SlideShare uma empresa Scribd logo
Objetivos do refino
WESTFALIA 
SEPARATOR
OBJETIVOS DO REFINO 
1. Remoção de produtos indesejáveis presentes no óleo bruto 
· ácidos graxos livres 
· fosfolipídeos (gomas) 
· produtos de oxidação 
· metais 
· outros 
2. Redução do nível de pigmentos. 
3. Preservação do valor vitamínico. 
(vitamina E ou tocoferol - um antioxidante natural) 
4. Mínima perda de triglicerídeos 
5. Proteção dos triglicerídeos contra degradação.
PROCESSO QUE ENVOLVEM O REFINO 
1. Degomagem: redução do nível de fosfolipídeos. 
2. Neutralização: redução da acidez. 
3. Clarificação ou branqueamento: remoção de pigmentos e metais. 
4. Desodorização: redução de voláteis que produzem odores.
DEGOMAGEM 
Objetivos: 
Retirada de fosfolipídios e substâncias coloidais (gomas), visando: 
· Transporte e armazenagem 
· Produção de lecitinas 
· Diminuir perdas no refino 
· Diminuir consumo de soda na neutralização 
· Diminuir a cor do óleo 
· Aumentar a estabilidade do óleo refinado 
· Preparar o óleo bruto para o refino propriamente dito. 
NOTA: A degomagem deve ser feita imediatamente após a extração.
FOSFOLIPÍDIOS 
Conseqüência da presença de fosfolipídeos nas etapas de refino do 
óleo de soja: 
1. Na neutralização: 
· Perda por saponificação e arraste de óleo neutro 
· Perda por emulsificação (nas centrífugas) 
2. Na clarificação: 
· Maior teor de argilas para a remoção dos fosfolipideos 
· Menor eficiência de filtração 
3. Na desodorização: 
· Redução da qualidade (cor, sabor, odor e estabilidade) 
· Perdas de produção por incrustação no desodorizador
FOSFOLIPÍDIOS 
Existem dois tipos de fosfolipídios, segundo sua natureza: 
1. Hidratáveis (90%) 
São facilmente removíveis no processo de degomagem com água. 
2. Não hidratáveis (10%) 
Causam problemas de coloração marrom, irreversível. 
São ligados a sais de cálcio, magnésio e ferro. 
São removíveis através de degomagem ácida.
PROCESSO DE DEGOMAGEM 
óleo bruto água 
mistura 
75oC 
centrifugação 
gomas 
(50% água) óleo degomado 
NOTA: Porcentagem de água = Porcentagem dos fosfolipídeos (1,5 a 2%)
DESACIDIFICAÇÃO 
Objetivo: 
Etapa do processamento de óleos e gorduras que visa a remoção 
dos ácidos graxos livres. 
Para esta remoção podem ser utilizadas duas principais formas: 
1. Neutralização: remoção por reação química com produto 
alcalino (soda cáustica por exemplo). 
2. Refino físico: remoção por destilação em alta temperatura e 
alto vácuo.
REPRESENTAÇÃO DO TRIGLICERÍDIO 
(ÓLEO OU GORDURA VEGETAL) 
H 
H 
C 
C 
H 
H 
C 
O 
O 
H 
H 
H 
H 
C C 
H 
C 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
O 
O 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
H 
C C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
C 
H 
H 
O 
O 
Glicerol ou 
propanotriol 
TRI-ESTEARATO DE GLICERINA 
Ácido 
esteárico
REPRESENTAÇÃO DDOO ÁÁCCIIDDOO GGRRAAXXOO LLIIVVRREE 
((““AACCIIDDÊÊSS DDOO ÓÓLLEEOO””)) 
C 
O 
O H 
H 
C 
H C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
H 
Radical 
”ácido” H+ 
ÁCIDO ESTEÁRICO (C18 H38 O2)
NEUTRALIZAÇÃO QUÍMICA 
(através de reação com soda cáustica) 
Radical 
”álcali” OH-C 
Radical 
”ácido” H+ 
O 
O H 
H 
C 
H C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
C 
H 
H 
H H - O - Na 
Ácido graxo + soda 
= borra (sabão) + água (H2O)
REFINO QUÍMICO (ALCALINO) 
O refino é composto das seguintes etapas: 
1. Condicionamento: 
Os fosfatídeos não hidratáveis são modificados para uma forma 
hidratável, ou seja, os complexos metal/fosfatídeo são quebrados 
através de ácidos em sais metálicos e ácido fosfatídico. 
