SlideShare uma empresa Scribd logo
Planos e Composição Prof. M árcio Duarte
Espaço da representação A representação do espaço é uma modelização do real. No caso da fotografia, devemos estar conscientes que a imagem obtida é sempre o resultado de uma operação de recorte do  continuum  espacial, uma seleção que, consciente ou inconscientemente, responde sempre aos interesses do fotógrafo. É no espaço da representação, enquanto dimensão coadjuvante e estrutural, que tem lugar o desdobramento dos elementos plásticos e as técnicas compositivas que examinámos até ao momento. A inclusão de um sub-tópico dedicado ao exame do espaço da representação deve-nos ajudar a definir como é o espaço que constrói a fotografia que analisamos, desde as suas variáveis mais materiais até às suas implicações mais filosóficas.
Espaço da representação No campo da fotografia, o controlo do parâmetro técnico da abertura do diafragma e a objetiva eleita pelo fotógrafo possibilitam a construção da dimensão espacial da imagem. Campo/Fora de campo Aberto/Fechado Interior/Exterior Concreto/Abstrato Profundo/Plano Habitabilidade Encenação Outros Comentários
todo o ato fotográfico implica  “ uma tomada de vista ou olhar na imagem ” , quer dizer, um gesto de corte. Philippe Dubois
Campo/Fora de campo O  campo fotográfico  define-se como o espaço representado na materialidade da imagem, e que constitui a expressão plena do espaço da representação fotográfica. Mas a compreensão e interpretação do campo visual pressupõe sempre a existência de um fora de campo, que se lhe supõe contíguo e que o sustenta. Sem dúvida,  o fora de campo  e a ausência são elementos estruturais de uma interpretação ou leitura da representação fotográfica, como sucede no terreno da representação fílmica.
Campo/Fora de campo As formas de representação do fora de campo em fotografia e as suas significações podem ser muito variadas. A representação fotográfica dominante, que poderíamos relacionar com o paradigma de representação clássico, caracteriza-se por oferecer um campo visual fragmentário, mas que oculta, ao mesmo tempo, a sua natureza descontínua, mediante um apagamento das marcas enunciativas para que o espectador não perceba a natureza artificial da construção visual. O paradigma clássico baseia-se na construção de uma impressão de realidade, mais acentuada ainda que noutros meios audiovisuais como o cinema e o vídeo. Independentemente de outras reflexões, torna-se evidente que os objetos ou personagens no campo podem  “ apontar ”  para o fora de campo, com o que se obtém uma complicação de ambos por contiguidade; mas, sobretudo, espelhos, sombras, etc. são elementos que inscrevem diretamente o fora de campo no campo.
Aberto/Fechado Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço aberto tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços fechados.
Interior/Exterior Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço interior tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços exteriores.
Concreto/Abstracto Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço concreto tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços abstratos. Os efeitos metafóricos que a representação de um ou outro tipo de espaço supõe.
Profundo/Plano No estudo do sistema compositivo temos feito referência à importância da perspectiva e da profundidade de campo na construção do espaço da representação. Neste nível de análise, trata-se de avaliar em que medida a representação plana do espaço corresponde a um olhar mais estandardizado ou normalizado como o classicismo, em confronto com a representação em profundidade, mais próxima da configuração plástica barroca.
Habitabilidade Segundo o grau de abstração da imagem, torna-se mais ou menos fácil que o espaço possa ser habitável pelo espectador. A habitabilidade faz referência ao tipo de implicação que a representação fotográfica promove na operação de leitura da imagem. Deste modo, a habitabilidade em função da identificação ou distanciamento, atua como forças centrípeta e centrifuga, que o espaço sugira ao espectador.  A caracterização de um espaço como espaço simbólico produz-se quando a representação fotográfica se afasta da vocação indicial da fotografia, enquanto marca do real. Santos Zunzunegui assinala, a propósito da fotografia de paisagem, que uma paisagem será indicial  “ quando nela predomine a sua dimensão constatativa ” , enquanto que uma paisagem fotografada será considerada  “ simbolista ou simbólica ” ,  “ na medida em que o fundamental da sua estratégia significativa coloque o visível ao serviço do não visível ”  (p. 145). Se em alguns fotógrafos David Kinsey ou Timothy O ’ Sullivan a fotografia de paisagem tem um valor testemunhal, em Ansel Adams todo o trabalho parece dirigir-se para  “ a construção de uma visão substancialmente estética do mundo e das coisas ” . Em Adams, a poética indicialista é substituída por  “ um trabalhado jogo luminoso que estende pontes entre a cascata, o rio e o arco-íris criando uma emotiva sensibilidade dramática ante a luz ”  (p. 152). De facto, o espaço simbólico de que vimos falando poderia considerar-se como um espaço subjectivo, em termos estritamente semânticos. O reconhecimento de uma poética simbólica é algo que dependerá do sujeito que realize a análise, já que na operação de leitura o que irrompe é também a própria experiência subjectiva do intérprete.
