2. Administração de medicamentos
é um dos deveres de maior
responsabilidade da equipe de
enfermagem. (enfermeiros e
técnicos de enfermagem).
LEMBRETE
3. CONCEITO MEDICAMENTO
É um produto farmacêutico, tecnicamente
obtido e elaborado com a finalidade
profilática, curativa, paliativa ou para fins
de diagnóstico.
5. ADMINISTRAÇÃO
REGRA DOS 9 CERTOS
• Cliente certo;
• Medicamento certo;
• Dose certa;
• Via de administração certa;
• Hora certa;
• Forma certa (apresentação farmacêutica)
• Ação certa (conhecer a ação);
• Resposta certa (monitorar o efeito);
• Anotação certa;
6. • Lavar as mãos;
• Técnica asséptica;
• Utilizar bandeja para medicação limpa e desinfetada com álcool a
70%;
• Boa iluminação no local de preparação;
• Evitar atividades paralelas;
PREPARO DA MEDICAÇÃO
8. PREPARO DA MEDICAÇÃO
• Ler e conferir o rótulo três vezes;
✓PRIMEIRA VEZ : antes de retirar o frasco ou ampola do armário
ou carrinho de medicamentos.
✓SEGUNDA VEZ : antes de retirar ou aspirar o
medicamento do frasco ou ampola.
✓TERCEIRA VEZ : antes de recolocar no armário ou
desprezar o frasco ou ampola no recipiente.
• Identificar o medicamento preparado;
• O medicamento deve ser administrado por quem o preparou,
exceto em algumas unidades especiais;
9. PREPARO DA MEDICAÇÃO
• Observar aspecto e características da medicação;
• Na dúvida NÃO medicar, principalmente quando a letra do
médico se apresentar ilegível.
• Nunca checar administração antes de realizá-la.
• Caso não seja administrado o medicamento bolar o horário e
justificar na anotação de enfermagem (comunicar ao médico).
10. Cuidados na Administração do medicamento e
Dietas:
➢Verificar atentamente a Via de Administração de
Medicamentos;
➢Administrar dietas enterais pelas sondas enterais ou
nasogástricas, observar para que a dieta não seja instalada
na veia do paciente (levando a óbito).
Observação: O suporte para administração de dietas deverá
ficar do lado oposto dos frascos com soluções venosas.
11. AÇÃO MEDICAMENTOSA
• GERAL OU SISTÊMICA: é necessário que o
medicamento entre na corrente circulatória para
posteriormente atingir o órgão ou tecido específico EX:
dipirona IM, EV ou VO.
• LOCAL: o efeito é exercido apenas no ponto de
aplicação, sem passar pela corrente sanguínea EX:
pomadas.
13. VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
É O Caminho pelo qual um fármaco é levado ao
organismo para exercer seu efeito.
ORAL E ENTERAL: a absorção ocorre no trato
digestório (boca, estômago e intestino).
TÓPICA: a ação do medicamento ocorre na pele.
15. VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
PARENTERAL: apresenta rápida ação do
medicamento pelo método de injeções.
- intramuscular - IM;
- subcutânea - SC;
- intradérmica - ID;
- endovenosa – EV/IV.
16. VIA ORAL
• É Uma das Mais utilizadas, devido a praticidade,
conforto, segurança e economia;
• Desvantagens:
–Sabor desagradável;
–Facilita a auto medicação;
–Irritação da mucosa gástrica;
–Dificuldade de deglutir.
18. VIA ORAL
Considerações gerais:
-Nunca tocar o medicamento;
-Segurar o recipiente e o frasco ao nível dos
olhos para evitar desvios de medidas;
-Agitar os frascos de solução antes de medir
para homogeneizá-los;
- Ficar ao lado do paciente até que ele degluta a
medicação.
19. VIA TÓPICA
• É absorvida através da epiderme para a derme;
• A boa absorção depende da vascularização da região;
• Podem ter efeitos locais ou sistêmicos, depende
da concentração e das características da droga.
