de 5% do lucro líquido do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social ou 30% no somatório dessa reserva e reservas de capital. e) Reserva de subvenção para investimentos Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por Ações (alteração introduzida pela Lei 11.638 de 2007), essa reserva corresponde à apropriação da parcela de lucros acumulados decorrente das subvenções governamentais recebidas para investimentos em pesquisas efetuados pela Companhia, as quais não podem ser distribuídas aos acionistas na forma de dividendos, reconhecidas no resultado do exercício na mesma rubrica dos investimentos realizados. Essas subvenções não incorporam a base de cálculo dos dividendos obrigatórios. f) Reserva para investimentos e de capital de giro Esta reserva tem a finalidade de: (i) assegurar recursos para investimentos em bens do ativo permanente, sem prejuízo de retenção de lucros nos termos do artigo 196 da Lei 6.404/76; (ii) reforço de capital de giro; podendo ainda (iii) ser utilizada em operações de resgate, reembolso ou aquisição de ações do capital da Companhia e (iv) pode ser distribuída aos acionistas da Companhia. g) Ações em tesouraria Correspondem a 16.800.000 ações ordinárias adquiridas até 4 de abril de 2008, no montante de R$ 320.250, com utilização dos recursos da Reserva para investimentos e capital de giro. Esta operação foi realizada conforme regras aprovadas pelo Conselho de Administração em reunião realizada em 7 de dezembro de 2007. As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria, período no qual perderão seus direitos políticos e econômicos. Em 31 de dezembro de 2010 o valor de mercado das ações em tesouraria era R$ 198.240, R$ 159.768 em 31 de dezembro de 2009 e R$ 148.008 em 1º de janeiro de 2009. h) Ajustes de avaliação patrimonial Compreendem os seguintes ajustes: (i) Variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras consolidadas da moeda funcional da Controladora para a moeda de apresentação destas demonstrações financeiras (Real). (ii) Variações cambiais resultantes da conversão das demonstrações financeiras das controladas para a moeda funcional da Controladora (Dólar). (iii) Outros resultados abrangentes: Referem-se aos ganhos (perdas) atuariais não realizados decorrentes dos planos de benefícios médicos patrocinados pela Companhia. 52
  • 54. 30 REMUNERAÇÃO EM AÇÕES Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19 de abril de 2010, na sede da Companhia, foi aprovado o “Programa para a outorga de opções de compra de ações”, destinado a diretores e empregados da Companhia ou de suas controladas e que tenham pelo menos dois anos de vínculo de trabalho. A aquisição do direito de exercício das opções se dará em três momentos: 20% após 1º ano, 30% após o 2º e 50% restantes após o 3º ano, sempre em relação à data da outorga de cada opção. O preço de exercício de cada opção é definido na data da outorga de opção pela média ponderada da cotação dos últimos sessenta pregões, podendo ser ajustados em até 30% para anular eventuais movimentos especulativos. O participante terá um prazo máximo de 5 anos para exercício da opção, iniciado a partir da data da outorga. Em 30 de abril de 2010, foram outorgadas opções de compra de 6.510.000 ações, às quais foi atribuído um preço de exercício de R$ 10,19 por ação. O valor justo, atribuído a estas opções foi determinado com base no modelo de precificação Black & Scholes, onde o valor de cada opção foi calculado em R$ 1,77 para o lote com início de direito de exercício ao final do primeiro ano, R$ 2,74 para lote com início de direito de exercício ao final do segundo ano e R$ 3,44 para o lote com início de direito de exercício ao final do terceiro ano. Este modelo leva em consideração o valor do ativo objeto, preço de exercício, tempo a decorrer até o exercício, probabilidade da opção ser exercida, volatilidade histórica baseada nos preços de fechamento diário das ações dos últimos 6 meses e taxa de juros ponderada para o período de cada lote baseadas na taxa DI divulgada pela BM&F. Vale destacar que o tempo a decorrer até o exercício foi mensurado conforme decisão da administração e considera o final do período de carência como base para o cálculo, ou seja, as opções foram calculadas com os prazos de exercício determinados de um ano, dois anos e três anos. Esta premissa foi adotada pois a administração entende que o exercício da opção ocorrerá ao final de cada período de carência devido à alta liquidez ao alto ganho previsto para cada ação. 2010 Ações Preço (milhares) médio (R$) Em aberto no início do exercício - - Outorgas 6.510 10,19 Posição ao fim do exercício 6.510 10,19 31 LUCRO POR AÇÃO (a) Básico Em atendimento à legislação das sociedades anônimas, na Controladora o lucro por ação é calculado mediante a divisão do lucro líquido do exercício pela quantidade de ações ordinárias existentes no fim do exercício, excluindo as ações adquiridas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 573.592 912.093 573.592 912.093 573.592 912.093 573.592 912.093 Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares 723.665 723.665 723.665 723.665 Lucro básico por ação 0,79262 1,26038 0,79262 1,26038 (b) Diluído O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas. A Companhia tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais diluídas, sendo ela opções de compra de ações. Para estas opções de compra de ações, é feito um cálculo para determinar a quantidade de ações que poderiam ter sido adquiridas pelo valor justo (determinado como o preço médio anual de mercado da ação da Companhia), com base no valor monetário dos direitos de subscrição vinculados às opções de compra de ações em circulação. A quantidade de ações calculada conforme descrito anteriormente é comparada com a quantidade de ações emitidas, pressupondo-se o exercício das opções de compra das ações. Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 573.592 912.093 573.592 912.093 Lucro usado para determinar o lucro diluído por ação 573.592 912.093 573.592 912.093 Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas - milhares 723.665 723.665 723.665 723.665 Média ponderada do número de ações (em milhares) - diluído (i) 354 - 354 - Quantidade média ponderada de ações ordinárias para o lucro diluído por ação – milhares 724.019 723.665 724.019 723.665 Lucro diluído por ação 0,79223 1,26038 0,79223 1,26038 (i) Refere-se ao efeito dilutivo potencial das ações para o período findo em 31 de dezembro de 2010. Não existe efeito potencialmente dilutivo das ações para o ano findo em 31 de dezembro de 2009. 32 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS A Companhia, baseada na política de remuneração variável, aprovada pelo Conselho de Administração em abril de 1996 e renovada em dezembro de 2008, concede participação nos lucros e resultados aos seus empregados, que está vinculada a um plano de ação, objeto da avaliação dos resultados, bem como ao alcance de objetivos específicos, os quais são estabelecidos e acordados no início de cada ano. Até 2009, o valor da Participação nos Lucros e Resultados era equivalente a 12,5% do lucro líquido do exercício social apurado de acordo com o US GAAP . A partir de 2010, com a adoção e apresentação das demonstrações financeiras em IFRS no Brasil, este passou a ser o novo princípio contábil base para cálculo da participação desses lucros e resultados. Desse montante, 30% são distribuídos em partes iguais a todos os empregados e 70% de forma proporcional ao salário. A Controladora contabilizou à participação nos lucros e resultados nos montantes de R$ 65.670 e R$ 58.339 em 2010 e 2009, respectivamente (no Consolidado R$ 71.759 em 2010 e R$ 61.929 em 2009). 33 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS), LÍQUIDAS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Garantia financeira - mesa (i) - (179.344) - (179.344) Despesas com reestruturação (ii) - (119.905) - (137.321) Multas contratuais (iii) 41.506 128.513 39.117 122.267 Manutenção e custo de voos das aeronaves - frota (9.034) (15.262) (10.438) (47.986) Ressarcimento de despesas 14.057 14.582 14.180 16.115 Impostos sobre outras receitas 2.096 (12.729) 1.382 (15.083) Royalties 18.935 21.374 11.948 11.581 Modificação de produtos (8.442) (9.733) (8.442) (9.733) Vendas diversas 9.106 7.462 11.117 7.750 Gastos com programas (12.727) (6.648) (12.727) (6.648) Normas de segurança de voo (6.217) (5.653) (6.217) (5.653) Manutenção de aeronaves de terceiros (2.268) (4.331) (2.268) (4.331) Provisões para contingências (11.529) (1.017) (11.692) (102) Outras (iv) 47.017 (11.834) (9.230) (8.391) 82.500 (194.525) 16.730 (256.879) (i) Refere-se ao valor para cobrir perdas relativas a garantias financeiras referente ao pedido de concordata da MESA AirGroup em janeiro de 2010. (ii) Correspondem a custos incorridos em decorrência da revisão de base de custos e de efetivo de pessoal, adequando-os à realidade de demanda por aeronaves comerciais e executivas. (iii) Substancialmente composto por multas cobradas dos clientes pelo cancelamento de contratos de vendas, conforme previstos nos referidos contratos. (iv) Em dezembro de 2010, na Controladora, foi reconhecido o montante de R$ 45.824, corresponde à indenização de seguro pago pela Controlada ECC Insurance para a Controladora decorrente das garantias financeiras exercidas por terceiros, relacionadas com a concordata da MESA AirGroup. 53