2. Neutralização: 
Os ácidos graxos livres são transformados em sabões de sódio por 
reação com soda cáustica e separados. 
3. Lavagem: 
O residual de sabões é removido do óleo através de solubilização dos 
mesmos em água quente. 
4. Secagem 
A umidade residual é removida através de secagem a vácuo.
ETAPAS DO REFINO ALCALINO 
1. Condicionamento 
óleo bruto 
Ácido 
fosfórico 
85oC 
mistura 
2. Neutralização 
Retenção 
(tempo de contato)
ETAPAS DO REFINO ALCALINO 
2. Neutralização 
Soda 
cáustica 
mistura 
Retenção 
(tempo de contato) 
do 
condicionamento 
centrifugação 
3. Lavagem 
Sabões 
(borra)
ETAPAS DO REFINO ALCALINO 
3. Lavagem 
Água 
(~ 10%) 
mistura 
da neutralização 
centrifugação 
4. Secagem 
Água + 
sabões
ETAPAS DO REFINO ALCALINO 
4. Secagem 
da lavagem 
Sistema de vácuo 
Óleo neutro/seco
Alimentação 
Descarga de 
óleo 
Descarga de 
borra 
Rodete de borra 
Rodete de óleo 
Tubo de alimentação 
Tubo distribuidor 
Jogo de pratos 
Prato separador 
Sistema de 
alimentação 
hidroermético 
Canal de ascensão 
Espaço de sólidos 
Pistão deslizante 
Válvula do pistão 
Coletor de sólidos 
Câmara de água 
de fechamento Duto de entrada de 
água de fechamento 
Saída de sólidos 
Separação 
por 
centrifugação
FUNÇÃO DA SODA CÁUSTICA 
A soda é a responsável pela neutralização dos ácidos graxos 
livres, transformando-os em sabões. 
A quantidade de soda é portanto calculada em função do teor 
ácidos graxos livres e da porcentagem de gomas. 
Teoricamente: 
40 g de soda neutralizam 282 g de ácido oleico. 
O excesso soda insolubiliza as gomas no óleo permitindo sua 
separação. 
(Gomas + Sabões = Borra) 
A borra arrasta pigmentos por adsorsão. 
Os fosfatídeos não hidratáveis permanecem no óleo.
FFaattoorreess qquuee aaffeettaamm aass rreeaaççõõeess 
 CCoonncceennttrraaççããoo ddaa ssoolluuççããoo ddee ssooddaa ((1166 -- 1188 BBéé)) 
 TTeemmppeerraattuurraa ddee rreeaaççããoo ((~~ 8855 ggrraauuss)) 
 TTeemmppoo ddee ccoonnttaattoo ((55 aa 1100 mmiinnuuttooss))
DDeevvee--ssee eevviittaarr:: 
 SSaappoonniiffiiccaaççããoo ddoo óólleeoo 
 FFoorrmmaaççããoo ddee eemmuullssõõeess 
NaOH 
tempo de contato 
EMULSÕES SAPONIFICAÇÃO 
temperatura
Excesso de soda em função da acidez do óleo 
%AGL no óleo bruto % excesso NaOH 
0,1 - 0,9 0,15 
1,0 - 4,0 0,2 
4,1 - 6,0 0,3 
6,1 -8,0 0,5 
8,1 - 15,0 0,6
EXCESSO DE SODA 
a) excesso de 0 a 5%: O óleo não é neutro; há tendência a formação de 
emulsão; o controle de processo é difícil havendo tendência de quebra de 
selagem na centrífuga. A acidez da matéria graxa da borra é da ordem de 
50% ou menos (baixa). 
b) excesso de 5 a 15%: O óleo é neutro (acidez menor que 0,07%); a borra 
apresenta superfície dura e lisa com reação neutra à fenolftaleina. A acidez 
da matéria graxa se situa entre 60 e 70%. 
c) excesso de 15 a 30%: A borra apresenta consistência pastosa, não 
completamente fluida, reagindo lentamente à fenolftaleina com coloração 
vermelha. A acidez da matéria graxa se situa próximo a 70%. 
d) excesso de 30 a 50%: A borra apresenta uma consistência bastante fluida 
reagindo rapidamente à fenolftaleina (vermelho intenso). A acidez da matéria 
graxa se situa entre 80 a 90% e o teor de sabões no óleo neutro se apresenta 
elevado. 
e) excesso maior que 50%: Aparece a formação da terceira fase (solução 
concentrada de eletrólitos). O teor de sabões no óleo neutro é alto.