21. VIA MUCOSA
NASAL:
• O medicamento é aplicado sobre a
mucosa das narinas;
• Podem ser usadas para tratar tanto
condições sistêmicas (doenças
respiratórias) ou exercer efeito local
(congestão nasal);
22. VIA MUCOSA
AURICULAR:
• Medicamento é instilado na parte externa do ouvido;
• É utilizado para umedecer o cerume para remoção
subsequente ou instilar medicamentos para o tratar
infecções ou inflamções locais;
23. VIA MUCOSA
AURICULAR:
• Quando o medicamento é instilado, inicialmente o
conduto auditivo é manipulado para tornar o canal
auditivo mais reto, facilitando a penetração do
medicamento;
24. VIA MUCOSA
OCULAR:
• Aplicação de medicamentos sobre a membrana
mucosa dos olhos denominada conjuntiva;
• Os medicamentos oftálmicos normalmente possuem
apresentação nas formas líquida e de pomada.
25. VIA MUCOSA
• SUBLINGUAL:
• A aplicação é cômoda e fácil;
• É uma terapêutica rápida devido à absorção para a
corrente sanguínea através dos pequenos vasos da
base da língua;
• Não deve ser deglutido;
• Não oferecer líquidos até que o medicamento
esteja totalmente dissolvido.
26. VIA MUCOSA
RETAL:
• A absorção é feita através da mucosa retal;
FORMAS FARMACEUTICAS:
• Soluções;
• Supositórios;
• Pomadas.
35. Observar as condições da embalagem que deverá ser
íntegra, não podendo estar molhada, umedecida,
rasgada;
Observar o prazo de validade da esterilização do
material a ser utilizado.
38. INTRAMUSCULAR - IM
VANTAGENS:
⇒Absorção rápida (porém, mais lenta que a EV);
⇒Administração em pacientes mesmo
inconscientes;
⇒Adequada para suspensões aquosas e soluções
oleosas;
39. INTRAMUSCULAR - IM
DESVANTAGENS:
⇒Dor;
⇒Lesões e processos inflamatórios pela aplicação de
substâncias irritantes ou mal absorvidas;
⇒ Lesão no osso, punção vaso sangüíneo, lesão nervo,
rompimento tecido muscular;
41. INTRAMUSCULAR -
IM
LOCAIS DE APLICAÇÃO LEVAR EM CONSIDERAÇÃO:
• Distância em relação a vasos e nervos;
• Massa muscular suficientemente grande para absorver o
medicamento;
• Espessura do tecido adiposo;
• Idade;
• Compatibilidade da droga com o tecido muscular;
•Segundo alums autores os locais para administração devem, a
menos que contra indicado, respeitar a seguinte ordem de escolha:
região ventroglútea ou local de Hochstetter, região dorsoglútea,
face anterolateral da coxa e deltóidea.
42. INTRAMUSCULAR - IM
VOLUME
Na literatura não se tem uma definição precisa do volume
máximo que pode ser administrado com segurança por via
intramuscular. Para adultos, a única recomendação mais
consistente limita a volume máximo de 5ml a ser aplicado.
O volume de medicamento injetado está relacionado ao
músculo escolhido para realização da aplicação e a
característica da droga a ser introduzida.
44. DELTÓIDE:
Contra-indicado em clientes com complicações dos
MMSS (parestesia ou paralisia dos braços), e clientes
mastectomizados.
MÁXIMO 2 a 3 ML
Ângulo da agulha 90º
Bisel lateralizado.
45. • VASTO LATERAL (FACE ÂNTERO LATERAL DA
COXA):
• Localização da punção:
Dividir a coxa longitudinalmente em três partes iguais. A
punção será realizada na região ântero-lateral do terço
médio.
Angulação: 90º ou 45º .
Volume: no máximo 3 a 4 ml
46. • VENTROGLÚTEA OU LOCAL DE HOCHSTETTER:
➢É composta pelos músculos glúteos médio e mínimo. É
uma região livre de estruturas importantes, sendo mínimo
os riscos de complicações.
➢Posição do cliente: em pé ou em decúbito lateral.
➢angulo de 90º
47. • DORSO-GLÚTEA:
• A região dorsoglútea corresponde ao quadrante
superior externo, sendo composta pelo músculo
glúteo máximo.
• É determinado que na região glútea deve ser divido em quatro partes.
Volume: 5 ml
Ângulo: 90º
48. • DORSO-GLÚTEA:
• Contra-indicada para menores de 2 anos, maiores de 60 anos e
pessoas muito magras;
OBS: A região dorso-glútea não é indicada para crianças
menores de 2 anos, uma vez que a área é relativamente
pequena nesta faixa etária e a espessura da camada formada
por subcutâneo e musculatura é tal que, mesmo que a agulha
seja introduzida no quadrante superior externo, existe
grande possibilidade de se atingir a região peri ou
endociática.