  • 55. 34 RECEITAS (DESPESAS) POR NATUREZA A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado do exercício por função. A seguir apresenta o detalhamento dos custos e despesas por natureza: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Conforme demonstração de resultado: Receitas líquidas 8.130.393 9.284.481 9.380.625 10.871.275 Custo dos produtos e serviços vendidos (6.635.392) (7.655.651) (7.582.662) (8.759.483) Administrativas (254.818) (280.842) (346.061) (376.199) Comerciais (482.468) (503.514) (657.010) (601.119) Pesquisa (125.090) (110.757) (126.102) (110.855) Outras receitas (despesas), líquidas 82.500 (194.525) 16.730 (256.879) Equivalência patrimonial (69.943) 147.191 - - 645.182 686.383 685.520 766.740 Receitas (despesas) por natureza: Receita de produtos 7.937.871 9.058.116 8.700.525 10.275.165 Receita de serviços 268.998 304.225 787.987 722.624 Dedução de vendas (76.476) (77.860) (107.887) (126.514) Custo atribuído ao produto (6.359.302) (7.345.618) (7.199.067) (8.281.938) Depreciação (79.679) (130.887) (179.819) (228.341) Amortização (196.411) (209.226) (203.776) (223.807) Despesa com pessoal (335.639) (302.205) (509.981) (496.891) Despesa com comercialização (120.142) (119.755) (175.460) (170.524) Outras despesas (receitas), líquidas (394.038) (490.407) (427.002) (703.034) 645.182 686.383 685.520 766.740 35 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS LÍQUIDAS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Despesas financeiras: Juros sobre financiamentos (146.157) (207.564) (159.080) (232.692) Juros sobre impostos, encargos sociais e contribuições (19.711) (21.207) (19.737) (22.092) Despesas com estruturação financeira (1.121) (1.529) (15.025) (27) IOF sobre operações financeiras (2.284) (5.010) (2.781) (5.347) Despesas com garantias financeiras de valor residual (4.674) - (4.674) - Outras (10.973) (14.661) (14.644) (26.312) Total despesas financeiras (184.920) (249.971) (215.941) (286.470) Receitas financeiras: Juros sobre caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos 170.791 170.369 203.209 196.222 Juros sobre recebíveis 37.032 55.989 41.415 90.978 Estruturação financeira 1.145 - 1.321 1.739 Garantias financeiras - 1.917 - 1.917 Outras 387 409 881 11.915 Total receitas financeiras 209.355 228.684 246.826 302.771 Receitas (despesas) financeiras 24.435 (21.287) 30.885 16.301 36 VARIAÇÕES MONETÁRIAS E CAMBIAIS LÍQUIDAS Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Variações monetárias e cambiais, líquidas: Ativas: Caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros ativos 45.739 477.602 45.804 477.604 Contas a receber de clientes, líquida (671) 54.566 19.733 74.222 Adiantamentos a fornecedores - - (1.408) 623 Crédito de impostos (18.190) 51.902 (17.570) 55.061 Outras 59.822 36.553 52.547 23.408 86.700 620.623 99.106 630.918 Passivas: Adiantamentos de clientes (10.529) (60.460) (19.500) (59.697) Financiamentos (7.136) (410.220) (12.057) (436.138) Fornecedores (759) (10.579) (1.517) (10.401) Contas a pagar (6.168) (13.445) (7.203) (15.615) Impostos e encargos a recolher (47.473) (189.629) (50.567) (191.313) Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.843 (70) 2.840 (70) Provisões (15.038) (70.513) (15.097) (72.613) Provisões para contingências (6.187) (8.052) (6.270) (8.096) Outras (875) (308) (2.904) (192) (91.322) (763.276) (112.275) (794.135) Variações monetárias e cambiais (4.622) (142.653) (13.169) (163.217) Instrumentos financeiros derivativos (11.980) 48.608 11.819 27.393 Variações monetárias e cambiais, líquidas (16.602) (94.045) (1.350) (135.824) 37 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Impostos diferidos Face à base tributária dos ativos e passivos da Controladora ser mantida em reais históricos e a base contábil em dólares (moeda funcional), as flutuações na taxa de câmbio impactaram significativamente a base tributária e, consequentemente as despesas/receitas de imposto de renda diferido registradas no resultado (item “e” a seguir). A Companhia, fundamentada na expectativa provável de geração de lucros tributáveis, registrou em suas demonstrações financeiras o ativo fiscal diferido representado pelos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição. Quanto aos créditos referentes a diferenças temporárias relativas às provisões não dedutíveis, representados principalmente por provisões de contingências trabalhistas, provisões e tributos em discussão judicial, serão realizados à medida que os processos correspondentes forem concluídos. 54
  • 56. Os ativos de impostos diferidos líquidos são apresentados nas demonstrações financeiras como seguem: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Impostos diferidos ativos 196.303 267.726 - 231.750 298.910 25.506 Impostos diferidos passivos - - (70.785) (18.998) (28.202) (85.202) Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos 196.303 267.726 (70.785) 212.752 270.708 (59.696) Os componentes de impostos ativos e passivos diferidos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009 são demonstrados a seguir: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Prejuízos fiscais a compensar 6.017 12.022 28.831 32.341 24.715 47.662 Base negativa de contribuição social - - - 2.154 2.822 3.255 Créditos não reconhecidos - - - (25.017) (9.416) (5.076) Provisões temporariamente não dedutíveis 583.770 568.821 674.542 648.919 631.731 733.196 Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque, imobilizado e intangível 267.844 287.979 (268.114) 280.379 297.326 (279.664) Diferenças de prática IFRS 99.770 104.663 115.679 99.770 104.663 115.679 Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (624.275) (602.733) (535.553) (637.145) (615.338) (548.056) Reavaliação do imobilizado (12.996) (13.589) (14.194) (12.996) (13.589) (14.194) Reserva de correção monetária especial (3.658) (4.012) (4.359) (3.658) (4.012) (4.359) Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos (10.136) (16.215) (13.593) (10.136) (16.215) (13.593) Efeito da Lei 11.638 (43.921) (32.623) (32.990) (43.740) (33.206) (31.710) Outros (66.112) (36.587) (21.034) (118.119) (98.773) (62.836) Impostos diferidos ativos (passivos), líquidos 196.303 267.726 (70.785) 212.752 270.708 (59.696) Segue abaixo a movimentação dos impostos diferidos que afetaram o resultado: Controladora Consolidado Do exercício Abrangente Total Do exercício Abrangente Total Saldos em 1º de janeiro de 2009 (57.192) (13.593) (70.785) (46.103) (13.593) (59.696) Prejuízos fiscais a compensar (16.809) - (16.809) (22.947) - (22.947) Base negativa de contribuição social - - - (433) - (433) Créditos não reconhecidos - - - (4.340) - (4.340) Provisões temporariamente não dedutíveis (105.721) - (105.721) (101.465) - (101.465) Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque, imobilizado e intangível 556.093 - 556.093 576.990 - 576.990 Diferenças de prática IFRS (11.016) - (11.016) (11.016) - (11.016) Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (67.180) - (67.180) (67.282) - (67.282) Efeito de conversão dos impostos diferidos - (24.969) (24.969) - (34.554) (34.554) Reserva de correção monetária especial 347 - 347 347 - 347 Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos - (2.622) (2.622) - (2.622) (2.622) Efeito da Lei 11.638 367 - 367 (1.496) - (1.496) Outros 10.021 - 10.021 (778) - (778) Saldos em 31 de dezembro de 2009 308.910 (41.184) 267.726 321.477 (50.769) 270.708 Prejuízos fiscais a compensar (6.005) - (6.005) 7.625 - 7.625 Base negativa de contribuição social - - - (668) - (668) Créditos não reconhecidos - - - (15.601) - (15.601) Provisões temporariamente não dedutíveis 14.949 - 14.949 17.188 - 17.188 Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque, imobilizado e intangível (20.135) - (20.135) (16.947) - (16.947) Diferenças de prática IFRS (4.893) - (4.893) (4.893) - (4.893) Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 17 Lei 11.196/05) (21.542) - (21.542) (21.807) - (21.807) Efeito de conversão dos impostos diferidos - (3.532) (3.532) - (8.982) (8.982) Reserva de correção monetária especial 354 - 354 354 - 354 Ajustes acumulados de conversão sobre investimentos - 6.079 6.079 - 6.079 6.079 Efeito da Lei 11.638 (11.298) - (11.298) (10.534) - (10.534) Outros (25.400) - (25.400) (9.770) - (9.770) Saldos em 31 de dezembro de 2010 234.940 (38.637) 196.303 266.424 (53.672) 212.752 b) Composição dos impostos correntes e diferidos A seguir apresentamos a composição da receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social entre corrente e diferido: Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Constituição de prejuízos fiscais e base negativa (6.005) (16.809) 6.958 (23.380) Aumento (redução) dos créditos não reconhecidos - - (15.601) (4.340) Sobre prejuízos fiscais e bases negativas (6.005) (16.809) (8.643) (27.720) Efeito das diferenças temporárias (51.774) 393.560 (30.983) 407.812 Diferenças de prática (Lei 6.404 x Lei 11.638) (11.298) 367 (10.534) (1.496) Diferenças de prática (Lei 11.638 x IFRS/CPC) (4.893) (11.016) (4.893) (11.016) Sobre diferenças temporárias (67.965) 382.911 (46.410) 395.300 Receita (despesa) de imposto de renda diferido (73.970) 366.102 (55.053) 367.580 Receita (despesa) de imposto de renda corrente (5.453) (25.060) (59.824) (77.526) Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social diferidos e correntes (79.423) 341.042 (114.877) 290.054 c) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Lucro antes da provisão para imposto de renda e contribuição social 653.015 571.051 715.055 647.217 Despesa de imposto de renda e contribuição social às alíquotas oficiais - 34% (222.025) (194.157) (243.119) (220.054) Despesas não dedutíveis: Tributação do lucro das controladas no exterior (2.420) (13.393) (2.420) - Outras (25.694) (8.369) (25.869) (8.670) (28.114) (21.762) (28.289) (8.670) Receitas não tributáveis e/ou incentivos fiscais: Equivalência patrimonial 10.149 38.472 - - Gastos com pesquisa e desenvolvimento (art. 19 Lei 11.196/05) 109.991 118.999 109.991 118.999 Juros sobre capital próprio 52.947 59.051 52.947 59.051 Efeito da moeda funcional sobre a base tributária e societária do estoque, imobilizado e intangível (20.135) 556.093 (16.947) 576.990 Efeito de conversão do resultado (i) 30.342 (240.820) 24.049 (243.495) Outros (12.578) 25.166 (13.509) 7.233 170.716 556.961 156.531 518.778 Receita (despesa) de imposto de renda e contribuição social na demonstração do resultado (79.423) 341.042 (114.877) 290.054 55