Enceneção O dispositivo fotográfico não pode ser entendido como uma mero agente reprodutor, mas antes como um meio desenhado para produzir determinados efeitos, isto é, a impressão de realidade, entre outros. Neste sentido, a imagem fotográfica não é estranha a uma ação deliberada de enunciação textual, a uma encenação que transporta uma ideologia concreta e que qualquer análise não pode ignorar.
Outros Este espaço fica reservado para a inclusão de outros conceitos que possam estar relacionados com o nível compositivo da análise da fotografia.  Permanece aberto  ad libitum  ao analista ou estudioso da imagem.
Planos e  Composição Fotográfica  É forma de expressão elaborada, que pode ser ampla ou específica. O modo de expressar-se varia em função do que se quer mostrar, contar, exprimir, até mesmo impor. Apresenta-se um mundo organizado em narrativa, usando uma linguagem convencionada em ação, espaço e tempo. Fotografar não é mágica, muita criatividade e matemática.
Imagine-se com uma câmera fotográfica na mão O que fotografar? Como enquadrar? Como compor? Regra dos Terços:  É uma técnica utilizada na fotografia para se obter melhores resultados.
Imagine-se com uma câmera fotográfica na mão Para utilizá-la deve-se dividir a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada.
Exemplos de fotografias que utilizaram a regra dos terços O foco principal (lado direito) O foco principal (lado esquerdo)
Fotografias regra dos terços  Lado esquerdo
Fotografias regra dos terços  Lado direito
Como a regra dos terços funciona No caso de pessoas e objetos procure posicioná-los numa das quatro interseções do quadro; no caso de paisagens, posicione-as no topo ou no fundo do quadro. O resultado é uma imagem mais natural, contrabalançada e atrativa ao olhar.
Como a regra dos terços funciona Muitos estudos fotográficos chegaram à conclusão que quem observa uma imagem olha mais depressa para um dos pontos de cruzamento do que para o centro da fotografia. A aplicação da regra dos terços não é mais do que evitar simplesmente centrar o elemento a fotografar, e posicioná-lo 1/3 acima do fundo e 1/3 à esquerda ou então 1/3 abaixo do topo e 1/3 à direita e assim sucessivamente.
Plano geral (PG): abrange e descreve o ambiente;  pode acontecer para situar o observador no contexto da ação;  recorre-se a ele para se ter uma visão mais ampla do cenário; focaliza personagens em ação; identifica onde a ação transcorre;  localiza a ambiência. O plano geral permite a utilização como elemento de contraste com planos médios e primeiros planos dos elementos nele incluídos; relaciona os personagens e quem os rodeia. É um plano muito usado no  cinema, documentários e o fotógrafo utiliza muito em grandes ambientes
Plano geral (PG):
Plano geral (PG):
Plano geral (PG):
Plano médio e   plano americano: O plano médio (PM)   mostra a pessoa da cintura para cima; está entre o plano geral e o  close;  É o plano de aproximação O plano americano (PA) É variante do plano médio; Mostra a pessoa do joelho para cima.  OBS.:  Ambos exercem função mais narrativa. Privilegiam a ação. Não se faz corte nas articulações. Não corta nos joelhos e não corta os pés.