52. SUBCUTÂNEA - SC
• Consiste na administração de medicamentos no
tecido subcutâneo;
• Absorção pelos capilares.
Sua absorção é lenta, porém
assegura absorção contínua e
segura.
Obs. Comumente usada para
administração de vacinas,
insulina, adrenalina, heparina,
etc.
Volume 0,5 a 2,0 ml.
53. SUBCUTÂNEA - SC
ÂNGULO DAAGULHA:
• Perpendicular a pele num ângulo de 90º, com agulha 13
x 4,5;
• Ângulo de 45º, agulha de tamanho 25 x 8;
55. VIA SUBCUTÂNEA
Complicações
•Dor local (raro);
•Abscesso;
•Lipodistrofia (principalmente em
aplicações repetidas);
•Fibrose;
•Hemorragia e Hematoma (mais comum
com heparina);
•Alergias.
56. INTRADÉRMICA - ID
• Consiste na aplicação de solução nas camadas
superficiais da pele (na derme), logo abaixo da pele. É
uma via de absorção lenta.
• INDIÇÃO: administração de vacinas (BCG), teste de
sensibilidade, teste de diagnóstico para tuberculose.
57. INTRADÉRMICA - ID
Material:
Seringa de 1 ml (insulina)
Agulha 10 X 5 e 13 X 4,5 ou 13 X 3,8
Local da punção:
BCG- padronizada internacionalmente na região
deltóide do braço D
Testes de Sensibilidade- região escapular, face interna
do antebraço.
Volume máximo: 0,5 ml. Ângulo 10º a 15º
59. ENDOVENOSA – EV/IV
A via endovenosa consiste na aplicação de
medicamentos diretamente na veia.
60. VANTAGENS:
• RAPIDAABSORÇÃO;
• GRANDE VOLUME EM INFUSÃO LENTA;
• APLICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS IRRITANTES
DILUÍDAS;
• POSSIBILIDADE DE CONTROLE DE DOSES,
PARA PREVENÇÃO DE EFEITOS TÓXICOS.
61. • DESVANTAGENS:
• Superdosagem relativa em injeções rápidas;
• Riscos de embolia, irritação do endotélio;
vascular, infecções por contaminantes (bactérias ou vírus)
e reações anafiláticas;
• Imprópria para solventes oleosas e substâncias
insolúveis.
62. ÂNGULO DA AGULHA:
• Geralmente a agulha penetra na pele num de ângulo de
45º com continuida num ângulo de 25º;
63. • Pode ser feita com seringa e agulha ou com dispositivos
intravenosos;
• O calibre depende das condições físicas e idade do
paciente;
• O tamanho da seringa variará de acordo com o volume a
ser injetado.
64. VOLUME:
• Tolera grandes quantidades de líquidos e medicamentos;
POSICÃO DO CLIENTE:
• Sentado;
• Deitado.
65. LOCAIS DE APLICAÇÃO:
• Dar preferência as veias superficiais de grande calibre
como:
- Fossa cubital;
- Antebraço – cefálica e basílica;
- Dorso da mão;
-Dorso do pé (pediatria ou adultos em situações
especiais);
- Região epicraniana - < 2 anos;
66. ATENÇÃO
Remoção do cateter
•O cateter periférico na suspeita de contaminação,
complicações, mau funcionamento ou descontinuidade da
terapia deve ser retirado.
•Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em
72 horas quando confeccionado com teflon e 96 horas
quando confeccionado com poliuretano. Nas situações em
que o acesso periférico é limitado, a decisão de manter o
cateter além das 72-96 horas depende da avaliação do
cateter, da integridade da pele, da duração e do tipo da
terapia prescrita e deve ser documentado nos registros do
paciente.
67. Complicações da terapia venosa:
- Flebite;
- Embolia;
- Trombose venosa;
- Infiltração da solução;
- Infecção;
68. AÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO
DE INFECÇÃO:
➢Manter assepsia rigorosa quando lidar com as
infusões intravenosas;
➢Utilizar membro para punção livre de foco
infeccioso;
➢Trocar o local de inserção do cateter em 72 horas;
➢ Trocar fixação do cateter deve ser a cada 48h e
imediatamente se houver suspeita de contaminação,
quando o curativo estiver úmido, solto ou sujo.