  • 57. O reconhecimento dos valores acima mencionados, resultou em uma alíquota efetiva de 12,16% na Controladora e 16,07% no Consolidado em 2010. A despesa de imposto de renda e contribuição social diferidas gerada em 2010 em comparação com a receita gerada em 2009 decorre substancialmente do impacto da variação cambial sobre a base tributária dos ativos não monetários (estoques, imobilizado e intangível) ainda não realizados na data de encerramento do exercício. (i) os efeitos da conversão do resultado decorrem substancialmente da variação cambial sobre a base tributária dos ativos não monetários (estoques, imobilizado e intangível) realizados no exercício. 38 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DOS ATIVOS (IMPAIRMENT) Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia efetuou uma avaliação de todas as suas unidades geradoras de caixa sem encontrar indicadores de perda, no entanto, existem unidades geradoras de caixa relacionadas a ativos intangíveis em desenvolvimento, desta forma a Companhia efetuou análise de impairment para estes casos. O valor recuperável de uma UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses cálculos usam projeções de fluxo de caixa, antes do imposto de renda e da contribuição social, baseada em orçamentos financeiros aprovados pela administração para um período de cinco anos. Principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso: Margem bruta A administração determinou a margem bruta orçada com base no seu desempenho passado e em suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. Essas margens também consideram os ganhos de eficiência planejados para o ciclo do produto. Taxas de crescimento As taxas de crescimento foram refletidas no fluxo de receita orçada pela Companhia, consistentemente com as previsões incluídas nos relatórios do setor. Taxas de desconto As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas antes dos impostos e foram baseadas em cotações de mercado considerando o período de fluxo de caixa orçado utilizado pela Companhia, sendo 2,17% ao ano em 31 de dezembro de 2010 e 2,98% ao ano em 31 de dezembro de 2009. Nenhuma perda por impairment foi registrada para o ativo intangível ou ativo imobilizado em 31 de dezembro de 2010 e 2009. 39 GARANTIAS FINANCEIRAS Garantias Garantias financeiras de Provisão financeiras valor residual adicional (i) Total Saldo em 01/01/2009 382.057 22.138 - 404.195 Adições 1.708 - 179.340 181.048 Marcação a mercado - (1.699) - (1.699) Apropriação ao resultado (36.329) - - (36.329) Ajuste de conversão (93.638) (5.918) - (99.556) Saldo em 31/12/2009 253.798 14.521 179.340 447.659 Adições 966 - - 966 Baixa - - (45.824) (45.824) Marcação a mercado - 4.674 - 4.674 Apropriação ao resultado (27.290) - - (27.290) Ajuste de conversão (6.943) (729) (6.718) (14.390) Saldo em 31/12/2010 220.531 18.466 126.798 365.795 (i) Em 2009, em decorrência do pedido de concordata (Chapter 11) em 5 de janeiro de 2010, do cliente MESA AirGroup, junto à Corte Distrital Sul da cidade de Nova York, nos Estados Unidos da América, a Companhia constitui provisão para cobrir perdas relativas às suas obrigações com garantias financeiras oferecidas ao agente financiador em relação às 36 aeronaves ERJ145 adquiridas da Companhia em poder dessa empresa. Em 2010, face à inadimplência da MESA AirGroup, parte dessas garantias foram exercidas pelo agente financiador e a Companhia procedeu aos desembolsos. A Companhia, com base em suas melhores estimativas atuais, acredita que a provisão constituída é suficiente para cobrir as perdas relativas a essas garantias financeiras. 40 INSTRUMENTOS FINANCEIROS (a) Valor justo de instrumentos financeiros O valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia foram determinados mediante informações disponíveis no mercado e com a aplicação de metodologias que a Companhia julga apropriada para melhor avaliar cada tipo de instrumento, sendo necessário à utilização de considerável julgamento na interpretação dos dados de mercado para se produzir a mais adequada estimativa do valor justo. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de troca corrente. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material nos valores estimados de realização. Os métodos abaixo foram utilizados para estimar o valor justo de cada classe de instrumento financeiro para os quais é praticável estimar-se valor justo. O valor contábil do caixa, equivalentes de caixa, contas a receber e passivo circulante se aproximam do valor justo. O valor justo dos títulos mantidos até o vencimento é estimado através da metodologia de fluxo de caixa descontado. O valor justo das dívidas de longo prazo é baseado no valor descontado de seus fluxos de caixa contratuais. A taxa de desconto utilizada é baseada na curva futura de mercado para o fluxo de cada obrigação. Os valores justos dos instrumentos financeiros são como segue: Controladora 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Valores Valores Valores Valores Valores Valores contábeis justos contábeis justos contábeis justos Ativos financeiros Caixa e equivalentes de caixa 1.668.509 1.668.509 2.131.274 2.131.274 3.101.535 3.101.535 Instrumentos financeiros ativos 729.596 729.596 809.745 809.745 521.775 521.775 Contas a receber de clientes, líquidas 231.494 231.494 278.847 278.847 395.968 395.968 Contas a receber de sociedades controladas 1.047.042 1.047.042 1.270.912 1.270.912 2.412.108 2.412.108 Financiamento a clientes 128.208 128.208 53.866 53.866 77.009 77.009 Instrumentos financeiros derivativos - - 10.247 10.247 2.569 2.569 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos 2.134.585 2.200.118 3.191.367 3.650.341 3.626.998 3.319.490 Instrumentos Derivativos 730 730 837 837 389.072 389.072 Garantias Financeiras RVG 18.466 18.466 14.521 14.521 22.138 22.138 Garantias Financeiras 220.531 220.531 253.798 253.798 382.057 382.057 Fornecedores e outras obrigações 1.189.193 1.189.193 1.026.809 1.026.809 2.424.776 2.424.776 56
  • 58. Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Valores Valores Valores Valores Valores Valores contábeis justos contábeis justos contábeis justos Ativos financeiros Caixa e equivalentes de caixa 2.321.199 2.321.199 2.772.618 2.772.618 4.254.999 4.254.999 Instrumentos financeiros ativos 1.308.986 1.308.986 1.704.142 1.704.142 1.049.504 1.049.504 Contas a receber de clientes, líquidas 581.943 581.943 709.272 709.272 1.062.495 1.062.495 Financiamento a clientes 117.459 117.459 91.888 91.888 284.662 284.662 Contas a receber vinculadas 896.814 896.814 846.248 846.248 1.118.606 1.118.606 Instrumentos financeiros derivativos 37.107 37.107 42.828 42.828 69.960 69.960 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos 2.390.606 2.474.641 3.583.983 4.062.066 4.299.541 3.966.167 Instrumentos Derivativos 3.732 3.732 8.091 8.091 389.072 389.072 Garantias Financeiras RVG 18.466 18.466 14.521 14.521 22.138 22.138 Garantias Financeiras 220.531 220.531 253.798 253.798 382.057 382.057 Fornecedores e outras obrigações 2.220.262 2.220.262 2.153.821 2.153.821 3.900.560 3.900.560 (b) Classificação A Companhia considera “valor justo” como sendo o preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para liquidar um passivo em uma transação normal entre participantes do Mercado na data de medição (preço de saída). A Companhia emprega dados ou premissas de mercado que outros participantes do mercado utilizariam para determinar o preço do ativo ou passivo em questão, inclusive premissas sobre risco e os riscos inerentes nas fontes usadas na técnica de valorização. A Companhia aplica principalmente o método de mercado para valorizações recorrentes de valor justo e procura utilizar as melhores informações disponíveis. Neste sentido, a Companhia usa técnicas de valorização que maximizem o uso de fontes de informações observáveis e minimizem o uso de fontes de informações não-observáveis. A Companhia classifica hierarquicamente os saldos conforme a qualidade das fontes utilizadas para gerar os preços dos valores justos. A hierarquia é composta por três níveis de valor justo conforme segue: (i) Nível 1 - preços cotados estão disponíveis em mercados com liquidez elevada para ativos e passivos idênticos na data das demonstrações financeiras. Mercados com liquidez elevada são aqueles nos quais transações para o ativo ou passivo em questão ocorrem com uma freqüência suficiente e em volumes que permitam obter informações sobre preços a qualquer momento. O Nível 1 consiste principalmente em instrumentos financeiros tais como derivativos, ações e outros ativos negociados em bolsas de valores. (ii) Nível 2 – preços utilizados são outros que os preços cotados em mercados com liquidez elevada incluídos no Nível 1, porém que sejam direta ou indiretamente observáveis na data do reporte. Nível 2 inclui instrumentos financeiros valorizados utilizando algum tipo de modelagem ou de outra metodologia de valorização. Estes são modelos padronizados de mercado que são amplamente utilizados por outros participantes, que consideram diversas premissas, inclusive preços futuros de commodities, valores no tempo, fatores de volatilidade e preços atuais de mercado e contratuais para os instrumentos subjacentes, bem como quaisquer outras medições econômicas relevantes. Praticamente todas estas premissas podem ser observados no mercado ao longo do prazo inteiro do instrumento em questão, derivados a partir de dados observáveis ou substanciadas por níveis que possam ser observados onde são executadas transações no mercado. Instrumentos que se enquadram nesta categoria incluem derivativos não negociados em bolsas como contratos de swap ou futuros e opções de balcão. (iii) Nível 3 - as fontes de informação sobre preços utilizados incluem fontes que geralmente são menos observáveis, mas que possam partir de fontes objetivas. Estas fontes podem ser usadas junto com metodologias desenvolvidas internamente que resultem na melhor estimativa da administração de valor justo. Na data de cada balanço, a Companhia efetua uma análise de todos os instrumentos e inclui dentro da classificação de Nível 3 todos aqueles cujos valores justos estão baseados em informações geralmente não observáveis. A tabela a seguir classifica por nível utilizando a hierarquia de valor justo dos ativos e passivos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2010. A avaliação da Companhia sobre a significância de determinadas informações é subjetiva e poderá afetar a valorização de ativos e passivos ao valor justo e sua classificação dentro dos níveis de hierarquia de valor justo. a) Controladora: Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2010 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 597.699 131.897 - 729.596 Passivos Derivativos - 730 - 730 Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2009 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 604.412 205.333 - 809.745 Derivativos - 10.247 - 10.247 Passivos Derivativos - 837 - 837 Modificações de valor justo em 1 de janeiro de 2009 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 305.049 216.726 - 521.775 Derivativos - 2.569 - 2.569 Passivos Derivativos - 389.072 - 389.072 b) Consolidado: Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2010 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 669.792 365.142 172.336 1.207.270 Derivativos - 37.107 - 37.107 Passivos Derivativos - 3.732 - 3.732 Modificações de valor justo em 31 de dezembro de 2009 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 730.782 657.451 240.285 1.628.518 Derivativos - 42.828 - 42.828 Passivos Derivativos - 8.091 - 8.091 57