CCoonnddiiççõõeess ddee llaavvaaggeemm 
ÚÚnniiccaa:: 
1155%% áágguuaa qquueennttee ((9900--9955 ggrraauuss)) 
UUttiilliizzaarr áágguuaa aabbrraannddaaddaa ((iisseennttaa ddee ssaaiiss ddee 
ccáállcciioo ee mmaaggnnééssiioo)) 
DDúúppllaa 
22 xx 1100%% ddee áágguuaa ((vviiddee aacciimmaa)) 
OObbss..:: 11aa.. LLaavvaaggeemm ~~5500 ppppmm ddee ssaabbõõeess 
22aa.. LLaavvaaggeemm ~~1100 ppppmm ddee ssaabbõõeess
Tubo de entrada 
Fine tuner 
Manômetro 
de saída 
Tubo de saída 
Válvula de ajuste 
da pressão 
Descarga de borra
AAjjuusstteess ddaa CCeennttrrííffuuggaa 
VVaazzããoo:: 
VVaazzõõeess 1100%% aacciimmaa oouu 5500%% aabbaaiixxoo ddaa nnoommiinnaall 
iimmpplliiccaamm eemm aauummeennttoo ddaass ppeerrddaass oouu pprreejjuuíízzoo nnaa 
qquuaalliiddaaddee ddoo pprroodduuttoo.. 
CCoonnttrraa pprreessssããoo:: 
AAllttaa ccoonnttrraapprreessssããoo iimmpplliiccaa eemm mmaaiioorreess ppeerrddaass ee bbaaiixxaa 
iimmpplliiccaa eemm mmeennoorr qquuaalliiddaaddee ddoo pprroodduuttoo ffiinnaall.. 
FFiinnee ttuunneerr:: 
PPeerrmmiittee oo mmeellhhoorr aajjuussttee ddee vvaazzããoo ddaa ffaassee ppeessaaddaa ee 
aajjuussttee ffiinnoo ddaa lliinnhhaa ddee sseeppaarraaççããoo ee ppoorrttaannttoo aajjuussttaa 
ppeerrddaass // qquuaalliiddaaddee,, ppaarraa ddiiffeerreenntteess ttiippooss ddee óólleeooss ee 
ppaarraa ddiiffeerreenntteess vvaazzõõeess..
PONTOS RELEVANTES NNAA OOPPEERRAAÇÇÃÃOO 
AA cceennttrrííffuuggaa oouu sseeppaarraaddoorraa éé uumm aacceelleerraaddoorr ddee 
ddeeccaannttaaççããoo ee nnããoo pprroovvooccaa nneennhhuummaa aalltteerraaççããoo 
qquuíímmiiccaa nnooss pprroodduuttooss.. PPoorrttaannttoo aa eeffiicciiêênncciiaa ddee 
sseeppaarraaççããoo ddeeppeennddee ddaa pprreeppaarraaççããoo aanntteerriioorr 
((ddoossaaggeemm,, mmiissttuurraa,, tteemmppoo ddee ccoonnttaattoo,, tteemmppeerraattuurraa)).. 
PPaarraa qquuee aa cceennttrrííffuuggaa ooppeerree ccoorrrreettaammeennttee ddeevvee--ssee 
aajjuussttaarr aa lliinnhhaa ddee sseeppaarraaççããoo oouu sseejjaa,, ffaazzeerr ccoomm qquuee 
oo iinníícciioo ddaa sseeppaarraaççããoo ccooiinncciiddaa ccoomm ooss rraassggooss ddooss 
ccaannaaiiss ddee aasscceennssããoo,, aattrraavvééss ddaa ccoonnttrraapprreessssããoo ddee 
ssaaííddaa ddaa ffaassee lleevvee..
AAjjuussttee ddaa zzoonnaa ddee sseeppaarraaççããoo 
Pelo ajuste da 
contrapressão de 
saída da fase leve 
(óleo) podemos 
deslocar a posição 
da linha de 
separação e fazer 
com que a máquina 
trabalhe nas 
condições ideais de 
separação. 