➢ Protegero sítio de inserção do cateter.
➢Realizar precauções padrão.
72. ATENÇAO!!!
•OBSERVAR A PRESENÇA DE SINAIS FLOGISTICOS
•DAR ATENÇÃO PARA A DOR DO CLIENTE
•USAR TÉCNICA ASSÉPTICA
•ATENTAR PARA PRESENÇA DE COAGULOS
74. TÉCNICA DE PREPARO DE MEDICAÇÃO
PARENTERAL
MATERIAL:
•Bandeja contendo:
•Seringa;
•02 Agulhas (uma para aspiração e outra para a
aplicação do medicamento);
•Medicação prescrita;
•Recipiente com algodão embebido em álcool à 70%;
•Saco para lixo;
•Algodão seco;
•Garrote para medicação EV.
75. CUIDADOS:
Transcrever os medicamentos do prontuário para a
etiqueta adesiva contendo: nomedo paciente,
quarto/leito, medicamento, dosagem, via de
administração e horário.
76. • Lavar as mãos;
Conferir a medicação
• Data certa
• Hora certa
• Dose certa
• Via certa
• Paciente certo
• Medicação certa
CUIDADOS:
77. •Fazer a limpeza da bancada onde a medicação será
preparada;
•Fazer a desinfecção da bandeja comalgodão embebido em
álcool á 70%;
•Separar os medicamentos conferindo-os atentamente;
•Providenciar o material necessário para o preparo das
medicações;
•Lavar as mãos antes de iniciar o preparo da medicação;
•Abrir os invólucros dos materiais, sem rasgara
embalagem;
•Conectar a agulha de aspiração na seringa.
CUIDADOS:
78. • Certificar-se que toda a medicação esteja no corpo da
ampola e não no gargalo;
• Fazer a desinfecção do gargalo, com algodão embebido em
álcool a 70%;
• Quebrar a ampola, protegendo-a com algodão;
• Abrir a embalagem da seringa e agulha com os devidos
cuidados assépticos;
• Conectar a agulha e verificar a sua adaptação e o
funcionamento da seringa;
79. • Segurar a ampola entre os dedos indicador e médio com
uma das mãos e pegar a seringa com os dedos indicador e
médio da outra mão;
• Adaptar a agulha na ampola cuidando para não tocar na
borda da mesma;
• Aspirar a quantidade de medicamento necessário,
virando a ampola aos poucos, conforme
necessidade;
80. TÉCNICA EM CASO DE AMPOLA:
• Retirar o ar da seringa, mantendo-a
verticalmente com a agulha para cima,
girando o êmbolo lentamente;
• Identificar a seringa;
• Colocá-la na bandeja.
81. FRASCO- AMPOLA
• Retirar a tampa metálica do frasco;
• Fazer a desinfecção da tampa de borracha, após
retirar o lacre de alumínio ou plástico, com
algodão embebido em álcool a 70%.
• Abrir a ampola de diluente;
• Preparar a seringa e agulha;
• Aspirar o diluente seguindo as orientações da
técnica de ampolas (sem tocar a agulha);
82. • Segurar o frasco com os dedos
indicador e médio;
•Introduzir a ponta da agulha no
frasco e injetar o diluente contido na
seringa;
•Retirar a agulha e a seringa do
frasco;
•homogeinizar o conteúdo do frasco,
com movimentos circulares, até a
diluição do medicamento, evitando a
formação de espuma;
83. •Aspirar uma quantidade de ar na seringa igual à do
líquido a ser aspirado;
•Introduzir a ponta da agulha e injetar o ar contido
na seringa;
•Colocar o frasco e a seringa em posição vertical,
com o êmbolo da seringa voltado para baixo e
aspirar a dose prescrita;
•Trocar a agulha;
•Identificar a seringa.
84. REFERENCIA
COREN-SP. Boas práticas: Cálculo seguro Volume II: Cálculo
e diluição de medicamentos
Felipe A.O., Bazzano F.O., Andrade M.B.T., Terra F.S.
Procedimento técnico na administração de imunobiológicos na
musculatura do deltóideo e vasto lateral da coxa Rev enferm
UFPE on line. 2010 abr./jun.;4(2):802-07