  • 59. Modificações de valor justo em 1 de janeiro de 2009 Preços cotados em Outras fontes Fontes mercados ativos por significativas não- significativas não- ativos idênticos (nível 1) observáveis (nível 2) observáveis (nível 3) Total Ativos Títulos negociáveis 386.774 308.217 256.368 951.359 Derivativos - 69.960 - 69.960 Passivos Derivativos - 389.072 - 389.072 Modificações de valor justo utilizando fontes significativas não-observáveis (nível 3) em 31 de dezembro de 2010 Saldo inicial 240.285 Compras (vendas) (62.166) Ganhos (perdas) não realizadas 4.566 Efeito de conversão (10.349) Saldo final 172.336 Modificações de valor justo utilizando fontes significativas não-observáveis (nível 3) em 31 de dezembro de 2009 Saldo inicial 256.368 Compras (vendas) 44.348 Ganhos (perdas) não realizadas 4.930 Efeito de conversão (65.361) Saldo final 240.285 Modificações de valor justo utilizando fontes significativas não-observáveis (nível 3) em 01 de janeiro de 2009 Saldo inicial - Compras (vendas) 280.440 Ganhos (perdas) não realizadas (24.072) Efeito de conversão - Saldo final 256.368 Política de gestão de riscos financeiros A Companhia possui e segue política de gerenciamento de riscos, que orienta em relação a transações e requer a diversificação de transações e contrapartes. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Também são revistos, periodicamente, os limites de crédito e a qualidade do risco das contrapartes. A política de gerenciamento de risco da Companhia foi estabelecida pela Diretoria e aprovada pelo Conselho de Administração, e prevê a existência de um comitê de gestão financeira. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando não têm contrapartida nas operações da Companhia e quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa. Os procedimentos de controles internos da Companhia proporcionam o acompanhamento de forma consolidada dos resultados financeiros e dos impactos no fluxo de caixa. O Comitê de Gestão Financeira auxilia a Diretoria Financeira a examinar e revisar informações relacionadas com o cenário econômico e seus possíveis impactos nas operações da Companhia, incluindo políticas significativas, procedimentos e práticas aplicadas no gerenciamento de risco. Nas condições da política de gestão financeira, a Companhia administra alguns dos riscos por meio da utilização de instrumentos derivativos, com propósito de mitigar suas operações contra os riscos de flutuação na taxa de juros e de câmbio, sendo vedada à utilização desse tipo de instrumento para fins especulativos. a) Gestão de Capital Através da gestão de capitais a Companhia busca manter níveis de liquidez adequados para assegurar a continuidade do seu programa de investimentos e para oferecer retorno aos seus acionistas, em linha com as práticas do setor Aeroespacial, cujas empresas apresentam, em geral, baixos índices de alavancagem financeira. Nesse sentido a Companhia busca manter saldo de caixa superior ao saldo de endividamento financeiro, bem como procura manter acesso à liquidez através do estabelecimento e manutenção de linha de crédito da modalidade standby conforme descrito na (Nota 20). No período findo em 31 de Dezembro de 2010 a posição consolidada de caixa e equivalentes de caixa superava o endividamento financeiro da Companhia em R$ 1.152,8 milhões (R$ 849,4 milhões em 2009) resultando, em termos líquidos, em uma estrutura de capital sem alavancagem. Do endividamento financeiro total em 31 de Dezembro de 2010, apenas 5,1% era de curto prazo (28,8% em 2009) e o prazo médio ponderado era equivalente há 6,3 anos em 31 de Dezembro de 2010 (4,9 anos em 2009). O capital próprio representava 37,3% e 32,4% do passivo total ao final de 2010 e 2009, respectivamente. b) Risco de crédito A Companhia pode incorrer em perdas com valores a receber oriundos de faturamentos de peças de reposição e serviços. Para reduzir esse risco, é realizada constantemente a análise de crédito dos clientes. Quanto às contas a receber oriundas de faturamento de aeronaves, a Companhia pode incorrer em risco de crédito, enquanto a estruturação de financiamento não for finalizada. Para minimizar esse risco de crédito, a Companhia atua com instituições financeiras com o objetivo de agilizar a estruturação dos financiamentos. Para fazer face às possíveis perdas com créditos de liquidação duvidosa foram constituídas provisões, cujo montante é considerado suficiente pela Administração, para a cobertura de eventuais perdas com a realização dos ativos. A política de gestão financeira determina que os ativos que compõem as carteiras de investimento no Brasil e no exterior possuam classificação de risco mínima como grau de investimento, bem como estabelece uma concentração máxima de risco equivalente a 15% do Patrimônio Líquido da instituição financeira emitente e, quando se tratar de instituição não financeira, uma participação máxima equivalente a 5% do valor total da emissão. Os riscos de contraparte nas operações derivativas são administrados com a contratação de operações por meio de instituições financeiras de primeira linha e registro na Câmara Especial de Liquidação e Custódia - CETIP. c) Risco de liquidez É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em reais e em dólares, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria. 58
  • 60. A tabela a seguir fornece informações adicionais relativas aos passivos financeiros da Companhia e seus respectivos vencimentos. Controladora Menos de Entre um e Entre três e Acima de Total um ano três anos cinco anos cinco anos Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos 2.913.858 144.647 812.630 202.802 1.753.779 Obrigações com arrendamento financeiro 1.267 1.194 73 - - Fornecedores 1.079.498 1.079.498 - - - Garantias financeiras 365.795 158.357 61.093 71.865 74.480 Outros passivos 175.047 20.167 30.888 104.620 19.372 Total 4.535.465 1.403.863 904.684 379.287 1.847.631 Em 31 de dezembro de 2009 Empréstimos 1.695.120 843.621 812.800 32.498 6.201 Obrigações com arrendamento financeiro 3.308 2.104 1.204 - - Fornecedores 848.140 848.140 - - - Garantias financeiras 447.659 209.797 60.977 73.100 103.785 Outros passivos 145.390 29.837 29.955 29.536 56.062 Total 3.139.617 1.933.499 904.936 135.134 166.048 Em 1º de janeiro de 2009 Empréstimos 2.877.757 1.050.237 1.622.643 142.643 62.234 Obrigações com arrendamento financeiro 9.348 4.787 2.785 1.657 119 Fornecedores 2.212.076 2.212.076 - - - Garantias financeiras 404.194 40.865 81.992 85.989 195.348 Outros passivos 186.960 26.492 41.273 36.424 82.771 Total 5.690.335 3.334.457 1.748.693 266.713 340.472 Consolidado Menos de Entre um e Entre três e Acima de Total um ano três anos cinco anos cinco anos Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos 3.245.161 219.628 910.850 226.791 1.887.892 Obrigações com arrendamento financeiro 7.143 2.882 4.261 - - Fornecedores 1.250.029 1.250.029 - - - Dívida com e sem direito de regresso 783.568 186.314 364.980 35.556 196.718 Garantias financeiras 365.795 158.357 61.093 71.865 74.480 Outros passivos 190.939 34.604 67.325 39.653 49.357 Total 5.842.635 1.851.814 1.408.509 373.865 2.208.447 Em 31 de dezembro de 2009 Empréstimos 4.483.552 1.078.759 1.177.325 243.834 1.983.634 Obrigações com arrendamento financeiro 34.824 9.021 14.110 10.123 1.570 Fornecedores 1.038.345 1.038.345 - - - Dívida com e sem direito de regresso 883.732 236.699 37.954 387.831 221.248 Garantias financeiras 447.659 209.797 60.977 73.100 103.785 Outros passivos 183.959 27.741 51.438 35.557 69.223 Total 7.072.071 2.600.362 1.341.804 750.445 2.379.460 Em 1º de janeiro de 2009 Empréstimos 5.037.170 1.380.735 1.849.612 529.338 1.277.485 Obrigações com arrendamento financeiro 45.805 11.375 17.217 11.516 5.697 Fornecedores 2.506.226 2.506.226 - - - Dívida com e sem direito de regresso 1.179.144 321.753 39.887 497.593 319.911 Garantias financeiras 404.195 40.865 81.992 85.989 195.349 Outros passivos 153.416 20.330 29.715 21.031 82.340 Total 9.325.956 4.281.284 2.018.423 1.145.467 1.880.782 A tabela acima mostra o valor do principal do passivo e juros quando aplicáveis na data de seus respectivos vencimentos. Para os passivos de taxa fixa, as despesas de juros foram calculadas com base no índice estabelecido em cada contrato e para passivos com taxas flutuantes. As despesas de juros foram calculadas com base na previsão de mercado para cada período (exemplo: LIBOR 6m – 12m). d) Risco de mercado (i) Risco com taxa de juros Possibilidade de a Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a passivos sujeitos a juros flutuantes e/ou reduzam os rendimentos dos ativos sujeito a juros flutuantes. Aplicações financeiras – Como parte da política de gerenciamento do risco de flutuação nas taxas de juros relativamente às aplicações financeiras, a Companhia mantém um sistema de mensuração de risco de mercado, utilizando o método “Value-At-Risk – VAR”, que compreende uma análise conjunta da variedade de fatores de risco que podem afetar a rentabilidade dessas aplicações. As receitas financeiras apuradas no período já refletem o efeito de marcação a mercado dos ativos que compõe as carteiras de investimento no Brasil e no exterior. Empréstimos e Financiamentos – A Companhia tem pactuado contratos de derivativos para fazer proteção contra o risco de flutuação nas taxas de juros em algumas operações e, além disso, monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de novas operações de derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas. Em 31 de dezembro de 2010, as aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos consolidados da Companhia, estão indexados como segue: Controladora Pré-Fixado Pós-Fixado Total Valor % Valor % Valor % Aplicações financeiras 465.969 19,44 1.931.377 80,56 2.397.346 100,00 . Denominadas em reais - 0,00 1.731.016 72,21 1.731.016 72,21 . Denominadas em US$ 465.943 19,44 200.361 8,36 666.304 27,79 . Denominadas em outras moedas 26 0,00 - 0,00 26 0,00 Empréstimos 2.048.494 95,97 86.091 4,03 2.134.585 100,00 . Denominadas em reais 552.134 25,87 86.091 4,03 638.225 29,90 . Denominadas em US$ 1.496.360 70,10 - 0,00 1.496.360 70,10 59