Plano médio e   plano americano:
Plano médio e   plano americano:
Plano médio e   plano americano:
Plano médio e   plano americano:
Plano Médio ou Plano Americano
Primeiro plano ou  close-up: enquadra o rosto;  essencial para se alcançar a máxima intensidade dramática;  apresenta nitidamente a expressão do rosto  e projeta as características do personagem;  pode revelar pensamentos e o momento interior do personagem;  corresponde à invasão do campo da consciência; desempenha função mais emocional.  plano é cortado pouco abaixo das axilas. Permite por exemplo imagens de alguém a fumar,cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos privilegia o que é transmitido pela expressão facial.
Primeiro plano ou  close-up:
Primeiro plano ou  close-up:
Vários  Primeiro plano ou  close-up:
Plano de detalhe (PD): imagem de impacto visual e emocional;  tempo de leitura curto; isola pormenores; mostra uma parte essencial do assunto.  é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia.  Pode chegar a criar formas quase abstratas. OBS.: Se usado em excesso, perde o impacto e cansa .
Plano de detalhe (PD):
Plano de detalhe (PD):
Plano detalhe
Angulação Posições ou ângulos da câmera quanto a um objeto ou personagem.  Mais alta, mais baixa ou à altura deles, para produzir efeitos expressivos determinados. Define-se  ângulo de visão como  elemento de expressão do conteúdo do quadro; produz efeitos expressivos, não mecânicos, determinados e é ponto de partida para observar o personagem.
Câmera alta (visão superior): Também chamada de  plongé  enfoca a ação de cima para baixo, o que minimiza o personagem, diminui sua força ou importância; demonstra o predomínio da ação sobre personagens e coisas.  A expressão é de inferioridade
Câmera alta (visão superior):
Câmera alta (visão superior):
Câmera baixa (visão inferior):   É   também chamada de  contraplongé  a ação enfocada de baixo para cima aumenta a estatura e a importância do personagem, coloca-o em posição dominante. A expressão é de superioridade.
Câmera baixa (visão inferior):
Câmera baixa (visão inferior):
Câmera normal (visão média): A ação observada à altura dos olhos, sem significação especial relativamente ao personagem; é a imagem mais comum e natural. Perspectiva normal.
Câmera normal (visão média):
Zoom:   Aproximação até cl ose.  Não é movimento físico, é ótico. A aproximação ou o afastamento se dá pela utilização da lente  zoom. Zoom in   (aproximação): traz a imagem distante para bem perto; favorece a concentração da atenção. Zoom out   (afastamento): leva a imagem próxima para longe; retrocede revelando o cenário do primeiro plano de partida; favorece a revelação.
Fotografando o pôr-do-sol Fotografar pôr-do-sol entre céu e terra é comum todo mundo faz, portanto se você quiser que sua fotografia seja admirada, inove. 1º passo: observar outros elementos que poderão fazer parte da composição. 2º observar a regra dos terços onde os elementos devem ficar alinhados e divididos ao mesmo tempo, sendo que cada quadro  deverá direcionar o olhar para o elemento principal.
Dicas básicas para fotografar monumentos históricos  1º passo: enquadrar o monumento e ou a arquitetura  dentro do visor para que nada fique de fora.  ( se possível se abaixe  o quanto for possível). 4º passo: observe a incidência de luz ( excesso de luz  “estoura” a imagem ). 5º passo: aproveite sempre a luz natural ( cuidado para não ficar de frente para a luz). 6º lembre-se que a sombra e os reflexos também fazem  parte  da composição.