Fase pesada 
(borra) Fase leve 
(óleo) 
Linha de separação

Mais conteúdo relacionado

PPTX
Episode 46 : PRODUCTION OF OLEOCHEMICAL METHYL ESTER FROM RBD PALM KERNEL OIL
PPTX
11 aula refino do petróleo
PPT
Processos westfalia
PDF
Noções Gerais da Engenharia de Petróleo
PDF
Guide to base oils
PDF
Applications of Specialty Fats and Shortening
PPT
Soap process
PDF
Application of Oleochemicals in Soap, Detergents and Cosmetic Industries
Episode 46 : PRODUCTION OF OLEOCHEMICAL METHYL ESTER FROM RBD PALM KERNEL OIL
11 aula refino do petróleo
Processos westfalia
Noções Gerais da Engenharia de Petróleo
Guide to base oils
Applications of Specialty Fats and Shortening
Soap process
Application of Oleochemicals in Soap, Detergents and Cosmetic Industries

Mais procurados (20)

PDF
PPTX
PDF
Applications and Advantages of Palm Specialty Fats
PDF
PDF
Separation techniques in oils & fats science
PPTX
04_Aula Petróleo
PPTX
Presentation on Crude Distillation Unit (CDU)
PPSX
Palm oil as a healthy choice replacing hydrogenated fats
PPTX
Aula 09 tecnologia da engenharia química - operações unitárias ii - 01.04
PDF
Processamento de gas natural
PDF
Distillates (petroleum), hydrotreated light cas 64742 47-8
PPTX
Processo de Refinação e Derivados do Petróleo
PDF
Lube Oil Blending Plant 2012
PPTX
Oil refining.pptx
DOCX
Material Balance of Adipic Acid Plant
PDF
Food Industry Case Study: Refining Edible Oils
PDF
Report on Summer Training by Sayan Roy
PDF
Palm Oil In Food Applications
PDF
Folder de eventos da Arena Pernambuco
PPTX
Deodorization
Applications and Advantages of Palm Specialty Fats
Separation techniques in oils & fats science
04_Aula Petróleo
Presentation on Crude Distillation Unit (CDU)
Palm oil as a healthy choice replacing hydrogenated fats
Aula 09 tecnologia da engenharia química - operações unitárias ii - 01.04
Processamento de gas natural
Distillates (petroleum), hydrotreated light cas 64742 47-8
Processo de Refinação e Derivados do Petróleo
Lube Oil Blending Plant 2012
Oil refining.pptx
Material Balance of Adipic Acid Plant
Food Industry Case Study: Refining Edible Oils
Report on Summer Training by Sayan Roy
Palm Oil In Food Applications
Folder de eventos da Arena Pernambuco
Deodorization
Anúncio

Destaque (20)

PDF
aula 7. Tec. de oleos e derivados
PDF
Tecnologia de óleos e gorduras
DOC
óLeos e derivados
PPTX
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
PPT
Lipidios
PPT
Aocs short course bleaching quebec city 5 07 esp
PPT
05 tags do_plc
PPT
Aula1a Introducao
PDF
oleos e gorduras
PPT
03 step 7 basic
PPT
Telas do vlt na rede devicenet ultimo
PPT
Ethernet via explorer
PDF
Treinamento – vfs15 pratica
PDF
Gea 05 - esterificação
PDF
Gea biodiesel lavagem e clarificação
PDF
Gea 04 - concentração de glicerina completa
PPT
Eip scan com ethernet
PPT
Mca121 ethernet ii
PDF
Apresentação recife energia
PPT
#4 modbus rtu tcp
aula 7. Tec. de oleos e derivados
Tecnologia de óleos e gorduras
óLeos e derivados
Carac. físico-quimica de óleos vegetais
Lipidios
Aocs short course bleaching quebec city 5 07 esp
05 tags do_plc
Aula1a Introducao
oleos e gorduras
03 step 7 basic
Telas do vlt na rede devicenet ultimo
Ethernet via explorer
Treinamento – vfs15 pratica
Gea 05 - esterificação
Gea biodiesel lavagem e clarificação
Gea 04 - concentração de glicerina completa
Eip scan com ethernet
Mca121 ethernet ii
Apresentação recife energia
#4 modbus rtu tcp
Anúncio

Semelhante a Objetivos do refino (20)

PDF
Neutralizacao
PDF
Tecnologia de óleos e gorduras
PPTX
LIPIDIOS-ENZIMA.pptx
PPTX
aulasabesereaodesaponificao-240506233013-05b0c6d3 [Salvo automaticamente].pptx
PDF
Relatório de sabonete
PDF
Óleos Lubrificantes. Interessante!
PPT
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
PPTX
como fazer sabão caseiro
PPT
petroqui.ppt
PPT
petroqui (1).pptljpujnjdbigbeuwhgnj´kçlqnihji
PPTX
Producao de Sabao e Detergente
PPTX
trabalho sobre óleos e gorduras e seus descartes
PDF
9 oleos e gorduras
PDF
Lipídeos
DOC
Protocolo do Ensaio Experimêntal da Formação do Biodiesel
DOC
Protocolo Biodiesel
PDF
Lucrifica o_e_lubrificantes
PPTX
Trabalhando com a química dos sabões e detergentes
PDF
Booommmm petroleo
PPS
Limpeza química e eletrolítica para laminados a frio.