  • 61. Para a Controladora, não temos efeitos após os derivativos. Consolidado Pré-Fixado Pós-Fixado Total Valor % Valor % Valor % Aplicações financeiras 1.070.109 30,3 2.457.584 69,7 3.527.693 100,0 . Denominadas em reais - 0,0 1.747.995 49,6 1.747.995 49,6 . Denominadas em US$ 924.023 26,2 709.589 20,1 1.633.612 46,3 . Denominadas em outras moedas 146.086 4,1 - 0,0 146.086 4,1 Empréstimos 2.116.959 88,6 273.647 11,5 2.390.606 100,0 . Denominadas em reais 551.872 23,1 115.389 4,8 667.261 27,9 . Denominadas em US$ 1.559.907 62,3 146.558 6,1 1.706.465 71,4 . Denominadas em outras moedas 5.180 0,2 11.700 0,5 16.880 0,7 Tabela após os Derivativos Pré-Fixado Pós-Fixado Total Valor % Valor % Valor % Aplicações financeiras 1.070.109 30,33 2.457.584 69,67 3.527.693 100,00 . Denominadas em reais - 0,00 1.747.995 49,55 1.747.995 49,55 . Denominadas em US$ 924.023 26,19 709.589 20,11 1.633.612 46,31 . Denominadas em outras moedas 146.086 4,14 - 0,00 146.086 4,14 Empréstimos 2.127.300 88,99 263.306 11,01 2.390.606 100,00 . Denominadas em reais 551.872 23,09 115.389 4,83 667.261 27,91 . Denominadas em US$ 1.570.248 65,68 136.217 5,70 1.706.465 71,38 . Denominadas em outras moedas 5.180 0,22 11.700 0,49 16.880 0,71 Controladora Sem efeito dos Com efeito derivativos dos derivativos Valor % Valor % Aplicações financeiras 1.931.377 100,00 1.931.377 100,00 CDI 1.731.016 89,63 1.731.016 89,63 LIBOR 200.361 10,37 200.361 10,37 Empréstimos 86.091 100,00 86.091 100,00 TJLP 86.091 100,00 86.091 100,00 Consolidado Sem efeito dos Com efeito derivativos dos derivativos Valor % Valor % Aplicações financeiras 2.457.584 100,00 2.457.584 100,00 CDI 1.747.995 71,13 1.747.995 71,13 LIBOR 709.589 28,87 709.589 28,87 Empréstimos 273.647 100,00 263.306 100,00 TJLP 112.912 41,26 112.912 42,88 LIBOR 146.558 53,56 136.217 51,73 CDI 2.477 0,91 2.477 0,94 Euro 11.700 4,28 11.700 4,44 (ii) Risco com taxa de câmbio A Companhia adota o dólar como moeda funcional de seus negócios (Nota 2.2.d). Como consequência, as operações da Companhia expostas ao risco de variação cambial são, majoritariamente, as operações denominadas em reais (custo de mão de obra, despesas no Brasil, aplicações financeiras e empréstimos e financiamentos denominados em reais), bem como os ativos e passivos em sociedades controladas e coligadas em moedas diferentes das suas respectivas moedas funcionais. A política de proteção de riscos cambiais adotada pela Companhia está substancialmente baseada na busca pela manutenção do equilíbrio de ativos e passivos sujeitos a variação cambial indexados em cada moeda e na gestão diária das operações de compra e venda de moeda estrangeira visando assegurar que, na realização das transações contratadas, esse hedge natural efetivamente se materialize. Essa política minimiza o efeito da variação cambial sobre ativos e passivos já contratados, mas não protege o risco de flutuação dos resultados futuros em função da apreciação ou depreciação do Real que pode, quando medida em dólares, apresentar um aumento ou redução da parcela de custos denominados em reais. A busca pela minimização do risco cambial sobre os direitos e obrigações denominadas em moedas diferentes da moeda funcional podem originar operações com instrumentos derivativos, como por exemplo, swaps, opções cambiais e Non-Deliverable Forward (“NDF”) para equalização da parcela denominada em reais das despesas e obrigações da Companhia. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía ativos e passivos financeiros denominados por diversas moedas nos montantes descritos a seguir: Controladora Controladora Sem efeito das Com efeito das operações de derivativos operações de derivativos 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Empréstimos e financiamentos: Real 638.225 1.175.511 1.378.041 638.225 1.175.511 1.378.041 Dólar 1.496.360 2.015.856 2.248.957 1.496.360 2.015.856 2.248.957 2.134.585 3.191.367 3.626.998 2.134.585 3.191.367 3.626.998 Fornecedores: Real 72.949 54.218 68.754 60.514 54.218 68.754 Dólar 994.153 773.210 2.129.168 987.707 773.210 2.129.168 Euro 10.199 7.156 12.179 8.700 7.156 12.179 Outras moedas 2.197 13.556 1.975 22.577 13.556 1.975 1.079.498 848.140 2.212.076 1.079.498 848.140 2.212.076 Total (1) 3.214.083 4.039.507 5.839.074 3.214.083 4.039.507 5.839.074 Caixa e equivalentes de caixas e instrumentos financeiros ativos: Real 1.731.775 2.117.416 1.822.405 1.731.775 2.117.416 1.822.405 Dólar 666.304 822.185 1.799.647 666.304 822.185 1.799.647 Euro 20 33 89 20 33 89 Outras moedas 6 1.385 1.169 6 1.385 1.169 2.398.105 2.941.019 3.623.310 2.398.105 2.941.019 3.623.310 60
  • 62. Controladora Controladora Sem efeito das Com efeito das operações de derivativos operações de derivativos 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Contas a Receber: Real 41.355 181.951 117.795 41.355 181.951 117.795 Dólar 190.139 96.896 278.173 190.139 96.896 278.173 231.494 278.847 395.968 231.494 278.847 395.968 Total (2) 2.629.599 3.219.866 4.019.278 2.629.599 3.219.866 4.019.278 Exposição líquida (1 - 2): Real (1.061.956) (1.069.638) (493.405) (1.074.391) (1.069.638) (493.405) Dólar 1.634.070 1.869.985 2.300.305 1.627.624 1.869.985 2.300.305 Euro 10.179 7.123 12.090 8.680 7.123 12.090 Outras moedas 2.191 12.171 806 22.571 12.171 806 Consolidado Consolidado Sem efeito das Com efeito das operações de derivativos operações de derivativos 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 31.12.2010 31.12.2009 01.01.2009 Empréstimos e financiamentos: Real 667.261 1.252.119 1.470.382 667.261 1.252.119 1.470.382 Dólar 1.706.465 2.266.867 2.668.999 1.706.465 2.266.867 2.668.999 Euro 16.880 64.997 108.620 16.880 64.997 108.620 Outras moedas - - 51.540 - - 51.540 2.390.606 3.583.983 4.299.541 2.390.606 3.583.983 4.299.541 Fornecedores: Real 63.631 43.234 73.508 63.631 43.234 73.508 Dólar 1.113.069 934.399 2.336.537 1.113.069 934.399 2.336.537 Euro 68.948 50.551 91.422 68.948 50.551 91.422 Outras moedas 4.381 10.161 4.759 4.381 10.161 4.759 1.250.029 1.038.345 2.506.226 1.250.029 1.038.345 2.506.226 Total (1) 3.640.635 4.622.328 6.805.767 3.640.635 4.622.328 6.805.767 Caixa e equivalentes de caixas e instrumentos financeiros ativos: Real 1.752.700 2.131.756 1.827.761 1.752.700 2.131.756 1.827.761 Dólar 1.731.399 2.241.695 3.350.319 1.731.399 2.241.695 3.350.319 Euro 34.328 64.768 88.906 34.328 64.768 88.906 Outras moedas 111.758 38.541 37.517 111.758 38.541 37.517 3.630.185 4.476.760 5.304.503 3.630.185 4.476.760 5.304.503 Contas a Receber: Real 74.449 188.348 121.545 74.449 188.348 121.545 Dólar 420.993 362.624 694.121 420.993 362.624 694.121 Euro 85.782 157.853 246.525 85.782 157.853 246.525 Outras moedas 719 447 304 719 447 304 581.943 709.272 1.062.495 581.943 709.272 1.062.495 Total (2) 4.212.128 5.186.032 6.366.998 4.212.128 5.186.032 6.366.998 Exposição líquida (1 - 2): Real (1.096.257) (1.024.751) (405.416) (1.096.257) (1.024.751) (405.416) Dólar 667.142 596.947 961.096 667.142 596.947 961.096 Euro (34.282) (107.073) (135.389) (34.282) (107.073) (135.389) Outras moedas (108.096) (28.827) 18.478 (108.096) (28.827) 18.478 A Companhia possui outros ativos e passivos que também estão sujeitos a variação cambial e não foram incluídos na nota acima, porém são utilizados para minimizar a exposição nas moedas apresentadas. (iii) Derivativos Os instrumentos derivativos contratados pela Companhia têm o propósito de proteger suas operações contra os riscos de flutuação nas taxas de câmbio e de juros, e não são utilizados para fins especulativos. As perdas e os ganhos com as operações de derivativos são reconhecidos mensalmente no resultado, considerando-se o valor de realização desses instrumentos (valor de mercado). A provisão para as perdas e ganhos não realizados é reconhecida na conta “Instrumentos Financeiros Derivativos”, no balanço patrimonial, e a contrapartida no resultado é na rubrica Variações cambiais e monetárias, líquidas. Contratos de swap de juros São contratados com o objetivo principal de trocar o indexador de dívidas a taxas flutuantes para taxas de juros fixas, bem como para troca de dólares para o Real ou inversos conforme o caso. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não possuía nenhum contrato derivativo sujeito a chamadas de margem. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia pactuou contratos de swap por meio dos quais efetivamente converteu o montante de R$ 281.324 das obrigações com e sem direito de regresso de uma taxa de juros fixa de 5,98% a.a. para uma taxa de juros flutuante equivalente a LIBOR + 1,21% a.a., e por meio de uma subsidiária contratou uma operação de swap no montante de R$ 10.341 equivalentes a US$ 6.206 convertendo operações de financiamentos sujeitos a taxa de juros flutuantes de LIBOR 1 mês + 2,44% a.a. a juros fixos de 5,23% a.a., conforme demonstrativo abaixo: Veja abaixo a tabela com as operações de Swaps descritas: Controladora Ganho (perda) Ganho (perda) Valor Valor de Valor Valor de Moeda Moeda Notional contábil mercado contábil mercado Objeto amparado Modalidade original atual (em milhares) Taxa média pactuada 31.12.2010 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2009 Financiamento de exportação Ativo da Empresa Swap R$ R$ 104.000 4,50% a.a. - - (837) (837) Passivo da Empresa Swap 104.000 42,33% CDI a.a. Contrapartes Itaú BBA - - (837) (837) Total - - (837) (837) 61