FIM

Mais conteúdo relacionado

PPT
Fotografia
PPT
Planos e ângulos
PDF
Fotografia publicitária
PPT
Elementos linguagem visual
PDF
Aula 01 - Curso de Fotografia Básica
PPT
Fotografia: Introdução à composição fotográfica
PDF
Fotografia publicitária
Fotografia
Planos e ângulos
Fotografia publicitária
Elementos linguagem visual
Aula 01 - Curso de Fotografia Básica
Fotografia: Introdução à composição fotográfica
Fotografia publicitária

Mais procurados (20)

PPTX
Aula Animação - história e os princípios básicos
PDF
Linguagem cinematografica
PDF
Telejornalismo Guia Rápido
PDF
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
PDF
Elementos da Linguagem fotográfica
PPT
Aula 2 composição visual
PPT
Técnicas fotográficas
PPT
Planos de câmera
PPTX
A linguagem visual
PDF
Fotografia com celular
DOCX
Manual - Enquadramento, Ângulos e planos
PPSX
Aula 05 linguagem visual
PPT
Enquadramento de câmera
PPT
Stop motion na sala de aula
PPS
A arte da fotografia
PPT
A HistóRia Da Fotografia
PPTX
Elementos básicos da comunicação visual
PDF
Apostila de-artes-visuais
PDF
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL Processos de produção audiovisual pdf
PDF
Produção Audiovisual - A função do som pdf
Aula Animação - história e os princípios básicos
Linguagem cinematografica
Telejornalismo Guia Rápido
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Etapas da Produção pdf
Elementos da Linguagem fotográfica
Aula 2 composição visual
Técnicas fotográficas
Planos de câmera
A linguagem visual
Fotografia com celular
Manual - Enquadramento, Ângulos e planos
Aula 05 linguagem visual
Enquadramento de câmera
Stop motion na sala de aula
A arte da fotografia
A HistóRia Da Fotografia
Elementos básicos da comunicação visual
Apostila de-artes-visuais
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL Processos de produção audiovisual pdf
Produção Audiovisual - A função do som pdf
Anúncio

Destaque (20)

PPT
Aula i. linguagem. ugs
PDF
Portfólio de Técnicas e Processos Artísticos I
PDF
Fotografia retratos
PPT
Aula3 Imagem
PDF
Desenho de observação por betty edwards para a formação do professor de arte
PPTX
Introdução à Investigação em Feridas ELCOS Cova da Beira 2010
PPTX
Desenho
DOCX
Ficha de desenho à vista
PDF
Desenho de Observação I
PPT
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
PPTX
Formas de pensar o desenho
PDF
Linguagem visual para a organização e representação de recursos imagéticos
PPT
Fundamentos do desenho 2011 II
PPTX
introducao ao deseno tecnico
PDF
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
PDF
espaço e desenho de observação - regras a cumprir
PPT
Os Sete Princpios de Desenho Universal
PDF
Oficina Design para quem não é Designer
PDF
Desenho em perspectiva_dois_pontos_de_fuga
Aula i. linguagem. ugs
Portfólio de Técnicas e Processos Artísticos I
Fotografia retratos
Aula3 Imagem
Desenho de observação por betty edwards para a formação do professor de arte
Introdução à Investigação em Feridas ELCOS Cova da Beira 2010
Desenho
Ficha de desenho à vista
Desenho de Observação I
Representação Gràfica Rigorosa Geometria
Formas de pensar o desenho
Linguagem visual para a organização e representação de recursos imagéticos
Fundamentos do desenho 2011 II
introducao ao deseno tecnico
DESENHO: CAMINHO PARA UMA NOVA VISÃO DE MUNDO
espaço e desenho de observação - regras a cumprir
Os Sete Princpios de Desenho Universal
Oficina Design para quem não é Designer
Desenho em perspectiva_dois_pontos_de_fuga
Anúncio

Semelhante a Representação e planos (20)

PPT
Espaço plástico
PPT
2ª Aula De Fotografia
PDF
Aula foto composiç o
PPT
Vídeo noções básicas
PDF
Elementos basicos da comunicacao visual
PDF
Elementos basicos da comunicacao visual
PDF
Elementos da fotografia básica
PPSX
Estética,movimentos de câmara e enquadramentos
PPT
Fotografia elementos visuais
PDF
imago lucis
PPT
Análisedeimagem Mágni Paranaíba
PDF
Planos, enquadramentos, movimentos e ângulos da câmara.pdf
PPT
G Design Visual.ppt
PDF
Primeira Aula 01 - Desenho de Observação-1.pdf
PDF
Elementos basicos da comunicacao visual
PPSX
Fotografia
PPTX
Fotografia
PPT
Design Digital I Anatomia da Mensagem Visual respresentação, simbolismo, abst...
PPT
EstúDio Moderno Onde O Menos é Mais
PPT
Design configuração
Espaço plástico
2ª Aula De Fotografia
Aula foto composiç o
Vídeo noções básicas
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos basicos da comunicacao visual
Elementos da fotografia básica
Estética,movimentos de câmara e enquadramentos
Fotografia elementos visuais
imago lucis
Análisedeimagem Mágni Paranaíba
Planos, enquadramentos, movimentos e ângulos da câmara.pdf
G Design Visual.ppt
Primeira Aula 01 - Desenho de Observação-1.pdf
Elementos basicos da comunicacao visual
Fotografia
Fotografia
Design Digital I Anatomia da Mensagem Visual respresentação, simbolismo, abst...