Neutralizacao
Tecnologia de óleos e gorduras
LIPIDIOS-ENZIMA.pptx
aulasabesereaodesaponificao-240506233013-05b0c6d3 [Salvo automaticamente].pptx
Relatório de sabonete
Óleos Lubrificantes. Interessante!
Trabalho síntese de biodiesel utilizando um método de eletrólise
como fazer sabão caseiro
petroqui.ppt
petroqui (1).pptljpujnjdbigbeuwhgnj´kçlqnihji
Producao de Sabao e Detergente
trabalho sobre óleos e gorduras e seus descartes
9 oleos e gorduras
Lipídeos
Protocolo do Ensaio Experimêntal da Formação do Biodiesel
Protocolo Biodiesel
Lucrifica o_e_lubrificantes
Trabalhando com a química dos sabões e detergentes
Booommmm petroleo
Limpeza química e eletrolítica para laminados a frio.

Mais de Marcos Romanholo (20)

PDF
19 exercises v1.00_en
PDF
18 syntax rules v1.0
PDF
17 demonstration server client system-v1.00_en
PDF
15 final steps of configuration v1.00_en
PDF
14 mass data engineering v1.00_en
PDF
13 locking functions and operating modes v1.00_en
PDF
12 archiving system v1.00_en
PDF
11 customizing the os v1.00_en
PDF
10 basics automatic mode control v1.00_en
PDF
09 basics operating and monitoring v1.00_en
PDF
08 basics control functions v1.00_en
PDF
07 connection to the process v1.00_en
PDF
06 station and network configuration v1.00_en
PDF
05 project setup v1.00_en
PDF
03 requirements and functional process description v1.00_en
PDF
02 pcs 7 documentation and support v1.00 en
PDF
01 introduction v1.00_en
PDF
00 st pcs7-sys_v8.0_register 20 en
RTF
Fluxograma processo acucar_alcool_etanol_verde
PDF
01tiaportal handson-basicov11v2-140421084257-phpapp01
19 exercises v1.00_en
18 syntax rules v1.0
17 demonstration server client system-v1.00_en
15 final steps of configuration v1.00_en
14 mass data engineering v1.00_en
13 locking functions and operating modes v1.00_en
12 archiving system v1.00_en
11 customizing the os v1.00_en
10 basics automatic mode control v1.00_en
09 basics operating and monitoring v1.00_en
08 basics control functions v1.00_en
07 connection to the process v1.00_en
06 station and network configuration v1.00_en
05 project setup v1.00_en
03 requirements and functional process description v1.00_en
02 pcs 7 documentation and support v1.00 en
01 introduction v1.00_en
00 st pcs7-sys_v8.0_register 20 en
Fluxograma processo acucar_alcool_etanol_verde
01tiaportal handson-basicov11v2-140421084257-phpapp01

Último (20)

PDF
1 - Fundamentos Básicos da Transferência de Calor.pdf
PPTX
Física I - 01 e 02 - Introdução ao método Científico.pptx
PDF
Ia no concreto - tecnicas de aprendizagem de máquina
PDF
Normas, higiene e segurança na soldadura eléctrica
PPTX
2 - introducao a ciencia do solo para o curso de agronomia.ppt
PPTX
Func-equip-moagem-espe-prensa_PPT_003.pptx
PPT
aula biologia do solo na agronomia introdução
PPTX
1 Conceitos-de-Gestao-da-Qualidaade.pptx
PDF
Impactos ambientais gerados pela construção civil
PPTX
Caminho das Bromélias _Nível Obra - Governança em SSMA_03.2024.pptx
PDF
Aula_04 gestão da manutenção _Custos da manutencão.pdf
PPT
01-evolução-historica-do-uso-de-material-de-construção.ppt
PDF
Boas práticas em rebobinamento trifásico .pdf
PPT
O gênero resumo O gênero resumo O gênero
PPTX
Integração SMS introdutorio 111111111111
PPT
22a Aula Manejo de Plantas Daninhas(1).ppt
PDF
1 - Aula Pneumática Elementos da Pneumática.pdf
PDF
2 - Equação de Condução de Calor - (Coordenadas Retangulares, Cilíndricas e E...