  • 63. Consolidado Ganho (Perda) Ganho (Perda) Valor Valor de Valor Valor de Moeda Moeda Notional contábil mercado contábil mercado Objeto amparado Modalidade original atual (em milhares) Taxa média pactuada 31.12.2010 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2009 Obrigações com e sem direito de regresso Ativo da Empresa Swap US$ US$ 281.324 5,98% a.a. 34.725 34.725 25.327 25.327 Passivo da Empresa Swap 281.324 Libor + 1,21% a.a. Contrapartes Natixis 34.725 34.725 25.327 25.327 Financiamento de exportação Ativo da Empresa Swap R$ R$ 104.000 4,50% a.a. - - (837) (837) Passivo da Empresa Swap 104.000 Libor + 1,21% a.a. Contrapartes Itaú BBA - - (837) (837) Aquisição de Imobilizado Ativo da Empresa Swap US$ US$ 10.341 Libor 1M + 2,44% a.a. (620) (620) - - Passivo da Empresa Swap 10.341 5,23% a.a. Contrapartes Compass Bank (620) (620) - - Total 34.105 34.105 24.490 24.490 Swaps - são avaliados pelo valor presente do fluxo futuro apurado pela aplicação das taxas contratuais até o vencimento e descontado a valor presente na data das demonstrações financeiras pelas taxas de mercado vigentes. Contratos de swap cambial A Companhia em 31 de dezembro de 2010 não possuía nenhuma operação contratada de swap cambial, conforme demonstrado abaixo: Ganho (perda) Ganho (perda) Valor Valor de Valor Valor de Moeda Moeda Notional contábil mercado contábil mercado Objeto amparado Modalidade original atual (em milhares) Taxa média pactuada 31.12.2010 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2009 Financiamento de exportação Ativo da Empresa Swap - - 4.921 4.921 Passivo da Empresa Swap Contrapartes Citibank - - 4.921 4.921 Desenvolvimento de projetos Ativo da Empresa Swap - - 5.326 5.326 Passivo da Empresa Swap - - - - Contrapartes Santander - - 5.326 5.326 Total - - 10.247 10.247 Outros Derivativos Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia tem pactuado operações de swap equivalentes a R$ 41.655 por meio das quais passou a ter um ativo indexado ao Cupom Cambial e um passivo a uma taxa de juros pré-fixada. Conforme demonstrado abaixo, com efeito na Controladora e Consolidado: Ganho (perda) Ganho (perda) Valor Valor de Valor Valor de Moeda Moeda Notional contábil mercado contábil mercado Objeto amparado Modalidade original atual (em milhares) Taxa média pactuada 31.12.2010 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2009 Outros Ativo da Empresa Swap US$ US$ 41.655 Cupom (730) (730) - - Passivo da Empresa Swap 41.655 USD Pré Contrapartes JP Morgan (730) (730) - - Total (730) (730) - - Esses contratos de swap são sujeitos ao risco Soberano Brasileiro e, em caso de um evento que limite à conversibilidade do Real e/ou altere os tributos incidentes, poderá resultar no resgate da operação no Brasil na forma de títulos públicos de emissão do Governo Brasileiro no mercado interno (LTNs – Letras do Tesouro Nacional) juntamente com uma operação de swap de tais títulos para dólar. Análise de sensibilidade Nos termos determinados pela CVM, por meio da Instrução nº 475/08, a fim de apresentar 25% e 50% de variação positiva e negativa na variável de risco considerada apresentamos, a seguir, quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, que descreve os efeitos sobre as variações monetárias e cambiais, bem como sobre as receitas e despesas financeiras apuradas sobre os saldos contábeis registrados em 31 de dezembro de 2010 caso tais variações no componente de risco identificado ocorressem. Entretanto, simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variabilidade do fator de risco em análise. Como consequência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir. Metodologia utilizada: A partir dos saldos dos valores expostos, conforme demonstrado nas tabelas do item (c) acima, e assumindo que os mesmos se mantenham constantes, apuramos o diferencial de juros e de variação cambial para cada um dos cenários projetados. Na avaliação dos valores expostos ao risco de taxa de juros, consideramos apenas os riscos para as demonstrações financeiras, ou seja, não foram incluídas as operações sujeitas a juros pré-fixados. 62
  • 64. O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para cada uma das variáveis indicadas e, as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes na data das demonstrações financeiras. Para análise de sensibilidade dos contratos de derivativos as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre a curva de mercado (BM&F BOVESPA) vigente na data das demonstrações financeiras. a) Fator de risco juros Controladora Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Aplicações Financeiras CDI 1.731.016 (92.090) (46.045) 10.559 46.045 92.090 Empréstimos CDI - - - - - - Impacto Líquido CDI 1.731.016 (92.090) (46.045) 10.559 46.045 92.090 Aplicações Financeiras LIBOR 200.361 (345) (173) 70 173 345 Empréstimos LIBOR - - - - - - Impacto Líquido LIBOR 200.361 (345) (173) 70 173 345 Aplicações Financeiras TJLP - - - - - - Empréstimos TJLP 86.091 2.583 1.291 - (1.291) (2.583) Impacto Líquido TJLP 86.091 2.583 1.291 - (1.291) (2.583) Taxas Consideradas CDI 10,64% 5,32% 7,98% 11,25% 13,30% 15,96% Taxas Consideradas LIBOR 0,34% 0,17% 0,26% 0,38% 0,43% 0,52% Taxas Consideradas TJLP 6,00% 3,00% 4,50% 6,00% 7,50% 9,00% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. Consolidado Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Aplicações Financeiras CDI 1.747.995 (92.993) (46.497) 10.663 46.497 92.993 Empréstimos CDI 2.477 132 66 (15) (66) (132) Impacto Líquido CDI 1.745.518 (92.861) (46.431) 10.648 46.431 92.861 Aplicações Financeiras LIBOR 709.589 (1.223) (612) 250 612 1.223 Empréstimos LIBOR 146.558 253 126 (52) (126) (253) Impacto Líquido LIBOR 563.031 (970) (486) 198 486 970 Aplicações Financeiras TJLP - - - - - - Empréstimos TJLP 112.912 3.387 1.694 - (1.694) (3.387) Impacto Líquido TJLP (112.912) 3.387 1.694 - (1.694) (3.387) Taxas Consideradas CDI 10,64% 5,32% 7,98% 11,25% 13,30% 15,96% Taxas Consideradas LIBOR 0,34% 0,17% 0,26% 0,38% 0,43% 0,52% Taxas Consideradas TJLP 6,00% 3,00% 4,50% 6,00% 7,50% 9,00% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. b) Fator de risco câmbio Controladora Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Ativos 2.449.696 1.224.848 612.424 (93.801) (612.424) (1.224.848) Aplicações Financeiras BRL 1.731.016 865.508 432.754 (66.282) (432.754) (865.508) Demais Ativos BRL 718.680 359.340 179.670 (27.519) (179.670) (359.340) Passivos 2.377.733 (1.173.712) (586.856) 89.884 586.856 1.173.712 Financiamentos BRL 638.225 (319.113) (159.557) 24.438 159.557 319.113 Demais Passivos BRL 1.739.508 (854.599) (427.299) 65.446 427.299 854.599 Total Líquido 71.963 51.136 25.568 (3.917) (25.568) (51.136) Taxa de Câmbio Considerada 1,6662 0,8331 1,2497 1,7300 2,0826 2,4993 (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. Consolidado Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Ativos 2.472.950 1.236.476 618.238 (94.691) (618.238) (1.236.476) Aplicações Financeiras BRL 1.747.995 873.998 436.999 (66.932) (436.999) (873.998) Demais Ativos BRL 724.955 362.478 181.239 (27.759) (181.239) (362.478) Passivos 2.406.769 (1.203.385) (601.692) 92.157 601.692 1.203.385 Financiamentos BRL 667.261 (333.631) (166.815) 25.550 166.815 333.631 Demais Passivos BRL 1.739.508 (869.754) (434.877) 66.607 434.877 869.754 Total Líquido 66.181 33.091 16.546 (2.534) (16.546) (33.091) Taxa de Câmbio Considerada 1,6662 0,8331 1,2497 1,7300 2,0826 2,4993 (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. c) Contratos derivativos Controladora Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Outros Derivativos Cupom Cambial (730) 665 396 66 (143) (412) Total (730) 665 396 66 (143) (412) Taxas de Cupom Cambial Consideradas 2,53% 1,26% 1,90% 2,83% 3,16% 3,79% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. Consolidado Variações adicionais no saldo contábil (*) Valores expostos Cenário Fator de risco em 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Swap Juros LIBOR 34.105 23.049 11.355 (4.967) (10.281) (20.339) Outros Derivativos Cupom Cambial (730) 665 396 66 (143) (412) Total 33.375 23.714 11.751 (4.901) (10.424) (20.751) Taxas de LIBOR Consideradas 0,34% 0,17% 0,26% 0,38% 0,43% 0,52% Taxas de Cupom Cambial Consideradas 2,53% 1,26% 1,90% 2,83% 3,16% 3,79% (*) As variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as taxas vigentes em 31.12.2010. 63
  • 65. d) Garantia financeira de valor residual As garantias financeiras de valor residual são contabilizadas de forma semelhante aos instrumentos financeiros derivativos conforme (Nota 2.2 x). Metodologia utilizada: A partir dos contratos vigentes de garantia de valor residual, apuramos a variação dos valores com base em avaliações de terceiros. O cenário provável está baseado nas expectativas da Companhia para registro das provisões em bases estatísticas, e as variações positivas e negativas de 25% e 50% foram aplicadas sobre as avaliações de terceiros na data das demonstrações financeiras. Variações adicionais no saldo contábil Valor de mercado em Cenário 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% Garantia Financeira de Valor Residual 18.466 (147.977) (26.655) (4.281) 3.223 8.866 Total 18.466 (147.977) (26.655) (4.281) 3.223 8.866 Os contratos vigentes de garantias de valor residual são analisados tomando por base as opiniões independentes de terceiros (appraisers). Com base nestas opiniões, simulações de cenários hipotéticos são elaboradas pela Companhia a fim de mensurar o impacto das variações nos valores residuais das aeronaves, comparando-as aos valores de provisão. Sempre que for detectada a insuficiência da provisão atual para fazer frente ao provável exercício futuro destas garantias, a provisão é complementada a fim de apresentar a posição adequada de exposição da Companhia ao final do período. e) Contratos derivativos que compõem a carteira de fundos de investimentos exclusivos A Companhia mantém uma estrutura de fundos exclusivos que são consolidados às suas demonstrações financeiras, uma vez que a Companhia detém o controle destes fundos. Esses fundos foram constituídos com o propósito de terceirização da gestão de aplicações financeiras da Companhia e os gestores contratados têm, respeitado os limites estabelecidos na política de investimentos, discricionariedade na seleção dos ativos que irão compor o portfólio de investimentos. Todos os fundos são classificados como multimercado e podem manter em seu portfólio instrumentos derivativos como ferramentas para atingir o objetivo de rentabilidade proposta, derivativos esses exclusivamente relacionados às posições assumidas pelo próprio fundo não tendo qualquer relação com instrumentos derivativos contratados