EstúDio Moderno Onde O Menos é Mais
Design configuração

Mais de Marcio Duarte (20)

PPTX
Produção de Roteiro Publicitário para TV
PPTX
Introdução a Internet
PPTX
PPT
Arte grega
PPTX
Pre-história
PPTX
Alfabetismo Visual na Moda
PPT
Gestalt
PPT
Processo criativo
PPTX
O Designer Valorizado
PPT
Conceitos de Design
PPTX
Wordpress
PPTX
História do Design (2016)
PPTX
Op art, Pop art e outras artes
PPT
Metodologia para produtos de moda
PPT
Aula 07 impressionismo-expressionismo
PPT
Aula 06 naturalismo-realismo
PPTX
Aula 05 neoclassicismo-romantismo
PPT
Aula 04 barroco-e_rococo
PPT
Aula 03 renascimento-maneirismo
PPT
Aula 02 arte-crista- id_media
Produção de Roteiro Publicitário para TV
Introdução a Internet
Arte grega
Pre-história
Alfabetismo Visual na Moda
Gestalt
Processo criativo
O Designer Valorizado
Conceitos de Design
Wordpress
História do Design (2016)
Op art, Pop art e outras artes
Metodologia para produtos de moda
Aula 07 impressionismo-expressionismo
Aula 06 naturalismo-realismo
Aula 05 neoclassicismo-romantismo
Aula 04 barroco-e_rococo
Aula 03 renascimento-maneirismo
Aula 02 arte-crista- id_media

Último (20)

PPTX
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
PPTX
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE Aula 1.pptx
PPTX
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
PDF
HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES...
PPTX
Aula 01 introdução a Psicologia Escolar.pptx
PPSX
4. A Cultura da Catedral - HistóriaCArtes .ppsx
DOCX
PLANEJAMENTO QUINZENAL - 18.08.2025 à 29.08.2025 - 2ºANO - PROFESSORA PATRÍCI...
PDF
Atividades sobre o livro Letras de Carvão
PDF
Reino Monera - Biologiaensinomediofun.pdf
PPTX
5. A cultura do mundo virtual - globalidade.pptx
PPTX
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx
PPTX
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
PPTX
AULA METodologia MODIFIC PART 1 MSC.pptx
PPT
1ª Telefonia Fixa Padrao Novo Jailton 2012_22.ppt
PDF
[Slides] A Literatura no ENEM 2017 (1).pdf
PPTX
2. A Cultura do Salão - o fim das trevas.pptx
PDF
HORÁRIO GERAL SIGAA 2025_PRÉVIA_SIGAA-1.pdf
PPT
Caderno de Boas Práticas dos Professores Alfabetizadores.ppt
PDF
01-slide-especialidade-mensageira-de-deus.pdf
PPTX
PERÍODO SIMPLES - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - Valdeci.pptx
Primeiros Socorros. Aula 1 VEROUVIRSENTIR.pptx
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE Aula 1.pptx
REVISA-GOIAS-6o-ANO-LP-3o-BIMESTRE-PPT.pptx
HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES HABILIDADES POR BIMESTRES...
Aula 01 introdução a Psicologia Escolar.pptx
4. A Cultura da Catedral - HistóriaCArtes .ppsx
PLANEJAMENTO QUINZENAL - 18.08.2025 à 29.08.2025 - 2ºANO - PROFESSORA PATRÍCI...