PDF
Palestras_Tribologia_Profa_MCristinaMFarias.pdf
PDF
MIP Manejo integrado de pragas na cultura do algodão
1 - Fundamentos Básicos da Transferência de Calor.pdf
Física I - 01 e 02 - Introdução ao método Científico.pptx
Ia no concreto - tecnicas de aprendizagem de máquina
Normas, higiene e segurança na soldadura eléctrica
2 - introducao a ciencia do solo para o curso de agronomia.ppt
Func-equip-moagem-espe-prensa_PPT_003.pptx
aula biologia do solo na agronomia introdução
1 Conceitos-de-Gestao-da-Qualidaade.pptx
Impactos ambientais gerados pela construção civil
Caminho das Bromélias _Nível Obra - Governança em SSMA_03.2024.pptx
Aula_04 gestão da manutenção _Custos da manutencão.pdf
01-evolução-historica-do-uso-de-material-de-construção.ppt
Boas práticas em rebobinamento trifásico .pdf
O gênero resumo O gênero resumo O gênero
Integração SMS introdutorio 111111111111
22a Aula Manejo de Plantas Daninhas(1).ppt
1 - Aula Pneumática Elementos da Pneumática.pdf
2 - Equação de Condução de Calor - (Coordenadas Retangulares, Cilíndricas e E...
Palestras_Tribologia_Profa_MCristinaMFarias.pdf
MIP Manejo integrado de pragas na cultura do algodão

Objetivos do refino

  • 3. OBJETIVOS DO REFINO 1. Remoção de produtos indesejáveis presentes no óleo bruto · ácidos graxos livres · fosfolipídeos (gomas) · produtos de oxidação · metais · outros 2. Redução do nível de pigmentos. 3. Preservação do valor vitamínico. (vitamina E ou tocoferol - um antioxidante natural) 4. Mínima perda de triglicerídeos 5. Proteção dos triglicerídeos contra degradação.
  • 4. PROCESSO QUE ENVOLVEM O REFINO 1. Degomagem: redução do nível de fosfolipídeos. 2. Neutralização: redução da acidez. 3. Clarificação ou branqueamento: remoção de pigmentos e metais. 4. Desodorização: redução de voláteis que produzem odores.
  • 5. DEGOMAGEM Objetivos: Retirada de fosfolipídios e substâncias coloidais (gomas), visando: · Transporte e armazenagem · Produção de lecitinas · Diminuir perdas no refino · Diminuir consumo de soda na neutralização · Diminuir a cor do óleo · Aumentar a estabilidade do óleo refinado · Preparar o óleo bruto para o refino propriamente dito. NOTA: A degomagem deve ser feita imediatamente após a extração.
  • 6. FOSFOLIPÍDIOS Conseqüência da presença de fosfolipídeos nas etapas de refino do óleo de soja: 1. Na neutralização: · Perda por saponificação e arraste de óleo neutro · Perda por emulsificação (nas centrífugas) 2. Na clarificação: · Maior teor de argilas para a remoção dos fosfolipideos · Menor eficiência de filtração 3. Na desodorização: · Redução da qualidade (cor, sabor, odor e estabilidade) · Perdas de produção por incrustação no desodorizador
  • 7. FOSFOLIPÍDIOS Existem dois tipos de fosfolipídios, segundo sua natureza: 1. Hidratáveis (90%) São facilmente removíveis no processo de degomagem com água. 2. Não hidratáveis (10%) Causam problemas de coloração marrom, irreversível. São ligados a sais de cálcio, magnésio e ferro. São removíveis através de degomagem ácida.
  • 8. PROCESSO DE DEGOMAGEM óleo bruto água mistura 75oC centrifugação gomas (50% água) óleo degomado NOTA: Porcentagem de água = Porcentagem dos fosfolipídeos (1,5 a 2%)
  • 9. DESACIDIFICAÇÃO Objetivo: Etapa do processamento de óleos e gorduras que visa a remoção dos ácidos graxos livres. Para esta remoção podem ser utilizadas duas principais formas: 1. Neutralização: remoção por reação química com produto alcalino (soda cáustica por exemplo). 2. Refino físico: remoção por destilação em alta temperatura e alto vácuo.