pela Companhia para proteção de suas próprias exposições. Os quadros a seguir detalham os instrumentos derivativos mantidos pelos fundos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, bem como a análise de sensibilidade à variação do principal fator de risco de que tais instrumentos estão expostos. Simplificações estatísticas foram efetuadas no isolamento da variável de risco em análise, e, como conseqüência, as estimativas apresentadas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser apurados nas próximas demonstrações financeiras da Companhia. O uso de diferentes hipóteses e/ou metodologias pode ter um efeito material sobre as estimativas apresentadas a seguir. i) Descrição dos contratos de instrumentos derivativos detidos pelos fundos de investimentos exclusivos Quantidade Data de Preço unitário Valor de referência Modalidade de contratos vencimento de mercado 31.12.2010 Compra - Futuro de DI 36 Janeiro-11 99.960 3.599 Compra - Futuro de DI 1438 Julho-11 94.694 136.170 Compra - Futuro de DI 44 Outubro-11 91.868 4.042 Compra - Futuro de DI 196 Janeiro-12 89.249 17.493 Compra - Futuro de DI 982 Julho-12 84.119 82.605 Venda - Futuro de DI 160 Janeiro-13 79.368 12.699 Compra - Futuro de DI 98 Janeiro-14 70.889 6.947 Compra - Futuro de DI 2 Janeiro-17 51.006 102 Compra - Futuro de DI 324 Janeiro-21 32.586 10.558 Swap 1 Janeiro-11 731.530 (5,0) Total 274.210 ii) Análise de sensibilidade Variações adicionais no retorno do fundo Valor de referência Cenário Fator de risco 31/12/2010 (50)% (25)% provável 25% 50% CDI 274.210 (19.568) (8.799) - 58.379 65.425 Total 274.210 (19.568) (8.799) - 58.379 65.425 Taxas consideradas CDI 10,64% 5,32% 7,98% 10,75% 13,30% 15,96% 41 COOBRIGAÇÕES, RESPONSABILIDADES E COMPROMISSOS (a) Trade-in A Companhia está sujeita a opções de trade-in para 18 aeronaves. Em quaisquer operações de trade-in a condição fundamental é a aquisição de aeronaves novas pelos respectivos clientes. O exercício de opção de trade-in está vinculado ao cumprimento das cláusulas contratuais por parte dos clientes. Essas opções determinam que o preço do bem dado em pagamento poderá ser aplicado ao preço de compra de um novo modelo mais atualizado produzido pela Companhia. O preço de trade-in é baseado em uma porcentagem do preço de compra original da aeronave. A Companhia continua a monitorar todos os compromissos de trade-in para antecipar-se a situações adversas. Com base nas estimativas atuais da Companhia e na avaliação de terceiros, a Administração acredita que qualquer aeronave potencialmente aceita sob trade-in poderá ser vendida no mercado sem ganhos ou perdas relevantes. (b) Arrendamentos A subsidiária EAH é responsável por arrendamentos operacionais não canceláveis de terrenos e equipamentos. Esses arrendamentos expiram em várias datas até 2020. As instalações da subsidiária EACS estão localizadas em um terreno alugado por meio de um arrendamento mercantil, cujo prazo de vigência do contrato expira em 2020. Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía contratos de arrendamento mercantil operacional para terrenos, equipamentos de informática e veículos, cujos pagamentos ocorrerão conforme demonstrado a seguir: Ano Controladora Consolidado 2011 4.794 6.686 2012 2.599 4.470 2013 1.590 3.389 2014 48 1.730 2015 - 1.829 Após 2015 - 29.702 9.031 47.806 (c) Garantias financeiras A tabela a seguir fornece dados quantitativos relativos a garantias financeiras dadas pela Companhia a terceiros. O pagamento potencial máximo (exposição fora do balanço) representa o “pior cenário” e não reflete, necessariamente, os resultados esperados pela Companhia. Os recursos estimados das garantias de performance e dos ativos vinculados representam valores antecipados dos ativos, os quais a Companhia poderia liquidar ou receber de outras partes para compensar os pagamentos relativos a essas garantias dadas. 64
  • 66. 31/12/2010 31/12/2009 Valor máximo de garantias financeiras 1.889.304 2.173.714 Valor máximo de garantia de valor residual 1.238.653 1.342.117 Exposição mutuamente exclusiva (i) (656.316) (685.859) Provisões e obrigações registradas (Nota 39) (238.997) (268.319) Exposição fora do balanço 2.232.644 2.561.653 Estimativa do desempenho da garantia e ativos vinculados 2.092.581 2.574.190 (i) Quando um ativo estiver coberto por garantias financeiras e de valor residual mutuamente excludentes, a garantia de valor residual só poderá ser exercida caso a garantia financeira tenha expirado sem ter sido exercida. Caso a garantia financeira tenha sido exercida, a garantia de valor residual fica automaticamente cancelada. 42 COBERTURA DE SEGUROS (INFORMAÇÕES NÃO AUDITADAS) Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contratada com terceiros para bens do imobilizado e estoques é de R$ 8.837 milhões sendo os valores considerados suficientes para cobrir os riscos envolvidos. Esse valor não inclui seguros de veículos cuja cobertura é pelo valor de mercado. Além das coberturas acima, a Companhia mantém em vigor apólices de responsabilidade civil produtos, responsabilidade civil geral, seguro aeronáutico e responsabilidade civil diretores (Director and Officer - D&O) em montantes considerados adequados pela Administração. 43 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES DOS FLUXOS DE CAIXA Controladora Consolidado 31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009 Pagamentos durante o período: IR e CSLL 8.986 - 50.063 31.416 Juros 142.655 160.776 107.133 171.664 Transações que não envolvem o desembolso de caixa: Adições ao imobilizado com capitalização de juros 209 2.121 209 2.121 Adições ao imobilizado pela transferência de estoques de aeronaves - - 174.701 - Baixa do imobilizado pela disponibilização para venda de estoques - - 13.688 - Transferência depósito em garantia para instrumentos financeiros ativos - - 25.265 - Caixa restrito - - 47.748 - 44 INFORMAÇÕES POR SEGMENTO - CONSOLIDADO A administração determinou os segmentos operacionais do Grupo, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pelo Diretor-Presidente. O Diretor-Presidente efetua sua análise do negócio baseado no resultado consolidado da Companhia, segmentando-o sob a perspectiva geográfica, e também, sob a ótica de produto comercializado. Geograficamente, a administração considera o desempenho do Brasil, América do Norte, América Latina, Ásia Pacífico, Europa e Outros. Sob a ótica dos produtos comercializados, a análise é efetuado considerando os seguintes segmentos: I - Mercado de Aviação Comercial As atividades voltadas ao mercado de aviação comercial envolvem, principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda de jatos comerciais e o fornecimento de serviços de suporte, com ênfase no segmento de aviação regional. • Família ERJ 145 integrada pelos jatos ERJ 135, ERJ 140 e ERJ 145, certificados para operar com 37, 44 e 50 assentos, respectivamente. • Família EMBRAER 170/190 é integrada pelo EMBRAER 170, com 70 assentos, EMBRAER 175, com 76 assentos, EMBRAER 190, com 100 assentos e o EMBRAER 195, com 108 assentos. O modelo EMBRAER 170 está em operação comercial desde 2004 e os modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190 começaram a operar comercialmente a partir de 2006, e o modelo EMBRAER 195 começou a operar comercialmente a partir de 2007. II - Mercado de Defesa e Segurança As atividades voltadas ao mercado de defesa e segurança envolvem, principalmente a pesquisa, o desenvolvimento, a produção, a modificação e o suporte para aeronaves de defesa e segurança, assim como produtos e sistemas relacionados. O principal cliente da Companhia é o Ministério da Defesa do Brasil e em particular, o Comando da Aeronáutica. • Super Tucano - aeronave leve de ataque, especialmente desenvolvida para operar em ambientes severos, sujeitos a condições extremas de temperatura e umidade, equipada com sofisticados sistemas de navegação e ataque, treinamento e simulação em voo. • AMX - Jato avançado de ataque ao solo, desenvolvido e produzido através da cooperação entre Brasil e Itália. A Embraer foi contratada pelo Comando da Aeronáutica para modernização dessas aeronaves. • Programa F-5BR - Modernização dos caças a jato F-5. • Família ISR (Intelligence, Surveillance and Reconaissance) baseada na plataforma do ERJ 145 inclui os modelos EMB 145 AEW&C - Alerta Aéreo Antecipado e Controle, EMB 145 Multi Intel - Sensoriamento Remoto e Vigilância Ar-Terra e EMB 145 MP - Patrulha Marítima e Guerra Anti-submarino. Originalmente desenvolvida para atender ao programa SIVAM, teve versões encomendadas pelos governos da Grécia, do México e mais recentemente da Índia. • KC-390 - O Programa KC-390 tem como escopo o desenvolvimento e produção de 2 aeronaves protótipos para transporte militar e reabastecimento em voo. • 190PR – Derivada da plataforma EMBRAER 170/190, este jato tem a finalidade de transportar o Presidente da República do Brasil e membros de sua comitiva. III - Mercado de Aviação Executiva As atividades voltadas ao mercado de Aviação Executiva envolvem principalmente o desenvolvimento, a produção e a venda, de jatos executivos e o fornecimento de serviços de suporte relacionados com esse segmento de mercado. • Legacy 600 - Jato executivo na categoria Super Mid Size que utiliza a plataforma do jato regional ERJ 135. • Legacy 500 e Legacy 450 – Jato executivo na categoria Mid Size e Midlight, respectivamente, lançados em abril de 2008. • Phenom - Jatos executivos nas categorias Entry Level e Light Jet e integrada pelos modelos Phenom 100, cujas primeiras unidades foram entregues em 2008 e Phenom 300, cujas entregas iniciaram em 2009. • Lineage – Jato executivo ultra-large baseado na plataforma do avião comercial EMBRAER 190. As entregas deste modelo iniciaram em 2009. IV - Serviços Aeronáuticos O segmento de Serviços Aeronáuticos, é relativo principalmente a: (i) serviços de apoio pós-venda aos clientes, incluindo manutenção e treinamento; (ii) comercialização de peças de reposição para as aeronaves fabricadas pela Companhia; e (iii) prestação de serviços de manutenção de aeronaves e componentes. V - Outros As atividades deste segmento referem-se ao arrendamento operacional de aeronaves, fornecimento de partes estruturais e sistemas hidráulicos e produção de aviões agrícolas pulverizadores. Para melhor apresentação das demonstrações financeiras, a Companhia realocou os valores anteriormente apresentados como “não alocados” de acordo com percentual de participação de cada segmento. 65