Atividades sobre o livro Letras de Carvão
Reino Monera - Biologiaensinomediofun.pdf
5. A cultura do mundo virtual - globalidade.pptx
Slides Lição 8, Betel, Jesus e a Mulher Adúltera, 3Tr25.pptx
Ocupação e transformação dos territórios.pptx
AULA METodologia MODIFIC PART 1 MSC.pptx
1ª Telefonia Fixa Padrao Novo Jailton 2012_22.ppt
[Slides] A Literatura no ENEM 2017 (1).pdf
2. A Cultura do Salão - o fim das trevas.pptx
HORÁRIO GERAL SIGAA 2025_PRÉVIA_SIGAA-1.pdf
Caderno de Boas Práticas dos Professores Alfabetizadores.ppt
01-slide-especialidade-mensageira-de-deus.pdf
PERÍODO SIMPLES - TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - Valdeci.pptx

Representação e planos

  • 1. Planos e Composição Prof. M árcio Duarte
  • 2. Espaço da representação A representação do espaço é uma modelização do real. No caso da fotografia, devemos estar conscientes que a imagem obtida é sempre o resultado de uma operação de recorte do continuum espacial, uma seleção que, consciente ou inconscientemente, responde sempre aos interesses do fotógrafo. É no espaço da representação, enquanto dimensão coadjuvante e estrutural, que tem lugar o desdobramento dos elementos plásticos e as técnicas compositivas que examinámos até ao momento. A inclusão de um sub-tópico dedicado ao exame do espaço da representação deve-nos ajudar a definir como é o espaço que constrói a fotografia que analisamos, desde as suas variáveis mais materiais até às suas implicações mais filosóficas.
  • 3. Espaço da representação No campo da fotografia, o controlo do parâmetro técnico da abertura do diafragma e a objetiva eleita pelo fotógrafo possibilitam a construção da dimensão espacial da imagem. Campo/Fora de campo Aberto/Fechado Interior/Exterior Concreto/Abstrato Profundo/Plano Habitabilidade Encenação Outros Comentários
  • 4. todo o ato fotográfico implica “ uma tomada de vista ou olhar na imagem ” , quer dizer, um gesto de corte. Philippe Dubois
  • 5. Campo/Fora de campo O campo fotográfico define-se como o espaço representado na materialidade da imagem, e que constitui a expressão plena do espaço da representação fotográfica. Mas a compreensão e interpretação do campo visual pressupõe sempre a existência de um fora de campo, que se lhe supõe contíguo e que o sustenta. Sem dúvida, o fora de campo e a ausência são elementos estruturais de uma interpretação ou leitura da representação fotográfica, como sucede no terreno da representação fílmica.
  • 6. Campo/Fora de campo As formas de representação do fora de campo em fotografia e as suas significações podem ser muito variadas. A representação fotográfica dominante, que poderíamos relacionar com o paradigma de representação clássico, caracteriza-se por oferecer um campo visual fragmentário, mas que oculta, ao mesmo tempo, a sua natureza descontínua, mediante um apagamento das marcas enunciativas para que o espectador não perceba a natureza artificial da construção visual. O paradigma clássico baseia-se na construção de uma impressão de realidade, mais acentuada ainda que noutros meios audiovisuais como o cinema e o vídeo. Independentemente de outras reflexões, torna-se evidente que os objetos ou personagens no campo podem “ apontar ” para o fora de campo, com o que se obtém uma complicação de ambos por contiguidade; mas, sobretudo, espelhos, sombras, etc. são elementos que inscrevem diretamente o fora de campo no campo.
  • 7. Aberto/Fechado Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço aberto tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços fechados.
  • 8. Interior/Exterior Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço interior tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços exteriores.
  • 9. Concreto/Abstracto Este par de conceitos não se refere somente à dimensão física ou material da representação. A representação de um espaço concreto tem uma série de implicações no que respeita às determinações que este contém relativamente ao sujeito ou objeto fotografado, e também com o tipo de relação de fruição que a imagem promove no espectador. O mesmo sucede com os espaços abstratos. Os efeitos metafóricos que a representação de um ou outro tipo de espaço supõe.
  • 10. Profundo/Plano No estudo do sistema compositivo temos feito referência à importância da perspectiva e da profundidade de campo na construção do espaço da representação. Neste nível de análise, trata-se de avaliar em que medida a representação plana do espaço corresponde a um olhar mais estandardizado ou normalizado como o classicismo, em confronto com a representação em profundidade, mais próxima da configuração plástica barroca.