  • 10. REPRESENTAÇÃO DO TRIGLICERÍDIO (ÓLEO OU GORDURA VEGETAL) H H C C H H C O O H H H H C C H C H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C O O H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H H H H H H H H H H H H H H H H C C H H C H H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H C H H O O Glicerol ou propanotriol TRI-ESTEARATO DE GLICERINA Ácido esteárico
  • 11. REPRESENTAÇÃO DDOO ÁÁCCIIDDOO GGRRAAXXOO LLIIVVRREE ((““AACCIIDDÊÊSS DDOO ÓÓLLEEOO””)) C O O H H C H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H H Radical ”ácido” H+ ÁCIDO ESTEÁRICO (C18 H38 O2)
  • 12. NEUTRALIZAÇÃO QUÍMICA (através de reação com soda cáustica) Radical ”álcali” OH-C Radical ”ácido” H+ O O H H C H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H C H H H H - O - Na Ácido graxo + soda = borra (sabão) + água (H2O)
  • 13. REFINO QUÍMICO (ALCALINO) O refino é composto das seguintes etapas: 1. Condicionamento: Os fosfatídeos não hidratáveis são modificados para uma forma hidratável, ou seja, os complexos metal/fosfatídeo são quebrados através de ácidos em sais metálicos e ácido fosfatídico. 2. Neutralização: Os ácidos graxos livres são transformados em sabões de sódio por reação com soda cáustica e separados. 3. Lavagem: O residual de sabões é removido do óleo através de solubilização dos mesmos em água quente. 4. Secagem A umidade residual é removida através de secagem a vácuo.
  • 14. ETAPAS DO REFINO ALCALINO 1. Condicionamento óleo bruto Ácido fosfórico 85oC mistura 2. Neutralização Retenção (tempo de contato)
  • 15. ETAPAS DO REFINO ALCALINO 2. Neutralização Soda cáustica mistura Retenção (tempo de contato) do condicionamento centrifugação 3. Lavagem Sabões (borra)
  • 16. ETAPAS DO REFINO ALCALINO 3. Lavagem Água (~ 10%) mistura da neutralização centrifugação 4. Secagem Água + sabões
  • 17. ETAPAS DO REFINO ALCALINO 4. Secagem da lavagem Sistema de vácuo Óleo neutro/seco
  • 18. Alimentação Descarga de óleo Descarga de borra Rodete de borra Rodete de óleo Tubo de alimentação Tubo distribuidor Jogo de pratos Prato separador Sistema de alimentação hidroermético Canal de ascensão Espaço de sólidos Pistão deslizante Válvula do pistão Coletor de sólidos Câmara de água de fechamento Duto de entrada de água de fechamento Saída de sólidos Separação por centrifugação
  • 19. FUNÇÃO DA SODA CÁUSTICA A soda é a responsável pela neutralização dos ácidos graxos livres, transformando-os em sabões. A quantidade de soda é portanto calculada em função do teor ácidos graxos livres e da porcentagem de gomas. Teoricamente: 40 g de soda neutralizam 282 g de ácido oleico. O excesso soda insolubiliza as gomas no óleo permitindo sua separação. (Gomas + Sabões = Borra) A borra arrasta pigmentos por adsorsão. Os fosfatídeos não hidratáveis permanecem no óleo.
  • 20. FFaattoorreess qquuee aaffeettaamm aass rreeaaççõõeess CCoonncceennttrraaççããoo ddaa ssoolluuççããoo ddee ssooddaa ((1166 -- 1188 BBéé)) TTeemmppeerraattuurraa ddee rreeaaççããoo ((~~ 8855 ggrraauuss)) TTeemmppoo ddee ccoonnttaattoo ((55 aa 1100 mmiinnuuttooss))
  • 21. DDeevvee--ssee eevviittaarr:: SSaappoonniiffiiccaaççããoo ddoo óólleeoo FFoorrmmaaççããoo ddee eemmuullssõõeess NaOH tempo de contato EMULSÕES SAPONIFICAÇÃO temperatura
  • 22. Excesso de soda em função da acidez do óleo %AGL no óleo bruto % excesso NaOH 0,1 - 0,9 0,15 1,0 - 4,0 0,2 4,1 - 6,0 0,3 6,1 -8,0 0,5 8,1 - 15,0 0,6
  • 23. EXCESSO DE SODA a) excesso de 0 a 5%: O óleo não é neutro; há tendência a formação de emulsão; o controle de processo é difícil havendo tendência de quebra de selagem na centrífuga. A acidez da matéria graxa da borra é da ordem de 50% ou menos (baixa). b) excesso de 5 a 15%: O óleo é neutro (acidez menor que 0,07%); a borra apresenta superfície dura e lisa com reação neutra à fenolftaleina. A acidez da matéria graxa se situa entre 60 e 70%. c) excesso de 15 a 30%: A borra apresenta consistência pastosa, não completamente fluida, reagindo lentamente à fenolftaleina com coloração vermelha. A acidez da matéria graxa se situa próximo a 70%. d) excesso de 30 a 50%: A borra apresenta uma consistência bastante fluida reagindo rapidamente à fenolftaleina (vermelho intenso). A acidez da matéria graxa se situa entre 80 a 90% e o teor de sabões no óleo neutro se apresenta elevado. e) excesso maior que 50%: Aparece a formação da terceira fase (solução concentrada de eletrólitos). O teor de sabões no óleo neutro é alto.