  • 67. Além disso, com novos mercados em crescimento, a Companhia para melhor administrar seus negócios, introduziu alterações na segregação dos mercados onde atua. a) Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2010 Aviação Defesa e Aviação Serviços Não comercial segurança executiva aeronáuticos Outros segmentado Total Receita líquida 5.058.760 1.177.765 1.983.378 991.156 169.566 - 9.380.625 Custo dos produtos e serviços vendidos (4.248.526) (848.543) (1.677.400) (705.234) (102.959) - (7.582.662) Lucro bruto 810.234 329.222 305.978 285.922 66.607 - 1.797.963 Margem bruta 16,0% 28,0% 15,4% 28,8% 39,3% - 19,2% Despesas operacionais (390.275) (169.283) (208.330) (258.611) (85.944) - (1.112.443) Lucro operacional 419.959 159.939 97.648 27.311 (19.337) - 685.520 Despesas (receitas) financeiras - - - - - 30.885 30.885 Variações monetárias e cambiais, líquidas - - - - - (1.350) (1.350) Lucro antes do imposto de renda - - - - - - 715.055 Imposto de renda e contribuição social - - - - - (114.877) (114.877) Lucro líquido do exercício - - - - - - 600.178 b) Receitas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2010 Aviação Defesa e Aviação Serviços comercial segurança executiva aeronáuticos Outros Total América do Norte 267.655 17.653 470.199 440.734 64.153 1.260.394 Europa 2.296.155 2.744 383.874 385.241 4.382 3.072.396 Ásia Pacífico 1.284.042 213.075 487.657 64.025 16.775 2.065.574 América Latina, exceto Brasil 715.303 495.662 212.001 10.946 9.814 1.443.726 Brasil 337.520 386.498 353.047 45.633 68.327 1.191.025 Outros 158.085 62.133 76.600 44.577 6.115 347.510 Total 5.058.760 1.177.765 1.983.378 991.156 169.566 9.380.625 c) Ativos consolidados da Companhia por segmentos em 31 de dezembro de 2010 Aviação Defesa e Aviação Serviços Não comercial segurança executiva aeronáuticos Outros segmentado Total Contas a receber - 224.147 - 315.377 42.419 - 581.943 Ativo imobilizado 734.458 71.379 221.585 382.699 590.953 - 2.001.074 Ativo intangível 442.591 3.104 686.427 - 3.773 57.620 1.193.515 Total 1.177.049 298.630 908.012 698.076 637.145 57.620 3.776.532 d) Ativos consolidados da Companhia por região em 31 de dezembro de 2010 América Ásia do Norte Europa Pacífico Brasil Total Contas a receber 48.530 270.685 15.005 247.723 581.943 Ativo imobilizado 300.076 692.836 72.217 935.945 2.001.074 Ativo intangível 4.337 4.388 432 1.184.358 1.193.515 Total 352.943 967.909 87.654 2.368.026 3.776.532 e) Resultado consolidado por segmento acumulado em 31 de dezembro de 2009 Aviação Defesa e Aviação Serviços Não comercial segurança executiva aeronáuticos Outros segmentado Total Receita líquida 6.811.449 948.944 1.694.073 1.194.214 222.595 - 10.871.275 Custo dos produtos e serviços vendidos (5.648.556) (737.833) (1.393.319) (843.822) (135.953) - (8.759.483) Lucro bruto 1.162.893 211.111 300.754 350.392 86.642 - 2.111.792 Margem bruta 17,1% 22,2% 17,8% 29,3% 38,9% - 19,4% Despesas operacionais (881.927) (114.435) (119.482) (160.712) (68.496) - (1.345.052) Lucro operacional 280.966 96.676 181.272 189.680 18.146 - 766.740 Despesas (receitas) financeiras - - - - - 16.301 16.301 Variações monetárias e cambiais, líquidas - - - - - (135.824) (135.824) Lucro antes do imposto de renda - - - - - - 647.217 Imposto de renda e contribuição social - - - - - 290.054 290.054 Lucro líquido do exercício - - - - - - 937.271 f) Vendas líquidas consolidadas por região acumulado em 31 de dezembro de 2009 Aviação Defesa e Aviação Serviços comercial segurança executiva aeronáuticos Outros Total América do Norte 1.246.292 17.528 573.463 598.400 61.244 2.496.927 Europa 2.760.025 20.835 330.902 384.259 26.443 3.522.464 Ásia Pacífico 1.539.491 143.376 464.427 101.182 3.117 2.251.593 América Latina, exceto Brasil 319.332 330.970 85.169 11.101 6.513 753.085 Brasil 488.664 426.858 136.467 30.337 63.108 1.145.434 Outros 457.645 9.377 103.645 68.935 62.170 701.772 Total 6.811.449 948.944 1.694.073 1.194.214 222.595 10.871.275 g) Ativos consolidados da Companhia por segmento em 31 de dezembro de 2009 Aviação Defesa e Aviação Serviços Não comercial segurança executiva aeronáuticos Outros segmentado Total Contas a receber 6.064 220.004 1.000 414.074 68.130 - 709.272 Ativo imobilizado 770.773 46.628 186.000 235.938 678.306 - 1.917.645 Ativo intangível 493.042 7.452 710.123 - 4.175 48.366 1.263.158 Total 1.269.879 274.084 897.123 650.012 750.611 48.366 3.890.075 h) Ativos da Companhia por região em 31 de dezembro de 2009 América Ásia do Norte Europa Pacífico Brasil Total Contas a receber 62.866 342.973 10.704 292.729 709.272 Ativo imobilizado 228.031 588.445 76.128 1.025.041 1.917.645 Ativo intangível 3.647 4.981 1.462 1.253.068 1.263.158 Total 294.544 936.399 88.294 2.570.838 3.890.075 66
  • 68. i) Ativos consolidados da Companhia por segmento em 1º de janeiro de 2009 Aviação Defesa e Aviação Serviços Não comercial segurança executiva aeronáuticos Outros segmentado Total Contas a receber - 231.100 - 681.844 149.551 - 1.062.495 Ativo imobilizado 1.060.883 43.474 224.610 297.785 849.599 - 2.476.351 Ativo intangível 740.768 9.446 785.632 - 25.002 51.530 1.612.378 Total 1.801.651 284.020 1.010.242 979.629 1.024.152 51.530 5.151.224 j) Ativos consolidados da Companhia por região em 1º de janeiro de 2009 América Ásia do Norte Europa Pacífico Brasil Total Contas a receber 148.628 464.742 37.874 411.251 1.062.495 Ativo imobilizado 224.554 764.567 114.342 1.372.888 2.476.351 Ativo intangível 3.778 4.735 1.139 1.602.726 1.612.378 Total 376.960 1.234.044 153.355 3.386.865 5.151.224 Outros ativos não divulgados no quadro acima correspondem principalmente a disponibilidades, estoques, depósitos em garantias e contas a receber vinculadas que não são gerenciados por segmentos pela Companhia. 45 EVENTOS SUBSEQUENTES Em 15 de março de 2011 a Companhia assinou um contrato de compra de 64,7% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S.A. no valor de R$ 28,5 milhões. O objetivo desta aquisição estratégica é aumentar a participação da Embraer Defesa e Segurança no Sistema Brasileiro de Segurança. Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras Aos Administradores e Acionistas Embraer S.A. São José dos Campos - SP Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Embraer S.A. (a “Companhia”) que compreendem o balanço patrimonial em reais em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Embraer S.A. e suas controladas (“Consolidado”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em reais em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Embraer S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Embraer S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase Conforme descrito na Nota 2.1, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Embraer S.A., essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. São José dos Campos, 17 de março de 2011 Auditores Independentes Valdir Augusto de Assunção CRC 2SP000160/O-5 Contador CRC 1SP135319/O-9 67
  • 69. Parecer do Conselho Fiscal O Conselho Fiscal da Embraer S.A., no uso de suas competências legais e estatutárias, examinou o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras e a Destinação do Lucro Líquido da Companhia proposta pela Administração, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2010. Com base nas análises realizadas, nos esclarecimentos prestados pela Administração e no parecer da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, o Conselho Fiscal opina no sentido de que os referidos documentos estão em condições adequadas de serem submetidos à Assembleia Geral Ordinária para aprovação pelos acionistas da Companhia. São José dos Campos, 17 de março de 2011 IVAN MENDES DO CARMO - Presidente do Conselho Fiscal ALBERTO CARLOS MONTEIRO DOS ANJOS - Vice-Presidente do Conselho Fiscal ADOLPHO GONÇALVES NOGUEIRA - Conselheiro EDUARDO COUTINHO GUERRA - Conselheiro TAIKI HIRASHIMA - Conselheiro Deliberação do Conselho de Administração Considerando os pareceres favoráveis do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes, o Conselho de Administração decidiu, por unanimidade, em 17 de março de 2011, que as contas da administração e as demonstrações financeiras estavam em ordem para serem submetidas à Assembleia Geral Ordinária. MAURÍCIO NOVIS BOTELHO - Presidente do Conselho de Administração HERMANN H. WEVER - Vice-Presidente do Conselho de Administração Conselheiros CECÍLIA MENDES GARCEZ SIQUEIRA CLAUDEMIR MARQUES DE ALMEIDA ISRAEL VAINBOIM APRÍGIO EDUARDO DE MOURA AZEVEDO PAULO CESAR DE SOUZA LUCAS SAMIR ZRAICK SÉRGIO ERALDO DE SALLES PINTO WILSON CARLOS DUARTE DELFINO INGO PLÖGER Diretoria FREDERICO PINHEIRO FLEURY CURADO - Diretor-Presidente ANTONIO JÚLIO FRANCO - Diretor Vice-Presidente ARTUR APARECIDO VALÉRIO COUTINHO - Diretor Vice-Presidente EMÍLIO KAZUNOLI MATSUO - Diretor Vice-Presidente FLÁVIO RÍMOLI - Diretor Vice-Presidente HORACIO ARAGONÉS FORJAZ - Diretor Vice-Presidente LUIS CARLOS AFFONSO - Diretor Vice-Presidente LUIZ CARLOS SIQUEIRA AGUIAR - Diretor Vice-Presidente CYNTHIA MARCONDES FERREIRA BENEDETTO - Diretora Vice-Presidente Executiva Financeira e de Relações com Investidores MAURO KERN JUNIOR - Diretor Vice-Presidente RODRIGO ALMEIDA ROSA JOÃO FRANCISCO PENZINGER ARANTES Diretor de Controladoria Contador - CRC1SP177673/O-3 68
  • 71. Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações Financeiras Embraer S.A. DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em conformidade com o inciso VI do artigo 25 da Instrução CVM Nº 480, de 7 de dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e concordou com as Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2010. São Paulo, 17 de março de 2011.
  • 72. Declaração dos Diretores sobre o Parecer dos Auditores Independentes Enbraer S.A. DECLARAÇÃO DA DIRETORIA SOBRE O PARECER DOS AUDITORES Em conformidade com o inciso V do artigo 25 da Instrução CVM Nº 480, de 7 de dezembro de 2009, a Diretoria declara que revisou, discutiu e concordou com o relatório dos auditores independentes sobre as Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2010 São Paulo, 17 de março de 2011.