  • 11. Habitabilidade Segundo o grau de abstração da imagem, torna-se mais ou menos fácil que o espaço possa ser habitável pelo espectador. A habitabilidade faz referência ao tipo de implicação que a representação fotográfica promove na operação de leitura da imagem. Deste modo, a habitabilidade em função da identificação ou distanciamento, atua como forças centrípeta e centrifuga, que o espaço sugira ao espectador. A caracterização de um espaço como espaço simbólico produz-se quando a representação fotográfica se afasta da vocação indicial da fotografia, enquanto marca do real. Santos Zunzunegui assinala, a propósito da fotografia de paisagem, que uma paisagem será indicial “ quando nela predomine a sua dimensão constatativa ” , enquanto que uma paisagem fotografada será considerada “ simbolista ou simbólica ” , “ na medida em que o fundamental da sua estratégia significativa coloque o visível ao serviço do não visível ” (p. 145). Se em alguns fotógrafos David Kinsey ou Timothy O ’ Sullivan a fotografia de paisagem tem um valor testemunhal, em Ansel Adams todo o trabalho parece dirigir-se para “ a construção de uma visão substancialmente estética do mundo e das coisas ” . Em Adams, a poética indicialista é substituída por “ um trabalhado jogo luminoso que estende pontes entre a cascata, o rio e o arco-íris criando uma emotiva sensibilidade dramática ante a luz ” (p. 152). De facto, o espaço simbólico de que vimos falando poderia considerar-se como um espaço subjectivo, em termos estritamente semânticos. O reconhecimento de uma poética simbólica é algo que dependerá do sujeito que realize a análise, já que na operação de leitura o que irrompe é também a própria experiência subjectiva do intérprete.
  • 12. Enceneção O dispositivo fotográfico não pode ser entendido como uma mero agente reprodutor, mas antes como um meio desenhado para produzir determinados efeitos, isto é, a impressão de realidade, entre outros. Neste sentido, a imagem fotográfica não é estranha a uma ação deliberada de enunciação textual, a uma encenação que transporta uma ideologia concreta e que qualquer análise não pode ignorar.
  • 13. Outros Este espaço fica reservado para a inclusão de outros conceitos que possam estar relacionados com o nível compositivo da análise da fotografia. Permanece aberto ad libitum ao analista ou estudioso da imagem.
  • 14. Planos e Composição Fotográfica É forma de expressão elaborada, que pode ser ampla ou específica. O modo de expressar-se varia em função do que se quer mostrar, contar, exprimir, até mesmo impor. Apresenta-se um mundo organizado em narrativa, usando uma linguagem convencionada em ação, espaço e tempo. Fotografar não é mágica, muita criatividade e matemática.
  • 15. Imagine-se com uma câmera fotográfica na mão O que fotografar? Como enquadrar? Como compor? Regra dos Terços: É uma técnica utilizada na fotografia para se obter melhores resultados.
  • 16. Imagine-se com uma câmera fotográfica na mão Para utilizá-la deve-se dividir a fotografia em 9 quadros, traçando 2 linhas horizontais e duas verticais imaginárias, e posicionando nos pontos de cruzamento o assunto que se deseja destacar para se obter uma foto equilibrada.
  • 17. Exemplos de fotografias que utilizaram a regra dos terços O foco principal (lado direito) O foco principal (lado esquerdo)
  • 18. Fotografias regra dos terços Lado esquerdo
  • 19. Fotografias regra dos terços Lado direito
  • 20. Como a regra dos terços funciona No caso de pessoas e objetos procure posicioná-los numa das quatro interseções do quadro; no caso de paisagens, posicione-as no topo ou no fundo do quadro. O resultado é uma imagem mais natural, contrabalançada e atrativa ao olhar.
  • 21. Como a regra dos terços funciona Muitos estudos fotográficos chegaram à conclusão que quem observa uma imagem olha mais depressa para um dos pontos de cruzamento do que para o centro da fotografia. A aplicação da regra dos terços não é mais do que evitar simplesmente centrar o elemento a fotografar, e posicioná-lo 1/3 acima do fundo e 1/3 à esquerda ou então 1/3 abaixo do topo e 1/3 à direita e assim sucessivamente.