  • 24. CCoonnddiiççõõeess ddee llaavvaaggeemm ÚÚnniiccaa:: 1155%% áágguuaa qquueennttee ((9900--9955 ggrraauuss)) UUttiilliizzaarr áágguuaa aabbrraannddaaddaa ((iisseennttaa ddee ssaaiiss ddee ccáállcciioo ee mmaaggnnééssiioo)) DDúúppllaa 22 xx 1100%% ddee áágguuaa ((vviiddee aacciimmaa)) OObbss..:: 11aa.. LLaavvaaggeemm ~~5500 ppppmm ddee ssaabbõõeess 22aa.. LLaavvaaggeemm ~~1100 ppppmm ddee ssaabbõõeess
  • 25. Tubo de entrada Fine tuner Manômetro de saída Tubo de saída Válvula de ajuste da pressão Descarga de borra
  • 26. AAjjuusstteess ddaa CCeennttrrííffuuggaa VVaazzããoo:: VVaazzõõeess 1100%% aacciimmaa oouu 5500%% aabbaaiixxoo ddaa nnoommiinnaall iimmpplliiccaamm eemm aauummeennttoo ddaass ppeerrddaass oouu pprreejjuuíízzoo nnaa qquuaalliiddaaddee ddoo pprroodduuttoo.. CCoonnttrraa pprreessssããoo:: AAllttaa ccoonnttrraapprreessssããoo iimmpplliiccaa eemm mmaaiioorreess ppeerrddaass ee bbaaiixxaa iimmpplliiccaa eemm mmeennoorr qquuaalliiddaaddee ddoo pprroodduuttoo ffiinnaall.. FFiinnee ttuunneerr:: PPeerrmmiittee oo mmeellhhoorr aajjuussttee ddee vvaazzããoo ddaa ffaassee ppeessaaddaa ee aajjuussttee ffiinnoo ddaa lliinnhhaa ddee sseeppaarraaççããoo ee ppoorrttaannttoo aajjuussttaa ppeerrddaass // qquuaalliiddaaddee,, ppaarraa ddiiffeerreenntteess ttiippooss ddee óólleeooss ee ppaarraa ddiiffeerreenntteess vvaazzõõeess..
  • 27. PONTOS RELEVANTES NNAA OOPPEERRAAÇÇÃÃOO AA cceennttrrííffuuggaa oouu sseeppaarraaddoorraa éé uumm aacceelleerraaddoorr ddee ddeeccaannttaaççããoo ee nnããoo pprroovvooccaa nneennhhuummaa aalltteerraaççããoo qquuíímmiiccaa nnooss pprroodduuttooss.. PPoorrttaannttoo aa eeffiicciiêênncciiaa ddee sseeppaarraaççããoo ddeeppeennddee ddaa pprreeppaarraaççããoo aanntteerriioorr ((ddoossaaggeemm,, mmiissttuurraa,, tteemmppoo ddee ccoonnttaattoo,, tteemmppeerraattuurraa)).. PPaarraa qquuee aa cceennttrrííffuuggaa ooppeerree ccoorrrreettaammeennttee ddeevvee--ssee aajjuussttaarr aa lliinnhhaa ddee sseeppaarraaççããoo oouu sseejjaa,, ffaazzeerr ccoomm qquuee oo iinníícciioo ddaa sseeppaarraaççããoo ccooiinncciiddaa ccoomm ooss rraassggooss ddooss ccaannaaiiss ddee aasscceennssããoo,, aattrraavvééss ddaa ccoonnttrraapprreessssããoo ddee ssaaííddaa ddaa ffaassee lleevvee..
  • 28. AAjjuussttee ddaa zzoonnaa ddee sseeppaarraaççããoo Pelo ajuste da contrapressão de saída da fase leve (óleo) podemos deslocar a posição da linha de separação e fazer com que a máquina trabalhe nas condições ideais de separação. Fase pesada (borra) Fase leve (óleo) Linha de separação