  • 22. Plano geral (PG): abrange e descreve o ambiente; pode acontecer para situar o observador no contexto da ação; recorre-se a ele para se ter uma visão mais ampla do cenário; focaliza personagens em ação; identifica onde a ação transcorre; localiza a ambiência. O plano geral permite a utilização como elemento de contraste com planos médios e primeiros planos dos elementos nele incluídos; relaciona os personagens e quem os rodeia. É um plano muito usado no cinema, documentários e o fotógrafo utiliza muito em grandes ambientes
  • 26. Plano médio e plano americano: O plano médio (PM) mostra a pessoa da cintura para cima; está entre o plano geral e o close; É o plano de aproximação O plano americano (PA) É variante do plano médio; Mostra a pessoa do joelho para cima. OBS.: Ambos exercem função mais narrativa. Privilegiam a ação. Não se faz corte nas articulações. Não corta nos joelhos e não corta os pés.
  • 27. Plano médio e plano americano:
  • 28. Plano médio e plano americano:
  • 29. Plano médio e plano americano:
  • 30. Plano médio e plano americano:
  • 31. Plano Médio ou Plano Americano
  • 32. Primeiro plano ou close-up: enquadra o rosto; essencial para se alcançar a máxima intensidade dramática; apresenta nitidamente a expressão do rosto e projeta as características do personagem; pode revelar pensamentos e o momento interior do personagem; corresponde à invasão do campo da consciência; desempenha função mais emocional. plano é cortado pouco abaixo das axilas. Permite por exemplo imagens de alguém a fumar,cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos privilegia o que é transmitido pela expressão facial.
  • 33. Primeiro plano ou close-up:
  • 34. Primeiro plano ou close-up:
  • 35. Vários Primeiro plano ou close-up:
  • 36. Plano de detalhe (PD): imagem de impacto visual e emocional; tempo de leitura curto; isola pormenores; mostra uma parte essencial do assunto. é um plano de grande impacto pela ampliação que dá a um pormenor que, geralmente, não percebemos com minúcia. Pode chegar a criar formas quase abstratas. OBS.: Se usado em excesso, perde o impacto e cansa .
  • 40. Angulação Posições ou ângulos da câmera quanto a um objeto ou personagem. Mais alta, mais baixa ou à altura deles, para produzir efeitos expressivos determinados. Define-se ângulo de visão como elemento de expressão do conteúdo do quadro; produz efeitos expressivos, não mecânicos, determinados e é ponto de partida para observar o personagem.
  • 41. Câmera alta (visão superior): Também chamada de plongé enfoca a ação de cima para baixo, o que minimiza o personagem, diminui sua força ou importância; demonstra o predomínio da ação sobre personagens e coisas. A expressão é de inferioridade
  • 42. Câmera alta (visão superior):
  • 43. Câmera alta (visão superior):
  • 44. Câmera baixa (visão inferior): É também chamada de contraplongé a ação enfocada de baixo para cima aumenta a estatura e a importância do personagem, coloca-o em posição dominante. A expressão é de superioridade.
  • 45. Câmera baixa (visão inferior):
  • 46. Câmera baixa (visão inferior):
  • 47. Câmera normal (visão média): A ação observada à altura dos olhos, sem significação especial relativamente ao personagem; é a imagem mais comum e natural. Perspectiva normal.
  • 49. Zoom: Aproximação até cl ose. Não é movimento físico, é ótico. A aproximação ou o afastamento se dá pela utilização da lente zoom. Zoom in (aproximação): traz a imagem distante para bem perto; favorece a concentração da atenção. Zoom out (afastamento): leva a imagem próxima para longe; retrocede revelando o cenário do primeiro plano de partida; favorece a revelação.
  • 50. Fotografando o pôr-do-sol Fotografar pôr-do-sol entre céu e terra é comum todo mundo faz, portanto se você quiser que sua fotografia seja admirada, inove. 1º passo: observar outros elementos que poderão fazer parte da composição. 2º observar a regra dos terços onde os elementos devem ficar alinhados e divididos ao mesmo tempo, sendo que cada quadro deverá direcionar o olhar para o elemento principal.
  • 51. Dicas básicas para fotografar monumentos históricos 1º passo: enquadrar o monumento e ou a arquitetura dentro do visor para que nada fique de fora. ( se possível se abaixe o quanto for possível). 4º passo: observe a incidência de luz ( excesso de luz “estoura” a imagem ). 5º passo: aproveite sempre a luz natural ( cuidado para não ficar de frente para a luz). 6º lembre-se que a sombra e os reflexos também fazem parte da composição.
  • 52. FIM